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Conversando sobre a vida 15

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O livro "Conversando sobre a vida - um projeto na busca da felicidade" nasceu da necessidade do autor, então jovem pai, de registrar para suas filhas, na época crianças, agora em plena juventude, a sua visão da vida, suas possibilidades e perspectivas. O livro trata de conversas do autor com seus pais, seus irmãos, sua esposa e grande companheira, amigos e colegas. Serve como um bom livro de cabeceira para ser lido de forma continuada ou de forma aleatória. O livro não tem a pretensão de ser um oráculo, mas tão somente a forma pela qual o autor busca a sua felicidade.

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Conversando sobre a vida

Um projeto na bUsca da felicidade

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São Paulo 2014

Conversando sobre a vida

Um projeto na bUsca da felicidade

A l e x A n d r e M A g i n A

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Copyright © 2014 by Editora Baraúna SE Ltda

Capa Jacilene Moraes

Diagramação Felippe Scagion

Revisão Priscila Loiola

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

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M174c

Magina, Alexandre Conversando sobre a vida : um projeto na busca da felicidade / Alexandre Magina. - 1. ed. - São Paulo: Baraúna, 2014.

ISBN 978-85-437-0154-7

1. Crônica brasileira. I. Título.

14-16815 CDD: 869.98 CDU: 821.134.3(81)-8

________________________________________________________________13/10/2014 13/10/2014

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTAEDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

Rua da Quitanda, 139 – 3º andarCEP 01012-010 – Centro – São Paulo — SPTel.: 11 3167.4261www.EditoraBarauna.com.br

Todos os direitos reservados.Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem a expressa autorização da Editora e do autor. Caso deseje utilizar esta obra para outros fins, entre em contato com a Editora.

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Às mulheres de minha vida; minha mãe, que me deu à luz e a lucidez; à minha esposa, companheira da jornada que comigo construiu e constrói uma vida nova de forma original e digna; às minhas filhas, que são a razão deste livro e do meu viver.

Aos meus amigos José Baldi e André Andriollo, que comigo muito conversaram e fizeram também surgir grande parte dos textos deste livro.

A todos que buscam o melhor dentro de si.

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sobre a Vida

Quando penso na palavra FELICIDADE, lembro sempre dos ensinamentos de OSHO, pensador dos tem-pos atuais, que viveu de dezembro de 1931 a janeiro de 1990, e que sempre afirmou em suas explanações que a liberdade pessoal é o rumo a ser buscado. Ele dizia:

“Quero que as pessoas conheçam a si mesmas e que não sigam as expectativas dos outros.”

Penso, por óbvio, portanto, na inocência e na falta de maturidade que muitas pessoas possuem a respeito do referido sentimento. Acreditar que a felicidade irá ocorrer “amanhã”, após a compra de um bem móvel ou imóvel, após o término de um curso ou após a mudança de sua situação civil, é puro engano, afinal, a felicidade nunca irá chegar para quem acredita que com a alteração de um estado, ou ao se adquirir algo, passará a ser feliz.

A felicidade só é encontrada por quem acredita que to-dos os dias podem ser melhores, para quem acredita na luta e não foge dos desafios que se apresentam em cada esquina.

A felicidade é um sentimento desenvolvido, e so-mente com a serenidade do coração poderá ser percebida, posto que todos nós possuímos a condição e a possibili-dade de sermos felizes.

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Ilude-se quem desconfia do futuro e não se propõe a ser feliz. A FELICIDADE tem, obrigatoriamente, que ser encontrada nos momentos em que cada um vive. Por isso é tão importante saber escolher a profissão a ser se-guida. Por isso é tão importante saber com quem se vive e com quem se compartilha o leito, afinal, impossível será ser feliz e ganhar rios de dinheiro fazendo o que não gos-ta, vivendo com quem não suporta e desrespeitando-se, a cada instante, por uma imposição externa de terceiros.

Osho, a esse respeito, tem uma frase importante que vale a pena ser citada:

“Quando o amor é artificial, o dinheiro torna-se fundamental.”

Por isso, certo é dizer que feliz é quem acerta nas escolhas realizadas. Feliz é quem pode se olhar no espelho sem medo, sem máscaras e ser conhecedor de seu erros e acertos. Feliz, por isso, é quem se gosta, quem se respeita e se posiciona de frente para a vida sem medo das adver-sidades e sem medo de cair, posto que sabe se levantar.

Juízo para saber ser feliz é conduta necessária, sendo certo que a felicidade está dentro de cada um, e não fora, como se vendem os comerciais de domingo de manhã.

Juízo a todos.

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sobre a Vida

Ao atingir a maioridade, eu ainda estava terminan-do o terceiro colegial e nem bem sabia quais rumo meus passos seguintes iriam dar. Sabia, já naqueles tempos, o que não desejava, e isso era muito cristalino na minha mente, eis que: não desejava ser infeliz; não desejava ficar atrelado a uma profissão que não me desse realizações e desafios; não desejava ficar parado no tempo sem crescer materialmente e emocionalmente; não desejava ser al-guém que não fizesse diferença no meu meio.

O tempo passou, tornei-me advogado, muitas lutas, muito trabalho, muito estudo. Alguns anos se passaram e com o passar do tempo tornei-me cada vez mais dono e senhor de meus passos, e dentre eles era, evidentemente, fazer a diferença para os meus amigos, meus funcioná-rios, meus parentes e todos os demais que me cercam. Afinal, esse é o objetivo traçado quando tornei-me gente.

A sociedade em que vivemos possui poucas pessoas comprometidas com a coletividade. Os poderosos que se tornam importantes esquecem que são agentes transforma-dores e deixam de realizar a sua missão divina que é, eviden-temente, tornar o BRASIL melhor, tornar o nosso Estado de São Paulo melhor, tornar nossa cidade melhor, tornar nosso bairro melhor e, finalmente, tornar nossos lares melhores.

Os políticos, outrora guerreiros implacáveis, quando

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sobem ao Poder através do voto dos cidadãos, deixam de realizar as promessas, que na maioria das vezes foram dese-jadas na adolescência, e desta maneira tornam-se indignos, posto passam a atuar como aqueles que tanto criticaram.

Os homens e mulheres de nosso tempo têm que ter noção da importância de seu poder. O juiz, o médi-co, o advogado, o dentista, o arquiteto, o economista, o pedreiro, o padeiro, o comerciante, o professor (missão mais que especial), o caixa de supermercado, o vendedor, enfim, TODOS têm que ser gente, assumir compromis-sos, fazer a sua parte. Afinal de contas, além de nossa Constituição Federal dizer no seu artigo 5º que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer nature-za, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à propriedade...”, necessário é observar que perante os olhos do Poderoso Criador, to-dos também são iguais, sem que sejam concedidos quais-quer tipos de beneficio ou isenção. Ninguém está fora do alcance de Seu infinito e intenso Poder.

Portanto, juízo a todos.

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sobre a Vida

Desde que comecei a escrever, relutei em falar da ad-vocacia de forma direta. Todavia, impossível é deixar de te-cer comentários importantes sobre a profissão que abracei.

Enquanto estudante (bom aluno, aplicado e pre-sente), sempre desejei o exercício da Magistratura, ain-da mais porque durante a adolescência namorei a filha de um brilhante, honrado, coerente e excelente juiz, agora já aposentado. Ocorre que, além de não ter ob-tido êxito nos concursos que prestei, fui cada vez mais me apaixonando pela advocacia, pelos espaços do meu escritório, pela organização de todo o esquema que tem de ser montado para um bom atendimento e o cliente sinta-se seguro e satisfeito.

A paixão pelo exercício da advocacia invadiu meu ser e desta maneira fui cada vez mais me envolvendo com esse ofício difícil, criticado, complicado e completamente en-volvente para aqueles que gostam do desafio e da realiza-ção da Justiça. O advogado, ao contrário da maldição que muitos julgam, não se trata de um profissional que possa ser desprezado, pois somente com sua participação efetiva, o cidadão poderá obter Justiça. O advogado não é uma peça que possa ser descartada. Não se trata de estorvo. Não se trata de um profissional que visa o mal da sociedade. O advogado é o instrumento pelo qual o cidadão pode obter

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Justiça, sendo certo que a facilidade que a União Federal tem oferecido à população, que pode buscar seus direitos sem a assistência do profissional habilitado, não pode ser tratada como sendo um beneficio, pois para o Governo Federal, não interessa que os advogados trabalhem cada vez mais, mostrando aos cidadãos seus direitos e garantias. Ignorante que não tem sequer noção se tem ou não direito é mais fácil de ser controlado.

O advogado tem o triste estigma de ser classificado como “o esperto”, “o malandro”, “o grande câncer da so-ciedade”. No entanto, posso falar com toda a certeza que existem homens e mulheres no exercício dessa profissão que merecem o meu maior respeito, gente que vive da advocacia de forma digna e honrada, com brilho próprio, gente que não se submete às atrocidades praticadas pelos que estão no Poder Legislativo, Executivo ou no Poder Judiciário. Conheço advogados que sofrem pelos clientes que representam, que buscam a justiça acima de tudo.

Também é verdade que existem advogados desclas-sificados (assim como há maus profissionais em inúme-ras outras áreas que não a do Direito), profissionais que somente desejam ter clientes ricos e jamais, em hipótese alguma, atendem a população carente, mesmo que o ci-dadão pobre lhe ofereça um percentual acima do nor-malmente cobrado. Advogados que se esquecem do seu importante e fundamental papel social, seres que a qual-quer custo tentam enganar os que os cercam e os que porventura litigam contra a sua pessoa.

O respeito, o bom procedimento, a ética e a hon-ra não estão à venda. Trata-se de traço de personalidade

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que tem de ser desenvolvido. O profissional sério ganha honra e respeito com o passar dos anos e todos sabemos, ao fim ao cabo, quem merece ser chamado de advogado e quem não passa de um rábula interesseiro e oportunista que ainda tem na mente (atrofiada) a famigerada “Lei de Gérson” de levar vantagem em tudo, muito comum para esse tipo de gente.

Cumpre ainda salientar que, por vezes, recebo pessoas reclamando de colegas, ora porque não os recebem, ora porque não telefonam, ora porque não agiram na forma como o cidadão desejava. Nessas oportunidades, respiro e prefiro não fazer comentários maldosos acerca do profis-sional, mesmo que eu saiba que se trata de um cafajeste, pois não se deve falar mal de NINGUÉM.

Os bons profissionais, as pessoas de bem, ao con-trário dos “bacharéis em direito”, jamais criticam uns aos outros, pois existe um código de ética a ser respeitado, profissional de qualquer área do Direito que fala mal, bom proveito quer tirar, eis que cada caso é um caso e as soluções podem ser infinitas. O que parece simples, explicado por um leigo pode ser impossível para um téc-nico. Por isso, sempre indico que o cidadão que reclama busque cópias de seu processo, busque conhecimento com a Ordem dos Advogados do Brasil, que possue sub-seções cada vez mais atuantes.

A verdade é que falar mal é muito fácil. Difícil é trabalhar. O cidadão que reclama, na maioria das vezes, o faz porque transfere para o profissional que o representa sentimentos que nutre pela outra parte, ou simplesmente fala mal por vício de falar mal...

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Os colegas advogados que atuam com afinco, como eu, sabem o quanto é insuportável escutar alguém que não tem a menor possibilidade de sair vitorioso de uma demanda questionar a legislação em vigência, questionar a cultura jurídica do profissional e insinuar que o mesmo não está à altura da lide que ele deseja propor ou da tese que deseja defender.

Assim como existem advogados e advogados, exis-tem, clientes e clientes, e os advogados, por enquanto, não têm soluções mágicas para o empresário que não paga suas obrigações trabalhistas. Não existem soluções mágicas para evitar a prisão de um pai devedor e assim por diante.

Enfim, advogar é difícil. Viver é difícil. Suportar si-tuações atípicas e descaradas é uma arte, todavia, impor-tante é internalizar a responsabilidade social de cada um, buscar realizar o possível dentro dos limites da lei e ser o mais coerente possível, eis que juízo é bom e não faz mal a ninguém. Portanto, juízo a todos.

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sobre a Vida

A vida deve ser vivida. Isso eu ouço desde menino, mas quando penso em VIDA, penso logo em destino, em caminhos as serem seguidos, e nas consequências de nossos atos e escolhas. Felizmente ou infelizmente, não sabemos quais serão os resultados dessas escolhas.

A grande verdade é que nessa trajetória seguimos rumo ao desconhecido, ansiosos para chegarmos e saber se fizemos o certo. A trilha a ser seguida é obscura, oculta e silenciosa, como deve ser. Somente nós e o caminho, ninguém mais. A dúvida persegue e a pergunta é latente e não nos deixa jamais: quais seriam os resultados se nossas escolhas tivessem sido outras?

É evidente que existem modelos culturais seculares que estão em vigência muito antes de nossas histórias te-rem início. As regras existem e por vezes são impostas de forma subjetiva por toda a sociedade, e toda e qualquer ruptura ou negação com os padrões pré-estabelecidos implica em consequências que nem sempre são fáceis de serem suportadas. Não se pode simplesmente ficar refém dessa ou daquela “lei”, pois a felicidade, por vezes, impli-ca em transgredir o que nos é imposto.

Temos a obrigação de tentarmos ser felizes, e a pró-pria vida, a cada amanhecer, nos dá a oportunidade de tentar novamente. Isso é Divino. Acordar e poder tentar, novamente, é um privilégio.