205
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CONTRIBUIÇÃO À DIVULGAÇÃO DE A ÇÕES DE … · 2017. 2. 22. · um lutador, e incutiu me a conscientização do valor da família. À minha esposa, Sebastiana Aparecida Ribeiro

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VÁLTER GOMES

CONTRIBUIÇÃO À DIVULGAÇÃO DE AÇÕES DE

RESPONSABILIDADE SOCIAL: Estudo de Caso do UNIARAXÁ

PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS­GRADUADOS EM

CIÊNCIAS CONTÁBEIS E FINANCEIRAS – MESTRADO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC/SP

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE

São Paulo

2005

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VÁLTER GOMES

CONTRIBUIÇÃO À DIVULGAÇÃO DE AÇÕES DE

RESPONSABILIDADE SOCIAL: Estudo de Caso do UNIARAXÁ

Dissertação de mestrado apresentada à

banca examinadora do Programa de

Estudos Pós­Graduados da Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo –

PUC/SP, como exigência parcial para

obtenção do Título de Mestre em Ciências

Contábeis e Financeiras, sob orientação

do Prof. Dr. José Carlos Marion.

PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS­GRADUADOS EM

CIÊNCIAS CONTÁBEIS E FINANCEIRAS – MESTRADO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC/SP

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE

São Paulo

2005

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Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta dissertação por processos de fotocopiadoras ou eletrônicos.

São Paulo (SP), ____de ________________ de 2005

Válter Gomes

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Reitora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP

Profa. Maura Pardini Bicudo Véras, Dra.

Presidente de Pós­Graduação

Profa. Anna Maria Marques Cintra, Dra.

Coordenadora do Programa de Estudos Pós­Graduados em Ciências Contábeis e Financeiras

Profa. Neusa Maria Bastos Fernandes dos Santos, Dra.

Vice­Coordenador do Programa de Estudos Pós­Graduados em Ciências Contábeis e Financeiras

Prof. Roberto Fernandes dos Santos, Dr.

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VÁLTER GOMES

CONTRIBUIÇÃO À DIVULGAÇÃO DE AÇÕES DE

RESPONSABILIDADE SOCIAL: Estudo de Caso do UNIARAXÁ

Esta dissertação foi julgada e aprovada para obtenção do grau de Mestre em Ciências Contábeis e Financeiras no Programa de

Estudos Pós­Graduados em Ciências Contábeis e Financeiras da

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP.

São Paulo­SP 2005

Profa. Neusa Maria Bastos Fernandes dos Santos, Dra.

Coordenadora do Programa

B A N C A E X A M I N A D O R A

__________________________________

Prof. José Carlos Marion, Dr. Orientador

__________________________________

Prof. Sérgio de Iudícibus, Dr.

___________________________________

Prof. João Eduardo Prudêncio Tinoco, Dr.

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Ao meu pai, Manoel Gabriel Gomes (in

memorian). Apesar de termos convivido por

apenas doze anos, este tempo foi o suficiente

para o senhor, meu pai, criar­me com

honradez, incutindo­me valores éticos e

conscientizando­me quanto à dignidade do

trabalho e importância dos estudos.

À minha mãe, Tereza Rosa Gomes. Você,

minha mãe, me ensinou a ter fé em Deus, a ser

um lutador, e incutiu­me a conscientização do

valor da família.

À minha esposa, Sebastiana Aparecida Ribeiro

Gomes. Você demonstrou que esta realização

é tão sua quanto minha; apoiou­me e guiou­me

para este objetivo.

Aos meus filhos, Pedro Augusto e Ana Alice.

Sorriso. Carinho. Esperança nos novos dias,

nos novos tempos.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, em primeiro lugar, pela vida, proteção, saúde, força, discernimento,

enfim, por todas as condições para que eu viva, trabalhe, estude e seja uma pessoa

digna de ser chamado seu filho.

À minha querida esposa, Tianinha, pelo apoio na conquista deste sonho, pelo

seu desejo de ver­me realizá­lo e pela compreensão quanto a minha ausência.

À minha mãe, Dona Tereza Rosa Gomes, pelas orações e pela compreensão

quanto a minha ausência, assim como a meus irmãos, irmã, sobrinhos e cunhados.

À magnífica reitora do Uniaraxá, Professora Maria Auxiliadora Ribeiro, pelo

apoio na concessão de bolsa e na flexibilização de meu horário de trabalho,

condições sem as quais dificilmente eu teria concluído este curso.

Ao Prof. Dr. José Carlos Marion, pela orientação deste trabalho, pelos

ensinamentos, apoio e consideração.

Ao Prof. Dr. Sérgio de Iudícibus, grande mestre, exemplo de profissionalismo

e sabedoria, pelas aulas, exemplo, orientações, indicações de material bibliográfico

e pelas contribuições por ocasião do exame de qualificação.

Ao Prof. Dr. João Eduardo Prudêncio Tinoco, pelas indicações de livros e

artigos, pelas palavras de apoio para com este trabalho e pelas contribuições por

ocasião do exame de qualificação.

À professora e coordenadora do mestrado, Dra. Neusa Maria Bastos

Fernandes dos Santos, e ao professor e sub­coordenador, Dr. Roberto Fernandes

dos Santos, pela amizade, apoio e orientação durante o curso.

Aos professores das disciplinas cursadas: Dr. Sérgio de Iudícibus, Dr. José

Carlos Marion, Dra. Neusa Maria Bastos Fernandes dos Santos, Dr. Roberto

Fernandes dos Santos, Dr. Carlos Hideo Arima, Dr. Rubens Famá e Dr. Paulo

Roberto da Silva, pelos ensinamentos e experiências compartilhadas.

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À minha amiga e colega de trabalho Flávia Maria da Costa Carvalho, pela

dedicação e apoio.

Ao meu amigo e colega de trabalho, Prof. Msc. Naldo Ferreira Alves, pelas

sugestões e apoio desde o início do curso.

Às Professoras Lázara, Luiza e Maria Lúcia, pelas sugestões e revisões

parciais da língua portuguesa.

Às minhas amigas Raquel, Sarah, Vanessa, Andréia e Lislen, pelo apoio e

disponibilidade.

Aos coordenadores de cursos e de setores do UNIARAXÁ, pelo apoio na

aplicação do questionário.

A todos os professores, funcionários e alunos do UNIARAXÁ, pelo apoio,

inclusive na resposta ao questionário de pesquisa.

À Bete, secretária do programa de mestrado da PUC­SP, pelo apoio durante

a realização do curso.

Aos meus colegas de curso, pela amizade, troca de experiências e

crescimento/aprendizagem compartilhados.

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RESUMO

GOMES, Válter. Contribuição à Divulgação de Ações de Responsabilidade Social: Estudo de Caso do UNIARAXÁ. 2005, 204 p. (Mestrado em Ciências Contábeis e Financeiras) – Programa de Estudos Pós­Graduados em Ciências Contábeis e Financeiras da Faculdade de Economia e Administração – FEA – da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP. São Paulo.

Este trabalho tem por objetivo contribuir para o avanço das análises e discussões em torno da relevância da publicação de ações de responsabilidade social pelas entidades. Analisa a percepção dos stakeholders sobre quais atividades de responsabilidade social devem ser realizadas, prioritariamente, por uma instituição de ensino superior, e como devem ser publicadas. Com base no aprofundamento da literatura sobre o tema e na análise dos balanços sociais de doze instituições de ensino superior brasileiras, foram levantadas as principais ações de responsabilidade social possíveis de serem realizadas por tais entidades, e foi criado e aplicado um questionário de pesquisa junto aos stakeholders do Centro Universitário do Planalto de Araxá ­ UNIARAXÁ. Os dados foram analisados de acordo com diferentes grupos: alunos, professores, gestores, funcionários administrativos, fornecedores, prestadores de serviços e representantes da comunidade, tendo sido também considerados sexo, escolaridade, faixa etária e renda familiar dos entrevistados. Foi proposta uma metodologia para elaboração dos balanços sociais das instituições de ensino superior; foi proposto também um modelo a ser aplicado por tais entidades. As principais conclusões explicitaram: a grande importância da responsabilidade social das entidades; a necessidade de conciliação de interesses econômicos, de produção e de transmissão do conhecimento com os de todas as pessoas que se inter­relacionam com as entidades; a importância que as entidades devem dispensar a seus recursos humanos; a conclusão de que investimento em preservação, proteção e recuperação do meio ambiente é fator de competitividade; a relevância dos programas de benefícios e contribuições à sociedade em geral; a importância da publicação das ações de responsabilidade social, através de Balanços Sociais bem elaborados, transparentes, com linguagem acessível, informações relevantes, consistentes e coerentes, e, principalmente, sendo prioritariamente garantida a probidade necessária à credibilidade do documento.

Palavras­chaves: Responsabilidade Social; Balanço Social; Instituições de Ensino Superior; Stakeholders.

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ABSTRACT

GOMES, Válter. Contribution to Publicise Actions of Social Responsibility: Case Study of UNIARAXÁ. 2005, 204 p. (Master Degree in Accountancy and Finance) – Post­Graduation Program in Accountancy and Finance at the Economics and Administration Faculty – FEA – of the Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC / SP. São Paulo.

This paper aims at contributing to the advance of the analysis and discussions regarding the relevance of publishing social responsible actions by institutions. It analyses stakeholders’ perceptions on which social responsible actions should be carried out, mainly , by colleges and universities, as well as the way in which they should be published. Based on a deeper understanding of the subject and the analysis of the Social Result Balance of twelve different Brazilian universities, the main social responsible actions which are likely to be accomplished by such institutions, were highlighted and, a survey was developed and applied together with the stakeholders at the Centro Universitário do Planalto de Araxá. The collected data was analyzed according to different groups as follows: students, professors, administrators, management staff, suppliers, contractors, and members of the community. Gender, educational background, age and family income of the interviewees, were also taken into account. A methodology for the elaboration of the social result balance of the universities was proposed as well as a new model to be applied by these institutions. The main conclusions showed: the great importance of social responsibility of the institutions; the need of a compromise regarding the economic interests, production and transmission of knowledge with those of people who relate to such institutions; the importance that should be given to human resources; the understanding that investments made in the preservation, the protection and the recuperation of the environment make institutions more competitive; the relevance of social programs to society in general; the importance of publishing social responsible actions, through a clear, well­planed Social Result Balance which bear accessible language, relevant, consistent and coherent information and, most importantly, guaranteeing the necessary honesty to the credibility of the document.

Key words: Social Responsibility, Social Result Balance, Colleges and Universities, Stakeholders.

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ................................................................................................16

LISTA DE GRÁFICOS ..............................................................................................18

LISTA DE FIGURAS.................................................................................................19

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS...................................................................20

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................21

1.1 Contextualização.........................................................................................21 1.2 Definição do Problema................................................................................25 1.3 Objetivos da Pesquisa ................................................................................27 1.3.1 Objetivo Geral..........................................................................................27 1.3.2 Objetivos Específicos ..............................................................................27

1.4 Justificativa..................................................................................................28 1.4.1 As Entidades e os Stakeholders..............................................................29 1.4.2 As Instituições de Ensino Superior e as Ações de Responsabilidade Social ................................................................................................................31

1.5 Importância/Contribuição ............................................................................33 1.6 Ações Metodológicas ..................................................................................34 1.6.1 Modelo de Estudo....................................................................................34 1.6.2 População e Amostra ..............................................................................35 1.6.3 Coleta de Dados......................................................................................36 1.6.4 Procedimentos de Análise de Dados.......................................................37

1.7 Estrutura do Trabalho .................................................................................38

2. RESPONSABILIDADE SOCIAL........................................................................39

2.1 A Elaboração do Balanço Social .................................................................42 2.2 Em Defesa da Divulgação do Balanço Social .............................................45 2.3 Vertentes do Balanço Social .......................................................................49 2.3.1 Balanço de Recursos Humanos ..............................................................49 2.3.2 Demonstração do Valor Adicionado ........................................................52 2.3.3 Balanço Ambiental...................................................................................55 2.3.4 Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade em Geral.............59

2.4 Reflexos das Ações de Responsabilidade Social .......................................60

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3. A RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR................................................................................................................63

3.1 O UNIARAXÁ e as Ações de Responsabilidade Social ..............................64 3.2 O UNIARAXÁ – Breve Histórico..................................................................64 3.2.1 Gestores Institucionais ............................................................................65 3.2.1.1 Da Mantenedora: Fundação Cultural de Araxá ................................65 3.2.1.2 Da Mantida: Centro Universitário do Planalto de Araxá ...................65

3.2.2 Avaliações Externas ................................................................................66 3.2.3 Avaliações Institucionais Internas............................................................67 3.2.3.1 Programa de Avaliação Continuada ­ PAC ......................................67 3.2.3.2 Controle de Qualidade da Graduação..............................................67

3.2.4 Ações de Responsabilidade Social Desenvolvidas no UNIARAXÁ .........68 3.2.4.1 Recursos Humanos..........................................................................68 3.2.4.2 Meio Ambiente .................................................................................68 3.2.4.3 Benefícios e Contribuições à Sociedade..........................................69

3.3 Ações de Responsabilidade Social Desenvolvidas por Outras Instituições de Ensino Superior ................................................................................................71 3.3.1 Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina ­ UNISUL..................72 3.3.2 Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC­RIO ..............74 3.3.3 Universidade Comunitária Regional de Chapecó ­ UNOCHAPECÓ .......75 3.3.4 Universidade da Região de Joinville ­ UNIVILLE.....................................78 3.3.5 Universidade de Cuiabá ­ UNIC ..............................................................79 3.3.6 Universidade de Santa Cruz do Sul ­ UNISC ..........................................79 3.3.7 Universidade de Uberaba ­ UNIUBE .......................................................80 3.3.8 Universidade do Vale do Rio dos Sinos ­ UNISINOS..............................81 3.3.9 Universidade Federal de Mato Grosso ­ UFMT.......................................83 3.3.10 Universidade Presbiteriana Mackenzie ...................................................84 3.3.11 Universidade Metodista de São Paulo.....................................................85 3.3.12 Considerações Sobre as Ações de Responsabilidade Social Desenvolvidas e Divulgadas Pelas Instituições de Ensino Superior ..................86

3.4 Principais Ações de Responsabilidade Social Possíveis de Ser Executadas Pelas Instituições de Ensino Superior....................................................................86 3.4.1 Relativas aos Recursos Humanos...........................................................87 3.4.2 Relativas ao Meio Ambiente ....................................................................89 3.4.3 Relativas aos Benefícios e Contribuições à Sociedade em Geral ...........91

4. PESQUISA DE OPINIÃO...................................................................................94

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4.1 Amostra.......................................................................................................94 4.2 Coleta de Dados .........................................................................................95 4.3 Procedimentos de Análise dos Dados ........................................................96 4.3.1 Quanto ao Sexo.......................................................................................96 4.3.2 Quanto ao Nível de Escolaridade............................................................97 4.3.3 Quanto à Faixa Etária..............................................................................98 4.3.4 Quanto à Renda familiar..........................................................................98 4.3.5 Procedimentos Gerais .............................................................................99

4.4 A Análise dos Dados.................................................................................100 4.4.1 Questões Relacionadas aos Recursos Humanos .................................100 4.4.2 Questões Relacionadas ao Meio Ambiente...........................................104 4.4.3 Questões Relacionadas aos Benefícios e Contribuições à Sociedade .......

..............................................................................................................107 4.4.4 Questões Relacionadas à Publicação de Informações e Balanços Sobre Responsabilidade Social ..................................................................................111 4.4.5 Análise da Média Geral das Questões ..................................................114

5. O BALANÇO SOCIAL NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR ..........115

5.1 Análise dos Balanços Sociais das Instituições de Ensino Superior ..........115 5.1.1 O Modelo de Balanço Social Proposto Pelo IBASE ..............................116 5.1.2 Definição dos Critérios Para a Análise Preliminar .................................117 5.1.3 Análise Preliminar dos Balanços Sociais...............................................117 5.1.4 Critérios Para Análise dos Balanços Sociais.........................................120 5.1.4.1 Critérios Para Análise da Estrutura do Balanço Social...................120 5.1.4.2 Critérios Para Análise do Balanço de Recursos Humanos.............121 5.1.4.3 Critérios Para Análise da Demonstração do Valor Adicionado.......121 5.1.4.4 Critérios Para Análise do Balanço Ambiental .................................122 5.1.4.5 Critérios Para Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade.....................................................................................................122

5.1.5 Análise dos Balanços Sociais................................................................122 5.1.6 Centro Universitário do Planalto de Araxá ­ UNIARAXÁ .......................123 5.1.6.1 Análise da Estrutura do Balanço Social do UNIARAXÁ .................123 5.1.6.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos do UNIARAXÁ ...........124 5.1.6.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado .............................126 5.1.6.4 Análise do Balanço Ambiental do UNIARAXÁ................................126 5.1.6.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade........

.......................................................................................................126

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5.1.7 Universidade Comunitária Regional de Chapecó – UNOCHAPECÓ ....127 5.1.7.1 Análise da Estrutura do Balanço Social da UNOCHAPECÓ..........127 5.1.7.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos da UNOCHAPECÓ....128 5.1.7.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado .............................129 5.1.7.4 Análise do Balanço Ambiental da UNOCHAPECÓ ........................130 5.1.7.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade..131

5.1.8 Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL...............131 5.1.8.1 Análise da Estrutura do Balanço Social da UNISUL ......................131 5.1.8.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos da UNISUL ................132 5.1.8.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado .............................132 5.1.8.4 Análise do Balanço Ambiental da UNISUL.....................................132 5.1.8.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade..133

5.1.9 Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS ...........................133 5.1.9.1 Análise da Estrutura do Balanço Social da UNISINOS ..................133 5.1.9.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos da UNISINOS ............134 5.1.9.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado .............................135 5.1.9.4 Análise do Balanço Ambiental da UNISINOS.................................136 5.1.9.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade..136

5.1.10 Considerações Sobre os Balanços Sociais Analisados.........................137 5.2 Metodologia Para Elaboração do Balanço Social .....................................137 5.2.1 Orientações a Serem Seguidas na Elaboração do Balanço Social .......139 5.2.2 Estrutura do Balanço Social ..................................................................143 5.2.2.1 A Contextualização a Respeito do Documento e da Entidade .......144 5.2.2.2 Estrutura do Balanço de Recursos Humanos.................................145 5.2.2.3 A Demonstração do Valor Adicionado............................................145 5.2.2.4 Estruturas do Balanço Ambiental e do Balanço de Benefícios e Contribuições à Sociedade...........................................................................149 5.2.2.5 Indicadores Gerais .........................................................................151 5.2.2.6 Considerações Finais no Balanço Social .......................................152

5.3 Considerações Sobre o Capítulo ..............................................................152

6. BALANÇO SOCIAL 2004 DO UNIARAXÁ......................................................153

6.1 Balanço de Recursos Humanos................................................................156 6.1.1 Formas de Ingresso e Crescimento.......................................................156 6.1.2 Remuneração e Qualidade de Vida.......................................................158 6.1.3 Perfil e Evolução Quantitativa dos Colaboradores ................................159

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6.1.4 Indicadores Relacionados aos Recursos Humanos ..............................161 6.2 Demonstração do Valor Adicionado..........................................................162 6.3 Balanço Ambiental ....................................................................................163 6.4 Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade..............................165 6.4.1 Educação...............................................................................................166 6.4.2 Saúde Pública e Qualidade de Vida ......................................................168 6.4.3 Cultura e Esporte...................................................................................172 6.4.4 Inclusão Social e Valorização da Diversidade.......................................175 6.4.5 Programas Diversos ..............................................................................177 6.4.6 Apoio Financeiro ao Estudante..............................................................184

6.5 Indicadores Gerais ....................................................................................185 6.6 Considerações Finais Sobre o Balanço Social do UNIARAXÁ/2004 ........187

7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..........................................................188

7.1 Conclusões ...............................................................................................188 7.2 Recomendações .......................................................................................193

REFERÊNCIAS.......................................................................................................194

ANEXO I – Relação das Universidades e Centros Universitários Consultados que não Possuem Balanço Social Publicado no seu Site na Internet. .............199

ANEXO II – Questionário de Pesquisa.................................................................203

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Demonstração do perfil dos entrevistados ................................................95

Tabela 2: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas aos recursos humanos, comparados ao total de pontos possíveis. .........................................................................................................................101

Tabela 3: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas ao meio ambiente, comparados ao total de pontos possíveis.....105

Tabela 4: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas aos benefícios e contribuições à sociedade, comparados ao total de pontos possíveis..........................................................................................109

Tabela 5: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas à divulgação das ações de responsabilidade social, comparados ao total de pontos possíveis e com a média geral de todas as questões.........112

Tabela 6: Modelo de demonstração de valor adicionado (adaptado da Fipecafi). ..146

Tabela 7: Bolsa de capacitação para colaboradores...............................................157

Tabela 8: Bolsa de estudos para dependentes .......................................................157

Tabela 9: Participação de colaboradores em seminários, palestras, cursos e congressos.......................................................................................................158

Tabela 10: Gastos com transportes de funcionários ...............................................159

Tabela 11: Número de colaboradores no início e final do exercício social ..............159

Tabela 12: Quantidade de colaboradores por faixa etária e por sexo .....................160

Tabela 13: Corpo docente por tempo de experiência no magistério superior .........160

Tabela 14: Pessoal técnico­administrativo por tempo de serviço............................160

Tabela 15: Pessoal técnico­administrativo por estado civil .....................................161

Tabela 16: Indicadores sociais internos ..................................................................161

Tabela 17: Indicadores sobre o corpo funcional......................................................161

Tabela 18: Qualificação do corpo funcional.............................................................162

Tabela 19: Demonstração do valor adicionado .......................................................162

Tabela 20: Indicadores relativos ao balanço ambiental...........................................165

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Tabela 21: Benefícios e contribuições à sociedade ­ educação..............................181

Tabela 22: Benefícios e contribuições à sociedade – saúde pública e qualidade de vida...................................................................................................................182

Tabela 23: Benefícios e contribuições à sociedade – cultura e esporte..................182

Tabela 24: Benefícios e contribuições à sociedade – inclusão social e valorização à diversidade.......................................................................................................183

Tabela 25: Benefícios e contribuições à sociedade – programas diversos .............183

Tabela 26: Bolsa de estágio remunerado................................................................184

Tabela 27: Bolsa de estudo.....................................................................................185

Tabela 28: Desconto familiar...................................................................................185

Tabela 29: Indicadores gerais .................................................................................185

Tabela 30: Análise das totalizações das respostas das 42 questões por concordância/discordância...............................................................................188

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Análise do perfil dos entrevistados por sexo.............................................96

Gráfico 2: Análise de perfil dos entrevistados por escolaridade................................97

Gráfico 3: Análise do perfil dos entrevistados por faixa etária...................................98

Gráfico 4: Análise do perfil dos entrevistados por renda familiar...............................99

Gráfico 5: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas aos recursos humanos............................................................................................103

Gráfico 6: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas ao meio ambiente..................................................................................................106

Gráfico 7: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas aos benefícios e contribuições à sociedade............................................................110

Gráfico 8: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas à divulgação das ações de responsabilidade social............................................113

Gráfico 9: Percentuais de concordância/discordância totais das 42 questões........189

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Valores da filosofia institucional ...............................................................156

Figura 2: Comemorações ........................................................................................159

Figura 3: Meio ambiente..........................................................................................163

Figura 4: Trilha ecológica ........................................................................................165

Figura 5: Alfabetização de jovens e adultos ............................................................166

Figura 6: Cientista mirim..........................................................................................166

Figura 7: Biblioteca móvel .......................................................................................167

Figura 8: Educar­se.................................................................................................169

Figura 9: Enfermagem em ação na saúde pública ..................................................169

Figura 10: Projeto social “Uma Lição de Cidadania” ...............................................170

Figura 11: Unisênior ................................................................................................171

Figura 12: Escolinha de esporte infanto­juvenil.......................................................172

Figura 13: Escolinha de ginástica olímpica .............................................................172

Figura 14: Projeto “Se essa rua fosse minha...” ......................................................173

Figura 15: Festival de férias ....................................................................................173

Figura 16: Goalball para deficientes visuais ............................................................175

Figura 17: Oficina braille..........................................................................................176

Figura 18: Estudante dez/fome zero .......................................................................178

Figura 19: Semana da ciência e tecnologia.............................................................179

Figura 20: Encontro de egressos ............................................................................179

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CP – Concorda Parcialmente

CT – Concorda Totalmente

DP – Discorda Parcialmente

DT – Discorda Totalmente

EPE – Ensino, Pesquisa e Extensão

ETHOS – Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social

FGV – Fundação Getúlio Vargas

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

Func. – Funcionários

IES – Instituição de Ensino Superior

IN – Indiferente

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

ISE – Instituto Superior de Educação

Méd. – Média

PAF – Planejamento, Administração e Finanças

PIS – Programa de Integração Social

PS – Prestadores de Serviços

PUC­RJ —Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

PUC ­ SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

RSE – Responsabilidade Social Empresarial

SMV – Salário Mínimo Vigente

UFMT – Universidade Federal do Mato Grosso

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UNIARAXÁ – Centro Universitário do Planalto de Araxá

UNIC – Universidade de Cuiabá

UNISC – Universidade de Santa Cruz do Sul

UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos

UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina

UNIUBE – Universidade de Uberaba

UNIVILLE – Universidade da Região de Joinville

UNOCHAPECÓ ­ Universidade Comunitária Regional de Chapecó

USP – Universidade de São Paulo

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

No meio empresarial e acadêmico ouve­se falar de ações de responsabilidade

social e respectivas publicações através do Balanço Social. A responsabilidade

social das entidades consiste no comprometimento com a qualidade de vida

presente e futura de todos os que direta ou indiretamente se relacionam com estas

entidades.

Tinoco (2001, p.14) define o Balanço Social como “um instrumento de gestão

e de informação que visa evidenciar, da forma mais transparente possível,

informações econômicas e sociais, do desempenho das entidades, aos

diferenciados usuários, entre estes os seus funcionários”.

Iudícibus e Marion (2000, p. 78) definem Balanço Social e afirmam que o item

que mais se destaca é o valor adicionado:

O Balanço Social evidencia o perfil social das empresas: relações de trabalho dentro da empresa (empregados: quantidade, sexo, escolaridade, encargos sociais, gastos com alimentação, educação e saúde do trabalhador, previdência privada); tributos pagos; investimentos para a comunidade (em cultura, esportes, habitação, saúde pública, saneamento, assistência social...); investimentos no meio ambiente etc. Dentro da idéia de Balanço Social, o item que mais se destaca é o valor agregado (valor adicionado).

Valor adicionado ou valor agregado refere­se à riqueza gerada pela entidade,

que é distribuída sob a forma de remuneração ao trabalho (gastos com pessoal e

encargos), ao governo (impostos, taxas e contribuições), a terceiros (juros e

aluguéis) e aos acionistas (juros sobre o capital próprio, dividendos, lucros

retidos/prejuízo do exercício).

Segundo Tinoco (1984­2001), as primeiras informações sociais divulgadas

juntamente com o balanço ocorreram nos Estados Unidos durante a administração

Nixon, quando as empresas foram impelidas a fazê­lo, em virtude de severas críticas

recebidas da população que exigia uma nova postura, caracterizada por menor

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preocupação com os resultados econômico­financeiros, e maior com as relações

sociais dentro e fora das empresas. Na França, o início da divulgação do Balanço

Social foi voltado para o público interno, com o objetivo de atender aos empregados.

A partir dos anos 70, e basicamente nos anos 80, as organizações

começaram a dar mais atenção à responsabilidade social, enxergando­a sob uma

nova ótica, e essas organizações, além de oferecer benefícios sociais, agregaram

valor à sua imagem pública.

No Brasil, várias entidades, mesmo sem imperativo legal, estão elaborando e

divulgando o Balanço Social; vários trabalhos científicos sobre o tema têm também

sido elaborados nos últimos anos. Conforme Santos (2003, p. 23):

No Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, o destaque que deve ser dado é ao pioneirismo do trabalho intitulado Balanço Social: uma abordagem sócio­econômica da contabilidade, apresentado em 1984, para obtenção do título de Mestre em Contabilidade, por João Eduardo Prudêncio Tinoco, o qual recebeu orientação do ilustre Prof. Sérgio de Iudícibus.

Hodiernamente, em vista dos apelos da sociedade em relação ao meio

ambiente, o Balanço Social passou a conter informações alusivas às questões

ambientais, e se encontra dividido em quatro vertentes: recursos humanos, valor

adicionado, meio ambiente e benefícios e contribuições à sociedade.

O balanço de recursos humanos visa a evidenciar o perfil dos colaboradores,

remuneração, gastos com treinamentos, e todas as demais ações executadas e

condições disponibilizadas, por e para os funcionários da entidade, que não sejam

obrigatórias por lei.

A demonstração do valor adicionado, conforme Santos (2003, P.11) “objetiva

evidenciar a contribuição da empresa para o desenvolvimento econômico­social da

região onde está instalada, discriminando o que a empresa agrega à economia local

e, em seguida, a forma como distribui tal riqueza”. Trata­se da evidenciação da

distribuição de riqueza gerada pela entidade.

O balanço ambiental deve evidenciar tudo o que acontece em relação ao

meio ambiente. Deve refletir a postura da entidade em relação aos recursos naturais

no que tange a preservação, proteção e recuperação – ações executadas, projetos

desenvolvidos, pesquisas, campanhas educativas e de conscientização, e em

relação ao ativo ambiental – bens possuídos que visem à preservação, proteção,

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recuperação e controle ambiental e passivo ambiental – responsabilidades de

natureza ambiental, impostas ou voluntárias.

O balanço dos benefícios e contribuições à sociedade deve evidenciar a

contribuição da entidade à preservação da cultura, as contribuições a entidades

assistenciais e filantrópicas, as ações relativas à educação, assistência e apoio aos

mais necessitados e os projetos de inclusão social em geral.

Observam­se, nas organizações da atualidade, o anseio e a determinação por

uma nova ordem moral que, juntamente com a globalização e o ambiente altamente

competitivo, leve à valorização dos princípios éticos. Temas como inclusão social,

meio ambiente, futuro da humanidade, desenvolvimento sustentável, não

discriminação de raça e sexo no emprego, busca por melhores condições de vida

para empregados e por maiores oportunidades de mobilidade social, dentre outros,

fazem parte das mesas de debate, onde são ardorosamente defendidos.

As opiniões no sentido de que o Balanço Social deva ser obrigatório para

determinadas organizações são divergentes. O Projeto de Lei n. 3.116/97, das então

deputadas Sandra Starling, Maria da Conceição Tavares e Martha Suplicy, propõe a

obrigatoriedade do Balanço Social para empresas públicas, e para empresas

particulares que contarem com mais de cem empregados. Este tema foi

reapresentado pelo deputado Paulo Rocha através do Projeto de Lei n. 0.032/99.

Além destes, o Projeto de Lei n 3.741, de 2000, de alteração da Lei n 6.404/76 (Lei

das Sociedades por Ações), prevê a inclusão da Demonstração do Valor Adicionado

entre as demais demonstrações contábeis já consideradas obrigatórias. Há,

entretanto, uma corrente que defende a não obrigatoriedade do Balanço Social,

justificando que as ações de responsabilidade social devem ser resultantes da

consciência cidadã e da livre vontade dos gestores.

Para muitos, o Balanço Social representa um ótimo instrumento de marketing

quando as organizações dele fazem uso, através de ações que demonstram o seu

compromisso social, como forma de sensibilizar a opinião pública. Sousa Filho

(2000, p. 52) esclarece que é questão de sobrevivência informar aos consumidores,

funcionários e comunidade em geral o que a empresa está realizando no tocante às

ações sociais não obrigatórias. E completa (p.132), afirmando que as práticas de

ações sociais promovem certo marketing social de forma imensurável para as

entidades, alavancando as vendas de seus produtos.

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Outros entendem que o Balanço Social não deve ser usado com a finalidade

acima referida, posto que consideram o marketing social anti­ético por expor a

existência de interesses econômicos por trás das ações sociais. Segundo Betinho

(apud Santos, 2003, P. 22) “o balanço social não pode ser uma peça de marketing,

mas uma demonstração responsável de investimentos sociais realizados pelas

empresas”. Mas, mesmo que o Balanço Social seja publicado sem o fim explícito de

promover a imagem da organização, tal ocorrerá. Souza Filho (2000) observou que

empresas éticas, no longo prazo, tendem a ser mais lucrativas, e afirmou que as

atitudes sociais responsáveis trazem retorno.

Observa­se que muitas organizações executam diversas ações de cunho

social, mas não as divulgam. Em contrapartida, percebe­se que a simples geração

de tais informações por parte de algumas as leva a fazer mais para informar mais –

uma dinâmica de exposição na mídia.

Um dos pilares da responsabilidade social, assim como a caracterização de

organizações e pessoas como éticas, é a transparência de atos. Daí a importância

da abertura e da divulgação das ações. A questão social é eminente e forçará então

a divulgação das ações de responsabilidade social.

No tocante às instituições de ensino superior, a LDB ­ Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, Lei Federal nº. 9394/96 estabelece no artigo 43,

Inciso VI, que uma das finalidades da Educação Superior é “estimular o

conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular dos nacionais e

regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta

uma relação de reciprocidade”. Ainda o mesmo artigo, Inciso VII, indica que uma

outra finalidade da Educação Superior é “promover a extensão, aberta à participação

da população, visando à difusão das conquistas e benefícios da criação cultural e da

pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição”. Pelas suas próprias

características, tais instituições formam um grande celeiro para a promoção de

ações de responsabilidade social. O crescimento técnico e pessoal dos alunos, as

oportunidades de promoção de debates sobre problemas do presente e relevantes

para a sociedade, os trabalhos de pesquisa e de extensão, são, naturalmente, ações

que promovem o social. A disponibilidade e a energia dos alunos podem ser

canalizadas, gerando resultados positivos e consideráveis para a comunidade, além

de se constituírem em importante componente para a sua formação pessoal, em

bases cidadãs.

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1.2 Definição do Problema

No Brasil, mesmo sem imperativo legal, várias entidades divulgam o Balanço

Social. Entretanto, muitas delas, mesmo executando diversas ações de

responsabilidade social, não as tornam públicas, talvez por desconhecimento da real

importância da execução e divulgação de tais iniciativas.

Stakeholders são todos os agentes com os quais a entidade interage:

empregados, fornecedores, clientes, consumidores, colaboradores, investidores,

competidores, governos e comunidades. Além de serem partes diretamente

interessadas nas ações e destinos de uma organização, os stakeholders, tendo em

vista o relacionamento no dia­a­dia, constituem­se, conforme Carroll e Buchholtz

(2000, p. 21, tradução nossa), em importantes elementos de divulgação da

sociedade.

Encontra­se na publicação do Instituto Ethos (2004, p. 17), na abordagem

sobre os stakeholders, a afirmação:

[...] não é uma tarefa fácil estabelecer o papel das empresas diante dos seus diversos públicos ou stakeholders. Tampouco é uma tarefa banal estabelecer quem ou o que são estes stakeholders, termo cuja tradução mais apropriada para o português é “grupo de interesse.

Neste trabalho, os stakeholders de uma instituição de ensino superior

considerados foram alunos, professores, gestores, funcionários administrativos,

fornecedores, prestadores de serviços, prospects – alunos do ensino médio,

formadores de opinião – representantes do poder público e de clubes de serviços, e

os familiares dos alunos.

Apesar de a literatura sobre o tema conter afirmações de que a construção e

divulgação do Balanço Social são atitudes que melhoram a imagem da organização

perante seus stakeholders, falta­lhes cientificidade, posto não ter sido realizada

nenhuma pesquisa para aferir a real valorização de tais procedimentos, nem para

detectar quais as ações de responsabilidade social obtêm maior valorização.

Quanto às instituições de ensino superior, sua maior contribuição para a

sociedade é a formação de recursos humanos que conferem aptidão para o

desempenho de atividades profissionais, com postura ética. Tais instituições podem,

também, colaborar com ações de responsabilidade social relativas a recursos

humanos, meio ambiente e projetos sociais, e com a divulgação de todas as suas

iniciativas e resultados nestas áreas, através do Balanço Social. Tal divulgação é

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pouco comum entre as instituições de ensino superior no Brasil ­ a maioria não dá

ao Balanço Social a devida relevância. O cerne desta questão pode estar no

comodismo dos dirigentes em vista da desobrigação legal, na visão insuficiente para

captar a grande potencialidade de tais instituições como promotoras do social, ou,

ainda, por não se perceber a grande oportunidade de promoção do marketing

institucional através de tais ações. Acredita­se que, ao analisar o grande leque de

oportunidades de realização de ações de responsabilidade social por parte das

instituições de ensino superior, e ao pesquisar a real importância conferida pelos

stakeholders a estas realizações, os seus gestores podem­se sensibilizar para a

questão e passar a executá­la prioritariamente.

Dessa forma, definiu­se o seguinte problema:

Na percepção dos stakeholders, quais atividades de responsabilidade

social devem ser realizadas, prioritariamente, por uma instituição de ensino

superior, e como devem ser publicadas?

Delimitação do Problema

A demonstração do valor adicionado, uma das vertentes do Balanço Social,

representa a distribuição da riqueza gerada por uma entidade sob a forma de

salários e encargos (remuneração aos funcionários); impostos, taxas e contribuições

(remuneração ao governo); juros e aluguéis (remuneração a terceiros); juros sobre o

capital próprio; dividendos e lucros retidos/prejuízo do exercício (remuneração aos

acionistas). Trata­se da geração e distribuição de riqueza, fruto das atividades

tradicionalmente desenvolvidas por uma entidade, e tem importância incontestável

na análise da responsabilidade social. Segundo Iudícibus e Marion (2000, p. 78), o

valor adicionado é o item que mais se destaca dentro da idéia de Balanço Social.

Entretanto, a distribuição do valor adicionado para funcionários, governo e

terceiros normalmente não é aumentada de forma “voluntária”, com o único objetivo

de demonstrar responsabilidade social; ao contrário, as entidades buscam, o tempo

todo, reduzir tais valores. Por este motivo este trabalho, no que diz respeito ao

levantamento das atividades de responsabilidade social possíveis de ser executadas

por uma instituição de ensino superior, limita­se às ações relativas às outras três

vertentes do Balanço Social: (1) Recursos Humanos ­ o que é feito por e para os

funcionários, que muitas vezes representa um diferencial em termos de

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oportunidades de crescimento pessoal dos empregados e condições mínimas de

trabalho dentro de uma entidade; (2) Meio Ambiente ­ ações que algumas vezes são

obrigatórias quando a entidade exerce atividades que agridem de forma significativa

o meio ambiente – atividades de uma empresa mineradora, por exemplo; outras

vezes são ações voluntárias, fruto da conscientização, como campanhas educativas

relacionadas à coleta seletiva de lixo e preservação da natureza; (3) Benefícios e

Contribuições à Sociedade, ações normalmente voluntárias, com retorno para o

bem estar social.

O trabalho verifica, também, qual é a percepção dos stakeholders quanto à

importância de se executar e divulgar tais ações.

Trata­se de um estudo de caso do Centro Universitário do Planalto de Araxá –

UNIARAXÁ, tendo o grupo de stakeholders pesquisado sido composto por alunos,

professores, gestores, funcionários administrativos, pessoal terceirizado,

fornecedores, prospects ­ alunos do ensino médio, e formadores de opinião ­

representantes políticos, representantes de organizações de classe, representantes

de clubes de serviços, dentre outros.

1.3 Objetivos da Pesquisa

1.3.1 Objetivo Geral

Contribuir para o avanço das análises e discussões em torno da relevância da

execução e publicação das ações de responsabilidade social por parte das

organizações.

1.3.2 Objetivos Específicos

Ø Efetuar aprofundamento sobre o tema na literatura para embasar

teoricamente as propostas e conclusões e justificar os procedimentos

adotados.

Ø Levantar ações de responsabilidade social relativas a recursos humanos,

meio ambiente e benefícios e contribuições à sociedade, possíveis de ser

executadas por uma instituição de ensino superior.

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Ø Identificar ações de responsabilidade social relevantes a serem priorizadas

por uma instituição de ensino superior, na opinião de seus stakeholders.

Ø Sugerir um modelo de Balanço Social para instituições de ensino superior,

com base na bibliografia disponível e na visão de seus stakeholders.

1.4 Justificativa

Segundo Tinoco (1984 ­ 2001) durante muito tempo, os usuários principais da

contabilidade foram proprietários, gestores dos seus negócios próprios; a

contabilidade era gerada apenas para atendimento às necessidades internas dos

gestores. Com o crescimento e desenvolvimento das organizações, outros

interessados foram surgindo: credores com interesse na situação da empresa,

governo interessado nos tributos, trabalhadores focando o desempenho econômico

e social, etc. Hoje, toda a sociedade passa a compor grupos de interessados, tendo

em vista, principalmente, o interesse nas ações que afetam o meio ambiente.

Conforme consta na justificativa do Projeto de Lei nº. 3.116/97, que pretendia

estabelecer a obrigatoriedade da publicação do Balanço Social às entidades

públicas e, de modo geral, às empresas privadas com mais de cem empregados,

“um dos consensos mundiais no século XX, expressado inclusive na Cúpula do

Desenvolvimento Humano de Copenhague/95, diz respeito ao compromisso das

empresas de se empenharem na promoção do desenvolvimento social.” Ainda na

justificativa de tal Projeto de Lei, enfatiza­se que o Balanço Social “contribuirá,

fundamentalmente, com encorajamento à crescente participação das empresas, na

busca de maior desenvolvimento humano e vivência da cidadania”.

Para o século XXI a sociedade exige que as empresas demonstrem algo mais

que o lucro e a satisfação dos acionistas; exige compromisso com a

responsabilidade social. Questões éticas são cada vez mais debatidas e valorizadas.

Empresas classificadas como éticas ganham mercado em virtude da projeção desta

imagem positiva perante os consumidores. Empresas poluidoras terão de mudar seu

comportamento ou condenar­se­ão ao desaparecimento.

Nos bancos de dissertações e teses do Brasil pode­se observar que vários

trabalhos foram feitos, ultimamente, objetivando analisar a importância da

implantação e divulgação do Balanço Social.

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A maioria dos defensores da idéia de obrigatoriedade de elaboração e

publicação do Balanço Social acredita que, a partir deste requisito, a execução de

atividades voltadas para a responsabilidade social aconteceria dialeticamente.

Petrelli (2004), ao analisar a adesão das universidades ao Balanço Social,

comenta um parecer da Universidade de Santa Cruz do Sul, no qual se afirma que

uma das grandes dificuldades encontradas é seguir um modelo de Balanço Social

altamente qualificado, que não se atenha somente a peculiaridades empresariais. E,

reportando a Dias Sobrinho, complementa que se as universidades se submeterem

aos critérios de eficiência, rentabilidade, produtividade e outros, pertencentes às leis

de mercado, tenderão a vergar­se contra a liberdade acadêmica, ao serem

conduzidas ao utilitarismo e ao pragmatismo, oferecendo uma visão falsa da sua

realidade. Por serem dotadas de eficiência e produtividade específicas, qualquer

leitura que as reduzam a uma única dimensão promoverão sua desvalorização e,

conseqüentemente, elas serão consideradas ineficientes e improdutivas.

Observa­se a importância do desenvolvimento de um modelo de Balanço

Social ajustado às especificidades das instituições de ensino superior.

1.4.1 As Entidades e os Stakeholders

A preocupação com a expectativa dos usuários da informação passou a ser

uma constante em qualquer organização. Assim, a expectativa dos stakeholders,

quanto aos aspectos da responsabilidade social, deve merecer total atenção. As

organizações precisam mostrar transparência nas suas ações. Estar cientes e

administrar os impactos produzidos por suas atividades na sociedade serão

compromissos básicos que as organizações assumirão. Além de agentes

econômicos, deverão tornar­se agentes sociais, colaborando com o

desenvolvimento da sociedade.

As relações dirigentes x empregados e dirigentes x comunidade devem ser

consensuais e não conflituosas, e o Balanço Social é um instrumento informativo

que, ao demonstrar a responsabilidade social das entidades, aproxima as partes,

promove parcerias e facilita o consenso nas negociações.

A Corporate Social Responsability (apud Tinoco, 2001, p.120), ao elencar os

primeiros passos a serem levados em consideração para o reconhecimento de uma

empresa pública cidadã, cita no quarto passo: “Promova a gestão executiva

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responsável. Esse é um exercício diário e permanente. É preciso fazer com que

cada executivo leve em consideração os interesses dos chamados stakeholders

antes de tomar alguma decisão estratégica”.

Na publicação do Instituto Ethos (2004, p. 35) afirma­se que a expressão

responsabilidade social está se incorporando ao diálogo empresarial, trazendo

benefícios diretos e indiretos para as empresas que desenvolvem práticas que as

classificam como empresas cidadãs. Afirma­se também que no Brasil, entretanto,

esse é um fenômeno relativamente recente e requer maiores esclarecimentos sobre

o tema, tanto por parte dos empresários como da sociedade em geral. E que uma

postura ativa em relação aos problemas sociais gera, de um lado, ganhos para a

parcela da sociedade que é beneficiada e, de outro, melhorias na imagem da

organização que proporciona o benefício, diante da sociedade em geral.

Souza Filho (2000) argumenta que os meios de comunicação têm

demonstrado que ações ou preocupações que pareciam ser exclusivas de alguns

são comuns a toda uma classe empresarial, que a responsabilidade social está

aflorando em busca de desenvolvimento social sustentável, tornando­se cada vez

mais fator de sucesso empresarial e, com isso, abrindo novas perspectivas para a

construção de um mundo economicamente mais próspero e socialmente mais justo.

Com base nestes apelos sociais, informar aos stakeholders o que a empresa está

realizando no tocante a ações sociais não obrigatórias é questão de sobrevivência.

Oliveira (2003, p.12) conclui o seu trabalho intitulado “Um Balanço dos

Balanços Sociais das 500 Maiores Empresas S.A. Não­financeiras do Brasil”

afirmando: [...] pensamos que há muito espaço para pesquisas futuros sobre balanço social. Elas devem se aprofundar em vários aspectos não só de aperfeiçoamento do balanço social como uma ferramenta de gestão e sua regulamentação, mas tentar estudar a conexão do balanço social com temas maiores, por exemplo analisando o porquê de as empresas publicarem balanços sociais, como os stakeholders os tem utilizado e que impactos ele gera nas empresas e stakeholders.

Apesar da relevância do tema, das tentativas de tornar o Balanço Social

obrigatório e da utilização das ações de responsabilidade social como instrumento

de marketing, nas principais bibliotecas e bancos de dissertações e teses no Brasil

não foram encontrados trabalhos científicos feitos com o objetivo de buscar e

analisar as opiniões dos stakeholders quanto à importância de execução e

publicação de ações de responsabilidade social.

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1.4.2 As Instituições de Ensino Superior e as Ações de

Responsabilidade Social

Além de buscar formar profissionais aptos ao exercício de suas atividades,

cidadãos éticos e conscientes de suas responsabilidades sociais, e de gerar riqueza,

empregos, remunerações, benefícios, impostos, etc., as instituições de ensino

superior têm que dar o exemplo, executando, comprometidamente, outras ações que

contribuam para o desenvolvimento sustentável e para o bem estar das pessoas e

da sociedade de forma geral.

Petrelli (2004) comenta que diversas universidades desenvolvem ações

voltadas para o social, contribuindo não só para formação de profissionais para o

mercado de trabalho, mas também com a formação do ser humano em sua

totalidade, incentivando seus alunos à cidadania e à adoção de valores

humanitários, éticos e morais. E que, ao mesmo tempo, essas instituições

desenvolvem e colocam em prática projetos de reflorestamento ambiental, de

atendimento médico, odontológico e psicológico para comunidades carentes, de

capacitação e atualização para professores dos ensinos médio e fundamental,

dentre outras ações que propiciam atendimentos desde a crianças nos seus

primeiros meses de vida até à terceira idade. Desta forma, é eminente a

necessidade de adoção de meios, como o Balanço Social, para trazer à tona o

trabalho que está sendo desenvolvido nas instituições de ensino enquanto

promotoras da cidadania, da saúde, do bem­estar, enfim, da melhoria do ser

humano e do seu meio, em todos os aspectos.

Em consulta aos sites de 119 universidades e 67 centros universitários nos

meses de fevereiro, março, junho e julho de 2005, foram encontrados em apenas

oito deles a divulgação do Balanço Social via Internet, sendo: Pontifícia Universidade

Católica do Rio de Janeiro ­ UFRJ, Universidade da Região de Joinville ­ UNIVILLE,

Universidade de Santa Cruz do Sul ­ UNISC, Universidade do Sul de Santa Catarina

­ UNISUL, Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, Universidade

Federal de Mato Grosso – UFMT, Universidade Mackenzie e Universidade Metodista

de São Paulo. Nos sites pesquisados das outras 178 instituições (ver relação no

anexo 1), não foi encontrada a publicação de Balanço Social. Algumas destas

publicaram apenas projetos e programas de ação social que nem receberam o título

de Balanço Social.

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Provavelmente, a grande maioria destas instituições não elabora este

documento ou, se elabora, não divulga via Internet. Outras, se divulgam, não

facilitam o acesso ­ observou­se que elas não apresentam referências sobre o

Balanço Social na página principal do site, e que muitos destes não possuem os

mecanismos de busca que facilitam a consulta. Demonstra­se aí a não priorização

da elaboração e divulgação do Balanço Social pelas instituições de ensino superior

via Internet. Vale lembrar que a Internet, para a instituição que já possui o seu site, é

o meio mais barato para se divulgar o Balanço Social e, também, o de mais fácil

acesso aos interessados na sua análise.

Observa­se que muitas instituições de ensino superior realizam várias ações

voltadas para o social, inclusive com a participação dos universitários,

demonstrando­lhes a importância da responsabilidade social. Entretanto, o

levantamento, registro, análise e divulgação sistemática destas ações e dos seus

resultados raramente ocorrem.

Teoricamente, observam­se estudiosos das mais diversas instituições de

ensino superior defendendo a publicação obrigatória ou facultativa das ações de

responsabilidade social por todas as entidades. Na prática, são pouquíssimas as

instituições de ensino superior no Brasil que publicam o Balanço Social. Pelo visto, a

conscientização de sua importância, em relação à responsabilidade social e/ou à

promoção da imagem institucional, ainda não atingiu os gestores adequadamente.

Tanaka (2003, p. 5), em sua dissertação de mestrado sobre a

responsabilidade social das instituições de ensino superior privadas, afirma que

“ainda há um longo caminho a ser percorrido, principalmente quanto ao papel das

instituições de ensino superior”, e recomenda (p. 97) pesquisar a responsabilidade

social de tais instituições, do ponto de vista dos stakeholders.

As mudanças ocorridas no ensino superior nos últimos anos, com a expansão

da oferta de vagas através da abertura de novas instituições e cursos, está levando

tais instituições, principalmente as privadas, a se preocuparem com uma atividade

até então deixada em segundo plano: o marketing educacional.

Em virtude das mais diversas opiniões defensoras do Balanço Social, e da

inexistência de pesquisa de opinião junto aos stakeholders de uma instituição de

ensino superior, tal trabalho justifica­se, uma vez que medirá a percepção dos

pesquisados quanto à importância da execução e divulgação das ações de

responsabilidade social por tais instituições. Como toda organização deve

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33

preocupar­se com as opiniões daqueles que a cercam, os resultados desta pesquisa

poderão direcionar ações dos gestores, transformando­se em uma oportunidade de

melhoria. Por outro lado, poderão suscitar o interesse de outras organizações por

conhecer as expectativas de seu público relacionadas à responsabilidade social, e,

conseqüentemente, conscientizar­se quanto à importância de maiores investimentos

nesta área.

1.5 Importância/Contribuição

Ao elencar as mais diversas ações, caracterizadas como de responsabilidade

social possíveis de serem realizadas por uma instituição de ensino superior, espera­

se contribuir para sua ampliação, posto que muitas são de simples execução e

pouco dispendiosas, mas de grande efeito sobre a sociedade.

Ao pesquisar e analisar as opiniões dos stakeholders de uma instituição de

ensino superior busca­se identificar quais são suas expectativas quanto à

responsabilidade social, contribuir para as discussões em torno de tal necessidade,

baseando­se nestas, e, ainda, apresentar proposta de redirecionamento na

montagem e apresentação do Balanço Social, atingindo melhor os interessados.

Segundo Souza Filho (2.000, p.131), a sociedade anseia por ações

voluntárias. Algumas entidades, isoladamente ou sob a coordenação de fundações,

institutos ou associações, têm procurado amenizar as desigualdades sociais, cada

vez mais acentuadas em nosso país.

A evidenciação do interesse da sociedade em geral, e em particular dos

stakeholders de determinada organização, ampliará a ação do fornecimento de

informações relacionadas à responsabilidade social e, em conseqüência será de

valia, pela satisfação dos anseios da sociedade.

Discutir responsabilidade social contribui para a promoção do bem estar

social de toda a comunidade, indistintamente. Afinal, o bem estar dos menos

favorecidos, sem acesso às condições mínimas de escola, alimentação, trabalho e

vida digna, indiscutivelmente trará como conseqüência o bem estar dos mais

abastados, através do crescimento econômico, do aumento no consumo de bens e

serviços em geral, da redução da marginalidade, dentre outros. Por outro lado, os

benefícios das ações responsáveis relacionadas ao meio ambiente, por exemplo,

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34

atingem toda a humanidade, independentemente de nação, raça, sexo, idade,

crença ou qualquer outra forma de caracterização do ser humano.

1.6 Ações Metodológicas

1.6.1 Modelo de Estudo

Segundo Marion et al. (2002, p. 61), “de maneira geral, pode­se dizer que

existem três grandes grupos de pesquisa permeando as diferentes áreas de

conhecimento: a pesquisa bibliográfica, a descritiva e a experimental”. Para este

trabalho serão utilizadas pesquisas bibliográfica e descritiva.

Na pesquisa bibliográfica, objetivando realizar a revisão teórica, foram

utilizados como referências: teses de doutorado, dissertações de mestrado, artigos,

periódicos e livros. A descritiva foi feita através de um estudo de caso com pesquisa

de campo, para colher opiniões dos stakeholders, e de pesquisa documental com

leitura e interpretação de leis, decretos, balanços sociais publicados e documentos

do Centro Universitário do Planalto de Araxá, objeto do estudo de caso, como: Plano

de Desenvolvimento Institucional, Projeto Pedagógico Institucional e Demonstrações

Contábeis.

O objetivo de um trabalho científico é a busca de conhecimento e, para

alcançá­lo, inicia­se tal trabalho pela leitura, através de métodos e técnicas.

Segundo Severino (2002, p.162), uma vez ”bem caracterizada a natureza do

problema, o autor deve anunciar o tipo de pesquisa que desenvolverá. [...]

Diretamente relacionados com o tipo de pesquisa serão os métodos e técnicas a

serem adotados”. O presente estudo utilizar­se­á do método dedutivo.

Conforme Richardson (1999, p. 22), “método é o caminho ou a maneira para

chegar a determinado fim ou objetivo” e analisa (p. 23):

[...] o ponto de partida de qualquer pesquisa é a meta ou o objetivo. Em segundo momento, desenvolve­se um modelo do processo que será estudado ou do fenômeno que será manipulado. Posteriormente, vem a coleta de informações (ou utilização de dados já coletados). Comparam­se os dados e o modelo em um processo de avaliação, que consiste simplesmente em estabelecer se os dados e o modelo têm sentido. Se o modelo não dá conta dos dados, procede­se a sua revisão – modificação ou substituição. Assim, o método científico é um processo dinâmico de avaliação e revisão.

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Quanto ao estudo de caso, Yin (2001, p. 21), em relação aos resultados,

conclui que “como esforço de pesquisa, o estudo de caso contribui, de forma

inigualável, para a compreensão que temos dos fenômenos individuais,

organizacionais, sociais e políticos”.

1.6.2 População e Amostra

Esta pesquisa foi feita considerando o universo dos stakeholders do Centro

Universitário do Planalto de Araxá: alunos, professores, gestores, funcionários

administrativos, pessoal terceirizado, fornecedores, prospects ­ alunos do ensino

médio, formadores de opinião, representantes políticos, representantes de

organizações de classes, representantes de clubes de serviços, dentre outros.

A amostra foi selecionada como segue:

Ø Professores, gestores e funcionários administrativos. O questionário foi

encaminhado através dos coordenadores de cursos e de setores para ser

distribuído a todos, indistintamente, que totalizavam em abril de 2005 um

universo de 202, e foi respondido, em tempo hábil para compor o trabalho,

por 117, que representam 58% do universo.

Ø Alunos. O questionário foi distribuído em sala de aula a pelo menos uma

turma de cada curso, inclusive da pós­graduação, alternando alunos

entrantes, concluintes e os que estavam em meio de curso, procurando

atingir aproximadamente 15% do universo de 3.336. Houve retorno de 535

questionários devidamente respondidos, que correspondem a 16% do total

de alunos.

Ø Prospects ­ estudantes do ensino médio. O questionário foi distribuído em

turmas de alunos concluintes do ensino médio, nas escolas que

forneceram o maior número de candidatos ao último processo seletivo do

Centro Universitário, sendo duas turmas de uma escola particular –

Colégio Atena, e duas turmas de uma escola pública – Escola Estadual

Dom José Gaspar, ambas localizadas na cidade de Araxá, e 125

questionários foram devolvidos devidamente preenchidos.

Ø Principais fornecedores e prestadores de serviços. O questionário foi

distribuído aos principais fornecedores e prestadores de serviços,

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totalizando 20, sendo retornados, devidamente preenchidos, na

quantidade de 13.

Ø Representantes da opinião pública. O questionário foi distribuído a

representantes do poder público como vereadores e secretários

municipais, empresários, dirigentes de clubes de serviços, de associações

e de sindicatos, e 15 questionários retornaram devidamente preenchidos.

1.6.3 Coleta de Dados

Inicialmente foi feita uma revisão da literatura para embasar teoricamente as

propostas e conclusões e justificar os procedimentos adotados, assim como foram

analisados Balanços Sociais de instituições de ensino superior.

Em seguida foi feita a montagem do questionário de pesquisa e aplicado um

pré­teste abrangendo 31 pessoas, representantes dos grupos que foram objeto do

estudo de caso. Na aplicação do pré­teste foram escolhidas pessoas, em sua

maioria, com nível mediano de conhecimentos para garantir inteligibilidade do

questionário. Os dados do pré­teste foram tabulados e analisados para validar o

questionário, que foi revisado antes da aplicação a todo o público alvo.

O questionário foi montado de forma a medir o grau de concordância do

entrevistado com cada um dos itens relacionados, de forma escalonada, baseada

em uma escala de atitudes, denominada escala do tipo Likert. A quantificação dos

indicadores decorrentes da conceituação dos pesquisados se deu através da

seguinte pontuação: 2 pontos para cada item onde o pesquisado informou que

concordava totalmente; 1 ponto para concordância parcial; 0 (zero) para indiferente;

­1 para discordância parcial e ­2 para discordância total.

As perguntas do questionário foram divididas em 4 grupos de análise, sendo

relativas a: (1) recursos humanos, (2) meio ambiente, (3) projetos sociais e (4)

divulgação. Tais questões visaram sempre às ações voluntárias possíveis de serem

executadas pelas instituições de ensino superior, motivo pelo qual não foram

incluídas as informações relativas ao valor adicionado. Com tais questionamentos

buscou­se identificar a importância das ações de responsabilidade social na opinião

dos entrevistados, visando a concluir de quanto foi a real importância dada por eles

a cada uma delas e, também, detectar os itens de maior aceitabilidade.

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Na coleta de dados junto aos stakeholders, inicialmente foram contatados os

líderes de cada grupo: chefes de setores administrativos, coordenadores de cursos,

professores etc., solicitando apoio, e em seguida, pessoalmente ou através de

colaboradores, todo o público a ser pesquisado. Foi feito controle e

acompanhamento do retorno dos questionários, separando­os por público e

analisando o alcance do objetivo para, se necessário, intervir de forma a corrigir

distorções e redirecionar as orientações, visando a conseguir o maior número de

questionários respondidos.

Levou­se em consideração a colocação de Yin (2001, p. 28) que lembra o

cuidado que se deve ter para se evitar a “falta de rigor da pesquisa de estudo de

caso. Por muitas vezes, o pesquisador de estudo de caso foi negligente e permitiu

que se aceitassem evidências equivocadas ou visões tendenciosas para influenciar

o significado das descobertas e conclusões”.

No que diz respeito ao perfil dos entrevistados, responderam o questionário e

se identificaram como tal representantes de todos os grupos de stakeholders

pesquisados: alunos, professores, funcionários administrativos, gestores, alunos e

professores do ensino médio, fornecedores, prestadores de serviços, vereadores,

funcionários da Secretaria Municipal de Educação, representantes de clubes de

serviços e outros representantes da comunidade. Além da identificação pelos grupos

acima houve, também, a identificação por sexo, faixa etária, renda familiar e

escolaridade.

1.6.4 Procedimentos de Análise de Dados

A análise dos dados foi feita pelo método quantitativo. Segundo Richardson

(1999, p.70):

[...] o método quantitativo, como o próprio nome indica, caracteriza­ se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio­padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.

Para possibilitar a análise, foram montadas tabelas em planilhas eletrônicas,

onde foi possível: contar o número de respostas de cada questão separadamente,

de acordo com classificação por concordância total, parcial, indiferença ou

discordância parcial ou total; somar a pontuação por questão, grupos, tipo de

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concordância e identificação; calcular os percentuais atingidos em cada questão em

relação ao total possível no grupo/questão.

1.7 Estrutura do Trabalho

O primeiro capítulo, este introdutório, apresenta a definição do trabalho e os

esclarecimentos sobre as ações metodológicas.

O segundo capítulo aborda as teorias específicas sobre Balanço Social, com

base na bibliografia disponível.

O terceiro capítulo apresenta o Centro Universitário do Planalto de Araxá –

UNIARAXÁ, objeto do estudo de caso, e aborda as principais atividades de

responsabilidade social possíveis de serem executadas pelas instituições de ensino

superior.

O quarto capítulo apresenta a pesquisa de campo junto aos Stakeholders do

UNIARAXÁ e a análise dos resultados.

O quinto capítulo traz uma análise dos Balanços Sociais de algumas

instituições de ensino superior e, com base nestas análises, na pesquisa

bibliográfica referenciada no capítulo 2 e na pesquisa de campo apresentada no

capítulo 4, apresenta uma metodologia para elaboração de Balanço Social aplicado

a instituições de ensino superior.

O sexto capítulo expõe o Balanço Social 2004 do UNIARAXÁ, elaborado

conforme a metodologia sugerida no capítulo 5, apresentando­se como um exemplo

do modelo sugerido para instituições de ensino superior.

O sétimo capítulo apresenta as conclusões e recomendações.

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2. RESPONSABILIDADE SOCIAL

Ribeiro (1992, p. 61) afirma que “o conceito responsabilidade social envolve o

conhecimento das preferências e prioridades sociais” e complementa dizendo tratar­

se “de um conceito dinâmico, tendo em vista as variáveis que influem sobre estas

preferências e prioridades alterarem­se de uma região para outra, como também, de

geração para geração”.

De fato há a necessidade de pesquisas junto aos stakeholders para verificar

sua percepção quanto à responsabilidade social. Observa­se, também, a

necessidade de um modelo de Balanço Social aplicado às instituições de ensino

superior.

Ao abordar historicamente a inserção da responsabilidade social nas

empresas, Tinoco e Kraemer (2004, p. 28) discorrem:

Em decorrência da evolução do capitalismo, observou­se, a partir dos anos 60 do século XX, nova demanda por informações. Essa surgiu por parte dos assalariados que trabalhavam em grandes empresas transnacionais, públicas, bancos, conglomerados industriais etc., que constataram que essas organizações obtinham grandes lucros e cresciam constantemente, enquanto sua situação era, em muitos casos, bastante precária, com salários que não acompanhavam a evolução dos lucros, horários de trabalhos desumanos, além de não terem acesso a informações contábeis do desempenho das organizações, especialmente no que tange a sua participação nesse resultado. Insurgiram­se contra esse estado de coisas e passaram a exigir que as entidades fornecessem informações sociais, que diziam respeito a sua presença nas entidades.

Ouve­se falar de desenvolvimento sustentável. Tinoco e Kraemer (2004, p.

31) apontam para a seguinte reflexão: “o desenvolvimento sustentável é o que

atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as

gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”.

Segundo Ribeiro e Lisboa (1999) a sociedade sobrevive dos benefícios

gerados pelas atividades econômicas e delas sofre os impactos. Efeitos nocivos

oneram o meio, acarretando perdas na qualidade de vida e destruindo os recursos

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naturais (contaminação da água, do ar, dos solos, extinção de espécies animais,

vegetais e minerais, etc.), atingem famílias e governos obrigando a maiores

investimentos. Empresas que geram empregos proporcionam benefícios sociais;

entretanto, é preciso avaliar a relação custo x benefício dos impactos sobre o

patrimônio natural. O Balanço Social é um instrumento de informação, por meio do

qual a empresa justifica a sua existência para a sociedade.

Na publicação do Instituto Ethos (2004, p.72) observa­se a afirmação de que

a sociedade está se mobilizando cada vez mais na defesa dos seus direitos –

trabalhistas, ambientais, dos consumidores, dos cidadãos. Além disso, a

modernização e a revolução nas comunicações vêm tornando as organizações mais

transparentes. Diante destas mudanças, a gestão socialmente responsável

transformou­se em um fator decisivo para o sucesso das empresas – e até mesmo

para a lucratividade, como comprovam inúmeros estudos e pesquisas.

As empresas não podem visar somente à satisfação dos acionistas através

dos lucros. No relacionamento com a sociedade deve prestar contas dos

investimentos em preservação do meio ambiente, criação e manutenção de

empregos, qualidade dos produtos e serviços que oferece ao mercado, enfim, todas

as ações que, mesmo não sendo exigidas por lei, são esperadas de uma empresa

socialmente responsável. Coerente com esta análise, Pinto (2003, p. 13), ao abordar

a responsabilidade social, enfatiza que a prática da responsabilidade social revela­

se internamente na construção de um ambiente de trabalho saudável e propício à

realização profissional das pessoas, e que a empresa, com isso, aumenta sua

capacidade de recrutar e manter talentos, fator chave para seu sucesso numa época

em que criatividade e inteligência são recursos cada vez mais valiosos.

Stauber (2001, p. 6) defende que a autorização para a constituição de uma

empresa, bem como a sua continuidade, deve estar condicionada aos resultados da

avaliação dos seus impactos sobre o meio ambiente.

Para Marion (2005, p. 486) o Balanço Social visa a dar informações relativas

ao desempenho econômico e social da empresa para a sociedade em geral.

Iudícibus et al. (2003, p. 34) descreve que o Balanço Social busca demonstrar

o grau de responsabilidade social assumido pela empresa e prestar contas à

sociedade pelo uso do patrimônio público, constituído dos recursos naturais,

humanos e do direito de conviver e usufruir dos benefícios da sociedade em que

atua.

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Para Tinoco e Kraemer (2004, p. 28):

Balanço Social é um instrumento de gestão e de informação que visa evidenciar, de forma mais transparente possível, informações financeiras, econômicas, ambientais e sociais, do desempenho das entidades, aos mais diferentes usuários, seus parceiros sociais.

A responsabilidade social é uma questão de atitude por parte dos gestores

das empresas. Para que um gestor defenda a responsabilidade social, é necessário

que ele esteja convencido da sua importância para a organização. Sguarezi (2003,

p. 142) ao refletir sobre a responsabilidade social e observar “as tendências teóricas

preludiadas e defendidas por Morin, Drucker, Prahalad, Senge, Giddens – entre

outros“, percebeu que está aflorando uma nova consciência, na qual a ciência da

administração poderá ser utilizada com maior discernimento em favor dos anseios

sociais, implicando na abdicação de idéias pré­concebidas, na suspensão dos

determinismos da sociedade industrial que peca por uma visão fragmentária de

mundo, e que induzirá, inevitavelmente, a um novo perfil profissional do

administrador: um profissional comprometido com a responsabilidade social.

Os gestores das entidades, em geral, precisam estar cientes de que as ações

de responsabilidade social são necessárias para os seus negócios tanto quanto o

lucro financeiro é necessário para a manutenção de suas atividades. Porém, uma

vez entendida e implantada esta postura, os resultados precisam chegar aos

interessados. O Balanço Social é o meio que as entidades e seus gestores têm para

tornar públicas suas ações sociais, evidenciando quanto contribuem para a

sociedade em geral e, principalmente, para o público que direta ou indiretamente ali

se relaciona.

Para atingir os resultados esperados nas relações sociais, Barreto (2003, p.

256) lembra a importância da parceria entre três elementos ­ setor produtivo,

sociedade e Estado:

[...] a sociedade sinaliza os problemas, define prioridades e aponta possíveis soluções. O setor produtivo tem capacidade de gerar riqueza. Agora, para que a riqueza se transforme em meio para solução dos problemas sociais é fundamental o papel do Estado como organizador regulador, estimulador e fiscalizador do sistema econômico, além de gestor social, por meio de políticas e ações claras de desenvolvimento sustentável.

Tanaka (2003, p. 95), em sua dissertação de mestrado sobre a

responsabilidade social nas instituições de ensino superior privadas, diz esperar que

as instituições de ensino reconheçam que têm a função social de oferecer serviços

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educacionais que atendam às necessidades do aluno e da sociedade, de contribuir

para a melhoria na qualidade de vida dos seus stakeholders e para o processo de

desenvolvimento econômico e social do Brasil.

É importante que as ações relacionadas à responsabilidade social sejam

discutidas, planejadas e executadas com a participação dos stakeholders. Oliveira

(2004, p. 48) afirma que o conceito de responsabilidade social pode mudar com o

tempo, local e empresa, e o de “socialmente responsável”, específico para uma

organização, deve ser construído juntamente com seus stakeholders.

Observa­se que a responsabilidade social vai além do simples

posicionamento da entidade em relação ao social, é necessário que haja mudança

de atitude e de comportamento que possibilite a geração de uma cultura

organizacional com foco no bem estar social das comunidades interna e externa,

local e global, do presente e do futuro.

2.1 A Elaboração do Balanço Social

Segundo Tinoco (2001, p. 24), a entidade empresa aparece cada vez mais

como o resultado de uma coalizão de interesses entre os seus stakeholders:

emprestadores, fornecedores, empregados, comunidade, acionistas, clientes,

estado, sindicatos, etc. Entretanto, vivem em função deles, devendo, em troca, supri­

los com informações de seu interesse e prestar contas sobre o uso adequado dos

recursos. Informar é uma necessidade, na tentativa de satisfazer tais interesses, e

cabe à contabilidade preparar estas informações.

O Balanço Social é um instrumento usado para divulgação das ações de

responsabilidade social. No momento da sua elaboração, deve­se atentar para

critérios bem definidos para atingir os objetivos propostos. Hendriksen e Van Breda

(1999, p. 511) no capítulo 24, sobre a divulgação de informações financeiras, analisa

que um dos principais motivos da divulgação é fornecer informações para tomada de

decisões e “isso exige a divulgação apropriada de dados financeiros e outras

informações relevantes”, daí a necessidade de responder a três perguntas

fundamentais:

1. A quem deve ser divulgada a informação?

2. Qual é a finalidade da informação?

3. Quanta informação deve ser divulgada?

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Objetivando contribuir para a melhoria na elaboração dos balanços sociais,

Oliveira (2004, p. 49) apresenta sete sugestões para elaborar balanços sociais

consistentes:

1. Padronize – As informações, principalmente as de natureza quantitativa,

devem ser padronizadas para que possam ser comparadas. Cite as fontes

de todas as informações, com detalhamento suficiente para que possam

ser checadas.

2. Mostre a evolução dos projetos – Apresente um conjunto de

informações com referências temporais. A descrição de um projeto, por

exemplo, deve trazer o período de funcionamento. Sempre que possível,

mostre a evolução dos dados no tempo.

3. Use linguagem acessível – A linguagem deve ser clara, auto­explicativa

e simples, sem o uso de expressões rebuscadas ou extremamente

técnicas. Quando isso for inevitável, notas explicativas podem ajudar a

compreensão.

4. Aceite e publique as críticas – O Balanço Social pode trazer os motivos

de orgulho da diretoria da empresa, mas também deve apresentar as

críticas dos stakeholders, externos e internos. Identifique e explique onde

e como a organização pode melhorar sua governança.

5. Seja transparente – Expresse abertamente as opiniões e posições da

empresa sobre determinados temas, mesmo que isso desagrade aos

stakeholders. A transparência aumenta o grau de confiança nas ações da

companhia em outras áreas e ajuda no diálogo com as partes

discordantes.

6. Faça auditoria externa – Busque, além de empresas de auditoria, o aval

dos mais importantes stakeholders para o Balanço Social. A revisão pelas

partes interessadas pode melhorar o processo de confecção do Balanço

Social e a qualidade do documento final.

7. Abra a porta – Mencione o nome da pessoa responsável pelo documento

dentro da organização, indicando para onde devem ser direcionadas as

críticas e os comentários.

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Já Kroetz (2000, p. 108) elege os princípios gerais a serem seguidos na

elaboração do Balanço Social, a saber:

1. Pertinência – a informação precisa deve ser relevante, clara e concisa,

devendo espelhar a realidade

2. Objetividade – a informação deve ser real, expressando os fatos

conforme ocorridos, sem interferência de juízos pessoais

3. Continuidade – as informações devem ser elaboradas de forma contínua,

permitindo a comparabilidade dos dados entre períodos diversos

4. Uniformidade ou consistência – a elaboração dos dados deve obedecer

a uma padronização na sua estrutura e compilação, tornando­os

comparáveis entre períodos

5. Certificação – a informação deve ser suscetível de confirmação por uma

entidade independente da organização e dos usuários da informação.

Comparando­se as sugestões de Oliveira e Kroetz observa­se que a diferença

entre elas consiste no posicionamento de Oliveira quanto à participação dos

stakeholders através da abertura para comentários e críticas. Nas demais

sugestões, tanto Oliveira quanto Kroetz defendem que as informações dos Balanços

Sociais sejam relevantes, transparentes, que garantam credibilidade, clareza,

objetividade e possibilidades de comparação dos projetos ao longo do tempo e com

outras entidades. Tais sugestões são coerentes com as teorias da contabilidade

defendidas por Iudícibus e Marion (2000) no capítulo sobre a “Qualidade e

Característica da Informação Contábil”

Cabe salientar, conforme conclusão de Petrelli (2004) no seu artigo sobre “O

Balanço Social como uma ferramenta gerencial no processo de transparência entre

universidade e sociedade” que os dados contidos no Balanço Social devem ser

considerados em seus aspectos quantitativos e qualitativos, devendo, ao lado de

outros instrumentos, servir de base para análise, estudo, avaliação e

aperfeiçoamento das ações realizadas.

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2.2 Em Defesa da Divulgação do Balanço Social

A execução voluntária de ações de responsabilidade social mostra­se de

grande importância para a sociedade em geral e, como conseqüência, traz

benefícios diretos para as entidades que abraçam esta causa. Porém,

principalmente para estas entidades, tão importante quanto apoiar e/ou executar tais

ações é elaborar e divulgar os seus balanços sociais. Tinoco (2001, p. 14), ao

argumentar em favor da responsabilidade social e sua conseqüente publicação,

discorre:

Um conceito modernamente aceito diz que a existência das entidades não pode justificar­se exclusivamente pela capacidade que elas demonstrem de gerar lucros a seus proprietários. Desse tipo de visão empresarial derivam programas de incentivos e motivação aos empregados, programas de treinamento, reciclagem e desenvolvimento de pessoal, políticas de benefícios sociais, atitudes de preservação e recuperação do meio ambiente, entre outras. Pois bem, por que não evidenciar esse tipo de preocupação nas demonstrações financeiras e no relatório de administração da empresa? A sociedade merece ser informada desses esforços e sua divulgação é positiva para as empresas, quer do ponto de vista de sua imagem, quer do ponto de vista de melhoria e qualificação da informação contábil­financeira.

Souza Filho (2.000, p.18) argumenta em prol do Balanço Social, chamando os

contadores à responsabilidade da evidenciação ao afirmar que “nós, contadores,

devemos utilizar o poder da informação, imposta ou não, para a difusão e

conscientização do Balanço Social e Demonstração do Valor Adicionado” e

completou afirmando que cabe aos contadores a responsabilidade social da

evidenciação e evolução dos aspectos sociais inerentes às Demonstrações

Contábeis.

As empresas, por vocação natural, nascem para obter lucros, competir e se

desenvolver, mas não podem ignorar que o processo de crescimento deve ser

acompanhado da responsabilidade social. Em consonância com esta idéia, Souza

Filho (2000, p. 20) afirma que a sociedade já não aceita a política da não­repartição

dos ganhos, e que é preciso assumir um papel diferente, papel este não legalmente

obrigatório, mas que está surgindo com a conscientização e exigência dos

consumidores. Os consumidores estão se utilizando cada vez mais de produtos das

chamadas empresas cidadãs. A responsabilidade social e a ética caminham de

mãos dadas e são geradoras de fidelidade dos consumidores e de motivação e

fidelidade por parte dos colaboradores. Souza Filho conclui: “A sociedade, portanto,

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quer e exige ética. Deseja que as firmas assumam o seu papel no desenvolvimento

da região e que tragam melhor qualidade de vida às pessoas da comunidade, com

iniciativas que transcendam o mínimo exigido pelas legislações”.

Ribeiro (1998, p. 15), ao analisar a “evolução das necessidades de

informações sociais”, comenta que adaptar­se às mudanças, melhorar o processo

produtivo, implementar qualidade ambiental não basta; “necessário se faz

demonstrar o que está sendo feito”. A globalização da economia, a concorrência, os

investidores, os fornecedores, o governo e todos os demais interessados na

continuidade da empresa exigem que a transparência e a conduta das empresas

sejam alvo de grande importância e preocupação, por isso, agir certo e demonstrar

que se está agindo certo é uma questão fundamental.

Souza Filho (2000, p. 132) enfoca também a questão do marketing social feito

de forma indireta, ao afirmar que as empresas e as comunidades onde estão

inseridas possuem uma forte relação, e que, promovendo o bem­estar social, as

empresas acabam de forma “indireta” conseguindo vendagens em função de serem,

por exemplo, uma “empresa amiga da criança”.

Também Silva (2000, p. 113) faz menção à questão do marketing social ao

afirmar que, a partir da maior conscientização e aplicação do conceito de

responsabilidade social as empresas podem tornar­se mais competitivas, visto que a

imagem empresarial se tornará mais fortalecida e as empresas estarão prestando

contas de seu desempenho à sociedade.

O Balanço Social traz muitas vantagens para as organizações, mas ainda não

tem a devida atenção por parte dos gestores no Brasil. Lima (2003, p. 89­90) afirma

que o Balanço Social é um instrumento estratégico para avaliar e multiplicar o

exercício da responsabilidade social corporativa, e defende que este deve ser um

documento a ser publicado anualmente, juntamente com as demonstrações

contábeis, contendo um conjunto de informações sobre as atividades desenvolvidas

pela empresa para a promoção humana e social, dirigidas a seus empregados e à

comunidade onde está inserida. Da mesma forma Tinoco (2001, p. 37) defende tal

divulgação ao afirmar que: “nosso entendimento é de que a informação social e a

informação econômica devam caminhar e ser divulgadas juntas, como aliás é feita

por algumas empresas na Inglaterra, Holanda, Bélgica, Portugal e em outros países

europeus”.

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Pinto (2003, p.109) resume a importância da execução e divulgação de ações

de responsabilidade social por parte das empresas da seguinte forma:

Hodiernamente há um consenso de que o empreendimento não pode somente visar lucros. A empresa para desenvolver suas atividades consome recursos naturais; utiliza­se da força física e do conhecimento de seus empregados; faz uso de bens que pertencem à comunidade; polui o meio ambiente etc., assim tem a obrigação de mostrar à sociedade a maneira como utiliza estes recursos. A empresa é uma célula da sociedade e, como tal, tem o dever de prestar contas aos demais componentes dessa sociedade.

Santos (2003, p. 14) afirma que o Balanço Social “deverá assumir nas

próximas décadas papel de grande destaque”, tendo em vista que “será um dos

principais instrumentos a serem utilizados nas relações sociais e econômicas das

sociedades e poderá auxiliar, de forma extremamente competente, na avaliação e

análise de seus resultados macroeconômicos”.

Tinoco (2001, p.111) analisa que:

Cada vez mais, a necessidade de informação é um exigência da sociedade. As questões ambientais, ecológicas e sociais estão presentes, especialmente nos meios de comunicação, que as divulgam diuturnamente em todos os quadrantes do mundo. A Contabilidade, os contadores e os gestores empresariais não podem desconhecer essa realidade. Não devemos somente nos preocupar em divulgar as transações econômicas e financeiras entre os agentes, evidenciando “o estado da situação patrimonial” e como se altera essa situação, mas também atender aos desideratos dos usuários da informação, que exigem informação mais ampla e transparente. Devemos enxergar uma dimensão muito maior para as empresas, dimensão esta que deve no mínimo conter o fator econômico e o fator social.

No site www.balancosocial.org.br está publicado um resumo dos motivos para

elaboração e publicação do Balanço Social. Tais motivos, de forma resumida, são:

Ø É ético ­ ser justo, bom e responsável já é um bem em si mesmo.

Ø Agrega valor ­ traz diferencial para a imagem da empresa, vem sendo

cada vez mais valorizado por investidores e consumidores no Brasil e no

mundo.

Ø Diminui os riscos ­ num mundo globalizado, onde informações circulam

internacionalmente em minutos, a conduta ética e transparente tem que

fazer parte da estratégia de qualquer organização.

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Ø Instrumento de gestão ­ é uma valiosa ferramenta para a empresa gerir,

medir e divulgar o exercício da responsabilidade social em seus

empreendimentos.

Ø Instrumento de avaliação ­ os analistas de mercado, investidores e órgãos

de financiamento (como BNDES e BID) já incluem o Balanço Social na

lista dos documentos necessários para avaliação de riscos e projeções

das empresas.

Ø Inovador e transformador ­ realizar e publicar Balanço Social é mudar a

antiga visão, indiferente à satisfação e ao bem­estar dos funcionários e

clientes, para uma visão moderna, em que os objetivos da empresa

incluem as práticas de responsabilidade social e ambiental.

Ristoff (apud Petrelli, 2004), sobre a importância da divulgação das ações das

universidades, como promotoras de cidadania e como instituições socialmente

responsáveis, analisa que uma comunicação freqüente e eficiente com alunos, ex­

alunos, pais, governantes, líderes comunitários e com a população em geral é de

importância fundamental para que, por meio de notícias, relatórios e reportagens, se

possa construir ou reforçar uma imagem real das universidades.

A questão relacionada à divulgação do Balanço Social trata­se, em última

análise, da necessidade de evidenciação. Conforme Iudícibus (2004, p. 131) “a

evidenciação [...] é uma condição que está acima dos próprios princípios e que está

intimamente ligada às necessidades informativas dos usuários, variáveis no tempo e

no espaço”.

Por outro lado, não se deve esquecer a qualidade da informação. Iudícibus e

Marion no livro “Introdução à Teoria da Contabilidade”, destinaram um capítulo ao

assunto, que recebeu o título: “Qualidade e Característica da Informação Contábil”,

onde são analisadas questões como: custo x benefício da elaboração de relatórios

contábeis; compreensibilidade – a informação deve ser compreensível; relevância –

ser útil; confiabilidade – livre de erros e vieses; e, comparabilidade – possibilidade de

comparação entre diferentes entidades e através dos anos.

Na publicação do Instituto Ethos (2004, p. 383) verifica­se que o desafio

agora, tanto das empresas quanto das agências de publicidade, é descobrir – juntos

– a melhor maneira de se comunicar com seus consumidores e a sociedade em

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geral dentro desse novo ambiente, proposto pelo movimento da responsabilidade

social.

2.3 Vertentes do Balanço Social

Tinoco (2001, p.15) relata ações que devem ser divulgadas no Balanço Social

da seguinte forma:

O Balanço Social contempla, também, uma série de informações de caráter qualitativo, entre as quais as mais importantes destacam­se: informações relativas à ecologia, em que se evidenciam os esforços que as empresas vêm realizando para não afetar a fauna, a flora e a vida humana, vale dizer as relações da entidade com o meio ambiente; informações concernentes ao treinamento e à formação continuada dos trabalhadores; condições de higiene e segurança no emprego; relações profissionais; contribuições das entidades para a comunidade (adoção e educação de carentes, investimentos em atletas), explicitando a responsabilidade social e corporativa das organizações.

Da mesma forma, Pinto (2003, p.109­110) relata que esta demonstração “tem

por objetivo informar o resultado da interação da empresa com o meio em que está

inserida”, e que as principais informações que o balanço deve conter são: qualidade

de vida na organização e políticas visando à promoção humana; postura da empresa

em relação ao meio ambiente; formação e distribuição da riqueza gerada pela

empresa; políticas externas voltadas à educação, esporte, filantropia, etc.

É grande o número de informações a serem divulgadas no Balanço Social, e

tais informações podem ser agrupadas para a melhor compreensão dos usuários.

Sendo assim, o Balanço Social foi dividido em quatro vertentes. Iudícibus et al.

(2003, p. 33) afirmam que o Balanço Social tem por objetivo demonstrar o resultado

da interação da empresa com o seu meio e que possui quatro vertentes: o Balanço

de Recursos Humanos, a Demonstração do Valor Adicionado, o Balanço Ambiental

e Benefícios e Contribuições à Sociedade em geral.

2.3.1 Balanço de Recursos Humanos

Ribeiro (1998, p. 18) analisa que empregados foram vistos, durante muito

tempo, simplesmente como recursos à disposição da empresa, devendo a esta total

obediência e tendo que se submeter a todas e quaisquer condições de trabalho

oferecidas. Com o tempo, alguns se conscientizaram de seus direitos e passaram a

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disseminar suas idéias, surgindo os sindicatos e as associações de classe. O

empresário entendeu, ao longo do tempo, que é mais estratégico trabalhar com o

apoio dos empregados do que tê­los como opositores. As demonstrações contábeis

se mostram um veículo adequado para evidenciar os resultados dos esforços dos

funcionários, bem como os benefícios decorrentes de tais esforços.

Segundo Tinoco, em apostila do seminário “Balanço Social – Uma Idéia Viva”,

intitulada “Balanço Social e Contabilidade de Recursos Humanos” (apud Ribeiro,

1998, p. 34):

A Contabilidade e a Gestão Estratégica de Recursos Humanos tratam do reconhecimento das pessoas como recurso organizacional e estratégico, visando à sobrevivência e à continuidade das entidades no tempo, com o objetivo de serem competitivas, em busca da maximização do retorno de investimento em recursos físicos, tecnológicos e humanos.

No balanço de recursos humanos devem­se demonstrar o perfil e a evolução

quantitativa do quadro funcional, o crescimento pessoal, humano, social e intelectual

dos colaboradores e as ações não obrigatórias adotadas e desenvolvidas na

organização pelos e para os colaboradores, na busca do bem estar particular e

coletivo.

Tinoco (1984, p. 51, 66­67) relaciona vários indicadores de caráter social

sobre as relações de trabalho existentes nas entidades: a forma como os

trabalhadores ingressam no mercado de trabalho e sua evolução ao longo do tempo;

o modo como a entidade estimula sua formação e promoção; as condições de

higiene e segurança; a evolução do emprego na empresa; a promoção dos

trabalhadores na escala salarial da empresa; a relação entre a remuneração do

pessoal de nível gerencial e de operários; a separação e evolução do pessoal por

sexo e instrução; a classificação do pessoal por faixa etária, por tempo de empresa,

e o nível de absenteísmo.

Segundo Iudícibus et al. (2003, p. 33) o Balanço de Recursos Humanos visa a

evidenciar o perfil da força de trabalho: idade, sexo, formação escolar, estado civil,

tempo de trabalho na empresa, etc.; a remuneração e benefícios concedidos aos

funcionários, tais como: salário, auxílios alimentação, educação, saúde, transporte

etc. e os gastos com treinamento.

A lei francesa sobre o Balanço Social reconheceu, conforme Tinoco (2001, p.

31), “pela primeira vez de forma institucional a importância dos trabalhadores no seio

da empresa como usuários da informação contábil e social”. Tinoco (1996, p. 33),

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nos mostra que esta lei, que obriga as entidades que possuam mais de 300

funcionários a publicá­lo, “divide­se, em síntese, em 7 grandes capítulos de

informações”, voltados para os recursos humanos, e que são:

I. Emprego

II. Remuneração e encargos acessórios

III. Condições de higiene e de segurança no trabalho

IV. Outras condições de trabalho

V. Formação profissional

VI. Relações profissionais

VII. Outras condições de vida dependentes da empresa

Na verdade, o Balanço Social obrigatório pela lei francesa ficou conhecido

como Balanço Social Restrito, já que aborda somente as questões de recursos

humanos, e hoje está classificado com uma das vertentes do Balanço Social. Tinoco

(2001, p. 45) subdividiu e ordenou o Balanço de Recursos Humanos, visando à

apresentação do tema em: emprego; remunerações e outros benefícios (custo com

pessoal); formação profissional e desenvolvimento contínuo; relações profissionais e

outras condições de vida dependentes da empresa.

Relacionado ao emprego, Tinoco (2001, p. 45), dentro das classificações do

pessoal que podem ser elaboradas e reportadas, destaca: volume total de

empregados no final de cada exercício; pessoas ocupadas, segundo as categorias:

profissional e sexo, sexo e instrução, idade, tempo de trabalho na empresa, estado

civil, raça, nacionalidade, tipo de contrato de trabalho, tempo integral ou parcial,

temporário, optantes ou não pelo FGTS, por estabelecimento e distribuição espacial.

Segundo Silva (2000, p. 59) “um dos principais componentes que atuam nas

empresas e desempenham papel primordial no seu desenvolvimento são os seus

funcionários”. E complementa afirmando que:

[...] estudos nas áreas de qualidade e gestão de Recursos Humanos têm confirmado que pessoas motivadas e satisfeitas com o tipo de trabalho desenvolvido, política de admissões, treinamentos, formações e promoções, condições econômicas, psicológicas e de vida, higiene e segurança no trabalho produzem mais e melhor do que pessoas que trabalham em empresas que não gozam de todos esses benefícios (ou se gozam não os tem na maneira como acham que deveriam tê­los).

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O Balanço de Recursos Humanos deve evidenciar o crescimento profissional,

pessoal e coletivo dos funcionários, explicitando o tratamento digno despendido,

assim como as ações e políticas de inclusão social adotadas, como contratação de

deficientes físicos, negros, índios, etc. e, também, ações concretas relacionadas às

oportunidades de crescimento, participações nos resultados, apoio à educação,

assistência médica, segurança no trabalho, campanhas educativas, dentre outras.

Tinoco (1996, p. 121­122) ao introduzir o capítulo sobre “Contabilidade

Estratégica de Recursos Humanos”, afirma que o novo paradigma da

competitividade e da continuidade das entidades que buscam a liderança em nível

mundial está ancorado em pessoas, dentre elas, os trabalhadores que cada vez

mais são motivados a se integrar nos objetivos da qualidade das empresas, e que

são continuamente solicitados a se empenhar na estratégia de gerar valor agregado.

Reforça­se a grande importância da elaboração e publicação do balanço de

recursos humanos, não só para evidenciar as condições de trabalho e

reconhecimento aos colaboradores internos, mas também, e principalmente, como

forma de disponibilizar informações, valorizar e reconhecer a importância do papel

desenvolvido por tais colaboradores.

2.3.2 Demonstração do Valor Adicionado

O valor adicionado é a riqueza gerada pela entidade. Tinoco (1984, p. 54)

define valor adicionado em determinada etapa de produção como “a diferença entre

o valor bruto da produção e os consumos intermediários nessa etapa”. E

complementa: “Assim, o produto nacional pode ser concebido como a soma dos

valores adicionados, em determinado período de tempo, em todas as etapas dos

processos de produção do país”.

No mesmo trabalho, Tinoco (1984, P. 39­40) afirma que “a informação do

valor adicionado pelas empresas em muito enriqueceria a informação contábil,

sendo de importância vital para todos quantos se dedicam ao mister de analisar

balanços”. E, na página 57, analisa que “caso a empresa possua filiais espalhadas

pelo território nacional, a nível regional seria bom explicitar a contribuição de cada

filial por região, evidenciando sua contribuição ao valor adicionado total da

empresa”.

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Também na página 40, do mesmo trabalho, o Prof. Tinoco, ao comentar a

importância da elaboração da Demonstração do Valor Adicionado, disse:

Julgamos, até que quando os contadores no Brasil, passarem a utilizar esta metodologia terão dado um grande passo, no sentido de aproximarem a contabilidade comercial (geral) da contabilidade nacional. Como sabemos as contas nacionais no Brasil são hoje elaboradas, tomando por base dados estatísticos, muitas vezes estimativos, que podem estar enviesados. Na medida em que as empresas fossem obrigadas a publicar nos seus relatórios contábeis o valor adicionado (pelo menos as grandes e as médias empresas) ter­se­ia informação mais fidedigna e mais eqüitativa. Seria um grande passo para o reconhecimento da importância crescente, que a Contabilidade vem tendo ultimamente, como ciência da comunicação.

O Prof. Sérgio de Iudícibus, no artigo publicado no Boletim do Contador

n.145, do Instituto Brasileiro de Contadores (Ibracon), editado em junho de 1990,

páginas 2 a 4, cita uma frase de John B. Canning, inserida no livro “The Economics

of Accountancy”, que afirma que “a natureza dos problemas públicos que preocupam

os economistas é de tal monta que sua solução não pode ser tentada, de forma

inteligente, sem as informações que o contador pode fornecer melhor do que

qualquer outro...” e, após apresentar um exemplo de DVA, Iudícibus afirma:

[...] em sua estruturação a Demonstração do Valor Adicionado é muito parecida com o esquema de contas de renda nacional. Obviamente, esse último compreende também o setor governamental e a formação líquida de capital. Conceitualmente, todavia, se todas as atividades econômicas desenvolvidas no País fossem desenvolvidas em entidades que levantassem demonstrações de valor adicionado da forma vista acima, a consolidação de tais demonstrações, excluídas as duplas contagens, já seria o próprio PIB, muito mais corretamente estimado do que atualmente. Consideramos que uma contribuição da profissão contábil para a área macroeconômica (além da área dos trabalhadores, sindicatos, contabilidade social) seria propugnar pela implantação da demonstração do valor adicionado.

Coerente com estas teorias, Santos (2003, p. 24­25) afirma que do ponto de

vista macroeconômico, o valor adicionado está intimamente ligado à apuração do

produto nacional, do ponto de vista microeconômico, “poder­se­ia dizer que o valor

adicionado de uma empresa é o quanto de riqueza ela pode agregar aos insumos de

sua produção que foram pagos a terceiros, inclusive os valores relativos às

despesas de depreciação”. Já do ponto de vista da Ciência Contábil, “poder­se­ia

afirmar que a medição ou apuração da riqueza criada pode ser calculada através da

diferença aritmética entre o valor das vendas e os insumos pagos a terceiros mais

as depreciações”.

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Posteriormente Santos (2003, p. 37) afirma que “os efeitos da apresentação

de uma DVA são bastante importantes, pois possibilitarão uma análise que de forma

alguma poderia ser alcançada com as demonstrações tradicionais que a

Contabilidade hoje oferece”. E conclui afirmando que “identificar entre os agentes

econômicos quais são os maiores, ou menores, beneficiários passa a ser uma tarefa

possível dentro da empresa. A DVA indicará exatamente a forma de distribuição da

riqueza gerada”.

Na mesma linha de raciocínio Marion (2005, p. 486) descreve que:

Se subtrairmos das vendas todas as compras de bens e serviços, teremos o montante de recursos que a empresa gera para remunerar salários, juros, impostos, e reinvestir em seu negócio. Estes recursos financeiros gerados levam­nos a contemplar o montante de valor que a empresa está agregando (adicionando) como conseqüência da sua atividade. O valor agregado corresponde ao PIB da empresa. A soma de todos os valores agregados das empresas daria o PIB do país.

Na seqüência Marion (2005, p. 486) analisa que se uma prefeitura de uma

cidade tiver que tomar a decisão de receber ou não determinada empresa em seu

município e fizer a pergunta “quanto determinada empresa, se implantada no

município, vai agregar em renda para a região?”, a resposta seria possível de se

conseguir através da análise da demonstração do valor adicionado.

Segundo Luca (1998, p. 13), o valor adicionado “representa a diferença entre

o valor bruto de produção e os consumos intermediários, em determinado tempo, em

todas as etapas do processo de produção” e a Demonstração do Valor Adicionado

“apresenta dados econômicos referentes à criação de riqueza pela empresa e à

distribuição dos fatores que contribuíram para sua criação”, e enfatiza (p. 31) que:

“estreitamente relacionada com o conceito de responsabilidade social, a

Demonstração do Valor Adicionado surgiu para atender às necessidades de

informações dos usuários sobre o valor da riqueza criada pela empresa e sua

utilização”.

Iudícibus et al. (2003, p. 34) relatam que a DVA “objetiva evidenciar a

contribuição da empresa para o desenvolvimento econômico­social da região onde

está instalada. Discrimina o que a empresa agrega de riqueza à economia local e,

em seguida, a forma como distribui tal riqueza”.

Conforme Santos (2003, p. 12) há um modelo de Demonstração do Valor

Adicionado – DVA, que conta com total aceitação pelo mercado e que está sendo

utilizado pela imensa maioria das empresas que se têm antecipado a determinações

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legais publicando essa demonstração, que é o modelo idealizado pelos

pesquisadores da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e

Financeiras (Fipecafi), órgão de apoio ao Departamento de Contabilidade e Atuária

da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São

Paulo (FEA­USP). Este modelo tem sido, inclusive, recomendado pela própria

Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

2.3.3 Balanço Ambiental

Hodiernamente, temas como balanço ecológico, contabilidade ambiental,

desenvolvimento sustentável, elevado nível de degradação ambiental, preocupações

com o futuro da humanidade, condições naturais, normas ISO 14.000 etc. são

objetos de estudos, pesquisas e debates. Em relação ao meio ambiente, o tema

deixou de ser proteção ambiental para ser administração ambiental.

As preocupações com a ecologia e com a preservação, proteção e

recuperação do meio ambiente vêm­se tornando, cada vez mais, preocupações do

poder público, das entidades e das pessoas em geral. Na empresa moderna,

socialmente responsável, as questões ambientais devem ser tratadas como parte do

negócio.

Iudícibus e Marion (2000, p. 82), ao explicitar sobre a Contabilidade

Ambiental, relatam que, em função dos recursos naturais se tornarem cada vez mais

escassos, “um número crescente de empresas participa de um desenvolvimento

sustentado, de gerenciamento ambiental para redução de custos operacionais, de

cuidados para reduzir o risco de poluição acidental ou insidiosa, etc”.

Ribeiro (1992, p. 35), na definição de custo social, afirma: “O custo social, a

perda social ou deseconomias externas são sinônimos na linguagem econômica que

expressam os sacrifícios impostos à sociedade para que o processo produtivo se

concretize”, e complementa dizendo que “a população é onerada pelo custo

monetário do produto em si enquanto bem de consumo, e também pelos encargos

decorrentes dos resíduos expelidos sobre a natureza”. Posteriormente, (p. 61)

analisa que “sobre os aspectos ambientais, a responsabilidade social da empresa

deveria voltar­se para a eliminação e/ou redução dos efeitos negativos do processo

de produção e preservação dos recursos naturais, principalmente os não

renováveis”.

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Observa­se que a execução e divulgação de ações direcionadas à proteção,

preservação e recuperação do meio ambiente deveriam ir além do cumprimento de

exigências legais, objetivando o bem estar social presente e futuro.

Tinoco (2001, p. 102) analisa que o Balanço Ambiental, “que tem sua origem

no Balanço Social, pode, às vezes, comportar informações físicas e monetárias”, e

esclarece na página 105 que a “contabilidade tradicional preocupa­se com a

avaliação dos ativos ao custo, sob diversos critérios”. Na contabilidade ambiental

encontram­se alguns “ativos que ainda não possuem um critério de mensuração

definido, como, por exemplo, a qualidade do ar, dos rios e do meio ambiente” sob a

influência da empresa, e que “se constituem em ativos do ser humano e para os

quais ainda não se conseguiu definir um critério para valorização desses ativos”.

Iudícibus et al. (2003, p. 33) afirmam que “o Balanço Ambiental reflete a

postura da empresa em relação aos recursos naturais, compreendendo os gastos

com preservação, proteção e recuperação destes; os investimentos em

equipamentos e tecnologias voltados à área ambiental e os passivos ambientais”. E

complementa: “poderá ainda ter características físicas como, por exemplo, descrição

das quantidades comparativas de poluentes produzidos de um período a outro,

acompanhadas dos parâmetros legais”.

Em relação ao passivo ambiental, Ribeiro (1998, p. 101) observa que:

Obrigações de natureza ambiental, não passíveis de mensuração, devem constar das notas explicativas, bem como a razão pela qual não podem ser mensuradas, essencialmente quando houver alto grau de probabilidade de sua efetiva exigibilidade, e o momento em que se espera quitar esta obrigação.

Peery (1995, p. 523, tradução nossa), ao introduzir o capítulo sobre negócios,

ecologia e meio ambiente, comenta que em tempos passados o meio ambiente não

era considerado nas decisões das empresas, e que, recentemente, a

industrialização, o crescimento da população, o desenvolvimento econômico, as

mudanças tecnológicas estão contribuindo para a sua degradação. Os efeitos de tais

ações sobre o meio ambiente levaram à necessidade da criação de instrumentos

reguladores. As organizações, na condição de sistema aberto que interage com

outras organizações, comunidade e meio ambiente, necessitam demonstrar os

efeitos de suas ações no meio ambiente e as ações preventivas e/ou corretivas que

desenvolvem. Posteriormente, Peery (1995, p. 545, tradução nossa) resume suas

análises afirmando que o desenvolvimento econômico sustentável requer que as

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decisões das empresas devam ser feitas em harmonia com os princípios ecológicos

e do meio­ambiente, e conclui que os problemas relacionados à degradação do

meio­ambiente pelas atividades empresariais e pelo desenvolvimento econômico

têm despertado maior atenção dos stakeholders nas décadas recentes.

Dar atenção ao meio ambiente é hoje questão de competitividade. Empresas

que não se preocupam com os impactos ambientais, com o desenvolvimento de

programas voltados para a conservação, recuperação e proteção do meio ambiente

perderão espaço no mercado. Tinoco e Kraemer (2004, p. 133), ao abordarem sobre

a nova consciência ambiental, afirmam que “nos anos 80, os gastos com proteção

ambiental começaram a ser vistos pelas empresas líderes não primordialmente

como custos, mas como investimentos no futuro e, paradoxalmente, como vantagem

competitiva”.

Também Tinoco e Kraemer (2004, p. 193) analisam que a contabilidade

surgiu para dar respostas às necessidades do conhecimento do patrimônio do

homem e de sua evolução, e que deve contabilizar as questões relativas ao impacto

ambiental, já que afetam a continuidade empresarial e a saúde das pessoas.

A Constituição Brasileira promulgada em outubro de 1988, no capítulo VI,

artigo 225, estabelece que o meio ambiente saudável constitui­se em direito dos

brasileiros, cabendo ao governo e à coletividade o dever de preservá­lo para as

gerações presentes e futuras.

Para minimizar impactos ambientais negativos surgiram, em várias partes do

mundo, movimentos organizados que passaram a discutir tais problemas. Um dos

principais foi a Constituição do Grupo Estratégico Consultivo sobre o Meio Ambiente,

pela Organização Internacional para Padronização – ISO, com a finalidade de

elaborar normas internacionais de proteção ambiental. As principais normas

ambientais, no Brasil, são: ISO 14.001 – Sistema de Gestão Ambiental, ISO 14.010

– Auditoria Ambiental, ISO 14.030 – Avaliação de Performance Ambiental, ISO

14.020 – Rotulagem Ambiental e ISO 14.040 – Análise do Ciclo de Vida.

Entretanto, mesmo sendo bastante ampla, a legislação ambiental brasileira

não obriga à divulgação dos efeitos da atuação das organizações no meio ambiente,

assim como as ações preventivas e/ou corretivas por elas desenvolvidas.

Voluntariamente, muitas organizações divulgam isoladamente e de forma não

padronizada o Balanço Ambiental, também conhecido como Balanço Ecológico, que

se refere ao balanço de todas as questões relacionadas ao meio ambiente.

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Ribeiro (1998, p. 99), ao discorrer sobre o tema “evidenciação” relacionando­a

a questão ambiental, aborda o quê, como, quando e onde evidenciar, especificando

da seguinte forma:

Ø O quê: todas as informações relativas aos eventos e transações

envolvidos com a questão ambiental

Ø Como: com o grau de detalhamento exigido pela relevância dos valores e

da natureza dos gastos, relativos à interação entre a empresa e o meio

ambiente

Ø Quando: o registro contábil deverá ser feito no momento em que o fato

gerador ocorreu, ou no momento em que houver informações adicionais e

complementares

Ø Onde: no corpo das demonstrações contábeis e nas notas explicativas,

dependendo da extensão e natureza das informações a serem prestadas

As entidades em geral, atentas ao atendimento das expectativas dos seus

stakeholders, devem divulgar todas as informações relevantes relacionadas aos

aspectos ecológicos e ambientais, não só os referentes à sua atividade, mas

também ao seu envolvimento ou participação em ações educativas e/ou de

conscientização e/ou de apoio a outras entidades, como por exemplo:

Ø Os recursos financeiros aplicados em ecologia

Ø Os recursos financeiros aplicados em equipamentos de proteção

ambiental

Ø As despesas com manutenção e correção dos danos causados ao meio

ambiente

Ø Os passivos ambientais, que podem ser: corretivos, regulatórios ou

indenizatórios ­ reclamações judiciais de danos à pessoa ou à propriedade

decorrentes de desastres ambientais

Ø Os investimentos em campanhas de conscientização com foco ecológico

e/ou ambiental

Ø Os projetos apoiados e/ou desenvolvidos relacionados aos aspectos

ecológicos e ambientais como, por exemplo: coleta seletiva de lixo

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Tais divulgações devem ocorrer através de balanços sociais específicos

impressos ou via Internet. Vale ressaltar que a publicação via Internet, hoje em dia,

tem baixo custo e atinge praticamente todo o público interessado.

2.3.4 Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade em Geral

Por alguns chamados de investimento em cidadania, os benefícios e

contribuições à sociedade referem­se a todas as atividades sociais que as empresas

podem desenvolver com programas de investimentos em cultura, esportes, saúde,

assistência social, urbanização, etc. Ao abordar o tema, Iudícibus et al. (2003, p. 34)

analisam: “Na quarta faceta do Balanço Social, tem­se a evidenciação do que a

empresa faz em termos de benefícios sociais como contribuições a entidades

assistenciais e filantrópicas, preservação de bens culturais, educação de

necessitados, etc”.

Segundo Tinoco (2001, p. 116), “a responsabilidade pública das

organizações, neste novo milênio que se inicia, deverá atender aos anseios da

comunidade, que clama por programas e ações conscientes, que modifiquem o

quadro de exclusão social que existe no Brasil”. Na seqüência, na página 118,

comenta que a expressão “’empresa pública e cidadã’ foi cunhada pelo grande

brasileiro Herbert de Souza, o Betinho, fundador do Instituto Brasileiro de Análises

Sociais e Econômicas (Ibase)”.

O Projeto de Lei 3.116/97 que cria o Balanço Social, no seu artigo 3°, que

relata quais informações o Balanço Social deverá conter, explicita no inciso XI:

[...] investimentos na comunidade nas áreas de cultura, esporte, habitação, saúde pública, saneamento, assistência social, segurança, urbanização, defesa civil, educação, obras públicas, campanhas públicas e outros, relacionando, em cada item, os valores dos respectivos benefícios fiscais eventualmente existentes.

Petrelli (2004), ao abordar “cidadania empresarial”, afirma que atualmente as

empresas estão assumindo novos papéis por exigência da sociedade, contribuindo

para o desenvolvimento econômico, político e social do País. É a chamada

cidadania empresarial, em que as empresas buscam investir em programas e ações

sociais, assumindo sua responsabilidade social.

O Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade em Geral deverá

demonstrar o grau de responsabilidade social e o comprometimento voluntário da

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entidade com as necessidades básicas da população, mediante investimentos e

ações nas diferentes áreas cujas necessidades são evidentes, principalmente

aquelas que o poder público não atinge ou atinge de forma insuficiente.

2.4 Reflexos das Ações de Responsabilidade Social

O comprometimento com a qualidade de vida de todos os que direta ou

indiretamente se relacionam com a entidade reflete­se diretamente no

comportamento organizacional, influenciando os níveis de satisfação e desempenho.

As relações dos dirigentes com os empregados e com a comunidade ficam

facilitadas quando a entidade é comprovadamente comprometida com a

responsabilidade social.

Ao se possibilitar crescimento pessoal, humano, social, intelectual e

profissional dos colaboradores, ao se pagar remuneração justa, condizente com o

lucro, e ao se melhorarem as condições de moradia, higiene, segurança no trabalho,

etc., é observada melhora também na produtividade dos trabalhadores. Tal

posicionamento da entidade será visto como um grande diferencial na captação dos

melhores profissionais. Por outro lado, os profissionais que prestam serviços nas

entidades devem ser reconhecidos como recurso organizacional e estratégico, o que

realmente são, para que possam trazer o retorno de que as entidades necessitam na

conjuntura sócio­econômica atual.

A Demonstração do Valor Adicionado, sendo um excelente meio que a

entidade possui para informar a riqueza gerada, informa qual é a sua contribuição na

composição dos impostos e qual o valor destinado ao pagamento da mão­de­obra e

a terceiros, mostrando para a sociedade a sua importância na economia local,

regional e do país.

Ao investir na proteção ambiental a empresa contribuirá para a melhoria nas

condições de vida de toda a população, indistintamente, inclusive a futura. A questão

ambiental se reflete na empresa de duas formas: (1) quando a empresa degrada o

meio ambiente e não se preocupa em reverter a situação estará condenada a

encerrar suas atividades, e (2) quando a empresa demonstra ser socialmente

responsável, fazendo além das obrigações em prol do meio ambiente, será bem

vista e isto repercutirá positivamente nos negócios.

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A demonstração dos benefícios e contribuições à comunidade quando se

mostram ações, normalmente voluntárias, executadas e/ou apoiadas pela entidade

para crescimento e bem estar das pessoas em geral, rende reconhecimento público,

gerando simpatia e prêmios, e transforma­se, de forma intencional ou não, em

marketing social.

Tinoco (2001, p. 114,115), ao relatar sobre a “responsabilidade sócia e

pública da empresa”, reporta aos estudos desenvolvidos pelo Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) através dos relatos setoriais de

números 1 – intitulado: Empresas, Responsabilidade Corporativa e Investimento

Social e 2 – intitulado: Balanço Social e Outros Aspectos da Responsabilidade

Social, da AS/Geset, que explicitam:

o conceito de responsabilidade social corporativa (RSC) está associado ao reconhecimento de que as decisões e os resultados das atividades das companhias alcançam um universo de agentes sociais muito mais amplo do que o composto por seus sócios e acionistas (shareholders). Desta forma, a responsabilidade social corporativa, ou cidadania empresarial, como também é chamada, enfatiza o impacto das atividades das empresas para os agentes com os quais interagem (stakeholders): empregados, fornecedores, clientes, consumidores, colaboradores, investidores, competidores, governos e comunidades.

Na seqüência, comenta que tais relatos explicitam também que “este conceito

expressa compromissos relativos à adoção e difusão de valores, condutas e

procedimentos que induzam e estimulem o contínuo aperfeiçoamento dos processos

empresariais”. Resultando, também, “em preservação e melhoria da qualidade de

vida das sociedades, do ponto de vista ético, social e ambiental”. E, a seguir Tinoco

(2001, p. 116), sob o ponto de vista financeiro, analisa os reflexos da

responsabilidade social, da seguinte forma:

Na visão de governança corporativa exclusivamente direcionada para a performance financeira, o exercício da responsabilidade social pode ser entendido, à primeira vista, como um custo adicional para as empresas, seus sócios e acionistas, pois são recursos que de outra maneira estariam sendo reinvestidos ou distribuídos sob forma de lucros e dividendos. Todavia, a adoção de uma postura pró­responsabilidade social parece indicar que há ganhos tangíveis para as empresas, sob a forma de fatores que agregam valor, reduzem custos e trazem aumento de competitividade, como melhoria da imagem institucional, criação de um ambiente interno e externo favorável, estímulos adicionais para melhoria e inovações nos processos de produção, incremento na demanda por produtos, serviços e marcas, ganhos de participação de mercados e diminuição de instabilidade institucional e política locais, entre outros, como bem afirma o estudo da AS/Geset, do BNDES.

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No que diz respeito aos reflexos da responsabilidade nas estratégias

empresariais, Hodges (2004, p. 56), ao associar a responsabilidade social à

oportunidade social, conclui que as mesmas forças que vêm elevando as

expectativas dos stakeholders quanto ao comportamento social, ético e ambiental de

empresas também estão abrindo oportunidades para estratégias de negócios que

promovem objetivos comerciais, e que a Responsabilidade Social Empresarial –

RSE abrirá então as portas para muito além da filantropia empresarial, mobilizando

recursos e competências antes inacessíveis à comunidade, podendo colocar em

ação o empreendedorismo e a criatividade que definem uma empresa de sucesso e,

ao mesmo tempo, ajudar a encontrar soluções sustentáveis para as necessidades

da comunidade.

Observa­se o crescimento de organizações que buscam promover a

responsabilidade social empresarial e, como conseqüência, aproximam os

stakeholders das suas respectivas entidades, como o Instituto Brasileiro de Análises

Sociais e Econômicas (www.ibase.org.br), o Instituto Ethos (www.ethos.org.br), a

Fundação Abring (www.org.br) e o Institute of Social and Ethical Accountability (

www.accountability.org.uk), este, uma organização internacional imbuída em

aumentar o desempenho das organizações e desenvolver competências de

responsabilidades ético­sociais para o desenvolvimento sustentável.

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3. A RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

Através dos planos de desenvolvimento institucional, dos projetos pedagógicos

institucionais, dos projetos pedagógicos dos cursos, dos planos de ensino das

disciplinas, das atividades de pesquisa e extensão e dos demais instrumentos e

atividades de apoio ao ensino em geral, as instituições de ensino têm em suas

mãos, talvez, o maior poder de conscientização para com a importância das ações

de responsabilidade social. Além disto, diversas atividades de responsabilidade

social podem ser desenvolvidas concomitante e complementarmente às atividades

de ensino, pesquisa e extensão.

Quanto aos recursos humanos, as instituições que possuem cursos de

fisioterapia e/ou educação física, por exemplo, podem proporcionar aos seus

funcionários, através dos alunos e professores de tais cursos, atividades como

ginástica laboral, exercícios físicos orientados, alongamentos, educação postural,

dentre outras.

Outro exemplo são as instituições que possuem cursos de Ciências Biológicas

e/ou Administração de Empresas, que podem desenvolver com apoio de alunos e

professores várias atividades relacionadas à recuperação, conservação e

preservação do meio ambiente, coleta seletiva de lixo, sistemas de gestão

ambiental, dentre outras.

Quanto aos benefícios e contribuições à sociedade em geral, as mais diversas

modalidades de atividades podem ser desenvolvidas aproveitando a disponibilidade

e energia dos alunos e o apoio dos professores, por exemplo: levantamentos sócio­

econômicos, projetos de inclusão social, alfabetização, campanhas de

conscientização, etc.

Já o valor adicionado, de importância social incontestável através da

remuneração de recursos humanos, de terceiros e recolhimento de impostos, não é,

normalmente, composto por atividades desenvolvidas de forma voluntária. Os gastos

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com pessoal, por exemplo, normalmente representam mais de 50% do faturamento

das instituições de ensino superior; entretanto, nenhuma instituição contrata pessoas

simplesmente para aumentar o valor adicionado. Da mesma forma, os demais itens

que compõem tradicionalmente o valor adicionado, como impostos e remuneração a

terceiros, não serão aumentados voluntariamente; pelo contrário, o que as entidades

normalmente buscam é a redução destes custos. Este é o motivo pelo qual, na

pesquisa junto aos stakeholders que será apresentada no próximo capítulo, não foi

incluído o valor adicionado.

Por outro lado, vale analisar a questão das bolsas de estudos para pessoas

carentes, que algumas instituições de ensino superior estão classificando como

distribuição do valor adicionado. Estas, sim, são voluntárias e representam ganho

social. Esta questão será apresentada e comentada no capítulo 5 deste trabalho.

3.1 O UNIARAXÁ e as Ações de Responsabilidade Social

3.2 O UNIARAXÁ – Breve Histórico

No final da década de 60, vários produtores rurais, profissionais liberais e

autoridades constituídas tiveram a idéia de criar uma Instituição de Ensino Superior

em Araxá, cidade com 78.997 pessoas residentes, segundo o censo do IBGE de

2000, situada na região do Alto Paranaíba, interior do estado de Minas Gerais, a 365

Km de Belo Horizonte e 540 de São Paulo. Em 1972 foi criada a Fundação Cultural

de Araxá, que teve sua autorização de funcionamento concedida pelo Decreto

Presidencial nº. 72.688, de 24/08/73. Estavam assim autorizados os Cursos de

Letras, Pedagogia e Estudos Sociais. Durante os anos 70 e 80 a Faculdade de

Filosofia, Ciências e Letras de Araxá ­ FAFI, como ficou conhecida, graduou

professores, legalmente habilitando­os para o exercício do magistério. As amplas

transformações ocorridas no final da década de 80, e o término dos embargos do

governo federal à abertura de novos cursos superiores, levaram a novas conquistas

e investimentos, originando­se o curso de Matemática, a Faculdade de Ciências

Gerenciais do Alto Paranaíba – FACIGE, iniciando com o curso de Bacharelado em

Ciências Contábeis, a Faculdade de Direito do Alto Paranaíba – FADI com o curso

de Bacharelado em Direito; constituindo assim as Faculdades Integradas do Alto

Paranaíba ­ FIAP. Em 2000, ocorreu a criação da Faculdade de Ciências da Saúde ­

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FACISA, iniciando com o Curso de Ciências Biológicas. Em 14/05/2002, por ato do

Governador de Minas Gerais, através do Decreto nº. 42.583, as Faculdades

Integradas foram transformadas em Centro Universitário do Planalto de Araxá –

UNIARAXÁ, que passou a oferecer, também, os cursos de Normal Superior,

Administração, Sistemas de Informação, Turismo, Gestão de Agronegócios,

Enfermagem, Fisioterapia e Educação Física, além de diversos cursos de pós­

graduação lato­sensu.

3.2.1 Gestores Institucionais

3.2.1.1 Da Mantenedora: Fundação Cultural de Araxá

Presidente do Conselho Diretor: Luiz Alberto Balieiro – Empresário, Engenheiro e

Administrador de Empresas.

Conselheiros: Benedito Gonzaga Teixeira, José Cincinato de Ávila, Leandro Pereira

dos Santos, Lídia Maria de Oliveira Jordão Rocha da Cunha, Marlene Borges

Pereira e Olavo de Carvalho Júnior.

Diretor Executivo: Amandio José Soares Bastos – Contador

3.2.1.2 Da Mantida: Centro Universitário do Planalto de Araxá

Reitora – Maria Auxiliadora Ribeiro – Especialista

Vice­Reitor – Venâncio Ferreira – Especialista

Pró­Reitor de Ensino, Pesquisa e Extensão – Erli dos Santos – Mestre

Pró­Reitor de Planejamento, Administração e Finanças – Válter Gomes – Mestrando

Diretora do Instituto Superior de Educação – Maria Magdalena de Castro Oliveira –

Especialista

Diretor do Instituto de Ciências Exatas e Humanas – Nilson Vieira de Carvalho –

Mestre

Diretora do Instituto de Ciências da Saúde – Adenilda Cristina Honório França –

Doutora

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Coordenadora dos Cursos de Pós­Graduação – Maria Lúcia Franco Idaló – Mestre

Coordenadora do Setor de Extensão – Lázara do Rosário Carneiro – Especialista

Coordenador do Setor de Pesquisa – Eduardo Luzia França – Doutor

Coordenadora do Curso de História – Azilmar Borges da Silva Martins – Especialista

Coordenadora do Curso de Letras – Luíza Elena de Castro Rios – Mestre

Coordenador do Curso de Matemática – Carlos Antônio da Silva – Mestre

Coordenadora dos Cursos Normal Superior e Pedagogia – Elisa Antônia Ribeiro –

Mestre

Coordenadora do Curso de Administração – Giulianna Fardini – Mestre

Coordenador do Curso de Ciências Contábeis – Naldo Ferreira Alves – Mestre

Coordenador do Curso de Direito – Nilson Vieira de Carvalho – Mestre

Coordenador do Curso de Gestão em Agronegócios – Carlos Manoel de Oliveira ­

Mestre

Coordenador do Curso de Sistemas de Informação – Jorge Luiz Takarashi Hattori –

Mestre

Coordenadora do Curso de Turismo: Alessandra Burguer de Aguiar ­ Mestranda

Coordenadora do Curso de Ciências Biológicas – Adenilda Cristina Honório França –

Doutora

Coordenador do Curso de Educação Física – Sérgio Cardoso Barcelos – Mestrando

Coordenadora do Curso de Enfermagem – Elizabeth Barrichello – Mestre

Coordenador do Curso de Fisioterapia – Fabrício Borges de Oliveira – Mestre

3.2.2 Avaliações Externas

Alguns cursos novos ainda não passaram por nenhum tipo de avaliação

externa, é o caso de Gestão de Agronegócios, Turismo, Enfermagem e Fisioterapia.

Os cursos que passaram pelo processo de reconhecimento ou renovação de

reconhecimento, onde se avaliam as condições de oferta, obtiveram na última

avaliação os conceitos: “A” para os cursos de Letras, Normal Superior,

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Administração, Ciências Contábeis, Direito, Ciências Biológicas, Educação Física e

Sistemas de Informação e “B” para os cursos de História, Matemática e Pedagogia.

Os cursos que passaram pelo Exame Nacional de Cursos – Provão, obtiveram na

última avaliação os conceitos: “A” para o Curso de Ciências Contábeis, “B” para o

Curso de Letras e “C” para os Cursos de História, Matemática, Pedagogia e Direito.

Observa­se que nenhum curso obteve, no último Exame Nacional de Cursos, os

conceitos “D” ou “E”, que, se repetidos, seriam motivos para descredenciamento.

3.2.3 Avaliações Institucionais Internas

O Centro Universitário do Planalto de Araxá – UNIARAXÁ possui 2 (dois)

programas que têm como meta avaliar, acompanhar e redirecionar as atividades,

visando a garantir o alcance dos objetivos institucionais, o Programa de Avaliação

Continuada – PAC e o Controle de Qualidade da Graduação.

3.2.3.1 Programa de Avaliação Continuada ­ PAC

Este programa objetiva acompanhar, permanentemente, a qualidade dos

serviços prestados pela Instituição, através de uma avaliação semestral, onde

professores e alunos avaliam a si próprios, o desenvolvimento das disciplinas e o

desempenho dos demais setores institucionais. Os resultados da avaliação são

divulgados e os problemas detectados são corrigidos.

3.2.3.2 Controle de Qualidade da Graduação

A Avaliação de Controle de Qualidade dos Cursos do UNIARAXÁ objetiva o

acompanhamento e verificação permanente da qualidade de ensino da Instituição.

São aplicadas provas multidisciplinares sobre os conteúdos ministrados, até o

momento então presente, a todos os alunos da graduação, no mesmo dia e horário,

respeitados os turnos em que se encontram. A avaliação consta do calendário

escolar da instituição configurando uma atividade de ensino. Os resultados permitem

traçar um paralelo com os resultados obtidos nas avaliações regulares feitas por

cada professor.

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3.2.4 Ações de Responsabilidade Social Desenvolvidas no UNIARAXÁ

O UNIARAXÁ executa diversas ações de responsabilidade social

relacionadas a recursos humanos, meio ambiente e benefícios e contribuições à

comunidade. Relacionam­se a seguir, separados em respectivos grupos, ações e

projetos desenvolvidos no ano de 2004.

3.2.4.1 Recursos Humanos

O UNIARAXÁ empenha­se na busca de melhores investimentos em qualidade

de vida, educação e saúde para os funcionários. Relação de benefícios:

Ø Oferece aulas de Yoga e Hidroterapia

Ø Mantém convênios com UNIMED e farmácia

Ø Valoriza o desenvolvimento e atualização profissional de seus

professores/funcionários

Ø Destina verbas orçamentárias para participação de professores e

funcionários em palestras, seminários, cursos e congressos

Ø Concede bolsas de pós­graduação, principalmente mestrado, para

professores

Ø Possui política de apoio ao colaborador que se interessa em cursar

graduação e pós­graduação na própria instituição

Ø Destina bolsas de estudos para dependentes de funcionários

Ø Garante vale­transporte para funcionários que utilizam transporte coletivo

Ø Promove comemorações de momentos especiais, como: aniversários do

mês, dia do professor, Natal e outros

3.2.4.2 Meio Ambiente

Relacionadas ao meio ambiente, as principais atividades desenvolvidas são:

Ø Semana do Meio Ambiente

Ø Projeto Cuidar

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Ø Coleta Seletiva de Lixo (iniciada no ano de 2005)

Ø Diversos projetos de pesquisa voltados para o meio­ambiente

3.2.4.3 Benefícios e Contribuições à Sociedade

Diversos projetos sociais são desenvolvidos nos três institutos e nos setores

institucionais:

Ø Festival de Xadrez

Ø Na Escola Todo Mundo Brinca se Você Brinca

Ø Alfabetização: Primeiro Passo Para a Cidadania

Ø Encontro de Brincantes do UNIARAXÁ

Ø Encontro de Egressos

Ø Jornada de Educação

Ø Jogos Matemáticos na Educação Infantil

Ø O Jogo de xadrez como recurso pedagógico

Ø Oficina ética e valores humanos

Ø Cidadania em ação: alfabetização de jovens e adultos

Ø Educação e Saúde – Problemas em Saúde Pública

Ø Projeto Cientista Mirim

Ø Clínica de Arbitragem de Futsal

Ø Painel de Dança

Ø JUNIARAXÁ – Jogos Universitários do UNIARAXÁ

Ø Escolinha de Handebol

Ø Iniciação Esportiva Universal

Ø Atendimento à Pessoa Portadora de Deficiência

Ø Curso de Capacitação de Arbitragem de Handebol

Ø Enfermagem do UNIARAXÁ em Ação na Saúde Pública de Araxá

Ø Educar­se: orientações posturais para crianças e adolescentes

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Ø Trilha Ecológica do UNIARAXÁ

Ø Festival pré­mirim de futsal do UNIARAXÁ

Ø Goalboll para deficientes visuais

Ø Esporte Universal

Ø Escolinhas de esporte infanto­juvenil

Ø Escolinha de ginástica olímpica

Ø Projeto “Se essa rua fosse minha...”

Ø Projeto UNIART

Ø Projeto Social ­ Uma Lição de Cidadania

Ø Assistência Judiciária Gratuita

Ø Projeto Estatuto do Idoso

Ø Planejamento familiar em cenário recessivo e globalizado

Ø Informações e orientações jurídicas – TV e rádio

Ø Exercício da cidadania: cartilha do eleitor

Ø Conhecendo as funções essenciais à justiça

Ø Aplicação da informática como ferramenta de apoio para o ensino

fundamental e médio

Ø Encontro regional do UNIARAXÁ de cultura e turismo

Ø Projeto banco de dados

Ø Assessoria e consultoria a entidades

Ø Visão Cidadã

Ø Embarque nas Letras

Ø Encontro do Proler

Ø Oficina Braille

Ø UNI SÊNIOR – terceira idade

Ø Centro de Apoio e Desenvolvimento Humano

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Ø Malhação cerebral

Ø Novos Caminhos... Além das Salas de Aula

Ø Coral, Banda Rítmica e Dança

Ø Escola de todos

Ø Projeto Memória 2004 – Oswaldo Cruz, o médico do Brasil

Ø Grupo de Seresta e Chorinho do UNIARAXÁ

Ø Festival de Cultura Popular – SESC/UNIARAXÁ

Ø Jornada Científico Cultural do UNIARAXÁ

Ø Semana de Ciência e Tecnologia

Ø Política de Apoio ao Estudante:

§ Financiamento estudantil – Fies. O UNIARAXÁ entra com a

operacionalização, o financiamento é feito pelo governo federal e é

descontando no recolhimento dos INSSs

§ Bolsa de estágio remunerado

§ Programa de fomento ao estágio remunerado

§ Bolsa de estudos para alunos carentes

§ Renegociação de dívidas

§ Desconto para famílias com mais de um estudante no UNIARAXÁ

3.3 Ações de Responsabilidade Social Desenvolvidas por Outras Instituições

de Ensino Superior

Com o objetivo de levantar as ações de responsabilidade social que estão

sendo desenvolvidas pelas instituições de ensino superior, foram analisados, além

do Balanço Social do Centro Universitário do Planalto de Araxá – UNIARAXÁ, os

Balanços disponíveis nos sites das seguintes instituições de ensino superior:

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC­RIO, Universidade da

Região de Joinville – UNIVILLE, Universidade de Santa Cruz do Sul ­ UNISC,

Universidade do Sul de Santa Catarina ­ UNISUL, Universidade Federal de Mato

Grosso ­ UFMT, Universidade Mackenzie e Universidade Metodista de São Paulo, e

também os Balanços Sociais impressos das seguintes instituições: Universidade

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Comunitária Regional de Chapecó ­ UNOCHAPECÓ, Universidade de Cuiabá ­

UNIC, Universidade de Uberaba ­ UNIUBE e Universidade do Vale do Rio dos Sinos

– UNISINOS.

Tal levantamento teve como foco as ações de responsabilidade social,

objetos da pesquisa deste trabalho junto aos stakeholders, que estão sendo

desenvolvidas e publicadas por tais instituições e que são classificáveis em uma das

seguintes vertentes do Balanço Social: Recursos Humanos, Meio Ambiente e

Benefícios e Contribuições à Sociedade em Geral.

3.3.1 Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina ­ UNISUL

A Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina ­ UNISUL (2004)

elaborou o seu Balanço Social de 2002/2003 destacando suas atividades de

responsabilidade social, separadas em grupos, das quais se relacionam as

principais, a seguir:

Ø Foco no Aluno

§ Bolsas de Pesquisa

§ Bolsa Esporte

§ Estágios Internos Remunerados

§ Renegociações de Débitos

§ Descontos em Transportes

§ Bolsas Artigo 170

Ø Programas de alfabetização

§ Alfabetização de Jovens e Adultos

§ Alfabetização Solidária

§ Ensino a Distância: alfabetização solidária

Ø Saúde Coletiva

§ Laboratório de Análises Clínicas

§ Farmácia Escola

§ Serviço de Assistência Integrada à Saúde

§ Serviço de Psicologia

§ Projeto Grupo de Hipertensão e Controle

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§ A Fisioterapia Como Instrumento de Aproximação de Profissionais da

Saúde e Comunidade

§ Assessoria em Psicologia Educacional

§ Centro de Práticas Naturais de Extensão

§ Clínica Odontológica

§ Clínica de Fisioterapia

Ø Inclusão Social

§ Casa da Cidadania

§ Escritório Modelo de Direito

§ Amigos da Saúde Mental

§ Inclusão Digital

§ Programa de Responsabilidade Social – estágio do curso de serviço

social

§ Universidade da Experiência – terceira idade

Ø Ação na Comunidade

§ Programa de Voluntariado

§ Projeto Pró­Serra

§ Projeto Bem Viver – UNIGAM

§ Centro de Treinamento de Recursos Humanos

§ Programa Sócio­Educativo de Desenvolvimento Comunitário

§ Projeto Floresce Tubarão – educação ambiental

§ Projeto Plantas Medicinais

Ø A Cultura e o Esporte com Foco no Social

§ Esporte Unisul

§ Uniluz

§ Uniartes

§ Museu Universitário

§ Amor em Canção

§ Cantarte

§ Espaço Integrado de Artes

§ Unidança

Ø Pensando no Futuro

§ Laboratório de Ciências Marinhas

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§ Núcleo de Pesquisa em Educação Ambiental

§ Grupo de Gestão e Pesquisa em Recursos Hídricos

§ Monitoramento Ambiental de Laguna

§ Projeto Baleia Franca

Ø Participação em Programas e Projetos Regionais

§ Programa Unisul de Empreendedorismo

§ Curso de Desenvolvimento Regional e Empreendedorismo

§ Projeto Araranguá

§ Turismo Rural

§ Levantamento Agropecuário do Estado de Santa Catarina

§ Projeto Carboníferas

§ Diagnóstico Tecnológico Regional

§ Núcleo de Educação Para o Trânsito

§ Loja­Escola de Materiais de Construção

Além da disponibilidade de informação sobre estas atividades, a Universidade

do Sul de Santa Catarina elaborou o Balanço Social no modelo proposto pelo IBASE

para instituições de ensino, onde foram resumidos e agrupados os valores,

quantidades, percentuais e outras informações relativas às atividades de

responsabilidade social nos anos de 2002/2003.

3.3.2 Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC­RIO

A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro [2004?] divulgou no seu

site, de forma resumida, as suas “realizações mais significativas”: orientação

psicológica, jurídica e educacional; assistência médica e odontológica; assessoria a

associações de moradores e a cooperativa de produção (catadores); alfabetização e

educação de adultos; educação ambiental e manifestações de caráter artístico. Os

projetos foram separados em grupos:

Ø Ações na Área de Cultura

§ Solar Grandjean de Montigny

§ Divisão de Bibliotecas e Documentação

§ Centro Loyola de Fé e Cultura

§ Centro Pastoral Anchieta

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§ Coordenação de Atividades Comunitárias e Culturais

Ø Programa de Conscientização Ecológica e Meio Ambiente

§ Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente

Ø Área da Saúde

§ Serviço de Psicologia Aplicada

§ Escola Médica de Pós­Graduação

Ø Programas de Bolsas de Auxílio

Ø Atendimento à Comunidade Carente

§ UNICOM

§ Laboratório Oficina de Treinamento e Desenvolvimento de Protótipos

§ Raízes Comunitárias

§ Núcleo de Práticas Jurídicas

§ Núcleos de Estudos e Ações Sobre o Menor

§ Projeto de Iniciação Universitária do Ensino Secundário

§ Núcleo de Estudos de Exclusão Social

§ Coordenação de Educação Física e Esportes

§ Núcleo de Orientação e Aconselhamento Pedagógico

§ Instituto de Odontologia

Ø Recursos Humanos – aprimoramento das competências técnicas e

humanas do corpo funcional

Ø Instituto Gênesis

Ø Mostra PUC

Ø Associação dos Antigos Alunos

3.3.3 Universidade Comunitária Regional de Chapecó ­ UNOCHAPECÓ

A Universidade Comunitária Regional de Chapecó (2005) apresentou no seu

Balanço Social de 2004 as seguintes ações:

Ø Recursos Humanos:

§ Qualificação Profissional

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§ Promoção da Saúde e Qualidade de Vida: Plano de Saúde, Seguro de

Vida, Atendimento Ambulatorial, Atividades Físicas, Ginástica Laboral,

Convênios e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

§ Confraternização Olímpica

§ Semana Interna de Prevenção de Acidentes

Ø Grupos de Pesquisa

Ø Programa Atenção ao Universitário

§ Bolsas de Estudo

§ Serviços Voluntários

§ Pronto­Saúde

§ Integração de Estágios

§ Atendimento ao Estudante

Ø Programa Ação e Cidadania

§ Extensão Comunitária em Serviço Social

§ Capacitação de Lideranças Comunitárias do Lageado São José

§ Trabalho Doméstico, Gênero e Cidadania

§ Projeto de Extensão Comunitária Jurídica

§ Capacitação de Líderes Comunitários e Sindicais

§ Apoio ao Movimento Organizativo do Grupo de Jovens da Nova

Geração Sul da Região de Marechal Bormann

§ Cadastro dos Catadores de Material Reciclável do Município de

Chapecó

§ Ações de Inclusão Social do Núcleo Local da Unitrabalho

§ Vidança

§ Enfermagem – Educando para a Saúde

Ø Centro de Atendimento à Comunidade

§ Escritório Sócio Jurídico

§ Clínica­Escola

§ Intervenção Precoce

§ Apoio Psicológico aos Usuários do Escritório Sócio­Jurídico

§ Unocidadania

Ø Programa de Educação Ambiental e Melhoria da Qualidade de Vida

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§ Feira de Produtos Agroecológicos e Coloniais

§ Papel – Apoio a Processos Participativos de Desenvolvimento Local

§ Viveiro Florestal Universitário

§ Eva – Estágio de Vivências

Ø Programa um Sorriso Para a Vida

§ Projeto Brincar

§ Histórias no Hospital

Ø Programa de Apoio a Ações Comunitárias

§ Esporte e Emancipação

§ Dançando com a Diversidade

§ Unovida

§ Atividade Física e Terceira Idade

§ Educação Física e a Equoterapia

§ Esporte Adaptado

§ Resgate Cultural do Homem do Campo

§ ITCP – Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares

§ Educação Constituindo Identidades Coletivas

§ Inclusão Digital

§ Curso de Realidade Brasileira

§ Educação Econômica

§ PPEL – Participação Popular no Espaço de Poder Local

Ø Programa Vivências na Universidade

§ Ginástica Laboral

§ Ginástica Aero­local

§ Dança de Salão

§ Grupo Universitário de Dança

§ Caminhada Orientada

§ Vivências Esportivas na Universidade

Ø Outros Projetos de Extensão

§ Estudos e Assessoria em Educação

§ Incubadora Tecnológica da Unochapecó

§ Literatório

§ Serviços Técnicos de Engenharia

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§ CCA Cultural

§ Café Filosófico

§ JUIC’S – Jogos Universitários Intercursos

§ Olimpíada de Matemática

§ Colcha de Retalhos

Ø Demais Atividades

§ Farmácia­escola

§ CEOM – Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina

§ Editora e Livraria Argos

§ GTEU – Grupo de Teatro Expressão Universitária

§ Coral Universitário

§ Coleta Seletiva de Lixo

§ Trote da Cidadania

Ø Inserção Regional

§ Estação Piscicultura

§ Viveiro de Mudas Árvores Nativas

§ Granja Agro­Ecológica na Linha Moraes

§ Elaboração de Produtos para Feira Agroecológica

§ Educação Ambiental

3.3.4 Universidade da Região de Joinville ­ UNIVILLE

A Universidade da Região de Joinville (2005) elaborou o seu Balanço Social

2002/2003 a partir do modelo proposto pelo IBASE para instituições de ensino,

fundações e organizações sociais, e foram destacadas as seguintes ações de

responsabilidade social:

Ø Bolsas de Estudo, Extensão e Iniciação Científica e Pesquisa

Ø Indicadores Sociais Internos: Alimentação, Educação, Capacitação e

Desenvolvimento Profissional, Creche ou Auxílio­Creche, Saúde,

Segurança e Medicina no Trabalho, Transporte e Bolsas/Estágio

Ø Projetos, Ações e Contribuições Para a Sociedade

§ Assistência Jurídica

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§ Clínicas Odontológicas

3.3.5 Universidade de Cuiabá ­ UNIC

A Universidade de Cuiabá (2004) apresentou no seu Balanço Social de 2003

as seguintes ações:

Ø Atendimento ao Aluno Carente – bolsas de estudo

Ø Doações a Entidades Filantrópicas

Ø Assistência Social

§ Odontologia

§ Bebê­clínica

§ Análises clínicas

§ Farmácia­escola

§ Fisioterapia

§ Psicologia

§ Assistência jurídica

Ø Atendimento à Comunidade Interna

§ Capacitação do Corpo Docente

§ Capacitação do Corpo Técnico Administrativo

Ø Projeto Alfa – Alfabetização e Aceleração da Aprendizagem de Jovens e

Adultos

3.3.6 Universidade de Santa Cruz do Sul ­ UNISC

A Universidade de Santa Cruz do Sul (2004) elaborou o seu Balanço Social

2002/2003 a partir do modelo proposto pelo IBASE para instituições de ensino,

fundações e organizações sociais, e foram destacadas as seguintes ações de

responsabilidade social:

Ø Bolsas de Estudo, Extensão e Iniciação Científica e Pesquisa

Ø Indicadores Sociais Internos: Alimentação, Educação, Capacitação e

Desenvolvimento Profissional, Creche ou Auxílio­Creche, Saúde,

Segurança e Medicina no Trabalho, Transporte e Bolsas/Estágio

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Ø Projetos, Ações e Contribuições Para a Sociedade

§ Programas e Projetos de Extensão: Saúde, Educação, Políticas e

Direitos Sociais, Desenvolvimento Tecnológico e Ambiental, e

Diversificação Econômica

§ Projetos de Pesquisa: Saúde, Educação, Políticas e Direitos Sociais,

Desenvolvimento Tecnológico e Ambiental e Diversificação Econômica

§ Outras Ações Sociais: Assistência Jurídica, Saúde, Desenvolvimento

Social, Arte e Cultura e Meio Ambiente

3.3.7 Universidade de Uberaba ­ UNIUBE

A Universidade de Uberaba (2005) divulgou, juntamente com o Balanço

Patrimonial, Demonstração das Receitas e Despesas, Demonstração das Mutações

do Patrimônio Social, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos,

Demonstração do Valor Adicionado e o Balanço Social 2003/2004. No Balanço

Social 2003/2004 foram destacadas as seguintes ações de responsabilidade social:

Ø Indicadores Sociais Internos

§ Alimentação

§ Encargos Sociais Compulsórios

§ Saúde, Segurança e Medicina do Trabalho

§ Educação

§ Capacitação e Desenvolvimento Profissional

§ Transporte

Ø Indicadores Sociais Externos ­ Assistência Social

§ Bolsas de Estudo Concedidas

§ Hospital Universitário

§ Clinica de Odontologia

§ Unidade Básica de Saúde

§ Assistência Jurídica

§ Laboratório de Análises Clínicas

§ Clínica de Fisioterapia

§ Clínica de Psicologia

§ Colégio Ricardo Misson

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§ Clínica de Fonoaudiologia

§ Atividades Sociais Extramuro

§ Clínica de Pedagogia Especial

§ Clínica de Terapia Ocupacional

§ Clínica de Nutrição

§ Clínica de Serviço Social

§ Projetos de Assistência Social

3.3.8 Universidade do Vale do Rio dos Sinos ­ UNISINOS

A Universidade do Vale dos Sinos (2005) elaborou e divulgou o seu Balanço

Social 2004, onde foram destacadas as seguintes ações divididas em grupos:

Ø Unicidade

Ø Vida ao Trabalho

§ Comunicação e Expressão

§ Invista em seu Trave$$eiro

§ Eneagrama

§ Grupo de Gestantes

§ Projeto Alerta

§ Ginástica Laboral

§ Doação de Sangue

§ Sistema de Gestão Ergonômica

§ Vida Livre

Ø Assistência Médica

Ø Segurança no Trabalho

Ø Oportunidade de Formação Cidadã

§ Necessidades Especiais

§ Ações Sociais

§ Infra­Estrutura de Convivência

§ Entrada no Mercado (Central de Estágios e Empresa Júnior)

Ø Bolsas de Estudo

Ø Saúde

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§ Plantas Medicinais

§ Programa de Unidades Móveis de Saúde Coletiva

§ Programa Interdisciplinar de Promoção e Atenção à Saúde

§ Fome Zero

§ Parceria com o Banco de Alimentos da Fiergs

Ø Educação de Crianças e Jovens

§ Sapecca ­ Serviço de Atenção, Pesquisa e Estudos com Crianças e

Adolescentes

§ PEI – Programa de Escolinhas Integradas

§ A Juventude e Suas Interfaces no Cenário Latino­Americano

§ Siapea – Serviço Interdisciplinar de Atendimento e Pesquisa em Ensino

e Aprendizagem

§ Programa de Integração

§ Portal Rede Criança

Ø Religiões

§ Grupo Gdirc – Gestando o Diálogo Inter­Religioso e o Ecumenismo

Ø Trabalho

§ Ofi­sinos – Orientação Empresarial à Comunidade de Baixa Renda

§ Nept – Núcleo de Excelência em Psicologia do Trabalho

§ Eu­Cidadão – Inclusão Digital

§ Núcleo Local da Unitrabalho

§ Educação Básica de Jovens e Adultos

§ Novas Tecnologias Sociais Para Empreendimentos Solidários

Ø Direto

§ Núcleo de Práticas Jurídicas

Ø Organizações Comunitárias

§ Serviço Social

§ Ação Social na Zona Sul de São Leopoldo

Ø Envelhecimento Humano

§ Nutti – Núcleo Temático da Terceira Idade

Ø Sistema de Gestão Ambiental

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Ø Integração e Arte na Universidade

§ Momentos Especiais – programação artística

§ Desporto e Lazer

Ao final, no item denominado “Indicadores”, a Universidade Vale do Rio dos

Sinos usou o modelo de Balanço Social proposto pelo IBASE para instituições de

ensino, onde foram resumidos e agrupados os valores, quantidades, percentuais e

outras informações relativas às atividades de responsabilidade social no ano de

2004.

3.3.9 Universidade Federal de Mato Grosso ­ UFMT

A universidade Federal de Mato Grosso [2004?] divulgou através do seu site

diversos arquivos com o título de “Balanço Social – gestão 2000­2003”. Tais

arquivos, na verdade, divulgam o relatório de atividades da gestão “novembro de

2000 a dezembro de 2003”, onde são encontradas informações a respeito das mais

diversas atividades realizadas, como por exemplo: formas de acesso, agilidade na

entrega de diplomas, dinamização do atendimento, galeria de ex­reitores, relações

internacionais, fazenda experimental, obras e realizações, evolução da frota de

veículos, dentre várias outras. As informações disponibilizadas, em sua maioria, não

são caracterizadas como de responsabilidade social, dentro do foco deste trabalho.

Relacionam­se a seguir algumas das atividades divulgadas que podem ser

classificadas em uma das vertentes do Balanço Social em estudo:

Ø Movimento Sociedade Abraça a Universidade

Ø Criação do Fórum de Interlocução com a Sociedade – Vez e Voz

Ø Parceria com o Instituto Novo Horizonte Para Realização de Cursos de

Línguas Estrangeiras e Informática

Ø Parceira com o Governo do Estado por Meio da Secretaria de Estado de

Trabalho e Cidadania

Ø Projetos Construídos com o Movimento de Trabalhadores Sem Terra –

Curso de Formação de Lideranças

Ø Democratização e Humanização do Ambiente do Restaurante Universitário

Através da Realização de Programas Culturais

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Ø Projeto Brotos do Cerrado – Curso Pós­Médio Para Estudantes

Exclusivamente de Escolas Públicas

Ø Incentivo à Criação da Associação de Ex­Alunos da UFMT

Ø Suporte Acadêmico a Estudantes da UFMT

§ Participação em Eventos Científicos

§ Concessão de Bolsas

§ Estágios Curriculares Não Obrigatórios

§ Espaço de Alimentação e Convivência

§ Ambiência no Restaurante Universitário – transformação em espaço

sócio­cultural

Ø Projeto de Olho no Futuro – Qualificação Profissional com Vistas a

Inclusão Social

Ø Programa Qualificar

Ø Hospital Universitário Júlio Muller

Ø Zoológico

Ø Garantia de Acesso à Informação

Ø Humanização do Ambiente

Ø Transparência na Gestão de Recursos

Ø Racionalização do Uso de Recursos Públicos

Ø Cultura – Integração e Interação Comunidade

3.3.10 Universidade Presbiteriana Mackenzie

A Universidade Mackenzie (2004) divulgou o seu Balanço Social destacando

as seguintes atividades:

Ø Educação Básica

Ø Recursos Humanos

Ø Voluntariado Corporativo

Ø Trilha Brasil

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Ø Top Social

Ø Criar & Tocar

Ø Marketing Best

Ø Criança Sorriso

Ø Cidadania Digital

Ø Cestas Básicas

Ø A Tecnologia Solidária

Ø Projeto João Dourado

Ø Cooper Rua Recicla

Ø TV Digital Escola Interativa

Ø Teia do Saber

Ø Desenvolvimento com Justiça Social

Ø Eventos Solidários

Ø Promoção do Terceiro Setor

Ø Trote Solidário

3.3.11 Universidade Metodista de São Paulo

A Universidade Metodista de São Paulo (2004) publicou o seu Balanço Social

2003, no seu site, onde procura relatar as atividades de cunho social separadas em

grupos, como:

Ø Educação

Ø Esporte

Ø Saúde

Ø Filantropia

Ø Bolsas de estudo

Ø Atendimentos nas clínicas

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3.3.12 Considerações Sobre as Ações de Responsabilidade Social

Desenvolvidas e Divulgadas Pelas Instituições de Ensino Superior

Observa­se grande número de ações de responsabilidade social sendo

desenvolvidas e divulgadas pelas instituições de ensino superior analisadas. Muitas

delas podem acontecer naturalmente no dia­a­dia de tais instituições, outras são

desenvolvidas com o fim explícito de contribuir para a melhoria das condições de

vida das pessoas em geral.

Algumas instituições apresentaram detalhes sobre atividades rotineiras de

uma instituição de ensino sob o título de balanço social; tais informações não foram

consideradas. A educação e a formação de profissionais são atividades de cunho

social, mas o que está sendo tratado neste trabalho são as demais atividades de

cunho social, principalmente as voluntárias, caracterizadas nas vertentes do Balanço

Social, em estudo.

3.4 Principais Ações de Responsabilidade Social Possíveis de Ser

Executadas Pelas Instituições de Ensino Superior

Hoje a responsabilidade social está diretamente relacionada à qualidade dos

bens e serviços oferecidos. Carroll e Buchholtz (2000, p. 331, tradução nossa)

afirmam que o maior desafio para as instituições está na identificação e

entendimento das diferentes dimensões de qualidade. Hoje, qualidade requer, por

exemplo, desenvolvimento, confiabilidade, durabilidade e conformidade. Porém,

além de oferecer produtos e serviços com qualidade, as Instituições de Ensino

Superior podem executar diversas outras ações de responsabilidade social.

A seguir estão relacionadas diversas ações de responsabilidade social

possíveis de serem desenvolvidas pelas instituições de ensino superior. Esta relação

foi utilizada, inclusive, para elaboração do questionário de pesquisa que será

apresentado no capítulo 4. Tais ações foram levantadas com base na bibliografia

consultada e em análise de balanços sociais das instituições, conforme apresentado

na primeira parte deste capítulo, e foram agrupadas conforme as vertentes do

Balanço Social em: (1) relativas aos recursos humanos; (2) relativas ao meio

ambiente; (3) relativas aos benefícios e contribuições à sociedade.

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3.4.1 Relativas aos Recursos Humanos

Em relação aos recursos humanos, evidentemente, todas as ações estão

voltadas para os colaboradores da instituição de ensino, como gestores, funcionários

administrativos próprios e terceirizados, professores e estagiários. Trata­se de

atividades desenvolvidas por e para os funcionários, que trazem retorno para os

próprios funcionários e para as entidades. Destacam­se a seguir, algumas ações

relativas aos recursos humanos, levantadas com base na bibliografia referenciada

nos capítulos 1 e 2 e na análise demonstrada no início deste capítulo:

Ø Auxílio creche

O auxílio creche é utilizado em organizações que possuem grande quantidade

de colaboradores do sexo feminino, principalmente nas organizações localizadas

longe das cidades e/ou que contratam funcionárias que residem longe do local de

trabalho. Tal auxílio acaba sendo também um benefício direto para a própria

organização, uma vez que os filhos estando por perto, e principalmente podendo ser

amamentados, faz com que as funcionárias fiquem mais tranqüilas e produzam mais

durante a jornada de trabalho.

Ø Bolsas de estudo, treinamentos e oportunidades de crescimento

Estudar, treinar, capacitar, promover o crescimento das pessoas são

propósitos inerentes às atividades de ensino. Teoricamente todas as instituições de

ensino superior deveriam conter bons programas de capacitação e educação

continuada, mas na prática isto nem sempre ocorre.

Ø Esporte, lazer e cultura

Possibilitar o uso das instalações e promover atividades de esporte e lazer

para os colaboradores normalmente são ações de baixo custo para as instituições

de ensino, principalmente quando possuem infra­estrutura voltada para estas

atividades como quadras, piscinas, etc. Tais atividades, juntamente com as

promoções culturais, podem ser ofertadas ao mesmo tempo a alunos e

colaboradores.

Ø Inclusão social (contratação de deficientes, negros e outros)

Muito se tem ouvido falar de inclusão social. Contratar pessoas com

deficiência física é uma forma de praticar a inclusão social, e pode ser relativamente

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simples bastando observar em quais funções tais pessoas se encaixam e

desenvolvem melhor as suas atividades. Telefonista, por exemplo, é um cargo em

que o funcionário deve permanecer no local de trabalho enquanto desenvolve suas

atividades, portanto, pode ser reservado para cadeirantes e outras pessoas com

dificuldade de locomoção.

Ø Participação nos lucros e resultados

A participação dos funcionários nos lucros e resultados da instituição, além de

representar ganho adicional diretamente relacionado ao resultado ­ se este for

melhor o ganho será maior e vice­versa ­ consubstancia­se em motivação adicional

para o cumprimento de metas e objetivos institucionais.

Ø Liberdade de opinião e de expressão aos funcionários

Permitir a liberdade de opinião e de expressão aos funcionários traz como

conseqüência a motivação e a satisfação dos colaboradores, e também a

oportunidade de melhorias significativas nos processos, advindas de sugestões

voluntárias ou induzidas.

Ø Políticas de admissão e de demissão responsáveis

O nepotismo e as admissões por apadrinhamento, assim como as demissões

motivadas por questões de ordem pessoal sem se observar competência, são ações

muito criticadas nas organizações e consideradas, inclusive, como de

irresponsabilidade social, no momento em que beneficiam alguns através de fatores

que desconsideram a competência e a capacidade.

Ø Qualidade de vida (saúde, segurança e satisfação no trabalho)

A qualidade de vida no trabalho gera impacto grandemente positivo junto aos

colaboradores e à comunidade em geral. Este é outro item onde se observa a

contrapartida favorável para as instituições, uma vez que funcionários satisfeitos,

com acompanhamento médico e com os devidos cuidados relacionados à

segurança, faltam menos ao trabalho e produzem mais. Em muitos casos, investir na

qualidade de vida pode reverter em grandes benefícios para a organização.

Ø Recolocação de desempregados

Em muitos casos, pessoas perdem emprego devido a mudanças estratégicas

nos negócios das organizações ou pela redução do quadro de funcionários; em

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outros, pela incompatibilidade das atribuições pessoais com as necessidades da

função. Ajudar funcionários demitidos a conseguir novos empregos é uma ação que

pode resultar em grandes benefícios sociais.

Ø Seguro de vida e complementação previdenciária

A complementação previdenciária busca ajudar os empregados e familiares a

garantir as condições mínimas para uma vida digna. O seguro de vida apoiado pela

empresa também visa à garantia de dignidade nos casos de morte e invalidez.

Ø Tempo de serviço e faixa etária dos empregados

A valorização dos colaboradores com maior tempo de serviço na instituição, a

contratação e a manutenção de empregados com mais idade são consideradas,

também, ações importantes de responsabilidade social.

Ø Vale transporte, moradia, alimentação e cesta básica

São ajudas normalmente disponibilizadas aos colaboradores de baixa renda,

que se refletem positivamente como ação de responsabilidade social.

3.4.2 Relativas ao Meio Ambiente

Ao estudar as ações relativas ao meio ambiente, possíveis de serem

realizadas pelas organizações em geral, observa­se que nas empresas industriais,

por exemplo, tais ações estão muito voltadas para recuperar ambientes por elas

degradados, a evitar ações com conseqüências ambientais negativas, destinar

incentivos a reflorestamentos, tratar efluentes, dentre outros. São ações diretamente

relacionadas aos impactos das atividades de tais empresas sobre o meio ambiente.

As instituições de ensino superior podem desenvolver, com grandes

resultados, diversas atividades que não se destinam a reverter impactos de ações

sobre o meio ambiente, já que elas normalmente não os provocam, o que torna tais

ações muito mais nobres. Relacionam­se a seguir ações levantadas com base na

bibliografia consultada, citada nos capítulos 1 e 2, e na análise de balanços sociais

das instituições apresentadas na primeira parte deste capítulo:

Ø Ecologia

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Além do desenvolvimento de pesquisas e projetos, a promoção de debates,

palestras, workshops, conferências e outras atividades sobre o tema promoverão a

conscientização e a cultura ecológicas.

Ø Educação ambiental, proteção e preservação do meio ambiente

A educação é inerente às ações das instituições de ensino; neste caso,

necessita­se incluir a educação ambiental dentre as atividades de ensino. Por outro

lado, projetos de pesquisa e de extensão podem levar a educação ambiental para

além dos muros das instituições.

Ø Conservação de construções, móveis e equipamentos

Estas são ações educativas que, além do seu cumprimento como de

responsabilidade social, relacionadas ao meio ambiente, refletem­se positivamente,

de forma direta nos gastos da própria instituição e indiretamente na comunidade em

geral, já que tais conceitos uma vez apreendidos são aplicados em todas as

atividades realizadas pelas pessoas.

Ø Poluição do ar, da água, do solo, etc. – despoluir e evitar poluir;

preservação e conservação de matas, córregos, rios e lagos e

reflorestamento

São temas que podem ser trabalhados nas atividades de ensino, pesquisa e

extensão, promovendo a conscientização. Podem ainda trazer resultados concretos

através de ações realizadas in loco, como, por exemplo, monitoramentos de níveis

de poluição em efluentes. Por outro lado, projetos de pesquisas e de extensão

específicos sobre estes temas podem ajudar também na ação direta sobre os

problemas.

Ø Reciclagem de lixo e reutilização de materiais

A implantação da coleta seletiva de lixo na própria instituição, além dos

resultados ambientais positivos, ajuda na conscientização de todo o público

envolvido, que leva essa cultura para além dos muros. O apoio na implantação da

coleta seletiva em outras organizações poderá ser uma tarefa relativamente simples

para as Instituições de Ensino Superior. Projetos de extensão e de pesquisa podem,

além de levar a conscientização, medir, monitorar e avaliar os programas

implantados e seus efeitos ambientais.

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Ø Redução no consumo de água e energia

É outra atividade que além de promover benefícios ambientais gera redução

de gastos na própria organização. Além disto, a Instituição pode levar este trabalho

de conscientização para além dos muros, ampliando a aplicação e os benefícios

alcançados.

3.4.3 Relativas aos Benefícios e Contribuições à Sociedade em Geral

É grande o número de ações relativas aos benefícios e contribuições à

sociedade em geral possíveis de serem desenvolvidas por uma instituição de ensino

superior. Segue levantamento feito com base na bibliografia consultada, citada nos

capítulos 1 e 2, e na análise de balanços sociais das instituições apresentadas no

início deste capítulo.

Ø Apoio humano e tecnológico a escolas públicas e entidades

beneficentes

As instituições de ensino superior podem ter facilidade para promover ações

de apoio humano e tecnológico a escolas públicas e entidades beneficentes.

Desenvolver projetos com alunos dos cursos da área de informática, por exemplo,

pode resultar na inclusão desta atividade em escolas da periferia. Basta verificar

como cada curso, seus alunos e professores podem colaborar com os menos

favorecidos, desenvolver e executar projetos sociais.

Ø Arte, cultura e esporte

Projetos nas áreas de arte, cultura e esporte podem, além da inclusão social,

afastar crianças das ruas e da marginalidade.

Ø Assistência à saúde e combate à fome

Principalmente instituições que têm cursos da área de saúde e nutrição

podem levar orientação e atendimento aos mais necessitados através de seus

alunos e professores, de forma simples e pouco dispendiosa, mas com grandes

resultados.

Ø Capacitação e encaminhamento profissional de pessoas de baixa

renda

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Um dos maiores problemas para o encaminhamento profissional das pessoas

de baixa renda é a falta de capacitação. Diversos cursos, como informática básica,

por exemplo, podem ser oferecidos pelas instituições de ensino superior com o

apoio voluntário de alunos. Pesquisas podem ser feitas buscando descobrir as

principais causas de problemas, conseqüentemente encontrando as soluções

adequadas.

Ø Combate ao desemprego e analfabetismo

A alfabetização de adultos pode ser promovida dentro da própria instituição

ou nas localidades onde residem os analfabetos. Além da promoção e do

treinamento dos menos favorecidos, favorecendo sua profissionalização, o

desenvolvimento de projetos de pesquisas é outro exemplo de ação que pode ser

realizada na busca de alternativas para o desemprego.

Ø Combate a marginalidade, uso de drogas e violência

Campanhas, conscientização, eventos, pesquisas, projetos, etc. Há muitas

formas de promover ações de combate à marginalidade, uso de drogas e violência.

Infelizmente, o uso de drogas é percebido dentro de várias instituições de ensino e

muitas vezes nada é feito para coibir tal prática.

Ø Conscientização quanto aos direitos humanos e programas para

crianças e adolescentes

Projetos específicos nestas áreas podem ser desenvolvidos e executados

pelas instituições de ensino superior.

Ø Empregabilidade de alunos e ex­alunos

Como formadoras de profissionais para o mercado de trabalho, as instituições

de ensino superior devem ter como inerente aos seus objetivos a empregabilidade

de alunos e ex­alunos. E, além das atividades específicas, as instituições podem

pensar em outras formas de promover a empregabilidade.

Ø Inclusão social (raça, sexo, deficiência física ou mental e outros)

Além de facilitar o acesso ao ensino para os chamados excluídos, e oferecer

condições necessárias ao seu desenvolvimento através de atividades didáticas, de

pesquisa e extensão, as instituições de ensino superior podem promover a inclusão

social das mais diversas categorias destas pessoas.

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93

Ø Patrocínio a projetos e construções de cunho social

O apoio financeiro a projetos e construções de cunho social pode ser

considerado, também, entre as ações de responsabilidade social possíveis de serem

realizadas pelas instituições de ensino superior.

Ø Pesquisas visando a detectar carências no município

Pesquisar é obrigação da instituição de ensino superior. Direcionar as

pesquisas para o social também. Pesquisar onde estão as maiores carências, o foco

dos problemas, é o primeiro passo para a busca das soluções.

Ø Serviços públicos (pavimentação, segurança, defesa civil e outros)

Apesar de ser uma ação inerente ao poder público, muitas organizações

executam e/ou financiam serviços de pavimentação, segurança, defesa civil e

outros.

Ø Terceira idade

Assim como os programas especiais para crianças e adolescentes, as

instituições de ensino podem promover programas específicos para o público da

terceira idade.

Mesmo estando agrupadas em itens, observa­se a grande quantidade de

ações de responsabilidade possíveis de serem realizadas pelas Instituições de

Ensino Superior. Observa­se também que, apesar de todas estas ações poderem

ser executadas voluntariamente pelas entidades, muitas delas trazem, além do

retorno já esperado como entidade socialmente responsável, retornos financeiros

para a entidade através da capacitação de funcionários, aumento na produtividade,

contenção de gastos, economia de energia elétrica, etc.

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94

4. PESQUISA DE OPINIÃO

Visando a atingir o objetivo de conhecer as opiniões dos stakeholders sobre

uma instituição de ensino superior a respeito das ações de responsabilidade social,

foi escolhido como objeto deste estudo de caso o Centro Universitário do Planalto de

Araxá – UNIARAXÁ.

O grupo de stakeholders do UNIARAXÁ, escolhido para a pesquisa, ficou

composto por alunos, professores, gestores, funcionários administrativos, prospects

­ alunos do ensino médio, fornecedores, prestadores de serviços e comunidade

diretamente relacionada ao Centro Universitário.

4.1 Amostra

Foram distribuídos 1.230 questionários com retorno de 805 devidamente

preenchidos, assim distribuídos:

Ø 535 alunos do Uniaraxá, representando 16% do total de 3.330, naquela

ocasião matriculados

Ø 125 prospects – alunos do ensino médio

Ø 13 fornecedores e prestadores de serviços

Ø 70 gestores e funcionários administrativos representando 90% de um total

de 78

Ø 47 professores do UNIARAXÁ representando 38% de um total de 124

Ø 15 entrevistados na comunidade responderam o questionário,

representando as opiniões de servidores da Secretaria Municipal de

Educação, Vereadores, Clubes de Serviço e Sindicatos.

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95

4.2 Coleta de Dados

A coleta ocorreu no período de 04 a 17 de março de 2005, atingiu 805

pessoas, e o perfil dos entrevistados ficou distribuído conforme tabela 1: Tabela 1: Demonstração do perfil dos entrevistados

Alunos do

UNIARAXÀ

Prosp

ects ­ Alunos

do Ensino Médio

Fornecedores

ou Prestad

ores

de Serviços

Gestores ou

funcionários

Administrativos

Professores do

UNIARAXÁ

Representantes da

opinião Pública

TOTAL

Q 218 49 8 31 20 8 334 Masculino % 41% 39% 62% 44% 43% 53% 41%

Q 317 76 5 39 27 7 471 Sexo

Feminino % 59% 61% 38% 56% 57% 47% 59% Q 0 125 6 23 0 6 160 Ensino Médio Completo ou Incompleto % 0% 100% 46% 33% 0% 40% 20%

Q 509 0 7 30 0 5 551 Superior Completo ou Incompleto % 95% 0% 54% 43% 0% 33% 68%

Q 26 0 0 17 47 4 94 Escolaridade

Pós­Graduação Completo ou Incompleto % 5% 0% 0% 24% 100% 27% 12%

Q 152 124 1 10 0 4 291 Até 20 anos % 28% 99% 8% 14% 0% 27% 36% Q 298 1 4 20 12 0 335 Acima de 20 e até 30 anos % 56% 1% 31% 29% 26% 0% 42% Q 58 0 4 15 19 1 97 Acima de 30 e até 40 anos % 11% 0% 31% 21% 40% 7% 12% Q 27 0 4 25 16 10 82

Faixa Etária

Acima de 40 anos % 5% 0% 31% 36% 34% 67% 10% Q 248 41 1 35 1 1 327 Até R$ 1.040,00 (4 SMV) % 46% 33% 8% 50% 2% 7% 41%

Q 158 28 3 14 5 0 208 Acima de R$1.040,00 e até R$2.080,00 % 30% 22% 23% 20% 11% 0% 26% Q 66 24 2 8 11 5 116 Acima de R$2.080,00 e até R$3.120,00 % 12% 19% 15% 11% 23% 33% 14%

Q 63 32 7 13 30 9 154

Renda Familiar

Acima de R$ 3.120,00 (12 SMV) % 12% 26% 54% 19% 64% 60% 19%

Q 535 125 13 70 47 15 805 TOTAL

% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Foram selecionadas turmas de alunos dos diversos cursos do UNIARAXÁ,

tendo sido representados os alunos iniciantes, concluintes e dos períodos

intermediários. Os questionários foram aplicados em sala de aula. Os prospects ­

ENTREVISTADOS

PERFIL

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96

alunos do ensino médio, foram representados por 2 turmas de um escola pública e 2

de uma escola particular, sendo escolhidas as escolas que forneceram o maior

número de ingressantes no último processo seletivo do UNIARAXÁ. A coleta junto

aos gestores, funcionários administrativos e professores ocorreu na própria

instituição com o apoio dos coordenadores de curso e de setores. Já os

fornecedores e representantes da comunidade, após contato por telefone,

receberam o questionário por e­mail, fax ou pessoalmente.

4.3 Procedimentos de Análise dos Dados

4.3.1 Quanto ao Sexo

Dos 805 questionários que retornaram respondidos, a maioria dos

respondentes, em número de 471, foi do sexo feminino representando 59% do total.

Do sexo masculino o número de respondentes foi de 334, representando 41% do

total, conforme demonstrado no gráfico 1.

Entrevistados por Sexo

59%

41%

Sexo Feminino Sexo Masculino

Gráfico 1: Análise do perfil dos entrevistados por sexo

Entrevistados por Sexo

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97

4.3.2 Quanto ao Nível de Escolaridade

Na aplicação do questionário, os entrevistados informaram separadamente o

nível de escolaridade, especificando: ensino básico incompleto, ensino básico

completo, ensino médio incompleto, ensino médio completo, ensino superior

incompleto, ensino superior completo, pós­graduação incompleta ou pós­graduação

completa.

Para efeito da análise dos dados, os pesquisados com ensino básico

incompleto e completo, foram somados aos com ensino médio incompleto e

completo, formando o grupo de pesquisados denominados “com escolaridade até o

ensino médio”, totalizando 160.

Os pesquisados com ensino superior incompleto, representados em sua

grande maioria pelos estudantes do UNIARAXÁ, foram somados aos com ensino

superior completo, formando o grupo de pesquisados denominados “com

escolaridade em nível superior”, o que totalizou 551.

Os pesquisados com pós­graduação incompleta foram somados aos com

pós­graduação completa, formando o grupo de pesquisados denominados “com

escolaridade em nível de pós­graduação”, o que totalizou 94 (ver gráfico 2).

Entrevistados por Escolaridade

20%

68%

12%

Até o Ensino Médio

Ensino Superior

Pós­Graduação

Gráfico 2: Análise de perfil dos entrevistados por escolaridade

Entrevistados por Escolaridade

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98

4.3.3 Quanto à Faixa Etária

A pesquisa atingiu um público com idade variando entre 13 e 72 anos, com

maior concentração na faixa que vai de 15 a 30 anos, dado justificado pelo grande

número de alunos da graduação do UNIARAXÁ e pelos alunos do ensino médio que

responderam ao questionário.

Para efeito de análise dos dados, os 805 pesquisados foram distribuídos em 4

grupos que ficaram assim constituídos: (1) com idade entre 13 e 20 anos: 291; (2)

com idade entre 21 e 30 anos: 335; (3) com idade entre 31 e 40 anos: 97; e (4) com

idade acima de 40 anos: 82 (ver gráfico 3).

Entrevistados por Faixa Etária

36%

42%

12%

10%

De 13 a 20 anos

De 21 a 30 anos

De 31 a 40 anos

Acima de 40 anos

Gráfico 3: Análise do perfil dos entrevistados por faixa etária

4.3.4 Quanto à Renda familiar

Ao responder a pesquisa, os entrevistados informaram a renda familiar em

grupos escalonados a cada 2 (dois) Salários Mínimos Vigentes ­ SMV. Para efeito

da análise dos dados relativa à renda familiar houve o agrupamento em 4 (quatro)

categorias, de 4 em 4 salários mínimos vigentes.

Entrevistados por Faixa Etária

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99

Nesta forma de identificação dos entrevistados observou­se que a maioria

estava nas faixas de renda mais baixas, tendo 327 entrevistados, 41% das famílias,

renda familiar até R$1.040,00, e 208 entrevistados, 26%, renda familiar maior que

R$1.040,00 e menor que $2.080,00, perfazendo um percentual de 67% de famílias

com renda familiar até R$2.080,00, o que correspondia a 8 salários mínimos

vigentes na época da entrevista (ver gráfico 4).

Entrevistados por Renda Familiar

41%

26%

14%

19%

Até R$1.040,00

De R$1.040,00 a R$2.080,00

De R$2.080,00 a R$3.120,00

Acima de R$3.120,00

Gráfico 4: Análise do perfil dos entrevistados por renda familiar

4.3.5 Procedimentos Gerais

Foram observados, primeiramente, os resultados da totalidade dos 805

entrevistados, destacando­se as preferências e opiniões gerais através do somatório

dos pontos distribuídos com base no método da “Escala Likert”, sendo: para cada

concordância total, 2 pontos positivos, para cada concordância parcial, 1 ponto

positivo, para cada discordância parcial, 1 ponto negativo, para cada discordância

total, 2 pontos negativos, e para os posicionamentos de forma indiferente não foi

atribuído ponto positivo nem negativo.

Entrevistados por Renda Familiar

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100

Depois de observadas e destacadas as preferências conforme pontuação

definida, foi analisado o percentual de pontuação de cada questão em relação ao

total de pontos possíveis, detectando­se as ações que mais se destacaram como as

preferidas pelos pesquisados, e também as que obtiveram o menor percentual de

aceitação.

Em seguida o mesmo método foi aplicado aos grupos: alunos, professores,

gestores e funcionários, prospects, representantes da comunidade, etc., e foi feita a

mesma análise por sexo, faixa etária, renda familiar e escolaridade, detectando­se

quais ações são mais valorizadas pelos representantes de cada um destes grupos.

4.4 A Análise dos Dados

4.4.1 Questões Relacionadas aos Recursos Humanos

O questionário apresentou 12 questões relacionadas a recursos humanos,

enumeradas de 1 a 12, assim formuladas:

1. Auxílio creche

2. Bolsas de estudo, treinamentos e oportunidades de crescimento

3. Esporte, lazer e cultura

4. Inclusão social (contratação de deficientes, negros e outros)

5. Participação nos lucros e resultados

6. Liberdade de opinião e de expressão aos funcionários

7. Políticas de admissão e de demissão responsáveis

8. Qualidade de vida (saúde, segurança e satisfação no trabalho)

9. Recolocação de desempregados

10.Seguro de vida e complementação previdenciária

11.Tempo de serviço e faixa etária dos empregados

12.Vale transporte, moradia, alimentação e cesta básica

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101

Tabela 2: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas aos recursos humanos, comparados ao total de pontos possíveis.

Questões 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Méd

Geral 44% 97% 89% 85% 54% 85% 74% 92% 60% 64% 57% 71% 73%

Distribuição por identificação em relação ao UNIARAXÁ Alunos 43% 97% 89% 83% 53% 84% 76% 92% 62% 63% 59% 72% 73% Prospects 38% 95% 87% 87% 50% 82% 58% 87% 57% 53% 43% 70% 67% Fornecedor/PS 58% 100% 96% 81% 54% 85% 81% 96% 19% 69% 46% 65% 71% Gestor/Func. 50% 96% 90% 91% 66% 89% 79% 96% 58% 77% 67% 77% 78% Professores 55% 100% 88% 93% 61% 95% 90% 96% 66% 85% 70% 67% 80% Outros (*) 33% 97% 80% 80% 30% 87% 87% 90% 23% 53% 33% 43% 61%

Distribuição por sexo Sexo Feminino 46% 97% 90% 89% 57% 88% 75% 92% 61% 69% 58% 71% 75% Sexo Masculino 41% 96% 87% 79% 49% 81% 73% 91% 57% 57% 55% 71% 70%

Distribuição por escolaridade Ensino Médio 43% 97% 88% 88% 56% 84% 60% 88% 56% 59% 48% 73% 70% Ensino Superior 45% 97% 89% 83% 53% 85% 76% 92% 62% 64% 59% 73% 73% Pós­graduação 38% 97% 86% 91% 53% 89% 92% 96% 51% 74% 63% 51% 74%

Distribuição por faixa etária Até 20 anos 43% 96% 89% 84% 52% 83% 64% 89% 60% 59% 49% 73% 70% De 21 a 30 anos 45% 96% 90% 84% 56% 85% 78% 92% 64% 66% 62% 73% 74% De 31 a 40 anos 46% 98% 88% 90% 51% 90% 83% 97% 54% 68% 63% 63% 74% Mais de 40 anos 37% 97% 84% 85% 55% 87% 86% 96% 49% 72% 60% 63% 73%

Distribuição por renda familiar em salários mínimos vigentes (R$260,00) Até 4 SMV 52% 97% 90% 88% 56% 83% 73% 93% 67% 66% 60% 77% 75% de 4 a 8 SMV 40% 96% 91% 86% 51% 85% 73% 91% 58% 63% 57% 70% 72% de 8 a 12 SMV 38% 97% 85% 83% 60% 88% 72% 91% 57% 67% 55% 67% 72% Ac. De 12 SMV 37% 97% 86% 80% 49% 86% 81% 92% 48% 60% 52% 61% 69%

Legenda: Menor do que 50% De 50 a 60% Maior do que 60 e menor do que 80% De 80 a 89% De 90 a 99% 100%

(*) outros: referem­se aos representantes da opinião pública que responderam ao

questionário – representantes de sindicatos, de clubes de serviços, vereadores,

secretários municipais e comunidade em geral.

Na análise pela média das questões do grupo relativo aos recursos humanos,

conforme tabela 2, observa­se que na distribuição por identificação o grupo com

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102

maior índice é o dos professores, com média de 80% dos pontos possíveis, seguido

pelos gestores e funcionários administrativos com média de 78%.

Na análise pela média das questões deste grupo, dividido por sexo, observa­

se que o sexo feminino apresenta percentual de aprovação médio, 75%, maior que o

masculino, 70%.

Na análise por escolaridade observa­se avanço na pontuação à medida que o

nível de instrução é maior: de 70% de média de aprovação pelos entrevistados em

nível de ensino médio, para 73% pelos entrevistados com nível superior e 74% com

nível de pós­graduação. Pode­se propor uma conclusão, seguinte: à medida que as

pessoas mais estudam e se informam passam a valorizar mais as questões de

responsabilidade social relacionadas aos recursos humanos.

Na análise por faixa etária observa­se situação parecida com a de

escolaridade, quando se verifica que os mais jovens tendem a valorizar menos as

ações de responsabilidade social voltada para os recursos humanos ao serem

comparados com os mais velhos. No caso, as respostas dos entrevistados com até

20 anos apresentaram percentual médio de aprovação de 70% enquanto as faixas

etárias de 21 a 30 anos, de 31 a 40 e acima de 40 apresentaram percentuais de

aprovação de 74, 74 e 73%, respectivamente.

Já na análise por renda familiar observa­se que as pessoas com renda

familiar menor tendem a valorizar mais as questões de responsabilidade social

inerentes aos recursos humanos, o que, aparentemente, é uma questão lógica, ao

se analisar pelo ponto de vista do interesse próprio e da necessidade de quem

respondeu ao questionário. A tabulação das respostas dos questionários apresentou

percentuais de 75% de aprovação para quem tem renda familiar de até quatro

salários mínimos vigentes, 72% para quem tem renda familiar de 4 a 8 e de 8 a 12

salários mínimos vigentes e 69% para quem tem renda familiar acima de 12 salários

mínimos vigentes.

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103

Gráfico 5: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas aos recursos humanos

Na análise por questões, a questão mais bem avaliada neste grupo, com 97%

dos pontos possíveis, foi a de número 2 – bolsas de estudo, treinamentos e

oportunidades de crescimento (ver gráfico 5). Esta foi também a questão mais bem

avaliada de todo o questionário. Na análise por grupos, conforme tabela 2,

constatou­se que 100% dos professores, fornecedores e prestadores de serviços

que responderam ao questionário concordaram totalmente com esta questão, o que

proporcionou a totalidade dos pontos possíveis por estes grupos de entrevistados.

Para os demais entrevistados tal questão foi também muito bem avaliada, sendo que

nenhum grupo apresentou percentual menor que 95% dos pontos possíveis.

Em seguida, destacou­se a questão de número 8 ­ qualidade de vida (saúde,

segurança e satisfação no trabalho), com 92% dos pontos possíveis.

Ainda na análise por questões destacaram­se também as questões de

números 3, “Esporte, lazer e cultura”, 4, “Inclusão social (contratação de deficientes,

negros e outros)” e 6, “Permitir liberdade de opinião e de expressão aos

funcionários”, que obtiveram percentuais de aprovação acima de 80%.

Questões relacionadas aos recursos humanos

44%

97% 89% 85%

54%

85% 74%

92%

60% 64% 57% 71%

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

Questões

Percentuais

Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 Questão 6 Questão 7 Questão 8 Questão 9 Questão 10 Questão 11 Questão 12

78% ­ Média Geral das 42 questões

Questões Relacionadas aos Recursos Humanos

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104

Observa­se que, das 12 questões deste grupo, 5 ficaram acima da média

geral das 42 questões, 78%, e 7 ficaram abaixo.

Neste grupo, a questão com o menor índice de aceitação foi a de número 1 –

“Auxílio creche”, com apenas 44% dos pontos.

Com percentual menor de aprovação ficaram as questões de números 5,

“Participação nos lucros e resultados”, com 54% dos pontos, 9, “Recolocação de

desempregados”, com 60% dos pontos e 11 “Tempo de serviço e faixa etária dos

empregados”, com 57% dos pontos.

4.4.2 Questões Relacionadas ao Meio Ambiente

O questionário apresentou 8 questões relacionadas ao meio ambiente,

enumeradas de 13 a 20, assim formuladas:

13.Ecologia

14.Educação ambiental, proteção e preservação do meio ambiente

15.Conservação de construções, móveis e equipamentos

16.Poluição do ar, da água, do solo, etc. – despoluir e evitar poluir

17.Preservação e conservação de matas, córregos, rios e lagos

18.Reflorestamento

19.Reciclagem de lixo e reutilização de materiais

20.Redução no consumo de água e energia

Na análise por identificação, conforme tabela 3, observa­se que os gestores e

funcionários administrativos foram os que mais pontos proporcionaram às questões

ambientais, com 90% dos pontos, seguidos pelos professores com 89% e pelos

alunos com 88%.

Na análise por sexo, a exemplo do que ocorreu com o grupo de questões

relacionadas aos recursos humanos, os entrevistados do sexo feminino

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105

proporcionaram maior percentual de aprovação, 89%, em relação aos entrevistados

do sexo masculino que ficaram com 84%.

Tabela 3: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas ao meio ambiente, comparados ao total de pontos possíveis.

Questões 13 14 15 16 17 18 19 20 Média

Geral 87% 93% 81% 91% 86% 78% 91% 86% 87%

Distribuição por identificação em relação ao UNIARAXÁ Alunos 89% 94% 83% 91% 87% 81% 92% 87% 88%

Prospects 80% 90% 64% 88% 83% 74% 86% 81% 81% Fornecedor/PS 85% 96% 73% 92% 85% 69% 81% 88% 84% Gestor/Funcionário 90% 95% 92% 94% 86% 78% 94% 90% 90% Professores 89% 96% 91% 93% 83% 70% 97% 89% 89% Outros 90% 93% 60% 77% 87% 60% 87% 90% 80%

Distribuição por sexo Sexo Feminino 89% 95% 83% 92% 88% 80% 93% 89% 89% Sexo Masculino 85% 91% 78% 88% 83% 75% 89% 83% 84%

Distribuição por escolaridade Ensino Médio 82% 91% 68% 89% 85% 76% 87% 83% 83% Ensino Superior 89% 94% 83% 91% 87% 82% 92% 87% 88% Pós­graduação 85% 95% 89% 90% 79% 59% 93% 89% 85%

Distribuição por faixa etária Até 20 anos 85% 92% 71% 90% 86% 79% 89% 84% 85% De 21 a 30 anos 88% 93% 85% 91% 85% 81% 93% 86% 88% De 31 a 40 anos 89% 94% 88% 92% 89% 77% 93% 95% 90% Mais de 40 anos 90% 98% 87% 90% 83% 68% 91% 88% 87%

Distribuição por renda familiar em salários mínimos vigentes (R$260,00) Até 4 SMV 89% 94% 80% 92% 89% 85% 94% 86% 89% De 4 a 8 SMV 87% 92% 82% 89% 80% 74% 89% 84% 85% De 8 a 12 SMV 86% 94% 76% 89% 87% 78% 88% 89% 86% Acima de 12 SMV 86% 94% 82% 91% 86% 71% 92% 87% 86%

Legenda: Menor do que 50% De 50 a 60% Maior do que 60 e menor do que 80% De 80 a 89% De 90 a 99% 100%

(*) outros: referem­se aos representantes da opinião pública que responderam ao

questionário – representantes de sindicatos, de clubes de serviços, vereadores,

secretários municipais e comunidade em geral.

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106

Na análise por escolaridade, o maior percentual de aprovação para as

questões relacionadas ao meio ambiente ficou por conta dos entrevistados com

escolaridade em nível superior, 88%, seguidos pelos entrevistados em nível de pós­

graduação, 85%, e por último ficaram os entrevistados com escolaridade em nível de

ensino médio com 83%.

Na análise por faixa etária observou­se que o grupo de entrevistados com

faixa etária de 31 a 40 anos apresentou o maior percentual de aprovação, 90%,

seguido pelo de entrevistados com faixa etária de 21 a 30 anos com 88%; na

seqüência ficaram os entrevistados da faixa etária maior de 40 anos, 87%, e por

último os entrevistados com idade abaixo de 21 anos, 85%.

Na análise por renda familiar a faixa com o maior percentual de aprovação

ficou com os entrevistados com renda de até 4 salários mínimos com 89% dos

pontos, ficando os demais grupos com percentuais de aprovação entre 85 e 86%.

Vale ressaltar a grande importância dada pelos entrevistados às questões

ambientais, já que na análise dos percentuais médios de aprovação nenhum grupo

de entrevistados ficou com percentual abaixo de 80%.

Gráfico 6: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas ao meio ambiente

Questões relacionadas ao meio­ambiente

87%

93%

81%

91%

86%

78%

91%

86%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

Questões

Percentuais

Questão 13 Questão 14 Questão 15 Questão 16 Questão 17 Questão 18 Questão 19 Questão 20

Média Geral das 42 questões

78% ­ Média Geral das 42 questões

Questões Relacionadas ao Meio Ambiente

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107

Destacou­se na análise das respostas às questões deste grupo o fato de que

nenhuma das questões relacionadas obteve resultado inferior a 78%, que é a média

geral das 42 questões. As questões mais bem avaliadas, conforme demonstrado no

gráfico 6, foram as questões de números 14, “Educação ambiental, proteção e

preservação do meio ambiente”, com 93% dos pontos, a de número 16, “Poluição do

ar, da água, do solo, etc. – despoluir e evitar poluir”, com 91% dos pontos e a de

número 19, “Reciclagem de lixo e reutilização de materiais”, também com 91% dos

pontos.

Muito bem avaliadas, também, com percentuais de 87%, 81%, 86% e 86%,

respectivamente, foram as questões de números 13, “Ecologia”, 15, “Conservação

de construções, móveis e equipamentos”, 17, “Preservação e conservação de

matas, córregos, rios e lagos” e 20, “Redução no consumo de água e energia”.

Neste grupo, somente a questão de número 17, “Preservação e conservação

de matas, córregos, rios e lagos”, não obteve índice acima de 80%, mesmo assim o

seu percentual foi de 78%, igual à média geral das 42 questões, o que demonstra a

grande importância dada pelos stakeholders do UNIARAXÁ para as questões

relacionadas ao meio ambiente.

4.4.3 Questões Relacionadas aos Benefícios e Contribuições à

Sociedade

O questionário apresentou 14 questões relacionadas aos projetos sociais,

enumeradas de 21 a 34 e assim formuladas:

21.Apoio humano e tecnológico a escolas públicas e entidades beneficentes

22.Arte, cultura e esporte

23.Assistência à saúde e combate à fome

24.Capacitação e encaminhamento profissional de pessoas de baixa renda

25.Combate ao desemprego e analfabetismo

26.Combate a marginalidade, uso de drogas e violência

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108

27.Conscientização quanto aos direitos humanos

28.Crianças e adolescentes

29.Empregabilidade de alunos e ex­alunos

30. Inclusão social (raça, sexo, deficiência física ou mental e outros)

31.Patrocínio a projetos e construções de cunho social

32.Pesquisas visando a detectar carências no município

33.Serviços públicos (pavimentação, segurança, defesa civil e outros)

34.Terceira idade

Na análise por identificação, conforme tabela 4, observou­se novamente que

os gestores e funcionários administrativos, professores e alunos ficaram entre os

grupos com o maior percentual de aprovação.

Na análise por sexo, novamente os entrevistados do sexo feminino

apresentaram percentuais maiores, 78%, do que os entrevistados do sexo

masculino, 71%.

Por escolaridade, a exemplo do grupo relativo ao meio ambiente, os

entrevistados com escolaridade em nível superior apresentaram o maior percentual

de aprovação, 77%; entretanto, o menor índice de aprovação ficou com os

entrevistados em nível de pós­graduação, com 72%.

Na distribuição por faixa etária aconteceu situação parecida com a do grupo

de meio ambiente, onde os entrevistados com faixa etária entre 21 e 40 anos

apresentaram os maiores percentuais médios de aprovação, enquanto os

entrevistados com faixa etária abaixo de 21 anos e acima de 40 anos apresentaram

percentuais médios menores.

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109

Tabela 4: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas aos benefícios e contribuições à sociedade, comparados ao total de pontos possíveis.

Questões 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 Méd

Geral 81% 87% 78% 81% 82% 80% 87% 77% 75% 84% 71% 74% 35% 66% 76%

Distribuição por identificação em relação ao UNIARAXÁ Alunos 81% 87% 81% 83% 84% 81% 87% 77% 74% 83% 73% 76% 37% 64% 76%

Prospects 80% 89% 73% 76% 76% 76% 85% 75% 75% 86% 59% 57% 40% 62% 72%

Fornecedor/PS 81% 96% 81% 73% 85% 85% 85% 92% 73% 85% 77% 81% 15% 62% 76%

Gestor/Func. 83% 87% 78% 79% 82% 79% 89% 81% 76% 86% 74% 81% 37% 83% 78%

Professores 78% 86% 74% 71% 86% 77% 91% 72% 80% 88% 71% 89% 16% 81% 76%

Outros 90% 73% 53% 77% 60% 70% 70% 50% 70% 63% 63% 77% 7% 47% 62%

Distribuição por sexo Feminino 83% 89% 82% 84% 85% 84% 89% 79% 78% 88% 71% 75% 40% 70% 78%

Masculino 78% 84% 73% 75% 78% 74% 82% 73% 70% 79% 70% 73% 29% 60% 71%

Distribuição por escolaridade Ensino Médio 79% 90% 76% 79% 79% 79% 88% 77% 74% 85% 64% 61% 42% 66% 74%

Ensino Superior 81% 87% 80% 82% 84% 81% 86% 78% 75% 84% 74% 76% 38% 65% 77%

Pós­graduação 82% 81% 72% 72% 76% 76% 86% 68% 76% 83% 65% 85% 11% 72% 72%

Distribuição por faixa etária Até 20 anos 79% 88% 79% 80% 81% 79% 84% 76% 73% 86% 65% 65% 43% 62% 74%

De 21 a 30 anos 81% 87% 80% 83% 83% 80% 87% 78% 79% 85% 77% 78% 37% 65% 77%

De 31 a 40 anos 81% 91% 78% 84% 84% 79% 90% 80% 66% 80% 71% 81% 24% 72% 76%

Mais de 40 anos 86% 80% 70% 72% 80% 83% 90% 72% 76% 77% 67% 82% 16% 73% 73%

Distribuição por renda familiar em salários mínimos vigentes (R$260,00) Até 4 SMV 81% 87% 83% 87% 85% 83% 88% 80% 80% 85% 74% 77% 51% 70% 80%

De 4 a 8 SMV 83% 91% 79% 82% 82% 79% 85% 77% 67% 85% 72% 73% 27% 63% 75%

De 8 a 12 SMV 80% 85% 73% 73% 81% 78% 85% 78% 73% 86% 68% 68% 31% 66% 73%

Ac. De 12 SMV 78% 84% 71% 71% 77% 75% 85% 69% 77% 79% 65% 75% 17% 59% 70%

Legenda: Menor do que 50% De 50 a 60% Maior do que 60 e menor do que 80% De 80 a 89% De 90 a 99% 100%

(*) outros: referem­se aos representantes da opinião pública que responderam ao

questionário – representantes de sindicatos, de clubes de serviços, vereadores,

secretários municipais e comunidade em geral.

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110

Na análise dos grupos por renda familiar ficou novamente evidente a

tendência dos menos favorecidos de valorizarem mais as questões de

responsabilidade social.

Gráfico 7: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas aos benefícios e contribuições à sociedade

Neste grupo não houve nenhuma questão com percentual acima de 90%,

constituindo­se o grupo com os menores percentuais de aprovação na visão dos

entrevistados que responderam ao questionário; entretanto, as questões de números

21, 22, 24, 25, 26, 27 e 30 obtiveram, respectivamente, os percentuais 81%, 87%,

81%, 82%, 80%, 87% e 84%, demonstrando grande valorização por parte dos

stakeholders, conforme demonstrado na tabela 4 e no gráfico 7.

Já a questão de número 33, “Serviços públicos (pavimentação, segurança,

defesa civil e outros)”, com apenas 35% dos pontos, foi a que obteve o menor

percentual de todo o questionário, deixando evidenciado que, na opinião dos

entrevistados, os serviços públicos devem ser de responsabilidade dos órgãos

públicos específicos.

As questões de números 23, Assistência à saúde e combate à fome; 28,

Crianças e adolescentes; 29, Empregabilidade de alunos e ex­alunos; 31, Patrocínio

a projetos e construções de cunho social; e, 32, Pesquisas visando a detectar

Questões relacionadas aos projetos sociais

81% 87%

78% 81% 82% 80% 87%

77% 75% 84%

71% 74%

35%

66%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Questões

Percentuais

Questão 21 Questão 22 Questão 23 Questão 24 Questão 25 Questão 26 Questão 27 Questão 28 Questão 29 Questão 30 Questão 31 Questão 32 Questão 33 Questão 34

Média Geral das 42 questões

78% ­ Média

Geral das 42

questões

Questões Relacionadas aos Projetos Sociais

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111

carências no município; também obtiveram percentuais de aprovação bastante

significativos já que atingiram acima de 70% dos pontos possíveis.

4.4.4 Questões Relacionadas à Publicação de Informações e Balanços

Sobre Responsabilidade Social

O questionário apresentou 8 questões relacionadas a publicação de

informações e balanços sobre responsabilidade social, enumeradas de 35 a 42,

assim formuladas:

35. Informações quantitativas padronizadas para permitir comparação

36. Informações qualitativas

37.Divulgação das ações sociais para todo o público interno e externo

38.Linguagem clara, simples, acessível, evitando expressões técnicas

39.Pesquisas de opinião junto ao público para informar melhor

40.Publicar as críticas recebidas explicando ações corretivas

41.Transparência, clareza, legitimidade e credibilidade

42.Relevância, consistência e coerência

Na análise dos percentuais médios das questões deste grupo verificou­se que

os professores representaram os entrevistados que mais contribuíram para a

pontuação do grupo, conforme tabela 5.

Na análise por sexo confirmou­se o sexo feminino como o que mais contribuiu

para a pontuação.

Na análise por escolaridade observou­se a tendência de quanto maior a

escolaridade maior a conscientização e conseqüentemente a aprovação das ações.

Na análise por faixa etária observou­se que quanto mais idade maior é a

defesa das questões relacionadas neste grupo.

Na análise por renda familiar, para as questões relacionadas neste grupo, não

houve oscilação significativa nas médias dos percentuais.

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112

Tabela 5: Demonstrativo dos percentuais de pontos obtidos pelas questões relacionadas à divulgação das ações de responsabilidade social, comparados ao total de pontos possíveis e com a média geral de todas as questões.

Questões 35 36 37 38 39 40 41 42 Média Grupo

Média Geral

Geral 67% 81% 80% 86% 83% 80% 94% 89% 83% 78%

Distribuição por identificação em relação ao UNIARAXÁ Alunos 68% 80% 80% 86% 84% 83% 94% 90% 83% 79%

Prospects 52% 78% 70% 81% 80% 72% 92% 82% 76% 73% Fornecedor/PS 81% 81% 85% 92% 88% 77% 85% 85% 84% 78% Gestor/Funcionário 79% 88% 92% 89% 79% 69% 99% 93% 86% 82% Professores 73% 90% 93% 89% 87% 81% 99% 95% 88% 82% Outros 57% 83% 90% 80% 73% 77% 100% 97% 82% 69%

Distribuição por sexo Sexo Feminino 68% 85% 83% 88% 87% 82% 96% 91% 85% 81% Sexo Masculino 65% 75% 77% 83% 78% 76% 92% 87% 79% 75%

Distribuição por escolaridade Ensino Médio 57% 79% 75% 83% 81% 71% 93% 85% 78% 75% Ensino Superior 69% 80% 81% 86% 83% 83% 95% 89% 83% 79% Pós­graduação 74% 91% 88% 88% 83% 76% 96% 94% 86% 78%

Distribuição por faixa etária Até 20 anos 60% 79% 78% 84% 83% 76% 93% 85% 80% 76% De 21 a 30 anos 70% 80% 80% 87% 83% 84% 94% 90% 84% 80% De 31 a 40 anos 69% 84% 83% 85% 81% 76% 96% 93% 83% 79% Mais de 40 anos 76% 89% 90% 88% 83% 79% 97% 95% 87% 78%

Distribuição por renda familiar em salários mínimos vigentes (R$260,00) Até 4 SMV 69% 80% 80% 88% 84% 82% 94% 90% 83% 81% De 4 a 8 SMV 66% 81% 81% 83% 82% 81% 95% 87% 82% 77% De 8 a 12 SMV 63% 80% 81% 83% 84% 76% 92% 87% 80% 77% Acima de 12 SMV 68% 85% 81% 88% 80% 75% 96% 92% 83% 85%

Legenda: Menor do que 50% De 50 a 60% Maior do que 60 e menor do que 80% De 80 a 89% De 90 a 99% 100%

(*) outros: referem­se aos representantes da opinião pública que responderam ao

questionário – representantes de sindicatos, de clubes de serviços, vereadores,

secretários municipais e comunidade em geral.

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113

Das 8 questões apresentadas somente a de número 35, “Informações

quantitativas padronizadas para permitir comparação”, não obteve percentual de

pontuação acima de 80% dos pontos possíveis, ficando com 67%, conforme

demonstrado na tabela 5 e no gráfico 8.

Gráfico 8: Comparativo do percentual de aprovação das questões relacionadas à divulgação das ações de responsabilidade social.

Destaque para a questão de número 41, “Transparência, clareza, legitimidade

e credibilidade”, com 94% dos pontos.

Conclui­se que, as questões levantadas referentes à publicação de

informações e balanços sociais foram muito bem avaliadas, comprovando a

importância dada pelos entrevistados aos relatórios; entretanto, o resultado da

questão de número 41 leva à reflexão sobre a importância que é dada atualmente à

transparência, clareza, legitimidade, credibilidade, enfim, ao apelo atual pelas

questões éticas.

Questões relacionadas à divulgação das ações de responsabilidade social

67%

81% 80% 86% 83% 80%

94% 89%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Questões

Percentuais

Questão 35 Questão 36 Questão 37 Questão 38 Questão 39 Questão 40 Questão 41 Questão 42

Média Geral das 42 questões

78% ­ Média Geral das 42 questões

Questões Relacionadas à Divulgação das Ações de Responsabilidade Social

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114

4.4.5 Análise da Média Geral das Questões

Na análise das médias globais das 42 questões, por grupos, conforme tabela

5, observa­se que os gestores e funcionários administrativos e os professores e

alunos apresentaram os maiores percentuais médios de aprovação.

A análise por sexo, confirmou os entrevistados do sexo feminino com

percentual de aprovação maior que os do sexo masculino, como ocorreu em todas

as análises por grupos. Como é comum ouvir sobre a sensibilidade das pessoas do

sexo feminino, pode estar aí a explicação, já que as questões de responsabilidade

social têm muito a ver com o lado solidário, contributivo e emocional das pessoas.

Na distribuição por escolaridade confirmou­se a maior pontuação para os

entrevistados com escolaridade em nível superior, concluindo­se que o nível de

escolaridade também influencia o nível de conscientização.

Na análise por faixa etária verifica­se a possível tendência de menor

valorização por parte dos entrevistados com idade inferior a 21 anos, quando

comparados com os demais grupos de faixas etárias.

E, por fim, na análise por renda familiar, observou­se que o grupo de

entrevistados com renda acima de 12 salários mínimos constitui o grupo com o

maior percentual de aprovação, seguido pelo grupo com renda familiar de até 4

salários mínimos. Este resultado induz a alguns questionamentos: (1) Pessoas bem

sucedidas, com maior nível de conhecimento tendem a valorizar mais a

responsabilidade social em virtude da maior conscientização? (2) Pessoas menos

favorecidas tendem a valorizar mais as ações de responsabilidade social, tendo em

vista a expectativa de satisfação das próprias necessidades? Tais questionamentos

podem originar novas pesquisas na área.

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115

5. O BALANÇO SOCIAL NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

SUPERIOR

5.1 Análise dos Balanços Sociais das Instituições de Ensino Superior

Ao analisar os Balanços Sociais citados no capítulo 3 deste trabalho, observa­

se grande diversidade de critérios utilizados na elaboração dos documentos,

havendo variação de instituição para instituição. Cada balanço analisado tem

estruturas e seqüências próprias. Algumas instituições publicam apenas o modelo

proposto pelo IBASE; outras publicam relatórios, tabelas, depoimentos e fotografias;

outras publicam relatórios e complementam com o modelo proposto pelo IBASE,

para evidenciar os indicadores, e outras apresentam os seus indicadores de outras

formas. Em alguns casos observa­se que, sob o título de Balanço Social, está

havendo divulgação de atividades que não têm nenhuma característica de

responsabilidade social.

Apresenta­se na seqüência deste capítulo uma análise do modelo do Balanço

Social proposto pelo IBASE para instituições de ensino. A seguir, análises dos 12

Balanços Sociais citados no capítulo 3. No primeiro momento das análises procurou­

se detectar, com fundamentação na teoria referenciada no capítulo 3 e nos

resultados da pesquisa junto aos stakeholders, apresentada no capítulo 4, quais

destes Balanços são mais coerentes com os objetivos deste trabalho. Na seqüência,

foram selecionados os balanços classificados como “mais coerentes” e foram feitas

análises mais detalhadas buscando­se informações para compor a metodologia para

elaboração do Balanço Social, apresentada na seqüência deste capítulo. Tal

metodologia foi aplicada no modelo de Balanço Social para instituições de ensino

superior exemplificado no capítulo 6.

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116

5.1.1 O Modelo de Balanço Social Proposto Pelo IBASE

O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE

(www.ibase.org.br) foi criado em 1981 pelo sociólogo Herbert de Souza – Betinho, e

tem como um dos seus objetivos: “Cobrar ética, responsabilidade social e cidadã de

todas as organizações da sociedade”.

Uma das ações trabalhadas pelo IBASE na busca dos seus objetivos foi a

criação e disponibilização, no seu site, de modelos de Balanços Sociais. Dentre eles

há um modelo para instituições de ensino, fundações e organizações sociais.

Das doze instituições de ensino que publicaram seus Balanços Sociais, e que

estão em análise, sete utilizaram o modelo proposto pelo IBASE para divulgar seus

indicadores.

Descreve­se a seguir uma análise da estrutura do modelo de Balanço Social

proposto pelo IBASE para instituições de ensino, que é dividido em 10 itens, com

informações quantitativas, financeiras e percentuais, comparando­se ano presente

com ano anterior.

1. Identificação: além do nome e natureza jurídica, informa se a entidade é

beneficente, se tem finalidade não lucrativa, se é de utilidade pública,

dentre outras

2. Origem dos recursos: inclui a origem dos recursos separados por

categoria

3. Aplicação dos recursos: destaca em primeira mão os valores aplicados

em: “Projetos, programas e ações sociais (excluindo pessoal)” e “Pessoal

(salários + benefícios + encargos)”; na seqüência, vêm as demais

aplicações

4. Indicadores sociais internos: ações e benefícios para os (as)

funcionários (as): alimentação, educação, capacitação, saúde, bolsas, etc.

5. Projetos, ações e contribuições para a sociedade: destaca os valores

financeiros e o número de pessoas beneficiadas em cada projeto

6. Outros indicadores: Número total de alunos e número de alunos bolsistas

por tipo de bolsa, com respectivos valores financeiros

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117

7. Indicadores sobre o corpo funcional: dentre eles, total de empregados,

admissões no período, % de empregados com mais de 45 anos, salário

médio de homens e mulheres, negros, brancos, etc.

8. Qualificação do corpo funcional: docentes e funcionários por nível de

escolaridade

9. Informações relevantes quanto à ética, transparência e

responsabilidade social: relação entre a maior e a menor remuneração,

processo de admissão de empregados, valorização da diversidade entre

quadro funcional e entre alunos, critérios éticos, processos eleitorais, etc.

10.Outras informações: Outras informações que a instituição julgar

relevantes

Observa­se que o modelo proposto pelo IBASE não contempla as quatro

vertentes do Balanço Social. As informações aparecem prioritariamente na forma de

indicadores, com ênfase para as relacionadas aos recursos humanos. Ações

relacionadas ao meio ambiente não são destacadas, podendo ser agrupadas no

item 5, juntamente com projetos, ações e contribuições para a sociedade. A

demonstração do valor adicionado não é contemplada.

5.1.2 Definição dos Critérios Para a Análise Preliminar

Na análise preliminar, com o objetivo principal de selecionar os balanços que

serão analisados com mais detalhe, foi feito um breve relato da estrutura de cada

um dos doze balanços sociais em questão, procurando observar os mais completos,

a forma de divulgação, o procedimento de elaboração dos indicadores, se as quatro

vertentes foram contempladas e se as informações divulgadas são coerentes com

os objetivos deste trabalho.

5.1.3 Análise Preliminar dos Balanços Sociais

De forma geral, os Balanços Sociais analisados apresentam as seguintes

características:

Ø O Balanço Social do Centro Universitário do Planalto de Araxá –

UNIARAXÁ (Carvalho, 2004) foi elaborado pela primeira vez em 2004 com

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118

dados do exercício de 2003, fruto de um trabalho de conclusão de curso

de uma aluna do Curso de Graduação em Ciências Contábeis da própria

instituição. O documento apresentou os dados quantitativos com base na

proposta do IBASE para Instituições de Ensino, e no modelo de

Demonstração de Valor Adicionado proposto por Elza Stauber na sua tese

de doutorado em 2001. Contou também com diversas informações

relacionadas às ações de responsabilidade social desenvolvidas,

separadas conforme as vertentes do Balanço Social, ilustradas com

fotografias e enriquecidas com análises, números, explicitações de

objetivos e resultados alcançados.

Ø A Fundação Universitária do Sul de Santa Catarina – UNISUL [2004?]

publicou o seu Balanço Social na Internet, baseado no modelo proposto

pelo IBASE para instituições de ensino, visando à demonstração dos

indicadores. Complementou as informações com detalhamento analítico

das ações e programas, ilustrando com fotos e enriquecendo as

informações com números e valores financeiros.

Ø A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC­RJ [2002 ou

2003?] disponibilizou na Internet o Balanço Social com dados do ano de

2001, na forma de um relatório, divulgando “Projetos de Ações Sociais,

Espirituais e Culturais”, onde destacou alguns projetos na área Cultural, de

conscientização ecológica e meio ambiente, área da saúde, bolsas,

atendimento à comunidade carente e recursos humanos. Houve

divulgação de alguns números, porém, sem os valores financeiros. Não

divulgou indicadores nem contemplou as quatro vertentes.

Ø A Universidade Comunitária Regional de Chapecó (2005) publicou o seu

Balanço Social 2004, impresso, através de modelo criado pela própria

instituição, onde apresentou os dados relativos às ações de

responsabilidade social desenvolvidas, ilustradas com fotografias e

enriquecidas com comentários e dados, e finalizou o documento com

quadros de indicadores sociais.

Ø A Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE [2005?] divulgou o seu

Balanço Social 2004, e a Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC

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119

[2004?] o seu Balanço Social 2003, apenas no modelo proposto pelo

IBASE.

Ø A Universidade de Cuiabá – UNIC [2004?] elaborou o seu Balanço Social

de 2003 mostrando na apresentação os números totais de atendimentos,

procedimentos e valores dos serviços prestados, assim como o número de

formandos, número e valores de bolsas, dentre outras informações. No

corpo do documento apresentou, em cada item, a quantidade de

beneficiados, os dados financeiros e comentários sobre as ações.

Ø A Universidade de Uberaba – UNIUBE (2005) foi a única das instituições

analisadas que divulgou o Balanço Social 2004/2003 juntamente com as

demais demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração das

Receitas e Despesas, Demonstração das Mutações do Patrimônio Social,

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. Destacou no

documento os indicadores sociais internos e os indicadores sociais

externos ­ assistência social, com os respectivos dados financeiros.

Ø A Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS (2005) divulgou o

seu Balanço Social, impresso, em modelo próprio, separando as ações de

responsabilidade social, ilustrando com fotos e enriquecendo com

comentários, números e valores financeiros. Usou o modelo IBASE para

divulgar os indicadores.

Ø A Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT [2003 ou 2004?,

divulgou através do seu site diversos arquivos com o título “Balanço Social

– gestão 2000­2003”. Tais arquivos, na verdade, divulgam o relatório de

atividades da gestão “novembro de 2000 a dezembro de 2003”, onde são

disponibilizadas diversas informações não caracterizadas como de

responsabilidade social, dentro do foco deste trabalho.

Ø A Universidade Mackenzie [2004?] divulgou através do seu site na Internet

o seu Balanço Social 2003, através de diversos arquivos onde foram

relatadas as atividades, números e valores relativos às diversas ações de

responsabilidade social.

Ø A Universidade Medodista de São Paulo [2004?] divulgou o seu Balanço

Social 2003 no site da instituição, onde procurou relatar as ações de

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120

responsabilidade social em grupos. No final apresentou um Balanço

Financeiro com base no modelo proposto pelo IBASE para instituições de

ensino.

Observa­se que das doze instituições analisadas apenas sete divulgaram os

indicadores sociais. Destas, seis adotaram o modelo proposto pelo IBASE na

íntegra, e uma fez uma adaptação. Duas delas, UNIVILLE e UNISC, utilizaram

apenas tal modelo sem complementar as informações; quatro, UNIARAXÁ, UNISUL,

UNISINOS e METODISTA, além do modelo IBASE, descreveram as atividades

informando objetivos, público atingido, etc. A UNOCHAPECÓ foi a instituição que

adaptou o modelo IBASE, conservando vários indicadores e alterando outros. Desta

análise ressalta­se que o modelo sugerido pelo IBASE está tendo uma boa

aceitação para o objetivo de se evidenciarem os indicadores sociais, pelas

instituições de ensino superior.

Para uma análise mais detalhada, de maior consistência e objetividade, foram

selecionados quatro dos doze balanços sociais apresentados, por serem mais

completos e por utilizarem modelos mais coerentes com os objetivos deste trabalho,

sendo: Balanço Social 2003 do Centro Universitário do Planalto de Araxá –

UNIARAXÁ; Balanço Social 2004 da Universidade Comunitária Regional de

Chapecó – UNOCHAPECÓ; Balanço Social 2003 da Fundação Universidade do Sul

de Santa Catarina – UNISUL e Balanço Social 2004 da Universidade do Vale do Rio

dos Sinos – UNISINOS.

5.1.4 Critérios Para Análise dos Balanços Sociais

Apresentam­se a seguir os critérios que foram utilizados para análise dos

Balanços Sociais selecionados no item anterior.

5.1.4.1 Critérios Para Análise da Estrutura do Balanço Social

Com base na fundamentação teórica deste trabalho, explicitada no capítulo 2,

e nos resultados da pesquisa junto aos stakeholders, capítulo 4, foi considerado,

para análise da estrutura dos balanços sociais, o atendimento aos seguintes

critérios:

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121

Ø Informações qualitativas e quantitativas

Ø Linguagem, clareza, relevância e coerência

Ø Meios utilizados para publicação e abertura a críticas

Ø Separação das informações nas quatro vertentes

5.1.4.2 Critérios Para Análise do Balanço de Recursos Humanos

Segundo Tinoco (2001, p. 44), para vários pesquisadores, num sentido bem

amplo de medida, a empresa é o seu pessoal. E complementa, afirmando que

“elaborar o Balanço Social representa para esses estudiosos estabelecer e explicitar

as relações existentes entre o pessoal e a entidade para a qual trabalham”.

Com fundamentação na bibliografia consultada, principalmente no capítulo 3

do Livro: “Balanço Social: Uma Abordagem da Transparência e da Responsabilidade

Pública das Organizações”, do Prof. Tinoco, e nos resultados da pesquisa

apresentada no capítulo 4 deste trabalho, os critérios de análise dos Balanços de

Recursos Humanos serão focados na publicação de:

a. Políticas de admissão e demissão, capacitação e oportunidades de

crescimento

b. Qualidade de vida: saúde, satisfação, higiene e segurança

c. Perfil dos funcionários, inclusive contratação de deficientes físicos, negros

e índios

d. Remuneração e outras informações relevantes

Observa­se que, normalmente, em maior ou menor intensidade, todas as

instituições possuem as informações em análise. A relevância para este trabalho

está no fato de estarem sendo divulgadas ou não e, se divulgadas, de que forma.

5.1.4.3 Critérios Para Análise da Demonstração do Valor Adicionado

Na análise da Demonstração do Valor Adicionado será verificado o modelo

adotado pela instituição de ensino e os itens publicados sob o título de distribuição

do valor adicionado.

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122

5.1.4.4 Critérios Para Análise do Balanço Ambiental

O Balanço Ambiental deve expressar a postura da entidade em relação aos

recursos naturais. Tal postura, numa entidade socialmente responsável, vai além

das exigências legais, objetivando o bem­estar social presente e futuro. Com

fundamentação na bibliografia consultada e na pesquisa junto aos stakeholders, o

critério de análise do Balanço Ambiental irá focar as seguintes questões:

a. Publicação de ações que caracterizem proteção, preservação e

recuperação de recursos ambientais

b. Quantificação de gastos e público atingido

c. Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados

A relevância desta análise para a divulgação das ações, quando elas

existirem e na forma pela qual estiverem sendo divulgadas, valoriza principalmente

as explicitações de quantidades, objetivos e resultados alcançados.

5.1.4.5 Critérios Para Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à

Sociedade

Na análise dos Balanços dos Benefícios e Contribuições à Sociedade serão

observadas, com fundamentação na bibliografia consultada e na pesquisa junto aos

stakeholders, as seguintes questões:

a. Publicação de ações que caracterizem benefícios à comunidade

b. Quantificação de gastos e público atingido

c. Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados

A relevância desta análise, a exemplo do Balanço Ambiental, está na

divulgação das ações quando elas existirem e na forma pela qual estiverem sendo

divulgadas, principalmente na explicitação de quantidades, objetivos e resultados

alcançados.

5.1.5 Análise dos Balanços Sociais

Visando a contribuir para o atendimento do objetivo de “sugerir um modelo de

Balanço Social para instituições de ensino superior”, apresenta­se a seguir uma

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123

análise dos quatro Balanços Sociais selecionados conforme critérios definidos no

item anterior.

5.1.6 Centro Universitário do Planalto de Araxá ­ UNIARAXÁ

Elaborado pela primeira vez em 2004, com dados do exercício de 2003, o

Balanço Social do UNIARAXÁ foi fruto de um trabalho de conclusão de curso de

uma aluna da graduação em Ciências Contábeis da própria instituição.

5.1.6.1 Análise da Estrutura do Balanço Social do UNIARAXÁ

Na primeira página encontra­se uma apresentação do documento feita pela

reitora da instituição. Na seqüência, um breve histórico da instituição informando o

perfil do empreendimento, a infra­estrutura física e de apoio, a direção, a missão e

os valores institucionais.

No corpo do documento as vertentes do Balanço Social – Balanço de

Recursos Humanos, Demonstração do Valor Adicionado, Balanço Ambiental e

Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade – trazem informações

qualitativas e quantitativas com ilustrações, fotos, objetivos de cada projeto, público

atingido e resultados alcançados. Adiante foi apresentado o Balanço Social proposto

pelo IBASE para instituições de ensino, trazendo os indicadores: origens e

aplicações dos recursos; os indicadores sociais internos; os projetos, ações e

contribuições para a sociedade; os indicadores do corpo discente, inclusive bolsas;

os indicadores sobre o corpo funcional; a qualificação do corpo funcional; e

informações relevantes quanto à ética, transparência e responsabilidade social. No

final do documento encontram­se algumas notas explicativas e as considerações

finais.

Análise da Linguagem, Clareza, Relevância e Coerência

Observa­se no Balanço Social 2003 do UNIARAXÁ uma grande preocupação

com a linguagem simples, correta e clara, procurando­se enriquecer a transmissão

das informações através de fotos e letras de fácil leitura. As informações são

coerentes e relevantes, tanto na demonstração da responsabilidade social da

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124

instituição e na contextualização do leitor, quanto no fornecimento de números,

valores e percentuais.

Meios utilizados para publicação e abertura a críticas

O Balanço Social 2003 do UNIARAXÁ, elaborado pela primeira vez, não foi

divulgado para o público externo, exceto pela disponibilização de um exemplar na

biblioteca da instituição.

Há no documento formas de se estabelecer contato com a instituição, com

nomes das pessoas responsáveis pela sua elaboração, mas não há explicitação

para apresentação de críticas e sugestões.

Separação das informações nas quatro vertentes

O documento foi elaborado separando­se as ações de responsabilidade social

nas quatro vertentes: Balanço de Recursos Humanos; Balanço Ambiental;

Demonstração do Valor Adicionado; e Balanço dos Benefícios e Contribuições à

Sociedade em Geral.

5.1.6.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos do UNIARAXÁ

No Balanço de Recursos Humanos foi explicitado o perfil dos colaboradores

através de tabelas informativas de quantidades, faixa etária, tempo de serviço,

qualificação, estado civil, remunerações totais a homens e mulheres, qualidade de

vida, saúde, educação continuada, bolsas, transportes e comemorações. Tais

informações foram complementadas por indicadores, publicados no modelo IBASE.

Políticas de Admissão e Demissão, Capacitação e Oportunidades de

Crescimento

A política de capacitação e oportunidades de crescimento está implícita na

divulgação dos investimentos em treinamentos, bolsas de estudos, participações em

seminários, palestras, cursos e congressos; mostrando, inclusive quantificação e

valores financeiros incorridos no ano.

As informações sobre a política de admissão e demissão não aparecem no

Balanço de Recursos Humanos. São mencionadas apenas no quadro “Informações

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125

relevantes quanto à ética, transparência e responsabilidade social” do modelo

IBASE, de forma sintética, apresentadas no final do documento.

Qualidade de vida: saúde, satisfação, higiene e segurança

Estão explicitadas as ações com foco na qualidade de vida dos colaboradores

nos itens: “saúde”, “educação” e “comemorações”. Tais ações foram demonstradas

através de relatos, quadros numéricos e análises de resultados alcançados.

Além do Balanço de Recursos Humanos, os indicadores (modelo IBASE)

trazem, também, informações sobre os investimentos em saúde, segurança e

medicina do trabalho.

Perfil dos funcionários, inclusive contratação de deficientes físicos, negros e

índios

Várias tabelas foram elaboradas para evidenciar o perfil dos funcionários:

Ø Número de colaboradores existentes no início e final do exercício social

Ø Faixa etária dos colaboradores

Ø Corpo docente – tempo de serviço e qualificação

Ø Pessoal técnico­administrativo – tempo de serviço, qualificação e estado

civil

Ø Remuneração/Tratamento referente às mulheres colaboradoras da

instituição

As informações quanto à contratação de deficientes físicos foi explicitada

apenas no quadro “Informações relevantes quanto à ética, transparência e

responsabilidade social” dos indicadores (modelo IBASE).

Remuneração e outras informações relevantes

As informações sobre remunerações foram mostradas apenas no quadro

comparativo da remuneração total paga às mulheres em relação à remuneração

total paga aos colaboradores.

Nos indicadores (modelo IBASE) encontram­se outras informações relativas à

remuneração e outros benefícios na forma de números e percentuais.

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126

5.1.6.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado

A demonstração do valor adicionado apresentada no Balanço Social 2003 do

UNIARAXÁ seguiu o modelo proposto por Stauber (2001) na sua tese de doutorado.

A distribuição do valor adicionado ficou composta por: Remuneração do

Trabalho, Remuneração do Governo, Capital de Terceiros e Capital Próprio.

5.1.6.4 Análise do Balanço Ambiental do UNIARAXÁ

O Balanço Ambiental do UNIARAXÁ foi elaborado explicitando os projetos

desenvolvidos, com os respectivos objetivos, descrição, público­alvo, data de

realização e resultados.

Publicação de ações que caracterizem proteção, preservação e recuperação de

recursos naturais

Foram publicadas ações desenvolvidas, durante o exercício do ano em

questão, relacionadas à conservação e preservação de recursos naturais, como, por

exemplo, a promoção da “III Semana do Meio Ambiente”.

Quantificação de gastos e público atingido

O público atingido foi explicitado no Balanço Ambiental juntamente com as

demais informações de cada projeto. Os dados financeiros foram informados nos

indicadores (modelo IBASE) apresentados no final do Balanço Social.

Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados

Todos os programas tiveram explicitados os objetivos e os resultados

alcançados, juntamente com o público alvo, público atingido e data de realização.

5.1.6.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade

Foram publicadas informações sobre os projetos desenvolvidos com os

respectivos objetivos, públicos, datas e resultados alcançados.

Publicação de ações que caracterizem benefícios e contribuições à sociedade

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127

Foram publicadas diversas ações que caracterizam benefícios à comunidade

local e regional, separadas por instituto e setor de realização, seguidas de

comentários e análises de resultados.

Quantificação de gastos e público atingido

O público atingido foi explicitado em todos os programas apresentados, assim

como os gastos, que foram consolidados e apresentados pelo seu total.

Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados

Em todos os programas apresentados foram explicitados os objetivos, público

alvo, público atingido, data/período de realização e resultados alcançados.

5.1.7 Universidade Comunitária Regional de Chapecó – UNOCHAPECÓ

A Universidade Comunitária Regional de Chapecó – UNOCHAPECÓ

apresentou o seu Balanço Social de 2004 encadernado, para distribuição aos

principais interessados.

5.1.7.1 Análise da Estrutura do Balanço Social da UNOCHAPECÓ

No início do documento há uma apresentação feita pelo Presidente da

Mantenedora, Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste – FUNDESTE,

seguida por informações sobre a mantenedora, incluindo a composição da

assembléia geral e dos conselhos diretor e curador, presidência e outros executivos.

Na seqüência, informações sobre a UNOCHAPECÓ e sobre o Instituto Regional

para o Desenvolvimento Sustentável ­ também mantido pela FUNDESTE.

No corpo do documento as ações de responsabilidade social não estão

classificadas de acordo com as quatro vertentes do Balanço Social. Seguem uma

classificação própria assim definida: Gestão de Pessoas; Graduação, Pós­

Graduação e Pesquisa; Extensão; Demais Atividades e Resumo; Bolsas de Estudo e

Assistência Social. A última página traz os nomes dos principais dirigentes da

mantenedora, das mantidas e das pessoas da equipe responsável pelo Balanço

Social.

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Os projetos demonstrados trazem informações qualitativas e quantitativas

relativas ao número de atendimentos. Já os dados financeiros estão restritos aos

indicadores sociais apresentados no final do documento. Nos indicadores estão

explicitados: Apresentação da Entidade; Indicadores Monetários; Recursos

Humanos e Outros Indicadores; Demonstração do Valor Adicionado; Meio Ambiente;

Ética, Transparência e Responsabilidade Social, e Desenvolvimento de Projetos

Futuros de Impacto Social e Ambiental.

Análise da Linguagem, Clareza, Relevância e Coerência

Observa­se no Balanço Social 2004 da UNOCHAPECÓ grande preocupação

com a linguagem simples, resumida, correta e clara e a busca por enriquecer a

transmissão das informações com fotografias, arte gráfica e letras legíveis. As

informações apresentadas são coerentes e relevantes, tanto na demonstração da

responsabilidade social da instituição e na contextualização do leitor, quanto no

fornecimento de números, valores e percentuais.

Meios utilizados para publicação e abertura a críticas

Há no documento endereços da instituição, nomes das pessoas responsáveis

pela elaboração do trabalho, mas não há explicitação para apresentação de críticas

e sugestões.

Separação das informações nas quatro vertentes

Não foi seguido o critério de agrupamento e ordenamento das ações de

responsabilidade social nas quatro vertentes, conforme defendem teorias sobre o

Balanço Social consultadas para este trabalho, porém, observa­se que tais vertentes

foram contempladas sob outros títulos.

5.1.7.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos da UNOCHAPECÓ

A UNOCHAPECÓ (2005) apresentou um item, em duas páginas, sob o título

de “Gestão de Pessoas”, com algumas informações relativas aos recursos humanos.

Políticas de admissão e demissão, capacitação e oportunidades de

crescimento

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Foram encontrados relatos sobre os investimentos em qualificação

profissional. Referente à política de admissão, no quadro 7 dos indicadores do

Balanço Social da UNOCHAPECÓ (2005): “Ética, transparência e responsabilidade

social”, encontra­se a informação “os empregados da instituição são admitidos

mediante processo seletivo que obedece a critérios definidos em regulamento

próprio”.

Qualidade de vida: saúde, satisfação, higiene e segurança

Informações resumidas sobre saúde são encontradas no item “Gestão de

pessoas”. Já no item “indicadores sociais” são encontrados valores e percentuais

sobre os investimentos em saúde, higiene e segurança.

Perfil dos funcionários, inclusive contratação de deficientes físicos, negros e

índios

Não há informações sobre o perfil dos funcionários no item “Gestão de

Pessoas”. Nos quadros dos indicadores sociais encontram­se informações sobre

quantidades de colaboradores no início e fim do período, e também sobre raça,

sexo, escolaridade, dentre outras.

Remuneração e outras informações relevantes

Há informações sobre “Confraternização Olímpica dos Funcionários” e sobre

a “Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho” – SIPAT 2004.

No item “Indicadores Sociais” há informações sobre os valores totais anuais

de remuneração.

5.1.7.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado

A Demonstração do Valor adicionado é apresentada no grupo dos

indicadores. A distribuição do valor adicionado foi detalhada como segue:

Ø Remuneração do Trabalho das Atividades: Pessoal e Encargos, e

Benefícios aos Empregados

Ø Financiadores: Encargos Financeiros e Aluguéis

Ø Governo: Tributos

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Ø Despesas das Atividades Filantrópicas: Assistência Social

Ø Doações, Contribuições e Subvenções: Diretórios e Centros Acadêmicos

Ø Convênios: Instituições de Caráter Científico/Tecnológico

Ø Bolsas de Estudo/ Desenvolvimento Científico: Bolsas de Iniciação

Científica e Bolsas para Corpo Administrativo, Docentes e Discentes, e

Auxílio Capacitação/Aperfeiçoamento

Ø Retenções: Superávit ou Déficit das Atividades

Observa­se que foram destacadas as informações sobre despesas com

atividades filantrópicas – doações, contribuições, subvenções, convênios e bolsas –

específicas da UNOCHAPECÓ, e que estas foram evidenciadas na distribuição do

valor adicionado.

5.1.7.4 Análise do Balanço Ambiental da UNOCHAPECÓ

A UNOCHAPECÓ não elaborou o Balanço Ambiental; várias atividades desta

natureza foram relatadas sob outros títulos.

Publicação de ações que caracterizem proteção, preservação e recuperação de

recursos naturais

Sob os títulos Extensão, Demais Atividades, Inserção Regional e Indicadores,

foram publicadas várias atividades caracterizadas como de proteção, preservação

ou recuperação do meio ambiente.

Quantificação de gastos e público atingido

Nos relatos das atividades no corpo do Balanço Social são encontradas

informações sobre o público atingido. Nos indicadores encontram­se valores

financeiros e percentuais relacionados a atividades de cunho social relativas ao meio

ambiente.

Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados

Os objetivos foram explicitados nos relatos dos programas no corpo do

Balanço Social. As informações sobre os resultados alcançados não foram

divulgadas de forma clara na maioria dos programas.

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5.1.7.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade

Não foi elaborado o balanço específico dos benefícios e contribuições à

sociedade. Tais ações estão discriminadas sob diversos outros títulos no Balanço

Social da UNOCHAPECÓ.

Publicação de ações que caracterizem benefícios e contribuições à sociedade

Nos grupos denominados “Extensão”, “Demais Atividades” e “Inserção

Regional”, estão explicitados programas de apoio à comunidade.

Quantificação de gastos e público atingido

Nos relatos das atividades no corpo do Balanço Social são encontradas

informações sobre o público atingido. Nos indicadores encontram­se valores

financeiros e percentuais relacionados às atividades de cunho social relativas aos

programas de benefícios e contribuições à sociedade.

Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados

Os objetivos dos programas foram explicitados no corpo do Balanço Social.

Informações sobre resultados alcançados não foram claramente explicitadas na

maioria dos programas.

5.1.8 Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL

A Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL publicou o seu

Balanço Social 2003 na Internet através site www.unisul.br.

5.1.8.1 Análise da Estrutura do Balanço Social da UNISUL

O Balanço Social da UNISUL apresenta inicialmente um histórico, e na

seqüência as informações separadas por grupos que, na Internet, estão em arquivos

acessados através de links.

A UNISUL apresentou também o Balanço Social no modelo proposto pelo

IBASE para instituições de ensino, com o objetivo de explicitar os indicadores.

Foram publicadas várias informações de ordem qualitativa com descrições,

ilustrações, fotografias e depoimento de pessoas beneficiadas. As informações

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quantitativas relativas ao público atingido pelo programa são evidenciadas ao longo

do documento. Quanto aos dados financeiros aparecem, basicamente, nos quadros

dos indicadores, montados a partir do modelo IBASE para instituições de ensino.

Análise da Linguagem, Clareza, Relevância e Coerência

Houve preocupação com a linguagem, que está apresentada de forma

simples, correta e clara, e as informações, enriquecidas com fotografias, são

coerentes e relevantes, mostrando aos interessados a responsabilidade social da

instituição.

Meios utilizados para publicação e abertura a críticas

O Balanço Social está disponibilizado na Internet no site www.unisul.br, com

facilidade de acesso na página principal, através de mecanismo de busca.

Não foram encontrados nomes e endereços disponibilizados na condição de

abertura para recebimento de sugestões e críticas.

Separação das informações nas quatro vertentes

Não houve a separação das ações de responsabilidade social nas quatro

vertentes do Balanço Social, conforme defendido nas teorias consultadas.

5.1.8.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos da UNISUL

As informações sobre os recursos humanos estão limitadas aos dados

preenchidos no modelo sugerido pelo IBASE.

5.1.8.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado

A UNISUL não publicou informações sobre o valor adicionado.

5.1.8.4 Análise do Balanço Ambiental da UNISUL

Atividades com características pertinentes foram relatadas nos grupos de

atividades denominados “Ação na Comunidade”, “Pensando no Futuro” e

“Desenvolvimento Sustentável”.

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133

Quantificação de gastos e público atingido

Em cada programa ficou explicitado o público atingido. Os dados financeiros

foram informados apenas de forma geral nos quadros do modelo IBASE.

Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados

Na descrição de cada programa foram explicitados os seus objetivos. Os

resultados alcançados não foram explicitados claramente, ficando limitados,

praticamente, a alguns depoimentos de pessoas envolvidas.

5.1.8.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade

A UNISUL publicou diversas ações caracterizadas como programas de apoio

à comunidade nos grupos denominados “Saúde Coletiva”, “Inclusão Social”, “Ação

na Comunidade” e “Desenvolvimento Sustentável”.

Quantificação de gastos e público atingido

Em cada programa ficou explicitado o público atingido. Os dados financeiros

foram informados de forma geral nos quadros do modelo IBASE.

Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados

Na descrição de cada programa foram explicitados os seus objetivos. Já os

resultados alcançados não foram explicitados claramente, ficando restritos

praticamente a alguns depoimentos de pessoas beneficiadas.

5.1.9 Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS

O Balanço Social da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS foi

impresso para distribuição aos principais interessados, e também disponibilizado na

Internet.

5.1.9.1 Análise da Estrutura do Balanço Social da UNISINOS

A UNISINOS traz na contracapa do documento os nomes dos principais

dirigentes da instituição. Na seqüência um índice, e depois a “Palavra do Reitor” e

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134

uma apresentação da instituição que inclui: missão, visão e credo. Em seguida

discorre sobre os colaboradores sob o título: “Excelência pessoal e profissional”, e

sobre os estudantes sob o título: “Oportunidade de formação cidadã”.

Posteriormente oferece informações sobre: Ação Social, Ambiente, Cultura e

Esporte, Reconhecimento e indicadores.

Os projetos são apresentados com informações qualitativas e quantitativas.

Ao final, o modelo sugerido pelo IBASE traz informações sobre os indicadores. A

demonstração do valor adicionado fecha o documento.

Análise da Linguagem, Clareza, Relevância e Coerência

Observa­se uma grande preocupação com a linguagem simples, correta e

clara, procurando­se enriquecer a transmissão das informações através de

fotografias, arte gráfica e letras legíveis. As informações são coerentes e relevantes,

tanto na demonstração da responsabilidade social da instituição e na

contextualização do leitor, quanto na apresentação de números, valores e

percentuais.

Meios utilizados para publicação e abertura a críticas

O Balanço Social da UNISINOS foi impresso para distribuição aos principais

interessados e está disponibilizado na Internet através do site www.unisinos.br, com

facilidade de acesso através de mecanismo de busca.

Separação das informações nas quatro vertentes

Não houve a separação das ações nas quatro vertentes do Balanço Social,

mas todas elas são contempladas sob outros títulos, conforme está apresentado nas

análises que seguem.

5.1.9.2 Análise do Balanço de Recursos Humanos da UNISINOS

A UNISINOS disponibilizou as informações sobre os Recursos Humanos sob

o título “colaboradores”.

Políticas de admissão e demissão, capacitação e oportunidades de

crescimento

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135

São encontradas informações referentes aos investimentos em capacitação

do pessoal. Não foram encontradas informações sobre a política de admissão e

demissão, exceto as que constam, de forma sintética, no quadro “Informações

relevantes quanto à ética, transparência e responsabilidade social” no modelo

IBASE, apresentado no final do documento.

Qualidade de vida: saúde, satisfação, higiene e segurança

São encontradas informações sobre qualidade de vida no item

“colaboradores”. No item “indicadores” (modelo IBASE) são encontradas

informações sobre os investimentos em saúde, segurança e medicina do trabalho.

Perfil dos funcionários, inclusive contratação de deficientes físicos, negros e

índios

Algumas informações sobre o perfil dos funcionários são encontradas no item

“colaboradores”. As demais, somente de forma sintética no item “indicadores”

(modelo IBASE).

Remuneração e outras informações relevantes

No item “colaboradores” constam algumas informações sobre benefícios aos

funcionários. Outras informações são encontradas no item indicadores (modelo

IBASE).

5.1.9.3 Análise da Demonstração do Valor Adicionado

A Unisinos publicou somente a distribuição do valor adicionado, que ficou

constituída da seguinte forma:

Ø Empregados: Salários e Encargos, Comissões Sobre Vendas, Honorários

da Diretoria, Participação dos Empregados nos Lucros, Planos de

Aposentadoria e Pensão

Ø Tributos: Federais, Estaduais, Municipais e Incentivos Fiscais (redutora)

Ø Financiadores: Juros e Aluguéis

Ø Juros Sobre o Capital Próprio e Dividendos

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136

Ø Superávit/Déficit

Ø Bolsas Educacionais

Observa­se a adaptação da Distribuição do Valor Adicionado com a inclusão

do item “bolsas educacionais”.

5.1.9.4 Análise do Balanço Ambiental da UNISINOS

O Balanço Ambiental da UNISINOS foi publicado com o título “Ambiente”.

Publicação de ações que caracterizem proteção, preservação e recuperação de

recursos naturais

Foram relacionadas diversas atividades relativas à proteção, preservação ou

recuperação do meio ambiente, inclusive a implantação do sistema de gestão

ambiental e a conquista da certificação ISO 14001.

Quantificação de gastos e público atingido

Os gastos informados no relato dos programas sob o título “Ambiente” ficaram

restritos ao valor total investido na implantação do sistema de gestão ambiental. No

item “Indicadores”, elaborado no modelo IBASE, foram publicados os dados

financeiros. O público atingido pelos programas não foi informado.

Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados

Os objetivos e resultados ficaram implícitos nos relatos das atividades.

5.1.9.5 Análise do Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade

O Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade foi apresentado sob

os títulos: Ação Social, Cultura e Esportes e Reconhecimentos.

Publicação de ações que caracterizem benefícios à comunidade

Diversas ações em benefício da comunidade foram publicadas.

Quantificação de gastos e público atingido

O público atingido foi explicitado no relato das ações; os gastos apareceram

apenas nos indicadores demonstrados no modelo IBASE.

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137

Explicitação dos objetivos dos programas e resultados alcançados

Os objetivos e resultados ficaram implícitos nos relatos das atividades.

5.1.10 Considerações Sobre os Balanços Sociais Analisados

Na análise preliminar dos balanços observou­se que alguns documentos

estão sendo elaborados pelas instituições de ensino superior com o título de

Balanço Social, mas que não correspondem ao conceito defendido nas teorias sobre

o tema. Muitos estão incompletos e alguns trazem informações que não são

relacionadas à responsabilidade social.

Observa­se que os quatro balanços sociais, analisados detalhadamente,

trazem informações qualitativas e quantitativas bem estruturadas, documentadas e

enriquecidas com fotografias. Todos trazem as informações sobre os indicadores

com base no modelo proposto pelo IBASE, com exceção do Balanço da

UNOCHAPECÓ que apresentou uma adaptação de tal modelo.

Nos balanços analisados foram divulgados endereços, telefones, sites e e­

mails, porém em nenhum deles foram encontrados convites, chamadas ou

divulgação de contatos específicos para recebimento de críticas e sugestões.

Somente o balanço do UNIARAXÁ foi elaborado explicitando as quatro

vertentes estudadas na bibliografia consultada.

5.2 Metodologia Para Elaboração do Balanço Social

Uma entidade socialmente responsável deve estar comprometida com a

qualidade de vida de todos os que direta ou indiretamente se relacionam com ela. A

busca pelo bem­estar social presente e futuro deve ser exercitada diária e

permanentemente. As relações dirigentes x empregados e dirigentes x comunidade

devem ser consensuais e não conflituosas e o Balanço Social é um instrumento que

aproxima as partes, facilita o consenso nas negociações e promove parcerias. Daí a

necessidade de procurar elaborar o Balanço Social buscando atingir da melhor

forma seus objetivos e as expectativas dos stakeholders.

Na elaboração do Balanço Social os objetivos e os resultados devem ser

claramente evidenciados. Tabelas com quantidades, valores financeiros e

percentuais não bastam. O foco deve estar na transformação para melhor, afinal,

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muitas vezes com poucos investimentos se atinge resultados extremamente

significativos e, em outros casos, pode­se gastar muito e não atingir aos objetivos de

forma adequada. Tinoco (2001, p.14), ao prefaciar seu livro afirma que:

“À fotografia da situação patrimonial da empresa tirada pela contabilidade tradicional devem ser adicionadas imagens dinâmicas, que ajudem os usuários da informação a compreender conteúdo, extensão, significado e perspectivas apontadas pelas demonstrações contábeis.”

No trabalho intitulado “Um balanço dos balanços sociais”, Oliveira (2004, p. 46

­ 48) levanta vários problemas encontrados em análise de 105 balanços sociais

publicados em 2002 e 2003, por empresas pertencentes ao grupo das 500 maiores

não­financeiras do país, segundo o ranking da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tais

problemas vão desde descrições muito resumidas de projetos até o uso de

informações pouco confiáveis, irrelevantes, inconsistentes, incoerentes e sem

padronização, além de erros elementares da língua portuguesa. Na página 46,

Oliveira faz um comentário que vem ao encontro das conclusões da pesquisa

analisada no capítulo anterior, relacionada à credibilidade dos relatórios:

[...] escaldados pelos recentes escândalos corporativos nos EUA e na Europa, os stakeholders procuram checar cada vez mais as informações apresentadas nos balanços da empresas, incluindo as sociais. Organizações como a Corporate Watch já se dedicam a localizar e denunciar empresas que publicam informações pouco confiáveis sobre conduta moral e ações socioambientais.

Reforça­se, mais uma vez, que a legitimidade das informações deve ser

cuidadosamente observada. Se uma organização tiver seu Balanço Social

interpretado como uma ferramenta de maquiagem sócio­ambiental (tentativa de

fraude por informações incompletas ou incoerentes, contabilização de gasto ou

demonstração de ação que na verdade não se refiram à entidade), o efeito será

contrário ao desejado – ao invés de melhorar piora a imagem da organização

perante seus stakeholders.

Entende­se como maquiagem sócio­ambiental a divulgação de valores e

ações aproveitando, por exemplo, programas de incentivos do governo, que são

pagos pela população através dos impostos e não pela organização que o divulga

como uma ação social. Outro exemplo pode ser a simples descrição de projetos sem

análise de resultados, não explicitação de quantias desembolsadas e não

detalhamento da época de implantação e/ou implementação. O Balanço Social não

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pode ser elaborado como material de propaganda ou simples folheto informativo de

atividades.

Deve tratar­se, na verdade, da apresentação dos dados de forma justa, não

enviesada, conforme se observa nas abordagens relacionadas à ética nos livros de

teoria da contabilidade. Iudícibus (2004, p. 26), quando fala sobre a abordagem ética

da contabilidade, afirma: “Segundo esta abordagem, a Contabilidade deveria

apresentar­se como justa e não enviesada para todos os interessados. Deveria

repousar nas noções de verdade e fairness”.

Com sustentação nas teorias consultadas, referenciadas nos capítulos 1, 2 e

3, nos resultados da pesquisa apresentados no capítulo 4 e nas análises dos

balanços sociais apresentadas na primeira parte deste capítulo, incluindo o modelo

proposto pelo IBASE, enumeram­se a seguir as orientações a serem seguidas na

elaboração de balanços sociais das instituições de ensino e, na seqüência, uma

proposta de estrutura para o Balanço Social.

5.2.1 Orientações a Serem Seguidas na Elaboração do Balanço Social

Para melhor visualização e entendimento as orientações foram divididas em

quatro grupos: (1) o que deve ser observado na fase preparatória à elaboração do

Balanço Social; (2) o que deve ser observado durante a elaboração do Balanço

Social; (3) o que deve ser observado na finalização da elaboração do Balanço Social

e (4) o que deve ser observado após a elaboração do Balanço Social.

O que deve ser observado na fase preparatória

1. Análise crítica dos documentos – Fazer análise crítica dos Balanços

Sociais de exercícios anteriores, de Balanços Sociais de outras entidades

e dos documentos que servirão como fontes de informações para o

balanço que será elaborado, buscando corrigir falhas eventualmente

existentes e o aprimoramento para se elaborar e divulgar tal documento.

Buscar orientações nas teorias existentes para que o documento não fuja

às suas finalidades e obtenha maior valorização diante do público.

2. Pesquisas de opinião junto ao público para informar melhor ­

Pesquisar para buscar atender melhor aos interessados. Sempre que

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140

possível, solicitar avaliação e parecer dos stakeholders quanto às ações

que estão sendo realizadas, tanto quanto à forma pela qual elas estejam

sendo publicadas.

3. Condição de abertura a mudanças – Com base na análise crítica dos

documentos e nas pesquisas junto aos stakeholders, considerar a

possibilidade de mudar a forma de elaboração e divulgação do Balanço

Social. Também, com base em tais análises, fornecer informações aos

gestores, sugerindo o redirecionamento dos programas para o exercício

seguinte, buscando desenvolver as ações mais importantes para a

localidade e/ou região, ou as de características globais que,

provavelmente, estarão em conformidade com as opiniões e preferências

dos stakeholders. Trata­se da utilização das pesquisas e análises dos

documentos, não só para melhorar os instrumentos de divulgação, mas

também para implantar e implementar programas, servindo como

instrumento de melhoria contínua para o desenvolvimento da sociedade.

O que deve ser observado durante a elaboração do Balanço Social

4. Linguagem clara, simples e acessível ­ A compreensão da informação é

fator relevante para que se possam atingir os objetivos. Evitar expressões

técnicas e priorizar linguagem correta e auto­explicativa. Preocupar­se

com a contextualização de cada programa para facilitar o entendimento.

Evitar expressões que não são de conhecimento amplo, como gírias,

modismos e siglas regionalistas.

5. Informações quantitativas padronizadas por programa, de forma

comparativa com o exercício anterior ­ As elaborações das informações

devem ser contínuas e uniformes para possibilitar comparação entre

instituições e períodos distintos. As informações financeiras devem ser

consolidadas e discriminadas por programa, de forma comparativa com o

exercício anterior. O público alvo deve ser explicitado e o público atingido

evidenciado quantitativamente, também de forma comparativa entre os

exercícios.

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6. Informações qualitativas e resultados alcançados por programa – Os

objetivos de cada programa devem ser evidenciados. Os resultados

alcançados devem ser apresentados de forma analítica. As fontes devem

ser citadas para que possam se checadas. A data de realização e a

evolução dos projetos no tempo devem ser demonstradas.

7. Definição e divulgação das metas para o exercício seguinte – Tão

importante quanto informar o histórico e os dados dos programas relativos

aos exercícios presente e anteriores, é informar as pretensões da entidade

para com aquele programa no exercício seguinte. Principalmente, em

termos de quantidade de pessoas a serem atingidas e valores financeiros

a serem alocados.

8. Transparência, clareza, legitimidade e credibilidade – É a maior

aspiração dos stakeholders com relação à publicação das ações de

responsabilidade social. A informação deve ser real e sem interferência de

juízos pessoais, evitando situações que possam ser caracterizadas como

maquiagem sócio­ambiental. Deve expressar claramente as opiniões e

posições da instituição. A transparência aumenta o grau de confiança e

deve ser priorizada em todo momento. É preferível número menor de

informações que informações que possam parecer mascaradas.

9. Relevância, consistência e coerência ­ Mostrar o que é importante,

interessante, com coerência e com expressão da realidade para que haja

validade e sejam motivadas a busca e a análise do documento. Manter o

foco nos objetivos do Balanço Social. Não usá­lo como meio para divulgar

realizações e outras informações não pertinentes ao documento.

10.Cuidados com a elaboração e com erros de linguagem ­ Os erros de

linguagem, assim como dados incorretos e documento mal elaborado,

podem prejudicar um belíssimo trabalho e expor a entidade e os

dirigentes.

11.Publicação das críticas recebidas explicitando ações corretivas ­

Publicar as críticas recebidas demonstra transparência e cativa o público.

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As ações corretivas demonstram a atenção às críticas, a pré­disposição

para a correção e a busca pela melhoria contínua.

12.Elaborar e divulgar indicadores – Dar tratamento adequado aos

indicadores em termos de evidenciação. Divulgar, tanto os indicadores de

ordem econômica – relações entre receita bruta, salários, carga tributária e

valor adicionado, e outros – e os de ordem social – evolução do emprego,

promoções de trabalhadores, relação entre os maiores e os menores

salários, evolução do pessoal por sexo e instrução, classificação do

pessoal por faixa etária e por tempo de serviço na entidade, benefícios

sociais concedidos, política de proteção ao meio ambiente, dentre outros.

O que deve ser observado na finalização da elaboração do Balanço Social

13.Ilustrações, fotografias e arte final ­ A parte visual deve chamar a

atenção. As fotografias podem ser instrumentos ilustrativos e, ao mesmo

tempo, documentar as ações realizadas. O Balanço Social deve ter uma

boa arte gráfica e usar artifícios que suscitem a curiosidade e o interesse

na sua leitura e análise.

14.Informar nomes dos responsáveis pelo documento e disponibilizar

meios para recebimento de críticas e sugestões. A valorização das

críticas e sugestões, além de ser instrumento para promover melhorias,

aumenta a credibilidade pelo documento e pode melhorar a imagem

pública da entidade.

O que deve ser observado após a elaboração do Balanço Social

15.Certificação externa das informações ­ Buscar formas de certificar as

informações através de empresas de auditorias e aval dos stakeholders

mais importantes para o Balanço Social.

16.Divulgação do Balanço Social para todo o público interno e externo

O Balanço Social deve ser divulgado para todo o público interessado.

Deve ser disponibilizado no site da entidade, com facilidade de acesso via

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143

link na página principal ou mecanismo de busca. Um resumo deve ser

publicado nos jornais de grande circulação com a informação da

disponibilidade do documento, na íntegra, no site da entidade. Pode ser

encadernado e distribuído aos principais interessados. A divulgação, além

de promover a instituição como socialmente responsável, instiga outras a

seguirem o mesmo caminho.

Ao elaborar qualquer documento deve­se ter em mente seu objetivo e a quem

ele se destina. As informações qualitativas e quantitativas, os indicadores,

ilustrações, contextualização e divulgação de objetivos dos programas, assim como

os resultados e público atingido, as preocupações com a transparência, clareza,

acessibilidade e abertura a mudanças, devem ter como foco os stakeholders.

Um balanço mal elaborado, com informações incorretas ou com erros graves,

não merecerá credibilidade e irá expor os dirigentes da instituição, podendo

evidenciar falta de capacidade. Belas ilustrações e fotografias são importantes, mas

não ofuscam os estragos que relatórios mal feitos podem causar à imagem das

organizações.

Divulgar os valores investidos é importante, mas não mais do que os

resultados alcançados. Muitas organizações podem, com investimentos pequenos,

obter grandes resultados. Diversos projetos podem ser desenvolvidos nas

instituições de ensino, com o apoio de alunos e professores, executando ações de

responsabilidade social sem despesas adicionais significativas, através das

atividades de ensino, pesquisa e extensão.

5.2.2 Estrutura do Balanço Social

O Balanço Social deve ser estruturado buscando­se atingir os seus objetivos

da melhor forma. Deve apresentar contextualização para facilitar o seu entendimento

de forma ampla, incluir relato das atividades conforme orientações previstas no item

anterior (5.2.1), e terminar com considerações finais da entidade.

O documento deve evidenciar as quatro vertentes: Recursos Humanos, Valor

Adicionado, Meio­ambiente e Benefícios e Contribuições à Sociedade. Separar as

informações nas quatro vertentes defendidas pelas teorias ajuda na compreensão

dos objetivos gerais relacionados a cada uma delas, na sistematização das

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informações, na melhoria da comunicação; enfim, na elaboração de um documento

que possa atingir plenamente os seus objetivos.

Para melhor atendimento às suas finalidades o Balanço Social deve ser

composto por:

a. Contextualização inicial a respeito do documento e da entidade

b. Balanço de recursos humanos

c. Demonstração do valor adicionado

d. Balanço ambiental

e. Balanço dos benefícios e contribuições à sociedade

f. Indicadores gerais

g. Considerações finais sobre o documento

5.2.2.1 A Contextualização a Respeito do Documento e da Entidade

A contextualização no início do documento tem o objetivo de posicionar

melhor o interessado sobre a entidade e sobre as informações que estão sendo

publicadas. Deve ser composta por:

Ø Apresentação do documento posicionando a entidade em relação à

responsabilidade social

Ø Informação da localização da entidade e relato de um breve histórico da

evolução do empreendimento

Ø Explicitação do perfil do empreendimento identificando a entidade, a sua

finalidade, número de empregados, forma jurídica, dentre outras

informações relevantes

Ø Informação sobre a composição do corpo executivo principal

Ø Evidenciação da missão e dos valores institucionais

Mesmo que os principais interessados já possuam muitas informações a

respeito da entidade em foco e dos objetivos do Balanço Social, sempre haverá

informações de interesse numa contextualização bem elaborada, que podem

agregar conhecimentos e contribuir para serem atingidos os objetivos propostos pelo

documento.

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5.2.2.2 Estrutura do Balanço de Recursos Humanos

A prática da responsabilidade social revela­se internamente na construção de

um ambiente de trabalho saudável e propício à realização profissional, onde as

pessoas são reconhecidas como recurso organizacional e estratégico.

O Balanço de Recursos Humanos deve evidenciar o crescimento pessoal,

humano, social e intelectual dos colaboradores, destacando:

a. Formas de ingresso e crescimento: políticas de admissão, demissão e

promoção; capacitação, treinamento e aperfeiçoamento; educação

continuada, oportunidades de qualificação e crescimento, bolsas de

estudos, campanhas educativas, dentre outras.

b. Os aspectos relacionados à remuneração e qualidade de vida:

salários, participação nos lucros e resultados, saúde e medicina no

trabalho, higiene, segurança, alimentação, satisfação no trabalho, creche,

transporte, dentre outros.

c. O perfil e a evolução quantitativa: a quantidade de funcionários no início

e término de cada exercício, números de empregados, admissões, faixa

etária, sexo, tempo de serviço, grau de instrução e estado civil; número de

estagiários, de portadores de necessidades especiais, dentre outros.

d. Os indicadores: Os indicadores relativos aos recursos humanos devem

ser explicitados para complementar as informações.

Deve mostrar as ações não obrigatórias adotadas e desenvolvidas na

entidade pelos e para os colaboradores, na busca do bem­estar particular e coletivo.

As informações devem ser explicitadas, preferencialmente, em quadros

comparativos com o ano anterior e com as respectivas metas para o exercício

seguinte.

No próximo capítulo, de número 6, há um exemplo de Balanço Social

elaborado conforme esta metodologia, com detalhamento das informações e

indicadores do Balanço de Recursos Humanos.

5.2.2.3 A Demonstração do Valor Adicionado

Santos (1999, 2003), ao abordar sobre a demonstração do valor adicionado,

apresenta o modelo da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e

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146

Financeiras da USP – Fipecafi, como o preferido por diversas empresas que estão

elaborando tal demonstração.

O ofício­circular CVM/SNC/SEP n.01/00 que se refere à demonstração do

valor adicionado explicita:

Considerando que as companhias abertas vêm, cada vez mais, aderindo à divulgação de informações dessa natureza, principalmente a DVA, e, dentro desse caráter voluntário de divulgação, objetivando tão somente orientar e incentivar aquelas empresas que ainda não aderiram, estamos apresentado um modelo simplificado de Demonstração do Valor Adicionado, elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da USP (Fipecafi), com instruções para o seu preenchimento. Devemos ressaltar que esse modelo, até mesmo por não se tratar de informação obrigatória, não deve inibir a apresentação de demonstração mais detalhada e melhor adaptada ao seguimento de negócio da empresa.

A seguir apresenta­se o modelo sugerido pela Fipecafi, adaptado para

instituições de ensino, com as respectivas instruções de seu preenchimento:

Tabela 6: Modelo de demonstração de valor adicionado (adaptado da Fipecafi).

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO EMPRESA: Em milhares de reais

DESCRIÇÃO Ano Atual Ano Anterior 1. RECEITAS 1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 1.2 Provisão para devedores duvidosos –

Reversão/(constituição) 1.3 Não operacionais

2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (incluem os valores dos impostos – ICMS e IPI) 2.1 Matérias­primas consumidas 2.2 Custos das mercadorias e serviços vendidos 2.3 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 2.4 Perda/recuperação de valores ativos

3. VALOR ADICIONADO BRUTO (1­2) 4. RETENÇÕES 4.1 Depreciação, amortização e exaustão

5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA EMPRESA (3­4)

6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRASFERÊNCIA 6.1 Resultado de equivalência patrimonial 6.2 Receitas financeiras

7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 8.1 Pessoal e encargos 8.2 Impostos, taxas e contribuições 8.3 Juros e aluguéis 8.4 Juros sobre capital próprio e dividendos 8.5 Bolsas, convênios e outras gratuidades 8.6 Lucros retidos/prejuízo do exercício

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Observa­se que, com vistas a adaptar o modelo Fipecafi para instituições de

ensino superior, na distribuição do valor adicionado é acrescentado o conteúdo do

item 8.5: “Bolsas, convênios e outras gratuidades”. Tal adaptação justifica­se por ser

uma questão de valor bastante significativo e que, de fato, refere­se a valor

adicionado. Vale ressaltar que tais valores, na grande maioria das vezes,

representam benefícios diretos para os alunos mais carentes da instituição.

Instruções para preenchimento da DVA proposta pela Fipecafi e adaptada

para instituições de ensino superior.

As informações são extraídas da contabilidade e, portanto, deverão ter como

base o princípio contábil do regime de competência de exercícios.

1 – RECEITAS (soma dos itens 1.1 a 1.3)

1.1 – Vendas de mercadorias, produtos e serviços

Inclui os valores do ICMS e IPI incidentes sobre essas receitas, ou seja,

corresponde à receita bruta ou faturamento bruto.

1.2 – Provisão para devedores duvidosos – Reversão/Constituição

Inclui os valores relativos à constituição / baixa de provisão para devedores

duvidosos.

1.3 – Não operacionais

Inclui valores considerados fora das atividades principais da empresa, tais

como: ganhos ou perdas na baixa de imobilizados, ganhos ou perdas na baixa de

investimentos, etc.

2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (soma dos itens 2.1 a 2.4)

2.1 – Matérias­primas consumidas (incluídas no custo do produto vendido).

2.2 – Custos das mercadorias e serviços vendidos (não inclui gastos com

pessoal próprio).

2.3 – Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (inclui valores

relativos às aquisições e pagamentos a terceiros).

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Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais,

serviços, energia, etc. consumidos, deverão ser considerados os impostos (ICMS e

IPI) incluídos no momento das compras, recuperáveis ou não.

2.4 – Perda/Recuperação de valores ativos

Inclui números relativos a valor de mercado de estoques e investimentos,

etc. (se no período o valor líquido for positivo deverá ser somado).

3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (diferença entre itens 1 e 2)

4 – RETENÇÕES

4.1 – Depreciação, amortização e exaustão

Deverá incluir a despesa contabilizada no período.

5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (item

3 menos item 4)

6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA (soma dos

itens 6.1 e 6.2)

6.1 – Resultado de equivalência patrimonial (inclui os valores recebidos

como dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo). O resultado de

equivalência poderá representar receita ou despesa; se despesa deverá ser

informado entre parênteses.

6.2 – Receitas financeiras (incluir todas as receitas financeiras

independentemente de sua origem).

7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (soma dos itens 5 e 6)

8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (soma dos itens 8.1 a 8.5)

8.1 – Pessoal e encargos

Nesse item deverão ser incluídos os encargos com férias, 13º salário, FGTS,

alimentação, transporte etc., apropriados ao custo do produto ou resultado do

período (não incluir encargos com o INSS – ver tratamento a ser destinado no item

seguinte).

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8.2 – Impostos, taxas e contribuições

Além das contribuições devidas ao INSS, imposto de renda, contribuição

social, todos os demais impostos, taxas e contribuições deverão ser incluídos neste

item. Os valores relativos ao ICMS e IPI deverão ser considerados valores devidos

ou já recolhidos aos cofres públicos, representando a diferença entre os impostos

incidentes sobre as vendas e os valores considerados dentro do item 2 – Insumos

adquiridos de terceiros.

8.3 – Juros e aluguéis

Devem ser consideradas as despesas financeiras e as de juros relativas a

quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras,

empresas do grupo ou outras e os aluguéis (incluindo­se as despesas com leasing)

pagos ou creditados a terceiros.

8.4 – Juros sobre o capital próprio e dividendos

Inclui os valores pagos ou creditados aos acionistas. Os juros sobre o capital

próprio contabilizados como reserva deverão constar do item lucros retidos.

8.5 ­ Bolsas, convênios e outras gratuidades

Devem ser considerados os valores totais das bolsas de estudo, de pesquisa

e de extensão, os descontos financeiros para alunos carentes, os descontos

advindos de convênios com entidades de classe, empresas, prefeituras e outras

deduções correlatas com as anuidades.

8.6 – Lucros retidos/prejuízo do exercício

Devem ser incluídos os lucros do período destinados às reservas de lucros e

eventuais parcelas ainda sem destinação específica.

5.2.2.4 Estruturas do Balanço Ambiental e do Balanço de Benefícios e

Contribuições à Sociedade

Em relação ao meio ambiente, uma entidade socialmente responsável deve ir

além das exigências legais, objetivando o bem­estar social presente e futuro. O

Balanço ambiental deve explicitar a postura da entidade em relação aos recursos

naturais: preservação, proteção e recuperação, através da evidenciação dos

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programas, pesquisas, ações e campanhas educativas e de conscientização,

relacionados a: qualidade do ar e da água; descrição de impacto ambiental; coleta

seletiva de lixo, economia de energia e água; ecologia; eliminação de efeitos

negativos do processo de produção, preservação dos recursos naturais

principalmente os não renováveis, dentre outros. Neste balanço são explicitados

também: o ativo ambiental – bens possuídos que visem à preservação, proteção e

recuperação do meio ambiente; o passivo ambiental – responsabilidade de natureza

ambiental, imposta ou voluntária.

Os benefícios e contribuições à sociedade caracterizam­se por ações não

obrigatórias em prol do bem­estar social. O balanço dos benefícios e contribuições à

comunidade deve explicitar os projetos, programas e ações relacionados a: cultura,

esporte, habitação, saúde pública, saneamento, assistência social, segurança

pública, inclusão social, educação, defesa civil, obras públicas, campanhas, bolsas

de estudo, filantropia, dentre outros. Deve­se ter o cuidado de relacionar os

benefícios fiscais, quando existentes, para evitar a caracterização de maquiagem

sócio­ambiental.

O Balanço Ambiental e o Balanço de Benefícios e Contribuições à Sociedade

podem seguir a mesma estruturação. Cada programa deverá ser detalhado

informando seus objetivos, público­alvo, público atingido, data/período de realização,

dados financeiros, quando houver, e resultados alcançados.

No final devem ser explicitados os indicadores pertinentes a cada balanço,

por programa/atividade, fazendo­se comparação com o exercício anterior,

informando:

Ø Os gastos incorridos

Ø O percentual em relação à receita

Ø O número de pessoas beneficiadas

Ø As metas para o exercício seguinte

No próximo capítulo, de número 6, encontra­se um modelo do Balanço Social

de uma instituição de ensino, onde estão exemplificados o Balanço Ambiental e o

Balanço de Benefícios e Contribuições à Sociedade, seguindo­se a metodologia ora

apresentada.

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5.2.2.5 Indicadores Gerais

Além dos indicadores que deverão ser apresentados no final dos Balanços de

Recursos Humanos, Ambiental e de Benefícios e Contribuições à Sociedade, alguns

indicadores gerais deverão ser apresentados no final do documento, a saber:

Origens dos recursos

Inclui além dos recursos originados com a prestação de serviços e/ou venda

de produtos, os recursos governamentais (subvenções), doações, contribuições,

patrocínios, cooperação internacional e outras receitas.

Aplicação dos recursos

Inclui as despesas e investimentos separados em:

Ø Total de valores aplicados em projetos, programas e ações sociais

(excluindo pessoal)

Ø Pessoal (salários + benefícios + encargos)

Ø Aplicações diversas (despesas operacionais, impostos e taxas, despesas

financeiras, investimentos, etc.)

Outros indicadores

Ø Quantidades de alunos(as)

Ø Alunos(as) com bolsas integrais

Ø Valor das bolsas integrais

Ø Alunos(as) com bolsas parciais

Ø Valor das bolsas parciais

Ø Alunos(as) com bolsas de iniciação científica e pesquisa

Ø Valor das bolsas de iniciação científica e pesquisa

Outras informações relevantes quanto à ética, transparência e

responsabilidade social

É importante que no Balanço Social existam outras informações relevantes

quanto à ética, transparência e responsabilidade social. Tais informações podem

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ser: relação entre maior e menor remuneração, política ou ação de valorização a

diversidade, consideração de critérios éticos e de responsabilidade social ambiental

na relação com os parceiros, participação de empregados nos planejamentos da

entidade, processos eleitorais, existência de Comissão/Conselho de Ética, dentre

outras.

5.2.2.6 Considerações Finais no Balanço Social

O Balanço Social deve ser fechado com as considerações finais a respeito do

documento e do posicionamento da entidade relacionado à responsabilidade social.

5.3 Considerações Sobre o Capítulo

A análise dos Balanços Sociais no item 5.1 demonstrou que as instituições de

ensino superior que publicam o Balanço Social não seguem o mesmo padrão de

documento. O único item que apresenta certa aceitação comum entre elas é o item

“indicadores”, já que as instituições que os publicaram, adotaram ou basearam­se no

modelo do IBASE. Por outro lado, observa­se que algumas instituições publicam

informações sob o título de Balanço Social, que não detêm características

necessárias para assim ser consideradas, se tomadas como base as teorias

existentes.

Quanto ao modelo proposto no item 5.2, observa­se estar sob a forma de

orientação, e os quadros demonstrativos, os exemplos e os itens a serem abordados

em cada parte do documento serão demonstrados no capítulo a seguir, como um

exemplo real de Balanço Social de uma instituição de ensino superior.

Vale ressaltar que a estrutura ora apresentada proposta para o Balanço Social

tem como fundamentação a literatura consultada e referenciada nos capítulos

anteriores. Ressalta­se também que, na evidenciação dos indicadores ao final dos

balanços de Recursos Humanos, Ambiental e de Benefícios e Contribuições à

Sociedade, e nos indicadores gerais, apresentados no final do Balanço Social, há

significativo aproveitamento do modelo proposto pelo IBASE. Tal modelo vem

sendo utilizado por quase a totalidade das instituições de ensino que publicam

indicadores no seu Balanço Social, conforme analisado no início deste capítulo. E,

no que diz respeito a indicadores, o modelo proposto pelo IBASE é coerente com as

teorias explicitadas nos capítulos anteriores.

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6. BALANÇO SOCIAL 2004 DO UNIARAXÁ

APRESENTAÇÃO

O UNIARAXÁ entende que uma das dimensões de sua atuação é o seu

relacionamento com a comunidade local e regional, justificativa de sua participação

ativa nos problemas sociais, com investimentos e iniciativas ligados à Educação e,

conseqüentemente, à melhoria da qualidade de vida das pessoas. Sua

responsabilidade primeira, entretanto, está presente no compromisso inegociável

com a qualidade dos que aqui se formam, no empenho em conduzir a pesquisa ao

patamar de ciência e tecnologia de modo a garantir condições crescentes de

soberania ao país no macro cenário, e na disposição de aproximar o conhecimento

aqui produzido das práticas e demandas sociais do contexto em que está situado.

E a sua responsabilidade tem sido exercida de forma ampla, pois se

concretiza também nas causas imediatas, detectadas por diagnósticos ou

interlocução de lideranças e ong’s que atuam na área. Essa atitude tem­lhe

apontado a direção para encontrar a melhor maneira de contribuir com as causas

que abraça.

Busca parcerias para o enfrentamento de questões sociais e acredita que o

sucesso é possível somente a partir de uma conjugação integrada de esforços.

Todos têm que estar alinhados para a superação dos inúmeros desafios.

Entende que uma atuação ética e direcionada para o foco das demandas

sociais promoverá, em médio prazo, ganhos substantivos para a própria imagem

institucional, resultado este naturalmente conseqüente para qualquer outra entidade

com procedimento semelhante.

Manter acesa essa esperança, sobretudo quando os tempos teimam em

permanecer sombrios, é a maior de suas responsabilidades.

A estas, de coração e alma, nos associamos.

Profª. Maria Auxiliadora Ribeiro ­ Reitora

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HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Centro Universitário do Planalto de Araxá – UNIARAXÁ – tem como

mantenedora a Fundação Cultural de Araxá – FCA ­ criada em 1.972, com a

finalidade de abrir e manter cursos superiores, em Araxá, cidade com 78.997

habitantes, segundo o censo do IBGE de 2000, situada na região do Alto Paranaíba,

estado de Minas Gerais, a 365 Km de Belo Horizonte e 540 de São Paulo.

Em 1973 foi autorizado o funcionamento dos três primeiros Cursos: Letras,

Pedagogia e Estudos Sociais (hoje História); em 1993, o Curso de Ciências

Contábeis; em 1996, o Curso de Direito e em 2000 o Curso de Ciências Biológicas.

A partir de 2002, com a transformação em Centro Universitário, passou a

oferecer, também, os cursos Normal Superior, Administração, Sistemas de

Informação, Turismo, Gestão de Agronegócios, Enfermagem, Fisioterapia e

Educação Física, além de diversos cursos de pós­graduação lato­sensu.

O Setor de Extensão tem levado o conhecimento produzido no UNIARAXÁ a

toda a comunidade do Planalto de Araxá, formada por 15 municípios, e mais

diretamente à comunidade­sede. Essa extensão se realiza, também, trazendo a

comunidade ao campus, oportunizando um diálogo permanente entre os três pilares

fundamentais de sua constituição: Ensino, Pesquisa e Extensão.

O Setor de Pesquisa, mesmo não sendo um imperativo legal para Centros

Universitários, foi implantado e vem crescendo aceleradamente. O UNIARAXÁ não

concebe, para se alcançar qualidade, a existência de Ensino sem Pesquisa.

Por ser mantido por uma Fundação, todos os recursos disponíveis são

reinvestidos na própria instituição, que pode e tem praticado uma política de

facilitação de acesso, para as mais diferentes classes sociais, a um ensino superior

de qualidade, com anuidades acessíveis, conjugado a um programa de promoção

social com a oferta de bolsas da própria Fundação e das empresas e entidades com

as quais mantém sólida parceria.

PERFIL DO EMPREENDIMENTO/2004

Nome: Centro Universitário do Planalto de Araxá – UNIARAXÁ.

Principal serviço: Ensino Superior.

Número de Empregados: 187

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Perfil Discente em 2004: O corpo discente é composto por 61,27% de estudantes

do sexo feminino e 38,73% do sexo masculino, tendo 60,62% idade entre 18 e 25

anos.

Caracterização: Instituição pública de direito privado, sem fins lucrativos.

O UNIARAXÁ possui 53 salas de aula com área média unitária de 58m², 2

auditórios, 3 salas de multimeios, 13 laboratórios, centro de convivência, pista de

atletismo, piscina semi­olímpica, além de espaços destinados a assistência judiciária

gratuita, empresa júnior e às atividades administrativas.

DIREÇÃO DA INSTITUIÇÃO EM DEZEMBRO DE 2004

ENTIDADE MANTENEDORA: Fundação Cultural de Araxá ­ FCA

Presidente: Romeu Zema Neto

Vice­Presidente: Goodson Barbosa de Moura

Conselho Diretor: José Augusto Montandon Neto, Lídia Maria de Oliveira Jordão

Rocha da Cunha, Marlene Borges Pereira, Pedro Eustáquio de Andrade, Wagner de

Freitas Oliveira

Conselho Fiscal: Agnelo Guimarães Borges, Paulo César Batista, Jacy Alves

Furtado

ENTIDADE MANTIDA: Centro Universitário do Planalto de Araxá ­ UNIARAXÁ

Reitora: Profª. Maria Auxiliadora Ribeiro

Vice­Reitor: Prof. Venâncio Ferreira

Pró­Reitor de Ensino, Pesquisa e Extensão: Prof. Ms. Erli dos Santos

Pró­Reitor de Planejamento, Administração e Finanças: Prof. Válter Gomes

Diretora do Instituto Superior de Educação: Prof ª. Maria Magdalena Castro Oliveira

Diretor do Inst. de Ciências Exatas e Humanas: Prof. Ms. Nilson Vieira de Carvalho

Diretora do Inst. de Ciências da Saúde: Profª. Dra. Adenilda Cristina Honório França

Coordenadora do Setor de Extensão: Profª Lazara do Rosário Carneiro

Coordenador do Setor de Pesquisa: Prof. Dr. Eduardo Luzia França

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Coordenadora da Pós­Graduação: Profª. Ms. Maria Lúcia Franco Idaló

MISSÃO INSTITUCIONAL

Oferecer ensino de graduação de qualidade para formar cidadãos e contribuir

com o desenvolvimento regional sustentável.

VALORES INSTITUCIONAIS

O Centro Universitário do Planalto de Araxá tem sua filosofia institucional

alicerçada nos seguintes valores:

Figura 1: Valores da filosofia institucional Fonte: PDI 2004/2008

6.1 Balanço de Recursos Humanos

O UNIARAXÁ, ciente da importância dos colaboradores no desenvolvimento

das atividades, preocupa­se com as condições de vida e crescimento destes.

6.1.1 Formas de Ingresso e Crescimento

O UNIARAXÁ admite os seus professores e funcionários administrativos

através de processos de seleção interna. Possui plano de carreira e qüinqüênio –

5% de aumento nos rendimentos a cada 5 anos de serviços prestados. Promove

Respeito aos Direitos

Humanos

Igualdade

Democracia

Liberdade

Educação Integral

Solidariedade

Proteção ao Meio

Ambiente

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sistematicamente a educação continuada interna através da capacitação,

treinamento e aperfeiçoamento dos seus colaboradores. Disponibiliza bolsas de

estudos para os colaboradores e seus dependentes e promove campanhas

educativas internas.

EDUCAÇÃO CONTINUADA

O UNIARAXÁ investe na educação continuada dos seus professores e

funcionários técnico­administrativos, através de capacitação, treinamentos e

participações em eventos, e apóia a capacitação dos dependentes dos

colaboradores fornecendo­lhes bolsas de estudos para a própria instituição.

Bolsa de capacitação

As bolsas de capacitação são regulamentadas pela Portaria 008/2003 e se

destinam a professores e funcionários técnico­administrativos do UNIARAXÁ e da

Fundação Cultural de Araxá. Favorecem a ascensão profissional deste público

através de bolsas de estudos em cursos de graduação e pós­graduação oferecidos

pela própria instituição. Para cursos de pós­graduação em outras instituições de

ensino os valores são fixados semestralmente.

Tabela 7: Bolsa de capacitação para colaboradores

Ano 2004 2003

Descrição Qde Valor Qde Valor Bolsas de graduação para funcionários 27 172.368,52 26 58.158,13 Bolsas de especialização para professores 01 4.200,00 01 4.200,00 Bolsas de mestrado para professores 16 147.700,00 14 85.000,00 Bolsas de doutorado para professores 02 19.900,00 ­ ­

Bolsa de estudos para dependentes

Bolsa para cursos de nível superior, na própria IES, destinada a dependentes

de 1º grau de dirigentes, professores e funcionários do UNIARAXÁ e da Fundação

Cultural de Araxá, regulamentada pela Portaria 007/2003.

Tabela 8: Bolsa de estudos para dependentes

Detalhe 2004 2003 Total de alunos dependentes de funcionários 16 8 Valor R$87.147,00 R$37.464,00

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Participação de colaboradores em congressos, seminários, cursos e palestras

O UNIARAXÁ investe na participação de professores e funcionários técnico­

administrativos em seminários, palestras, cursos e congressos, de acordo com a

demanda e as necessidades institucionais e dos colaboradores.

Tabela 9: Participação de colaboradores em seminários, palestras, cursos e congressos

2004 2003 %

R$18.628,27 R$25.240,06 (35,49%)

6.1.2 Remuneração e Qualidade de Vida

Os salários são pagos integralmente, e rigorosamente em dia. A instituição

possui programas de apoio a saúde, higiene, segurança, transporte, e promove

atividades visando à satisfação no trabalho.

Saúde

O UNIARAXÁ possui convênio com a UNIMED e sua Farmácia. Oferece

hidroterapia para seus colaboradores favorecendo o bem estar físico e mental,

melhoria das condições físicas e relaxamento muscular.

Aulas de Yoga

Atento aos aspectos de saúde, cidadania e auto­estima, o UNIARAXÁ oferece

aos colaboradores aulas de Yoga ­ uma atividade que visa à melhoria da qualidade

de vida através do equilíbrio físico, emocional e mental. A atividade constitui­se de

exercícios físicos (ásanas), respiratórios (pranayamas), meditação, relaxamento,

mantras e pequenos estudos sobre o auto­conhecimento, obtendo os seguintes

resultados qualitativos na avaliação realizada junto ao grupo, no ano de 2004 (97

alunos): gerou diminuição da ansiedade, nervosismo e irritabilidade; instalou

sensação de relaxamento e tranqüilidade e propiciou noção de centro ou eixo da

própria pessoa.

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Comemorações

Com o objetivo de integrar os funcionários, a

instituição os reúne para comemorar momentos

especiais, como: aniversários do mês, páscoa, dia

do professor, natal e outros.

Figura 2: Comemorações Fonte: Banco de Imagens do Uniaraxá

Transporte

Oferece vale­transporte para os funcionários técnico­administrativos que

dependem de transporte coletivo, e cobre despesas de viagens dos professores que

residem em outros municípios.

Tabela 10: Gastos com transportes de funcionários

2004 2003

140.259,16 125.727,25

6.1.3 Perfil e Evolução Quantitativa dos Colaboradores

Perfil dos Colaboradores

Observa­se significativo aumento do número de colaboradores nos anos de

2003 e 2004, conforme tabela a seguir:

Tabela 11: Número de colaboradores no início e final do exercício social

Descrição 2004 2003 Número de colaboradores no início do exercício 157 111 Número de colaboradores no fim do exercício 187 157 Aumento no número de colaboradores no exercício 30 46 Percentual de aumento no número de colaboradores no exercício 19,11% 41,44%

Fonte: Setor Pessoal da FCA.

Houve aumento de 12 colaboradores do sexo masculino no ano de 2004 e 18

do sexo feminino. A faixa etária com alteração mais significativa foi a de 25 a 29

anos, com aumento de 14 colaboradores, conforme tabela 12:

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Tabela 12: Quantidade de colaboradores por faixa etária e por sexo

Sexo Masculino Feminino

Faixa Etária 2004 2003 2004 2003 Até 24 anos 4 5 7 6 De 25 a 29 anos 18 12 15 7 De 30 a 34 anos 10 11 18 13 De 35 a 39 anos 22 15 24 22 De 40 a 44 anos 7 7 8 11 De 45 a 49 anos 8 7 12 6 De 50 a 54 anos 8 7 4 3 De 55 a 59 anos 7 8 4 8 De 60 a 64 anos 3 2 4 3 Acima de 65 anos 1 2 3 2 TOTAL 88 76 99 81

Fonte: Setor Pessoal da FCA.

Houve aumento de 10 professores efetivos prestando serviços para o

UNIARAXÁ, durante o ano de 2004 (tabela 13).

Tabela 13: Corpo docente por tempo de experiência no magistério superior

2004 2003 Tempo de Experiência Qtde % Qtde %

Menos de 2 anos 26 23% 25 25% Entre 2 e 5 anos 49 43% 40 23% Entre 5 e 10 anos 19 17% 26 26% Entre 10 e 15 anos 12 11% 11 11% Mais de 15 anos 7 6% 6 15% Total 113 100% 103 100% Fonte: Setor Pessoal da FCA.

Quanto ao pessoal técnico­administrativo, o aumento na quantidade total foi

de 20 colaboradores conforme tabela 14.

Tabela 14: Pessoal técnico­administrativo por tempo de serviço

2004 2003 Tempo Qtde % Qtde %

Menos de 1 ano 20 14% 21 40% Entre 1 e 5 anos 39 66% 18 35% Entre 6 e 10 anos 5 6% 02 4% Acima de 10 anos 10 14% 11 21% Total 74 100% 54 100% Fonte: Setor de Pessoal da FCA.

Na tabela 15 observa­se maior aumento no percentual de colaboradores

casados.

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161

Tabela 15: Pessoal técnico­administrativo por estado civil

2004 2003 Estado Civil Quantidade Percentual Quantidade Percentual Solteiro 21 28% 24 44% Casado 37 51% 22 41% Outros 16 21% 08 15% Total 74 100% 54 100% Fonte: Setor de Pessoal da FCA.

6.1.4 Indicadores Relacionados aos Recursos Humanos

Tabela 16: Indicadores sociais internos

2004 2003

Indicadores sociais internos (Ações e benefícios para os(as) funcionários(as))

Valor (reais)

% sobre receita

Valor (reais)

% sobre receita

metas 2005 (reais)

a. Educação 431.315,52 3,40% 184.822,13 1,95% 474.000,00 b. Capacitação e desenvolvimento profissional 18.628,27 0,15% 25.240,06 0,26% 20.000,00 c. Segurança e medicina no trabalho 9.007,00 0,07% 2.894,00 0,03% 10.000,00 d. Transporte 140.259,16 1,11% 125.727,25 1,33% 154.000,00 e. Bolsas/estágios 114.690,72 0,90% 24.205,62 0,26% 126.000,00 Total ­ Indicadores sociais internos 713.900,67 5,62% 362.889,06 3,82% 785.000,00

Tabela 17: Indicadores sobre o corpo funcional

Indicadores sobre o corpo funcional 2004 2003 metas 2005 Nº total de empregados(as) ao final do período 187 157 218 Aumento no número de empregados durante o período 30 46 31 Nº de prestadores(as) de serviço 11 11 11 % de empregados(as) acima de 45 anos 29,00% 31,00% 30,00% Nº de mulheres que trabalham na instituição 99 81 118 % de cargos de chefia ocupados por mulheres 57,00% 50,00% 57,00% Idade média das mulheres em cargos de chefia 46 39 46 Salário médio das mulheres 1.629,83 1.498,86 1.760,00 Idade média dos homens em cargos de chefia 50 42 50 Salário médio dos homens 2.376,56 1.357,77 2.500,00 Nº de negros(as) que trabalham na instituição 7 7 7 Salário médio dos(as) negros(as) 1.131,85 1.342,58 1.220,00 Nº de brancos(as) que trabalham na instituição 180 150 211 Salário médio dos(as) brancos(as) 2.014,26 2.187,02 2.100,00 Nº de estagiários(as) 30 17 45 Nº portadores(as) necessidades especiais 3 3 3 Salário médio portadores(as) necessidades especiais 420,00 401,90 453,00

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162

Tabela 18: Qualificação do corpo funcional

Qualificação do corpo funcional 2004 2003 Metas 2005 Nº total de docentes 113 103 127

Nº de doutores(as) 11 10 12 Nº de mestres(as) 42 29 50 Nº de especializados(as) 58 63 65 Nº de graduados(as) 2 1 0

Nº de funcionários(as) no corpo técnico e administrativo 74 54 91 Nº de pós­graduados (especialistas, mestres e doutores) 3 3 6 Nº de graduados(as) 19 17 24 Nº de graduandos(as) 11 7 16 Nº de pessoas com ensino médio 11 9 15 Nº de pessoas com ensino fundamental 22 6 25 Nº de pessoas com ensino fundamental incompleto 8 12 5 Nº de pessoas não­alfabetizadas 0 0 0

6.2 Demonstração do Valor Adicionado

Demonstra­se, a seguir, o valor da riqueza gerada pela instituição e a sua

distribuição.

Tabela 19: Demonstração do valor adicionado DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

INSTITUIÇÃO: Centro Universitário do Planalto de Araxá

Em reais

Descrição VALOR EM 2004 VALOR EM 2003 Variação %

1. RECEITAS R$12.454.523,07 R$9.220.135,54 35,08%

1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços R$12.060.246,65 R$9.010.334,93 33,85%

1.2 Não operacionais R$394.276,42 R$209.800,61 87,83%

2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS R$2.698.658,18 R$2.282.659,48 18,22%

2.1 Custo dos serviços vendidos R$1.163.006,33 R$958.946,22 21,28%

2.2 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros R$1.535.651,85 R$1.323.713,26 16,01%

3. VALOR BRUTO ADICONADO (1­2) R$9.755.864,89 R$6.937.476,06 40,62%

4. RETENÇÕES R$618.514,67 R$344.754,56 79,41%

4.1 Depreciação, amortização e exaustão R$618.514,67 R$344.754,56 79,41%

5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3­4)

R$9.137.350,22 R$6.592.721,50 38,60%

6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

R$237.281,35 R$256.919,94 (7,64%)

6.1 Receitas Financeiras R$237.281,35 R$256.919,94 (7,64%)

7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) R$9.374.631,57 R$6.849.641,44 36,86%

8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO R$9.374.631,57 R$6.849.641,44 36,86%

8.1 Pessoal e encargos R$5.889.820,02 R$4.068.550,31 44,76%

8.2 Impostos, taxas e contribuições R$1.466.160,78 R$1.182.252,55 24,01%

8.3 Juros e aluguéis R$25.061,46 R$20.445,36 22,58%

8.4 Bolsas destinadas a alunos carentes e funcionários R$637.375,10 R$278.852,46 128,58%

8.5 Lucros retidos/prejuízo de exercício R$1.356.214,21 R$1.299.540,76 4,36%

Fonte: Balancete Analítico da Fundação Cultural de Araxá/2003/2004.

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163

Observa­se que os valores das bolsas destinadas a alunos carentes e

funcionários aumentaram 128,58%, e que o valor destinado a pessoal e encargos

aumentou 44,76%.

6.3 Balanço Ambiental

Foram desenvolvidos diversos projetos, pesquisas e eventos com objetivo

voltado para a consciência ambiental.

ÁGUA, FONTE DE VIDA: meios de utilização, conservação e preservação de

recursos naturais.

Figura 3: Meio ambiente Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Descrição: Repasse de informações para os moradores, principalmente sobre a

situação da água no município e no planeta. Orientações de como poupar água e

energia elétrica. Diagnóstico ambiental de uma área verde urbana próxima ao Bairro

Pão de Açúcar. Estudo de percepção e comportamento ambiental dos moradores.

Público­alvo: Comunidade do entorno do UNIARAXÁ.

Público atingido: 357 pessoas.

Data da realização: 1ª etapa: 1º semestre de 2004 e 2ª etapa: 2º semestre de 2004.

Resultados: Criação de condições para compreensão e análise das questões

ambientais locais e globais e da forma com que elas afetam os recursos naturais.

Apoio na formação de profissionais competentes e com senso crítico.

Objetivos: Conscientizar e sensibilizar os

moradores do entorno do Uniaraxá para o

uso correto da água e da energia elétrica.

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164

IV SEMANA DO MEIO AMBIENTE

Objetivos: Transmitir conhecimentos sobre temas da atualidade em Meio Ambiente

e conscientizar sobre o exercício profissional do Biólogo.

Público­alvo: Alunos, professores e comunidade.

Público atingido: 1.745 pessoas

Data da realização: 01 a 05 de junho de 2004.

Resultados: Avanços científicos ­ 81 trabalhos publicados nos anais. 82% dos

alunos do Curso de Ciências Biológicas avaliaram o evento como muito bom.

MAMÍFEROS DO BRASIL

Objetivos: Aprofundar os conhecimentos na área de zoologia e propor alternativas

para melhoria na interação homens e animais.

Público­alvo: Alunos e comunidade

Público atingido: 47 pessoas.

Data da realização: 02 e 03 de junho

Resultados: 88% dos participantes avaliaram o curso como ótimo ou muito bom.

ECOPEDAGOGIA

Objetivos: Transmitir conhecimentos sobre Educação Ambiental.

Público­alvo: Alunos e profissionais da área.

Público atingido: 40 pessoas.

Data da realização: 03 e 04 de junho.

Resultados: 79% dos participantes avaliaram o curso como ótimo ou muito bom.

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165

TRILHA ECOLÓGICA DO UNIARAXÁ

Figura 4: Trilha ecológica Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Público­alvo: acadêmicos, professores e funcionários do UNIARAXÁ.

Público atingido: 88 participantes.

Data da realização: 08 de maio de 2004.

Resultados: Os objetivos foram alcançados. Houve participação de representantes

de toda a comunidade acadêmica. As equipes participantes se declararam

satisfeitas.

Tabela 20: Indicadores relativos ao balanço ambiental

2004 2003 Projetos, ações e contribuições relativos ao meio ambiente Valor (reais)

% sobre receita Valor (reais)

% sobre receita

metas 2005 (reais)

R$ 0,00 ­ R$0,00 1. ÁGUA, FONTE DE VIDA: meios de utilização, conservação e preservação de recursos naturais Nº pessoas

beneficiadas: 357 ­ Nº de pessoas beneficiadas:360

R$ 0,00 R$0,00 R$0,00 2. Semana do Meio Ambiente

Nº pessoas beneficiadas: 1745

Nº pessoas beneficiadas: 1500

Nº de pessoas beneficiadas:2000

R$ 0,00 ­ R$0,00 3. Mamíferos do Brasil

Nº pessoas beneficiadas: 47 ­

Nº de pessoas beneficiadas:50

R$ 0,00 ­ 0,02% R$0,00 4. Ecopedagogia

Nº pessoas beneficiadas: 40 ­

Nº de pessoas beneficiadas:50

R$ 0,00 ­ R$0,00 5. Trilha Ecológica do UNIARAXÁ

Nº pessoas beneficiadas: 88 ­

Nº de pessoas beneficiadas:100

6.4 Balanço dos Benefícios e Contribuições à Sociedade

Em 2004 foram destinados R$ 544.089,47 a bolsas de estudo, concedidas a

alunos carentes, convênios e sindicatos, e R$ 42.202,23 a projetos, programas e

Objetivos: Desenvolver a consciência

ecológica e habilidades para o trabalho em

grupo; despertar o espírito de liderança e o

interesse pelo conhecimento do esporte de

aventura.

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166

atividades sociais. Ressalte­se que este valor refere­se apenas aos gastos

adicionais. Não foram considerados os valores relativos a pagamento de salários e

encargos de professores, funcionários administrativos e estagiários.

6.4.1 Educação

CIDADANIA EM AÇÃO: alfabetização de jovens e adultos

Figura 5: Alfabetização de jovens e adultos Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Público­alvo: Pessoas analfabetas na faixa de 15 a 61 anos.

Público atingido: 23 participantes.

Data da realização: 03 de maio a 10 de dezembro de 2004.

Resultados: Alcançado ótimo resultado, levando­se em consideração o caráter dos

alunos: desconfiados e destituídos de ideais. A grande maioria conseguiu ler e escrever, e o letramento foi consideravelmente melhorado.

Recursos Financeiros: R$3.934,40

CIENTISTA MIRIM

Figura 6: Cientista mirim Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ.

Objetivo: Alfabetizar jovens e adultos; possibilitar a

construção e a reconstrução do conhecimento pelo

aluno, sendo o professor o mediador; criar

condições lúdicas para o processo: jogos,

gravuras, recortes, desenhos, música, relaxamento

e outras formas de ensinar/aprender.

Objetivo: Despertar o interesse pela

investigação científica nas crianças.

Desenvolver a criatividade e o espírito

crítico, proporcionar atividades culturais e

de lazer, e promover a saúde na

comunidade.

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167

Público­alvo: Alunos do ensino fundamental.

Público atingido: 195 crianças.

Data da realização: 12/04 a 30/06 e 02/08 a 22/10 de 2004.

Resultados: Contribuiu para o desenvolvimento de crianças de diferentes níveis

sociais. Propiciou associação dos estudos em sala de aula com situações em que os

alunos puderam despertar a curiosidade pelas ciências, e favoreceu a criatividade,

independentemente do nível social. Para os alunos da graduação, participantes do

projeto, oportunizou a vivência da articulação do ensino, pesquisa e extensão.

APLICAÇÃO DA INFORMÁTICA COMO FERRAMENTA DE APOIO PARA O

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Objetivo: Promover o acesso da comunidade carente à prática digital, e permitir o

exercício da cidadania e dos conhecimentos técnicos e didático­pedagógicos de

discentes do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação.

Público­alvo: Alunos do Ensino Fundamental e Médio.

Público atingido: 1º Semestre de 2004: 19 pessoas, 2º semestre de 2004: 36.

Data da realização: Junho a novembro de 2004.

Resultados: Grande entusiasmo dos alunos, o que facilitou o aprendizado.

Desenvolvimento das atividades e assimilação de conteúdos bastante satisfatórios.

Recursos Financeiros: R$438,63

CONTAÇÃO DE ESTÓRIAS: biblioteca móvel “embarque nas letras”

Figura 7: Biblioteca móvel Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ.

Objetivos: Incentivar o gosto pela leitura

nas crianças do Ensino Fundamental e

contribuir para o crescimento do número de

leitores no município de Araxá.

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Descrição: Recital de poesias, acompanhado de músicas, com a participação de

crianças da Escola Municipal de Aplicação Lélia Guimarães – EMALG. Encenação

humorística “A Casa Sonolenta” com a participação dos alunos do Curso de

Pedagogia e alunos da EMALG. Apresentação de fantoche em vareta “Fraca

Fracola, Galinha D’Angola” enriquecida por músicas e cantos voluntários da

comunidade.

Público­alvo: Alunos e Professores do Ensino Fundamental.

Público atingido: 570 pessoas no 1º semestre de 2004 e 574 no 2º.

Data da realização: 11 e 12/03/04; 18 e 19/08/04; 25 e 26/10/04 e 22 e 23/11/04.

Resultados: Grande participação do público, com visível interesse. Reforço dos

valores humanos.

OUTROS PROJETOS REFERENTES À EDUCAÇÃO

Jornada de Educação: Discutiu temas atuais da Educação e divulgou a produção

acadêmica de docentes e discentes do UNIARAXÁ e de outras instituições.

Jogos Matemáticos na Educação Infantil: Desenvolveu estratégias para trabalhar

conteúdos escolares, utilizando como eixos a resolução de problemas e a

modelagem matemática, através de atividades lúdicas.

Festival de Xadrez: Estreitou laços de amizade no meio acadêmico e comunidade.

Divulgou o jogo de xadrez como recurso para o desenvolvimento intelectual.

Jogo de Xadrez Como Recurso Pedagógico: Habilitou profissionais para o uso do

jogo de xadrez como um recurso pedagógico.

Encontro do Proler em Araxá – MG: Reflexão e prática de leitura, incentivo ao

prazer pela leitura visando a aumentar o número de leitores e formar leitores críticos.

6.4.2 Saúde Pública e Qualidade de Vida

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EDUCAR­SE: orientações posturais para crianças e adolescentes

Figura 8: Educar­se Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Público­alvo: Alunos da Escola Municipal de Aplicação Lélia Guimarães – EMALG.

Público atingido: 90 alunos.

Data da realização: 10 e 11 de junho de 2004.

Resultados: Propiciou contato dos alunos do Curso de Fisioterapia com crianças

carentes. Evidenciou incidência de desvios na coluna vertebral e alterações

posturais significativas nas crianças avaliadas. As maiores incidências detectadas

foram escoliose com 40%, seguida por hiperlordose lombar e cifose postural com

30%. Foram sugeridas alterações posturais. As orientações aos pais e/ou

responsáveis não atingiu os resultados esperados, tendo em vista a baixa

presença/participação. Novas avaliações e orientações foram planejadas.

ENFERMAGEM EM SAÚDE PÚBLICA E COMUNITÁRIA

Figura 9: Enfermagem em ação na saúde pública Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Objetivos: Levar aos alunos da EMALG

conhecimentos e orientações sobre postura;

orientar pais e responsáveis; realizar

levantamento do grau de incidência dos

principais desvios na coluna vertebral e as

alterações posturais mais freqüentes.

Objetivos: Evidenciar os problemas de saúde

da população relacionados a não saneamento

e a destino do lixo; oferecer orientações à

população sobre temas de saúde; coletar

dados para pesquisa sobre abrangência das

campanhas de vacinação, automedicação e

utilização de hortaliças e plantas medicinais.

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Público­alvo: 05 de junho ­ pais e acompanhantes das crianças que procuraram o

Posto no dia da multivacinação, e 21 de agosto – moradores de bairros da periferia

de Araxá.

Público atingido e Data de realização: 1.050 famílias em junho e 725 em agosto.

Resultados: Propiciou ajuda às pessoas carentes, conforme objetivos do projeto.

Propiciou aos alunos do curso de Enfermagem a oportunidade de contato com a

população de diferentes classes sociais.

PROJETO SOCIAL “UMA LIÇÃO DE CIDADANIA”

Figura 10: Projeto social “Uma Lição de Cidadania” Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Público­alvo: Moradores da região oeste de Araxá – Bairros: Alvorada, Santa Luzia,

São Cristóvão, João Ribeiro e Comunidade Araxaense em geral.

Público atingido: Na pesquisa de campo 5.045 pessoas e na Ação Social, 3.000.

Data da realização: Março, abril, maio, junho e outubro de 2004.

Resultados: No seu sexto ano de realização, o Projeto Social reafirma a importância

do exercício da cidadania pelos universitários, vivenciando conteúdos curriculares

relacionados às humanidades em ações concretas, cumprindo a missão do

UNIARAXÁ de formar o cidadão integral, consciente e comprometido com a

sociedade em que vive e atua. Os envolvidos manifestaram satisfação em participar.

O evento levou, à população carente, lazer, descontração e prestação de serviços

essenciais para a melhoria das condições de vida. Atingiu os seus objetivos.

Recursos Financeiros: R$3.431,08

Objetivos: Incentivar prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consciência social e política; criar interface entre o UNIARAXÁ e a comunidade; promover a melhoria da qualidade de vida da população de baixa renda; fazer o mapeamento econômico, demográfico e sócio econômico de Araxá.

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171

UNISÊNIOR: universidade aberta à maturidade

Figura 11: Unisênior Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Descrição: Instalação da UNISÊNIOR e promoção da Malhação Cerebral.

Público­alvo: Pessoas de ambos os sexos, com idade acima de 40 anos.

Público atingido e Data de realização: 69 pessoas no 1º semestre e 75 no 2º.

Resultados: Extrapolou as expectativas em demanda e motivação do grupo.

Recursos Financeiros: R$1.190,00

OUTROS PROJETOS REFERENTES A SAÚDE PÚBLICA E QUALIDADE DE

VIDA

Problemas em Saúde Pública: Conscientizou crianças quanto à importância da

higiene na prevenção de verminoses.

Alongue­se: Propiciou conhecimento da importância da atividade física na melhoria

da qualidade de vida, diminuindo as principais tensões musculares do dia­a­dia.

Planejamento Familiar em Cenário Recessivo e Globalizado: Conscientizou a

comunidade através de trabalho de pesquisa e divulgação.

Universidade e Comunidade: Promoveu debates de temas relativos à qualidade de

vida e saúde integral.

Objetivos: Permitir o acesso à educação continuada

a pessoas na maturidade (acima de 40 anos).

Orientar quanto à saúde física e mental; estimular a

reinserção social; promover resgate e elevação da

auto­estima; oportunizar a consolidação dos

objetivos sociais do UNIARAXÁ.

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172

6.4.3 Cultura e Esporte

ESCOLINHAS DE ESPORTE INFANTO­JUVENIL

Figura 12: Escolinha de esporte infanto­juvenil Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ.

Público­alvo: Filhos dos funcionários do UNIARAXÁ e alunos da Escola Estadual

Armando Santos.

Público atingido e Data de realização: 60 crianças de março a junho de 2004 e 45

de agosto a dezembro.

Resultados: Oportunidade única de vivência dos esportes para crianças carentes.

Recursos Financeiros: R$1.187,50

ESCOLINHA DE GINÁSTICA OLÍMPICA

Figura 13: Escolinha de ginástica olímpica Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Público­alvo: Alunos da EMALG, Escola Estadual Armando Santos, Escola

Estadual Dr. Eduardo Montandon e Escola Estadual Delfim Moreira.

Objetivos: Levar crianças e adolescentes ao

exercício físico que atenda às necessidades

motoras, afetivas e cognitivas; promover a

integração do ensino com as demandas

sociais; incentivar prática acadêmica que

contribua para o desenvolvimento da

consciência social.

Objetivos: Propiciar aos alunos a oportunidade

de aprender e treinar a ginástica olímpica como

atividade recreativa e competitiva.

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Público atingido e Data de realização: 40 crianças de abril a junho de 2004 e 111

de agosto a dezembro de 2004.

Resultados: O projeto, continuado, tem atingido os objetivos, proporcionando às

crianças aprendizagem e aperfeiçoamento das habilidades físicas específicas da

ginástica olímpica, bem como desenvolvimento social e cultural.

PROJETO “SE ESSA RUA FOSSE MINHA”

Figura 14: Projeto “Se essa rua fosse minha...” Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Público­alvo: Crianças, jovens, adultos, idosos e deficientes físicos das

comunidades atendidas.

Público atingido: 2.000 pessoas.

Data da realização: Agosto a novembro de 2004.

Resultados: Atingiu com excelência todos os objetivos propostos. As ações foram

monitoradas através de metodologia de avaliação processual.

Recursos Financeiros: R$5.160,00

NOVOS CAMINHOS... ALÉM DAS SALAS DE AULA...

Figura 15: Festival de férias Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ.

Objetivos: Garantir e ampliar o acesso ao

esporte recreativo, lazer e cultura à população

em situação de vulnerabilidade social.

Objetivos: Prevenir situações de risco; apoiar e

beneficiar crianças e adolescentes, com atividades

educativas e de lazer; oportunizar a inserção social e

melhoria da qualidade de vida; oportunizar a prática de

esporte olímpico; desenvolver valores, como disciplina,

respeito e educação; oportunizar o acesso à música de

diferentes épocas e culturas.

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Público­alvo: Crianças e adolescentes na faixa etária de 06 a 12 anos, de meio

social cultural e economicamente desfavorecido, e suas respectivas famílias,

oportunizando­lhes a ocupação do tempo ocioso com prevenção de situações de

risco, e também alunos, mães de alunos, professores e funcionários da EMALG.

Público atingido: 1º semestre de 2004: Esporte, Lazer e Cultura: 127; Educação

Musical: 46; VII Festival de Férias: 150; Comemoração da Páscoa: 627; Dia das

Mães: 1.100 e Festa Junina: não quantificado. 2º semestre de 2004: Esporte Lazer e

Cultura: 127; Educação Musical: 46; VIII Festival de Férias: 150;

Comemoração/Homenagem aos Pais:1.000; Familiarte: 500; Crianciranda: 600;

Comemoração Natalina:1.747.

Data da realização: 1º semestre de 2004: De 05/02 a 30/06/04 – Esporte, Lazer e

Cultura; de 12 a 30/01/04 – VII Festival de Férias; de 01 a 07/04/04 – Páscoa;

05/05/04 – Dia das Mães; 24/06/04 – Festa Junina. 2º semestre de 2004: de 02/08 a

31/12/04 – Esporte, Lazer e Cultura; de 02/08 a 31/12/04 – Educação Musical; de 19

a 23/07/04 – VIII Festival de Férias; dia 13/08/04 – Comemoração/Homenagem aos

Pais; dia 17/09/04 – Familiarte; dia 08/10/04 – Crianciranda e dia 15/12/04 –

Comemoração Natalina.

Resultados: Os objetivos foram plenamente atingidos. Houve troca de experiências,

envolvimento de vários segmentos sociais; oferecimento de alimentação; realização

de visitas e passeios. Ficaram claros a satisfação das crianças e de suas famílias e

o impacto positivo das ações na comunidade. Houve participação de discentes do

UNIARAXÁ, apresentações musicais, artísticas, presença das mães das crianças,

envolvimento e presença dos funcionários do UNIARAXÁ e da EMALG e

contribuição de empresas do comércio local.

Recursos Financeiros: R$5.346,72

OUTROS PROJETOS REFERENTES A CULTURA E ESPORTE

Festival Pré­Mirim de Futsal do UNIARAXÁ: Propicia aprendizagem e

desenvolvimento humano, aplicados em eventos esportivos, para a formação

integral das crianças.

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175

Esporte Universal: Proporciona às crianças o desenvolvimento de habilidades

motoras fundamentais, buscando reduzir o déficit motor que se instala pela falta de

“cultura do jogo de rua”. Prioriza atividades com caráter lúdico, educacional e menos

competitivo, tornando as crianças mais sociáveis.

Painel de Dança: Proporciona a prática de diversas linguagens corporais e troca de

experiência teórica.

Juniaraxá: Incentiva a prática de atividades físicas e o intercâmbio dentro da

comunidade universitária, proporcionando lazer e entretenimento a alunos,

professores e funcionários.

Projeto UNIART: Promove e estimula atividades culturais em todas as áreas do

conhecimento; apóia e estimula as manifestações culturais intra e extra IES;

incentiva os diversos talentos artísticos do UNIARAXÁ e da comunidade externa.

Projeto Memória 2004 – Oswaldo Cruz, o Médico do Brasil – Parceria: Banco do

Brasil: Divulgação da arte e da cultura em suas diversas manifestações.

16º Festival de Cultura Popular – SESC/UNIARAXÁ: Promoção de oficinas

direcionadas às áreas de saúde, jogos, recreação, música, dança, teatro e literatura.

Grupo de Seresta e Chorinho do UNIARAXÁ: Resgate, valorização e divulgação

das raízes e tradições culturais.

6.4.4 Inclusão Social e Valorização da Diversidade

GOALBALL PARA DEFICIENTES VISUAIS

Figura 16: Goalball para deficientes visuais Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Objetivos: Propiciar a pessoas com

deficiência visual a oportunidade de aprender

e treinar o goalball como atividade recreativa

e competitiva, e aos alunos do Curso de

Educação Física a oportunidade de prática

pedagógica.

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176

Público­alvo: Pessoas com deficiência visual da cidade de Araxá e alunos do curso

de Educação Física.

Público atingido: 20 pessoas com deficiência visual e 04 estagiários do curso de

Educação Física.

Data da realização: 15/02 a 30/06 e 15/08 a 30/11 de 2004.

Resultados: Atendeu aos objetivos propostos. Propiciou aos deficientes visuais o

aperfeiçoamento de suas habilidades físicas e desenvolvimento social, habilitando­

os para participação em competições esportivas em nível nacional. Oportunizou aos

acadêmicos uma relação direta com os portadores de deficiência e com o esporte.

OFICINA BRAILLE

Figura 17: Oficina braille Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Público­alvo: Deficientes visuais e alunos e professores dos cursos de

licenciaturas.

Público atingido e data de realização: 32 pessoas em 14 de maio de 2004 e 47

em 27 de agosto de 2004.

Resultados: Aprendizagem e prática do Braille. Demonstração de recursos de

informática para os portadores de deficiência visual e as formas de utilização das

novas tecnologias no processo de ensino­aprendizagem e no mercado de trabalho.

Momentos ricos, com grande interação e troca de experiências entre os deficientes

visuais e alunos do UNIARAXÁ.

Objetivos: Ensinar o método de alfabetização em

Braille; promover momentos de interação e

socialização dos deficientes visuais; identificar os

recursos didáticos e equipamentos utilizados na

educação de deficientes visuais; refletir sobre as

atitudes, comportamentos e oportunidades perante

os deficientes visuais.

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177

ESCOLA DE TODOS

Objetivos: Identificar e analisar as circunstâncias e os fatos que provocam a

exclusão escolar de crianças na faixa etária de 6 a 14 anos; identificar e localizar

adultos (maiores de 14 anos) analfabetos; identificar portadores de necessidades

especiais e idosos (acima de 60 anos).

Público atingido: Crianças de 06 a 14 anos: 26 ­ Portadores de Deficiência: 1.004 ­

Analfabetos, acima de 14 anos: 1.645 ­ Pessoas com mais de 60 anos: 4.685. Total

de pessoas identificadas em pelo menos uma das categorias: 7.360.

Data da realização: 14/04 a 30/07/2004.

Resultados: A pesquisa Escola de Todos atingiu os cinco setores da cidade de

Araxá. Os pesquisadores visitaram todas as residências e foram detectadas 7.360

pessoas com pelo menos uma das características pesquisadas, o que representa

aproximadamente 9% da população. Dentre as várias conclusões da pesquisa, os

resultados de amostragem induzem aos seguintes julgamentos: há necessidade de

políticas voltadas para o atendimento à população acima de 60 anos – maior

percentual apontado; há que se traçar uma política de inclusão da parcela dos

excluídos aos direitos do universo da “leitura” e da “escrita”, articulando diversos

segmentos da comunidade e poder público. É preciso contemplar também as

pessoas que compõem o universo dos portadores de deficiência, em suas várias

condições.

6.4.5 Programas Diversos

SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA ­ SAJ

Objetivo: Propiciar à população de baixa renda o acesso à justiça.

Descrição: Atendimento à comunidade carente. Encaminhamento de ações à

Justiça local, elaboração de petições, acompanhamento de ações, participação em

audiências e exames de processo em curso.

Público­alvo: Pessoas desprovidas de recursos financeiros.

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178

Público atingido: 1º Semestre de 2004, 370 pessoas e 2º Semestre de 2004, 303.

Data da realização: Janeiro a dezembro de 2004.

Resultados: O Serviço de Assistência Judiciária Gratuita tem alcançado os objetivos

propostos, tendo como resultado o aumento considerável do número de

atendimentos à comunidade carente, de ações ajuizadas, como também o

aprendizado do aluno­estagiário, pela prática efetiva da advocacia associada com a

teoria.

ESTUDANTE DEZ/FOME ZERO

Figura 18: Estudante dez/fome zero Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Público­alvo: Alunos do UNIARAXÁ e internos da Casa do Caminho e do Asilo São

Vicente de Paulo.

Público atingido: 199 pessoas.

Data da realização: 23 de setembro de 2004.

Resultados: A ação comunitária articulou a comunidade interna. As participações

possibilitaram a coleta de 423 litros de óleo que foram distribuídos entre duas

Instituições Filantrópicas “Casa do Caminho e Asilo São Vicente.”

Recursos Financeiros: R$500,00

SEMANA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA / II MOSTRA CIENTÍFICO CULTURAL

Objetivos: Trabalhar em prol da justiça social e

da cidadania; promover e desenvolver o senso

de solidariedade e da ação voluntária, visando ao

aprimoramento da consciência e da prática

cidadã, e a aperfeiçoar a vivência ética.

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179

Figura 19: Semana da ciência e tecnologia Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ

Público­alvo: Comunidade interna e externa, atingindo o âmbito regional.

Público atingido: 3096 pessoas.

Data da realização: De 20 a 22 de outubro de 2004.

Resultados: Fortes indicadores do envolvimento da comunidade externa:

participação das Escolas de Ensino Médio e das três maiores empresas da região –

Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração ­ CBMM, BUNGE Fertilizantes e

Fosfértil –, do Grupo Buena Vista Garden Center e do Grupo Zema/Projeto

Esperança. A este fato soma­se a participação de outras unidades de ensino dos

três níveis da Educação Básica. Tudo isso acrescido do impacto das ações

produzidas, através da mídia, e do envolvimento do público.

Recursos Financeiros: R$5.025,95

ENCONTROS DE EGRESSOS DO UNIARAXÁ

Figura 20: Encontro de egressos Fonte: Banco de Imagens do UNIARAXÁ.

Objetivos: Consolidar mecanismo que mobiliza

a população em torno da importância da

Ciência e Tecnologia; contribuir para a

popularização da ciência de forma mais

integrada na comunidade e integrar diferentes

segmentos, experiências e saberes,

promovendo sua divulgação.

Objetivos: Promover a integração e confraternização dos ex­alunos com o UNIARAXÁ; facilitar contatos; proporcionar reencontro de amigos e estabelecer parcerias; refletir sobre empreendedorismo e mercado de trabalho; integrar os egressos ao movimento “Circuito CBMM de Cultura.”

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Público­alvo: Ex­alunos do UNIARAXÁ.

Público atingido: I Encontro: 201 participantes e II Encontro: 141 participantes.

Data da realização: I Encontro: 29 de maio de 2004 e II Encontro: 05 de novembro

de 2004.

Resultados: Os objetivos foram atingidos com avaliação positiva pelos egressos,

que sugeriram que outros encontros fossem realizados.

Recursos Financeiros: 2.026,00

OUTROS PROGRAMAS DIVERSOS

Oficina Ética e Valores Humanos: Questionamento dos parâmetros éticos vigentes

e sua aplicabilidade e conseqüências no processo educativo.

Fórum: Eleições Majoritárias/Lei Eleitoral: Suporte legal para participação nas

eleições majoritárias e contribuição para a formação democrática dos envolvidos.

Eleições 2004: Oferta de cartilha didática contendo as principais obrigações e

deveres procedimentais dos candidatos a Prefeito e a Vereador, e conscientização

da comunidade, relativamente ao tema.

Conhecendo as Funções Essenciais à Justiça: Divulgação de informações

pertinentes à organização, estrutura e funcionamento das atividades desenvolvidas

pelos membros do Judiciário.

Assessoria e Consultoria a Entidades: Busca do desenvolvimento sustentável

através de informações acerca da realidade econômica do Município.

Informações e Orientações Jurídicas – Tv e Rádio e Cartilha do Eleitor:

Desenvolvimento da consciência política nos cidadãos, mostrando como utilizar

melhor o próprio voto.

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Dia do Voluntariado/Parceria SESI: Prestação de serviços à comunidade;

promoção da formação cidadã e socialmente responsável dos alunos e oferta de

serviços de qualidade à população local.

Motivando Todos Para a Excelência com Integração, Compromisso e

Comprometimento: Contribuição para o desenvolvimento do potencial das pessoas, tanto

no aspecto profissional quanto pessoal, frente às exigências de qualidade no mundo

moderno.

Festa de São Domingos de Gusmão ­ Jovens Caminheiros do Momento:

Conhecer e divulgar a contribuição de São Domingos para a divulgação do papel

das universidades.

Desfile Cívico – 07 de Setembro (participação): Trabalho com o tema

independência, civismo, cidadania e brasilidade, interagindo com a comunidade.

Tabela 21: Benefícios e contribuições à sociedade ­ educação

2004 2003 Projetos, ações e contribuições para a sociedade (Ações e programas aqui listados são exemplos, ver instrução) – Educação Valor (reais)

% sobre receita Valor (reais)

% sobre receita

metas 2005 (reais)

R$ 3.934,40 0,03% ­ R$ 13.000,00 1. Cidadania em ação: alfabetização de jovens e adultos Nº pessoas

beneficiadas: 23 ­ Nº de pessoas beneficiadas:35

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 320,00 2. Cientista Mirim Nº pessoas beneficiadas: 195

Nº pessoas beneficiadas: 70

Nº de pessoas beneficiadas:200

R$ 438,63 0,00% ­ R$ 0,00 3. Aplicação da Informática Como Ferramenta de Apoio Para o Ensino Fundamental e Médio Nº pessoas

beneficiadas:55 ­ Nº de pessoas beneficiadas:60

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.120,00 4. Contação de Estórias ­ Biblioteca Móvel Nº pessoas

beneficiadas: 1.144 Nº pessoas beneficiadas: 1.240

Nº de pessoas beneficiadas:1.200

R$ 0,00 ­ R$ 2.200,00 5. Jornada da Educação

Nº pessoas beneficiadas: 2.214 ­

Nº de pessoas beneficiadas:2.300

R$ 0,00 ­ ­ 6. Jogos Matemáticos na Educação Infantil Nº pessoas beneficiadas: 40 ­ ­

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.000,00 7. Festival de Xadrez Nº pessoas beneficiadas: 499

Nº pessoas beneficiadas: 34

Nº de pessoas beneficiadas:500

R$ 2.077,60 0,02% R$ 1.700,00 0,02% R$ 1.000,00 8. O Jogo de Xadrez como recurso pedagógico

Nº pessoas beneficiadas: 131

Nº pessoas beneficiadas: 18

Nº de pessoas beneficiadas:140

R$ 1.500,00 0,01% R$ 670,00 0,01% R$ 4.000,00 9. Encontro do Proler em Araxá – MG Nº pessoas

beneficiadas:686 Nº pessoas beneficiadas: 320

Nº de pessoas beneficiadas:800

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182

Tabela 22: Benefícios e contribuições à sociedade – saúde pública e qualidade de vida Projetos, ações e contribuições para a sociedade (Ações e programas aqui listados são exemplos, ver instrução) – Saúde Pública e Qualidade de Vida

2004 %

sobre receita

2003 %

sobre receita

metas 2005 (reais)

R$ 0,00 ­ R$ 0,00 1. Educar­se: Orientações Posturais para Crianças e Adolescentes Nº pessoas

beneficiadas: 90 ­ Nº de pessoas beneficiadas:100

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 2. Enfermagem em Saúde Pública e Comunitária Nº pessoas

beneficiadas: 1.775 Nº pessoas beneficiadas: 1.449

Nº de pessoas beneficiadas:1.800

R$ 3.431,08 0,03% R$ 2.200,00 0,02% R$ 4.000,00 3. Projeto Social "Uma lição de Cidadania" Nº pessoas

beneficiadas:8.045 Nº pessoas beneficiadas: 3.240

Nº de pessoas beneficiadas:3.000

R$ 1.190,00 0,01% ­ R$ 400,00 4. UNISÊNIOR Nº pessoas

beneficiadas:56 ­ Nº de pessoas beneficiadas:140

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 5. Problemas em Saúde Pública Nº pessoas

beneficiadas: 640 Nº pessoas beneficiadas: 860

Nº de pessoas beneficiadas:700

R$ 0,00 ­ ­ 6. Alongue­se Nº pessoas

beneficiadas: 40 ­ ­

R$ 0,00 ­ R$ 0,00 7. Planejamento Familiar em Cenário Recessivo e Globalizado Nº pessoas

beneficiadas: 160 ­ Nº de pessoas beneficiadas:200

R$ 0,00 ­ ­ 8. Universidade e Comunidade Nº pessoas

beneficiadas: 20000 ­ ­

Tabela 23: Benefícios e contribuições à sociedade – cultura e esporte Projetos, ações e contribuições para a sociedade (Ações e programas aqui listados são exemplos, ver instrução) – Cultura e Esporte

2004 %

sobre receita

2003 %

sobre receita

metas 2005 (reais)

R$ 1.187,50 0,01% R$ 698,06 0,01% R$ 0,00 1. Escolinhas de Esporte Infanto­Juvenil Nº pessoas

beneficiadas: 105 Nº pessoas beneficiadas: 100

Nº de pessoas beneficiadas: 150

R$ 0,00 ­ ­ 2. Escolinha de Ginástica Olímpica Nº pessoas

beneficiadas: 99 ­ ­

R$ 5.160,00 0,04% ­ R$ 480,00 3. Projeto "Se essa rua fosse minha" Nº pessoas

beneficiadas:2.000 ­ Nº de pessoas beneficiadas:2.000

R$ 5.346,72 0,04% R$ 2.993,03 0,03% R$ 12.000,00 4. Novos Caminhos...Além das Salas de Aula Nº pessoas

beneficiadas:6.200 Nº pessoas beneficiadas: 4.721

Nº de pessoas beneficiadas: 6200

R$ 965,20 0,01% ­ ­ 5. Festival Pré­Mirim de Futsal do UNIARAXÁ Nº pessoas

beneficiadas: 216 ­ ­

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 6. Esporte Universal Nº pessoas

beneficiadas: 527 Nº pessoas beneficiadas: 650

Nº de pessoas beneficiadas:600

R$ 800,00 0,01% R$ 515,37 0,01% R$ 0,00 7. Painel de Dança Nº pessoas

beneficiadas:300 Nº pessoas beneficiadas: 256

Nº de pessoas beneficiadas:300

R$ 3.043,55 0,02% R$ 2.100,00 0,02% R$ 3.000,00 8. JUNIARAXÁ Nº pessoas

beneficiadas:2.700 Nº pessoas beneficiadas: 1.030

Nº de pessoas beneficiadas:3.000

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.000,00 9. Projeto UNIART Nº pessoas

beneficiadas: 6.360 Nº pessoas beneficiadas: 850

Nº de pessoas beneficiadas:6.500

R$ 0,00 ­ ­ 10. Projeto Memória 2004 ­ Oswaldo Cruz, o Médico do Brasil ­ Parceria do Banco do Brasil Nº pessoas

beneficiadas: 224 ­ ­

R$ 0,00 ­ ­ 11. Festival de Cultura Popular ­ SESC/UNIARAXÁ Nº pessoas

beneficiadas: 3.000 ­ ­

R$ 0,00 ­ R$ 900,00 12. Grupo de Seresta e Chorinho do UNIARAXÁ Nº pessoas

beneficiadas: 40 ­ Nº de pessoas beneficiadas: 50

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Tabela 24: Benefícios e contribuições à sociedade – inclusão social e valorização à diversidade Projetos, ações e contribuições para a sociedade (Ações e programas aqui listados são exemplos, ver instrução) – Inclusão Social e Valorização da Diversidade

2004 %

sobre receita

2003 %

sobre receita

metas 2005 (reais)

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 1. Goalball Para Deficientes Visuais Nº pessoas

beneficiadas: 20 Nº pessoas beneficiadas: 70

Nº de pessoas beneficiadas:30

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 400,00 2. Oficina Braille Nº pessoas

beneficiadas: 79 Nº pessoas beneficiadas: 155

Nº de pessoas beneficiadas:100

R$ 0,00 ­ ­ 3. Escola de Todos Nº pessoas

beneficiadas: 7.360 ­ ­

Tabela 25: Benefícios e contribuições à sociedade – programas diversos Projetos, ações e contribuições para a sociedade (Ações e programas aqui listados são exemplos, ver instrução) – Programas Diversos

2004 %

sobre receita

2003 %

sobre receita

metas 2005 (reais)

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 1. Assistência Judiciária Nº pessoas

beneficiadas: 673 Nº pessoas beneficiadas: 474

Nº de pessoas beneficiadas:1.500

R$ 500,00 0,00% ­ R$ 0,00 2. Estudante Dez/Fome Zero Nº pessoas

beneficiadas:199 ­ Nº de pessoas beneficiadas: 200

R$ 5.025,95 0,04% R$ 2.392,24 0,03% R$ 6.000,00 3. Semana da Ciência e Tecnologia / II Mostra Científico Cultural do UNIARAXÁ Nº pessoas

beneficiadas:3.096 Nº pessoas beneficiadas: 1.217

Nº de pessoas beneficiadas:3.500

R$ 2.026,00 0,02% R$ 0,00 R$ 7.000,00 4. Encontros de Egressos do UNIARAXÁ Nº pessoas

beneficiadas:342 Nº pessoas beneficiadas: 56

Nº de pessoas beneficiadas: 400

R$ 0,00 ­ ­ 5. Oficina Ética e Valores Humanos

Nº pessoas beneficiadas: 40 ­ ­

R$ 0,00 ­ ­ 6. Fórum: "Eleições Majoritárias/Lei Eleitoral" Nº pessoas

beneficiadas: 387 ­ ­

R$ 0,00 ­ ­ 7. Eleições 2004 Nº pessoas

beneficiadas: 2.000 ­ ­

R$ 0,00 ­ R$ 0,00 8. Conhecendo as Funções Essenciais à Justiça Nº pessoas

beneficiadas: 300 ­ Nº de pessoas beneficiadas:300

R$ 0,00 ­ ­ 9. Assessoria e Consultoria a Entidades Nº pessoas beneficiadas: 25 ­ ­

R$ 0,00 ­ ­ 10. Informações e Orientações Jurídicas: TV, Rádio e Cartilha do Eleitor

Nº pessoas beneficiadas: 20.000 ­ ­

R$ 0,00 ­ R$ 1.800,00 11. Dia do Voluntariado/Parceria SESI Nº pessoas

beneficiadas: 668 ­ Nº de pessoas beneficiadas: 700

R$ 0,00 ­ ­ 13. Motivando todos para a excelência com integração, compromisso e comprometimento Nº pessoas

beneficiadas: 100 ­ ­

R$ 850,00 0,01% ­ ­ 14. Festa de São Domingos Gusmão, Jovens e Caminheiros do Momento Nº pessoas

beneficiadas:895 ­ ­

R$ 4.725,60 0,04% ­ R$ 4.000,00 15. Desfile Cívico ­ 07 de setembro (Participação)

Nº pessoas beneficiadas:3.000 ­

Nº de pessoas beneficiadas: 3.000

Valores totais R$ 42.202,23 0,33% R$ 13.268,70 0,14% R$ 70.537,00

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6.4.6 Apoio Financeiro ao Estudante

A ampliação das condições de acesso à educação de nível superior constitui

importante mecanismo de ascensão social e de incremento da competitividade da

economia brasileira neste final de século. Diante deste cenário, com forte

repercussão na demanda por vagas em instituições particulares, é que se forjou a

política de assistência financeira do Centro Universitário do Planalto de Araxá.

FINANCIAMENTO ESTUDANTIL ­ FIES

O UNIARAXÁ, em parceria com o Governo Federal, oferece o Programa de

Financiamento Estudantil – FIES, destinado a alunos de baixo poder aquisitivo.

Tabela 26: Financiamento estudantil ­ FIES

2004 2003 Alunos beneficiados por semestre 376 273 Valor financiado R$634.479,67 R$437.043,39

Os recursos financeiros para o FIES são disponibilizados pelo governo federal

através de descontos em impostos, cabendo ao UNIARAXÁ a disponibilização de

mão de obra para orientação aos alunos e gestão interna do programa.

BOLSA DE ESTÁGIO REMUNERADO

Regulamentada pelas Portarias 003/2003 e 001/2004, a bolsa de estágio

remunerado é destinada aos alunos de graduação do UNIARAXÁ para auxiliá­los no

custeio de suas mensalidades escolares, além de proporcionar­lhes oportunidade de

aprimoramento dos conhecimentos adquiridos em sala de aula.

Tabela 26: Bolsa de estágio remunerado

Detalhe 2004 2003 Total de alunos beneficiados com bolsa de estágio remunerado 30 17 Valor destinado a bolsas de estágio remunerado R$114.690,72 R$24.205,62

BOLSA DE ESTUDO

Regulamentada pelas Portarias 002/2003 e 013/2003, a bolsa de estudos é

destinada a alunos carentes, possibilitando a estes o acesso à educação superior.

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Tabela 27: Bolsa de estudo

Detalhe 2004 2003 Total de alunos beneficiados com bolsa de estudo 226 132 Valor destinado à bolsa de estudos (alunos carentes) R$377.859,58 R$183.230,33

DESCONTO FAMILIAR

Com regulamentação através das Portarias 006 e 013/2003 é concedido um

desconto de 5% na mensalidade de membros do mesmo grupo familiar (parentesco

de 1º grau) que estejam estudando simultaneamente no UNIARAXÁ.

Tabela 28: Desconto familiar

Detalhe 2004 2003 Total de alunos beneficiados com desconto familiar 577 320 Valor total do benefício R$99.657,50 R$65.952,00

DESCONTO PONTUALIDADE

Com regulamentação na Portaria 013/2003 é concedido desconto de 12% no

valor da mensalidade a todos os alunos da graduação que efetuam o pagamento até

o dia 10 de cada mês. Este desconto propicia importante vantagem para a instituição

de ensino com a redução da inadimplência e, ao mesmo tempo, induz os alunos a

não atrasarem os pagamentos das mensalidades, evitando acúmulos de dívidas e

conseqüentes problemas financeiros que levam tais alunos à desistência. A evasão

é um grande problema para as IES e para os alunos. Desta forma, o desconto

pontualidade de 12% traz benefícios econômicos para o UNIARAXÁ e traz

vantagens significativas para os alunos.

6.5 Indicadores Gerais

Tabela 29: Indicadores gerais

1 – Identificação

Centro Universitário do Planalto de Araxá Instituição de Ensino Superior Sem fins lucrativos ­ Fundação De utilidade pública federal, estadual e municipal

2004 2003 2 ­ Origem dos recursos Valor (reais) Valor (reais)

Receitas Totais 12.691.804,42 100% 9.477.055,48 100% a. Recursos governamentais (subvenções) 58.100,00 0,46% 41.580,00 0,44% b. Doações de pessoas jurídicas 190.000,00 1,50% c. Prestação de serviços e/ou venda de produtos 12.060.246,65 95,02% 9.010.334,93 95,08% d. Outras receitas 383.457,77 3,02% 425.140,55 4,49%

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2004 2003 3 ­ Aplicação dos recursos Valor (reais) Valor (reais)

Despesas/Investimentos Totais 12.735.536,65 100% 9.940.612,24 100% a. Projetos, programas e ações sociais (excluindo pessoal) 586.291,70 4,60% 241.254,55 2,43% b. Pessoal (salários + benefícios + encargos) 7.511.859,74 58,98% 5.220.562,55 52,52% c. Despesas diversas (somatório das despesas abaixo) 4.637.385,21 36,41% 4.478.795,14 45,06% Operacionais 2.695.885,71 58,13% 2.110.874,49 47,13% Financeiras 136.908,45 2,95% 113.470,66 2,53% Capital (máquinas + instalações +

equipamentos) 1.399.946,44 30,19% 1.763.097,52 39,37% Outras 404.644,61 8,73% 491.352,47 10,97%

4 ­ Outros indicadores 2004 2003 metas 2005

Nº total de alunos(as) regulares 2.468 2.268 2.650 Nº de alunos(as) com bolsas integrais 30 Valor total das bolsas integrais R$ 154.000,00 Nº de alunos(as) com bolsas parciais 226 132 360 Valor total das bolsas parciais R$ 377.859,58 R$ 183.230,33 R$ 690.000,00 Nº de alunos com bolsas sindicatos/convênios 182 49 200 Valor total das bolsas sindicatos/convênios R$ 166.229,89 R$ 44.755,52 R$ 200.000,00

Alunos(as) com bolsas de Iniciação Científica 9 Valor total das bolsas de Iniciação Científica R$ 16.200,00

5 – Informações relevantes quanto à ética, transparência e responsabilidade social

A relação entre a maior e a menor remuneração foi 21,9 em 2004.

A instituição desenvolve política de valorização da diversidade no seu quadro funcional através da contratação de portadores de necessidades especiais para o cargo de telefonista. Para este cargo são contratadas somente pessoas com dificuldades de locomoção.

Na seleção de parceiros e prestadores de serviços os critérios éticos e de responsabilidade social e ambiental são sugeridos.

A participação de empregados no planejamento da instituição ocorre em todos os níveis.

Há processos eleitorais democráticos para escolha de Reitor.

A instituição possui Comitê de Ética em Pesquisa, experimentação animal, e correlatos.

A instituição é reconhecida pela Fundação Abrinq como empresa amiga da criança.

6 – Notas explicativas

Item 2 – O valor do capital (máquinas + instalações e equipamentos) foi apurado pela diferença dos saldos do Ativo Permanente de 31/12/04 e 31/12/03. As informações foram extraídas do Balancete Analítico da Fundação Cultural de Araxá ­ Contas de Receitas e Despesas

Item 5 ­ Projetos, ações e contribuições para a sociedade ­ em 2003 não havia controle financeiro individual das atividades de cunho social. O valor total fecha com o Balancete, porém os valores identificados em cada atividade foram calculados por rateio. Algumas metas estão em branco porque não há planejamento para estas atividades para o ano de 2005.

Item 6 – A meta de bolsas para 2005 inclui o Programa Universidade de Todos – PROUNI.

A instituição é reconhecida pela Fundação Abrinq como empresa amiga da criança.

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6.6 Considerações Finais Sobre o Balanço Social do UNIARAXÁ/2004

Pelo apresentado, constata­se que o UNIARAXÁ desenvolveu atividades

sociais direcionadas aos seus empregados, à sociedade e ao meio ambiente,

participando do processo de desenvolvimento da comunidade local e regional, além

de promover a qualificação profissional dos seus docentes e discentes.

Este Balanço Social permitiu a comprovação de que o UNIARAXÁ cumpre a

responsabilidade social explícita na sua missão, nos seus valores e na sua visão de

futuro, com realizações nas mais diferentes áreas, e contribui para a formação de

uma cultura de responsabilidade social entre os envolvidos no processo –

professores, funcionários, alunos e comunidade externa.

Em síntese, este Balanço Social revela a coerência do UNIARAXÁ,

adequando sua prática ao discurso que profere.

Responsável pela elaboração: Professor Válter Gomes

Encaminhe suas dúvidas, críticas e sugestões para [email protected]

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7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

7.1 Conclusões

Quanto à pesquisa, observa­se que, de maneira geral, as questões de

responsabilidade social levantadas foram muito bem aceitas e valorizadas por todos

os stakeholders que responderam ao questionário.

O menor percentual médio de aceitação por grupos ficou em 73%, para o

grupo de questões relacionadas aos recursos humanos, e o menor percentual por

identificação, dentro deste grupo, ficou em 61%, para o grupo dos representantes da

comunidade em geral: políticos, representantes de clubes de serviços, etc. Tais

percentuais, apresentando estes números como menores, revelam a grande

valorização das ações de responsabilidade social pelos stakeholders do UNIARAXÁ.

Tal conclusão é reforçada quando analisamos a tabela 31.

Tabela 30: Análise das totalizações das respostas das 42 questões por concordância/discordância

Concordam Totalmente 23.857 70% Concordam Parcialmente 6.616 20% Indiferentes 2.275 7% Discordam Parcialmente 642 2% Discordam Totalmente 420 1% Total 33.810 100%

Observa­se que das 33.810 respostas 70% são referentes à concordância

total e 20% à concordância parcial, totalizando­se 90% de concordância.

Considerando que 7% representam posicionamento classificado como

indiferente, e que apenas 3% são posicionamentos de discordância, observa­se a

grande aprovação na execução das ações de responsabilidade social, de acordo

com os stakeholders do UNIARAXÁ. Tal análise pode ser visualizada também no

gráfico 9, apresentado a seguir:

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Gráfico 9: Percentuais de concordância/discordância totais das 42 questões

Na análise pelo perfil dos entrevistados observa­se que os grupos internos do

Centro Universitário, professores, gestores, funcionários e alunos, revelam

percentuais de aprovação maiores que os grupos externos: alunos do ensino médio,

fornecedores, prestadores de serviços e representantes da comunidade. Pode­se

concluir que este é um facilitador para a implementação de ações de

responsabilidade social.

Na análise por sexo ficou evidente a maior sensibilidade do sexo feminino, o

que pode ser também um diferencial a ser observado no momento de implantação e

divulgação de ações de responsabilidade social e nas estratégias institucionais.

As análises por faixa etária e escolaridade demonstraram uma tendência de

aumento do nível de conscientização à medida que as pessoas vão estudando,

vivendo e conhecendo mais a realidade. Por outro lado, a análise por renda familiar

demonstrou que os dois extremos, pessoas com renda de até 4 (quatro) salários

mínimos vigentes e pessoas com renda familiar acima de 12 (doze) salários mínimos

vigentes, tendem a dar mais valor às ações de responsabilidade social.

Percentuais de Concordância/Discordância

70%

20%

7%

2%

1%

Concordam Totalmente Concordam Parcialmente Indiferente Discordam Parcialmente Discordam Totalmente

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Na contagem geral, apenas 2 (duas) questões tiveram percentual de

aprovação relativamente baixo: a questão número 1, Auxílio creche, com 44% dos

pontos possíveis, e questão 33, Serviços públicos (pavimentação, segurança

pública, defesa civil e outras), com 35% dos pontos possíveis, sendo este o menor

percentual verificado.

Na análise por grupos observa­se que no grupo de questões relativas aos

recursos humanos, além da questão de número 1, Auxílio creche, com apenas 44%

dos pontos, as questões de números 5, Participação nos lucros e resultados, 9,

Recolocação de desempregados, e 11, Tempo de serviço e faixa etária dos

empregados também tiveram pontuação relativamente baixa, ficando com 54%, 60%

e 57%, respectivamente. Com base neste resultado, tais questões não precisariam

ser priorizadas entre as novas ações de responsabilidade social a serem

implantadas pelas instituições de ensino superior.

Em resposta ao problema proposto por este trabalho, observa­se que, neste

grupo, as questões de números 2, Bolsas de estudo, treinamentos e oportunidades

de crescimento, e 8, Qualidade de vida (saúde, segurança e satisfação no trabalho),

respectivamente com 97% e 92%, são as mais valorizadas pelos stakeholders,

devendo ser priorizadas. Vale destacar que, conforme demonstrado na tabela 2, a

questão número 2 foi avaliada com 100% dos pontos possíveis pelos professores,

fornecedores e prestadores de serviços, ou seja, todos os pesquisados identificados

nestes grupos responderam ao questionário concordando totalmente com esta

questão.

Na análise do grupo de questões relativas ao meio ambiente, tabela 3 e

gráfico 6, observa­se que nenhuma questão teve percentual abaixo de 78%, o que

demonstra a grande valorização das questões ambientais por parte dos

stakeholders. Neste grupo, a resposta ao problema pesquisado ficou por conta das

questões, 14, Educação ambiental, proteção e preservação do meio ambiente, 16,

Poluição do ar, da água, do solo, etc. ­ despoluir e evitar poluir, e 19, Reciclagem de

lixo e reutilização de materiais, com 93%, 91% e 91%, respectivamente,

caracterizando­se como prioritárias na visão dos stakeholders.

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No grupo de questões relativas aos projetos sociais, tabela 4, além da

questão de número 33, citada anteriormente como menor percentual de aprovação,

não houve nenhuma questão com percentual de aprovação baixo, o menor foi de

64%. Entretanto, neste grupo, não houve nenhuma questão de destaque com

percentual acima de 90%. Os maiores percentuais de aprovação obtidos ficaram

com as questões de número 22, Arte, cultura e esporte, e 27, Conscientização

quanto aos direitos humanos, com 87% dos pontos cada, caracterizando­se como as

prioritárias, compondo a resposta ao problema pesquisado por este trabalho.

Já no grupo das questões relativas a divulgação das informações a respeito

de responsabilidade social, tabela 5, observa­se que não houve nenhuma questão

com percentual de aprovação relativamente baixo, sendo 67% o menor deles, o que

demonstra a grande valorização das questões deste grupo. Quanto aos destaques

positivos, completando as respostas ao problema de pesquisa deste trabalho, temos

a questão de número 41, Transparência, clareza, legitimidade e credibilidade, com

94% dos pontos e a de número 42, Relevância, consistência e coerência, com 89%.

Tais resultados mostram a importância dada pelos stakeholders a informações

corretas, claras, transparentes, legítimas. Os stakeholders querem credibilidade nas

informações. Divulgar, informar, sem dúvida é muito importante; porém com

credibilidade, caso contrário o efeito pode ser negativo.

Quanto aos objetivos deste trabalho, observa­se que a revisão teórica foi

fundamental para o embasamento, possibilitando a confecção do questionário, cuja

análise confirmou várias afirmações observadas na literatura consultada. O

levantamento das ações de responsabilidade social relativas aos recursos humanos,

meio ambiente e programas de ajuda à comunidade, possíveis de serem executadas

por uma instituição de ensino superior e relacionadas no capítulo 3, além de

possibilitar a confecção do questionário de pesquisa, apresenta­se para análise dos

interessados, podendo suscitar o desejo de implantação dessas ações por

instituições. A análise das respostas do questionário do capítulo 4, assim como as

considerações relatadas neste capítulo conclusivo, identifica as ações de

responsabilidade social relevantes a serem priorizadas por uma instituição de ensino

superior na opinião dos stakeholders.

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A fundamentação teórica, os resultados das análises dos Balanços Sociais

das 12 instituições de ensino, e os resultados da pesquisa de campo evidenciaram:

(1) a importância que deve ser dispensada às pessoas que compõem os recursos

humanos das entidades, visto que estas se constituem em fator estratégico na busca

dos objetivos institucionais; (2) que o investimento em preservação, proteção e

recuperação do meio ambiente é fator de sobrevivência e competitividade para as

entidades; (3) que os programas de benefícios e contribuições à sociedade em geral

são altamente relevantes.

A metodologia para a elaboração e o modelo de Balanço Social, propostos no

capítulo 5 e exemplificados no capítulo 6, buscam possibilitar o atendimento dos

objetivos das entidades relativos ao Balanço Social, e aos objetivos dos

stakeholders quanto à sua expectativa da responsabilidade social das entidades. As

orientações a serem seguidas na elaboração, a importância das pesquisas de

opinião para informar melhor e para melhorar as atividades de responsabilidade

social a serem desenvolvidas, os cuidados com a linguagem, as informações

quantitativas e qualitativas, a probidade do documento, a relevância e a estrutura

analisados e sugeridos, têm como embasamento as teorias consultadas e os

resultados da pesquisa de opinião junto aos stakeholders. Desta forma,

complementa­se a resposta ao problema da pesquisa deste trabalho e atende­se o

último dos objetivos específicos.

Os resultados deste trabalho podem ser observados e analisados por outras

instituições, servindo de base para o planejamento e execução de suas ações.

Conclui­se também que este trabalho atingiu o objetivo geral de contribuir

para o avanço de análises e discussões em torno da relevância da execução e

publicação das ações de responsabilidade social por parte das organizações. A

simples análise dos altos percentuais de aprovação das questões por parte dos

respondentes ao questionário indica a importância dada pelos stakeholders às ações

de responsabilidade social, confirmando a necessidade de conciliação dos objetivos

econômicos, de produção e transmissão do conhecimento das instituições de ensino

superior com os objetivos sociais e ambientais de todos os stakeholders.

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7.2 Recomendações

As análises das respostas do questionário sugerem conclusões no sentido de

que pessoas mais carentes, assim como pessoas mais esclarecidas, valorizam mais

a execução e divulgação das ações de responsabilidade social. Recomenda­se um

estudo mais aprofundado, com público mais diversificado, visando a confirmar ou

não esta afirmação.

As análises das respostas do questionário mostram o que pensam os

Stakeholders do UNIARAXÁ e propiciam uma visão geral da valorização das ações

de responsabilidade social pela comunidade. Porém, recomenda­se que cada

organização faça a sua pesquisa junto aos seus stakeholders, visando a obter o

perfil particular do seu público, sendo­lhe permitido redirecionar as ações no sentido

de atender melhor às suas expectativas.

A aplicação do modelo de Balanço Social proposto, em algumas entidades

pode originar um documento muito longo. Sugere­se a sua publicação via Internet ou

impressão de um caderno, e a publicação de um resumo nos jornais escritos

acessíveis aos stakeholders da entidade.

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ANEXO I – Relação das Universidades e Centros Universitários Consultados

que não Possuem Balanço Social Publicado no seu Site na Internet.

1 Centro Regional Universitário do Espirito Santo do Pinhal www.creupi.br 2 Centro Universitário ­ Fiam ­ Faam www.fiamfaam.br 3 Centro Universitário Abeu www.uniabeu.com.br 4 Centro Universitário Adventista de São Paulo www.unasp.br 5 Centro Universitário Assunção www.fai.br 6 Centro Universitário Belas Artes de São Paulo www.belasartes.br 7 Centro Universitário Campos de Andrade www.uniandrade.br 8 Centro Universitário Cândido Rondon ­ UNIRONDON www.unirondon.br 9 Centro Universitário Capital www.capital.br 10 Centro Universitário Carioca www.carioca.br 11 Centro Universitário Celso Lisboa www.celsolisboa.edu.br 12 Centro Universitário Claretiano www.claretiano.edu.br 13 Centro Universitário da Cidade www.univercidade.edu 14 Centro Universitário da FEI ­ UNIFEI www.fei.edu.br 15 Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé www.unifeg.edu.br 16 Centro Universitário da Grande Dourados www.unigran.br 17 Centro Universit. das Faculdades Metropolitanas Unidas www.fmu.br 18 Centro Universitário de Anápolis www.aee.edu.br 19 Centro Universitário de Araraquara ­ UNIARA www.uniara.com.br 20 Centro Universitário de Barra Mansa www.ubm.br 21 Centro Universitário de Belo Horizonte ­ UNI­BH www.unibh.br 22 Centro Universitário de Campo Grande ­ Unaes www.unaes.br 23 Centro Universitário de Ciências Gerenciais www.una.br 24 Centro Universitário de João Pessoa www.unipe.br 25 Centro Universitário de Lavras www.unilavras.edu.br 26 Centro Universitário de Lins www.unilins.edu.br 27 Centro Universitário de Maringá www.cesumar.br 28 Centro Universitário de Patos de Minas www.unipam.edu.br 29 Centro Universitário de Santo André www.sflaquer.br 30 Centro Universitário de São José do Rio Preto www.unirpnet.com.br 31 Centro Universitário de Várzea Grande www.univag.com.br 32 Centro Universitário de Volta Redonda www.foa.org.br 33 Centro Universitário do Espirito Santo ­ UNESC www.unesc.br 34 Centro Universitário do Estado do Pará www.cesupa.br 35 Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia www.maua.br 36 Centro Universitário do Leste de Minas www.unilestemg.br 37 Centro Universitário do Maranhão www.ceuma.br 38 Centro Universitário do Norte Paulista ­ UNORP www.unorp.br 39 Centro Universitário do Planalto De Araxá www.uniaraxa.edu.br 40 Centro Universitário do Sul de Minas www.unis.edu.br 41 Centro Universitário Federal de Alfenas www.efoa.br 42 Centro Universitário Feevale www.feevale.br 43 Centro Universitário Filadélfia www.unifil.br

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44 Centro Universitário Fundação Santo André www.fsa.br 45 Centro Universitário Ibero­Americano www.unibero.edu.br 46 Centro Universitário La Salle www.unilasalle.edu.br 47 Centro Universitário Leonardo da Vinci ­ Uniasselvi www.asselvi.com.br 48 Centro Universitário Lusíada www.lusiada.br 49 Centro Universitário Luterano de Ji­Paraná www.ulbrajp.edu.br 50 Centro Universitário Luterano de Palmas www.ulbra­to.br 51 Centro Universitário Metodista ­ Ipa www.ipametodista.edu.br 52 Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos www.msb.br 53 Centro Universitário Monte Serrat www.unimonte.br 54 Centro Universitário Moura Lacerda www.mouralacerda.com.br 55 Centro Universitário Newton Paiva www.newtonpaiva.br 56 Centro Universitário Nilton Lins www.niltonlins.br 57 Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio www.ceunsp.br 58 Centro Universitário Nove de Julho www.uninove.br 59 Centro Universitário Plínio Leite www.plinioleite.com.br 60 Centro Universitário Positivo www.unicenp.br 61 Centro Universitário Ritter dos Reis www.ritterdosreis.br 62 Centro Universitário Salesiano de São Paulo www.unisal.br 63 Centro Universitário Sant'anna www.santanna.br 64 Centro Universitário São Camilo www.scamilo.br 65 Centro Universitário Univates www.univates.br 66 Centro Universitário Vila Velha www.uvv­es.br 67 Centro Universitátio de Brusque ­ Unifebe www.unifebe.edu.br 68 Pontifícia Universidade Católica de Campinas ­ PUCCAMP www.puccamp.br 69 Pontifícia Universidade Católica de M. Gerais ­ PUC ­ MG www.pucminas.br 70 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ­ PUC ­ SP www.pucsp.br 71 Pontifícia Universidade Católica do Paraná ­ PUC ­ PR www.pucpr.br 72 Universidade Anhembi Morumbi ­ UAM www.anhembi.br 73 Universidade Bandeirantes de São Paulo ­ UNIBAN www.uniban.br 74 Universidade Braz Cubas ­ UBC www.brazcubas.br 75 Universidade Cândido Mendes ­ UCAM www.candidomendes.br 76 Universidade Castelo Branco ­ UCB www.castelobranco.br 77 Universidade Católica de Brasília ­ UCB www.ucb.br 78 Universidade Católica de Pelotas ­ UCPEL www.ucpel.tche.br 79 Universidade Católica de Pernambuco ­ UNICAP www.unicap.br 80 Universidade Católica de Petrópolis ­ UCP www.ucp.br 81 Universidade Católica de Salvador ­ UCSAL www.ucsal.br 82 Universidade Católica de Santos ­ UNISANTOS www.unisantos.com.br 83 Universidade Católica do Goiás ­ UCG www.ucg.br 84 Universidade Católica do Salvador ­ UCSAL www.ucsal.br 85 Universidade Comunitária Regional de Chapecó www.unochapeco.edu.br 86 Universidade Cruzeiro do Sul ­ UNICSUL www.unicsul.br 87 Universidade da Região de Campanha ­ URCAMP www.urcamp.tche.br 88 Universidade de Alfenas ­ UNIFENAS www.unifenas.br 89 Universidade de Brasilia ­ UNB www.unb.br

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90 Universidade de Cuiabá ­ UNIC www.unic.br 91 Universidade de Fortaleza ­ UNIFOR www.unifor.br 92 Universidade de Franca ­ UNIFRAN www.unifran.br 93 Universidade de Marília ­ UNIMAR www.unimar.br 94 Universidade de Mogi das Cruzes ­ UMC www.umc.br 95 Universidade de Passo Fundo ­ UPF www.upf.tche.br 96 Universidade de Ribeirão Preto ­ UNAERP www.unaerp.br 97 Universidade de Santa Cecília ­ UNISANTA www.unisanta.br 98 Universidade de São Paulo ­ USP www.usp.br 99 Universidade de Taubaté ­ UNITAU www.unitau.br 100 Universidade de Uberaba ­ UNIUBE www.uniube.br 101 Universidade Federal do Amazonas ­ UFAM www.fua.br 102 Universidade do Estado da Bahia ­ UNEB www.uneb.br 103 Universidade do Estado de Mato Grosso ­ UNEMAT www.unemat.br 104 Universidade do Estado de Minas Gerais ­ UEMG www.uemg.br 105 Universidade do Estado Do Rio De Janeiro ­ UERJ www.uerj.br 106 Universidade do Grande ABC ­ UNIABC www.uniabc.br 107 Universidade do Grande Rio ­ UNIGRANRIO www.ufrrj.br 108 Universidade do Oeste Paulista ­ UNOESTE www.unoeste.br 109 Universidade do Planalto Catarinense ­ UNIPLAC www.uniplac.rct­sc.br 110 Universidade do Sagrado Coração ­USC www.usc.br 111 Universidade do Tocantins ­ UNITIS www.unitins.br 112 Universidade do Vale do Paraíba ­ UNIVAP www.univap.br 113 Universidade Estácio de Sá ­ UNESA www.estacio.br 114 Universidade Estadual de Campinas ­ UNICAMP www.unicamp.br 115 Universidade Estadual de Feira de Santana ­ UEFS www.uefs.br 116 Universidade Estadual de Goiás ­ UEG www.ueg.br 117 Universidade Estadual de Londrina ­ UEL www.uel.br 118 Universidade Estadual de Maringá ­ UEM www.uem.br 119 Universidade Estadual de Montes Claros ­ UNIMONTES www.unimontes.br 120 Universidade Estadual de Ponta Grossa ­ UEPG www.uepg.br 121 Universidade Estadual de Santa Cruz ­ UESC www.uesc.br 122 Universidade Estadual do Ceará ­ UECE www.uece.br 123 Universidade Estadual do Centro Oeste ­ UNICENTRO www.unicentro.br 124 Universidade Estadual do Maranhão ­ UEMA www.uema.br 125 Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul ­ UEMS www.uems.br 126 Universidade Estadual. do Norte Fluminense Darcy Ribeiro www.uenf.br 127 Universidade Estadual do Oeste do Paraná ­ UNIOESTE www.unioeste.br 128 Universidade Estadual do Piauí ­ UESPI www.uespi.br 129 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia ­ UESB www.uesb.br 130 Universidade Federal da Bahia ­ UFBA www.portal.ufba.br 131 Universidade Federal da Paraíba ­ UFPB www.ufpb.br 132 Universidade Federal de Alagoas ­ UFAL www.ufal.br 133 Universidade Federal de Campina Grande ­ UFCG www.ufcg.edu.br 134 Universidade Federal de Goiás ­ UFG www.ufg.br 135 Universidade Federal de Itajubá ­ UNIFEI www.efei.br

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136 Universidade Federal de Juiz De Fora ­ UFJF www.ufjf.br 137 Universidade Federal de Lavras ­ UFLA www.ufla.br 138 Universidade Federal de Mato Grosso Do Sul ­ UFMS www.ufms.br 139 Universidade Federal de Minas Gerais ­ UFMG www.ufmg.br 140 Universidade Federal de Ouro Preto ­ UFOP www.ufop.br 141 Universidade Federal de Pernambuco ­ UFPE www.ufpe.br 142 Universidade Federal de Roraima ­ UFRR www.ufrr.br 143 Universidade Federal de Santa Catarina ­ UFSC www.ufsc.br 144 Universidade Federal de Santa Maria ­ UFSM www.ufsm.br 145 Universidade Federal de São Carlos ­ UFSCAR www.ufscar.br 146 Universidade Federal de São Paulo ­ UNIFESP www.unifesp.br 147 Universidade Federal de Sergipe ­ UFS www.ufs.br 148 Universidade Federal de Uberlândia ­ UFU www.ufu.br 149 Universidade Federal de Viçosa ­ UFV www.ufv.br 150 Universidade Federal do Acre ­ UFAC www.ufac.br 151 Universidade Federal do Amapá ­ UNIFAP www.unifap.br 152 Universidade Federal do Ceará ­ UFC www.ufc.br 153 Universidade Federal do Espírito Santo ­ UFES www.ufes.br 154 Universidade Federal do Maranhão ­ UFMA www.ufma.br 155 Universidade Federal do Pará ­ UFPA www.ufpa.br 156 Universidade Federal do Piauí ­ UFPI www.ufpi.br 157 Universidade Federal do Rio de Janeiro ­ UFRJ www.ufrj.br 158 Universidade Federal do Rio Grande do Norte ­ UFRN www.ufrn.br 159 Universidade Federal do Rio Grande do Sul ­ UFRGS www.ufrgs.br/ufrgs 160 Universidade Federal Fluminense ­ UFF www.uff.br 161 Universidade Federal Rural da Amazônia ­ UFRA www.ufra.edu.br 162 Universidade Ibirapuera ­ UNIB www.unib.br 163 Universidade Luterana do Brasil ­ ULBRA www.ulbra.br 164 Universidade Metodista de Piracicaba ­ UNIMEP www.unimep.br 165 Universidade Metropolitana de Santos ­ UNIMES www.unimes.br 166 Universidade Norte do Paraná ­ UNOPAR www.unopar.br 167 Universidade Paulista ­ UNIP www.unip.br 168 Universidade Potiguar ­ UNP www.unp.br 169 Universidade Presidente Antônio Carlos ­ UNIPAC www.unipac.br 170 Universidade Regional do Cariri ­ URCA www.urca.br 171 Universidade Salgado de Oliveira ­ UNIVERSO www.universo.g12.br 172 Universidade Salvador ­ UNIFACS www.unifacs.br 173 Universidade Santo Amaro ­ UNISA www.unisa.br 174 Universidade São Francisco ­ USF www.usf.com.br 175 Universidade Tuiuti do Paraná ­ UTP www.utp.br 176 Universidade Vale do Rio Doce ­ UNIVALE www.univale.br 177 Universidade Vale do Rio Verde ­ UNINCOR www.unincor.br 178 Universidade Veiga de Almeida ­ UVA www.uva.br

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ANEXO II – Questionário de Pesquisa

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA – formulário nº 0001

Ilmo(a). Sr(a).

Cumprimentando­o(a) cordialmente, solicito sua especial atenção para o que segue. Sou aluno do Curso de Mestrado em Contabilidade e Finanças da Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo – PUC­SP. Meu projeto de dissertação tem como tema “Balanço Social”. O presente questionário tem como objetivo acadêmico identificar ações de responsabilidade

social a serem priorizadas por uma Instituição de Ensino Superior. Este questionário não é um teste de conhecimentos; não existem respostas certas ou erradas.

Para ajudá­lo(a) na compreensão do objetivo desta pesquisa, considere a seguinte afirmação: “Uma Instituição de Ensino Superior, além de formar profissionais habilitados para o mercado de trabalho, cidadãos éticos e gerar riqueza através do pagamento de funcionários, terceiros, impostos, salários, etc., deve, também, executar outras ações de responsabilidade social, relacionadas aos recursos humanos, meio ambiente e comunidade”.

Favor apreciar as opções subseqüentes e marcar um “x” na opção escolhida, considerando o seguinte: • CT para Concordar Totalmente • CP para Concordar Parcialmente • IN para posicionar­se de forma Indiferente (não concorda, nem discorda) • DP para Discordar Parcialmente • DT para Discordar Totalmente

Solicito que analise atentamente cada item antes de marcar a opção de sua preferência sem se preocupar com a quantidade de cada opção, por exemplo: se você concordar totalmente com todos os itens de um grupo, marque todos na coluna CT, da mesma forma, se discordar totalmente de todos os itens, marque todos na coluna DT.

Reforço que o objetivo é detectar as ações mais importantes a serem executadas e divulgadas por uma Instituição de Ensino Superior.

Sugiro que leia todo o questionário antes de começar a respondê­lo.

a) Relativo aos recursos humanos, uma Instituição de Ensino Superior ­ IES deve preocupar­se com: 1. Auxílio creche CT CP IN DP DT 2. Bolsas de estudo, treinamentos e oportunidades de crescimento CT CP IN DP DT 3. Esporte, lazer e cultura CT CP IN DP DT 4. Inclusão social (contratação de deficientes, negros e outros) CT CP IN DP DT 5. Participação nos lucros e resultados CT CP IN DP DT 6. Permitir liberdade de opinião e de expressão aos funcionários CT CP IN DP DT 7. Políticas de admissão e de demissão responsáveis CT CP IN DP DT 8. Qualidade de vida (saúde, segurança e satisfação no trabalho) CT CP IN DP DT 9. Recolocação de desempregados CT CP IN DP DT 10. Seguro de vida e complementação previdenciária CT CP IN DP DT 11. Tempo de serviço e faixa etária dos empregados CT CP IN DP DT 12. Vale transporte, moradia, alimentação e cesta básica CT CP IN DP DT

b) Relativo ao meio ambiente, uma Instituição de Ensino Superior deve preocupar­se com: 13. Ecologia CT CP IN DP DT 14. Educação ambiental, proteção e preservação do meio ambiente CT CP IN DP DT 15. Conservação de construções, móveis e equipamentos CT CP IN DP DT 16. Poluição do ar, da água, do solo, etc. ­ despoluir e evitar poluir CT CP IN DP DT 17. Preservação e conservação de matas, córregos, rios e lagos CT CP IN DP DT 18. Reflorestamento CT CP IN DP DT 19. Reciclagem de lixo e reutilização de materiais CT CP IN DP DT 20. Redução no consumo de água e energia CT CP IN DP DT

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c)Relativo aos programas sociais, uma IES deve preocupar­se com: 21. Apoio humano e tecnológico a escolas públicas e entidades beneficentes CT CP IN DP DT 22. Arte, cultura e esporte CT CP IN DP DT 23. Assistência à saúde e combate à fome CT CP IN DP DT 24. Capacitação e encaminhamento profissional de pessoas de baixa renda CT CP IN DP DT 25. Combate ao desemprego e analfabetismo CT CP IN DP DT 26. Combate a marginalidade, uso de drogas e violência CT CP IN DP DT 27. Conscientização quanto aos direitos humanos CT CP IN DP DT 28. Crianças e adolescentes CT CP IN DP DT 29. Empregabilidade de alunos e ex­alunos CT CP IN DP DT 30. Inclusão social (raça, sexo, deficiência física ou mental e outros) CT CP IN DP DT 31. Patrocínio a projetos e construções de cunho social CT CP IN DP DT 32. Pesquisas visando a detectar carências no município CT CP IN DP DT 33. Serviços públicos (pavimentação, segurança pública, defesa civil e outras) CT CP IN DP DT 34. Terceira idade CT CP IN DP DT

d) Na publicação das informações sobre responsabilidade social, uma IES deve preocupar­se com: 35. Informações quantitativas padronizadas para permitir comparação CT CP IN DP DT 36. Informações qualitativas CT CP IN DP DT 37. Divulgação das ações sociais para todo o público interno e externo CT CP IN DP DT 38. Linguagem clara, simples, acessível, evitando expressões técnicas CT CP IN DP DT 39. Pesquisas de opinião junto ao público para informar melhor CT CP IN DP DT 40. Publicar as críticas recebidas explicando ações corretivas CT CP IN DP DT 41. Transparência, clareza, legitimidade e credibilidade CT CP IN DP DT 42. Relevância, consistência e coerência CT CP IN DP DT

IDENTIFICAÇÃO DO(A) ENTREVISTADO(A): e) Sexo: ( )masculino ( )feminino f) Idade: ______ anos completos

g) Escolaridade: ( )ensino básico incompleto ( )ensino básico completo ( )ensino médio incompleto

( )ensino médio completo ( )superior incompleto ( )superior completo

( )pós­graduação incompleto ( )pós­graduação completo

h) Renda familiar mensal aproximada em R$: ( )A ­ até 520,00 ( )B ­ maior que 520,00 até 1.040,00 ( )C ­ maior que 1.040,00 até 1.560,00 ( )D ­ maior que l.560,00 até 2.080,00 ( )E ­ maior que 2.080,00 até 2.600,00 ( )F ­ maior que 2.600,00 até 3.120,00

( )G ­ maior que 3.120,00 até 3.640,00 ( )H ­ maior que 3.640,00 até 4.160,00 ( )I ­ maior que 4.160,00 até 4.680,00 ( )J ­ maior que 4.680,00 até 5.200,00 ( )K ­ acima de 5.200,0

i) Em relação ao UNIARAXÁ, você se identifica como: ( ) Aluno(a) da graduação ou da pós­graduação. Curso: ___________________________________ ( ) Aluno(a) do ensino médio ( ) Fornecedor(a) ou prestador(a) de serviços ( ) Gestor(a) ou Funcionário(a) Administrativo ( ) Professor(a) ( ) Ex­alunos, familiares de empregados ou de alunos, representante político, de clubes de serviços, sindicatos, imprensa, organizações de classe e comunidade em geral.

Caso queira fazer algum comentário, favor usar folha separada ou enviar e­mail para o endereço [email protected].

Obrigado por sua colaboração. Válter Gomes Mestrando em Ciências Contábeis e Financeiras pela PUC – SP Orientador: Prof. Dr. José Carlos Marion