25
Conversación con Augusto de Franco (III) No: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem abaixo, que (ainda) está na constituição da E=R (e por nossa distração - minha e de outros - não foi retirada): “Qualquer grupo de pessoas que, em determinada localidade, resolver constituir um nodo da Escola-de-Redes, terá total autonomia para estabelecer sua própria agenda de atividades, sua estrutura e seu regime de funcionamento, desde que assuma os objetivos da escola, não se organize segundo padrões hierárquicos e conte com a concordância dos que já estão conectados”. Isso de fato foi uma disposição inicial, mas já foi abolida há muito tempo. E logo no início da E=R (em 2008). Não é necessário para nada a concordância dos que já estão conectados. Foi a primeira coisa que aprendemos quando a Escola-de-Redes começou, digamos, a funcionar. Assim, isso, felizmente, não é "uma invitaçao, e uma que requiere ser desejada pra ser aceptada por as pessoas". Tanto é assim, que nunca foi aplicada tal orientação, nem mesmo nos primeiros dias da E=R. Dessarte, essa evidência não serve para corroborar a hipótese que você alinha em seus argumentos. É (foi) assim, caro Ignácio. não nasceu primeiro um pensamento e, depois, fizemos a E=R. Os pensamentos - e as reflexões - foram surgindo à medida que caminhávamos. E não um pensamento - um sistema fechado de coerências recorrentes, ou uma meta-narrativa explicativa do ser humano e do mundo -

Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

  • Upload
    lykhanh

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

Conversación con Augusto de Franco (III)No: Escola de Redes.

Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19

Caro Ignácio,

foi muito bom você ter destacado a passagem abaixo, que (ainda) está na constituição da E=R (e por nossa distração - minha e de outros - não foi retirada):

“Qualquer grupo de pessoas que, em determinada localidade, resolver constituir um nodo da Escola-de-Redes, terá total autonomia para estabelecer sua própria agenda de atividades, sua estrutura e seu regime de funcionamento, desde que assuma os objetivos da escola, não se organize segundo padrões hierárquicos e conte com a concordância dos que já estão conectados”.

Isso de fato foi uma disposição inicial, mas já foi abolida há muito tempo. E logo no início da E=R (em 2008). Não é necessário para nada a concordância dos que já estão conectados. Foi a primeira coisa que aprendemos quando a Escola-de-Redes começou, digamos, a funcionar.

Assim, isso, felizmente, não é "uma invitaçao, e uma que requiere ser desejada pra ser aceptada por as pessoas". Tanto é assim, que nunca foi aplicada tal orientação, nem mesmo nos primeiros dias da E=R. Dessarte, essa evidência não serve para corroborar a hipótese que você alinha em seus argumentos.

É (foi) assim, caro Ignácio. não nasceu primeiro um pensamento e, depois, fizemos a E=R. Os pensamentos - e as reflexões - foram surgindo à medida que caminhávamos. E não um pensamento - um sistema fechado de coerências recorrentes, ou uma meta-narrativa explicativa do ser humano e do mundo - mas vários pensamentos, várias idéias que se polinizam mutuamente. É cada um que fará sua síntese (ou arranjo particular). Não há qualquer núcleo (de pessoas ou idéias) ao qual se possa recorrer para validar qualquer apreensão. Todas as apreensões são particulares e a nenhum particularismo pode-se atribuir o condão de universarlizar-se.

Bem. Continuamos. Voltemos, porém, aonde tudo começou.

Você abriu um tópico intitulado "Redes Sociais Entendidas como Redes Fechadas de Conversações no Espaço Social". Por que fiz a provocação que deu origem à presente conversação?

Fiz tal observação porque penso que redes sociais são sociais, são a própria sociedade. Não são apenas as redes fechadas de conversações no espaço social. Isso pode ser o que chamamos de cultura. Mas cultura é uma manifestação desse multiverso de conexões ocultas que configuram, no espaço-tempo dos fluxos, o que chamamos de 'social' e não o

Page 2: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

contrário. Sei que Maturana tem uma particularíssima definição de social (restringindo-o aos complexos de interações cooperativas ou amorosas). Acho até legal essa definição, mas, convenhamos, ela é suficientemente exótica para não-facilitar a conversa com pessoas que não tenham feito uma imersão profunda no pensamento de Maturana.

Talvez todas as dessintonias em nossa conversação tenham a ver com essa postura, digamos, quase de seita (filosófica). Para alguém dialogar com um membro das comunidades formadas a partir do pensamento de Maturana, tem que assumir sua ideologia (sim, ideologia mesmo, entendida como "visão de mundo", que seja o "mundo humano").

Se alguém precisa absorver a chamada biologia-cultural para interagir construtivamente com as pessoas que estão nessa rede fechada (aqui sim) de conversações, então temos um problema. O mesmo problema da conversação com qualquer adepto de uma doutrina.

Quando me referi a isso, no meu segundo comentário (e o Marcelo Estraviz também se referiu no seu), estava manifestando uma impressão (que até pode não ser tão justa, mas é a que fica) sobre as conseqüências não-dialógicas desse problema.

Reproduzo abaixo um trecho do referido comentário:

"Quero dizer que a comunidade matriztica precisa matar o Maturana (que é a melhor forma de amá-lo). Precisa se livrar das aderências de um modo-de-argumentar, de uma autêntica maneira particular de pensar, falar e escrever que fazia sentido para o ser humano unique Maturana na sua deriva fenotípica própria (aquele continuum de experiências pessoais intranferíveis que só ele podia ser), mas que, reproduzidos por discípulos ou seguidores em uma escola vira maneirismo, tortuosidades argumentativas nas quais a interação entre os sujeitos sobre um conteúdo fica parecendo um jogo de cricket com tacos e wickets flexíveis..."

E Marcelo disse (no que não era, a meu ver, uma agressão a ninguém, muito menos um recurso falacioso de argumentação, como avaliou o Leandro):

"Eu gosto do Maturana e da Ximena, li menos do que deveria deles, mas gosto. Eu não gosto do linguajear maturanístico nem dos maturanettes que replicam um linguajear que fica, no mínimo esquisito".

É evidente que tais características são visíveis por qualquer um sem grande esforço. Há um problema aqui, caro Ignácio e o problema é o mesmo que se manifesta em nossa conversação. Você argumenta a partir de um legado, de um sistema conceitual que faz, sim, muito sentido, para os que habitam a cultura que foi construída por essa, vamos dizer assim, escola de pensamento (hoje chamada de biologia-cultural), mas que separa ao invés de aproximar os que vivem em outros mundos.

Vocês construiriam um mundo. Há uma coerência interna e há completude nesse mundo que vocês construiriam. Ocorre que existem múltiplos mundos (e a ilusão de um único mundo é pura obra de broadcasting). Se você exige que uma pessoa viva na coerência do mundo que você construiu como condição para se deixar alterar por essa pessoa (ou seja,

Page 3: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

interagir com ela), então você não está realmente aberto à interação (com o outro-imprevisível): você quer participação dos outros no seu espaço, o que é uma forma de exigir (sem aparentemente fazer qualquer exigência formal) que os outros vivam na mesma coerência em que você vive. Me perdoe, mas essa é a definição de seita, de escola.

Não é um problema de comunicação, de adaptar a linguagem ou adotar uma postura tática para se fazer entender pelos "de fora". Nada disso. O problema aqui, me permita repetir, é a rede.

Esse comportamento não foi intencionalmente constituído e reproduzido. Ele é uma decorrência do padrão de organização adotado. Faça uma rede aberta de conversações e ele se esfuma. Adote para a Escola Matriztica uma plataforma interativa (mantendo-a aberta) em vez de um site proprietário fechado, e ele desaparece: ou seja, a escola desaparecerá para surgir em seu lugar uma rede de livre aprendizagem. Assim como desaparecerá o codex, o corpo doutrinário referêncial único: ou seja, a biologia-cultural desaparecerá para dar lugar a miríades de construções conceituais por ela inspiradas.

Está entendendo o que eu quero dizer, caro Ignácio? Eu não preciso saber (e você não precisa reafirmar), nesta conversa, o que a biologia-cultural pensa acerca disso ou daquilo. Que se fôda o que a biologia-cultural ou qualquer outro sistema de pensamento fechado pensem (a expressão "que se fôda" não é uma agressão ou um rebaixamento do nível do debate: é mais ou menos como uma boa bastonada-zen em nossa cabeça). Preciso saber o que você, Ignácio, acha, para além (ou aquém) da biologia-cultural e o que eu acho do que você acha e vice-versa. Precisamos que, você e eu, soltemos as amarras, levantemos a âncora, abandonemos nossos portos conceituais. E inventemos algo novo a partir da nossa conversação (que é um momento único, iluminado, não-reproduzível, de nossa interação). Parafraseando novamente o querido poeta pantaneiro Manoel de Barros, tudo o que não inventarmos será falso.

Forte abraço, meu novo amigo.

Ignacio Muñoz Cristi 1 dia atrás

Que gusto me da que haya tantas personas queriendo interactuar y participar en nuestro pequeño foro. También me alegro que a raíz de la entrada de Algarra haya quienes, antes sólo observando, se sintiesen ahora autorizados para participar. Esa es la idea, no se trata de dar opiniones brillantes o largas, si yo escribo largo es sólo por que así me gusta dadas las circunstancias.Queridos parceiros amantes de redes, sociedades y otros monstruos, quisiera en esta ocasión tocar cuestiones en 3 ámbitos: 1) precisiones respondiendo a afirmaciones apuntadas por otros, 2) hacer una invitación, 3) y hacer una aclaración que considero fundamental para ir terminando de exponer lo que considero fundamental para establecer el punto de partida desde el cual seguiré conversando con ustedes.

Ok, vamos allá.

Page 4: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

Sobre el punto 1) Para mi una comunidad humana es un ámbito de pertenencia al que uno se adscribe o donde nace adscrito, como un país, un club o una escuela. Y lo que une a sus miembros es una dinámica común de relaciones e interacciones en la que les gusta conservase, y de la cual se sienten parte. Evidentemente uno puede pertenecer a muchas comunidades simultanea y o consecutivamente a lo largo de su vivir. Yo me siento parte tanto de la comunidad Matríztica, como de la comunidad chilena, como también actualmente de la comunidad de la Escola de Redes, entre muchas otras. Cuando hablo de la comunidad Matríztica es algo que jamás vi reunido como totalidad (tampoco la Chilena), pero se que más allá de las personas que gustan de los libros y algunas ideas de Humberto y Ximena, hay algunos que han entendido algo que consideran fundamental para su vivir y que gustan de habitar de acuerdo a eso que entendieron -de lo cual hablaré más abajo-.Esta comunidad Matríztica es aún algo emergente e imprevisible, sin reglas, sin mayor conectividad que la amistad y el deseo de encontrarse unos con otros cada uno a su manera según sus posibilidades, pues están además esparcidos en diversos países. No me cabe duda que esta comunidad se verá muy pero muy beneficiada el día de mañana cuando hayan surgido en ella estructuras y dinámicas ampliadoras de la conectividad y además de manera distribuida. Ahora bien, yo soy de los que piensa que no existen las comunidades, clubes o empresas responsables. No, lo que hay son personas responsables, con responsabilidades más o menos abarcantes respecto a sus comunidades. Bien, muestro este fundamento por que quiero partir puntualizando que yo no soy responsable por las conductas de ningún persona de la comunidad Matríztica, más, si me siento responsable por la relación que establezco con cada una de las personas que comparte este sentir comunitario conmigo, que no necesariamente son actualmente todas las personas que comparten ese sentir sólo con la Escuela Matríztica (de hecho hay personas que yo no conozco). Y enfatizo que en mi opinión, la Escuela Matríztica y la comunidad Matríztica son dos fenómenos distintos, aun que con dimensiones de entrelazamiento. Pues bien, a mi como persona no puede hacerme el más mínimo sentido el llamado a abrirme, a no conducirme como secta o iglesita, simplemente por que yo no me conduzco así por la vida. Lo que no cambia el hecho de que sí me parece muy pero muy importante que no caigamos en esa tentación que en el mundo entero es muy común. Como ustedes comprenderán queridas y queridos comuneros de esta Escola, yo vivo en el planeta tierra, la mayor cantidad de personas que quiero, que conozco, y con quienes trabajo, no se sienten compartiendo la visión del mundo que yo vivo, y me importaría mucho perder, por la enorme riqueza que significan, las visiones de todos ellos, y peor aún, su cariño, por una actitud centrada en la certidumbre. Ahora bien, no siempre viví así, alguna vez fui un tipo de armas tomar, con las cosas claras y que consideraba que era de débiles cambiar de opinión. Y fue la comprensión de la cognición como fenómeno biológico (que no detallare aquí ahora), la que simplemente me impidió seguir conduciéndome así una vez que ya quería vivir sin el malestar de la contradicción. Aprendí en carne y hueso, con todos aquellos que me relacionaba, que cada uno vive el mundo como siendo el centro de un mundo que nos aparece independiente de nosotros, pero que al escarbar la superficie se puede descubrir que vive el mundo que vive según sean los criterios de valides desde los cuales distingue y se conduce como lo hace. Sí, a esto Maturana llamó la experiencia del multiverso. Más la geocultura en la que todos hemos sido criados no es una cosa fuera de nosotros, es una dinámica que pasa a través de nuestras corporalidades, y claro, después de toda una vida de conducirse así, el cuerpo sigue la inercia no-conciente a que está acostumbrado. Así que no es una cuestión de entender intelectualmente algo, sino de irlo entendiendo en la unida cuerpo-mente en el espacio

Page 5: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

relacional. Pues bien, hay algo que jugando a mi me gusta llamar la multiversatilidad, que bien entendida es la habilidad de gozar al máximo las posibilidades que nos otorga conducirnos, en ámbitos imprevisibles y aún adversos, poniendo la objetividad entre paréntesis, es decir, en el entendido de que no tenemos acceso a una realidad independiente de nosotros a pesar de tener la experiencia inmediata de que el mundo nos aparece algo independiente. Yo he disfrutado estas conversaciones que aquí hemos compartido como no se imaginan, y mientras más alejados de mis criterios los criterios del otro, sea sobre contenidos o sobre maneras de conducirse, más disfruto. ¿Por qué? Por que requiero hacer uso de toda mi plasticidad conductual, lo cual sólo amplía mi inteligencia, y eso es para mi un tesoro, ser lo más posiblemente plástico en un mundo que de hecho es enormemente plástico, un mundo todo el tiempo cambiante. Y esto por que ya fui muy rígido antes, sobre todo en mi rebelde adolescencia, y solo me procure dolor y sufrimiento.Bien, entonces quería invitar a mirar que hay maneras muy inconscientes, imprevisibles, en que nuestra crianza cultural nos pone trampas, como aquellas en que queremos combatir el fuego con el fuego cuando hacemos, por ejemplo, proselitismo anti proselitista. Como ya dije, el proselitismo surge cuando uno quiere convencer (con vencer) a otro de algo, sea de lo deseable o indeseable de ese algo. También ya dije que yo no gusto del proselitismo, ni de ofrecerlo ni de recibirlo. Yo suelo conducirme al respecto, por un lado explicitando que no estoy de animo para aceptar lo que proselitistamente se me ofrece, pero de otro lado sin esperar desde mis expectativas que el otro deje su proselitismo. Ya que si entro en el juego de las expectativas y exigencias, y ha sido mi experiencia, hago solo más de lo mismo.Permítanme que les cuente una pequeña historia de lo que me dijo Humberto Maturana una vez cuando le pregunte que pensaba responder él respecto de una persona que estaba criticando un libro suyo. Él me dijo mas o menos lo siguiente: “No suelo responder las críticas a mi trabajo cuando pienso que surgen de una lectura incorrecta del mismo, o cuando considero expresan un sesgo irreflexivo en quien critica, es decir que no está abierto a escuchar sino sólo a argumentar”. Efectivamente sólo respondía a personas que se acercaban a conversar con él, incluso no importando si eran científicos o no, desconocidos o no. Usualmente fue muy generoso a la hora de atender, aunque fuera por un momento, a las muchísimas personas que siempre pedían conversar con él, y aún hoy, a sus 81 años, es así. Y participé de magnificas conversaciones con personas que fueron al Instituto a conversar, como también supe de grandes conversaciones que Don Humberto tuvo en su antiguo laboratorio con otros científicos que discrepaban de él, pero siempre en el marco del deseo de mutua escucha. Ahora bien, yo ahora gusto de operar de manera un tanto diferente, como decía, ahora me gusta meterme en las partas de los caballos, por que se que así aprendo más, afino y templo mi espíritu. No mi espíritu de discusión o argumentación, sino mi espíritu de persona inmersa hasta el cuello en la cultura patriarcal-matriarcal. Posiblemente el no hubiese siquiera abierto un foro como este, ¿Pero quiere eso decir que no es suficientemente plástico? No lo sé, y ciertamente tal respuesta dependerá del criterio que ocupemos para mirar el asunto. Más yo no quiero convencerlo a él de las bondades de hacer lo contrario. Lo que si he hecho es invitarlo, y a Ximena también, varias veces a mirar que internet es un ámbito de exploración fantástico con grandes potencialidades para ampliar la invitación que hace Matríztica. Pero el que acepten la invitación o no, no cambia absolutamente en nada la congruencia y potencia de la comprensión biológico-cultural por que esta existe en u mambito disjunto de ellos, esta ocurre en cada uno de quienes entienden lo que entienden de lo vivo y lo humano cuando entiende la biología-cultural. Y que yo, y tantos otros, nos podamos dar cuenta de la potencia de atender a las redes

Page 6: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

digitales y sus complementos tecnológicos desde el perseguir las consecuencias de sus fundamentos biológico-culturales, no cambia en ellos su deseo y compromiso de habitar el mundo de un modo que resulte espontáneamente colaborador de las dinámicas de transformación y colaboración que deseamos todos los que queremos mundos más abundantes de bienestar y más horizontalmente distribuidos. ¿Puedo yo pensar que la Escuela Matríztica sería un lugar más potente si usara redes de netweaving? Sin duda, y yo en lo personal lo pienso. E incluso me gustaría que mi hermano Alejandro, que trabaja en Matríztica encargado de los sistemas de computación e Internet pudiese dar con la manera adecuada de seducirlos para dar ese paso.Ya dije, en mi opinión las configuraciones de sentires y emociones son lo que guía y conserva las relaciones humanas, y si uno conserva la emoción del colaborar, aún en medio de un sistema jerárquico, uno creará las condiciones de posibilidad para una matriz relacional donde sea posible colaborar. Sí, ciertamente será mas difícil que pase en una red cerrada de conversaciones que se centra en la jerarquía y autoridad, y aún más difícil que se conserve, pero eso no cambia el hecho de que tal red está a su vez especificada desde una configuración de sentires y emociones jerárquicos y autoritarios. Esto me recuerda la historia de los soldados en medio de la guerra de trincheras en la primera guerra mundial, ustedes saben que ambos bandos estaban muy cerca los unos de los otros, y pasaban a veces durante meces así. Y resulta que en varias ocasiones los soldados llegaban a confraternizar entre enemigos: “Oye- ¿Que? -¿Tienes un cigarrillo?- Sí, pero dame de ese Güisqui que tiene ahí. –No chingues, mejor vai nanar cabrón”. Y esto, estas interacciones eran posibles por que por un apenas instante los soldados se encontraban como personas, no como soldados, lo cual abría otras posibilidades relacionales. Y esto fue de hecho uno de los motivos de que la guerra de trincheras no fuera todo lo efectiva que querían los altos mandos, y que la llevó a su desuso. En fin, el tema es que ni Humberto ni Ximena van en contra de la inspiración fundacional a que invitan por no participar de estos ámbitos que nosotros gustamos, de echo ellos, y también yo, trabajan con diversas comunidades humanas, las que se relacionan en redes de muchas distintas maneras, sin que ellos enfaticen la identidad de redes. Y lo hacen obteniendo bellos y potentes resultados en el ámbito de la generación de bienestar en tales comunidades, en lo que seguro algunos de nosotros podría distinguir como dinámicas de ampliación de la distribuidad y pluriarquía de las redes sociales. En otra ocasión contare algo de nuestro trabajo para reflexionar en torno al tema de este foro.

Bueno, antes de finalizar este primer punto… y aquí el coitado amigo Marcelo debe estar pensando: “Nossa…putz con el verbo longo de este cara” Jajaja. Im Sorry. Digo que quisiera hacer un comentario más, sobre la cuestión de la meta-reflexión o reflexión sobre como estamos conversado, que ya apareció aquí a raiz del comentario de meu amigo Luiz. El que yo guste de ejercitar mi multiversatilidad no quiere decir que yo no distinga en mi interacción con otros, a través de mi sentir, dinámicas de arrogancia, o prepotencia, más no las tomo como algo personal, no me ofenden, no por que quiera recorrer la senda de la santidad, sino por que hoy no quiero tener expectativas sobre el mundo que habito, el cual es actualmente en su mayor parte un mundo con mucha arrogancia y prepotencia. Lo cual NAO es el caso de las interacciones que han primado en este foro. Sin embargo me preguntaba yo el otro día ¿Será que el caro Augusto se da cuenta del destello de arrogancia que implica ponerse en posición de dar bastonazos pedagógicos? Y me respondía, yo creó que si se da cuenta plenamente que eso es un contrasentido, alguien que invita a dejar la

Page 7: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

enseñanza no puede andar por la vida dando bastonazos enseñativos, o al menos no tan a la ligera. Y pienso que es a la ligera por que con mi conducta aquí tengo mostrado, desde un comienzo, que un tal bastonazo de proselitismo anti proselitista en pro de soltar amarras no viene al caso conmigo. Por lo demás gusto recibir bastonazos bien merecidos, pero sólo si estos me alcanzan. Pero veo ya claramente que parte de nuestra confusión tiene que ver con la diversa manera que aquí tenemos de entender, por un lado, la conceptualidad de los fenómenos cerrados, algo que tocaré en mi siguiente post, y por otro, en la naturaleza de la diferencia entre teoría/pensamiento y entendimiento basado en un sistema de abstracción-constatación y reflexión, tema que si abordaré hoy en el tercer punto. Por lo que me temo que este será mi posteo más largo. Ahí mostrare como es que pienso que no se trata primariamente de soltar los conceptos sino de escuchar seriamente al otro. Como ya hemos estado haciendo. Entonces quiero volver a recalcar que alegremente he aceptado la invitación de Don Augusto a esta aventura de investigar y reflexionar juntos sobre “Redes Sociales”, y solo pido que se me permita moverme “soltando amarras y levantando la âncora, a mi modo, como hasta aquí he hecho. Tenga confiança meu caro amigo em que eu desejo aventurarme com voçe e com tudos aquí neste belo viaje. Y en mi experiencia cada vez que uno abre un ámbito nuevo de conversación con plena escucha, uno necesariamente inventa algo nuevo, aún usando los mismos conceptos, ya que la identidad de un componente esta definida por el sistema en que existe y no en si misma. Así que bienvenida la lucidez mágica e iluminada de lo imprevisible. Este ya es un momento único!

Bien, seré lo mas breve posible sobre este segundo punto, el cual tratará sobre la naturaleza de la situación en que todos nosotros estamos implicado por estar en este foro, y en este punto de la conversa. Y también sobre una invitación que quiero hacer.Yo abrí el grupo “Biología-Cultural: Ciência Nova e Arte do Habitar Humano” para reflexionar y compartir opiniones y conocimientos de toda índole, con quien quisiera hacer lo mismo aceptando simplemente que mi punto de partida es la biología-cultural, sin importar que ese otro este de acuerdo o no conmigo, así como yo estoy dispuesto a aceptar cualquier punto de partida que alguien traiga a mano. Después yo abrí este tópico: “Redes Sociais Entendidas como Redes Fechadas de Conversações no Espaço Social”, por que quería reflexionar y compartir opiniones y conocimientos en particular sobre el tema de las llamadas redes sociales que convocan a la comunidad de la Escola de Redes, tema en el cual ya he dicho no tengo gran experiencia, pero eso no implica que no tenga yo opiniones y reflexiones al respecto. Mas mis reflexiones espontáneamente surgen, obviamente, desde mi comprensión de lo vivo y lo humano. Entonces lo que yo quería era invitar a conversar a otros que estuvieran dispuestos simplemente a aceptar que ese sería mi punto de partida. Por lo demás nunca pensé que resultara tan concurrido como a sido, lo cual me tiene encantado, por que estoy aprendiendo hasta lo indecible con todo esto (incluso portugués). Entonces, este tópico es algo completamente abierto y que quiero vivir lo más pluriarquicamente posible, más aún, me doy cuenta que el titulo acota nominalmente la reflexión al ámbito de la comprensión biológico-cultural de las llamadas redes sociales. Y quiero enfatizar explícitamente que no deseo que eso resulte en un acotar operacional nuestras conversaciones, aquí se puede conversar desde cualquier perspectiva sobre redes sociales. Aunque seguramente hay para eso también otros grupos en que ya pasa así, como en nuestro grupo“Pensando uma plataforma de Netweaving”. Yo nunca me imagine que Don Agusto y los demás participantes se sentirían invitados a entrar a este grupo, ingenuamente pensé que sólo mis amigos de Curitiba y Sao Paulo que gustan de la

Page 8: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

biología-cultural querrían compartir esta aventura reflexiva.Bueno, por otra parte decir que el titulo tampoco indica que yo tenga una opinión final sobre lo que son las llamadas redes sociales, es mi particular punto de partida. Y para ser precisos yo haría querido ponerle el nombre: “Redes Sociais Entendidas como Redes Fechadas de Conversações no Espaço Social e nao Social”, pero ya era suficientemente largo y oscuro el titulo anterior. Hahaha.Ok, para terminar este segundo punto, lo que quiero es hacer una invitación, la invitación que en mi opinión permite traer aquí una dinámica Multiversal; ya hemos puesto buena parte de los fundamentos de nuestras opiniones, ahora podemos complementar esto girando en torno al análisis de experiencias concretas de fenómenos de redes en el espacio humano. Podemos no estar de acuerdo en las explicaciones, pero en las experiencias siempre encontraremos la buena tierra suficiente para mirar lo que nos es consensual. La experiencia jamás puede estar objetada, tal ves su explicación, y aún quizás su descripción susciten nuestras discrepancias, pero no la experiencia y las operaciones de distinción con que las traemos. Así, cada vez que lleguemos a un punto muerto con nuestras discrepancias podremos disfrutar conocer nuevos fenómenos y escuchar lo que opinamos todos a pesar de los desacuerdos explicativos. Esto nos sacaría del pantano repetitivo de decir cada quien lo que piensa ad infinitum (En latín para el amigo Luiz)

Bien, ahora voy con el tercer y final punto. Obrigado Deus!!! Hahaha. Este es un punto que debería ser más longo de lo que aquí configuraré, pero por compasión seré breve de mais. Ya me expandiré otro día.Bien, hasta aquí todavía nao me refiero directamente a los fundamentos del tema cardinal de las configuraciones de sentires y emociones como la dinámica geradora de la identidad de todo facer, para poder así dar a entender como esto se relaciona com lo que he estado queriendo decir sobre la naturaleza das redes, aunque a esta implicado em cada frase dita.Aquí lo que quiero hacer es uma reflexión sobre la distinción entre lo que voçes llaman el pensamiento de Maturana, y lo que eu llamo entendimiento biológico-cultural. Como eu se que en particular voçe Don Agusto conehce muitos libros de Maturana insisto em pedir la sua candura um momentinho más pra me escutar.Quiero colocar la distinción entre teoriazar y constatar-abstraer. Cuando a voçe, a meu, a cualquier pessoa, le preguntan si considera que puede haber vida em outros planetas, y voçe, eu o cualquiera responde que si ou que no. ¿Está aplicando a teoría de Galileo sobre el operar del universo? ¿Ou estará falando desde su experiencia y comprensión atual de la astronomía geral? Hago esta analogía por que con la situación histórica para la comprensión de la naturaleza biológico-cultural de la cognición pasa algo parecido que con la situación experiencial que implica el descubrimiento de Galileo, especialmente em lo que se refiere al ámbito neurofisiológico en tanto nuestra constitutiva imposibilidad de distinguir en la experiencia entre iluçao e persepçao, algo que tendré que explicar otro día inescapablemente. En la época de Galileo era muito difícil que le entendieran a ele, siquiera que le escucharan, por que aparentemente sua explicación contradecía la experiencia cotidiana que tudo el mundo tenía de ver rotar el sol em torno a la tierra. Mas ele tia uma acción a la mano para hacerse entender, que consistía en el uso del telescopio para constatar el movimiento de la tierra a través de la observación de las fases de la lua. Paso lo que todos sabemos, fue condenado a arresto domiciliario por la inquisición, y después escribió un ultimo libro, el cual abrió caminos que llevaron a Newton a formular a ley da gravitaçao, que armonizó las leyes de Kepler sobre los planetas con as matemáticas e la observaciones

Page 9: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

físicas de Galileo, bla bla bla, todos vosotros sabéis esto. Bem, el hecho de que nosotros sepamos atualmente que la tierra es la que gira alrededor del sol, por que hemos visto fotos, películas, libros, telescopios, etc., que así nos lo muestran, no muda el fato de que en nossa experiencia cotidiana al mirar el cielo tenemos la experiencia de que es el sol el que gira en torno a la esfera celeste. Incluso en el discurso falamos de “El sol salió. El sol se escondió”.De hecho, durante siglos la navegación naval y aérea a seguido operando con las coherencias del sistema ptolomeico que se guía según como si la tierra fuera el centro del cosmos, es decir resulta plenamente operativo aúnen la actualidad. Bom, con el descubrimiento que fiso Maturana en la década del 60 sobre la naturaleza neurofisiológica de la percepçao y la iluçao pasa algo muy semejante. Todos en la experiencia cotidiana estamos en la situación de que distinguimos un mundo de objetos que nos aparece como si fuese independiente de nuestra conducta, un mundo en que las cosas están ahí antes de que las veamos y en que siguen ahí después de que las dejemos. Más lo que descubrió Maturana respecto al operar del sistema nervioso de los seres vivos en general, es que este opera como un sistema de cambios de actividad electroquímica que desencadena cambios de actividad electroquímica, y es en este sentido, un sistema cerrado, es decir un sistema en el cual su operar gera nuevas operaciones del mismo tipo de una manera circular y abierta al infinito. Pero esto sólo se puede distinguir si uno cambia, como Galileo hizo a su modo, la pregunta fundamental. En este caso la pregunta por la realidad, pregunta que implica invisiblemente una serie de supuestos a priori, como el que hay un medio afuera que especifica lo que vive el organismo como estimulo, que hay un mundo de informaciones que entran al sistema nervioso y nos dice como es, como si la luz pudiese decirle al ojo lo que la luz es y no viceversa. Aquí necesariamente tendría que extenderme mucho para darme a entender, mencionar la relación de esto con el determinismo estructural y con el fato de nossa constitutiva indistinguibildad experiencial entre ilusión y percepción, pero al menos hoy no lo haré, por que lo que quiero es mostrar otra cuestión que ya insinué; La Biología-Cultural no es el pensamiento de Maturana, es un entendimiento de los seres vivos y humanos que se basa en um relativamente pequeño numero de descubrimientos sobre los hechos de nuestra natureza, los cuales son constatables siempre y cuando se entienda y realice el cambio de pregunta del ser, de lo objetivo, al hacer del observador. Esto vendría siendo el equivalente al telescopio de Galileo. Y el arte de invitar a mirar en el, es el arte de un particular conversar reflexivo que se realiza a través de un proceso que consiste en último termino en aprender a abstraer y constatar las coherencias y regularidades de la experiencia del mundo que distinguimos en nuestro vivir cotidiano, y luego a realizar nuestras descripciones y explicaciones en congruencia con ese entendimiento, lo que por cierto toma su tiempo, y no hay caminos establecidos ni puede haberlos por la naturaleza misma de la tarea. Cada persona recorre un particular camino, y llega en el hasta donde desea llegar. He visto personas que en una conversación de dos horas con Ximena entendieron lo suficiente como para realizar el cambio de pregunta y pasar a vivir a través de él, sin entender la autopoiesis, de una manera que les resultó especialmente liberadora de sus dolores, justamente por los que consultaban. Personas que después de entender la naturaleza cognitivamente multiversal del cosmos no peleaban más con sus seres queridos discutiendo por “la” verdadera naturaleza del tema que los hacia pelear. Otras personas que como yo, hicimos el camino largo, que leímos todo de todo, que escribimos, que armábamos grupos de conversación, que íbamos de visita al Instituto Matríztico, que conseguimos irnos a trabajar allá. Y les aseguro que a mi me tomo tiempo entender con todo el cuerpo este asunto. Y para mi está bien, por que mi camino no tiene fin. Ahora bien

Page 10: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

no es solo la biología del conocer, hay cuestiones fundamentales con la comprensión de la biología del amar y de la naturaleza cultural del dolor y sufrimiento que, entre otras cosas, dejare para otro día.Pero quiero invitarlo caro Don Augusto a mirar que cuando voçe aquí conversa conmigo no conversa con el pensamiento de Maturana. Hablar del “pensamiento de Maturana” es hacer una nominalizaicón, una cosificación (reificación) de un proceso muchísimo más complejo. No hay discusión alguna en que fue él quien abrió el camino, que él invento la mayoría de las nociones conceptuales y realizó la mayoría de las explicaciones, con gran belleza y maestría. Pero cuando voçe está aquí conmigo voçe interactúa con mi pensar y mi reflexionar desde este entendimiento que tengo del vivir, lo vivo y lo humano. Entendimiento que se ha nutrido de todas mis experiencias con todas las personas que e interactuado, en todas las comunidades a las que pertenezco, y de todas las investigaciones en distintos campos que he realizado.Cuando yo aquí converso con todos voçes caros parseiros, no estoy preguntándome que pensará Maturana de esto o aquello, que me diría Ximena sobre esta cuestión, no. Yo estoy aquí entero, con lo que soy, con mi falencias y mis grandezas, con mi ingenio y con mis mezquindades, igual que Luiz, que Marcelo, que Alverto, Leandro, Nilton y Agusto. Y es desde aquí que quiero a todos invitar a conversar conmigo. Yo no estoy apegado a una teoría, incluso gusto mucho de ocupar reflexivamente la base de mi entrenamiento como actor jugando siempre a preguntarme “Que pasaría si…” “Que pasaría si yo estuviese equivocado, si esto fuera de esta otra manera”. Pero por más que yo NUNCA tenga problema con preguntarme por la legitimidad de los fundamentos desde donde digo lo que digo, por que siempre estoy dispuesto a ello, yo ya no puedo dejar de ver que es la tierra la que gira en torno al sol. Entonces, así como citaba Malcom Gladwell a su amigo: “No hay una Pepsi perfecta, hay muchas pepsis perfectas”, invito a entender que no sólo no se trata del pensamiento de Maturana o los maturanetes, sino que hay muchas perfectas biologías-culturales, y yo les ofrezco la mía, que no se si es o no la mas dulce, pero esta sabrosa. ;)

Bueno, eso sería no más. Y perdonen lo longo pero me pareció que no podía ser dicho de otra forma, esta vez.Solamente invitar a que si les parece bien, no repitamos el post del otro en nuestro post para evitar que sean innecesariamente más grandes de lo que ya son.Buenas noches y que tengan una buena semana.

Augusto de Franco 1 dia atrás

Pois é, caro Ignacio. Creio que estou caminhando para entender, pelo menos em parte, seus pontos de vista. É uma boa conversa. Na caminhada vamos tentando (nos) esclarecer (mutuamente) algumas partes ainda obscuras.

Não tenho problema com a extensão das respostas, mas agora vou apenas colocar alguns pontos, menos de argumentação e mais de esclarecimento.

A "bastonada zen" - "que se f*** o que pensa a biologia-cultural ou qualquer outro sistema

Page 11: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

fechado de pensamento" - a que me referi, não é pedagógica (não, não pretendo lhe ensinar nada), nem fui eu que a desfechei. É uma bastonada tanto na sua cabeça quanto na minha. É um convite a nos desvencilharmos de nossas explicações para inventar outras que abram novos sentidos para nós. A meu juízo, entretanto, não conseguimos ainda fazer isso. Ou seja, não sentimos a bastonada. Você continua reproduzindo as circularidades inerentes ao seu mundo coerente de concepções e eu continuo tentando sensibilizá-lo com as evidências e argumentos fragmentários do meu mundo. Talvez esses mundos não tenham ainda se interpenetrado o suficiente para gerar novas coerências explicativas que façam sentido para nós.

Aprendi, entretanto, muita coisa nesta nossa conversa. Mais do que conteúdos, reconheci um padrão de apreensão da realidade. Sim, já havia reconhecido tal padrão, mas não nessa amplitude (por acaso ou não, você era a pessoa certa, para mim, no caminho dessa descoberta). Percebi pela primeira vez como é bela tal matriz e como ela está tão profundamente enraizada nas pessoas que acompanham o pensamento de Maturana e, inevitavelmente, reproduzem sua forma de abordar os problemas e seu jeito recursivo de argumentar. Sim, há aqui um matriz fundamente enraizada, há uma esfera de pensamento tão redonda e polida pelas correspondência recorrentes entre a epistemologia e a ontologia que é dificílimo penetrá-la sem assumí-la no âmbito dos pressupostos (que se validam mutuamente) Para conversar você tem que entrar nessa esfera de pensamento e nesse modo de interagir, de emocionar e de pensar.

Com a exceção de que apela-se, alguma vez, para a cientificidade de alguma premissas. Não acho que seja necessário, Ignácio. A beleza desse sistema está exatamente no fato de que ele se constrói em outro espaço de construção e validação humana. Todo esse trololó sobre Galileu não esclarece muita coisa para mim, que comecei a trabalhar, já lá se vão 40 anos, justamente com filosofia da ciência, cosmologia e foundations (da física). Não foi bem de Galileu, como se atribui correntemente, tal papel (havia outras vertentes e redes de conversações mais incisivas, mais coerentes e... mais heréticas, como as de Nicolau de Cusa e de Bruno; quer dizer não foi a experimentação galileana que deu base para um novo modo de abordagem e investigação chamado de ciência moderna e sim outros modos de abordar e de investigar que já estavam presentes subterraneamente, desde os neoplatônicos, João Filopônio, Buridan e a Universidade de Paris na passagem do primeiro para o segundo milênio) mas isso não vem muito ao caso agora. O que vem ao caso agora é que a biologia-cultural ou o nome que se queira dar ao sistema em tela, não precisa dessa chancela científica. Tal sistema não é propriamente ciência e sim, talvez, meta-ciência, filosofia e visão-de-mundo e, é claro, escola de pensamento.

Minha observação não desmerece o esforço. Pelo contrário, enaltece a capacidade humana de construir sistemas com alta coerência interna e completude. É algo semelhante à criação de um mundo (como fizeram os judeus em Safed, na Palestina após a expulsão da Espanha, ou, antes, como fizeram os exilados de Jerusalém na Golah babilônica). Vá-se lá discutir com um adepto da kabbalah luriânica. Você jamais conseguiria fazê-lo sem entrar no mundo luriânico.

Admiro que uma coisa assim possa ter nascido em nossa época de fragmentação e de ocaso das grandes narrativas, dos sistemas auto-contidos de explicação geral do mundo e do ser

Page 12: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

humano. Não, não lastimo a fragmentação contemporânea, sou dos que a elogiam como prenúncio da nova maneira de viver e conviver nos Highly Connected Worlds que estão chegando. Nesses novos cenários, entretanto, um sistema usinado em um mundo, para se conservar, precisará aceitar a sua morte, para renascer em miríades de outros mundos. Talvez aqui esteja a sorte de nossa conversa, se quisermos dela tirar conseqüências. Conversa que é - a despeito de todos os demais assuntos aderentes - sobre redes.

Bem, a esta altura talvez fosse desnecessário dizer que redes não têm a ver com Internet: são um padrão de organização. Podemos ativar esse padrão até com sinais de fumaça, tambores, cartas escritas em papel e levadas à cavalo ou uma plataforma interativa web de netweaving (mas o netweaving é social, não tecnológico).

A equipe do instituto ou escola matriztica, seus amigos, alunos, ex-alunos, interlocutores, correspondentes, ou o que seja, podem adotar um padrão de rede? Sim, podem. A meu ver, devem. A primeira coisa necessária, penso, é conhecer a chamada nova ciência das redes (que não é um sistema explicativo no nível de organização da biologia cultural e sim um amontoado de evidências, descobertas, teorizações, desorganizado mesmo, que não confere a qualquer um que dele se aproxima o conforto de uma meta-explicação, de uma nova narrativa totalizante). Digo essas coisas, Ignacio, pois penso que não há a menor chance de surfar nessas poderosas e alucinantes ondas que se avolumam sem estar conectado, interagindo. Há mais de dez anos espero por isso por acreditar que o pensamento de Maturana (queira você ou não é um pensamento de uma pessoa, compartilhado por várias, mas dentro dos marcos, dos jeitos e dos trejeitos de seu pensador) contém um germen poderoso, capaz de fecundar e fazer frutificar miríades de novas apreensões e compreensões nascentes.

Para tanto, porém, é preciso estar conectado e interagindo para fora das fronteiras do sistema (incorporando outras linguagens, outros esquemas explicativos, outros pressupostos conexos ou conectáveis). Sim, é o fim da escola como tal. É esporalizar (de esporo) o que foi até agora reunido no "banco de germoplasmas" da comunidade matríztica ou da biologia-cultural. Na linha do "não reunir é a derradeira ordenação". Vale ou não vale a pena tentar isso?

Ignacio Muñoz Cristi 6 horas atrás

"Más que las ideas, a los hombres los separan los intereses".Alexandre de Tocqueville.

Así me lo parece a mí también. Distintos intereces engendran diversas derivas y cada deriva implica diversas coherencias racionales. ¿E intereces que son? Configuraçoes de sentires, desejos, emoçoes. En mi experiencia e constatado que cunando dos pessoas quieren estar juntas, todas las dificultades e encrucijadas som solucionables, y las diferencias acotadas.Así me está pasando aquí neste forúm, em el cual dejo seguir estando, com tudos voçes.E em particular, mientras más converso con voçe don Augusto, e mientras más leo sus ensayos e veo sus videos, e especialmente mientras más conhesco de sua historia, mas

Page 13: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

desejo conservar esta naciente e bela amistad. Y no solo me honrran suas palabras, sino que eu tambem estou descubriendo um novo padrão de apreensão das realidades, respecto ao cual, por sincronicidad ou não, você era a pessoa certa, para mim, no caminho dessa descoberta. Así que encantado e obrigado.

Bem, hoy quiciera ser más breve, só pra variar... jajaja.Quería partir aclarando que mi comentario comparativo entre la dificultad histórica que entraña vislumbrar la constatabilidad de los descubrimientos de Galileo y de Maturana no tenía como propósito, apoyar el valor de la Biología-Cultural en su calidad científica, sino mostrar la distinción entre teorías-pensamientos y sistemas de abstracción-constatación. También agradezco las rectificaciones históricas que señala Augusto respecto a Galileo, pero eso no cambia el núcleo del asunto que he querido señalar, bien podría usar el ejemplo de la dificultad similar que entraña constatar en la actualidad la naturaleza primariamente amorosa de lo humano a la luz de nuestra experiencia cotidiana, y ya milenaria, de habitar una cultura centrada en la negación del amar, lo cual a llevado a proyectar intelectualmente esta situación cultural al origen en la pretensión de que los humanos seríamos seres por naturaleza arrogantes y prepotentes, y que la guerra y la esclavitud serían componentes esenciales para el surgimiento (y conservación) de la alta civilización.

Sin embargo discrepo cuando voçe Don Augusto diz que la Biología-Cultural nao es una ciencia. Sim é, mas nao só uma ciencia. Uno ciertamente puede contentarse con vivirla como un trasfondo desde el cual vivir, pero ella surgió como un conjunto de explicaciones científicas y siempre se puede hacer nuevas explicaciones científicas desde ella.Yo distingo en ella 3 dimensiones, al menos, tratase de; 1) un entendimiento de lo vivo, lo humano y el cosmos que surge con él; 2) un arte do habitar sim prejuicios, expectativas ni exigencias a través de un camino reflexivo permanentemente centrado en el amar a través de la comprensión multiversal del cosmos (es decir que no hay uma realidade sino muitas), y 3) una ciencia en tanto conjunto de explicaciones científicas desde las cuales se puede seguir haciendo otras explicaciones científicas. Aquí no me extenderé en esto por que no es mi interés discutir sobre si ela es o nao uma ciencia. Para nada, eso só nos meteria em uma discusión intelectual, que puede resultar interesante pero que hallo más interesante lo siguiente; partiendo da base de que cualquier cosa que eu, Ignacio Muñoz, explique, satisfaciendo el criterio de validación del metodo científico, será uma explicación científica aquí e en la isla del aji, entonces me parece que el interés estaría en ver si eu concretamente puedo o nao, caracterizar, generar o traer a mano explicativamente cualquier fenómeno que intente explicar científicamente desde meu comprensión biológico-cultural. O cual es algo que nao se hace por su puesto de la noche a la mañana, mas eu afirmo que eu puedo, y cualquiera que quisiera, dar cuenta de los fenómenos connotados al hablar de redes sociales a través de una explicación científica poniendo como punto de partida su condición de sistemas estructuralmente determinados. Cosa que tendría que hacer en uno o varios paper`s y no en um foro por que sino ahí si que podería ao menos dejar ciegos a nossos parceiros con lo longo de meus escritos.Ya dije que eu tengo um punto de partida claro, el cual no se donde me llevará, estou aberto. Más mi punto de partida já esta insinuado en el nombre ampliado de este topico de discuçao: “Redes Sociais Entendidas como Redes Fechadas de Conversações no Espaço Social e nao Social”. Es decir eu já veo que hay dos tipos de redes, redes sociales y redes no sociales (las cuales podría nombrar redes comunitarias en tanto distingo lo comunal de

Page 14: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

lo social), seguramente podría encontrar uma serie de evidencias que relacionen las redes que eu entiendo como sociales, a procesos y dinámicas de distribuidad, pluriarquía, lógica da abundancia, e outros. Y relacionar redes no sociales con dinámicas e procesos jerárquicos, de centralizaçao e lógica de escasez. Y afirmaré que ambas surgen, son realizadas y conservadas como fenómenos culturales, entendiendo como tales, fenómenos de coordinaron recursiva en redes fechadas de conversaçoes. Como ya comente antes, aún me falta exponer neste forum claramente en que consiste la dinámica fechada de los sistemas fechados, pero nao lo haré hoy. Só adelantare que nao se trata de que estén fechados a os diversos fluxos, energéticos, de pessoas, de objetos ou ideas, sino que son fechados em el sentido de que son sistemas que con su operar, só e sempre, geran operaciones da misma clase. Bem, más lo que si quiero refletir aquí um poquinho más es sobre la distinción do social que trajo a mano Maturana e que cualquier puede llegar a constatar desde la posición adecuada, y, que hasta donde entiendo por lo que le he leído, don Augusto comparte. Em su belísimo, lúcido e bastoneador ensayo “Desobedesca”, ele diz, entre outras cosas, estas que destaco:

“Em organizações voluntárias, “obedece” (ou melhor, acata) quem concorda. Querer exigir disciplina e obediência em relações sociais (stricto sensu) é um absurdo.... As organizações hierárquicas - em termos do ser coletivo que se forma, diga-se: não, é claro, das pessoas que as integram - não vêem as redes como fim, como uma nova forma de interação propriamente humana ou humanizada pelo social, e sim como meio para alguma coisa não-humana. Sim, organizações hierárquicas de seres humanos geram seres não-humanos. A afirmação é forte, mas não há como dizer de outro modo se quisermos ir ao coração do problema. Entenda-se bem: as pessoas continuarão sendo humanas, mas o ser coletivo que se forma não será, posto que não será 'social' (naquele especialíssimo sentido que Maturana empresta ao termo)... Em que medida você tem coragem de desobedecer e arcar com as conseqüências? A resposta a essa pergunta define o seu campo de liberdade e de possibilidade... Dependendo das circunstâncias, desobedecer pode acarretar demissão, reprovação, agressão, perseguição, condenação, prisão, tortura, mutilação e morte. Você não deve se suicidar. Quando não há condições objetivas para desobedecer (ou seja, quando isso colocar em risco a sua vida ou a vida de terceiros, a sua liberdade ou a liberdade de seus semelhantes) você deve avaliar cuidadosamente os riscos e as possibilidades. Mas nunca deve deixar de desobedecer interiormente. O que importa aqui é sua atitude, vamos dizer assim, espiritual, de desobediência... Quando você resiste ao poder vertical, você estabelece uma sintonia com as grandes correntes de humanização do mundo. Quando você cede, sujeitando-se a alguém ou sujeitando outras pessoas a você (no fundo, dá no mesmo), contribui para desumanizar o mundo e a você mesmo... Se organizações hierárquicas de seres humanos geram seres não-humanos, ao obedecer voluntariamente aos chefes, enquadrando-se nas dinâmicas dessas organizações, você está, na verdade, subordinando-se a seres não-humanos”.

Pois bem, eu nao estou diciendo nada diferente ao decir que hay redes que son sociales y redes que nao son sociales. Es más, eu nao tengo ningúma pretención de que esto seja uma novedade que eu traigo a mano. Me parece que claramente é Don Augusto quem primero lo distinguió asi al mirar los fenómenos da ciencia de redes. Mas esto tiene una serie de consecuencias, y algunas concretas condiciones de posibilidad. Acredito que é en ese ámbito donde puedan irán apareciendo nossas discrepancias. E este fondo en común me

Page 15: Conversación con Augusto de Franco (III)  · Web viewNo: Escola de Redes. Augusto de Franco em 1 maio 2010 at 7:19 . Caro Ignácio, foi muito bom você ter destacado a passagem

parece tan grande, que lo demás nao puede ser tan tan diferente. Eu distingo e me siento más cerca de ele en esto, que lo que imagino puedo, en este presente, estar com cualquier outro analista de redes. Habrá que ir viendo si efetivamente es así o nao.Obrigado pela sua atençon queridos pareciros.

Augusto de Franco 1 hora atrás

Certo, estimado Ignacio. Habrá que ir viendo si efetivamente es así o no. Continuamos. (E o Linkadão jamais imaginou que eu pudesse ser tão sucinto, hehe).