Controle de Constitucionalidade - Ênfase

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    Controle de Constitucionalidade

    O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula

    ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros

    doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.

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    Sumrio

    1. Controle Abstrato ................................................................................................... 2

    1.1 Competncia ..................................................................................................... 3

    1.2 Parmetro ......................................................................................................... 3

    1.3 Objeto ............................................................................................................... 4

    1.4 Participantes ..................................................................................................... 7

    1.4.1 Legitimados Ativos ....................................................................................... 7

    1.4.1.1 Rol de legitimados do art. 103 da Constituio Federal ...................... 8

    1.4.2 Legitimados Passivos ................................................................................... 9

    1.4.3 Advogado-Geral da Unio ........................................................................... 9

    1.4.4 Procurador-Geral da Repblica ................................................................. 10

    1.4.5 Amicus Curiae ............................................................................................ 11

    1.4.6 Outras formas de participao .................................................................. 12

    1.5 Cautelar ........................................................................................................... 12

    1.5.1 Efeito vinculante ........................................................................................ 12

    1.6 Deciso final .................................................................................................... 13

    1.6.1 Aspecto procedimental ............................................................................. 13

    1.6.2 Efeitos da deciso ...................................................................................... 13

    1.7 Tcnicas decisrias .......................................................................................... 15

    1.7.1 Modulao temporal ................................................................................. 15

    1.7.2 Declarao de inconstitucionalidade parcial com reduo de texto ........ 15

    1.7.3 Declarao de inconstitucionalidade parcial sem reduo de texto ........ 15

    1.7.4 Declarao de inconstitucionalidade sem pronncia de nulidade ........... 15

    1.7.5 Declarao de norma ainda constitucional ou processo de

    incosntitucionalizao ou inconstitucionalidade progressiva ou norma constitucional em

    trnsito para inconstitucionalidade .................................................................................. 16

    1.8 Recurso e Ao Rescisria .............................................................................. 16

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    1. Controle Abstrato

    No controle abstrato encontramos as aes especficas do controle deconstitucionalidade, so elas:

    ADIart. 102, I, a da CF

    ADCart. 102, I, a da CF reguladas pela Lei 9.868/99

    ADOart. 103, 2 da CF

    ADPFart. 102, 1 da CF e Lei 9.882/99

    ADI estadualart. 125, 2 da CF

    ADI interventiva ou representao interventiva art. 36, III da CF e Lei11.562/11

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da

    Constituio, cabendo-lhe:

    I - processar e julgar, originariamente:

    a) a ao direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a

    ao declaratria de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

    Art. 103. Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declaratria de

    constitucionalidade:

    2 - Declarada a inconstitucionalidade por omisso de medida para tornar efetiva

    norma constitucional, ser dada cincia ao Poder competente para a adoo das

    providncias necessrias e, em se tratando de rgo administrativo, para faz-lo em

    trinta dias.

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da

    Constituio, cabendo-lhe:

    1. A arguio de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta

    Constituio, ser apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.

    Art. 125. Os Estados organizaro sua Justia, observados os princpios estabelecidos

    nesta Constituio.

    2 - Cabe aos Estados a instituio de representao de inconstitucionalidade de leis ou

    atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituio Estadual, vedada a

    atribuio da legitimao para agir a um nico rgo.

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    Art. 36. A decretao da interveno depender:

    III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representao do Procurador-Geral

    da Repblica, na hiptese do art. 34, VII, e no caso de recusa execuo de lei federal.

    1.1 Competncia

    A competncia para julgar a ADI, ADC, ADO, ADPF e a representao interventiva

    do STF. J a competncia para julgar a ADI estadual do TJ (rgo mximo do Poder

    Judicirio estadual).

    1.2

    Parmetro

    O parmetro a norma ou princpio constitucional perante o qual questionado o

    ato (objeto).

    O parmetro na ADI e na ADC o mesmo, ou seja, a ordem constitucional global:

    Texto constitucional;

    Princpios constitucionais implcitos;

    Tratados internacionais de direitos humanos aprovados na forma do art. 5,

    3 da CF.

    Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se

    aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida,

    liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:

    3 Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem

    aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos

    votos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais.

    Na ADPF o parmetro so os preceitos fundamentais. O STF na ADPF n 33/MC

    elencou alguns pontos que indicam o que so preceitos fundamentais:

    Princpios fundamentais previstos entre os arts. 1 e 4 da CF;

    Direitos fundamentais;

    Princpios constitucionais sensveis previstos no art. 34, VII do CF;

    Clusulas ptreas previstas no art. 60, 4 da CF.

    Uma parcela da doutrina entende que os princpios da administrao pblica

    tambm deveriam ser considerados preceitos fundamentais.

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    Assim, podemos concluir que o parmetro na ADI mais amplo do que o parmetro

    da ADPF.

    Na ADO o parmetro so normas constitucionais que imponham um dever de fazer.

    Na ADI estadual o parmetro a Constituio estadual.

    Por fim, o parmetro na representao interventiva:

    Princpios constitucionais sensveis previstos no art. 34, VII da CF;

    Dever de execuo de lei federalart. 34, VI, 1 parte da CF.

    1.3

    Objeto

    O objeto na ADI a lei ou ato normativo federal ou estadual que aparecem de forma

    explicita no art. 102, I. a da CF, o que no est to evidente que a lei e o ato normativo

    devem ser posteriores Constituio Federal.

    Logo, no cabe ADI contra lei ou ato normativo municipal. Todavia, em relao lei

    distrital depende, pois se for derivada da competncia estadual caber ADI, mas se for

    derivada da competncia municipal no cabe ADI.

    Cabe ADI contra norma constitucional? Depende, pois a norma constitucional

    originria no pode ser objeto de ADI. Entretanto, a norma constitucional derivada

    (emendas a Constituio) pode ser objeto de ADI e o parmetro so os limites ao

    poder de reforma constitucional.

    Observao:se duas normas constitucionais originrias encontram-se em conflito a

    soluo hermenutica a ponderao de valores dentro da situao concreta.

    O objeto na ADC a lei ou ato normativo federal.

    O que ato normativo para fins de cabimento de ADI e ADC? o ato normativo

    primrio, ou seja, aquele que detm autonomia, pois no depende de nenhuma

    outra norma a no ser a Constituio Federal.

    O objeto da ADO uma omisso que pode ser:

    Total ou parcial;

    Normativa ou administrativa.

    Para entendermos o objeto da ADPF primeiro devemos ter em mente que existem

    dois tipos de ADPF:

    Direta ou autnomao objeto um ato do Poder Pblico (art. 1, caput da

    Lei 9.882/99), que pode ser:

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    i. Normativo ou concreto;

    ii. Da administrao pblica direta ou indireta;iii. Posterior ou anterior Constituio Federal;

    iv. Infralegal;

    v. Revogado;

    vi. Conjunto de decises judiciais.

    Art. 1oA arguio prevista no 1

    odo art. 102 da Constituio Federal ser proposta

    perante o Supremo Tribunal Federal, e ter por objeto evitar ou reparar leso a preceitofundamental, resultante de ato do Poder Pblico.

    Indireta ou incidentalo objeto a lei ou ato normativo da Unio, Estados,

    Municpios ou Distrito Federal, includos os anteriores Constituio Federal

    (art. 1, nico, I da Lei 9.882/99).

    Pargrafo nico. Caber tambm arguio de descumprimento de preceito fundamental:

    I - quando for relevante o fundamento da controvrsia constitucional sobre lei ou ato

    normativo federal, estadual ou municipal, includos os anteriores Constituio;

    Exemplo: em um determinado processo foi suscitada uma questo incidental de

    matria constitucional, neste caso estaramos diante de um controle concreto de

    constitucionalidade a ser julgado pelo juiz competente. Contudo, se esta questo

    constitucional for um preceito fundamental o juiz da causa continua competente, mas

    admite-se que a partir da questo incidental poder ser proposta ao diretamente ao STF,

    que consiste na ADPF incidental.

    Vale ressaltar que STF no ir resolver o caso concreto, mas to-somente analisar a

    questo incidental que envolve preceito fundamental. E o controle que o STF exercer nesse

    caso o controle abstrato, apesar de o nome da ADPF ser incidental ou indireta.

    Assim, a questo incidental ser analisar pelo STF e o caso concreto ser resolvido

    pelo juzo competente, tal fenmeno qualificado como ciso funcional da competncia em

    plano vertical.

    Se a ADPF incidental ou indireta proposta a partir de uma questo incidental

    contida em um processo comum que j existe, logo, podemos concluir que a ADPF direta ou

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    autnoma proposta no STF independentemente da existncia de qualquer processo

    discutindo a matria.

    ADC ADI ADPF indireta ou

    incidental

    ADPF direta

    Lei ou ato normativo

    federal posteriores

    Constituio.

    Lei ou ato normativo

    federal ou estadual

    posteriores

    Constituio.

    Lei ou ato normativo

    da Unio, Estados,

    Distrito Federal ou

    Municpios, includos

    os anteriores

    Constituio.

    Ato do Poder

    Pblico.

    Podemos concluir que: ADC

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    Ateno!Na ADI estadual o parmetro uma norma da Constituio estadual, mas,

    por questes de simetria, pode acontecer de a norma utilizada como parmetro ser uma

    norma de reproduo obrigatria da Constituio Federal. Neste caso, da deciso do TJ

    caber recurso extraordinrio para o STF.

    Da deciso de TJ na ADI estadual em regra cabe recurso extraordinrio para o STF?

    Em regra no, pois trata-se de competncia exclusiva do TJ. Mas, excepcionalmente,

    caber recurso extraordinrio para o STF se a norma da Constituio Estadual,

    utilizada como parmetro na ADI estadual, for de reproduo obrigatria da

    Constituio Federal. Consistindo, assim, a nica hiptese de controle difuso abstrato

    em mbito de recurso extraordinrio.

    Por fim, o objeto da representao interventiva pode ser:

    Ato normativo ou concreto;

    Ato comissivo ou omissivo.

    1.4 Participantes

    1.4.1 Legitimados Ativos

    ADI, ADC, ADO, ADPFart. 103 da CF.

    Art. 103. Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declaratria de

    constitucionalidade:

    I - o Presidente da Repblica;

    II - a Mesa do Senado Federal;

    III - a Mesa da Cmara dos Deputados;

    IV a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Cmara Legislativa do Distrito Federal;

    V o Governador de Estado ou do Distrito Federal;

    VI - o Procurador-Geral da Repblica;

    VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

    VIII - partido poltico com representao no Congresso Nacional;

    IX - confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional.

    ADI estadualo art. 125, 2 da CF confere liberdade para a Constituio

    Estadual, vedado atribuir a um nico legitimado. De modo que no h

    necessidade de reproduo obrigatria do modelo federal.

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    Art. 125. Os Estados organizaro sua Justia, observados os princpios estabelecidos

    nesta Constituio.

    2 - Cabe aos Estados a instituio de representao de inconstitucionalidade de leis ou

    atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituio Estadual, vedada a

    atribuio da legitimao para agir a um nico rgo.

    Representao interventivaexclusiva do Procurador-Geral da Repblica.

    1.4.1.1Rol de legitimados do art. 103 da Constituio Federal

    O rol de legitimados do art. 103 da CF classificado pela doutrina em:

    Legitimados universais ou neutrosart. 103, I, II, III, VI, VI, VIII da CF.

    I - o Presidente da Repblica;

    II - a Mesa do Senado Federal;

    III - a Mesa da Cmara dos Deputados;

    VI - o Procurador-Geral da Repblica;

    VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

    VIII - partido poltico com representao no Congresso Nacional;

    Legitimados especiaisart. 103, IV, V, IX da CF.

    IV a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Cmara Legislativa do Distrito Federal;

    V o Governador de Estado ou do Distrito Federal;

    IX - confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional.

    Os legitimados especiais precisam demonstrar a pertinncia temtica, ou seja, s

    podem propor a ADI quando a lei ou ato normativo impugnados guarda relao com a rea

    em que eles atuam.

    Os legitimados universais no precisam demonstrar pertinncia temtica, podendo

    propor ADI sobre qualquer matria.

    O art. 103 da CF pode ser dividido entre aqueles legitimados que possuem

    capacidade postulatria e os que no possuem.

    Com capacidade postulatriaart. 103, I ao VII da CF.

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    I - o Presidente da Repblica;

    II - a Mesa do Senado Federal;

    III - a Mesa da Cmara dos Deputados;

    VI - o Procurador-Geral da Repblica;

    VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

    Sem capacidade postulatriaart. 103, VIII e IX da CF.

    VIII - partido poltico com representao no Congresso Nacional;

    IX - confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional.

    Para os que no possuem capacidade postulatria imprescindvel a constituio de

    advogados e procurao com poderes especficos.

    1.4.2 Legitimados Passivos

    Os legitimados passivos no so chamados de rus, pois ru aquele em face de

    quem se deduz uma pretenso e as aes aqui estudadas no envolvem direitos subjetivos.

    ADI, ADO, ADPF, ADI estadual, representao interventiva rgo ou

    autoridade responsvel;

    ADCno h legitimado passivo, pois tem por finalidade ratificar a presuno

    de constitucionalidade da norma.

    1.4.3 Advogado-Geral da Unio

    ADI o AGU atua como curador da presuno de constitucionalidade da

    norma impugnadaart. 103, 3 da CF.

    Art. 103. Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declaratria de

    constitucionalidade:

    3 - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de

    norma legal ou ato normativo, citar, previamente, o Advogado-Geral da Unio, que

    defender o ato ou texto impugnado.

    Excees:

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    a) Quando j houver deciso anterior do STF pela inconstitucionalidade da norma;

    b) Quando a norma impugnada contraria ao interesse da Unio.

    ADCno h a atuao.

    ADOo relator poder solicitar sua manifestao.

    ADPFidem ADI.

    ADI estadual idem ADI (Procurador-Geral do Estado ou Advogado-Geral do

    Estado).

    Representao interventiva manifestao como Advogado-Geral da Uniotpico, ou seja, defendendo os interesses da Unio.

    1.4.4 Procurador-Geral da Repblica

    ADI em razo da autonomia funcional o PGR pode se manifestar pela

    procedncia ou improcedncia da ao (art. 103, 1 da CF).

    Art. 103. Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declaratria de

    constitucionalidade:

    1 - O Procurador-Geral da Repblica dever ser previamente ouvido nas aes de

    inconstitucionalidade e em todos os processos de competncia do Supremo Tribunal

    Federal.

    Deve o PGR se manifestar na ao que ele mesmo props? Sim.

    Pode o PGR pedir a improcedncia da ao que ele mesmo props? Sim, pois ao

    longo dos debates ele pode entender que a norma constitucional, podendo pedir aimprocedncia da ao que ele prprio props. Nesse caso, e em qualquer hiptese,

    no h que se falar em desistncia da ao.

    ADC, ADPFidem ADI.

    ADOmanifestao nas aes que no props.

    Observao: os demais legitimados podem se manifestar, ou seja, os demais com

    exceo daquele que props a ao.

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    ADI estadualmesma lgica da ADI, mas exercida pelo Procurador-Geral de

    Justia.

    Representao interventivaidem ADI.

    1.4.5 Amicus Curiae

    O amicus curiae est previsto no art. 7, 1 da Lei 9.868/99 e ter aplicao em

    todas as aes.

    A expresso em latim amicus curiae significa amigo da corte que po de ser algum

    rgo ou entidade que admitida no processo com a finalidade de pluralizao (ou

    democratizao / abertura) do debate (ou interpretao) constitucional.

    A admissibilidade do amicus curiae feita pelo relator e do despacho de no

    admisso cabe o agravo para o prprio plenrio. O momento da admisso at a data da

    remessa dos autos mesa de julgamento.

    Existem dois pressupostos para a admissibilidade do amicus curiae, so eles:

    a) Relevncia da matria;

    b) Representatividade do postulante.

    Quanto a sua atuao, o amicus curiae pode:

    a) Fazer manifestao escrita ou oral;

    b) Juntar documentos ou memoriais;

    c) Solicitar designao de perito ou audincia pblica.

    O amicus curiae no pode:a) Ampliar o objeto da demanda;

    b) Recorrer da deciso final.

    Por fim, quanto natureza jurdica uma corrente entende que o amicus curiae tem

    natureza jurdica prpria, ou seja, no interveno de terceiros, todavia, a corrente

    majoritria entende que o amicus curiae uma forma de interveno de terceiros.

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    1.4.6 Outras formas de participao

    Perito ou comisso de peritos Audincia pblica Especialistas na matria

    Informaes adicionais

    1.5 Cautelar

    A cautelar possvel em todas as aes, a diferena entre elas a finalidade, veja:

    ADIsuspenso da eficcia da norma.

    ADCsuspenso dos processos em que haja discusso sobre a norma (prazo:

    180 dias).

    ADOsuspenso da eficcia da norma em caso de omisso parcial; suspenso

    de processos judiciais ou procedimentos administrativos; ou determinao

    de outra medida que o STF considere razovel.

    ADPFsuspenso da eficcia do ato; suspenso de processos; suspenso de

    decises judiciais sem trnsito em julgado; ou suspenso de medidaspertinentes matria discutida.

    ADI estadualidem ADI.

    Representao interventivasuspenso do ato.

    Em todas as hipteses elencadas acima a cautelar gera efeitos erga omnes e

    vinculante e da violao desse efeito vinculante cabe reclamao.

    1.5.1

    Efeito vinculante

    So afetados pelo efeito vinculante:

    Demais rgo do Poder Judicirio;

    Administrao Pblica direta e indireta da Unio, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios.

    Contra o ato proferido por estes caber reclamao, se o STF julgar procedente a

    reclamao ser determinado a cassao da deciso judicial e a anulao do ato

    administrativo.

    A reclamao no tem finalidade recursal.

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    No so afetados elo efeito vinculante: STF;

    Legislativo (funo legislativa)

    1.6 Deciso final

    1.6.1 Aspecto procedimental

    Presena mnima de 8 ministros (2/3);

    Deciso: 6 votos (maioria absoluta).

    No Tribunal de Justia ser aplicada a mesma lgica de forma proporcional, ou seja,

    presena mnima de 2/3 dos ministros e deciso da maioria absoluta.

    1.6.2 Efeitos da deciso

    ADI, ADC, ADO, ADPF, ADI estadual a deciso tem efeito erga omnes e

    vinculante.

    Em relao a ADI e a ADC que so aes de carter dplice ou bivalente, pois a

    finalidade da ADI declarar a norma inconstitucional e a ADC, por sua vez, tem a finalidade

    de declarar a norma constitucional. De outro modo, a finalidade da ADI uma declarao

    negativa de constitucionalidade e da ADC uma declarao positiva de constitucionalidade,

    por isso que na doutrina so chamadas de aes com sinais trocados.

    Logo, a procedncia de uma equivale a improcedncia da outra.

    A declarao de inconstitucionalidade gera efeitos especficos:

    Efeito temporal: ex tunc(retroativo), mas cabe modulao.

    Observao: modulao dos efeitos ocorre quando a declarao de

    inconstitucionalidade pode gerar insegurana jurdica. Assim, o STF pode atribuir efeito ex

    nunc (pro futuro) ou atribuir efeito retroativo limitado.

    Nulidade

    x

    Segurana jurdica e interesse social

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    Controle de Constitucionalidade

    O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula

    ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros

    doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.

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    Efeito repristinatrio a restaurao de uma norma revogada.

    Exemplo: Lei A foi revogada pela Lei B que inconstitucional (nula), logo, a revogaotambm nula. Sendo assim, a Lei A automaticamente vai sofrer a repristinao.

    O STF pode, expressamente, determinar o afastamento da repristinao (efeito

    repristinatrio), na hiptese de a lei restaurada tambm for inconstitucional.

    Ateno!O efeito repristinatrio tambm ocorre na cautelar na ADI.

    O que h em comum na cautelar e na deciso final na ADI? Em ambos os casos tem

    efeito erga omnes, vinculante e repristinatrio. Diferentemente, o efeito temporal na

    cautelar, em regra, nunc e na deciso final ex tunc, entretanto, em ambos os

    casos cabe modulao.

    Na ADO o STF ir determinar a comunicao ao rgo competente, se este for um

    rgo administrativo ter o prazo de 30 dias para suprir a omisso (art. 103, 2 da CF), mas

    a Lei 9.868/99 diz que pode ser estabelecido outro prazo razovel a ser fixado pelo tribunal,

    pois dependendo da complexidade do tema 30 dias pode ser um prazo muito curto.

    Art. 103. Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declaratria de

    constitucionalidade:

    2 - Declarada a inconstitucionalidade por omisso de medida para tornar efetiva

    norma constitucional, ser dada cincia ao Poder competente para a adoo das

    providncias necessrias e, em se tratando de rgo administrativo, para faz-lo em

    trinta dias.

    A ADPF e a ADI estadual seguem a mesma lgica da ADI genrica.

    Antes de visualizarmos os efeitos da deciso, necessrio entendermos a lgica da

    representao interventiva.

    1. Violao do Estado;

    2. O PGR prope a representao interventiva;

    3. O STF julga a representao interventiva, se julgar procedente o pedido de

    interveno;

    4. Presidente da Repblica pode elaborar:

    Decreto de suspenso do ato se for suficiente. Nesse caso dispensada a

    apreciao do Congresso Nacional; ou

    Decreto de interveno.

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    Art. 36. A decretao da interveno depender: 3 - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciao pelo

    Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se- a suspender a

    execuo do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da

    normalidade.

    1.7 Tcnicas decisrias

    1.7.1 Modulao temporal

    J visto anteriormente.

    1.7.2 Declarao de inconstitucionalidade parcial com reduo de texto

    A declarao incide sobre palavras ou expresses consideradas inconstitucionais. Isso

    somente possvel se a parte remanescente mantiver o seu sentido original.

    1.7.3 Declarao de inconstitucionalidade parcial sem reduo de texto

    A declarao de inconstitucionalidade incide sobre determinado sentido do texto oudeterminada hiptese de aplicao extrada do texto, mas no explcita. Nesse caso o texto

    permanece hgido, mas h a excluso do sentido ou da hiptese de aplicao

    inconstitucional, o que implica uma reduo do campo de abrangncia da norma. Esta

    tcnica est ligada a interpretao conforme a Constituio.

    Interpretao conforme consiste na definio do sentido harmnico com a

    Constituio dentre os diversos sentidos possveis. A interpretao conforme pode levar a

    atribuio do sentido compatvel com a Constituio ou a excluso do sentido incompatvel.

    No primeiro caso, haver a declarao de inconstitucionalidade e no segundo haver da

    declarao de inconstitucionalidade sem reduo de texto.

    1.7.4 Declarao de inconstitucionalidade sem pronncia de nulidade

    H o reconhecimento de que a norma inconstitucional, mas que a sua ausncia

    mais danosa do que ela prpria, logo, declarada inconstitucional, mas no nula, portanto,

    mantida.

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    1.7.5 Declarao de norma ainda constitucional ou processo de

    incosntitucionalizao ou inconstitucionalidade progressiva ou norma constitucional em

    trnsito para inconstitucionalidade

    A norma em abstrato seria inconstitucional, mas analisada dentro de um

    determinado contexto ftico considerada constitucional enquanto tal contexto perdurar.

    Exemplo: prazo em dobro para a Defensoria Pblica.

    1.8 Recurso e Ao Rescisria

    No cabem em nenhuma das aes diretas.