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4 EDIO REVISTA, AMPLIADA E ATUALIZADAaTEORIA, JURISPRUDNCIA E MAIS DE 500 QUESTES
Luiz Henrique LimaLuiz Henrique Lima
S R I E P R O V A S E C O N C U R S O SS R I E P R O V A S E C O N C U R S O S
Controle Externo
C O N C U R S O S
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4 EDIO REVISTA, AMPLIADA E ATUALIZADAaTEORIA, JURISPRUDNCIA E MAIS DE 500 QUESTES
Controle Externo
CIP-Brasil. Catalogao-na-fonte.Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
L698cLima, Luiz Henrique, 1960- Controle externo [recurso eletrnico]: teoria, jurisprudncia e mais de 500 questes / Luiz Henrique Lima. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. recurso digital (Provas e concursos)
Formato: PDF Requisitos do sistema: Adobe Acrobat Reader Modo de acesso: World Wide Web ISBN 978-85-352-4811-1 (recurso eletrnico)
1. Brasil. Tribunal de Contas da Unio - Concursos. 2. Tribunais de contas - Brasil. 3. Servio pblico - Brasil - Concursos. 4. Livros digi-tais. I. Ttulo. II. Srie.
11-2511. CDU: 342.56:35.073.52
2011, Elsevier Editora Ltda.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no 9.610, de 19/02/1998.Nenhuma parte deste livro, sem autorizao prvia por escrito da editora, poder ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrnicos, mecnicos, fotogrficos, gravao ou quaisquer outros.
Reviso: Irnio Silveira ChavesEditorao Eletrnica: SBNigri Artes e Textos Ltda.
Coordenador da Srie: Sylvio Motta
Elsevier Editora Ltda.Conhecimento sem FronteirasRua Sete de Setembro, 111 16o andar20050-006 Centro Rio de Janeiro RJ Brasil
Rua Quintana, 753 8o andar04569-011 Brooklin So Paulo SP Brasil
Servio de Atendimento ao [email protected]
ISBN 978-85-352-4811-1 (recurso eletrnico)
Nota: Muito zelo e tcnica foram empregados na edio desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitao, impresso ou dvida conceitual. Em qualquer das hipteses, solicitamos a comunicao ao nosso Servio de Atendimento ao Cliente, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questo.
Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicao.
Consideramos todo aquele que no participa da vida do cidado no como algum que se ocu-
pa apenas dos prprios negcios,
mas como um indivduo intil.
Pricles, citado por Tucdides em A Guerra do Peloponeso
Article 15 La socit a le droit de demander compte tout
agent public de son administration.
Dclaration des droits de lhomme et du citoyen, Paris, 1789
After climbing a great hill, one only finds that
there are many more hills to climb.
Nelson Mandela
Pgina deixada intencionalmente em branco
Dedicatrias
Dedico este livro aos meus avs Domingos Machado de Lima e Nelly, e
Cssio Jos de Moraes e Ondina, brasileiros que
enfrentaram grandes desafios e dificuldades
com muito trabalho e integridade;
e tambm aos meus colegas profissionais de
controle externo que diariamente trabalham
por um Brasil melhor.
Para Maria Cndida, Maria Vitria, Vilma e Porthos.
Pgina deixada intencionalmente em branco
Agradecimentos
Registro minha especial gratido queles que me estimularam e abriram oportunidades
para a atividade docente: Fred, do curso Guanabara; Humberto, do curso Gabarito; professo-
ra Vera, da Bioecol; e Clutilde, da Escola de Contas do TCE-RJ. E reconheo que os co-autores
dessa obra foram os meus alunos, muitos dos quais so hoje profissionais de destaque em
suas instituies, porque suas dvidas e questionamentos constituram a matria-prima ori-
ginal; e suas crticas e avaliaes, a reviso final do trabalho.
Pgina deixada intencionalmente em branco
O Autor
Luiz Henrique Lima Conselheiro Substituto do Tribunal de Contas do Estado do Mato
Grosso, aprovado em concurso pblico. De 1996 a 2009, foi Analista (Auditor Federal) de
Controle Externo do Tribunal de Contas da Unio, atuando na Secretaria de Controle Ex-
terno do Rio de Janeiro. Foi aprovado tambm no concurso para Conselheiro-Substituto do
Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, tendo declinado da posse. Em 2010, tornou-se
Vice-presidente para a Regio Centro-Oeste da Associao Nacional dos Auditores (Ministros
e Conselheiros Substitutos) dos Tribunais de Contas Audicon.
Doutor em Planejamento Ambiental pela Coppe-UFRJ, alm de economista, formado
na UFRJ, com especializao em Finanas Corporativas pela PUC-RJ e Mestre em Planeja-
mento Ambiental pela Coppe-UFRJ.
Foi vereador no Municpio do Rio de Janeiro e deputado estadual no Rio de Janeiro em
duas legislaturas. Foi Secretrio de Estado de Administrao e Secretrio de Saneamento e
Recursos Hdricos do Estado do Rio de Janeiro.
Autor dos livros Controle do Patrimnio Ambiental Brasileiro (Editora da UERJ) e Controle
Externo 310 questes comentadas (Campus-Elsevier) e de numerosos artigos e trabalhos tc-
nicos, principalmente nas reas de controle externo e de gesto ambiental.
Instrutor do Instituto Serzedello Corra do TCU, da Escola de Contas e Gesto do TCE-RJ
e professor de disciplinas de ps-graduao em cursos da Fundao Getlio Vargas, Univer-
sidade Gama Filho e PUC-RJ.
Professor das disciplinas Controle Externo e Tcnicas de Controle em cursos prepara-
trios para concursos pblicos no Rio de Janeiro, Braslia, So Paulo, Fortaleza e Cuiab.
Tambm ministra cursos de preparao presenciais e on-line para as provas discursivas de
concursos para os Tribunais de Contas (Dissertao, Relatrio, Parecer, Pea Tcnica).
Pgina deixada intencionalmente em branco
Apresentao
O objetivo deste livro proporcionar uma abordagem extensa do controle externo no
Brasil. Destina-se a ser uma ferramenta de estudo para os candidatos em concursos pblicos
para os Tribunais de Contas e rgos de controle interno, bem como instrumento de consul-
ta para os profissionais dessas instituies, gestores pblicos, advogados, cidados e ONGs
engajados em movimentos pelo aprimoramento da gesto pblica e demais interessados no
tema.
A abordagem inclui todos os itens relativos matria dos editais de concursos para o Tri-
bunal de Contas da Unio e Tribunais de Contas dos Estados nos ltimos anos.
A obra contempla desde os aspectos histricos associados origem das instituies de
controle externo aos dispositivos da Constituio Federal, da Lei Orgnica e do Regimento
Interno do TCU. So tambm examinados os dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal,
da legislao de licitaes e contratos e diversas normas infraconstitucionais referentes ao
controle externo. Sempre que cabvel, so acrescentadas informaes sobre as peculiaridades
dos Tribunais de Contas dos Estados e dos Municpios.
Os comentrios sobre a legislao foram enriquecidos com a doutrina dos principais au-
tores brasileiros especialistas no tema, bem como com manifestaes dos Ministros do TCU
e do Supremo Tribunal Federal.
Foi includa extensa pesquisa acerca da jurisprudncia do STF envolvendo Aes Diretas
de Inconstitucionalidade e Mandados de Segurana em causas acerca da composio, com-
petncia, jurisdio e outras envolvendo os Tribunais de Contas no pas.
Ao longo do texto, so destacados pontos importantes, apresentadas e solucionadas d-
vidas frequentes e discutidas questes polmicas. Ao final de cada captulo, so propostos
exerccios dissertativos para a fixao do contedo, assim como indicaes de leitura ou refe-
rncias para pesquisa mais aprofundada acerca dos tpicos abordados. Captulo especfico
dedicado realizao de provas discursivas.
Para cada um dos principais tpicos apresentado pelo menos um exemplo de delibe-
rao recente de algum Tribunal de Contas, no intuito de familiarizar com a dinmica da
vida real o leitor que toma contato com a teoria e as normas. A fixao do conhecimento
por exemplos prticos pode ser de grande utilidade para a realizao de provas discursivas
ou orais.
Ressalte-se que todos os exemplos apresentados de deliberaes das Cortes de Contas
so de domnio pblico, tendo sido publicados na Imprensa Oficial e disponibilizados nas
pginas que as respectivas instituies mantm na Internet. possvel, todavia, que algumas
dessas deliberaes ainda possam vir a ser alteradas por via recursal, mas isso em nada afe-
taria a substncia ou a utilidade pedaggica do exemplo, enquanto caracterizador de uma
situao concreta.
Selecionaram-se mais de 500 questes de concursos pblicos realizados na ltima dcada
para os Tribunais de Contas brasileiros. As questes foram agregadas por temas, de modo a
permitir a sua resoluo aps a concluso do estudo terico do captulo correspondente. So
apresentados os gabaritos oficiais das bancas examinadoras.
O livro tambm inclui um miniglossrio de expresses do controle externo, bastante til
para os que iniciam seus estudos da disciplina e recomendado para a preparao para provas
discursivas.
Finalmente, ao ndice alfabtico-remissivo e s referncias bibliogrficas foram acrescen-
tadas referncias legislativas e de pesquisa na Internet compreendendo a totalidade dos 26
Tribunais de Contas Estaduais, dos 6 Tribunais de Contas Municipais e do Tribunal de Contas
do Distrito Federal.
Agradeo quaisquer comentrios e/ou sugestes para o aprimoramento deste trabalho.
Desejo aos leitores, especialmente aos estudantes, que encontrem neste trabalho, alm de
respostas para suas indagaes, motivao e estmulo para aprofundarem seu conhecimento
em to relevante matria. E tambm sucesso nas provas e na vida.
O Autor Dezembro de 2007
Nota segunda edio
O Controle Externo uma disciplina fascinante, cujos limites ainda no se encontram
definidos com preciso. Possui importantes reas de interseo com o Direito Pblico
Constitucional, Administrativo e Financeiro sem excluir a comunho de institutos com
o Direito Processual Civil e o Penal. Encontra-se intimamente relacionado com a Auditoria
Governamental, as Finanas Pblicas e a Administrao Pblica. Dialoga simultaneamente
com as Cincias Sociais e os Mtodos Quantitativos. Interessa-se pela temtica ambiental e
por relaes internacionais. Exige, enfim, de seus estudiosos que sejam cidados conscientes
dos fenmenos polticos, econmicos e sociais contemporneos.
A abrangncia dos temas alcanados pela disciplina produz mltiplas compreenses acer-
ca de sua essncia. Assim, foi interessante acompanhar a dificuldade de livrarias e bibliotecas
na classificao da primeira edio desta obra. Em algumas, foi catalogada como Admi-
nistrao Setor Pblico, em outras na seo Direito: s vezes Direito Constitucional,
s vezes Direito Financeiro e Oramentrio. Cheguei a encontr-la no setor Negcios,
Contabilidade e Auditoria, Livros Didticos e Jurdicos Diversos. Finalmente, o livro
foi etiquetado no ramo Exames e Concursos.
A primeira edio do livro alcanou significativa repercusso, aumentando a responsabi-
lidade desta nova edio, revista, atualizada e ampliada.
Na sociedade da informao, a qualidade de uma obra intelectual est permanentemente
sujeita ao debate e crtica em uma infinidade de fruns de discusso, blogs e mensagens
que se propagam e multiplicam sem nenhum comando centralizado, formando opinies por
meio de comentrios, favorveis ou adversos, que lanam luzes sobre as virtudes e as falhas
existentes. Alm disso, preciosa a indispensvel experincia das salas de aula. Quando os
alunos dizem que leram determinado trecho e no entenderam direito, quase certamente
aquele texto precisa ser refeito.
Recebo, com humildade e satisfao, todas as crticas e sugestes, e nesta segunda edio
procurei ampliar, atualizar, aprofundar e aprimorar a exposio do contedo.
Foram feitas todas as atualizaes necessrias relativas a mudanas legais, regimentais e nas
instrues normativas. Com relao primeira edio, introduzimos informaes e comen-
trios acerca das Emendas Constitucionais no 54/2007 e no 55/2007; da Lei Complementar
no 123/2006; das Leis no 11.494/2007 (Fundeb) e no 11.514/2007 (LDO); dos Decretos no
6.170/2007 e no 6.204/2007; das Smulas TCU no 249 e no 250; das INs TCU no 52/2007, no
54/2007, no 55/2007 e 56/2007; da DN TCU no 85/2007; e das recentes alteraes no RITCU.
Mereceram destaque os comentrios acerca da Smula Vinculante no 3 do STF, que trata
do contraditrio e da ampla defesa nos processos administrativos perante os Tribunais de
Contas; bem como a propsito de importante deciso liminar da Suprema Corte que suspen-
deu dispositivos da LRF relativos apreciao pelas Cortes de Contas das Contas de Gover-
no. Numerosas outras decises dos Tribunais Superiores de interesse para a nossa disciplina
tambm foram acrescentadas ao texto.
A estrutura do livro foi mantida, tendo sido introduzidos novos itens nos Captulos 2, 4,
5, 6, 8 e 11 e alterada a denominao de outros nos Captulos 5, 8 e 14. O Captulo 8 sofreu
importantes alteraes resultantes da IN TCU no 54/2007 e da DN TCU no 85/2007. No
Captulo 14, estabeleci uma distino mais ntida entre as sanes e as medidas cautelares.
Foram acrescentados mais quadros-resumos e tpicos nas sees importante e dvidas
frequentes. Tambm introduzi alguns novos exemplos que refletem a evoluo da jurispru-
dncia do TCU.
Quanto s questes de concursos, retirei da presente edio as mais antigas e aquelas cujo
gabarito oficial no mais correto luz da atual normatizao e jurisprudncia. Isso porque
observei que a sua presena, com a simples indicao do gabarito oficial definitivo e desa-
companhada de explicaes pormenorizadas era fator gerador de muitas dvidas e de inse-
gurana dos estudantes. Tais questes sero abordadas em outro livro, cujo formato permitir
comentrios orientando a resoluo das questes e, eventualmente, divergindo da soluo
adotada pelas bancas examinadoras. Em contrapartida, foram acrescentadas novas questes,
de concursos realizados em 2006 e 2007. A ordem de apresentao das questes foi total-
mente reorganizada, separando-as por instituies organizadoras e colocando-as em ordem
cronolgica. Tambm foram includas diversas novas propostas de exerccios dissertativos.
Foram feitas tambm atualizaes, alteraes e acrscimos pontuais nas referncias de
pesquisa e no miniglossrio. Um maior nmero de Smulas foi selecionado para o Anexo I.
No Anexo V, foi acrescentado um pequeno adendo, orientando os leitores a realizarem pes-
quisas de jurisprudncia na pgina do TCU na Internet.
Finalmente, quero agradecer muito a acolhida desta obra e as manifestaes e contribui-
es que tenho recebido de meus alunos e de meus colegas professores e profissionais de con-
trole externo. Eles, sem dvida, so os grandes responsveis pelo sucesso desta obra. Os pri-
meiros, por instigarem, com seus questionamentos, a permanente busca de uma abordagem
mais didtica, sem sacrifcio de contedo. Os ltimos, por me inspirarem, com o exemplo
e a qualidade de seus trabalhos, dedicados construo de um pas com menos corrupo,
injustias, violncia, impunidade, ganncia e ignorncia.
Registro, tambm o meu agradecimento equipe editorial, de comunicao e de vendas
da Campus/Elsevier, cujo profissionalismo, competncia e dedicao so o sonho de qual-
quer autor.
Nota terceira edio
Nesta terceira edio, buscou-se manter a obra atualizada, tendo em vista a edio de
novas leis e atos normativos com profundas alteraes no contedo da disciplina, e tambm
considerando a evoluo da jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal e do prprio TCU.
As principais mudanas dizem respeito Lei no 11.854/2008, que criou mais uma vaga (a
quarta) de Auditor Substituto de Ministro do TCU; Instruo Normativa no 57/2008, que
modificou radicalmente o processo de prestao de contas na administrao pblica federal;
e s Decises Normativas nos 93/2008 e 94/2008, que detalharam os procedimentos previstos
na IN no 57/2008. Tambm foram inseridas menes Lei no 11.578/2007; ao veto presiden-
cial ao art. 60 da Lei no 11.648/2008; jurisprudncia do STF nos REs 464.633 e 547.063,
nos MS 22.801, 26.210, 24.448, 25.552 e 25.116, e nas ADIs 3.026, 916 e 523; e s Reso-
lues TCU no 207/2007, que estabelece procedimentos para solicitao de informaes pro-
tegidas por sigilo fiscal Fazenda Pblica, no 213/2008, que estabelece procedimentos sobre
o exerccio da ampla defesa nos processos perante o TCU e no 215/2008, que dispe sobre o
tratamento de solicitaes do Congresso Nacional.
O Captulo 8 foi inteiramente reformulado e reescrito. Foram includos novos itens nos
Captulos 2, 5 e 13, e, ao longo de todo o livro, introduzidos novos tpicos destinados a di-
rimir dvidas frequentes ou a chamar a ateno para aspectos importantes da matria. Foram
adicionados exemplos mais atualizados de deliberaes do TCU e um novo quadro-resumo
acerca das diferenas da declarao de inidoneidade na LOTCU e na Lei no 8.666/1993.
Buscou-se, tambm, elaborar uma explicao melhor acerca da diferena entre contas de governo e contas de gesto, bem como sobre as diversas interpretaes doutrinrias sobre a
natureza jurdica dos Tribunais de Contas. Foram ampliadas as referncias bibliogrficas com
a indicao de novas obras doutrinrias, bem como de algumas clssicas no mencionadas
nas edies anteriores.
Ao final do livro, foi acrescentado o Captulo 16, com uma bateria de 60 novas questes
de concursos pblicos realizados no pas em 2006, 2007 e 2008.
No intuito de no encarecer os custos de produo, optou-se por suprimir da presente
edio os anteriores Anexos IV, V e VII, cujo contedo pode ser facilmente pesquisado na
Internet.
Mais uma vez, meu dever agradecer aos alunos e aos professores que tm adotado este
livro como auxiliar no aprendizado do Controle Externo, cujas observaes, crticas, ques-
tionamentos e sugestes provocaram a maioria dos inmeros acrscimos e correes incor-
porados presente edio.
Boa leitura e bons estudos!
Nota quarta edio
Desde a elaborao da terceira edio, no incio de 2009, sobrevieram inmeras e im-
portantes inovaes normativas e jurisprudenciais com impacto sobre o estudo do controle
externo, a exigir nova atualizao da obra.
Assim, nesta quarta edio introduzi comentrios referentes s Leis Complemen-
tares no 131/2009 (Lei da Transparncia, que alterou a Lei de Responsabilidade Fiscal) e
no 135/2010 (Ficha Limpa).
Ademais, a Lei de Diretrizes Oramentrias para 2011 (Lei no 12.309/2010) introduziu
alteraes nos procedimentos relacionados fiscalizao de obras pblicas pelo TCU, cons-
tantes do Captulo 5.
A Instruo Normativa TCU no 63/2010 alterou significativamente o regramento sobre os
processos de contas na Administrao Pblica federal, revogando a anterior IN no 57/2008.
De igual modo, foram editadas as Decises Normativas TCU nos 107/2010, 108/2010 e
110/2010 que detalharam os procedimentos previstos na IN no 63/2010. Em decorrncia, o
captulo 8 foi amplamente reformulado.
Os conceitos constantes das novas Normas de Auditoria do TCU, aprovadas pela Portaria
no 280/2010, foram consideradas em diversas passagens e no Miniglossrio.
Outros normativos recentes que trouxeram alteraes pontuais para a presente edio
foram a Lei no 12.305/2010, o Decreto no 7.153/2010, as INs TCU nos 59/2009, 62/2010 e
64/2010, as Resolues TCU nos 213/2008, 226/2009, 229/2009 e 341/2011.
Os recentes julgados do STF e do STJ envolvendo temas de controle externo foram intro-
duzidos nos tpicos relacionados, com destaque para o MS 25.116, MS 21.307, MS 24.423,
Rcl 10.456, Rcl 10.616, Rcl 10.551, Rcl 10.493, Rcl 10.499, Rcl 10.548, AgRg no REsp
700136, REsp. 1.109.433, REsp 1.047.524, AgRg no REsp 777.562.
A jurisprudncia do TCU citada nos exemplos de deliberaes ao longo do livro foi par-
cialmente atualizada, substituindo-se as decises mais antigas por outras mais recentes.
Foram acrescentados novos itens nos Captulos 5 e 11, suprimidos um item no Captulo
2 e dois no Captulo 8 e alterados ttulos de itens nos Captulos 1, 4, 5, 6 e 8. Foram acres-
centados novos quadros-resumo e explicaes nas sees Dvidas Frequentes, Questes
Polmicas e Importante. Os valores relativos multa prevista no art. 58 da LOTCU foram
atualizados para 2010 e 2011, conforme portarias do Presidente do TCU. Um dos acrscimos
trata da fiscalizao dos recursos pblicos aplicados para a realizao da Copa do Mundo de
Futebol de 2014.
No Anexo I, acrescentou-se a Smula TCU no 256, aprovada em 2010 e excluiu-se a S-
mula no 172, revogada. No Anexo III, aduziram-se novos conceitos a partir do Glossrio de
Termos de Controle Externo (TCU, 2010b).
Alm disso, em todo o texto foi atualizada a denominao do cargo de Auditor Federal de
Controle Externo AUFC, conforme a Lei no 11.950/2009.
No total, esta quarta edio contm mais de 190 alteraes em relao anterior.
Agradeo novamente aos alunos e aos professores que tm adotado este livro como au-
xiliar no aprendizado do Controle Externo, cujas observaes, crticas, questionamentos e
sugestes provocaram boa parte dos acrscimos e correes incorporados presente edio.
Boa leitura e bons estudos!
Prefcio
Com alegria escrevo o prefcio do livro Controle Externo, de autoria de Luiz Henrique
Lima, qualificado analista do Tribunal de Contas da Unio, cujo talento pode facilmente ser
mensurado no manuseio da obra, que aprecia teoria, legislao, jurisprudncia e questes de
concursos.
Discorre sobre a matria merc do conhecimento, do estudo e da pesquisa, num proces-
so constante de atualizao, aliada vivncia prtica do labor dirio, instruindo processos,
emitindo pareceres, enfim, socializando seu saber em favor de quantos buscam orientaes
acerca da matria.
Ao abordar tema de tamanha relevncia e de discusso obrigatria na sociedade con-
tempornea, trouxe o pensamento de Mileski, que conceitua e esgota o que seja controle,
ao afirmar: O controle corolrio de Estado Democrtico de Direito, obstando o abuso de
poder por parte da autoridade administrativa, fazendo com que esta paute sua atuao em
defesa do interesse coletivo, mediante uma fiscalizao orientadora, corretiva e at punitiva.
Vai Inglaterra e Frana, procurando as razes do controle nos meados dos sculos XII
e XV, at chegar organizao do primeiro Tribunal de Contas, como modelo de Tribunal
Administrativo para os Estados modernos, obra de Napoleo Bonaparte, em 1807.
Explicita com clareza o surgimento da Corte de Contas no Brasil e a forma como foi tra-
tada nas diversas Constituies brasileiras.
Discorre sobre os Tribunais de Contas estaduais e municipais, as entidades de controle
internacionais e nacionais, o controle social, as diversas formas de fiscalizao, similaridade
de suas atribuies com a dos tribunais que integram o Poder Judicirio, composio, com-
petncias enfim, consegue, de forma didtica e precisa, ser analtico e sinttico, em assunto
da maior complexidade.
O trabalho de Luiz Henrique obra de consulta obrigatria por quantos militam na pbli-
ca administrao. motivo de gudio para os que integram o Tribunal de Contas da Unio,
ao expor a face da qualidade intelectual de seus servidores. Revela a preocupao que norteia
os membros da Corte de Contas na atuao preventiva e pedaggica. Conduz seus leitores
a raciocinar acerca da necessidade de adquirirmos normas constitucionais que assegurem
maior tempestividade e eficcia dos julgados, o acesso aos sigilos bancrio e fiscal, bem como
a autoexecutoriedade de nossas decises.
Esgota com propriedade o processo de julgamento de contas, a fase recursal, o direito de
defesa, as sanes, a jurisprudncia e a legislao aplicvel.
Li a obra e, confesso, gostaria de ter sido o autor. Contenta-me, todavia, ser o leitor e t-la
como fonte de orientao. com esse sentimento que a recomendo aos leitores que, sei, sero
muitos. Mais no falo, para que o prazer da leitura se manifeste no compulsar das pginas.
Ubiratan Aguiar
Ministro do Tribunal de Contas da Unio
Lista de Abreviaturas e Siglas Utilizadas
Ac. Acrdo
ACE Analista de Controle Externo
ADI/ADIn Ao Direta de Inconstitucionalidade
AGU Advocacia Geral da Unio
ANA Agncia Nacional de guas
ANOp Auditoria de Natureza Operacional
ANP Agncia Nacional do Petrleo
AO Ao Originria
Ap. Cvel Apelao Cvel
Art. Artigo
Atricon Associao dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil
AUFC Auditor Federal de Controle Externo
Bacen Banco Central do Brasil
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social
BTN Bnus do Tesouro Nacional
CC Cdigo Civil
Cepal Comisso Econmica para a Amrica Latina e o Caribe
Cesgranrio Fundao Cesgranrio
Cespe Centro de Seleo e de Promoo de Eventos
Cetro Cetro Concursos Pblicos, Consultoria e Administrao S/S Ltda.
CF Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988
CGU Controladoria Geral da Unio
Cide Contribuio de Interveno no Domnio Econmico
Ciset Controle Interno Setorial
CLT Consolidao das Leis do Trabalho
CMO/CMPOF Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao
CN Congresso Nacional
CNJ Conselho Nacional de Justia
COB Comit Olmpico Brasileiro
Conama Conselho Nacional de Meio Ambiente
CPB Comit Paraolmpico Brasileiro
CPC Cdigo de Processo Civil
CPI Comisso Parlamentar de Inqurito
CPMI Comisso Parlamentar Mista de Inqurito
DJU Dirio da Justia da Unio
DN Deciso Normativa
DOU Dirio Oficial da Unio
EC Emenda Constitucional
EFPP Entidades Fechadas de Previdncia Privada
EFS Entidade Fiscalizadora Superior
EIA Estudo de Impacto Ambiental
Esaf Escola Superior de Administrao Fazendria
et al. et alii (e outros)
FCC Fundao Carlos Chagas
Fepese Fundao de Estudos e Pesquisas Scio-Econmicas
FGV Fundao Getlio Vargas
FJG Fundao Joo Goulart
FMI Fundo Monetrio Internacional
FNAS Fundo Nacional de Assistncia Social
FNMA Fundo Nacional de Meio Ambiente.
FPE Fundo de Participao dos Estados e do Distrito Federal
FPM Fundo de Participao dos Municpios
Fundeb Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao
dos Profissionais da Educao
Fundef Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valo-
rizao do Magistrio
Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis
IBGE Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
ICMS Imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes
de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao
Ifes Instituio Federal de Ensino Superior
IN Instruo Normativa
Inf. STF Informativo do Supremo Tribunal Federal
INSS Instituto Nacional da Seguridade Social
Intosai International Organization of Supreme Audit Institutions
Ipea Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados
IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veculos Automotores
IR Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza
ITD Imposto sobre Transmisso causa mortis e Doao de quaisquer bens ou direitos
ITR Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
LC Lei Complementar
LDB Lei de Diretrizes e Bases da educao nacional
LDO Lei de Diretrizes Oramentrias
LO Lei Orgnica
LOA Lei de Oramento Anual
LOTCU Lei Orgnica do Tribunal de Contas da Unio (Lei no 8.443/1992)
LRF Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar no 101/2000)
Min. Ministro
MMA Ministrio do Meio Ambiente
MP Ministrio Pblico
MPC Ministrio Pblico de Contas
MPU Ministrio Pblico da Unio
MPTCU Ministrio Pblico junto ao TCU
MPV Medida Provisria
MS Mandado de Segurana
NCE Ncleo de Computao Eletrnica
OAB Ordem dos Advogados do Brasil
OCDE Organizao de Cooperao e Desenvolvimento Econmico
Olacefs Organization of Latin American and Caribbean Supreme Audit Institutions
ONG Organizao No Governamental
ONU Organizao das Naes Unidas
Op. cit. Obra citada
OS Organizao Social
Oscip Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico
P. Pgina
PAC Programa de Acelerao do Crescimento
PAD Processo Administrativo Disciplinar
Par. Pargrafo
PC Prestao de Contas
PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola
Petrobras Petrleo Brasileiro S.A.
PIB Produto Interno Bruto
PL Projeto de Lei
PNAE Programa Nacional de Alimentao Escolar
PNB Produto Nacional Bruto
PNMA Poltica Nacional de Meio Ambiente
PNUD Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento
PPA Plano Plurianual
PPP Parceria Pblico-Privada
PR Presidente da Repblica
PT Programa de Trabalho
RDA Revista de Direito Administrativo
RE Recurso Extraordinrio
Rcl Reclamao
Rel. Relator
Resp Recurso Especial
RHC Recurso Ordinrio em Habeas Corpus
Rima Relatrio de Impacto Ambiental
RITCU Regimento Interno do Tribunal de Contas da Unio
RJSTJ Revista de Jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia
RJU Regime Jurdico nico
RMS Recurso Ordinrio em Mandado de Segurana
RT Revista dos Tribunais
RTJ Revista Trimestral de Jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal
Siafi Sistema Integrado de Administrao Financeira
Siasg Sistema Integrado de Administrao de Servios Gerais
Sisnama Sistema Nacional de Meio Ambiente
STF Supremo Tribunal Federal
STJ Superior Tribunal de Justia
STN Secretaria do Tesouro Nacional
SUS Sistema nico de Sade
SV Smula Vinculante
TC Tomada de Contas
TCDF Tribunal de Contas do Distrito Federal
TCE Tomada de Contas Especial
TCE-yy Tribunal de Contas do Estado de yy
TCM-yy Tribunal de Contas do Municpio de yy
TCU Tribunal de Contas da Unio
TJ Tribunal de Justia
TRF Tribunal Regional Federal
TSE Tribunal Superior Eleitoral
Ufir Unidade Fiscal de Referncia
UFMT Universidade Federal de Mato Grosso
Unicef Fundo das Naes Unidas para a Infncia
UO Unidade Oramentria
Vol. Volume
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Lista de Quadros-Resumos
Quadro-resumo do papel das instituies de controle .........................................................7
Quadro-resumo de diferenas entre as Controladorias e as Cortes de Contas .....................12
Quadro-resumo das competncias constitucionais do TCU ...............................................43
Quadro-resumo dos procedimentos para sustao de atos e contratos ...............................58
Quadro-resumo dos procedimentos do art. 72 da Constituio .........................................59
Quadro-resumo das indicaes de Ministro do TCU ..........................................................62
Quadro-resumo da responsabilidade pelo controle externo ...............................................67
Quadro-resumo da repartio constitucional de funes de controle externo ....................73
Quadro-resumo das funes das Cortes de Contas ..........................................................115
Quadro-resumo das competncias atribudas pela LRF s Cortes de Contas ....................158
Quadro-resumo das competncias do TCU em relao a recursos
repassados a Estados, DF e Municpios ............................................................................170
Quadro-resumo das principais competncias do Plenrio e das Cmaras .........................203
Quadro-resumo de diferenas entre as TCEs e as TCs/PCs ...............................................272
Quadro-resumo de diferenas entre as TCEs e os PADs ...................................................273
Quadro-resumo de julgamento das contas .......................................................................308
Quadro-resumo dos instrumentos de fiscalizao ............................................................322
Quadro-resumo da fiscalizao em entidades paraestatais e no terceiro setor ...................342
Quadro-resumo do direito de defesa anterior ao julgamento ...........................................395
Quadro-resumo dos recursos ...........................................................................................402
Quadro-resumo da gradao da multa do art. 58 da LOTCU (art. 268 do RITCU) ..........422
Quadro-resumo da inidoneidade na LOTCU e na Lei no 8.666/1993 ...............................426
Quadro-resumo das sanes e cautelares .........................................................................436
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Sumrio
Captulo 1 CONTROLE EXTERNO ORIGENS, CONCEITOS,
SISTEMAS........................................................................................ 1
1.1. Antecedentes ............................................................................1
1.2. Conceitos de controle ...............................................................2
1.2.1. Controle na cincia da Administrao .......................3
1.2.2. Controle quanto ao objeto ........................................3
1.2.3. Controle quanto ao momento de sua realizao ........4
1.2.4. Controle quanto ao posicionamento do rgo
controlador ...............................................................6
1.2.5. Outras classificaes .................................................8
1.2.6. Conceito de Controle Externo ...................................8
1.3. Sistemas de Controle Externo .................................................10
1.3.1. O sistema de Auditoria ou Controladoria-Geral ......11
1.3.2. O sistema de Tribunal de Contas .............................11
1.4. Tribunais de Contas no Brasil .................................................12
1.5. O TCU nas diversas Constituies brasileiras ..........................14
1.6. Os Tribunais de Contas estaduais e municipais .......................16
1.7. A Intosai e a Declarao de Lima.............................................17
1.8. A Olacefs ................................................................................17
1.9. A Atricon e a Audicon.............................................................17
1.10. Novos desafios do Controle Externo .......................................18
1.11. O controle social .....................................................................19
1.12. Modelo de denncia de irregularidade ao Tribunal de
Contas ....................................................................................21
1.13. Para saber mais .......................................................................22
1.14. Propostas de exerccios dissertativos .......................................22
1.15. Questes de concursos pblicos .............................................23
Captulo 2 NORMAS CONSTITUCIONAIS SOBRE O CONTROLE
EXTERNO ...................................................................................... 27
2.1. A topografia do controle externo na Constituio Federal .......28
2.2. Abrangncia do controle externo (CF: art. 70, caput) ..............29
2.2.1. Fiscalizao contbil, financeira, oramentria
e patrimonial ..........................................................30
2.2.2. Fiscalizao operacional ..........................................30
2.2.3. Legalidade e legitimidade ........................................31
2.2.4. Economicidade .......................................................33
2.2.5. Aplicao das subvenes e renncia das receitas....34
2.3. Quem deve prestar contas (CF: art. 70, pargrafo nico) ........36
2.4. Competncias constitucionais do TCU (CF: art. 71, caput
e incisos I a XI) .......................................................................42
2.4.1. Apreciar as contas anuais do Presidente
da Repblica (CF: art. 71, I) ...................................43
2.4.2. Julgar as contas dos administradores e demais
responsveis por dinheiro, bens e valores
pblicos (CF: art. 71, II) .........................................47
2.4.3. Apreciar a legalidade dos atos de admisso
de pessoal e de concesso de aposentadorias,
reformas e penses civis e militares
(CF: art. 71, III) ......................................................50
2.4.4. Realizar inspees e auditorias por iniciativa
prpria ou por solicitao do Congresso
Nacional (CF: art. 71, IV) .......................................52
2.4.5. Fiscalizar as contas nacionais das empresas
supranacionais (CF: art. 71, V) ...............................52
2.4.6. Fiscalizar a aplicao de recursos da Unio
repassados a Estados, ao Distrito Federal ou
a Municpios (CF: art. 71, VI) .................................53
2.4.7. Prestar informaes ao Congresso Nacional sobre
fiscalizaes realizadas (CF: art. 71, VII) .................54
2.4.8. Aplicar sanes e determinar a correo de
ilegalidades e irregularidades em atos e contratos
(CF: art. 71, VIII, IX e XI) .......................................56
2.4.9. Sustar, se no atendida, a execuo do ato
impugnado, comunicando a deciso Cmara dos
Deputados e ao Senado Federal (CF: art. 71, X) ......56
2.5. Sustao de atos e contratos (CF: art. 71, 1o e 2o) ...............57
2.6. Eficcia das decises do TCU (CF: art. 71, 3o) .....................58
2.7. Relatrios ao Congresso Nacional (CF: art. 71, 4o) ...............58
2.8. Atuao da Comisso Mista (CF: art. 72) ................................59
2.9. Composio do TCU (CF: art. 73) ..........................................60
2.9.1. Requisitos para a nomeao de Ministro
(CF: art. 73, 1o) ....................................................61
2.9.2. Processo de escolha de Ministros do TCU
(CF: art. 73, 2o) ....................................................61
2.9.3. Prerrogativas dos Ministros (CF: art. 73, 3o) .........63
2.9.4. Papel dos Auditores (CF: art. 73, 4o) ....................63
2.10. Controle interno (CF: art. 74) .................................................64
2.11. Apurao de denncias apresentadas por qualquer
cidado, partido poltico, associao ou sindicato sobre
irregularidades ou ilegalidades (CF: art. 74, 2o) ...................64
2.12. Organizao dos Tribunais de Contas dos Estados, Distrito
Federal e Municpios (CF: art. 75) ..........................................65
2.13. Fiscalizao nos municpios (CF: art. 31)................................67
2.14. Parecer prvio sobre as contas de Governo de Territrio
(CF: art. 33, 2o) ...................................................................69
2.15. Interveno da Unio nos Estados e no Distrito Federal
(CF: art. 34, VII, d) .................................................................69
2.16. Interveno em Municpio (CF: art. 35, II) .............................70
2.17. Competncia exclusiva do Congresso Nacional
(CF: art. 49, IX e X) ................................................................70
2.18. Competncia privativa da Cmara dos Deputados
(CF: art. 51, II) .......................................................................71
2.19. Competncia privativa do Senado Federal
(CF: art. 52, III, b) ..................................................................72
2.20. Competncia privativa do Presidente da Repblica
(CF: art. 84, XV e XXIV) .........................................................72
2.21. Competncia do Supremo Tribunal Federal
(CF: art. 102, I, c, d, i e q) .......................................................73
2.22. Competncia do Superior Tribunal de Justia
(CF: art. 105, I, a)...................................................................74
2.23. Competncias do Conselho Nacional de Justia e do
Conselho Nacional do Ministrio Pblico (CF: arts. 103-B,
4o, e 130-A) .........................................................................74
2.24. Ministrio Pblico junto aos Tribunais de Contas
(CF: art. 130)..........................................................................74
2.25. Clculo dos Fundos de Participao (CF: art. 161,
pargrafo nico) .....................................................................76
2.26. Lei complementar sobre fiscalizao financeira
(CF: art. 163, V) .....................................................................77
2.27. Disposies constitucionais gerais (CF: art. 235, III e X) .........78
2.28. Para saber mais .......................................................................78
2.29. Propostas de exerccios dissertativos .......................................78
2.30. Questes de concursos pblicos .............................................80
Captulo 3 TRIBUNAIS DE CONTAS: FUNES, NATUREZA JURDICA
E EFICCIA DAS DECISES ...................................................... 111
3.1. Funes dos Tribunais de Contas ..........................................111
3.1.1. Funo de fiscalizao ...........................................111
3.1.2. Funo opinativa ..................................................112
3.1.3. Funo de julgamento ..........................................112
3.1.4. Funo sancionadora ............................................113
3.1.5. Funo corretiva ...................................................113
3.1.6. Funo consultiva .................................................113
3.1.7. Funo de informao ..........................................114
3.1.8. Funo de ouvidor ................................................115
3.1.9. Funo normativa .................................................115
3.2. Natureza jurdica das Cortes de Contas .................................115
3.3. Eficcia das decises dos Tribunais de Contas .......................120
3.4. Coisa julgada administrativa .................................................123
3.5. Para saber mais .....................................................................126
3.6. Propostas de exerccios dissertativos .....................................126
3.7. Questes de concursos pblicos ...........................................126
Captulo 4 JURISDIO ............................................................................... 131
4.1. A polmica sobre a jurisdio dos Tribunais de Contas .........131
4.2. Jurisdio do TCU ................................................................136
4.2.1. Responsvel (LOTCU: art. 5o, I) ............................136
4.2.2. Dano ao errio (LOTCU: art. 5o, II) .......................136
4.2.3. Dirigentes ou liquidantes (LOTCU: art. 5o, III) .....136
4.2.4. Empresas supranacionais (LOTCU: art. 5o, IV) ......136
4.2.5. Servios sociais (LOTCU: art. 5o, V) ......................137
4.2.6. Demais sujeitos fiscalizao (LOTCU:
art. 5o, VI) .............................................................137
4.2.7. Recursos repassados (LOTCU: art. 5o, VII) ............137
4.2.8. Sucessores (LOTCU: art. 5o, VIII)..........................138
4.2.9. Representantes na assembleia (LOTCU:
art. 5o, IX) .............................................................138
4.2.10. Empresas pblicas e sociedades de economia mista
(RITCU: art. 5o, III) .................................................... 138
4.2.11. Unidades jurisdicionadas (IN no 63/2010) ............139
4.3. Jurisdio dos Tribunais de Contas estaduais e municipais ...139
4.4. Conflitos de jurisdies entre Tribunais de Contas ................140
4.5. Para saber mais .....................................................................142
4.6. Propostas de exerccios dissertativos .....................................142
4.7. Questes de concursos pblicos ...........................................143
Captulo 5 COMPETNCIAS INFRACONSTITUCIONAIS .......................... 147
5.1. Introduo ............................................................................147
5.2. Competncias atribudas pela Lei Orgnica do TCU .............148
5.2.1. Fiscalizao (LOTCU: art. 1o, II) ...........................148
5.2.2. Acompanhamento da receita (LOTCU:
art. 1o, IV) .............................................................148
5.2.3. Representar sobre irregularidades (LOTCU:
art. 1o, VIII) ..........................................................149
5.2.4. Atos de administrao interna (LOTCU:
art. 1o, X a XV) ......................................................150
5.2.5. Decidir sobre consulta acerca da aplicao de
dispositivos legais e regulamentares (LOTCU:
art. 1o, XVII) .........................................................150
5.2.6. Poder regulamentar (LOTCU: art. 3o)....................152
5.2.7. Requisitar servios tcnicos especializados
(LOTCU: art. 101) ................................................153
5.3. Competncias previstas no Regimento Interno do TCU ........154
5.3.1. Emitir pronunciamento conclusivo (RITCU:
art. 1o, IV) .............................................................154
5.3.2. Auditar projetos e programas (RITCU: art. 1o, V) .... 154
5.3.3. Fiscalizar a aplicao dos royalties do petrleo
(RITCU: art. 1o, X) ................................................154
5.3.4. Fiscalizar a aplicao da LRF (RITCU:
art. 1o, XIII) ..........................................................155
5.3.5. Acompanhar, fiscalizar e avaliar os processos
de desestatizao (RITCU: art. 1o, XV) ..................155
5.4. Competncias atribudas pela Lei de Responsabilidade
Fiscal e pela Lei no 10.028/2000 ...........................................156
5.5. Competncias atribudas pela Lei no 8.666/1993 ..................159
5.6. Competncia reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal ....160
5.7. Competncias atribudas por diversos normativos ................162
5.7.1. Lista dos inelegveis (Lei Complementar
no 64/1990 e Lei Complementar no 135/2010
Lei da Ficha Limpa) ..............................................162
5.7.2. Acompanhamento dos processos de improbidade
administrativa (Lei no 8.429/1992) .......................164
5.7.3. Controle das declaraes de bens e rendas
(Lei no 8.730/1993) ..............................................164
5.7.4. Fiscalizao dos recursos do SUS (Decreto
no 1.232/1994) .....................................................165
5.7.5. Apoio Justia Eleitoral (Lei no 9.096/1995 e
Lei no 9.504/1997) ................................................165
5.7.6. Fiscalizao da LDB (Lei no 9.394/1996), do
Fundeb (Lei no 11.404/ 2007) e do Fundef
(Lei no 9.424/1996) ..............................................166
5.7.7. Fiscalizao dos regimes prprios de previdncia
social (Lei no 9.717/1998) ....................................169
5.7.8. Apoio s Cmaras Municipais
(Lei no 9.452/1997) ..............................................169
5.7.9. Criao de pgina na Internet
(Lei no 9.755/1998) ..............................................169
5.7.10. Fiscalizao da aplicao dos recursos repassados
ao Comit Olmpico Brasileiro e ao Comit
Paraolmpico Brasileiro (Lei no 10.264/2001) ........170
5.7.11. Fiscalizao dos recursos do Programa Nacional
de Alimentao Escolar PNAE (Medida Provisria
no 2.178-36/2001) ..................................................... 170
5.7.12. Lei das Agncias de guas (Lei no 10.881/2004) ..... 170
5.7.13. Concesso de Florestas (IN TCU no 50/2006) .......171
5.7.14. Lei do PAC (Lei no 11.578/2007) ..........................171
5.8. Competncias relacionadas com o acompanhamento
da gesto oramentria .........................................................172
5.9. Medidas cautelares relativas a atos administrativos ...............174
5.10. O veto ao art. 6o da Lei das centrais sindicais
(Lei no 11.648/2008) ............................................................177
5.11. Para saber mais .....................................................................177
5.12. Propostas de exerccios dissertativos .....................................178
5.13. Questes de concursos pblicos ...........................................181
Captulo 6 ORGANIZAO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO ....... 199
6.1. Plenrio ................................................................................199
6.1.1. Matrias de maior complexidade e relevncia ........199
6.1.2. Relacionamento com o Congresso Nacional
e os Poderes da Repblica .....................................200
6.1.3. Assuntos de natureza institucional ........................200
6.1.4. Sanes de maior gravidade ..................................201
6.1.5. Recursos ...............................................................201
6.2. Cmaras ................................................................................201
6.2.1. Presidente de Cmara ...........................................202
6.2.2. Empate nas votaes de Cmara ...........................203
6.3. Presidncia ...........................................................................204
6.3.1. Eleio ..................................................................204
6.3.2. Competncias do Presidente .................................205
6.4. Vice-Presidncia....................................................................206
6.5. Corregedoria .........................................................................207
6.6. Ministros ..............................................................................207
6.7. Auditores (Ministros Substitutos) ..........................................208
6.8. Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas ....................211
6.8.1. Composio ..........................................................211
6.8.2. Procurador-Geral ..................................................212
6.8.3. Competncias .......................................................213
6.9. Elaborao de lista trplice ....................................................215
6.10. Secretaria do Tribunal ...........................................................215
6.11. Ouvidoria .............................................................................217
6.12. Comisses ............................................................................218
6.13. Para saber mais .....................................................................218
6.14. Propostas de exerccios dissertativos .....................................218
6.15. Questes de concursos pblicos ...........................................218
Captulo 7 DELIBERAES E PROCESSOS ................................................. 225
7.1. Relator ..................................................................................225
7.1.1. Relao .................................................................225
7.2. Deliberaes .........................................................................228
7.2.1. Formas de deliberao ..........................................228
7.2.2. Elaborao, aprovao e alterao de
atos normativos ....................................................229
7.2.3. Jurisprudncia ......................................................229
7.2.4. Incidente de uniformizao de jurisprudncia.......230
7.3. Processo de votao ..............................................................230
7.4. Sesses .................................................................................235
7.4.1. Pauta das sesses ..................................................236
7.5. Processos ..............................................................................237
7.5.1. Tipos de processos ................................................237
7.5.2. Etapas do processo ................................................238
7.5.3. Partes e ingresso de interessados ...........................239
7.5.4. Distribuio ..........................................................240
7.5.5. Arquivamento .......................................................241
7.5.6. Nulidades .............................................................241
7.5.7. Processos urgentes ................................................242
7.6. Execuo das decises ..........................................................243
7.7. Outros dispositivos ...............................................................245
7.7.1. Contagem de prazos .............................................245
7.7.2. Comunicaes processuais ....................................245
7.7.3. Aplicao do Cdigo de Processo Civil..................247
7.8. Para saber mais .....................................................................247
7.9. Propostas de exerccios dissertativos .....................................247
7.10. Questes de concursos pblicos ...........................................247
Captulo 8 TOMADAS E PRESTAO DE CONTAS .................................... 251
8.1. Dever de prestar contas .........................................................251
8.2. Processos de contas ..............................................................253
8.2.1. Contas ordinrias ..................................................254
8.2.2. Contas extraordinrias ..........................................254
8.3. Tipos de processos de contas ................................................255
8.3.1. Contas individuais ................................................255
8.3.2. Contas consolidadas .............................................255
8.3.3. Contas agregadas ..................................................256
8.4. Relatrio de gesto ................................................................257
8.5. Contedo dos processos de contas ........................................258
8.5.1. Normas previstas na Lei no 4.320/1964 .................258
8.5.2. Normas previstas na LOTCU e no RITCU .............258
8.5.3. Normas da LRF sobre escriturao das contas .......259
8.5.4. Contedo prescrito pela IN TCU no 63/2010 .......260
8.5.4.1. Rol de responsveis ..........................262
8.6. Prazos para apresentao ......................................................263
8.6.1. Dispensa de apresentao das contas ....................265
8.6.2. Contas informatizadas ...........................................265
8.7. Decises em processos de contas ..........................................265
8.7.1. Sobrestamento de contas .......................................265
8.7.2. Contas diferidas ....................................................266
8.8. Declaraes de bens e sigilo ..................................................266
8.9. Para saber mais .....................................................................267
8.10. Propostas de exerccios dissertativos .....................................267
8.11. Questes de concursos pblicos ...........................................267
Captulo 9 TOMADAS DE CONTAS ESPECIAIS .......................................... 271
9.1. Conceito ...............................................................................271
9.2. Hipteses de instaurao ......................................................273
9.2.1. Omisso no dever de prestar contas ......................274
9.2.2. No comprovao da aplicao dos recursos .........276
9.2.3. Ocorrncia de desfalque ou desvio de dinheiros,
bens ou valores pblicos .......................................277
9.2.4. Prtica de ato ilegal, ilegtimo ou antieconmico
com dano ao errio ...............................................278
9.2.5. Determinao pelo TCU ........................................279
9.2.6. Dispensa de instaurao de TCE ...........................281
9.3. Procedimentos ......................................................................282
9.3.1. Responsveis pela instaurao da TCE ..................282
9.3.2. Prazo de instaurao .............................................283
9.3.3. Etapas de instaurao ............................................283
9.3.4. Notificao ............................................................284
9.3.5. Peas bsicas de uma TCE ....................................284
9.3.6. Valor mnimo e prazo mximo para instaurao
de TCE ................................................................285
9.4. Responsabilidade solidria do ente poltico ...........................286
9.5. Encaminhamento da TCE ao Tribunal de Contas da Unio ..... 287
9.6. Julgamento das TCEs ............................................................289
9.7. Excluso do Cadin ................................................................291
9.8. Regras para a atualizao de dbitos .....................................291
9.9. Para saber mais .....................................................................291
9.10. Propostas de exerccios dissertativos .....................................292
9.11. Questes de concursos pblicos ...........................................292
Captulo 10 JULGAMENTO DAS CONTAS .................................................... 295
10.1. Critrios de julgamento ........................................................295
10.2. Contas regulares ...................................................................297
10.3. Contas regulares com ressalvas .............................................297
10.4. Contas Irregulares .................................................................298
10.5. Consequncias de irregularidade ..........................................299
10.6. Fixao da responsabilidade solidria ...................................300
10.7. Liquidao tempestiva do dbito ..........................................304
10.8. Arquivamento sem julgamento de mrito .............................305
10.9. Contas Iliquidveis ...............................................................307
10.10. Reabertura de Contas ............................................................308
10.11. Julgamento pelo TCU e controle jurisdicional .......................308
10.12. Reviso do julgamento pelo TCU ..........................................309
10.13. Para saber mais .....................................................................309
10.14. Propostas de exerccios dissertativos .....................................309
10.15. Questes de concursos pblicos ...........................................310
Captulo 11 FISCALIZAO A CARGO DO TRIBUNAL DE CONTAS
E EXERCCIO DO CONTROLE EXTERNO ................................ 317
11.1. Evoluo da fiscalizao nos Tribunais de Contas .................317
11.2. Instrumentos de fiscalizao .................................................318
11.2.1. Levantamento (RITCU: art. 238) ...........................319
11.2.2. Auditoria (RITCU: art. 239) ..................................319
11.2.3. Inspeo (RITCU: art. 240) ...................................320
11.2.4. Acompanhamento (RITCU: arts. 241 e 242) .........321
11.2.5. Monitoramento (RITCU: art. 243) ........................322
11.3. Execuo da fiscalizao .......................................................323
11.4. Contas do Governo da Repblica ..........................................325
11.4.1. Normas de apresentao .......................................325
11.4.2. Exame pelo TCU ...................................................326
11.4.3. Consequncias da rejeio das contas ...................329
11.4.4. Divulgao ............................................................330
11.5. Atos sujeitos a registro ..........................................................330
11.5.1. Smula Vinculante no 3 do STF ...........................334
11.6. Fiscalizao de atos e contratos .............................................335
11.7. Fiscalizao de convnios e instrumentos congneres ...........336
11.8. Fiscalizao de obras ............................................................338
11.9. Fiscalizao das privatizaes e das agncias reguladoras ......339
11.10. Fiscalizao das concesses ...................................................340
11.11. Fiscalizao das organizaes sociais, organizaes da
sociedade civil de interesse pblico, consrcios pblicos
e parcerias pblico-privadas .................................................341
11.11.1. Oscips ...................................................................341
11.11.2. Organizaes Sociais .............................................341
11.11.3. Consrcios Pblicos ..............................................342
11.11.4. Parcerias Pblico-Privadas ....................................343
11.12. Denncia ..............................................................................343
11.13. Outras fiscalizaes ...............................................................344
11.13.1. Benefcios fiscais ...................................................344
11.13.2. Fundaes de apoio a instituies federais
de ensino ..............................................................345
11.13.3. Copa do Mundo de Futebol de 2014 ....................346
11.14. Limites ao poder de fiscalizao dos Tribunais de Contas ......346
11.15. Consequncias da fiscalizao exercida pelos Tribunais
de Contas .............................................................................347
11.16. Para saber mais .....................................................................347
11.17. Propostas de exerccios dissertativos .....................................348
11.18. Questes de concursos pblicos ...........................................351
Captulo 12 CONTROLE INTERNO ................................................................ 359
12.1. Conceito ...............................................................................359
12.2. Princpios do controle interno ..............................................360
12.3. Evoluo do controle interno ................................................361
12.4. A LRF e o controle interno ....................................................363
12.5. Organizao do controle interno no governo federal .............363
12.5.1. Competncias legais do controle interno ...............365
12.5.2. Objetivos do controle interno ...............................369
12.5.3. Prerrogativas do controle interno ..........................370
12.5.4. Normas relativas a servidores do controle interno ... 370
12.5.5. Controle interno dos Poderes Legislativo e
Judicirio e do Ministrio Pblico .........................371
12.6. Tcnicas e objeto de trabalho do controle interno .................371
12.6.1. Tcnicas ................................................................371
12.6.2. Instrumental de trabalho .......................................373
12.6.3. Objeto de exame ...................................................374
12.7. Atuao do controle interno em processos de contas
e tomadas de contas especiais ...............................................375
12.8. Opinio do controle interno .................................................377
12.9. Obrigatoriedade da estruturao do controle interno
nos Estados e Municpios ......................................................377
12.10. Controle interno e auditorias privadas ..................................378
12.11. Para saber mais .....................................................................378
12.12. Propostas de exerccios dissertativos .....................................378
12.13. Questes de concursos pblicos ...........................................379
Captulo 13 DIREITO DE DEFESA ................................................................. 387
13.1. Fundamentos constitucionais e princpios ............................387
13.2. Audincia .............................................................................391
13.3. Citao .................................................................................392
13.4. Procedimentos legais e regimentais .......................................393
13.4.1. Pedido de vista ......................................................393
13.4.2. Juntada de documentos ........................................394
13.5. Oitiva ...................................................................................394
13.6. Revelia ..................................................................................395
13.7. Modalidades recursais ...........................................................396
13.8. Recurso de reconsiderao ....................................................396
13.9. Pedido de reexame ................................................................397
13.10. Embargo de declarao .........................................................398
13.11. Recurso de reviso ................................................................399
13.12. Agravo ..................................................................................401
13.13. Exame de admissibilidade .....................................................403
13.14. Sustentao oral ....................................................................404
13.15. Reviso judicial .....................................................................404
13.16. Prescrio .............................................................................405
13.17. Outros recursos previstos em normas especficas ..................411
13.18. Para saber mais .....................................................................411
13.19. Propostas de exerccios dissertativos .....................................412
13.20. Questes de concursos pblicos ...........................................412
Captulo 14 SANES .................................................................................... 417
14.1. Sanes em processos de contas............................................417
14.1.1. Multa proporcional ao dbito (LOTCU: art. 57) ....418
14.1.2. Multa (LOTCU: art. 58) ........................................418
14.1.3. Encaminhamento dos autos ao Ministrio Pblico
da Unio (LOTCU: art. 16, 3o) ............................. 423
14.2. Sanes em aes de fiscalizao ...........................................423
14.2.1. Multa por sonegao de documentos ou
informaes (LOTCU: art. 42) ..............................423
14.2.2. Multa por irregularidade constatada
(LOTCU: art. 43) ..................................................424
14.2.3. Inabilitao (LOTCU: art. 60 e RITCU: art. 270) .... 424
14.3. Sanes relativas a licitaes e contratos ...............................426
14.3.1. Declarao de inidoneidade (LOTCU, art. 46) ......426
14.4. Sanes relativas a infraes administrativas contra
as finanas pblicas ..............................................................430
14.5. Determinaes ......................................................................432
14.6. Medidas cautelares que afetam diretamente os gestores
e responsveis .......................................................................432
14.6.1. Afastamento temporrio do responsvel
(LOTCU: art. 44) ..................................................432
14.6.2. Indisponibilidade de bens (LOTCU:
art. 44, 2o)..........................................................433
14.6.3. Arresto dos bens (LOTCU: art. 61) .......................435
14.7. Independncia das instncias ................................................436
14.8. Responsvel falecido .............................................................437
14.9. Sigilo bancrio e fiscal...........................................................438
14.10. Para saber mais .....................................................................443
14.11. Propostas de exerccios dissertativos .....................................443
14.12. Questes de concursos pblicos ...........................................443
Captulo 15 ELEMENTOS PARA REALIZAR UMA PROVA DISCURSIVA ...... 447
15.1. A linguagem .........................................................................447
15.2. A construo do texto ...........................................................448
15.3. A elaborao do texto ...........................................................448
15.4. A reviso do texto .................................................................450
Captulo 16 QUESTES COMPLEMENTARES ............................................... 451
PALAVRAS FINAIS .................................................................................................... 471
anexo I SMULAS RELEVANTES (STF, STJ, TCU) ................................. 473
anexo II GABARITO .................................................................................. 479
anexo III MINIGLOSSRIO ........................................................................ 487
anexo IV REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................. 497
Pgina deixada intencionalmente em branco
Captulo 1Controle Externo
Origens, Conceitos, Sistemas
O que Controle Externo? Quais as diferenas entre Controladorias e Tribunais de Contas? Qual a origem do TCU? Quantos Tribunais de Contas existem no Brasil? Existe controle prvio pelos Tribunais de Contas no Brasil? O que controle social? Como denunciar uma irregularidade ao Tribunal de Contas?
1.1. Antecedentes
Os historiadores no lograram ainda um consenso quanto identificao das primeiras
instituies e atividades associadas com o controle das riquezas do Estado.
certo que com os primeiros embries de organizao humana em cidades-Estado sur-
giu a necessidade da arrecadao, estocagem e gerenciamento de vveres, materiais e, pos-
teriormente, numerrio, de modo a assegurar atividades de defesa e de conquista ante as
comunidades vizinhas. medida que tais montantes tornaram-se expressivos, cresceu tam-
bm a importncia de sua adequada gesto. Em nenhum regime monarquia absolutista ou
democracia social os detentores do poder admitem desvios, desperdcio ou subtrao dos
recursos de que pretendem dispor para atingir suas finalidades.
H quem veja exemplos de atuao do controle na organizao dos faras do antigo
Egito, entre os hindus, chineses e os sumrios, ou em instituies presentes na Atenas do
Sculo de Ouro (V a.C.). De acordo com Paulino,1 na capital grega havia uma Corte de
Contas, composta de dez oficiais eleitos anualmente pela assembleia geral do povo (Ecl-
sia, que se reunia na gira), que tomava as contas dos arcontes, estrategas, embaixadores,
sacerdotes e a todos quantos giravam com dinheiros pblicos. Aristteles, em Poltica,
sustentou a necessidade de prestao de contas quanto aplicao dos recursos pblicos
e de punio para responsveis por fraudes ou desvios e defendeu a existncia de um tri-
bunal dedicado s contas e gastos pblicos, para evitar que os cargos pblicos enriqueam
aqueles que os ocupem.
1 Curso de Direito Constitucional, 3a edio, Forense, 1961 apud SANTANNA, Aspectos do Direito Pblico no Tribunal
de Contas, TCE-RJ, 1992, p. 318-319.
Controle Externo Luiz Henrique Lima2S
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Sabe-se com certeza que a origem da expresso auditoria encontra-se no vocbulo latino
auditor, aquele que ouve. Os primeiros auditores atuaram, portanto, na Repblica Romana.
A ideia de uma Corte de Contas pode ser localizada no final da Idade Mdia, em pases
como a Inglaterra, a Frana e a Espanha. Speck2 aponta como pioneira a criao do Tribunal
de Cuentas espanhol no sculo XV. A seu turno, Mileski3 destaca a instituio do Exchequer
ingls no sculo XII.
Portugal situa a origem de seu Tribunal de Contas, criado em 1849, na Casa dos Contos,
cujo regimento data de 1389, e que tinha reparties subordinadas no Brasil Colnia no Rio
de Janeiro, Salvador, So Lus e Ouro Preto.
Foi, todavia, como em tantas outras reas, a gloriosa Revoluo Francesa que consagrou
o princpio da separao dos poderes, idealizado por Montesquieu. Somente com a distino
de atribuies entre Executivo, Legislativo e Judicirio, pode-se, a rigor, falar de um controle
externo.
O controle externo porque realizado, de forma independente, por outro poder, distinto
daquele responsvel pela execuo das atividades administrativas suscetveis de controle.
Como veremos adiante, o controle externo atribudo ora ao Poder Legislativo, ora ao Poder
Judicirio, de vez que as principais funes estatais de realizao de polticas pblicas so de
responsabilidade do Poder Executivo.
A organizao do primeiro Tribunal de Contas com caractersticas prximas s atuais foi
obra de Napoleo Bonaparte que, mediante o Decreto Imperial de 28/09/1807, reorganizou
a Cour des Comptes francesa, como modelo de tribunal administrativo para os Estados mo-
dernos. A Cour des Comptes presta assistncia ao Parlamento e ao Poder Executivo, atuando
como autoridade judicial.
1.2. Conceitos de controle
A pesquisa de Guerra4 indica que a palavra controle originou-se do termo francs contre-
rle, assim como do latim medieval contrarotulus, com o significado de contralista:
[...], isto , segundo exemplar do catlogo de contribuintes, com base no qual se
verificava a operao do cobrador de tributos, designando um segundo registro, orga-
nizado para verificar o primeiro. O termo evoluiu, a partir de 1611, para sua acepo
mais prxima do atual, aproximando-se da acepo de domnio, governo, fiscalizao,
verificao.
Segundo o Dicionrio Houaiss, a primeira acepo do vocbulo : monitorao,
fiscaliza o ou exame minucioso, que obedece a determinadas expectativas, normas, con-
venes etc.
2 Inovao e rotina no Tribunal de Contas da Unio. So Paulo: Fundao Konrad Adenauer, 2000, p. 28. 3 O Controle da Gesto Pblica, RT, 2003, p. 176.4 Os Controles Externo e Interno da Administrao Pblica, 2a edio. Belo Horizonte: Editora Frum, 2005, p. 89.
Captulo 1 Controle Externo Origens, Conceitos, SistemasCAMPUS 3Srie Provas e Concursos
Na dico de Rocha,5 o escopo do controle assegurar a correspondncia entre determi-
nadas atividades e certas normas ou princpios.
1.2.1. Controle na cincia da AdministraoNa cincia da Administrao, o controle reconhecido como uma das funes adminis-
trativas essenciais. Na Escola Clssica, de Taylor e Fayol, o ciclo da administrao compreen-
dia planejar, organizar, dirigir e controlar. Para Chiavenato,6 o controle consiste na funo
administrativa que monitora e avalia as atividades e os resultados alcanados para assegurar
que o planejamento, a organizao e a direo sejam bem-sucedidos. Esse autor identifica as
seguintes fases do controle:
estabelecimentodemetas;
observaododesempenho;
comparaododesempenhocomasmetasestabelecidas;e
aocorretiva.
A Declarao de Lima, um dos principais documentos da International Organization of Su-
preme Audit Institutions Intosai , afirma que o controle no representa um fim em si mesmo,
mas uma parcela imprescindvel de um mecanismo regular que deve assinalar oportunamen-
te os desvios normativos e as infraes aos princpios da legalidade, rentabilidade, utilidade
e racionalidade das operaes financeiras.
Na Administrao Pblica, segundo Mileski,7 o controle corolrio do Estado Democr-
tico de Direito, obstando o abuso de poder por parte da autoridade administrativa, fazendo
com que esta paute a sua atuao em defesa do interesse coletivo, mediante uma fiscalizao
orientadora, corretiva e at punitiva.
Como assinala Guerra:8
Controle, como entendemos hoje, a fiscalizao, quer dizer, inspeo, exame, acom-
panhamento, verificao, exercida sobre determinado alvo, de acordo com certos as-
pectos, visando averiguar o cumprimento do que j foi predeterminado ou evidenciar
eventuais desvios com fincas de correo, decidindo acerca da regularidade ou irre-
gularidade do ato praticado. Ento, controlar fiscalizar emitindo um juzo de valor.
1.2.2. Controle quanto ao objetoQuanto ao seu objeto, o controle pode ser classificado em:
delegalidade;
demrito;e
degesto.
5 A funo controle na administrao pblica oramentria. O novo Tribunal de Contas: rgo protetor dos direitos
fundamentais. 2a edio, ampliada. Belo Horizonte: Editora Frum, 2004, p. 124.6 Administrao Geral e Pblica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, p. 447.7 Op. cit., p. 148.8 Os Controles Externo e Interno da Administrao Pblica, 2a edio. Belo Horizonte: Editora Frum, 2005, p. 90.
Controle Externo Luiz Henrique Lima4S
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O controle de legalidade tem o seu foco na verificao da conformidade dos procedimen-
tos administrativos com normas e padres preestabelecidos.
O controle de mrito procede a uma avaliao da convenincia e da oportunidade das
aes administrativas. Em nosso ordenamento jurdico, esse controle costuma ser reservado
prpria Administrao.
O controle de gesto examina os resultados alcanados e os processos e recursos empre-
gados, contrastando-os com as metas estipuladas luz de critrios como eficincia, eficcia,
efetividade e economicidade.
A professora Di Pietro9 tambm distingue o controle de fidelidade funcional dos agentes
da administrao responsveis por bens e valores pblicos.
1.2.3. Controle quanto ao momento de sua realizaoNo que concerne ao tempo de sua realizao, o controle pode ser:
prvioouex-ante ou perspectivo;
concomitanteoupari-passu ou prospectivo; e
subsequenteoua posteriori ou retrospectivo.
O controle prvio tem finalidade preventiva e , essencialmente, realizado pela auditoria
interna ou pelos sistemas de controle interno da organizao que orientam os gestores e agen-
tes a corrigir falhas e adotar os procedimentos recomendveis.
O controle concomitante exercido, via de regra, por provocaes externas organizao:
denncias, representaes, auditorias, solicitaes dos rgos de controle e do Ministrio
Pblico.
O controle subsequente tem o objetivo de proceder a avaliaes peridicas, como
nas prestaes anuais de contas, e possui contedo corretivo e, eventualmente, san-
cionador.
QUESTO POLMICA
No concurso pblico para AUFC do TCU em 2006, foi proposto como tema da
prova dissertativa argumentar se o controle exercido pelas Cortes de Contas poderia
ser caracterizado como prvio, concomitante ou a posteriori. Surgiram, ento, de-
bates muito intensos quanto possibilidade de os Tribunais de Contas realizarem o
chamado controle prvio ou preventivo.
Para muitos doutrinadores, essa possibilidade que envolvia o registro prvio
de despesas, at a Constituio de 1946 no mais existe. Segundo essa vi-
so, o controle exercido, por exemplo, nos certames licitatrios de natureza
concomitante.
9 Direito Administrativo, 19a edio, Atlas, 2006, p. 709.
Captulo 1 Controle Externo Origens, Conceitos, SistemasCAMPUS 5Srie Provas e Concursos
Assim exprimiu-se Hely Lopes Meirelles:10
Toda atuao dos Tribunais de Contas deve ser a posteriori, no tendo apoio
constitucional qualquer controle prvio sobre atos ou contratos da Adminis-
trao [...], salvo as inspees e auditorias in loco, que podem ser realizadas
a qualquer tempo.
Todavia, vozes autorizadas, como o Min. Benjamin Zymler,11 argumentam que
o controle prvio utilizado em eventos especiais, como no exame prvio de
editais e procedimentos em casos de grande relevncia econmica e social
como as Parcerias Pblico-Privadas PPPs e outras hipteses de privati-
zao e concesso de servios pblicos. Ademais, acentuam que o controle
efetuado sobre um edital de licitao acarreta o controle prvio do contrato a
ser firmado.
J para os que consideram os atos de concesso de aposentadorias como atos com-
plexos, a etapa de registro pelos Tribunais de Contas constituiria uma modalidade
de controle prvio. Essa, por exemplo, a posio de Santos.12
Na jurisprudncia recente do TCU, colhem-se diversos exemplos de exerccio do controle
prvio.101112
EXEMPLO DE CONTROLE PRVIO PELO TCU
Acrdo no 1.379/2006 Plenrio
Entidade: Companhia das Docas do Estado da Bahia S.A. (Codeba)
Relator: Ministro Augusto Nardes
SUMRIO: SOLICITAO DO CONGRESSO NACIONAL PARA REALIZA-
O DE FISCALIZAO EM CERTAME LICITATRIO. LEGITIMIDADE
DO AUTOR. ATENDIMENTO. AUSNCIA DE LICENCIAMENTO AMBIEN-
TAL PRVIO ABERTURA DO CERTAME LICITATRIO. EDITAL DE CON-
CORRNCIA COM CLUSULAS RESTRITIVAS AO CARTER COMPETITI-
VO DA LICITAO. INFRINGNCIA A PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS
E LEGAIS RELATIVOS A LICITAES E CONTRATOS. INOBSERVNCIA
DAS NORMAS LEGAIS RELATIVAS AO PROCESSO DE OUTORGA DE
CONCESSO DE SERVIOS PBLICOS. INADEQUABILIDADE DOS ESTU-
DOS DE VIABILIDADE. PRESENA DOS REQUISITOS QUE JUSTIFICAM A
ADOO DE MEDIDA CAUTELAR PARA SUSPENSO DA EXECUO DO
CONTRATO.
10 Direito Administrativo Brasileiro, 22a edio, atualizada, Malheiros Editores. 1997, p. 609.11 O Controle Externo das Concesses de Servios Pblicos e das Parcerias Pblico-Privadas. Belo Horizonte: Editora
Frum, 2005, p. 116.12 O controle da Administrao Pblica. Revista do TCU, no 74, out/dez 1997, p. 17-26.
GiovaniSelecionar
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3. Os processos de arrendamento de reas e instalaes porturias cujos valores
gerem receita mensal superior a R$ 50.000,00 sujeitam-se fiscalizao, prvia
ou concomitante, do Tribunal de Contas da Unio, nos moldes previstos na IN
no TCU 27/1998, alterada pela IN TCU no 40/2002, ante o disposto no Decreto
no 4.391/2002.
Registre-se que o Tribunal de Contas de Portugal possui competncia explcita para o
controle prvio, realizado mediante os processos de vistos.
1.2.4. Controle quanto ao posicionamento do rgo controladorCom respeito ao posicionamento do rgo controlador, o controle classifica- se em:
interno;ou
externo.
Define-se como interno, quando o agente controlador integra a prpria administrao
objeto do controle. O posicionamento interno pode referir-se tanto ao sistema de controle
interno propriamente dito, previsto na CF, como aos controles administrativos, que incluem
os recursos administrativos e o controle hierrquico, entre outros. O controle interno ser
abordado no Captulo 12 deste livro.
A situao de exterioridade caracteriza trs hipteses de controle:
ojurisdicional;
opoltico;e
otcnico.
O controle jurisdicional da Administrao exercido pelos Poderes Judicirios (Federal e
Estadual) em obedincia ao direito fundamental prescrito no art. 5o, XXXV, da CF: a lei no
excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito. Os instrumentos para
o seu exerccio so: a ao popular, a ao civil pblica, o mandado de segurana, o mandado
de injuno, o habeas corpus e o habeas data. Tais instrumentos encontram-se previstos nos
incisos LXVIII, LXIX, LXXI, LXXII e LXXIII do art. 5o e no inciso III do art. 129 da Consti-
tuio da Repblica.
O controle poltico de competncia do Poder Legislativo e corolrio do regime demo-
crtico de governo. Entre os seus instrumentos mais conhecidos encontram-se as comisses
parlamentares de inqurito CPIs , as convocaes de autoridades, os requerimentos de
informaes e a sustao de atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar
ou dos limites de delegao legislativa (CF: art. 49, V).
Finalmente, o controle tcnico o exercido pelos rgos de controle externo, em auxlio
aos rgos legislativos, nas trs instncias de governo e pelos rgos do sistema de controle
interno.
Captulo 1 Controle Externo Origens, Conceitos, SistemasCAMPUS 7Srie Provas e Concursos
Quadro-resumo do papel das instituies de controle13
Executivo Legislativo Judicirio
Controle sobre atos da prpria
administrao
Controle sobre atos e agentes do
Executivo
Controle sobre
atos ilegais de
qualquer dos
Poderes
Controles internos da
administrao
Controle externo da
administrao
Controle
jurisdicional
Controle
interno admi-
nistrativo
Controle inter-
no gerencial
Controle
poltico
Controle
tcnico
Habeas corpus
Habeas data
Mandado de
injuno
Mandado de
segurana
Ao Popular
Outros
Controles sobre
os atos da enti-
dade pela pr-
pria entidade
Controles sobre
os a