34
COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro SUZANA KAHN PROFESSORA VICE PRESIDENTE DO IPCC- GRUPO 3 / PRESIDENTE DO COMITE CIENTIFICO DO PAINEL BRASILEIRO DE MUDANCA CLIAMTICA

COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

COPPE/UFRJ

28 de Abril, 2014Rio de Janeiro

SUZANA KAHNPROFESSORA

VICE PRESIDENTE DO IPCC- GRUPO 3 / PRESIDENTE DO COMITE CIENTIFICO DO PAINEL BRASILEIRO DE MUDANCA CLIAMTICA

Page 2: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

AR 5 : Estrutura do Relatório :

• Contextualizão• Passado e Tendências dos Estoques e Fluxos de Carbono• Cenários de Mitigaçao Agregados• Setores Emissores de Carbono• Politicas de Mitigação

Page 3: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Contextualização:

• Será difícil cortar profundamente as emissões e isto irá requerer um portfolio extenso de politicas, instituições e tecnologias assim como mudança de comportamento e de padroes de consumo;

• O uso de taxas de desconto ao longo do tempo tem um papel crucial na avaliação das medidas e políticas de mitigação.

Page 4: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Contextualização:

• O Desenvolvimento Sustentável oferece a estrutura para a política climática pois já leva em conta os objetivos economicos, ambientais, sociais e de equidade.

Page 5: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Tendencias e Estoques de Carbono:• Crescimento das Emissões de GEE - 49 GtCO2eq/ano em 2010 ( maior da

história )• CO2 continua sendo o principal gas de efeito estufa; • 80% do aumento das emissões dos GEE se devem a queima de

combustíveis fósseis, o que torna a questão do aquecimento global como um problema no uso de energia;

Porém, o problema é a demanda de energia por conta de um padrão de consumo dos paises ricos e perseguido pelos paises em desenvolvimento. Vilão não seria os fósseis mas modelo de desenvolvimento

Page 6: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 7: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 8: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Padrão das Emissões de GEE :

Emissões per capita são extremamente desiguais. Em 2010, a emissao média per capita dos países de renda baixa (1.4t CO2eq/cap) eram cerca de 9 vezes menor dos que dos de alta renda (13t CO2eq/cap). Para os paises de alta renda a maior fonte de emissao é a industria e setor de energia, para os de baixa renda a maior fonte é AFOLU. Portanto, o nível de emissão está fortemente associado ao nivel de renda.

Page 9: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Alocação das Emissões / Novo Enfoque : Agrupamento de países usando, “ income groups” , associando as emissões a um padrão de consumo ( correlação com a renda ) ;

Classificação usada pelo Banco Mundial : Gross National Income (GNI) . Nesta classificação o Brasil é considerado alta renda media, assim como China. India seria baixa renda media.

A dificuldade é que esta classificacao é muito dinâmica, nos últimos 2 anos, 15 paises mudaram de classificação.

Page 10: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Alocação das Emissões/Novo Enfoque:

Uma parte crescente das emissões globais são devido a manufatura de produtos que são comercializados internacionalmente.

Base terrritorial ( tradicional ) x Base no consumo.

Grande parte das emissões de CO2 proveniente da queima de fósseis nos países em desenvolvimento é por conta da produção de bens que serão exportados. As emissões anuais totais de CO2 dos países do Não- Anexo I excedem as do Anexo I usando tanto a metodologia de territorio como a de consumo, apesar da emissao per capita do Anexo I continuar maior.

Page 11: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Mudanças recentes das emissões de C relacionadas com energia :

•Aumento do uso do carvão

•Aumento da intensidade de carbono no setor industrial

•No suprimento de energia, as renováveis tiveram o maior crescimento, mas apoiadas por suportes financeiros diretos ou indiretos. Muito dependentes de medidas governamentais

Page 12: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 13: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Cenários de Mitigação vis a vis metas de estabilização de concentração das emissões

• Os cenários exploram as transformações tecnológicas, econômicas e institucionais necessárias para a estabilização da concentração de CO2eq no longo prazo.

• A visão de longo prazo é baseada em ações de curto prazo e suas consequencias no longo prazo.

• Os cenários usados são consistentes com os RCPs ( caminhos representativos de concentração ) apresentados no relatório do Grupo I

Page 14: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

• ..

Page 15: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Principais Mensagens• Estabilização da concentração de CO2 (2100) nos níveis pre-industriais

implica necessariamente na profunda descarbonização da geração de energia.

• A descarbonização da geração de eletricidade é bem mais eficaz do que descarbonização no uso final. Já existem várias opções tecnológicas para geração de energia de baixo carbono;

• Evitar o efeito de “ lock in “ em infraestruturas de geração de energia que possuem longa vida util;

Page 16: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Principais Vetores das Emissões:•População •Renda•Estrutura econômica (crescimento econômico x atividade econômica )

Co-Beneficios de Medidas de Redução das Emissões :•Segurança alimentar•Saúde•Biodiversidade•Acesso universal a energia•Desenvolvimento equânime

Page 17: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Análise dos meios para atingir a estabilização da concentração:

•Instrumentos de valoração econômica ( preço de carbono p. ex )

•Inclusão dos Co-Benefícios

•Inovação tecnológica ( tecnologias de baixo carbono e difusão )

•Subsidios & Incentivos como instrumentos de política de mitigação

Page 18: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Analise dos Politicas de Mitigacao

•Subsidios : Pouca literatura existente quantificando o potencial de mitigacao da retirada de subsidios dos fosseis, mas a existente sugere que sua retirada para as tecnologias intensivas em emissao de carbono em todos os paises, poderia representar uma reducao de emissoes de GEE de ate 18%.

Page 19: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Análise dos Politicas de Mitigacao

•Regulação e Padrões : não há seguranca sobre o potencial de mitigacao por conta do “ rebound effect “•“ cap and trade “ : Foi prejudicado por crise econômica, mas o mercado tem potencial de tornar as medidas de mitigacao mais custo-efetivas, mas falta ainda interação com outras politicas e acordo quanto a um teto de emissoes.•Taxação : Tem potencial de reduzir as emissões, mas normalmente o foco nao é o GEE

Page 20: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Análise Setorial :

•Suprimento de Energia

•Construções

•Transporte

•Floresta, agricultura e uso do solo

•Cidades – Setor Transversal com grande potencial de mitigação

Page 21: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 22: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 23: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 24: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 25: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 26: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 27: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 28: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 29: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Mudança no Padrão de Investimento :

É esperado que nas próximas 2 décadas, o investimento anual em tecnologias de geração de energia baseada em combustiveis fosseis decresca em media de 30 bi de dolares, enquanto para geracao a partir de tecnologias de baixo carbono ( renovaveis, nuclear e CCS) aumentem de uma media de 147 bi de dolares.

Além disto, investimentos anuais em eficiência energética em transporte, construção e indústria é projetado para crescer em 336 bi de dolares, incluindo modernizacao de equipamentos e infra estrutura.

Para comparação, o nível global de investimento anual do setor de energia é de cerca de 1200bi de dolares.

Page 30: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 31: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

Relevância do Papel das Cidades

Urbanização é uma tendencia global transformando sociedades e uso de energia. Em 1900, quando a população global era de 1.6 bilhão, somente 13% da população vivia em áreas urbanas ( cerca de 200 milhões). Hoje mais da metade da população mundial ( 3,6 bilhões ) vivem em cidades. Em 2050, a população urbana é esperada de crescer para 5,6 -7.1 bilhão, ou 64-69% da população mundial. As cidades consomem mais da metade da energia primaria mundial com a consequente emissão de CO2. A exata participação das cidades no consumo de energia e nas emissões de CO2 variam com a forma de contabilizar.

67-76% do consumo global de energia e 71-76% das emissões de CO2 relacionadas ou 44% das emissões

Page 32: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL
Page 33: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Principais Mensagens AR5

A maior parte da Infra estrutura urbana AINDA não foi construída

As áreas urbanas deve triplicar entre 2000 e 2030.

Se os países em desenvolvimento ( onde a maior parte da expansão urbana irá acontecer ) expandirem seu ambiente urbano de acordo com as tecnologias e práticas de hoje, só a produção do material para infra estrutura irá gerar aproximadamente 470 GtCO2.

A continuada expansão de infra estrutura dependente de combustíveis fósseis irá produzir de emissoes cumulaticas de 2986-7402 GtCO2 até o final do século, o que já inviabilizaria o cenário de estabilização pretendido.

Page 34: COPPE/UFRJ 28 de Abril, 2014 Rio de Janeiro S UZANA K AHN P ROFESSORA V ICE P RESIDENTE DO IPCC- G RUPO 3 / P RESIDENTE DO C OMITE C IENTIFICO DO P AINEL

Painel Brasileiro de Mudanca Climatica

34

Os próximos relatórios do PBMC ( 2014- 2016 ) tratarão de mudanças climáticas e cidades.

•Diagnostico de Medidas e Tecnologias Disponíveis no Brasil e Adequação às Tipologias de Cidades brasileiras•Medidas de Adaptação para Cidades Brasileiras Vulneráveis •Medidas Urbanas de Mitigação de Emissões de GEE