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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA Pró-Reitoria Acadêmica Setor de Pesquisa Mantenedora: Fundação Educacional Regional Jaraguaense FERJ Rua dos Imigrantes, 500 Bairro Vila Rau Caixa Postal 251 CEP: 89.254-430 Jaraguá do Sul SC Fone: 0 xx 47 3275-8207 Home Page: http://www.catolicasc.org.br E-mail: [email protected] 1 FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Coordenação/Colegiado ao(s) qual(is) será vinculado: Coordenação do Curso de Graduação em Engenharia Civil Curso (s): Engenharia Civil Nome do projeto: ANÁLISE FISIOGRÁFICA DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA RIO JARAGUÁ Nome do professor orientador: Profa. Ms. SOLANGE DA VEIGA COUTINHO Nome do professor co-orientador: -- Nome do coordenador(a) do Curso: Profa. Dra. Helena Ravache Samy Pereira Para a Fundação Educacional Regional Jaraguaense FERJ, mantenedora do Centro Universitário - Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul e em Joinville, encaminhamos anexo, Projeto de Iniciação Científica a ser submetido ao Edital nº ..../2017 Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPQ, e declaramos nosso interesse e prioridade conferida ao desenvolvimento do projeto ora proposto, assim como nosso comprometimento de que serão oferecidas as garantias necessárias para sua adequada execução, incluindo o envolvimento de equipe, utilização criteriosa dos recursos previstos e outras condições específicas definidas no formulário anexo. Jaraguá do Sul, 12 de junho de 2017 _____________________________________ _______________________________________ Professora orientadora Professor coorientador

Coordenação/Colegiado ao(s) qual(is) será vinculado ...€¦ · (2013) e Souza (2014). A metodologia a ser adotada poderá ser por método mais recente, caso seja oportunizada

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FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Coordenação/Colegiado ao(s) qual(is) será vinculado: Coordenação do Curso de Graduação em Engenharia Civil

Curso (s): Engenharia Civil

Nome do projeto: ANÁLISE FISIOGRÁFICA DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA RIO JARAGUÁ

Nome do professor orientador: Profa. Ms. SOLANGE DA VEIGA COUTINHO

Nome do professor co-orientador: --

Nome do coordenador(a) do Curso: Profa. Dra. Helena Ravache Samy Pereira

Para a Fundação Educacional Regional Jaraguaense – FERJ, mantenedora do Centro Universitário - Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul e em Joinville, encaminhamos anexo, Projeto de Iniciação Científica a ser submetido ao Edital nº ..../2017 Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ, e declaramos nosso interesse e prioridade conferida ao desenvolvimento do projeto ora proposto, assim como nosso comprometimento de que serão oferecidas as garantias necessárias para sua adequada execução, incluindo o envolvimento de equipe, utilização criteriosa dos recursos previstos e outras condições específicas definidas no formulário anexo.

Jaraguá do Sul, 12 de junho de 2017

_____________________________________ _______________________________________ Professora orientadora Professor coorientador

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2 – DESCRIÇÃO DO PROJETO

Título do projeto:

Análise fisiográfica da Microbacia Hidrográfica Rio Jaraguá

Tipo de Projeto ( 12 meses ) (X) Apresentado pela professora

Resumo do Projeto:

Segundo a Lei Estadual 10.949/1998, a Bacia Hidrográfica Rio Itapocú está localizada na região da Baixada Norte Catarinense; possuindo uma área de 2.938,9 km², com rios classificados como classe 2 de acordo com a Resolução CERH 001/2008 e Resolução CONAMA 357/2005. Os municípios de Corupá, Jaraguá do Sul, Schroeder, Guaramirim e Massaranduba estão totalmente inseridos na referida bacia (HOLLER, 2017). A microbacia do Rio Jaraguá é uma das microbacias pertencentes à Bacia Hidrográfica Rio Itapocú; no entanto, não há pesquisas mais detalhadas acerca de suas propriedades fisiográficas, tão importantes para o estudo de sua área de influência sobre a bacia hidrográfica. Segundo Ludvianack (2017), as enchentes que ocorrem no município de Jaraguá do Sul são causadas pela elevação do rio Jaraguá, sendo imprescindível o conhecimento pormenorizado das características fisiográficas da referida microbacia. Neste sentido, o presente projeto vem atender a uma demanda social e técnica, pois apresentando as características fisiográficas da microbacia hidrográfica Rio Jaraguá estará contribuindo com a Defesa Civil e com o Comitê de Gerenciamento do Rio Itapocú, no entendimento natural da elevação no nível de água e seu comportamento de escoamento.

Problematizacão A microbacia do Rio Jaraguá, sendo uma das nove microbacias que compõem a

Bacia Hidrográfica Rio Itapocú, influencia sobre o escoamento das águas, contribuindo para a vazão final do Rio Itapocu, provocando enchentes nas cidades integrantes da referida bacia hidrográfica. O Rio Jaraguá é conhecido como o afluente mais importante do Rio Itapocú, sendo que as enchentes ocorridas no município de Jaraguá do Sul, grande parte ao menos, foram causadas pela elevação dos níveis deste rio. Visando contribuir com os órgãos competentes necessita-se pesquisar um pouco mais sobre a influência deste rio: quais as características fisiográficas (área, índice de conformação, índice de compacidade, densidade de drenagem, densidade de confluência, sinuosidade do curso de água, sistema de ordenamento e declividade do curso de água) da microbacia hidrográfica Rio Jaraguá e sua influência para com a bacia hidrográfica a que pertence segundo a visão dos órgãos competentes?

Justificativa

A Bacia Hidrográfica Rio Itapocú vem sofrendo alterações ambientais devido às atividades econômicas exercidas nos municípios que englobam pecuária, agricultura, indústria; entre outras atividades com características poluidoras. Estas poluições e ocupações antrópicas irregulares associadas as características fisiográficas de uma bacia hidrográfica expressam a problemática de uma bacia de drenagem quanto ao escoamento de águas e deslizamentos de massas rochosas e de solo. O conhecimento acerca das características fisiográficas de uma bacia hidrográfica torna-se essencial para o correto gerenciamento desta. Não há muitas pesquisas nesta área, o que torna o trabalho do Comitê de Gerenciamento Rio Itapocú mais exaustivo. Com a necessidade legal de

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implantar o Plano de Bacias, há a demanda de pesquisas sobre características fisiográficas da bacia hidrográfica Rio Itapocú. A microbacia do Rio Jaraguá, assim como as demais, microbacias da Bacia Hidrográfica Rio Itapocú não possuem maiores informações fisiográficas. Como o rio Jaraguá (que nasce da junção de vários córregos na Tifa dos Húngaros e se junta ao rio Itapocu na Vila Lalau) é um dos afluentes mais importantes do Rio Itapocú, torna-se essencial o conhecimento mais detalhado desta microbacia, para que estas informações possam ser gerenciadas pelos órgãos competentes. De posse destas informações a Defesa Civil poderá realizar um trabalho de educação continuada e de prevenção de enchentes junto à comunidade e o Comitê de Gerenciamento Rio Itapocu poderá anexar este estudo ao Plano de Bacias, ainda em execução. Objetivo Geral:

Devido a atual e pouca pesquisa acerca de dados fisiográficos da Bacia Hidrográfica Rio Itapocu, o objetivo geral deste trabalho é obter informações fisiográficas mais detalhadas baseadas em carta topográfica e visita in loco, da microbacia hidrográfica Rio Jaraguá, para contribuir com o correto gerenciamento da Bacia Hidrográfica Rio Itapocú.

Objetivos específicos: - Delimitar sobre a carta topográfica, os divisores de água, estabelecendo uma limitação física para a área da microbacia hidrográfica Rio Jaraguá; - Visitar tecnicamente o Rio Jaraguá e verificar in loco suas características de sinuosidade, vegetação ciliar, ocupação antrópica, em alguns pontos do rio; - Calcular as características fisiográficas: área, índice de conformação, índice de compacidade, densidade de drenagem, densidade de confluência, sinuosidade do curso de água, sistema de ordenamento e declividade do curso de água, de acordo com a doutrina específica; - Entrevistar os responsáveis pelos órgãos competentes de gerenciamento; o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Rio Itapocú e a Defesa Civil acerca da influência dos resultados obtidos na caracterização das propriedades fisiográficas da microbacia hidrográfica Rio Jaraguá sobre as atividades já desenvolvidas por estes. Metodologia

Para a delimitação da microbacia hidrográfica Rio Jaraguá será utilizada uma carta topográfica de escala 1:100.000 ou 1:50.000 e o software AutoCAD, para auxiliar na determinação da área. A metodologia de traçado de divisor de águas (DA) atenderá aos critérios estabelecidos por TUCCI (2013): sobre a carta topográfica será identificado o rio principal e seus afluentes; o traçado não poderá cortar nenhum curso de água, os pontos mais altos (cotados) geralmente fazem parte do DA, o DA deve passar igualmente afastado quando estiver entre 2 curvas de mesmo nível e o DA deve cortar as curvas de nível de forma mais perpendicular possível. Para a visita técnica será utilizada uma câmera fotográfica semiprofissional da marca SLT A33 Sony e uma trena laser GLM 50 Professional marca Bosch, com base de ampliação de projeção, que possui uma faixa de medição de 0,05 a 50m; com exatidão de medição para mais ou para menos de 1,5mm para o registro fotográfico e possíveis medições que se acharem necessárias. A entrevista será por escrito aplicada individualmente pelo aluno bolsista. Para o desenvolvimento dos cálculos será seguida a metodologia de caracterização fisiográfica apresentada por TUCCI (2013) e Souza (2014). A metodologia a ser adotada poderá ser por método mais recente, caso seja oportunizada a participação em evento para atualização, a ser realizado em Florianópolis em dezembro deste ano.

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a) índice de conformidade:

b) índice de compacidade:

c) densidade de drenagem:

d) densidade de confluência:

e) sinuosidade do rio:

f) declividade do rio:

g) classificação de ordem: será utilizado o método de Strahler, onde todos os canais

sem tributários são de primeira ordem, mesmo que sejam nascentes dos rios principais e afluentes; os canais de segunda ordem são os que se originam de dois canais de primeira ordem, podendo ter afluentes também de primeira ordem. Os canais de terceira ordem originam-se da confluência de dois cursos de segunda ordem, podendo receber afluentes de segunda e primeira ordem. Um canal de origem U é formado pela união de dois canais de ordem U-1, podendo receber

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afluência de canais com qualquer ordem inferior.

Fundamentação Teórica:

1 CONCEITUAÇÃO DE BACIA E MICROBACIA HIDROGRÁFICA

Segundo Tundisi;Tundisi (2011), bacia hidrográfica é uma área definida topograficamente, drenada por um curso d’água ou por um sistema conectado de cursos d’água, tal que toda a vazão efluente seja descarregada por uma simples saída.

Para Tucci (2013), a bacia hidrográfica compõe-se basicamente de um conjunto de áreas com declividade no sentido de determinada seção transversal de um curso d’água, medidas as áreas em projeção horizontal. São Sinônimos: bacia de captação, bacia coletora, bacia de drenagem superficial, bacia de contribuição, bacia imbrífera, bacia hidrológica; de acordo com .

Gribbin (2012) define microbacia hidrográfica como sendo a área de formação natural, drenada por um curso d’água e seus afluentes, a montante de uma seção transversal considerada, para onde converge toda a água da área considerada. A área da microbacia depende do objetivo do trabalho que se pretende realizar (não existe consenso sobre qual o tamanho ideal).

Vilella (2008) apresenta que é sobre o território definido como bacia hidrográfica que se desenvolvem as atividades humanas. Todas as áreas urbanas, industriais, agrícolas ou de preservação fazem parte de alguma bacia hidrográfica. Pode-se dizer que, no seu exutório (foz), estarão representados todos os processos que fazem parte do seu sistema. O que ali ocorre é consequência das formas de ocupação do território e da utilização das águas que para ali convergem.

2 BACIA HIDROGRÁFICA COMO SISTEMA

A bacia hidrográfica pode ser considerada um sistema físico onde a entrada é o volume de água precipitado e a saída é o volume de água escoado pelo exutório, considerando-se como perdas intermediárias os volumes evaporados e transpirados e também infiltrados profundamente.

De acordo com TUNDISI;TUNDISI (2011), uma bacia hidrográfica pode ser experimental, aquela na qual se podem modificar à vontade as condições naturais, como por exemplo, a cobertura vegetal, mediante procedimento de combate à erosão e onde sejam estudados os efeitos dessas modificações sobre o ciclo hidrológico ou representativo, esta última definida como aquela com certo tipo ecológico bem determinado e localizada em regiões onde o ciclo hidrológico não esteja muito perturbado pelo homem, mas que não sejam tomadas precauções especiais para proibir qualquer intervenção antrópica que possa determinar repercussões de caráter hidrológico. Nestas bacias são instalados um número razoável de estações hidrometeorológicas, hidrométricas e de observações das águas subterrâneas, necessárias para o estudo das diferentes fases do ciclo hidrológico.

De acordo com a Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Federal 9433/1997), o Brasil foi dividido em doze regiões hidrográficas (Amazônica, Atlântico Leste, Sudeste e

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Sul, Nordeste Ocidental e Oriental, Paraguai, Paraná, Parnaíba, São Francisco, Tocantins-Araguaia e Uruguai); sendo que o Estado de Santa Catarina é cortado pelas regiões hidrográficas Atlântico Sul, Uruguai e Paraná. Cada região hidrográfica é composta por mais de uma bacia hidrográfica.

O Estado de Santa Catarina (Lei Estadual 10.949/1998) dividiu seu território em dez regiões hidrográficas: Extremo Oeste, Meio Oeste, Vale do Rio do Peixe, Planalto de Lages e de Canoinhas, Baixada Norte, Vale do Itajaí, Litoral Centro, Sul Catarinense e Extremo Sul Catarinense; sendo que o município de Jaraguá do Sul pertence à bacia hidrográfica Rio Itapocú, na região hidrográfica da Baixada Norte.

A Bacia Hidrográfica Rio Itapocú é composta por nove microbacias: Rio Jaraguá, Rio Jaraguazinho, Rio Humbolt, Rio Novo, Rio Piraí, Canal do Linguado, Interbacia Rio Itapocú, Rio Itaperiú e Rio Putanga. Além da totalidade dos muncípios de Corupá, Jaraguá do Sul, Schroeder, Guaramirim e Massaranduba, integra a referida bacia hidrográfica, parte dos municípios de Barra Velha, São João do Itaperiú, São Bento do Sul, Campo Alegre, Blumenau, Araquari e Joinville; perfazendo uma área de drenagem de 2.938,9Km2. O Rio Itapocu é formado pela confluência do Rio Novo e Rio Humboldt; ambos no município de Corupá/SC. As águas do Rio Itapocú são utilizadas para o abastecimento público, diluição de esgoto, atividades industriais, irrigação e agroindústria. Há pontos na referida bacia hidrográfica seriamente comprometida devido à degradação da mata ciliar, assoreamento (principalmente decorrente de loteamentos e terraplanagem) e mineração (seixo rolado, areia e extração de caulim). Também são encontrados alguns maus usos como a aplicação direta no curso hídrico, de esgoto doméstico e industrial; bem como resíduos provenientes da agricultura (STEINBAH;TOMASELLI, 2014).

3 CARACTERÍSTICAS FISIOGRÁFICAS DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA

A forma física que uma bacia hidrográfica pode trazer consigo a probabilidade que esta bacia tem de ocorrência ou não de enchentes. O índice de conformação, por exemplo, apresenta a relação entre a área de uma bacia hidrográfica e o quadrado de seu comprimento axial, medido ao longo do curso d’água, da desembocadura ou seção de referência à cabeceira mais distante, no divisor de águas. Uma bacia com índice de conformação baixo é menos sujeita a enchentes que outra do mesmo tamanho porém com maior índice de conformação. Isso se deve ao fato de que em uma bacia estreita e longa, com índice de conformação baixo, há menos possibilidade de ocorrência de chuvas intensas cobrindo simultaneamente toda a sua extensão; e também, numa tal bacia, a contribuição dos tributários atinge o curso d’água principal em vários pontos ao longo do mesmo. Caso não existam outros fatores que interfiram, quanto o valor deste índice se aproxima a unidade (um), a forma da bacia se aproxima de um quadrado e este tipo de bacia tem maior potencialidade de ocorrência de picos de enchentes elevados. Já o índice de compacidade é a relação do perímetro de uma bacia hidrográfica e a circunferência de círculo de área igual à da bacia. Ou seja; este coeficiente é um número adimensional que varia conforme a bacia, independentemente do seu tamanho, quanto mais irregular for a bacia, tanto maior será o coeficiente de compacidade. Um coeficiente igual a unidade corresponderia a uma bacia circular. O valor do índice de compacidade indica maior potencialidade da bacia de produção de picos de enchentes elevados. Caso não existam outros fatores que interfiram, menor valor do índice de compacidade (próximo a 1) indica

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maior potencialidade de ocorrência de picos de enchentes elevados (TUCCI, 2013). Segundo Garcez (2009) a relação entre o comprimento total dos cursos d’água

efêmeros, intermitentes e perenes de uma bacia hidrográfica e a área total da mesma bacia é denominada densidade de drenagem. Este índice varia de 0,5 Km/Km2, para bacias de drenagem pobre, a 3,5 Km/Km2 ou mais, para bacias excepcionalmente bem drenadas.

De acordo com Gribbin (2012) a relação entre o comprimento do rio principal e o comprimento de um talvegue é denominada sinuosidade do curso d’água, que é um fator de controlador da velocidade de escoamento. Este índice, ou seja, a sinuosidade pode distinguir entre os canais que são meandros e os que não são, para um valor acima de 1,5 seria considerado canal com meandros; ou seja, com uma maior probabilidade natural para enchentes.

Tucci (2013) estabelece como critérios de ordenamento dos canais da rede de drenagem de uma bacia hidrográfica, os métodos de Horton (criado em 1945) e Strahler (criado em 1957). A classificação dos cursos de água: como critérios de ordenamento dos rios de uma rede de drenagem de uma bacia hidrográfica, pode-se utilizar o método de Horton ou Strahler. No sistema Horton, os canais de primeira ordem são aqueles que não possuem tributários; os canais de segunda ordem tem apenas afluentes de primeira ordem; os canais de terceira ordem recebem afluência de canais de segunda ordem, podendo também receber diretamente canais de primeira ordem. Um canal de ordem U, pode ter tributários de ordem U-1 até 1. Isto implica atribuir a maior ordem ao rio principal, valendo esta designação em todo o seu comprimento, desde o exutório até sua nascente. No sistema Strahler, todos os canais sem tributários são de primeira ordem, mesmo que sejam nascentes dos rios principais e afluentes; os canais de segunda ordem são os que se originam de dois canais de primeira ordem, podendo ter afluentes também de primeira ordem. Os canais de terceira ordem originam-se da confluência de dois cursos de segunda ordem, podendo receber afluentes de segunda e primeira ordem. Um canal de origem U é formado pela união de dois canais de ordem U-1, podendo receber afluência de canais com qualquer ordem inferior.

Já o perfil de um curso d’água é representado, segundo Garcez (2009) marcando-se os comprimentos desenvolvidos do leito em abscissas e a altitude do fundo (ou cota de água) em ordenadas. A declividade de um curso de água pode ser calculado pelo métodos: Linha d1 - que representa a declividade média entre dois pontos, obtida dividindo-se a diferença total de elevação do leito pela extensão horizontal do curso d’água entre os dois pontos; e Linha d2 - que determina uma área entre esta e o eixo das abscissas igual a área compreendida entre a curva do perfil e o mesmo eixo. É o valor mais representativo e racional da declividade do curso d’água. A declividade determina a velocidade do escoamento superficial. Assim quanto maior a declividade, maior será a velocidade do escoamento e bem mais pronunciados e estreitos serão os hidrograma de enchentes.

As características fisiográficas de uma bacia hidrográfica são essenciais para o gerenciamento desta bacia de drenagem e por este motivo, esforços devem ser realizados para o estudo aprofundado das propriedades físicas.

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3. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ETAPA OU FASE DO PROJETO Objetivo Específico

Etapa/Fase (O que?)

Especificação (Como?) Início Semanas e meses

Término Semanas e

meses

I - Delimitar sobre a carta topográfica, os divisores de água, estabelecendo uma limitação física para a área da microbacia hidrográfica Rio Jaraguá;

Conhecimento da hidrologia da bacia hidrográfica Rio Itapocu

Pesquisa bibliográfica e análise de mapas topográficos

Primeira semana de

agosto

Última semana de

agosto

Identificação da área a ser estudada e delimitação do divisor de água

Delimitação do divisor de água sobre um mapa topográfico

Primeira semana de setembro

Segunda semana de setembro

Digitalização da delimitação

Repasse da delimitação para o software autoCAD

Segunda semana de setembro

Última semana de

outubro

Determinação da área da microbacia

Geração de manta sobre a microbacia e dimensionamento de sua área física

Última semana de outubro

Última semana de novembro

II - Visitar tecnicamente o Rio Jaraguá e verificar in loco suas características de sinuosidade, vegetação ciliar, ocupação antrópica, em alguns pontos do rio

Escolha dos pontos a serem visitados in loco

Com base na topografia apresentada na carta topográfica, escolha de três pontos do Rio Jaraguá a serem visitados pessoalmente, com auxílio da Defesa Civil

Última semana de novembro

Última semana de novembro

Visita técnica Deslocamento aos pontos previamente escolhidos, para obtenção de registro fotográfico e observação do entorno

Primeira semana de dezembro

Última semana de dezembro

Elaboração de relatórios auxiliares

Digitação das observações realizadas e junção do registro fotográfico

Primeira semana de

janeiro

Última semana de

janeiro

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Objetivo Específico

Etapa/Fase (O que?)

Especificação (Como?) Início Semanas e meses

Término Semanas e

meses

III - Calcular as características fisiográficas: área, índice de conformação, índice de compacidade, densidade de drenagem, densidade de confluência, sinuosidade do curso de água, sistema de ordenamento e declividade do curso de água, de acordo com a doutrina específica

Revisão bibliográfica acerca de características fisiográficas

Pesquisa bibliográfica

Primeira semana de fevereiro

Última semana de fevereiro

Outros estudos na bacia hidrográfica

Pesquisa bibliográfica e em internet

Primeira semana de

março

Útima semana de março

Dimensionamento das características fisiográficas

Retirada da carta topográfica e dos relatório de visita técnica, dos dados necessário e cálculo das propriedades fisiográficas

Primeira semana de

abril

Primeira semana de

maio

Elaboração dos resultados

Condensação dos valores obtidos, tratamento estatístico, quando necessário e conclusões acerca dos resultados obtidos

Primeira semana de

maio

Primeira semana de

julho

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Objetivo Específico

Etapa/Fase (O que?)

Especificação (Como?) Início Semanas e meses

Término Semanas e

meses

IV - Entrevistar os responsáveis pelos órgãos competentes de gerenciamento; o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Rio Itapocú e a Defesa Civil acerca da influência dos resultados obtidos na caracterização das propriedades fisiográficas da microbacia hidrográfica Rio Jaraguá sobre as atividades já desenvolvidas por estes.

Elaboração do questionário

Com base nos resultados encontrados, elaborar quesitos e questionamentos acerca do uso destes dados no gerenciamento da microbacia pesquisada

Segunda semana de

julho

Segunda semana de

julho

Entrevista Agendamento e aplicação de entrevistas com os órgãos competentes

Terceira semana de

julho

Última semana de

julho

Compilação de dados

Interpretação dos resultados das entrevistas

Última semana de julho

Última semana de

julho

Conclusão do trabalho

Digitação e revisão final do material pesquisado

Primeira semana de

agosto

Terceira semana de

agosto

Produção de material

Confecção de um artigo científico e de um banner sobre o trabalho pesquisado

Terceira semana de

agosto

Última semana da

agosto

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4. REQUISITOS PARA SELEÇÃO DE BOLSISTAS:

Estar cursando à partir da fase: 7ª fase

Conhecimentos específicos ou disciplinas cursadas:

Engenharia de Recursos Hídricos I

Disponibilidade de executar as atividades: --

5. REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei Federal 9433/1997, que aprovou a Política Nacional de Recursos Hídricos. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm Acessado em: 09 jun. 2017

CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS - CERH. Resolução CERH nº001/2008, que dispõe sobre a classificação dos corpos da água de Santa Catarina. Disponível em: www.cadastro.aguas.sc.gov.br/sirhsc Acessado em: 09 jun. 2017

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução CONAMA 357/2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos hídricos e suas diretrizes Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf Acessado em: 09 jun. 2017

GARCEZ, Lucas Nogueira. Hidrologia. São Paulo: Edgard Blucher, 2009

GRIBBIN, J. B. Introdução à Hidráulica, Hidrologia e Gestão de Águas Pluviais. São Paulo: Cengage Learning, 2012

HOLLER, Karine. Secretária Executiva do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Rio Itapocu. Entrevista cedida em 09 de junho de 2017

LUDVIANACK, Marcelo. Gerente da Defesa Civil de Jaraguá do Sul. Entrevista cedida em 09 de junho de 2017

SANTA CATARINA; Lei Estadual 10.949/1998, que dispõe sobre as regiões hidrográficas do Estado de Santa Catarina. Disponível em: www.aguas.sc.gov.br/jsmallfib_top/DHRI/Legislacao/Lei-Estadual-10949-1998.pdf Acessado em: 08 jun. 2017

STEINBACH, Anja Meder; TOMASELLI, Carla Caroline. Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu: Você já ouviu falar do Comitê Itapocu? 2ª ed. Jaraguá do Sul: ID editora, 2014

SOUZA PINTO, Nelson Lauro. Hidrologia Básica. São Paulo: Edgar Blucher, 2014

TUCCI, Carlos Eduardo Morelli. Hidrologia: ciência e aplicação. Porto Alegre: UFRGS, 2013

TUNDISI, José Galizia; TUNDISI, Takako Matsumura. Recursos Hídricos no século XXI. São Paulo: Oficina de Textos, 2011

VILLELA, S. M. A Hidrologia Aplicada. São Paulo: Mc Graw Hill, 2008

Page 12: Coordenação/Colegiado ao(s) qual(is) será vinculado ...€¦ · (2013) e Souza (2014). A metodologia a ser adotada poderá ser por método mais recente, caso seja oportunizada

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