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CONTROLE DIGITAL ROBUSTO DE PRESSÃO E VAZÃO DE ESCOAMENTO EM RISER SAULO CRNKOWISE * , MARCELO CARVALHO MINHOTO TEIXEIRA * , JOSÉ PAULO FERNANDES GARCIA * , UILIAM NELSON LENDZION TOMAZ ALVES * , FERNANDO BARROS RODRIGUES * *Laboratório de Pesquisa em Controle, Departamento de Engenharia Elétrica, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Av. Brasil 56, 15385-000, Ilha Solteira, SP, Brasil Abstract This paper addresses the pressure control for flow in riser, more specifically focused to processes of primary produc- tion of oil. A controller is proposed using variable structure with sliding mode, as an alternative to the most commonly used method, which is the Proportional-Integral-Derivative control. By controlling of a valve located at the top of the riser, the design goal is to keep the pressure following a reference, in order to minimize the occurrence of severe slugging in riser, keeping con- stant the flow of the oil-gas-water mixture for the separators. Keywords Flow in riser, sliding mode control, primary oil production. Resumo Este trabalho aborda o controle de pressão para escoamento em “riser”, mais especificamente direcionado a proces- sos de produção primária de petróleo. É proposto um controlador utilizando o método de estrutura variável com modos deslizan- tes, como uma alternativa ao método mais comumente empregado, que é o controle Proporcional-Integral-Derivativo. Através do controle de uma válvula no topo do riser, o objetivo do projeto é manter a pressão seguindo uma referência, de modo a minimi- zar a ocorrência de golfadas severas no escoamento em riser, mantendo constante a vazão da mistura de óleo-gás-água para os separadores. Palavras-chave Escoamento em riser, controle com modos deslizantes, produção primária do petróleo. 1 Introdução Na produção primária do petróleo tem-se como objetivo separar o óleo, do gás e da água. Para esta finalidade são utilizados os separadores que normal- mente ficam distantes do local de extração. O petró- leo é então conduzido por dutos através de escoa- mento. De particular interesse tem-se o escoamento slug. Trata-se de um escoamento induzido por gravi- dade, resultante de um ponto inferior conectado a um tubo inclinado, conforme ilustrado na Figura 1. Figura 1. Processo de Produção em Riser. A queda de pressão e a fricção interfacial no tre- cho vertical da tubulação (riser), impedem o escoa- mento do líquido, que se acumula na parte inferior, formando um slug. Nesta configuração, nos trechos verticais predominam os escoamentos intermitentes ou em golfadas, e sob certas condições o escoamento de gás e óleo poderá ocorrer em golfadas severas. O regime de golfadas (ou intermitência) severas é osci- latório com períodos de vários minutos, havendo intervalos em que o escoamento no riser é muito bai- xo ou nulo, caracterizando instabilidade na produção, além de tornar o processo inseguro. Detalhes deste fenômeno e seu equacionamento podem ser visto em Storkaas (Storkaas, 2005). Na configuração mostrada na Figura 1, haverá condições para intermitência severa se a taxa de acúmulo de líquido na base do riser tiver potencial para elevar a pressão estática nesse ponto a uma taxa superior à taxa de crescimento da pressão na linha de produção, em virtude do acúmulo de gás bloqueado pelo selo líquido. Assim, este selo age apenas tempo- rariamente, uma vez que a pressão do gás acumulado deverá vencer a carga hidrostática de líquido, impul- sionando-a riser acima por meio de escoamento em regime de intermitência severa (Nunes, 2010). Desta forma, para evitar ou minimizar a intermitência seve- ra, pode-se efetuar o controle da pressão a montante, atuando-se na válvula vista na Figura 1, de forma a impedir a ascensão de toda a coluna líquida no riser. Ou seja, elevando-se a pressão a montante do riser, seria possível forçar o líquido e o gás a escoarem em slug flow ordinário, ou seja, com slugs de líquido com comprimento moderado, evitando assim a inter- mitência severa. Assim, o controle estável e com bom desempe- nho sobre a pressão no riser, com atuação na válvula, é muito importante, pois dele dependerá o sucesso do processo produtivo das etapas posteriores. Normal- mente, a estratégia de controle utilizada é o Propor- cional-Integral (PI) e tem por objetivo fazer com que a pressão no riser siga uma referência estabelecida de forma a evitar a ocorrência da intermitência severa. Para efetuar a sintonia dos ganhos PI, de modo a ob- ter estabilidade e robustez no desempenho, diversas estratégias estão disponíveis (Nunes, 2010; Fontes, Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014 4060

CONTROLE DIGITAL ROBUSTO DE PRESSÃO E VAZÃO DE ESCOAMENTO ... · Resumo Este trabalho aborda o controle de pressão para escoamento ... utilizando o método de estrutura variável

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CONTROLE DIGITAL ROBUSTO DE PRESSÃO E VAZÃO DE ESCOAMENTO EM RISER

SAULO CRNKOWISE*, MARCELO CARVALHO MINHOTO TEIXEIRA

*, JOSÉ PAULO FERNANDES GARCIA

*, UILIAM

NELSON LENDZION TOMAZ ALVES*, FERNANDO BARROS RODRIGUES

*

*Laboratório de Pesquisa em Controle, Departamento de Engenharia Elétrica, Faculdade de Engenharia de

Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Av. Brasil 56, 15385-000, Ilha Solteira, SP, Brasil

Abstract This paper addresses the pressure control for flow in riser, more specifically focused to processes of primary produc-

tion of oil. A controller is proposed using variable structure with sliding mode, as an alternative to the most commonly used

method, which is the Proportional-Integral-Derivative control. By controlling of a valve located at the top of the riser, the design

goal is to keep the pressure following a reference, in order to minimize the occurrence of severe slugging in riser, keeping con-

stant the flow of the oil-gas-water mixture for the separators.

Keywords Flow in riser, sliding mode control, primary oil production.

Resumo Este trabalho aborda o controle de pressão para escoamento em “riser”, mais especificamente direcionado a proces-

sos de produção primária de petróleo. É proposto um controlador utilizando o método de estrutura variável com modos deslizan-

tes, como uma alternativa ao método mais comumente empregado, que é o controle Proporcional-Integral-Derivativo. Através do

controle de uma válvula no topo do riser, o objetivo do projeto é manter a pressão seguindo uma referência, de modo a minimi-

zar a ocorrência de golfadas severas no escoamento em riser, mantendo constante a vazão da mistura de óleo-gás-água para os

separadores.

Palavras-chave Escoamento em riser, controle com modos deslizantes, produção primária do petróleo.

1 Introdução

Na produção primária do petróleo tem-se como

objetivo separar o óleo, do gás e da água. Para esta

finalidade são utilizados os separadores que normal-

mente ficam distantes do local de extração. O petró-

leo é então conduzido por dutos através de escoa-

mento. De particular interesse tem-se o escoamento

slug. Trata-se de um escoamento induzido por gravi-

dade, resultante de um ponto inferior conectado a um

tubo inclinado, conforme ilustrado na Figura 1.

Figura 1. Processo de Produção em Riser.

A queda de pressão e a fricção interfacial no tre-

cho vertical da tubulação (riser), impedem o escoa-

mento do líquido, que se acumula na parte inferior,

formando um slug. Nesta configuração, nos trechos

verticais predominam os escoamentos intermitentes

ou em golfadas, e sob certas condições o escoamento

de gás e óleo poderá ocorrer em golfadas severas. O

regime de golfadas (ou intermitência) severas é osci-

latório com períodos de vários minutos, havendo

intervalos em que o escoamento no riser é muito bai-

xo ou nulo, caracterizando instabilidade na produção,

além de tornar o processo inseguro. Detalhes deste

fenômeno e seu equacionamento podem ser visto em

Storkaas (Storkaas, 2005).

Na configuração mostrada na Figura 1, haverá

condições para intermitência severa se a taxa de

acúmulo de líquido na base do riser tiver potencial

para elevar a pressão estática nesse ponto a uma taxa

superior à taxa de crescimento da pressão na linha de

produção, em virtude do acúmulo de gás bloqueado

pelo selo líquido. Assim, este selo age apenas tempo-

rariamente, uma vez que a pressão do gás acumulado

deverá vencer a carga hidrostática de líquido, impul-

sionando-a riser acima por meio de escoamento em

regime de intermitência severa (Nunes, 2010). Desta

forma, para evitar ou minimizar a intermitência seve-

ra, pode-se efetuar o controle da pressão a montante,

atuando-se na válvula vista na Figura 1, de forma a

impedir a ascensão de toda a coluna líquida no riser.

Ou seja, elevando-se a pressão a montante do riser,

seria possível forçar o líquido e o gás a escoarem em

slug flow ordinário, ou seja, com slugs de líquido

com comprimento moderado, evitando assim a inter-

mitência severa.

Assim, o controle estável e com bom desempe-

nho sobre a pressão no riser, com atuação na válvula,

é muito importante, pois dele dependerá o sucesso do

processo produtivo das etapas posteriores. Normal-

mente, a estratégia de controle utilizada é o Propor-

cional-Integral (PI) e tem por objetivo fazer com que

a pressão no riser siga uma referência estabelecida de

forma a evitar a ocorrência da intermitência severa.

Para efetuar a sintonia dos ganhos PI, de modo a ob-

ter estabilidade e robustez no desempenho, diversas

estratégias estão disponíveis (Nunes, 2010; Fontes,

Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

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2010; Sausen, 2011). Também, diversos modelos

matemáticos para representar o sistema Encanamen-

to-Riser-Separador estão disponíveis na literatura

(Sausen, 2008; Storkaas, 2005).

O presente trabalho enfoca uma estratégia de

controle da pressão no riser pouco aplicada neste tipo

de processo (Reinsnes, 2009) . Trata-se do Controle

de Estrutura Variável com Modos Deslizantes

(CMD). Esta técnica, estabelecida desde a década de

setenta (Utkin, 1978), apresenta como principal van-

tagem a robustez em relação a determinados tipos de

incertezas, ditas casadas, ou seja, para certas condi-

ções o desempenho do sistema é pouco influenciado

diante de perturbações e/ou incertezas paramétricas

(Drazenovic, 1969). Para a aplicação de CMD, foi

utilizado um modelo matemático do encanamento em

riser obtido em Nunes (Nunes, 2010). Simulações

computacionais foram realizadas e os resultados ob-

tidos foram comparados ao desempenho de um proje-

to de controlador PI com malhas em cascada forneci-

do por Nunes (Nunes, 2010). Projetos de CMD con-

tínuo no tempo e discreto foram abordados.

2 Controle com Estrutura Variável e Modos Des-

lizantes (CMD)

A característica principal de um sistema de con-

trole com estrutura variável está na realimentação de

controle não-linear que possui descontinuidades so-

bre uma ou mais superfícies no espaço de estado.

Assim, a estrutura do sistema de realimentação é alte-

rada, ou chaveada, conforme os estados atravessam

cada superfície de deslizamento. Em consequência

deste fato, o sistema de malha fechada é descrito co-

mo sendo um sistema de controle com estrutura vari-

ável, considerado como a combinação de subsiste-

mas, cada qual com uma estrutura fixa e que opera

em uma região específica do espaço de estado.

O controle com estrutura variável é caracterizado

pela existência do modo deslizante. Isto ocorre quan-

do o estado do sistema cruza imediatamente e repeti-

damente a superfície de chaveamento, pois todos os

movimentos nas vizinhanças da superfície estão dire-

cionados a ela. Dependendo da forma da lei de con-

trole selecionada, o movimento deslizante pode ocor-

rer em superfícies de chaveamento individuais no

espaço de estado, sobre um conjunto de superfícies,

ou em todas as superfícies de chaveamento juntas.

Quando o último caso ocorrer, o sistema é dito estar

em modo deslizante.

A existência de um modo deslizante requer a es-

tabilidade da trajetória de estado para a superfície de

deslizamento, no mínimo em uma vizinhança de

( ) ( ) 0x t x , (1)

sendo ( ) nx t os estados do sistema e x a

superfície de deslizamento. A trajetória de estado

deve aproximar-se da superfície no mínimo assintoti-

camente, de modo que a derivada no tempo deste

deve apontar para a superfície de deslizamento. Isto

se assemelha a um problema de estabilidade generali-

zado, e o segundo método de Lyapunov fornece uma

ferramenta natural para a análise.

2.1 Projeto de controle com modos deslizantes contí-

nuo (CMDC)

Considere o seguinte sistema incerto:

( ) ( ) ( ) ( )x t A A x t Bu t Df t , (2)

em que ( ) nx t é o vetor de estado, ( ) mu t é o

veto de controle, ,nxn nxmA B são matrizes

constantes, nxnA e ( ) nDf t representam as

incertezas paramétricas e não linearidades do siste-

ma, as quais são desconhecidas mas limitadas. Para o

projeto da lei de controle, várias possibilidades de

estratégias são possíveis. Uma escolha para o contro-

le é (DeCarlo, 1988):

( ) ( ) ( )eq Nu t u t u t , (3)

sendo que equ é a componente do controle equiva-

lente (que é contínuo) e Nu é a parte descontínua ou

chaveada de (3).

A superfície de deslizamento é definida como,

( )x Sx t , (4)

sendo mx e mxnS uma matriz constante.

Para o sistema na condição de deslizamento,

tem-se 0x e 0x . Então, destas condi-

ções, pode-se chegar a uma expressão para a parcela

( )equ t . Da Eq. (2), desconsiderando-se as incertezas

tem-se que:

1( ) ( ) ( )eq

Feq

u t SB A x t . (5)

Observe que (5) em conjunto com a limitação

0x determina o movimento do sistema sobre a

superfície de chaveamento.

A parcela ( )Nu t é determinada utilizando-se a

função de Lyapunov definida como

1

, ( ) ( )2

TV x t x x , (6)

de tal maneira que ( )Nu t seja uma lei que satisfaz a

condição de alcançabilidade dada por , 0V x t .

Para satisfazer esta condição, os “m” sinais de con-

trole ( )iNu t são definidos como (DeCarlo, 1988)

( )( ) , 0, 0 , 1,.,

( )

iiN

i

xu t i m

x

.

(7)

Uma desvantagem do projeto CMD contínuo no

tempo é que ele não proporciona bom desempenho

ao sistema caso seja emulado em controladores digi-

tais, podendo até mesmo levar o sistema à instabili-

dade. A seguir, apresenta-se um projeto CMD que

leva em conta o período de amostragem e que pro-

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porciona bom desempenho ao sistema, mesmo para

grandes intervalos de amostragens.

2.2 Projeto de controle com modos deslizantes dis-

creto (CMDD)

Seja a representação do sistema (2) na forma

discretizada da forma

1k k k kx x u Df . (8)

A lei de controle discreta com modos deslizantes

é dada por:

( ) ( ) ; 1eq N

k ku t u t u u k t k , (9)

sendo que é o período de amostragem, eqk

u é a

componente do controle equivalente e Nku é a parte

descontínua ou chaveada de (8).

A superfície de deslizamento é definida como,

k kS Gx , (10)

sendo mkS e mxnG uma matriz constante.

Para o sistema na condição de deslizamento,

tem-se 1k kS S . Então, desta condição, pode-se

chegar a uma expressão para a parcela eqk

u , da Eq.

(9). Desprezando-se kf e tem-se que:

1

( )eq k

Feq

u t G G I x

. (11)

A parcela Nku é determinada utilizando-se a fun-

ção de Lyapunov definida como

Tk kV x , (12)

de tal maneira que a lei Nku satisfaça a condição de

alcançabilidade dada por 1k kV V . Para satisfazer

esta condição, os “m” sinais de controle N

i ku são

definidos como

, 0, 0 , 1,... .i kN

i ii ki k i

Su i m

S

(13)

2.3 Robustez em relação a incertezas/perturbações

do tipo casadas: condições de invariância

Considere o sistema incerto (2) com a superfície

de deslizamento (4), com as leis de controle (3), (5) e

(7). No deslizamento com a condição (1) no sistema

(2), chega-se a (Drazenovic, 1969).

1

( ) . ( ) ( ) ( )nx t I B SB S Ax t Ax t Df t

.(14)

Para que o sistema no modo deslizante não seja

influenciado pelas incertezas, então as seguintes con-

dições devem ser satisfeitas:

1

( ) ( )Df t B SB S Df t

, (15)

1

( ) ( )Ax t B SB S Ax t

. (16)

As condições (15) e (16) são satisfeitas se

rank B D rank B , (17)

ou seja, que todas as colunas de “ D ” sejam combi-

nações lineares das colunas de “ B ” e

rank B AT rank B , (18)

de modo que as colunas da matriz “ T ” sejam a base

do subespaço vetorial n mR

, ou seja rx Tx , sen-

do n mrx R

. Quando as condições (17) e (18)

ocorrem diz-se que as incertezas são do tipo casadas.

Esta análise é válida também quando se considera o

projeto de controle discreto com modos deslizantes

(CMDD), apresentado no item 3.3.

Esta robustez é uma característica que difere, de

forma vantajosa, o CMD do método de controle tra-

dicionalmente utilizado na maioria dos processos

industriais, o PID (Proporcional-Integral-Derivativo).

Esta característica será investigada no problema do

controle da pressão e vazão de escoamento em riser.

3 Controle da Pressão e Vazão de Escoamento

em Riser

Neste item serão apresentados três projetos de

controle aplicado no processo de escoamento em

riser. O objetivo principal dos controladores será o

controle da pressão, de modo a fazer com que esta

siga um sinal de referência. O primeiro projeto trata

da aplicação de dois controladores PID’s colocados

em cascata. No segundo e no terceiro projetos, os

controladores são com modos deslizantes, sendo que

um é contínuo no tempo (CMDC) e o outro é discreto

no tempo (CMDD).

3.1 Modelo Matemático do Sistema e Controle PID

em Cascata

O modelo matemático utilizado nesta seção, o

qual descreve a dinâmica da pressão superior no riser

e a vazão após a válvula, está descrito detalhadamen-

te em Storkaas (Storkaas, 2005) e em Nunes (Nunes,

2010).

A função de transferência da pressão em relação

à entrada de controle de uma planta específica é dada

por

2

( ) -0,00007*(s -3,249)(s -0,0142)

( ) (s+ 0,025)(s+6,112)[s -0,002s+0,00005)

P s

U s ,

(19)

sendo que P(s) é a transformada de Laplace da pres-

são no topo do riser, p(t); U(s) é a transformada de

Laplace do sinal de controle u(t), o qual comanda a

abertura ou fechamento da válvula (Figura 1).

A função de transferência da vazão na saída da

válvula (Figura 1) em relação à entrada de controle

da planta é dada por

2

( ) -0,00247*(s +4,117)(s +0,0042)(s +0,0004)

( ) (s+ 0,025)(s+6,112)[s -0,002s+0,00005)

Q s

U s ,

(20)

em que Q(s) é a transformada de Laplace da vazão,

q(t); U(s) é a transformada de Laplace do sinal de

controle u(t), o qual é o mesmo sinal de (19) e que

comanda a abertura ou fechamento da válvula.

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Neste exemplo, o objeto de controle é a pressão

p(t) na entrada da válvula no topo do riser, a qual

deverá seguir uma pressão de referência, “gerada” de

forma a evitar a ocorrência de golfadas severas no

riser.

Como a Equação (19) apresenta polos e zeros no

semiplano direito de s, conclui-se que um controlador

PID, com realimentação da saída p(t), não será capaz

de estabilizar o processo atuando apenas nesta malha.

Uma solução muito utilizada é o controle em cascata

PID, com malhas de realimentação interna e externa

da vazão q(t) e da pressão p(t). Este esquema está

mostrado na Figura 2. Diversos métodos existem para

a sintonia dos ganhos dos PIDs e podem ser encon-

trados descritos em Nunes (Nunes, 2010).

Figura 2. Controle em cascata: medições na vazão (malha interna)

e na pressão (malha externa).

Para o exemplo das Equações (19) e (20), Nunes

(Nunes, 2010) propôs o esquema visto na Figura 3,

na qual também são mostrados os valores numéricos

dos ganhos dos PIDs sintonizados. Neste esquema,

utilizado para simulação numérica, a chave possibili-

ta a comutação do controle manual para o controle

automático com PIDs.

Figura 3. Controle cascata PID da pressão de escoamento em riser

exemplificado em Nunes (2010).

3.2 Projeto do controlador contínuo (CMDC)

A estratégia de controle CMDC utiliza os esta-

dos do sistema para compor a superfície de desliza-

mento, Eq. (4). Como o sistema da Eq. (19) possui

polos e zeros distintos, pode-se obter representações

no espaço de estados, controláveis e observáveis, da

forma.

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

x t Ax t Bu t

p t y t Cx t

(21)

com 4 4xA , 4 1xB , 1 4xC , matrizes cons-

tantes, sendo o sistema completamente controlável e

observável.

É possível estimar todas as variáveis de estado

através de um observador convencional, dado por

ˆ ˆ( ) ( ) ( ) ( )x Ax t Bu t L y t Cx t , (22)

sendo que ˆ( )x t é o vetor de estado estimados e a ma-

triz de ganhos 1 4xL é projetada de tal forma que

a dinâmica do erro

ˆ( ) ( ) ( )e t x t x A LC e t , (22)

tenha o comportamento adequado.

Uma realização para a Eq. (19) da forma (21) é:

-6,1354 -0,1430 -0,0001 0

1,0000 0 0 0A ,

0 1,0000 0 0

0 0 1,0000 0

1,0000

0,0000

0,0000

0,0000

B

0.0000

0,07003, 10 .0,2284

0,0032

TC

(24)

Com estas matrizes, projeta-se um observador

com autovalores alocados em [-10 ; -12 ; -20 ; -15].

Com estes autovalores, obtém-se a matriz de ganhos

1210 0,0000 0,0006 0,0412 2,9043L . (25)

No presente projeto usa-se a técnica de alocação

de autovalores no deslizamento em [-0,04 -0,07-

0,09]. Estes valores foram escolhidos de forma a não

ultrapassar os limites físicos do sinal de controle,

respeitando-se, portanto, as constantes de tempo do

processo, as quais são elevadas. Assim, os valores

numéricos obtidos para a matriz de ganhos S são

1,0000 0,2000 0,0127 0,0003S . (26)

Os valores numéricos obtidos para a matriz de

realimentação de estados Feq da Eq.(5) , são

3 5 6[-5,9354 -130,33x10 18,96x10 -7,64x10 ].Feq (27)

O valor numérico utilizado para o parâmetro

do controle chaveado, Eq. (7), é -1,0 e 0,01 .

O esquema de controle proposto está ilustrado na

Figura 4.

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Figura 4. Esquema de Controle CEV/MD Proposto.

3.3 Projeto do controlador discreto (CMDD)

O projeto discreto para o controle com modos

deslizante (CMDD) foi feito levando em considera-

ção o período de amostragem como sendo igual a 6

milissegundos. A partir deste valor, foram calculadas

as matrizes referentes ao modelo discreto, Eq. (8). O

observador discreto alocou os autovalores aos cor-

respondentes contínuos [-10 ; -12 ; -20 ; -15], resul-

tando na matriz de ganhos do observador discreto

1010 0,0000 0,0003 0,0213 1,4980L . (28)

Usou-se a técnica de alocação de autovalores no

deslizamento nos equivalentes contínuos [-0,04 -

0,07-0,09], resultando na matriz de ganhos da super-

fície de deslizamento

169,6509 33,9303 2,1546 0,0428S . (29)

Os valores numéricos obtidos para a matriz de

realimentação de estados Feq da Eq.(11) , são

[5,9322 0,1301 -0,0002 0,0000]Feq . (30)

O valor numérico utilizado para o parâmetro

do controle chaveado, Eq. (13), é -5 e 0,01 .

O esquema de controle proposto está ilustrado na

Figura 4.

3.4 Simulações Realizadas e resultados obtidos

As simulações foram realizadas utilizando o sof-

tware MatLab/Simulink. Foram exploradas quatro

condições de operação, as quais são analisadas no

item seguinte. O objetivo é mostrar a influência das

perturbações casadas no desempenho do sistema para

cada um dos controladores utilizados: PID, CMDC e

CMDD. Também, em todas as simulações os contro-

ladores automáticos somente passam a atuar após um

período de tempo em que o controle manual está em

operação. Os resultados obtidos são apresentados nas

Figuras 5 a 18. Nestas figuras, na cor preta mostra-se

o desempenho do sistema com controle manual, em

azul com PID e em vermelho com CMDC ou

CMDD. Para evitar sobressinais, todos os controla-

dores tiveram seu sinal de controle com saturação em

50% da abertura ou fechamento da válvula.

Caso (i): Sistema sem incertezas/perturbações

controlado somente pelos PIDs ou somente por

CMDC, emulado para um período de amostragem

de 1 milissegundo

O objetivo deste caso é mostrar o desempenho

do controlador PID contínuo e do CMDC, para o

sistema controlado por dispositivos digitais, com

período de amostragem igual a 1 milissegundo. Foi

implementado um algoritmo de acordo com as Figu-

ras 2 e 3. Para o caso em que o CMDC atuou, foi

implementado um algoritmo segundo a Figura 4.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 50045

50

55

60PRESSÃO SISTEMA NOMINAL: COMPARAÇÃO CEV COM PID

Tempo - minutos

Pre

ssão -

Bar

REFERÊNCIA

CMDC

PID

MANUAL

Figura 5. Sem perturbação, para 1 ms. Pressão: Controladores

Manual, CMDC e PID.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 50027

28

29

30

31

32

33VAZÃO SISTEMA NOMINAL: COMPARAÇÃO CEV COM PID

Tempo - minutos

Vazão -

metr

os c

úbic

os p

or

hora

CMDC

PID

MANUAL

Figura 6. . Sem perturbação, para 1 ms. Vazão: Controladores

Manual, CMDC e PID.

Nas Figuras 5 e 6 pode ser observado que tanto o

controlador PID como o CMDC proporcionaram ao

sistema um bom desempenho: a pressão seguiu a

referência (pontilhado na Figura 5) e não houve vari-

ações de vazão, a não ser nos instantes da troca do

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“setpoint”. Pela Figura 7, pode-se comprovar que,

para o caso do CMDC, o sistema atinge o desliza-

mento e nele permanece. Na Figura 8 tem-se os es-

forços de controle, os quais foram nitidamente maio-

res para o caso do CMDC, atingindo, em algumas

ocasiões, o nível de saturação. No entanto este fato

não prejudicou seu desempenho.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500-800

-600

-400

-200

0

200

400

600

800SUPERFÍCIE DE DESLIZAMENTO PARA SISTEMA NOMINAL

Tempo - minutos

CMDC

MANUAL

Figura 7. Sem perturbação, para 1 ms. Superfície de deslizamento:

Controladores Manual e CMDC.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500-50

-40

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

50SINAL DE CONTROLE: COMPARAÇÃO CEV COM PID

Tempo - minutos

Com

ando n

a V

álv

ula

CMDC

PID

MANUAL

Figura 8. . Sem perturbação, para 1 ms. Sinal de controle:

Controladores Manual, CMDC e PID.

Caso (ii): Sistema com incerte-

zas/perturbações, controlado somente pelos PIDs

ou somente por CMDC, emulado para um período

de amostragem de 1 milissegundo

O objetivo deste caso é mostrar o desempenho

do controlador PID contínuo e do CMDC, quando

existem incertezas e/ou perturbações na planta. Neste

caso, para representar estas perturbações e/ou incer-

tezas paramétricas casadas, adicionou-se ao sinal de

controle um sinal (indesejável) de onda quadrada, de

amplitude 2,0 e período 16,7 minutos.

Observando-se as Figuras 9 e 10, fica claro que o

desempenho do sistema controlado por PID deterio-

rou-se devido às perturbações: oscilações na pressão

e na vazão, provocando slugs. No caso do CMDC,

este foi completamente insensível às perturbações,

mantendo a pressão rigorosamente em seus valores

de referência e vazão constante, a não ser nos instan-

tes de troca do “setpoint”.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 50025

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75PRESSÃO: COMPARAÇÃO CEV COM PID A PERTURBAÇÃO NA ENTRADA

Tempo - minutos

Pre

ssão -

Bar

REFERÊNCIA

CMDC

PID

MANUAL

Figura 9. Com perturbação, para 1ms. Pressão: Controladores

Manual, CMDC e PID.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 50026

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36VAZÃO: COMPARAÇÃO CEV COM PID A PERTURBAÇÃO NA ENTRADA

Tempo - minutos

Vazão -

metr

os c

úbic

os p

or

hora

CMDC

PID

MANUAL

Figura 10. Com perturbação, para 1 ms. Vazão: Controladores

Manual, CMDC e PID.

Na Figura 11, percebe-se que o sistema manteve-

se na superfície de deslizamento e na Figura 12 nota-

se que o esforço de controle do CMDC permaneceu

dentro dos limites impostos pela saturação.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500-2000

-1500

-1000

-500

0

500

1000

1500ROBUSTEZ A PERTURBAÇÃO DA SUPERFÍCIE DE DESLIZAMENTO

Tempo - minutos

CMDC

MANUAL

Figura 11. Com perturbação. Superfície de deslizamento: Contro-

ladores Manual e CMDC.

Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

4065

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500-50

-40

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

50SINAL DE CONTROLE: COMPARAÇÃO CEV COM PID A PERTURBAÇÃO NA ENTRADA

Tempo - minutos

Com

ando n

a V

álv

ula

CMDC

PID

MANUAL

Figura 12. Com perturbação. Sinal de controle: Controladores

Manual, CMDC e PID.

Caso (iii): Sistema sem incerte-

zas/perturbações controlado somente pelos PIDs

ou somente por CMDC, emulado para um período

de amostragem de 6 milissegundo

O objetivo deste caso é mostrar o desempenho

do controlador PID contínuo e do CMDC, emulado

para o sistema controlado por dispositivos digitais,

com período de amostragem igual a 6 ms.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 50045

50

55

60PRESSÃO SISTEMA NOMINAL: COMPARAÇÃO CEV COM PID

Tempo - minutos

Pre

ssão -

Bar

REFERÊNCIA

data2

PID

MANUAL

Figura 13. . Sem perturbação, para 6 ms. Pressão: Controladores

Manual, CMDC e PID.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 50027

28

29

30

31

32

33VAZÃO SISTEMA NOMINAL: COMPARAÇÃO CEV COM PID

Tempo - minutos

Vazão -

metr

os c

úbic

os p

or

hora

CMDC

PID

REFERÊNCIA

Figura 14. . Sem perturbação, para 6 ms. Vazão: Controladores

Manual, CMDC e PID.

Pelas Figuras 13 e 14, observa-se que o contro-

lador PID contínuo foi capaz de manter o bom de-

sempenho, mesmo para período de amostragem gran-

de, porém o CMDC não teve o mesmo êxito. Isto

mostra que, apesar de sua robustez em relação a in-

certezas/perturbações casadas, o CMDC é muito sen-

sível em relação ao período de amostragem. Este fato

exige, portanto, que seu projeto leve em consideração

o período de amostragem.

Caso (iv): Sistema com incerte-

zas/perturbações, controlado somente pelos PIDs

ou somente por CMDD, para um período de

amostragem de 6 milissegundo

O objetivo deste caso é mostrar o desempenho

do CMDD, para o sistema controlado por dispositi-

vos digitais, com período de amostragem igual a 6

ms.

Pelas Figuras 15 e 16, observa-se que o projeto

de controle com modo deslizante discreto (CMDD)

proporcionou excelente desempenho ao sistema,

mesmo com grande período de amostragem, tendo

proporcionado ao sistema insensibilidade da saída em

relação às perturbações casadas. O mesmo não ocor-

reu para o PID.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 50035

40

45

50

55

60

65

70

75PRESSÃO: COMPARAÇÃO CEV COM PID A PERTURBAÇÃO NA ENTRADA

Tempo - minutos

Pre

ssão -

Bar

REFERÊNCIA

CMDD

PID

MANUAL

Figura 15. Com perturbação, para 6 ms. Pressão: Controladores

Manual, CMDD e PID.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 50025

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35VAZÃO: COMPARAÇÃO CEV COM PID A PERTURBAÇÃO NA ENTRADA

Tempo - minutos

Vazão -

metr

os c

úbic

os p

or

hora

CMDD

PID

MANUAL

Figura 16. Com perturbação, para 6 ms. Vazão: Controladores

Manual, CMDD e PID.

Pela Figura 17, observa-se que o sistema perma-

neceu na região de deslizamento. Pela Figura 18,

Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

4066

nota-se que os sinais de controle ficaram dentro da

região normal de operação.

Figura 17. Com perturbação, para 6 ms. Superfície de deslizamen-

to: Controladores Manual e CMDD.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500-50

-40

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

50SINAL DE CONTROLE: COMPARAÇÃO CEV COM PID A PERTURBAÇÃO NA ENTRADA

Tempo - minutos

Com

ando n

a V

álv

ula

CMDD

PID

MANUAL

Figura 18. Com perturbação, para 6 ms. Sinal de controle: Contro-

ladores Manual, CMDD e PID.

4 Conclusão

Neste trabalho foi proposta a utilização do controle

com modos deslizantes (CMD) e sua comparação

com o controlador tradicional PID. Os resultados

obtidos em simulações mostraram que o CMD, proje-

to contínuo, consegue rejeitar perturbações do tipo

casadas, como esperado, enquanto o PID não foi ca-

paz de rejeitá-las. Por outro lado, o CMD contínuo

foi muito sensível em relação a grandes períodos de

amostragem, sendo que o PID mostrou-se mais ro-

busto neste aspecto. Para resolver o problema da sen-

sibilidade a grandes períodos de amostragem, foi

proposto um projeto utilizando o CMD discreto. Com

isto, o CMD tornou-se mais robusto em relação a

grandes períodos de amostragem, mantendo sua prin-

cipal característica que é a rejeição de incertezas e

perturbações do tipo casadas, proporcionando melhor

desempenho quando comparado com o método tradi-

cional PID.

Agradecimentos

Os autores agradecem ao CNPq e à FAPESP, proces-

so n. 2011/17610-0, pelo apoio financeiro.

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Moscow: Mir Publishers. 257p.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 -2.5

-2

-1.5

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