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RELATÓRIO DA GESTÃO SENHORES COOPERADOS: Levamos à apreciação de Vossas Senhorias as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício encerrado em 31 de março de 2010. São Paulo, 15 de junho de 2010 A ADMINISTRAÇÃO 1. CONTEXTO OPERACIONAL A COPERSUCAR - Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar , Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo tem sede na capital do Estado de São Paulo, é uma sociedade cooperativa de responsabilidade limitada que tem por objetivo orientar e integrar as atividades operacionais e econômicas dos seus cooperados, bem como facilitar a utilização recíproca de serviços. Para tanto, de acordo com o estabelecido em seu estatuto e no contrato de adesão dos cooperados, a Cooperativa pode praticar as seguintes principais atividades: Recebimento de seus cooperados e comercialização , por conta destes, de toda a produção de cana-de-açúcar, de açúcar, de melaço, de etanol e de seus respectivos subprodutos; • Financiamento da produção dos cooperados, mediante a concessão de adiantamentos proporcionais aos valores dos produtos entregues para comercialização; Rateio das margens obtidas na comercialização dos produtos efetuado por conta dos seus cooperados; • Aquisição de insumos e utilidades necessários às atividades agrícolas e industriais de seus cooperados , na defesa de seus interesses econômicos e nanceiros; Fornecimento de assistência tecnológica e administrativ a de interesse de seus cooperados; • Participação nos processos de obtenção de nanciamentos necessários à manutenção do capital de giro de seus cooperados, constituindo-se co-responsáv el dentro de limites previamente autorizados. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações nanceiras foram elaboradas com base nas práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais abrangem a legislação societária, os Pronunciament os, as Orientações e as Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis e as normas emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). A autorização para a conclusão destas demonstrações nanceira s foi dada pela Diretoria em 15 de junho de 2010. 3. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS Apuração das sobras e perdas As sobras e perdas das operações efetuada s por conta de cooperados são apuradas em conformidade com o regime de competência. A receita de vendas de produtos é reconhecida nas sobras e perdas quando todos os riscos e benefícios inerentes aos produtos são transferidos para o comprador . Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza signicativa na sua realização. Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações nanceiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração da Cooperativa use de julgamentos na determinação e no registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos sujeitos a estimativas e premissas incluem valor residual do ativo imobilizado, provisão para créditos de liquidação duvidosa, provisão para contingências, mensuração de instrumentos nanceiros e ativos e passivos relacionados a benefícios a empregados. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo da sua determinação. A Cooperativa revisa as estimativas e as premissas pelo menosanualmente. Moeda estrangeira A Administração da Cooperativa deniu que sua moeda funcional é o Real de acordo com as normas descritas no Pronunciamento Técnico CPC nº 02 - Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, conforme Resolução CFC nº 1.120/08. Tra nsações em moeda estrangeira, isto é, todas aquelas que não realizadas na moeda funcional, são convertidas pela taxa de câmbio das datas de cada transação. Ativos e passivos monetários em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional pela taxa de câmbio da data do fechamento. Os ganhos e perdas de variações nas taxas de câmbio sobre os ativos e os passivos monetários são reconhecidos na demonstração de sobras e perdas. Ativos e passivos não monetários adquiridos ou contratados em moeda estrangeira são convertidos com base nas taxas de câmbio das datas das transações ou nas datas de avaliação ao valor justo quando este é utilizado. Apuração e rateio da conta “Sobras e Perdas” As sobras e perdas apuradas nas operações por conta de cooperados são registradas diretamente no balanço patrimonial, na conta “Cooperados - Açúcar e Etanol”, de acordo com rateio efetuado na medida da comercialização da safra pela Cooperativa, seguindo o regime de competência. Instrumentos nanceiros Instrumentos nanceiros não-derivativos incluem investimentos em instrumentos de dívida, contas a receber e outros recebíveis, disponibilidades (Bancos conta movimento e aplicações nanceiras), nanciamentos e empréstimos, assim como contas a pagar e outras dívidas. Instrumentos nanceiros não-derivativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo e, quando classicados como empréstimos e recebíveis, passivos nanceiros e mantidos até o vencimento, são acrescidos de quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis. Posteriormente ao reconhecimento inicial, os instrumentos nanceiros não-derivativ os são mensurados conforme descrito a seguir. Instrumentos disponíveis para venda Os investimentos da Cooperativa em certos ativos relativos e instrumentos de dívida são classicados como disponíveis para venda. Posteriorment e ao reconhecimento inicial, são avaliado s pelo valor justo e os ajustes a valor de mercado são reconhecidos em conta destacada de patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários. Instrumentos nanceiros ao valor justo através das sobras e perdas Um instrumento é classicado pelo valor justo através das sobras e perdas se for mantido para negociação ou para reduzir efeitos de descasamentos de reconhecimentos contábeis em sobras e perdas ou quando a gestão sobre esses instrumentos é efetuada em conjunto com outros instrumentos nanceiros avaliados pelo valor justo, caracterizada pela tomada de As contas dos cooperados não são passíveis de compensação entre ativo e passivo, por terem natureza distinta e por não haver relação entre cooperados credores e/ou devedores. Os saldos são demonstrados separadamente no balanço. Investimentos Os investimentos em controladas são avaliados por equivalência patrimonial. Outros investimentos que não se enquadrem na categoria acima são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para desvalorização, enquantoaplicável. Ativo imobilizado Registrado pelo custo de aquisição, formação ou construção. A depreciação dos ativos é calculada pelo método linear com base nas taxas mencionadas na Nota Explicativa nº 10 e leva em consideração o tempo de vida útil estimado dos bens. Outros gastos são capitalizados apenas quando há um aumento nos benefícios econômicos desse item do imobilizado. Qualquer outro tipo de gasto é reconhecido nas sobras e perdas como despesa quando incorrido. Demais ativos circulantes e não circulantes São apresentados ao valor líquido de realização. Redução ao valor recuperável Os ativos do imobilizado têm o seu valor recuperável testado, no mínimo, anualmente , caso haja indicadores de perda de valor. Passivos circulantes e não circulantes Os passivos circulantes e não circulantes são demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis acrescidos, quando aplicável dos correspondentes encargos, variações monetárias e/ou cambiais incorridas até a data do balanço patrimonial. Benefícios a empregados A Cooperativa possui diversos benefícios que são concedidos aos seus empregados , e entre os principais estão: programa de previdência privada, plano médico, programa de participação nas sobras e perdas, seguro de vida, vale-aliment ação e outros. Provisões Uma provisão é reconhecida no balanço quando a Cooperativa possui uma obrigação legal ou reconhecida como sobras e perdas de um evento passado, e é provável que um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. Reserva de equalização Essa reserva registrou as sobras e perdas de equivalência patrimonial em controladas até o exercício de 2000, instrumentos nanceiros derivativos não realizados e a depreciação dos bens baixados no exercício , sendo indivisível e não sujeita à distribuição aos cooperados. Reserva de resultado em Empresas ligadas Refere-se às sobras e perdas de equivalência patrimonial em Empresas controladas, após o exercício de 2000, de acordo com os termos da medida provisória nº 2.168-40, de 24 de agosto de 2001. Mudança de práticas contábeis a) A Administração da Cooperativa alterou a prática de mensuração de seu ativo imobilizado para o método de custo e, para tanto, optou por efetuar o estorno da reserva de reavaliação de seu ativo imobilizado. Em decorrência dessa mudança nas práticas contábeis, as demonstrações nanceiras referentes ao exercício anterior estão sendo apresentadas, para ns de comparação, nas mesmas bases adotadas para o exercício ndo em 31 de março de 2010, conforme previsto na NPC 12 - Práticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros, sendo os ajustes efetuados conform e CPC 13 - Adoção inicial da Lei 11.638/07 como “Ajustes de adoção inicial da Lei 11.638/07 e MP 449/08” no valor de R$ 40.378 no patrimônio líquido; b) Durante o exercício ndo em 31 de março de 2010 a Administração aperfeiçoou suas práticas contábeis relacionadas ao reconhecimento e divulgação dos instrumentos nanceiros derivativos. As operações que antes eram classicadas como hedge de uxo de caixa, passaram a ser classicadas como hedge de valor justo, mensuradas a valor justo e tendo como contrapartida contas de resultad o, conforme requerido pelo CPC 14 - Instrumentos Financeiros: reconhecimento, mensuração e evidenciação (pronunciam ento vigente na época e substituído pelo OCPC 03- Instrumentos nanceiros: reconhecimento, mensuração e evidenciação durante o ano de 2009, com adoção obrigatória para os exercícios ndos em 31 de dezembro de 2010 e para o caso da Companhia, 31 de março de 2010). Em decorrência dessa mudança de prática contábil, estão sendo apresentados abaixo os efeitos gerados por essa modicação., conforme previsto na NPC 12 - Práticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros. Os efeitos das mudanças destas práticas contábeis e correção de erros são sumarizadas abaixo: 31.03.2009 antes dos 31.03.2009 Nota ajustes Ajustes ajustado ____ _________ ________ _________ Patrimônio líquido 94.874 - 54.496 _________ ________ _________ Capital social 712 - 712 Reservas e fundos cooperativo s 11 - 11 Reserva de reavaliação (a) 40.378 (40.378) - Reserva de equalização (b) 68.925 (20.752) 48.173 Empresas ligadas 5.600 - 5.600 Ajuste de avaliação patrimonial (20.752) 20.752 - Os efeitos na demonstraçã o do resultado estão demonstrados abaixo: 31.03.2009 antes dos 31.03.2009 Nota ajustes Ajustes ajustado ____ _________ ________ _________ Demonstrações de sobras e perdas Financeiras líquidas (b) (112.854) (20.754) (133.608) Resultado não realizado com derivativos (b) - 20.754 20.754 A exposição máxima ao risco de crédito da Cooperativa é o valor das contas a receber mencionadas acima. O valor do risco efetivo de eventuais perdas encontra-se apresentado como provisão para créditos de liquidação duvidosa. A Cooperativa tem por critério a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa quando todos os recursos para o seu recebimento foram esgotados. 6. PARTES RELACIONADAS Os principais saldos de ativos e passivos em 31 de março de 2010 e 2009, bem como as transações que inuenciaram as sobras e perdas do exercício, relativas a operações com partes relacionadas, decorrem de transações com a Cooperativa e suas controladas e ligadas, as quais foram realizadas em condições usuais de mercado para os respectivos tipos de operações: a) Transações e saldos 2010 2009 _________ _________ Ativo circulante Dividendos a receber Imoc op Empr ee nd imen tos e Pa rt i ci p õe s S. A. 83 0 - Adiantamento de recursos Companhia Auxiliar de Armazéns Gerais - 6.081 Contas a receber por venda de produtos Copersucar S.A. 214.850 - Copersucar T rading A.V.V. 127.854 - _________ _________ 343.534 6.081 _________ _________ _________ _________ Passivo circulante Contas a pagar por prestação de serviços Companhia Auxiliar de Armazéns Gerais 7.226 - Contas a pagar - repasse de despesas corporativas Copersucar S.A. 80.468 15.921 Adiantamento de recursos Copersucar T rading A.V.V. - 43.103 _________ _________ 87.694 59.024 _________ _________ _________ _________ Passivo não circulante Mútuo Copersucar Armazéns Gerais S.A. 1.570 1.570 Arrepar Participações S.A. 343.181 345.489 Imoc op - Empr eend iment os e Part icipa ções S.A. 10.2 91 3.464 _________ _________ 355.042 350.523 _________ _________ _________ _________ Transações: Receita com vendas Copersucar S.A. 548.814 151.608 Copersucar T rading A.V.V. 1.922.357 1.747.512 Despesas com prestação de serviços Companhia Auxiliar de Armazéns Gerais 39.799 30.082 Contas a receber por venda de produtos Corresponde aos valores a receber por venda de açúcar e etanol em condições de mercado. Contas a pagar de prestação de serviços Corresponde aos valores a pagar de serviços de elevação de açúcar no Porto de Santos. Contas a pagar - repasses de despesas corporativas Corresponde ao contrato de repasses de despesas corporativas rmado entre as partes. Adiantamento de recursos Os valores com a Copersucar Trading A.V.V. referem-se a adiantamento recebido para futura entrega de produtos na safra 2009/2010. Os valores com a Companhia Auxiliar referem-se a adiantamento efetuado por prestação de serviços futuros. Contrato de mútuo Os contratos de mútuos com as Empresas controladas Arrepar Participaçõe s S.A., Imocop Empreendimentos e Participações S.A. e Empresa ligada Copersucar Armazéns Gerais S.A. têm seus prazos de vencimentos denidos em contratos e vencem até 2012. b) Garantias prestadas e recebidas A Cooperativa concedeu avais às Empresas ligadas, Companhia Auxiliar de Armazéns Gerais cujo montante em 31 de março de 2010 era de R$ 20.911, Arrepar Participações S.A. R$ 3.237 em 2010 e Copersucar Trading A.V.V. R$ 43.627 (R$ 356.388 em 2009). c) Remuneração do pessoal-chave da Administração A remuneração paga no exercício ndo em 31 de março de 2010 foi de aproximadamente R$ 18.971 (R$ 9.455 em 2009). 7. CONTAS DE COOPERADOS 2010 2009 _________ _________ Ativo circulante: Repasses de nanciamentos e empréstimos (i) 644.341 809.005 Repasses de impostos e contribuições (ii) 6.733 7.890 Açúcar e etanol (iii) 15.892 190.364 Ativo não circulante: Movimento (iv) 1.379.026 983.394 Repasses de impostos e contribuições (ii) 901.958 926.549 Repasses de sobras, nanciamentos e empréstimos (i) 382.268 364.833 Passivocirculante: Açúcar e etanol (iii) 291.678 47.159 Limitadora de crédito (v) 305.672 142.005 Passivo não circulante: Receitas eventuais a ratear - conta cooperado (iv) 1.118.594 1.045.786 (i) Refere-se aos valores de empréstimos e nanciamentos repassados aos cooperados garantidos por letra de câmbio e carta de ança bancária. O saldo compreende ao valor principal corrigido pelas taxas de captação dos empréstimos e nanciamentos tomados junto às instituições nanceiras até a data do encerramento do exercício social. (ii) Refere-se aos valores de Obrigações scais “sub judice” e impostos e contribuições a recolher repassados aos cooperados, garantidos por letra de câmbio e carta de ança bancária. O saldo compreende ao valor principal, corrigidos pela taxa SELIC até a data do encerramento do exercício social. (iii) Refere-se às operações por conta de safra efetuadas junto aos cooperados , com realização na safra 2010/2011; (iv) Referem-se a créditos de cooperados que estão sendo pleiteados  judicialmente desde 1982. Os saldos registrados em “conta de cooperados - movimento”, no ativo não circulante, e em “receitas eventuais a ratear”, no passivo não circulante, foram ajustados na safra 98/99 pelos valores máximos a serem obtidos em juízo, após vencidas as etapas judiciais de garantia e execução. A partir de então, o saldo está sendo corrigido com base no índice de atualização monetária dos débitos judiciais do Tribunal de Justiça (DEPRE). A exigibilidade do saldo registrado no passivo está condicionada à realização do saldo registrado no ativo, sujeito ao desfecho e à liquidação dos processos em andamento. (v) Refere-se aos valores retidos na conta “Limitadora de Crédito” para manter os empréstimos tomados pelos cooperados dentro dos limites de crédito estipulados pela carta-circular que regulamenta essas operações. 8. ESTOQUES 2010 2009 _________ _________ Etanol 70.894 233.958 Açúcar 270.639 257.946 Sacaria, embalagem, produtos químicos e outros 7.477 9.342 _________ _________ 349.010 501.246 _________ _________ _________ _________ NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 (Em milhares de reais) Nota 2010 2009 _____ _________ _________ Venda de açúcar Receita bruta das vendas 3.328.474 1.608.477 Impostos incidentes sobre as vendas (221.242) (121.866) Custo do açúcar vendido (2.237.462) (1.085.640) _________ _________ 869.770 400.971 Venda de etanol Receita bruta das vendas 3.786.413 3.081.696 Impostos incidentes sobre as vendas (456.882) (322.097) Custo do etanol vendido (2.140.695) (2.012.023) _________ _________ 1.188.836 747.576 Sobras do exercício antes das despesas e receitas operacionais 2.058.606 1.148.547 _________ _________ (Despesas) e receitas operacionais: Despesas com vendas (30.980) (49.491) Despesas administrativas (75.038) (61.046) Financeiras líquidas 15 4.747 (133.608) Outras (despesas) receitas operacionais líquidas 16 (6.896) 260.611 Resultado da equivalência patrimonial em controladas 10 (289.320) 20.181 _________ _________ (397.487) 36.647 Sobras do exercício antes das retenções e apropriações 1.661.119 1.185.194 _________ _________ Retenções do resultado A resultado de empresas ligadas 289.320 (20.181) A reserva de equalização 171 577 Resultado não realizado com derivativos 17 (19.739) 20.754 A reservas e fundos cooperativo s 5 - _________ _________ Sobras do exercício apropriadas aos cooperados 1.930.876 1.186.344 _________ _________ _________ _________ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações nanceiras. 2010 2009 _________ _________ Fluxo de caixa das atividades operacionais Sobras do exercício 1.930.876 1.186.344 Sobras do exercício ao caixa gerado (usado) Ajustados por: Depreciação e amortizações 2.108 2.877 Apropriação à reserva de equalização (171) (576) Valor líquido das baixas do ativo permanente 127 5.201 Valor de baixa de participações de investiment os - 3.707 Juros sobre empréstimos e nanciamentos 80.573 241.321 Variação nos ativos e passivos (Redução) aumento contas a receber de clientes (13.536) 3.036 Aumento (redução) estoques 152.236 (200.291) Aumento (redução) contas cooperados 715.682 (601.750) (Redução) depósitos judiciais (14.110) (6.308) (Redução) aumento partes relacionadas (256.985) 173.089 Aumento impostos a recuperar 183 - Resultado não realizado com derivativos 40.491 (20.752) (Redução) aumento outros créditos (4.949) 3.153 Redução fornecedores 2.203 4.396 Redução (aumento) impostos e contribuição social a recolher 41.810 (30.744) (Aumento) partes relacionadas (31.358) (83.809) (Redução) aumento de outras contas a pagar (8.550) 40.487 (Aumento) redução perdas não realizadas com derivativos (40.490) 20.752 Apropriação ao sobras: À con ta de açúcar e eta nol do s coo perados (1.930.871) (1.186.339) Retorno a distribuir (5) (5) _________ _________ 665.264 (446.211) _________ _________ Recebimento de dividendos de controlada - 164.757 _________ _________ Caixa líquido gerado (usado) nas atividades operacionais 665.264 (281.454) _________ _________ Fluxo de caixa das atividades de investimentos Aplicação de recursos no imobilizado (16.783) (490) _________ _________ Caixa líquido usado nas atividades de investimento (16.783) (490) _________ _________ Fluxo de caixa das atividades de nanciamento Captações de empréstimos e nanciamentos 2.627.641 2.572.943 Pagamento s de empréstimos e nanciamentos (2.755.567) (2.073.959) Distribuição de sobras - (159.457) _________ _________ Caixa líquido (usado) gerado nas atividades de nanciamento (127.926) 339.527 _________ _________ Aumento nas disponibilidades 520.555 57.583 _________ _________ _________ _________ Demonstraç ão do aumento nas disponibilidades No nal do exercício 621.381 100.826 No início do exercício 100.826 43.243 _________ _________ 520.555 57.583 _________ _________ _________ _________ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações nanceiras. Ativo Nota 2010 2009 _____ _________ _________ Circulante Disponibilidades 4 621.381 100.826 Contas a receber de clientes 5 261.717 248.181 Partes relacionadas 6 343.534 6.081 Contas de cooperados: 7 Repasses de empréstimos e nanciamentos 644.341 809.005 Repasses de impostos e contribuições 6.733 7.890 Açúcar e etanol 15.892 190.364 Ganhos não realizados com derivativos 17 19.739 - Estoques 8 349.010 501.246 Impostos a recuperar 23.427 23.610 Outros créditos 26.309 21.360 _________ _________ 2.312.083 1.908.563 _________ _________ Não circulante Realizável a longo prazo Contas de cooperados: 7 Movimento 1.379.026 983.394 Repasses de impostos e contribuições 901.958 926.549 Repasses de sobras, empréstimos e nanciamentos 382.268 364.833 Depósitos judiciais 13 226.001 211.891 Outros créditos 7.352 7.353 _________ _________ 2.896.605 2.494.020 _________ _________ Permanente Investimentos: 9 Companhias controladas 21.279 217.779 Outros 10.943 10.949 Imobilizado 10 21.395 12.404 _________ _________ 53.617 241.132 _________ _________ 5.262.305 4.643.715 _________ _________ _________ _________ Passivo Nota 2010 2009 _____ _________ _________ Circulante Fornecedor es 12.640 10.437 Financiamento s e empréstimos 11 1.197.139 1.694.804 Contas de cooperados: 7 Açúcar e etanol 291.678 47.159 Movimento 305.672 142.005 Impostos e contribuições a recolher 12 90.306 94.133 Partes relacionadas 6 87.694 59.024 Perdas não realizadas com derivativos 17 - 20.752 Outras contas a pagar 52.970 45.601 _________ _________ 2.038.099 2.113.915 _________ _________ Não circulante Exigível a longo prazo Financiamentos e empréstimos 11 450.325 - Obrigações scais “sub judice” e Impostos e contribuições a recolher 13 1.124.631 1.078.995 Receitas eventuais a ratear: Conta de cooperados 7 1.118.594 1.045.786 Passivo a descoberto em controlada 9 87.261 - Partes relacionadas 6 355.042 350.523 _________ _________ 3.135.853 2.475.304 _________ _________ Patrimônio líquido 14 Capital social 699 712 Reservas e fundos cooperativo s 12 11 Reservas: de equalização 88.493 48.173 de resultado em empresas ligadas (851) 5.600 _________ _________ 88.353 54.496 _________ _________ 5.262.305 4.643.715 _________ _________ _________ _________ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações nanceiras. DEMONSTRAÇÕES DA CONTA “SOBRAS E PERDAS” EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 (Em milhares de reais) BALANÇOS PA TRIMONIAIS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 (Em milhares de reais) DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 (Em milhares de reais) DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA - M ÉTODO INDIRETO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 (Em milhares de reais) Reservas Capital e fundos Reserva de Reserva de Empresas Sobras Nota social cooperativos reavaliação equalização ligadas acumuladas Total _________ ___ ______ _______________ ____________ _ _____________ ____________ _ _____________ ______ ______ Em 31 de março de 2008 711 11 40.860 69.020 147.679 - 258.281 Ajuste de adoção da Lei 11.638/07 e MP 449/08: Reversão da reserva de reavaliação - - (40.860) 482 - - (40.378) Resultado não realizado com derivativos - - - (20.752) - - (20.752) Integralização de capital 1 - - - - - 1 Apropriação à reserva de equalização - - - (577) - - (577) Distribuição de sobras - - - - (159.457) - (159.457) Ajuste avaliação patrimonial em controlada - - - - (2.803) - (2.803) Equivalência patrimonial em controladas - - - - 20.181 - 20.181 Sobras do exercício - - - - - 1.186.344 1.186.344 Apropriação das sobras: À conta de açúcar e etanol dos cooperados - - - - - (1.186.339) (1.186.339) Retorno a distribuir - - - - - (5) (5) _________ ___________ ____ _____________ ___________ __ ____________ _ _____________ __ __________ Em 31 de março de 2009 712 11 - 48.173 5.600 - 54.496 Resultado não realizado com derivativos 17 - - - 40.491 - - 40.491 Redução de capital (13) - - - - - (13) Apropriação à reserva de equalização - - - (171) - - (171) Equivalência patrimonial em controladas - - - - (289.320) - (289.320) Constituição de reservas e fundos cooperativos: Fundos cooperativo s - 1 - - - - 1 Reserva técnica 14 - - - - 282.869 - 282.869 Sobras do exercício - - - - - 1.930.876 1.930.876 Apropriação das sobras: À conta de açúcar e etanol dos cooperados - - - - - (1.930.871) (1.930.871) Retorno a distribuir - - - - - (5) (5) _________ ___________ ____ _____________ ___________ __ ____________ _ _____________ __ __________ Em 31 de março de 2010 699 12 - 88.493 (851) - 88.353 _________ ___________ ____ _____________ ___________ __ ____________ _ _____________ __ __________ _________ ___________ ____ ____________ _ ___________ __ ____________ _ _____________ __ __________ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações nanceiras. 9. INVESTIMENTOS % Capital Patrimônio Prejuízo Investimento Sobras e Perdas ____________________ __________________ Participação Social Líquido do Exercício 2010 2009 2010 2009 ___________ _________ __________ ______________ ________ ________ ________ ________ Arrepar Participações S.A. (i) (ii) 99,99 141.327 (87.262) (289.017) (87.261) 201.750 (289.017) 20.821 Imocop Empreend. Particip. S.A. (i) 69,42 21.127 30.653 (491) 21.279 16.029 (303) (640) ________ ____ ____ ________ 217.779 (289.320) 20.181 ________ ____ ____ ________ ________ ____ ____ (i) Empresa auditada pela KPMG. (ii) Passivo a descoberto O plano de recuperação patrimonial da Arrepar Participações S.A. será realizado através de aumento de capital, em montante suciente para a cobertura integral do passivo a descoberto, mediante integralização de mútuo de sua controladora no decorrer do primeiro semestre da safra 2010/2011. Outros A Cooperativa possui investimento na União São Paulo S.A. Agricultura, Indústria e Comércio, o qual está avaliado pelo método do custo por representar 18,16% do capital social da investida, sem inuência em sua administração. 10. IMOBILIZADO a) Composição do custo Taxa de 2010 2009 ____ depreciação Depreciação % a.a. Custo acumulada Líquido Líquido ___________ _______ ___________ _______ _______ Edicações e benfeitorias 4 20.004 (2.608) 17.396 3.636 Máquinas e equipamentos 20 e 10 12.500 (11.237) 1.263 1.8 75 Veículos 20 790 (790) - - Outros 10 2.573 (1.456) 1.117 1.572 Terrenos - - - 4.890 Imobilizações em andamento 1.619 - 1.619 431 _______ ___________ _______ _______ 37.486 (16.091) 21.395 12.404 _______ ___________ _______ _______ _______ ___________ _______ _______ 11. FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS 2010 2009 _________ _________ Moeda estrangeira: Adiantamentos de contrato de câmbio e pré-pagamen to - juros médios de 3,68% a.a. (6,70% a.a. em 2009) 127.447 509.165 Moeda nacional: Financiament o de Capital de Giro de Cédulas de Crédi to à Exportação com juros de 11,25% a. a. 928.150 - Financiamentos de contrato de “Warrantagem” com juros médios de 8,00% a.a. + variação da TR - Taxa Referencial (juros médios de 10,03% a. a. em 2009) 227.611 360.514 Empréstimos de capital de giro corrigidos pela taxa CDI médio Cetip 364.256 825.125 _________ _________ 1.647.464 1.694.804 _________ _________ _________ _________ Passivo circulante (1.197.139) (1.694.804) _________ _________ _________ _________ Passivo não circulante 450.325 - _________ _________ _________ _________ Os adiantamentos de contratos de câmbio e os empréstimos de capital de giro são garantidos por notas promissórias avalizadas por Empresas controladas. Os empréstimos de Cédula de Crédito de Exportação vencem em até 2016. Os nanciamentos e empréstimos têm seus vencimentos nos seguintes anos: Ano 2010 ___________________________________________ _________ 2011 400.325 2013 12.500

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8/9/2019 Coop Produtores

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RELATÓRIO DA GESTÃO

Continua

SENHORES COOPERADOS:Levamos à apreciação de Vossas Senhorias as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício encerrado em 31 de março de 2010. São Paulo, 15 de junho de 2010

A ADMINISTRAÇÃO

1. CONTEXTO OPERACIONALA COPERSUCAR - Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar eÁlcool do Estado de São Paulo tem sede na capital do Estado de São Paulo,é uma sociedade cooperativa de responsabilidade limitada que tem porobjetivo orientar e integrar as atividades operacionais e econômicas dos seuscooperados, bem como facilitar a utilização recíproca de serviços. Para tanto,de acordo com o estabelecido em seu estatuto e no contrato de adesão doscooperados, a Cooperativa pode praticar as seguintes principais atividades:• Recebimento de seus cooperados e comercialização, por conta destes, de

toda a produção de cana-de-açúcar, de açúcar, de melaço, de etanol e deseus respectivos subprodutos;

• Financiamento da produção dos cooperados, mediante a concessão deadiantamentos proporcionais aos valores dos produtos entregues paracomercialização;

• Rateio das margens obtidas na comercialização dos produtos efetuado porconta dos seus cooperados;

• Aquisição de insumos e utilidades necessários às atividades agrícolas eindustriais de seus cooperados, na defesa de seus interesses econômicose financeiros;

• Fornecimento de assistência tecnológica e administrativa de interesse deseus cooperados;

• Participação nos processos de obtenção de financiamentos necessáriosà manutenção do capital de giro de seus cooperados, constituindo-seco-responsável dentro de limites previamente autorizados.

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASAs demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas práticascontábeis adotadas no Brasil, as quais abrangem a legislação societária, osPronunciamentos, as Orientações e as Interpretações emitidas pelo Comitêde Pronunciamentos Contábeis e as normas emitidas pelo Conselho Federalde Contabilidade (CFC).A autorização para a conclusão destas demonstrações financeiras foi dadapela Diretoria em 15 de junho de 2010.3. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEISApuração das sobras e perdas As sobras e perdas das operações efetuadas por conta de cooperados sãoapuradas em conformidade com o regime de competência.A receita de vendas de produtos é reconhecida nas sobras e perdas quandotodos os riscos e benefícios inerentes aos produtos são transferidos para ocomprador. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativana sua realização.Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticascontábeis adotadas no Brasil requer que a Administração da Cooperativause de julgamentos na determinação e no registro de estimativas contábeis.Ativos e passivos sujeitos a estimativas e premissas incluem valor residualdo ativo imobilizado, provisão para créditos de liquidação duvidosa,provisão para contingências, mensuração de instrumentos financeiros eativos e passivos relacionados a benefícios a empregados. A liquidaçãodas transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valoresdiferentes dos estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo dasua determinação. A Cooperativa revisa as estimativas e as premissas pelomenos anualmente.Moeda estrangeira A Administração da Cooperativa definiu que sua moeda funcional é o Realde acordo com as normas descritas no Pronunciamento Técnico CPC nº 02 -Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de DemonstraçõesContábeis, conforme Resolução CFC nº 1.120/08.Transações em moeda estrangeira, isto é, todas aquelas que não realizadasna moeda funcional, são convertidas pela taxa de câmbio das datas decada transação. Ativos e passivos monetários em moeda estrangeirasão convertidos para a moeda funcional pela taxa de câmbio da data dofechamento. Os ganhos e perdas de variações nas taxas de câmbio sobreos ativos e os passivos monetários são reconhecidos na demonstração desobras e perdas. Ativos e passivos não monetários adquiridos ou contratadosem moeda estrangeira são convertidos com base nas taxas de câmbio dasdatas das transações ou nas datas de avaliação ao valor justo quando esteé utilizado.Apuração e rateio da conta “Sobras e Perdas” As sobras e perdas apuradas nas operações por conta de cooperados sãoregistradas diretamente no balanço patrimonial, na conta “Cooperados -Açúcar e Etanol”, de acordo com rateio efetuado na medida da comercializaçãoda safra pela Cooperativa, seguindo o regime de competência.Instrumentos financeiros Instrumentos financeiros não-derivativos incluem investimentos eminstrumentos de dívida, contas a receber e outros recebíveis, disponibilidades(Bancos conta movimento e aplicações financeiras), financiamentos eempréstimos, assim como contas a pagar e outras dívidas.Instrumentos financeiros não-derivativos são reconhecidos inicialmente pelovalor justo e, quando classificados como empréstimos e recebíveis, passivosfinanceiros e mantidos até o vencimento, são acrescidos de quaisquer custosde transação diretamente atribuíveis. Posteriormente ao reconhecimentoinicial, os instrumentos financeiros não-derivativos são mensurados conformedescrito a seguir.Instrumentos disponíveis para venda Os investimentos da Cooperativa em certos ativos relativos e instrumentosde dívida são classificados como disponíveis para venda. Posteriormente aoreconhecimento inicial, são avaliados pelo valor justo e os ajustes a valor demercado são reconhecidos em conta destacada de patrimônio líquido, líquidodos efeitos tributários.Instrumentos financeiros ao valor justo através das sobras e perdas Um instrumento é classificado pelo valor justo através das sobras e perdasse for mantido para negociação ou para reduzir efeitos de descasamentosde reconhecimentos contábeis em sobras e perdas ou quando a gestãosobre esses instrumentos é efetuada em conjunto com outros instrumentosfinanceiros avaliados pelo valor justo, caracterizada pela tomada dedecisões de compra e venda com base em seu valor justo de acordo com aestratégia de investimento e gerenciamento de risco. A designação como talse dá quando do reconhecimento inicial. Instrumentos financeiros ao valor

 justo através das sobras e perdas são mensurados pelo valor justo, e suasflutuações são reconhecidas nas sobras e perdas.Empréstimos e recebíveis Os empréstimos e recebíveis são mensurados pelo custo amortizado pormeio da utilização do método da taxa efetiva de juros, reduzidos por eventuaisreduções no valor recuperável.Instrumentos financeiros derivativos A Cooperativa detém instrumentos financeiros derivativos para proteger riscosrelativos a moedas estrangeiras, designados como hedges de valor justo.Ativos circulantes e não circulantes Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes são registradas pelo valor faturado,incluindo os respectivos impostos diretos de responsabilidade tributária daCooperativa, menos os impostos retidos na fonte, os quais são consideradoscréditos tributários.A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída em montanteconsiderado suficiente pela Administração para suprir as eventuais perdas narealização dos créditos.Estoques Os estoques de açúcar e etanol produzidos pelos cooperados estãovalorizados a preços de transferência para a Cooperativa na data do balançoque não excedem o valor de mercado. Os demais estoques são avaliadosao custo médio da aquisição, transformação ou transferência, os quais nãoexcedem o valor de mercado.Contas dos cooperados Os valores de repasse aos cooperados são registrados ao valor dasoperações financeiras de mercado e mensurados através de seuvalor justo.

As contas dos cooperados não são passíveis de compensação entreativo e passivo, por terem natureza distinta e por não haver relaçãoentre cooperados credores e/ou devedores. Os saldos são demonstradosseparadamente no balanço.Investimentos Os investimentos em controladas são avaliados por equivalência patrimonial.Outros investimentos que não se enquadrem na categoria acima sãoavaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para desvalorização,enquanto aplicável.Ativo imobilizado Registrado pelo custo de aquisição, formação ou construção. A depreciaçãodos ativos é calculada pelo método linear com base nas taxas mencionadasna Nota Explicativa nº 10 e leva em consideração o tempo de vida útilestimado dos bens.Outros gastos são capitalizados apenas quando há um aumento nosbenefícios econômicos desse item do imobilizado. Qualquer outro tipo degasto é reconhecido nas sobras e perdas como despesa quando incorrido.Demais ativos circulantes e não circulantes São apresentados ao valor líquido de realização.Redução ao valor recuperável Os ativos do imobilizado têm o seu valor recuperável testado, no mínimo,anualmente, caso haja indicadores de perda de valor.Passivos circulantes e não circulantes Os passivos circulantes e não circulantes são demonstrados pelos valoresconhecidos ou calculáveis acrescidos, quando aplicável dos correspondentesencargos, variações monetárias e/ou cambiais incorridas até a data dobalanço patrimonial.Benefícios a empregados A Cooperativa possui diversos benefícios que são concedidos aos seusempregados, e entre os principais estão: programa de previdência privada,plano médico, programa de participação nas sobras e perdas, seguro de vida,vale-alimentação e outros.Provisões Uma provisão é reconhecida no balanço quando a Cooperativa possuiuma obrigação legal ou reconhecida como sobras e perdas de um eventopassado, e é provável que um recurso econômico seja requerido para saldara obrigação. As provisões são registradas tendo como base as melhoresestimativas do risco envolvido.Reserva de equalização Essa reserva registrou as sobras e perdas de equivalência patrimonial emcontroladas até o exercício de 2000, instrumentos financeiros derivativos nãorealizados e a depreciação dos bens baixados no exercício, sendo indivisívele não sujeita à distribuição aos cooperados.Reserva de resultado em Empresas ligadas Refere-se às sobras e perdas de equivalência patrimonial em Empresascontroladas, após o exercício de 2000, de acordo com os termos da medidaprovisória nº 2.168-40, de 24 de agosto de 2001.Mudança de práticas contábeis a) A Administração da Cooperativa alterou a prática de mensuração de seuativo imobilizado para o método de custo e, para tanto, optou por efetuar oestorno da reserva de reavaliação de seu ativo imobilizado. Em decorrênciadessa mudança nas práticas contábeis, as demonstrações financeirasreferentes ao exercício anterior estão sendo apresentadas, para fins decomparação, nas mesmas bases adotadas para o exercício findo em 31de março de 2010, conforme previsto na NPC 12 - Práticas Contábeis,Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros, sendo os ajustesefetuados conforme CPC 13 - Adoção inicial da Lei 11.638/07 como “Ajustesde adoção inicial da Lei 11.638/07 e MP 449/08” no valor de R$ 40.378 nopatrimônio líquido;b) Durante o exercício findo em 31 de março de 2010 a Administraçãoaperfeiçoou suas práticas contábeis relacionadas ao reconhecimento edivulgação dos instrumentos financeiros derivativos. As operações queantes eram classificadas como hedge de fluxo de caixa, passaram a serclassificadas como hedge de valor justo, mensuradas a valor justo e tendocomo contrapartida contas de resultado, conforme requerido pelo CPC 14- Instrumentos Financeiros: reconhecimento, mensuração e evidenciação(pronunciamento vigente na época e substituído pelo OCPC 03- Instrumentos

financeiros: reconhecimento, mensuração e evidenciação durante o ano de2009, com adoção obrigatória para os exercícios findos em 31 de dezembrode 2010 e para o caso da Companhia, 31 de março de 2010).Em decorrência dessa mudança de prática contábil, estão sendoapresentados abaixo os efeitos gerados por essa modificação., conformeprevisto na NPC 12 - Práticas Contábeis, Mudanças nas EstimativasContábeis e Correção de Erros.Os efeitos das mudanças destas práticas contábeis e correção de erros sãosumarizadas abaixo:

31.03.2009antes dos 31.03.2009

Nota ajustes Ajustes ajustado____ _________ ________ _________Patrimônio líquido 94.874 - 54.496_________ ________ _________

Capital social 712 - 712Reservas e fundos cooperativo s 11 - 11Reserva de reavaliação (a) 40.378 (40.378) -Reserva de equalização (b) 68.925 (20.752) 48.173Empresas ligadas 5.600 - 5.600Ajuste de avaliação patrimonial (20.752) 20.752 -

Os efeitos na demonstração do resultado estão demonstrados abaixo:31.03.2009antes dos 31.03.2009

Nota ajustes Ajustes ajustado____ _________ ________ _________Demonstrações de sobras

e perdasFinanceiras líquidas (b) (112.854) (20.754) (133.608)Resultado não realizado com

derivativos (b) - 20.754 20.7544. DISPONIBILIDADES

2010 2009_________ _________Bancos conta movimento 40.164 97.014

Aplicações financeiras 581.217 3.812_________ _________621.381 100.826_________ __________________ _________As aplicações financeiras referem-se substancialmente a Certificadosde Depósito Bancário - CDB indexadas à taxa média de 100,57% doCertificado de Depósito Interbancário - CDI, tendo como contrapartebancos de primeira linha.O cálculo do valor justo das aplicações financeiras, quando aplicável, éefetuado levando-se em consideração as cotações de mercado do papel,ou informações de mercado que possibilitem tal cálculo, levando-se emconsideração as taxas futuras de papéis similares.5. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

2010 2009_________ _________De terceiros:

Clientes no país 250.054 245.302Clientes no exterior 17.112 6.935_________ _________

267.166 252.237Provisão para créditos de liquidação duvidosa (5.449) (4.056)_________ _________

261.717 248.181_________ __________________ _________

2010 2009_________ _________Contas a receber - vencidos 

De 1 a 30 dias 2.246 5.955De 31 a 60 dias 907 941De 61 a 90 dias 227 313Acima de 91 dias 5.449 4.056_________ _________

8.829 11.265_________ __________________ _________

A exposição máxima ao risco de crédito da Cooperativa é o valor das contas areceber mencionadas acima. O valor do risco efetivo de eventuais perdasencontra-se apresentado como provisão para créditos de liquidaçãoduvidosa. A Cooperativa tem por critério a constituição da provisão paracréditos de liquidação duvidosa quando todos os recursos para o seurecebimento foram esgotados.6. PARTES RELACIONADASOs principais saldos de ativos e passivos em 31 de março de 2010 e 2009,bem como as transações que influenciaram as sobras e perdas do exercício,relativas a operações com partes relacionadas, decorrem de transações coma Cooperativa e suas controladas e ligadas, as quais foram realizadas emcondições usuais de mercado para os respectivos tipos de operações:a) Transações e saldos

2010 2009_________ _________Ativo circulanteDividendos a receber 

Imocop Empreendimentos e Participações S.A. 830 -Adiantamento de recursos 

Companhia Auxiliar de Armazéns Gerais - 6.081Contas a receber por venda de produtos 

Copersucar S.A. 214.850 -Copersucar Trading A.V.V. 127.854 -_________ _________

343.534 6.081_________ __________________ _________Passivo circulanteContas a pagar por prestação de serviços 

Companhia Auxiliar de Armazéns Gerais 7.226 -Contas a pagar - repasse de despesas corporativas 

Copersucar S.A. 80.468 15.921Adiantamento de recursos 

Copersucar Trading A.V.V. - 43.103_________ _________87.694 59.024_________ __________________ _________

Passivo não circulanteMútuo Copersucar Armazéns Gerais S.A. 1.570 1.570Arrepar Participações S.A. 343.181 345.489Imocop - Empreendimentos e Participações S.A. 10.291 3.464_________ _________

355.042 350.523_________ __________________ _________Transações:

Receita com vendasCopersucar S.A. 548.814 151.608Copersucar Trading A.V.V. 1.922.357 1.747.512

Despesas com prestação de serviçosCompanhia Auxiliar de Armazéns Gerais 39.799 30.082

Contas a receber por venda de produtos Corresponde aos valores a receber por venda de açúcar e etanol emcondições de mercado.Contas a pagar de prestação de serviços Corresponde aos valores a pagar de serviços de elevação de açúcar no Portode Santos.Contas a pagar - repasses de despesas corporativas Corresponde ao contrato de repasses de despesas corporativas firmadoentre as partes.Adiantamento de recursos Os valores com a Copersucar Trading A.V.V. referem-se a adiantamentorecebido para futura entrega de produtos na safra 2009/2010.Os valores com a Companhia Auxiliar referem-se a adiantamento efetuadopor prestação de serviços futuros.

Contrato de mútuo Os contratos de mútuos com as Empresas controladas Arrepar ParticipaçõesS.A., Imocop Empreendimentos e Participações S.A. e Empresa ligadaCopersucar Armazéns Gerais S.A. têm seus prazos de vencimentos definidosem contratos e vencem até 2012.b) Garantias prestadas e recebidasA Cooperativa concedeu avais às Empresas ligadas, Companhia Auxiliar deArmazéns Gerais cujo montante em 31 de março de 2010 era de R$ 20.911,Arrepar Participações S.A. R$ 3.237 em 2010 e Copersucar Trading A.V.V.R$ 43.627 (R$ 356.388 em 2009).c) Remuneração do pessoal-chave da AdministraçãoA remuneração paga no exercício findo em 31 de março de 2010 foi deaproximadamente R$ 18.971 (R$ 9.455 em 2009).7. CONTAS DE COOPERADOS

2010 2009_________ _________Ativo circulante:

Repasses de financiamentos e empréstimos (i) 644.341 809.005Repasses de impostos e contribuições (ii) 6.733 7.890Açúcar e etanol (iii) 15.892 190.364

Ativo não circulante:Movimento (iv) 1.379.026 983.394Repasses de impostos e contribuições (ii) 901.958 926.549Repasses de sobras, financiamentos eempréstimos (i) 382.268 364.833

Passivo circulante:Açúcar e etanol (iii) 291.678 47.159Limitadora de crédito (v) 305.672 142.005

Passivo não circulante:Receitas eventuais a ratear - conta cooperado (iv) 1.118.594 1.045.786

(i) Refere-se aos valores de empréstimos e financiamentos repassados aoscooperados garantidos por letra de câmbio e carta de fiança bancária. Osaldo compreende ao valor principal corrigido pelas taxas de captação dosempréstimos e financiamentos tomados junto às instituições financeiras até adata do encerramento do exercício social.(ii) Refere-se aos valores de Obrigações fiscais “sub judice” e impostos e

contribuições a recolher repassados aos cooperados, garantidos por letra decâmbio e carta de fiança bancária. O saldo compreende ao valor principal,corrigidos pela taxa SELIC até a data do encerramento do exercício social.(iii) Refere-se às operações por conta de safra efetuadas junto aoscooperados, com realização na safra 2010/2011;(iv) Referem-se a créditos de cooperados que estão sendo pleiteados

  judicialmente desde 1982. Os saldos registrados em “conta de cooperados -movimento”, no ativo não circulante, e em “receitas eventuais a ratear”, no passivonão circulante, foram ajustados na safra 98/99 pelos valores máximos aserem obtidos em juízo, após vencidas as etapas judiciais de garantiae execução. A partir de então, o saldo está sendo corrigido com base noíndice de atualização monetária dos débitos judiciais do Tribunal de Justiça(DEPRE). A exigibilidade do saldo registrado no passivo está condicionada àrealização do saldo registrado no ativo, sujeito ao desfecho e à liquidação dosprocessos em andamento.(v) Refere-se aos valores retidos na conta “Limitadora de Crédito” para manteros empréstimos tomados pelos cooperados dentro dos limites de créditoestipulados pela carta-circular que regulamenta essas operações.8. ESTOQUES

2010 2009_________ _________Etanol 70.894 233.958Açúcar 270.639 257.946Sacaria, embalagem, produtos químicos e outros 7.477 9.342_________ _________

349.010 501.246_________ __________________ _________

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 (Em milhares de reais)

Nota 2010 2009_____ _________ _________Venda de açúcar

Receita bruta das vendas 3.328.474 1.608.477Impostos incidentes sobre as vendas (221.242) (121.866)Custo do açúcar vendido (2.237.462) (1.085.640)_________ _________

869.770 400.971

Venda de etanolReceita bruta das vendas 3.786.413 3.081.696Impostos incidentes sobre as vendas (456.882) (322.097)Custo do etanol vendido (2.140.695) (2.012.023)_________ _________

1.188.836 747.576Sobras do exercício antes das

despesas e receitas operacionais 2.058.606 1.148.547_________ _________(Despesas) e receitas operacionais:Despesas com vendas (30.980) (49.491)Despesas administrativas (75.038) (61.046)Financeiras líquidas 15 4.747 (133.608)Outras (despesas) receitas operacionaislíquidas 16 (6.896) 260.611

Resultado da equivalência patrimonialem controladas 10 (289.320) 20.181_________ _________

(397.487) 36.647Sobras do exercício antes das

retenções e apropriações 1.661.119 1.185.194_________ _________Retenções do resultadoA resultado de empresas ligadas 289.320 (20.181)A reserva de equalização 171 577Resultado não realizado com derivativos 17 (19.739) 20.754A reservas e fundos cooperativos 5 -_________ _________

Sobras do exercício apropriadas aoscooperados 1.930.876 1.186.344_________ __________________ _________As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

2010 2009_________ _________Fluxo de caixa das atividades operacionais

Sobras do exercício 1.930.876 1.186.344Sobras do exercício ao caixa gerado (usado)Ajustados por:

Depreciação e amortizações 2.108 2.877Apropriação à reserva de equalização (171) (576)Valor líquido das baixas do ativo permanente 127 5.201Valor de baixa de participações de investimentos - 3.707Juros sobre empréstimos e financiamentos 80.573 241.321

Variação nos ativos e passivos(Redução) aumento contas a receber de clientes (13.536) 3.036Aumento (redução) estoques 152.236 (200.291)Aumento (redução) contas cooperados 715.682 (601.750)(Redução) depósitos judiciais (14.110) (6.308)(Redução) aumento partes relacionadas (256.985) 173.089Aumento impostos a recuperar 183 -Resultado não realizado com derivativos 40.491 (20.752)(Redução) aumento outros créditos (4.949) 3.153Redução fornecedores 2.203 4.396Redução (aumento) impostos e contribuiçãosocial a recolher 41.810 (30.744)

(Aumento) partes relacionadas (31.358) (83.809)(Redução) aumento de outras contas a pagar (8.550) 40.487(Aumento) redução perdas não realizadascom derivativos (40.490) 20.752

Apropriação ao sobras:À conta de açúcar e etanol dos cooperados (1.930.871) (1.186.339)Retorno a distribuir (5) (5)_________ _________

665.264 (446.211)_________ _________

Recebimento de dividendos de controlada - 164.757_________ _________Caixa líquido gerado (usado) nas atividadesoperacionais 665.264 (281.454)_________ _________

Fluxo de caixa das atividades de investimentosAplicação de recursos no imobilizado (16.783) (490)_________ _________Caixa líquido usado nas atividadesde investimento (16.783) (490)_________ _________

Fluxo de caixa das atividades de financiamentoCaptações de empréstimos e financiamentos 2.627.641 2.572.943Pagamentos de empréstimos e financiamentos (2.755.567) (2.073.959)Distribuição de sobras - (159.457)_________ _________Caixa líquido (usado) gerado nas atividadesde financiamento (127.926) 339.527_________ _________

Aumento nas disponibilidades 520.555 57.583_________ __________________ _________Demonstração do aumento nas disponibilidades

No final do exercício 621.381 100.826No início do exercício 100.826 43.243_________ _________

520.555 57.583_________ __________________ _________As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Ativo Nota 2010 2009_____ _________ _________Circulante

Disponibilidades 4 621.381 100.826Contas a receber de clientes 5 261.717 248.181Partes relacionadas 6 343.534 6.081Contas de cooperados: 7Repasses de empréstimos e

financiamentos 644.341 809.005Repasses de impostos e contribuições 6.733 7.890Açúcar e etanol 15.892 190.364

Ganhos não realizados com derivativos 17 19.739 -Estoques 8 349.010 501.246Impostos a recuperar 23.427 23.610Outros créditos 26.309 21.360_________ _________

2.312.083 1.908.563_________ _________Não circulante

Realizável a longo prazoContas de cooperados: 7Movimento 1.379.026 983.394Repasses de impostos e contribuições 901.958 926.549Repasses de sobras, empréstimose financiamentos 382.268 364.833

Depósitos judiciais 13 226.001 211.891Outros créditos 7.352 7.353_________ _________

2.896.605 2.494.020_________ _________Permanente

Investimentos: 9Companhias controladas 21.279 217.779Outros 10.943 10.949

Imobilizado 10 21.395 12.404_________ _________53.617 241.132_________ _________

5.262.305 4.643.715_________ __________________ _________

Passivo Nota 2010 2009_____ _________ _________Circulante

Fornecedores 12.640 10.437Financiamentos e empréstimos 11 1.197.139 1.694.804Contas de cooperados: 7Açúcar e etanol 291.678 47.159Movimento 305.672 142.005

Impostos e contribuições a recolher 12 90.306 94.133Partes relacionadas 6 87.694 59.024Perdas não realizadas com derivativos 17 - 20.752Outras contas a pagar 52.970 45.601_________ _________

2.038.099 2.113.915_________ _________Não circulante

Exigível a longo prazoFinanciamentos e empréstimos 11 450.325 -Obrigações fiscais “sub judice” eImpostos e contribuições a recolher 13 1.124.631 1.078.995

Receitas eventuais a ratear:Conta de cooperados 7 1.118.594 1.045.786

Passivo a descoberto em controlada 9 87.261 -Partes relacionadas 6 355.042 350.523_________ _________

3.135.853 2.475.304_________ _________Patrimônio líquido 14

Capital social 699 712Reservas e fundos cooperativos 12 11Reservas:de equalização 88.493 48.173de resultado em empresas ligadas (851) 5.600_________ _________

88.353 54.496_________ _________5.262.305 4.643.715_________ __________________ _________

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DA CONTA “SOBRAS E PERDAS”EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009

(Em milhares de reais)

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009(Em milhares de reais)

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 (Em milhares de reais)

DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA - M ÉTODO INDIRETOEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009

(Em milhares de reais)

ReservasCapital e fundos Reserva de Reserva de Empresas Sobras

Nota social cooperativos reavaliação equalização ligadas acumuladas Total_________ _________ _______________ _____________ _____________ _____________ _____________ ____________

Em 31 de março de 2008 711 11 40.860 69.020 147.679 - 258.281Ajuste de adoção da Lei 11.638/07 e MP 449/08:Reversão da reserva de reavaliação - - (40.860) 482 - - (40.378)

Resultado não realizado com derivativos - - - (20.752) - - (20.752)Integralização de capital 1 - - - - - 1Apropriação à reserva de equalização - - - (577) - - (577)Distribuição de sobras - - - - (159.457) - (159.457)Ajuste avaliação patrimonial em controlada - - - - (2.803) - (2.803)Equivalência patrimonial em controladas - - - - 20.181 - 20.181Sobras do exercício - - - - - 1.186.344 1.186.344Apropriação das sobras:

À conta de açúcar e etanol dos cooperados - - - - - (1.186.339) (1.186.339)Retorno a distribuir - - - - - (5) (5)_________ _______________ _____________ _____________ _____________ _____________ ____________

Em 31 de março de 2009 712 11 - 48.173 5.600 - 54.496Resultado não realizado com derivativos 17 - - - 40.491 - - 40.491Redução de capital (13) - - - - - (13)Apropriação à reserva de equalização - - - (171) - - (171)Equivalência patrimonial em controladas - - - - (289.320) - (289.320)Constituição de reservas e fundos cooperativos:

Fundos cooperativos - 1 - - - - 1Reserva técnica 14 - - - - 282.869 - 282.869

Sobras do exercício - - - - - 1.930.876 1.930.876Apropriação das sobras:

À conta de açúcar e etanol dos cooperados - - - - - (1.930.871) (1.930.871)Retorno a distribuir - - - - - (5) (5)_________ _______________ _____________ _____________ _____________ _____________ ____________

Em 31 de março de 2010 699 12 - 88.493 (851) - 88.353_________ _______________ _____________ _____________ _____________ _____________ _____________________ _______________ _____________ _____________ _____________ _____________ ____________As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

9. INVESTIMENTOS% Capital Patrimônio Prejuízo Investimento Sobras e Perdas____________________ __________________

Participação Social Líquido do Exercício 2010 2009 2010 2009___________ _________ __________ ______________ ________ ________ ________ ________Arrepar Participações S.A. (i) (ii) 99,99 141.327 (87.262) (289.017) (87.261) 201.750 (289.017) 20.821Imocop Empreend. Particip. S.A. (i) 69,42 21.127 30.653 (491) 21.279 16.029 (303) (640)________ ________ ________

217.779 (289.320) 20.181________ ________ ________________ ________ ________(i) Empresa auditada pela KPMG. (ii) Passivo a descoberto

O plano de recuperação patrimonial da Arrepar Participações S.A. serárealizado através de aumento de capital, em montante suficiente para acobertura integral do passivo a descoberto, mediante integralização de mútuode sua controladora no decorrer do primeiro semestre da safra 2010/2011.Outros 

A Cooperativa possui investimento na União São Paulo S.A. Agricultura,Indústria e Comércio, o qual está avaliado pelo método do custo porrepresentar 18,16% do capital social da investida, sem influência em suaadministração.10. IMOBILIZADOa) Composição do custo 

Taxa de 2010 2009________________________ ____ _______depreciação Depreciação

% a.a. Custo acumulada Líquido Líquido___________ _______ ___________ _______ _______Edificações e

benfeitorias 4 20.004 (2.608) 17.396 3.636Máquinas e

equipamentos 20 e 10 12.500 (11.237) 1.263 1.875Veículos 20 790 (790) - -Outros 10 2.573 (1.456) 1.117 1.572Terrenos - - - 4.890Imobilizações

em andamento 1.619 - 1.619 431_______ ___________ _______ _______37.486 (16.091) 21.395 12.404_______ ___________ _______ ______________ ___________ _______ _______

b) Movimentação do custo 2009 2010______ _______________________________________

Baixa por

conferênciaTransfe- de bens emCusto Adições Baixas rências controlada Custo______ _______ ______ _______ __________ ______

Edificaçõese benfeitorias 8.601 - - 15.577 (4.174) 20.004

Máquinase equipamentos 12.793 18 (311) - - 12.500

Veículos 790 - - - - 790Outros 3.538 - (277) - (688) 2.573Terrenos 4.890 - - - (4.890) -Imobilizações

em andamento 431 16.765 - (15.577) - 1.619______ _______ ______ _______ __________ ______31.043 16.783 (588) - (9.752) 37.486______ _______ ______ _______ __________ ____________ _______ ______ _______ __________ ______

d) Movimentação da depreciação do imobilizado Baixa por

conferênciade bens em

2009 Adições Baixas con trolada 2010______ _______ ______ __________ ______Edificações e benfeitorias (4.965) (1.249) - 3.606 (2.608)Máquinas e equipamentos (10.917) (622) 302 - (11.237)Veículos (790) - - - (790)Outros (1.966) (237) 162 585 (1.456)______ _______ ______ __________ ______

(18.638) (2.108) 464 4.191 (16.091)______ _______ ______ __________ ____________ _______ ______ __________ ______

11. FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS2010 2009_________ _________

Moeda estrangeira:Adiantamentos de contrato de câmbio epré-pagamento - juros médios de 3,68% a.a.(6,70% a.a. em 2009) 127.447 509.165

Moeda nacional:Financiamento de Capital de Giro de Cédulasde Crédito à Exportação com juros de 11,25% a. a. 928.150 -

Financiamentos de contrato de “Warrantagem”com juros médios de 8,00% a.a. +variação da TR - Taxa Referencial(juros médios de 10,03% a. a. em 2009) 227.611 360.514

Empréstimos de capital de giro corrigidospela taxa CDI médio Cetip 364.256 825.125_________ _________

1.647.464 1.694.804_________ __________________ _________Passivo circulante (1.197.139) (1.694.804)_________ __________________ _________Passivo não circulante 450.325 -_________ __________________ _________Os adiantamentos de contratos de câmbio e os empréstimos de capitalde giro são garantidos por notas promissórias avalizadas por Empresascontroladas.Os empréstimos de Cédula de Crédito de Exportação vencem em até 2016.Os financiamentos e empréstimos têm seus vencimentos nos seguintesanos:Ano  2010___________________________________________ _________2011 400.3252013 12.5002014 12.5002015 12.5002016 12.500_________

450.325__________________12. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER

2010 2009_________ _________ICMS 52.817 43.653COFINS 10.753 21.618PIS 2.329 4.656PAES - Parcelamento Especial 23.316 22.390Outros 1.091 1.816_________ _________

90.306 94.133_________ __________________ _________13. OBRIGAÇÕES FISCAIS SUB-JÚDICE E IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕESA RECOLHER

2010 2009____________________ ______________________Depósito Depósito

Provisão judicial Provisão judicial_________ _________ _________ _________IPI 733.048 130.788 690.865 133.745PIS e COFINS 134.564 39.462 144.834 29.983CPMF e IPMF 207.021 20.939 197.912 20.939Outros 49.998 34.812 45.384 27.224_________ _________ _________ _________

1.124.631 226.001 1.078.995 211.891_________ _________ _________ __________________ _________ _________ _________IPI Amparada por liminares obtidas em mandados de segurança referentes àssafras 1997/98 a 2004/05, a Cooperativa vem promovendo o não destaquedo IPI sobre o açúcar com base na inconstitucionalidade da tributação,fundamentada, entre outros aspectos, pela violação do princípio da seletividade,previsto no artigo 153, parágrafo 3º, inciso I da Constituição Federal.

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8/9/2019 Coop Produtores

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AosAdministradores e Conselheiros daCOPERSUCAR - Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar,Açúcar e Álcool do Estado de São PauloSão Paulo - SP1. Examinamos os balanços patrimoniais da COPERSUCAR - Cooperativade Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo,levantados em 31 de março de 2010 e 2009, e as respectivas demonstraçõesda conta sobras e perdas, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos

de caixa, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas elaboradossob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a deexpressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoriaaplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos,considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemascontábeis e de controles internos da Cooperativa; (b) a constatação, combase em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores eas informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das

estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração daCooperativa, bem como, da apresentação das demonstrações financeirastomadas em conjunto.3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidasrepresentam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posiçãopatrimonial e financeira da COPERSUCAR - Cooperativa de Produtores deCana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo em 31 de marçode 2010 e 2009, as sobras e perdas de suas operações, as mutações doseu patrimônio líquido e os fluxos de caixa, referentes aos exercícios findosnaquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

São Carlos, 15 de junho de 2010

Auditores IndependentesCRC 2SP014428/O-6

André Luiz Monaretti Alberto Bressan FilhoContador CRC 1SP160909/O-3 Contador CRC 1SP144380/O-7

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

O Conselho Fiscal no uso de suas atribuições legais, em reunião realizada nesta data, examinou as Demonstrações Financeiras, compreendendo: Balanço Patrimonial, Demonstração da Conta de Sobras e Perdas, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de Caixa e NotasExplicativas, relativos ao exercício encerrado em 31 de março de 2010. Com base nos exames efetuados, considerando ainda o Parecer dos Auditores da KPMG Auditores Independentes, de 15 de junho de 2010, os Senhores Conselheiros opinaram favoravelmente a respeito dos supracitados documentos,informando, ainda, que os mesmos se encontram em condições de serem votados e aprovados pelos Srs. Cooperados na próxima Assembleia Geral Ordinária.

São Paulo, 15 de junho de 2010.Sandro Henrique Sarria Cabrera Carlos Otto Laure Edson Renato Fantacini

PARECER DO CONSELHO FISCAL

PIS e COFINS Através de requerimento e pedido de compensação de tributos dirigido àSecretaria da Receita Federal, a Cooperativa compensou os tributos federais(PIS e COFINS) com a diferença de recolhimento do PIS entre o Decreto Leinº 2.445/88 e a Lei Complementar nº 07/70.Em 31 de julho de 2003, a Cooperativa aderiu ao Programa de parcelamento dedébitos (PAES), instituído pela Lei nº 10.684 de 30 de maio de 2003, que destina-sea promover a regularização de créditos da União, decorrentes de questionamentossobre a aplicação da Lei 9718/98, que elevou a alíquota da COFINS de 2% para3%, bem como a reestruturação dos débitos de COFINS e PIS, não recolhidossobre faturamentos de etanol do período de julho de 1993 a julho de 1998, parapagamento em 120 parcelas mensais iniciadas em agosto de 2003.Até a presente data, as autoridades fiscais não apresentaram a posição dosdébitos consolidados, referente aos processos de COFINS e PIS.A manutenção da inclusão no programa depende do atendimento de várias

condições, sobretudo da continuidade do pagamento das parcelas dosdébitos na forma da lei e no pagamento dos tributos vincendos.A partir da competência do mês de outubro de 2006, a Cooperativa está pleiteandoem juízo a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS, porentender que tal valor (ICMS) não constitui receita ou faturamento e sim impostoestadual e a Cooperativa é um mero agente arrecadador. Por decorrência damedida judicial, a Cooperativa está recolhendo PIS e COFINS com exclusão doICMS da base de cálculo e depositando em juízo o diferencial.CPMF e IPMF Sustenta-se a inconstitucionalidade da exigência do IPMF e, posteriormente,da CPMF, sobre os atos cooperados realizados entre a Cooperativa e seusassociados, sob o fundamento de que implicaria conferir-lhes tratamentomais oneroso em relação aos atos mercantis comuns, o que não encontrarespaldo na Constituição (arts. 146, III, “c” e 174, §2º).Do montante acima relativo às obrigações sub judice é parcialmenterepassado aos cooperados mediante apresentação de letra de câmbioe carta de fiança bancária no montante de R$ 885.715 (R$ 927.000 em2009) e depósitos judiciais no montante de R$ 226.001 (R$ 211.891em 2009), ambos classificados no ativo não circulante como “Contas deCooperados” e “Depósitos Judiciais” respectivamente. O saldo consignadonas demonstrações financeiras compreende ao valor principal, e acréscimoslegais incorridos até a data do encerramento do exercício social.Parcelamento de Impostos - Lei 11.941/09 Em 27 de outubro de 2009 o Conselho de Administração da Cooperativa aprovousua adesão ao programa de redução e parcelamento de tributos conforme a Lei11.941/09. O valor da adesão é composto substancialmente pelas provisõesdos passivos contingentes IPI, PAES e PIS e COFINS. A Administração aguardaa consolidação dos valores por parte da Secretaria da Receita Federal para amovimentação das atuais provisões contábeis às características do programa,considerando os valores de liquidação desses passivos no prazo de 180 meses ecom incentivo do pagamento antecipado de 12 parcelas, para o reconhecimentode seus efeitos a débito e a créditos frente às contas de cooperados e de ex-cooperados que respondem por essas contingências.

Outras contingências A Cooperativa possui vários autos de infração e imposição de multa semmandado de segurança na esfera federal relativo ao IPI sobre açúcar no valorde R$ 225.032, IPI ausência de pagamento no valor de R$ 19.983, PIS eCOFINS e multa de mora incidente sobre as reversões do IPI anteriormentea IN 67/98 no valor de R$ 3.386, PIS e COFINS ausência de pagamento novalor de R$ 40.608, bem como, processos administrativos referentes ao ICMSsobre exportação de produtos semielaborados no valor de R$ 9.736, ICMSinterestadual no valor de R$ 497.236, processo administrativo do IAA no valorde R$ 128.469 e imposto de renda e contribuição social ato cooperativo no valorR$ 193.439. Os assessores jurídicos da Cooperativa estimam ser possíveis aprobabilidade de êxito das defesas apresentadas, portanto, nenhuma provisãopara perdas foi registrada nas demonstrações financeiras.14. PATRIMÔNIO LÍQUIDOa) Capital social O capital social é dividido em 68.647 lotes (70.056 em 2009), contendo 12.000quotas-partes (idêntico em 2009), no valor de R$ 120,00 por lote (idêntico em2009), variando de acordo com o número de cooperados, pessoas físicas e

 jurídicas.A responsabilidade dos cooperados está limitada ao valor do capitalsubscrito. 2010 2009_________ _________Capital social - subscrito 8.238 8.406Capital a integralizar (7.539) (7.694)_________ _________Capital social integralizado 699 712_________ __________________ _________b) Reserva de fundos cooperativos Constitui a criação das destinações legais que visam atender aodesenvolvimento das atividades da Cooperativa e o Fundo de AssistênciaTécnica - FATES, que visa à prestação de assistência aos associados e seusfamiliares. O valor líquido destas destinações é distribuído aos cooperadosproporcional a produção entregue à Cooperativa.c) Reserva de equalização Essa reserva registrou as sobras e perdas de equivalência patrimonial em

controladas até o exercício de 2000, realização de reserva de reavaliação,instrumentos financeiros derivativos não realizados e a depreciação dosbens baixados no exercício, sendo indivisível e não sujeita à distribuição aoscooperados.

Continuação

Luís Roberto PogettiPresidente

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Paulo Roberto de SouzaDiretor Presidente Executivo

Maurício de MauroDiretor Executivo de Logística

Soren Hoed JensenDiretor Executivo Comercial

Luis Felipe Schiriak Diretor Executivo-Administrativo Financeiro

DIRETORIA

Efetivos:Edson Renato Fantacini

Carlos Otto Laure

Sandro Henrique Sarria Cabrera

Suplentes:Paulo Roberto Nunes

Attilio Balbo Netto

CONSELHO FISCAL

Paulo Cesar de Almeida CazeiroContador

CRC 1RJ035730/O-3 S SP

Adriana Maria Quagliato Vessoni

Antonio José Zillo

Antonio Carlos Previte

Bernardo Biagi

Carlos Dinucci

Carlos Ubiratan Garms

Celso Torquato Junqueira Franco

César Krug Ometto

Clésio Antonio Balbo

Hermelindo Ruete de Oliveira

José Pedro Andrade

José Pilon

Leopoldo Titoto

Luiz Roberto Kaysel Cruz

Norberto Bellodi

Roberto de Oliva Mesquita

Roberto Holland Filho

Valdemir Antonio Furlan

d) Reserva de resultado em Empresas ligadas Refere-se às sobras e perdas de equivalência patrimonial em Empresascontroladas, após o exercício de 2000, de acordo com os termos da medidaprovisória nº 2.168-40, de 24 de agosto de 2001.Durante o exercício foi constituída reserva técnica para fazer face ao planode recuperação patrimonial da controlada Arrepar Participações S.A. queserá realizada através de aumento de capital, em montante suficiente para acobertura integral do passivo a descoberto, mediante integralização de mútuono decorrer do primeiro semestre da safra 2010/2011. Conforme dispostono parágrafo único do artigo primeiro do Estatuto Social da Cooperativa,os cooperados são responsáveis subsidiariamente, pelas obrigações daCooperativa perante terceiros, observada a proporção de sua participação.15. FINANCEIRAS LÍQUIDAS

2010 2009_________ _________Despesas 

Perdas com operações de renda variável - (7.702)Resultados não realizados com derivativos - (20.752)Variação cambial (75.127) (220.163)Encargos sobre captação de recursos (121.266) (131.749)Atualização de contingências tributárias (38.996) (56.724)Outras (1.612) (3.644)_________ _________

(237.001) (440.734)_________ __________________ _________Receitas 

Juros de repasses a cooperados 144.706 133.585Variação cambial 67.527 170.086Resultados não realizados com derivativos 19.739 -Outras 9.776 3.455_________ _________

241.748 307.126_________ __________________ _________4.747 (133.608)_________ __________________ _________

16. OUTRAS (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS LÍQUIDAS2010 2009_________ _________

Dividendos repassados aos cooperados - 159.457Reversões de provisões passivas 4.384 96.595Gastos gerais (509) (4.395)Despesas bancárias (1.714) (1.267)Outras (9.057) 10.221_________ _________

(6.896) 260.611_________ __________________ _________17. INSTRUMENTOS FINANCEIROSA Cooperativa mantém operações com instrumentos financeiros.A administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégiasoperacionais e controles internos visando assegurar liquidez, rentabilidadee segurança. A contratação de instrumentos financeiros com o objetivo de

proteção é feita por meio de uma análise periódica da exposição ao riscoque a administração pretende cobrir (câmbio). A política de controle consisteem acompanhamento permanente das condições contratadas versus ascondições vigentes no mercado. A Cooperativa não efetua aplicações decaráter especulativo, em derivativos ou quaisquer outros ativos de risco, bemcomo também não realiza operações envolvendo os chamados “derivativosexóticos”. As sobras e perdas obtidas com estas operações estão condizentescom as políticas e estratégias definidas pela Administração da Cooperativa.Como gestão da sua política de proteção, a Cooperativa realiza contratosde derivativos (Non-deliverable Forward) para proteção dos recebíveis emmoeda estrangeira.Todas as operações que envolvem instrumentos financeiros, incluindo osderivativos e aqueles com características de derivativos, estão integralmentereconhecidos na contabilidade e referem-se aos instrumentos a seguirdemonstrados:

Classificação de instrumentos financeiros2010 2009____________________________________________________________ _____________

Disponíveis Empréstimos Ativos a valor justo Saldo contábil/ Saldo contábil/ Ativos Nota para venda e recebíveis pelo resultado valor justo valor justo______ ___________ ____________ _________________ _____ ________ _____________Disponibilidades 4 621.381 - - 621.381 100.826Contas a receber de clientes 5 - 261.717 - 261.717 248.181Partes relacionadas 6 - 343.534 - 343.534 6.081Repasses de empréstimos e financiamentos 7 - 1.026.609 - 1.026.609 1.173.838Repasses de impostos e contribuições 7 - 908.691 - 908.691 934.439Açúcar e etanol 7 - 15.892 - 15.892 190.364Ganhos não realizados com derivativos 17 - - 19.739 19.739 -Outros créditos - 33.661 - 33.661 28.713Movimento 7 - 1.379.026 - 1.379.026 983.394___________ ____________ _________________ _____________ _____________

621.381 3.969.130 19.739 4.610.250 3.665.836___________ ____________ _________________ _____________ ________________________ ____________ _________________ _____________ _____________

Outros Saldo contábil/ Saldo contábil/ passivos valor justo valor justo

Passivos financeiros 2010 2009_________________ _____________ _____________Fornecedores 12.640 12.640 10.437Financiamentos e empréstimos 11 1.647.464 1.647.464 1.694.804Açúcar e etanol 7 291.678 291.678 47.159Movimento 7 305.672 305.672 142.005Partes relacionadas 6 442.736 442.736 409.547Perdas não realizadas com derivativos 17 - - 20.752Outras contas a pagar 52.970 52.970 45.601Contas de cooperados 7 1.118.594 1.118.594 1.045.786_________________ _____________ _____________

3.871.754 3.871.754 3.416.091_________________ _____________ ______________________________ _____________ _____________

Instrumentos financeiros derivativosConforme definido nas políticas internas, as sobras e perdas da Cooperativadevem ser oriundas da geração de caixa do seu negócio e não de transaçõesno mercado financeiro. Desta forma, a utilização de derivativos deve ter comofinalidade exclusiva a proteção das eventuais exposições que ela possa terdecorrentes dos riscos nos quais ela está exposta, sem fins especulativos.A contratação de um derivativo deve ter como contraparte um ativo ou umpassivo exposto, reconhecido ou não, e que podem afetar as sobras eperdas da Cooperativa, nunca alavancando a posição. O critério adotadopara definição do valor de referência dos instrumentos financeiros derivativosestá atrelado ao valor da dívida e/ou dos ativos. A Cooperativa não mantémposições com os conhecidos instrumentos financeiros derivativos exóticos.O objetivo das operações de derivativos está sempre relacionado à eliminaçãodos riscos de mercado, identificados em nossas políticas e diretrizes e,também, com o gerenciamento da volatilidade dos fluxos financeiros. Omonitoramento do impacto destas transações é efetuado diariamente, bemcomo da sua marcação a mercado. Os instrumentos financeiros derivativossão, todos, reconhecidos por seu valor justo e os efeitos de suas transações

são reconhecidos em ganhos ou perdas.A Administração da Cooperativa mantém monitoramento permanente sobreos instrumentos financeiros derivativos contratados por meio dos seuscontroles internos.

Os seguintes instrumentos derivativos são utilizados pela Cooperativa:• Non-Deliverable Forwards : compras e vendas de moedas a termo sementrega física, utilizadas com a finalidade de proteção das exposiçõescambiais decorrentes das operações realizadas pela Cooperativa emmoedas estrangeiras.Os contratos de NDF têm como contraparte, instituições financeiras nacionaise estrangeiras de primeira linha.

Valor de Valor Efeitos emReferência do MTM Sobras

(USD 000) (BRL 000) e Perdas__________ _________ __________Contratos de NDF USD/BRL 2009 2009 2009_____________ ____________ ___ _______ _________ __________Posição Ativa: 

Moeda estrangeira - USD 135,640 20.752 (20.752)

Valor de Valor Efeitos emReferência do MTM Sobras

(USD 000) (BRL 000) e Perdas__________ _________ __________Contratos de NDF USD/BRL 2010 2010 2010_____________ ____________ ___ _______ _________ __________

Posição Ativa: Moeda estrangeira - USD 375,918 19.739 19.739

Os seguintes métodos e premissas foram adotados na determinação dovalor justo:A estimativa do valor de mercado dos instrumentos financeiros foi elaboradaatravés de modelo de precificação, aplicadas individualmente para cadatransação, levando em consideração os fluxos futuros de pagamento,com base nas condições contratuais, descontados a valor presente portaxas obtidas através das curvas de juros de mercado, tendo como baseinformações obtidas pelo site da BM&F, Bovespa, Andima.Desta forma, o valor de mercado de um título corresponde ao seu valor devencimento (valor de resgate) trazido a valor presente pelo fator de desconto(referente à data de vencimento do título) obtido da curva de juros demercado em reais.Instrumentos financeiros não derivativosOs principais instrumentos financeiros não derivativos detidos pelaCooperativa e as respectivas notas explicativas onde foram tratadas estãodemonstradas abaixo:• Disponibilidades - Vide nota nº 4;• Contas a receber de clientes - Vide nota nº 5;• Contas de cooperados (ativo) - Vide nota nº 7;• Partes relacionadas - Vide nota nº 6;• Outros créditos;• Fornecedores e outras contas a pagar;• Financiamentos e empréstimos - Vide nota nº 11;• Contas de cooperados (passivo) - Vide nota nº 7;• Partes relacionadas - Vide nota nº 6.As operações da Cooperativa estão sujeitas aos fatores de riscos abaixodescritos:Risco de créditoDecorre da possibilidade da Cooperativa e as suas controladas sofreremperdas decorrentes de inadimplência de suas contrapartes ou de instituiçõesfinanceiras depositárias de recursos ou de investimentos financeiros. Paramitigar esses riscos, a Cooperativa e suas controladas adotam como práticaa análise das situações financeira e patrimonial de suas contrapartes, assimcomo a definição de limites de crédito e acompanhamento permanente dasposições em aberto. No que tange às instituições financeiras, a Cooperativae suas controladas somente realizam operações com instituições financeirasde baixo risco avaliadas por agências de rating.Risco de taxas de jurosDecorre da possibilidade da Cooperativa sofrer ganhos ou perdas decorrentesde oscilações de taxas de juros incidentes sobre seus ativos e passivosfinanceiros. Visando à mitigação desse tipo de risco, a Cooperativa e suascontroladas buscam diversificar a captação de recursos em termos de taxasprefixadas ou pós-fixadas, e em determinadas circunstâncias são efetuadasoperações de hedge para travar o custo financeiro das operações.Risco de taxas de câmbioDecorre da possibilidade de perdas através das oscilações das taxas de

câmbio sobre as posições assumidas. A Cooperativa adota como regra azeragem de suas exposições cambiais considerando sua dinâmica de comprae venda de produtos. Para tanto, utiliza-se de derivativos de moeda a termo(NDFs - Non Deliverable Fowards), sempre com instituições financeirasde primeira linha para eliminar a incerteza das volatilidades das moedas,garantindo assim que a mesma taxa de câmbio seja considerada tanto nacompra quanto na venda dos produtos.Em 31 de março de 2010 a Cooperativa possuía US$ 375,918 protegidos porcontratos de balcão e contratos futuros negociados na BM&F BOVESPA, cujovalor de mercado estava avaliado positivamente em R$ 19.739.Como as operações da Cooperativa estão, na sua grande maioria, indexadasao dólar, a cadeia de valor do hedge para moeda torna-se necessária paragerenciar exposições cambiais oriundas de operações descasadas decompra e venda de produtos.18. COBERTURA DE SEGUROSA Cooperativa adota a política de contratar cobertura de seguros para osbens sujeitos a riscos por montantes considerados suficientes para cobrireventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. As premissasde riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo deuma auditoria de demonstrações financeiras, consequentemente não foramexaminadas pelos nossos auditores independentes.19. EVENTOS SUBSEQUENTESDentro do processo de convergência das práticas contábeis adotadas noBrasil para as normas internacionais de relatórios financeiros (IFRS) diversospronunciamentos, interpretações e orientações foram emitidos durante oano de 2009 com aplicação mandatória para os exercícios encerrados apartir de março de 2011 e para as demonstrações financeiras de 2010 aserem divulgadas em conjunto com as demonstrações de 2011 para fins decomparação.A Cooperativa está em processo de avaliação dos potenciais efeitosrelativos aos seguintes pronunciamentos, interpretações e orientações,

os quais poderão ter impacto relevante nas demonstrações financeirasrelativas ao exercício findo em 31 de março de 2010 a serem apresentadascomparativamente às demonstrações financeiras relativas ao exercício afindar-se em 31 de março de 2011, bem como sobre os próximos exercícios.