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Controle Variação Cambial IRPJ

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ORIENTAÇÃO

PESSOAS JURÍDICASVARIAÇÃO MONETÁRIA

Tratamento Contábil – Tratamento Tributário

A seguir examinamos as normas da legislação vigente, aplicáveis às variações monetárias.

1. CONCEITO DE VARIAÇÃO MONETÁRIA Variações monetárias são as atualizações dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, sempre que referidasatualizações não forem prefixadas, mas sim determinadas posteriormente em função da taxa de câmbio ou de índices oucoeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual.

1.1. VARIAÇÕES EM FUNÇÃO DE ÍNDICES OU COEFICIENTES Quando ocorre a variação da moeda brasileira em relação aos índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal oucontratual tem-se uma variação monetária.

1.1.1. Índices Aplicáveis Na atualização do direito de crédito ou da obrigação deve ser adotada a variação mensal do índice estabelecido no contrato,como, por exemplo, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) e oINCC (Índice Nacional de Preços da Construção Civil), dentre outros.

As variações desses índices e respectivos coeficientes oficiais são publicados todos os meses pela COAD no Manual dasObrigações Fiscais.

1.2. VARIAÇÕES CAMBIAIS Quando a atualização do direito ou obrigação decorre da valorização ou desvalorização da moeda brasileira em relação àsmoedas estrangeiras tem-se uma variação cambial.Compreende-se como variações cambiais as apuradas mediante:a) compra ou venda de moeda ou valores expressos em moeda estrangeira, desde que efetuada de acordo com a legislaçãosobre câmbio;b) conversão do crédito ou da obrigação para moeda nacional, ou novação dessa obrigação, ou sua extinção, total ou parcial,em virtude de capitalização, dação em pagamento, compensação, ou qualquer outro modo, desde que observadas ascondições fixadas pelo Banco Central do Brasil;c) atualização dos créditos ou obrigações em moeda estrangeira, registrada em qualquer data e determinada no encerramentodo período de apuração em função da taxa vigente.

1.2.1. Taxas de Câmbio

Na atualização de contrato em moeda estrangeira, deve-se utilizar a variação mensal da taxa de compra ou de venda dacorrespondente moeda.Para fins da elaboração de balanços, as cotações das principais moedas são fixadas mensalmente através de AtosDeclaratórios Executivos da Coordenação Geral de Tributação (COSIT), divulgados neste Colecionador.

CONTRATOS DE EXPORTAÇÃO As diferenças decorrentes de alteração na taxa de câmbio, ocorridas entre a data do fechamento do contrato de câmbio e adata do embarque dos produtos manufaturados nacionais para o exterior, devem ser consideradas como variaçõesmonetárias ativas ou passivas, conforme o caso.Para esse efeito, deve ser entendida como data de embarque aquela averbada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).

A taxa de câmbio referente à data de embarque é a f ixada no boletim de abertura divulgado pelo Banco Central do Brasil,disponível no Sistema de Informações do Banco Central (SISBACEN) e na internet, no endereço www.bcb.gov.br .

1.3. DIFERENÇA ENTRE VARIAÇÃO MONETÁRIA E CORREÇÃO MONETÁRIA A variação monetária em análise difere da correção monetária das demonstrações financeiras, que era prevista paradeterminadas contas de ativo e para o patrimônio líquido, e que foi extinta a partir de 1-1-96, para efeito da legislaçãocomercial e fiscal, segundo o artigo 4º da Lei 9.249/95.

2. TRATAMENTO CONTÁBIL Conforme preceitua a Lei das Sociedades Anônimas, os direitos de crédito e as obrigações da sociedade serão avaliados, nobalanço, segundo os seguintes critérios:

Direitos (Ativo)Os elementos do ativo não classificados como investimentos serão avaliados pelo custo de aquisição ou pelo valor domercado, se este for menor; sendo excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajustá-los ao valor provável de realização.

Será admitido o aumento do custo de aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro de correção monetária,variação cambial ou juros acrescidos.

Obrigações (Passivo) As obrigações, conhecidas ou calculáveis, serão computadas pelo valor atualizado até a data do balanço. Tratando-se deobrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa decâmbio em vigor na data do balanço.

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Como se observa, para efeito da legislação societária, as variações cambiais, ativas ou passivas, devem ser registradas deacordo com o regime de Competência. Esse tratamento, que é extensivo às pessoas jurídicas não constituídas sob a formade sociedades por ações, independe da forma de tributação adotada pela pessoa jurídica.

3. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO A partir de 1º de janeiro de 1999, por força do artigo 9º da Lei 9.718/98, as variações monetárias passaram a ser consideradas, para efeitos do Imposto de Renda (IRPJ), da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), do PIS/PASEPe da COFINS, como receitas ou despesas financeiras, conforme o caso.Ressalvadas as exceções previstas na legislação vigente, as receitas auferidas por pessoas jurídicas tributadas pelo lucroreal ou arbitrado devem ser computadas nas bases de cálculo do IRPJ e da CSLL observado o regime de Competência.Já a pessoa jurídica optante pelo regime de tributação com base no lucro presumido pode adotar o critério de reconhecimentode suas receitas de venda de bens ou direitos ou de prestação de serviços pelo regime de Caixa ou de Competência.

A seguir, examinamos o tratamento tributário que deve ser observado para efeito de cômputo das variações monetárias nasbases de cálculo do IRPJ, da CSLL, da COFINS e do PIS/PASEP.

3.1. LUCRO REAL As empresas tributadas com base no lucro real devem observar, quanto as variações monetárias, o tratamento tributário aseguir.

3.1.1. Variações Monetárias em Função de Índices De acordo com os artigos 375 e 377 do RIR/99, as variações monetárias serão computadas na determinação do lucrooperacional da seguinte forma:

VARIAÇÕES ATIVAS

As contrapartidas das variações monetárias em função de índices ou coeficientes aplicáveis, por disposição legal oucontratual, dos direitos de crédito do contribuinte, assim como os ganhos monetários realizados no pagamento de obrigaçõesDEVERÃO ser incluídos na determinação do lucro operacional observado o REGIME DE COMPETÊNCIA.

VARIAÇÕES PASSIVAS As contrapartidas de variações monetárias de obrigações e as perdas monetárias na realização de créditos PODERÃO ser deduzidas observado o REGIME DE COMPETÊNCIA ou o REGIME DE CAIXA, desde que este não resulte em prejuízo parao Fisco.

ATIVIDADES IMOBILIÁRIASNas atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis, as variações monetárias ativas serãoreconhecidas segundo as normas constantes das Instruções Normativas SRF 84, de 1979, 23, de 1983, e 67, de 1988.

3.1.2. Variações Cambiais Até 31 de dezembro de 1999, o tratamento examinado no subitem 3.1, aplicava-se, também, as variações cambiais. A partir de 1o de janeiro de 2000, de acordo com o artigo 30 da Medida Provisória 1.858-10/99, atual MP 2.158-35/2001,OPCIONALMENTE, as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa decâmbio, passaram a ser computadas nas bases de cálculo do IRPJ, da CSLL, da COFINS e do PIS/PASEP, bem como nadeterminação do lucro da exploração:

REGIME DE CAIXASomente no momento da liquidação da correspondente operação.

REGIME DE COMPETÊNCIA A cada período em que registrada contabilmente a contrapartida da atualização do direito ou obrigação, tenha ou não sidoliquidada a operação, sendo que, havendo opção por esse regime, o mesmo deverá ser aplicado durante todo o ano-calendário.

LUCRO DA EXPLORAÇÃOPara efeito de cálculo do lucro da exploração a pessoa jurídica deve ajustar o lucro líquido, dentre outros, pela exclusão daparcela das receitas financeiras que exceder às despesas financeiras computadas no respectivo período de apuração.Se no montante das receitas e/ou despesas financeiras estiverem incluídas variações cambiais, estas deverão ser consideradas, na determinação da parcela excedente de receitas, de acordo com o regime de tributação adotado (Caixa ouCompetência).Na hipótese de regime de Caixa, deverão ser deduzidas, das variações cambiais ativas de operações liquidadas, asvariações cambiais passivas de operações liquidadas.

ALTERAÇÃO DE REGIMENa hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias, em anos-calendário subseqüentes, deveráser observado o que segue.

IRPJ/CSLL

Instrução Normativa 345 SRF/2003Regime de Caixa para Regime de Competência Regime de Competência para Regime de Caixa

Computar nas bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, em31 de dezembro do período de encerramento do ano

Computar nas bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, noperíodo de apuração em que ocorrer a liquidação da

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precedente ao da opção, as variações monetáriasincorridas até essa data, inclusive as de períodosanteriores.

operação, as variações monetárias relativas ao período de1º de janeiro do ano-calendário da opção até a data daliquidação.

PIS/COFINS

Instrução Normativa 247 SRF/2002Regime de Caixa para Regime de Competência Regime de Competência para Regime de Caixa

Reconhecer as receitas de variações cambiais auferidasaté 31 de dezembro do ano precedente ao da opção.

a) efetuar, até o último dia útil da primeira quinzena domês de fevereiro do ano do exercício da opção, o

pagamento das contribuições, devidas sob o regime deCompetência, apuradas até o dia 31 de dezembro do anoanterior ao do exercício da opção.b) efetuar, até o último dia útil da primeira quinzena domês subseqüente ao da liquidação da operação, opagamento das contribuições relativas ao período de 1º de

janeiro do ano do exercício da opção até a data da citadaliquidação.

Estão reduzidas a ZERO, a partir de 2-2-2004, as alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre asreceitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas, ainda que apenas parcialmente, ao regime deincidência não-cumulativa das referidas contribuições, exceto as oriundas de juros sobre capital próprio eoperações de hedge.

INSTRUÇÕES DA DIPJDe acordo com o item 23 das Considerações Adicionais às instruções de preenchimento da Declaração de InformaçõesEconômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), a pessoa jurídica que adotar o critério do reconhecimento das variaçõescambiais quando da liquidação da correspondente operação deve efetuar o acompanhamento individualizado de cadaoperação, a fim de apurar os valores que devem compor o lucro da exploração e as bases de cálculo do IRPJ, da CSLL, doPIS/PASEP e da COFINS.Os registros das operações serão realizados utilizando-se o seguinte modelo de ficha de controle:

QUADRO DE ACOMPANHAMENTO POR OPERAÇÃO CONSTANTE NO ATIVO

Direito de Crédito junto à . .... ... .... .... .

Operações Liquidadas Apropriaçãodas Variações

Data Histórico Taxa

US$

Principal

em US$

Principal

em R$

V.C.A.

R$

V.C.P.

R$

V.C.A.

R$

V.C.P.

R$

Saldo em

R$

Saldo em

US$

No registro das operações o contribuinte deverá observar que:a) as variações cambiais devem ser apuradas, no mínimo, em períodos correspondentes aos meses-calendário;b) antes do registro das liquidações ocorridas, ainda que parciais, deve ser apurada a variação cambial verificada entre a datada última apuração e a data da liquidação;c) na coluna “Principal em R$” deve ser informado o valor resultante da multiplicação do valor liquidado em moedaestrangeira, a ser indicado na coluna “Principal em Moeda Estrangeira”, pela cotação do Dólar na data da liquidação, total ouparcial, da operação;d) a variação cambial liquidada deve ser calculada mediante a multiplicação do valor liquidado em moeda estrangeira peladiferença entre:

– o valor da cotação da moeda estrangeira na data da liquidação, total ou parcial, da operação; e – o valor da cotação da moeda estrangeira em 31 de dezembro do ano-calendário anterior ou na data de início da operação,se a mesma tiver sido iniciada após 31 de dezembro;e) nas colunas V.C.A. – R$ e V.C.P. – R$, devem ser informadas as variações cambiais ativas (V.C.A. – R$) ou passivas(V.C.P. – R$) verificadas.

APLICAÇÃO PRÁTICAEm 16-8-2004, a INDÚSTRIA SANTOS S/A registrou em seu Passivo Circulante uma obrigação junto à VITÓRIA S.A.; novalor de R$ 1.507.300,00, correspondente a US$ 500.000,00, considerada a cotação de R$ 3,0146 por Dólar dos EstadosUnidos.Sabe-se, ainda, que:a) a empresa optou por computar os efeitos fiscais das variações cambiais somente à época em que liquidar a operação;

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b) não houve amortização total ou parcial do débito no ano-calendário de 2004;c) a operação foi liquidada integralmente em 5-1-2005;d) nos anos-calendário de 2004 e 2005 a empresa enquadrou-se no lucro real anual, estando sujeita ao regime não cumulativodo PIS/PASEP e da COFINS;e) o IRPJ e a CSLL são calculados em todos os meses com base em balanços/balancetes de redução/suspensão;f) a empresa não é beneficiária de isenção ou redução do Imposto de Renda.

QUADRO DE ACOMPANHAMENTO POR OPERAÇÃO CONSTANTE NO PASSIVO

(*) Como a cotação do Dólar em 05/01/2005 é menor que a cotação do Dólar em 16/08/2004, o valor apurado deve ser considerado como variação cambial ativa liquidada.

APURAÇÃO DO LUCRO REAL E DA BASE DE CÁLCULO DA CSLLNo balancete de redução/suspensão de agosto/2004:

– Exclusão da variação cambial ativa: R$ 40.400,00No balancete de redução/suspensão de setembro/2004:

– Exclusão das variações cambiais ativas: R$ 78.000,00 (R$ 40.400,00 + R$ 37.600,00)No balancete de redução/suspensão de outubro/2004: – Exclusão das variações cambiais ativas:R$ 79.050,00 (R$ 40.400,00 + R$ 37.600,00 + R$ 1.050,00)No balancete de redução/suspensão de novembro/2004:

– Exclusão das variações cambiais ativas:R$ 141.950,00 (R$ 40.400,00 + R$ 37.600,00 + R$ 1.050,00 + R$ 62.900,00)No balancete de redução/suspensão de dezembro/2004 e no balanço de ajuste anual:

– Exclusão das variações cambiais ativas:R$ 180.100,00 (R$ 40.400,00 + R$ 37.600,00 + R$ 1.050,00 + R$ 62.900,00 + R$ 38.150,00)Nos balancetes de redução/suspensão de janeiro a dezembro/2005 e no balanço de ajuste anual:

– Adição da variação cambial passiva: R$ 27.600,00 – Adição da variação cambial ativa liquidada: R$ 152.500,00.PIS E COFINS

A INDÚSTRIA SANTOS S/A não precisará incluir o ganho cambial de R$ 152.500,00 nas bases de cálculo do PIS e daCOFINS apuradas no mês de janeiro/2005, de vez que as alíquotas dessas contribuições incidentes sobre as receitasfinanceiras das pessoas jurídicas sujeitas ao regime não cumulativo estão reduzidas a ZERO, exceto quando oriundas de

juros sobre capital próprio e operações de hedge.

CONTROLE NA PARTE B DO LALUR

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REPASSE DE EMPRÉSTIMO OBTIDO NO EXTERIOR As estipulações de pagamento de obrigações pecuniárias exeqüíveis no território nacional deverão ser feitas em Real, peloseu valor nominal.São vedadas, sob pena de nulidade, quaisquer estipulações de pagamento expressas em, ou vinculadas a ouro ou moedaestrangeira, ressalvado o disposto nos artigos 2º e 3º do Decreto-Lei 857, de 1969, e na parte final do artigo 6º da Lei 8.880,de 1994.De igual forma, é nula de pleno direito a contratação de reajuste vinculado à variação cambial, exceto quando expressamenteautorizado por lei federal e nos contratos de arrendamento mercantil celebrados entre pessoas residentes e domiciliadas noPaís, com base em captação de recursos provenientes do exterior.Na hipótese de empréstimo obtido no exterior por pessoa jurídica sediada no País e repassado à pessoa ligada no Brasil deveser observado, em relação à variação cambial, para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o

seguinte tratamento:a) no repasse do empréstimo à controlada, coligada ou controladora, se a tomadora do empréstimo perante organismosinternacionais é tributada pelo lucro real, quando for repassá-lo à pessoa ligada, deverá reconhecer como encargo, no mínimo,o valor pactuado na operação original, sob pena de sofrer a glosa da despesa relativa a essa operação. Nesse caso, todo orendimento auferido pelo repasse é considerado como receita de aplicação de renda fixa, sujeito à retenção do Imposto deRenda na fonte, conforme examinado no subitem 3.2. da Orientação divulgada no Informativo 52/2004;b) a pessoa jurídica que recebe o empréstimo de pessoa ligada, se tributada com base no lucro real, não poderá considerar como dedutível a parcela do encargo pactuada como variação cambial, em face da restrição legal existente acerca dessaforma de remuneração ou indexação.

4. LUCRO PRESUMIDO A pessoa jurídica optante pelo lucro presumido pode adotar o critério de reconhecimento de suas receitas de venda de bensou direitos ou de prestação de serviços pelo regime de Caixa ou de Competência.

4.1. VARIAÇÕES CAMBIAIS ATIVAS A pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido que optar por reconhecer integralmente suas receitas na medida dorecebimento, fica obrigada a adotar o regime de Caixa também para as variações cambiais.Quando o lucro presumido for determinado pelo regime de Competência, as variações cambiais poderão ser computadas,opcionalmente, por um ou outro regime. Nesse caso, havendo opção pelo regime de Caixa, deverão ser efetuados controle eregistro das operações semelhantes aos das empresas tributadas pelo lucro real, conforme examinado no subitem 3.1.2.Enquanto a operação não for liquidada, as variações cambiais ativas não serão computadas nas bases de cálculo do IRPJ,da CSLL, do PIS e da COFINS.Se na liquidação total ou parcial da operação a empresa apurar variação cambial ativa, esta deverá ser acrescida:a) às bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, no trimestre da liquidação;b) às bases de cálculo do PIS e da COFINS, no mês da liquidação.

5. LUCRO ARBITRADO O regime de cômputo de receitas aplicável às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro arbitrado é o de Competência.

Portanto, para efeito de determinação das bases de cálculo do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS, as receitas devem ser computadas no trimestre (IRPJ/CSLL) ou mês (PIS/COFINS) do faturamento, independentemente de seu efeito recebimento.

5.1. VARIAÇÕES CAMBIAIS ATIVAS As variações cambiais poderão ser computadas, opcionalmente, pelo regime de Caixa ou de Competência. Havendo opçãopelo reconhecimento das variações cambiais somente na liquidação da correspondente operação, deverão ser adotados

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controle e registro das operações semelhantes aos das empresas tributadas pelo lucro real, conforme examinado no subitem3.1.2.Nesse caso, enquanto a operação não for liquidada, as variações cambiais ativas não serão computadas nas bases decálculo do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS.Se na liquidação total ou parcial da operação a empresa apurar variação cambial ativa, esta deverá ser acrescida:a) às bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, no trimestre da liquidação;b) às bases de cálculo do PIS e da COFINS, no mês da liquidação.

6. INVESTIMENTOS NO EXTERIOR AVALIADOS PELO MEP De acordo com a Lei 9.249/95, que instituiu o regime de tributação universal da renda, os resultados da avaliação dosinvestimentos no exterior, pelo método de equivalência patrimonial (MEP), continuaram a observar o seguinte tratamento,previsto na legislação vigente, sem prejuízo do cômputo dos lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior naapuração do lucro real:a) a contrapartida do ajuste de investimento no exterior, avaliado pelo método de equivalência patrimonial, não é computadana determinação do lucro real;b) os resultados positivos decorrentes do referido ajuste, computados no lucro líquido da empresa no Brasil, poderão ser deleexcluídos enquanto que os resultados negativos deverão ser a ele adicionados, quando da determinação do lucro real.Esse tratamento alcança, inclusive, a variação cambial ativa ou passiva decorrente da atualização do investimento à épocado balanço.

Soluções de Consulta 54 e 55 – 9º Região Fiscal, de 07-04-2003 “A contrapartida de ajuste do valor do investimento em sociedades estrangeiras, coligadas ou controladas que não funcionemno País, decorrente da variação cambial, não será computada na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL”.

A Medida Provisória 232/2004, em seus artigos 9º e 14, I , altera esse tratamento, estabelecendo que a variação cambial dos

investimentos no exterior avaliados pelo método da equivalência patrimonial é considerada receita ou despesa financeira,devendo compor o lucro real (a partir de 1-1-2006) e a base de cálculo da CSLL (a partir de 1-4-2005).

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei 6.404, de 15-12-76 – Lei das Sociedades por Ações – artigos 183 e 184; Lei 8.880, de 27-5-94 (Informativo 22/94); Lei 9.249, de 26-12-95 – artigos 8º e 13 (Informativo 52/95); Lei 9.718, 27-11-98 – artigos 9º e 13(Informativo 48/98); Lei 10.192, de 14-2-2001 (Informativo 07/2001); Lei 10.865, 30-4-2004 (Informativo 18/2004); MedidaProvisória 232, de 30-12-2004 (Informativo 53/2004); Medida Provisória 2.158-35, de 24-8-2001 – artigo 30 (Informativo35/2001); Decreto 3.000, de 26-3-99 – Regulamento do Imposto de Renda - artigos 274, 375 a 378 (Informativos 13 e 24/99);Decreto 5.164, de 30-07-2004 (Informativo 31/2004); Decreto-Lei 857, de 11-9-69 (DO-U de 12-9-69); Decreto-Lei 1.598, de1977; Instrução Normativa 23 SRF, de 25-3-83 (Informativo 13/83); Instrução Normativa 67 SRF, de 21-4-88 (Informativo16/88); Instrução Normativa 84 SRF, de 20-12-79 (Informativos 54/79 e 05/80); Instrução Normativa 247 SRF, de 21-11-2002

– artigo 13 (Informativo 48/2002); Instrução Normativa 345 SRF, de 28-7-2003 (Informativo 32/2003); Instrução Normativa 413SRF, de 26-3-2004 – Instruções de Preenchimento da DIPJ/2004 (Informativo 13/2004); Ato Declaratório Executivo 1 COSIT,de 4-1-2005 (Informativo 01/2005); Perguntas e Respostas Pessoa Jurídica – Questões 559 a 564.