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Con endo o terreno A amostragem de solo é uma fase de grande importância em um programa e morutora- mento de recomendação de fertilizantes e de corretivos da acidez do solo. A heterogeneidade do solo tende a au- mentar com o manejo, principalmente quando se considera, independentemente do nível tecnológico utilizado na propri- edade, o emprego de fertilizantes e de cor- retivos, bem como a fatores ligados à au- sência de histórico da área, entre outros. Uma amostragem inadequada converte- rá em um resultado analítico em labora- tório também inadequado. A interpretação e o monitoramento da amostragem de solo está intimamen- te ligada à análise química de solo, a qual representa para a maioria das culturas, especialmente para as anuais, o principal instrumento para diagnose da fertilidade do solo. O conhecimento da disponibili- dade dos nutrientes, como também da presença de alguns elementos tóxicos às plantas, é de fundamental importância no manejo correto da fertilidade. Alguns passos para um amostragem correta e principalmente representativa da área são descritos a seguir. ÁREA DE AMOSTRAGEM A representativídade de uma amos- Amostra enviada ao laboratório 500g Peso da amostra usada para análise 20·SOg Solo da camada arável I ha= 2000 toneladas tra de solo depende diretamente de uma criteriosa escolha da área a ser amostra- da, observando-se fatores que a melhor caracterizem. Dentre eles podemos citar a uniformidade da área, a cor do solo, a posição da gleba amostrada, a textura, se há indícios de erosão, a história da área na qual se leve em consideração as cultu- ras anteriores, a calagem, as adubações efetuadas (fontes e quantidades de ferti- lizantes). Su~ere-se que cada amostra re- presente áfêis não superiores a dez hec- tares. Uma representação esquemática é apresentada na Figura 1. QUANDO E COMO FAZER AMOSTRAS As amostras devem ser retiradas al- guns meses antes do plantio. Sugere-se que sejam efetuadas no início da estação seca ou mesmo logo após a colheita da última cultura. As amostras enviadas ao labora- tório são chamadas amostras compos- tas, por serem oriundas da mistura de várias amostras simples. A amostra simples, portanto, representa a reti- rada em apenas um único ponto da gleba. A soma dessas amostras sim- ples constituirá a amostra composta. Para que uma amostra seja represen- tativa da área, recomenda-se 20 a 30 amostras' simples em cada gleba ou Correção e plantio - Especial 3 talhão, obedecendo-se o caminha- mento em "zig-zag", como o exem- plo na Figura 1, na gleba 4b. A importância de a amostra ser a mais represen ta tiva possível pode ser vi- sualizada no esquema abaixo, onde um hectare irá representar de 20 a 50 gra- mos de solo para análise química no la- boratório. PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAS Antes de efetuarmos a retirada da amostra, o local deve ser limpo, removen- do-se os restos vegetais, tomando-se o cui- dado para não ser retirada camada super- ficial do solo. Também devem ser evítados pontos que apresentem problemas quan- do da análise química e sua interpretação, como, por exemplo, presença de restos de fertilizantes, de calcário, de esterco animal e restos de queimadas. Os trados têm sido os equipamen- tos mais comumente usados na retirada de amostras de solo. Todavía, a pá-de- corte por ser o equipamento que mais facilmente seja encontrado na proprie- dade, obtem-se também boa padroniza- ção do volume das amostras, fato este de grande importância na amostragem. Veja os equipamentos mais usados para a amostragem na Figura 2. No caso das culturas anuais, sugere- Figuro 1 5 Figura 2 LABORAT6RIO ~ +-- aR Bayer CropScience R .

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Con endoo terreno

Aamostragem de solo é umafase de grande importânciaem um programa e morutora-

mento de recomendação de fertilizantes ede corretivos da acidez do solo.

A heterogeneidade do solo tende a au-mentar com o manejo, principalmentequando se considera, independentementedo nível tecnológico utilizado na propri-edade, o emprego de fertilizantes e de cor-retivos, bem como a fatores ligados à au-sência de histórico da área, entre outros.Uma amostragem inadequada converte-rá em um resultado analítico em labora-tório também inadequado.

A interpretação e o monitoramentoda amostragem de solo está intimamen-te ligada à análise química de solo, a qualrepresenta para a maioria das culturas,especialmente para as anuais, o principalinstrumento para diagnose da fertilidadedo solo. O conhecimento da disponibili-dade dos nutrientes, como também dapresença de alguns elementos tóxicos àsplantas, é de fundamental importânciano manejo correto da fertilidade. Algunspassos para um amostragem correta eprincipalmente representativa da área sãodescritos a seguir.

ÁREA DE AMOSTRAGEMA representativídade de uma amos-

Amostra enviada aolaboratório 500g

Peso da amostra usada paraanálise 20·SOg

Solo da camada arável I ha=2000 toneladas

tra de solo depende diretamente de umacriteriosa escolha da área a ser amostra-da, observando-se fatores que a melhorcaracterizem. Dentre eles podemos citara uniformidade da área, a cor do solo, aposição da gleba amostrada, a textura, sehá indícios de erosão, a história da áreana qual se leve em consideração as cultu-ras anteriores, a calagem, as adubaçõesefetuadas (fontes e quantidades de ferti-lizantes). Su~ere-se que cada amostra re-presente áfêis não superiores a dez hec-tares. Uma representação esquemática éapresentada na Figura 1.

QUANDO E COMO FAZER AMOSTRASAs amostras devem ser retiradas al-

guns meses antes do plantio. Sugere-se quesejam efetuadas no início da estação secaou mesmo logo após a colheita da últimacultura.

As amostras enviadas ao labora-tório são chamadas amostras compos-tas, por serem oriundas da mistura devárias amostras simples. A amostrasimples, portanto, representa a reti-rada em apenas um único ponto dagleba. A soma dessas amostras sim-ples constituirá a amostra composta.Para que uma amostra seja represen-tativa da área, recomenda-se 20 a 30amostras' simples em cada gleba ou

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talhão, obedecendo-se o caminha-mento em "zig-zag", como o exem-plo na Figura 1, na gleba 4b.

A importância de a amostra ser amais represen ta tiva possível pode ser vi-sualizada no esquema abaixo, onde umhectare irá representar de 20 a 50 gra-mos de solo para análise química no la-boratório.

PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRASAntes de efetuarmos a retirada da

amostra, o local deve ser limpo, removen-do-se os restos vegetais, tomando-se o cui-dado para não ser retirada camada super-ficial do solo. Também devem ser evítadospontos que apresentem problemas quan-do da análise química e sua interpretação,como, por exemplo, presença de restos defertilizantes, de calcário, de esterco animale restos de queimadas.

Os trados têm sido os equipamen-tos mais comumente usados na retiradade amostras de solo. Todavía, a pá-de-corte por ser o equipamento que maisfacilmente seja encontrado na proprie-dade, obtem-se também boa padroniza-ção do volume das amostras, fato estede grande importância na amostragem.Veja os equipamentos mais usados paraa amostragem na Figura 2.

No caso das culturas anuais, sugere-

Figuro 1

5

Figura 2

LABORAT6RIO ~ +--

aR Bayer CropScienceR .

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Muitos dos elementos quí-micos conhecidos são in-dispensáveis ao cresci-

mento das plantas. A ausência ou a pre-sença desses elementos em quantida-des insuficientes limitam seu ciclo vi-tal, comprometendo a produtividadeem muitas situações, significativamen-te. Essas limitações caracterizam o con-ceito da essencialidade dos elementosàs plantas.

Ao todo são considerados essenci-ais, 16 elementos sobre o ponto de vis-ta agronômico e fisiológico. Podemosclassificá-los como macronutrientes, poisestão dentro da planta em teores maisaltos, são eles: nitrogênio, fósforo, po-tássio, cálcio, magnésio e enxofre e osmicronutrientes, pois estão dentro daplanta em teores muito menores, sãoeles: bóro, cloro, zinco, cobre, ferro,manganês, molibdênio. Os elementos,carbono, hidrogênio e oxigênio são não

4 .• Especial - Correção e plantio

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se que as amostras simples sejam retiradasa uma profundidade de Oa 20 em. Toda-via, em sistemas mais intensivos e em ní-veis tecnológicos mais altos, o acompanha-mento da fertilidade do solo e outros fato-res que afetem a produtividade, é recomen-dável uma outra amostra adicional, reti-rada no mesmo orifício, na camada de 20a 40cm.

Em sistemas de plantio direto, ondeas informações técnicas para amostragemde solo ainda são escassas, sugere-se amos-

tragens a camadas menos profundas. Nes-te caso, recomenda-se amostragens nas ca-madas de O a 10 em e de lOa 20 cm , nasentrelinhas do plantio, preferencialmenteefetuadas com a pá-de-corte, de maneiraa termos uma amostragem como se fosseem uma trincheira na entrelinha.

Neste sistema, sugere-se de oi to a dezamostras simples por gleba.

Recomenda-se, tanto em plantioconvencional como em plantio direto,que a freqüência da amostragem de solo

em sistemas de uso intensivo da área,seja anual, podendo variar este prazo ano máximo de três a quatro anos, emsistemas com menor utilização das áre-as de plantio.

Ressaltamos ainda que a mais cor-reta identificação da amostra a ser en-viada ao laboratório deve ser observa-da. Uma etiqueta juntamente com aamostra de solo no saco plástico deveser anexada contendo as principais in-formações sobre a mesma.

zona de maior concentração e outra demenor concentração dos nutrientes,formando-se aí um gradiente. esteprocesso, a absorção dá-se pelo proces-so denominado difusão. Como menci-onado anteriormente, os macronutri-entes são absorvidos por processos di-ferentes. No caso do nitrogênio, ondeo nitrato (N-NOl) é a forma preferen-cial de absorção, o processo principal épor fluxo de massa. Mesmo processoaplica-se para o enxofre. No caso domagnésio e do cálcio, por estarem emconsideráveis concentrações na soluçãodo solo, os processos predominantes sãoo fluxo de massa, seguindo-se a inter-ceptação radicular. O fósforo, normal-mente em baixas concentrações na so-lução, a principal forma de absorção épor difusão. No caso do potássio, pre-sente em maiores concentrações que ofósforo e também devido a sua mobili-dade na solução, o processo prevalecen-

somente essenciais, estando presentesna água, no ar além de representar maisde 95% da matéria seca das plantas. Osódio, o silício e o cobalto são tambémessenciais, mas apenas para algumasespécies.

ABSORÇÃOAs plantas de milho absorvem os

elementos essenciais para seu cresci-mento através do sistema radicular,onde se encontram dissolvidos na so-lução do solo e são absorvidos por trêsprocessos fisiológicos específicos. As rai-zes entram em contato direto com es-tes nutrientes, sendo absorvidos porinterceptação radicular. Devido ao fatodo uso constante de água pela planta,os nutrientes são absorvidos juntamen-te com ela, através do processo chama-do de fluxo de massa e, finalmente, de-vido à absorção intensa dos nutrientes,cria-se nas proximidades das raizes uma

q~Bayer CropScience

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te é por difusão, porém a absorção porfluxo de massa é também considerável.

Com relação aos micronutrientes,o processo mais importante de absor-ção é por fluxo de massa seguindo-se aele, o da interceptação radicular.

RESPOSTA DA PLANTAOs nutrientes, quando aplicados ao

solo deficiente, afetam o crescimentovegetal e por conseguinte a produção.A relação entre a quantidade de nutri-entes aplicados ao solo e a produção degrãos, chama-se curva de resposta, asquais tem inúmeras utilidades, comoavaliar os efeitos dos fertilizantes (nu-trientes) sobre a produção como tam-bém a comparação das fontes usadascomo fertilizantes. Elas são baseadas detal forma a que não tenhamos outroselementos que limitem a resposta, massomente àquele que estamos efetiva-mente querendo avaliar. A Figura 3mostra esquematicamente uma curvade resposta característica desta relação

Observa-se nesta figura que a quan-tidade adicionada, deve ser suficientepara atingirmos valores próximos à pro-dução máxima e nunca aumentarmosas quantidades indeterminadamente,tornando-se antieconômica podendotambém acasionar problemas de exces-so de nutrientes no solo, induzindo aum efeito tóxico a planta, sem reflexosna produção.

PRINCIPAIS FUNÇÕES DO NUTRIENTEResumidamente, apresentaremos

algumas das funções dos nutrientes naplanta do milho, a saber:

Nitrogênio - participante na forma-

Correção e plantio - Especial • 5

Flávio Gassen

Aplicações de fertilizantes em quantidade indeterminadas, podem produzirefeito tóxico às plantas, além de tomar a produção antieconômica

ção de aminoácidos e proteínas, é es-sencial na fotossíntese, normalmenteestá em maiores quantidades do que amaioria dos outros elementos.

• Forma de absorção: absorvidonas formas amoniacal (NH4) e nítrica(N-N03)

• Sintoma de deficiência: amarele-cimento generalizado, iniciando o pro-cesso pelas plantas mais velhas (baixei-ras).

• Principais fontes usadas: sulfatode arnônio, nitrato de amônio, nitro-cálcio, uréia, fosfato monoamônio(MAP) e fosfato diamônio (DAP).

Fósforo - importante na fotossín-tese, na respiração, na divisão celular,no armazenamento e transporte deenergia. Relevante papel na formação

Figura 3

Produçãomáxima

o.C\S(,)I

::l"Cec.C1l

"Co•..c:C1lE::l«

III

Aumento IIIIII

BAIXA

IIIIIIIII

SUFICIENTE I EXCESSIVA

Efeitodepressivo

Quantidade fornecida de nutriente

e no desenvolvimento do sistema radí-cular.

• Forma de absorção: o fósforo éabsorvido principalmente como íon or-tofosfórico H2PO 4 -I.

• Sintoma de deficiência: os sinto-mas aparecem nas folhas mais velhas,aparentando uma cor púrpura (arroxe-ada). Há efeitos diretos sobre o cresci-mento das plantas, retardando a ma-turidade.

• Principais fontes usadas: super-fosfatos simples e triplo, fosfato mono-amônio (MAP), fosfato diamônio(DAP), fosfatos parcialmente acídula-dos.

futds.siQ - exerce papel muito impor-;5Jtante na fotossíntese, com efeitos dire-

tos na translocação de carboidratos pro-duzidos nas folhas, síntese de sacarose,de amido, proteín~s; e estreita relaçãocom o uso de água pela planta, espigasmal granadas são também freqüentes.

• Forma de absorção: o elemento éabsorvido pelas plantas na forma iôni-ca K+.

• Sintoma de deficiência: o sinto-ma mais comum é a queima das folhasao longo das margens, com aspecto elo-rótico, assemelhando-se a um "V" in-vertido.

• Principais fontes: o cloreto depotássio (KCI), tem sido a principal fon-te usada na agricultura, porém aindaexistem outras como o sulfato de po-tássio, sulfato duplo de potássio e mag-nésio e nitrato de potássio.

Macronutrientes secundários - cál-cio, magnésio e enxofre.

São denominados secundários porrazões de classificação agronômica, to-davia não são considerados secundári-os no crescimento da planta.

Câlaa - elemento essencial às plan-

ffi Bayer CropScience

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6 • Especial - Correção e plantio

Orientação profissional é fundamental na recomendação correta decorretivos ao solo, vistas as particularidades de cada região

tas, tem papel importante na paredecelular, estimula o crescimento radí-cular. A forma de absorção é íônica,Ca2+

Sintomas de deficiência: raramen-te tem sido observada a deficiência emcampo.

Magnésio - está ativamente presen-te na molécula de clorofila, como seuátomo central, de grande importânciaem inúmeros processos metabólicos. Aforma de absorção pela planta é iônica,Mg2+.

Sintomas de deficiência: tem iní-cio nas folhas mais velhas, com a pre-sença de uma clorose entre as nervu-ras, em estado mais avançados a cor tor-na-se amarelada/bronzeada.

E11xojrr - diferentemente do cál-cio e do magnésio, onde são absorvi-dos como cátions, o enxofre é absor-vido como ânion S04 -2. °elementoestá presente em vári-os compostos orgâni-cos, aminoácidos, en-zimas diversas e vita-minas.

Sintomas de defici-ência: aparecimento deuma clorose muito si-milar à do nitrogênio,porém tem início nasfolhas mais novas.

Micronutrientes -por serem exigidos emquantidades significa-

tivamente menores que os macronu-trientes, na maioria dos solos brasilei-ros, a identificação de sintomas de ca-rência, bem como, a correção tem sidodificultada, pelo uso crescente de pro-dutos ou fórmulas comerciais que jáos contenham.

De modo geral, o zinco é o elemen-to que tem merecido mais atenção nes-ta ultima década. Todavia, ressalta-seque o aumento do nível tecnólogicoatualmente em uso, promoverá inves-tigações mais amplas envolvendo osdemais microelementos de importân-cia agrícola.

zinca - elemento importante naprodução de corofíla e no crescimen-to. Sua deficiência promove um en-curtamento dos internódios seguin-do-se de um amarelecimento genera-lizado das folhas, e finalmente morteda gema apical.

ANÁliSE FOLlARA análisede tecidos vegetais nos

mostra os níveis adequados dos princi-pais nutrientes, abaixo dos quais a pro-dução poderá ser comprometida, e aci-ma dos quais poderá haver sintomas detoxídez, por excesso. Esses valores sãochamados de níveis críticos, e para acultura do milho são apresentados noQuadro I.

EXIGÊNCIAS NUTRICIONAISNo Quadro 2, são apresentados os

valores médios das exigências dos prin-cipais nutrientes na cultura do milho.

RECOMENDAÇÕES PARA CORREÇÃOA correção da acidez do solo, via

aplicação do calcário, tem sido funda-mental no suprimento das quantidadesde cálcio e de magnésio suficientes asplantas. °método de recomendação docorretivo tem as suas particularidadesregionais, portanto a presença de umprofissional da agronomia é fundamen-tal no emprego desta prática.

As recomendações de fertilizan-tes têm sido baseadas na reposiçãodas quantidades retiradas pelas plan-tas como também na recomposiçãodos níveis de fertilidade do solo parauma determinada produtividade.Devido à complexidade de fatores di-retamente envolvidos na recomenda-ção de fertilizantes e também a exis-tência de programas estaduais (Co-missões Estaduais de Fertilidade doSolo) os quais possuem informaçõesmais detalhadas com base em expe-riências locais/regionais, inibem aformulação de recomendações gerais,baseadas somente na literatura. Apresença, mais uma vez, do profissi-onal em agronomia é fundamentalna orientação e no acompanhamen-to da cultura, independentementedo nível tecnológico pretendido ouem uso. ~

Gilson Villaçf;l Exel PittaEmbrapa Milho e Sorgo

N SQuadro 1 - Faixa de valores considerados adequados para interpretação dos resultados da anólise de tecido vegetal

P K Co MgMACRONUTRIENTEdag/kg M.Seca

2,75-3,25 0,25-0,35 1,75-2,25 0,25-0,40 0,25-0,40 0,10-0,20Adaptado de lfI.lM.G 5' Ap,ox ,1999

B Zn Cu Mn FeMICRONUTRIENTEdog/kg M.Seco

~4-=20:-' 20-70 6-20 20-150 20-250

SQuadro2 - Exigências nutricionais da planta do milho para produção de 1 tonelada de grãos

N B Zn Fe

Adoptodo de Molovollo, ViII, e OlIVeira, 1997.!.""-...I..-...;...... •...•..•.•_4•.••0 170 100

ffi Bayer CropScience