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CONTRIBUICÃO' AO. ESTUDO DE ,IMPLANTAÇAODE BACIAS REPRESENTATIVAS O'E REGiÕES , '". HIDROLOGICAS HOMOGENEAS EDITADO PELO GRUPO 00 VALE 00 JAGUARIBE

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CONTRIBUICÃO' AO. ESTUDO DE,IMPLANTAÇAODE BACIAS

REPRESENTATIVAS O'E REGiÕES, '".

HIDROLOGICAS HOMOGENEAS

EDITADO PELO GRUPO 00 VALE 00 JAGUARIBE

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MmIST:!RIO DO mTER!OR

SUPERINTENDtNCIA :00 DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE

DEPARTAMENro DE RECURSOS NATURAIS

CONTRIIDICÃO AO ESTUDO DEIMPLANTAÇÃO DE BACIAS REPRESENTATIVASDE REGIÕE3 HIDROLOGICAS HOMOGmEAS

P1erre mBREUIL

GRUPO :00 VALE DO J AGUARlBE

1 9 6 7

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'iI~

11111111If111111

Troduçnol JOS~ TRAJANO FILHOANA CLARA CAF1: DA S ILVA

S n.VIO CARNEIRO CAMPELLO

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COm'RIBUIÇ;fo A 0 ESTVIJO DE flvIPLAm'A çAO

DE .3ACIAS REPi?ESE'NJ.'ATIVAS DE REGIOES

HIDROL(J(;ICAS HOùfOC-.ÊNEAS

Corn as escalas de sua ride hidromtftrica e os

pluviŒnetros da rêde meteorologica, 0 hidrologo dispoe deseu principal instrumental de trabalho com a ajuda do guai

pode resoiver teoricamente, de uma maneira global, a maiorparte dos problemas do escoamento das aguas nos rios e riEchos. Mas aquém de wna certa superf(c i e, êste instrumentalnao mais funciona. Esta superffcie limite varia, natural­

mente, de uma regiao para outra. Geraimente ~ superior ~

dens idade <Jt ima recomendada para as redes hidrom~tricas,i.lJdo de 700 'km

2 (superffc ie controlada por uma estaçao hidr.!1m'trica), nas regioes temperadas indttstrial izadasj a 2.500

km2nas regioes intertropicaïs, e 8.000 hm2 ou mais nas r.g

gioes c!ridas, polares e mtdto pouco povoadas. Afora· certossetôres part iculares de forte precipitaç;;'o(montanhas de 7:fI

gioes temperadas, tlhas das CARA1BAS, etc) onde esta dens i2 -

dade recomendada reduz-se a 140 km , pode-se dizer, que a

ride hidromltrica so controla superfIcies muito superiores2

a leOOO 'km •

Para superfIcies menores, 0 hidr610go foi le~A

do a criar- 7JJn novo instrwnental, ma is complexo, a bac fa 'ùdrognafica representativa ou experimental gue reune,em umadrea dada, os instrwnentos primarios seguin.tes: Es ca las epluviômetros. Nao se trata mais, agui, de um instrumento 1l!TLtual distribuido com certa densidade pana dar cobertura auma regiao1 mas de um conjunto de certa extensao.

A partir do momentoem que um instrumento int~_ ~ A

gra 0 espaço, nao lui mais razao de cons iderar este fator aOTfl)

fixa e de srJ criar instrumentos de detenninada superficie, coR

mo, por exemplo, bacias de 25 kTrP. Ha, pelo contrdrio, inte-

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11111·1·11111111.1.111111

rêsse em estudar êste fator espaço por meio do nôvo elemen

to, sobretudo porque a maior parte dos caracteres quanttt~

ttvos do escoamento apresentam uma variabtltdade na qual 0

fator espaço ocupa lugar preponderante o Assim a bacia hid~

gnafica representativa pode ser utilizada pràtieamente eE

tre algumas dezenas( se menor, passa a ser uma parcela e,J

perimental) e algumas centenas de km2 ( se maior, sera d.1

f(cfl controla-la sem utilizar meios demastado onerosos ).Dentro desta variedade de superf(ci6s claro esta que se utilizani mais frequentemente a bacia de dimensoes mais apr~

'"ximadas na ause7R.C ia de superffe ies cobertas por wna prec f,

pitaçao simples: 25 km2 corresponde a esta exigênc ia para

numerosos climas temperados ou tntertropicais.

'"Os diversos 't'Ù2(2t:; d€i e;st:gg.9§ sobre pequenas ooci~

Concebida em varias partes do mundo por hid~'

logos em contato com problemas os mais diversos, a mcta JIldrog~ica re~rcsentativa experimental evoluiu em mûltipks

dtreçoes e, SClb esta formulai pode-se ainda reunir hoje 7ll'tÙ

tos instrumentais~ cujo princfpio de fabrtcaçao pennanece 0

mesmo6 mas cujo. fo'nna~ estr,,~tura e ut il izaçao SaD assez di

vers iftcadas.

TodaviaJ é poss (vel agrupa-los em tr;s grandes

classes :

l D) As bacias h ièrogr,J,ficas representat ivas de pe.§.

quisa fundamental, nas quais 0 cielo da âgua é",

decomposto em seus multtplos componentes(ao t~

do du alguns dêles) que constituiu objeto de

uma analise minuciosa pOl' meio de aparelhos n~

merosos e dispendiosos.

2 D) As bac tas hidrograficas corn cardter estritamen'"te expcr :" ....,rdal nas qua~·s um dos fatores do

c,~T,!plexo ffs "lco _ na maior parte' dos casos, tra

ta~se da vegetaçao_é modificado arttfictalmen-- '"te por intervençao humana e onde a influencia

desta experiência sôlJre 0 ciclo da ag'Ull é oj;je

to de Ul1Za anal ise ponnenortzacZa, tomando-se,p.fJ~

ra comparaçao uma bacia referencial.

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11111·I-I1111111.1.111111

3.

3~) A bacia hidrografica representat tva de vocaçao

prdtica que deve possibi1itar, em um curto pr.g- . ~zo, a obtençao de dados quantitativos sobre 0

regime hidrologico de 'lOT! curso d'dgua ou de U'Itl

regiao desconhecida com vistas à e1aboraçao de

um projeto de aproveitamento hid~u1ico deter­

minado.As duas primeiras classes exigem verbas re1at.1

vamente el evadas e, de lm!. modo geral, so sao dt;tunàidcis(al ias em pequeno nifmeroJnas reg i oes cu) 0 dessnvolvimento J6,é manifesto e que por esta razao, t;m dificu1dades, muitas

A A

vezes local izadas, de abastecimento de dgua. Estes do is tj~

pos de bac'ias apresentam um cara-ter de existencia quase P!lr

manente funcionando, pe10 menos, durante 5 ou 10 anos.

Pe10 contrario, uma bacia de vocaçao pratica c~

titui um atributo das regioes em vias de desenvolvimento,oupouco habitadas nas quais, os conhecimentos de hidrologiasao atnda rudimentares, pennit indo responder ràpidamente, en

dois ou três anos, às m711tip1as questoes 1evantadas pelas

responsaveis pela desenvolvimento econEmtco., A ~

E oportuno fazer aqui um curto parenteses so~~ A

a tenminologia. A expressao usua1mente uti1izada em fronces

nBacia hidrogrdfica experimenta1" so 'valida, segundo cUzem com precisao certos crfticos, se procedemos realmentea experimentaçoes s;bre 0 me io natura1 f(sico~ 0 que oco..r

~ -re em ttm, dentre tres casos, em nossa c1ass ificaçao.N08 QlI

tros do is casos 0 equ!l (brio natura1, nao se modiflca, 1W

dendo-se cons iderar, também, que essas duas classes de 1XJ,­

cias representam simp1eBmente 0 equi1{brio natural. Nesta

perspectiva, os esforços de homogBneizaçao das tenminolo­

gias adotadas atua1mente 1evam-nos a so adotar do is gr.Ypos:

a) As bac tas e..xperimenta is, co rrespo ndentes a 7KS

sa 2~ classe~"

b) As bacias representativas correspondente dBclasses l e 3, per.manecendo imprecisa a front~i

.ra entre as duas. Conservaremosl tempordriame.z;

te, se jor necessdrio, os comp1ementos "de pe.§.

qulsa" ou com vocaçao prat ica Il para dist ingufros dois sub-grupos de bacias representativas.

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11111·I-I1111111.1.111111

,...Embora muito pouco divulgadas até agora, nao poqg

r(amos deixar de citar um dlttmo grupo de bacias que po~

riam ser também representativas, nao somente do equil{brionatural do meio f{sico sujeito à influência do homem, mas

também do meio ffs tco protegido pelo homem. Acharnos conve­niente empregar a expressao bacia de r~tgrência ou pilQt~

para destgnar estas testemunhas do equil(brio natural.,..Embora os objetivos e, as vezes, os meios difiram

de u*a classe para outra de bacias hidrogrdficas, em t;daselas é prectso avaliar as manifestaçoes principats do cieloda agua: a chutxL,o escoamento nos riachos, os movtmentos d>

lençol freatico. Isto se efetua por meio de instrumentos ~ralmente andlogos e segundo uma metodologta bem constante.

A particularidade das bactas de pesqutsa ou de eA...,pertmentaçao restde no fato de que a estas medidas geratse cltiss tcas vêm se acrescentar outras de cartfter part icular·em cada casa cuja metodolog-ia, deve ser adaptada sem cessar.

Parece-nos claro que as medidas principats, ht! lUJuco menctonadas, representam a maioria, ora quase absoluta 1

ora relat iva, dos trabalhos no campo. Seria muito proveitJl

so que estas fossem efetuadas de conform'ldade com uma met~

dologta tâo homogênea quanto poss(vel, e que estas regras

fossem extenstvas, à coleta, à classificaçao e à elaboraçaodos dados coletados atraves das mesmas.

Nosso objetivo é contributr pat'a a elaboraçao d~

ta metodologia da coleta, da classificaçao e da elaboraçaocolhidos nos dom(ntos climatolcfgicos, pluvtométricos e hi­

drométricos de superffcie, dedicando-nos particularmente ao

caso da bacia htdrogrdfica representattva, de vocaçao p~tJ

ca.Parece-nos ma is conventente, todavia, exam ina r de

antemao, as modalidades da escôlha da implantaçao de uma Qg

cta de estudos.para que esta seja representativa de uma r.cgilio homogênea.

4 §scÔlha da implantaçag Ge z.gna bac ia reDr~sentativa ou "~rimentcg:

Esta implantaçao pode ser influenciada parttcula~

mente pela localizaçao da jUtura zona de aproveitamento ~

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11111·I-I1111111.1.111111

ra a qual 'necessario 0 estudo de uma pequena bacia; 0 casoquase genera1izado do aprovettomento da cobertura vegetal(qgcia com carater estritamente experimental), como também damaioritJ das bacias representativas com vocaçao pratica.Nestas

~ ~ _ A

condiçoas, os 1 imites da· esco1ha sao muito rastritos, a (Sste-caso nao é muito diffc il.o que ooorre de modo diverso quando a tmp1antaçao é

livre ou pela menos quando simp1esmente esta sujeita uma re~

sentaçao. ~egional, geralmente é 0 casa das bacias de pesquis~

As vêzes é também 0 caso de bac tas representat ivas com vocaçaoprât îca, quando estas vêm completar a rêde htdrométrica na Pe&

"quisa dos dados hidrologicos regionais de base, papel este quetonde cada vêz mais, a se desenvolver.

Esta liberdade de tmplantaç~o 'torna a esc;lha muttodiffc il, v tsto que 0 critério de val idade sera- 0 de represen­tativa de uma regiao geograftcamente homogênea. Ora, se qua~

tativamente os fat;res ffsico-climaticos de uma regiao sachem conhec idos a priori, 0 mesmo nao se CZa quando se quer esj;,tma-los quantitativamente para verificar sua homogenetdade, v~to que os estudos projetados terao exatamente po,' final idadedemonstrar as ligaçoes quantitattvas entre os ditos fat;res eos caracteres do regime hidro1ogico regiona1 c- ~ -Para suprimir a indecisao, é mister definir a regiaogeogr~icamente homogênea, classificando os fat;res ffsico-cltmaticos por ordem de import;ncia decrescente e despre~ando œ

'"fatores secundarios. Pode-se adotar ass 'lm, 0 seguinte esquemade classificaçao:

~

a) 0 clima determina a regiao;

b) As divisoes regionats(sub-regtoes ouœonas) dependemsucessivamente das caracterfsttcas do solo e do sub­solo, (noçao de perraeabilidade) do relêvo(noçao. defndice de declividade), e da cobertura vegetal.o cl ima intervém geralmente(, e particu1annente em.J)

na intertropical) no ba1anço hidro1ogioo, em primeiro lugarpelas precipitaçoes( altura anual, irregularidade tnteranual ,

distribuiçao mensal, alturas de precipitaçoes excepcionatsl IDtens tdades, duraçoes, area das quedas de chuva~ etc••• ) a, emsegundo lugar pelas temperaturas(mécZia anua1, variaçao mensal,mdximos, m!nimos e desvios, etc) e, mutto menos pe10 regime

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1111I­I­11111111.1.111111

dos ventos e 0 grau de wn idade. Uma boa representaçéùJ do cJ.100

ma pode ser fornecida por um dos (ncUces classicos(Wo KOPPEN;,..

THORNI'HWAITE ou TVRG~ por exemplo). Estes tilt imosp que se eJlJ

penham em estudar ci evo..potranspiraçao; oferecem maior 'inte~

se para 0 hidr610go •.Embora perigoso ut il tzar êstes indices Ill­

ra determinar com precisao 0 montante real da evapotranspira­çao de uma regiao qualquer do globo~ deve-se reconhecer que

representam bastante fie1mente 0 c1ima e poèe-se dizer que ngra (nilices iguais~ regioes vizinhas terao certœnente 0 mesmoclima. Portanto~ o.assunto do nosso esquema referii-se-d a

regiaes homogêneas.~

Certo , que os objetivos pesquisados nos estudos sabre pequenas bacias podem influir s(;bre a esc(;177.a do fndice

a ser levado em cons ideraçao, a fim de descriminar regtaes lu;,..

mogeneas~ sem se excluir quolquer outro fator se1etivoo

Tendo em vista a variedade dos c1imas e a multtp1tcJ

dade das c1assificaçoes~ nao seria 0 caso~-para 0 hidro10go ,

de ne1as inserir outras seçoes arbitrdrias o,.. ~

Acreditamos que a escolha fa implantaçao de bacia3

representativas deve ser feita de conformidade corn as regras~ ,..

a serem definidas dentro cZe regioes cl imdt i.cas homogen.easoSe

cons ideraçaes programat icas exigem~ por e.;:e.T;7,plop wn estudo !/fi

rai c~e lonC bac ia muito vasta de ta1 modo que c hOll20gene iècde

nao apareça c1aramente, esforçar-nos-:;:no::; em )"c;dt~zirl 0..0 mf.t:Jt

mo, 0 n~ero de regioes homogêneas èistintcs do ponto èe vi~

ta cl imat ico~ para que nao se va dispersar~ ao mdximo à and­lise, tornando as sfnteses posteriores muito complexasG

Par ordem de importânc ia, gs qqract~..r.f.iliQ.as do §Q.::

10 e do sub-solo impo~ em uma primeira etapa1 a divisaodas regioes climàticamente homogêneas o Esta divisao~ao que

nos parece, se acompanhar ou me1hor, obedecer 0 critc1rio da

permeabil tdade do solo e do sub-so10 a fim de indivisual tzar,.. ,..

as zonas de predominancia impermeavel, ou de predominanciapennedvel:;o isto permite, com efeitop separar as zones onde

a maloria dos escoamentos sao superficlais daque1as onde

existe um lençol aqu{fero que participa quant itat ivamente ~

maneira nao desprez(vel do ciclo da dgua; sendo os estudos a

real izar e os mei os a empregar~ bastante diferl?ntes nos do is

casas.

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- - '"o crit'rio da divisao reside, entao, na existencia ou'"ausencia de um sub-solo permeavel; a permcabil idade' do solo i.IJ

tervém geralmente de maneira secundaria e permancce corn um f~

tor variavel detcrminando a maior ou menor potencialidada de

escoamento(ou in/iltraçao) do solo em qUestao. Com e/aito, noqb tange à permeabilidade, solo e sub-solo acham-sa vinculaèos,mas talvaz, nao de maneira tao estreita quanto sa possa supor,- '" .podendo as condtçocs da pedoganesa modi/icar a masmo tnverter a

major ou manor parmcabilidade de um solo corn relaçao ao SUb-8~

10.Do ponto de vista quantitativo, daparamo-nos com a dj

- '"liculdada da separaçao entre estas. dois tipos de zonas entre os

qu~is nao ha uma /rontaira pracisa.'"Se 0 lençol aqu(fero é drenado pela rcde hidrogr~ica

local, podc~e-a tomar como limite uma certa pcrcentagem do

escoamento total médio anual /ornecfdo pela drenagem(talvez 4D.%para 0 limite in/erior da zona com prcdomin~ncia pcrmeavel. e10% para 0 limite superior da de predomin~ncia impermeave1.

'"Na ausencia da drcnagem local, seria preciso relerirA.. _

a ascolha do critério de distinçao ao valor da permeabilfdaèemédia dos terrenos(K), valor ;ste medido am condiçoes bem dat~r

A - .

minaèas(método da analise hidro-dinamica dos solos, em labora~6

rio ou ccunpo, segundo OS processos MUNI'Z ou PORCHET, por e.xem­

plo). Poder-se-ia, aèmitir, assim, como zona permaave1 aquela qn

que a permeabtl idade J( é suparior a 2, io5m/s ou 35 mm/h aprox.1madcmante e como imparmec1ve1 aquela em que.K é inferior CI

4, iél rn/s, ou saja,15 mm/h aproximcè"cmente.

Nos dois casos, a /aixa intermadiaria representa uma .'"zona sem preèominancicparticulcr em matéria de permaabi1idade.

Z preciso nao con~lnèir êstes va10res de permaabi1i4g

èe com os de in/iltrcçao rea1 in situ ott ainda com

aqueles da base (seuil) in/erior da precipitaçao utt~

todos os c~ois bastanta difarentes maamo, que simples-,.. '"menta pela micro-heterogeneièade do tarreno, açao me~

nica da chuva, etc•••

suao terreno subjacente, quer'" ,rede hidrogr4fica local.

alimentaçao depende essencialmente das precj'"locais sobre

se e/etua na

Quer sua

pitaçoesdrenagem

Nota

Nota

11111·1·11111111•

1.111111

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8.

Carto é que a escô1ha dos limites quantitattvos é,..um pouco arbitraria. Deles la1aremos apenas para indicar asdificu1dades, pots, na pratica, nao possuimos nem as infoxmaçoes(critério de percentagem de escoamento), nem os meiosde calcu10 rapida (critério de permeabi1idade média)- qgvendo, a scparaçâo das zonas ser laita qualttativamente. Aescô1ha. é, ta1vez, mais arbitrarz"a, tornando-se porém bemmats napida e mais simples quanèo letta por um especta1istaaba1 izado. 0 exame versara s imp1esmente sôbre uma carta. rJ.flJ

l~gica, verificando-se a tend;ncia argt10sa dos solos, a,.. -axtstencta de um escoamento.pcrene cm regtao de regime s~

zonal de precipitaçoes, etc•••Poder-se-ta propor as seguintes normas de dtvtsâa

1111I­I·1111111

1.1.111111

.. ZOna twpenneâ7(e1:

Sub-solo pràticamente impe.rmeave1. Solo argt10so ou qrg i10-1 imoso o ' Ausênc ta de 14J7,

ço1 lredt ico. Escoamento 4§pendendo ùnicamentc das p~c ip .,,"taçoes, apresentando 7.JJlrL

vazao muito rapida cm regia,com estaçao de chuvas bem JJefinida.

- Zoua POU9o penmedv§l,

Sub-solo pouco permeavel. S.JJ10 1 imoso, 1 imo-argt10so ouargi10-arenoso. Possibi1ida-,..de de existencia local de l~

çol Ireatico e de pequena t~

portânc ia. Escoamento sustelltado por uma depleçâo comfracas descargas o EsgotamcJ]to total poss(vc1 em regiapcom u.ma 10nga estaçao sêca.

-6 /K 4.10 rn/s

(15 mm/h )

Esc()fJment(J su~rlt ..cial 90% do eBcoa~

ta global.

" -5 ...(j

3.10 K 4# 10

(15 a 35 mm/h)

Escoamento supertJctal entre 90 • 6~

do escoamento total

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Em wna segunda etapa 0 critério de Bubdtvtsao r.§A

" "glonal deve ser pesquisado no relevo. Bste d tm fator deTM r • 1

" -tmportancta capital para a mator ou menor aptidao ao escqg

mente sttperfieial dos terrenos; pode modificar a distrtb'Lûçao entre a infiltraçâo e 0 Bscoamento superficial aval{Gdos do simples ponto de vista da permeabilidade; 1 sobre~u

do V./lZ fator de divisao das aguas de chuva entre 0 escoame.z:to superficial e a evapotransptnaçao real. Sua intervençâo

_ ~ n ~

se impoe na Bubdivtsao das zonas homogeneas cm setores..... "A oompreensao do releva deve ser a mais global

PO$S /vei; pode ser qual itativa como, no casa da penneabUidadeJ mas~ parecc-nos fdc il dela fornecer VIlla visao quan­titati?Jl:l, sem ter que recorrer a calculos complexos quandot1e tr(J.ta de VIlla bac ta para a qr..w.l se dtspoe de wna carte gl

t imltrico.." ....

Do ponto de vista de sua tnfluencta sobre 0 eseo.,g" ~mento, 0 releva apresenta duas direçoes pr~vllegiadas, a

dos talvegues e a das vertentes perpendiculares ~ antert~

Pdctl 'medir a declividade longitudtnal\ mtdta•

de u;n curso d'c!gua e, nao mutto dijteil, embora mats del!-cado, de avaliar a declivtdade transversal média das ve.rtentes. Pode-se acreditar que, corn estas duas decltvidade~

dispoe-se èc/uma aprec!açâo completa e satisfat6ria.do re-"levo. tsto é verdade do ponto de vista qualitativo. Ent~

tanto~ se se deseJa subdividir 0 relêvo em diversas clq§ses, t preciso criar wn critéria. que sc! venha a sat isfaser

plenaJT!,ente.q7.lando se associaJT!, declivtdades longttudinais e

transversais. lWds como proceder 7A soluçao simples e que, a priori, nao é ptor dtJ

que qualquer oBtra~ mas cujo valor nâo pudemos verificar

experimentalmente, cons tstiria em tomar a média destas duas

1I-I11·1·11111111.1.111111

- Zona petmedvel:

Sub-solo permedvel. SolosarenosoB, areno~ltmoso8 ou

areno argilos·os. Zen#olfre6.t tco geral. Escoamentopermanente, em etno- trreguJ.gr

"mente Beeo.

, -5K 2.10 m/s(35 mm/h )

:&scoamento Buperf.1cial l~erior a 60%do escoamenta total

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11111·I-I1111111.1.111111

10.

decl tvidades. Somos entaol obrigado Cf. (,dotar tcma dtst;nc ta de Z2Gse ao longo do curso d'cfgt,f1J, (lO~20 ou 50 Km a i.aarttr de s7.Jt1 ori­gem por exem)lo) para calcular a declividade longitudinal, . caso

contrdrio} esta diminuiria, reduzindo-se por conseguintl1, a dec.uvidcde de mldia do terreno( alidS, qualquer que seja 0 modo de q§

sociaçoo entre deolividades longitudinais e transversais)sem qU4

na realidade 0 relêvo se atenue o

.il necess idc'.de desta restri~':;;o 1 imita a compreensao. do re­lêvo a certos seto'res ?Jr6ximos das 1 inhas divisoras d 'dg7.JP.. Seriapreciso, entao recomeçcr em seguida" pelos comprtmentos dos cursosd'dgua mais longos o

Mas" nestas condiçoes seria melhor estudar 0 relêvo por qgcias hidrograficasl transformando a restriçao linear em uma r~çao de superffcie, pois possuimos meios de avaliar corrBtamente adeclividcde mffdia de WTla bacia, levanclo-se em conta. a totalidade .'

~ .

do relevo, de conformidade com 0 tndice de decl ividade de M.ROelE.,.Este fndtce se ex~ressa pela f6rmul a segutnte: na quaI:

. ,. ,.., a distancza que separa duas curvas de ntvel sobre 0

".,

tangulo équivalente.

- d'le' alf cotas de duas curvas de n(vel vizinhasd'-li

-., a fraçao de superf{cie tr.,tal comprefmdidCt. entre estas dualf

cUn,Jas....

- .L 0 comprimento do retangulo equivalenteo

Allm do traçado das curvas de n(vel na carta(' preclso nom(nimo 3 para que 0 fndice tenhIJ uma certa precisao) ;laz-se neceJlsario deltmttar a bacial medtr a superftcie ~1, seu per(metro P1seuIndice de compacidade K: O,28..J:... para calcular L, e a seguîr,med,,-r

as superfIcies intermedidric.s /Atre as diversas curvas de nlvel.A

Este trabalho bastante fécil pode, entretanto~ ser cons tde-rodo como muito longo ]Jara lima prospecçc7o cartogrdfico ger(:!.l~ tendoapenas por finalidade disti~~u~r os setôres. de rel~vo homogeneoo

Fode-se s impl tficar fàc ilmente 0 trabalho, contentando-nos

em calcular a declivid~de mldia de uma bacia pela aplicaç;o da J.brmula simples: I ~D ~ quociente do desntvelamento da bacia ~elo

comprimanto do L ret(;nguJ 0 equivaJ entetl

Cons;derudC 0amQ um pouco rudimentar esta declividade m'd'la

em geral, para bacias infer!o~oes è 500 Km2, as linicas que 'nos tnteressom o.qui~ é ao contrc:rio, inteiramente sat isfat6rta.

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Verific~~os dentre perto de 40 pequenas

baefas em regioes aridas, intertropicais e temperadas,que

a cleel ivicZade média estava em con~el oçoo estre fta com 0 (n

dice de deel ividade; segundo Q segldnte progressao:

200

0,490

0,070

100

0,340

50

0,235

20

0,145

10

0,100

......

tnstgnlficante'- Deelivièade w&(dia inferior a

5m/km_ Decl ividade wd

cZia compreendiCb

entre 5 e 10 m/lm 0, 10

10 à 20 m/km 011 0,10 Ide 0,14 p

[5

0,070

....Relevo moderado

Relêva pequeno

'"Relevo

3

l

2

0,042

Aeonselhamos ealcular 0 desnivelt},i71ento D naols iJlJ

p1esmente, subtraindo a altit7..xle da satda da baeia da a1t.1

tude do ponta culminante, mas;''\. b da evitar v.mâ disto'rçaocriaela par pontas s ingularesl tamando"'se em cons ideraçao œ

altitudes que t;m aproximadamente 5;j da superffcie da oaeia

aeima e abaixo das mesmas; sua determinaçao se faz, fàeil-~

mentel mediante !~a estimattva. Send~ 0 releva 4Ssim rep~

sentado totalmente pela decl ividade m~dia cIe l'lnrt oaeta h.1dragrd;ti ca, é pree iso, para estabeleeer wna elass iftcaçao,

part ir de Vll2a superffe i e de base, proe1.~rando-se, a segut7)

urna let de variaçao em funçao da super!fc ie visada.Supoe­

se igual à 25 Idff esta superffci e de base.

Proporemos 7..ma divisao arbitrdria do relêvo em ô

classes, stmplesmente designadas por um adjetivo qualifie~

tiv? e a cada 7..ana das quais carrcspondero. eaPlpos de-val!.

dade cm dce! ividadc mtfdia e cm i'ndicc de deel ividade.

2

Deeltvidade ,m(dig

11111·I-I111111I~

1.111111

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Se cons /derarmos, cgora, ton Iado e outra desta suPfiX2 .

fieie de base de 25 k7li 1 eonstaremos geralmente que, tratan4.Q.,se de bacias menores(ineluidas na lXlcia de 25 krrf J, a declitlldade média e 0 (ndiee de deeltvidade sao mais elevados e que,

no caso de bacias maiores(integrando a bac ICi de 25 'km2

) a ~cl ividade média e 0 (ndice de deel ividades sac mais batxos, iJt

~ ~ A

ta em wna mesma regiuo que apresente um relevo homogeneo e, c.J1n-sequentemente, uma mesma Gpt idCo para 0 eseoamento super/ie lalo_ n

Pu~ eonservar a mesma divisao em 6 classes de relevo')

qualquer que seJa a sU2Jerl{cie considerada, digamosl entre 5 7ffn2 -e 500 kni, é preciso estabeleeer uma tabela de variaçao das

deel ividades médies e dos fndiees de èeel ividades. Estudamos 1

muito 'rC'lpidamente éste problema par;, vérios grupos de bectas el

e.mbora haj~ certa dispersëo de co~ormidade os apanhados de

uma regiao para outro, obtivemos uma tabela média /orneoirido

os eoe/latentes K e K' Tielos quais deoem ser multipltcados asdeclividades médies e os (ndiees de declividcde dos baeias de

25 J, cons Iderados iguais à unidcde, a l'lm- de obter os va-lQ

res correspondentes para uma nova sU..:Jerf(cie.

Coe/iciente K das dee~

vidO.des . .méd i as

Decl ividade mtfdla 0,23. I pent re 50 e 100 rn/km 0,3a

Decliv/dade média I p 0,34

superior à loam/km

Coeficiente K

dos (ndices- de

deel'lvidade.

1,5

11 25

l0,85

0,70

01 55

0,45

20 à 50 rn/km onde 01 14 I p0,23

1, 5

l

0;75

0,50

01 35

0,25

2510

2550

100

250

500

5 - Relévo aeentuado

Super/teie

6 - Relé~o muito acentuüdo

4 - Reléùo relativamente

acent'[j,{,ido

11111·1·1111111I~

1.111111

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11111·1·11111111.1.111111

13.

Na pratica, para se ~aber em quai classe se anco~

tra uma bac ta de uma s7.tpe7"f{c ie determtnada.l calcular-se-asua decl ividacle média e em seguida.q pela apl icaçao do co.§

lictente i 1 obter-se-a a cZeclividade mddia de uma "dJcta

de 25 ~ de aptidao compartlvel ao esco~~ento superficial,que nos fornece~ a classe procurada o

Tendo em vista a prec isao red7.tzida desta tabela de

variaçao~ so se poderd real izar um bom est:u1o dos rel;vos de

t~a regiao climdticamente homogênea ou de uma de suas zonas,.

homogeneas em penneabil idade, trabalhando com bacias de sJJ

perlfc i,fl,>g vizinhas a 25 ,Jz e procedendo"'se a uma"sondagem

em diversos locais da reg tao ou da zona estudada 0,.

A exper!encia mostra que um trabalho em wna super-f(cie brisica de 25 kffz s:f é possfvell em grande escala, qualÎ

do se quer realizar t~ estudo muito detalhado de uma regiao

limitada o

Mas, tratando-se da um estudo extens tvo de uma va.a

ta regiao (varias dezenas de milhar~ de ~ por exemplo ),

é certo que a rapidez da execuçao ligada às p~ssibilidades

cartogrdficas(trabalhando-se nas e3calas de 1 g2000 000 ou­1:500(000), co pode-se obter tom~ndo~se de 500 kffz por base.

À t(tulo de observaçâ.'o finals G.s;:,inalemos que a qgcl ividade longitudinal média dot: cUÏ'':]C;j ri 'ar:r;.~a pouco difere

da decl ividade média das bac ta::: dre?1aâas ZY110s cursos- d 'aguo.aprasenjando uma ligeira tendêncfa a lhe ser inferior. T~

davia, nao se pode tomar esta èeclividade longitudinal ~

mo representat tva do rel;vo, porque Irequentemente, é dt­

ffcil apreciar nas cartas, especia1mente ocomprimento do

talvegue e seu local exato de origemo Por esta razao, os v.g

lores ca1cu1ados representam uma.dispersao notavel, em co~

paraçao corn 0 (ndice de dec1ividade~

Do ponto de vista hidro16gico a vegetaçao é 0 ~

timo e1emento do meio natural que pode intervir-na deter-- - ,.minaçao de regioes homogeneaso~ ,.

E prec iso observar, de imediato, que a escolha do

cl ima como p:rimeiro fato!' de c1ass ificaçao regional exige,a priori, que se )eve em co;:.side,!'.'7çao a vegetaçao natural.(Jom efe ito, c1aro esta que a cada '1'!"Q.rv~.:J t ipo de cl ima co.r

responde um certo tipo de vegetaçao: f10rssta tropicall e~

tepe her1xfcea, etco o..

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11111·1·'11111111.1.111111

140

A vegetaçà'o n{o poâe lnicrvir come elemento de dif.§.

renc iaçao, em quarto .Zt~gQ.r;) em seu aspect ,) bot;'nico e natJJ

ra1, mas em seu aspecto de cJbl]';-'ü~t'a do solo, eonsiderand.Q

se sua maior ou meno, degradaç;;'o devicZo c. intervençao doh.omem ( exploraçao intensZv(J, de madeiras~ corte e queima mra cult tvo).

Poder-se-ia aèo (;ar 0 segutniJ3 esquema de class ifie.,g~ ,..

çao da vegetaçao por 1 importanc -:a dec-:-cscaLte seu pape1

de cobertura do SO:OI

1 - F10resta naiural pf'otegtda ( local cJa.::si,/i";Q.,-'7.o)

2 Fi oresta exp1oraœ7. r:Z~""'~1 a p7~,)duçâo ce i;:ac(: 'l. re" apre~;;;

tando clare ~'ras em pet]uenas quant i.dade~-:>J

3 - Floresta on sa:;œ2'2 C.·' bOi'isad'J e dcnsa~ dr?)"'1.cl.ada p~...

la cultiva em dreœ.:: ('c >:.?Za-/;;.';./(l 'lmp;);,·iancia.; forman-

do ilhcu3 (1

4 - Terrenos Cl,!) t lvado,'''?" :':ani.o::)'71 drea::; de floresta remg

neseente ou sav:Jna Q,:'l,cfr"(l c densa, coma em su.a.· tota..Ji

dade~ nas C;.uais, p07'àz.) aD cultunz.s asseguram uma boacobertt~ra do solo em pc;~fodo de chuvasfI;

5 - Terrenos cultivados scm p;"cteçao eficaz ao solo em IJÇ

rlodo de chuvas. Savanas ~alpicadas de eac~ceasp

6.. Estepes de herbaceas naturat.;; pradarias permanenteiJ

art ific ia ts.

7'" Terrenos incult03 ou. abandonados apds e~'~or"ao devido às

cu1turas e eobert,os corn uma vegetaçao herbacea esparsa

8 - Zonas sem vegetaçao: rachedos de a1toA':l mo/~tJ:nhas, 'df'~'

sertos, dLmasl setores urbanos~ est~adasv

o conjtm"to das Bo17.."ç ~et; que r::._';J;"esentaraos :wsta e~

pos içao estdJ ceriamente" incompl çto, mas acreditamos que

podeJ desde jô, permit ir UinCl anal. ';se regiona1Jf visto Bob 0,..angu10 hiâro16gico1 uma vez que indica em que sentidol ao

nosso ver, seria pc;c~ (<"",,1' e razoavcl t!lTiC orieataçao a Jimde detenninar zonas corn ca.ractcrtsticas '?fdro16gicas h.om.Q

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11111·1·11111111.1.111111

""geneas e dentro das quais uma bacia poderia ser represent~

tiva.A1dm do mais, estas soluçoes deveriam possibi1itar

omelhor (ndice de aptidao para escoamento superficial de

O. AWRAY, fornecendo wna visao global dos fatores ffs icosde uma bac ia aval iada qua1 itat ivamente segundo uma esca1ade 0 a 10.

Para regioes de c1ima homogineo, poder-se-ia, r~

cons iderando cad,a uma das soluçoes re1at tvas à permeabi1 tJip.""... '"de, ao re1evo e a vegetaçao, e1aborar fndices secundarios ,

"" "" ""que representem a influencia de cada um destes /atores s~

""bre 0 escoamento super/icial, integrando em seguida estes 3tndices em um unico, uti1izando um meio a determinar: êstetndice de aptidao reriona1 deveria prestar inestimaveis sez

viços nos estudos de s (ntese das caracterfst icas do escoCllllfll.""to sobre pequenas superffcies.

Pode-se encontrar em anexo wn exemp10 da ap1 icaçaoda determinaçao de regioes hidro1ogicas homogêneas, part in­

do-se das regras propostas nesta exposiçao, 0 quai realizaV"" ~dentro do ambito de t~ estv~o gera1 de va10rizaçao regional

""no Nordeste do Bras il. Este traba1ho fo i fe tto em um dta, combase em vma carta na esca1a de 1 :500.000, com uma superftc ie

2 ~ ""de base de 500 'Ir:ifl para ap1 icar a soluçao baseada no re1ev(), cs

dados c1imaticos, geo1ogicos e de vegetaçao por nos conheci­dos, ass im como 0 terreno que por nos quase todo percorrido.

A zona estttdada representava aproximadamente

80.000 km2

Tanto pelas dimensoes do prob1ema, como pelos meios""empregados, este exemp10 corresponde, ao nosso ver, ao cas 0

mais gera1, para 0 qua1 0 conjunto de regras por nos propos­tas se ap1ica me1hor:

- Dividir a zona a estudar em Wll nl1mero su/ictente deregioes para que cada uma de1as seja hidro1ogicamente homo~

- Alertar para nao 1evar esta regiona1 tzaçao ao exce.§

SOI pois, no final de conta. t;das as bacias( sendo aqu'i de2 -500 km ) saD de a1gum modo diferentes.

.Err. outras pa1avras, na esca1a de a1gumas dezenas, afJri'

mesmo de a1gumas centenas de mi1hares de hm2, 0 estudo deveter dois objetivos:

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11111·1·1111111l,1.111111

a) - v.m objetivo principal que consiste em detenninaras regioes hidro16gicas homogêneas e, pennitindo ,por conseguinte, a elaboraçao de um-programa de implantaçao de bacias reprcsentativaso

b) " u.m objetivo secunddrio que, a posteriori, consistJra em tornar poss (vel, na zona estudada, a extensao

dos resultados localizados nas bacias representatJvas, ut il izando-se as soluçoes baseadas na regio7lJ11 izaçao para determinar um (ndice de apt idao ao e.§

coamento super/ictal por exemplo.

Do ponta de vista prdtico do desenvolv iment 0 dotrabalho, nesta escala, 0 clima é geralmente homogêneo,ou

quase, e a soluçao baseada da permeabilidade é ao que nos

parece, 0 clemento essencial da regionalizaçao. A solu­çao do releva que provoca, a ûltima divisao regional par~

ce-nos que deve assim ser aplicado:

- Examinar cada bacia de 500 Jd aproximadamente,l~vando em conta, sàmente para ton ae'tor dado, as t.§!L

dências gerais midias,,, no intuito de classificar 0

relêvo;,.,

... Desprezar toda.s as rarticula'ldades locais tratcm')

do - e A e upc f.f,,""'·' ë.., '00 7r1"'/'"S (.~ sr",~ f, '- ",' :.......;) 1 W... ..

Caso se incl ine em t!ln sent ido c noutro 0 equil (­brio que preside a aplicaçao d~9 regras de regionalizaça~

~ ,.,atribui-se a prepondcranc ia ton ou outro èos termos deste

~

equil{brio, 0 que corresponde ao mesmo tempo, a ton novamétodo de aplicaçao das regras e a um n;vo tipo de pro~

ma.

No casa de wna zona de dimensocs 1 imitadas a q,zguns milhares de km

2, 0 problema naD é mais 0 de detenni­

na~ ) as regioes hidrologicas homogêncas, mas de èetermi­

nar as variaçoes locais, como, por exemplo, considerado sob,., - ,.,

o angulo da aptidoo para escoamento superficial. Neste c~

so, 0 cl ima é, geralmente.~;wmogêneo, perdendo a penneabi-,., ,.,lidade a sua impcrtancia em bencf(cio do relevo e da veg§

taçao que passam a consttt-air as soluçocs principais daanalise. 0 estudo sera realizado cm bacias inferiores a

2 2 -500 km (25 a 50 l;;m por exemplJ ) e as observaçoes form.ltJ

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,.,èeste setoro

de api icaçao cJas regras de 7:JJ

c;efin;. r,' os camp~ ,;lec! tano e sJ:f

ma 'ls ètvl.!.lgaé'-os e 0 dom!niof/fl.

11111·1·11111111.1.111111

17.

ladas anter iorrnente -'m '.'«açao à IJpl icaçé,''J c~c soluçao base"Q"da no relevo continu(m valièes, mesmo muëando-se e superff-

cie èe base. A aplicaçco da soluçao èa vcqetaçao èeve ser

feita nesta mesma perspectiva Q

Caso contrai'io, a regional izaçao hic~.,..016gtca do !?pje

t:ttb w;t.:.~~.o èe um est1.tc~o rejer.inèo-se a l!J7la zona que ultrapc.§

se, por exemplo 100.01J k.m2• Atemo-nos, entco1 à èejin!çao

das regioes hem dzjerencdcdas, èentro das qua!s poderao ser,.,implantadas bacias representctiv~9 de te:ru!encias gerais m~

è tas da reg ,:ao,\' Nesta escale, a soluçao baseaàl no cl tma

assume 0 primeiro lugar ,< a Cipl iccçao da soJuçao baseaèt.J 7rJ

re1êvo~ que 'éo!7lc-se c!z'ft 'i.l este7Jelecc14 Ci:, 5Z1pe;'4r!cies lUi­

periores a 501l-., k.'7'P,. con::. ".:":"/;,e em escolhc?"" 'i1CD zona-s jd tE

èividua1 izac~cs} atrQ7)&~ c;c c;?l icaçGo das soluçoes chaves

baseadas no c~~ [ma e na 1){Ji"'nca.bil ic'a,c?e.9 a1gtrmas bactes de2 .

500 kni que par{Jçam.. a pi' ';:C ;>ra v ;;,~ta~ representcr a ten-dmc ta méèia c;e UJn setor c .f' ,<;2 (~(; fixer a clas31J de re1êvo

As tris poss i bil i:c7,::,:(~c.s (;:'ferr:;fr~es de apl tccçao d::s

regrc;s c~e ieqiono.lz"zaçco poc;er:: cf>7..X:s-;ir c:n Ul'JZa mer,ma zo"na, mas os 1 imites por nefs st~f:e;'l(;os parc;, separar 03 dij~

rentes èom{nios de cpl icaçao SaOI por sua p!'opria natureza,

de ordens de granc!eza médias. Em algumas partes do mundo~os

fatores f(s icos(cl ima~ solos, relêvo,. co) vari;G.m eons ièerà­ve1mente em pequenas èistâncz"~~, como nos paisea alpinos au

,., - ,.,em toda regiao montcnhosa do litoral meèiterraneo assim c~

mo nos paises anèinos; nestas condz"çoesl os 1imz"tcs èo ca~

po de aplicaçao deverao ser reèuzièos e, poèenèo, 0 inte~

resse èo campo èe c!om {nio 8uperior poèera c1:m inufr cons iC&

ràvelmente pois) nao haveré·mais regtoes htc~ro16gicas hom~

gêneas de grande supc rjte i e~

Pela contrario, os }imites poderao ser dotac~os nas

vastes p1cmfcies do Norte e ·~o Le::+.< ·::vropeu como no conti­

nente Oeste aj'ricano ou na ,; ~a"'esta amazônica; entao 0 caJ!1

po superio'r c?e apl icc.çêio da:' regrcs torncr~~:.-~a importantee a utiliz'2çco C'TJ c~om{nfo -::/ferioi) poc~eria flcar- sem o~Je

tivo pois a heterogen0ic:t:J.c:e hic;:;'016gica c~e èeta1hcs-;ntJ pr.4

t'lca, nao mais exfstirico

Entre OB 3 èom!niosgiona1tzaçco que (1c:-:~"c...-:J.: (:e

periorl que parecem ser os

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1111

1·1·1111111

1.1..111111

le.

pertorl pelos pr6prios objet ivos a que visam, ex'lgem expre.§samente que as ditas regras sejcm af, aplicadas 0 mats sWples e 0 ma 'ls rdp i dam ent e poss tvel.

Esta necessidade p~rtica justifica 0.0 nosso ver aescôllUL feita, por nos, no sentido de utilizar, no casa de.., """'"reg! oes cl imct icamente homogeneas solu;-oes baseadas suces -

A . I/V . t1'W

S ivamente na permeabi1 idade e no relevo e nao Wlt2 soluçao .'7!nica que poderic basear-se na geomorfo1ogia quant'ltativa.

A geomorfologia: quant 'ltat tua, que tem suas raizesnas le ts de IiOFO.'ON, entre outros, é capaz atu.almente, de .fq.r

necer um i11liltrwnento prec'loso do hidr61ogo. Os traba1hos dcJ.S

geom()rf~10gos americanos (IEOPOIJJ, lŒIMGOIJJ,STRAHIER,MEI1l'011

MILIER•••) bem. como dos franceses que n;les se insp'lram Tlj;[

(].f:1ll', HIRSC.T1~o.) estabeleceram a determ'lnaçëo prt!t 'lca de rwmerosas parÔ;netros geomorto16g tcos:

.. mnero e comprimcnto médio dos CUrsos d'agua de cUversas ordensl

rela'}oo de conf1uinc ta e de comprimento

- densidade de drenagemQeQ etc •••Mas 0 ct!lculo dêstes dtversos para~etros é cdnda ~

1 'lcado e "';0 s6 é demorado coma tombém requer 0.0 mesmo tfQ/J. _ A

po carias bastante fiéis(reproduçc.o fiel da rede hidrogrdfi-ca) calcu10s e extrapolaçoes grtIficas. Beu USD se justif'lca

~ -certamente na fase da inter~reta;co e da cartog~'la, cpti~

ao escoamento superficiel efetuadas a posteriori dos estudosde campa.

ft

,,1cred'ltamos que este trabalho saria l'or demais co,mpl'lcado para 0 objetivo par n6s procurado: implantaçëo a pr{Q

ri de bactas re~resentativas de zonas hidro16gicas homogéneos.

Entretanto, 'preciso reconhecer que a escolha de umIndice geomorfologico am vez de solu~-:oes baseadas na Il permf1,f!

~, .- ~

btlidade " e no "relevo" nao :)ode ser desprov'lda de înteressCipe10 menosJ em èois casos:

a) -L'o campo inferior èe cpl icaçao de nossas regras de r.egtonal tzcçâo porque sc trcta, muito frequentemente de7JJn tral:xJ.lho muito proximo dcquele de 'lnterpretaçao(iifJ

mogeneidade do ponto de vista de cptidco ao escoam~

to suPeJ-fl.oUJl ).

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11111 ~

I­I111111I~

1.111111

b) _ Quando as cartas ait fm'tricas apresentam falMs.Êste caso nao " talvez, raro em nwnerosos pa(­ses ainda pouco desenvolvtdos e parece-nos tnt~

ressante examinar a posstbtlidaèe de uma substJ_ _ A

tuiçao èe nossas 801uçoes baseadas no releva ~ra wna soluçao geomorlolrfgica a se determinar ch

forma mais simples poss(vel. Êste ponto, par stso, merecerta um estuda parttcular.

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ENSAIO DE DETERMINA çJfo DE

REGI'tJL'S H.llJROLOO1CAS HOMOOi

NEAS NA B4 OIA DO JAGUi"RIBE

CEARif

A parte central, meridional e oriental do Le~

te do QEA~ encontram-se inteir&~ente ocupadas pela bacbhièrografica c~o rio JAGUARIBE que cobre perto (~e 80.000~ou seja mais da metade da superffcie dêste estacZo.

'"Localizada dentro do pol{gono das secQS, esta Qg,. '"cia goza èe cltma homogeneol tropical ûmido de inverno s~

co e tendência isotérmica ( menos èe 50 0 de èesvio entreas temperaturas médIas do me"'s mais quente e c~o mês mals

trio) correspondendo no tipo A w t da classiftcaçao deKOPPEN.

o problema com que nos deparamos l consistia emprecisar os dados de escoamento(ëefluvios anuaiS I irregu­

laridade interanual e descarga maxima de enchentes exce~

cionais) necessario à racionalizaçëo da pJlftica de ret~

çao superficial das aguas para satisfczer as nccessîèadeshT.JJT!.anas, agricol as e c~os en ima ts •

'" ,.Neste clima homogeneo, n6s preferimos apresentarduas variantes do estaèo médio das precipitaçoes: 600 a

800 mm por ano, uma mais chuvosa em três setores( eJuas em

aIt îtuC!es ac ima èe 400 m e a 3 flt na costa maTit ima), a o,y'"

tra mais seca no extremo Oeste da bac ta.'"Aétotamos~ ass ïm, 3 classes de cl ima homogeneos de

umtèaèe crescente:

Pree lpttaçoes anuats médias inferiores a 600 mm ,comp.'r-eendendo 11.500 }r;m2 no extremo Oeste da ba­

cia.

superiores a 800mm,

èe CARIRIAÇU, e SEJi

costeira perto de

Precipita~oes anuais médiasem 3 set;res (CARIRI e SERRA

RA èe PEREIRO, além da fa ixa

Precipitaçoes anuais m!èias compreendidas ent7e600 e 800 mm, para quase total idaèe da bacla(8(JJ/oaproximadamente).

Hl -

H2-

H3-

11111·1·11111111.1~

111111

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21.

2ARACATI) cobrindo aproximaèamente 5.000 hm • )

A carta geo16gica e os estuèos efetuaèos a efe~

to pe10s hidro-ge610gos permitem entrar, mais fàci1mente,- ~dO segunèA etapa de èivisao regiona1. Afora os tres seto~

delimitaèos por terrenos sedimentares, no extremo Sul, nocentro e no extr~10 Nordeste da Bacia que abrangem ume B~

perffc i e reduzida, os terrenos antecambrianos, gera1menteimpermeaveis ocupam a totaliëcèe da masma. De conformtdadecorn proposta na exposiçco gera1, n6s aèotaremos três c1a~

ses com penmeabi1idade crescente:

a

entre

,.terrenos impenmeaveis sobre embassamento antecqmbriano.

terrenos.pouco penneaveis cam 1enço1 freatico ~

cal i zaèo: Bac ias de ICrJ e de IGUAZ'Y, zona dos ~nitos inj'eriores no sopé da CHAPADA do ARARIJ'E ,

ao Sul, e 0 beixo vale a1uvional ao Norte.

Decl ividac~es mo(~eradas - entre 2,5 a 5 rn/km

Dec1 ividades pequenas-entre 1,25 e 2,5 m /km

Dec1tvidaèes insignificantes - inferiores1,25 m j'km

Dec1ivièaèes bcstante acentuadcs5 e 12,5 rn/km

R 3 -

R 4 -

R 1 -

R2-

P 1 -

P2-

terrenos permedve ts: CHAPADA do ARARIPE, ao . Su,iCHAPADA do APODI, ao Norte e c~unas coste iras.

A sulxHvisao com base nas ccractertst icas èo r.J1,.

1evo efetuada em 'Uma carte ne esca1a èe 1 :500.000, corn O~

vas èe nfve1 flgurat ivas corn 100 m equidistânc la. A bac la,.

fol toda ana1isaèa procedendo-se por grupos hidrograflcos2de 300 a 500 km aproximadamcnte, sem se lever em conta os

rios mais importantes.Ap1icaram-se as regras propostas na exposiçao ~

,..ra1, as quais permitiram detcrminar 4 classes èe re1evo ~tinc!o-se dos limites èa èec1ivièaèe média da becia fixados

em 500 knP.

P3-

11111·1,

1111111I

J

1,111111

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22.

Jt importante ter sempre em mente os segufntes lOZ" -tos antes de uti1izer este ensaio cartogr6fico:

Nao intro[~uzimos outra [!iscriminaçao porque a v~

getaçao da quc~e totclidade da becia pereceu~nos pertencera classe 5 da exposiçao gera1: oro. Savcna entumeac~ èe cc~

tac~~8 . (caatingas), ou cultures que nâo protegem eficaz­

mente 0 solo èurante a estcçao èe chuvas$

Va1e sa1 ienta'r~ entretanto~ que a vegetaçao das

chapadas do ARARIPE e APODI~ bas tante c!ensa e re1et ivcmenteprotegièa, poderia se situar tanto na classe 3 como na cl~

se 4, awnenttmèo, Cons t[~eràve1mente, o,consumo, por evapo'"transp traçaoe

Os cZ iferentes 1 'fm 'ftes cJe classes c~o cl ima~ de pe,X"meabi1ièade e de relevo, foram traçados em uma car~c na e~

,., "cele de 1:1.000.000. A conjugaçao dos fatores H 1 a H 3 ~

Pla P 3 e R 1 a R 4~ deter.minc 0 aparecimento d~ variosagrupc;;lentos dist intos~ por assoc iaçao de três fatôres.P.!lc~emos registrar 18, os qt~C:' is jorrrzam 33 setôres geograjicos

dist intos. No qucdro seg1..~inte, faremos sua recapituleçao 0

" AEstes agrupamentos contem aspectos h'fèro1ogicos .muito variaveis, ècsèe c associeçao P3. R1 que represento

as zonas planes sem escoc:.mento superfiezal onc~e a injil­

tnaçco alimenta os lençois~ até Pl. R4 que constitui~ ~

ra a bac'ia c!o JAGUARIBE, 0 maximo èe apt idê:o parc 0 es­coamento.

1111I­l'1111111

I j

1\111111

a) -

b) -

c) -

Em nosse èivisao geografica, elimtncmos toèos os

micro-detalhes parc guardar sàmente as opçoes e~

seneiais;

A presença de 18 elementos nao exclui a p'l'iort a"possibi1ièade èe uma resposta identica de varias

cgrupOJf'.ev.tos para certes caracte r::."!" ~ces do es

cotr:nient 0 0

Entre 0 enscio prévio de t!J7?,C individual izaçao cbs

regtoes hièro1ogieas homog;nees e a èeter.minaçaodas carcterfst tcas qucnt itat ives dos reg imes decada regiao a partir èe estuèos pontuats, ha umespaço ainda èesccnhecièc~ que-seria inconvenleEte querer transpor,_tàpidamente. Qual~uer tentatJva èe generalizcçao ~e estuèos sôbre bac tes re-

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11111-

I~

11111111J

l ,111111

23.

presentctivas realizaCbo em um agrupamento determinado dasuperffci e abrang ida por êste grupcmcn to, como em um outro

agrupamento vizinho so pode ser realizado por hidrologo t~

rzmbado.Nao é menos verdade, que êste trabalho escla~ce

a sztuaçao e abre pespectivûs encorojadoras para 0 estabe­

lecimento de normas regionais èe alimentaçao e de explora~

de pequenas reservc:.S de égua superfictal.,.,

Na bec ia do JAGUA RIEE, os estud08 [lobre bac 'las xe,..presentativas versaram sobre dois grupamentos:

- H3. P2. R4. part inco das bac i as do CA RIRI cujos dados P.52derao ser poss ~velmente empregados, ap6s adaptaçao em todas08 agrupamentos de PE com R3 ou R4, qualquer que seja H.

;.Ii H2, Pl, Ri, part indo das bac tas de J[JATAMA cu:Jos dados RS2

àenZo ser uttltzados para os agrupamentos de Pl com Ri eR2, qualquer que scja H.

,.,um. estudo da bacia representctiva sobre 0 agrung

mento Pl - R3 ou Pl - R4, permit ira preencher uma lacuna(forte escoc:mento superficiel) e cobrir, com os estue~oB je!

realizadosl a quase totalièade èa becia do JAGUARI~, cam

os estuc~os ja recl izac!os, com (?,·ne;~-atJ. àas CHAPADAS( do t.1po P3 - Ri ) para as quais 0 simples estudo da superf(ce da

becia trarza i~ormaçoeB s~icienteso

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1111.1.

;

I~

1111111l,

'" t

.I~

111111

24.

AGRUPAkŒli;TŒ lIIDROLXIC.QS'

HŒfOGÊNEŒ

l lI3 ... P3 ... Rl ... Dunas de ARACATI - Leste da ChapacZa do

AP.ARIPE

2 J{3 - P2 - R3 - Leste de jvJILAG~ù

3 .li3 -P2 -R4 - Leste èe CARIRI

4 H3 -Pl -R3 - Sul de AURORA

Ô H2 -P3 -Rl - (Jentro da chapada do ARARIPE- chOpadJ

do APODI

7 112 -P2 -Rl - Zona do ba ixo JAGUARIBE

9 H2 -P2 -R4 - Norte do APJl.RIPE - Sul de JATI - Pqr

cela c~e JAPJJIlvf a Leste de ji/lAURITI

10 H2 -Pl -Rl .. Batxo B.·;}1l..~BUIU e Baixo PALHANO

il Parcele. de QUIXERAMOBIU em SOLQN~POLE e ORrJS, BAIXO

FIGUEIRlf.'DO - Alto Sit ia - Norte c!e S.A. c!e RVSSAS.

12 H2 -Pl -R3 Regiao de Lavras, entre BASTIfJES E JAGl{i

BIBE, parcela de IGUATU à 11ENADOR POUPEU,

BOA VIAGEM e CVSTODIO - Alto PALH/lNO.

13 B2 -Pl -R4 Regiao èe JATI - Regtoes de ASSAP,z,AIUAB4

e a percele de SABOEIRO e UQlt.1BA Ç4 - Extre­

mo Noroeste de bacic - percele èo Leste de

IC~ 0.0 Norte do JAGDARIBE.

14 IIi -P3 -Rl - htremo Oest e da Cltcpccla do ARA RIPE

15 Hl -P2 -R3 - Sul c~e CAifPΠSALB7J

16 Hl -Pl -Rl ... Suc?oeste c3e TAYA

17 Hl -Pl -R3 - CAIvIPOS SALb7J ... Alto JAGUARIBE a montante

c3e ARNEIROZ;

18 Hl -Pl -R4 - Regio.o de IPlEIBENTAS em PARAlLlIBY

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UHyèrologie de surfcce n

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Oonservation Researeh ll

HIliSCH .p. IIAnalyse:morpi'7.omdtrlquedes réseaux fluviattlesApplication a la previ­sion des d/bits d'eau ll

25.

GA rIrHIER-VILL4RS,

tfdtteurs à PARIS, 1963

ComitA Inter-Etate

d'Etudes HtcZrau1 tques

Oongrès de MONROVIA,1962.

John WILEY and S0718

NEW-YORK, 1949

tU.S. Dp.. Agrtcult.jJ

re, 1963.

Rev. Géom. Dyn..... 3,p. 97 - 106,1.9.62,. ··s

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Dubreuil Pierre, Trajano Filho J. (trad.), Cafe Da Silva A.C.

(trad.), Carneiro Campello S. (trad.)

Contribuicao ao estudo de implantacao de bacias

representativas de regioes hidrologicas homogeneas.

Jaguaribe (BRA)

Brasilia : Grupo do Vale do Jaguaribe ; Ministerio do Interior,

1967, 25 p. multigr.