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CORREDOR NORTE - LINHA DA BEIRA BAIXA - MODERNIZAÇÃO DO TROÇO COVILHÃ - GUARDA
Nélia Pinto1, Luís Ferreira2
1COBA, SA., Av. 5 de Outubro, 323, 1649-011 Lisboa, Portugal
email: n.pinto@cobagroup http://www.coba.pt
2IP Engenharia, Rua José da Costa Pedreira, 11, 1750-130 Lisboa, Portugal
[email protected] http://www.ipengenharia.pt
Sumario
Neste artigo apresentam-se alguns aspetos relacionados com a modernização da linha da Beira Baixa, troço
Covilhã - Guarda. Pretende-se, de forma sucinta, apresentar os trabalhos necessários à reabilitação e
modernização da infraestrutura ferroviária, tendo em conta as limitações impostas pelos vários constrangimentos
identificados na via existente (secular), implantada ao longo de um território com características orográficas
particularmente acidentadas.
A comunicação apresentará, sumariamente, as dificuldades encontradas ao longo do desenvolvimento dos estudos
e da obra, em curso, assim como as soluções preconizadas para as ultrapassar, num contexto de complexas
condicionantes técnicas.
Palavras-chave: Modernização; Reabilitação; Construção a meia encosta; Valorização do Património.
1. INTRODUÇÃO
1.1. Enquadramento Geral do Troço
O projeto de modernização da Linha da Beira Baixa, Troço Covilhã/Guarda, integrado nas intervenções prioritárias
do Corredor Internacional Norte, pretende dotar a linha da Beira Baixa das caraterísticas técnicas necessárias às
exigências do Corredor Ferroviário Atlântico garantindo a interoperabilidade ferroviária.
A modernização da via permitirá ainda recolocar a linha da Beira Baixa na mobilidade regional e de longo curso da Beira Interior, contribuindo para a melhoria da acessibilidade daquela região, descongestionando a Linha do
Norte e a Linha da Beira Alta.
Fig. 1. Corredor Internacional Norte
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O troço Covilhã/Guarda atravessa os Concelhos da Covilhã, Belmonte e Guarda e compreende a zona entre a
Estação da Covilhã e a Estação da Guarda, numa extensão de cerca de 46 km que compreende a Estação de
Belmonte e quatro apeadeiros: Caria, Maçainhas, Benespera e Sabugal.
A intervenção inicia-se ao km 165+600, nas proximidades da estação da Covilhã e termina cerca do km 211+330,
junto à cidade da Guarda, subdividindo-se em três sub-trechos:
1. km 165+600 - km 178+446 (proximidades do apeadeiro de Caria) - intervenção completa de
modernização da via, com exceção do troço inicial, entre o km 165+600 e a Ponte da Carpinteira
(intervenção parcial);
2. km 178+446 - km 188+500 - intervenção a nível do prolongamento da linha I da estação de
Belmonte, para permitir o cruzamento de composições até 600 m de comprimento; Instalação de
catenária, RCT+TP e caminho de cabos, em toda a extensão do sub-trecho;
3. km 188+500 - km 211+330 - intervenção completa de modernização da via.
Fig. 2. Localização Geral do Troço Covilhã/Guarda
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1.2. Intervenientes
Fig. 3. Intervenientes
Nota: A empreitada, em curso, inclui ainda a intervenção em 6 pontes, a construção de uma nova concordância
entre a Linha da Beira Baixa e a Linha da Beira Alta, assim como a construção de uma Passagem Inferior à via-
férrea, ao km 207+212 para suprimir uma PN ao km 206+160, cujos projetos não estiveram a cargo do Consórcio
Projetista COBA/TYPSA/TECNOFISIL/GRID.
1.3. Enquadramento Histórico
A Linha da Beira Baixa, originalmente denominada de Caminho de Ferro da Beira Baixa, entrou ao serviço em 6
de setembro de 1891, com a inauguração do 1º lanço - Abrantes/Covilhã, tendo a linha sido concluída com a
inauguração até à Guarda, em 11 de maio de 1893.
Em fevereiro de 2009, o troço Covilhã Guarda foi encerrado ao tráfego, tendo sofrido posteriormente algumas
intervenções tais como:
Reabilitação e reforço do Túnel do Sabugal (400 m) - Conclusão em Abril 2011 - A obra
consistiu na implementação do sistema de drenagem, reforço estrutural e rebaixamento de toda a
plataforma de via.
Reabilitação Integral de Via (RIV) do Troço Caria/Belmonte - Empreitada concluída em 2011.
Substituição de carris, colocação de travessas de betão, modernização da Estação de Belmonte e o
Apeadeiro de Caria.
Reabilitação do Troço compreendido entre o km 165+600 e a Ponte da Carpinteira no
âmbito da modernização da via no sub-troço Vale de Prazeres/Covilhã; Empreitada concluída em
2011.
Previamente ao encerramento ao tráfego, tinham sido beneficiadas cinco pontes metálicas (Belmonte, Pina, Tapada
das Cortes, Galrita e Rebolal) cuja empreitada foi concluída em 2004.
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1.4. Âmbito da Intervenção
As intervenções a desenvolver, no âmbito da Modernização que estiveram no âmbito do trabalho do Consórcio,
visaram fundamentalmente os seguintes aspetos:
• renovação integral de 36 km de via (Carril 60E1 e travessa betão polivalente);
• aproveitamento da plataforma ferroviária existente com as correções necessárias para garantir
velocidades de projeto entre 80 e 90 km/h para comboios convencionais de passageiros e
composições de mercadorias e de 100 km/h para comboios pendulares de passageiros;
• alargamento da plataforma existente em resultado da eletrificação da via (acomodação dos
postes de catenária) e da instalação infraestruturas de drenagem, sinalização e de telecomunicações;
• eletrificação a 2x25kv/50Hz da Via Férrea e instalação do sistema de Retorno de Corrente de
Tração e Terras de Proteção (Catenária e RCT+TP);
• prolongamento da Linha I da Estação de Belmonte, para permitir cruzamento de comboios com
600 m de comprimento;
• realização de uma nova diagonal na estação da Guarda para ligação da Linha da Beira Baixa à
Linha da Beira Alta (Ligação LBB-LBA), destinada a melhorar exploração ferroviária da Estação;
• Reabilitação/remodelação e modernização de estações e apeadeiros, incluindo o alteamento de
plataformas de passageiros para 0.685 m;
• construção de sistemas de drenagem, trabalhos de Apoio à Sinalização e Telecomunicações e
execução de trabalhos de estabilização de taludes;
• automatização das passagens de nível.
Fig. 4. Perfil Transversal Tipo Misto
1.5. Ficha Técnica
• extensão da via (via única) - 36 km; Superestrutura de Via - Constituída por Carril 60 E1,
travessa de betão monobloco polivalente (que permita operar com os dois tipos de bitola 1 668 mm
e 1 435 mm e) e fixação elástica tipo Vossloh W14;
• 13 Pontes e 1 Viaduto (via e eletrificação); Túnel do Sabugal - 400 m (via e eletrificação);
• volume total de escavação - 368 300 m3; Volume Total de Aterro - 41 130 m3;
• obras hidráulicas - 170 un.;
• reabilitação de 4 Apeadeiros (Caria, Maçainhas, Benespera e Sabugal) e da estação de Belmonte
(largo da estação);
• 18 Passagens de Nível automatizadas.
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2. SITUAÇÃO DE REFERÊNCIA
A caracterização da situação de referência, ocorreu entre junho e setembro 2016, tendo-se verificado dificuldades
de inspeção da via, função do denso coberto vegetal existente, particularmente nas zonas baixas, e também da falta
de acessibilidade a alguns pontos do traçado (obras hidráulicas, muros existentes, crista de taludes de escavação,
base de taludes de aterro, etc.).
2.1 Traçado/Terraplenagens
O troço desenvolve-se numa zona de orografia muito acidentada, caracterizada por relevo montanhoso e linhas de
água pronunciadas. O traçado é muito sinuoso, desenvolve-se a meia encosta, originando trechos com
terraplenagem de dimensão apreciável (aterros e escavações).
Fig. 5. Traçado a meia encosta (km 196+400) Fig. 6. Corte existente (km 199+300)
Identificou-se a presença de cortes expressivos em cenários geotécnicos muito heterogéneos desde solos a maciços
rochosos mais competentes. Identificaram-se também algumas estruturas de estabilização no local, fruto de várias
intervenções realizadas ao longo do tempo.
2.2 Obras de Arte Existentes (Pontes, Viaduto e Túnel)
Ao longo do traçado localizam-se 13 pontes e um viaduto que constituíram pontos singulares, condicionantes à
instalação de Postes de Catenária e fixação do traçado (ex.: a Ponte da Ribeira do Corges e a Ponte da Penha da
Barroca, cuja a proximidade a troços que se desenvolvem em curva circular impediu o aumento dos respetivos
raios em planta, para R = 5 000 m, a fim de evitar o prolongamento da curva para o interior do tabuleiro).
Algumas destas obras de arte já estavam intervencionadas (ponte da Tapada das Cortes, Rebolal e Galrita)
enquanto outras são agora objeto de beneficiação.
Entre, aproximadamente, o PK 206+025 e o PK 206+360 o traçado insere-se no Túnel do Sabugal (modernizado
no âmbito da intervenção ocorrida em 2011). Foi necessário efetuar alterações ao traçado por forma a assegurar a
passagem da via para o Gabarito PTb+ (não foi possível garantir o Gabarito PTc).
Fig. 7. Ponte Tapada das Cortes (km 201+050) Fig. 8. Saída do Túnel do Sabugal
2.3 Drenagem Existente
Dificuldades na inspeção de algumas obras devido à sua reduzida dimensão e às dificuldades de acessibilidade às
mesmas. Verificaram-se situações típicas de uma via centenária tais como PH localizadas sob os carris (canal entre
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travessas) e estruturas em alvenaria de pedra de dimensões variáveis (dimensão mínima 0,40 m) apresentando
algumas patologias que justificaram intervenções a vários níveis. Constatou-se, no entanto que a grande maioria
das obras apresentavam bom estado de conservação. A substituição destas PH exigiu, em certos casos, a construção
de valas extensas, uma vez que foi necessário baixar a cota de implantação das mesmas.
Fig. 9. Passagem Hidráulica em seção aberta
2.4 Passagens de Nível
Das 14 Passagens de Nível existentes (excluindo 7 na zona já intervencionada), serão mantidas 13 Passagens de
Nível (12 PN automatizadas e 1 PN pedonal). Foi suprimida a PN existente ao Pk 206+960, sendo o atravessamento
da via-férrea realizado através da PI ao km 207+212. Foi prevista automatização, sinalização adequada e
substituição do estrado de madeira por estrado de borracha do tipo STRAIL.
Fig. 10. Passagem de Nível (km 203+695)
2.5 Estações e Apeadeiros
Reabilitação em 4 Apeadeiros e na Estação de Belmonte (Largo da Estação). Exemplo da Intervenção no Apeadeiro de Benespera: Recuperação do Edifício de Passageiros, Arranjo dos espaços exteriores, Implantação de Estacionamento, Nova Plataforma de Passageiros (80 m) e Instalação de torre GSM-R (30 m).
Fig. 11. Apeadeiro de Benespera
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3 ASPETOS SENSIVEIS DO PROJETO
3.1 Traçado da Via
Numa 1ª fase, procedeu-se à verificação da conformidade dos parâmetros geométricos e de conforto cinemático,
para ambas as bitolas e para os vários tipos de material circulante, do traçado de base, patenteado a concurso
(projeto FERBRITAS 2011) com a documentação normativa, tendo-se identificado a necessidade de intervir em
alguns pontos do traçado tais como a passagem da via no Túnel e no Apeadeiro do sabugal. Finalmente, foram
ainda ajustados os valores da escala em algumas das curvas do traçado.
Alterações em Planta:
• Efetuaram-se ripagens, ao longo do eixo existente, a fim de minimizar os impactes resultantes
do alargamento da plataforma, nas terraplenagens (ripagens da ordem de 1/4 a 1/2 bitola); exceção:
Ripagem Máxima. de 6 m na curva ao km 176+400 - km 176+725 a fim de manter a homogeneidade
do traçado;
• Apeadeiro do Sabugal - Aumento do Raio da curva em que se insere o cais (de R = 307 m) para
R = 450 m e assim reduzir a escala de projeto ao valor mínimo de 100 mm (ripagem de 4,7 m para a
esquerda) evitando problemas de intervalo exagerado entre o material circulante (parado) e a bordadura do cais;
• Túnel do Sabugal (km 205+970 e o km 206+370) - Correção da diretriz para viabilizar o
gabarito de passagem do material circulante - Gabarito de Implantação de Obstáculos (GIO), tendo
como Contorno de Referência o Gabarito PTb+. Para a análise do gabarito ao longo do túnel foram
consideradas secções transversais obtidas a partir de levantamento topográfico do túnel, a laser,
equidistantes de 10 metros na zona em curva e de 25 metros no trecho reto.
Fig. 12. Validação do Gabarito
Alterações em Perfil Longitudinal:
• alteamento generalizado da rasante existente, da ordem de 12 cm, devido à alteração do carril e
da travessa de madeira (h = 130 mm) para o carril 60E1 (h = 172 mm) e travessa de betão monobloco
polivalente (h = 242,9 mm);
• alteamento adicional (cerca de 20 cm), para permitir acomodar a camada de sub-balastro sem
obrigar à retirada de material subjacente ao atual balastro;
• introduzidas várias alterações a fim de dar cumprimento à Instrução Técnica GR.IT.VIA.023,
nomeadamente os parâmetros e as extensões mínimas das curvas verticais de concordância.
3.2 Estruturas Hidráulicas - Critérios do Estudo
• PH existentes com vão ≤ 0.60 m que não foi possível aferir o seu estado de conservação e
funcionamento seriam substituídas por obras novas, devido a dificuldades de inspeção e
manutenção); Exceção: PH na base de aterros de grande dimensão que não evidenciam sinais de mau
funcionamento; cada situação será confirmada em obra, promovendo análise crítica à possibilidade
de manutenção da PH existente, em detrimento de execução de PH nova, evitando desta forma o
desmonte de aterros centenários;
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• PH existentes com vão ˃ 0.60 m foram previstos trabalhos de manutenção e conservação, (por
grau de degradação da estrutura), preconizando o prolongamento necessário e a adoção de novas
bocas de entrada e saída; Considerou-se 39 obras a manter (cerca de 23%);
• PH existentes com défice de capacidade de vazão face aos caudais de cálculo só serão
substituídas por obras novas, se o vão ≤ 0.60 m (exceção se apresentarem sinais de mau
funcionamento).
Fig. 13. Prolongamento da PH 200.3
3.3 IFTE - Alguns critérios do estudo
Instalação de Postes de Catenária
Foi possível evitar a fixação de postes de catenária em algumas pontes ou viadutos (inferior a 60 m). As obras
superior a 60 m terão alguns postes (fixação lateral ou direta). As Pontes metálicas exigiram soluções em pórtico
(ex: Galrita).
Gabarito vertical - 7,5 m
Permite de forma geral a passagem de catenária, assim como do feeder negativo, sem necessidade de amarrações
ou apoios na estrutura. Exceções: Túnel; PS ao km 167+112-7 m; PS ao km 208+570 (Passagem de Galegos),
considerou-se uma altura de fio de contacto de 4,82 m dado que a passagem superior tem uma altura de 5,62 m.
Fig. 14. Constrangimento na Passagem de Galegos
A piquetagem dos postes em PS
Foi realizada de forma a que as passagens superiores fiquem centradas num vão de catenária, evitando também
os seccionamentos e zonas comuns na zona de P.S. com o objetivo de facilitar a execução e a manutenção.
3.4 Terraplenagens
Verificou-se que a implantação do traçado conduziu a:
• escavações com altura importante, entre 6 e 10 m (pontualmente atingindo um máximo de 18,5 m); Alargamento de aterros geralmente com altura inferior a 4-6 m, atingindo um máximo de
9 m;
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• o balanço de volumes escavação/aterro indica um excesso de materiais, prevendo-se que os
aterros possam ser construídos com os materiais resultantes da escavação em linha (após adequada
seleção).
Taludes de Escavação - Adoção das seguintes geometrias (providas de banquetas para Taludes h ˃ 8-12 m):
o 1/1,5 (V/H) - Materiais terrosos mais descomprimidos / rochosos mais alterados e fraturados;
o 1/1 (V/H) para os materiais rochosos de qualidade intermédia;
o 1,5/1, 2/1 e 3/1 (V/H) para os materiais rochosos de melhor qualidade.
Taludes de Aterro - Inclinação geral de 1/2 (V/H). A presença de condicionantes geométricos implicou a adoção
de inclinações superiores. Exemplo da Figura 15, onde se preconizou um reperfilamento do aterro existente
acompanhado de um revestimento em enrocamento argamassado.
Fig. 15. Tratamento preconizado para o aterro de aproximação à ponte do Rio Zêzere
3.5 Medidas de Estabilização
Condicionantes topográficos e de ocupação (restrição dos limites do canal ferroviário) levaram à preconização das
seguintes medidas estabilizadoras/estruturas de contenção:
• estruturas de contenção/muros de suporte de betão armado, em consola - 2 situações pontuais;
• paredes de betão armado, pregadas - 22 situações;
• redes de dupla torção para proteção de taludes, eventualmente com execução de pregagens - 54
situações e redes de alta resistência - 1 situação.
Confirmação das Soluções - Procedeu-se, em fase de obra, à confirmação da adequabilidade das soluções de
projeto, tendo-se procedido à revisão/complemento das mesmas, sempre que necessário;
Taludes Existentes - Os taludes de escavação existentes, não abrangidos pelo alargamento, mas que integram a
futura via, foram também sujeitos à análise criteriosa e alvo de medidas estabilizadoras, se necessário;
Estruturas existentes - Serão alvo de operações de limpeza e reparação de eventuais patologias superficiais
existentes no paramento, tais como reparação de juntas desguarnecidas e o preenchimento de fendas existentes.
4 OBRA EM CURSO
No decorrer da obra, pontualmente, têm sido identificadas algumas seções críticas (largura muito reduzida) devido
a condicionantes de ocupação lateral. Apresentam-se, abaixo, 2 casos ocorridos em fase de obra.
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4.1 Constrangimento em situação de Aterro - Instalação de Infraestruturas
Fig. 16. Aterro junto à ponte da Baiuca - Utilização de negativos
4.2 Constrangimento à saída do túnel - Instalação de Infraestruturas
• trocar a posição relativa do poste de catenária com a da caleira de drenagem (cuja tampa
perfurada, permite ficar sob o balastro);
• colocação do caminho de cabos sob a caleira, usando as tipologias TCE1, TCE2 ou TC3
previstas na Norma técnica de Cabos;
• construir muros de suporte de proteção de postes (nicho) no talude de escavação para permitir a
colocação dos postes de catenária, à distância normalizada de 2,80 m do eixo da via-férrea.
Fig. 17. Saída do Túnel - Seção reduzida
5 CONCLUSÕES
Releva-se a importância do trabalho em equipa (Dono de Obra/LNEC/Projetista/Fiscalização/Empreiteiro) na
confirmação da adequabilidade das soluções de projeto, face à realidade verificada no terreno (com particular
relevância em situações onde a caracterização da situação de referência/objeto de intervenção é extremamente
difícil).
Tratando-se de uma via secular, inserida num contexto orográfico particularmente complexo, impôs-se a procura
de soluções pouco invasivas que permitissem preservar, ao máximo, a sua matriz original, assegurando em
simultâneo o cumprimento dos objetivos finais - Modernização da linha férrea entre Covilhã e Guarda.
6 AGRADECIMENTOS
Agradecimento a todos os intervenientes, com especial menção à IP - Infraestruturas de Portugal, S.A..