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VÁLTER GOMES
CONTRIBUIÇÃO À DIVULGAÇÃO DE AÇÕES DE
RESPONSABILIDADE SOCIAL: Estudo de Caso do UNIARAXÁ
PROGRAMA DE ESTUDOS PÓSGRADUADOS EM
CIÊNCIAS CONTÁBEIS E FINANCEIRAS – MESTRADO
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC/SP
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE
São Paulo
2005
VÁLTER GOMES
CONTRIBUIÇÃO À DIVULGAÇÃO DE AÇÕES DE
RESPONSABILIDADE SOCIAL: Estudo de Caso do UNIARAXÁ
Dissertação de mestrado apresentada à
banca examinadora do Programa de
Estudos PósGraduados da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo –
PUC/SP, como exigência parcial para
obtenção do Título de Mestre em Ciências
Contábeis e Financeiras, sob orientação
do Prof. Dr. José Carlos Marion.
PROGRAMA DE ESTUDOS PÓSGRADUADOS EM
CIÊNCIAS CONTÁBEIS E FINANCEIRAS – MESTRADO
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC/SP
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE
São Paulo
2005
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta dissertação por processos de fotocopiadoras ou eletrônicos.
São Paulo (SP), ____de ________________ de 2005
Válter Gomes
Reitora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP
Profa. Maura Pardini Bicudo Véras, Dra.
Presidente de PósGraduação
Profa. Anna Maria Marques Cintra, Dra.
Coordenadora do Programa de Estudos PósGraduados em Ciências Contábeis e Financeiras
Profa. Neusa Maria Bastos Fernandes dos Santos, Dra.
ViceCoordenador do Programa de Estudos PósGraduados em Ciências Contábeis e Financeiras
Prof. Roberto Fernandes dos Santos, Dr.
VÁLTER GOMES
CONTRIBUIÇÃO À DIVULGAÇÃO DE AÇÕES DE
RESPONSABILIDADE SOCIAL: Estudo de Caso do UNIARAXÁ
Esta dissertação foi julgada e aprovada para obtenção do grau de Mestre em Ciências Contábeis e Financeiras no Programa de
Estudos PósGraduados em Ciências Contábeis e Financeiras da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP.
São PauloSP 2005
Profa. Neusa Maria Bastos Fernandes dos Santos, Dra.
Coordenadora do Programa
B A N C A E X A M I N A D O R A
__________________________________
Prof. José Carlos Marion, Dr. Orientador
__________________________________
Prof. Sérgio de Iudícibus, Dr.
___________________________________
Prof. João Eduardo Prudêncio Tinoco, Dr.
Ao meu pai, Manoel Gabriel Gomes (in
memorian). Apesar de termos convivido por
apenas doze anos, este tempo foi o suficiente
para o senhor, meu pai, criarme com
honradez, incutindome valores éticos e
conscientizandome quanto à dignidade do
trabalho e importância dos estudos.
À minha mãe, Tereza Rosa Gomes. Você,
minha mãe, me ensinou a ter fé em Deus, a ser
um lutador, e incutiume a conscientização do
valor da família.
À minha esposa, Sebastiana Aparecida Ribeiro
Gomes. Você demonstrou que esta realização
é tão sua quanto minha; apoioume e guioume
para este objetivo.
Aos meus filhos, Pedro Augusto e Ana Alice.
Sorriso. Carinho. Esperança nos novos dias,
nos novos tempos.
AGRADECIMENTOS
A Deus, em primeiro lugar, pela vida, proteção, saúde, força, discernimento,
enfim, por todas as condições para que eu viva, trabalhe, estude e seja uma pessoa
digna de ser chamado seu filho.
À minha querida esposa, Tianinha, pelo apoio na conquista deste sonho, pelo
seu desejo de verme realizálo e pela compreensão quanto a minha ausência.
À minha mãe, Dona Tereza Rosa Gomes, pelas orações e pela compreensão
quanto a minha ausência, assim como a meus irmãos, irmã, sobrinhos e cunhados.
À magnífica reitora do Uniaraxá, Professora Maria Auxiliadora Ribeiro, pelo
apoio na concessão de bolsa e na flexibilização de meu horário de trabalho,
condições sem as quais dificilmente eu teria concluído este curso.
Ao Prof. Dr. José Carlos Marion, pela orientação deste trabalho, pelos
ensinamentos, apoio e consideração.
Ao Prof. Dr. Sérgio de Iudícibus, grande mestre, exemplo de profissionalismo
e sabedoria, pelas aulas, exemplo, orientações, indicações de material bibliográfico
e pelas contribuições por ocasião do exame de qualificação.
Ao Prof. Dr. João Eduardo Prudêncio Tinoco, pelas indicações de livros e
artigos, pelas palavras de apoio para com este trabalho e pelas contribuições por
ocasião do exame de qualificação.
À professora e coordenadora do mestrado, Dra. Neusa Maria Bastos
Fernandes dos Santos, e ao professor e subcoordenador, Dr. Roberto Fernandes
dos Santos, pela amizade, apoio e orientação durante o curso.
Aos professores das disciplinas cursadas: Dr. Sérgio de Iudícibus, Dr. José
Carlos Marion, Dra. Neusa Maria Bastos Fernandes dos Santos, Dr. Roberto
Fernandes dos Santos, Dr. Carlos Hideo Arima, Dr. Rubens Famá e Dr. Paulo
Roberto da Silva, pelos ensinamentos e experiências compartilhadas.
À minha amiga e colega de trabalho Flávia Maria da Costa Carvalho, pela
dedicação e apoio.
Ao meu amigo e colega de trabalho, Prof. Msc. Naldo Ferreira Alves, pelas
sugestões e apoio desde o início do curso.
Às Professoras Lázara, Luiza e Maria Lúcia, pelas sugestões e revisões
parciais da língua portuguesa.
Às minhas amigas Raquel, Sarah, Vanessa, Andréia e Lislen, pelo apoio e
disponibilidade.
Aos coordenadores de cursos e de setores do UNIARAXÁ, pelo apoio na
aplicação do questionário.
A todos os professores, funcionários e alunos do UNIARAXÁ, pelo apoio,
inclusive na resposta ao questionário de pesquisa.
À Bete, secretária do programa de mestrado da PUCSP, pelo apoio durante
a realização do curso.
Aos meus colegas de curso, pela amizade, troca de experiências e
crescimento/aprendizagem compartilhados.
RESUMO
GOMES, Válter. Contribuição à Divulgação de Ações de Responsabilidade Social: Estudo de Caso do UNIARAXÁ. 2005, 204 p. (Mestrado em Ciências Contábeis e Financeiras) – Programa de Estudos PósGraduados em Ciências Contábeis e Financeiras da Faculdade de Economia e Administração – FEA – da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP. São Paulo.
Este trabalho tem por objetivo contribuir para o avanço das análises e discussões em torno da relevância da publicação de ações de responsabilidade social pelas entidades. Analisa a percepção dos stakeholders sobre quais atividades de responsabilidade social devem ser realizadas, prioritariamente, por uma instituição de ensino superior, e como devem ser publicadas. Com base no aprofundamento da literatura sobre o tema e na análise dos balanços sociais de doze instituições de ensino superior brasileiras, foram levantadas as principais ações de responsabilidade social possíveis de serem realizadas por tais entidades, e foi criado e aplicado um questionário de pesquisa junto aos stakeholders do Centro Universitário do Planalto de Araxá UNIARAXÁ. Os dados foram analisados de acordo com diferentes grupos: alunos, professores, gestores, funcionários administrativos, fornecedores, prestadores de serviços e representantes da comunidade, tendo sido também considerados sexo, escolaridade, faixa etária e renda familiar dos entrevistados. Foi proposta uma metodologia para elaboração dos balanços sociais das instituições de ensino superior; foi proposto também um modelo a ser aplicado por tais entidades. As principais conclusões explicitaram: a grande importância da responsabilidade social das entidades; a necessidade de conciliação de interesses econômicos, de produção e de transmissão do conhecimento com os de todas as pessoas que se interrelacionam com as entidades; a importância que as entidades devem dispensar a seus recursos humanos; a conclusão de que investimento em preservação, proteção e recuperação do meio ambiente é fator de competitividade; a relevância dos programas de benefícios e contribuições à sociedade em geral; a importância da publicação das ações de responsabilidade social, através de Balanços Sociais bem elaborados, transparentes, com linguagem acessível, informações relevantes, consistentes e coerentes, e, principalmente, sendo prioritariamente garantida a probidade necessária à credibilidade do documento.
Palavraschaves: Responsabilidade Social; Balanço Social; Instituições de Ensino Superior; Stakeholders.
ABSTRACT
GOMES, Válter. Contribution to Publicise Actions of Social Responsibility: Case Study of UNIARAXÁ. 2005, 204 p. (Master Degree in Accountancy and Finance) – PostGraduation Program in Accountancy and Finance at the Economics and Administration Faculty – FEA – of the Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC / SP. São Paulo.
This paper aims at contributing to the advance of the analysis and discussions regarding the relevance of publishing social responsible actions by institutions. It analyses stakeholders’ perceptions on which social responsible actions should be carried out, mainly , by colleges and universities, as well as the way in which they should be published. Based on a deeper understanding of the subject and the analysis of the Social Result Balance of twelve different Brazilian universities, the main social responsible actions which are likely to be accomplished by such institutions, were highlighted and, a survey was developed and applied together with the stakeholders at the Centro Universitário do Planalto de Araxá. The collected data was analyzed according to different groups as follows: students, professors, administrators, management staff, suppliers, contractors, and members of the community. Gender, educational background, age and family income of the interviewees, were also taken into account. A methodology for the elaboration of the social result balance of the universities was proposed as well as a new model to be applied by these institutions. The main conclusions showed: the great importance of social responsibility of the institutions; the need of a compromise regarding the economic interests, production and transmission of knowledge with those of people who relate to such institutions; the importance that should be given to human resources; the understanding that investments made in the preservation, the protection and the recuperation of the environment make institutions more competitive; the relevance of social programs to society in general; the importance of publishing social responsible actions, through a clear, wellplaned Social Result Balance which bear accessible language, relevant, consistent and coherent information and, most importantly, guaranteeing the necessary honesty to the credibility of the document.
Key words: Social Responsibility, Social Result Balance, Colleges and Universities, Stakeholders.
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS ................................................................................................16
LISTA DE GRÁFICOS ..............................................................................................18
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................19
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS...................................................................20
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................21
1.1 Contextualização.........................................................................................21 1.2 Definição do Problema................................................................................25 1.3 Objetivos da Pesquisa ................................................................................27 1.3.1 Objetivo Geral..........................................................................................27 1.3.2 Objetivos Específicos ..............................................................................27
1.4 Justificativa..................................................................................................28 1.4.1 As Entidades e os Stakeholders..............................................................29 1.4.2 As Instituições de Ensino Superior e as Ações de Responsabilidade Social ................................................................................................................31
1.5 Importância/Contribuição ............................................................................33 1.6 Ações Metodológicas ..................................................................................34 1.6.1 Modelo de Estudo....................................................................................34 1.6.2 População e Amostra ..............................................................................35 1.6.3 Coleta de Dados......................................................................................36 1.6.4 Procedimentos de Análise de Dados.......................................................37
1.7 Estrutura do Trabalho .................................................................................38
2. RESPONSABILIDADE SOCIAL........................................................................39
2.1 A Elaboração do Balanço Social .................................................................42 2.2 Em Defesa da Divulgação do Balanço Social .............................................45 2.3 Vertentes do Balanço Social .......................................................................49 2.3.1 Balanço de Recursos Humanos ..............................................................49 2.3.2 Demonstração do Valor Adicionado ........................................................52 2.3.3 Balanço Ambiental...................................................................................55 2.3.4 Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade em Geral.............59
2.4 Reflexos das Ações de Responsabilidade Social .......................................60
3. A RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR................................................................................................................63
3.1 O UNIARAXÁ e as Ações de Responsabilidade Social ..............................64 3.2 O UNIARAXÁ – Breve Histórico..................................................................64 3.2.1 Gestores Institucionais ............................................................................65 3.2.1.1 Da Mantenedora: Fundação Cultural de Araxá ................................65 3.2.1.2 Da Mantida: Centro Universitário do Planalto de Araxá ...................65
3.2.2 Avaliações Externas ................................................................................66 3.2.3 Avaliações Institucionais Internas............................................................67 3.2.3.1 Programa de Avaliação Continuada PAC ......................................67 3.2.3.2 Controle de Qualidade da Graduação..............................................67
3.2.4 Ações de Responsabilidade Social Desenvolvidas no UNIARAXÁ .........68 3.2.4.1 Recursos Humanos..........................................................................68 3.2.4.2 Meio Ambiente .................................................................................68 3.2.4.3 Benefícios e Contribuições à Sociedade..........................................69
3.3 Ações de Responsabilidade Social Desenvolvidas por Outras Instituições de Ensino Superior ................................................................................................71 3.3.1 Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL..................72 3.3.2 Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUCRIO ..............74 3.3.3 Universidade Comunitária Regional de Chapecó UNOCHAPECÓ .......75 3.3.4 Universidade da Região de Joinville UNIVILLE.....................................78 3.3.5 Universidade de Cuiabá UNIC ..............................................................79 3.3.6 Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC ..........................................79 3.3.7 Universidade de Uberaba UNIUBE .......................................................80 3.3.8 Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS..............................81 3.3.9 Universidade Federal de Mato Grosso UFMT.......................................83 3.3.10 Universidade Presbiteriana Mackenzie ...................................................84 3.3.11 Universidade Metodista de São Paulo.....................................................85 3.3.12 Considerações Sobre as Ações de Responsabilidade Social Desenvolvidas e Divulgadas Pelas Instituições de Ensino Superior ..................86
3.4 Principais Ações de Responsabilidade Social Possíveis de Ser Executadas Pelas Instituições de Ensino Superior....................................................................86 3.4.1 Relativas aos Recursos Humanos...........................................................87 3.4.2 Relativas ao Meio Ambiente ....................................................................89 3.4.3 Relativas aos Benefícios e Contribuições à Sociedade em Geral ...........91
4. PESQUISA DE OPINIÃO...................................................................................94
4.1 Amostra.......................................................................................................94 4.2 Coleta de Dados .........................................................................................95 4.3 Procedimentos de Análise dos Dados ........................................................96 4.3.1 Quanto ao Sexo.......................................................................................96 4.3.2 Quanto ao Nível de Escolaridade............................................................97 4.3.3 Quanto à Faixa Etária..............................................................................98 4.3.4 Quanto à Renda familiar..........................................................................98 4.3.5 Procedimentos Gerais .............................................................................99
4.4 A Análise dos Dados.................................................................................100 4.4.1 Questões Relacionadas aos Recursos Humanos .................................100 4.4.2 Questões Relacionadas ao Meio Ambiente...........................................104 4.4.3 Questões Relacionadas aos Benefícios e Contribuições à Sociedade .......
..............................................................................................................107 4.4.4 Questões Relacionadas à Publicação de Informações e Balanços Sobre Responsabilidade Social ..................................................................................111 4.4.5 Análise da Média Geral das Questões ..................................................114
5. O BALANÇO SOCIAL NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR ..........115
5.1 Análise dos Balanços Sociais das Instituições de Ensino Superior ..........115 5.1.1 O Modelo de Balanço Social Proposto Pelo IBASE ..............................116 5.1.2 Definição dos Critérios Para a Análise Preliminar .................................117 5.1.3 Análise Preliminar dos Balanços Sociais...............................................117 5.1.4 Critérios Para Análise dos Balanços Sociais.........................................120 5.1.4.1 Critérios Para Análise da Estrutura do Balanço Social...................120 5.1.4.2 Critérios Para Análise do Balanço de Recursos Humanos.............121 5.1.4.3 Critérios Para Análise da Demonstração do Valor Adicionado.......121 5.1.4.4 Critérios Para Análise do Balanço Ambiental .................................122 5.1.4.5 Critérios Para Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade.....................................................................................................122
5.1.5 Análise dos Balanços Sociais................................................................122 5.1.6 Centro Universitário do Planalto de Araxá UNIARAXÁ .......................123 5.1.6.1 Análise da Estrutura do Balanço Social do UNIARAXÁ .................123 5.1.6.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos do UNIARAXÁ ...........124 5.1.6.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado .............................126 5.1.6.4 Análise do Balanço Ambiental do UNIARAXÁ................................126 5.1.6.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade........
.......................................................................................................126
5.1.7 Universidade Comunitária Regional de Chapecó – UNOCHAPECÓ ....127 5.1.7.1 Análise da Estrutura do Balanço Social da UNOCHAPECÓ..........127 5.1.7.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos da UNOCHAPECÓ....128 5.1.7.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado .............................129 5.1.7.4 Análise do Balanço Ambiental da UNOCHAPECÓ ........................130 5.1.7.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade..131
5.1.8 Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL...............131 5.1.8.1 Análise da Estrutura do Balanço Social da UNISUL ......................131 5.1.8.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos da UNISUL ................132 5.1.8.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado .............................132 5.1.8.4 Análise do Balanço Ambiental da UNISUL.....................................132 5.1.8.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade..133
5.1.9 Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS ...........................133 5.1.9.1 Análise da Estrutura do Balanço Social da UNISINOS ..................133 5.1.9.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos da UNISINOS ............134 5.1.9.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado .............................135 5.1.9.4 Análise do Balanço Ambiental da UNISINOS.................................136 5.1.9.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade..136
5.1.10 Considerações Sobre os Balanços Sociais Analisados.........................137 5.2 Metodologia Para Elaboração do Balanço Social .....................................137 5.2.1 Orientações a Serem Seguidas na Elaboração do Balanço Social .......139 5.2.2 Estrutura do Balanço Social ..................................................................143 5.2.2.1 A Contextualização a Respeito do Documento e da Entidade .......144 5.2.2.2 Estrutura do Balanço de Recursos Humanos.................................145 5.2.2.3 A Demonstração do Valor Adicionado............................................145 5.2.2.4 Estruturas do Balanço Ambiental e do Balanço de Benefícios e Contribuições à Sociedade...........................................................................149 5.2.2.5 Indicadores Gerais .........................................................................151 5.2.2.6 Considerações Finais no Balanço Social .......................................152
5.3 Considerações Sobre o Capítulo ..............................................................152
6. BALANÇO SOCIAL 2004 DO UNIARAXÁ......................................................153
6.1 Balanço de Recursos Humanos................................................................156 6.1.1 Formas de Ingresso e Crescimento.......................................................156 6.1.2 Remuneração e Qualidade de Vida.......................................................158 6.1.3 Perfil e Evolução Quantitativa dos Colaboradores ................................159
6.1.4 Indicadores Relacionados aos Recursos Humanos ..............................161 6.2 Demonstração do Valor Adicionado..........................................................162 6.3 Balanço Ambiental ....................................................................................163 6.4 Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade..............................165 6.4.1 Educação...............................................................................................166 6.4.2 Saúde Pública e Qualidade de Vida ......................................................168 6.4.3 Cultura e Esporte...................................................................................172 6.4.4 Inclusão Social e Valorização da Diversidade.......................................175 6.4.5 Programas Diversos ..............................................................................177 6.4.6 Apoio Financeiro ao Estudante..............................................................184
6.5 Indicadores Gerais ....................................................................................185 6.6 Considerações Finais Sobre o Balanço Social do UNIARAXÁ/2004 ........187
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..........................................................188
7.1 Conclusões ...............................................................................................188 7.2 Recomendações .......................................................................................193
REFERÊNCIAS.......................................................................................................194
ANEXO I – Relação das Universidades e Centros Universitários Consultados que não Possuem Balanço Social Publicado no seu Site na Internet. .............199
ANEXO II – Questionário de Pesquisa.................................................................203
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Demonstração do perfil dos entrevistados ................................................95
Tabela 2: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas aos recursos humanos, comparados ao total de pontos possíveis. .........................................................................................................................101
Tabela 3: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas ao meio ambiente, comparados ao total de pontos possíveis.....105
Tabela 4: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas aos benefícios e contribuições à sociedade, comparados ao total de pontos possíveis..........................................................................................109
Tabela 5: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas à divulgação das ações de responsabilidade social, comparados ao total de pontos possíveis e com a média geral de todas as questões.........112
Tabela 6: Modelo de demonstração de valor adicionado (adaptado da Fipecafi). ..146
Tabela 7: Bolsa de capacitação para colaboradores...............................................157
Tabela 8: Bolsa de estudos para dependentes .......................................................157
Tabela 9: Participação de colaboradores em seminários, palestras, cursos e congressos.......................................................................................................158
Tabela 10: Gastos com transportes de funcionários ...............................................159
Tabela 11: Número de colaboradores no início e final do exercício social ..............159
Tabela 12: Quantidade de colaboradores por faixa etária e por sexo .....................160
Tabela 13: Corpo docente por tempo de experiência no magistério superior .........160
Tabela 14: Pessoal técnicoadministrativo por tempo de serviço............................160
Tabela 15: Pessoal técnicoadministrativo por estado civil .....................................161
Tabela 16: Indicadores sociais internos ..................................................................161
Tabela 17: Indicadores sobre o corpo funcional......................................................161
Tabela 18: Qualificação do corpo funcional.............................................................162
Tabela 19: Demonstração do valor adicionado .......................................................162
Tabela 20: Indicadores relativos ao balanço ambiental...........................................165
Tabela 21: Benefícios e contribuições à sociedade educação..............................181
Tabela 22: Benefícios e contribuições à sociedade – saúde pública e qualidade de vida...................................................................................................................182
Tabela 23: Benefícios e contribuições à sociedade – cultura e esporte..................182
Tabela 24: Benefícios e contribuições à sociedade – inclusão social e valorização à diversidade.......................................................................................................183
Tabela 25: Benefícios e contribuições à sociedade – programas diversos .............183
Tabela 26: Bolsa de estágio remunerado................................................................184
Tabela 27: Bolsa de estudo.....................................................................................185
Tabela 28: Desconto familiar...................................................................................185
Tabela 29: Indicadores gerais .................................................................................185
Tabela 30: Análise das totalizações das respostas das 42 questões por concordância/discordância...............................................................................188
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Análise do perfil dos entrevistados por sexo.............................................96
Gráfico 2: Análise de perfil dos entrevistados por escolaridade................................97
Gráfico 3: Análise do perfil dos entrevistados por faixa etária...................................98
Gráfico 4: Análise do perfil dos entrevistados por renda familiar...............................99
Gráfico 5: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas aos recursos humanos............................................................................................103
Gráfico 6: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas ao meio ambiente..................................................................................................106
Gráfico 7: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas aos benefícios e contribuições à sociedade............................................................110
Gráfico 8: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas à divulgação das ações de responsabilidade social............................................113
Gráfico 9: Percentuais de concordância/discordância totais das 42 questões........189
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Valores da filosofia institucional ...............................................................156
Figura 2: Comemorações ........................................................................................159
Figura 3: Meio ambiente..........................................................................................163
Figura 4: Trilha ecológica ........................................................................................165
Figura 5: Alfabetização de jovens e adultos ............................................................166
Figura 6: Cientista mirim..........................................................................................166
Figura 7: Biblioteca móvel .......................................................................................167
Figura 8: Educarse.................................................................................................169
Figura 9: Enfermagem em ação na saúde pública ..................................................169
Figura 10: Projeto social “Uma Lição de Cidadania” ...............................................170
Figura 11: Unisênior ................................................................................................171
Figura 12: Escolinha de esporte infantojuvenil.......................................................172
Figura 13: Escolinha de ginástica olímpica .............................................................172
Figura 14: Projeto “Se essa rua fosse minha...” ......................................................173
Figura 15: Festival de férias ....................................................................................173
Figura 16: Goalball para deficientes visuais ............................................................175
Figura 17: Oficina braille..........................................................................................176
Figura 18: Estudante dez/fome zero .......................................................................178
Figura 19: Semana da ciência e tecnologia.............................................................179
Figura 20: Encontro de egressos ............................................................................179
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CP – Concorda Parcialmente
CT – Concorda Totalmente
DP – Discorda Parcialmente
DT – Discorda Totalmente
EPE – Ensino, Pesquisa e Extensão
ETHOS – Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
FGV – Fundação Getúlio Vargas
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
Func. – Funcionários
IES – Instituição de Ensino Superior
IN – Indiferente
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte
ISE – Instituto Superior de Educação
Méd. – Média
PAF – Planejamento, Administração e Finanças
PIS – Programa de Integração Social
PS – Prestadores de Serviços
PUCRJ —Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
PUC SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
RSE – Responsabilidade Social Empresarial
SMV – Salário Mínimo Vigente
UFMT – Universidade Federal do Mato Grosso
UNIARAXÁ – Centro Universitário do Planalto de Araxá
UNIC – Universidade de Cuiabá
UNISC – Universidade de Santa Cruz do Sul
UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos
UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina
UNIUBE – Universidade de Uberaba
UNIVILLE – Universidade da Região de Joinville
UNOCHAPECÓ Universidade Comunitária Regional de Chapecó
USP – Universidade de São Paulo
21
1. INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
No meio empresarial e acadêmico ouvese falar de ações de responsabilidade
social e respectivas publicações através do Balanço Social. A responsabilidade
social das entidades consiste no comprometimento com a qualidade de vida
presente e futura de todos os que direta ou indiretamente se relacionam com estas
entidades.
Tinoco (2001, p.14) define o Balanço Social como “um instrumento de gestão
e de informação que visa evidenciar, da forma mais transparente possível,
informações econômicas e sociais, do desempenho das entidades, aos
diferenciados usuários, entre estes os seus funcionários”.
Iudícibus e Marion (2000, p. 78) definem Balanço Social e afirmam que o item
que mais se destaca é o valor adicionado:
O Balanço Social evidencia o perfil social das empresas: relações de trabalho dentro da empresa (empregados: quantidade, sexo, escolaridade, encargos sociais, gastos com alimentação, educação e saúde do trabalhador, previdência privada); tributos pagos; investimentos para a comunidade (em cultura, esportes, habitação, saúde pública, saneamento, assistência social...); investimentos no meio ambiente etc. Dentro da idéia de Balanço Social, o item que mais se destaca é o valor agregado (valor adicionado).
Valor adicionado ou valor agregado referese à riqueza gerada pela entidade,
que é distribuída sob a forma de remuneração ao trabalho (gastos com pessoal e
encargos), ao governo (impostos, taxas e contribuições), a terceiros (juros e
aluguéis) e aos acionistas (juros sobre o capital próprio, dividendos, lucros
retidos/prejuízo do exercício).
Segundo Tinoco (19842001), as primeiras informações sociais divulgadas
juntamente com o balanço ocorreram nos Estados Unidos durante a administração
Nixon, quando as empresas foram impelidas a fazêlo, em virtude de severas críticas
recebidas da população que exigia uma nova postura, caracterizada por menor
22
preocupação com os resultados econômicofinanceiros, e maior com as relações
sociais dentro e fora das empresas. Na França, o início da divulgação do Balanço
Social foi voltado para o público interno, com o objetivo de atender aos empregados.
A partir dos anos 70, e basicamente nos anos 80, as organizações
começaram a dar mais atenção à responsabilidade social, enxergandoa sob uma
nova ótica, e essas organizações, além de oferecer benefícios sociais, agregaram
valor à sua imagem pública.
No Brasil, várias entidades, mesmo sem imperativo legal, estão elaborando e
divulgando o Balanço Social; vários trabalhos científicos sobre o tema têm também
sido elaborados nos últimos anos. Conforme Santos (2003, p. 23):
No Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, o destaque que deve ser dado é ao pioneirismo do trabalho intitulado Balanço Social: uma abordagem sócioeconômica da contabilidade, apresentado em 1984, para obtenção do título de Mestre em Contabilidade, por João Eduardo Prudêncio Tinoco, o qual recebeu orientação do ilustre Prof. Sérgio de Iudícibus.
Hodiernamente, em vista dos apelos da sociedade em relação ao meio
ambiente, o Balanço Social passou a conter informações alusivas às questões
ambientais, e se encontra dividido em quatro vertentes: recursos humanos, valor
adicionado, meio ambiente e benefícios e contribuições à sociedade.
O balanço de recursos humanos visa a evidenciar o perfil dos colaboradores,
remuneração, gastos com treinamentos, e todas as demais ações executadas e
condições disponibilizadas, por e para os funcionários da entidade, que não sejam
obrigatórias por lei.
A demonstração do valor adicionado, conforme Santos (2003, P.11) “objetiva
evidenciar a contribuição da empresa para o desenvolvimento econômicosocial da
região onde está instalada, discriminando o que a empresa agrega à economia local
e, em seguida, a forma como distribui tal riqueza”. Tratase da evidenciação da
distribuição de riqueza gerada pela entidade.
O balanço ambiental deve evidenciar tudo o que acontece em relação ao
meio ambiente. Deve refletir a postura da entidade em relação aos recursos naturais
no que tange a preservação, proteção e recuperação – ações executadas, projetos
desenvolvidos, pesquisas, campanhas educativas e de conscientização, e em
relação ao ativo ambiental – bens possuídos que visem à preservação, proteção,
23
recuperação e controle ambiental e passivo ambiental – responsabilidades de
natureza ambiental, impostas ou voluntárias.
O balanço dos benefícios e contribuições à sociedade deve evidenciar a
contribuição da entidade à preservação da cultura, as contribuições a entidades
assistenciais e filantrópicas, as ações relativas à educação, assistência e apoio aos
mais necessitados e os projetos de inclusão social em geral.
Observamse, nas organizações da atualidade, o anseio e a determinação por
uma nova ordem moral que, juntamente com a globalização e o ambiente altamente
competitivo, leve à valorização dos princípios éticos. Temas como inclusão social,
meio ambiente, futuro da humanidade, desenvolvimento sustentável, não
discriminação de raça e sexo no emprego, busca por melhores condições de vida
para empregados e por maiores oportunidades de mobilidade social, dentre outros,
fazem parte das mesas de debate, onde são ardorosamente defendidos.
As opiniões no sentido de que o Balanço Social deva ser obrigatório para
determinadas organizações são divergentes. O Projeto de Lei n. 3.116/97, das então
deputadas Sandra Starling, Maria da Conceição Tavares e Martha Suplicy, propõe a
obrigatoriedade do Balanço Social para empresas públicas, e para empresas
particulares que contarem com mais de cem empregados. Este tema foi
reapresentado pelo deputado Paulo Rocha através do Projeto de Lei n. 0.032/99.
Além destes, o Projeto de Lei n 3.741, de 2000, de alteração da Lei n 6.404/76 (Lei
das Sociedades por Ações), prevê a inclusão da Demonstração do Valor Adicionado
entre as demais demonstrações contábeis já consideradas obrigatórias. Há,
entretanto, uma corrente que defende a não obrigatoriedade do Balanço Social,
justificando que as ações de responsabilidade social devem ser resultantes da
consciência cidadã e da livre vontade dos gestores.
Para muitos, o Balanço Social representa um ótimo instrumento de marketing
quando as organizações dele fazem uso, através de ações que demonstram o seu
compromisso social, como forma de sensibilizar a opinião pública. Sousa Filho
(2000, p. 52) esclarece que é questão de sobrevivência informar aos consumidores,
funcionários e comunidade em geral o que a empresa está realizando no tocante às
ações sociais não obrigatórias. E completa (p.132), afirmando que as práticas de
ações sociais promovem certo marketing social de forma imensurável para as
entidades, alavancando as vendas de seus produtos.
24
Outros entendem que o Balanço Social não deve ser usado com a finalidade
acima referida, posto que consideram o marketing social antiético por expor a
existência de interesses econômicos por trás das ações sociais. Segundo Betinho
(apud Santos, 2003, P. 22) “o balanço social não pode ser uma peça de marketing,
mas uma demonstração responsável de investimentos sociais realizados pelas
empresas”. Mas, mesmo que o Balanço Social seja publicado sem o fim explícito de
promover a imagem da organização, tal ocorrerá. Souza Filho (2000) observou que
empresas éticas, no longo prazo, tendem a ser mais lucrativas, e afirmou que as
atitudes sociais responsáveis trazem retorno.
Observase que muitas organizações executam diversas ações de cunho
social, mas não as divulgam. Em contrapartida, percebese que a simples geração
de tais informações por parte de algumas as leva a fazer mais para informar mais –
uma dinâmica de exposição na mídia.
Um dos pilares da responsabilidade social, assim como a caracterização de
organizações e pessoas como éticas, é a transparência de atos. Daí a importância
da abertura e da divulgação das ações. A questão social é eminente e forçará então
a divulgação das ações de responsabilidade social.
No tocante às instituições de ensino superior, a LDB Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, Lei Federal nº. 9394/96 estabelece no artigo 43,
Inciso VI, que uma das finalidades da Educação Superior é “estimular o
conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular dos nacionais e
regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta
uma relação de reciprocidade”. Ainda o mesmo artigo, Inciso VII, indica que uma
outra finalidade da Educação Superior é “promover a extensão, aberta à participação
da população, visando à difusão das conquistas e benefícios da criação cultural e da
pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição”. Pelas suas próprias
características, tais instituições formam um grande celeiro para a promoção de
ações de responsabilidade social. O crescimento técnico e pessoal dos alunos, as
oportunidades de promoção de debates sobre problemas do presente e relevantes
para a sociedade, os trabalhos de pesquisa e de extensão, são, naturalmente, ações
que promovem o social. A disponibilidade e a energia dos alunos podem ser
canalizadas, gerando resultados positivos e consideráveis para a comunidade, além
de se constituírem em importante componente para a sua formação pessoal, em
bases cidadãs.
25
1.2 Definição do Problema
No Brasil, mesmo sem imperativo legal, várias entidades divulgam o Balanço
Social. Entretanto, muitas delas, mesmo executando diversas ações de
responsabilidade social, não as tornam públicas, talvez por desconhecimento da real
importância da execução e divulgação de tais iniciativas.
Stakeholders são todos os agentes com os quais a entidade interage:
empregados, fornecedores, clientes, consumidores, colaboradores, investidores,
competidores, governos e comunidades. Além de serem partes diretamente
interessadas nas ações e destinos de uma organização, os stakeholders, tendo em
vista o relacionamento no diaadia, constituemse, conforme Carroll e Buchholtz
(2000, p. 21, tradução nossa), em importantes elementos de divulgação da
sociedade.
Encontrase na publicação do Instituto Ethos (2004, p. 17), na abordagem
sobre os stakeholders, a afirmação:
[...] não é uma tarefa fácil estabelecer o papel das empresas diante dos seus diversos públicos ou stakeholders. Tampouco é uma tarefa banal estabelecer quem ou o que são estes stakeholders, termo cuja tradução mais apropriada para o português é “grupo de interesse.
Neste trabalho, os stakeholders de uma instituição de ensino superior
considerados foram alunos, professores, gestores, funcionários administrativos,
fornecedores, prestadores de serviços, prospects – alunos do ensino médio,
formadores de opinião – representantes do poder público e de clubes de serviços, e
os familiares dos alunos.
Apesar de a literatura sobre o tema conter afirmações de que a construção e
divulgação do Balanço Social são atitudes que melhoram a imagem da organização
perante seus stakeholders, faltalhes cientificidade, posto não ter sido realizada
nenhuma pesquisa para aferir a real valorização de tais procedimentos, nem para
detectar quais as ações de responsabilidade social obtêm maior valorização.
Quanto às instituições de ensino superior, sua maior contribuição para a
sociedade é a formação de recursos humanos que conferem aptidão para o
desempenho de atividades profissionais, com postura ética. Tais instituições podem,
também, colaborar com ações de responsabilidade social relativas a recursos
humanos, meio ambiente e projetos sociais, e com a divulgação de todas as suas
iniciativas e resultados nestas áreas, através do Balanço Social. Tal divulgação é
26
pouco comum entre as instituições de ensino superior no Brasil a maioria não dá
ao Balanço Social a devida relevância. O cerne desta questão pode estar no
comodismo dos dirigentes em vista da desobrigação legal, na visão insuficiente para
captar a grande potencialidade de tais instituições como promotoras do social, ou,
ainda, por não se perceber a grande oportunidade de promoção do marketing
institucional através de tais ações. Acreditase que, ao analisar o grande leque de
oportunidades de realização de ações de responsabilidade social por parte das
instituições de ensino superior, e ao pesquisar a real importância conferida pelos
stakeholders a estas realizações, os seus gestores podemse sensibilizar para a
questão e passar a executála prioritariamente.
Dessa forma, definiuse o seguinte problema:
Na percepção dos stakeholders, quais atividades de responsabilidade
social devem ser realizadas, prioritariamente, por uma instituição de ensino
superior, e como devem ser publicadas?
Delimitação do Problema
A demonstração do valor adicionado, uma das vertentes do Balanço Social,
representa a distribuição da riqueza gerada por uma entidade sob a forma de
salários e encargos (remuneração aos funcionários); impostos, taxas e contribuições
(remuneração ao governo); juros e aluguéis (remuneração a terceiros); juros sobre o
capital próprio; dividendos e lucros retidos/prejuízo do exercício (remuneração aos
acionistas). Tratase da geração e distribuição de riqueza, fruto das atividades
tradicionalmente desenvolvidas por uma entidade, e tem importância incontestável
na análise da responsabilidade social. Segundo Iudícibus e Marion (2000, p. 78), o
valor adicionado é o item que mais se destaca dentro da idéia de Balanço Social.
Entretanto, a distribuição do valor adicionado para funcionários, governo e
terceiros normalmente não é aumentada de forma “voluntária”, com o único objetivo
de demonstrar responsabilidade social; ao contrário, as entidades buscam, o tempo
todo, reduzir tais valores. Por este motivo este trabalho, no que diz respeito ao
levantamento das atividades de responsabilidade social possíveis de ser executadas
por uma instituição de ensino superior, limitase às ações relativas às outras três
vertentes do Balanço Social: (1) Recursos Humanos o que é feito por e para os
funcionários, que muitas vezes representa um diferencial em termos de
27
oportunidades de crescimento pessoal dos empregados e condições mínimas de
trabalho dentro de uma entidade; (2) Meio Ambiente ações que algumas vezes são
obrigatórias quando a entidade exerce atividades que agridem de forma significativa
o meio ambiente – atividades de uma empresa mineradora, por exemplo; outras
vezes são ações voluntárias, fruto da conscientização, como campanhas educativas
relacionadas à coleta seletiva de lixo e preservação da natureza; (3) Benefícios e
Contribuições à Sociedade, ações normalmente voluntárias, com retorno para o
bem estar social.
O trabalho verifica, também, qual é a percepção dos stakeholders quanto à
importância de se executar e divulgar tais ações.
Tratase de um estudo de caso do Centro Universitário do Planalto de Araxá –
UNIARAXÁ, tendo o grupo de stakeholders pesquisado sido composto por alunos,
professores, gestores, funcionários administrativos, pessoal terceirizado,
fornecedores, prospects alunos do ensino médio, e formadores de opinião
representantes políticos, representantes de organizações de classe, representantes
de clubes de serviços, dentre outros.
1.3 Objetivos da Pesquisa
1.3.1 Objetivo Geral
Contribuir para o avanço das análises e discussões em torno da relevância da
execução e publicação das ações de responsabilidade social por parte das
organizações.
1.3.2 Objetivos Específicos
Ø Efetuar aprofundamento sobre o tema na literatura para embasar
teoricamente as propostas e conclusões e justificar os procedimentos
adotados.
Ø Levantar ações de responsabilidade social relativas a recursos humanos,
meio ambiente e benefícios e contribuições à sociedade, possíveis de ser
executadas por uma instituição de ensino superior.
28
Ø Identificar ações de responsabilidade social relevantes a serem priorizadas
por uma instituição de ensino superior, na opinião de seus stakeholders.
Ø Sugerir um modelo de Balanço Social para instituições de ensino superior,
com base na bibliografia disponível e na visão de seus stakeholders.
1.4 Justificativa
Segundo Tinoco (1984 2001) durante muito tempo, os usuários principais da
contabilidade foram proprietários, gestores dos seus negócios próprios; a
contabilidade era gerada apenas para atendimento às necessidades internas dos
gestores. Com o crescimento e desenvolvimento das organizações, outros
interessados foram surgindo: credores com interesse na situação da empresa,
governo interessado nos tributos, trabalhadores focando o desempenho econômico
e social, etc. Hoje, toda a sociedade passa a compor grupos de interessados, tendo
em vista, principalmente, o interesse nas ações que afetam o meio ambiente.
Conforme consta na justificativa do Projeto de Lei nº. 3.116/97, que pretendia
estabelecer a obrigatoriedade da publicação do Balanço Social às entidades
públicas e, de modo geral, às empresas privadas com mais de cem empregados,
“um dos consensos mundiais no século XX, expressado inclusive na Cúpula do
Desenvolvimento Humano de Copenhague/95, diz respeito ao compromisso das
empresas de se empenharem na promoção do desenvolvimento social.” Ainda na
justificativa de tal Projeto de Lei, enfatizase que o Balanço Social “contribuirá,
fundamentalmente, com encorajamento à crescente participação das empresas, na
busca de maior desenvolvimento humano e vivência da cidadania”.
Para o século XXI a sociedade exige que as empresas demonstrem algo mais
que o lucro e a satisfação dos acionistas; exige compromisso com a
responsabilidade social. Questões éticas são cada vez mais debatidas e valorizadas.
Empresas classificadas como éticas ganham mercado em virtude da projeção desta
imagem positiva perante os consumidores. Empresas poluidoras terão de mudar seu
comportamento ou condenarseão ao desaparecimento.
Nos bancos de dissertações e teses do Brasil podese observar que vários
trabalhos foram feitos, ultimamente, objetivando analisar a importância da
implantação e divulgação do Balanço Social.
29
A maioria dos defensores da idéia de obrigatoriedade de elaboração e
publicação do Balanço Social acredita que, a partir deste requisito, a execução de
atividades voltadas para a responsabilidade social aconteceria dialeticamente.
Petrelli (2004), ao analisar a adesão das universidades ao Balanço Social,
comenta um parecer da Universidade de Santa Cruz do Sul, no qual se afirma que
uma das grandes dificuldades encontradas é seguir um modelo de Balanço Social
altamente qualificado, que não se atenha somente a peculiaridades empresariais. E,
reportando a Dias Sobrinho, complementa que se as universidades se submeterem
aos critérios de eficiência, rentabilidade, produtividade e outros, pertencentes às leis
de mercado, tenderão a vergarse contra a liberdade acadêmica, ao serem
conduzidas ao utilitarismo e ao pragmatismo, oferecendo uma visão falsa da sua
realidade. Por serem dotadas de eficiência e produtividade específicas, qualquer
leitura que as reduzam a uma única dimensão promoverão sua desvalorização e,
conseqüentemente, elas serão consideradas ineficientes e improdutivas.
Observase a importância do desenvolvimento de um modelo de Balanço
Social ajustado às especificidades das instituições de ensino superior.
1.4.1 As Entidades e os Stakeholders
A preocupação com a expectativa dos usuários da informação passou a ser
uma constante em qualquer organização. Assim, a expectativa dos stakeholders,
quanto aos aspectos da responsabilidade social, deve merecer total atenção. As
organizações precisam mostrar transparência nas suas ações. Estar cientes e
administrar os impactos produzidos por suas atividades na sociedade serão
compromissos básicos que as organizações assumirão. Além de agentes
econômicos, deverão tornarse agentes sociais, colaborando com o
desenvolvimento da sociedade.
As relações dirigentes x empregados e dirigentes x comunidade devem ser
consensuais e não conflituosas, e o Balanço Social é um instrumento informativo
que, ao demonstrar a responsabilidade social das entidades, aproxima as partes,
promove parcerias e facilita o consenso nas negociações.
A Corporate Social Responsability (apud Tinoco, 2001, p.120), ao elencar os
primeiros passos a serem levados em consideração para o reconhecimento de uma
empresa pública cidadã, cita no quarto passo: “Promova a gestão executiva
30
responsável. Esse é um exercício diário e permanente. É preciso fazer com que
cada executivo leve em consideração os interesses dos chamados stakeholders
antes de tomar alguma decisão estratégica”.
Na publicação do Instituto Ethos (2004, p. 35) afirmase que a expressão
responsabilidade social está se incorporando ao diálogo empresarial, trazendo
benefícios diretos e indiretos para as empresas que desenvolvem práticas que as
classificam como empresas cidadãs. Afirmase também que no Brasil, entretanto,
esse é um fenômeno relativamente recente e requer maiores esclarecimentos sobre
o tema, tanto por parte dos empresários como da sociedade em geral. E que uma
postura ativa em relação aos problemas sociais gera, de um lado, ganhos para a
parcela da sociedade que é beneficiada e, de outro, melhorias na imagem da
organização que proporciona o benefício, diante da sociedade em geral.
Souza Filho (2000) argumenta que os meios de comunicação têm
demonstrado que ações ou preocupações que pareciam ser exclusivas de alguns
são comuns a toda uma classe empresarial, que a responsabilidade social está
aflorando em busca de desenvolvimento social sustentável, tornandose cada vez
mais fator de sucesso empresarial e, com isso, abrindo novas perspectivas para a
construção de um mundo economicamente mais próspero e socialmente mais justo.
Com base nestes apelos sociais, informar aos stakeholders o que a empresa está
realizando no tocante a ações sociais não obrigatórias é questão de sobrevivência.
Oliveira (2003, p.12) conclui o seu trabalho intitulado “Um Balanço dos
Balanços Sociais das 500 Maiores Empresas S.A. Nãofinanceiras do Brasil”
afirmando: [...] pensamos que há muito espaço para pesquisas futuros sobre balanço social. Elas devem se aprofundar em vários aspectos não só de aperfeiçoamento do balanço social como uma ferramenta de gestão e sua regulamentação, mas tentar estudar a conexão do balanço social com temas maiores, por exemplo analisando o porquê de as empresas publicarem balanços sociais, como os stakeholders os tem utilizado e que impactos ele gera nas empresas e stakeholders.
Apesar da relevância do tema, das tentativas de tornar o Balanço Social
obrigatório e da utilização das ações de responsabilidade social como instrumento
de marketing, nas principais bibliotecas e bancos de dissertações e teses no Brasil
não foram encontrados trabalhos científicos feitos com o objetivo de buscar e
analisar as opiniões dos stakeholders quanto à importância de execução e
publicação de ações de responsabilidade social.
31
1.4.2 As Instituições de Ensino Superior e as Ações de
Responsabilidade Social
Além de buscar formar profissionais aptos ao exercício de suas atividades,
cidadãos éticos e conscientes de suas responsabilidades sociais, e de gerar riqueza,
empregos, remunerações, benefícios, impostos, etc., as instituições de ensino
superior têm que dar o exemplo, executando, comprometidamente, outras ações que
contribuam para o desenvolvimento sustentável e para o bem estar das pessoas e
da sociedade de forma geral.
Petrelli (2004) comenta que diversas universidades desenvolvem ações
voltadas para o social, contribuindo não só para formação de profissionais para o
mercado de trabalho, mas também com a formação do ser humano em sua
totalidade, incentivando seus alunos à cidadania e à adoção de valores
humanitários, éticos e morais. E que, ao mesmo tempo, essas instituições
desenvolvem e colocam em prática projetos de reflorestamento ambiental, de
atendimento médico, odontológico e psicológico para comunidades carentes, de
capacitação e atualização para professores dos ensinos médio e fundamental,
dentre outras ações que propiciam atendimentos desde a crianças nos seus
primeiros meses de vida até à terceira idade. Desta forma, é eminente a
necessidade de adoção de meios, como o Balanço Social, para trazer à tona o
trabalho que está sendo desenvolvido nas instituições de ensino enquanto
promotoras da cidadania, da saúde, do bemestar, enfim, da melhoria do ser
humano e do seu meio, em todos os aspectos.
Em consulta aos sites de 119 universidades e 67 centros universitários nos
meses de fevereiro, março, junho e julho de 2005, foram encontrados em apenas
oito deles a divulgação do Balanço Social via Internet, sendo: Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro UFRJ, Universidade da Região de Joinville UNIVILLE,
Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC, Universidade do Sul de Santa Catarina
UNISUL, Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, Universidade
Federal de Mato Grosso – UFMT, Universidade Mackenzie e Universidade Metodista
de São Paulo. Nos sites pesquisados das outras 178 instituições (ver relação no
anexo 1), não foi encontrada a publicação de Balanço Social. Algumas destas
publicaram apenas projetos e programas de ação social que nem receberam o título
de Balanço Social.
32
Provavelmente, a grande maioria destas instituições não elabora este
documento ou, se elabora, não divulga via Internet. Outras, se divulgam, não
facilitam o acesso observouse que elas não apresentam referências sobre o
Balanço Social na página principal do site, e que muitos destes não possuem os
mecanismos de busca que facilitam a consulta. Demonstrase aí a não priorização
da elaboração e divulgação do Balanço Social pelas instituições de ensino superior
via Internet. Vale lembrar que a Internet, para a instituição que já possui o seu site, é
o meio mais barato para se divulgar o Balanço Social e, também, o de mais fácil
acesso aos interessados na sua análise.
Observase que muitas instituições de ensino superior realizam várias ações
voltadas para o social, inclusive com a participação dos universitários,
demonstrandolhes a importância da responsabilidade social. Entretanto, o
levantamento, registro, análise e divulgação sistemática destas ações e dos seus
resultados raramente ocorrem.
Teoricamente, observamse estudiosos das mais diversas instituições de
ensino superior defendendo a publicação obrigatória ou facultativa das ações de
responsabilidade social por todas as entidades. Na prática, são pouquíssimas as
instituições de ensino superior no Brasil que publicam o Balanço Social. Pelo visto, a
conscientização de sua importância, em relação à responsabilidade social e/ou à
promoção da imagem institucional, ainda não atingiu os gestores adequadamente.
Tanaka (2003, p. 5), em sua dissertação de mestrado sobre a
responsabilidade social das instituições de ensino superior privadas, afirma que
“ainda há um longo caminho a ser percorrido, principalmente quanto ao papel das
instituições de ensino superior”, e recomenda (p. 97) pesquisar a responsabilidade
social de tais instituições, do ponto de vista dos stakeholders.
As mudanças ocorridas no ensino superior nos últimos anos, com a expansão
da oferta de vagas através da abertura de novas instituições e cursos, está levando
tais instituições, principalmente as privadas, a se preocuparem com uma atividade
até então deixada em segundo plano: o marketing educacional.
Em virtude das mais diversas opiniões defensoras do Balanço Social, e da
inexistência de pesquisa de opinião junto aos stakeholders de uma instituição de
ensino superior, tal trabalho justificase, uma vez que medirá a percepção dos
pesquisados quanto à importância da execução e divulgação das ações de
responsabilidade social por tais instituições. Como toda organização deve
33
preocuparse com as opiniões daqueles que a cercam, os resultados desta pesquisa
poderão direcionar ações dos gestores, transformandose em uma oportunidade de
melhoria. Por outro lado, poderão suscitar o interesse de outras organizações por
conhecer as expectativas de seu público relacionadas à responsabilidade social, e,
conseqüentemente, conscientizarse quanto à importância de maiores investimentos
nesta área.
1.5 Importância/Contribuição
Ao elencar as mais diversas ações, caracterizadas como de responsabilidade
social possíveis de serem realizadas por uma instituição de ensino superior, espera
se contribuir para sua ampliação, posto que muitas são de simples execução e
pouco dispendiosas, mas de grande efeito sobre a sociedade.
Ao pesquisar e analisar as opiniões dos stakeholders de uma instituição de
ensino superior buscase identificar quais são suas expectativas quanto à
responsabilidade social, contribuir para as discussões em torno de tal necessidade,
baseandose nestas, e, ainda, apresentar proposta de redirecionamento na
montagem e apresentação do Balanço Social, atingindo melhor os interessados.
Segundo Souza Filho (2.000, p.131), a sociedade anseia por ações
voluntárias. Algumas entidades, isoladamente ou sob a coordenação de fundações,
institutos ou associações, têm procurado amenizar as desigualdades sociais, cada
vez mais acentuadas em nosso país.
A evidenciação do interesse da sociedade em geral, e em particular dos
stakeholders de determinada organização, ampliará a ação do fornecimento de
informações relacionadas à responsabilidade social e, em conseqüência será de
valia, pela satisfação dos anseios da sociedade.
Discutir responsabilidade social contribui para a promoção do bem estar
social de toda a comunidade, indistintamente. Afinal, o bem estar dos menos
favorecidos, sem acesso às condições mínimas de escola, alimentação, trabalho e
vida digna, indiscutivelmente trará como conseqüência o bem estar dos mais
abastados, através do crescimento econômico, do aumento no consumo de bens e
serviços em geral, da redução da marginalidade, dentre outros. Por outro lado, os
benefícios das ações responsáveis relacionadas ao meio ambiente, por exemplo,
34
atingem toda a humanidade, independentemente de nação, raça, sexo, idade,
crença ou qualquer outra forma de caracterização do ser humano.
1.6 Ações Metodológicas
1.6.1 Modelo de Estudo
Segundo Marion et al. (2002, p. 61), “de maneira geral, podese dizer que
existem três grandes grupos de pesquisa permeando as diferentes áreas de
conhecimento: a pesquisa bibliográfica, a descritiva e a experimental”. Para este
trabalho serão utilizadas pesquisas bibliográfica e descritiva.
Na pesquisa bibliográfica, objetivando realizar a revisão teórica, foram
utilizados como referências: teses de doutorado, dissertações de mestrado, artigos,
periódicos e livros. A descritiva foi feita através de um estudo de caso com pesquisa
de campo, para colher opiniões dos stakeholders, e de pesquisa documental com
leitura e interpretação de leis, decretos, balanços sociais publicados e documentos
do Centro Universitário do Planalto de Araxá, objeto do estudo de caso, como: Plano
de Desenvolvimento Institucional, Projeto Pedagógico Institucional e Demonstrações
Contábeis.
O objetivo de um trabalho científico é a busca de conhecimento e, para
alcançálo, iniciase tal trabalho pela leitura, através de métodos e técnicas.
Segundo Severino (2002, p.162), uma vez ”bem caracterizada a natureza do
problema, o autor deve anunciar o tipo de pesquisa que desenvolverá. [...]
Diretamente relacionados com o tipo de pesquisa serão os métodos e técnicas a
serem adotados”. O presente estudo utilizarseá do método dedutivo.
Conforme Richardson (1999, p. 22), “método é o caminho ou a maneira para
chegar a determinado fim ou objetivo” e analisa (p. 23):
[...] o ponto de partida de qualquer pesquisa é a meta ou o objetivo. Em segundo momento, desenvolvese um modelo do processo que será estudado ou do fenômeno que será manipulado. Posteriormente, vem a coleta de informações (ou utilização de dados já coletados). Comparamse os dados e o modelo em um processo de avaliação, que consiste simplesmente em estabelecer se os dados e o modelo têm sentido. Se o modelo não dá conta dos dados, procedese a sua revisão – modificação ou substituição. Assim, o método científico é um processo dinâmico de avaliação e revisão.
35
Quanto ao estudo de caso, Yin (2001, p. 21), em relação aos resultados,
conclui que “como esforço de pesquisa, o estudo de caso contribui, de forma
inigualável, para a compreensão que temos dos fenômenos individuais,
organizacionais, sociais e políticos”.
1.6.2 População e Amostra
Esta pesquisa foi feita considerando o universo dos stakeholders do Centro
Universitário do Planalto de Araxá: alunos, professores, gestores, funcionários
administrativos, pessoal terceirizado, fornecedores, prospects alunos do ensino
médio, formadores de opinião, representantes políticos, representantes de
organizações de classes, representantes de clubes de serviços, dentre outros.
A amostra foi selecionada como segue:
Ø Professores, gestores e funcionários administrativos. O questionário foi
encaminhado através dos coordenadores de cursos e de setores para ser
distribuído a todos, indistintamente, que totalizavam em abril de 2005 um
universo de 202, e foi respondido, em tempo hábil para compor o trabalho,
por 117, que representam 58% do universo.
Ø Alunos. O questionário foi distribuído em sala de aula a pelo menos uma
turma de cada curso, inclusive da pósgraduação, alternando alunos
entrantes, concluintes e os que estavam em meio de curso, procurando
atingir aproximadamente 15% do universo de 3.336. Houve retorno de 535
questionários devidamente respondidos, que correspondem a 16% do total
de alunos.
Ø Prospects estudantes do ensino médio. O questionário foi distribuído em
turmas de alunos concluintes do ensino médio, nas escolas que
forneceram o maior número de candidatos ao último processo seletivo do
Centro Universitário, sendo duas turmas de uma escola particular –
Colégio Atena, e duas turmas de uma escola pública – Escola Estadual
Dom José Gaspar, ambas localizadas na cidade de Araxá, e 125
questionários foram devolvidos devidamente preenchidos.
Ø Principais fornecedores e prestadores de serviços. O questionário foi
distribuído aos principais fornecedores e prestadores de serviços,
36
totalizando 20, sendo retornados, devidamente preenchidos, na
quantidade de 13.
Ø Representantes da opinião pública. O questionário foi distribuído a
representantes do poder público como vereadores e secretários
municipais, empresários, dirigentes de clubes de serviços, de associações
e de sindicatos, e 15 questionários retornaram devidamente preenchidos.
1.6.3 Coleta de Dados
Inicialmente foi feita uma revisão da literatura para embasar teoricamente as
propostas e conclusões e justificar os procedimentos adotados, assim como foram
analisados Balanços Sociais de instituições de ensino superior.
Em seguida foi feita a montagem do questionário de pesquisa e aplicado um
préteste abrangendo 31 pessoas, representantes dos grupos que foram objeto do
estudo de caso. Na aplicação do préteste foram escolhidas pessoas, em sua
maioria, com nível mediano de conhecimentos para garantir inteligibilidade do
questionário. Os dados do préteste foram tabulados e analisados para validar o
questionário, que foi revisado antes da aplicação a todo o público alvo.
O questionário foi montado de forma a medir o grau de concordância do
entrevistado com cada um dos itens relacionados, de forma escalonada, baseada
em uma escala de atitudes, denominada escala do tipo Likert. A quantificação dos
indicadores decorrentes da conceituação dos pesquisados se deu através da
seguinte pontuação: 2 pontos para cada item onde o pesquisado informou que
concordava totalmente; 1 ponto para concordância parcial; 0 (zero) para indiferente;
1 para discordância parcial e 2 para discordância total.
As perguntas do questionário foram divididas em 4 grupos de análise, sendo
relativas a: (1) recursos humanos, (2) meio ambiente, (3) projetos sociais e (4)
divulgação. Tais questões visaram sempre às ações voluntárias possíveis de serem
executadas pelas instituições de ensino superior, motivo pelo qual não foram
incluídas as informações relativas ao valor adicionado. Com tais questionamentos
buscouse identificar a importância das ações de responsabilidade social na opinião
dos entrevistados, visando a concluir de quanto foi a real importância dada por eles
a cada uma delas e, também, detectar os itens de maior aceitabilidade.
37
Na coleta de dados junto aos stakeholders, inicialmente foram contatados os
líderes de cada grupo: chefes de setores administrativos, coordenadores de cursos,
professores etc., solicitando apoio, e em seguida, pessoalmente ou através de
colaboradores, todo o público a ser pesquisado. Foi feito controle e
acompanhamento do retorno dos questionários, separandoos por público e
analisando o alcance do objetivo para, se necessário, intervir de forma a corrigir
distorções e redirecionar as orientações, visando a conseguir o maior número de
questionários respondidos.
Levouse em consideração a colocação de Yin (2001, p. 28) que lembra o
cuidado que se deve ter para se evitar a “falta de rigor da pesquisa de estudo de
caso. Por muitas vezes, o pesquisador de estudo de caso foi negligente e permitiu
que se aceitassem evidências equivocadas ou visões tendenciosas para influenciar
o significado das descobertas e conclusões”.
No que diz respeito ao perfil dos entrevistados, responderam o questionário e
se identificaram como tal representantes de todos os grupos de stakeholders
pesquisados: alunos, professores, funcionários administrativos, gestores, alunos e
professores do ensino médio, fornecedores, prestadores de serviços, vereadores,
funcionários da Secretaria Municipal de Educação, representantes de clubes de
serviços e outros representantes da comunidade. Além da identificação pelos grupos
acima houve, também, a identificação por sexo, faixa etária, renda familiar e
escolaridade.
1.6.4 Procedimentos de Análise de Dados
A análise dos dados foi feita pelo método quantitativo. Segundo Richardson
(1999, p.70):
[...] o método quantitativo, como o próprio nome indica, caracteriza se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desviopadrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.
Para possibilitar a análise, foram montadas tabelas em planilhas eletrônicas,
onde foi possível: contar o número de respostas de cada questão separadamente,
de acordo com classificação por concordância total, parcial, indiferença ou
discordância parcial ou total; somar a pontuação por questão, grupos, tipo de
38
concordância e identificação; calcular os percentuais atingidos em cada questão em
relação ao total possível no grupo/questão.
1.7 Estrutura do Trabalho
O primeiro capítulo, este introdutório, apresenta a definição do trabalho e os
esclarecimentos sobre as ações metodológicas.
O segundo capítulo aborda as teorias específicas sobre Balanço Social, com
base na bibliografia disponível.
O terceiro capítulo apresenta o Centro Universitário do Planalto de Araxá –
UNIARAXÁ, objeto do estudo de caso, e aborda as principais atividades de
responsabilidade social possíveis de serem executadas pelas instituições de ensino
superior.
O quarto capítulo apresenta a pesquisa de campo junto aos Stakeholders do
UNIARAXÁ e a análise dos resultados.
O quinto capítulo traz uma análise dos Balanços Sociais de algumas
instituições de ensino superior e, com base nestas análises, na pesquisa
bibliográfica referenciada no capítulo 2 e na pesquisa de campo apresentada no
capítulo 4, apresenta uma metodologia para elaboração de Balanço Social aplicado
a instituições de ensino superior.
O sexto capítulo expõe o Balanço Social 2004 do UNIARAXÁ, elaborado
conforme a metodologia sugerida no capítulo 5, apresentandose como um exemplo
do modelo sugerido para instituições de ensino superior.
O sétimo capítulo apresenta as conclusões e recomendações.
39
2. RESPONSABILIDADE SOCIAL
Ribeiro (1992, p. 61) afirma que “o conceito responsabilidade social envolve o
conhecimento das preferências e prioridades sociais” e complementa dizendo tratar
se “de um conceito dinâmico, tendo em vista as variáveis que influem sobre estas
preferências e prioridades alteraremse de uma região para outra, como também, de
geração para geração”.
De fato há a necessidade de pesquisas junto aos stakeholders para verificar
sua percepção quanto à responsabilidade social. Observase, também, a
necessidade de um modelo de Balanço Social aplicado às instituições de ensino
superior.
Ao abordar historicamente a inserção da responsabilidade social nas
empresas, Tinoco e Kraemer (2004, p. 28) discorrem:
Em decorrência da evolução do capitalismo, observouse, a partir dos anos 60 do século XX, nova demanda por informações. Essa surgiu por parte dos assalariados que trabalhavam em grandes empresas transnacionais, públicas, bancos, conglomerados industriais etc., que constataram que essas organizações obtinham grandes lucros e cresciam constantemente, enquanto sua situação era, em muitos casos, bastante precária, com salários que não acompanhavam a evolução dos lucros, horários de trabalhos desumanos, além de não terem acesso a informações contábeis do desempenho das organizações, especialmente no que tange a sua participação nesse resultado. Insurgiramse contra esse estado de coisas e passaram a exigir que as entidades fornecessem informações sociais, que diziam respeito a sua presença nas entidades.
Ouvese falar de desenvolvimento sustentável. Tinoco e Kraemer (2004, p.
31) apontam para a seguinte reflexão: “o desenvolvimento sustentável é o que
atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as
gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”.
Segundo Ribeiro e Lisboa (1999) a sociedade sobrevive dos benefícios
gerados pelas atividades econômicas e delas sofre os impactos. Efeitos nocivos
oneram o meio, acarretando perdas na qualidade de vida e destruindo os recursos
40
naturais (contaminação da água, do ar, dos solos, extinção de espécies animais,
vegetais e minerais, etc.), atingem famílias e governos obrigando a maiores
investimentos. Empresas que geram empregos proporcionam benefícios sociais;
entretanto, é preciso avaliar a relação custo x benefício dos impactos sobre o
patrimônio natural. O Balanço Social é um instrumento de informação, por meio do
qual a empresa justifica a sua existência para a sociedade.
Na publicação do Instituto Ethos (2004, p.72) observase a afirmação de que
a sociedade está se mobilizando cada vez mais na defesa dos seus direitos –
trabalhistas, ambientais, dos consumidores, dos cidadãos. Além disso, a
modernização e a revolução nas comunicações vêm tornando as organizações mais
transparentes. Diante destas mudanças, a gestão socialmente responsável
transformouse em um fator decisivo para o sucesso das empresas – e até mesmo
para a lucratividade, como comprovam inúmeros estudos e pesquisas.
As empresas não podem visar somente à satisfação dos acionistas através
dos lucros. No relacionamento com a sociedade deve prestar contas dos
investimentos em preservação do meio ambiente, criação e manutenção de
empregos, qualidade dos produtos e serviços que oferece ao mercado, enfim, todas
as ações que, mesmo não sendo exigidas por lei, são esperadas de uma empresa
socialmente responsável. Coerente com esta análise, Pinto (2003, p. 13), ao abordar
a responsabilidade social, enfatiza que a prática da responsabilidade social revela
se internamente na construção de um ambiente de trabalho saudável e propício à
realização profissional das pessoas, e que a empresa, com isso, aumenta sua
capacidade de recrutar e manter talentos, fator chave para seu sucesso numa época
em que criatividade e inteligência são recursos cada vez mais valiosos.
Stauber (2001, p. 6) defende que a autorização para a constituição de uma
empresa, bem como a sua continuidade, deve estar condicionada aos resultados da
avaliação dos seus impactos sobre o meio ambiente.
Para Marion (2005, p. 486) o Balanço Social visa a dar informações relativas
ao desempenho econômico e social da empresa para a sociedade em geral.
Iudícibus et al. (2003, p. 34) descreve que o Balanço Social busca demonstrar
o grau de responsabilidade social assumido pela empresa e prestar contas à
sociedade pelo uso do patrimônio público, constituído dos recursos naturais,
humanos e do direito de conviver e usufruir dos benefícios da sociedade em que
atua.
41
Para Tinoco e Kraemer (2004, p. 28):
Balanço Social é um instrumento de gestão e de informação que visa evidenciar, de forma mais transparente possível, informações financeiras, econômicas, ambientais e sociais, do desempenho das entidades, aos mais diferentes usuários, seus parceiros sociais.
A responsabilidade social é uma questão de atitude por parte dos gestores
das empresas. Para que um gestor defenda a responsabilidade social, é necessário
que ele esteja convencido da sua importância para a organização. Sguarezi (2003,
p. 142) ao refletir sobre a responsabilidade social e observar “as tendências teóricas
preludiadas e defendidas por Morin, Drucker, Prahalad, Senge, Giddens – entre
outros“, percebeu que está aflorando uma nova consciência, na qual a ciência da
administração poderá ser utilizada com maior discernimento em favor dos anseios
sociais, implicando na abdicação de idéias préconcebidas, na suspensão dos
determinismos da sociedade industrial que peca por uma visão fragmentária de
mundo, e que induzirá, inevitavelmente, a um novo perfil profissional do
administrador: um profissional comprometido com a responsabilidade social.
Os gestores das entidades, em geral, precisam estar cientes de que as ações
de responsabilidade social são necessárias para os seus negócios tanto quanto o
lucro financeiro é necessário para a manutenção de suas atividades. Porém, uma
vez entendida e implantada esta postura, os resultados precisam chegar aos
interessados. O Balanço Social é o meio que as entidades e seus gestores têm para
tornar públicas suas ações sociais, evidenciando quanto contribuem para a
sociedade em geral e, principalmente, para o público que direta ou indiretamente ali
se relaciona.
Para atingir os resultados esperados nas relações sociais, Barreto (2003, p.
256) lembra a importância da parceria entre três elementos setor produtivo,
sociedade e Estado:
[...] a sociedade sinaliza os problemas, define prioridades e aponta possíveis soluções. O setor produtivo tem capacidade de gerar riqueza. Agora, para que a riqueza se transforme em meio para solução dos problemas sociais é fundamental o papel do Estado como organizador regulador, estimulador e fiscalizador do sistema econômico, além de gestor social, por meio de políticas e ações claras de desenvolvimento sustentável.
Tanaka (2003, p. 95), em sua dissertação de mestrado sobre a
responsabilidade social nas instituições de ensino superior privadas, diz esperar que
as instituições de ensino reconheçam que têm a função social de oferecer serviços
42
educacionais que atendam às necessidades do aluno e da sociedade, de contribuir
para a melhoria na qualidade de vida dos seus stakeholders e para o processo de
desenvolvimento econômico e social do Brasil.
É importante que as ações relacionadas à responsabilidade social sejam
discutidas, planejadas e executadas com a participação dos stakeholders. Oliveira
(2004, p. 48) afirma que o conceito de responsabilidade social pode mudar com o
tempo, local e empresa, e o de “socialmente responsável”, específico para uma
organização, deve ser construído juntamente com seus stakeholders.
Observase que a responsabilidade social vai além do simples
posicionamento da entidade em relação ao social, é necessário que haja mudança
de atitude e de comportamento que possibilite a geração de uma cultura
organizacional com foco no bem estar social das comunidades interna e externa,
local e global, do presente e do futuro.
2.1 A Elaboração do Balanço Social
Segundo Tinoco (2001, p. 24), a entidade empresa aparece cada vez mais
como o resultado de uma coalizão de interesses entre os seus stakeholders:
emprestadores, fornecedores, empregados, comunidade, acionistas, clientes,
estado, sindicatos, etc. Entretanto, vivem em função deles, devendo, em troca, supri
los com informações de seu interesse e prestar contas sobre o uso adequado dos
recursos. Informar é uma necessidade, na tentativa de satisfazer tais interesses, e
cabe à contabilidade preparar estas informações.
O Balanço Social é um instrumento usado para divulgação das ações de
responsabilidade social. No momento da sua elaboração, devese atentar para
critérios bem definidos para atingir os objetivos propostos. Hendriksen e Van Breda
(1999, p. 511) no capítulo 24, sobre a divulgação de informações financeiras, analisa
que um dos principais motivos da divulgação é fornecer informações para tomada de
decisões e “isso exige a divulgação apropriada de dados financeiros e outras
informações relevantes”, daí a necessidade de responder a três perguntas
fundamentais:
1. A quem deve ser divulgada a informação?
2. Qual é a finalidade da informação?
3. Quanta informação deve ser divulgada?
43
Objetivando contribuir para a melhoria na elaboração dos balanços sociais,
Oliveira (2004, p. 49) apresenta sete sugestões para elaborar balanços sociais
consistentes:
1. Padronize – As informações, principalmente as de natureza quantitativa,
devem ser padronizadas para que possam ser comparadas. Cite as fontes
de todas as informações, com detalhamento suficiente para que possam
ser checadas.
2. Mostre a evolução dos projetos – Apresente um conjunto de
informações com referências temporais. A descrição de um projeto, por
exemplo, deve trazer o período de funcionamento. Sempre que possível,
mostre a evolução dos dados no tempo.
3. Use linguagem acessível – A linguagem deve ser clara, autoexplicativa
e simples, sem o uso de expressões rebuscadas ou extremamente
técnicas. Quando isso for inevitável, notas explicativas podem ajudar a
compreensão.
4. Aceite e publique as críticas – O Balanço Social pode trazer os motivos
de orgulho da diretoria da empresa, mas também deve apresentar as
críticas dos stakeholders, externos e internos. Identifique e explique onde
e como a organização pode melhorar sua governança.
5. Seja transparente – Expresse abertamente as opiniões e posições da
empresa sobre determinados temas, mesmo que isso desagrade aos
stakeholders. A transparência aumenta o grau de confiança nas ações da
companhia em outras áreas e ajuda no diálogo com as partes
discordantes.
6. Faça auditoria externa – Busque, além de empresas de auditoria, o aval
dos mais importantes stakeholders para o Balanço Social. A revisão pelas
partes interessadas pode melhorar o processo de confecção do Balanço
Social e a qualidade do documento final.
7. Abra a porta – Mencione o nome da pessoa responsável pelo documento
dentro da organização, indicando para onde devem ser direcionadas as
críticas e os comentários.
44
Já Kroetz (2000, p. 108) elege os princípios gerais a serem seguidos na
elaboração do Balanço Social, a saber:
1. Pertinência – a informação precisa deve ser relevante, clara e concisa,
devendo espelhar a realidade
2. Objetividade – a informação deve ser real, expressando os fatos
conforme ocorridos, sem interferência de juízos pessoais
3. Continuidade – as informações devem ser elaboradas de forma contínua,
permitindo a comparabilidade dos dados entre períodos diversos
4. Uniformidade ou consistência – a elaboração dos dados deve obedecer
a uma padronização na sua estrutura e compilação, tornandoos
comparáveis entre períodos
5. Certificação – a informação deve ser suscetível de confirmação por uma
entidade independente da organização e dos usuários da informação.
Comparandose as sugestões de Oliveira e Kroetz observase que a diferença
entre elas consiste no posicionamento de Oliveira quanto à participação dos
stakeholders através da abertura para comentários e críticas. Nas demais
sugestões, tanto Oliveira quanto Kroetz defendem que as informações dos Balanços
Sociais sejam relevantes, transparentes, que garantam credibilidade, clareza,
objetividade e possibilidades de comparação dos projetos ao longo do tempo e com
outras entidades. Tais sugestões são coerentes com as teorias da contabilidade
defendidas por Iudícibus e Marion (2000) no capítulo sobre a “Qualidade e
Característica da Informação Contábil”
Cabe salientar, conforme conclusão de Petrelli (2004) no seu artigo sobre “O
Balanço Social como uma ferramenta gerencial no processo de transparência entre
universidade e sociedade” que os dados contidos no Balanço Social devem ser
considerados em seus aspectos quantitativos e qualitativos, devendo, ao lado de
outros instrumentos, servir de base para análise, estudo, avaliação e
aperfeiçoamento das ações realizadas.
45
2.2 Em Defesa da Divulgação do Balanço Social
A execução voluntária de ações de responsabilidade social mostrase de
grande importância para a sociedade em geral e, como conseqüência, traz
benefícios diretos para as entidades que abraçam esta causa. Porém,
principalmente para estas entidades, tão importante quanto apoiar e/ou executar tais
ações é elaborar e divulgar os seus balanços sociais. Tinoco (2001, p. 14), ao
argumentar em favor da responsabilidade social e sua conseqüente publicação,
discorre:
Um conceito modernamente aceito diz que a existência das entidades não pode justificarse exclusivamente pela capacidade que elas demonstrem de gerar lucros a seus proprietários. Desse tipo de visão empresarial derivam programas de incentivos e motivação aos empregados, programas de treinamento, reciclagem e desenvolvimento de pessoal, políticas de benefícios sociais, atitudes de preservação e recuperação do meio ambiente, entre outras. Pois bem, por que não evidenciar esse tipo de preocupação nas demonstrações financeiras e no relatório de administração da empresa? A sociedade merece ser informada desses esforços e sua divulgação é positiva para as empresas, quer do ponto de vista de sua imagem, quer do ponto de vista de melhoria e qualificação da informação contábilfinanceira.
Souza Filho (2.000, p.18) argumenta em prol do Balanço Social, chamando os
contadores à responsabilidade da evidenciação ao afirmar que “nós, contadores,
devemos utilizar o poder da informação, imposta ou não, para a difusão e
conscientização do Balanço Social e Demonstração do Valor Adicionado” e
completou afirmando que cabe aos contadores a responsabilidade social da
evidenciação e evolução dos aspectos sociais inerentes às Demonstrações
Contábeis.
As empresas, por vocação natural, nascem para obter lucros, competir e se
desenvolver, mas não podem ignorar que o processo de crescimento deve ser
acompanhado da responsabilidade social. Em consonância com esta idéia, Souza
Filho (2000, p. 20) afirma que a sociedade já não aceita a política da nãorepartição
dos ganhos, e que é preciso assumir um papel diferente, papel este não legalmente
obrigatório, mas que está surgindo com a conscientização e exigência dos
consumidores. Os consumidores estão se utilizando cada vez mais de produtos das
chamadas empresas cidadãs. A responsabilidade social e a ética caminham de
mãos dadas e são geradoras de fidelidade dos consumidores e de motivação e
fidelidade por parte dos colaboradores. Souza Filho conclui: “A sociedade, portanto,
46
quer e exige ética. Deseja que as firmas assumam o seu papel no desenvolvimento
da região e que tragam melhor qualidade de vida às pessoas da comunidade, com
iniciativas que transcendam o mínimo exigido pelas legislações”.
Ribeiro (1998, p. 15), ao analisar a “evolução das necessidades de
informações sociais”, comenta que adaptarse às mudanças, melhorar o processo
produtivo, implementar qualidade ambiental não basta; “necessário se faz
demonstrar o que está sendo feito”. A globalização da economia, a concorrência, os
investidores, os fornecedores, o governo e todos os demais interessados na
continuidade da empresa exigem que a transparência e a conduta das empresas
sejam alvo de grande importância e preocupação, por isso, agir certo e demonstrar
que se está agindo certo é uma questão fundamental.
Souza Filho (2000, p. 132) enfoca também a questão do marketing social feito
de forma indireta, ao afirmar que as empresas e as comunidades onde estão
inseridas possuem uma forte relação, e que, promovendo o bemestar social, as
empresas acabam de forma “indireta” conseguindo vendagens em função de serem,
por exemplo, uma “empresa amiga da criança”.
Também Silva (2000, p. 113) faz menção à questão do marketing social ao
afirmar que, a partir da maior conscientização e aplicação do conceito de
responsabilidade social as empresas podem tornarse mais competitivas, visto que a
imagem empresarial se tornará mais fortalecida e as empresas estarão prestando
contas de seu desempenho à sociedade.
O Balanço Social traz muitas vantagens para as organizações, mas ainda não
tem a devida atenção por parte dos gestores no Brasil. Lima (2003, p. 8990) afirma
que o Balanço Social é um instrumento estratégico para avaliar e multiplicar o
exercício da responsabilidade social corporativa, e defende que este deve ser um
documento a ser publicado anualmente, juntamente com as demonstrações
contábeis, contendo um conjunto de informações sobre as atividades desenvolvidas
pela empresa para a promoção humana e social, dirigidas a seus empregados e à
comunidade onde está inserida. Da mesma forma Tinoco (2001, p. 37) defende tal
divulgação ao afirmar que: “nosso entendimento é de que a informação social e a
informação econômica devam caminhar e ser divulgadas juntas, como aliás é feita
por algumas empresas na Inglaterra, Holanda, Bélgica, Portugal e em outros países
europeus”.
47
Pinto (2003, p.109) resume a importância da execução e divulgação de ações
de responsabilidade social por parte das empresas da seguinte forma:
Hodiernamente há um consenso de que o empreendimento não pode somente visar lucros. A empresa para desenvolver suas atividades consome recursos naturais; utilizase da força física e do conhecimento de seus empregados; faz uso de bens que pertencem à comunidade; polui o meio ambiente etc., assim tem a obrigação de mostrar à sociedade a maneira como utiliza estes recursos. A empresa é uma célula da sociedade e, como tal, tem o dever de prestar contas aos demais componentes dessa sociedade.
Santos (2003, p. 14) afirma que o Balanço Social “deverá assumir nas
próximas décadas papel de grande destaque”, tendo em vista que “será um dos
principais instrumentos a serem utilizados nas relações sociais e econômicas das
sociedades e poderá auxiliar, de forma extremamente competente, na avaliação e
análise de seus resultados macroeconômicos”.
Tinoco (2001, p.111) analisa que:
Cada vez mais, a necessidade de informação é um exigência da sociedade. As questões ambientais, ecológicas e sociais estão presentes, especialmente nos meios de comunicação, que as divulgam diuturnamente em todos os quadrantes do mundo. A Contabilidade, os contadores e os gestores empresariais não podem desconhecer essa realidade. Não devemos somente nos preocupar em divulgar as transações econômicas e financeiras entre os agentes, evidenciando “o estado da situação patrimonial” e como se altera essa situação, mas também atender aos desideratos dos usuários da informação, que exigem informação mais ampla e transparente. Devemos enxergar uma dimensão muito maior para as empresas, dimensão esta que deve no mínimo conter o fator econômico e o fator social.
No site www.balancosocial.org.br está publicado um resumo dos motivos para
elaboração e publicação do Balanço Social. Tais motivos, de forma resumida, são:
Ø É ético ser justo, bom e responsável já é um bem em si mesmo.
Ø Agrega valor traz diferencial para a imagem da empresa, vem sendo
cada vez mais valorizado por investidores e consumidores no Brasil e no
mundo.
Ø Diminui os riscos num mundo globalizado, onde informações circulam
internacionalmente em minutos, a conduta ética e transparente tem que
fazer parte da estratégia de qualquer organização.
48
Ø Instrumento de gestão é uma valiosa ferramenta para a empresa gerir,
medir e divulgar o exercício da responsabilidade social em seus
empreendimentos.
Ø Instrumento de avaliação os analistas de mercado, investidores e órgãos
de financiamento (como BNDES e BID) já incluem o Balanço Social na
lista dos documentos necessários para avaliação de riscos e projeções
das empresas.
Ø Inovador e transformador realizar e publicar Balanço Social é mudar a
antiga visão, indiferente à satisfação e ao bemestar dos funcionários e
clientes, para uma visão moderna, em que os objetivos da empresa
incluem as práticas de responsabilidade social e ambiental.
Ristoff (apud Petrelli, 2004), sobre a importância da divulgação das ações das
universidades, como promotoras de cidadania e como instituições socialmente
responsáveis, analisa que uma comunicação freqüente e eficiente com alunos, ex
alunos, pais, governantes, líderes comunitários e com a população em geral é de
importância fundamental para que, por meio de notícias, relatórios e reportagens, se
possa construir ou reforçar uma imagem real das universidades.
A questão relacionada à divulgação do Balanço Social tratase, em última
análise, da necessidade de evidenciação. Conforme Iudícibus (2004, p. 131) “a
evidenciação [...] é uma condição que está acima dos próprios princípios e que está
intimamente ligada às necessidades informativas dos usuários, variáveis no tempo e
no espaço”.
Por outro lado, não se deve esquecer a qualidade da informação. Iudícibus e
Marion no livro “Introdução à Teoria da Contabilidade”, destinaram um capítulo ao
assunto, que recebeu o título: “Qualidade e Característica da Informação Contábil”,
onde são analisadas questões como: custo x benefício da elaboração de relatórios
contábeis; compreensibilidade – a informação deve ser compreensível; relevância –
ser útil; confiabilidade – livre de erros e vieses; e, comparabilidade – possibilidade de
comparação entre diferentes entidades e através dos anos.
Na publicação do Instituto Ethos (2004, p. 383) verificase que o desafio
agora, tanto das empresas quanto das agências de publicidade, é descobrir – juntos
– a melhor maneira de se comunicar com seus consumidores e a sociedade em
49
geral dentro desse novo ambiente, proposto pelo movimento da responsabilidade
social.
2.3 Vertentes do Balanço Social
Tinoco (2001, p.15) relata ações que devem ser divulgadas no Balanço Social
da seguinte forma:
O Balanço Social contempla, também, uma série de informações de caráter qualitativo, entre as quais as mais importantes destacamse: informações relativas à ecologia, em que se evidenciam os esforços que as empresas vêm realizando para não afetar a fauna, a flora e a vida humana, vale dizer as relações da entidade com o meio ambiente; informações concernentes ao treinamento e à formação continuada dos trabalhadores; condições de higiene e segurança no emprego; relações profissionais; contribuições das entidades para a comunidade (adoção e educação de carentes, investimentos em atletas), explicitando a responsabilidade social e corporativa das organizações.
Da mesma forma, Pinto (2003, p.109110) relata que esta demonstração “tem
por objetivo informar o resultado da interação da empresa com o meio em que está
inserida”, e que as principais informações que o balanço deve conter são: qualidade
de vida na organização e políticas visando à promoção humana; postura da empresa
em relação ao meio ambiente; formação e distribuição da riqueza gerada pela
empresa; políticas externas voltadas à educação, esporte, filantropia, etc.
É grande o número de informações a serem divulgadas no Balanço Social, e
tais informações podem ser agrupadas para a melhor compreensão dos usuários.
Sendo assim, o Balanço Social foi dividido em quatro vertentes. Iudícibus et al.
(2003, p. 33) afirmam que o Balanço Social tem por objetivo demonstrar o resultado
da interação da empresa com o seu meio e que possui quatro vertentes: o Balanço
de Recursos Humanos, a Demonstração do Valor Adicionado, o Balanço Ambiental
e Benefícios e Contribuições à Sociedade em geral.
2.3.1 Balanço de Recursos Humanos
Ribeiro (1998, p. 18) analisa que empregados foram vistos, durante muito
tempo, simplesmente como recursos à disposição da empresa, devendo a esta total
obediência e tendo que se submeter a todas e quaisquer condições de trabalho
oferecidas. Com o tempo, alguns se conscientizaram de seus direitos e passaram a
50
disseminar suas idéias, surgindo os sindicatos e as associações de classe. O
empresário entendeu, ao longo do tempo, que é mais estratégico trabalhar com o
apoio dos empregados do que têlos como opositores. As demonstrações contábeis
se mostram um veículo adequado para evidenciar os resultados dos esforços dos
funcionários, bem como os benefícios decorrentes de tais esforços.
Segundo Tinoco, em apostila do seminário “Balanço Social – Uma Idéia Viva”,
intitulada “Balanço Social e Contabilidade de Recursos Humanos” (apud Ribeiro,
1998, p. 34):
A Contabilidade e a Gestão Estratégica de Recursos Humanos tratam do reconhecimento das pessoas como recurso organizacional e estratégico, visando à sobrevivência e à continuidade das entidades no tempo, com o objetivo de serem competitivas, em busca da maximização do retorno de investimento em recursos físicos, tecnológicos e humanos.
No balanço de recursos humanos devemse demonstrar o perfil e a evolução
quantitativa do quadro funcional, o crescimento pessoal, humano, social e intelectual
dos colaboradores e as ações não obrigatórias adotadas e desenvolvidas na
organização pelos e para os colaboradores, na busca do bem estar particular e
coletivo.
Tinoco (1984, p. 51, 6667) relaciona vários indicadores de caráter social
sobre as relações de trabalho existentes nas entidades: a forma como os
trabalhadores ingressam no mercado de trabalho e sua evolução ao longo do tempo;
o modo como a entidade estimula sua formação e promoção; as condições de
higiene e segurança; a evolução do emprego na empresa; a promoção dos
trabalhadores na escala salarial da empresa; a relação entre a remuneração do
pessoal de nível gerencial e de operários; a separação e evolução do pessoal por
sexo e instrução; a classificação do pessoal por faixa etária, por tempo de empresa,
e o nível de absenteísmo.
Segundo Iudícibus et al. (2003, p. 33) o Balanço de Recursos Humanos visa a
evidenciar o perfil da força de trabalho: idade, sexo, formação escolar, estado civil,
tempo de trabalho na empresa, etc.; a remuneração e benefícios concedidos aos
funcionários, tais como: salário, auxílios alimentação, educação, saúde, transporte
etc. e os gastos com treinamento.
A lei francesa sobre o Balanço Social reconheceu, conforme Tinoco (2001, p.
31), “pela primeira vez de forma institucional a importância dos trabalhadores no seio
da empresa como usuários da informação contábil e social”. Tinoco (1996, p. 33),
51
nos mostra que esta lei, que obriga as entidades que possuam mais de 300
funcionários a publicálo, “dividese, em síntese, em 7 grandes capítulos de
informações”, voltados para os recursos humanos, e que são:
I. Emprego
II. Remuneração e encargos acessórios
III. Condições de higiene e de segurança no trabalho
IV. Outras condições de trabalho
V. Formação profissional
VI. Relações profissionais
VII. Outras condições de vida dependentes da empresa
Na verdade, o Balanço Social obrigatório pela lei francesa ficou conhecido
como Balanço Social Restrito, já que aborda somente as questões de recursos
humanos, e hoje está classificado com uma das vertentes do Balanço Social. Tinoco
(2001, p. 45) subdividiu e ordenou o Balanço de Recursos Humanos, visando à
apresentação do tema em: emprego; remunerações e outros benefícios (custo com
pessoal); formação profissional e desenvolvimento contínuo; relações profissionais e
outras condições de vida dependentes da empresa.
Relacionado ao emprego, Tinoco (2001, p. 45), dentro das classificações do
pessoal que podem ser elaboradas e reportadas, destaca: volume total de
empregados no final de cada exercício; pessoas ocupadas, segundo as categorias:
profissional e sexo, sexo e instrução, idade, tempo de trabalho na empresa, estado
civil, raça, nacionalidade, tipo de contrato de trabalho, tempo integral ou parcial,
temporário, optantes ou não pelo FGTS, por estabelecimento e distribuição espacial.
Segundo Silva (2000, p. 59) “um dos principais componentes que atuam nas
empresas e desempenham papel primordial no seu desenvolvimento são os seus
funcionários”. E complementa afirmando que:
[...] estudos nas áreas de qualidade e gestão de Recursos Humanos têm confirmado que pessoas motivadas e satisfeitas com o tipo de trabalho desenvolvido, política de admissões, treinamentos, formações e promoções, condições econômicas, psicológicas e de vida, higiene e segurança no trabalho produzem mais e melhor do que pessoas que trabalham em empresas que não gozam de todos esses benefícios (ou se gozam não os tem na maneira como acham que deveriam têlos).
52
O Balanço de Recursos Humanos deve evidenciar o crescimento profissional,
pessoal e coletivo dos funcionários, explicitando o tratamento digno despendido,
assim como as ações e políticas de inclusão social adotadas, como contratação de
deficientes físicos, negros, índios, etc. e, também, ações concretas relacionadas às
oportunidades de crescimento, participações nos resultados, apoio à educação,
assistência médica, segurança no trabalho, campanhas educativas, dentre outras.
Tinoco (1996, p. 121122) ao introduzir o capítulo sobre “Contabilidade
Estratégica de Recursos Humanos”, afirma que o novo paradigma da
competitividade e da continuidade das entidades que buscam a liderança em nível
mundial está ancorado em pessoas, dentre elas, os trabalhadores que cada vez
mais são motivados a se integrar nos objetivos da qualidade das empresas, e que
são continuamente solicitados a se empenhar na estratégia de gerar valor agregado.
Reforçase a grande importância da elaboração e publicação do balanço de
recursos humanos, não só para evidenciar as condições de trabalho e
reconhecimento aos colaboradores internos, mas também, e principalmente, como
forma de disponibilizar informações, valorizar e reconhecer a importância do papel
desenvolvido por tais colaboradores.
2.3.2 Demonstração do Valor Adicionado
O valor adicionado é a riqueza gerada pela entidade. Tinoco (1984, p. 54)
define valor adicionado em determinada etapa de produção como “a diferença entre
o valor bruto da produção e os consumos intermediários nessa etapa”. E
complementa: “Assim, o produto nacional pode ser concebido como a soma dos
valores adicionados, em determinado período de tempo, em todas as etapas dos
processos de produção do país”.
No mesmo trabalho, Tinoco (1984, P. 3940) afirma que “a informação do
valor adicionado pelas empresas em muito enriqueceria a informação contábil,
sendo de importância vital para todos quantos se dedicam ao mister de analisar
balanços”. E, na página 57, analisa que “caso a empresa possua filiais espalhadas
pelo território nacional, a nível regional seria bom explicitar a contribuição de cada
filial por região, evidenciando sua contribuição ao valor adicionado total da
empresa”.
53
Também na página 40, do mesmo trabalho, o Prof. Tinoco, ao comentar a
importância da elaboração da Demonstração do Valor Adicionado, disse:
Julgamos, até que quando os contadores no Brasil, passarem a utilizar esta metodologia terão dado um grande passo, no sentido de aproximarem a contabilidade comercial (geral) da contabilidade nacional. Como sabemos as contas nacionais no Brasil são hoje elaboradas, tomando por base dados estatísticos, muitas vezes estimativos, que podem estar enviesados. Na medida em que as empresas fossem obrigadas a publicar nos seus relatórios contábeis o valor adicionado (pelo menos as grandes e as médias empresas) terseia informação mais fidedigna e mais eqüitativa. Seria um grande passo para o reconhecimento da importância crescente, que a Contabilidade vem tendo ultimamente, como ciência da comunicação.
O Prof. Sérgio de Iudícibus, no artigo publicado no Boletim do Contador
n.145, do Instituto Brasileiro de Contadores (Ibracon), editado em junho de 1990,
páginas 2 a 4, cita uma frase de John B. Canning, inserida no livro “The Economics
of Accountancy”, que afirma que “a natureza dos problemas públicos que preocupam
os economistas é de tal monta que sua solução não pode ser tentada, de forma
inteligente, sem as informações que o contador pode fornecer melhor do que
qualquer outro...” e, após apresentar um exemplo de DVA, Iudícibus afirma:
[...] em sua estruturação a Demonstração do Valor Adicionado é muito parecida com o esquema de contas de renda nacional. Obviamente, esse último compreende também o setor governamental e a formação líquida de capital. Conceitualmente, todavia, se todas as atividades econômicas desenvolvidas no País fossem desenvolvidas em entidades que levantassem demonstrações de valor adicionado da forma vista acima, a consolidação de tais demonstrações, excluídas as duplas contagens, já seria o próprio PIB, muito mais corretamente estimado do que atualmente. Consideramos que uma contribuição da profissão contábil para a área macroeconômica (além da área dos trabalhadores, sindicatos, contabilidade social) seria propugnar pela implantação da demonstração do valor adicionado.
Coerente com estas teorias, Santos (2003, p. 2425) afirma que do ponto de
vista macroeconômico, o valor adicionado está intimamente ligado à apuração do
produto nacional, do ponto de vista microeconômico, “poderseia dizer que o valor
adicionado de uma empresa é o quanto de riqueza ela pode agregar aos insumos de
sua produção que foram pagos a terceiros, inclusive os valores relativos às
despesas de depreciação”. Já do ponto de vista da Ciência Contábil, “poderseia
afirmar que a medição ou apuração da riqueza criada pode ser calculada através da
diferença aritmética entre o valor das vendas e os insumos pagos a terceiros mais
as depreciações”.
54
Posteriormente Santos (2003, p. 37) afirma que “os efeitos da apresentação
de uma DVA são bastante importantes, pois possibilitarão uma análise que de forma
alguma poderia ser alcançada com as demonstrações tradicionais que a
Contabilidade hoje oferece”. E conclui afirmando que “identificar entre os agentes
econômicos quais são os maiores, ou menores, beneficiários passa a ser uma tarefa
possível dentro da empresa. A DVA indicará exatamente a forma de distribuição da
riqueza gerada”.
Na mesma linha de raciocínio Marion (2005, p. 486) descreve que:
Se subtrairmos das vendas todas as compras de bens e serviços, teremos o montante de recursos que a empresa gera para remunerar salários, juros, impostos, e reinvestir em seu negócio. Estes recursos financeiros gerados levamnos a contemplar o montante de valor que a empresa está agregando (adicionando) como conseqüência da sua atividade. O valor agregado corresponde ao PIB da empresa. A soma de todos os valores agregados das empresas daria o PIB do país.
Na seqüência Marion (2005, p. 486) analisa que se uma prefeitura de uma
cidade tiver que tomar a decisão de receber ou não determinada empresa em seu
município e fizer a pergunta “quanto determinada empresa, se implantada no
município, vai agregar em renda para a região?”, a resposta seria possível de se
conseguir através da análise da demonstração do valor adicionado.
Segundo Luca (1998, p. 13), o valor adicionado “representa a diferença entre
o valor bruto de produção e os consumos intermediários, em determinado tempo, em
todas as etapas do processo de produção” e a Demonstração do Valor Adicionado
“apresenta dados econômicos referentes à criação de riqueza pela empresa e à
distribuição dos fatores que contribuíram para sua criação”, e enfatiza (p. 31) que:
“estreitamente relacionada com o conceito de responsabilidade social, a
Demonstração do Valor Adicionado surgiu para atender às necessidades de
informações dos usuários sobre o valor da riqueza criada pela empresa e sua
utilização”.
Iudícibus et al. (2003, p. 34) relatam que a DVA “objetiva evidenciar a
contribuição da empresa para o desenvolvimento econômicosocial da região onde
está instalada. Discrimina o que a empresa agrega de riqueza à economia local e,
em seguida, a forma como distribui tal riqueza”.
Conforme Santos (2003, p. 12) há um modelo de Demonstração do Valor
Adicionado – DVA, que conta com total aceitação pelo mercado e que está sendo
utilizado pela imensa maioria das empresas que se têm antecipado a determinações
55
legais publicando essa demonstração, que é o modelo idealizado pelos
pesquisadores da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e
Financeiras (Fipecafi), órgão de apoio ao Departamento de Contabilidade e Atuária
da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São
Paulo (FEAUSP). Este modelo tem sido, inclusive, recomendado pela própria
Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
2.3.3 Balanço Ambiental
Hodiernamente, temas como balanço ecológico, contabilidade ambiental,
desenvolvimento sustentável, elevado nível de degradação ambiental, preocupações
com o futuro da humanidade, condições naturais, normas ISO 14.000 etc. são
objetos de estudos, pesquisas e debates. Em relação ao meio ambiente, o tema
deixou de ser proteção ambiental para ser administração ambiental.
As preocupações com a ecologia e com a preservação, proteção e
recuperação do meio ambiente vêmse tornando, cada vez mais, preocupações do
poder público, das entidades e das pessoas em geral. Na empresa moderna,
socialmente responsável, as questões ambientais devem ser tratadas como parte do
negócio.
Iudícibus e Marion (2000, p. 82), ao explicitar sobre a Contabilidade
Ambiental, relatam que, em função dos recursos naturais se tornarem cada vez mais
escassos, “um número crescente de empresas participa de um desenvolvimento
sustentado, de gerenciamento ambiental para redução de custos operacionais, de
cuidados para reduzir o risco de poluição acidental ou insidiosa, etc”.
Ribeiro (1992, p. 35), na definição de custo social, afirma: “O custo social, a
perda social ou deseconomias externas são sinônimos na linguagem econômica que
expressam os sacrifícios impostos à sociedade para que o processo produtivo se
concretize”, e complementa dizendo que “a população é onerada pelo custo
monetário do produto em si enquanto bem de consumo, e também pelos encargos
decorrentes dos resíduos expelidos sobre a natureza”. Posteriormente, (p. 61)
analisa que “sobre os aspectos ambientais, a responsabilidade social da empresa
deveria voltarse para a eliminação e/ou redução dos efeitos negativos do processo
de produção e preservação dos recursos naturais, principalmente os não
renováveis”.
56
Observase que a execução e divulgação de ações direcionadas à proteção,
preservação e recuperação do meio ambiente deveriam ir além do cumprimento de
exigências legais, objetivando o bem estar social presente e futuro.
Tinoco (2001, p. 102) analisa que o Balanço Ambiental, “que tem sua origem
no Balanço Social, pode, às vezes, comportar informações físicas e monetárias”, e
esclarece na página 105 que a “contabilidade tradicional preocupase com a
avaliação dos ativos ao custo, sob diversos critérios”. Na contabilidade ambiental
encontramse alguns “ativos que ainda não possuem um critério de mensuração
definido, como, por exemplo, a qualidade do ar, dos rios e do meio ambiente” sob a
influência da empresa, e que “se constituem em ativos do ser humano e para os
quais ainda não se conseguiu definir um critério para valorização desses ativos”.
Iudícibus et al. (2003, p. 33) afirmam que “o Balanço Ambiental reflete a
postura da empresa em relação aos recursos naturais, compreendendo os gastos
com preservação, proteção e recuperação destes; os investimentos em
equipamentos e tecnologias voltados à área ambiental e os passivos ambientais”. E
complementa: “poderá ainda ter características físicas como, por exemplo, descrição
das quantidades comparativas de poluentes produzidos de um período a outro,
acompanhadas dos parâmetros legais”.
Em relação ao passivo ambiental, Ribeiro (1998, p. 101) observa que:
Obrigações de natureza ambiental, não passíveis de mensuração, devem constar das notas explicativas, bem como a razão pela qual não podem ser mensuradas, essencialmente quando houver alto grau de probabilidade de sua efetiva exigibilidade, e o momento em que se espera quitar esta obrigação.
Peery (1995, p. 523, tradução nossa), ao introduzir o capítulo sobre negócios,
ecologia e meio ambiente, comenta que em tempos passados o meio ambiente não
era considerado nas decisões das empresas, e que, recentemente, a
industrialização, o crescimento da população, o desenvolvimento econômico, as
mudanças tecnológicas estão contribuindo para a sua degradação. Os efeitos de tais
ações sobre o meio ambiente levaram à necessidade da criação de instrumentos
reguladores. As organizações, na condição de sistema aberto que interage com
outras organizações, comunidade e meio ambiente, necessitam demonstrar os
efeitos de suas ações no meio ambiente e as ações preventivas e/ou corretivas que
desenvolvem. Posteriormente, Peery (1995, p. 545, tradução nossa) resume suas
análises afirmando que o desenvolvimento econômico sustentável requer que as
57
decisões das empresas devam ser feitas em harmonia com os princípios ecológicos
e do meioambiente, e conclui que os problemas relacionados à degradação do
meioambiente pelas atividades empresariais e pelo desenvolvimento econômico
têm despertado maior atenção dos stakeholders nas décadas recentes.
Dar atenção ao meio ambiente é hoje questão de competitividade. Empresas
que não se preocupam com os impactos ambientais, com o desenvolvimento de
programas voltados para a conservação, recuperação e proteção do meio ambiente
perderão espaço no mercado. Tinoco e Kraemer (2004, p. 133), ao abordarem sobre
a nova consciência ambiental, afirmam que “nos anos 80, os gastos com proteção
ambiental começaram a ser vistos pelas empresas líderes não primordialmente
como custos, mas como investimentos no futuro e, paradoxalmente, como vantagem
competitiva”.
Também Tinoco e Kraemer (2004, p. 193) analisam que a contabilidade
surgiu para dar respostas às necessidades do conhecimento do patrimônio do
homem e de sua evolução, e que deve contabilizar as questões relativas ao impacto
ambiental, já que afetam a continuidade empresarial e a saúde das pessoas.
A Constituição Brasileira promulgada em outubro de 1988, no capítulo VI,
artigo 225, estabelece que o meio ambiente saudável constituise em direito dos
brasileiros, cabendo ao governo e à coletividade o dever de preserválo para as
gerações presentes e futuras.
Para minimizar impactos ambientais negativos surgiram, em várias partes do
mundo, movimentos organizados que passaram a discutir tais problemas. Um dos
principais foi a Constituição do Grupo Estratégico Consultivo sobre o Meio Ambiente,
pela Organização Internacional para Padronização – ISO, com a finalidade de
elaborar normas internacionais de proteção ambiental. As principais normas
ambientais, no Brasil, são: ISO 14.001 – Sistema de Gestão Ambiental, ISO 14.010
– Auditoria Ambiental, ISO 14.030 – Avaliação de Performance Ambiental, ISO
14.020 – Rotulagem Ambiental e ISO 14.040 – Análise do Ciclo de Vida.
Entretanto, mesmo sendo bastante ampla, a legislação ambiental brasileira
não obriga à divulgação dos efeitos da atuação das organizações no meio ambiente,
assim como as ações preventivas e/ou corretivas por elas desenvolvidas.
Voluntariamente, muitas organizações divulgam isoladamente e de forma não
padronizada o Balanço Ambiental, também conhecido como Balanço Ecológico, que
se refere ao balanço de todas as questões relacionadas ao meio ambiente.
58
Ribeiro (1998, p. 99), ao discorrer sobre o tema “evidenciação” relacionandoa
a questão ambiental, aborda o quê, como, quando e onde evidenciar, especificando
da seguinte forma:
Ø O quê: todas as informações relativas aos eventos e transações
envolvidos com a questão ambiental
Ø Como: com o grau de detalhamento exigido pela relevância dos valores e
da natureza dos gastos, relativos à interação entre a empresa e o meio
ambiente
Ø Quando: o registro contábil deverá ser feito no momento em que o fato
gerador ocorreu, ou no momento em que houver informações adicionais e
complementares
Ø Onde: no corpo das demonstrações contábeis e nas notas explicativas,
dependendo da extensão e natureza das informações a serem prestadas
As entidades em geral, atentas ao atendimento das expectativas dos seus
stakeholders, devem divulgar todas as informações relevantes relacionadas aos
aspectos ecológicos e ambientais, não só os referentes à sua atividade, mas
também ao seu envolvimento ou participação em ações educativas e/ou de
conscientização e/ou de apoio a outras entidades, como por exemplo:
Ø Os recursos financeiros aplicados em ecologia
Ø Os recursos financeiros aplicados em equipamentos de proteção
ambiental
Ø As despesas com manutenção e correção dos danos causados ao meio
ambiente
Ø Os passivos ambientais, que podem ser: corretivos, regulatórios ou
indenizatórios reclamações judiciais de danos à pessoa ou à propriedade
decorrentes de desastres ambientais
Ø Os investimentos em campanhas de conscientização com foco ecológico
e/ou ambiental
Ø Os projetos apoiados e/ou desenvolvidos relacionados aos aspectos
ecológicos e ambientais como, por exemplo: coleta seletiva de lixo
59
Tais divulgações devem ocorrer através de balanços sociais específicos
impressos ou via Internet. Vale ressaltar que a publicação via Internet, hoje em dia,
tem baixo custo e atinge praticamente todo o público interessado.
2.3.4 Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade em Geral
Por alguns chamados de investimento em cidadania, os benefícios e
contribuições à sociedade referemse a todas as atividades sociais que as empresas
podem desenvolver com programas de investimentos em cultura, esportes, saúde,
assistência social, urbanização, etc. Ao abordar o tema, Iudícibus et al. (2003, p. 34)
analisam: “Na quarta faceta do Balanço Social, temse a evidenciação do que a
empresa faz em termos de benefícios sociais como contribuições a entidades
assistenciais e filantrópicas, preservação de bens culturais, educação de
necessitados, etc”.
Segundo Tinoco (2001, p. 116), “a responsabilidade pública das
organizações, neste novo milênio que se inicia, deverá atender aos anseios da
comunidade, que clama por programas e ações conscientes, que modifiquem o
quadro de exclusão social que existe no Brasil”. Na seqüência, na página 118,
comenta que a expressão “’empresa pública e cidadã’ foi cunhada pelo grande
brasileiro Herbert de Souza, o Betinho, fundador do Instituto Brasileiro de Análises
Sociais e Econômicas (Ibase)”.
O Projeto de Lei 3.116/97 que cria o Balanço Social, no seu artigo 3°, que
relata quais informações o Balanço Social deverá conter, explicita no inciso XI:
[...] investimentos na comunidade nas áreas de cultura, esporte, habitação, saúde pública, saneamento, assistência social, segurança, urbanização, defesa civil, educação, obras públicas, campanhas públicas e outros, relacionando, em cada item, os valores dos respectivos benefícios fiscais eventualmente existentes.
Petrelli (2004), ao abordar “cidadania empresarial”, afirma que atualmente as
empresas estão assumindo novos papéis por exigência da sociedade, contribuindo
para o desenvolvimento econômico, político e social do País. É a chamada
cidadania empresarial, em que as empresas buscam investir em programas e ações
sociais, assumindo sua responsabilidade social.
O Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade em Geral deverá
demonstrar o grau de responsabilidade social e o comprometimento voluntário da
60
entidade com as necessidades básicas da população, mediante investimentos e
ações nas diferentes áreas cujas necessidades são evidentes, principalmente
aquelas que o poder público não atinge ou atinge de forma insuficiente.
2.4 Reflexos das Ações de Responsabilidade Social
O comprometimento com a qualidade de vida de todos os que direta ou
indiretamente se relacionam com a entidade refletese diretamente no
comportamento organizacional, influenciando os níveis de satisfação e desempenho.
As relações dos dirigentes com os empregados e com a comunidade ficam
facilitadas quando a entidade é comprovadamente comprometida com a
responsabilidade social.
Ao se possibilitar crescimento pessoal, humano, social, intelectual e
profissional dos colaboradores, ao se pagar remuneração justa, condizente com o
lucro, e ao se melhorarem as condições de moradia, higiene, segurança no trabalho,
etc., é observada melhora também na produtividade dos trabalhadores. Tal
posicionamento da entidade será visto como um grande diferencial na captação dos
melhores profissionais. Por outro lado, os profissionais que prestam serviços nas
entidades devem ser reconhecidos como recurso organizacional e estratégico, o que
realmente são, para que possam trazer o retorno de que as entidades necessitam na
conjuntura sócioeconômica atual.
A Demonstração do Valor Adicionado, sendo um excelente meio que a
entidade possui para informar a riqueza gerada, informa qual é a sua contribuição na
composição dos impostos e qual o valor destinado ao pagamento da mãodeobra e
a terceiros, mostrando para a sociedade a sua importância na economia local,
regional e do país.
Ao investir na proteção ambiental a empresa contribuirá para a melhoria nas
condições de vida de toda a população, indistintamente, inclusive a futura. A questão
ambiental se reflete na empresa de duas formas: (1) quando a empresa degrada o
meio ambiente e não se preocupa em reverter a situação estará condenada a
encerrar suas atividades, e (2) quando a empresa demonstra ser socialmente
responsável, fazendo além das obrigações em prol do meio ambiente, será bem
vista e isto repercutirá positivamente nos negócios.
61
A demonstração dos benefícios e contribuições à comunidade quando se
mostram ações, normalmente voluntárias, executadas e/ou apoiadas pela entidade
para crescimento e bem estar das pessoas em geral, rende reconhecimento público,
gerando simpatia e prêmios, e transformase, de forma intencional ou não, em
marketing social.
Tinoco (2001, p. 114,115), ao relatar sobre a “responsabilidade sócia e
pública da empresa”, reporta aos estudos desenvolvidos pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) através dos relatos setoriais de
números 1 – intitulado: Empresas, Responsabilidade Corporativa e Investimento
Social e 2 – intitulado: Balanço Social e Outros Aspectos da Responsabilidade
Social, da AS/Geset, que explicitam:
o conceito de responsabilidade social corporativa (RSC) está associado ao reconhecimento de que as decisões e os resultados das atividades das companhias alcançam um universo de agentes sociais muito mais amplo do que o composto por seus sócios e acionistas (shareholders). Desta forma, a responsabilidade social corporativa, ou cidadania empresarial, como também é chamada, enfatiza o impacto das atividades das empresas para os agentes com os quais interagem (stakeholders): empregados, fornecedores, clientes, consumidores, colaboradores, investidores, competidores, governos e comunidades.
Na seqüência, comenta que tais relatos explicitam também que “este conceito
expressa compromissos relativos à adoção e difusão de valores, condutas e
procedimentos que induzam e estimulem o contínuo aperfeiçoamento dos processos
empresariais”. Resultando, também, “em preservação e melhoria da qualidade de
vida das sociedades, do ponto de vista ético, social e ambiental”. E, a seguir Tinoco
(2001, p. 116), sob o ponto de vista financeiro, analisa os reflexos da
responsabilidade social, da seguinte forma:
Na visão de governança corporativa exclusivamente direcionada para a performance financeira, o exercício da responsabilidade social pode ser entendido, à primeira vista, como um custo adicional para as empresas, seus sócios e acionistas, pois são recursos que de outra maneira estariam sendo reinvestidos ou distribuídos sob forma de lucros e dividendos. Todavia, a adoção de uma postura próresponsabilidade social parece indicar que há ganhos tangíveis para as empresas, sob a forma de fatores que agregam valor, reduzem custos e trazem aumento de competitividade, como melhoria da imagem institucional, criação de um ambiente interno e externo favorável, estímulos adicionais para melhoria e inovações nos processos de produção, incremento na demanda por produtos, serviços e marcas, ganhos de participação de mercados e diminuição de instabilidade institucional e política locais, entre outros, como bem afirma o estudo da AS/Geset, do BNDES.
62
No que diz respeito aos reflexos da responsabilidade nas estratégias
empresariais, Hodges (2004, p. 56), ao associar a responsabilidade social à
oportunidade social, conclui que as mesmas forças que vêm elevando as
expectativas dos stakeholders quanto ao comportamento social, ético e ambiental de
empresas também estão abrindo oportunidades para estratégias de negócios que
promovem objetivos comerciais, e que a Responsabilidade Social Empresarial –
RSE abrirá então as portas para muito além da filantropia empresarial, mobilizando
recursos e competências antes inacessíveis à comunidade, podendo colocar em
ação o empreendedorismo e a criatividade que definem uma empresa de sucesso e,
ao mesmo tempo, ajudar a encontrar soluções sustentáveis para as necessidades
da comunidade.
Observase o crescimento de organizações que buscam promover a
responsabilidade social empresarial e, como conseqüência, aproximam os
stakeholders das suas respectivas entidades, como o Instituto Brasileiro de Análises
Sociais e Econômicas (www.ibase.org.br), o Instituto Ethos (www.ethos.org.br), a
Fundação Abring (www.org.br) e o Institute of Social and Ethical Accountability (
www.accountability.org.uk), este, uma organização internacional imbuída em
aumentar o desempenho das organizações e desenvolver competências de
responsabilidades éticosociais para o desenvolvimento sustentável.
63
3. A RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
Através dos planos de desenvolvimento institucional, dos projetos pedagógicos
institucionais, dos projetos pedagógicos dos cursos, dos planos de ensino das
disciplinas, das atividades de pesquisa e extensão e dos demais instrumentos e
atividades de apoio ao ensino em geral, as instituições de ensino têm em suas
mãos, talvez, o maior poder de conscientização para com a importância das ações
de responsabilidade social. Além disto, diversas atividades de responsabilidade
social podem ser desenvolvidas concomitante e complementarmente às atividades
de ensino, pesquisa e extensão.
Quanto aos recursos humanos, as instituições que possuem cursos de
fisioterapia e/ou educação física, por exemplo, podem proporcionar aos seus
funcionários, através dos alunos e professores de tais cursos, atividades como
ginástica laboral, exercícios físicos orientados, alongamentos, educação postural,
dentre outras.
Outro exemplo são as instituições que possuem cursos de Ciências Biológicas
e/ou Administração de Empresas, que podem desenvolver com apoio de alunos e
professores várias atividades relacionadas à recuperação, conservação e
preservação do meio ambiente, coleta seletiva de lixo, sistemas de gestão
ambiental, dentre outras.
Quanto aos benefícios e contribuições à sociedade em geral, as mais diversas
modalidades de atividades podem ser desenvolvidas aproveitando a disponibilidade
e energia dos alunos e o apoio dos professores, por exemplo: levantamentos sócio
econômicos, projetos de inclusão social, alfabetização, campanhas de
conscientização, etc.
Já o valor adicionado, de importância social incontestável através da
remuneração de recursos humanos, de terceiros e recolhimento de impostos, não é,
normalmente, composto por atividades desenvolvidas de forma voluntária. Os gastos
64
com pessoal, por exemplo, normalmente representam mais de 50% do faturamento
das instituições de ensino superior; entretanto, nenhuma instituição contrata pessoas
simplesmente para aumentar o valor adicionado. Da mesma forma, os demais itens
que compõem tradicionalmente o valor adicionado, como impostos e remuneração a
terceiros, não serão aumentados voluntariamente; pelo contrário, o que as entidades
normalmente buscam é a redução destes custos. Este é o motivo pelo qual, na
pesquisa junto aos stakeholders que será apresentada no próximo capítulo, não foi
incluído o valor adicionado.
Por outro lado, vale analisar a questão das bolsas de estudos para pessoas
carentes, que algumas instituições de ensino superior estão classificando como
distribuição do valor adicionado. Estas, sim, são voluntárias e representam ganho
social. Esta questão será apresentada e comentada no capítulo 5 deste trabalho.
3.1 O UNIARAXÁ e as Ações de Responsabilidade Social
3.2 O UNIARAXÁ – Breve Histórico
No final da década de 60, vários produtores rurais, profissionais liberais e
autoridades constituídas tiveram a idéia de criar uma Instituição de Ensino Superior
em Araxá, cidade com 78.997 pessoas residentes, segundo o censo do IBGE de
2000, situada na região do Alto Paranaíba, interior do estado de Minas Gerais, a 365
Km de Belo Horizonte e 540 de São Paulo. Em 1972 foi criada a Fundação Cultural
de Araxá, que teve sua autorização de funcionamento concedida pelo Decreto
Presidencial nº. 72.688, de 24/08/73. Estavam assim autorizados os Cursos de
Letras, Pedagogia e Estudos Sociais. Durante os anos 70 e 80 a Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Araxá FAFI, como ficou conhecida, graduou
professores, legalmente habilitandoos para o exercício do magistério. As amplas
transformações ocorridas no final da década de 80, e o término dos embargos do
governo federal à abertura de novos cursos superiores, levaram a novas conquistas
e investimentos, originandose o curso de Matemática, a Faculdade de Ciências
Gerenciais do Alto Paranaíba – FACIGE, iniciando com o curso de Bacharelado em
Ciências Contábeis, a Faculdade de Direito do Alto Paranaíba – FADI com o curso
de Bacharelado em Direito; constituindo assim as Faculdades Integradas do Alto
Paranaíba FIAP. Em 2000, ocorreu a criação da Faculdade de Ciências da Saúde
65
FACISA, iniciando com o Curso de Ciências Biológicas. Em 14/05/2002, por ato do
Governador de Minas Gerais, através do Decreto nº. 42.583, as Faculdades
Integradas foram transformadas em Centro Universitário do Planalto de Araxá –
UNIARAXÁ, que passou a oferecer, também, os cursos de Normal Superior,
Administração, Sistemas de Informação, Turismo, Gestão de Agronegócios,
Enfermagem, Fisioterapia e Educação Física, além de diversos cursos de pós
graduação latosensu.
3.2.1 Gestores Institucionais
3.2.1.1 Da Mantenedora: Fundação Cultural de Araxá
Presidente do Conselho Diretor: Luiz Alberto Balieiro – Empresário, Engenheiro e
Administrador de Empresas.
Conselheiros: Benedito Gonzaga Teixeira, José Cincinato de Ávila, Leandro Pereira
dos Santos, Lídia Maria de Oliveira Jordão Rocha da Cunha, Marlene Borges
Pereira e Olavo de Carvalho Júnior.
Diretor Executivo: Amandio José Soares Bastos – Contador
3.2.1.2 Da Mantida: Centro Universitário do Planalto de Araxá
Reitora – Maria Auxiliadora Ribeiro – Especialista
ViceReitor – Venâncio Ferreira – Especialista
PróReitor de Ensino, Pesquisa e Extensão – Erli dos Santos – Mestre
PróReitor de Planejamento, Administração e Finanças – Válter Gomes – Mestrando
Diretora do Instituto Superior de Educação – Maria Magdalena de Castro Oliveira –
Especialista
Diretor do Instituto de Ciências Exatas e Humanas – Nilson Vieira de Carvalho –
Mestre
Diretora do Instituto de Ciências da Saúde – Adenilda Cristina Honório França –
Doutora
66
Coordenadora dos Cursos de PósGraduação – Maria Lúcia Franco Idaló – Mestre
Coordenadora do Setor de Extensão – Lázara do Rosário Carneiro – Especialista
Coordenador do Setor de Pesquisa – Eduardo Luzia França – Doutor
Coordenadora do Curso de História – Azilmar Borges da Silva Martins – Especialista
Coordenadora do Curso de Letras – Luíza Elena de Castro Rios – Mestre
Coordenador do Curso de Matemática – Carlos Antônio da Silva – Mestre
Coordenadora dos Cursos Normal Superior e Pedagogia – Elisa Antônia Ribeiro –
Mestre
Coordenadora do Curso de Administração – Giulianna Fardini – Mestre
Coordenador do Curso de Ciências Contábeis – Naldo Ferreira Alves – Mestre
Coordenador do Curso de Direito – Nilson Vieira de Carvalho – Mestre
Coordenador do Curso de Gestão em Agronegócios – Carlos Manoel de Oliveira
Mestre
Coordenador do Curso de Sistemas de Informação – Jorge Luiz Takarashi Hattori –
Mestre
Coordenadora do Curso de Turismo: Alessandra Burguer de Aguiar Mestranda
Coordenadora do Curso de Ciências Biológicas – Adenilda Cristina Honório França –
Doutora
Coordenador do Curso de Educação Física – Sérgio Cardoso Barcelos – Mestrando
Coordenadora do Curso de Enfermagem – Elizabeth Barrichello – Mestre
Coordenador do Curso de Fisioterapia – Fabrício Borges de Oliveira – Mestre
3.2.2 Avaliações Externas
Alguns cursos novos ainda não passaram por nenhum tipo de avaliação
externa, é o caso de Gestão de Agronegócios, Turismo, Enfermagem e Fisioterapia.
Os cursos que passaram pelo processo de reconhecimento ou renovação de
reconhecimento, onde se avaliam as condições de oferta, obtiveram na última
avaliação os conceitos: “A” para os cursos de Letras, Normal Superior,
67
Administração, Ciências Contábeis, Direito, Ciências Biológicas, Educação Física e
Sistemas de Informação e “B” para os cursos de História, Matemática e Pedagogia.
Os cursos que passaram pelo Exame Nacional de Cursos – Provão, obtiveram na
última avaliação os conceitos: “A” para o Curso de Ciências Contábeis, “B” para o
Curso de Letras e “C” para os Cursos de História, Matemática, Pedagogia e Direito.
Observase que nenhum curso obteve, no último Exame Nacional de Cursos, os
conceitos “D” ou “E”, que, se repetidos, seriam motivos para descredenciamento.
3.2.3 Avaliações Institucionais Internas
O Centro Universitário do Planalto de Araxá – UNIARAXÁ possui 2 (dois)
programas que têm como meta avaliar, acompanhar e redirecionar as atividades,
visando a garantir o alcance dos objetivos institucionais, o Programa de Avaliação
Continuada – PAC e o Controle de Qualidade da Graduação.
3.2.3.1 Programa de Avaliação Continuada PAC
Este programa objetiva acompanhar, permanentemente, a qualidade dos
serviços prestados pela Instituição, através de uma avaliação semestral, onde
professores e alunos avaliam a si próprios, o desenvolvimento das disciplinas e o
desempenho dos demais setores institucionais. Os resultados da avaliação são
divulgados e os problemas detectados são corrigidos.
3.2.3.2 Controle de Qualidade da Graduação
A Avaliação de Controle de Qualidade dos Cursos do UNIARAXÁ objetiva o
acompanhamento e verificação permanente da qualidade de ensino da Instituição.
São aplicadas provas multidisciplinares sobre os conteúdos ministrados, até o
momento então presente, a todos os alunos da graduação, no mesmo dia e horário,
respeitados os turnos em que se encontram. A avaliação consta do calendário
escolar da instituição configurando uma atividade de ensino. Os resultados permitem
traçar um paralelo com os resultados obtidos nas avaliações regulares feitas por
cada professor.
68
3.2.4 Ações de Responsabilidade Social Desenvolvidas no UNIARAXÁ
O UNIARAXÁ executa diversas ações de responsabilidade social
relacionadas a recursos humanos, meio ambiente e benefícios e contribuições à
comunidade. Relacionamse a seguir, separados em respectivos grupos, ações e
projetos desenvolvidos no ano de 2004.
3.2.4.1 Recursos Humanos
O UNIARAXÁ empenhase na busca de melhores investimentos em qualidade
de vida, educação e saúde para os funcionários. Relação de benefícios:
Ø Oferece aulas de Yoga e Hidroterapia
Ø Mantém convênios com UNIMED e farmácia
Ø Valoriza o desenvolvimento e atualização profissional de seus
professores/funcionários
Ø Destina verbas orçamentárias para participação de professores e
funcionários em palestras, seminários, cursos e congressos
Ø Concede bolsas de pósgraduação, principalmente mestrado, para
professores
Ø Possui política de apoio ao colaborador que se interessa em cursar
graduação e pósgraduação na própria instituição
Ø Destina bolsas de estudos para dependentes de funcionários
Ø Garante valetransporte para funcionários que utilizam transporte coletivo
Ø Promove comemorações de momentos especiais, como: aniversários do
mês, dia do professor, Natal e outros
3.2.4.2 Meio Ambiente
Relacionadas ao meio ambiente, as principais atividades desenvolvidas são:
Ø Semana do Meio Ambiente
Ø Projeto Cuidar
69
Ø Coleta Seletiva de Lixo (iniciada no ano de 2005)
Ø Diversos projetos de pesquisa voltados para o meioambiente
3.2.4.3 Benefícios e Contribuições à Sociedade
Diversos projetos sociais são desenvolvidos nos três institutos e nos setores
institucionais:
Ø Festival de Xadrez
Ø Na Escola Todo Mundo Brinca se Você Brinca
Ø Alfabetização: Primeiro Passo Para a Cidadania
Ø Encontro de Brincantes do UNIARAXÁ
Ø Encontro de Egressos
Ø Jornada de Educação
Ø Jogos Matemáticos na Educação Infantil
Ø O Jogo de xadrez como recurso pedagógico
Ø Oficina ética e valores humanos
Ø Cidadania em ação: alfabetização de jovens e adultos
Ø Educação e Saúde – Problemas em Saúde Pública
Ø Projeto Cientista Mirim
Ø Clínica de Arbitragem de Futsal
Ø Painel de Dança
Ø JUNIARAXÁ – Jogos Universitários do UNIARAXÁ
Ø Escolinha de Handebol
Ø Iniciação Esportiva Universal
Ø Atendimento à Pessoa Portadora de Deficiência
Ø Curso de Capacitação de Arbitragem de Handebol
Ø Enfermagem do UNIARAXÁ em Ação na Saúde Pública de Araxá
Ø Educarse: orientações posturais para crianças e adolescentes
70
Ø Trilha Ecológica do UNIARAXÁ
Ø Festival prémirim de futsal do UNIARAXÁ
Ø Goalboll para deficientes visuais
Ø Esporte Universal
Ø Escolinhas de esporte infantojuvenil
Ø Escolinha de ginástica olímpica
Ø Projeto “Se essa rua fosse minha...”
Ø Projeto UNIART
Ø Projeto Social Uma Lição de Cidadania
Ø Assistência Judiciária Gratuita
Ø Projeto Estatuto do Idoso
Ø Planejamento familiar em cenário recessivo e globalizado
Ø Informações e orientações jurídicas – TV e rádio
Ø Exercício da cidadania: cartilha do eleitor
Ø Conhecendo as funções essenciais à justiça
Ø Aplicação da informática como ferramenta de apoio para o ensino
fundamental e médio
Ø Encontro regional do UNIARAXÁ de cultura e turismo
Ø Projeto banco de dados
Ø Assessoria e consultoria a entidades
Ø Visão Cidadã
Ø Embarque nas Letras
Ø Encontro do Proler
Ø Oficina Braille
Ø UNI SÊNIOR – terceira idade
Ø Centro de Apoio e Desenvolvimento Humano
71
Ø Malhação cerebral
Ø Novos Caminhos... Além das Salas de Aula
Ø Coral, Banda Rítmica e Dança
Ø Escola de todos
Ø Projeto Memória 2004 – Oswaldo Cruz, o médico do Brasil
Ø Grupo de Seresta e Chorinho do UNIARAXÁ
Ø Festival de Cultura Popular – SESC/UNIARAXÁ
Ø Jornada Científico Cultural do UNIARAXÁ
Ø Semana de Ciência e Tecnologia
Ø Política de Apoio ao Estudante:
§ Financiamento estudantil – Fies. O UNIARAXÁ entra com a
operacionalização, o financiamento é feito pelo governo federal e é
descontando no recolhimento dos INSSs
§ Bolsa de estágio remunerado
§ Programa de fomento ao estágio remunerado
§ Bolsa de estudos para alunos carentes
§ Renegociação de dívidas
§ Desconto para famílias com mais de um estudante no UNIARAXÁ
3.3 Ações de Responsabilidade Social Desenvolvidas por Outras Instituições
de Ensino Superior
Com o objetivo de levantar as ações de responsabilidade social que estão
sendo desenvolvidas pelas instituições de ensino superior, foram analisados, além
do Balanço Social do Centro Universitário do Planalto de Araxá – UNIARAXÁ, os
Balanços disponíveis nos sites das seguintes instituições de ensino superior:
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUCRIO, Universidade da
Região de Joinville – UNIVILLE, Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC,
Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL, Universidade Federal de Mato
Grosso UFMT, Universidade Mackenzie e Universidade Metodista de São Paulo, e
também os Balanços Sociais impressos das seguintes instituições: Universidade
72
Comunitária Regional de Chapecó UNOCHAPECÓ, Universidade de Cuiabá
UNIC, Universidade de Uberaba UNIUBE e Universidade do Vale do Rio dos Sinos
– UNISINOS.
Tal levantamento teve como foco as ações de responsabilidade social,
objetos da pesquisa deste trabalho junto aos stakeholders, que estão sendo
desenvolvidas e publicadas por tais instituições e que são classificáveis em uma das
seguintes vertentes do Balanço Social: Recursos Humanos, Meio Ambiente e
Benefícios e Contribuições à Sociedade em Geral.
3.3.1 Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL
A Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL (2004)
elaborou o seu Balanço Social de 2002/2003 destacando suas atividades de
responsabilidade social, separadas em grupos, das quais se relacionam as
principais, a seguir:
Ø Foco no Aluno
§ Bolsas de Pesquisa
§ Bolsa Esporte
§ Estágios Internos Remunerados
§ Renegociações de Débitos
§ Descontos em Transportes
§ Bolsas Artigo 170
Ø Programas de alfabetização
§ Alfabetização de Jovens e Adultos
§ Alfabetização Solidária
§ Ensino a Distância: alfabetização solidária
Ø Saúde Coletiva
§ Laboratório de Análises Clínicas
§ Farmácia Escola
§ Serviço de Assistência Integrada à Saúde
§ Serviço de Psicologia
§ Projeto Grupo de Hipertensão e Controle
73
§ A Fisioterapia Como Instrumento de Aproximação de Profissionais da
Saúde e Comunidade
§ Assessoria em Psicologia Educacional
§ Centro de Práticas Naturais de Extensão
§ Clínica Odontológica
§ Clínica de Fisioterapia
Ø Inclusão Social
§ Casa da Cidadania
§ Escritório Modelo de Direito
§ Amigos da Saúde Mental
§ Inclusão Digital
§ Programa de Responsabilidade Social – estágio do curso de serviço
social
§ Universidade da Experiência – terceira idade
Ø Ação na Comunidade
§ Programa de Voluntariado
§ Projeto PróSerra
§ Projeto Bem Viver – UNIGAM
§ Centro de Treinamento de Recursos Humanos
§ Programa SócioEducativo de Desenvolvimento Comunitário
§ Projeto Floresce Tubarão – educação ambiental
§ Projeto Plantas Medicinais
Ø A Cultura e o Esporte com Foco no Social
§ Esporte Unisul
§ Uniluz
§ Uniartes
§ Museu Universitário
§ Amor em Canção
§ Cantarte
§ Espaço Integrado de Artes
§ Unidança
Ø Pensando no Futuro
§ Laboratório de Ciências Marinhas
74
§ Núcleo de Pesquisa em Educação Ambiental
§ Grupo de Gestão e Pesquisa em Recursos Hídricos
§ Monitoramento Ambiental de Laguna
§ Projeto Baleia Franca
Ø Participação em Programas e Projetos Regionais
§ Programa Unisul de Empreendedorismo
§ Curso de Desenvolvimento Regional e Empreendedorismo
§ Projeto Araranguá
§ Turismo Rural
§ Levantamento Agropecuário do Estado de Santa Catarina
§ Projeto Carboníferas
§ Diagnóstico Tecnológico Regional
§ Núcleo de Educação Para o Trânsito
§ LojaEscola de Materiais de Construção
Além da disponibilidade de informação sobre estas atividades, a Universidade
do Sul de Santa Catarina elaborou o Balanço Social no modelo proposto pelo IBASE
para instituições de ensino, onde foram resumidos e agrupados os valores,
quantidades, percentuais e outras informações relativas às atividades de
responsabilidade social nos anos de 2002/2003.
3.3.2 Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUCRIO
A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro [2004?] divulgou no seu
site, de forma resumida, as suas “realizações mais significativas”: orientação
psicológica, jurídica e educacional; assistência médica e odontológica; assessoria a
associações de moradores e a cooperativa de produção (catadores); alfabetização e
educação de adultos; educação ambiental e manifestações de caráter artístico. Os
projetos foram separados em grupos:
Ø Ações na Área de Cultura
§ Solar Grandjean de Montigny
§ Divisão de Bibliotecas e Documentação
§ Centro Loyola de Fé e Cultura
§ Centro Pastoral Anchieta
75
§ Coordenação de Atividades Comunitárias e Culturais
Ø Programa de Conscientização Ecológica e Meio Ambiente
§ Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente
Ø Área da Saúde
§ Serviço de Psicologia Aplicada
§ Escola Médica de PósGraduação
Ø Programas de Bolsas de Auxílio
Ø Atendimento à Comunidade Carente
§ UNICOM
§ Laboratório Oficina de Treinamento e Desenvolvimento de Protótipos
§ Raízes Comunitárias
§ Núcleo de Práticas Jurídicas
§ Núcleos de Estudos e Ações Sobre o Menor
§ Projeto de Iniciação Universitária do Ensino Secundário
§ Núcleo de Estudos de Exclusão Social
§ Coordenação de Educação Física e Esportes
§ Núcleo de Orientação e Aconselhamento Pedagógico
§ Instituto de Odontologia
Ø Recursos Humanos – aprimoramento das competências técnicas e
humanas do corpo funcional
Ø Instituto Gênesis
Ø Mostra PUC
Ø Associação dos Antigos Alunos
3.3.3 Universidade Comunitária Regional de Chapecó UNOCHAPECÓ
A Universidade Comunitária Regional de Chapecó (2005) apresentou no seu
Balanço Social de 2004 as seguintes ações:
Ø Recursos Humanos:
§ Qualificação Profissional
76
§ Promoção da Saúde e Qualidade de Vida: Plano de Saúde, Seguro de
Vida, Atendimento Ambulatorial, Atividades Físicas, Ginástica Laboral,
Convênios e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
§ Confraternização Olímpica
§ Semana Interna de Prevenção de Acidentes
Ø Grupos de Pesquisa
Ø Programa Atenção ao Universitário
§ Bolsas de Estudo
§ Serviços Voluntários
§ ProntoSaúde
§ Integração de Estágios
§ Atendimento ao Estudante
Ø Programa Ação e Cidadania
§ Extensão Comunitária em Serviço Social
§ Capacitação de Lideranças Comunitárias do Lageado São José
§ Trabalho Doméstico, Gênero e Cidadania
§ Projeto de Extensão Comunitária Jurídica
§ Capacitação de Líderes Comunitários e Sindicais
§ Apoio ao Movimento Organizativo do Grupo de Jovens da Nova
Geração Sul da Região de Marechal Bormann
§ Cadastro dos Catadores de Material Reciclável do Município de
Chapecó
§ Ações de Inclusão Social do Núcleo Local da Unitrabalho
§ Vidança
§ Enfermagem – Educando para a Saúde
Ø Centro de Atendimento à Comunidade
§ Escritório Sócio Jurídico
§ ClínicaEscola
§ Intervenção Precoce
§ Apoio Psicológico aos Usuários do Escritório SócioJurídico
§ Unocidadania
Ø Programa de Educação Ambiental e Melhoria da Qualidade de Vida
77
§ Feira de Produtos Agroecológicos e Coloniais
§ Papel – Apoio a Processos Participativos de Desenvolvimento Local
§ Viveiro Florestal Universitário
§ Eva – Estágio de Vivências
Ø Programa um Sorriso Para a Vida
§ Projeto Brincar
§ Histórias no Hospital
Ø Programa de Apoio a Ações Comunitárias
§ Esporte e Emancipação
§ Dançando com a Diversidade
§ Unovida
§ Atividade Física e Terceira Idade
§ Educação Física e a Equoterapia
§ Esporte Adaptado
§ Resgate Cultural do Homem do Campo
§ ITCP – Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares
§ Educação Constituindo Identidades Coletivas
§ Inclusão Digital
§ Curso de Realidade Brasileira
§ Educação Econômica
§ PPEL – Participação Popular no Espaço de Poder Local
Ø Programa Vivências na Universidade
§ Ginástica Laboral
§ Ginástica Aerolocal
§ Dança de Salão
§ Grupo Universitário de Dança
§ Caminhada Orientada
§ Vivências Esportivas na Universidade
Ø Outros Projetos de Extensão
§ Estudos e Assessoria em Educação
§ Incubadora Tecnológica da Unochapecó
§ Literatório
§ Serviços Técnicos de Engenharia
78
§ CCA Cultural
§ Café Filosófico
§ JUIC’S – Jogos Universitários Intercursos
§ Olimpíada de Matemática
§ Colcha de Retalhos
Ø Demais Atividades
§ Farmáciaescola
§ CEOM – Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina
§ Editora e Livraria Argos
§ GTEU – Grupo de Teatro Expressão Universitária
§ Coral Universitário
§ Coleta Seletiva de Lixo
§ Trote da Cidadania
Ø Inserção Regional
§ Estação Piscicultura
§ Viveiro de Mudas Árvores Nativas
§ Granja AgroEcológica na Linha Moraes
§ Elaboração de Produtos para Feira Agroecológica
§ Educação Ambiental
3.3.4 Universidade da Região de Joinville UNIVILLE
A Universidade da Região de Joinville (2005) elaborou o seu Balanço Social
2002/2003 a partir do modelo proposto pelo IBASE para instituições de ensino,
fundações e organizações sociais, e foram destacadas as seguintes ações de
responsabilidade social:
Ø Bolsas de Estudo, Extensão e Iniciação Científica e Pesquisa
Ø Indicadores Sociais Internos: Alimentação, Educação, Capacitação e
Desenvolvimento Profissional, Creche ou AuxílioCreche, Saúde,
Segurança e Medicina no Trabalho, Transporte e Bolsas/Estágio
Ø Projetos, Ações e Contribuições Para a Sociedade
§ Assistência Jurídica
79
§ Clínicas Odontológicas
3.3.5 Universidade de Cuiabá UNIC
A Universidade de Cuiabá (2004) apresentou no seu Balanço Social de 2003
as seguintes ações:
Ø Atendimento ao Aluno Carente – bolsas de estudo
Ø Doações a Entidades Filantrópicas
Ø Assistência Social
§ Odontologia
§ Bebêclínica
§ Análises clínicas
§ Farmáciaescola
§ Fisioterapia
§ Psicologia
§ Assistência jurídica
Ø Atendimento à Comunidade Interna
§ Capacitação do Corpo Docente
§ Capacitação do Corpo Técnico Administrativo
Ø Projeto Alfa – Alfabetização e Aceleração da Aprendizagem de Jovens e
Adultos
3.3.6 Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC
A Universidade de Santa Cruz do Sul (2004) elaborou o seu Balanço Social
2002/2003 a partir do modelo proposto pelo IBASE para instituições de ensino,
fundações e organizações sociais, e foram destacadas as seguintes ações de
responsabilidade social:
Ø Bolsas de Estudo, Extensão e Iniciação Científica e Pesquisa
Ø Indicadores Sociais Internos: Alimentação, Educação, Capacitação e
Desenvolvimento Profissional, Creche ou AuxílioCreche, Saúde,
Segurança e Medicina no Trabalho, Transporte e Bolsas/Estágio
80
Ø Projetos, Ações e Contribuições Para a Sociedade
§ Programas e Projetos de Extensão: Saúde, Educação, Políticas e
Direitos Sociais, Desenvolvimento Tecnológico e Ambiental, e
Diversificação Econômica
§ Projetos de Pesquisa: Saúde, Educação, Políticas e Direitos Sociais,
Desenvolvimento Tecnológico e Ambiental e Diversificação Econômica
§ Outras Ações Sociais: Assistência Jurídica, Saúde, Desenvolvimento
Social, Arte e Cultura e Meio Ambiente
3.3.7 Universidade de Uberaba UNIUBE
A Universidade de Uberaba (2005) divulgou, juntamente com o Balanço
Patrimonial, Demonstração das Receitas e Despesas, Demonstração das Mutações
do Patrimônio Social, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos,
Demonstração do Valor Adicionado e o Balanço Social 2003/2004. No Balanço
Social 2003/2004 foram destacadas as seguintes ações de responsabilidade social:
Ø Indicadores Sociais Internos
§ Alimentação
§ Encargos Sociais Compulsórios
§ Saúde, Segurança e Medicina do Trabalho
§ Educação
§ Capacitação e Desenvolvimento Profissional
§ Transporte
Ø Indicadores Sociais Externos Assistência Social
§ Bolsas de Estudo Concedidas
§ Hospital Universitário
§ Clinica de Odontologia
§ Unidade Básica de Saúde
§ Assistência Jurídica
§ Laboratório de Análises Clínicas
§ Clínica de Fisioterapia
§ Clínica de Psicologia
§ Colégio Ricardo Misson
81
§ Clínica de Fonoaudiologia
§ Atividades Sociais Extramuro
§ Clínica de Pedagogia Especial
§ Clínica de Terapia Ocupacional
§ Clínica de Nutrição
§ Clínica de Serviço Social
§ Projetos de Assistência Social
3.3.8 Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS
A Universidade do Vale dos Sinos (2005) elaborou e divulgou o seu Balanço
Social 2004, onde foram destacadas as seguintes ações divididas em grupos:
Ø Unicidade
Ø Vida ao Trabalho
§ Comunicação e Expressão
§ Invista em seu Trave$$eiro
§ Eneagrama
§ Grupo de Gestantes
§ Projeto Alerta
§ Ginástica Laboral
§ Doação de Sangue
§ Sistema de Gestão Ergonômica
§ Vida Livre
Ø Assistência Médica
Ø Segurança no Trabalho
Ø Oportunidade de Formação Cidadã
§ Necessidades Especiais
§ Ações Sociais
§ InfraEstrutura de Convivência
§ Entrada no Mercado (Central de Estágios e Empresa Júnior)
Ø Bolsas de Estudo
Ø Saúde
82
§ Plantas Medicinais
§ Programa de Unidades Móveis de Saúde Coletiva
§ Programa Interdisciplinar de Promoção e Atenção à Saúde
§ Fome Zero
§ Parceria com o Banco de Alimentos da Fiergs
Ø Educação de Crianças e Jovens
§ Sapecca Serviço de Atenção, Pesquisa e Estudos com Crianças e
Adolescentes
§ PEI – Programa de Escolinhas Integradas
§ A Juventude e Suas Interfaces no Cenário LatinoAmericano
§ Siapea – Serviço Interdisciplinar de Atendimento e Pesquisa em Ensino
e Aprendizagem
§ Programa de Integração
§ Portal Rede Criança
Ø Religiões
§ Grupo Gdirc – Gestando o Diálogo InterReligioso e o Ecumenismo
Ø Trabalho
§ Ofisinos – Orientação Empresarial à Comunidade de Baixa Renda
§ Nept – Núcleo de Excelência em Psicologia do Trabalho
§ EuCidadão – Inclusão Digital
§ Núcleo Local da Unitrabalho
§ Educação Básica de Jovens e Adultos
§ Novas Tecnologias Sociais Para Empreendimentos Solidários
Ø Direto
§ Núcleo de Práticas Jurídicas
Ø Organizações Comunitárias
§ Serviço Social
§ Ação Social na Zona Sul de São Leopoldo
Ø Envelhecimento Humano
§ Nutti – Núcleo Temático da Terceira Idade
Ø Sistema de Gestão Ambiental
83
Ø Integração e Arte na Universidade
§ Momentos Especiais – programação artística
§ Desporto e Lazer
Ao final, no item denominado “Indicadores”, a Universidade Vale do Rio dos
Sinos usou o modelo de Balanço Social proposto pelo IBASE para instituições de
ensino, onde foram resumidos e agrupados os valores, quantidades, percentuais e
outras informações relativas às atividades de responsabilidade social no ano de
2004.
3.3.9 Universidade Federal de Mato Grosso UFMT
A universidade Federal de Mato Grosso [2004?] divulgou através do seu site
diversos arquivos com o título de “Balanço Social – gestão 20002003”. Tais
arquivos, na verdade, divulgam o relatório de atividades da gestão “novembro de
2000 a dezembro de 2003”, onde são encontradas informações a respeito das mais
diversas atividades realizadas, como por exemplo: formas de acesso, agilidade na
entrega de diplomas, dinamização do atendimento, galeria de exreitores, relações
internacionais, fazenda experimental, obras e realizações, evolução da frota de
veículos, dentre várias outras. As informações disponibilizadas, em sua maioria, não
são caracterizadas como de responsabilidade social, dentro do foco deste trabalho.
Relacionamse a seguir algumas das atividades divulgadas que podem ser
classificadas em uma das vertentes do Balanço Social em estudo:
Ø Movimento Sociedade Abraça a Universidade
Ø Criação do Fórum de Interlocução com a Sociedade – Vez e Voz
Ø Parceria com o Instituto Novo Horizonte Para Realização de Cursos de
Línguas Estrangeiras e Informática
Ø Parceira com o Governo do Estado por Meio da Secretaria de Estado de
Trabalho e Cidadania
Ø Projetos Construídos com o Movimento de Trabalhadores Sem Terra –
Curso de Formação de Lideranças
Ø Democratização e Humanização do Ambiente do Restaurante Universitário
Através da Realização de Programas Culturais
84
Ø Projeto Brotos do Cerrado – Curso PósMédio Para Estudantes
Exclusivamente de Escolas Públicas
Ø Incentivo à Criação da Associação de ExAlunos da UFMT
Ø Suporte Acadêmico a Estudantes da UFMT
§ Participação em Eventos Científicos
§ Concessão de Bolsas
§ Estágios Curriculares Não Obrigatórios
§ Espaço de Alimentação e Convivência
§ Ambiência no Restaurante Universitário – transformação em espaço
sóciocultural
Ø Projeto de Olho no Futuro – Qualificação Profissional com Vistas a
Inclusão Social
Ø Programa Qualificar
Ø Hospital Universitário Júlio Muller
Ø Zoológico
Ø Garantia de Acesso à Informação
Ø Humanização do Ambiente
Ø Transparência na Gestão de Recursos
Ø Racionalização do Uso de Recursos Públicos
Ø Cultura – Integração e Interação Comunidade
3.3.10 Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Mackenzie (2004) divulgou o seu Balanço Social destacando
as seguintes atividades:
Ø Educação Básica
Ø Recursos Humanos
Ø Voluntariado Corporativo
Ø Trilha Brasil
85
Ø Top Social
Ø Criar & Tocar
Ø Marketing Best
Ø Criança Sorriso
Ø Cidadania Digital
Ø Cestas Básicas
Ø A Tecnologia Solidária
Ø Projeto João Dourado
Ø Cooper Rua Recicla
Ø TV Digital Escola Interativa
Ø Teia do Saber
Ø Desenvolvimento com Justiça Social
Ø Eventos Solidários
Ø Promoção do Terceiro Setor
Ø Trote Solidário
3.3.11 Universidade Metodista de São Paulo
A Universidade Metodista de São Paulo (2004) publicou o seu Balanço Social
2003, no seu site, onde procura relatar as atividades de cunho social separadas em
grupos, como:
Ø Educação
Ø Esporte
Ø Saúde
Ø Filantropia
Ø Bolsas de estudo
Ø Atendimentos nas clínicas
86
3.3.12 Considerações Sobre as Ações de Responsabilidade Social
Desenvolvidas e Divulgadas Pelas Instituições de Ensino Superior
Observase grande número de ações de responsabilidade social sendo
desenvolvidas e divulgadas pelas instituições de ensino superior analisadas. Muitas
delas podem acontecer naturalmente no diaadia de tais instituições, outras são
desenvolvidas com o fim explícito de contribuir para a melhoria das condições de
vida das pessoas em geral.
Algumas instituições apresentaram detalhes sobre atividades rotineiras de
uma instituição de ensino sob o título de balanço social; tais informações não foram
consideradas. A educação e a formação de profissionais são atividades de cunho
social, mas o que está sendo tratado neste trabalho são as demais atividades de
cunho social, principalmente as voluntárias, caracterizadas nas vertentes do Balanço
Social, em estudo.
3.4 Principais Ações de Responsabilidade Social Possíveis de Ser
Executadas Pelas Instituições de Ensino Superior
Hoje a responsabilidade social está diretamente relacionada à qualidade dos
bens e serviços oferecidos. Carroll e Buchholtz (2000, p. 331, tradução nossa)
afirmam que o maior desafio para as instituições está na identificação e
entendimento das diferentes dimensões de qualidade. Hoje, qualidade requer, por
exemplo, desenvolvimento, confiabilidade, durabilidade e conformidade. Porém,
além de oferecer produtos e serviços com qualidade, as Instituições de Ensino
Superior podem executar diversas outras ações de responsabilidade social.
A seguir estão relacionadas diversas ações de responsabilidade social
possíveis de serem desenvolvidas pelas instituições de ensino superior. Esta relação
foi utilizada, inclusive, para elaboração do questionário de pesquisa que será
apresentado no capítulo 4. Tais ações foram levantadas com base na bibliografia
consultada e em análise de balanços sociais das instituições, conforme apresentado
na primeira parte deste capítulo, e foram agrupadas conforme as vertentes do
Balanço Social em: (1) relativas aos recursos humanos; (2) relativas ao meio
ambiente; (3) relativas aos benefícios e contribuições à sociedade.
87
3.4.1 Relativas aos Recursos Humanos
Em relação aos recursos humanos, evidentemente, todas as ações estão
voltadas para os colaboradores da instituição de ensino, como gestores, funcionários
administrativos próprios e terceirizados, professores e estagiários. Tratase de
atividades desenvolvidas por e para os funcionários, que trazem retorno para os
próprios funcionários e para as entidades. Destacamse a seguir, algumas ações
relativas aos recursos humanos, levantadas com base na bibliografia referenciada
nos capítulos 1 e 2 e na análise demonstrada no início deste capítulo:
Ø Auxílio creche
O auxílio creche é utilizado em organizações que possuem grande quantidade
de colaboradores do sexo feminino, principalmente nas organizações localizadas
longe das cidades e/ou que contratam funcionárias que residem longe do local de
trabalho. Tal auxílio acaba sendo também um benefício direto para a própria
organização, uma vez que os filhos estando por perto, e principalmente podendo ser
amamentados, faz com que as funcionárias fiquem mais tranqüilas e produzam mais
durante a jornada de trabalho.
Ø Bolsas de estudo, treinamentos e oportunidades de crescimento
Estudar, treinar, capacitar, promover o crescimento das pessoas são
propósitos inerentes às atividades de ensino. Teoricamente todas as instituições de
ensino superior deveriam conter bons programas de capacitação e educação
continuada, mas na prática isto nem sempre ocorre.
Ø Esporte, lazer e cultura
Possibilitar o uso das instalações e promover atividades de esporte e lazer
para os colaboradores normalmente são ações de baixo custo para as instituições
de ensino, principalmente quando possuem infraestrutura voltada para estas
atividades como quadras, piscinas, etc. Tais atividades, juntamente com as
promoções culturais, podem ser ofertadas ao mesmo tempo a alunos e
colaboradores.
Ø Inclusão social (contratação de deficientes, negros e outros)
Muito se tem ouvido falar de inclusão social. Contratar pessoas com
deficiência física é uma forma de praticar a inclusão social, e pode ser relativamente
88
simples bastando observar em quais funções tais pessoas se encaixam e
desenvolvem melhor as suas atividades. Telefonista, por exemplo, é um cargo em
que o funcionário deve permanecer no local de trabalho enquanto desenvolve suas
atividades, portanto, pode ser reservado para cadeirantes e outras pessoas com
dificuldade de locomoção.
Ø Participação nos lucros e resultados
A participação dos funcionários nos lucros e resultados da instituição, além de
representar ganho adicional diretamente relacionado ao resultado se este for
melhor o ganho será maior e viceversa consubstanciase em motivação adicional
para o cumprimento de metas e objetivos institucionais.
Ø Liberdade de opinião e de expressão aos funcionários
Permitir a liberdade de opinião e de expressão aos funcionários traz como
conseqüência a motivação e a satisfação dos colaboradores, e também a
oportunidade de melhorias significativas nos processos, advindas de sugestões
voluntárias ou induzidas.
Ø Políticas de admissão e de demissão responsáveis
O nepotismo e as admissões por apadrinhamento, assim como as demissões
motivadas por questões de ordem pessoal sem se observar competência, são ações
muito criticadas nas organizações e consideradas, inclusive, como de
irresponsabilidade social, no momento em que beneficiam alguns através de fatores
que desconsideram a competência e a capacidade.
Ø Qualidade de vida (saúde, segurança e satisfação no trabalho)
A qualidade de vida no trabalho gera impacto grandemente positivo junto aos
colaboradores e à comunidade em geral. Este é outro item onde se observa a
contrapartida favorável para as instituições, uma vez que funcionários satisfeitos,
com acompanhamento médico e com os devidos cuidados relacionados à
segurança, faltam menos ao trabalho e produzem mais. Em muitos casos, investir na
qualidade de vida pode reverter em grandes benefícios para a organização.
Ø Recolocação de desempregados
Em muitos casos, pessoas perdem emprego devido a mudanças estratégicas
nos negócios das organizações ou pela redução do quadro de funcionários; em
89
outros, pela incompatibilidade das atribuições pessoais com as necessidades da
função. Ajudar funcionários demitidos a conseguir novos empregos é uma ação que
pode resultar em grandes benefícios sociais.
Ø Seguro de vida e complementação previdenciária
A complementação previdenciária busca ajudar os empregados e familiares a
garantir as condições mínimas para uma vida digna. O seguro de vida apoiado pela
empresa também visa à garantia de dignidade nos casos de morte e invalidez.
Ø Tempo de serviço e faixa etária dos empregados
A valorização dos colaboradores com maior tempo de serviço na instituição, a
contratação e a manutenção de empregados com mais idade são consideradas,
também, ações importantes de responsabilidade social.
Ø Vale transporte, moradia, alimentação e cesta básica
São ajudas normalmente disponibilizadas aos colaboradores de baixa renda,
que se refletem positivamente como ação de responsabilidade social.
3.4.2 Relativas ao Meio Ambiente
Ao estudar as ações relativas ao meio ambiente, possíveis de serem
realizadas pelas organizações em geral, observase que nas empresas industriais,
por exemplo, tais ações estão muito voltadas para recuperar ambientes por elas
degradados, a evitar ações com conseqüências ambientais negativas, destinar
incentivos a reflorestamentos, tratar efluentes, dentre outros. São ações diretamente
relacionadas aos impactos das atividades de tais empresas sobre o meio ambiente.
As instituições de ensino superior podem desenvolver, com grandes
resultados, diversas atividades que não se destinam a reverter impactos de ações
sobre o meio ambiente, já que elas normalmente não os provocam, o que torna tais
ações muito mais nobres. Relacionamse a seguir ações levantadas com base na
bibliografia consultada, citada nos capítulos 1 e 2, e na análise de balanços sociais
das instituições apresentadas na primeira parte deste capítulo:
Ø Ecologia
90
Além do desenvolvimento de pesquisas e projetos, a promoção de debates,
palestras, workshops, conferências e outras atividades sobre o tema promoverão a
conscientização e a cultura ecológicas.
Ø Educação ambiental, proteção e preservação do meio ambiente
A educação é inerente às ações das instituições de ensino; neste caso,
necessitase incluir a educação ambiental dentre as atividades de ensino. Por outro
lado, projetos de pesquisa e de extensão podem levar a educação ambiental para
além dos muros das instituições.
Ø Conservação de construções, móveis e equipamentos
Estas são ações educativas que, além do seu cumprimento como de
responsabilidade social, relacionadas ao meio ambiente, refletemse positivamente,
de forma direta nos gastos da própria instituição e indiretamente na comunidade em
geral, já que tais conceitos uma vez apreendidos são aplicados em todas as
atividades realizadas pelas pessoas.
Ø Poluição do ar, da água, do solo, etc. – despoluir e evitar poluir;
preservação e conservação de matas, córregos, rios e lagos e
reflorestamento
São temas que podem ser trabalhados nas atividades de ensino, pesquisa e
extensão, promovendo a conscientização. Podem ainda trazer resultados concretos
através de ações realizadas in loco, como, por exemplo, monitoramentos de níveis
de poluição em efluentes. Por outro lado, projetos de pesquisas e de extensão
específicos sobre estes temas podem ajudar também na ação direta sobre os
problemas.
Ø Reciclagem de lixo e reutilização de materiais
A implantação da coleta seletiva de lixo na própria instituição, além dos
resultados ambientais positivos, ajuda na conscientização de todo o público
envolvido, que leva essa cultura para além dos muros. O apoio na implantação da
coleta seletiva em outras organizações poderá ser uma tarefa relativamente simples
para as Instituições de Ensino Superior. Projetos de extensão e de pesquisa podem,
além de levar a conscientização, medir, monitorar e avaliar os programas
implantados e seus efeitos ambientais.
91
Ø Redução no consumo de água e energia
É outra atividade que além de promover benefícios ambientais gera redução
de gastos na própria organização. Além disto, a Instituição pode levar este trabalho
de conscientização para além dos muros, ampliando a aplicação e os benefícios
alcançados.
3.4.3 Relativas aos Benefícios e Contribuições à Sociedade em Geral
É grande o número de ações relativas aos benefícios e contribuições à
sociedade em geral possíveis de serem desenvolvidas por uma instituição de ensino
superior. Segue levantamento feito com base na bibliografia consultada, citada nos
capítulos 1 e 2, e na análise de balanços sociais das instituições apresentadas no
início deste capítulo.
Ø Apoio humano e tecnológico a escolas públicas e entidades
beneficentes
As instituições de ensino superior podem ter facilidade para promover ações
de apoio humano e tecnológico a escolas públicas e entidades beneficentes.
Desenvolver projetos com alunos dos cursos da área de informática, por exemplo,
pode resultar na inclusão desta atividade em escolas da periferia. Basta verificar
como cada curso, seus alunos e professores podem colaborar com os menos
favorecidos, desenvolver e executar projetos sociais.
Ø Arte, cultura e esporte
Projetos nas áreas de arte, cultura e esporte podem, além da inclusão social,
afastar crianças das ruas e da marginalidade.
Ø Assistência à saúde e combate à fome
Principalmente instituições que têm cursos da área de saúde e nutrição
podem levar orientação e atendimento aos mais necessitados através de seus
alunos e professores, de forma simples e pouco dispendiosa, mas com grandes
resultados.
Ø Capacitação e encaminhamento profissional de pessoas de baixa
renda
92
Um dos maiores problemas para o encaminhamento profissional das pessoas
de baixa renda é a falta de capacitação. Diversos cursos, como informática básica,
por exemplo, podem ser oferecidos pelas instituições de ensino superior com o
apoio voluntário de alunos. Pesquisas podem ser feitas buscando descobrir as
principais causas de problemas, conseqüentemente encontrando as soluções
adequadas.
Ø Combate ao desemprego e analfabetismo
A alfabetização de adultos pode ser promovida dentro da própria instituição
ou nas localidades onde residem os analfabetos. Além da promoção e do
treinamento dos menos favorecidos, favorecendo sua profissionalização, o
desenvolvimento de projetos de pesquisas é outro exemplo de ação que pode ser
realizada na busca de alternativas para o desemprego.
Ø Combate a marginalidade, uso de drogas e violência
Campanhas, conscientização, eventos, pesquisas, projetos, etc. Há muitas
formas de promover ações de combate à marginalidade, uso de drogas e violência.
Infelizmente, o uso de drogas é percebido dentro de várias instituições de ensino e
muitas vezes nada é feito para coibir tal prática.
Ø Conscientização quanto aos direitos humanos e programas para
crianças e adolescentes
Projetos específicos nestas áreas podem ser desenvolvidos e executados
pelas instituições de ensino superior.
Ø Empregabilidade de alunos e exalunos
Como formadoras de profissionais para o mercado de trabalho, as instituições
de ensino superior devem ter como inerente aos seus objetivos a empregabilidade
de alunos e exalunos. E, além das atividades específicas, as instituições podem
pensar em outras formas de promover a empregabilidade.
Ø Inclusão social (raça, sexo, deficiência física ou mental e outros)
Além de facilitar o acesso ao ensino para os chamados excluídos, e oferecer
condições necessárias ao seu desenvolvimento através de atividades didáticas, de
pesquisa e extensão, as instituições de ensino superior podem promover a inclusão
social das mais diversas categorias destas pessoas.
93
Ø Patrocínio a projetos e construções de cunho social
O apoio financeiro a projetos e construções de cunho social pode ser
considerado, também, entre as ações de responsabilidade social possíveis de serem
realizadas pelas instituições de ensino superior.
Ø Pesquisas visando a detectar carências no município
Pesquisar é obrigação da instituição de ensino superior. Direcionar as
pesquisas para o social também. Pesquisar onde estão as maiores carências, o foco
dos problemas, é o primeiro passo para a busca das soluções.
Ø Serviços públicos (pavimentação, segurança, defesa civil e outros)
Apesar de ser uma ação inerente ao poder público, muitas organizações
executam e/ou financiam serviços de pavimentação, segurança, defesa civil e
outros.
Ø Terceira idade
Assim como os programas especiais para crianças e adolescentes, as
instituições de ensino podem promover programas específicos para o público da
terceira idade.
Mesmo estando agrupadas em itens, observase a grande quantidade de
ações de responsabilidade possíveis de serem realizadas pelas Instituições de
Ensino Superior. Observase também que, apesar de todas estas ações poderem
ser executadas voluntariamente pelas entidades, muitas delas trazem, além do
retorno já esperado como entidade socialmente responsável, retornos financeiros
para a entidade através da capacitação de funcionários, aumento na produtividade,
contenção de gastos, economia de energia elétrica, etc.
94
4. PESQUISA DE OPINIÃO
Visando a atingir o objetivo de conhecer as opiniões dos stakeholders sobre
uma instituição de ensino superior a respeito das ações de responsabilidade social,
foi escolhido como objeto deste estudo de caso o Centro Universitário do Planalto de
Araxá – UNIARAXÁ.
O grupo de stakeholders do UNIARAXÁ, escolhido para a pesquisa, ficou
composto por alunos, professores, gestores, funcionários administrativos, prospects
alunos do ensino médio, fornecedores, prestadores de serviços e comunidade
diretamente relacionada ao Centro Universitário.
4.1 Amostra
Foram distribuídos 1.230 questionários com retorno de 805 devidamente
preenchidos, assim distribuídos:
Ø 535 alunos do Uniaraxá, representando 16% do total de 3.330, naquela
ocasião matriculados
Ø 125 prospects – alunos do ensino médio
Ø 13 fornecedores e prestadores de serviços
Ø 70 gestores e funcionários administrativos representando 90% de um total
de 78
Ø 47 professores do UNIARAXÁ representando 38% de um total de 124
Ø 15 entrevistados na comunidade responderam o questionário,
representando as opiniões de servidores da Secretaria Municipal de
Educação, Vereadores, Clubes de Serviço e Sindicatos.
95
4.2 Coleta de Dados
A coleta ocorreu no período de 04 a 17 de março de 2005, atingiu 805
pessoas, e o perfil dos entrevistados ficou distribuído conforme tabela 1: Tabela 1: Demonstração do perfil dos entrevistados
Alunos do
UNIARAXÀ
Prosp
ects Alunos
do Ensino Médio
Fornecedores
ou Prestad
ores
de Serviços
Gestores ou
funcionários
Administrativos
Professores do
UNIARAXÁ
Representantes da
opinião Pública
TOTAL
Q 218 49 8 31 20 8 334 Masculino % 41% 39% 62% 44% 43% 53% 41%
Q 317 76 5 39 27 7 471 Sexo
Feminino % 59% 61% 38% 56% 57% 47% 59% Q 0 125 6 23 0 6 160 Ensino Médio Completo ou Incompleto % 0% 100% 46% 33% 0% 40% 20%
Q 509 0 7 30 0 5 551 Superior Completo ou Incompleto % 95% 0% 54% 43% 0% 33% 68%
Q 26 0 0 17 47 4 94 Escolaridade
PósGraduação Completo ou Incompleto % 5% 0% 0% 24% 100% 27% 12%
Q 152 124 1 10 0 4 291 Até 20 anos % 28% 99% 8% 14% 0% 27% 36% Q 298 1 4 20 12 0 335 Acima de 20 e até 30 anos % 56% 1% 31% 29% 26% 0% 42% Q 58 0 4 15 19 1 97 Acima de 30 e até 40 anos % 11% 0% 31% 21% 40% 7% 12% Q 27 0 4 25 16 10 82
Faixa Etária
Acima de 40 anos % 5% 0% 31% 36% 34% 67% 10% Q 248 41 1 35 1 1 327 Até R$ 1.040,00 (4 SMV) % 46% 33% 8% 50% 2% 7% 41%
Q 158 28 3 14 5 0 208 Acima de R$1.040,00 e até R$2.080,00 % 30% 22% 23% 20% 11% 0% 26% Q 66 24 2 8 11 5 116 Acima de R$2.080,00 e até R$3.120,00 % 12% 19% 15% 11% 23% 33% 14%
Q 63 32 7 13 30 9 154
Renda Familiar
Acima de R$ 3.120,00 (12 SMV) % 12% 26% 54% 19% 64% 60% 19%
Q 535 125 13 70 47 15 805 TOTAL
% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Foram selecionadas turmas de alunos dos diversos cursos do UNIARAXÁ,
tendo sido representados os alunos iniciantes, concluintes e dos períodos
intermediários. Os questionários foram aplicados em sala de aula. Os prospects
ENTREVISTADOS
PERFIL
96
alunos do ensino médio, foram representados por 2 turmas de um escola pública e 2
de uma escola particular, sendo escolhidas as escolas que forneceram o maior
número de ingressantes no último processo seletivo do UNIARAXÁ. A coleta junto
aos gestores, funcionários administrativos e professores ocorreu na própria
instituição com o apoio dos coordenadores de curso e de setores. Já os
fornecedores e representantes da comunidade, após contato por telefone,
receberam o questionário por email, fax ou pessoalmente.
4.3 Procedimentos de Análise dos Dados
4.3.1 Quanto ao Sexo
Dos 805 questionários que retornaram respondidos, a maioria dos
respondentes, em número de 471, foi do sexo feminino representando 59% do total.
Do sexo masculino o número de respondentes foi de 334, representando 41% do
total, conforme demonstrado no gráfico 1.
Entrevistados por Sexo
59%
41%
Sexo Feminino Sexo Masculino
Gráfico 1: Análise do perfil dos entrevistados por sexo
Entrevistados por Sexo
97
4.3.2 Quanto ao Nível de Escolaridade
Na aplicação do questionário, os entrevistados informaram separadamente o
nível de escolaridade, especificando: ensino básico incompleto, ensino básico
completo, ensino médio incompleto, ensino médio completo, ensino superior
incompleto, ensino superior completo, pósgraduação incompleta ou pósgraduação
completa.
Para efeito da análise dos dados, os pesquisados com ensino básico
incompleto e completo, foram somados aos com ensino médio incompleto e
completo, formando o grupo de pesquisados denominados “com escolaridade até o
ensino médio”, totalizando 160.
Os pesquisados com ensino superior incompleto, representados em sua
grande maioria pelos estudantes do UNIARAXÁ, foram somados aos com ensino
superior completo, formando o grupo de pesquisados denominados “com
escolaridade em nível superior”, o que totalizou 551.
Os pesquisados com pósgraduação incompleta foram somados aos com
pósgraduação completa, formando o grupo de pesquisados denominados “com
escolaridade em nível de pósgraduação”, o que totalizou 94 (ver gráfico 2).
Entrevistados por Escolaridade
20%
68%
12%
Até o Ensino Médio
Ensino Superior
PósGraduação
Gráfico 2: Análise de perfil dos entrevistados por escolaridade
Entrevistados por Escolaridade
98
4.3.3 Quanto à Faixa Etária
A pesquisa atingiu um público com idade variando entre 13 e 72 anos, com
maior concentração na faixa que vai de 15 a 30 anos, dado justificado pelo grande
número de alunos da graduação do UNIARAXÁ e pelos alunos do ensino médio que
responderam ao questionário.
Para efeito de análise dos dados, os 805 pesquisados foram distribuídos em 4
grupos que ficaram assim constituídos: (1) com idade entre 13 e 20 anos: 291; (2)
com idade entre 21 e 30 anos: 335; (3) com idade entre 31 e 40 anos: 97; e (4) com
idade acima de 40 anos: 82 (ver gráfico 3).
Entrevistados por Faixa Etária
36%
42%
12%
10%
De 13 a 20 anos
De 21 a 30 anos
De 31 a 40 anos
Acima de 40 anos
Gráfico 3: Análise do perfil dos entrevistados por faixa etária
4.3.4 Quanto à Renda familiar
Ao responder a pesquisa, os entrevistados informaram a renda familiar em
grupos escalonados a cada 2 (dois) Salários Mínimos Vigentes SMV. Para efeito
da análise dos dados relativa à renda familiar houve o agrupamento em 4 (quatro)
categorias, de 4 em 4 salários mínimos vigentes.
Entrevistados por Faixa Etária
99
Nesta forma de identificação dos entrevistados observouse que a maioria
estava nas faixas de renda mais baixas, tendo 327 entrevistados, 41% das famílias,
renda familiar até R$1.040,00, e 208 entrevistados, 26%, renda familiar maior que
R$1.040,00 e menor que $2.080,00, perfazendo um percentual de 67% de famílias
com renda familiar até R$2.080,00, o que correspondia a 8 salários mínimos
vigentes na época da entrevista (ver gráfico 4).
Entrevistados por Renda Familiar
41%
26%
14%
19%
Até R$1.040,00
De R$1.040,00 a R$2.080,00
De R$2.080,00 a R$3.120,00
Acima de R$3.120,00
Gráfico 4: Análise do perfil dos entrevistados por renda familiar
4.3.5 Procedimentos Gerais
Foram observados, primeiramente, os resultados da totalidade dos 805
entrevistados, destacandose as preferências e opiniões gerais através do somatório
dos pontos distribuídos com base no método da “Escala Likert”, sendo: para cada
concordância total, 2 pontos positivos, para cada concordância parcial, 1 ponto
positivo, para cada discordância parcial, 1 ponto negativo, para cada discordância
total, 2 pontos negativos, e para os posicionamentos de forma indiferente não foi
atribuído ponto positivo nem negativo.
Entrevistados por Renda Familiar
100
Depois de observadas e destacadas as preferências conforme pontuação
definida, foi analisado o percentual de pontuação de cada questão em relação ao
total de pontos possíveis, detectandose as ações que mais se destacaram como as
preferidas pelos pesquisados, e também as que obtiveram o menor percentual de
aceitação.
Em seguida o mesmo método foi aplicado aos grupos: alunos, professores,
gestores e funcionários, prospects, representantes da comunidade, etc., e foi feita a
mesma análise por sexo, faixa etária, renda familiar e escolaridade, detectandose
quais ações são mais valorizadas pelos representantes de cada um destes grupos.
4.4 A Análise dos Dados
4.4.1 Questões Relacionadas aos Recursos Humanos
O questionário apresentou 12 questões relacionadas a recursos humanos,
enumeradas de 1 a 12, assim formuladas:
1. Auxílio creche
2. Bolsas de estudo, treinamentos e oportunidades de crescimento
3. Esporte, lazer e cultura
4. Inclusão social (contratação de deficientes, negros e outros)
5. Participação nos lucros e resultados
6. Liberdade de opinião e de expressão aos funcionários
7. Políticas de admissão e de demissão responsáveis
8. Qualidade de vida (saúde, segurança e satisfação no trabalho)
9. Recolocação de desempregados
10.Seguro de vida e complementação previdenciária
11.Tempo de serviço e faixa etária dos empregados
12.Vale transporte, moradia, alimentação e cesta básica
101
Tabela 2: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas aos recursos humanos, comparados ao total de pontos possíveis.
Questões 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Méd
Geral 44% 97% 89% 85% 54% 85% 74% 92% 60% 64% 57% 71% 73%
Distribuição por identificação em relação ao UNIARAXÁ Alunos 43% 97% 89% 83% 53% 84% 76% 92% 62% 63% 59% 72% 73% Prospects 38% 95% 87% 87% 50% 82% 58% 87% 57% 53% 43% 70% 67% Fornecedor/PS 58% 100% 96% 81% 54% 85% 81% 96% 19% 69% 46% 65% 71% Gestor/Func. 50% 96% 90% 91% 66% 89% 79% 96% 58% 77% 67% 77% 78% Professores 55% 100% 88% 93% 61% 95% 90% 96% 66% 85% 70% 67% 80% Outros (*) 33% 97% 80% 80% 30% 87% 87% 90% 23% 53% 33% 43% 61%
Distribuição por sexo Sexo Feminino 46% 97% 90% 89% 57% 88% 75% 92% 61% 69% 58% 71% 75% Sexo Masculino 41% 96% 87% 79% 49% 81% 73% 91% 57% 57% 55% 71% 70%
Distribuição por escolaridade Ensino Médio 43% 97% 88% 88% 56% 84% 60% 88% 56% 59% 48% 73% 70% Ensino Superior 45% 97% 89% 83% 53% 85% 76% 92% 62% 64% 59% 73% 73% Pósgraduação 38% 97% 86% 91% 53% 89% 92% 96% 51% 74% 63% 51% 74%
Distribuição por faixa etária Até 20 anos 43% 96% 89% 84% 52% 83% 64% 89% 60% 59% 49% 73% 70% De 21 a 30 anos 45% 96% 90% 84% 56% 85% 78% 92% 64% 66% 62% 73% 74% De 31 a 40 anos 46% 98% 88% 90% 51% 90% 83% 97% 54% 68% 63% 63% 74% Mais de 40 anos 37% 97% 84% 85% 55% 87% 86% 96% 49% 72% 60% 63% 73%
Distribuição por renda familiar em salários mínimos vigentes (R$260,00) Até 4 SMV 52% 97% 90% 88% 56% 83% 73% 93% 67% 66% 60% 77% 75% de 4 a 8 SMV 40% 96% 91% 86% 51% 85% 73% 91% 58% 63% 57% 70% 72% de 8 a 12 SMV 38% 97% 85% 83% 60% 88% 72% 91% 57% 67% 55% 67% 72% Ac. De 12 SMV 37% 97% 86% 80% 49% 86% 81% 92% 48% 60% 52% 61% 69%
Legenda: Menor do que 50% De 50 a 60% Maior do que 60 e menor do que 80% De 80 a 89% De 90 a 99% 100%
(*) outros: referemse aos representantes da opinião pública que responderam ao
questionário – representantes de sindicatos, de clubes de serviços, vereadores,
secretários municipais e comunidade em geral.
Na análise pela média das questões do grupo relativo aos recursos humanos,
conforme tabela 2, observase que na distribuição por identificação o grupo com
102
maior índice é o dos professores, com média de 80% dos pontos possíveis, seguido
pelos gestores e funcionários administrativos com média de 78%.
Na análise pela média das questões deste grupo, dividido por sexo, observa
se que o sexo feminino apresenta percentual de aprovação médio, 75%, maior que o
masculino, 70%.
Na análise por escolaridade observase avanço na pontuação à medida que o
nível de instrução é maior: de 70% de média de aprovação pelos entrevistados em
nível de ensino médio, para 73% pelos entrevistados com nível superior e 74% com
nível de pósgraduação. Podese propor uma conclusão, seguinte: à medida que as
pessoas mais estudam e se informam passam a valorizar mais as questões de
responsabilidade social relacionadas aos recursos humanos.
Na análise por faixa etária observase situação parecida com a de
escolaridade, quando se verifica que os mais jovens tendem a valorizar menos as
ações de responsabilidade social voltada para os recursos humanos ao serem
comparados com os mais velhos. No caso, as respostas dos entrevistados com até
20 anos apresentaram percentual médio de aprovação de 70% enquanto as faixas
etárias de 21 a 30 anos, de 31 a 40 e acima de 40 apresentaram percentuais de
aprovação de 74, 74 e 73%, respectivamente.
Já na análise por renda familiar observase que as pessoas com renda
familiar menor tendem a valorizar mais as questões de responsabilidade social
inerentes aos recursos humanos, o que, aparentemente, é uma questão lógica, ao
se analisar pelo ponto de vista do interesse próprio e da necessidade de quem
respondeu ao questionário. A tabulação das respostas dos questionários apresentou
percentuais de 75% de aprovação para quem tem renda familiar de até quatro
salários mínimos vigentes, 72% para quem tem renda familiar de 4 a 8 e de 8 a 12
salários mínimos vigentes e 69% para quem tem renda familiar acima de 12 salários
mínimos vigentes.
103
Gráfico 5: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas aos recursos humanos
Na análise por questões, a questão mais bem avaliada neste grupo, com 97%
dos pontos possíveis, foi a de número 2 – bolsas de estudo, treinamentos e
oportunidades de crescimento (ver gráfico 5). Esta foi também a questão mais bem
avaliada de todo o questionário. Na análise por grupos, conforme tabela 2,
constatouse que 100% dos professores, fornecedores e prestadores de serviços
que responderam ao questionário concordaram totalmente com esta questão, o que
proporcionou a totalidade dos pontos possíveis por estes grupos de entrevistados.
Para os demais entrevistados tal questão foi também muito bem avaliada, sendo que
nenhum grupo apresentou percentual menor que 95% dos pontos possíveis.
Em seguida, destacouse a questão de número 8 qualidade de vida (saúde,
segurança e satisfação no trabalho), com 92% dos pontos possíveis.
Ainda na análise por questões destacaramse também as questões de
números 3, “Esporte, lazer e cultura”, 4, “Inclusão social (contratação de deficientes,
negros e outros)” e 6, “Permitir liberdade de opinião e de expressão aos
funcionários”, que obtiveram percentuais de aprovação acima de 80%.
Questões relacionadas aos recursos humanos
44%
97% 89% 85%
54%
85% 74%
92%
60% 64% 57% 71%
0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%
Questões
Percentuais
Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 Questão 6 Questão 7 Questão 8 Questão 9 Questão 10 Questão 11 Questão 12
78% Média Geral das 42 questões
Questões Relacionadas aos Recursos Humanos
104
Observase que, das 12 questões deste grupo, 5 ficaram acima da média
geral das 42 questões, 78%, e 7 ficaram abaixo.
Neste grupo, a questão com o menor índice de aceitação foi a de número 1 –
“Auxílio creche”, com apenas 44% dos pontos.
Com percentual menor de aprovação ficaram as questões de números 5,
“Participação nos lucros e resultados”, com 54% dos pontos, 9, “Recolocação de
desempregados”, com 60% dos pontos e 11 “Tempo de serviço e faixa etária dos
empregados”, com 57% dos pontos.
4.4.2 Questões Relacionadas ao Meio Ambiente
O questionário apresentou 8 questões relacionadas ao meio ambiente,
enumeradas de 13 a 20, assim formuladas:
13.Ecologia
14.Educação ambiental, proteção e preservação do meio ambiente
15.Conservação de construções, móveis e equipamentos
16.Poluição do ar, da água, do solo, etc. – despoluir e evitar poluir
17.Preservação e conservação de matas, córregos, rios e lagos
18.Reflorestamento
19.Reciclagem de lixo e reutilização de materiais
20.Redução no consumo de água e energia
Na análise por identificação, conforme tabela 3, observase que os gestores e
funcionários administrativos foram os que mais pontos proporcionaram às questões
ambientais, com 90% dos pontos, seguidos pelos professores com 89% e pelos
alunos com 88%.
Na análise por sexo, a exemplo do que ocorreu com o grupo de questões
relacionadas aos recursos humanos, os entrevistados do sexo feminino
105
proporcionaram maior percentual de aprovação, 89%, em relação aos entrevistados
do sexo masculino que ficaram com 84%.
Tabela 3: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas ao meio ambiente, comparados ao total de pontos possíveis.
Questões 13 14 15 16 17 18 19 20 Média
Geral 87% 93% 81% 91% 86% 78% 91% 86% 87%
Distribuição por identificação em relação ao UNIARAXÁ Alunos 89% 94% 83% 91% 87% 81% 92% 87% 88%
Prospects 80% 90% 64% 88% 83% 74% 86% 81% 81% Fornecedor/PS 85% 96% 73% 92% 85% 69% 81% 88% 84% Gestor/Funcionário 90% 95% 92% 94% 86% 78% 94% 90% 90% Professores 89% 96% 91% 93% 83% 70% 97% 89% 89% Outros 90% 93% 60% 77% 87% 60% 87% 90% 80%
Distribuição por sexo Sexo Feminino 89% 95% 83% 92% 88% 80% 93% 89% 89% Sexo Masculino 85% 91% 78% 88% 83% 75% 89% 83% 84%
Distribuição por escolaridade Ensino Médio 82% 91% 68% 89% 85% 76% 87% 83% 83% Ensino Superior 89% 94% 83% 91% 87% 82% 92% 87% 88% Pósgraduação 85% 95% 89% 90% 79% 59% 93% 89% 85%
Distribuição por faixa etária Até 20 anos 85% 92% 71% 90% 86% 79% 89% 84% 85% De 21 a 30 anos 88% 93% 85% 91% 85% 81% 93% 86% 88% De 31 a 40 anos 89% 94% 88% 92% 89% 77% 93% 95% 90% Mais de 40 anos 90% 98% 87% 90% 83% 68% 91% 88% 87%
Distribuição por renda familiar em salários mínimos vigentes (R$260,00) Até 4 SMV 89% 94% 80% 92% 89% 85% 94% 86% 89% De 4 a 8 SMV 87% 92% 82% 89% 80% 74% 89% 84% 85% De 8 a 12 SMV 86% 94% 76% 89% 87% 78% 88% 89% 86% Acima de 12 SMV 86% 94% 82% 91% 86% 71% 92% 87% 86%
Legenda: Menor do que 50% De 50 a 60% Maior do que 60 e menor do que 80% De 80 a 89% De 90 a 99% 100%
(*) outros: referemse aos representantes da opinião pública que responderam ao
questionário – representantes de sindicatos, de clubes de serviços, vereadores,
secretários municipais e comunidade em geral.
106
Na análise por escolaridade, o maior percentual de aprovação para as
questões relacionadas ao meio ambiente ficou por conta dos entrevistados com
escolaridade em nível superior, 88%, seguidos pelos entrevistados em nível de pós
graduação, 85%, e por último ficaram os entrevistados com escolaridade em nível de
ensino médio com 83%.
Na análise por faixa etária observouse que o grupo de entrevistados com
faixa etária de 31 a 40 anos apresentou o maior percentual de aprovação, 90%,
seguido pelo de entrevistados com faixa etária de 21 a 30 anos com 88%; na
seqüência ficaram os entrevistados da faixa etária maior de 40 anos, 87%, e por
último os entrevistados com idade abaixo de 21 anos, 85%.
Na análise por renda familiar a faixa com o maior percentual de aprovação
ficou com os entrevistados com renda de até 4 salários mínimos com 89% dos
pontos, ficando os demais grupos com percentuais de aprovação entre 85 e 86%.
Vale ressaltar a grande importância dada pelos entrevistados às questões
ambientais, já que na análise dos percentuais médios de aprovação nenhum grupo
de entrevistados ficou com percentual abaixo de 80%.
Gráfico 6: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas ao meio ambiente
Questões relacionadas ao meioambiente
87%
93%
81%
91%
86%
78%
91%
86%
70%
75%
80%
85%
90%
95%
Questões
Percentuais
Questão 13 Questão 14 Questão 15 Questão 16 Questão 17 Questão 18 Questão 19 Questão 20
Média Geral das 42 questões
78% Média Geral das 42 questões
Questões Relacionadas ao Meio Ambiente
107
Destacouse na análise das respostas às questões deste grupo o fato de que
nenhuma das questões relacionadas obteve resultado inferior a 78%, que é a média
geral das 42 questões. As questões mais bem avaliadas, conforme demonstrado no
gráfico 6, foram as questões de números 14, “Educação ambiental, proteção e
preservação do meio ambiente”, com 93% dos pontos, a de número 16, “Poluição do
ar, da água, do solo, etc. – despoluir e evitar poluir”, com 91% dos pontos e a de
número 19, “Reciclagem de lixo e reutilização de materiais”, também com 91% dos
pontos.
Muito bem avaliadas, também, com percentuais de 87%, 81%, 86% e 86%,
respectivamente, foram as questões de números 13, “Ecologia”, 15, “Conservação
de construções, móveis e equipamentos”, 17, “Preservação e conservação de
matas, córregos, rios e lagos” e 20, “Redução no consumo de água e energia”.
Neste grupo, somente a questão de número 17, “Preservação e conservação
de matas, córregos, rios e lagos”, não obteve índice acima de 80%, mesmo assim o
seu percentual foi de 78%, igual à média geral das 42 questões, o que demonstra a
grande importância dada pelos stakeholders do UNIARAXÁ para as questões
relacionadas ao meio ambiente.
4.4.3 Questões Relacionadas aos Benefícios e Contribuições à
Sociedade
O questionário apresentou 14 questões relacionadas aos projetos sociais,
enumeradas de 21 a 34 e assim formuladas:
21.Apoio humano e tecnológico a escolas públicas e entidades beneficentes
22.Arte, cultura e esporte
23.Assistência à saúde e combate à fome
24.Capacitação e encaminhamento profissional de pessoas de baixa renda
25.Combate ao desemprego e analfabetismo
26.Combate a marginalidade, uso de drogas e violência
108
27.Conscientização quanto aos direitos humanos
28.Crianças e adolescentes
29.Empregabilidade de alunos e exalunos
30. Inclusão social (raça, sexo, deficiência física ou mental e outros)
31.Patrocínio a projetos e construções de cunho social
32.Pesquisas visando a detectar carências no município
33.Serviços públicos (pavimentação, segurança, defesa civil e outros)
34.Terceira idade
Na análise por identificação, conforme tabela 4, observouse novamente que
os gestores e funcionários administrativos, professores e alunos ficaram entre os
grupos com o maior percentual de aprovação.
Na análise por sexo, novamente os entrevistados do sexo feminino
apresentaram percentuais maiores, 78%, do que os entrevistados do sexo
masculino, 71%.
Por escolaridade, a exemplo do grupo relativo ao meio ambiente, os
entrevistados com escolaridade em nível superior apresentaram o maior percentual
de aprovação, 77%; entretanto, o menor índice de aprovação ficou com os
entrevistados em nível de pósgraduação, com 72%.
Na distribuição por faixa etária aconteceu situação parecida com a do grupo
de meio ambiente, onde os entrevistados com faixa etária entre 21 e 40 anos
apresentaram os maiores percentuais médios de aprovação, enquanto os
entrevistados com faixa etária abaixo de 21 anos e acima de 40 anos apresentaram
percentuais médios menores.
109
Tabela 4: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas aos benefícios e contribuições à sociedade, comparados ao total de pontos possíveis.
Questões 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 Méd
Geral 81% 87% 78% 81% 82% 80% 87% 77% 75% 84% 71% 74% 35% 66% 76%
Distribuição por identificação em relação ao UNIARAXÁ Alunos 81% 87% 81% 83% 84% 81% 87% 77% 74% 83% 73% 76% 37% 64% 76%
Prospects 80% 89% 73% 76% 76% 76% 85% 75% 75% 86% 59% 57% 40% 62% 72%
Fornecedor/PS 81% 96% 81% 73% 85% 85% 85% 92% 73% 85% 77% 81% 15% 62% 76%
Gestor/Func. 83% 87% 78% 79% 82% 79% 89% 81% 76% 86% 74% 81% 37% 83% 78%
Professores 78% 86% 74% 71% 86% 77% 91% 72% 80% 88% 71% 89% 16% 81% 76%
Outros 90% 73% 53% 77% 60% 70% 70% 50% 70% 63% 63% 77% 7% 47% 62%
Distribuição por sexo Feminino 83% 89% 82% 84% 85% 84% 89% 79% 78% 88% 71% 75% 40% 70% 78%
Masculino 78% 84% 73% 75% 78% 74% 82% 73% 70% 79% 70% 73% 29% 60% 71%
Distribuição por escolaridade Ensino Médio 79% 90% 76% 79% 79% 79% 88% 77% 74% 85% 64% 61% 42% 66% 74%
Ensino Superior 81% 87% 80% 82% 84% 81% 86% 78% 75% 84% 74% 76% 38% 65% 77%
Pósgraduação 82% 81% 72% 72% 76% 76% 86% 68% 76% 83% 65% 85% 11% 72% 72%
Distribuição por faixa etária Até 20 anos 79% 88% 79% 80% 81% 79% 84% 76% 73% 86% 65% 65% 43% 62% 74%
De 21 a 30 anos 81% 87% 80% 83% 83% 80% 87% 78% 79% 85% 77% 78% 37% 65% 77%
De 31 a 40 anos 81% 91% 78% 84% 84% 79% 90% 80% 66% 80% 71% 81% 24% 72% 76%
Mais de 40 anos 86% 80% 70% 72% 80% 83% 90% 72% 76% 77% 67% 82% 16% 73% 73%
Distribuição por renda familiar em salários mínimos vigentes (R$260,00) Até 4 SMV 81% 87% 83% 87% 85% 83% 88% 80% 80% 85% 74% 77% 51% 70% 80%
De 4 a 8 SMV 83% 91% 79% 82% 82% 79% 85% 77% 67% 85% 72% 73% 27% 63% 75%
De 8 a 12 SMV 80% 85% 73% 73% 81% 78% 85% 78% 73% 86% 68% 68% 31% 66% 73%
Ac. De 12 SMV 78% 84% 71% 71% 77% 75% 85% 69% 77% 79% 65% 75% 17% 59% 70%
Legenda: Menor do que 50% De 50 a 60% Maior do que 60 e menor do que 80% De 80 a 89% De 90 a 99% 100%
(*) outros: referemse aos representantes da opinião pública que responderam ao
questionário – representantes de sindicatos, de clubes de serviços, vereadores,
secretários municipais e comunidade em geral.
110
Na análise dos grupos por renda familiar ficou novamente evidente a
tendência dos menos favorecidos de valorizarem mais as questões de
responsabilidade social.
Gráfico 7: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas aos benefícios e contribuições à sociedade
Neste grupo não houve nenhuma questão com percentual acima de 90%,
constituindose o grupo com os menores percentuais de aprovação na visão dos
entrevistados que responderam ao questionário; entretanto, as questões de números
21, 22, 24, 25, 26, 27 e 30 obtiveram, respectivamente, os percentuais 81%, 87%,
81%, 82%, 80%, 87% e 84%, demonstrando grande valorização por parte dos
stakeholders, conforme demonstrado na tabela 4 e no gráfico 7.
Já a questão de número 33, “Serviços públicos (pavimentação, segurança,
defesa civil e outros)”, com apenas 35% dos pontos, foi a que obteve o menor
percentual de todo o questionário, deixando evidenciado que, na opinião dos
entrevistados, os serviços públicos devem ser de responsabilidade dos órgãos
públicos específicos.
As questões de números 23, Assistência à saúde e combate à fome; 28,
Crianças e adolescentes; 29, Empregabilidade de alunos e exalunos; 31, Patrocínio
a projetos e construções de cunho social; e, 32, Pesquisas visando a detectar
Questões relacionadas aos projetos sociais
81% 87%
78% 81% 82% 80% 87%
77% 75% 84%
71% 74%
35%
66%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Questões
Percentuais
Questão 21 Questão 22 Questão 23 Questão 24 Questão 25 Questão 26 Questão 27 Questão 28 Questão 29 Questão 30 Questão 31 Questão 32 Questão 33 Questão 34
Média Geral das 42 questões
78% Média
Geral das 42
questões
Questões Relacionadas aos Projetos Sociais
111
carências no município; também obtiveram percentuais de aprovação bastante
significativos já que atingiram acima de 70% dos pontos possíveis.
4.4.4 Questões Relacionadas à Publicação de Informações e Balanços
Sobre Responsabilidade Social
O questionário apresentou 8 questões relacionadas a publicação de
informações e balanços sobre responsabilidade social, enumeradas de 35 a 42,
assim formuladas:
35. Informações quantitativas padronizadas para permitir comparação
36. Informações qualitativas
37.Divulgação das ações sociais para todo o público interno e externo
38.Linguagem clara, simples, acessível, evitando expressões técnicas
39.Pesquisas de opinião junto ao público para informar melhor
40.Publicar as críticas recebidas explicando ações corretivas
41.Transparência, clareza, legitimidade e credibilidade
42.Relevância, consistência e coerência
Na análise dos percentuais médios das questões deste grupo verificouse que
os professores representaram os entrevistados que mais contribuíram para a
pontuação do grupo, conforme tabela 5.
Na análise por sexo confirmouse o sexo feminino como o que mais contribuiu
para a pontuação.
Na análise por escolaridade observouse a tendência de quanto maior a
escolaridade maior a conscientização e conseqüentemente a aprovação das ações.
Na análise por faixa etária observouse que quanto mais idade maior é a
defesa das questões relacionadas neste grupo.
Na análise por renda familiar, para as questões relacionadas neste grupo, não
houve oscilação significativa nas médias dos percentuais.
112
Tabela 5: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas à divulgação das ações de responsabilidade social, comparados ao total de pontos possíveis e com a média geral de todas as questões.
Questões 35 36 37 38 39 40 41 42 Média Grupo
Média Geral
Geral 67% 81% 80% 86% 83% 80% 94% 89% 83% 78%
Distribuição por identificação em relação ao UNIARAXÁ Alunos 68% 80% 80% 86% 84% 83% 94% 90% 83% 79%
Prospects 52% 78% 70% 81% 80% 72% 92% 82% 76% 73% Fornecedor/PS 81% 81% 85% 92% 88% 77% 85% 85% 84% 78% Gestor/Funcionário 79% 88% 92% 89% 79% 69% 99% 93% 86% 82% Professores 73% 90% 93% 89% 87% 81% 99% 95% 88% 82% Outros 57% 83% 90% 80% 73% 77% 100% 97% 82% 69%
Distribuição por sexo Sexo Feminino 68% 85% 83% 88% 87% 82% 96% 91% 85% 81% Sexo Masculino 65% 75% 77% 83% 78% 76% 92% 87% 79% 75%
Distribuição por escolaridade Ensino Médio 57% 79% 75% 83% 81% 71% 93% 85% 78% 75% Ensino Superior 69% 80% 81% 86% 83% 83% 95% 89% 83% 79% Pósgraduação 74% 91% 88% 88% 83% 76% 96% 94% 86% 78%
Distribuição por faixa etária Até 20 anos 60% 79% 78% 84% 83% 76% 93% 85% 80% 76% De 21 a 30 anos 70% 80% 80% 87% 83% 84% 94% 90% 84% 80% De 31 a 40 anos 69% 84% 83% 85% 81% 76% 96% 93% 83% 79% Mais de 40 anos 76% 89% 90% 88% 83% 79% 97% 95% 87% 78%
Distribuição por renda familiar em salários mínimos vigentes (R$260,00) Até 4 SMV 69% 80% 80% 88% 84% 82% 94% 90% 83% 81% De 4 a 8 SMV 66% 81% 81% 83% 82% 81% 95% 87% 82% 77% De 8 a 12 SMV 63% 80% 81% 83% 84% 76% 92% 87% 80% 77% Acima de 12 SMV 68% 85% 81% 88% 80% 75% 96% 92% 83% 85%
Legenda: Menor do que 50% De 50 a 60% Maior do que 60 e menor do que 80% De 80 a 89% De 90 a 99% 100%
(*) outros: referemse aos representantes da opinião pública que responderam ao
questionário – representantes de sindicatos, de clubes de serviços, vereadores,
secretários municipais e comunidade em geral.
113
Das 8 questões apresentadas somente a de número 35, “Informações
quantitativas padronizadas para permitir comparação”, não obteve percentual de
pontuação acima de 80% dos pontos possíveis, ficando com 67%, conforme
demonstrado na tabela 5 e no gráfico 8.
Gráfico 8: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas à divulgação das ações de responsabilidade social.
Destaque para a questão de número 41, “Transparência, clareza, legitimidade
e credibilidade”, com 94% dos pontos.
Concluise que, as questões levantadas referentes à publicação de
informações e balanços sociais foram muito bem avaliadas, comprovando a
importância dada pelos entrevistados aos relatórios; entretanto, o resultado da
questão de número 41 leva à reflexão sobre a importância que é dada atualmente à
transparência, clareza, legitimidade, credibilidade, enfim, ao apelo atual pelas
questões éticas.
Questões relacionadas à divulgação das ações de responsabilidade social
67%
81% 80% 86% 83% 80%
94% 89%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Questões
Percentuais
Questão 35 Questão 36 Questão 37 Questão 38 Questão 39 Questão 40 Questão 41 Questão 42
Média Geral das 42 questões
78% Média Geral das 42 questões
Questões Relacionadas à Divulgação das Ações de Responsabilidade Social
114
4.4.5 Análise da Média Geral das Questões
Na análise das médias globais das 42 questões, por grupos, conforme tabela
5, observase que os gestores e funcionários administrativos e os professores e
alunos apresentaram os maiores percentuais médios de aprovação.
A análise por sexo, confirmou os entrevistados do sexo feminino com
percentual de aprovação maior que os do sexo masculino, como ocorreu em todas
as análises por grupos. Como é comum ouvir sobre a sensibilidade das pessoas do
sexo feminino, pode estar aí a explicação, já que as questões de responsabilidade
social têm muito a ver com o lado solidário, contributivo e emocional das pessoas.
Na distribuição por escolaridade confirmouse a maior pontuação para os
entrevistados com escolaridade em nível superior, concluindose que o nível de
escolaridade também influencia o nível de conscientização.
Na análise por faixa etária verificase a possível tendência de menor
valorização por parte dos entrevistados com idade inferior a 21 anos, quando
comparados com os demais grupos de faixas etárias.
E, por fim, na análise por renda familiar, observouse que o grupo de
entrevistados com renda acima de 12 salários mínimos constitui o grupo com o
maior percentual de aprovação, seguido pelo grupo com renda familiar de até 4
salários mínimos. Este resultado induz a alguns questionamentos: (1) Pessoas bem
sucedidas, com maior nível de conhecimento tendem a valorizar mais a
responsabilidade social em virtude da maior conscientização? (2) Pessoas menos
favorecidas tendem a valorizar mais as ações de responsabilidade social, tendo em
vista a expectativa de satisfação das próprias necessidades? Tais questionamentos
podem originar novas pesquisas na área.
115
5. O BALANÇO SOCIAL NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO
SUPERIOR
5.1 Análise dos Balanços Sociais das Instituições de Ensino Superior
Ao analisar os Balanços Sociais citados no capítulo 3 deste trabalho, observa
se grande diversidade de critérios utilizados na elaboração dos documentos,
havendo variação de instituição para instituição. Cada balanço analisado tem
estruturas e seqüências próprias. Algumas instituições publicam apenas o modelo
proposto pelo IBASE; outras publicam relatórios, tabelas, depoimentos e fotografias;
outras publicam relatórios e complementam com o modelo proposto pelo IBASE,
para evidenciar os indicadores, e outras apresentam os seus indicadores de outras
formas. Em alguns casos observase que, sob o título de Balanço Social, está
havendo divulgação de atividades que não têm nenhuma característica de
responsabilidade social.
Apresentase na seqüência deste capítulo uma análise do modelo do Balanço
Social proposto pelo IBASE para instituições de ensino. A seguir, análises dos 12
Balanços Sociais citados no capítulo 3. No primeiro momento das análises procurou
se detectar, com fundamentação na teoria referenciada no capítulo 3 e nos
resultados da pesquisa junto aos stakeholders, apresentada no capítulo 4, quais
destes Balanços são mais coerentes com os objetivos deste trabalho. Na seqüência,
foram selecionados os balanços classificados como “mais coerentes” e foram feitas
análises mais detalhadas buscandose informações para compor a metodologia para
elaboração do Balanço Social, apresentada na seqüência deste capítulo. Tal
metodologia foi aplicada no modelo de Balanço Social para instituições de ensino
superior exemplificado no capítulo 6.
116
5.1.1 O Modelo de Balanço Social Proposto Pelo IBASE
O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE
(www.ibase.org.br) foi criado em 1981 pelo sociólogo Herbert de Souza – Betinho, e
tem como um dos seus objetivos: “Cobrar ética, responsabilidade social e cidadã de
todas as organizações da sociedade”.
Uma das ações trabalhadas pelo IBASE na busca dos seus objetivos foi a
criação e disponibilização, no seu site, de modelos de Balanços Sociais. Dentre eles
há um modelo para instituições de ensino, fundações e organizações sociais.
Das doze instituições de ensino que publicaram seus Balanços Sociais, e que
estão em análise, sete utilizaram o modelo proposto pelo IBASE para divulgar seus
indicadores.
Descrevese a seguir uma análise da estrutura do modelo de Balanço Social
proposto pelo IBASE para instituições de ensino, que é dividido em 10 itens, com
informações quantitativas, financeiras e percentuais, comparandose ano presente
com ano anterior.
1. Identificação: além do nome e natureza jurídica, informa se a entidade é
beneficente, se tem finalidade não lucrativa, se é de utilidade pública,
dentre outras
2. Origem dos recursos: inclui a origem dos recursos separados por
categoria
3. Aplicação dos recursos: destaca em primeira mão os valores aplicados
em: “Projetos, programas e ações sociais (excluindo pessoal)” e “Pessoal
(salários + benefícios + encargos)”; na seqüência, vêm as demais
aplicações
4. Indicadores sociais internos: ações e benefícios para os (as)
funcionários (as): alimentação, educação, capacitação, saúde, bolsas, etc.
5. Projetos, ações e contribuições para a sociedade: destaca os valores
financeiros e o número de pessoas beneficiadas em cada projeto
6. Outros indicadores: Número total de alunos e número de alunos bolsistas
por tipo de bolsa, com respectivos valores financeiros
117
7. Indicadores sobre o corpo funcional: dentre eles, total de empregados,
admissões no período, % de empregados com mais de 45 anos, salário
médio de homens e mulheres, negros, brancos, etc.
8. Qualificação do corpo funcional: docentes e funcionários por nível de
escolaridade
9. Informações relevantes quanto à ética, transparência e
responsabilidade social: relação entre a maior e a menor remuneração,
processo de admissão de empregados, valorização da diversidade entre
quadro funcional e entre alunos, critérios éticos, processos eleitorais, etc.
10.Outras informações: Outras informações que a instituição julgar
relevantes
Observase que o modelo proposto pelo IBASE não contempla as quatro
vertentes do Balanço Social. As informações aparecem prioritariamente na forma de
indicadores, com ênfase para as relacionadas aos recursos humanos. Ações
relacionadas ao meio ambiente não são destacadas, podendo ser agrupadas no
item 5, juntamente com projetos, ações e contribuições para a sociedade. A
demonstração do valor adicionado não é contemplada.
5.1.2 Definição dos Critérios Para a Análise Preliminar
Na análise preliminar, com o objetivo principal de selecionar os balanços que
serão analisados com mais detalhe, foi feito um breve relato da estrutura de cada
um dos doze balanços sociais em questão, procurando observar os mais completos,
a forma de divulgação, o procedimento de elaboração dos indicadores, se as quatro
vertentes foram contempladas e se as informações divulgadas são coerentes com
os objetivos deste trabalho.
5.1.3 Análise Preliminar dos Balanços Sociais
De forma geral, os Balanços Sociais analisados apresentam as seguintes
características:
Ø O Balanço Social do Centro Universitário do Planalto de Araxá –
UNIARAXÁ (Carvalho, 2004) foi elaborado pela primeira vez em 2004 com
118
dados do exercício de 2003, fruto de um trabalho de conclusão de curso
de uma aluna do Curso de Graduação em Ciências Contábeis da própria
instituição. O documento apresentou os dados quantitativos com base na
proposta do IBASE para Instituições de Ensino, e no modelo de
Demonstração de Valor Adicionado proposto por Elza Stauber na sua tese
de doutorado em 2001. Contou também com diversas informações
relacionadas às ações de responsabilidade social desenvolvidas,
separadas conforme as vertentes do Balanço Social, ilustradas com
fotografias e enriquecidas com análises, números, explicitações de
objetivos e resultados alcançados.
Ø A Fundação Universitária do Sul de Santa Catarina – UNISUL [2004?]
publicou o seu Balanço Social na Internet, baseado no modelo proposto
pelo IBASE para instituições de ensino, visando à demonstração dos
indicadores. Complementou as informações com detalhamento analítico
das ações e programas, ilustrando com fotos e enriquecendo as
informações com números e valores financeiros.
Ø A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUCRJ [2002 ou
2003?] disponibilizou na Internet o Balanço Social com dados do ano de
2001, na forma de um relatório, divulgando “Projetos de Ações Sociais,
Espirituais e Culturais”, onde destacou alguns projetos na área Cultural, de
conscientização ecológica e meio ambiente, área da saúde, bolsas,
atendimento à comunidade carente e recursos humanos. Houve
divulgação de alguns números, porém, sem os valores financeiros. Não
divulgou indicadores nem contemplou as quatro vertentes.
Ø A Universidade Comunitária Regional de Chapecó (2005) publicou o seu
Balanço Social 2004, impresso, através de modelo criado pela própria
instituição, onde apresentou os dados relativos às ações de
responsabilidade social desenvolvidas, ilustradas com fotografias e
enriquecidas com comentários e dados, e finalizou o documento com
quadros de indicadores sociais.
Ø A Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE [2005?] divulgou o seu
Balanço Social 2004, e a Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC
119
[2004?] o seu Balanço Social 2003, apenas no modelo proposto pelo
IBASE.
Ø A Universidade de Cuiabá – UNIC [2004?] elaborou o seu Balanço Social
de 2003 mostrando na apresentação os números totais de atendimentos,
procedimentos e valores dos serviços prestados, assim como o número de
formandos, número e valores de bolsas, dentre outras informações. No
corpo do documento apresentou, em cada item, a quantidade de
beneficiados, os dados financeiros e comentários sobre as ações.
Ø A Universidade de Uberaba – UNIUBE (2005) foi a única das instituições
analisadas que divulgou o Balanço Social 2004/2003 juntamente com as
demais demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração das
Receitas e Despesas, Demonstração das Mutações do Patrimônio Social,
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. Destacou no
documento os indicadores sociais internos e os indicadores sociais
externos assistência social, com os respectivos dados financeiros.
Ø A Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS (2005) divulgou o
seu Balanço Social, impresso, em modelo próprio, separando as ações de
responsabilidade social, ilustrando com fotos e enriquecendo com
comentários, números e valores financeiros. Usou o modelo IBASE para
divulgar os indicadores.
Ø A Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT [2003 ou 2004?,
divulgou através do seu site diversos arquivos com o título “Balanço Social
– gestão 20002003”. Tais arquivos, na verdade, divulgam o relatório de
atividades da gestão “novembro de 2000 a dezembro de 2003”, onde são
disponibilizadas diversas informações não caracterizadas como de
responsabilidade social, dentro do foco deste trabalho.
Ø A Universidade Mackenzie [2004?] divulgou através do seu site na Internet
o seu Balanço Social 2003, através de diversos arquivos onde foram
relatadas as atividades, números e valores relativos às diversas ações de
responsabilidade social.
Ø A Universidade Medodista de São Paulo [2004?] divulgou o seu Balanço
Social 2003 no site da instituição, onde procurou relatar as ações de
120
responsabilidade social em grupos. No final apresentou um Balanço
Financeiro com base no modelo proposto pelo IBASE para instituições de
ensino.
Observase que das doze instituições analisadas apenas sete divulgaram os
indicadores sociais. Destas, seis adotaram o modelo proposto pelo IBASE na
íntegra, e uma fez uma adaptação. Duas delas, UNIVILLE e UNISC, utilizaram
apenas tal modelo sem complementar as informações; quatro, UNIARAXÁ, UNISUL,
UNISINOS e METODISTA, além do modelo IBASE, descreveram as atividades
informando objetivos, público atingido, etc. A UNOCHAPECÓ foi a instituição que
adaptou o modelo IBASE, conservando vários indicadores e alterando outros. Desta
análise ressaltase que o modelo sugerido pelo IBASE está tendo uma boa
aceitação para o objetivo de se evidenciarem os indicadores sociais, pelas
instituições de ensino superior.
Para uma análise mais detalhada, de maior consistência e objetividade, foram
selecionados quatro dos doze balanços sociais apresentados, por serem mais
completos e por utilizarem modelos mais coerentes com os objetivos deste trabalho,
sendo: Balanço Social 2003 do Centro Universitário do Planalto de Araxá –
UNIARAXÁ; Balanço Social 2004 da Universidade Comunitária Regional de
Chapecó – UNOCHAPECÓ; Balanço Social 2003 da Fundação Universidade do Sul
de Santa Catarina – UNISUL e Balanço Social 2004 da Universidade do Vale do Rio
dos Sinos – UNISINOS.
5.1.4 Critérios Para Análise dos Balanços Sociais
Apresentamse a seguir os critérios que foram utilizados para análise dos
Balanços Sociais selecionados no item anterior.
5.1.4.1 Critérios Para Análise da Estrutura do Balanço Social
Com base na fundamentação teórica deste trabalho, explicitada no capítulo 2,
e nos resultados da pesquisa junto aos stakeholders, capítulo 4, foi considerado,
para análise da estrutura dos balanços sociais, o atendimento aos seguintes
critérios:
121
Ø Informações qualitativas e quantitativas
Ø Linguagem, clareza, relevância e coerência
Ø Meios utilizados para publicação e abertura a críticas
Ø Separação das informações nas quatro vertentes
5.1.4.2 Critérios Para Análise do Balanço de Recursos Humanos
Segundo Tinoco (2001, p. 44), para vários pesquisadores, num sentido bem
amplo de medida, a empresa é o seu pessoal. E complementa, afirmando que
“elaborar o Balanço Social representa para esses estudiosos estabelecer e explicitar
as relações existentes entre o pessoal e a entidade para a qual trabalham”.
Com fundamentação na bibliografia consultada, principalmente no capítulo 3
do Livro: “Balanço Social: Uma Abordagem da Transparência e da Responsabilidade
Pública das Organizações”, do Prof. Tinoco, e nos resultados da pesquisa
apresentada no capítulo 4 deste trabalho, os critérios de análise dos Balanços de
Recursos Humanos serão focados na publicação de:
a. Políticas de admissão e demissão, capacitação e oportunidades de
crescimento
b. Qualidade de vida: saúde, satisfação, higiene e segurança
c. Perfil dos funcionários, inclusive contratação de deficientes físicos, negros
e índios
d. Remuneração e outras informações relevantes
Observase que, normalmente, em maior ou menor intensidade, todas as
instituições possuem as informações em análise. A relevância para este trabalho
está no fato de estarem sendo divulgadas ou não e, se divulgadas, de que forma.
5.1.4.3 Critérios Para Análise da Demonstração do Valor Adicionado
Na análise da Demonstração do Valor Adicionado será verificado o modelo
adotado pela instituição de ensino e os itens publicados sob o título de distribuição
do valor adicionado.
122
5.1.4.4 Critérios Para Análise do Balanço Ambiental
O Balanço Ambiental deve expressar a postura da entidade em relação aos
recursos naturais. Tal postura, numa entidade socialmente responsável, vai além
das exigências legais, objetivando o bemestar social presente e futuro. Com
fundamentação na bibliografia consultada e na pesquisa junto aos stakeholders, o
critério de análise do Balanço Ambiental irá focar as seguintes questões:
a. Publicação de ações que caracterizem proteção, preservação e
recuperação de recursos ambientais
b. Quantificação de gastos e público atingido
c. Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados
A relevância desta análise para a divulgação das ações, quando elas
existirem e na forma pela qual estiverem sendo divulgadas, valoriza principalmente
as explicitações de quantidades, objetivos e resultados alcançados.
5.1.4.5 Critérios Para Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à
Sociedade
Na análise dos Balanços dos Benefícios e Contribuições à Sociedade serão
observadas, com fundamentação na bibliografia consultada e na pesquisa junto aos
stakeholders, as seguintes questões:
a. Publicação de ações que caracterizem benefícios à comunidade
b. Quantificação de gastos e público atingido
c. Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados
A relevância desta análise, a exemplo do Balanço Ambiental, está na
divulgação das ações quando elas existirem e na forma pela qual estiverem sendo
divulgadas, principalmente na explicitação de quantidades, objetivos e resultados
alcançados.
5.1.5 Análise dos Balanços Sociais
Visando a contribuir para o atendimento do objetivo de “sugerir um modelo de
Balanço Social para instituições de ensino superior”, apresentase a seguir uma
123
análise dos quatro Balanços Sociais selecionados conforme critérios definidos no
item anterior.
5.1.6 Centro Universitário do Planalto de Araxá UNIARAXÁ
Elaborado pela primeira vez em 2004, com dados do exercício de 2003, o
Balanço Social do UNIARAXÁ foi fruto de um trabalho de conclusão de curso de
uma aluna da graduação em Ciências Contábeis da própria instituição.
5.1.6.1 Análise da Estrutura do Balanço Social do UNIARAXÁ
Na primeira página encontrase uma apresentação do documento feita pela
reitora da instituição. Na seqüência, um breve histórico da instituição informando o
perfil do empreendimento, a infraestrutura física e de apoio, a direção, a missão e
os valores institucionais.
No corpo do documento as vertentes do Balanço Social – Balanço de
Recursos Humanos, Demonstração do Valor Adicionado, Balanço Ambiental e
Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade – trazem informações
qualitativas e quantitativas com ilustrações, fotos, objetivos de cada projeto, público
atingido e resultados alcançados. Adiante foi apresentado o Balanço Social proposto
pelo IBASE para instituições de ensino, trazendo os indicadores: origens e
aplicações dos recursos; os indicadores sociais internos; os projetos, ações e
contribuições para a sociedade; os indicadores do corpo discente, inclusive bolsas;
os indicadores sobre o corpo funcional; a qualificação do corpo funcional; e
informações relevantes quanto à ética, transparência e responsabilidade social. No
final do documento encontramse algumas notas explicativas e as considerações
finais.
Análise da Linguagem, Clareza, Relevância e Coerência
Observase no Balanço Social 2003 do UNIARAXÁ uma grande preocupação
com a linguagem simples, correta e clara, procurandose enriquecer a transmissão
das informações através de fotos e letras de fácil leitura. As informações são
coerentes e relevantes, tanto na demonstração da responsabilidade social da
124
instituição e na contextualização do leitor, quanto no fornecimento de números,
valores e percentuais.
Meios utilizados para publicação e abertura a críticas
O Balanço Social 2003 do UNIARAXÁ, elaborado pela primeira vez, não foi
divulgado para o público externo, exceto pela disponibilização de um exemplar na
biblioteca da instituição.
Há no documento formas de se estabelecer contato com a instituição, com
nomes das pessoas responsáveis pela sua elaboração, mas não há explicitação
para apresentação de críticas e sugestões.
Separação das informações nas quatro vertentes
O documento foi elaborado separandose as ações de responsabilidade social
nas quatro vertentes: Balanço de Recursos Humanos; Balanço Ambiental;
Demonstração do Valor Adicionado; e Balanço dos Benefícios e Contribuições à
Sociedade em Geral.
5.1.6.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos do UNIARAXÁ
No Balanço de Recursos Humanos foi explicitado o perfil dos colaboradores
através de tabelas informativas de quantidades, faixa etária, tempo de serviço,
qualificação, estado civil, remunerações totais a homens e mulheres, qualidade de
vida, saúde, educação continuada, bolsas, transportes e comemorações. Tais
informações foram complementadas por indicadores, publicados no modelo IBASE.
Políticas de Admissão e Demissão, Capacitação e Oportunidades de
Crescimento
A política de capacitação e oportunidades de crescimento está implícita na
divulgação dos investimentos em treinamentos, bolsas de estudos, participações em
seminários, palestras, cursos e congressos; mostrando, inclusive quantificação e
valores financeiros incorridos no ano.
As informações sobre a política de admissão e demissão não aparecem no
Balanço de Recursos Humanos. São mencionadas apenas no quadro “Informações
125
relevantes quanto à ética, transparência e responsabilidade social” do modelo
IBASE, de forma sintética, apresentadas no final do documento.
Qualidade de vida: saúde, satisfação, higiene e segurança
Estão explicitadas as ações com foco na qualidade de vida dos colaboradores
nos itens: “saúde”, “educação” e “comemorações”. Tais ações foram demonstradas
através de relatos, quadros numéricos e análises de resultados alcançados.
Além do Balanço de Recursos Humanos, os indicadores (modelo IBASE)
trazem, também, informações sobre os investimentos em saúde, segurança e
medicina do trabalho.
Perfil dos funcionários, inclusive contratação de deficientes físicos, negros e
índios
Várias tabelas foram elaboradas para evidenciar o perfil dos funcionários:
Ø Número de colaboradores existentes no início e final do exercício social
Ø Faixa etária dos colaboradores
Ø Corpo docente – tempo de serviço e qualificação
Ø Pessoal técnicoadministrativo – tempo de serviço, qualificação e estado
civil
Ø Remuneração/Tratamento referente às mulheres colaboradoras da
instituição
As informações quanto à contratação de deficientes físicos foi explicitada
apenas no quadro “Informações relevantes quanto à ética, transparência e
responsabilidade social” dos indicadores (modelo IBASE).
Remuneração e outras informações relevantes
As informações sobre remunerações foram mostradas apenas no quadro
comparativo da remuneração total paga às mulheres em relação à remuneração
total paga aos colaboradores.
Nos indicadores (modelo IBASE) encontramse outras informações relativas à
remuneração e outros benefícios na forma de números e percentuais.
126
5.1.6.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado
A demonstração do valor adicionado apresentada no Balanço Social 2003 do
UNIARAXÁ seguiu o modelo proposto por Stauber (2001) na sua tese de doutorado.
A distribuição do valor adicionado ficou composta por: Remuneração do
Trabalho, Remuneração do Governo, Capital de Terceiros e Capital Próprio.
5.1.6.4 Análise do Balanço Ambiental do UNIARAXÁ
O Balanço Ambiental do UNIARAXÁ foi elaborado explicitando os projetos
desenvolvidos, com os respectivos objetivos, descrição, públicoalvo, data de
realização e resultados.
Publicação de ações que caracterizem proteção, preservação e recuperação de
recursos naturais
Foram publicadas ações desenvolvidas, durante o exercício do ano em
questão, relacionadas à conservação e preservação de recursos naturais, como, por
exemplo, a promoção da “III Semana do Meio Ambiente”.
Quantificação de gastos e público atingido
O público atingido foi explicitado no Balanço Ambiental juntamente com as
demais informações de cada projeto. Os dados financeiros foram informados nos
indicadores (modelo IBASE) apresentados no final do Balanço Social.
Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados
Todos os programas tiveram explicitados os objetivos e os resultados
alcançados, juntamente com o público alvo, público atingido e data de realização.
5.1.6.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade
Foram publicadas informações sobre os projetos desenvolvidos com os
respectivos objetivos, públicos, datas e resultados alcançados.
Publicação de ações que caracterizem benefícios e contribuições à sociedade
127
Foram publicadas diversas ações que caracterizam benefícios à comunidade
local e regional, separadas por instituto e setor de realização, seguidas de
comentários e análises de resultados.
Quantificação de gastos e público atingido
O público atingido foi explicitado em todos os programas apresentados, assim
como os gastos, que foram consolidados e apresentados pelo seu total.
Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados
Em todos os programas apresentados foram explicitados os objetivos, público
alvo, público atingido, data/período de realização e resultados alcançados.
5.1.7 Universidade Comunitária Regional de Chapecó – UNOCHAPECÓ
A Universidade Comunitária Regional de Chapecó – UNOCHAPECÓ
apresentou o seu Balanço Social de 2004 encadernado, para distribuição aos
principais interessados.
5.1.7.1 Análise da Estrutura do Balanço Social da UNOCHAPECÓ
No início do documento há uma apresentação feita pelo Presidente da
Mantenedora, Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste – FUNDESTE,
seguida por informações sobre a mantenedora, incluindo a composição da
assembléia geral e dos conselhos diretor e curador, presidência e outros executivos.
Na seqüência, informações sobre a UNOCHAPECÓ e sobre o Instituto Regional
para o Desenvolvimento Sustentável também mantido pela FUNDESTE.
No corpo do documento as ações de responsabilidade social não estão
classificadas de acordo com as quatro vertentes do Balanço Social. Seguem uma
classificação própria assim definida: Gestão de Pessoas; Graduação, Pós
Graduação e Pesquisa; Extensão; Demais Atividades e Resumo; Bolsas de Estudo e
Assistência Social. A última página traz os nomes dos principais dirigentes da
mantenedora, das mantidas e das pessoas da equipe responsável pelo Balanço
Social.
128
Os projetos demonstrados trazem informações qualitativas e quantitativas
relativas ao número de atendimentos. Já os dados financeiros estão restritos aos
indicadores sociais apresentados no final do documento. Nos indicadores estão
explicitados: Apresentação da Entidade; Indicadores Monetários; Recursos
Humanos e Outros Indicadores; Demonstração do Valor Adicionado; Meio Ambiente;
Ética, Transparência e Responsabilidade Social, e Desenvolvimento de Projetos
Futuros de Impacto Social e Ambiental.
Análise da Linguagem, Clareza, Relevância e Coerência
Observase no Balanço Social 2004 da UNOCHAPECÓ grande preocupação
com a linguagem simples, resumida, correta e clara e a busca por enriquecer a
transmissão das informações com fotografias, arte gráfica e letras legíveis. As
informações apresentadas são coerentes e relevantes, tanto na demonstração da
responsabilidade social da instituição e na contextualização do leitor, quanto no
fornecimento de números, valores e percentuais.
Meios utilizados para publicação e abertura a críticas
Há no documento endereços da instituição, nomes das pessoas responsáveis
pela elaboração do trabalho, mas não há explicitação para apresentação de críticas
e sugestões.
Separação das informações nas quatro vertentes
Não foi seguido o critério de agrupamento e ordenamento das ações de
responsabilidade social nas quatro vertentes, conforme defendem teorias sobre o
Balanço Social consultadas para este trabalho, porém, observase que tais vertentes
foram contempladas sob outros títulos.
5.1.7.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos da UNOCHAPECÓ
A UNOCHAPECÓ (2005) apresentou um item, em duas páginas, sob o título
de “Gestão de Pessoas”, com algumas informações relativas aos recursos humanos.
Políticas de admissão e demissão, capacitação e oportunidades de
crescimento
129
Foram encontrados relatos sobre os investimentos em qualificação
profissional. Referente à política de admissão, no quadro 7 dos indicadores do
Balanço Social da UNOCHAPECÓ (2005): “Ética, transparência e responsabilidade
social”, encontrase a informação “os empregados da instituição são admitidos
mediante processo seletivo que obedece a critérios definidos em regulamento
próprio”.
Qualidade de vida: saúde, satisfação, higiene e segurança
Informações resumidas sobre saúde são encontradas no item “Gestão de
pessoas”. Já no item “indicadores sociais” são encontrados valores e percentuais
sobre os investimentos em saúde, higiene e segurança.
Perfil dos funcionários, inclusive contratação de deficientes físicos, negros e
índios
Não há informações sobre o perfil dos funcionários no item “Gestão de
Pessoas”. Nos quadros dos indicadores sociais encontramse informações sobre
quantidades de colaboradores no início e fim do período, e também sobre raça,
sexo, escolaridade, dentre outras.
Remuneração e outras informações relevantes
Há informações sobre “Confraternização Olímpica dos Funcionários” e sobre
a “Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho” – SIPAT 2004.
No item “Indicadores Sociais” há informações sobre os valores totais anuais
de remuneração.
5.1.7.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado
A Demonstração do Valor adicionado é apresentada no grupo dos
indicadores. A distribuição do valor adicionado foi detalhada como segue:
Ø Remuneração do Trabalho das Atividades: Pessoal e Encargos, e
Benefícios aos Empregados
Ø Financiadores: Encargos Financeiros e Aluguéis
Ø Governo: Tributos
130
Ø Despesas das Atividades Filantrópicas: Assistência Social
Ø Doações, Contribuições e Subvenções: Diretórios e Centros Acadêmicos
Ø Convênios: Instituições de Caráter Científico/Tecnológico
Ø Bolsas de Estudo/ Desenvolvimento Científico: Bolsas de Iniciação
Científica e Bolsas para Corpo Administrativo, Docentes e Discentes, e
Auxílio Capacitação/Aperfeiçoamento
Ø Retenções: Superávit ou Déficit das Atividades
Observase que foram destacadas as informações sobre despesas com
atividades filantrópicas – doações, contribuições, subvenções, convênios e bolsas –
específicas da UNOCHAPECÓ, e que estas foram evidenciadas na distribuição do
valor adicionado.
5.1.7.4 Análise do Balanço Ambiental da UNOCHAPECÓ
A UNOCHAPECÓ não elaborou o Balanço Ambiental; várias atividades desta
natureza foram relatadas sob outros títulos.
Publicação de ações que caracterizem proteção, preservação e recuperação de
recursos naturais
Sob os títulos Extensão, Demais Atividades, Inserção Regional e Indicadores,
foram publicadas várias atividades caracterizadas como de proteção, preservação
ou recuperação do meio ambiente.
Quantificação de gastos e público atingido
Nos relatos das atividades no corpo do Balanço Social são encontradas
informações sobre o público atingido. Nos indicadores encontramse valores
financeiros e percentuais relacionados a atividades de cunho social relativas ao meio
ambiente.
Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados
Os objetivos foram explicitados nos relatos dos programas no corpo do
Balanço Social. As informações sobre os resultados alcançados não foram
divulgadas de forma clara na maioria dos programas.
131
5.1.7.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade
Não foi elaborado o balanço específico dos benefícios e contribuições à
sociedade. Tais ações estão discriminadas sob diversos outros títulos no Balanço
Social da UNOCHAPECÓ.
Publicação de ações que caracterizem benefícios e contribuições à sociedade
Nos grupos denominados “Extensão”, “Demais Atividades” e “Inserção
Regional”, estão explicitados programas de apoio à comunidade.
Quantificação de gastos e público atingido
Nos relatos das atividades no corpo do Balanço Social são encontradas
informações sobre o público atingido. Nos indicadores encontramse valores
financeiros e percentuais relacionados às atividades de cunho social relativas aos
programas de benefícios e contribuições à sociedade.
Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados
Os objetivos dos programas foram explicitados no corpo do Balanço Social.
Informações sobre resultados alcançados não foram claramente explicitadas na
maioria dos programas.
5.1.8 Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
A Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL publicou o seu
Balanço Social 2003 na Internet através site www.unisul.br.
5.1.8.1 Análise da Estrutura do Balanço Social da UNISUL
O Balanço Social da UNISUL apresenta inicialmente um histórico, e na
seqüência as informações separadas por grupos que, na Internet, estão em arquivos
acessados através de links.
A UNISUL apresentou também o Balanço Social no modelo proposto pelo
IBASE para instituições de ensino, com o objetivo de explicitar os indicadores.
Foram publicadas várias informações de ordem qualitativa com descrições,
ilustrações, fotografias e depoimento de pessoas beneficiadas. As informações
132
quantitativas relativas ao público atingido pelo programa são evidenciadas ao longo
do documento. Quanto aos dados financeiros aparecem, basicamente, nos quadros
dos indicadores, montados a partir do modelo IBASE para instituições de ensino.
Análise da Linguagem, Clareza, Relevância e Coerência
Houve preocupação com a linguagem, que está apresentada de forma
simples, correta e clara, e as informações, enriquecidas com fotografias, são
coerentes e relevantes, mostrando aos interessados a responsabilidade social da
instituição.
Meios utilizados para publicação e abertura a críticas
O Balanço Social está disponibilizado na Internet no site www.unisul.br, com
facilidade de acesso na página principal, através de mecanismo de busca.
Não foram encontrados nomes e endereços disponibilizados na condição de
abertura para recebimento de sugestões e críticas.
Separação das informações nas quatro vertentes
Não houve a separação das ações de responsabilidade social nas quatro
vertentes do Balanço Social, conforme defendido nas teorias consultadas.
5.1.8.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos da UNISUL
As informações sobre os recursos humanos estão limitadas aos dados
preenchidos no modelo sugerido pelo IBASE.
5.1.8.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado
A UNISUL não publicou informações sobre o valor adicionado.
5.1.8.4 Análise do Balanço Ambiental da UNISUL
Atividades com características pertinentes foram relatadas nos grupos de
atividades denominados “Ação na Comunidade”, “Pensando no Futuro” e
“Desenvolvimento Sustentável”.
133
Quantificação de gastos e público atingido
Em cada programa ficou explicitado o público atingido. Os dados financeiros
foram informados apenas de forma geral nos quadros do modelo IBASE.
Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados
Na descrição de cada programa foram explicitados os seus objetivos. Os
resultados alcançados não foram explicitados claramente, ficando limitados,
praticamente, a alguns depoimentos de pessoas envolvidas.
5.1.8.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade
A UNISUL publicou diversas ações caracterizadas como programas de apoio
à comunidade nos grupos denominados “Saúde Coletiva”, “Inclusão Social”, “Ação
na Comunidade” e “Desenvolvimento Sustentável”.
Quantificação de gastos e público atingido
Em cada programa ficou explicitado o público atingido. Os dados financeiros
foram informados de forma geral nos quadros do modelo IBASE.
Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados
Na descrição de cada programa foram explicitados os seus objetivos. Já os
resultados alcançados não foram explicitados claramente, ficando restritos
praticamente a alguns depoimentos de pessoas beneficiadas.
5.1.9 Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
O Balanço Social da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS foi
impresso para distribuição aos principais interessados, e também disponibilizado na
Internet.
5.1.9.1 Análise da Estrutura do Balanço Social da UNISINOS
A UNISINOS traz na contracapa do documento os nomes dos principais
dirigentes da instituição. Na seqüência um índice, e depois a “Palavra do Reitor” e
134
uma apresentação da instituição que inclui: missão, visão e credo. Em seguida
discorre sobre os colaboradores sob o título: “Excelência pessoal e profissional”, e
sobre os estudantes sob o título: “Oportunidade de formação cidadã”.
Posteriormente oferece informações sobre: Ação Social, Ambiente, Cultura e
Esporte, Reconhecimento e indicadores.
Os projetos são apresentados com informações qualitativas e quantitativas.
Ao final, o modelo sugerido pelo IBASE traz informações sobre os indicadores. A
demonstração do valor adicionado fecha o documento.
Análise da Linguagem, Clareza, Relevância e Coerência
Observase uma grande preocupação com a linguagem simples, correta e
clara, procurandose enriquecer a transmissão das informações através de
fotografias, arte gráfica e letras legíveis. As informações são coerentes e relevantes,
tanto na demonstração da responsabilidade social da instituição e na
contextualização do leitor, quanto na apresentação de números, valores e
percentuais.
Meios utilizados para publicação e abertura a críticas
O Balanço Social da UNISINOS foi impresso para distribuição aos principais
interessados e está disponibilizado na Internet através do site www.unisinos.br, com
facilidade de acesso através de mecanismo de busca.
Separação das informações nas quatro vertentes
Não houve a separação das ações nas quatro vertentes do Balanço Social,
mas todas elas são contempladas sob outros títulos, conforme está apresentado nas
análises que seguem.
5.1.9.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos da UNISINOS
A UNISINOS disponibilizou as informações sobre os Recursos Humanos sob
o título “colaboradores”.
Políticas de admissão e demissão, capacitação e oportunidades de
crescimento
135
São encontradas informações referentes aos investimentos em capacitação
do pessoal. Não foram encontradas informações sobre a política de admissão e
demissão, exceto as que constam, de forma sintética, no quadro “Informações
relevantes quanto à ética, transparência e responsabilidade social” no modelo
IBASE, apresentado no final do documento.
Qualidade de vida: saúde, satisfação, higiene e segurança
São encontradas informações sobre qualidade de vida no item
“colaboradores”. No item “indicadores” (modelo IBASE) são encontradas
informações sobre os investimentos em saúde, segurança e medicina do trabalho.
Perfil dos funcionários, inclusive contratação de deficientes físicos, negros e
índios
Algumas informações sobre o perfil dos funcionários são encontradas no item
“colaboradores”. As demais, somente de forma sintética no item “indicadores”
(modelo IBASE).
Remuneração e outras informações relevantes
No item “colaboradores” constam algumas informações sobre benefícios aos
funcionários. Outras informações são encontradas no item indicadores (modelo
IBASE).
5.1.9.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado
A Unisinos publicou somente a distribuição do valor adicionado, que ficou
constituída da seguinte forma:
Ø Empregados: Salários e Encargos, Comissões Sobre Vendas, Honorários
da Diretoria, Participação dos Empregados nos Lucros, Planos de
Aposentadoria e Pensão
Ø Tributos: Federais, Estaduais, Municipais e Incentivos Fiscais (redutora)
Ø Financiadores: Juros e Aluguéis
Ø Juros Sobre o Capital Próprio e Dividendos
136
Ø Superávit/Déficit
Ø Bolsas Educacionais
Observase a adaptação da Distribuição do Valor Adicionado com a inclusão
do item “bolsas educacionais”.
5.1.9.4 Análise do Balanço Ambiental da UNISINOS
O Balanço Ambiental da UNISINOS foi publicado com o título “Ambiente”.
Publicação de ações que caracterizem proteção, preservação e recuperação de
recursos naturais
Foram relacionadas diversas atividades relativas à proteção, preservação ou
recuperação do meio ambiente, inclusive a implantação do sistema de gestão
ambiental e a conquista da certificação ISO 14001.
Quantificação de gastos e público atingido
Os gastos informados no relato dos programas sob o título “Ambiente” ficaram
restritos ao valor total investido na implantação do sistema de gestão ambiental. No
item “Indicadores”, elaborado no modelo IBASE, foram publicados os dados
financeiros. O público atingido pelos programas não foi informado.
Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados
Os objetivos e resultados ficaram implícitos nos relatos das atividades.
5.1.9.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade
O Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade foi apresentado sob
os títulos: Ação Social, Cultura e Esportes e Reconhecimentos.
Publicação de ações que caracterizem benefícios à comunidade
Diversas ações em benefício da comunidade foram publicadas.
Quantificação de gastos e público atingido
O público atingido foi explicitado no relato das ações; os gastos apareceram
apenas nos indicadores demonstrados no modelo IBASE.
137
Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados
Os objetivos e resultados ficaram implícitos nos relatos das atividades.
5.1.10 Considerações Sobre os Balanços Sociais Analisados
Na análise preliminar dos balanços observouse que alguns documentos
estão sendo elaborados pelas instituições de ensino superior com o título de
Balanço Social, mas que não correspondem ao conceito defendido nas teorias sobre
o tema. Muitos estão incompletos e alguns trazem informações que não são
relacionadas à responsabilidade social.
Observase que os quatro balanços sociais, analisados detalhadamente,
trazem informações qualitativas e quantitativas bem estruturadas, documentadas e
enriquecidas com fotografias. Todos trazem as informações sobre os indicadores
com base no modelo proposto pelo IBASE, com exceção do Balanço da
UNOCHAPECÓ que apresentou uma adaptação de tal modelo.
Nos balanços analisados foram divulgados endereços, telefones, sites e e
mails, porém em nenhum deles foram encontrados convites, chamadas ou
divulgação de contatos específicos para recebimento de críticas e sugestões.
Somente o balanço do UNIARAXÁ foi elaborado explicitando as quatro
vertentes estudadas na bibliografia consultada.
5.2 Metodologia Para Elaboração do Balanço Social
Uma entidade socialmente responsável deve estar comprometida com a
qualidade de vida de todos os que direta ou indiretamente se relacionam com ela. A
busca pelo bemestar social presente e futuro deve ser exercitada diária e
permanentemente. As relações dirigentes x empregados e dirigentes x comunidade
devem ser consensuais e não conflituosas e o Balanço Social é um instrumento que
aproxima as partes, facilita o consenso nas negociações e promove parcerias. Daí a
necessidade de procurar elaborar o Balanço Social buscando atingir da melhor
forma seus objetivos e as expectativas dos stakeholders.
Na elaboração do Balanço Social os objetivos e os resultados devem ser
claramente evidenciados. Tabelas com quantidades, valores financeiros e
percentuais não bastam. O foco deve estar na transformação para melhor, afinal,
138
muitas vezes com poucos investimentos se atinge resultados extremamente
significativos e, em outros casos, podese gastar muito e não atingir aos objetivos de
forma adequada. Tinoco (2001, p.14), ao prefaciar seu livro afirma que:
“À fotografia da situação patrimonial da empresa tirada pela contabilidade tradicional devem ser adicionadas imagens dinâmicas, que ajudem os usuários da informação a compreender conteúdo, extensão, significado e perspectivas apontadas pelas demonstrações contábeis.”
No trabalho intitulado “Um balanço dos balanços sociais”, Oliveira (2004, p. 46
48) levanta vários problemas encontrados em análise de 105 balanços sociais
publicados em 2002 e 2003, por empresas pertencentes ao grupo das 500 maiores
nãofinanceiras do país, segundo o ranking da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tais
problemas vão desde descrições muito resumidas de projetos até o uso de
informações pouco confiáveis, irrelevantes, inconsistentes, incoerentes e sem
padronização, além de erros elementares da língua portuguesa. Na página 46,
Oliveira faz um comentário que vem ao encontro das conclusões da pesquisa
analisada no capítulo anterior, relacionada à credibilidade dos relatórios:
[...] escaldados pelos recentes escândalos corporativos nos EUA e na Europa, os stakeholders procuram checar cada vez mais as informações apresentadas nos balanços da empresas, incluindo as sociais. Organizações como a Corporate Watch já se dedicam a localizar e denunciar empresas que publicam informações pouco confiáveis sobre conduta moral e ações socioambientais.
Reforçase, mais uma vez, que a legitimidade das informações deve ser
cuidadosamente observada. Se uma organização tiver seu Balanço Social
interpretado como uma ferramenta de maquiagem sócioambiental (tentativa de
fraude por informações incompletas ou incoerentes, contabilização de gasto ou
demonstração de ação que na verdade não se refiram à entidade), o efeito será
contrário ao desejado – ao invés de melhorar piora a imagem da organização
perante seus stakeholders.
Entendese como maquiagem sócioambiental a divulgação de valores e
ações aproveitando, por exemplo, programas de incentivos do governo, que são
pagos pela população através dos impostos e não pela organização que o divulga
como uma ação social. Outro exemplo pode ser a simples descrição de projetos sem
análise de resultados, não explicitação de quantias desembolsadas e não
detalhamento da época de implantação e/ou implementação. O Balanço Social não
139
pode ser elaborado como material de propaganda ou simples folheto informativo de
atividades.
Deve tratarse, na verdade, da apresentação dos dados de forma justa, não
enviesada, conforme se observa nas abordagens relacionadas à ética nos livros de
teoria da contabilidade. Iudícibus (2004, p. 26), quando fala sobre a abordagem ética
da contabilidade, afirma: “Segundo esta abordagem, a Contabilidade deveria
apresentarse como justa e não enviesada para todos os interessados. Deveria
repousar nas noções de verdade e fairness”.
Com sustentação nas teorias consultadas, referenciadas nos capítulos 1, 2 e
3, nos resultados da pesquisa apresentados no capítulo 4 e nas análises dos
balanços sociais apresentadas na primeira parte deste capítulo, incluindo o modelo
proposto pelo IBASE, enumeramse a seguir as orientações a serem seguidas na
elaboração de balanços sociais das instituições de ensino e, na seqüência, uma
proposta de estrutura para o Balanço Social.
5.2.1 Orientações a Serem Seguidas na Elaboração do Balanço Social
Para melhor visualização e entendimento as orientações foram divididas em
quatro grupos: (1) o que deve ser observado na fase preparatória à elaboração do
Balanço Social; (2) o que deve ser observado durante a elaboração do Balanço
Social; (3) o que deve ser observado na finalização da elaboração do Balanço Social
e (4) o que deve ser observado após a elaboração do Balanço Social.
O que deve ser observado na fase preparatória
1. Análise crítica dos documentos – Fazer análise crítica dos Balanços
Sociais de exercícios anteriores, de Balanços Sociais de outras entidades
e dos documentos que servirão como fontes de informações para o
balanço que será elaborado, buscando corrigir falhas eventualmente
existentes e o aprimoramento para se elaborar e divulgar tal documento.
Buscar orientações nas teorias existentes para que o documento não fuja
às suas finalidades e obtenha maior valorização diante do público.
2. Pesquisas de opinião junto ao público para informar melhor
Pesquisar para buscar atender melhor aos interessados. Sempre que
140
possível, solicitar avaliação e parecer dos stakeholders quanto às ações
que estão sendo realizadas, tanto quanto à forma pela qual elas estejam
sendo publicadas.
3. Condição de abertura a mudanças – Com base na análise crítica dos
documentos e nas pesquisas junto aos stakeholders, considerar a
possibilidade de mudar a forma de elaboração e divulgação do Balanço
Social. Também, com base em tais análises, fornecer informações aos
gestores, sugerindo o redirecionamento dos programas para o exercício
seguinte, buscando desenvolver as ações mais importantes para a
localidade e/ou região, ou as de características globais que,
provavelmente, estarão em conformidade com as opiniões e preferências
dos stakeholders. Tratase da utilização das pesquisas e análises dos
documentos, não só para melhorar os instrumentos de divulgação, mas
também para implantar e implementar programas, servindo como
instrumento de melhoria contínua para o desenvolvimento da sociedade.
O que deve ser observado durante a elaboração do Balanço Social
4. Linguagem clara, simples e acessível A compreensão da informação é
fator relevante para que se possam atingir os objetivos. Evitar expressões
técnicas e priorizar linguagem correta e autoexplicativa. Preocuparse
com a contextualização de cada programa para facilitar o entendimento.
Evitar expressões que não são de conhecimento amplo, como gírias,
modismos e siglas regionalistas.
5. Informações quantitativas padronizadas por programa, de forma
comparativa com o exercício anterior As elaborações das informações
devem ser contínuas e uniformes para possibilitar comparação entre
instituições e períodos distintos. As informações financeiras devem ser
consolidadas e discriminadas por programa, de forma comparativa com o
exercício anterior. O público alvo deve ser explicitado e o público atingido
evidenciado quantitativamente, também de forma comparativa entre os
exercícios.
141
6. Informações qualitativas e resultados alcançados por programa – Os
objetivos de cada programa devem ser evidenciados. Os resultados
alcançados devem ser apresentados de forma analítica. As fontes devem
ser citadas para que possam se checadas. A data de realização e a
evolução dos projetos no tempo devem ser demonstradas.
7. Definição e divulgação das metas para o exercício seguinte – Tão
importante quanto informar o histórico e os dados dos programas relativos
aos exercícios presente e anteriores, é informar as pretensões da entidade
para com aquele programa no exercício seguinte. Principalmente, em
termos de quantidade de pessoas a serem atingidas e valores financeiros
a serem alocados.
8. Transparência, clareza, legitimidade e credibilidade – É a maior
aspiração dos stakeholders com relação à publicação das ações de
responsabilidade social. A informação deve ser real e sem interferência de
juízos pessoais, evitando situações que possam ser caracterizadas como
maquiagem sócioambiental. Deve expressar claramente as opiniões e
posições da instituição. A transparência aumenta o grau de confiança e
deve ser priorizada em todo momento. É preferível número menor de
informações que informações que possam parecer mascaradas.
9. Relevância, consistência e coerência Mostrar o que é importante,
interessante, com coerência e com expressão da realidade para que haja
validade e sejam motivadas a busca e a análise do documento. Manter o
foco nos objetivos do Balanço Social. Não usálo como meio para divulgar
realizações e outras informações não pertinentes ao documento.
10.Cuidados com a elaboração e com erros de linguagem Os erros de
linguagem, assim como dados incorretos e documento mal elaborado,
podem prejudicar um belíssimo trabalho e expor a entidade e os
dirigentes.
11.Publicação das críticas recebidas explicitando ações corretivas
Publicar as críticas recebidas demonstra transparência e cativa o público.
142
As ações corretivas demonstram a atenção às críticas, a prédisposição
para a correção e a busca pela melhoria contínua.
12.Elaborar e divulgar indicadores – Dar tratamento adequado aos
indicadores em termos de evidenciação. Divulgar, tanto os indicadores de
ordem econômica – relações entre receita bruta, salários, carga tributária e
valor adicionado, e outros – e os de ordem social – evolução do emprego,
promoções de trabalhadores, relação entre os maiores e os menores
salários, evolução do pessoal por sexo e instrução, classificação do
pessoal por faixa etária e por tempo de serviço na entidade, benefícios
sociais concedidos, política de proteção ao meio ambiente, dentre outros.
O que deve ser observado na finalização da elaboração do Balanço Social
13.Ilustrações, fotografias e arte final A parte visual deve chamar a
atenção. As fotografias podem ser instrumentos ilustrativos e, ao mesmo
tempo, documentar as ações realizadas. O Balanço Social deve ter uma
boa arte gráfica e usar artifícios que suscitem a curiosidade e o interesse
na sua leitura e análise.
14.Informar nomes dos responsáveis pelo documento e disponibilizar
meios para recebimento de críticas e sugestões. A valorização das
críticas e sugestões, além de ser instrumento para promover melhorias,
aumenta a credibilidade pelo documento e pode melhorar a imagem
pública da entidade.
O que deve ser observado após a elaboração do Balanço Social
15.Certificação externa das informações Buscar formas de certificar as
informações através de empresas de auditorias e aval dos stakeholders
mais importantes para o Balanço Social.
16.Divulgação do Balanço Social para todo o público interno e externo
O Balanço Social deve ser divulgado para todo o público interessado.
Deve ser disponibilizado no site da entidade, com facilidade de acesso via
143
link na página principal ou mecanismo de busca. Um resumo deve ser
publicado nos jornais de grande circulação com a informação da
disponibilidade do documento, na íntegra, no site da entidade. Pode ser
encadernado e distribuído aos principais interessados. A divulgação, além
de promover a instituição como socialmente responsável, instiga outras a
seguirem o mesmo caminho.
Ao elaborar qualquer documento devese ter em mente seu objetivo e a quem
ele se destina. As informações qualitativas e quantitativas, os indicadores,
ilustrações, contextualização e divulgação de objetivos dos programas, assim como
os resultados e público atingido, as preocupações com a transparência, clareza,
acessibilidade e abertura a mudanças, devem ter como foco os stakeholders.
Um balanço mal elaborado, com informações incorretas ou com erros graves,
não merecerá credibilidade e irá expor os dirigentes da instituição, podendo
evidenciar falta de capacidade. Belas ilustrações e fotografias são importantes, mas
não ofuscam os estragos que relatórios mal feitos podem causar à imagem das
organizações.
Divulgar os valores investidos é importante, mas não mais do que os
resultados alcançados. Muitas organizações podem, com investimentos pequenos,
obter grandes resultados. Diversos projetos podem ser desenvolvidos nas
instituições de ensino, com o apoio de alunos e professores, executando ações de
responsabilidade social sem despesas adicionais significativas, através das
atividades de ensino, pesquisa e extensão.
5.2.2 Estrutura do Balanço Social
O Balanço Social deve ser estruturado buscandose atingir os seus objetivos
da melhor forma. Deve apresentar contextualização para facilitar o seu entendimento
de forma ampla, incluir relato das atividades conforme orientações previstas no item
anterior (5.2.1), e terminar com considerações finais da entidade.
O documento deve evidenciar as quatro vertentes: Recursos Humanos, Valor
Adicionado, Meioambiente e Benefícios e Contribuições à Sociedade. Separar as
informações nas quatro vertentes defendidas pelas teorias ajuda na compreensão
dos objetivos gerais relacionados a cada uma delas, na sistematização das
144
informações, na melhoria da comunicação; enfim, na elaboração de um documento
que possa atingir plenamente os seus objetivos.
Para melhor atendimento às suas finalidades o Balanço Social deve ser
composto por:
a. Contextualização inicial a respeito do documento e da entidade
b. Balanço de recursos humanos
c. Demonstração do valor adicionado
d. Balanço ambiental
e. Balanço dos benefícios e contribuições à sociedade
f. Indicadores gerais
g. Considerações finais sobre o documento
5.2.2.1 A Contextualização a Respeito do Documento e da Entidade
A contextualização no início do documento tem o objetivo de posicionar
melhor o interessado sobre a entidade e sobre as informações que estão sendo
publicadas. Deve ser composta por:
Ø Apresentação do documento posicionando a entidade em relação à
responsabilidade social
Ø Informação da localização da entidade e relato de um breve histórico da
evolução do empreendimento
Ø Explicitação do perfil do empreendimento identificando a entidade, a sua
finalidade, número de empregados, forma jurídica, dentre outras
informações relevantes
Ø Informação sobre a composição do corpo executivo principal
Ø Evidenciação da missão e dos valores institucionais
Mesmo que os principais interessados já possuam muitas informações a
respeito da entidade em foco e dos objetivos do Balanço Social, sempre haverá
informações de interesse numa contextualização bem elaborada, que podem
agregar conhecimentos e contribuir para serem atingidos os objetivos propostos pelo
documento.
145
5.2.2.2 Estrutura do Balanço de Recursos Humanos
A prática da responsabilidade social revelase internamente na construção de
um ambiente de trabalho saudável e propício à realização profissional, onde as
pessoas são reconhecidas como recurso organizacional e estratégico.
O Balanço de Recursos Humanos deve evidenciar o crescimento pessoal,
humano, social e intelectual dos colaboradores, destacando:
a. Formas de ingresso e crescimento: políticas de admissão, demissão e
promoção; capacitação, treinamento e aperfeiçoamento; educação
continuada, oportunidades de qualificação e crescimento, bolsas de
estudos, campanhas educativas, dentre outras.
b. Os aspectos relacionados à remuneração e qualidade de vida:
salários, participação nos lucros e resultados, saúde e medicina no
trabalho, higiene, segurança, alimentação, satisfação no trabalho, creche,
transporte, dentre outros.
c. O perfil e a evolução quantitativa: a quantidade de funcionários no início
e término de cada exercício, números de empregados, admissões, faixa
etária, sexo, tempo de serviço, grau de instrução e estado civil; número de
estagiários, de portadores de necessidades especiais, dentre outros.
d. Os indicadores: Os indicadores relativos aos recursos humanos devem
ser explicitados para complementar as informações.
Deve mostrar as ações não obrigatórias adotadas e desenvolvidas na
entidade pelos e para os colaboradores, na busca do bemestar particular e coletivo.
As informações devem ser explicitadas, preferencialmente, em quadros
comparativos com o ano anterior e com as respectivas metas para o exercício
seguinte.
No próximo capítulo, de número 6, há um exemplo de Balanço Social
elaborado conforme esta metodologia, com detalhamento das informações e
indicadores do Balanço de Recursos Humanos.
5.2.2.3 A Demonstração do Valor Adicionado
Santos (1999, 2003), ao abordar sobre a demonstração do valor adicionado,
apresenta o modelo da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e
146
Financeiras da USP – Fipecafi, como o preferido por diversas empresas que estão
elaborando tal demonstração.
O ofíciocircular CVM/SNC/SEP n.01/00 que se refere à demonstração do
valor adicionado explicita:
Considerando que as companhias abertas vêm, cada vez mais, aderindo à divulgação de informações dessa natureza, principalmente a DVA, e, dentro desse caráter voluntário de divulgação, objetivando tão somente orientar e incentivar aquelas empresas que ainda não aderiram, estamos apresentado um modelo simplificado de Demonstração do Valor Adicionado, elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da USP (Fipecafi), com instruções para o seu preenchimento. Devemos ressaltar que esse modelo, até mesmo por não se tratar de informação obrigatória, não deve inibir a apresentação de demonstração mais detalhada e melhor adaptada ao seguimento de negócio da empresa.
A seguir apresentase o modelo sugerido pela Fipecafi, adaptado para
instituições de ensino, com as respectivas instruções de seu preenchimento:
Tabela 6: Modelo de demonstração de valor adicionado (adaptado da Fipecafi).
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO EMPRESA: Em milhares de reais
DESCRIÇÃO Ano Atual Ano Anterior 1. RECEITAS 1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 1.2 Provisão para devedores duvidosos –
Reversão/(constituição) 1.3 Não operacionais
2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (incluem os valores dos impostos – ICMS e IPI) 2.1 Matériasprimas consumidas 2.2 Custos das mercadorias e serviços vendidos 2.3 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 2.4 Perda/recuperação de valores ativos
3. VALOR ADICIONADO BRUTO (12) 4. RETENÇÕES 4.1 Depreciação, amortização e exaustão
5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA EMPRESA (34)
6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRASFERÊNCIA 6.1 Resultado de equivalência patrimonial 6.2 Receitas financeiras
7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 8.1 Pessoal e encargos 8.2 Impostos, taxas e contribuições 8.3 Juros e aluguéis 8.4 Juros sobre capital próprio e dividendos 8.5 Bolsas, convênios e outras gratuidades 8.6 Lucros retidos/prejuízo do exercício
147
Observase que, com vistas a adaptar o modelo Fipecafi para instituições de
ensino superior, na distribuição do valor adicionado é acrescentado o conteúdo do
item 8.5: “Bolsas, convênios e outras gratuidades”. Tal adaptação justificase por ser
uma questão de valor bastante significativo e que, de fato, referese a valor
adicionado. Vale ressaltar que tais valores, na grande maioria das vezes,
representam benefícios diretos para os alunos mais carentes da instituição.
Instruções para preenchimento da DVA proposta pela Fipecafi e adaptada
para instituições de ensino superior.
As informações são extraídas da contabilidade e, portanto, deverão ter como
base o princípio contábil do regime de competência de exercícios.
1 – RECEITAS (soma dos itens 1.1 a 1.3)
1.1 – Vendas de mercadorias, produtos e serviços
Inclui os valores do ICMS e IPI incidentes sobre essas receitas, ou seja,
corresponde à receita bruta ou faturamento bruto.
1.2 – Provisão para devedores duvidosos – Reversão/Constituição
Inclui os valores relativos à constituição / baixa de provisão para devedores
duvidosos.
1.3 – Não operacionais
Inclui valores considerados fora das atividades principais da empresa, tais
como: ganhos ou perdas na baixa de imobilizados, ganhos ou perdas na baixa de
investimentos, etc.
2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (soma dos itens 2.1 a 2.4)
2.1 – Matériasprimas consumidas (incluídas no custo do produto vendido).
2.2 – Custos das mercadorias e serviços vendidos (não inclui gastos com
pessoal próprio).
2.3 – Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (inclui valores
relativos às aquisições e pagamentos a terceiros).
148
Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais,
serviços, energia, etc. consumidos, deverão ser considerados os impostos (ICMS e
IPI) incluídos no momento das compras, recuperáveis ou não.
2.4 – Perda/Recuperação de valores ativos
Inclui números relativos a valor de mercado de estoques e investimentos,
etc. (se no período o valor líquido for positivo deverá ser somado).
3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (diferença entre itens 1 e 2)
4 – RETENÇÕES
4.1 – Depreciação, amortização e exaustão
Deverá incluir a despesa contabilizada no período.
5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (item
3 menos item 4)
6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA (soma dos
itens 6.1 e 6.2)
6.1 – Resultado de equivalência patrimonial (inclui os valores recebidos
como dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo). O resultado de
equivalência poderá representar receita ou despesa; se despesa deverá ser
informado entre parênteses.
6.2 – Receitas financeiras (incluir todas as receitas financeiras
independentemente de sua origem).
7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (soma dos itens 5 e 6)
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (soma dos itens 8.1 a 8.5)
8.1 – Pessoal e encargos
Nesse item deverão ser incluídos os encargos com férias, 13º salário, FGTS,
alimentação, transporte etc., apropriados ao custo do produto ou resultado do
período (não incluir encargos com o INSS – ver tratamento a ser destinado no item
seguinte).
149
8.2 – Impostos, taxas e contribuições
Além das contribuições devidas ao INSS, imposto de renda, contribuição
social, todos os demais impostos, taxas e contribuições deverão ser incluídos neste
item. Os valores relativos ao ICMS e IPI deverão ser considerados valores devidos
ou já recolhidos aos cofres públicos, representando a diferença entre os impostos
incidentes sobre as vendas e os valores considerados dentro do item 2 – Insumos
adquiridos de terceiros.
8.3 – Juros e aluguéis
Devem ser consideradas as despesas financeiras e as de juros relativas a
quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras,
empresas do grupo ou outras e os aluguéis (incluindose as despesas com leasing)
pagos ou creditados a terceiros.
8.4 – Juros sobre o capital próprio e dividendos
Inclui os valores pagos ou creditados aos acionistas. Os juros sobre o capital
próprio contabilizados como reserva deverão constar do item lucros retidos.
8.5 Bolsas, convênios e outras gratuidades
Devem ser considerados os valores totais das bolsas de estudo, de pesquisa
e de extensão, os descontos financeiros para alunos carentes, os descontos
advindos de convênios com entidades de classe, empresas, prefeituras e outras
deduções correlatas com as anuidades.
8.6 – Lucros retidos/prejuízo do exercício
Devem ser incluídos os lucros do período destinados às reservas de lucros e
eventuais parcelas ainda sem destinação específica.
5.2.2.4 Estruturas do Balanço Ambiental e do Balanço de Benefícios e
Contribuições à Sociedade
Em relação ao meio ambiente, uma entidade socialmente responsável deve ir
além das exigências legais, objetivando o bemestar social presente e futuro. O
Balanço ambiental deve explicitar a postura da entidade em relação aos recursos
naturais: preservação, proteção e recuperação, através da evidenciação dos
150
programas, pesquisas, ações e campanhas educativas e de conscientização,
relacionados a: qualidade do ar e da água; descrição de impacto ambiental; coleta
seletiva de lixo, economia de energia e água; ecologia; eliminação de efeitos
negativos do processo de produção, preservação dos recursos naturais
principalmente os não renováveis, dentre outros. Neste balanço são explicitados
também: o ativo ambiental – bens possuídos que visem à preservação, proteção e
recuperação do meio ambiente; o passivo ambiental – responsabilidade de natureza
ambiental, imposta ou voluntária.
Os benefícios e contribuições à sociedade caracterizamse por ações não
obrigatórias em prol do bemestar social. O balanço dos benefícios e contribuições à
comunidade deve explicitar os projetos, programas e ações relacionados a: cultura,
esporte, habitação, saúde pública, saneamento, assistência social, segurança
pública, inclusão social, educação, defesa civil, obras públicas, campanhas, bolsas
de estudo, filantropia, dentre outros. Devese ter o cuidado de relacionar os
benefícios fiscais, quando existentes, para evitar a caracterização de maquiagem
sócioambiental.
O Balanço Ambiental e o Balanço de Benefícios e Contribuições à Sociedade
podem seguir a mesma estruturação. Cada programa deverá ser detalhado
informando seus objetivos, públicoalvo, público atingido, data/período de realização,
dados financeiros, quando houver, e resultados alcançados.
No final devem ser explicitados os indicadores pertinentes a cada balanço,
por programa/atividade, fazendose comparação com o exercício anterior,
informando:
Ø Os gastos incorridos
Ø O percentual em relação à receita
Ø O número de pessoas beneficiadas
Ø As metas para o exercício seguinte
No próximo capítulo, de número 6, encontrase um modelo do Balanço Social
de uma instituição de ensino, onde estão exemplificados o Balanço Ambiental e o
Balanço de Benefícios e Contribuições à Sociedade, seguindose a metodologia ora
apresentada.
151
5.2.2.5 Indicadores Gerais
Além dos indicadores que deverão ser apresentados no final dos Balanços de
Recursos Humanos, Ambiental e de Benefícios e Contribuições à Sociedade, alguns
indicadores gerais deverão ser apresentados no final do documento, a saber:
Origens dos recursos
Inclui além dos recursos originados com a prestação de serviços e/ou venda
de produtos, os recursos governamentais (subvenções), doações, contribuições,
patrocínios, cooperação internacional e outras receitas.
Aplicação dos recursos
Inclui as despesas e investimentos separados em:
Ø Total de valores aplicados em projetos, programas e ações sociais
(excluindo pessoal)
Ø Pessoal (salários + benefícios + encargos)
Ø Aplicações diversas (despesas operacionais, impostos e taxas, despesas
financeiras, investimentos, etc.)
Outros indicadores
Ø Quantidades de alunos(as)
Ø Alunos(as) com bolsas integrais
Ø Valor das bolsas integrais
Ø Alunos(as) com bolsas parciais
Ø Valor das bolsas parciais
Ø Alunos(as) com bolsas de iniciação científica e pesquisa
Ø Valor das bolsas de iniciação científica e pesquisa
Outras informações relevantes quanto à ética, transparência e
responsabilidade social
É importante que no Balanço Social existam outras informações relevantes
quanto à ética, transparência e responsabilidade social. Tais informações podem
152
ser: relação entre maior e menor remuneração, política ou ação de valorização a
diversidade, consideração de critérios éticos e de responsabilidade social ambiental
na relação com os parceiros, participação de empregados nos planejamentos da
entidade, processos eleitorais, existência de Comissão/Conselho de Ética, dentre
outras.
5.2.2.6 Considerações Finais no Balanço Social
O Balanço Social deve ser fechado com as considerações finais a respeito do
documento e do posicionamento da entidade relacionado à responsabilidade social.
5.3 Considerações Sobre o Capítulo
A análise dos Balanços Sociais no item 5.1 demonstrou que as instituições de
ensino superior que publicam o Balanço Social não seguem o mesmo padrão de
documento. O único item que apresenta certa aceitação comum entre elas é o item
“indicadores”, já que as instituições que os publicaram, adotaram ou basearamse no
modelo do IBASE. Por outro lado, observase que algumas instituições publicam
informações sob o título de Balanço Social, que não detêm características
necessárias para assim ser consideradas, se tomadas como base as teorias
existentes.
Quanto ao modelo proposto no item 5.2, observase estar sob a forma de
orientação, e os quadros demonstrativos, os exemplos e os itens a serem abordados
em cada parte do documento serão demonstrados no capítulo a seguir, como um
exemplo real de Balanço Social de uma instituição de ensino superior.
Vale ressaltar que a estrutura ora apresentada proposta para o Balanço Social
tem como fundamentação a literatura consultada e referenciada nos capítulos
anteriores. Ressaltase também que, na evidenciação dos indicadores ao final dos
balanços de Recursos Humanos, Ambiental e de Benefícios e Contribuições à
Sociedade, e nos indicadores gerais, apresentados no final do Balanço Social, há
significativo aproveitamento do modelo proposto pelo IBASE. Tal modelo vem
sendo utilizado por quase a totalidade das instituições de ensino que publicam
indicadores no seu Balanço Social, conforme analisado no início deste capítulo. E,
no que diz respeito a indicadores, o modelo proposto pelo IBASE é coerente com as
teorias explicitadas nos capítulos anteriores.
153
6. BALANÇO SOCIAL 2004 DO UNIARAXÁ
APRESENTAÇÃO
O UNIARAXÁ entende que uma das dimensões de sua atuação é o seu
relacionamento com a comunidade local e regional, justificativa de sua participação
ativa nos problemas sociais, com investimentos e iniciativas ligados à Educação e,
conseqüentemente, à melhoria da qualidade de vida das pessoas. Sua
responsabilidade primeira, entretanto, está presente no compromisso inegociável
com a qualidade dos que aqui se formam, no empenho em conduzir a pesquisa ao
patamar de ciência e tecnologia de modo a garantir condições crescentes de
soberania ao país no macro cenário, e na disposição de aproximar o conhecimento
aqui produzido das práticas e demandas sociais do contexto em que está situado.
E a sua responsabilidade tem sido exercida de forma ampla, pois se
concretiza também nas causas imediatas, detectadas por diagnósticos ou
interlocução de lideranças e ong’s que atuam na área. Essa atitude temlhe
apontado a direção para encontrar a melhor maneira de contribuir com as causas
que abraça.
Busca parcerias para o enfrentamento de questões sociais e acredita que o
sucesso é possível somente a partir de uma conjugação integrada de esforços.
Todos têm que estar alinhados para a superação dos inúmeros desafios.
Entende que uma atuação ética e direcionada para o foco das demandas
sociais promoverá, em médio prazo, ganhos substantivos para a própria imagem
institucional, resultado este naturalmente conseqüente para qualquer outra entidade
com procedimento semelhante.
Manter acesa essa esperança, sobretudo quando os tempos teimam em
permanecer sombrios, é a maior de suas responsabilidades.
A estas, de coração e alma, nos associamos.
Profª. Maria Auxiliadora Ribeiro Reitora
154
HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
O Centro Universitário do Planalto de Araxá – UNIARAXÁ – tem como
mantenedora a Fundação Cultural de Araxá – FCA criada em 1.972, com a
finalidade de abrir e manter cursos superiores, em Araxá, cidade com 78.997
habitantes, segundo o censo do IBGE de 2000, situada na região do Alto Paranaíba,
estado de Minas Gerais, a 365 Km de Belo Horizonte e 540 de São Paulo.
Em 1973 foi autorizado o funcionamento dos três primeiros Cursos: Letras,
Pedagogia e Estudos Sociais (hoje História); em 1993, o Curso de Ciências
Contábeis; em 1996, o Curso de Direito e em 2000 o Curso de Ciências Biológicas.
A partir de 2002, com a transformação em Centro Universitário, passou a
oferecer, também, os cursos Normal Superior, Administração, Sistemas de
Informação, Turismo, Gestão de Agronegócios, Enfermagem, Fisioterapia e
Educação Física, além de diversos cursos de pósgraduação latosensu.
O Setor de Extensão tem levado o conhecimento produzido no UNIARAXÁ a
toda a comunidade do Planalto de Araxá, formada por 15 municípios, e mais
diretamente à comunidadesede. Essa extensão se realiza, também, trazendo a
comunidade ao campus, oportunizando um diálogo permanente entre os três pilares
fundamentais de sua constituição: Ensino, Pesquisa e Extensão.
O Setor de Pesquisa, mesmo não sendo um imperativo legal para Centros
Universitários, foi implantado e vem crescendo aceleradamente. O UNIARAXÁ não
concebe, para se alcançar qualidade, a existência de Ensino sem Pesquisa.
Por ser mantido por uma Fundação, todos os recursos disponíveis são
reinvestidos na própria instituição, que pode e tem praticado uma política de
facilitação de acesso, para as mais diferentes classes sociais, a um ensino superior
de qualidade, com anuidades acessíveis, conjugado a um programa de promoção
social com a oferta de bolsas da própria Fundação e das empresas e entidades com
as quais mantém sólida parceria.
PERFIL DO EMPREENDIMENTO/2004
Nome: Centro Universitário do Planalto de Araxá – UNIARAXÁ.
Principal serviço: Ensino Superior.
Número de Empregados: 187
155
Perfil Discente em 2004: O corpo discente é composto por 61,27% de estudantes
do sexo feminino e 38,73% do sexo masculino, tendo 60,62% idade entre 18 e 25
anos.
Caracterização: Instituição pública de direito privado, sem fins lucrativos.
O UNIARAXÁ possui 53 salas de aula com área média unitária de 58m², 2
auditórios, 3 salas de multimeios, 13 laboratórios, centro de convivência, pista de
atletismo, piscina semiolímpica, além de espaços destinados a assistência judiciária
gratuita, empresa júnior e às atividades administrativas.
DIREÇÃO DA INSTITUIÇÃO EM DEZEMBRO DE 2004
ENTIDADE MANTENEDORA: Fundação Cultural de Araxá FCA
Presidente: Romeu Zema Neto
VicePresidente: Goodson Barbosa de Moura
Conselho Diretor: José Augusto Montandon Neto, Lídia Maria de Oliveira Jordão
Rocha da Cunha, Marlene Borges Pereira, Pedro Eustáquio de Andrade, Wagner de
Freitas Oliveira
Conselho Fiscal: Agnelo Guimarães Borges, Paulo César Batista, Jacy Alves
Furtado
ENTIDADE MANTIDA: Centro Universitário do Planalto de Araxá UNIARAXÁ
Reitora: Profª. Maria Auxiliadora Ribeiro
ViceReitor: Prof. Venâncio Ferreira
PróReitor de Ensino, Pesquisa e Extensão: Prof. Ms. Erli dos Santos
PróReitor de Planejamento, Administração e Finanças: Prof. Válter Gomes
Diretora do Instituto Superior de Educação: Prof ª. Maria Magdalena Castro Oliveira
Diretor do Inst. de Ciências Exatas e Humanas: Prof. Ms. Nilson Vieira de Carvalho
Diretora do Inst. de Ciências da Saúde: Profª. Dra. Adenilda Cristina Honório França
Coordenadora do Setor de Extensão: Profª Lazara do Rosário Carneiro
Coordenador do Setor de Pesquisa: Prof. Dr. Eduardo Luzia França
156
Coordenadora da PósGraduação: Profª. Ms. Maria Lúcia Franco Idaló
MISSÃO INSTITUCIONAL
Oferecer ensino de graduação de qualidade para formar cidadãos e contribuir
com o desenvolvimento regional sustentável.
VALORES INSTITUCIONAIS
O Centro Universitário do Planalto de Araxá tem sua filosofia institucional
alicerçada nos seguintes valores:
Figura 1: Valores da filosofia institucional Fonte: PDI 2004/2008
6.1 Balanço de Recursos Humanos
O UNIARAXÁ, ciente da importância dos colaboradores no desenvolvimento
das atividades, preocupase com as condições de vida e crescimento destes.
6.1.1 Formas de Ingresso e Crescimento
O UNIARAXÁ admite os seus professores e funcionários administrativos
através de processos de seleção interna. Possui plano de carreira e qüinqüênio –
5% de aumento nos rendimentos a cada 5 anos de serviços prestados. Promove
Respeito aos Direitos
Humanos
Igualdade
Democracia
Liberdade
Educação Integral
Solidariedade
Proteção ao Meio
Ambiente
157
sistematicamente a educação continuada interna através da capacitação,
treinamento e aperfeiçoamento dos seus colaboradores. Disponibiliza bolsas de
estudos para os colaboradores e seus dependentes e promove campanhas
educativas internas.
EDUCAÇÃO CONTINUADA
O UNIARAXÁ investe na educação continuada dos seus professores e
funcionários técnicoadministrativos, através de capacitação, treinamentos e
participações em eventos, e apóia a capacitação dos dependentes dos
colaboradores fornecendolhes bolsas de estudos para a própria instituição.
Bolsa de capacitação
As bolsas de capacitação são regulamentadas pela Portaria 008/2003 e se
destinam a professores e funcionários técnicoadministrativos do UNIARAXÁ e da
Fundação Cultural de Araxá. Favorecem a ascensão profissional deste público
através de bolsas de estudos em cursos de graduação e pósgraduação oferecidos
pela própria instituição. Para cursos de pósgraduação em outras instituições de
ensino os valores são fixados semestralmente.
Tabela 7: Bolsa de capacitação para colaboradores
Ano 2004 2003
Descrição Qde Valor Qde Valor Bolsas de graduação para funcionários 27 172.368,52 26 58.158,13 Bolsas de especialização para professores 01 4.200,00 01 4.200,00 Bolsas de mestrado para professores 16 147.700,00 14 85.000,00 Bolsas de doutorado para professores 02 19.900,00
Bolsa de estudos para dependentes
Bolsa para cursos de nível superior, na própria IES, destinada a dependentes
de 1º grau de dirigentes, professores e funcionários do UNIARAXÁ e da Fundação
Cultural de Araxá, regulamentada pela Portaria 007/2003.
Tabela 8: Bolsa de estudos para dependentes
Detalhe 2004 2003 Total de alunos dependentes de funcionários 16 8 Valor R$87.147,00 R$37.464,00
158
Participação de colaboradores em congressos, seminários, cursos e palestras
O UNIARAXÁ investe na participação de professores e funcionários técnico
administrativos em seminários, palestras, cursos e congressos, de acordo com a
demanda e as necessidades institucionais e dos colaboradores.
Tabela 9: Participação de colaboradores em seminários, palestras, cursos e congressos
2004 2003 %
R$18.628,27 R$25.240,06 (35,49%)
6.1.2 Remuneração e Qualidade de Vida
Os salários são pagos integralmente, e rigorosamente em dia. A instituição
possui programas de apoio a saúde, higiene, segurança, transporte, e promove
atividades visando à satisfação no trabalho.
Saúde
O UNIARAXÁ possui convênio com a UNIMED e sua Farmácia. Oferece
hidroterapia para seus colaboradores favorecendo o bem estar físico e mental,
melhoria das condições físicas e relaxamento muscular.
Aulas de Yoga
Atento aos aspectos de saúde, cidadania e autoestima, o UNIARAXÁ oferece
aos colaboradores aulas de Yoga uma atividade que visa à melhoria da qualidade
de vida através do equilíbrio físico, emocional e mental. A atividade constituise de
exercícios físicos (ásanas), respiratórios (pranayamas), meditação, relaxamento,
mantras e pequenos estudos sobre o autoconhecimento, obtendo os seguintes
resultados qualitativos na avaliação realizada junto ao grupo, no ano de 2004 (97
alunos): gerou diminuição da ansiedade, nervosismo e irritabilidade; instalou
sensação de relaxamento e tranqüilidade e propiciou noção de centro ou eixo da
própria pessoa.
159
Comemorações
Com o objetivo de integrar os funcionários, a
instituição os reúne para comemorar momentos
especiais, como: aniversários do mês, páscoa, dia
do professor, natal e outros.
Figura 2: Comemorações Fonte: Banco de Imagens do Uniaraxá
Transporte
Oferece valetransporte para os funcionários técnicoadministrativos que
dependem de transporte coletivo, e cobre despesas de viagens dos professores que
residem em outros municípios.
Tabela 10: Gastos com transportes de funcionários
2004 2003
140.259,16 125.727,25
6.1.3 Perfil e Evolução Quantitativa dos Colaboradores
Perfil dos Colaboradores
Observase significativo aumento do número de colaboradores nos anos de
2003 e 2004, conforme tabela a seguir:
Tabela 11: Número de colaboradores no início e final do exercício social
Descrição 2004 2003 Número de colaboradores no início do exercício 157 111 Número de colaboradores no fim do exercício 187 157 Aumento no número de colaboradores no exercício 30 46 Percentual de aumento no número de colaboradores no exercício 19,11% 41,44%
Fonte: Setor Pessoal da FCA.
Houve aumento de 12 colaboradores do sexo masculino no ano de 2004 e 18
do sexo feminino. A faixa etária com alteração mais significativa foi a de 25 a 29
anos, com aumento de 14 colaboradores, conforme tabela 12:
160
Tabela 12: Quantidade de colaboradores por faixa etária e por sexo
Sexo Masculino Feminino
Faixa Etária 2004 2003 2004 2003 Até 24 anos 4 5 7 6 De 25 a 29 anos 18 12 15 7 De 30 a 34 anos 10 11 18 13 De 35 a 39 anos 22 15 24 22 De 40 a 44 anos 7 7 8 11 De 45 a 49 anos 8 7 12 6 De 50 a 54 anos 8 7 4 3 De 55 a 59 anos 7 8 4 8 De 60 a 64 anos 3 2 4 3 Acima de 65 anos 1 2 3 2 TOTAL 88 76 99 81
Fonte: Setor Pessoal da FCA.
Houve aumento de 10 professores efetivos prestando serviços para o
UNIARAXÁ, durante o ano de 2004 (tabela 13).
Tabela 13: Corpo docente por tempo de experiência no magistério superior
2004 2003 Tempo de Experiência Qtde % Qtde %
Menos de 2 anos 26 23% 25 25% Entre 2 e 5 anos 49 43% 40 23% Entre 5 e 10 anos 19 17% 26 26% Entre 10 e 15 anos 12 11% 11 11% Mais de 15 anos 7 6% 6 15% Total 113 100% 103 100% Fonte: Setor Pessoal da FCA.
Quanto ao pessoal técnicoadministrativo, o aumento na quantidade total foi
de 20 colaboradores conforme tabela 14.
Tabela 14: Pessoal técnicoadministrativo por tempo de serviço
2004 2003 Tempo Qtde % Qtde %
Menos de 1 ano 20 14% 21 40% Entre 1 e 5 anos 39 66% 18 35% Entre 6 e 10 anos 5 6% 02 4% Acima de 10 anos 10 14% 11 21% Total 74 100% 54 100% Fonte: Setor de Pessoal da FCA.
Na tabela 15 observase maior aumento no percentual de colaboradores
casados.
161
Tabela 15: Pessoal técnicoadministrativo por estado civil
2004 2003 Estado Civil Quantidade Percentual Quantidade Percentual Solteiro 21 28% 24 44% Casado 37 51% 22 41% Outros 16 21% 08 15% Total 74 100% 54 100% Fonte: Setor de Pessoal da FCA.
6.1.4 Indicadores Relacionados aos Recursos Humanos
Tabela 16: Indicadores sociais internos
2004 2003
Indicadores sociais internos (Ações e benefícios para os(as) funcionários(as))
Valor (reais)
% sobre receita
Valor (reais)
% sobre receita
metas 2005 (reais)
a. Educação 431.315,52 3,40% 184.822,13 1,95% 474.000,00 b. Capacitação e desenvolvimento profissional 18.628,27 0,15% 25.240,06 0,26% 20.000,00 c. Segurança e medicina no trabalho 9.007,00 0,07% 2.894,00 0,03% 10.000,00 d. Transporte 140.259,16 1,11% 125.727,25 1,33% 154.000,00 e. Bolsas/estágios 114.690,72 0,90% 24.205,62 0,26% 126.000,00 Total Indicadores sociais internos 713.900,67 5,62% 362.889,06 3,82% 785.000,00
Tabela 17: Indicadores sobre o corpo funcional
Indicadores sobre o corpo funcional 2004 2003 metas 2005 Nº total de empregados(as) ao final do período 187 157 218 Aumento no número de empregados durante o período 30 46 31 Nº de prestadores(as) de serviço 11 11 11 % de empregados(as) acima de 45 anos 29,00% 31,00% 30,00% Nº de mulheres que trabalham na instituição 99 81 118 % de cargos de chefia ocupados por mulheres 57,00% 50,00% 57,00% Idade média das mulheres em cargos de chefia 46 39 46 Salário médio das mulheres 1.629,83 1.498,86 1.760,00 Idade média dos homens em cargos de chefia 50 42 50 Salário médio dos homens 2.376,56 1.357,77 2.500,00 Nº de negros(as) que trabalham na instituição 7 7 7 Salário médio dos(as) negros(as) 1.131,85 1.342,58 1.220,00 Nº de brancos(as) que trabalham na instituição 180 150 211 Salário médio dos(as) brancos(as) 2.014,26 2.187,02 2.100,00 Nº de estagiários(as) 30 17 45 Nº portadores(as) necessidades especiais 3 3 3 Salário médio portadores(as) necessidades especiais 420,00 401,90 453,00
162
Tabela 18: Qualificação do corpo funcional
Qualificação do corpo funcional 2004 2003 Metas 2005 Nº total de docentes 113 103 127
Nº de doutores(as) 11 10 12 Nº de mestres(as) 42 29 50 Nº de especializados(as) 58 63 65 Nº de graduados(as) 2 1 0
Nº de funcionários(as) no corpo técnico e administrativo 74 54 91 Nº de pósgraduados (especialistas, mestres e doutores) 3 3 6 Nº de graduados(as) 19 17 24 Nº de graduandos(as) 11 7 16 Nº de pessoas com ensino médio 11 9 15 Nº de pessoas com ensino fundamental 22 6 25 Nº de pessoas com ensino fundamental incompleto 8 12 5 Nº de pessoas nãoalfabetizadas 0 0 0
6.2 Demonstração do Valor Adicionado
Demonstrase, a seguir, o valor da riqueza gerada pela instituição e a sua
distribuição.
Tabela 19: Demonstração do valor adicionado DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
INSTITUIÇÃO: Centro Universitário do Planalto de Araxá
Em reais
Descrição VALOR EM 2004 VALOR EM 2003 Variação %
1. RECEITAS R$12.454.523,07 R$9.220.135,54 35,08%
1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços R$12.060.246,65 R$9.010.334,93 33,85%
1.2 Não operacionais R$394.276,42 R$209.800,61 87,83%
2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS R$2.698.658,18 R$2.282.659,48 18,22%
2.1 Custo dos serviços vendidos R$1.163.006,33 R$958.946,22 21,28%
2.2 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros R$1.535.651,85 R$1.323.713,26 16,01%
3. VALOR BRUTO ADICONADO (12) R$9.755.864,89 R$6.937.476,06 40,62%
4. RETENÇÕES R$618.514,67 R$344.754,56 79,41%
4.1 Depreciação, amortização e exaustão R$618.514,67 R$344.754,56 79,41%
5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (34)
R$9.137.350,22 R$6.592.721,50 38,60%
6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
R$237.281,35 R$256.919,94 (7,64%)
6.1 Receitas Financeiras R$237.281,35 R$256.919,94 (7,64%)
7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) R$9.374.631,57 R$6.849.641,44 36,86%
8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO R$9.374.631,57 R$6.849.641,44 36,86%
8.1 Pessoal e encargos R$5.889.820,02 R$4.068.550,31 44,76%
8.2 Impostos, taxas e contribuições R$1.466.160,78 R$1.182.252,55 24,01%
8.3 Juros e aluguéis R$25.061,46 R$20.445,36 22,58%
8.4 Bolsas destinadas a alunos carentes e funcionários R$637.375,10 R$278.852,46 128,58%
8.5 Lucros retidos/prejuízo de exercício R$1.356.214,21 R$1.299.540,76 4,36%
Fonte: Balancete Analítico da Fundação Cultural de Araxá/2003/2004.
163
Observase que os valores das bolsas destinadas a alunos carentes e
funcionários aumentaram 128,58%, e que o valor destinado a pessoal e encargos
aumentou 44,76%.
6.3 Balanço Ambiental
Foram desenvolvidos diversos projetos, pesquisas e eventos com objetivo
voltado para a consciência ambiental.
ÁGUA, FONTE DE VIDA: meios de utilização, conservação e preservação de
recursos naturais.
Figura 3: Meio ambiente Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Descrição: Repasse de informações para os moradores, principalmente sobre a
situação da água no município e no planeta. Orientações de como poupar água e
energia elétrica. Diagnóstico ambiental de uma área verde urbana próxima ao Bairro
Pão de Açúcar. Estudo de percepção e comportamento ambiental dos moradores.
Públicoalvo: Comunidade do entorno do UNIARAXÁ.
Público atingido: 357 pessoas.
Data da realização: 1ª etapa: 1º semestre de 2004 e 2ª etapa: 2º semestre de 2004.
Resultados: Criação de condições para compreensão e análise das questões
ambientais locais e globais e da forma com que elas afetam os recursos naturais.
Apoio na formação de profissionais competentes e com senso crítico.
Objetivos: Conscientizar e sensibilizar os
moradores do entorno do Uniaraxá para o
uso correto da água e da energia elétrica.
164
IV SEMANA DO MEIO AMBIENTE
Objetivos: Transmitir conhecimentos sobre temas da atualidade em Meio Ambiente
e conscientizar sobre o exercício profissional do Biólogo.
Públicoalvo: Alunos, professores e comunidade.
Público atingido: 1.745 pessoas
Data da realização: 01 a 05 de junho de 2004.
Resultados: Avanços científicos 81 trabalhos publicados nos anais. 82% dos
alunos do Curso de Ciências Biológicas avaliaram o evento como muito bom.
MAMÍFEROS DO BRASIL
Objetivos: Aprofundar os conhecimentos na área de zoologia e propor alternativas
para melhoria na interação homens e animais.
Públicoalvo: Alunos e comunidade
Público atingido: 47 pessoas.
Data da realização: 02 e 03 de junho
Resultados: 88% dos participantes avaliaram o curso como ótimo ou muito bom.
ECOPEDAGOGIA
Objetivos: Transmitir conhecimentos sobre Educação Ambiental.
Públicoalvo: Alunos e profissionais da área.
Público atingido: 40 pessoas.
Data da realização: 03 e 04 de junho.
Resultados: 79% dos participantes avaliaram o curso como ótimo ou muito bom.
165
TRILHA ECOLÓGICA DO UNIARAXÁ
Figura 4: Trilha ecológica Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Públicoalvo: acadêmicos, professores e funcionários do UNIARAXÁ.
Público atingido: 88 participantes.
Data da realização: 08 de maio de 2004.
Resultados: Os objetivos foram alcançados. Houve participação de representantes
de toda a comunidade acadêmica. As equipes participantes se declararam
satisfeitas.
Tabela 20: Indicadores relativos ao balanço ambiental
2004 2003 Projetos, ações e contribuições relativos ao meio ambiente Valor (reais)
% sobre receita Valor (reais)
% sobre receita
metas 2005 (reais)
R$ 0,00 R$0,00 1. ÁGUA, FONTE DE VIDA: meios de utilização, conservação e preservação de recursos naturais Nº pessoas
beneficiadas: 357 Nº de pessoas beneficiadas:360
R$ 0,00 R$0,00 R$0,00 2. Semana do Meio Ambiente
Nº pessoas beneficiadas: 1745
Nº pessoas beneficiadas: 1500
Nº de pessoas beneficiadas:2000
R$ 0,00 R$0,00 3. Mamíferos do Brasil
Nº pessoas beneficiadas: 47
Nº de pessoas beneficiadas:50
R$ 0,00 0,02% R$0,00 4. Ecopedagogia
Nº pessoas beneficiadas: 40
Nº de pessoas beneficiadas:50
R$ 0,00 R$0,00 5. Trilha Ecológica do UNIARAXÁ
Nº pessoas beneficiadas: 88
Nº de pessoas beneficiadas:100
6.4 Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade
Em 2004 foram destinados R$ 544.089,47 a bolsas de estudo, concedidas a
alunos carentes, convênios e sindicatos, e R$ 42.202,23 a projetos, programas e
Objetivos: Desenvolver a consciência
ecológica e habilidades para o trabalho em
grupo; despertar o espírito de liderança e o
interesse pelo conhecimento do esporte de
aventura.
166
atividades sociais. Ressaltese que este valor referese apenas aos gastos
adicionais. Não foram considerados os valores relativos a pagamento de salários e
encargos de professores, funcionários administrativos e estagiários.
6.4.1 Educação
CIDADANIA EM AÇÃO: alfabetização de jovens e adultos
Figura 5: Alfabetização de jovens e adultos Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Públicoalvo: Pessoas analfabetas na faixa de 15 a 61 anos.
Público atingido: 23 participantes.
Data da realização: 03 de maio a 10 de dezembro de 2004.
Resultados: Alcançado ótimo resultado, levandose em consideração o caráter dos
alunos: desconfiados e destituídos de ideais. A grande maioria conseguiu ler e escrever, e o letramento foi consideravelmente melhorado.
Recursos Financeiros: R$3.934,40
CIENTISTA MIRIM
Figura 6: Cientista mirim Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ.
Objetivo: Alfabetizar jovens e adultos; possibilitar a
construção e a reconstrução do conhecimento pelo
aluno, sendo o professor o mediador; criar
condições lúdicas para o processo: jogos,
gravuras, recortes, desenhos, música, relaxamento
e outras formas de ensinar/aprender.
Objetivo: Despertar o interesse pela
investigação científica nas crianças.
Desenvolver a criatividade e o espírito
crítico, proporcionar atividades culturais e
de lazer, e promover a saúde na
comunidade.
167
Públicoalvo: Alunos do ensino fundamental.
Público atingido: 195 crianças.
Data da realização: 12/04 a 30/06 e 02/08 a 22/10 de 2004.
Resultados: Contribuiu para o desenvolvimento de crianças de diferentes níveis
sociais. Propiciou associação dos estudos em sala de aula com situações em que os
alunos puderam despertar a curiosidade pelas ciências, e favoreceu a criatividade,
independentemente do nível social. Para os alunos da graduação, participantes do
projeto, oportunizou a vivência da articulação do ensino, pesquisa e extensão.
APLICAÇÃO DA INFORMÁTICA COMO FERRAMENTA DE APOIO PARA O
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Objetivo: Promover o acesso da comunidade carente à prática digital, e permitir o
exercício da cidadania e dos conhecimentos técnicos e didáticopedagógicos de
discentes do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação.
Públicoalvo: Alunos do Ensino Fundamental e Médio.
Público atingido: 1º Semestre de 2004: 19 pessoas, 2º semestre de 2004: 36.
Data da realização: Junho a novembro de 2004.
Resultados: Grande entusiasmo dos alunos, o que facilitou o aprendizado.
Desenvolvimento das atividades e assimilação de conteúdos bastante satisfatórios.
Recursos Financeiros: R$438,63
CONTAÇÃO DE ESTÓRIAS: biblioteca móvel “embarque nas letras”
Figura 7: Biblioteca móvel Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ.
Objetivos: Incentivar o gosto pela leitura
nas crianças do Ensino Fundamental e
contribuir para o crescimento do número de
leitores no município de Araxá.
168
Descrição: Recital de poesias, acompanhado de músicas, com a participação de
crianças da Escola Municipal de Aplicação Lélia Guimarães – EMALG. Encenação
humorística “A Casa Sonolenta” com a participação dos alunos do Curso de
Pedagogia e alunos da EMALG. Apresentação de fantoche em vareta “Fraca
Fracola, Galinha D’Angola” enriquecida por músicas e cantos voluntários da
comunidade.
Públicoalvo: Alunos e Professores do Ensino Fundamental.
Público atingido: 570 pessoas no 1º semestre de 2004 e 574 no 2º.
Data da realização: 11 e 12/03/04; 18 e 19/08/04; 25 e 26/10/04 e 22 e 23/11/04.
Resultados: Grande participação do público, com visível interesse. Reforço dos
valores humanos.
OUTROS PROJETOS REFERENTES À EDUCAÇÃO
Jornada de Educação: Discutiu temas atuais da Educação e divulgou a produção
acadêmica de docentes e discentes do UNIARAXÁ e de outras instituições.
Jogos Matemáticos na Educação Infantil: Desenvolveu estratégias para trabalhar
conteúdos escolares, utilizando como eixos a resolução de problemas e a
modelagem matemática, através de atividades lúdicas.
Festival de Xadrez: Estreitou laços de amizade no meio acadêmico e comunidade.
Divulgou o jogo de xadrez como recurso para o desenvolvimento intelectual.
Jogo de Xadrez Como Recurso Pedagógico: Habilitou profissionais para o uso do
jogo de xadrez como um recurso pedagógico.
Encontro do Proler em Araxá – MG: Reflexão e prática de leitura, incentivo ao
prazer pela leitura visando a aumentar o número de leitores e formar leitores críticos.
6.4.2 Saúde Pública e Qualidade de Vida
169
EDUCARSE: orientações posturais para crianças e adolescentes
Figura 8: Educarse Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Públicoalvo: Alunos da Escola Municipal de Aplicação Lélia Guimarães – EMALG.
Público atingido: 90 alunos.
Data da realização: 10 e 11 de junho de 2004.
Resultados: Propiciou contato dos alunos do Curso de Fisioterapia com crianças
carentes. Evidenciou incidência de desvios na coluna vertebral e alterações
posturais significativas nas crianças avaliadas. As maiores incidências detectadas
foram escoliose com 40%, seguida por hiperlordose lombar e cifose postural com
30%. Foram sugeridas alterações posturais. As orientações aos pais e/ou
responsáveis não atingiu os resultados esperados, tendo em vista a baixa
presença/participação. Novas avaliações e orientações foram planejadas.
ENFERMAGEM EM SAÚDE PÚBLICA E COMUNITÁRIA
Figura 9: Enfermagem em ação na saúde pública Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Objetivos: Levar aos alunos da EMALG
conhecimentos e orientações sobre postura;
orientar pais e responsáveis; realizar
levantamento do grau de incidência dos
principais desvios na coluna vertebral e as
alterações posturais mais freqüentes.
Objetivos: Evidenciar os problemas de saúde
da população relacionados a não saneamento
e a destino do lixo; oferecer orientações à
população sobre temas de saúde; coletar
dados para pesquisa sobre abrangência das
campanhas de vacinação, automedicação e
utilização de hortaliças e plantas medicinais.
170
Públicoalvo: 05 de junho pais e acompanhantes das crianças que procuraram o
Posto no dia da multivacinação, e 21 de agosto – moradores de bairros da periferia
de Araxá.
Público atingido e Data de realização: 1.050 famílias em junho e 725 em agosto.
Resultados: Propiciou ajuda às pessoas carentes, conforme objetivos do projeto.
Propiciou aos alunos do curso de Enfermagem a oportunidade de contato com a
população de diferentes classes sociais.
PROJETO SOCIAL “UMA LIÇÃO DE CIDADANIA”
Figura 10: Projeto social “Uma Lição de Cidadania” Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Públicoalvo: Moradores da região oeste de Araxá – Bairros: Alvorada, Santa Luzia,
São Cristóvão, João Ribeiro e Comunidade Araxaense em geral.
Público atingido: Na pesquisa de campo 5.045 pessoas e na Ação Social, 3.000.
Data da realização: Março, abril, maio, junho e outubro de 2004.
Resultados: No seu sexto ano de realização, o Projeto Social reafirma a importância
do exercício da cidadania pelos universitários, vivenciando conteúdos curriculares
relacionados às humanidades em ações concretas, cumprindo a missão do
UNIARAXÁ de formar o cidadão integral, consciente e comprometido com a
sociedade em que vive e atua. Os envolvidos manifestaram satisfação em participar.
O evento levou, à população carente, lazer, descontração e prestação de serviços
essenciais para a melhoria das condições de vida. Atingiu os seus objetivos.
Recursos Financeiros: R$3.431,08
Objetivos: Incentivar prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consciência social e política; criar interface entre o UNIARAXÁ e a comunidade; promover a melhoria da qualidade de vida da população de baixa renda; fazer o mapeamento econômico, demográfico e sócio econômico de Araxá.
171
UNISÊNIOR: universidade aberta à maturidade
Figura 11: Unisênior Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Descrição: Instalação da UNISÊNIOR e promoção da Malhação Cerebral.
Públicoalvo: Pessoas de ambos os sexos, com idade acima de 40 anos.
Público atingido e Data de realização: 69 pessoas no 1º semestre e 75 no 2º.
Resultados: Extrapolou as expectativas em demanda e motivação do grupo.
Recursos Financeiros: R$1.190,00
OUTROS PROJETOS REFERENTES A SAÚDE PÚBLICA E QUALIDADE DE
VIDA
Problemas em Saúde Pública: Conscientizou crianças quanto à importância da
higiene na prevenção de verminoses.
Alonguese: Propiciou conhecimento da importância da atividade física na melhoria
da qualidade de vida, diminuindo as principais tensões musculares do diaadia.
Planejamento Familiar em Cenário Recessivo e Globalizado: Conscientizou a
comunidade através de trabalho de pesquisa e divulgação.
Universidade e Comunidade: Promoveu debates de temas relativos à qualidade de
vida e saúde integral.
Objetivos: Permitir o acesso à educação continuada
a pessoas na maturidade (acima de 40 anos).
Orientar quanto à saúde física e mental; estimular a
reinserção social; promover resgate e elevação da
autoestima; oportunizar a consolidação dos
objetivos sociais do UNIARAXÁ.
172
6.4.3 Cultura e Esporte
ESCOLINHAS DE ESPORTE INFANTOJUVENIL
Figura 12: Escolinha de esporte infantojuvenil Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ.
Públicoalvo: Filhos dos funcionários do UNIARAXÁ e alunos da Escola Estadual
Armando Santos.
Público atingido e Data de realização: 60 crianças de março a junho de 2004 e 45
de agosto a dezembro.
Resultados: Oportunidade única de vivência dos esportes para crianças carentes.
Recursos Financeiros: R$1.187,50
ESCOLINHA DE GINÁSTICA OLÍMPICA
Figura 13: Escolinha de ginástica olímpica Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Públicoalvo: Alunos da EMALG, Escola Estadual Armando Santos, Escola
Estadual Dr. Eduardo Montandon e Escola Estadual Delfim Moreira.
Objetivos: Levar crianças e adolescentes ao
exercício físico que atenda às necessidades
motoras, afetivas e cognitivas; promover a
integração do ensino com as demandas
sociais; incentivar prática acadêmica que
contribua para o desenvolvimento da
consciência social.
Objetivos: Propiciar aos alunos a oportunidade
de aprender e treinar a ginástica olímpica como
atividade recreativa e competitiva.
173
Público atingido e Data de realização: 40 crianças de abril a junho de 2004 e 111
de agosto a dezembro de 2004.
Resultados: O projeto, continuado, tem atingido os objetivos, proporcionando às
crianças aprendizagem e aperfeiçoamento das habilidades físicas específicas da
ginástica olímpica, bem como desenvolvimento social e cultural.
PROJETO “SE ESSA RUA FOSSE MINHA”
Figura 14: Projeto “Se essa rua fosse minha...” Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Públicoalvo: Crianças, jovens, adultos, idosos e deficientes físicos das
comunidades atendidas.
Público atingido: 2.000 pessoas.
Data da realização: Agosto a novembro de 2004.
Resultados: Atingiu com excelência todos os objetivos propostos. As ações foram
monitoradas através de metodologia de avaliação processual.
Recursos Financeiros: R$5.160,00
NOVOS CAMINHOS... ALÉM DAS SALAS DE AULA...
Figura 15: Festival de férias Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ.
Objetivos: Garantir e ampliar o acesso ao
esporte recreativo, lazer e cultura à população
em situação de vulnerabilidade social.
Objetivos: Prevenir situações de risco; apoiar e
beneficiar crianças e adolescentes, com atividades
educativas e de lazer; oportunizar a inserção social e
melhoria da qualidade de vida; oportunizar a prática de
esporte olímpico; desenvolver valores, como disciplina,
respeito e educação; oportunizar o acesso à música de
diferentes épocas e culturas.
174
Públicoalvo: Crianças e adolescentes na faixa etária de 06 a 12 anos, de meio
social cultural e economicamente desfavorecido, e suas respectivas famílias,
oportunizandolhes a ocupação do tempo ocioso com prevenção de situações de
risco, e também alunos, mães de alunos, professores e funcionários da EMALG.
Público atingido: 1º semestre de 2004: Esporte, Lazer e Cultura: 127; Educação
Musical: 46; VII Festival de Férias: 150; Comemoração da Páscoa: 627; Dia das
Mães: 1.100 e Festa Junina: não quantificado. 2º semestre de 2004: Esporte Lazer e
Cultura: 127; Educação Musical: 46; VIII Festival de Férias: 150;
Comemoração/Homenagem aos Pais:1.000; Familiarte: 500; Crianciranda: 600;
Comemoração Natalina:1.747.
Data da realização: 1º semestre de 2004: De 05/02 a 30/06/04 – Esporte, Lazer e
Cultura; de 12 a 30/01/04 – VII Festival de Férias; de 01 a 07/04/04 – Páscoa;
05/05/04 – Dia das Mães; 24/06/04 – Festa Junina. 2º semestre de 2004: de 02/08 a
31/12/04 – Esporte, Lazer e Cultura; de 02/08 a 31/12/04 – Educação Musical; de 19
a 23/07/04 – VIII Festival de Férias; dia 13/08/04 – Comemoração/Homenagem aos
Pais; dia 17/09/04 – Familiarte; dia 08/10/04 – Crianciranda e dia 15/12/04 –
Comemoração Natalina.
Resultados: Os objetivos foram plenamente atingidos. Houve troca de experiências,
envolvimento de vários segmentos sociais; oferecimento de alimentação; realização
de visitas e passeios. Ficaram claros a satisfação das crianças e de suas famílias e
o impacto positivo das ações na comunidade. Houve participação de discentes do
UNIARAXÁ, apresentações musicais, artísticas, presença das mães das crianças,
envolvimento e presença dos funcionários do UNIARAXÁ e da EMALG e
contribuição de empresas do comércio local.
Recursos Financeiros: R$5.346,72
OUTROS PROJETOS REFERENTES A CULTURA E ESPORTE
Festival PréMirim de Futsal do UNIARAXÁ: Propicia aprendizagem e
desenvolvimento humano, aplicados em eventos esportivos, para a formação
integral das crianças.
175
Esporte Universal: Proporciona às crianças o desenvolvimento de habilidades
motoras fundamentais, buscando reduzir o déficit motor que se instala pela falta de
“cultura do jogo de rua”. Prioriza atividades com caráter lúdico, educacional e menos
competitivo, tornando as crianças mais sociáveis.
Painel de Dança: Proporciona a prática de diversas linguagens corporais e troca de
experiência teórica.
Juniaraxá: Incentiva a prática de atividades físicas e o intercâmbio dentro da
comunidade universitária, proporcionando lazer e entretenimento a alunos,
professores e funcionários.
Projeto UNIART: Promove e estimula atividades culturais em todas as áreas do
conhecimento; apóia e estimula as manifestações culturais intra e extra IES;
incentiva os diversos talentos artísticos do UNIARAXÁ e da comunidade externa.
Projeto Memória 2004 – Oswaldo Cruz, o Médico do Brasil – Parceria: Banco do
Brasil: Divulgação da arte e da cultura em suas diversas manifestações.
16º Festival de Cultura Popular – SESC/UNIARAXÁ: Promoção de oficinas
direcionadas às áreas de saúde, jogos, recreação, música, dança, teatro e literatura.
Grupo de Seresta e Chorinho do UNIARAXÁ: Resgate, valorização e divulgação
das raízes e tradições culturais.
6.4.4 Inclusão Social e Valorização da Diversidade
GOALBALL PARA DEFICIENTES VISUAIS
Figura 16: Goalball para deficientes visuais Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Objetivos: Propiciar a pessoas com
deficiência visual a oportunidade de aprender
e treinar o goalball como atividade recreativa
e competitiva, e aos alunos do Curso de
Educação Física a oportunidade de prática
pedagógica.
176
Públicoalvo: Pessoas com deficiência visual da cidade de Araxá e alunos do curso
de Educação Física.
Público atingido: 20 pessoas com deficiência visual e 04 estagiários do curso de
Educação Física.
Data da realização: 15/02 a 30/06 e 15/08 a 30/11 de 2004.
Resultados: Atendeu aos objetivos propostos. Propiciou aos deficientes visuais o
aperfeiçoamento de suas habilidades físicas e desenvolvimento social, habilitando
os para participação em competições esportivas em nível nacional. Oportunizou aos
acadêmicos uma relação direta com os portadores de deficiência e com o esporte.
OFICINA BRAILLE
Figura 17: Oficina braille Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Públicoalvo: Deficientes visuais e alunos e professores dos cursos de
licenciaturas.
Público atingido e data de realização: 32 pessoas em 14 de maio de 2004 e 47
em 27 de agosto de 2004.
Resultados: Aprendizagem e prática do Braille. Demonstração de recursos de
informática para os portadores de deficiência visual e as formas de utilização das
novas tecnologias no processo de ensinoaprendizagem e no mercado de trabalho.
Momentos ricos, com grande interação e troca de experiências entre os deficientes
visuais e alunos do UNIARAXÁ.
Objetivos: Ensinar o método de alfabetização em
Braille; promover momentos de interação e
socialização dos deficientes visuais; identificar os
recursos didáticos e equipamentos utilizados na
educação de deficientes visuais; refletir sobre as
atitudes, comportamentos e oportunidades perante
os deficientes visuais.
177
ESCOLA DE TODOS
Objetivos: Identificar e analisar as circunstâncias e os fatos que provocam a
exclusão escolar de crianças na faixa etária de 6 a 14 anos; identificar e localizar
adultos (maiores de 14 anos) analfabetos; identificar portadores de necessidades
especiais e idosos (acima de 60 anos).
Público atingido: Crianças de 06 a 14 anos: 26 Portadores de Deficiência: 1.004
Analfabetos, acima de 14 anos: 1.645 Pessoas com mais de 60 anos: 4.685. Total
de pessoas identificadas em pelo menos uma das categorias: 7.360.
Data da realização: 14/04 a 30/07/2004.
Resultados: A pesquisa Escola de Todos atingiu os cinco setores da cidade de
Araxá. Os pesquisadores visitaram todas as residências e foram detectadas 7.360
pessoas com pelo menos uma das características pesquisadas, o que representa
aproximadamente 9% da população. Dentre as várias conclusões da pesquisa, os
resultados de amostragem induzem aos seguintes julgamentos: há necessidade de
políticas voltadas para o atendimento à população acima de 60 anos – maior
percentual apontado; há que se traçar uma política de inclusão da parcela dos
excluídos aos direitos do universo da “leitura” e da “escrita”, articulando diversos
segmentos da comunidade e poder público. É preciso contemplar também as
pessoas que compõem o universo dos portadores de deficiência, em suas várias
condições.
6.4.5 Programas Diversos
SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA SAJ
Objetivo: Propiciar à população de baixa renda o acesso à justiça.
Descrição: Atendimento à comunidade carente. Encaminhamento de ações à
Justiça local, elaboração de petições, acompanhamento de ações, participação em
audiências e exames de processo em curso.
Públicoalvo: Pessoas desprovidas de recursos financeiros.
178
Público atingido: 1º Semestre de 2004, 370 pessoas e 2º Semestre de 2004, 303.
Data da realização: Janeiro a dezembro de 2004.
Resultados: O Serviço de Assistência Judiciária Gratuita tem alcançado os objetivos
propostos, tendo como resultado o aumento considerável do número de
atendimentos à comunidade carente, de ações ajuizadas, como também o
aprendizado do alunoestagiário, pela prática efetiva da advocacia associada com a
teoria.
ESTUDANTE DEZ/FOME ZERO
Figura 18: Estudante dez/fome zero Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Públicoalvo: Alunos do UNIARAXÁ e internos da Casa do Caminho e do Asilo São
Vicente de Paulo.
Público atingido: 199 pessoas.
Data da realização: 23 de setembro de 2004.
Resultados: A ação comunitária articulou a comunidade interna. As participações
possibilitaram a coleta de 423 litros de óleo que foram distribuídos entre duas
Instituições Filantrópicas “Casa do Caminho e Asilo São Vicente.”
Recursos Financeiros: R$500,00
SEMANA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA / II MOSTRA CIENTÍFICO CULTURAL
Objetivos: Trabalhar em prol da justiça social e
da cidadania; promover e desenvolver o senso
de solidariedade e da ação voluntária, visando ao
aprimoramento da consciência e da prática
cidadã, e a aperfeiçoar a vivência ética.
179
Figura 19: Semana da ciência e tecnologia Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ
Públicoalvo: Comunidade interna e externa, atingindo o âmbito regional.
Público atingido: 3096 pessoas.
Data da realização: De 20 a 22 de outubro de 2004.
Resultados: Fortes indicadores do envolvimento da comunidade externa:
participação das Escolas de Ensino Médio e das três maiores empresas da região –
Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração CBMM, BUNGE Fertilizantes e
Fosfértil –, do Grupo Buena Vista Garden Center e do Grupo Zema/Projeto
Esperança. A este fato somase a participação de outras unidades de ensino dos
três níveis da Educação Básica. Tudo isso acrescido do impacto das ações
produzidas, através da mídia, e do envolvimento do público.
Recursos Financeiros: R$5.025,95
ENCONTROS DE EGRESSOS DO UNIARAXÁ
Figura 20: Encontro de egressos Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ.
Objetivos: Consolidar mecanismo que mobiliza
a população em torno da importância da
Ciência e Tecnologia; contribuir para a
popularização da ciência de forma mais
integrada na comunidade e integrar diferentes
segmentos, experiências e saberes,
promovendo sua divulgação.
Objetivos: Promover a integração e confraternização dos exalunos com o UNIARAXÁ; facilitar contatos; proporcionar reencontro de amigos e estabelecer parcerias; refletir sobre empreendedorismo e mercado de trabalho; integrar os egressos ao movimento “Circuito CBMM de Cultura.”
180
Públicoalvo: Exalunos do UNIARAXÁ.
Público atingido: I Encontro: 201 participantes e II Encontro: 141 participantes.
Data da realização: I Encontro: 29 de maio de 2004 e II Encontro: 05 de novembro
de 2004.
Resultados: Os objetivos foram atingidos com avaliação positiva pelos egressos,
que sugeriram que outros encontros fossem realizados.
Recursos Financeiros: 2.026,00
OUTROS PROGRAMAS DIVERSOS
Oficina Ética e Valores Humanos: Questionamento dos parâmetros éticos vigentes
e sua aplicabilidade e conseqüências no processo educativo.
Fórum: Eleições Majoritárias/Lei Eleitoral: Suporte legal para participação nas
eleições majoritárias e contribuição para a formação democrática dos envolvidos.
Eleições 2004: Oferta de cartilha didática contendo as principais obrigações e
deveres procedimentais dos candidatos a Prefeito e a Vereador, e conscientização
da comunidade, relativamente ao tema.
Conhecendo as Funções Essenciais à Justiça: Divulgação de informações
pertinentes à organização, estrutura e funcionamento das atividades desenvolvidas
pelos membros do Judiciário.
Assessoria e Consultoria a Entidades: Busca do desenvolvimento sustentável
através de informações acerca da realidade econômica do Município.
Informações e Orientações Jurídicas – Tv e Rádio e Cartilha do Eleitor:
Desenvolvimento da consciência política nos cidadãos, mostrando como utilizar
melhor o próprio voto.
181
Dia do Voluntariado/Parceria SESI: Prestação de serviços à comunidade;
promoção da formação cidadã e socialmente responsável dos alunos e oferta de
serviços de qualidade à população local.
Motivando Todos Para a Excelência com Integração, Compromisso e
Comprometimento: Contribuição para o desenvolvimento do potencial das pessoas, tanto
no aspecto profissional quanto pessoal, frente às exigências de qualidade no mundo
moderno.
Festa de São Domingos de Gusmão Jovens Caminheiros do Momento:
Conhecer e divulgar a contribuição de São Domingos para a divulgação do papel
das universidades.
Desfile Cívico – 07 de Setembro (participação): Trabalho com o tema
independência, civismo, cidadania e brasilidade, interagindo com a comunidade.
Tabela 21: Benefícios e contribuições à sociedade educação
2004 2003 Projetos, ações e contribuições para a sociedade (Ações e programas aqui listados são exemplos, ver instrução) – Educação Valor (reais)
% sobre receita Valor (reais)
% sobre receita
metas 2005 (reais)
R$ 3.934,40 0,03% R$ 13.000,00 1. Cidadania em ação: alfabetização de jovens e adultos Nº pessoas
beneficiadas: 23 Nº de pessoas beneficiadas:35
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 320,00 2. Cientista Mirim Nº pessoas beneficiadas: 195
Nº pessoas beneficiadas: 70
Nº de pessoas beneficiadas:200
R$ 438,63 0,00% R$ 0,00 3. Aplicação da Informática Como Ferramenta de Apoio Para o Ensino Fundamental e Médio Nº pessoas
beneficiadas:55 Nº de pessoas beneficiadas:60
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.120,00 4. Contação de Estórias Biblioteca Móvel Nº pessoas
beneficiadas: 1.144 Nº pessoas beneficiadas: 1.240
Nº de pessoas beneficiadas:1.200
R$ 0,00 R$ 2.200,00 5. Jornada da Educação
Nº pessoas beneficiadas: 2.214
Nº de pessoas beneficiadas:2.300
R$ 0,00 6. Jogos Matemáticos na Educação Infantil Nº pessoas beneficiadas: 40
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.000,00 7. Festival de Xadrez Nº pessoas beneficiadas: 499
Nº pessoas beneficiadas: 34
Nº de pessoas beneficiadas:500
R$ 2.077,60 0,02% R$ 1.700,00 0,02% R$ 1.000,00 8. O Jogo de Xadrez como recurso pedagógico
Nº pessoas beneficiadas: 131
Nº pessoas beneficiadas: 18
Nº de pessoas beneficiadas:140
R$ 1.500,00 0,01% R$ 670,00 0,01% R$ 4.000,00 9. Encontro do Proler em Araxá – MG Nº pessoas
beneficiadas:686 Nº pessoas beneficiadas: 320
Nº de pessoas beneficiadas:800
182
Tabela 22: Benefícios e contribuições à sociedade – saúde pública e qualidade de vida Projetos, ações e contribuições para a sociedade (Ações e programas aqui listados são exemplos, ver instrução) – Saúde Pública e Qualidade de Vida
2004 %
sobre receita
2003 %
sobre receita
metas 2005 (reais)
R$ 0,00 R$ 0,00 1. Educarse: Orientações Posturais para Crianças e Adolescentes Nº pessoas
beneficiadas: 90 Nº de pessoas beneficiadas:100
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 2. Enfermagem em Saúde Pública e Comunitária Nº pessoas
beneficiadas: 1.775 Nº pessoas beneficiadas: 1.449
Nº de pessoas beneficiadas:1.800
R$ 3.431,08 0,03% R$ 2.200,00 0,02% R$ 4.000,00 3. Projeto Social "Uma lição de Cidadania" Nº pessoas
beneficiadas:8.045 Nº pessoas beneficiadas: 3.240
Nº de pessoas beneficiadas:3.000
R$ 1.190,00 0,01% R$ 400,00 4. UNISÊNIOR Nº pessoas
beneficiadas:56 Nº de pessoas beneficiadas:140
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 5. Problemas em Saúde Pública Nº pessoas
beneficiadas: 640 Nº pessoas beneficiadas: 860
Nº de pessoas beneficiadas:700
R$ 0,00 6. Alonguese Nº pessoas
beneficiadas: 40
R$ 0,00 R$ 0,00 7. Planejamento Familiar em Cenário Recessivo e Globalizado Nº pessoas
beneficiadas: 160 Nº de pessoas beneficiadas:200
R$ 0,00 8. Universidade e Comunidade Nº pessoas
beneficiadas: 20000
Tabela 23: Benefícios e contribuições à sociedade – cultura e esporte Projetos, ações e contribuições para a sociedade (Ações e programas aqui listados são exemplos, ver instrução) – Cultura e Esporte
2004 %
sobre receita
2003 %
sobre receita
metas 2005 (reais)
R$ 1.187,50 0,01% R$ 698,06 0,01% R$ 0,00 1. Escolinhas de Esporte InfantoJuvenil Nº pessoas
beneficiadas: 105 Nº pessoas beneficiadas: 100
Nº de pessoas beneficiadas: 150
R$ 0,00 2. Escolinha de Ginástica Olímpica Nº pessoas
beneficiadas: 99
R$ 5.160,00 0,04% R$ 480,00 3. Projeto "Se essa rua fosse minha" Nº pessoas
beneficiadas:2.000 Nº de pessoas beneficiadas:2.000
R$ 5.346,72 0,04% R$ 2.993,03 0,03% R$ 12.000,00 4. Novos Caminhos...Além das Salas de Aula Nº pessoas
beneficiadas:6.200 Nº pessoas beneficiadas: 4.721
Nº de pessoas beneficiadas: 6200
R$ 965,20 0,01% 5. Festival PréMirim de Futsal do UNIARAXÁ Nº pessoas
beneficiadas: 216
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 6. Esporte Universal Nº pessoas
beneficiadas: 527 Nº pessoas beneficiadas: 650
Nº de pessoas beneficiadas:600
R$ 800,00 0,01% R$ 515,37 0,01% R$ 0,00 7. Painel de Dança Nº pessoas
beneficiadas:300 Nº pessoas beneficiadas: 256
Nº de pessoas beneficiadas:300
R$ 3.043,55 0,02% R$ 2.100,00 0,02% R$ 3.000,00 8. JUNIARAXÁ Nº pessoas
beneficiadas:2.700 Nº pessoas beneficiadas: 1.030
Nº de pessoas beneficiadas:3.000
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.000,00 9. Projeto UNIART Nº pessoas
beneficiadas: 6.360 Nº pessoas beneficiadas: 850
Nº de pessoas beneficiadas:6.500
R$ 0,00 10. Projeto Memória 2004 Oswaldo Cruz, o Médico do Brasil Parceria do Banco do Brasil Nº pessoas
beneficiadas: 224
R$ 0,00 11. Festival de Cultura Popular SESC/UNIARAXÁ Nº pessoas
beneficiadas: 3.000
R$ 0,00 R$ 900,00 12. Grupo de Seresta e Chorinho do UNIARAXÁ Nº pessoas
beneficiadas: 40 Nº de pessoas beneficiadas: 50
183
Tabela 24: Benefícios e contribuições à sociedade – inclusão social e valorização à diversidade Projetos, ações e contribuições para a sociedade (Ações e programas aqui listados são exemplos, ver instrução) – Inclusão Social e Valorização da Diversidade
2004 %
sobre receita
2003 %
sobre receita
metas 2005 (reais)
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 1. Goalball Para Deficientes Visuais Nº pessoas
beneficiadas: 20 Nº pessoas beneficiadas: 70
Nº de pessoas beneficiadas:30
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 400,00 2. Oficina Braille Nº pessoas
beneficiadas: 79 Nº pessoas beneficiadas: 155
Nº de pessoas beneficiadas:100
R$ 0,00 3. Escola de Todos Nº pessoas
beneficiadas: 7.360
Tabela 25: Benefícios e contribuições à sociedade – programas diversos Projetos, ações e contribuições para a sociedade (Ações e programas aqui listados são exemplos, ver instrução) – Programas Diversos
2004 %
sobre receita
2003 %
sobre receita
metas 2005 (reais)
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 1. Assistência Judiciária Nº pessoas
beneficiadas: 673 Nº pessoas beneficiadas: 474
Nº de pessoas beneficiadas:1.500
R$ 500,00 0,00% R$ 0,00 2. Estudante Dez/Fome Zero Nº pessoas
beneficiadas:199 Nº de pessoas beneficiadas: 200
R$ 5.025,95 0,04% R$ 2.392,24 0,03% R$ 6.000,00 3. Semana da Ciência e Tecnologia / II Mostra Científico Cultural do UNIARAXÁ Nº pessoas
beneficiadas:3.096 Nº pessoas beneficiadas: 1.217
Nº de pessoas beneficiadas:3.500
R$ 2.026,00 0,02% R$ 0,00 R$ 7.000,00 4. Encontros de Egressos do UNIARAXÁ Nº pessoas
beneficiadas:342 Nº pessoas beneficiadas: 56
Nº de pessoas beneficiadas: 400
R$ 0,00 5. Oficina Ética e Valores Humanos
Nº pessoas beneficiadas: 40
R$ 0,00 6. Fórum: "Eleições Majoritárias/Lei Eleitoral" Nº pessoas
beneficiadas: 387
R$ 0,00 7. Eleições 2004 Nº pessoas
beneficiadas: 2.000
R$ 0,00 R$ 0,00 8. Conhecendo as Funções Essenciais à Justiça Nº pessoas
beneficiadas: 300 Nº de pessoas beneficiadas:300
R$ 0,00 9. Assessoria e Consultoria a Entidades Nº pessoas beneficiadas: 25
R$ 0,00 10. Informações e Orientações Jurídicas: TV, Rádio e Cartilha do Eleitor
Nº pessoas beneficiadas: 20.000
R$ 0,00 R$ 1.800,00 11. Dia do Voluntariado/Parceria SESI Nº pessoas
beneficiadas: 668 Nº de pessoas beneficiadas: 700
R$ 0,00 13. Motivando todos para a excelência com integração, compromisso e comprometimento Nº pessoas
beneficiadas: 100
R$ 850,00 0,01% 14. Festa de São Domingos Gusmão, Jovens e Caminheiros do Momento Nº pessoas
beneficiadas:895
R$ 4.725,60 0,04% R$ 4.000,00 15. Desfile Cívico 07 de setembro (Participação)
Nº pessoas beneficiadas:3.000
Nº de pessoas beneficiadas: 3.000
Valores totais R$ 42.202,23 0,33% R$ 13.268,70 0,14% R$ 70.537,00
184
6.4.6 Apoio Financeiro ao Estudante
A ampliação das condições de acesso à educação de nível superior constitui
importante mecanismo de ascensão social e de incremento da competitividade da
economia brasileira neste final de século. Diante deste cenário, com forte
repercussão na demanda por vagas em instituições particulares, é que se forjou a
política de assistência financeira do Centro Universitário do Planalto de Araxá.
FINANCIAMENTO ESTUDANTIL FIES
O UNIARAXÁ, em parceria com o Governo Federal, oferece o Programa de
Financiamento Estudantil – FIES, destinado a alunos de baixo poder aquisitivo.
Tabela 26: Financiamento estudantil FIES
2004 2003 Alunos beneficiados por semestre 376 273 Valor financiado R$634.479,67 R$437.043,39
Os recursos financeiros para o FIES são disponibilizados pelo governo federal
através de descontos em impostos, cabendo ao UNIARAXÁ a disponibilização de
mão de obra para orientação aos alunos e gestão interna do programa.
BOLSA DE ESTÁGIO REMUNERADO
Regulamentada pelas Portarias 003/2003 e 001/2004, a bolsa de estágio
remunerado é destinada aos alunos de graduação do UNIARAXÁ para auxiliálos no
custeio de suas mensalidades escolares, além de proporcionarlhes oportunidade de
aprimoramento dos conhecimentos adquiridos em sala de aula.
Tabela 26: Bolsa de estágio remunerado
Detalhe 2004 2003 Total de alunos beneficiados com bolsa de estágio remunerado 30 17 Valor destinado a bolsas de estágio remunerado R$114.690,72 R$24.205,62
BOLSA DE ESTUDO
Regulamentada pelas Portarias 002/2003 e 013/2003, a bolsa de estudos é
destinada a alunos carentes, possibilitando a estes o acesso à educação superior.
185
Tabela 27: Bolsa de estudo
Detalhe 2004 2003 Total de alunos beneficiados com bolsa de estudo 226 132 Valor destinado à bolsa de estudos (alunos carentes) R$377.859,58 R$183.230,33
DESCONTO FAMILIAR
Com regulamentação através das Portarias 006 e 013/2003 é concedido um
desconto de 5% na mensalidade de membros do mesmo grupo familiar (parentesco
de 1º grau) que estejam estudando simultaneamente no UNIARAXÁ.
Tabela 28: Desconto familiar
Detalhe 2004 2003 Total de alunos beneficiados com desconto familiar 577 320 Valor total do benefício R$99.657,50 R$65.952,00
DESCONTO PONTUALIDADE
Com regulamentação na Portaria 013/2003 é concedido desconto de 12% no
valor da mensalidade a todos os alunos da graduação que efetuam o pagamento até
o dia 10 de cada mês. Este desconto propicia importante vantagem para a instituição
de ensino com a redução da inadimplência e, ao mesmo tempo, induz os alunos a
não atrasarem os pagamentos das mensalidades, evitando acúmulos de dívidas e
conseqüentes problemas financeiros que levam tais alunos à desistência. A evasão
é um grande problema para as IES e para os alunos. Desta forma, o desconto
pontualidade de 12% traz benefícios econômicos para o UNIARAXÁ e traz
vantagens significativas para os alunos.
6.5 Indicadores Gerais
Tabela 29: Indicadores gerais
1 – Identificação
Centro Universitário do Planalto de Araxá Instituição de Ensino Superior Sem fins lucrativos Fundação De utilidade pública federal, estadual e municipal
2004 2003 2 Origem dos recursos Valor (reais) Valor (reais)
Receitas Totais 12.691.804,42 100% 9.477.055,48 100% a. Recursos governamentais (subvenções) 58.100,00 0,46% 41.580,00 0,44% b. Doações de pessoas jurídicas 190.000,00 1,50% c. Prestação de serviços e/ou venda de produtos 12.060.246,65 95,02% 9.010.334,93 95,08% d. Outras receitas 383.457,77 3,02% 425.140,55 4,49%
186
2004 2003 3 Aplicação dos recursos Valor (reais) Valor (reais)
Despesas/Investimentos Totais 12.735.536,65 100% 9.940.612,24 100% a. Projetos, programas e ações sociais (excluindo pessoal) 586.291,70 4,60% 241.254,55 2,43% b. Pessoal (salários + benefícios + encargos) 7.511.859,74 58,98% 5.220.562,55 52,52% c. Despesas diversas (somatório das despesas abaixo) 4.637.385,21 36,41% 4.478.795,14 45,06% Operacionais 2.695.885,71 58,13% 2.110.874,49 47,13% Financeiras 136.908,45 2,95% 113.470,66 2,53% Capital (máquinas + instalações +
equipamentos) 1.399.946,44 30,19% 1.763.097,52 39,37% Outras 404.644,61 8,73% 491.352,47 10,97%
4 Outros indicadores 2004 2003 metas 2005
Nº total de alunos(as) regulares 2.468 2.268 2.650 Nº de alunos(as) com bolsas integrais 30 Valor total das bolsas integrais R$ 154.000,00 Nº de alunos(as) com bolsas parciais 226 132 360 Valor total das bolsas parciais R$ 377.859,58 R$ 183.230,33 R$ 690.000,00 Nº de alunos com bolsas sindicatos/convênios 182 49 200 Valor total das bolsas sindicatos/convênios R$ 166.229,89 R$ 44.755,52 R$ 200.000,00
Alunos(as) com bolsas de Iniciação Científica 9 Valor total das bolsas de Iniciação Científica R$ 16.200,00
5 – Informações relevantes quanto à ética, transparência e responsabilidade social
A relação entre a maior e a menor remuneração foi 21,9 em 2004.
A instituição desenvolve política de valorização da diversidade no seu quadro funcional através da contratação de portadores de necessidades especiais para o cargo de telefonista. Para este cargo são contratadas somente pessoas com dificuldades de locomoção.
Na seleção de parceiros e prestadores de serviços os critérios éticos e de responsabilidade social e ambiental são sugeridos.
A participação de empregados no planejamento da instituição ocorre em todos os níveis.
Há processos eleitorais democráticos para escolha de Reitor.
A instituição possui Comitê de Ética em Pesquisa, experimentação animal, e correlatos.
A instituição é reconhecida pela Fundação Abrinq como empresa amiga da criança.
6 – Notas explicativas
Item 2 – O valor do capital (máquinas + instalações e equipamentos) foi apurado pela diferença dos saldos do Ativo Permanente de 31/12/04 e 31/12/03. As informações foram extraídas do Balancete Analítico da Fundação Cultural de Araxá Contas de Receitas e Despesas
Item 5 Projetos, ações e contribuições para a sociedade em 2003 não havia controle financeiro individual das atividades de cunho social. O valor total fecha com o Balancete, porém os valores identificados em cada atividade foram calculados por rateio. Algumas metas estão em branco porque não há planejamento para estas atividades para o ano de 2005.
Item 6 – A meta de bolsas para 2005 inclui o Programa Universidade de Todos – PROUNI.
A instituição é reconhecida pela Fundação Abrinq como empresa amiga da criança.
187
6.6 Considerações Finais Sobre o Balanço Social do UNIARAXÁ/2004
Pelo apresentado, constatase que o UNIARAXÁ desenvolveu atividades
sociais direcionadas aos seus empregados, à sociedade e ao meio ambiente,
participando do processo de desenvolvimento da comunidade local e regional, além
de promover a qualificação profissional dos seus docentes e discentes.
Este Balanço Social permitiu a comprovação de que o UNIARAXÁ cumpre a
responsabilidade social explícita na sua missão, nos seus valores e na sua visão de
futuro, com realizações nas mais diferentes áreas, e contribui para a formação de
uma cultura de responsabilidade social entre os envolvidos no processo –
professores, funcionários, alunos e comunidade externa.
Em síntese, este Balanço Social revela a coerência do UNIARAXÁ,
adequando sua prática ao discurso que profere.
Responsável pela elaboração: Professor Válter Gomes
Encaminhe suas dúvidas, críticas e sugestões para [email protected]
188
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
7.1 Conclusões
Quanto à pesquisa, observase que, de maneira geral, as questões de
responsabilidade social levantadas foram muito bem aceitas e valorizadas por todos
os stakeholders que responderam ao questionário.
O menor percentual médio de aceitação por grupos ficou em 73%, para o
grupo de questões relacionadas aos recursos humanos, e o menor percentual por
identificação, dentro deste grupo, ficou em 61%, para o grupo dos representantes da
comunidade em geral: políticos, representantes de clubes de serviços, etc. Tais
percentuais, apresentando estes números como menores, revelam a grande
valorização das ações de responsabilidade social pelos stakeholders do UNIARAXÁ.
Tal conclusão é reforçada quando analisamos a tabela 31.
Tabela 30: Análise das totalizações das respostas das 42 questões por concordância/discordância
Concordam Totalmente 23.857 70% Concordam Parcialmente 6.616 20% Indiferentes 2.275 7% Discordam Parcialmente 642 2% Discordam Totalmente 420 1% Total 33.810 100%
Observase que das 33.810 respostas 70% são referentes à concordância
total e 20% à concordância parcial, totalizandose 90% de concordância.
Considerando que 7% representam posicionamento classificado como
indiferente, e que apenas 3% são posicionamentos de discordância, observase a
grande aprovação na execução das ações de responsabilidade social, de acordo
com os stakeholders do UNIARAXÁ. Tal análise pode ser visualizada também no
gráfico 9, apresentado a seguir:
189
Gráfico 9: Percentuais de concordância/discordância totais das 42 questões
Na análise pelo perfil dos entrevistados observase que os grupos internos do
Centro Universitário, professores, gestores, funcionários e alunos, revelam
percentuais de aprovação maiores que os grupos externos: alunos do ensino médio,
fornecedores, prestadores de serviços e representantes da comunidade. Podese
concluir que este é um facilitador para a implementação de ações de
responsabilidade social.
Na análise por sexo ficou evidente a maior sensibilidade do sexo feminino, o
que pode ser também um diferencial a ser observado no momento de implantação e
divulgação de ações de responsabilidade social e nas estratégias institucionais.
As análises por faixa etária e escolaridade demonstraram uma tendência de
aumento do nível de conscientização à medida que as pessoas vão estudando,
vivendo e conhecendo mais a realidade. Por outro lado, a análise por renda familiar
demonstrou que os dois extremos, pessoas com renda de até 4 (quatro) salários
mínimos vigentes e pessoas com renda familiar acima de 12 (doze) salários mínimos
vigentes, tendem a dar mais valor às ações de responsabilidade social.
Percentuais de Concordância/Discordância
70%
20%
7%
2%
1%
Concordam Totalmente Concordam Parcialmente Indiferente Discordam Parcialmente Discordam Totalmente
190
Na contagem geral, apenas 2 (duas) questões tiveram percentual de
aprovação relativamente baixo: a questão número 1, Auxílio creche, com 44% dos
pontos possíveis, e questão 33, Serviços públicos (pavimentação, segurança
pública, defesa civil e outras), com 35% dos pontos possíveis, sendo este o menor
percentual verificado.
Na análise por grupos observase que no grupo de questões relativas aos
recursos humanos, além da questão de número 1, Auxílio creche, com apenas 44%
dos pontos, as questões de números 5, Participação nos lucros e resultados, 9,
Recolocação de desempregados, e 11, Tempo de serviço e faixa etária dos
empregados também tiveram pontuação relativamente baixa, ficando com 54%, 60%
e 57%, respectivamente. Com base neste resultado, tais questões não precisariam
ser priorizadas entre as novas ações de responsabilidade social a serem
implantadas pelas instituições de ensino superior.
Em resposta ao problema proposto por este trabalho, observase que, neste
grupo, as questões de números 2, Bolsas de estudo, treinamentos e oportunidades
de crescimento, e 8, Qualidade de vida (saúde, segurança e satisfação no trabalho),
respectivamente com 97% e 92%, são as mais valorizadas pelos stakeholders,
devendo ser priorizadas. Vale destacar que, conforme demonstrado na tabela 2, a
questão número 2 foi avaliada com 100% dos pontos possíveis pelos professores,
fornecedores e prestadores de serviços, ou seja, todos os pesquisados identificados
nestes grupos responderam ao questionário concordando totalmente com esta
questão.
Na análise do grupo de questões relativas ao meio ambiente, tabela 3 e
gráfico 6, observase que nenhuma questão teve percentual abaixo de 78%, o que
demonstra a grande valorização das questões ambientais por parte dos
stakeholders. Neste grupo, a resposta ao problema pesquisado ficou por conta das
questões, 14, Educação ambiental, proteção e preservação do meio ambiente, 16,
Poluição do ar, da água, do solo, etc. despoluir e evitar poluir, e 19, Reciclagem de
lixo e reutilização de materiais, com 93%, 91% e 91%, respectivamente,
caracterizandose como prioritárias na visão dos stakeholders.
191
No grupo de questões relativas aos projetos sociais, tabela 4, além da
questão de número 33, citada anteriormente como menor percentual de aprovação,
não houve nenhuma questão com percentual de aprovação baixo, o menor foi de
64%. Entretanto, neste grupo, não houve nenhuma questão de destaque com
percentual acima de 90%. Os maiores percentuais de aprovação obtidos ficaram
com as questões de número 22, Arte, cultura e esporte, e 27, Conscientização
quanto aos direitos humanos, com 87% dos pontos cada, caracterizandose como as
prioritárias, compondo a resposta ao problema pesquisado por este trabalho.
Já no grupo das questões relativas a divulgação das informações a respeito
de responsabilidade social, tabela 5, observase que não houve nenhuma questão
com percentual de aprovação relativamente baixo, sendo 67% o menor deles, o que
demonstra a grande valorização das questões deste grupo. Quanto aos destaques
positivos, completando as respostas ao problema de pesquisa deste trabalho, temos
a questão de número 41, Transparência, clareza, legitimidade e credibilidade, com
94% dos pontos e a de número 42, Relevância, consistência e coerência, com 89%.
Tais resultados mostram a importância dada pelos stakeholders a informações
corretas, claras, transparentes, legítimas. Os stakeholders querem credibilidade nas
informações. Divulgar, informar, sem dúvida é muito importante; porém com
credibilidade, caso contrário o efeito pode ser negativo.
Quanto aos objetivos deste trabalho, observase que a revisão teórica foi
fundamental para o embasamento, possibilitando a confecção do questionário, cuja
análise confirmou várias afirmações observadas na literatura consultada. O
levantamento das ações de responsabilidade social relativas aos recursos humanos,
meio ambiente e programas de ajuda à comunidade, possíveis de serem executadas
por uma instituição de ensino superior e relacionadas no capítulo 3, além de
possibilitar a confecção do questionário de pesquisa, apresentase para análise dos
interessados, podendo suscitar o desejo de implantação dessas ações por
instituições. A análise das respostas do questionário do capítulo 4, assim como as
considerações relatadas neste capítulo conclusivo, identifica as ações de
responsabilidade social relevantes a serem priorizadas por uma instituição de ensino
superior na opinião dos stakeholders.
192
A fundamentação teórica, os resultados das análises dos Balanços Sociais
das 12 instituições de ensino, e os resultados da pesquisa de campo evidenciaram:
(1) a importância que deve ser dispensada às pessoas que compõem os recursos
humanos das entidades, visto que estas se constituem em fator estratégico na busca
dos objetivos institucionais; (2) que o investimento em preservação, proteção e
recuperação do meio ambiente é fator de sobrevivência e competitividade para as
entidades; (3) que os programas de benefícios e contribuições à sociedade em geral
são altamente relevantes.
A metodologia para a elaboração e o modelo de Balanço Social, propostos no
capítulo 5 e exemplificados no capítulo 6, buscam possibilitar o atendimento dos
objetivos das entidades relativos ao Balanço Social, e aos objetivos dos
stakeholders quanto à sua expectativa da responsabilidade social das entidades. As
orientações a serem seguidas na elaboração, a importância das pesquisas de
opinião para informar melhor e para melhorar as atividades de responsabilidade
social a serem desenvolvidas, os cuidados com a linguagem, as informações
quantitativas e qualitativas, a probidade do documento, a relevância e a estrutura
analisados e sugeridos, têm como embasamento as teorias consultadas e os
resultados da pesquisa de opinião junto aos stakeholders. Desta forma,
complementase a resposta ao problema da pesquisa deste trabalho e atendese o
último dos objetivos específicos.
Os resultados deste trabalho podem ser observados e analisados por outras
instituições, servindo de base para o planejamento e execução de suas ações.
Concluise também que este trabalho atingiu o objetivo geral de contribuir
para o avanço de análises e discussões em torno da relevância da execução e
publicação das ações de responsabilidade social por parte das organizações. A
simples análise dos altos percentuais de aprovação das questões por parte dos
respondentes ao questionário indica a importância dada pelos stakeholders às ações
de responsabilidade social, confirmando a necessidade de conciliação dos objetivos
econômicos, de produção e transmissão do conhecimento das instituições de ensino
superior com os objetivos sociais e ambientais de todos os stakeholders.
193
7.2 Recomendações
As análises das respostas do questionário sugerem conclusões no sentido de
que pessoas mais carentes, assim como pessoas mais esclarecidas, valorizam mais
a execução e divulgação das ações de responsabilidade social. Recomendase um
estudo mais aprofundado, com público mais diversificado, visando a confirmar ou
não esta afirmação.
As análises das respostas do questionário mostram o que pensam os
Stakeholders do UNIARAXÁ e propiciam uma visão geral da valorização das ações
de responsabilidade social pela comunidade. Porém, recomendase que cada
organização faça a sua pesquisa junto aos seus stakeholders, visando a obter o
perfil particular do seu público, sendolhe permitido redirecionar as ações no sentido
de atender melhor às suas expectativas.
A aplicação do modelo de Balanço Social proposto, em algumas entidades
pode originar um documento muito longo. Sugerese a sua publicação via Internet ou
impressão de um caderno, e a publicação de um resumo nos jornais escritos
acessíveis aos stakeholders da entidade.
194
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RIBEIRO, Maisa de Souza. Custeio das atividades de natureza ambiental. Tese (Doutorado em Contabilidade) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 1998.
RIBEIRO, Maisa de Souza; LISBOA, Lázaro Plácido. Balanço social. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, n. 115, p. 7281, jan./fev. 1999.
SANTOS, Ariovaldo dos. Demonstração do valor adicionado: como elaborar e analisar a DVA. São Paulo: Atlas, 2003.
SANTOS, Ariovaldo dos. Demonstração do valor adicionado DVA: um instrumento para medição da geração e distribuição de riqueza nas empresas. Tese (Livredocência) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 1999.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2002.
SGUAREZI, Sandro Benedito. O perfil do futuro administrador: da formação técnica à educação para a responsabilidade social. Dissertação (Mestrado em Administração) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2003.
SILVA, Maria Felícia Santos da. A abordagem social da contabilidade: um estudo em empresa industrial no ramo de bebidas. Dissertação (Mestrado em Contabilidade e Finanças) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2000.
SOUSA FILHO, José Vicente de. Contribuição para a implantação e divulgação do balanço social. Dissertação (Mestrado em Contabilidade e Finanças) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2000.
STAUBER, Elza. Uma abordagem à elaboração da demonstração do valor adicionado aplicado nas instituições de ensino superior: uma abordagem social. Tese (Doutorado em Administração de Empresas) – Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, 2001.
TANAKA, Emi. A responsabilidade social das instituições de ensino superior privadas. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 2003.
TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Balanço social: balanço da transparência corporativa e da concertação social. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, n. 135, p. 5773, maio/jun. 2002.
TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Balanço social: uma abordagem da transparência e da responsabilidade pública das organizações. São Paulo: Atlas, 2001.
198
TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Balanço social: uma abordagem sócio econômica da contabilidade. Dissertação (Mestrado em Contabilidade) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 1984.
TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Contribuição ao estudo da contabilidade estratégica de recursos humanos. Tese (Doutorado em Contabilidade) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 1996.
TINOCO, João Eduardo Prudêncio; KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Contabilidade e gestão ambiental. São Paulo: Atlas, 2004.
UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE CHAPECÓ – UNOCHAPECÓ Balanço Social 2004. ChapecóSC: Fundeste, 2005.
UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE. Balanço Social 2004. JoinvilleSC, [2005?]. Disponível em: <http://www.univille.br>. Acesso em: 05 mar. 2005.
UNIVERSIDADE DE CUIABÁ. Balanço Social 2003. CuiabáMT: Unic, 2004.
UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL. Balanço Social 2002/2003. Santa Cruz do Sul, [2004?]. Disponível em: <http://www.unisc.br>. Acesso em: 05 mar. 2005.
UNIVERSIDADE DE UBERABA. Balanço Social. Jornal da Manhã, Uberaba, 21 jun. 2005.
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS. Balanço Social 2004. São LeopoldoRS: Unisinos, 2005.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. Balanço Social: [2003 ou 2004?] Disponível em: <http://www.ufmt.br>. Acesso em: 05 mar. 2005 e 20 jul. 2005.
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO. Balanço Social 2003. [2004?]. Disponível em: <http://www.metodista.br>. Acesso em: 05 mar. 2005.
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE. Balanço Social 2003. [2004?] [Disponível em: <http://mackenzie.br>. Acesso em: 05 mar. 2005 e 20 jul. 2005.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001.
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ANEXO I – Relação das Universidades e Centros Universitários Consultados
que não Possuem Balanço Social Publicado no seu Site na Internet.
1 Centro Regional Universitário do Espirito Santo do Pinhal www.creupi.br 2 Centro Universitário Fiam Faam www.fiamfaam.br 3 Centro Universitário Abeu www.uniabeu.com.br 4 Centro Universitário Adventista de São Paulo www.unasp.br 5 Centro Universitário Assunção www.fai.br 6 Centro Universitário Belas Artes de São Paulo www.belasartes.br 7 Centro Universitário Campos de Andrade www.uniandrade.br 8 Centro Universitário Cândido Rondon UNIRONDON www.unirondon.br 9 Centro Universitário Capital www.capital.br 10 Centro Universitário Carioca www.carioca.br 11 Centro Universitário Celso Lisboa www.celsolisboa.edu.br 12 Centro Universitário Claretiano www.claretiano.edu.br 13 Centro Universitário da Cidade www.univercidade.edu 14 Centro Universitário da FEI UNIFEI www.fei.edu.br 15 Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé www.unifeg.edu.br 16 Centro Universitário da Grande Dourados www.unigran.br 17 Centro Universit. das Faculdades Metropolitanas Unidas www.fmu.br 18 Centro Universitário de Anápolis www.aee.edu.br 19 Centro Universitário de Araraquara UNIARA www.uniara.com.br 20 Centro Universitário de Barra Mansa www.ubm.br 21 Centro Universitário de Belo Horizonte UNIBH www.unibh.br 22 Centro Universitário de Campo Grande Unaes www.unaes.br 23 Centro Universitário de Ciências Gerenciais www.una.br 24 Centro Universitário de João Pessoa www.unipe.br 25 Centro Universitário de Lavras www.unilavras.edu.br 26 Centro Universitário de Lins www.unilins.edu.br 27 Centro Universitário de Maringá www.cesumar.br 28 Centro Universitário de Patos de Minas www.unipam.edu.br 29 Centro Universitário de Santo André www.sflaquer.br 30 Centro Universitário de São José do Rio Preto www.unirpnet.com.br 31 Centro Universitário de Várzea Grande www.univag.com.br 32 Centro Universitário de Volta Redonda www.foa.org.br 33 Centro Universitário do Espirito Santo UNESC www.unesc.br 34 Centro Universitário do Estado do Pará www.cesupa.br 35 Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia www.maua.br 36 Centro Universitário do Leste de Minas www.unilestemg.br 37 Centro Universitário do Maranhão www.ceuma.br 38 Centro Universitário do Norte Paulista UNORP www.unorp.br 39 Centro Universitário do Planalto De Araxá www.uniaraxa.edu.br 40 Centro Universitário do Sul de Minas www.unis.edu.br 41 Centro Universitário Federal de Alfenas www.efoa.br 42 Centro Universitário Feevale www.feevale.br 43 Centro Universitário Filadélfia www.unifil.br
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44 Centro Universitário Fundação Santo André www.fsa.br 45 Centro Universitário IberoAmericano www.unibero.edu.br 46 Centro Universitário La Salle www.unilasalle.edu.br 47 Centro Universitário Leonardo da Vinci Uniasselvi www.asselvi.com.br 48 Centro Universitário Lusíada www.lusiada.br 49 Centro Universitário Luterano de JiParaná www.ulbrajp.edu.br 50 Centro Universitário Luterano de Palmas www.ulbrato.br 51 Centro Universitário Metodista Ipa www.ipametodista.edu.br 52 Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos www.msb.br 53 Centro Universitário Monte Serrat www.unimonte.br 54 Centro Universitário Moura Lacerda www.mouralacerda.com.br 55 Centro Universitário Newton Paiva www.newtonpaiva.br 56 Centro Universitário Nilton Lins www.niltonlins.br 57 Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio www.ceunsp.br 58 Centro Universitário Nove de Julho www.uninove.br 59 Centro Universitário Plínio Leite www.plinioleite.com.br 60 Centro Universitário Positivo www.unicenp.br 61 Centro Universitário Ritter dos Reis www.ritterdosreis.br 62 Centro Universitário Salesiano de São Paulo www.unisal.br 63 Centro Universitário Sant'anna www.santanna.br 64 Centro Universitário São Camilo www.scamilo.br 65 Centro Universitário Univates www.univates.br 66 Centro Universitário Vila Velha www.uvves.br 67 Centro Universitátio de Brusque Unifebe www.unifebe.edu.br 68 Pontifícia Universidade Católica de Campinas PUCCAMP www.puccamp.br 69 Pontifícia Universidade Católica de M. Gerais PUC MG www.pucminas.br 70 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC SP www.pucsp.br 71 Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUC PR www.pucpr.br 72 Universidade Anhembi Morumbi UAM www.anhembi.br 73 Universidade Bandeirantes de São Paulo UNIBAN www.uniban.br 74 Universidade Braz Cubas UBC www.brazcubas.br 75 Universidade Cândido Mendes UCAM www.candidomendes.br 76 Universidade Castelo Branco UCB www.castelobranco.br 77 Universidade Católica de Brasília UCB www.ucb.br 78 Universidade Católica de Pelotas UCPEL www.ucpel.tche.br 79 Universidade Católica de Pernambuco UNICAP www.unicap.br 80 Universidade Católica de Petrópolis UCP www.ucp.br 81 Universidade Católica de Salvador UCSAL www.ucsal.br 82 Universidade Católica de Santos UNISANTOS www.unisantos.com.br 83 Universidade Católica do Goiás UCG www.ucg.br 84 Universidade Católica do Salvador UCSAL www.ucsal.br 85 Universidade Comunitária Regional de Chapecó www.unochapeco.edu.br 86 Universidade Cruzeiro do Sul UNICSUL www.unicsul.br 87 Universidade da Região de Campanha URCAMP www.urcamp.tche.br 88 Universidade de Alfenas UNIFENAS www.unifenas.br 89 Universidade de Brasilia UNB www.unb.br
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90 Universidade de Cuiabá UNIC www.unic.br 91 Universidade de Fortaleza UNIFOR www.unifor.br 92 Universidade de Franca UNIFRAN www.unifran.br 93 Universidade de Marília UNIMAR www.unimar.br 94 Universidade de Mogi das Cruzes UMC www.umc.br 95 Universidade de Passo Fundo UPF www.upf.tche.br 96 Universidade de Ribeirão Preto UNAERP www.unaerp.br 97 Universidade de Santa Cecília UNISANTA www.unisanta.br 98 Universidade de São Paulo USP www.usp.br 99 Universidade de Taubaté UNITAU www.unitau.br 100 Universidade de Uberaba UNIUBE www.uniube.br 101 Universidade Federal do Amazonas UFAM www.fua.br 102 Universidade do Estado da Bahia UNEB www.uneb.br 103 Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT www.unemat.br 104 Universidade do Estado de Minas Gerais UEMG www.uemg.br 105 Universidade do Estado Do Rio De Janeiro UERJ www.uerj.br 106 Universidade do Grande ABC UNIABC www.uniabc.br 107 Universidade do Grande Rio UNIGRANRIO www.ufrrj.br 108 Universidade do Oeste Paulista UNOESTE www.unoeste.br 109 Universidade do Planalto Catarinense UNIPLAC www.uniplac.rctsc.br 110 Universidade do Sagrado Coração USC www.usc.br 111 Universidade do Tocantins UNITIS www.unitins.br 112 Universidade do Vale do Paraíba UNIVAP www.univap.br 113 Universidade Estácio de Sá UNESA www.estacio.br 114 Universidade Estadual de Campinas UNICAMP www.unicamp.br 115 Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS www.uefs.br 116 Universidade Estadual de Goiás UEG www.ueg.br 117 Universidade Estadual de Londrina UEL www.uel.br 118 Universidade Estadual de Maringá UEM www.uem.br 119 Universidade Estadual de Montes Claros UNIMONTES www.unimontes.br 120 Universidade Estadual de Ponta Grossa UEPG www.uepg.br 121 Universidade Estadual de Santa Cruz UESC www.uesc.br 122 Universidade Estadual do Ceará UECE www.uece.br 123 Universidade Estadual do Centro Oeste UNICENTRO www.unicentro.br 124 Universidade Estadual do Maranhão UEMA www.uema.br 125 Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul UEMS www.uems.br 126 Universidade Estadual. do Norte Fluminense Darcy Ribeiro www.uenf.br 127 Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE www.unioeste.br 128 Universidade Estadual do Piauí UESPI www.uespi.br 129 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia UESB www.uesb.br 130 Universidade Federal da Bahia UFBA www.portal.ufba.br 131 Universidade Federal da Paraíba UFPB www.ufpb.br 132 Universidade Federal de Alagoas UFAL www.ufal.br 133 Universidade Federal de Campina Grande UFCG www.ufcg.edu.br 134 Universidade Federal de Goiás UFG www.ufg.br 135 Universidade Federal de Itajubá UNIFEI www.efei.br
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136 Universidade Federal de Juiz De Fora UFJF www.ufjf.br 137 Universidade Federal de Lavras UFLA www.ufla.br 138 Universidade Federal de Mato Grosso Do Sul UFMS www.ufms.br 139 Universidade Federal de Minas Gerais UFMG www.ufmg.br 140 Universidade Federal de Ouro Preto UFOP www.ufop.br 141 Universidade Federal de Pernambuco UFPE www.ufpe.br 142 Universidade Federal de Roraima UFRR www.ufrr.br 143 Universidade Federal de Santa Catarina UFSC www.ufsc.br 144 Universidade Federal de Santa Maria UFSM www.ufsm.br 145 Universidade Federal de São Carlos UFSCAR www.ufscar.br 146 Universidade Federal de São Paulo UNIFESP www.unifesp.br 147 Universidade Federal de Sergipe UFS www.ufs.br 148 Universidade Federal de Uberlândia UFU www.ufu.br 149 Universidade Federal de Viçosa UFV www.ufv.br 150 Universidade Federal do Acre UFAC www.ufac.br 151 Universidade Federal do Amapá UNIFAP www.unifap.br 152 Universidade Federal do Ceará UFC www.ufc.br 153 Universidade Federal do Espírito Santo UFES www.ufes.br 154 Universidade Federal do Maranhão UFMA www.ufma.br 155 Universidade Federal do Pará UFPA www.ufpa.br 156 Universidade Federal do Piauí UFPI www.ufpi.br 157 Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ www.ufrj.br 158 Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN www.ufrn.br 159 Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS www.ufrgs.br/ufrgs 160 Universidade Federal Fluminense UFF www.uff.br 161 Universidade Federal Rural da Amazônia UFRA www.ufra.edu.br 162 Universidade Ibirapuera UNIB www.unib.br 163 Universidade Luterana do Brasil ULBRA www.ulbra.br 164 Universidade Metodista de Piracicaba UNIMEP www.unimep.br 165 Universidade Metropolitana de Santos UNIMES www.unimes.br 166 Universidade Norte do Paraná UNOPAR www.unopar.br 167 Universidade Paulista UNIP www.unip.br 168 Universidade Potiguar UNP www.unp.br 169 Universidade Presidente Antônio Carlos UNIPAC www.unipac.br 170 Universidade Regional do Cariri URCA www.urca.br 171 Universidade Salgado de Oliveira UNIVERSO www.universo.g12.br 172 Universidade Salvador UNIFACS www.unifacs.br 173 Universidade Santo Amaro UNISA www.unisa.br 174 Universidade São Francisco USF www.usf.com.br 175 Universidade Tuiuti do Paraná UTP www.utp.br 176 Universidade Vale do Rio Doce UNIVALE www.univale.br 177 Universidade Vale do Rio Verde UNINCOR www.unincor.br 178 Universidade Veiga de Almeida UVA www.uva.br
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ANEXO II – Questionário de Pesquisa
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA – formulário nº 0001
Ilmo(a). Sr(a).
Cumprimentandoo(a) cordialmente, solicito sua especial atenção para o que segue. Sou aluno do Curso de Mestrado em Contabilidade e Finanças da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo – PUCSP. Meu projeto de dissertação tem como tema “Balanço Social”. O presente questionário tem como objetivo acadêmico identificar ações de responsabilidade
social a serem priorizadas por uma Instituição de Ensino Superior. Este questionário não é um teste de conhecimentos; não existem respostas certas ou erradas.
Para ajudálo(a) na compreensão do objetivo desta pesquisa, considere a seguinte afirmação: “Uma Instituição de Ensino Superior, além de formar profissionais habilitados para o mercado de trabalho, cidadãos éticos e gerar riqueza através do pagamento de funcionários, terceiros, impostos, salários, etc., deve, também, executar outras ações de responsabilidade social, relacionadas aos recursos humanos, meio ambiente e comunidade”.
Favor apreciar as opções subseqüentes e marcar um “x” na opção escolhida, considerando o seguinte: • CT para Concordar Totalmente • CP para Concordar Parcialmente • IN para posicionarse de forma Indiferente (não concorda, nem discorda) • DP para Discordar Parcialmente • DT para Discordar Totalmente
Solicito que analise atentamente cada item antes de marcar a opção de sua preferência sem se preocupar com a quantidade de cada opção, por exemplo: se você concordar totalmente com todos os itens de um grupo, marque todos na coluna CT, da mesma forma, se discordar totalmente de todos os itens, marque todos na coluna DT.
Reforço que o objetivo é detectar as ações mais importantes a serem executadas e divulgadas por uma Instituição de Ensino Superior.
Sugiro que leia todo o questionário antes de começar a respondêlo.
a) Relativo aos recursos humanos, uma Instituição de Ensino Superior IES deve preocuparse com: 1. Auxílio creche CT CP IN DP DT 2. Bolsas de estudo, treinamentos e oportunidades de crescimento CT CP IN DP DT 3. Esporte, lazer e cultura CT CP IN DP DT 4. Inclusão social (contratação de deficientes, negros e outros) CT CP IN DP DT 5. Participação nos lucros e resultados CT CP IN DP DT 6. Permitir liberdade de opinião e de expressão aos funcionários CT CP IN DP DT 7. Políticas de admissão e de demissão responsáveis CT CP IN DP DT 8. Qualidade de vida (saúde, segurança e satisfação no trabalho) CT CP IN DP DT 9. Recolocação de desempregados CT CP IN DP DT 10. Seguro de vida e complementação previdenciária CT CP IN DP DT 11. Tempo de serviço e faixa etária dos empregados CT CP IN DP DT 12. Vale transporte, moradia, alimentação e cesta básica CT CP IN DP DT
b) Relativo ao meio ambiente, uma Instituição de Ensino Superior deve preocuparse com: 13. Ecologia CT CP IN DP DT 14. Educação ambiental, proteção e preservação do meio ambiente CT CP IN DP DT 15. Conservação de construções, móveis e equipamentos CT CP IN DP DT 16. Poluição do ar, da água, do solo, etc. despoluir e evitar poluir CT CP IN DP DT 17. Preservação e conservação de matas, córregos, rios e lagos CT CP IN DP DT 18. Reflorestamento CT CP IN DP DT 19. Reciclagem de lixo e reutilização de materiais CT CP IN DP DT 20. Redução no consumo de água e energia CT CP IN DP DT
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c)Relativo aos programas sociais, uma IES deve preocuparse com: 21. Apoio humano e tecnológico a escolas públicas e entidades beneficentes CT CP IN DP DT 22. Arte, cultura e esporte CT CP IN DP DT 23. Assistência à saúde e combate à fome CT CP IN DP DT 24. Capacitação e encaminhamento profissional de pessoas de baixa renda CT CP IN DP DT 25. Combate ao desemprego e analfabetismo CT CP IN DP DT 26. Combate a marginalidade, uso de drogas e violência CT CP IN DP DT 27. Conscientização quanto aos direitos humanos CT CP IN DP DT 28. Crianças e adolescentes CT CP IN DP DT 29. Empregabilidade de alunos e exalunos CT CP IN DP DT 30. Inclusão social (raça, sexo, deficiência física ou mental e outros) CT CP IN DP DT 31. Patrocínio a projetos e construções de cunho social CT CP IN DP DT 32. Pesquisas visando a detectar carências no município CT CP IN DP DT 33. Serviços públicos (pavimentação, segurança pública, defesa civil e outras) CT CP IN DP DT 34. Terceira idade CT CP IN DP DT
d) Na publicação das informações sobre responsabilidade social, uma IES deve preocuparse com: 35. Informações quantitativas padronizadas para permitir comparação CT CP IN DP DT 36. Informações qualitativas CT CP IN DP DT 37. Divulgação das ações sociais para todo o público interno e externo CT CP IN DP DT 38. Linguagem clara, simples, acessível, evitando expressões técnicas CT CP IN DP DT 39. Pesquisas de opinião junto ao público para informar melhor CT CP IN DP DT 40. Publicar as críticas recebidas explicando ações corretivas CT CP IN DP DT 41. Transparência, clareza, legitimidade e credibilidade CT CP IN DP DT 42. Relevância, consistência e coerência CT CP IN DP DT
IDENTIFICAÇÃO DO(A) ENTREVISTADO(A): e) Sexo: ( )masculino ( )feminino f) Idade: ______ anos completos
g) Escolaridade: ( )ensino básico incompleto ( )ensino básico completo ( )ensino médio incompleto
( )ensino médio completo ( )superior incompleto ( )superior completo
( )pósgraduação incompleto ( )pósgraduação completo
h) Renda familiar mensal aproximada em R$: ( )A até 520,00 ( )B maior que 520,00 até 1.040,00 ( )C maior que 1.040,00 até 1.560,00 ( )D maior que l.560,00 até 2.080,00 ( )E maior que 2.080,00 até 2.600,00 ( )F maior que 2.600,00 até 3.120,00
( )G maior que 3.120,00 até 3.640,00 ( )H maior que 3.640,00 até 4.160,00 ( )I maior que 4.160,00 até 4.680,00 ( )J maior que 4.680,00 até 5.200,00 ( )K acima de 5.200,0
i) Em relação ao UNIARAXÁ, você se identifica como: ( ) Aluno(a) da graduação ou da pósgraduação. Curso: ___________________________________ ( ) Aluno(a) do ensino médio ( ) Fornecedor(a) ou prestador(a) de serviços ( ) Gestor(a) ou Funcionário(a) Administrativo ( ) Professor(a) ( ) Exalunos, familiares de empregados ou de alunos, representante político, de clubes de serviços, sindicatos, imprensa, organizações de classe e comunidade em geral.
Caso queira fazer algum comentário, favor usar folha separada ou enviar email para o endereço [email protected].
Obrigado por sua colaboração. Válter Gomes Mestrando em Ciências Contábeis e Financeiras pela PUC – SP Orientador: Prof. Dr. José Carlos Marion