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FACULDADE PITÁGORASDE LONDRINA
eBook
CONTRIBUIÇÕESADMINISTRATIVASE CONTÁBEIS NAGESTÃOORGANIZACIONAL
FACULDADE PITÁGORASDE LONDRINA
eBook
CONTRIBUIÇÕESADMINISTRATIVASE CONTÁBEIS NAGESTÃOORGANIZACIONAL
CONTRIBUIÇÕES ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS NA GESTÃO
ORGANIZACIONAL
Organizadores Flávia Pellissari Pomin Frutos
Adriane Bayerl Gabriel Manganaro Ramos Quirino
Conselho Editorial Aleksander Roncon
Paula Frassinette do Carmo Thiago Spiri Ferreira
Capa
Érico Francisco Bonfim Belem
Diagramação Érico Francisco Bonfim Belem
Gabriel Manganaro Ramos Quirino
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Selma Alice Ferreira Ellwein – CRB 9/1558
C782 Contribuições administrativas e contábeis na gestão organizacional / Flávia
Pellissari Pomin Frutos... [et al.]. (org.). – Londrina: UNOPAR Editora, 2019.
ISBN 978-85-7184-007-2 1. Administração. 2. Clima Organizacional. 3. Gestão. 4. Satisfação do Cliente. I. Frutos, Flávia Pellissari Pomin. II. Bayerl, Adriane. III. Quirino, Gabriel Manganaro Ramos. V. Título.
CDD 658
2
Sumário
PREFÁCIO ................................................................................................................................ 4
Cynara Leão Garcia Emanuelli Mariana Maingué
CAPÍTULO 1: ........................................................................................................................... 6
Gestão e Integração na Cultura Organizacional
Samuel dos Santos Silva Cynara Leão Garcia Emanuelli Mariana Maingué
CAPÍTULO 2: ......................................................................................................................... 12
Estratégias Motivacionais e sua Importância no Ambiente de Trabalho
Alisson Andreo Albino Cynara Leão Garcia Gabriel Manganaro Ramos Quirino
CAPÍTULO 3: ......................................................................................................................... 18
Políticas e Processos de Gestão de Pessoas
Rita João Bondo Cynara Leão Garcia Gabriel Manganaro Ramos Quirino
CAPÍTULO 4: ......................................................................................................................... 24
Estilos de Liderança Predominantes no Contexto Organizacional
Valéria Mbuanda Baptista Panda Cynara Leão Garcia Emanuelli Mariana Maingué
CAPÍTULO 5: ......................................................................................................................... 30
O Trabalho do Gestor Empresarial Frente ao Planejamento Estratégico
Debora Regina SurmaniCynara Leão Garcia Emanuelli Mariana Maingué
CAPÍTULO 6: ......................................................................................................................... 36
Planejamento Estratégico e Balanced Scorecard como Ferramenta de Gestão
Carlos Guilherme Ferreira
3
Emanuelli Mariana Maingué Victor Hugo de Carvalho Guilherme Barros Chaves
CAPÍTULO 7: ......................................................................................................................... 42
A Importância da Contabilidade para Tomada de Decisão, como Ferramenta de Gestão
Alessandra Aparecida Semcovici Emanuelli Mariana Maingué Cynara Leão Garcia Victor Hugo de Carvalho
CAPÍTULO 8: ......................................................................................................................... 48
Auditoria Interna na Gestão das Organizações
Thiago Rafael Sitta Mota Emanuelli Mariana Maingué Victor Hugo de Carvalho Guilherme Barros Chaves
CAPÍTULO 9: ......................................................................................................................... 54
Atuação da Controladoria na Gestão das Organizações
Danieli Cristina da Silva Emanuelli Mariana Maingué Cynara Leão Garcia
CAPÍTULO 10: ....................................................................................................................... 60
Demonstrações Contábeis para Avaliação do Desempenho das Empresas
Viviany Gomes Evangelista Emanuelli Mariana Maingué Guilherme Barros Chaves
4
PREFÁCIO
O mercado está cada vez mais competitivo, dinâmico e sofrendo mudanças constantes. Para que uma empresa alcance o sucesso, é necessário que a mesma volte os olhos não somente para o interior da empresa na qual está inserida, deve também ter um olhar extramuros, acompanhando as alterações de seus concorrentes e do mercado. Para isso torna-se necessário e indispensável que seus gestores apliquem boas práticas, para que seus objetivos e metas sejam alcançados de forma eficiente. A gestão por sua vez, é uma das áreas da administração, que está ligada diretamente com recursos humanos, financeiros e estruturais, sendo essencial a análise das fraquezas, e as forças de cada um desses recursos. Para que seja possível alcançar melhorias continuas, são necessárias ações através de planos de decisões, sejam elas parciais e/ou integrais, principalmente no que tange os fins lucrativos de uma organização. Este cenário que envolve a gestão associada aos recursos humanos, financeiro e estruturais, motivou a criação desse e-book, através do uso de Trabalhos de Conclusão de Curso, dos alunos dos cursos de Administração e Ciências Contábeis. Os trabalhos elaborados, exploraram a gestão no âmbito cultural, motivacional, bem como, no que compete a gestão associada a contabilidade, ferramentas de gestão e planejamento estratégico. O primeiro capítulo observa as relações influenciadoras da cultura organizacional nas empresas e de seus colaboradores, e entender como é possível obter sucesso em seus negócios conquistando a satisfação do colaborador. Destacando a credibilidade, produtividade, lucro e crescimentos como benefícios conquistados pelas organizações como principais motivos para manter os colaboradores alinhados aos objetivos da gestão da empresa.
O segundo capítulo analisa a relevância da motivação da equipe de trabalho para o progresso de qualquer empresa, e elenca alguns geradores de motivação que facilitam o desenvolvimento de um bom ambiente de trabalho, ressaltando que a falta de motivação e apoio da gestão organizacional sempre reflete na produtividade da mesma.
O próximo capítulo aborda a importância do responsável pelo recrutamento, treinamento e contratação dentro das organizações, observando a política e a gestão de pessoas, relacionados à motivação, a lealdade e o comprometimento. Destacando a importância desses três elementos incorporados como parte do dia a dia do colaborador por meio de programas de treinamento formais e informais.
Estilos de liderança é o tema do quarto capítulo, que identifica os desafios e a motivação como as estratégias que devem ser adotadas pelas organizações, e a influência do comportamento do líder na intenção de ampliar os resultados dos seus colaboradores, contribuindo para que os todos os envolvidos na gestão alcancem resultados no ambiente organizacional.
Para que uma empresa obtenha o sucesso almejado, o trabalho do gestor empresarial é de suma importância, o quinto capítulo aprofunda no tema para analisar o trabalho do gestor empresarial, e como suas funções amparadas pelo planejamento estratégico agregam valor às organizações.
A partir do sexto capítulo são introduzidos nesse e-book temas relativos a influências da contabilidade na gestão das organizações. Esse e-book verifica a importância da Controladoria da empresa, como função necessária frente à globalização e ao crescimento da concorrência das organizações, papel eficaz junto a Contabilidade e a Gestão Empresarial, permitindo tomadas
5
de decisões adequadas aos resultados almejados. Trazendo o Balanced Scorecard como ferramenta de gestão, contribuindo de forma segura os objetivos da empresa sustentados pelo planejamento estratégico.
O mérito da contabilidade na administração de micro e pequenas empresas é o tema no sétimo capítulo, ele destaca a posse de informações contábeis utilizadas no processo de gerenciamento, como ferramentas necessárias para a conservação do patrimônio da entidade e a gestão dos negócios, com a finalidade de contribuir na tomada de decisão a partir de análises das demonstrações contábeis.
O capítulo de número oito aponta que todas as empresas têm necessidade de demonstrar exatidão nas suas demonstrações contábeis para assim garantir maior segurança aos seus usuários, destacando a importância da função do auditor interno nesse cenário, com o intuito de identificar e analisar quais são os fatores que fazem da Auditoria Interna um dos principais meios de assessoria para a gestão empresarial.
Com o objetivo de sanar a necessidade dos gestores de informações rápidas e confiáveis, a controladoria desperta como tema no nono capítulo, destacando o profissional Controller, capaz de fornecer informações claras e objetivas aos gestores, com auxilio com Sige, levando o maior benefício possível para a gestão da empresa.
Por fim, o décimo capítulo apresenta como tema central a importância das demonstrações contábeis para as pequenas e médias empresas, no intuito de gerar informações assertivas e fidedignas para os usuários e seu impacto na gestão, apresentando os indicadores apropriados para avaliação de desempenho da entidade e determinando a relevância da contabilidade como instrumento de apoio para tomada de decisão.
Não existe uma fórmula exata para se chegar ao resultado almejado na gestão de uma organização, são inúmeras as contribuições da administração em união com a contabilidade, para que comprometidas possam atender os objetivos esperados.
Cynara Leão Garcia
Emanuelli Mariana Maingué
6
CAPÍTULO 1
Gestão e Integração na Cultura Organizacional Samuel dos Santos Silva* Cynara Leão Garcia** Emanuelli Mariana Maingué** Resumo O mundo empresarial está cada vez mais competitivo, e as empresas necessitam constantemente se reorganizarem de forma que atendam o mercado e consigam o seu destaque entre as outras. Este estudo objetivou entender as relações influenciadoras da cultura organizacional nas empresas e de seus colaboradores, e entender como é possível obter sucesso em seus negócios conquistando a satisfação do colaborador. Buscou-se por meio de revisão literária trabalhos e pesquisas autorais do meio organizacional, o estudo da cultura das empresas e suas influências na equipe de trabalho, compreendendo os últimos doze anos. As organizações que estabelecem ideais definidos por meio da missão visão e valores tem maior potencial de influência nos seus colaboradores e ainda pode usufruir dos mais diversos benefícios desejados no meio empresarial. Credibilidade, produtividade, lucro e crescimentos são benefícios conquistados e destacados pelas organizações como motivo principal para manter o seu colaborador na linha de seus objetivos. Palavras-chave: Cultura. Organizacional. Missão. Motivação. Colaborador 1 Introdução
No universo empresarial, observa-se diversas variações na forma de comunicação e
comportamento nas empresas e organizações, esses comportamentos nada mais são do que a
cultura organizacional das organizações. Ela pode ser criada de forma estruturada ou surgir
naturalmente de acordo como são conduzidas as atividades dentro da empresa.
O indivíduo está, de alguma forma, ligado a uma organização, seja no seu trabalho ou
outras atividades desenvolvidas. Entender que cada organização tem maneiras diferentes de
conduzir seus trabalhos, pode facilitar o relacionamento com esse meio. O mercado de trabalho
está cada vez mais competitivo, e empresas buscam por profissionais alinhados com a ideologia
da organização, visando a satisfação de ambos. Da mesma forma, empresas se preocupam com
a sua cultura, observando os pontos positivos com relação as demais empresas concorrentes.
O ser humano tem papel fundamental na cultura organizacional de uma empresa ou
organização, pois a cultura é gerada a partir do comportamento de pessoas ou incentivada por
* Discente do Curso de Administração da Faculdade Pitágoras. ** Docente do Curso de Administração e Eng. da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Docente do Curso de Ciências Contábeis e Administração da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]
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pessoas, seja ela, diretor, gestor ou subordinado. As empresas mais desenvolvidas se preocupam
em manter o bom relacionamento do colaborador com a instituição, com o objetivo de manter
o funcionário motivado e consequentemente aumentar a produção. Mas diante de um cenário
tão competitivo, quais mecanismos as empresas usam para manter esse relacionamento, e ao
mesmo tempo se manter à frente no mercado?
A gestão tem como papel fundamental conduzir seus colaboradores na realização de
atividades dentro das empresas, e criar a melhoria da cultura organizacional, compreender os
métodos utilizados por elas, trazer uma visão mais ampla de como as organizações são
comprometidas com o seu sucesso e desenvolvimento do funcionário. Entende-se também que,
alinhar os colaboradores à cultura e os objetivos da empresa é algo desafiador, por isso, é
importante entender e relacionar as principais vantagens que motiva as organizações a realizar
projetos internos de satisfação aos seus colaboradores.
2 Gestão e Integração na Cultura Organizacional
A gestão tem papel fundamental na comunicação entre a empresa e seu colaborador. É
a gestão que mais ampara o funcionário, desde de sua chegada na organização até a saída, por
tanto, um trabalho eficaz na comunicação interna, facilita o relacionamento do funcionário com
a organização, trazendo com isso, uma cultura estruturada e uma empresa fortalecida em seus
ideais.
Nas organizações o RH, em parceria com demais gestores da empresa, é o maior
responsável pelos programas de integração do novo colaborador, segundo Araujo et al. (2012)
a integração de empregados é feita mediante viabilização do conhecimento a respeito da
importância dele dentro da organização, esclarecendo as interfaces do seu trabalho,
apresentando os clientes internos e explicando a sua responsabilidade para com eles, deixando
clara a importância da sua contribuição para a continuidade do trabalho do outro e do seu
trabalho para com o produto final ou serviço comprado pelo cliente. Essa é uma tarefa da gestão
de recursos humanos, bastante simples de ser colocada na prática. É papel do RH montar um
programa de integração que seja efetivo para o empregado e para a empresa. O resultado é
sempre bom para os dois lados.
Observa-se, no meio empresarial entre outras organizações que nem sempre a relação
entre gestor e subordinado é saudável. Empresa sem a devida qualificação na comunicação e
relação com os funcionários certamente apresenta um quadro de problemas que reflete
diretamente na cultura da empresa. O ambiente se torna desagradável, o colaborador
desmotivado e o futuro da empresa comprometido.
8
De acordo com Dantas (2012) as empresas buscam gerar lucros e mostrar sua identidade
no mercado competitivo, e para isso, a coerência na comunicação é a melhor forma para
construir uma relação de confiança e credibilidade, onde o colaborador possa escutar e, ao
mesmo tempo, ser ouvido. Estabelece então uma fidelização do colaborador com a empresa
baseada na confiança.
Por essa razão, julga-se importante estabelecer, antes de qualquer começo, confiança e
credibilidade com o colaborador. A partir desse pressuposto a empresa pode iniciar os métodos
que apresente as atividades e costumes da instituição com a finalidade de conseguir de forma
eficaz o direcionamento dessas atividades ao colaborador. Este por sua vez, terá facilidade de
capitar mais rápido as informações ao mesmo tempo que tem maior nível de satisfação ao
realizar os seus serviços. Como consequência a empresa ganha produção qualificada, vantagem
competitiva e mais aceitação no mercado.
Segundo Oliveira e Passos (2013) o mercado está cada vez mais competitivo e as
transformações ocorrem rapidamente ao mesmo tempo que as informações são atualizadas
constantemente. Para garantir um espaço deve-se entender o colaborador como diferencial e
principal componente da organização. A partir desse entendimento, criar projetos de
capacitação por meio de treinamentos efetivos, com o intuito de inovar e aperfeiçoar, auxilia na
qualidade e melhorias dos serviços e na satisfação dos funcionários. O colaborador que visa
crescimento na empresa tem motivação e maior possibilidade de promoção dentro da
organização.
Percebe-se que, para construir uma cultura estruturada e organizada, além do primeiro
passo de inicialização do funcionário na organização, existe também a necessidade de manter
este sempre alinhado com os ideais da empresa. Uma das principais ferramentas que se utiliza
para alcançar esse objetivo é o constante trabalho de treinamento, que pode partir da gestão
interna da empresa ou por meio de terceiros.
O treinamento, de fato, é uma ferramenta eficaz para integrar o colaborador nas suas
atividades diárias, além de alinhar aos objetivos da empresa, mas um aspecto também
importante é a liderança do gestor. O seu comportamento refleti diretamente na maneira como
o colaborador irá se comportar ao colocar em prática o que foi ensinado. O clima da organização
precisa andar de acordo com o proposto, por tanto é papel do gestor liderar e conduzir através
de seu próprio exemplo, construir um clima organizacional amigável que possa ajudar no
desempenho dos serviços e na produtividade da organização (MARTINS; TANAKA, 2017).
9
3 Missão, Visão e Valores nas Organizações
Mais que um bom líder, as organizações traçam objetivos específicos que ajudam o líder
a influenciar o seu colaborador na cultura organizacional da empresa. Em sua grande maioria,
cria-se a missão, visão e valores da organização, com a intenção de focar os seus esforços nos
principais fatores que podem levar ao sucesso dos seus negócios e a satisfazer o mercado. Com
isso, além de gerar uma credibilidade no mercado competitivo a empresa estabelece a sua
cultura e abre caminho para um bom clima organizacional dentro da empresa. A missão, visão
e valores pode ser compreendida como diretrizes organizacionais para conceituar um
planejamento estratégico nas organizações.
De acordo com Carvalho e Santos (2016), os conceitos de planejamento estratégico
enfatizam a elaboração das diretrizes organizacionais. A missão, como sendo a razão de ser da
empresa, a visão, concretizada como o direcionamento e os valores, considerados como os
padrões para o comportamento das pessoas na organização
Pode-se entender melhor sobre esses fatores organizacionais e destacar aqui a sua
correlação com a cultura organizacional nas empresas.
• Missão: é, basicamente, entender os principais objetivos e o motivo pelo qual a
empresa está inserida no mercado, visando a satisfação de um determinado público.
Compreender esse fato dentro de uma organização, tanto pelo gestor quanto pelo
colaborador, é fundamental para que não exista conflitos de interesses e a cultura da
empresa seja, de fato, organizada.
• Visão: remete a um olhar para ao longe, vê além do que está próximo aos olhos. Nas
organizações não é diferente, a visão é basicamente o que a empresa almeja para o
futuro, onde pretende-se chegar ou alcançar os objetivos definidos. “A visão
representa qual a intenção da organização quanto ao futuro, informando onde a
mesma desejará estar. Se a organização não sabe onde almeja chegar, melhor será,
ficar onde está” (SILVA; RAMOS 2015, p. 05).
• Valores: é a forma como a empresa conduzirá as atividades em conjunto com os
funcionários, moldando-os de acordo com os ideais estabelecidos na missão e visão
da organização. Nesse quesito observa-se a importância da relação entre empresa e
funcionário. As práticas e costumes que serão exercidas após a definição da missão
e visão determinará os valores da organização.
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4 Motivação do Colaborador e as Vantagens para as Organizações
Conforme abordado anteriormente, as organizações, na sua grande maioria, têm um
grande desafio quando se discute a questão de integração do colaborador com seus valores e
objetivos. A gestão, antes de tudo, precisa observar no colaborador os valores e objetivos
individuais para então decidir medidas de aproximação do colaborador com a empresa, na
intenção de mantê-lo motivado dentro da organização. O colaborador motivado garante a
empresa inúmeros benefícios, desde a produtividade ao sucesso financeiro da organização.
Oliveira e Passos (2013) defende a motivação como peça chave para o direcionamento
das atividades do colaborador em conjunto com os ideais e objetivos da organização. Ainda
reforça que a utilização do marketing interno, mas conhecido como endomarketing, é um
método eficiente para manter o funcionário ciente dos planos, projetos e cultura da empresa,
além de conquistar a credibilidade entre ambos, e assim, supri as necessidades do público
externo.
Nota-se que, a organização sai na vantagem quando se preocupa com o trabalho bem-
sucedido do colaborador em harmonia com os objetivos da organização. Por entender esse
aspecto, pode-se abordar alguns dos principais motivos que leva as organizações a esse cuidado
com o colaborador, tais como, credibilidade, produtividade, lucro e crescimento.
5 Considerações Finais
O sucesso organizacional é sempre um grande objetivo das organizações atuais, para
consegui os resultados que se almejam e para criar uma relação amigável e influenciadora com
seus colaboradores. Por meio de suas práticas, pode-se ver que, através da gestão é possível
chegar a esse objetivo, compreendendo os motivos individuais da empresa e do colaborador.
Observou-se também, que a influência no trabalhador, pode não ser possível, uma vez que seus
objetivos não estão de acordo com os mesmos ideais da organização. Questões como essas
ainda podem ser tratadas em uma nova pesquisa que aborde a relação da gestão e seus
colaboradores.
Notou-se a importância dos projetos de integração do colaborador nas empresas. A equipe
de gestores são os principais responsáveis pela integração dos colaboradores e com auxílio do
RH buscam os meios mais adequados para receber os novos trabalhadores. Ferramentas como
treinamento interno e externos ficou entendido como peças fundamentais na integralização do
funcionário. Outro fator importante verificado, antes de qualquer ferramenta, para aja a
comunicação necessária entre empresa e colaborador, é a conquista da confiabilidade por parte
11
dos gestores compromissados com os ideais da organização aos colaboradores. Mas que um
gestor, as empresas contam com líderes motivadores dentro das organizações.
Referências
ARAUJO, R.N.O.; CARIOCA, J.M.G.; MACHADO, D.Q. Estratégia de integração para novos funcionários: Um estudo de caso em uma indústria de transformação. Rev. Bras. Adm. Cient., v.3, n.1, p.618, 2012. CARVALHO, E.N.; SANTOS, R.M.G. As diretrizes organizacionais: uma análise da missão, visão e valores em uma pequena empresa em Mossoró-RN. Rev. Foco, v.9, n.1, 2016. DANTAS, F.D. Empresa e colaboradores: o relacionamento necessário. 2011 Disponível em: <http://tcconline.utp.br/?paged=842&author=0> Acesso em: 23 abr. 2018. MARTINS, F.; TANAKA, L.C. Gestão do clima organizacional como um processo de responsabilidade corporativa e desenvolvimento. Diálogos Acadêmicos, v.12, n.1, p.60-71, 2017. OLIVEIRA, R.S.; PASSOS, E.S. O Papel do gestor na motivação dos seus colaboradores. Cairu Rev., v.2, n.2, p.38, 2013. SILVA, M.M.F.; RAMOS. W.L.S. A importância da missão, visão e valores institucionais na imagem organizacional e na qualidade dos serviços. Rev. Ciênc. Adm., v.12, 2015.
12
CAPÍTULO 2
Estratégias Motivacionais e sua Importância no Ambiente de Trabalho Alisson Andreo Albino* Cynara Leão Garcia** Gabriel Manganaro Ramos Quirino** Resumo O comportamento das pessoas dentro das organizações é essencial para o desenvolvimento e sucesso de qualquer empresa, o colaborador produz mais quando se tem um bom ambiente de trabalho. Tendo em mente que a motivação é uma via de mão dupla, ou seja, parte de auto motivar-se, conhecendo a instituição para a qual se candidata, e também que é de responsabilidade da chefia a gestão de pessoas, este trabalho objetiva elencar alguns geradores de motivação, bem como estratégias que facilitam a compreensão de si próprio e do que se busca em um ambiente de trabalho. Sua finalidade é possibilitar a compreensão do que é uma manutenção eficaz da mão de obra dentro das organizações. Com isso pretende-se ter como produto final uma melhor qualificação profissional do candidato motivado e também uma empresa com a possibilidade de maior geração de lucros. Buscou-se também incentivar a liderança a gerar motivação a partir da construção de estratégias que incentivem a ação em grupo para benefício de todos da organização, ressaltando que a falta de motivação e apoio da chefia sempre reflete na produtividade da mesma. Palavras-chave: Motivação. Ambiente de Trabalho. Organizações. Gestão de Pessoas 1 Introdução
Um dos conceitos que movem as organizações empresariais é a obtenção de resultados.
O lucro da empresa é sempre algo de extrema importância, mas para a obtenção desse resultado
é necessária uma equipe que esteja em sintonia com os objetivos propostos pela organização.
Para que ocorra esse engajamento é preciso manter o grupo com o qual se trabalha
sempre altamente motivado, procurando entender o que move esses colaboradores a gerar mais
resultados e também o que preenche suas expectativas de sucesso profissional.
A partir desta apresentação, visa-se encontrar e salientar a importância de mecanismos
que se mostrem como um caminho motivador e de satisfação para os colaboradores.
Diante dessa situação, elaborou-se a seguinte questão problema: Qual o papel das
estratégias motivacionais na geração de benefícios dentro de uma organização?
* Discente do Curso de Administração da Faculdade Pitágoras. ** Docente do Curso de Administração e Eng. da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Coordenador e Docente do Curso de Administração da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected].
13
A fundamentação deste trabalho foi pautada em pesquisas de cunho bibliográfico, que
possibilitarão a compreensão e seleção de algumas das muitas estratégias motivacionais que
são utilizadas nas organizações de hoje.
O atual crescimento do mercado de trabalho e sua modernização tem feito com que as
empresas busquem por profissionais cada vez melhor capacitados. A implantação de estratégias
motivacionais vem se mostrando como uma das melhores maneiras de fortalecer e desenvolver
um bom ambiente de trabalho para seus colaboradores, garantindo assim mão de obra
qualificada e resultado operacional.
2 Geradores de Motivação no Ambiente de Trabalho
Todas as ações que acontece durante a nossa vida são motivadas por algum fator externo
ou interno. Cada tomada de atitude tem por trás algum motivo influenciador da mesma.
No ambiente de trabalho isso não poderia acontecer de forma diferente. Segundo a
pirâmide hierárquica de Maslow, cada indivíduo possui uma necessidade como prioritária em
suas relações interpessoais, inclusive no ambiente de trabalho, o que faz com que eles acabem
sendo motivados ou desmotivados a partir daquilo que apontam como necessidade. Leva-se
ainda em consideração a forma como cada gestor reage a essas necessidades e prioridades, o
que se mostra também como influenciador do ato motivacional.
Segundo Bergamini (1997), antes da Revolução Industrial a maneira utilizada para
motivar os colaboradores baseava-se na aplicação de punições, para assim gerar o respeito na
relação empregado/empregador. As punições poderiam ser aplicadas tanto na ordem física
quanto na ordem financeira, para que o empregado se sentisse amedrontado.
Posteriormente, foi com Chiavenato (2000) que tem uma grande revolução no que diz
respeito ao estudo da teoria da motivação. Com ele, as organizações deixaram de ser o foco dos
estudos, dando lugar às pessoas que integram e participam destas organizações.
Os estudos de Bergamini (1997) apontam que a motivação possui uma sequência de
fatores que causam satisfação e que esta, por sua vez, está atrelada à responsabilidade,
realização, reconhecimento e possibilidade de crescimento dentro da empresa. Ainda falando
sobre motivação, Bergamini (1997), conceitua motivação como força que se encontra no
interior de cada pessoa e que pode estar ligada a um desejo. Uma pessoa não consegue jamais
motivar outra; ela pode estimular a outra pessoa. Segundo ele, estes são os fatores que, se bem
administrados, causam satisfação aos empregados.
14
Chiavenato (2000) coloca que a motivação tem por base a necessidade de crescimento
e que o indivíduo motiva-se pela necessidade de ‘estar junto’, ‘ser reconhecido’ e ‘receber
atenção’.
Lucas e Dal Col (2013), em pesquisa sobre fatores que mais influenciam e incentivam
os colaboradores dentro do ambiente de trabalho, elencam a partir de questionamentos os
seguintes, com os quais se embasou nosso trabalho:
• Realização com meu trabalho;
• Valorização na empresa;
• Boa remuneração
• Autonomia para trabalhar como mais lhe agrada;
• Satisfação com relação ao plano de carreira;
• Crescimento profissional;
• Reconhecimento profissional.
Percebe-se, pelo exposto, que a maioria dos fatores que são causadores de motivação,
não estão relacionados ao dinheiro ou remuneração recebida pelo colaborador, mas sim pela
satisfação pessoal e prazer na execução da designada tarefa.
O gestor deve entender as necessidades dos seus colaboradores e saber lidar com as
diferentes pessoas que trabalham em sua empresa. Entender a perspectiva de cada um é o
primeiro passo para que se possa engajar como agente motivador, o que é extremamente
necessário, como acontecerá no decorrer do trabalho.
A oferta de um plano de carreira é algo que chama a atenção quando se fala em fator
gerador de motivação. A partir de Dutra (1996 apud London e Stumph, 1982) entende-se que a
carreira é formada por meio de etapas que se passam em nossa vida no trabalho, avaliadas
diferentemente por indivíduo e organização, cada um enfatizando os pontos que lhe são de
maior importância, cabendo a eles conciliarem seus ideais.
Os fatores motivacionais são de extrema importância para a manutenção e
funcionamento de uma empresa, mas para o funcionamento e bem-estar de cada indivíduo em
particular é necessário que cada um tenha dentro de si, de forma bem clara, aquilo que procura
no ambiente de trabalho e o que está disposto a oferecer para o atingimento de seus objetivos.
3 Líderes – Os Grandes Influenciadores da Motivação
Boa parte da vida das pessoas se passa dentro de um ambiente de trabalho. Sendo assim, é
importante que se mantenha um bom relacionamento com seus colegas de trabalho e seus
15
gestores. Levar suas atividades de forma tranquila e fazer algo que te faça sentir-se satisfeito
consigo mesmo é um indício de satisfação pessoal e qualidade de vida.
Ao gestor, é sabido que estar presente em seu negócio e avaliar no dia a dia a
produtividade de seus empregados é o que garante o sucesso e lucro. Bennis (1996) faz analogia
sobre liderança e coloca que esta é difícil de definir, mas todos sabem identificar quando a veem.
Segundo Vergara (1997) é necessário que seja feito um diagnóstico, capaz de orientar os
gestores sobre os procedimentos que viabilizem a avaliação das diversas necessidades
motivacionais dentro de uma organização. Isso se faz necessário justamente pelo fato de cada
pessoa ter um objetivo e necessidade específica para a função que exerce e o plano que pretende
seguir. Cada caso deve ser tratado de forma individual para que seja possível atingir o melhor
resultado.
A saúde da organização depende da forma como a liderança trabalha a sua gestão. Os
resultados colhidos, bem como a satisfação da equipe dependem grandemente da forma como
o gerenciamento ocorre.
De forma geral, a partir do momento que o gestor entende a importância da motivação e
coloca isso como uma prioridade no tratamento de sua equipe, ele acaba tendo um controle
maior sobre os resultados que sua equipe produz e sobre o monitoramento das atividades destes,
visto que, é por meio deste acompanhamento das necessidades que ele irá traçar as metas e
recompensas de acordo com o perfil de cada pessoa.
4 Estratégias Estruturantes – Empresa + Empregago
O líder precisa entender que a primeira medida motivacional que deve ser tomada é
sempre partir das coisas mais simples, com conceitos habituais do dia a dia, tais como
simplicidade, transparência e honestidade. Lidar com o colaborador tendo esses conceitos como
base já é um início de plano motivacional estreitador da relação líder/liderado.
Para Eboli (2005) os líderes precisam estar preparados para desempenhar plenamente
seus papeis de educadores, formadores e orientadores do cotidiano do trabalho, criando um
ambiente onde as pessoas se sintam motivadas e buscar suas potencialidades e padrões elevados
para um aprimoramento de conhecimento.
Bons líderes estão sempre atentos às ideias que sua equipe pode transmitir. A prática de
ouvir é altamente motivadora e pode gerar resultados surpreendentes. Estar aberto a novas
ideias é sempre muito bom para a formação continuada do líder, e, como ação motivacional, o
liderado que é ouvido consegue enxergar melhor a importância do seu papel dentro do grupo e
assim, motivado, pode produzir melhor.
16
Outra dica importante é sobre a ferramenta feedback, que todo gestor que fornecer ao
seu colaborador com a maior frequência possível. Essa ferramenta consiste na prática
conversacional entre gestor e empregado, neste contexto, a fim de elogiar, orientar, prevenir,
corrigir, parabenizar, etc.
E por fim, para Peters (1989, p. 39-40), liderar é proporcionar aos colaboradores
oportunidades nunca experimentadas. Os líderes não transformam pessoas mas possibilita que
elas mesma se descubram. “O papel da liderança é descobrir e desenvolver novos talentos e,
diversas vezes, isso significa confrontar antigos conceitos”.
5 Considerações Finais
O presente trabalho buscou apresentar os fatores que geram motivação dentro das
organizações, partindo da premissa de que o grande motivador seria o próprio ambiente de
trabalho, tendo este como pilar de formação o empregado e o empregador.
Para atingir este objetivo, ressalta-se a importância de cada integrante de uma organização,
e também que a obtenção do sucesso profissional só acontece quando ambas as partes executam
suas funções com eficácia. Ao gestor cabe a manutenção de suas equipes, trabalhando em busca
do equilíbrio e garantindo ao seu grupo a satisfação pessoal e profissional. Ao mesmo tempo,
cabe ao empregado garantir o resultado ao seu gestor.
Mesmo que essa pareça ser uma tarefa difícil, é necessário que haja engajamento de todos
os participantes. Conhecer a si próprio, bem como sua equipe de gestores e os ideais da
organização em que se trabalha, é essencial para sentir-se motivado e fazer-se produtivo,
gerando contentamento de todos.
A prática de estratégias motivacionais mostrou-se como uma grande incentivadora de
bons resultados. Aprender a ouvir para ser ouvido é um grande diferencial dos profissionais do
futuro.
Sendo assim, apresenta-se como considerações finais, que este trabalho favoreceu na
explanação das possibilidades que podem ser trabalhadas dentro de organizações empresariais
no que diz respeito à motivação, bem como o papel que cada um tem que desempenhar para
atingir tal objetivo.
Referências
BENNIS, W. A formação do líder. São Paulo: Atlas, 1996. BERGAMINI, C.W. Motivação nas Organizações. São Paulo: Atlas, 1997.
17
BERGAMINI. C.W. Motivação nas Organizações. São Paulo: Atlas, 1997. CHIAVENATO, I. Introdução a teoria geral da administração: edição compacta. Rio de Janeiro: Campus, 2000. DUTRA, J.S. Administração de carreira. Uma proposta para repensar a Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas,1996. EBOLI, M. O Papel das Lideranças no êxito de um sistema de educação corporativa. RAE, v.45, n.4, p.118-122, 2005. LONDON, M.; STUMPF, S. A. Managging Careers. United States of America: AddisonWesley Publishing Company, 1982. LUCAS, L.S.; DAL’ COL, S.C. Os fatores motivacionais que podem influenciar no desempenho dos funcionários da empresa X. Disponível em http://www.revistafocoadm.org/index.php/foco/article/view/341. Acesso em: 16 maio 2018. PETERS, T.J. Prosperando no caos. São Paulo: Harbra, 1989. VERGARA, S.C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2007.
18
CAPÍTULO 3
Políticas e Processos de Gestão de Pessoas
Rita João Bondo* Cynara Leão Garcia** Gabriel Manganaro Ramos Quirino** Resumo Esta pesquisa apresenta um estudo sobre a política e gestão de pessoas bem como o papel relevante que ela assume dentro de uma empresa ou organização, a qual se apresenta como responsável pelo recrutamento, treinamento e contratação, bem como na estruturação e melhoria da empresa, na criação de políticas e práticas para orientar o comportamento humano e as relações interpessoais no ambiente de trabalho, além de atuar como catalisador nas relações entre patrões e empregados que historicamente sempre se revelaram tensas em razão das divergências em termos de interesses, o que levou à luta de classes por melhorias nas condições de trabalho e salários. A pesquisa foi desenvolvida com base em procedimentos bibliográficos, tendo-se adotado uma abordagem qualitativa; ela foi realizada em sites, artigos acadêmicos, em formato digital e impresso, e livros, disponíveis no acervo da Biblioteca Pública de Londrina. Idalberto Chiavenato é autor destacado nesta pesquisa. Alguns resultados destacados nesta pesquisa, a motivação, porque o trabalhador precisa estar motivado para produzir à altura das suas potencialidades; a lealdade, isto é, a pessoa precisa ser fiel à política que a instituição ou organização que ela representa defende. E, por fim, o comprometimento; este último conhecido como “vestir a camisa”. Estes três elementos são incorporados e destacados como parte do dia a dia do trabalhador e relembrado por meio de programas de treinamento formais e informais. Palavras-chave: Recrutamento. Seleção. Administrador. Ordenados.
1 Introdução
A Gestão de Pessoas tem seu início no começo do século XX; ela surge como uma
resposta às demandas de crescimento diante do impacto causado pela Revolução Industrial. Até
então sua atuação era limitada às questões puramente legais da empresa, questões que iam desde
a contratação, a remuneração até o desligamento do trabalhador.
Mas com o passar dos anos esse conceito teve de ser ampliado tendo em vista a
complexidade das atividades desenvolvidas em algumas empresas, passando também a
abranger áreas específicas até então desconhecidas. A partir daí sua atuação passa a ter
fundamental relevância nas decisões da empresa.
* Discente do Curso de Administração da Faculdade Pitágoras. ** Docente do Curso de Administração da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Coordenador e Docente do Curso de Administração da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]
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A importância deste tema está em mostrar o papel central que ele desempenha na
estruturação e melhoria das empresas bem como na criação de estratégias e mecanismos que
concorrem para alcançar esses objetivos; outrossim as contribuições que desta pesquisa podem
resultar para a comunidade acadêmica, empresários e administradores.
Neste contexto da política de gestão de pessoas há um problema que atravessa gerações
e perdura até os dias de hoje, algo que tem a ver com as relações patrões e empregados, as quais
sempre se revelaram tensas em razão de divergências em termos de interesses. E a questão que
se coloca é: De que forma isso se refletem no dia a dia do trabalhador?
O objetivo geral desta pesquisa foi conhecer as políticas e os processos de gestão de
pessoas e como esses processos se refletem na vida e no cotidiano do trabalhador, já os objetivos
específicos foram conceituar gestão de pessoas; descrever recrutamento e seleção; e discutir as
relações patrão e empregado.
2 Gestão de Pessoas
Teoricamente, toda empresa ou instituição trabalha com atribuições e tarefas definidas,
visando-se alcançar metas e objetivos preestabelecidos. O modo, porém, como essas metas e
objetivos são alcançados bem como as estratégias empregadas, isto é tarefa da Gestão de
Pessoas, que atua conciliando os interesses do trabalhador com as políticas defendidas pela
empresa.
Conquanto seja responsável em atender as demandas e os interesses da empresa, a gestão
de pessoas na verdade tem uma relação de interdependência com as pessoas que nela
desenvolvem o seu trabalho, uma vez que uma precisa da outra (CHIAVENATO, 2008).
Mas o que é gestão de pessoas? Antes de mais nada é preciso lembrar que a gestão de
pessoas é o início de um processo e não um fim em si mesmo, que tem como sua principal
ênfase o capital humano. A gestão de pessoas avalia, desenvolve o colaborador para que ele se
torne mais qualificado para desempenhar com qualidade as suas atribuições; e com isso trazer
maior produtividade para as empresas.
Neste sentido, a unanimidade é quase absoluta por parte dos autores. Bernardes (1993)
parece o mais direto e objetivo; conseguiu reproduzir a gestão de pessoas de uma forma bem
sintetizada. Segundo ele, gestão é a “associação de pessoas com papeis e tarefas específicas”.
Marques (2018 ) foi mais longe ainda ao ampliar a ideia e dar vida ao conceito, quando afirmou
que gestão de pessoas são “estratégias que objetivam atrair, reter, potencializar e administrar o
capital humano de uma corporação.”
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Seres humanos não são máquinas trabalhando além da sua capacidade e regando as
“plantações” com o suor do rosto e em troca recebendo, desdém, humilhação e maus tratos. O
trabalhador não é um sujeito sem emoções ou sentimentos. E aqui talvez reside um dos maiores
desafios da gestão de pessoas. Seres humanos com ideias e formas de pensar diferentes, que
precisam agora compartilhar o mesmo espaço e fazer isso em uma atmosfera de paz.
Para recrutar novos talentos são normalmente requeridas algumas técnicas. Elas podem
variar de acordo com o cargo que se pretende contratar. Dentre as mais conhecidas destacam-
se – os “anúncios nos jornais e revistas especializadas”, agência de emprego, universidades,
entre outros (SERSON, 1976, p.239).
O processo de recrutamento incluía lgumas etapas. Além da entrevista, e dos testes, o
trabalhador passa por treinamento e cursos de aperfeiçoamento, tão logo é contratado. Segundo
Freitas (2013), a gestão de pessoas é responsável em cuidar desse “desenvolvimento intelectual
e psicológico de todos os seus funcionários”.
A gestão de pessoas não é um setor empresarial livre de desafios como talvez se possa
imaginar, mas seu papel é reconhecidamente importante. Kommers (2012) comparara a
importância da gestão de pessoas com o próprio lucro auferido pelas empresas; é pela atuação
das pessoas que as coisas são feitas, sendo o lucro uma consequência alcançada exatamente
pelo desempenho das pessoas aliado ao que a empresa deseja.
3 Recrutamento e Seleção
A seleção de pessoas, que nada mais é que o desafio de recrutar os candidatos que vão
preencher a certos cargos vagos na empresa, é outra tarefa desafiadora da gestão de pessoas.
Dir-se-ia que este é o meio pelo qual as empresas se propõem a encontrar pessoas com
qualificação adequada ou compatível à vaga que se pretende preencher na empresa.
Muitas vezes o recrutador não encontra a pessoa com a formação ou capacitação
correspondente àquele cargo que se pretende preencher, é quando tem que recorrer ao
treinamento. Esta função existe desde 1896, antes mesmo da gestão de pessoas existir
formalmente.
O treinamento de pessoas surge visando atendera um propósito específico que é a
preocupação do empregador em oferecer treinamento e qualificação para que o funcionário
possa desempenhar a altura suas atribuições. Para recrutar novos talentos são requeridas
algumas técnicas as quais podem variar de acordo com o cargo que se pretende contratar. Dentre
21
as mais conhecidas destacam-se – os “anúncios nos jornais e revistas especializadas”, agência
de emprego, universidades, entre outros (SERSON, 1976, p. 239).
O autor ressalta que além da entrevista, algumas empresas costumam submeter seus
candidatos a um teste de conhecimento “geral ou específico” e “prático ou teórico”, dependendo
do cargo desejado. As provas “versam sobre problemas mais importantes, mais frequentes ou
mais difíceis do trabalho”. O processo de recrutamento abarca algumas etapas. Além da
entrevista, e dos testes, o trabalhador passa por treinamento e cursos de aperfeiçoamento assim
que ele é contratado para preencher a determinada vaga. Segundo Freitas (2013), a gestão de
pessoas é responsável em cuidar desse “desenvolvimento intelectual e psicológico de todos os
seus funcionários”.
Existe, porém, um problema grave no recrutamento que nem sempre é levado em conta;
trata-se daquela “velha miopia de visualizar as pessoas como recursos produtivos ou meros
agentes passivos cujas atividades devem ser planejadas e controladas a partir das necessidades
da organização” (CHIAVENATO, 1997, p. 18).
Outro ponto importante a ser realçado, é quanto ao comprometimento do possível
candidato em relação a empresa, pois comprometimento é a nota tônica do mundo corporativo.
Espera-se que a pessoa saiba trabalhar em grupo ou em equipe e esteja disposta a andar a
segunda milha. Andar a segunda, a terceira, quarta milha significa que o trabalhador não faz
apenas aquilo que é sua obrigação. Ele vai além, animado a colaborar com o grupo.
A gestão de pessoas tem também uma relevância especial na administração e coordenação
das ações do homem dentro de uma organização, instituição ou empresa, principalmente
quando trata-se de trabalhos correlacionados, que depende de cooperação em grupo, pois cabe
a gestão de pessoas o desafio de coordenar e administrar as relações interpessoais, viabilizando
o convívio entre as pessoas que ali trabalham; uma tarefa que às vezes esbarra na falta de
colaboração, na dificuldade dos relacionamentos e na natureza nada fácil do ser humano.
4 Relação Patrão e Empregado
No universo empresarial, a gestão de pessoas atua, entre outras funções, mediando as
relações patrão empregado, algo que está longe de ser uma tarefa fácil. Historicamente, a
relação patrão e empregado tem sido marcada por conflitos e lutas de classe. Há questões
pertinentes que entram nessa relação e que ainda hoje são muito tensas.
Mais recentemente, Pereira (2018), escreveu um artigo em tom conciliador em que faz
referência a essa relação conturbada entre gestores e empregados em ambiente organizacional.
Ele aponta a falta de clareza como a principal causa na estranha relação entre patrões e
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empregados. Segundo ele, para dar certo, isto é, a harmonia nessa relação entre patrões e
empregados depende “que as partes tenham consciência de que cada um tem uma obrigação, e
que, se cada um for além nas suas competências como objetivo comum a satisfação dos clientes
os resultados serão positivos para ambos”.
Salvo exceções, isso na prática nem sempre funciona. Por uma razão muito simples que
às vezes extrapola os limites de tudo que diz respeito à ética e ao bom senso. Fora isso estão a
ganância e ambição, que são insaciáveis quando levadas a extremos, fazendo com o homem
caminhe pela senda da unilateralidade. A Constituição Brasileira prevê e assegura igualdade e
respeito para todos. Mas essa igualdade e respeito ainda estão longe de ser realidade.
5 Considerações Finais
Foi objetivo geral desta pesquisa conhecer as políticas e processos de gestão de pessoas
e como ela reflete na vida e no cotidiano do trabalhador. A expressão gestão de pessoas
substituiu a administração dos recursos humanos e passou a definir um novo modo de
relacionar-se com as empresas ou organizações.
A gestão de pessoas, são políticas e práticas definidas para orientar o comportamento
humano e as relações interpessoais no ambiente de trabalho. Sua relevância está ligada ao papel
central que ela assume na estruturação e melhoria da empresa diante de um mercado tão
competitivo e exigente.
A tarefa de recrutar os candidatos que vão preencher a cargos na empresa, treinar e
contratar, é outro desafio atribuído à gestão de pessoas. Para isso os candidatos são submetidos
a um teste escrito com questões específicas que variam de acordo com a vaga pretendida.
Contatou-se que as relações patrões e empregados ainda são muito tensas em virtude de
interesses divergentes; isso por muito tempo gerou conflitos que terminaram na luta de classes
por melhoria nas condições de trabalho e melhores salários.
Referências
BERNARDES, C. Teoria geral da administração: a análise integrada das organizações. São Paulo: Atlas, 1993. CHIAVENATO, I. Recursos humanos. São Paulo: Atlas, 1997. CHIAVENATO, I. Recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2008. FREITAS, R.A. A importância de gestão de pessoas nas empresas. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/academico/a importancia-da-gestao-de-pessoas nas-empresas/69158/>. Acesso em: 18 abr. 2018.
23
KOMMERS, L.N. Os desafios estratégicos nos processos de gestão de pessoas: um estudo na empresa “Totens Pizzaria”, de Joinville, SC. Disponível em: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/1410/Lisiane %20Neuberger%20Kommers.pdf?sequence=1>. Acesso em: 25 set. 2018. MARQUES, J.R. Conceito e definição de gestão de pessoas. Disponível em: <https://www.jrmcoaching.com.br/blog/conceito-e-definicao-de-gestao-depessoas/>. Acesso em: 25 ago. 2018. PEREIRA, D. Empregado X empregador, uma relação de consistência. Disponível em:http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/empregado-xempregador-uma-relacao-de-consistencia/109730/>.Acesso em: 08 nov. 2018. SERSON, J. Curso básico de administração Pessoal. São Paulo: Tr, 1976.
24
CAPÍTULO 4
Estilo de Lideranças Predominantes no Contexto Organizacional
Valeria Mbuanda Baptista Panda* Cynara Leão Garcia** Emanuelli Mariana Maingué** Resumo Com várias mudanças no mercado, o nível de competitividade, o fenômeno da globalização é a busca contínua por resultados positivos, a liderança, desafios e a motivação são vistas como as estratégias que devem ser adotadas por grandes organizações, com o objetivo de identificar seu potencial e extrair o melhor de cada um, fazer com que a equipe ou grupo atinja o melhor resultado para a organização. O presente trabalho tem por objetivos, identificar a liderança, a sua importância e os seus desafios no ambiente organizacional e a influência do líder no comportamento dos membros de sua equipe, de modo a se tornar mais efetivo com relação aos objetivos e às metas da empresa. Para tanto foram analisados vários autores. Concluí que o líder tem uma grande influência no que tange à motivação dos seus liderados, contribuindo para que os mesmos alcancem resultados no ambiente organizacional. Palavras-chave: Liderança. Importância do Líder. Desafio da Liderança
1 Introdução
No contexto organizacional, nada tem se tornado mais importante que o gerenciamento
de pessoas. Ele é necessário para que as empresas, organizações e instituições possam alcançar
seus objetivos. O êxito nas questões estratégicas dentro da empresa depende de um
funcionamento eficiente da gestão de pessoas.
Esse departamento trata especialmente do desenvolvimento das pessoas que atuam na
empresa, na melhoria da qualidade do trabalho e da produtividade. O líder é considerado o
responsável por exercer influência sobre o grupo, inspirá-lo e motivá-lo, bem como atuar como
facilitador das relações interpessoais, tornando harmonioso o convívio entre o grupo; o que
permitirá que as pessoas no ambiente de trabalho auxiliem as empresas a atingirem seus
objetivos.
Diante do contexto apresentado se elabora o seguinte problema de pesquisa: Quais são os
estilos de liderança predominantes no contexto organizacional? Este estudo tem como objetivo
analisar os estilos de liderança predominantes no contexto organizacional. Mais
especificamente se buscou: conceituar liderança; identificar os estilos de liderança e suas
* Discente do Curso de Administração da Faculdade Pitágoras. ** Docente do Curso de Administração e Eng. da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Docente do Curso de Ciências Contábeis e Administração da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]
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competências; e discutir a relevância do líder para as organizações e como suas competências
podem motivar sua equipe.
Parece difícil conceber-se a ideia de organização, instituição ou firma sem uma liderança
estabelecida. Por isso a importância deste tema, que é mostrar o papel transformador que a
liderança tem no gerenciamento de equipes; sem ela a sobrevivência da empresa ficaria
terrivelmente comprometida ou condenada ao fracasso.
A escolha deste objeto de pesquisa levou em conta as contribuições que ela poderá trazer
para a comunidade acadêmica, empresas e instituições, já que ela poderá impulsionar o
gerenciamento de pessoas e ajudar com soluções e propostas práticas e ainda poder ajudar em
pesquisas futuras, o que reacenderia a esperança do trabalhador que aguarda ansioso por uma
colocação no mercado de trabalho em um cenário marcado por incertezas, crise e desemprego.
Este trabalho de pesquisa foi desenvolvido com base em procedimentos bibliográficos,
utilizando como fontes: livros disponíveis na Biblioteca Pública de Londrina, artigos
acadêmicos, em formato impresso e digital, à disposição em sites ou banco de dados, todos
publicados nos últimos 30 anos.
2 Liderança
Liderança é um desafio constante em nossas vidas, liderar leva a nos envolvermos com
pessoas de aspectos e culturas diferentes para trabalharmos por um objetivo comum para o
desenvolvimento da empresa ou um determinado grupo. Liderança é ensinar a inspirar,
transmitir confiança e olhar o alvo como desafio constante.
Os estudos sobre liderança têm se espraiado de modo significativo no contexto
organizacional, devido a sua importância acadêmica e de práticas empresariais, e por
apresentar-se em constante evolução influenciada por diferentes perspectivas (BRANCHER;
OLIVEIRA; RONCON, 2012).
Segundo o autor liderança é muito importante para toda a organização, ela tem tendência
a evoluir atendendo à mudança que vem influenciar diretamente as empresas a manter a sua
renovação para que esteja sempre atual, produzindo; e ao mesmo tempo crescendo no mercado.
De acordo com Daflon (2011) define liderança como a influência que é exercida sobre
um grupo de pessoas por meio da comunicação.
Segundo a afirmação de Daflon isto leva a entender que um líder deve ser comunicativo,
manter um relacionamento saudável com seus liderados para o melhor desempenho; a
comunicação com ele é essencial dentro de qualquer organização. Ser líder é ter espírito de
comunicação.
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Considerando que os autores acima afirmam que liderar é um ato de influenciar tarefas
de uma organização com um objetivo a ser alcançado, destacando e valorizando os esforços dos
seus liderados e identificando as suas habilidades - isso trará crescimento dentro de qualquer
equipe ou empresas.
Já o autor Bergamini (1994) pontua que, não há como falar de liderança se não existir a
convicção de que as pessoas podem fazer a diferença na vida dos outros. Segundo o autor, ser
líder é fazer melhor e diferente, é ter convicção que automaticamente está influenciando no lado
positivo da vida de outras pessoas; liderar é caminhar juntos com seus liderados mostrando que
é melhor estar unido do que estar isolado em uma jornada e desta forma é muito mais fácil
resolver um problema em conjunto do que sozinho.
Assim, a liderança se caracteriza como um processo de influenciar as atividades de um
indivíduo ou grupo para a consecução de um objetivo em uma determinada situação (HERSEY;
BLANCHARD, 1986). A liderança baseia-se no prestígio pessoal e na aceitação dos
subordinados, um relacionamento capaz de favorecer tomadas de decisão que sirvam de
exemplo para que os membros da equipe obtenham resultados positivos a curto e longo prazo
(GIL, 2009).
Considerando os autores acima citados entende-se que na liderança, o líder precisa
apresentar boas atitudes que levarão os seus liderados a serem influenciados e empenhados na
busca dos objetivos a serem alcançados; o líder precisa ter uma mentalidade renovada para que
os seus liderados sintam o mesmo espírito de renovação, por conseguinte as metas serão
alcançadas.
3 A Importância do Líder nas Organizações
Hoje e como sempre, o líder tem uma grande responsabilidade na empresa. Ele acaba
sendo o alvo e o centro das atenções dos seus liderados porque estes acabam se inspirando e
alcançando a confiança. O líder tem grande enfoque naquilo que tange a sua existência nas
organizações; ele exerce a função mais importante nas empresas ou grupos.
Todo líder pode ser administrador, porém, nem todo administrador pode ser um líder.
Para liderar, o indivíduo deve ser capaz de ser uma influência ímpar para o comportamento de
seus liderados, mostrando que todos são interdependentes. Esta relação mútua com os
subordinados conquista-os e assim, consequentemente, depositam nele a sua confiança. Tal
motivação identifica o grau de interesse para as necessidades do líder, distinguindo seus
estímulos, o líder conhece as pessoas as quais ele pretende liderar (MAXIMIANO, 2011).
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É importante para o líder observar que a motivação de sua equipe depende de um estado
psíquico de disposição; o seu grupo precisa estar interessado para realizar as tarefas da
organização. Constata-se que um grupo está motivado quando se tem a clara visão de que está
completamente entusiasmado para a realização do trabalho (MAXIMIANO, 2009).
Segundo Krause (1999) quando não há ninguém no controle (nenhum líder), nada de útil,
notável ou rentável pode ser alcançado. Isso se aplica a todos os aspectos da vida, especialmente
no que diz respeito à competição em negócios. Em negócios competitivos, a visão de liderança
combinada com a ação cooperativa é a única forma de produzir resultados favoráveis.
Segundo o pensamento do autor, o líder é, e sempre será, a pessoa ideal para direcionar e
controlar um determinado grupo que tem objetivos a serem alcançados. O líder acaba tendo um
papel mais importante porque nele está a visão de uma empresa. Ser líder é dar as mãos, mesmo
não recebendo nada em troca.
3 Desafios da Liderança
Os desafios fazem parte da vida do ser humano e quando se tratam desafios da liderança
dentro de uma organização, traz a sensação de uma grande responsabilidade, no que tange ao
relacionamento interpessoal, pessoas com culturas e hábitos diferentes.
Entende-se que o líder além de motivar, precisa ter ideias claras. Liderar é ter grandes
desafios, no que tange aos mecanismos de transmitir e motivar o seu liderado. Ser líder não é
estar simplesmente em criar um grupo e direcionar, é estar no início de uma jornada desafiadora
onde ele precisa destacar o seu potencial e mostrar que é capaz de ser um líder eficaz.
O autor Hunter (2004) expõe que se o time da liderança estiver na página certa, o resto
seguirá naturalmente. A liderança começa com uma escolha e muitas dessas vêm acompanhadas
da forma como encarar as responsabilidades que se dispõe a assumir. Alinhando as ações
tomadas com boas intenções para alcançar as suas metas, uma boa equipe tem sempre bons
resultados.
De acordo com o autor Macucci (2007), o líder atual para ser completo precisa saber
responder a cinco perguntas: Quais são os produtos e serviços que entrego e para quem? Como
estabeleço relações de identidade com meus clientes? Qual resultado obtém-se? Sou um
exemplo e referência na gestão de pessoas (não apenas na minha equipe)? Qual o meu ponto de
equilíbrio; sou dono da minha agenda?
O autor afirma que o líder é o pilar de todas as organizações, e nele são exigidas algumas
questões muito importantes para crescimento das mesmas: saber identificar os produtos ou
serviços que serão entregues ao consumidor final e criar um meio de comunicação com os
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clientes. No momento de decisão, na escolha de um produto, o líder deve estar sempre
preparado para dar uma solução - ter equilíbrio em todos os sentidos e disponibilidade no seu
trabalho.
Já para Maximiano (2009), a motivação é um processo que tem três propriedades: direção,
intensidade e permanência. A direção é o alvo do comportamento que se motiva; a intensidade
é o grau de força imposta pelos motivos que serão utilizados e a permanência é a durabilidade
da manifestação da motivação.
Motivação dentro da organização é muito importante porque ela gera resultados positivos.
Por isso o líder precisa estar motivado e ao mesmo tempo deve motivar a sua equipe. A
motivação é uma porta aberta por onde as pessoas passam para alcançar ou atingir o seu objetivo.
A motivação faz com que a equipe trabalhe para dar o seu melhor e faça o possível para
conquistar o que almeja. Por fim, isto leva à produtividade, crescimento e ao desenvolvimento
de qualquer organização.
5 Considerações Finais
Conclui-se que a liderança exerce um papel muito importante nas organizações,
considerando os desafios que ela apresenta e a importância do líder dentro da mesma. Liderar
e levar a importância deste tema, que é mostrar o papel transformadora que a liderança tem no
gerenciamento de equipes ou grupo. Sem ela a sobrevivência da empresa ficaria terrivelmente
comprometida ou condenada ao fracasso.
E de acordo com os autores estudados e atual mudança existente no mundo do mercado
foram destacados alguns pontos importantes que levaram o desenvolvimento deste trabalho no
que tange a liderança, a importância da liderança dentro da organização, e os desafios da
liderança, e a diferença de um líder e um chefe, que farão diferença no contexto atual.
A escolha deste objeto de pesquisa levou em conta as contribuições que a liderança poderá
trazer para a comunidade acadêmica, empresas e instituições; já que ela poderá dar o
gerenciamento de pessoas e ajudar em soluções e propostas práticas e ainda poderá contribuir
em pesquisas futuras.
Referências
BERGAMINI, C.W. Liderança: administração do sentido. São Paulo: Atlas, 1994. BRANCHER, I.B; OLIVEIRA, B.M.; RONCON, A. A análise da presença das características da liderança transformacional: estudo observacional no filme “INVICTUS”. São Paulo, 2012. Anais... São Paulo: SEMEAD 2012.
29
DAFLON, A.V. O papel do líder na motivação da equipe. Disponível em: <http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/b002209.pdf>. Acesso em: 25 maio 2018. Gil, A.C. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2009. HERSEY, P.; BLANCHARD K. A mudança organizacional através da liderança eficaz. São Paulo: Multimedia Tecnologia Educacional, 1980. HUNTER, J.C. O monge e o executivo. Rio de Janeiro: Sextante, 2004. KRAUSE, D.G. A força de um líder. São Paulo: MKEON Books, 1999. MAXIMIANO, A.C.A. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2009. MAXIMIANO, A.C.A. Fundamentos de Administração: manual compacto para as disciplinas TGA e introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2011.
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CAPÍTULO 5
O Trabalho do Gestor Empresarial Frente ao Planejamento Estratégico
Debora Regina Surmani*
Cynara Leão Garcia** Emanuelli Mariana Maingué**
Resumo Para que uma empresa obtenha o sucesso almejado o trabalho do gestor empresarial é de suma importância. No entanto, esse profissional precisa ter um conhecimento sobre a organização de uma empresa, para que seu trabalho alcance os objetivos propostos. Para isso, o planejamento estratégico tem que ser priorizado, sempre com o objetivo de agregar valor às organizações. Diante da representatividade do tema, este trabalho teve como objetivo entender sobre a gestão empresarial compreendendo como o gestor pode desenvolver suas funções, tendo como suporte o planejamento estratégico. Para entender a temática foi utilizado como metodologia a pesquisa bibliográfica, que por meio de um estudo realizado em artigos publicados e livros dos cursos de administração poderão subsidiar o conhecimento teórico apresentado um entendimento sobre a temática. Palavras chave: Gestão Empresarial. Planejamento Estratégico. Administração.
1 Introdução
No atual contexto econômico e social do país, o termo gestor vem sendo muito utilizado.
Isso acontece, devido ao fato que, tal profissional atua frente as principais tomadas de decisões.
Devido a relevância do trabalho do gestor empresarial, a motivação para esta pesquisa
surgiu da necessidade de entender melhor como o gestor empresarial pode trabalhar frente a
administração de empresa tendo como supor o planejamento estratégico, a fim de agregar valor
as instituições.
No processo de administração o gestor precisa ter conhecimento sobre planejamento, pois
é considerado uma prática fundamental na vida das pessoas, seja ela pessoa física ou jurídica.
Tendo conhecimento deste fato, o estudo sobre que envolve o trabalho do gestor frente ao
planejamento estratégico torna-se ainda mais importante, principalmente, nas empresas, no qual,
lida com recursos financeiros, recursos humanos, e, busca constantemente expandir suas
atividades.
* Discente do Curso de Administração da Faculdade Pitágoras ** Docente do Curso de Administração e Eng. da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Docente do Curso de Ciências Contábeis e Administração da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]
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A problemática deste trabalho está relacionada ao trabalho do gestor empresarial frente
ao planejamento estratégico. Este profissional tem a capacidade de mediar os vários processos
que envolvem a administração de modo a conduzir o sucesso empresarial. Assim, o problema
do trabalho encontra-se no seguinte questionamento: Como o gestor empresarial pode trabalhar
com o planejamento estratégico de modo a agregar valores nas organizações?
Os objetivos da pesquisa são compreender como o gestor empresarial pode desenvolver
suas funções utilizando como parâmetro o planejamento estratégico de modo a agregar valor às
organizações. Vai elencar a importância do gestor de empresas e suas respectivas funções na
área empresarial, buscando conceituar o termo planejamento estratégico e analisando como ele
pode contribuir na agregação de valores nas organizações. Por fim, vai entender a importância
do planejamento estratégico na administração de empresa reconhecendo o gestor como
mediador do processo que valorizará as organizações.
2 Administrar: Noções Básicas
Para compreender as funções administrativas é preciso entender que conceito de
administração está envolvido ao planejamento, organização, direção e controle de atividades
que envolvem uma empresa ou uma organização. “A Administração tem como objetivo aplicar
suas funções à empresa para concretizar os processos executados em todas as suas áreas,
considerando seu ambiente interno e o ambiente externo que a envolve” (GULLO, 2016, p. 14).
As funções da administração envolvem interpretar os objetivos propostos pela empresa,
de modo a transformá-lo, e chegar as metas objetivados (ANSOFF, 1991). É possível encontrar
ações administrativas tanto nos setores públicos como privados, isso porque, a função de
administrar está relacionada diretamente com o controle e direção de uma empresa, com ou sem
fins lucrativos. É um trabalho constante que análise de programas e métodos, avaliação de
conteúdos e mudança quando aquilo que se almeja não está sendo alcançado (DAFT, 2005).
O ato de administrar surgiu mediante a necessidade de organizar um trabalho ou atividade
que já vinha sendo desenvolvida. Princípio uma pessoa iniciava e trabalho desenvolvia-o em
todo seu segmento, ou seja, do início até o fim, sempre por uma única pessoa. No entanto, foi
observado que, a divisão do trabalho poderia trazer maior produtividade e qualidade no que era
desenvolvido, pois, a pessoa estaria aperfeiçoada na sua função. Contudo, esse novo cenário,
necessitava de um gerenciador que iria conduzir o trabalho realizado (SILVA, 2009).
Dentro das funções administrativas cabe as tarefas de prever, organizar, comandar,
coordenar e controlar (VASCONCELLOS, 2002).
32
Silva (2009) menciona que Fayol acredita que o processo de administração tem alguns
princípios que envolve a divisão do trabalho, da autoridade e responsabilidade, da unidade de
comando, da hierarquia, da departamentalização, da coordenação e esses princípios precisam
ser seguidos para garantir a máxima eficiência (SILVA, 2009).
Nos dias atuais o processo de administração engloba um pouco de todas as teorias
administrativas, tudo isso para validar um trabalho de qualidade no qual o principal objetivo é
o êxito empresarial.
3 O Planejamento: Conceitos Fundamentais
A ação de planejar é uma característica essencial na vida das pessoas, pois, por meio do
planejamento é possível criar estratégias de organização para alcançar os objetivos propostos.
Ao se tratar do planejamento na área empresarial, este elemento torna-se ainda mais
significativo, pois vai direcionar o trabalho da empresa para o sucesso.
Para compreender os conceitos fundamentais do planejamento estratégico, primeiramente
se faz necessário entender o termo planejar. Para este termo muitos autores apresentam
conceitos específicos, sendo que “o planejamento como um método de classificação de
atividades, no qual visam alcançar um objetivo e atingir um futuro almejado” (ANSOFF, 1991,
p.25).
Na visão de Mintzberg, (2004, p.26) o “planejamento é um procedimento formal para
produzir um resultado articulado, na forma de um sistema integrado de decisões”. Tal conceito
apresentado, remete a ideia de trabalho em conjunto, no qual, há a integração dos muitos
elementos existências na administração empresarial, como por exemplo, o trabalho do gestor,
do contados, do pessoal do marketing, entre outros, nesta integração o plano será expostos e
diante dele, a análise mais profunda dos pontos positivos e negativos para execução do projeto.
Em uma visão positiva, o planeamento é entendido como “a definição de um futuro
desejado e os meios eficazes de alcança-los” (OLIVEIRA, 2006, p.28). As ações que são
tomadas por impulso, sem um estudo amplo de mercado, clientes, economia, entre outros
aspectos, conduz a resultados não satisfatório, pois, quando um fator negativo acontece no
percurso da realização do projeto, o gestor não sabe como lidar e suas decisões podem não ser
as melhores para a empresa. Quando existe o planejamento, já foi estabelecido as possíveis
falhas, tornando mais fácil propor ações para as dificuldades.
Ao se tratar especificamente o planejamento estratégico e tendo claro o conceito de
planejamento, entende-se que estratégico refere-se plano, método, manobras ou estratagemas
usados para alcançar um objetivo ou resultado específico. Logo, “planejamento estratégico é
33
um processo de formulação de estratégias organizacionais no qual se busca a inserção da
organização e de sua missão no ambiente em que ela está atuando” (CHIAVENATO; SAPIRO,
2003, p.39).
Oliveira (2004) ressalta a ideia de que todo plano surge de uma necessidade e por essa
razão, sua efetivação é pautada em fases, que podem ser denominadas também como estágios,
que se dividem em:
• diagnóstico estratégico está direcionado ao momento em que há a conferência de
todos os aspectos que envolvem o projeto.
• instrumentos prescritivos e quantitativos destina-se nas ações fundamentas para
chegar aos objetivos almejados.
• controle e a avaliação destina-se na observação crítica dos encaminhamentos. Em
sentido amplo, esta função abrange processos de: avaliação de desempenho;
comparação do desempenho real com os objetivos, desafios, metas e projetos
estabelecidos; análise dos desvios dos objetivos, desafios, metas e projetos
estabelecidos
• missão da empresa, ou seja, a maneira mais apropriada para a empresa alcançar seus
propósitos, respeitando sua situação interna e externa atual, apurada no diagnóstico
estratégico
4 O Planejamento na Gestão Empresarial
O planejamento acontece na empresa por que o gestor empresarial é elencado como líder.
A liderança por parte do gestor compreende-se como uma forma de organizar e coordenar os
desafios nos negócios empresariais de forma dinâmica, efetiva e racional.
Daft (2005) conceitua a liderança como uma forma de influência para motivar os
funcionários a atingirem suas metas organizacionais. Ela engloba a capacidade de motivar as
pessoas, direcionar para um foco, estimular a cooperação, resolver conflitos, propor
comunicação, tomar decisões, enfim, o líder necessita dominar estas habilidades para estar
frente a gestão empresarial. Estas características são essenciais na elaboração de um
planejamento, pois na realização de um plano a iniciativa da tomada de decisão é constante
necessitando da segurança do líder.
O trabalho do gestor deve envolver a realidade da empresa, que por sinal, em muitas vezes
é um tanto complexa e árdua. Para isso, deve trabalhar com a interdisciplinaridade nos
processos de negócio, envolvendo diferentes equipes, com forma de agir e pensar mistos,
34
profissionais com muitas ideias e linguagem. O papel do gestor no planejamento empresarial
precisa estar relacionado a mudança e a inovação, pois estas medidas caminham paralelamente.
As empresas desse novo milênio vivem em constantes mudanças, mediante a tecnologia,
a evolução social, entre fatores. Ao se tratar das mudanças existem três tipos fundamentais
sendo a incremental, a radical e a paradigmática.
5 Considerações Finais
Mediante ao exposto, percebe-se que o papel do gestor é essencial no gerenciamento de
uma empresa. Ele é responsável por toda organização no planejamento, nas mudanças e nas
inovações, porém seu trabalho não é isolado, ele precisa da sua equipe, necessita da união de
todos para discutir medidas para elaborar um planejamento. A participação coletiva garante
maior sucesso, pois, cada membro envolvido pode expor as maiores dificuldades, os possíveis
impedimentos, e barreiras que a execução do plano.
A empresa bem organizada terá uma preocupação em sempre agregar valores o que
permitirá vantagens com relação à competitividade. Esta visão na organização empresarial está
ligada com o gestor.
Para desempenhar está função na empresa a pessoa encarregada ao cargo precisa conhecer
a finco o desenvolvimento e a dinâmica do local onde trabalha. É necessário conhecer os valores
tanto dos clientes como da empresa. Precisa inovar sempre, entendendo que o valor mais
importante é o do cliente e o do consumidor, de modo que a empresa consiga oferecer vantagens
sobre a concorrência, obtendo o lucro desejado. Para isso a inovação é essencial.
A amplitude no conhecimento geral de todos da empresa sobre o planejamento ainda,
garante o apoio e faz com que o trabalho seja realizado de maneira satisfatória. O sucesso do
planejamento vem quando ele é executado, alcançando assim a lucratividade e o sucesso,
elementos almejados na gestão empresarial.
Referências
ANSOFF, H.I. A nova estratégia empresarial. São Paulo: Atlas, 1991. CHIAVENATO, I; SAPIRO, A. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. DAFT, R. Administração. São Paulo: Pioneira, 2005. Gullo, J. Administração: para quem estuda, ensina e pratica. São Paulo: Bom Dia, 2016. MINTZBERG, H. Ascensão e queda do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2004.
35
OLIVEIRA, J.A.P. Desafios do planejamento em políticas públicas: diferentes visões e práticas. RAP, 2006. OLIVEIRA, D.P.R. Introdução à administração: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2004. SILVA, M.M. Fundamentos da Administração. São Paulo: Pearson Education, 2009. VASCONCELLOS, M.A.S. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, 2002. TUCKER, R.B. Agregando valor ao seu negócio. São Paulo: Mkron, 1999. VASCONCELLOS, E.P.G.; HEMSLEY, J. Estrutura das organizações. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.
36
CAPÍTULO 6
Planejamento Estratégico e Balanced Scorecard como Ferramenta de Gestão
Carlos Guilherme Ferreira* Emanuelli Mariana Maingué**
Victor Hugo de Carvalho** Guilherme Barros Chaves** Resumo Como propósito este trabalho traz a importância da Controladoria interna da empresa, como é necessária sua adaptação frente a globalização e ao crescimento da concorrência de atividade, como ela pode ser eficaz junto a Contabilidade a Gestão Empresarial, permitindo assim tomadas de decisões condizentes aos resultados previamente esperados, de forma clara e correta destacando suas importâncias e prestando auxílio em melhores descobertas e decisões das organizações. Interliga e alanca o problema central aos demais objetivos e temas tratados. A gestão de uma corporação em busca de melhores resultados une as etapas de planejamento, controle, para uma efetiva execução de suas atividades e assim a efetividade de suas metas traçadas. Trazendo também o BSC e indicadores de resultado como ferramenta em conjunto com medidas coerentes é fácil de ser entendida por todo corpo de gestores, como um todo contribuir de forma eficaz os objetivos da entidade por meio do Planejamento Estratégico. Palavras-chave: Controladoria; Gestão Empresarial. Planejamento Estratégico. Cenário Balanceado. Tomada de Decisão. 1 Introdução
Com a evolução da economia e o ramo empresarial brasileiro cada vez mais competitivo,
as corporações independentemente da área de atuação, enfrentam constantes processos e
mudanças, tendo a finalidade de resultar positivamente objetivos traçados, para isso dá-se a
necessidade da busca por ferramentas diversificadas que dão à corporação característica única.
Investigar e identificar os problemas internos ou externos antes que desafiem e
comprometam a execução das atividades empresariais é uma ferramenta vital, a partir daí pode-
se indagar e a analisar de problemas e auxiliam nas tomadas de decisões, sendo a Controladoria,
a ferramenta gerencial que abrange este método, e que através dela as entidades possuem o
caminho em chegar onde tanto almejam, no sucesso organizacional.
Trazendo o tema a contribuição de nortear as entidades quando suas necessidades e buscas
em evoluir seu comportamento empresarial e da social atualmente, perante a inconstância da
economia, a mudança de mercado e suas mutações, sendo assim, a pesquisa apresenta como
* Discente do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras. ** Docente do Curso de Ciências Contábeis e Administração da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Coordenador e Docente do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Docente do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected].
37
problema: Qual a importância da Controladoria e contribuição do Planeamento Estratégico e
do Balanced Scorecard na Gestão Empresarial?
Contando com o objetivo geral em demonstrar a importância da Controladoria na empresa
e no trabalho por ela aplicada, vinculada à Gestão Empresarial, quanto aos objetivos
ramificados, consistem em três, sendo descrever a importância da Controladoria na Gestão
Empresarial, relatar a missão do Planejamento Estratégico na tomada de decisão, e caracterizar
o Balanced Scorecard como método de gestão.
A presente pesquisa literária, revisada bibliograficamente, foi equiparada de conteúdos
valorosos em materiais publicados, como, livros, revistas, sites de bancos de dados certificados,
artigos de sumo científico adentrados ao tema proposto, em diretriz de tempo publicações dos
últimos trinta anos, com autores e referências relevantes, de cunho científico sem dispersar do
tema apontado, dissertação corrida esclarecendo a problemática que circunda, de acordo com
normas preestabelecidas, seguindo as normas da ABNT e com os fins a que se destinam,
assegurando o acesso às buscas de fonte e exploração.
A partir dos objetivos definidos, em visão do foco principal em demonstrar a importância
da controladoria frente aos objetivos secundários, procurou-se através de autores de relevantes
referências, e de materiais contributivos não apenas da contabilidade, mas também da
administração e mostrou-se a contribuição que o planejamento a ferramenta de medidor de
desempenho trazem na importância da controladoria na empresa, como uma ferramenta unida
à outra dá a empresa uma sustentável visão e atuação, através dos pontos de vistas de diversos
autores como através destas ferramentas, as empresas podem alcançar resultados satisfatórios.
2 Referencial Teórico
Frente a busca das empresas por um controle gerencial satisfatório e uma gestão eficaz,
dada a necessidade da geração de informações para tomada de decisões, com as mudanças de
mercado, a evolução dos fenômenos econômicos, tecnológicos e sociais, surge a importância
da Controladoria, definida pelo autor Padoveze (2009, p. 284) como parceira das organizações,
pois será a ferramenta capaz de dar suporte aos gestores nas decisões a serem tomadas,
influenciando no processo decisório da corporação, afim de assegurar a continuidade dos
negócios, contribuindo para uma reformulação cada vez mais bem-sucedida, ágil e contínua na
gestão empresarial.
Subsídio da gestão, que frisa também o autor Figueiredo (1995, p.4), ao explica-la como
“um órgão administrativo que tem por finalidade garantir informações adequadas ao processo
decisório, colaborando com os gestores na busca da eficácia gerencial”, nesta visão é visível a
38
importância e influência que a Controladoria tem na gestão empresarial, é ela quem terá como
papel servir de norteadora aos gestores, guiando e assessorando as empresas em concluir com
eficiência suas metas traçadas.
Na observância do autor Marion (1996, p.140), ao considerar que a responsabilidade da
controladoria na Gestão “tem por função coordenar os esforços dos gestores para alcançar seus
resultados”, nele o autor defende a ideia de que a ferramenta tem papel fundamental na gestão
e nos objetivos da empresa, o autor cita ainda que “o objetivo da controladoria está como o de
assegurar um resultado sinérgico da empresa”, ou seja, garantir à empresa um resultado eficaz
frente sua projeção.
Através dos conceitos indicados dos diversos pontos de vista expostos pelos autores, a
controladoria, reconhecida como órgão administrativo, possui como missão assistências dos
gestores da organização empresarial nos caminhos econômicos a serem tomados e as estratégias
à serem traçadas, através da facilitação do fornecimento de informações aos demais
departamentos, estando no comando a figura do responsável pelo departamento de
controladoria, designado Controller.
Nomeado o profissional à cargo em atender as necessidades de informações de todo o
processo de gestão da empresa, conforme os autores Beuren, Moura (2000, p.60) definem, o
Controller será quem irá cooperar e dará suporte ao planejamento, execução e controle, “através
sistema de informações eficaz e sinérgico entre os gestores, zelando pela maximização do
resultado da empresa”, neste trecho os autores dão a importância ao papel fundamental exercido
pelo Controller, também chamado de o gestor da controladoria, uma vez visa atender e fornecer
aos gestores informações necessárias da companhia e seu desempenho.
Um dos instrumentos indispensáveis para atuação da Controladoria na gestão, o
planejamento estratégico, é considerado o meio para que a empresa alcance no futuro seu
objetivo traçado, segundo a definição do autor Drucker (1998, p.136) “servindo de ponte até
onde ela quer chegar”, nela o autor relata que sem um caminho traçado, não há alcance do
objetivo almejado, o autor ainda descreve a origem do planejamento na gestão através da dúvida
promissora da empresa, em o que ela deve fazer hoje, ou qual caminho deve seguir para que
amanhã a empresa tenha conquistado o horizonte que pretende pairar.
Notório que o Planejamento estratégico e a Controladoria, juntos auxiliarão as empresas
no que se refere ao período de sobrevivência, empresa está que deve saber evitar ou neutralizar
as ameaças, identificando as oportunidades em ambientes turbulentos, escolher o negócio mais
oportuno e suscetível ao êxito, além de um bom planejamento e do capital financeiro adequado
para manter o negócio porém para os autores Coutinho e Kallás (2005, p.12) “A execução da
39
estratégia é uma das tarefas mais difíceis dos executivos”, os autores citam que
comprovadamente as organizações apresentam insucesso em atingir suas finalidades pois
possuem obstáculo na execução do que planejou, com surgimento de falhas.
Neste contexto o BSC, Balanced Scorecard, ou traduzido chamando também de Cenário
Balanceado, surge como uma ferramenta estratégica do planejamento, afim de atingir a
eficiência da empresa, conhecendo seu comportamento e atuação.
As corporações que buscavam uma excelente gestão empresarial, adquiriram em 1990,
uma aliada ferramenta no gerenciamento de seus processos, denominada Balanced Scorecard,
também conhecida como Cenário Balanceado ou BSC. Seu estudo motivado pela crença de que
os métodos existentes de medição de desempenho empresarial, em geral apoiados nos
indicadores contábeis e financeiros, estavam se tornando insuficientes, os autores e
idealizadores desta ferramenta Kaplan e Norton (1997, p. 12) a descrevem como o caminho de
facilitar a interpretação e implementação de estratégias nas organizações.
Perante isto Kaplan e Norton (1997, p. 25) concluem que a missão encontra-se em ordenar
objetivos e metas com estratégia, organizados através de métodos para informar aos
funcionários sobre os vetores do sucesso no presente e no futuro, com o diferencial em mostrar
para as corporações que na era da informação, a formula da eficácia na gestão baseia-se em um
agrupamento de processos interfuncionais, princípios operacionais, entre eles segmentação de
clientes, entendimento em escala global, conexão de fornecedores e clientes, trabalhadores
capacitados e inovação.
Os autores reforçam a relação o resultado que a ferramenta traz não está apenas em
relatório financeiros, mas um conjunto que inclui outros fatores como relatam que BSC através
de algumas ações alinham o planejamento estratégico, sendo isto seu objetivo primordial.
Assim também definiu o autor Padoveze (2009, p.288) em concordância à define como
“proposta de unir a visão estratégica da organização com as fases de execução e controle de
gestão empresarial” no trecho o autor reforça a ideia em incluir outras ações como esclarecer e
mostrar o significado da visão e da estratégia, comunicando e associando os objetivos à essas
estratégicas, assim como planejando e estabelecendo metas e assim perfeiçoando o feedback e
o aprendizado.
A montagem de um esquema estratégico, segundo os idealizadores da ferramenta Kaplan
e Norton (2004, p.33-34) o BSC faz com que sirva de modelo e que a organização, levantando
o questionamento de como ela criará seu valor e para quem, os autores concluem que o ele
traduz a missão e a visão da estratégia perante suas visões e perspectivas, sendo quatro:
40
financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento, as mesmas
alinham igualmente as metas de curto e longo prazo.
5 Considerações Finais
Conclui-se controladoria ferramenta de extrema importância dentro das organizações, sua
missão em saciar a grande busca de informações que as empresas passaram a ter nos nos tempos
atuais. Fazendo uso do processamento e análise das informações repassadas por um profissional
competente, sistematizando as técnicas contábeis, delinear os softwares e os métodos de
controles internos em função do norteamento, através das metas estabelecidas da organização
para o sucesso.
Por isso, a estratégia pode levar a resultados para o cliente em termos de fatores que
afastam, ou trazem clientes e resultados financeiros benéficos, mostrado através do
planeamento estratégico e do BSC, como estes métodos podem ser caracterizados como os
pontos importantes no processo decisório, e como podem levar o gestor a obter os esperados
resultados financeiros dos negócios.
A inclusão e execução do BSC leva um trabalhoso período de tempo, nele são tratados
objetivos, medidas de desempenho e estratégias como elas se conectam e se modificam, frente
os complicados fatores que à atingem a organização, frente a isso conclui-se que as empresas
estão sempre na zona de conforto, com medidas de desempenho que nunca alteram com o passar
do tempo, com isso acabam definindo o BSC como um método frustrador, mas nota-se que é
através dessa ferramenta, que possível é se alcançar as metas traçadas por sua organização.
Baseado no que foi exposto e orientados pelos materiais teóricos, mostrou a pesquisa
mostrar os pontos positivos e a importância da controladoria na gestão empresarial, e o como o
planejamento e métodos de análise de desempenho colaboram para o crescimento da
organização, sustentada por sua missão, visão, valores e estratégias.
Referências BEUREN, I.M.; MOURA, V.M. O papel da controladoria como suporte ao processo de gestão empresarial. Rev. Bras. Contabilidade, p.59-67, 2000.
DRUCKER, P.F. Introdução à administração. São Paulo: Pioneira, 1998, 136 p.
FIGUEIREDO, S. Contabilidade e a gestão empresarial: a controladoria. Rev. Bras. Contabilidade, v.24, n.93, 1995.
KALLÁS, D.; COUTINHO, A.R. Gestão da Estratégia: experiências e lições de empresas brasileiras. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
41
KAPLAN, R.; NORTON, D. A Estratégia em ação: balanced scorecard. Rio de Janeiro: Campus 1997.
KAPLAN, R. Mapas estratégicos: convertendo ativos intangíveis em resultados tangíveis. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
MARION, J.C. Controladoria no Agribusines. São Paulo: Atlas, 1996. PADOVEZE, C.L. Sistemas de informações contábeis. São Paulo: Atlas, 2009.
42
CAPÍTULO 7
Importância da Contabilidade para a Tomada de Decisão como Ferramenta de Gestão.
Alessandra Aparecida Semcovici* Emanuelli Mariana Maingué**
Cynara Leão Garcia** Victor Hugo de Carvalho** Resumo Observa-se que as micro e pequenas empresas são criadas por empreendedores que, na maioria dos casos, não tem experiência em exercer o papel administrativo ou que já ocuparam cargos de gerência em empresas grandes e decidem gerir sua própria empresa, deparando-se com problemas específicos de gestão, além da falta de compreensão dos aspectos financeiros e contábeis do negócio. Dessa forma, este estudo tem por objetivo apontar como as informações contábeis são utilizadas em micro e pequenas empresas no processo de gerenciamento. A realização deste trabalho de revisão bibliográfica e de cunho descritivo deu-se a partir da reunião e consulta de livros, manuais e artigos científicos indexados em buscadores como o Google Acadêmico, bem como disponibilizados nas bases de dados como SciElo, Portal de Periódicos CAPES e revistas científicas na área de contabilidade, no período de 2000 a 2018. A relevância contabilidade na administração de micro e pequenas empresas é expressa pela posse de ferramentas necessárias para a conservação do patrimônio da entidade e a gestão dos negócios, bem como todos os dados necessários para contribuir na tomada de decisão a partir de análises de mercado e demonstrações contábeis. Palavras-chave: Micro e Pequenas Empresas. Informação Contábil. Gestão Contábil. Contabilidade Gerencial. 1 Introdução
O aumento de micro e pequenas empresas é evidente, juntamente com sua importância
para o desenvolvimento econômico e social do país. Além disso, observa-se que as micro e
pequenas empresas são criadas por empreendedores que, na maioria dos casos, não tem
experiência em exercer o papel administrativo ou que já ocuparam cargos de gerência em
empresas grandes e decidem gerir sua própria empresa, deparando-se com problemas
específicos de gestão, além da falta de compreensão dos aspectos financeiros e contábeis do
negócio.
Neste sentido, a figura do profissional contábil revela-se como fator importante, pois ele
dispõe de conhecimentos e instrumentos que subsidiam de forma mais segura a tomada de
decisão dos gestores de micro e pequenas empresas, através da elaboração e aplicação
* Discente do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras. ** Docente do Curso de Ciências Contábeis e Administração da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Docente do Curso de Administração e Eng. da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Coordenador e Docente do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected].
43
inteligente das informações contábeis. Considerando este cenário, qual a importância das
informações contábeis para o gerenciamento de micro e pequenas empresas?
Dessa forma, almejando responder a este questionamento, objetivo geral desta pesquisa
foi de apontar como as informações contábeis são utilizadas em micro e pequenas empresas no
processo de gerenciamento. Os objetivos específicos foram definidos como: descrever e
caracterizar micro e pequenas empresas; analisar os principais fatores que influenciam no
sucesso e/ou insucesso financeiro de micro e pequenas empresas no Brasil e identificar e
descrever quais informações contábeis são utilizadas por contadores sob a ótica da
contabilidade gerencial.
A realização deste trabalho de revisão bibliográfica e de cunho descritivo deu-se a partir
da reunião e consulta de livros, manuais e artigos científicos indexados em buscadores como o
Google Acadêmico, bem como disponibilizados nas bases de dados como SciElo, Portal de
Periódicos CAPES e revistas científicas na área de contabilidade. As palavras-chaves que
orientaram a busca pelas referências foram: contabilidade gerencial; micro e pequenas
empresas; informações contábeis; gestão contábil, os quais foram utilizados com data de
publicação no período de tempo de 2000 à 2018.
2 Referencial Teórico
De acordo com dados de um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas, a pedido do
SEBRAE no ano de 2014, as micro e pequenas empresas “representam 27%do produto interno
bruto (PIB) brasileiro, são responsáveis por 52% da mão de obra do país e respondem por 40%
da massa salarial brasileira, são 8,9 milhões de micro e pequenas empresas” (PEREIRA;
LEMES; GONZALES, 2017). Considera-se que micro e pequenas empresas, de acordo com a
Lei Complementar nº123 de 2006, são as que se apresentam sob a forma de:
Sociedade empresária, as sociedades simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário, a que se refere o artigo 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados nos Registros de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, e a sociedade de advogados registrada na forma do art. 15 da Lei nº 8.906/1994 (SILVA, 2015, p.19).
As micro e pequenas empresas recebem tratamento tributário diferenciado, conforme
determina a Constituição Federal de 1988, “visando incentivar o seu desenvolvimento e
simplificação de obrigações trabalhistas, tributárias, previdenciárias e o acesso ao mercado”
(SILVA, 2015, p.25).
44
Pode-se observar que as micro e pequenas empresas recebem classificações diversas e
tratamento mais simplificado para elaboração de sua escrituração fiscal e que esta medida foi
implantada com a finalidade de incentivar o seu desenvolvimento haja vista sua contribuição
na economia e na geração de empregos.
Dado a importância das micro e pequenas empresas no cenário econômico brasileiro, é
valido identificar quais fatores influenciam o sucesso e o insucesso do empreendimento, uma
vez que o profissional contábil pode colaborar com a utilização de ferramentas contábeis para
gestão da empresa.
Ortigara (2006, p.45-46) identifica que a partir de diversas pesquisas realizadas, os
conteúdos apontam, em geral, que as micro e pequenas empresas brasileiras apresentam “forte
propensão a fracasso, e sua sobrevivência muitas vezes é menor do que o tempo necessário para
realizar uma mudança radical em seus traços”.
Deitos (2003) quando aborda a questão das dificuldades enfrentadas pelas micro e
pequenas empresas, e de modo geral, aponta alguns fatores, dentre eles a falta de recursos
financeiros limita os investimentos necessários para o desenvolvimento destas empresas; o
gerenciamento em que o sócio-gerente assume tarefas dentro e fora da organização, não
sobrando tempo para análise de gestão e a carga tributária elevada que contribui para o
comprometimento da competitividade das empresas.
Yoshitake et al (2014, p.9) identifica que nas micro e pequenas empresas o “planejamento
é substituído por improvisos e os assuntos gerenciais são tratados em segundo plano, dando
ênfase às atividades operacionais”, revelando que estes empreendimentos necessitam de
informações contábeis que demonstrem seus resultados e o controle a ser exercido no
patrimônio.
Outra dificuldade das micro e pequenas empresas é escolher que informações são
relevantes para a tomada de decisões, pois, na maioria dos casos, os empresários não possuem
conhecimentos contábeis suficientes e “em consequência, não conseguem avaliar os benefícios
que elas podem agregar para seus negócios” (STROEHER; FREITAS, 2008).
Destarte, ao conhecer os fatores que influenciam o sucesso ou insucesso de micro e
pequenas empresas, podendo culminar na sua sobrevivência ou mortalidade frente ao mercado,
torna-se relevante conhecer quais informações contábeis poderão auxiliar o gestor na tomada
de decisão, no sentido de informa-lo sobre a situação financeira da empresa, reordenando ações
de investimentos ou de poupança em determinado período.
A relevância da atividade do contador na administração de micro e pequenas empresas é
expressa por Yoshitake et al. (2014, p.2), pois o contador é o profissional que “possui as
45
ferramentas necessárias para a conservação do patrimônio da entidade e a gestão dos negócios,
bem como todos os dados necessários para contribuir na tomada de decisão a partir de análises
de mercado e demonstrações contábeis”.
De uma forma geral, a contabilidade possibilita à empresa coletar, processar e relatar a
informação para uma variedade de decisões operacionais e administrativas (STROEHER;
FREITAS, 2008).
De acordo com Yoshitake et al. (2014, p.9), a principal função do consultor contábil nas
micro e pequenas empresas é de além de lidar com a área financeira, econômica e patrimonial,
também atuar na recomendação das atitudes a serem tomadas frente à possíveis problemas de
ordem financeira, e complementa que o contador deverá estar sempre atualizado com a
legislação que rege o patrimônio da empresa bem como às datas e prazos das obrigações ficais
junto à interpretação correta dos dados coletados.
De acordo com Deitos (2003), o sistema de informações contábeis, desde que bem
projetado para atender às necessidades gerenciais de seus usuários, pode conferir maior
segurança no processo de tomada de decisão às empresas independentemente de seu porte.
Também ressalta que o profissional contábil deve preocupar-se em compreender melhor as
“especificidades deste segmento e as atitudes e formas de gerenciamento de seus dirigentes” de
modo que compreenda, “as deficiências e as vantagens decorrentes do porte da empresa, para
poder efetivamente oferecer uma informação que possa contribuir no seu processo de decisão”.
De acordo com Silva et al. (2002, p.23), uma empresa sem contabilidade é “uma
entidade sem memória, sem identidade e sem as mínimas condições de sobreviver ou de
planejar seu crescimento”. Uma vez que a empresa não elabora seus demonstrativos contábeis,
acaba por se prejudicar de tal maneira, que encontrará dificuldades em obter credito em
instituições financeiras ou, até mesmo, no preenchimento de informações cadastrais.
Assim, o contador, ao fazer uso de ferramentas contábeis mais simples, auxilia o
empresário a conhecer melhor seu próprio negócio, instrumentalizando-o com relatórios que o
conduza a melhor compreensão de tudo o que se passa na empresa e consiga perceber o estado
financeiro a que se encontra, antes que seu empreendimento perca espaço no mercado
incorrendo em mortalidade precoce.
5 Considerações Finais
Este trabalho objetivou apontar como as informações contábeis são utilizadas em micro
e pequenas empresas no processo de gerenciamento. A partir da revisão bibliográfica observa-
se uma lacuna de estudos que abordem os fatores pelos quais os gestores de micro e pequenas
46
empresas utilizam ou não das informações contábeis para gestão de seu negócio. Recomenda-
se também, a elaboração de estudos que viabilizem a utilização de ferramentas e informações
contábeis mais simples e de fácil aplicação, ressaltando o papel e a importância do profissional
contábil neste processo.
Observou-se que micro e pequenas empresas no Brasil, estão sob uma condição particular
que as distingue das empresas de maior porte e dada a atenção e preocupação haja vista a
simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias e previdenciárias. Ambas derivam
do modelo de empresas, no entanto, não é possível delimitar sua conceituação de forma fixa,
haja vista a variedade de pontos de vista ou órgãos aos quais estas definições venham a estar
vinculadas, em que coadunam muitos parâmetros para sua definição.
Identificou-se que os fatores que influenciam o sucesso e o insucesso do empreendimento
residem a partir de um conjunto de elementos, a saber: ausência de comprometimento do
empreendedor; ausência do planejamento prévio; deficiências na gestão empresarial;
insuficiência de políticas de apoio; problemas de conjuntura econômica; e problemas
‘pessoais’. Neste sentido, o profissional contábil configura-se como um profissional de grande
importância para o auxílio na gestão empresarial do negócio, uma vez que pode colaborar com
a utilização de ferramentas contábeis para gestão da empresa.
No entanto, observou-se, com base dos dados pesquisados, que maioria dos gestores de
pequenas empresas não utiliza a contabilidade para medir desempenho, acompanhar metas e
avaliar impactos financeiros de sua empresa. Este dado é relevante, pois sinaliza que os gestores
não compreendem o papel do profissional contábil como colaborar para seu negócio.
No entanto, o contador é o profissional que possui as ferramentas necessárias para a
conservação do patrimônio da entidade e a gestão dos negócios, bem como todos os dados
necessários para contribuir na tomada de decisão a partir de análises de mercado e
demonstrações contábeis. A contabilidade possibilita à empresa coletar, processar e relatar a
informação para uma variedade de decisões operacionais e administrativas.
Neste sentido, o sistema de informações contábeis, desde que bem projetado para atender
às necessidades gerenciais de seus usuários, pode conferir maior segurança no processo de
tomada de decisão às empresas independentemente de seu porte. Também se ressalta que o
profissional contábil deve preocupar-se em compreender melhor as especificidades do
segmento de micro e pequenas empresas e as atitudes e formas de gerenciamento de seus
dirigentes, de modo que compreenda e sinalize quais são as deficiências e as vantagens
decorrentes do porte da empresa, para poder efetivamente oferecer uma informação que possa
contribuir no seu processo de decisão.
47
Referências
DEITOS, M.L.Souza. O Impacto dos avanços da tecnologia e a gestão dos recursos tecnológicos no âmbito da atividade contábil. Rev. Bras. Contabilidade, 2003.
ORTIGARA, A. Causas que condicionam a mortalidade e/ou o sucesso das micro e pequenas empresas no estado de Santa Catarina. Florianópolis: UFSC, 2006.
PEREIRA, J.E.A.; LEMES, V.P.; GONZALES, A. Os novos desafios da contabilidade para micros e pequenas empresas: uma análise sobre as perspectivas de adaptação e a utilização da escrituração simplificada para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte–ITG 1000. REDECA, v.4, n.1, p.46-61, 2017.
STROEHER, A.M.; FREITAS, H. O uso das informações contábeis na tomada de decisão em pequenas empresas. RAUSP-e, v1, n.1, 2008.
SILVA, A.B. et al. Desafios enfrentados pelas micro e pequenas empresas no Brasil. Conexão Eletrônica, v.2, n.1, p.460-474, 2015.
SILVA, D.S. Manual de procedimentos contábeis para micro e pequenas empresas. Brasília: CFC; Sebrae, 2002.
YOSHITAKE, M. et al. O papel do contador como consultor nas micro e pequenas empresas. São Paulo: UNICID, 2014.
48
CAPÍTULO 8
A Importância da Auditoria Interna na Gestão das Organizações
Thiago Rafael Sitta Mota* Emanuelli Mariana Maingué**
Victor Hugo de Carvalho** Guilherme Barros Chaves**
Resumo Toda organização necessita demonstrar exatidão nas suas demonstrações contábeis para assim garantir maior segurança aos seus usuários, é por isso que a função do Auditor vem se destacando cada vez mais no atual cenário. O Auditor surge nesse cenário com o intuito de verificar a eficiência e a eficácia dos controles de uma organização. A Auditoria interna com seus conhecimentos das principais áreas coorporativas pode estar auxiliando as empresas a efetuar uma abordagem eficaz e completa em sua gestão empresarial, assim possibilitando uma enorme redução de custos e também a identificar oportunidades de economia. O presente estudo visa identificar e analisar quais são os fatores que fazem da Auditoria Interna um dos principais meios de assessoria para a gestão empresarial. A metodologia utilizada para realização do trabalho é a revisão de literatura, que consiste em uma pesquisa descritiva e qualitativa. A pesquisa conclui que as empresas acreditam no potencial da Auditoria Interna e assim fica clara a sua participação nas rotinas e planejamentos administrativos da organização. Palavras-chave: Auditoria Interna. Auditor. Demonstrações Contábeis. Custos. 1 Introdução
A auditoria interna é dada com uma das ferramentas mais importantes do controle
administrativo. A ausência da auditoria na estrutura das empresas faz com que elas fiquem
expostas a vários riscos e frequentes como erros e desperdícios. As empresas têm uma
necessidade de investirem para se desenvolverem tecnologicamente para aprimorar seus
controles e reduzir custos, assim faz com que seus produtos sejam mais competitivos no
mercado atual, e isso faz com que as empresas também necessitem de um volume grande de
recursos. As organizações estão crescendo rapidamente e assim seus administradores ainda
possuem desconhecimento do auxílio em que a auditoria interna pode ter para a obtenção das
informações corretas de como está à situação do patrimônio da empresa, deixando assim de
captar vários recursos de terceiros.
O objetivo do trabalho da auditoria é demonstrar quais recursos a organização pode obter
para evitar os prejuízos irrecuperáveis e que a organização consiga também recursos financeiros
de qualidade e uma ótima precisão nas informações prestadas. A auditoria interna tem a
* Discente do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras. ** Docente do Curso de Ciências Contábeis e Administração da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Coordenador e Docente do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Docente do Curso de Ciências Contábeis e Administração da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected].
49
responsabilidade principal de analisar internamente o controle das organizações e a função de
adequá-las as normas e procedimentos contábeis vigentes, com a finalidade de trazer melhorias
para o controle interno e garantir eficiência e eficácia na gestão da empresa.
Com o crescimento das atividades e dos processos nas organizações, veio à necessidade
de maiores cuidados nos procedimentos e normas internas. Visto que com tal crescimento
dessas organizações, os administradores ou os próprios proprietários das empresas não iriam
conseguir supervisionar todas as etapas das atividades desenvolvidas pela empresa. Assim o
auditor interno passou a elaborar um relatório ou comentário, onde apresentava sugestões para
a solução dos problemas detectados na organização. O auditor se torna um agente relevante
para ao centro das discussões e traz o conceito de auditoria interna para mostrar como ele pode
vir a impactar direta e indiretamente nas organizações, podendo ser em curto ou longo prazo.
Tendo a missão de junto com as demais áreas assegurar o fortalecimento, a adequação e o
funcionamento do sistema de controle interno.
Assim surge a problemática: Como a auditoria interna pode interferir na situação de uma
organização, como pode ajudar a organização a alcançar seus objetivos propostos e qual a
necessidade do auxílio da auditoria interna para obtenção de informações relevantes e corretas
da situação patrimonial e financeira da empresa?
O objetivo geral é compreender como a auditoria interna pode ser eficaz dentro das
organizações. Como objetivo especifico pode-se compreender a relação da auditoria interna
com as organizações, demonstrar como a auditoria interna pode ajudar a melhorar as
organizações em curto e longo prazo e apresentar quais os motivos que levam as organizações
a obterem uma auditoria interna.
A metodologia utilizada para realização do trabalho é a revisão de literatura, que consiste
em uma pesquisa descritiva e qualitativa, visando à melhor compreensão do tema abordado,
através de pesquisas bibliográficas e artigos científicos, analisando as fontes dos últimos 15
anos. As pesquisas foram realizadas e extraídas a partir das seguintes palavras chaves: Auditoria
Interna, Auditoria, Funções da Auditoria, Ferramentas da Auditoria.
2 Referencial Teórico
Segundo Attie (1992), a função da auditoria interna consiste em atividades detalhadas,
que estão relacionadas, de maneira intensa, com o andamento de cada área, departamento, setor
e operação da empresa, se tornando assim de grande importância para o controle da
organização. O autor supracitado ainda explica que a auditoria interna tem como demanda
examinar suas ramificações e seus seguimentos, por períodos regulares de tempo, assim ela
50
observa à política, as legislações, a eficiência operacional e os tradicionais aspectos de controle
de proteção e garantias concedidas por autoridade ou instituição para a empresa. Para o seu
sucesso, Attie (2012) afirma que a Auditoria precisa estar representada no mais alto escalão da
empresa para que sua atuação junto aos administradores fortaleça sua base e se desenvolva com
independência. Estando proclamada no topo da administração da empresa, consequentemente
estará na sua política administrativa, dando assim o suporte gerencial necessário para a
realização dos trabalhos.
Há várias formas de se classificar a Auditoria, e todas são de extrema importância e
podem ser separadas em dois tipos, ambas são desempenhadas de maneiras semelhantes, mas
guardam diferenças e objetivos diferentes uma da outra, são elas Auditoria Externa e Auditoria
Interna.
Conforme Almeida (1996), a auditoria interna surge através da necessidade que a
administração da empresa possui em dar uma ênfase aos seus procedimentos e normas internas.
Como o mercado sempre está em expansão o administrador não iria conseguir estar
acompanhando tudo pessoalmente. Assim surge também o auditor interno, o qual possui a
função de verificar como estão os procedimentos e se estão sendo seguidos corretamente pelos
funcionários da empresa.
Segundo o Manual de Auditoria Interna (2014), a auditoria interna tem como objetivo
avaliar e ajudar a administração a desenvolver suas atribuições de forma adequada,
proporcionando análises, recomendações e comentários objetivos, acerta das atividades
examinadas. O Auditor Interno deve se preocupar com qualquer atividade da empresa que possa
ser de utilizada da administração.
Almeida (2003) afirma que a Auditoria Externa surgiu como uma parte da evolução do
capitalismo. Com a ampliação dos negócios surgiu a necessidade da expansão dos mercados e
assim surge também a necessidade de aprimoramento dos sistemas e controles administrativos
visando sempre a redução de custos para assim os produtos serem mais competitivos dentro do
mercado. A Auditoria Externa é também conhecida como a auditoria das demonstrações
contábeis que são realizadas por um profissional que não faz parte da gama de funcionários da
empresa ou organização.
A contratação de uma Auditoria Externa pode apoiar na governança corporativa com
diagnósticos mais precisos, temas contábeis, tributários, controles internos e vários temas
relacionados. Uma Auditoria Externa resulta em um parecer de auditoria sobre as
demonstrações financeiras dão uma imagem mais segura e real da posição financeira e
econômica da organização e das operações do período.
51
A Auditoria Interna é realizada através de profissionais da própria empresa,
diferentemente da externa que é realizado por profissionais independentes, ou seja, não
possuem relação com a empresa. Se na auditoria externa o foco principal é comprovar a
veracidade dos dados, na interna o principal objetivo é o cumprimento dos regimentos, normas
e políticas internas. Crepaldi (2004) destaca que “a auditoria interna e a externa são os
instrumentos mais eficazes para evitar irregularidades administrativas nos negócios. O trabalho
abrange fatores técnicos e psicológicos, pois trata-se de uma função basicamente normativa e
preventiva”.
Para Attie (1986), a auditoria interna geralmente tem sua preocupação voltada para a
empresa como um todo. A empresa é, em verdade, um grande sistema de comprar, produzir,
vender e gerar resultado de modo a lhe possibilitar a continuidade do funcionamento por tempo
indefinido. Como a administração necessita fazer-se presente por toda a organização, e em cada
um dos sistemas que a compõem, determinando que tudo funcione, na realidade, como os olhos
da administração.
De acordo com Attie (1986), a auditoria interna, como um controle gerencial que funciona
medindo e avaliando a eficiência dos outros controles existentes, permite fornecer assistência e
aconselhamento a todos os níveis da empresa, o que é praticado por intermediário de
recomendações e sugestões.
Sabe-se que a auditoria interna, por definição, tem o objetivo de adicionar valor à
organização, através da avaliação dos processos de gerenciamento de riscos, controles internos
e da governança corporativa. A auditoria interna cumpre o seu papel, através das
recomendações para melhoria do processo, resultantes de sua avaliação sobre o objeto auditado,
as quais estão presentes em seu processo de comunicação do resultado do trabalho.
Segundo Pardini (2015) “a atividade de auditoria interna começa fazer diferença na
organização, quando, aplica sua metodologia, para avaliar a efetividade do processo de
gerenciamento de riscos e do sistema de controles internos”.
Para que o trabalho de auditoria interna seja eficiente e eficaz, é necessário que se faça
com antecedência um planejamento, a fim de precaver-se de situações indesejadas e realizar
um trabalho bem-sucedido, de forma a possibilitar uma tomada de decisão eficaz.
De acordo com Sá (1976, p.109), a sofisticação tecnológica, os imensos mercados que se
abriram e as maneiras de se chegar a eles, a produção em massa, a concepção de tecnoestrutura
empresarial, a acirrada competição inter e intranacional exigem do administrador extraordinária
atenção à necessidade de, com razoável antecedência, estabelecer missões e objetivos da
52
empresa, estudar e selecionar os caminhos alternativos, implantar a estrutura e programar os
planos e ideias escolhidas. Em outras palavras, planejar.
Em sentido amplo, Cardoso (1995, p.77) define planejamento como “um exercício de
como definir, perseguir com determinação e alcançar objetivos”. Porém, para a auditoria
interna, planejar significa segundo Almeida (1996, p.123), “estabelecer metas para que o
serviço de auditoria seja de excelente qualidade e a um menor custo possível”. Nesse sentido,
o planejamento existe para que se possa estabelecer um programa de trabalho na organização,
que tende a ser executado de forma eficiente, a fim de se obter resultados positivos e auxiliar
no processo decisório das organizações.
A Auditoria Interna, assim como outros segmentos profissionais, tem sido impactada pelo
processo de expansão na área de comunicações (Internet), à globalização da economia e ao
surgimento de mercados comuns, quando o mercado passa a exigir mais dinamismo e qualidade
no fornecimento de produtos e na prestação de serviços, provocando uma postura mais criativa
do gestor. A Auditoria Interna pode realizar trabalhos de forma compartilhada com
profissionais de outras áreas, situação em que a equipe deverá fazer a divisão de tarefas segundo
a habilitação técnica e legal de seus participantes, bem como o administrador deve reconhecer
no auditor um parceiro, um assessor, que tendo um conhecimento abrangente da entidade e
minucioso na área auditada pode provocar melhorias, subsidiando a sua tomada de decisão.
Assim como os futuros benefícios que a auditoria interna traz para uma entidade,
buscamos retratar as razões para que seja feita efetivamente a sua implantação. Com a
contemporaneidade dos negócios, foi preciso fazer mudanças significativas no cenário
empresarial, principalmente quando nos referimos sobre a questão gerencial das atividades
comerciais. A auditoria interna entra em cena com o propósito de assessorar a administração da
empresa a melhorar suas atividades, diante das exigências do mercado. Verifica-se também que
a implantação do departamento de auditoria interna nas entidades configura-se como uma
grande ferramenta de gestão. Esta ferramenta permite às empresas minimizar os riscos relativos
à sua administração presente e futura, garantindo maior credibilidade nas atividades da
entidade.
3 Considerações Finais
Com o atual cenário de globalização e diante da necessidade crescente de otimização de
resultados, as empresas estão buscando cada vez mais a identificação de oportunidades e
estratégias para minimizar riscos aos seus negócios e eficiência em suas operações e um nível
adequado de controle e retorno aos seus investimentos.
53
O papel dos auditores é de grande importância, devido à influência de seu trabalho sobre
as decisões no comportamento das empresas, decorrente da tarefa de revisão das demonstrações
contábeis e na emissão de um parecer técnico.
A auditoria interna é um setor dentro da organização que deve ter visão no futuro, com
atitudes e ideias que buscam elevar os resultados, e não apenas exercer as atividades de
controles internos.
O profissional deve sempre estar buscando aperfeiçoamento, através de estudos e se
adequando as exigências do mercado. Após o estudo, fica em evidencia a importância de as
empresas possuírem um sistema eficaz de controles internos.
Na atualidade, devido à economia globalizada e com um alto grau de competitividade, a
empresa que estiver mais preparada e organizada terá uma ótima estrutura para suportar a
concorrência.
Referências
ALMEIDA, M.C. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo: Atlas, 1996. ALMEIDA, M.C. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo: Atlas, 2003. ATTIE, W. Auditoria interna. São Paulo: Atlas, 1986. ATTIE, W. Auditoria interna. São Paulo: Atlas, 1992. ATTIE, W. Auditoria interna. São Paulo: Atlas, 2012. CARDOSO, J.S.S. Procedimentos de auditoria. Rev. Bras. Contabilidade, n.91, 1995. CREPALDI, S.A. Auditoria contábil: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2004. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Manual de Auditoria Interna, 2014. PARDINI, E.P. Os desafios da Auditoria Interna no contexto corporativo. 2015. Disponível em: <https://www.editoraroncarati.com.br/v2/Colunistas/Eduardo-Person-Pardini/Os-desafios-da-auditoria-interna-no-contexto-corporativo.html>. Acesso em: 31 maio 2018. SÁ, A.L. Auditoria interna. São Paulo: Atlas, 1976.
54
CAPÍTULO 9
Atuação da Controladoria na Gestão das Organizações
Danieli Cristina da Silva* Emanuelli Mariana Maingué**
Cynara Leão Garcia** Resumo A controladoria envolve a coleta e transmissão de informações aos responsáveis pelas decisões da empresa. Em empresas menores, quem faz esse papel é o proprietário, muitas vezes sem qualquer entendimento dos relatórios contábeis e sistema de informação. A controladoria com o apoio do planejamento orçamentário estará apta para iniciar um processo de realização das metas já definidas, esse é o momento de identificar o objetivo que a empresa realmente quer alcançar no próximo ano, estabelecer direções para toda a equipe e passando assim para a contabilidade de custos definirem os produtos ou serviços a serem produzidos ou prestados, organizar os gastos e despesas que vão ser geradas para a obtenção do lucro esperado. E para organizar todas essas informações é necessário o apoio de um sistema que integra todos os dados ao mesmo tempo e envolve toda a empresa, possibilitando o acesso a todos a informações geradas, levando essas informações aos responsáveis pelas decisões fazendo com que a empresa concretize as metas. Palavras-chave: Planejamento Orçamentário. Contabilidade de Custos. Sistema Integrado de Gestão Empresarial. 1 Introdução
Nos últimos anos, as empresas estão se inovando e se preocupando com um processo de
gestão desenvolvido, precisando de uma estrutura organizacional estabilizada e prática para
suprir as necessidades da alta diretoria. Surgindo então a controladoria para supri-las e dar
suporte aqueles que precisam de sua ajuda.
A controladoria envolve a coleta e transmissão de informações aos responsáveis pelas
decisões da empresa. Em empresas menores, quem faz esse papel é o proprietário. Muitas vezes
sem qualquer entendimento dos relatórios contábeis e sistema de informação. A controladoria
foi apresentada como geradora de informações de todas as áreas e entregues e explicadas ao
tomador de decisão.
Em meio a tantas informações e a todo o momento a tecnologia em constante mudança,
por que ainda existem tantas empresas fechando em seus primeiros anos? Algumas muitas vezes
continuam abertas, porém sobrevivendo com a falta de algo desconhecido.
* Discente do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras. ** Docente do Curso de Ciências Contábeis e Administração da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Docente do Curso de Administração e Eng. da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected].
55
O conteúdo apresentou uma nova visão para os empreendedores, destacando a
importância do planejamento estratégico e orçamentário, cujo planejamento envolve a empresa
como um todo, e acrescentará a importância de um líder para fazer acontecer o que foi
planejado. Mostrou também a utilização dos métodos de custeio da contabilidade de custos para
a melhor economia na produção de serviços e/ou produtos e o uso de um sistema de informação
adequado a necessidade da empresa, gerando assim agilidade no retorno de informações.
Para a elaboração do trabalho foi feita uma pesquisa bibliográfica baseada principalmente
em livros publicados nos últimos 25 anos de diversos autores da área de administração,
contabilidade e controladoria.
2 Referencial Teórico
O planejamento orçamentário envolve todas as áreas da empresa, estabelecendo objetivos
para cada área e assim gerando o trabalho em conjunto em busca dos planos de lucros. No início
do orçamento são definidas as direções e prioridades da empresa para o próximo período e
quanto mais tempo investida em planejar, maior será o retorno em resultados. Os gestores de
cada setor participam ativamente dos processos do planejamento e controle, pois conhecem
suas necessidades.
Para Frezatti (2009, p. 46), o orçamento é: O plano financeiro para implementar a estratégia da empresa para determinado exercício. É mais do que uma simples estimativa, pois deve estar baseado no compromisso dos gestores em termos de metas a serem alcançadas.
O planejamento estratégico e o orçamentário andam juntos, pois o planejamento mostra
o que os gestores decidiram para o período, enquanto o orçamento mostra as metas a serem
alcançadas, permitindo meios de avaliação do desempenho da empresa, suas áreas internas e
seus gestores, é um meio de prestar contas.
Cada empresa poderá optar por seu tipo de orçamento e no momento da escolha será
analisado o real objetivo e assim descobrirá os propósitos para esse procedimento. Sobre os
objetivos da criação do controle orçamentário, Padoveze (2005 p.273) diz que:
Os objetivos principais do controle orçamentário são: identificar e analisar as variações ocorridas; corrigir erros detectados e ajustar o plano orçamentário, se for o caso, para garantir o processo de otimização do resultado e eficácia empresarial.
A responsabilidade para realizar o controle orçamentário será o gestor de cada área da
empresa como suporte da controladoria. A controladoria fará o papel de analisar os resultados
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junto dos gestores e frequentemente discutirem sobre esses resultados, para alcançar o
orçamento anual. O papel da controladoria no orçamento é buscar a otimização dos resultados
em todos os setores, dar apoio aos gestores, corrigir erros, ajustar o que for necessário para o
alcance do planejado tanto para os gestores individualmente como para a empresa como um
todo.
A contabilidade de custos é a área da contabilidade que produz informações identificando
cada custo em seu devido lugar e logo demonstrando o valor total gasto para a produção das
receitas da empresa. De acordo com Crepaldi (2010, p.2), a contabilidade de custos “planeja,
classifica, aloca, acumula, organiza, registra, analisa, interpreta e relata os custos dos produtos
fabricados e vendidos”.
Existem diversos métodos para a aplicação da contabilidade de custos, todos com a
mesma visão de gerar relatórios favoráveis para a empresa para o conhecimento de todos os
custos gerados. O papel de conhecer e identificar o melhor a ser usado são de responsabilidade
dos gestores. Eles são chamados de Métodos de Custeio, e utilizados para apuração dos custos
de cada produto ou serviço, considerados ferramentas que auxiliam os gestores na produção de
informações que serão usadas como suporte para a tomada de decisões na empresa.
Para escolher o método ideal para a empresa precisará identificar o sistema de produção
da empresa, identificar a forma de acumulação dos custos e identificar a forma de custeio dessas
operações.
O papel da controladoria na contabilidade de custos é dar suporte aos gestores na
identificação do melhor método para aplicá-lo a todos os custos gerados pela empresa. A
controladoria auxiliará na formação do preço ideal de cada produto ou serviço para a geração
de lucros. No andamento do processo acontecerão ajustes, onde será alterado o que for
necessário para obter o melhor resultado.
Para Bornia (2010, p.34) um dos objetivos da contabilidade de custo: é o auxílio à tomada de decisões, quando as informações geradas pelo sistema de custos são utilizadas para apoiar o processo decisório da empresa. As mesmas informações que auxiliam o controle podem propiciar importante ajuda para o processo de planejamento da empresa. Além disso, decisões como terceirização de itens, retirada de produtos do mercado e compra de equipamentos, entre inúmeras outras, encontram grande apoio em informações de custos.
A contabilidade de custos é fundamental para a sustentabilidade de uma empresa, visando
à saúde financeira e quando cada estrutura for observada como um todo, os custos serão
identificados e a tomada de decisões ficará mais visível e facilitada para os gestores.
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Utilizando com o auxílio de um controller, o Sistema integrado de Gestão Empresarial –
SIGE – é uma plataforma desenvolvida para a integração de vários departamentos de uma
empresa visando à automatização e o armazenamento de todas as informações em um único
lugar e tem como sigla o “ERP - Enterprise Resource Planning” (Planejamento de Recurso
Corporativo).
Laudon e Laudon (2011, p.9) sugerem que:
um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização. Além de dar apoio à tomada de decisões, à coordenação e ao controle, esses sistemas também auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos.
Segundo Padoveze (2015, p.46) são denominados sistemas de informações gerenciais
aqueles que “têm como objetivo fundamental a integração, consolidação e aglutinação de todas
as informações necessárias para a gestão do sistema empresa.” Padoveze (2009, p. 27) ainda
afirma que o “dado é o registro puro, ainda não interpretado, analisado e processado”.
Laudon e Laudon (2011, p.9) salientam que dados são “sequências de fatos brutos que
representam eventos que ocorrem nas organizações ou no ambiente físico, antes de terem sido
organizados ou arranjados de uma forma que as pessoas possam entendê-las ou usá-las.
Após a inclusão dos dados e a transformação em informação ocorrerá a comunicação
entre os responsáveis dos setores, analisando os seus resultados baseados em relatórios de
períodos estipulados, gerando assim o controle geral do que foi planejamento e o que está
ocorrendo.
O Sige surgiu para sanar a necessidade dos gestores de informações rápidas e confiáveis,
o sistema veio com a ideia de uma arquitetura padronizada, facilitando a comunicação entre os
funcionários das empresas e os seus clientes, reduzindo assim o tempo desperdiçado com
informações buscadas em arquivos que muitas vezes não tinham uma facilidade de contato. A
sua função principal é suprir com informações reais aqueles quem tomam decisões e direções
na empresa, gerando a possibilidade de controlar os resultados esperados e obtendo lucros no
final do exercício.
O Sistema de Informação Contábil é o meio que o controller utilizará para efetivar a
contabilidade e a informação contábil dentro da organização, para que a contabilidade seja
utilizada totalmente. Há necessidade de se aplicar ao sistema de informação contábil o enfoque
58
sistêmico, pois, além de ser um sistema de informação, a contabilidade, como um sistema
aberto, está inserida dentro do ambiente do sistema empresa.
Padoveze (2015, p.47) assegura que: a Ciência Contábil se traduz naturalmente dentro de um sistema de informação. Poderá ser arguido que fazer um sistema de informação contábil com a Ciência da Contabilidade é um vício de linguagem, já que a própria Contabilidade nasceu sob a arquitetura de sistema informacional. O papel da Contabilidade e, por extensão, do Sistema de Informação Contábil dentro de um Sistema Integrado de Gestão Empresarial (Sige) é reforçado pelas próprias características da Ciência Contábil e da função do setor contábil.
A contabilidade é realizada através de um sistema específico para esse fim, suprindo a
expectativa de controlar os bens e os direitos da empresa, controlando com segurança garantido
pelos livros e pelo método das partidas dobradas e são uma fonte de informação organizada,
podendo ser gerados relatórios financeiros e econômicos, a qualquer momento.
Depois da contabilidade financeira que é obrigatória, vem a contabilidade gerencial que
em muitas empresas o profissional controller quem se encarrega de fornecer informações, esse
profissional possui conhecimentos que com o auxílio do Sige, transmite informações para os
gestores que podem ajudar a mudar as direções da empresa. Toda habilidade no uso do Sige é
válida para a produção de informações.
Padoveze (2015, p.48) endossa que: o Sistema de Informação Contábil ou o Sistema de Informação de Controladoria é o meio que o contador-geral, contador gerencial ou controller utilizarão para efetivar a Contabilidade e a informação contábil dentro da organização, para que a Contabilidade seja utilizada em toda a sua plenitude.
Ademais Padoveze (2015, p.56) revela que: à Controladoria cabe acompanhar todo o processo de gestão, desde o Planejamento Estratégico, passando pelo Planejamento Operacional e Programação, até a execução e o controle. Desta maneira, o Sistema de Informações de Controladoria, por meio de seus subsistemas, deve acompanhar todo esse processo.
Além disso, Padoveze (2009, p.145) diz que “a tomada de decisões racionais depende
de informações ou dados.” Utilizando como ferramenta de apoio um Sistema Integrado de
Gestão Empresarial, o profissional controller é capaz de gerenciar informações, sempre
filtrando para que elas sejam claras e objetivas, devendo levar com o maior benefício possível
aos gestores responsáveis pela tomada de decisão da empresa, e o que o custo de obtê-la deve
59
ser menor do que o impacto que ela pode causar, gerando assim confiabilidade e também
economia de recursos e tempo dos envolvidos.
3 Considerações Finais
Nos últimos anos, as empresas estão se inovando e se preocupando com um processo de
gestão desenvolvido, precisam de uma estrutura organizacional estabilizada e prática para
suprir as necessidades da alta diretoria. Surgindo então a controladoria para supri-las e dar
suporte aqueles que precisam de sua ajuda.
Para a empresa continuar competitiva no mercado, é preciso a união de produtividade e
eficiência, planejamento e controle, produzindo ou oferecendo seus produtos e/ou serviços com
custos menores, gerando assim lucros nos negócios. E a controladoria auxilia diretamente na
disponibilidade das ferramentas para divulgar informações para a tomada de decisão.
Uma dessas ferramentas é o planejamento orçamentário que define as metas e objetivos
a ser vivenciados no próximo ano, todo planejamento financeiro é definido nessa etapa e a
controladoria ajuda na identificação de todo o processo, desde a definição dos objetivos, o
controle etc.
A contabilidade de custos envolve a área que define os valores dos produtos, nessa etapa
são distribuídos os gastos e despesas geradas para a obtenção do lucro esperado e cada produto
produzido ou serviço prestado, é alocado esses valores. São utilizados métodos a escolha da
empresa para alcançar essas informações.
Para unir esses dados e outros, é utilizado um sistema de fácil acesso a todos, esse sistema
gerencial é o local onde todos os dados são armazenados. Nesse momento todos os dados já
estão processados no sistema e com o apoio de especialistas que conseguem fazer a leitura de
relatórios possibilitando assim informações para tomada de decisão.
Referências
BORNIA, A.C. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. São Paulo: Atlas, 2010. CREPALDI, S.A. Curso básico de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2010. FREZATTI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. São Paulo: Atlas, 2009. LAUDON, K.C.; LAUDON, J.P. Sistemas de informações gerenciais. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
60
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61
CAPÍTULO 10
Demonstrações Contábeis para Avaliação do Desempenho das Empresas
Viviany Gomes Evangelista* Emanuelli Mariana Maingué**
Guilherme Barros Chaves** Resumo As MPEs têm desempenhado com grande destaque no mercado econômico, desta forma levando em consideração os preceitos contábeis, elas podem se tornar solida no mercado econômico social, assim poderemos compreender com clareza como as empresas devem se manter diante tal quadro econômico e quais as decisões corretas a serem tomadas a fim de angariar lucro. É preciso ter entendimento, sabendo de onde vêm as principais receitas, em qual serviço deve se investir, para que dessa forma a organização tenha lucratividade. A interpretação do balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício permitem que seja identificada por qual situação a empresa passa em certo momento, assim como ameaças ou oportunidades, desta forma o intuito desse trabalho é estimular o empreendedor aprimorar os seus conhecimentos no âmbito contábil. Palavras-chave: Demonstração Contábil. Micro e Pequenas Empresas. Decisão. 1 Introdução
Este trabalho apresenta como tema central a importância das demonstrações contábeis
para as pequenas e médias empresas, pois as mesmas não possuem uma contabilidade interna,
devido ao custo que isso acarreta, desta forma terceirizando o serviço contábil. Assim sendo
fornecidos relatórios essenciais, como o balanço patrimonial, balancete e a demonstração de
resultado, mas isso nada vale se não houver uma boa interpretação.
A contabilidade possui importantes instrumentos que podem auxiliar na solução de
vários problemas enfrentados pelos pequenos empresários, podemos perceber através da análise
de mercado que um dos principais problemas das pequenas empresas é o controle do fluxo de
caixa, e também o gerenciamento de recursos para o investimento, podemos assim concluir que
a contabilidade pode servir de auxílio para o gerenciamento de tais recursos.
Em virtude da grande quantidade de empresas de pequeno porte, a necessidade de
entender a contabilidade e suas demonstrações financeiras, visando extrair dados para que
aconteça a tomada de decisão por parte dos gestores, estudando a partir desses relatórios quais
negócios seriam mais rentáveis e viáveis para organização, assim tendo um respaldo por dados
* Discente do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras. ** Docente do Curso de Ciências Contábeis e Administração da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected]. ** Docente do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras. E-mail: [email protected].
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confiáveis, de que forma a contabilidade e suas demonstrações contábeis podem contribuir
positivamente na tomada de decisão para empresas de micro, pequeno e médio porte?
Diante disso, definiu-se como objetivo geral deste trabalho o de compreender e analisar
as informações das demonstrações contábeis para as PME, no intuito de gerar informações
assertivas e fidedignas para tomada de decisão. E como objetivos específicos demonstrar a
contribuição das demonstrações contábeis para pequenas e medias empresas, dessa forma vindo
ter um conhecimento abrangente sobre tais demonstrações. Apresentar os indicadores
apropriados para avaliação de desempenho da entidade e determinar a importância da
contabilidade como instrumento de apoio para tomada de decisão.
Como o crescimento dessas pequenas é medias empresas são constantes, veio à
necessidade de contribuir para a problemática enfrentada pelos gestores na interpretação das
demonstrações. As demonstrações contábeis são imprescindíveis para as organizações,
proporcionando financiamento bancários, pois é a demonstração que vai indicar se a
organização pode ou não honrar com a dívida obtida, e também avaliar se o seu custo e despesas
está condizente com o retorno da empresa. Podemos concluir que as demonstrações contábeis
vão proporcionar uma visão financeira da entidade, desta forma abrindo novas oportunidades
para novos investimentos.
A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante
os registros, demonstrações e as interpretações dos fatos ocorridos, com o objetivo de levar
informações sobre o resultado econômico e entre outros aspectos sobre a riqueza patrimonial,
desta forma o estudo justifica-se pela necessidade de embasamento teórico ao futuro
profissional contábil no momento da tomada de decisão, ao auxiliar os gestores.
Sem dúvidas, a contabilidade é de suma importância, sendo indispensável para a
sobrevivências das empresas, que a utilizam com diversos fins, como já citado.
Este trabalho foi desenvolvido de forma descritiva e por meios bibliográficos. Foi
realizando estudos sobre as demonstrações contábeis, analisando compreender como os autores
o definem e qual sua função dentro das micro e médias empresas. Os dados foram coletados
por meio de pesquisas bibliográficas em livros, artigos científicos em sites contábeis, dentro do
prazo de artigos realizados a partir do ano 2000. Verificam-se neste trabalho de conclusão de
curso que o empresário empreendedor terá o maior conhecimento e vantagens acerca das
demonstrações contábeis e seus processos decisórios.
E por fim, este trabalho apresenta a contribuição das demonstrações contábeis para as
empresas e seu impacto na organização. Como os indicadores se apresentam e são apropriados
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para avaliação de desempenho das entidades. Determinando a importância da contabilidade
como instrumento para tomada de decisão.
2 Referencial Teórico
As Demonstrações Contábeis são fazem parte das informações financeiras divulgadas por
uma empresa. Este conjunto completo de Demonstrações normalmente, inclui, o balanço
patrimonial, a demonstração do resultado do exercício, entre outras, como a demonstração das
mutações do patrimônio líquido, demonstração do valor adicionado, notas explicativas,
completando-se com as assinaturas do representante legal da entidade e do profissional contábil.
Segundo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – (CPC, 2009): O objetivo das demonstrações contábeis” de pequenas e médias empresas é oferecer informação sobre a posição financeira (balanço patrimonial), o desempenho (resultado e resultado abrangente) e fluxos de caixa da entidade, que é útil para a tomada de decisão por vasta gama de usuários que não está em posição de exigir relatórios feitos sob medida para atender suas necessidades particulares de informação.
Conforme Marion, (2012, p. 27), “a estrutura conceitual básica da contabilidade, entre
outros tópicos trata dos objetivos, cenários e princípios da contabilidade”. Contabilidade pode
ser considerada como sistema da informação destinado a promover seus usuários de dados para
ajuda-los a tomar decisão.
A Contabilidade é um sistema de informações, onde auxiliam os empresários, gerentes
na tomada de decisão, garantindo a exatidão e precisão dos relatórios e atendo as leis e
regulamentos dos órgãos públicos.
Na Contabilidade, o objeto é sempre o conjunto de bens, direitos e obrigações, ou seja, o
patrimônio da entidade, independentemente de sua constituição seja ela física ou jurídica, e suas
mutações, dispondo de demonstrações para auxiliarem na tomada de decisão da organização.
Para Iudícibus, Marion e Faria (2009, p.161), o balanço patrimonial “é a mais importante
demonstração contábil de ‘posição’ das contas num determinado momento”, eles ainda trazem
que esta peça retrata a posição (saldo) das contas de uma entidade após todos os lançamentos
das operações de um determinado período.
Por sua vez a Demonstração de Resultado enfatiza o resultado econômico e operacional
das empresas em certo período, sendo realizado pelo regime de competência. De acordo com
Assaf Neto (2010, p.64) a Demonstração de Resultado “visa fornecer, de maneira
esquematizada os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em determinado
exercício social, o quais são transferidos para contas do patrimônio líquido”.
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Já a DRA tem início após a demonstração de resultados do exercício, considerando
valores que ainda não passaram pela conta de resultado, evidenciando a riqueza econômica
gerada pela organização, e a participação entre os acionistas, fornecedores, empregados, etc.
A Demonstração de Fluxo de caixa é uma ferramenta para controle financeiro da entidade,
é a entrada e saída de dinheiro do caixa. Esta deve ser bem planejada, pois é crucial para
continuidade da entidade, seja ela micro, pequena e média ou grande empresa.
A DLPA apresenta o resultado da organização e a partir deste demonstra as alterações
nos lucros ou prejuízos acumulados. Segundo Assaf Neto (2012, p.88):
A DLPA promove a integração entre o balanço patrimonial e demostrarão de resultado do exercício (DRE). Seu objetivo básico é o de demostrar a destinação do lucro líquido do exercício: parcela distribuída aos acionistas e aquela retida pela empresa para reinvestimento.
A DMPL é uma demonstração que pode ser utilizada em todos os tipos de entidade, porém
é mais usada nas empresas de médio e grande porte. Ela apresenta as mutações ocorridas em
todas as contas do grupo do Patrimônio Líquido e suas disposições encontram-se na seção 6 da
NBC TG 1.000 e na NBC TG 26, caso as únicas alterações no patrimônio líquido durante os
períodos para quais são apresentadas derivarem do resultado de pagamento de dividendos ou
outra forma de distribuição de lucros, correções de erros de períodos anteriores, ou da mudança
de polícia contábeis, a norma permite que a organização, divulgue uma única demonstração de
lucros e prejuízos acumulados no lugar da DRA E DA DMPL.
Usufruindo de todas as informações dessas demonstrações contábeis, a avaliação do
desempenho da empresa pode ser acompanhada através de indicadores que permite
acompanhar, avaliar, sugerir, decidir, ou mudar o rumo de um processo ou conjunto de
atividades visando atingir determinado objetivo.
De acordo com Matarazzo (2008, p.154) os indicadores viabilizam a possibilidade de
avaliação da empresa, de modo a permitir que seja elaborado um quadro regular de investigação
da saúde financeira da empresa.
Conforme Marion (2012, p.26) “a contabilidade é o grande instrumento que auxilia a
administração a tomar decisões”. Ela coleta todos os dados econômicos, mensurando os
monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados,
que contribuem sobremaneira para tomada de decisões.
Iudícibus (2008, p.48) esclarece ainda que “a contabilidade é objetivamente um sistema
de informação e avaliação destinado a promover seus usuários com demonstrações e analises
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de natureza econômica financeira, física e de produtividade, com relação a entidade objeto de
contabilização”.
Existem sistemas específicos formulados para o auxílio direto a questão das decisões
gerenciais. São denominados normalmente de DSS – Sistema de Suporte
a Decisão e EIS – Sistemas de Informações Executivas (decision Suport Sytems) e
(Executive Information Systems).
Conforme Padoveze (2009, p.45): “podemos definir sistemas de suporte a decisão, como
sistemas em extensão dos modelos de contabilidade gerencial para manuseio de problemas de
planejamento semiestruturados e estratégicos, tais como: adicionar ou abandonar linhas e
produtos, decisões de fazer comprar, decisões de alugar ou comprar, decisões de canais de
distribuição etc.”
A contabilidade na tomada decisão para eventos e transações é estruturada baseada em
princípios, definições e funções que objetivam apoiar gestores na seleção de das melhores
alternativas de ação. Visam aperfeiçoar o resultado econômico das decisões sobre eventos e
transações, causadoras de impactos no patrimônio e nos resultados da empresa. A contabilidade,
área de conhecimento e instrumento de auxílio à gestão das empresas, caracteriza-se por
transformar grandezas heterogêneas em elementos com uma mesma base de representação, ao
refletir em termos monetários os eventos e transações realizados (PELEIAS 2002).
5 Considerações Finais
Ao longo desse trabalho podemos ver que a contabilidade e suas demonstrações, são de
suma importância para a gestão e sobrevivência de uma empresa. As informações geradas e
demonstradas através destas, são utilizadas tanto pelos usuários internos, quanto aos externos.
Tais informações, são ferramentas que fazem parte no processo de tomada de decisão,
observou-se que ela está diretamente ligada ao planejamento e controle de uma organização,
ambos como instrumentos de administração para os gestores, visando ajudar uma empresa a
ficar sob controle, identificar quando o processo está fora do controle e dar suporte à
aprendizagem da empresa, com o objetivo de melhorar a qualidade das operações, reduzir os
custos operacionais e aumentar a adequação das operações às necessidades dos clientes.
O objetivo das demonstrações vai além de apenas registrar as informações contábeis, não
se limitam a um único conjunto padronizado de relatórios para atender a todas as necessidades
dos diversos usuários, sendo que invariavelmente devem adequar essas informações as
necessidades encontradas.
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Por fim, é necessário ressaltar a importância da contabilidade e seus demonstrativos para
a gestão, implicando em um processo de acompanhamento e controle que perpassa todas as
fases do processo decisório, sendo de grande utilidade no planejamento empresarial na medida
em que além de verificar as necessidades da empresa, se permite estabelecer padrões para
solucioná-las.
Referências
ARAÚJO, A.; ASSAF NETO, A. A contabilidade tradicional e a contabilidade baseada em valor. Rev. Contabilidade Finanças, v.14, n.33, p.16-32, 2003. ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. São Paulo: Atlas, 2010. ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. São Paulo: Atlas, 2012. CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC – Pronunciamento Técnico PME ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. 2009 . Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/siswebCodigo=2012/001418> Acesso em: 01 out. 2018. IUDÍCIBUS, S.; MARION, J.C.; FARIA. A.C. Introdução à teoria da contabilidade: para o nível de graduação. São Paulo: Atlas, 2009. IUDÍCIBUS, S. Análise de balanços. São Paulo: Atlas, 2008. MARION, J.C. Contabilidade empresarial. São Paulo: Atlas, 2012. MATARAZZO, D.C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. São Paulo: Atlas, 2008. PADOVEZE, C.L. Sistemas de Informações Contábeis: fundamentos e análise. São Paulo: Atlas, 2009. PELEIAS, I.R. Controladoria: gestão eficaz utilizando padrões. São Paulo: Saraiva 2002.