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CORPOS EM HETEROTOPOS 1 : AÇÃO, PROJEÇÃO, OCUPAÇÃO. BORGES, Niúra (UFRGS) 2 BRUM, Rosemary FRITSCH (UFRGS) 3 A presente comunicação apresenta aspectos conceituais, questões técnicas e metodológicas de um projeto artístico que vem sendo desenvolvido pelo coletivo Grupo de Pesquisa da Performance de Porto Alegre/RS, GEPERFORMANCEPOA, para uma proposta de ocupação à distância. O projeto propõe explorar relações entre o distante e próximo, presença e a não-presença, buscando criar uma zona transitiva onde os espaços se interpenetram e se condensam. No processo de pesquisa destaca-se para o grupo a problemática que envolve as concepções de corpo/espaço/tempo/presença/ocupação, aproximando a produção artística da acepção de espaço a que o filósofo Michel Foucault define o termo: espaços outros, indefiníveis e experimentáveis. O coletivo geperformancepoa constitui-se de um grupo de pesquisa de performance, sediado em Porto Alegre, que integra na sua formação artistas, teóricos e pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento, das artes visuais, teatro, dança, história e antropologia. Neste projeto, participam do processo de criação e pesquisa as artistas/teóricos Niura Borges, Patrícia Soso, Rosemary Brum e Márcio Pizarro. O coletivo formou-se no verão de 2009 pelo anseio de colocar a prática e a pesquisa de performance no cruzamento das linguagens. Em junho o coletivo foi convidado a participar do edital de exposição do Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Jataí, GO, no Programa de Exposições do edital 2009, para ocupação de suas dependências. 1 O termo é utilizado a partir da acepção de Michel Foucault: a heterotopia como um espécie de organização espacial dotada de uma certa propriedade de estar em relação com todas as outras organizações espaciais e com uma certa sinergia capaz de produzir um campo espacial nômade. Foucault, Michel. Of other spaces:uf utopias and heterotopias. In LEACH,Neil. Rethinking architeture: a reader in cultural theory. London: Routledge, 2002. 2 Mestre em Artes Visuais com ênfase em Poéticas Visuais pela UFRGS. Pesquisadora do Grupo INTERARTES: Processos e Sistemas Interartísticos e Estudos de Performance. Membro e produtora executiva do coletivo geperformancepoa. Desde 2003 a artista vem explorando as relações entre a imagem video, o corpo e o lugar. 3 Doutora em História pela PUCRS. Socióloga da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuando no Núcleo de Pesquisa em História do IFCH, no Laboratório de História Oral. Líder e Pesquisadora do Grupo INTERARTES: Processos e Sistemas Interartísticos e Estudos de Performance. * Texto realizado com a colaboração da atriz e performer Patrícia Soso. Diplomada pela Scuola Internazionale Arsenale, em Milão/Itália. Membro do coletivo geperformancepoa Pesquisa sobre bodypainting.

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CORPOS EM HETEROTOPOS1: AÇÃO, PROJEÇÃO, OCUPAÇÃO.

BORGES, Niúra (UFRGS)2

BRUM, Rosemary FRITSCH (UFRGS)3

A presente comunicação apresenta aspectos conceituais, questões técnicas e

metodológicas de um projeto artístico que vem sendo desenvolvido pelo coletivo

Grupo de Pesquisa da Performance de Porto Alegre/RS, GEPERFORMANCEPOA,

para uma proposta de ocupação à distância.

O projeto propõe explorar relações entre o distante e próximo, presença e a

não-presença, buscando criar uma zona transitiva onde os espaços se interpenetram e

se condensam.

No processo de pesquisa destaca-se para o grupo a problemática que envolve

as concepções de corpo/espaço/tempo/presença/ocupação, aproximando a produção

artística da acepção de espaço a que o filósofo Michel Foucault define o termo:

espaços outros, indefiníveis e experimentáveis.

O coletivo geperformancepoa constitui-se de um grupo de pesquisa de

performance, sediado em Porto Alegre, que integra na sua formação artistas, teóricos

e pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento, das artes visuais, teatro,

dança, história e antropologia. Neste projeto, participam do processo de criação e

pesquisa as artistas/teóricos Niura Borges, Patrícia Soso, Rosemary Brum e Márcio

Pizarro.

O coletivo formou-se no verão de 2009 pelo anseio de colocar a prática e a

pesquisa de performance no cruzamento das linguagens. Em junho o coletivo foi

convidado a participar do edital de exposição do Museu de Arte Contemporânea

(MAC) de Jataí, GO, no Programa de Exposições do edital 2009, para ocupação de

suas dependências.

1 O termo é utilizado a partir da acepção de Michel Foucault: a heterotopia como um espécie de organização espacial dotada de uma certa propriedade de estar em relação com todas as outras organizações espaciais e com uma certa sinergia capaz de produzir um campo espacial nômade. Foucault, Michel. Of other spaces:uf utopias and heterotopias. In LEACH,Neil. Rethinking architeture: a reader in cultural theory. London: Routledge, 2002.2 Mestre em Artes Visuais com ênfase em Poéticas Visuais pela UFRGS. Pesquisadora do Grupo INTERARTES: Processos e Sistemas Interartísticos e Estudos de Performance. Membro e produtora executiva do coletivo geperformancepoa. Desde 2003 a artista vem explorando as relações entre a imagem video, o corpo e o lugar.3 Doutora em História pela PUCRS. Socióloga da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuando no Núcleo de Pesquisa em História do IFCH, no Laboratório de História Oral. Líder e Pesquisadora do Grupo INTERARTES: Processos e Sistemas Interartísticos e Estudos de Performance.* Texto realizado com a colaboração da atriz e performer Patrícia Soso. Diplomada pela Scuola Internazionale Arsenale, em Milão/Itália. Membro do coletivo geperformancepoa Pesquisa sobre bodypainting.

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Nas discussões acerca do tema OCUPAÇÃO, a distância geográfica tornou-se

um elemento de destaque e motivador, instigando o coletivo a promover a

OCUPAÇÃO a partir do distanciamento geográfico.

Mas como ocupar um espaço à distância? Este foi o ponto de partida do

projeto, a questão principal que movimentou o coletivo e desencadeou questões como

“como realizar uma performance à distância? ou “como promover ações à distância?,

“como estar presente à distância?”, motivando à realização de pesquisa e criação

artística em torno de ações e formas de ocupação à distância chegando-se a um

consenso que deu origem ao presente projeto artístico.

A escolha do espaço em Porto Alegre - Museu Joaquim Felizardo, foi

direcionada pela busca de elementos similares que pudessem possibilitar

proximidades: semelhanças arquitetônicas – o estilo colonial; condições de outrora -

espaço privado, residência particular. Outro fator que também pesou na escolha deste

topos, foi a qualidade afetiva do espaço, um local de presença e concentração da

memória histórica da cidade de Porto Alegre.

Percebemos durante o processo investigativo que estávamos diante de uma

situação/condição de espelhamento. O espaço na cidade de Porto Alegre refletia, tal

qual uma imagem diante do espelho, o seu duplo, qual seja, o Museu de Arte

Contemporânea de Jataí. Surge então, através deste espelhamento como que uma

nova figura, fruto da simbiose entre dois espaços distantes geograficamente, mas

próximos diante de suas qualidades afetivo arquitetônicas. Este será o palco para as

ações presenciais do coletivo.

Neste sentido, desloca-se o conceito de ocupação vinculado a um determinado

espaço físico estático e integra a este conceito uma nova dimensão de ocupar, que

insere a ocupação na qualidade de estar em relação com outros espaços – espaço

relacional, ou seja, com todas as outras formas de espaço e com uma ‘certa sinergia

capaz de produzir um campo espacial nômade. ’ Campo este capaz de promover

migrações ocupacionais, deslocamentos, trânsito, passagem, ao mesmo tempo aqui e

lá, como um vai e vem. Uma topografia semelhante à fita de Moebius, uma zona

intersticial de encontros e troca, onde o espaço adere ao tempo simultaneamente

modificado pela ação.

Com esta pesquisa visamos explorar relações entre o distante e próximo,

presença e a não-presença, criar uma zona transitiva onde os espaços se

interpenetração e se condensam.

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A proposta de ocupação à distância será articulada através de dispositivos4 de

conexidade visando interligar duas cidades e dois espaços: Jataí, GO - Museu de Arte

Contemporânea e Porto Alegre, RS - Museu Joaquim Felizardo. Este dispositivos

serão operacionalizados em três modos de fazer/ser ocupação: INTERVENÇÕES,

DOCUMENTOS DE PERFORMANCE E LIVEPERFORMANCE.

Este projeto artístico tem como objetivos:promover a ocupação à distância;-

explorar relações entre o distante e o próximo; Investigar o conceito de performance

no cruzamento com o documento e o efêmero; explorar as possibilidades artísticas em

rede de comunicação via internet; explorar a relação entre o orgânico (corpo) e a

máquina (video).

Museu Arte Contemporânea Jataí/GO

4 o dispositivo é tratado aqui como considera Giorgio Agamben: “Chamarei de dispositivo qualquer coisa que tenha de algum modo a capacidade de capturar, orientar, determinar, interceptar, modelar, controlar e assegurar os gestos, as condutas, as opiniões e os discursos dos seres vivos”. AGAMBEN, Giorgio. Qu’est-ce qu’un dipositif? Rivage Poche, 2007.

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Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo

O projeto artístico configura-se em três modos de fazer/ser ocupação:

INTERVENÇÕES, DOCUMENTOS DE PERFORMANCE E LIVEPERFORMANCE. As

intervenções serão realizadas em três formatos: adesivagem, ação pedagógica e

inserção na programação da rádio local. Neste formato serão elaborados cartazes, em

preto e branco, que deverão ser afixados em locais públicos permitidos nas cidades de

Jataí,GO e Porto Alegre,RS. A imagem do Cartaz apresenta um ponto gráfico

circundado pela frase “eu estou aqui”, a assinatura do coletivo “geperformancepoa”, o

local do acontecimento das ações “Porto Alegre/RS – Museu Joaquim Felizardo e

Jataí/GO – Museu de Arte Contemporânea”, e data e hora da liveperformance “ (a

definir). Este trata-se de um dispositivo sinalizador da presença e tem como objetivo

indicar tanto a presença do sujeito que se encontra em frente ao cartaz e lê a frase

“eu estou aqui”, como da presença do coletivo na cidade. Quanto à Ação pedagógica,

neste formato as ações serão realizadas nas dependências das escolas da rede

municipal da cidade de Jataí,GO. Serão fornecidos mapas das cidades de Porto

Alegre,RS e de Jataí,GO, apresentando os entorno geográfico/espacial onde se

localizam os respectivos museus. Será solicitado que a criança, a partir da análise

destes dois topos distintos, retire destes elementos que considerou

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interessante/instigante/diferente e com eles construa um outro mapa, topos, o seu

topos, o seu mapa. A inserção na programação da rádio local neste terceiro formato

de intervenção serão inseridos na programação local de rádio da cidade de Jataí, GO,

arquivos sonoros orais de 1 a 2 minutos de duração. Seu conteúdo conterá trechos de

músicas, poesias e obras literárias relativas aos conceitos de

corpo/espaço/tempo/presença/ocupação. Os arquivos sonoros conterão também, sons

do cotidiano urbano de Porto Alegre.Ex:

“ (...)a janela some na paredea palavra de água se dissolvena palavra sede, a boca cedeantes de falar, e não se ouve (...)”Os Buracos do Espelho - Arnaldo Antunes

“ (...) O corpo se cortado espirra um líquido vermelho. O corpo tem alguém como recheio.” Corpo - Arnaldo Antunes

“Quarto de não dormirSala de não estarPorta de não abrirPátio de sufocar (...)” Espaço – Vitor Ramil

A acão documental e documentos de performance trata de uma videoperformance que será realizada no Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo pelas artistas Niúra Borges e Patrícia Soso e que se constituirá de ações que serão

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documentadas em imagem video pela videoartista Niúra Borges, que estará operando a câmera de vídeo e pela atriz Patrícia Soso.

A gravação/filmagem será operacionalizada através de plano de filmagem de

ação contínua, isto é, utilizando o plano seqüência, sem cortes.

Os documentos originários da ação documental serão levados para ocupação

do MAC Jataí. Neste Museu as imagens desta ação deverão ser projetadas sobre A

JANELA frontal do MAC/Jataí.

Planta Baixa Mac – Jataí/GOVista interna e externa Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo

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A LIVEPERFORMANCE constitui-se de uma performance que será realizada

pelas artistas Niúra Borges e Patrícia Soso em um espaço específico do Museu de

Porto Alegre Joaquim Felizardo, o Torreão.

A performance será realizada com transmissão de imagem em tempo real, “ao

vivo”, via sistemas de comunicação da internet. Esta proposição propõe integrar à

proposta de ocupação diferentes localizações, cidades, estados ou países, que

conectados à internet, possam acompanhar, através de convite, o evento a ser

realizado no Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo.

O evento tem dia previsto para transmissão em 22 de outubro de 2009, e sua

ocorrência com início para as 17 horas e término às 17h30min.

O Torreão como o nome diz é uma pequena torre localizada onde outrora

podia-se ver a longa distância, nas águas do lago Guaíba, as embarcações.

Usaremos a janela como elemento metafórico, que remete ao contato com o

outro, à comunicação, ao se dar a ver...

A ação consistirá na relação das duas performers entre si, e também com a

janela e o espaço circundante.

Detalhe janela do Torreão – Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo

Espaço do Torreão

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Quanto aos referenciais artísticos, em termos de aproximação das distâncias

espaciais adota-se a obra Good Morning Mr. Orwell, de 1984, do videoartista Nam

June Paik é uma referência. Homenagendo o escritor George Orwell e seu livro 1984.5

Paik abriu a noite de Ano-Novo, de 1984, enviando, ao vivo, de Nova York a

Paris( Pampidou) e de Paris a Nova York, a imagem em tempo real do bailarino Merce

Cunningham e de vários artistas que participaram do evento entre eles Laurie

Anderson, Jonh Cage, entre outros.

Igualmente adota-se as pesquisas do Grupo Corpos informáticos que realiza

pesquisas artísticas em performance, videoarte, videoinstalação, vídeo-perfomance,

intervenções urbanas, performance em telepresença e web-arte. Seu objetivo primeiro

é interrogar as possíveis relações entre, por um lado, o corpo real, o corpo presença,

do outro lado, a tecnologia, principalmente a rede mundial de computadores.

Quanto aos referenciais teóricos, parte-se de Michel Foulcault, quando coloca

que a heterotopia é uma espécie de espaço que tem qualidade de situar-se em

5 O livro 1984 foi publicado no final da Segunda Guerra Mundial. Trata-se de uma obra visionária na qual Orwell previa o futuro da sociedade telecontrolada pelo Big Brother.

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relação a todas as outras organizações espaciais. É um campo espacial que se

desloca por todos os outros espaços contra-organizando, desafiando, rompendo com

as organizações reais estáveis. FOUCAULT, Michel. Of other spaces:uf utopias and

heterotopias. In LEACH,Neil. Rethinking architeture: a reader in cultural theory.

London: Routledge, 2002.

Igualmente adota-se Gastón Bachelard, para quem “A imensidão está em nós.

Está ligada a uma espécie de expansão de ser que a vida refreia, que a prudência

detém, mas que retorna na solidão. Quando estamos imóveis, estamos algures;

sonhamos num mundo imenso. A imensidão é o movimento do homem imóvel.”

BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço.São Paulo:Martins Fontes. 2000.

E ainda Mark Hansen, onde “Nós não podemos mais confinar a corporificação

ao corpo, não podemos mais contê-la dentro da pele orgânica, porque as técnicas

contemporâneas facilitam a distinção mundo-corpo (uma não divisão) que é

fundamentalmente informacional em sua imaterialidade e porque a atividade humana

corporificada é, de alguma maneira, o agente desta dissolução. HANSEN, Mark. B. N.

Bodies in Code. Interfaces with digital media. New York, London. Routledge, Taylor

and Francis Group. 2006. p.94.

Os materiais necessários serão - (1) Projetor multimídia. – para apresentação

de documentos de performance; (2) Computadores PC. Op. Windows XP. um para

ser usado no Museu de Porto Alegre para ser usado no MAC Jataí; (1) DVD player –

para os documentos de performance; Sistemas de comunicação via internet; webcam

ou câmera de vídeo.

LEVANTAMENTO DE BIBLIOGRAFICO

BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço.São Paulo:Martins Fontes. 2000.

COUCHOT, Edmond. A tecnologia na arte: da fotografia à realidade virtual. Porto

Alegre: Ed. da UFRGS, 2003.

COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo, Perspectiva, 1989

FOUCAULT, Michel. Outros Espaços. In: Ditos e Escritos – Vol. III. Trad.: Inês A. D.

Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.

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GOLDBERG, Roselee. A arte da performance: do futurismo ao presente. São Paulo:

Martins Fontes, 2006.

HANSEN, Mark. B. N. Bodies in Code. Interfaces with digital media. New York,

London. Routledge, Taylor and Francis Group. 2006.

MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1990.

___________. Máquina e imaginário. O desafio das poéticas tecnológicas. São Paulo:

Edusp, 1998.

MEDEIROS, Maria Beatriz de; MONTEIRO, Marianna F.M. Espaço e performance.

Brasília: Editora da Pós Gradução em Arte da Universidade de Brasília. 2007.

PARENTE, André (org.) Imagem máquina: a era das tecnologias do virtual. 3. ed. Rio

de Janeiro: Editora 34, 1999.