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Química aplicada ao processo de corrosão Elizael de Jesus Gonçalves 1 INDÍCE 1. ÁCIDOS E BASES ______________________________________________________________________________ 2 TEORIA DE ARRHENIUS ________________________________________________________ 2 TEORIA DE BRÖNSTED-LOWRY __________________________________________________ 3 TEORIA DE LEWIS ____________________________________________________________ 3 TEORIA CLÁSSICA DA REAÇÃO ÁCIDO-BASE __________________________________________ 3 ÁCIDOS ___________________________________________________________________ 3 BASES _____________________________________________________________________ 4 SAIS ______________________________________________________________________ 4 2. CORROSÃO _____________________________________________________________ 4 3. ELETROQUÍMICA E AS REAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE ELÉTRONS ___________________ 5 4. PROBLEMAS DE CORROSÃO ______________________________________________ 9 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE CORROSÃO __________________________________________________10 FATORES QUE POTENCIALIZAM A AÇÃO DEGRADANTE DA CORROSÃO_____________________ 13 REVESTIMENTOS _________________________________________________________________________________14 INIBIDORES DE CORROSÃO _______________________________________________________________________14 TÉCNICAS DE MODIFICAÇÃO DO MEIO CORROSIVO ______________________________________________14

Corrosão

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  • Qumica aplicada ao processo de corroso

    Elizael de Jesus Gonalves 1

    INDCE

    1. CIDOS E BASES ______________________________________________________________________________ 2

    TEORIA DE ARRHENIUS ________________________________________________________ 2

    TEORIA DE BRNSTED-LOWRY __________________________________________________ 3

    TEORIA DE LEWIS ____________________________________________________________ 3

    TEORIA CLSSICA DA REAO CIDO-BASE __________________________________________ 3

    CIDOS ___________________________________________________________________ 3

    BASES _____________________________________________________________________ 4

    SAIS ______________________________________________________________________ 4

    2. CORROSO _____________________________________________________________ 4

    3. ELETROQUMICA E AS REAES DE TRANSFERNCIA DE ELTRONS ___________________ 5

    4. PROBLEMAS DE CORROSO ______________________________________________ 9

    CLASSIFICAO DOS PROCESSOS DE CORROSO __________________________________________________ 10

    FATORES QUE POTENCIALIZAM A AO DEGRADANTE DA CORROSO _____________________ 13

    REVESTIMENTOS _________________________________________________________________________________ 14

    INIBIDORES DE CORROSO _______________________________________________________________________ 14

    TCNICAS DE MODIFICAO DO MEIO CORROSIVO ______________________________________________ 14

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    1. CIDOS E BASES

    INTRODUO

    Substancias cida ou alcalina, tornaram-se as primeiras a ser estudas, a primeira

    definio de cido toda substncia que continha sabor azedo e, atravs da realizao de

    estudos este sabor azedo que alguns cidos fracos possuem, presena de cidos carboxlicos

    em sua composio.

    Como alguns exemplos, temos:

    cido actico (vinagre);

    cido D-Ltico (Leite coalhado);

    cido Ctrico (suco de limo).

    J substancias alcalina ou bsica, tornaram-se conhecidas pelo termo lcalis. E

    eram utilizadas para neutralizar ao de cidos.

    Nisso Helmont foi um dos primeiros qumicos a produzir um cido inorgnico em

    laboratrio, obteve cido Sulfrico atravs do aquecimento de sulfato ferroso. E por volta de

    1663, Robert Boyle, fez uma descoberta incrvel que revolucionou a Qumica Analtica,

    utilizao de indicadores cido-Base, atravs do experimento com uma tintura vegetal azul

    (litmus) transformando em vermelha.

    TEORIA DE ARRHENIUS

    Arrhenius, intrigado pelas poucas propriedades em que cido e bases eram

    classificados, props a seguinte teoria: cido ou base so substancias neutras que ao entrar em

    contato com gua sofrem ionizao ou dissociao, e faz com que a soluo torne-se um

    excelente condutor de eletricidade por causa da formao de espcies inicas.

    Atravs desta observao Arrhenius, descriminou as seguintes propriedades de

    cidos e bases; cidos, so todas as substancias que ionizam em gua pura, e forma um prton

    uma espcie carregada de forma positiva, conhecido como ction e, uma espcie carregada

    negativa, conhecida como nion, ou seja, todo cido quando se ionizar em gua deve liberar

    ou auto protonar, esse prton o Hidrognio (H+); bases so todas as substancias que dissocia

    em gua pura, e forma um on hidroxila (-OH) espcie carregada de forma negativa,

    conhecido como nion e, uma espcie carregada positiva, conhecida como ction, que um

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    metal, ou seja, toda base quando se dissocia em gua deve liberar um on hidroxila em meio

    aquoso, essa hidroxila considera como representao de substancias alcalinas.

    Temos que os cidos de Arrhenius so todos aqueles, em que o tomo de hidrognio

    esta ligado a um elemento eletronegativo. As bases de Arrhenius so todas aquelas, em que o

    on hidroxila esta ligado diretamente a metais e, estes podem ser metais alcalinos, alcalinos

    terrosos, e grupo 13 A.

    TEORIA DE BRNSTED-LOWRY

    Independente das definies de Arrhenius props quando um cido reage com uma

    base, forma um par cido-base conjugado, e definiram que alm de um cido capaz de doar

    um prton e uma base uma espcie com para de eltrons livres capaz de receber um prton.

    O termo cido refere-se ao on hidrognio na forma de prton, proveniente de um

    cido forte ou fraco, que contenha um tomo de hidrognio, agindo como prton. E temos que

    a outra parte ser uma base se aceitar um prton.

    TEORIA DE LEWIS

    Em 1923, Lewis props que os cidos e bases, tinha que possuir uma teoria

    abrangente, ento, de acordo com a interpretao da ligao covalente. Um cido uma

    espcie que aceita um par de eltrons e, uma base uma espcie que possui par de eltrons

    para doar ou compartilhar durante uma ligao.

    TEORIA CLSSICA DA REAO CIDO-BASE

    CIDOS

    definido como substncia que se ioniza em presena de H2O, formando ons H+,

    como nicos ons positivos. Sabe-se que os ons hidrognio (prtons) no existem em

    solues aquosas, pois devido ao hidrognio ser instvel na forma de on, ento se recombina

    por interao da ligao de hidrognio a molcula de H2O, por est coordenao essa

    molcula possui pares de eltrons livres do tomo de oxignio e com isso temos a formao

    de ons hidrnio (cido conjugado da gua).

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    BASES

    substncia, que se dissociam em presena de gua, formando uma nica espcie de

    on negativo denominada hidroxila (-OH). Bases tambm podem ser monobsicas ou

    polibsicas. Seguindo o mesmo principio dos cidos.

    SAIS

    So produtos provenientes de reaes entre cidos e bases, denominado de reaes

    de neutralizao, devido formao de gua.

    2. CORROSO

    INTRODUO

    O objetivo fundamental da eletroqumica o estudo de sistemas capazes de entregar

    trabalho til eltrico a partir de reaes qumicas de oxidao-reduo (clulas galvnicas) ou

    de sistemas nos quais ocorrem processos de oxidao-reduo ao receberem trabalho til

    eltrico (clulas eletroqumicas).

    Os primeiros estudos eletroqumicos datam de 1786 e foram realizados por Galvani,

    que observou uma perna de r que se movia quando de aplicava uma descarga eltrica. Mais

    tarde, Volta verificou que o tecido da perna permitia a passagem de eletricidade, explicando o

    fenmeno. Ento em 1.796, Volta teve a maior descoberta que foi a pilha voltaica, formada de

    chumbo e prata imersos.

    Assim, em 1.800 teve-se a descoberta da eletrolise da gua, envolvendo a liberao

    de hidrognio e oxignio, a proposta do mecanismo de salto protnico para conduo de

    corrente de eletricidade em solues cidas.

    Finalmente, em 1835 surgiram as leis de Faraday, que continuam sendo vistas at

    hoje, visto que a matria tem sua estreita relao com a estrutura fundamental da matria.

    Num aspecto muito difundido e aceito universalmente pode-se definir corroso como

    deteriorao de um material, geralmente metlico, por ao qumica ou eletroqumica do meio

    ambiente associada ou no a esforos mecnicos.

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    A corroso , em geral, um processo espontneo e, no fora do emprego de

    mecanismos protetores temos a destruio dos materiais metlicos, j que o processo de

    corroso so reaes qumicas e eletroqumicas que se passam na superfcie do metal. O fato

    de a corroso ser uma reao de superfcie faz supor que ela possa ser controlada pelas

    propriedades do produto da corroso.

    Ento, para compreender o que acontece no processo de corroso, utilizamos as

    reaes de transferncias de eltrons, denominadas de reaes redox, tornando-se o foco da

    eletroqumica.

    3. ELETROQUMICA E AS REAES DE TRANSFERNCIA DE ELTRONS

    O termo oxidao era aplicado a processos onde o oxignio era aceito por uma

    substncia, e a reduo era considerada pelo processo de remoo do oxignio. A aceitao ou

    perda de hidrognio tambm era considerado um processo redox.

    Mas essa definio ficou ultrapassada e, agora o termo de oxidao ou reduo

    baseia-se no acumulo ou perda de eltrons.

    Exemplo:

    A reao entre os ons de ferro III e estanho II conduz a formao de ons ferro II e estanho

    IV.

    2 Fe3+

    (aq) + Sn2+

    (aq) 2 Fe2+

    (aq) + Sn4+

    (aq)

    A reao acima teve transferncia, pois o ferro III foi reduzido a ferro II, e o estanho II foi

    oxidado a estanho IV.

    TERMOS IMPORTANTES NAS REAES REDOX

    Durante uma reao redox, os eltrons so transferidos de um reagente para outro, ou

    seja, uma espcie perder eltrons e a outra espcie ganhar eltrons. Considera-se que a

    perda de eltrons por uma espcie torna-se o processo de oxidao e, o ganho de eltrons por

    uma espcie torna-se o processo de reduo.

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    Exemplo:

    Assim, temos que as reaes redox so a juno de duas semi-reaes, uma reao de

    oxidao e outra de reduo.

    Exemplo:

    Semi-reao de reduo: Ce4+

    (aq) + e- Ce

    3+(aq)

    Semi-reao de oxidao: Fe2+

    (aq) Fe3+

    (aq) + e-

    Reao global: Fe2+

    (aq) + Ce4+

    (aq) Ce3+

    (aq) + Fe3+

    (aq)

    CLULAS GALVNICAS E ELETROQUMICAS

    CLULA GALVNICA

    Para estudar os equilbrios de oxidao-reduo convencionalmente medindo o a

    variao no potencial da clula, onde avaliado pelas as duas semi-reaes que compem o

    equilbrio do sistema; a variao do potencial da clula galvnica positivo tornando essa

    reao redox espontnea. A meia clula onde ocorre a oxidao chamada de nodo, a outra

    meia clula onde ocorre a reduo chamada de ctodo.

    A meia clula onde ocorre a oxidao, temos que o eletrodo gasto e, concentra a

    soluo. A outra meia clula onde ocorre a reduo, temos que esse eletrodo sofre uma

    deposio e, tem sua concentrao na soluo reduzida.

    medida que a reao redox vai acontecendo tem a migrao do eltrons do nodo

    para o ctodo; o nodo o eletrodo que sofre oxidao, vai se tornando mais eletropositivo

    devido perda de eltrons; e no ctodo, eletrodo que sofre reduo vai se tornando mais

    eletronegativo devido ao acmulo de eltrons; com o tempo a reao tende a cessar; isto por

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    que temos o acumulo de cargas positivas e negativas nas duas meia clula, para que isto no

    ocorra utiliza-se conectar as duas meias clulas com uma ponte salina.

    Ponte salina contm nions e ctions que fazem o balanceamento das cargas,

    diminudo a intensidade das cargas positivas e negativas, conforme mostra a figura 1.

    Figura 1. Esquema de uma clula eletroqumica.

    REPRESENTAO IUPAC DA CLULA GALVNICA

    Oxida (Polo (-)) // Reduz (Polo (+))

    M(s)/Mn+

    (aq) // Ln+

    (aq)/L(s)

    nodo // Ctodo

    POTENCIAIS DE ELETRODOS

    Quando se constri uma clula galvnica, observa-se diferena mensurvel de

    potencial entre os dois eletrodos. Se o fluxo da corrente for insignificante, essa diferena do

    potencial igual fora motriz da clula, e o valor absoluto considerado pela diferena dos

    potenciais individuais.

    f.e.m = |E1-E2|

    A diferena de potencial que se desenvolve entre todos os eletrodos da clula

    medida da tendncia da reao em prosseguir de um estado de no equilbrio para condio de

    equilbrio; a diferena do potencial eltrico que ser observada quando duas meia-pilhas

    diferentes conectada entre si, medindo o potencial padro de reduo (E).

    O potencial padro do eletrodo (E) uma constante fsica importante que fornece

    informaes quantitativas relacionadas ao desenvolvimento de uma meia clula. Este refere-se

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    exclusivamente reao de reduo, ele mede a fora relativa da tendncia em guiar uma

    semi-reao. Por ser uma constante independe da concentrao molar dos reagentes e

    produtos. responsvel por indicar se a reao espontnea. Na tabela 1 segue anexados

    alguns potenciais padres do eletrodo.

    Tabela 1. Potencial padro do eletrodo.

    CLULA ELETROQUMICA

    Nos tipos de pilhas vistos anteriormente verificou-se que a diferena entre o

    potencial entre os eletrodos devida somente aos potenciais diferentes desses eletrodos e

    originria de processo espontnea. Podem ocorrer, casos em que a diferena de potencial

    proveniente de uma fonte de energia externa, no sendo necessrio que os eletrodos sejam

    diferentes em sua natureza qumica, ou seja, processo no espontneo, onde a reao que

    acontece no nodo a reduo, e a reao que acontece no ctodo a oxidao, conforme

    mostra a figura 2.

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    Figura 2. Clula Eletroqumica.

    REPRESENTAO IUPAC DA CLULA ELETROQUMICA

    Oxida (Polo (-)) // Reduz (Polo (+))

    M(s)/Mn+

    (aq) // Ln+

    (aq)/L(s)

    Ctodo // nodo

    4. PROBLEMAS DE CORROSO

    CORROSO

    A corroso consiste na deteriorao dos materiais pela ao qumica ou

    eletroqumica do meio, podendo estar ou no associado a esforos mecnicos.

    A corroso pode incidir sobre diversos tipos de materiais, sejam metlicos como os

    aos ou as ligas de cobre, por exemplo, ou no metlicos, como plsticos, cermicas ou

    concreto.

    A nfase aqui descrita ser sobre a corroso dos materiais metlicos. Esta corroso

    denominada corroso metlica.

    OS PROBLEMAS DE CORROSO

    Selecionar material com inadequada resistncia corroso para uma determinada

    aplicao pode ser um oneroso. Perdas diretas e indiretas que podem resultar de um ataque

    corrosivo podem ser:

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    Quebra de equipamento e prejuzos.

    Substituio prematura de equipamentos com reflexos no custo industrial.

    Necessidade de projetos superdimensionados para suportar os efeitos da corroso:

    exemplo aumento nas espessuras, dimetros etc.

    Paralisao inesperada do equipamento causando transtornos no planejamento de

    produo.

    Perda de um produto (exemplo, se uma tubulao de um sistema hidrulico

    desenvolve um vazamento devido a uma corroso induzida, contaminando o produto).

    Perda de eficincia (exemplo, produtos gerados pela corroso diminuem a velocidade

    de transferncia de calor em um sistema de resfriamento).

    Algumas destas perdas indiretas podem custar mais que a diferena de preo entre

    um material que teria um desempenho satisfatrio e outro que no. Portanto importante

    considerar o potencial de perdas indiretas devido corroso quando for feita a seleo do

    material a ser aplicado. Corroso tambm constitui um significativo risco de segurana

    quando a falha ocorre em partes crticas de um meio de transporte.

    Alm dos aspectos econmicos e segurana, corroso importante do ponto de vista

    de conservao de recursos de materiais.

    CLASSIFICAO DOS PROCESSOS DE CORROSO

    Dependendo do tipo de ao do meio corrosivo sobre o material, os processos

    corrosivos podem ser classificados em dois grandes grupos, abrangendo todos os casos

    deteriorao por corroso:

    - Corroso Eletroqumica

    - Corroso Qumica.

    Os processos de corroso eletroqumica so mais frequentes na natureza e se

    caracterizam basicamente por:

    - Necessariamente na presena de gua no estado lquido;

    - Temperaturas abaixo do ponto de orvalho da gua, sendo a grande maioria na

    temperatura ambiente;

    - Formao de uma pilha ou clula de corroso, com a circulao de eltrons na

    superfcie metlica.

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    Nos processos de corroso, os metais reagem com os elementos no metlicos

    presentes no meio, O2, S, H2S, CO2 entre outros, produzindo compostos semelhantes aos

    encontrados na natureza, dos quais foram extrados.

    Conclui-se, portanto, que nestes casos a corroso corresponde ao inverso dos

    processos metalrgicos.

    Figura 3. Ciclo dos metais.

    Os processos de corroso qumica so, por vezes, denominados corroso ou

    oxidao em altas temperaturas. Estes processos so menos frequentes na natureza,

    envolvendo operaes onde as temperaturas so elevadas.

    Tais processos corrosivos se caracterizam basicamente por:

    - Ausncia da gua lquida;

    - Temperaturas, em geral, elevadas, sempre acima do ponto de orvalho da gua;

    - Interao direta entre o metal e o meio corrosivo.

    Como na corroso qumica no se necessita de gua lquida, ela tambm

    denominada em meio no aquoso ou corroso seca.

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    PRINCIPAIS FORMAS DE CORROSO:

    Corroso Uniforme Geral: Ataque corrosivo caracterizado por uma diminuio da

    espessura do material devido uma perda regular de metal da superfcie corroda.

    Atmosfrica: Corroso ou degradao do material quando exposto ao ar e seus poluentes

    principalmente em atmosferas midas. Ex. Estrutura metlica de ao abandonada, caixa

    dagua, pontes metlica, etc.

    Galvnica: Corroso que ocorre quando metais ou ligas com potenciais eletro-qumicos

    diferentes so acoplados um ao outro. Ex. corroso do parafuso de ferro na antena de TV

    que fabricada de alumnio.

    Corrente de Fuga: Corroso causada por fuga de corrente eltrica contnua devido a um

    aterramento eltrico mal executado.

    Biolgica Geral: Corroso microbiolgica refere-se a corroso e perda de metal causada

    por microorganismos. caracterizada por pequenas colnias dispersas. Ex. corroso da

    hlice de barcos quando microorganismos a ela se agregam liberando ou absorvendo

    oxignio. Este fenmeno particularmente observado em indstrias de conservas

    alimentcias.

    Sais Fundidos: Corroso de metais devido ao de vapores de sais fundidos. Ex.

    Instalaes de tratamento trmico de metais onde o aquecimento e feito atravs de sais

    fundidos.

    Metais Lquidos: Degradao corrosiva de metais em presena de certos metais lquidos

    como mercrio, zinco, chumbo e cdmio. Esta ao corrosiva pode provocar: dissoluo

    qumica metal/metal (amalgamao), fragilizao e quebra.

    Alta Temperatura: Corroso pela reao de metais expostos a agentes oxidantes a altas

    temperaturas provocando: Oxidao, Sulfetao, Carbonizao e outras formas menos

    comuns. Ex. metais ou ligas quando aquecidos a partir de um combustvel contaminado,

    por exemplo, com enxofre.

    CORROSO LOCALIZADA

    Filiforme: Ocorre em superfcies pintadas com um delgado filme de tinta base orgnica,

    tipicamente 0.1mm de espessura, caracterizado pela aparncia de finos filamentos em

    direes semi-aleatrias de uma ou mais fontes.

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    Fissura: Corroso que ocorre em trincas, estreitas aberturas ou espaos metal/metal ou

    no-metal/metal.

    Corroso por Pontos: Corroso extremamente localizada caracterizada por aparecimento

    de pequenas depresses sobre a superfcie metlica. A corroso por pontos observada

    sobre superfcies com pouca ou nenhuma corroso generalizada.

    Microbiolgica localizada: Corroso que ocorre quando organismos biolgicos so a

    nica causa ou fator de acelerao na corroso localizada.

    CORROSO DEVIDO A FATORES METALRGICOS

    Intergranular: Corroso que ocorre quando a velocidade de corroso das reas de

    contorno de gros (metalrgicos) de uma liga excede quela do interior do gro. Este

    fenmeno ocasiona a migrao de elementos em direo aos contornos de gros e o

    conseqente empobrecimento da matriz metalrgica.

    Deslocamento: Uma forma de corroso caracterizada pela remoo preferencial de um dos

    componentes da liga deixando para traz uma estrutura residual alterada.

    FATORES QUE POTENCIALIZAM A AO DEGRADANTE DA CORROSO

    Eroso: Remoo do material superficial pela ao de vrios impactos de partculas

    slidas ou lquidas.

    Frico: Atrito entre duas superfcies metlicas ou no.

    Cavitao: O fenmeno cavitao ocorre e, reas com altas velocidades de fluxos e

    rpidas mudanas de presses. Isto causa colapso de bolhas de gs ou vapor projetando

    foras poderosas na superfcie metlica removendo a camada de passivao e desta forma

    potencializando a corroso.

    Fadiga: o resultado de aes combinadas de tenses cclicas.

    Ruptura Induzida Pelo Meio Ambiente: Formas de falhas que so produzidas em materiais

    com tenses residuais.

    Trincas sob tenso: Propagao de trinca devido a uma tenso aplicada.

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    MTODOS QUE MELHORAM A RESISTNCIA CORROSO

    Alguns materiais de elevado uso industrial possuem baixa resistncia a corroso na

    maioria dos meios. Esta resistncia pode ser melhorada, ampliada ou at mesmo obtida no seu

    mais elevado grau, utilizando tcnicas ou mtodos de proteo anticorrosiva.

    REVESTIMENTOS

    Os revestimentos constituem-se em pelculas interpostas entre o metal e o meio

    corrosivo, ampliando a resistncia corroso do material metlico.

    Esta pelcula pode dar ao material um comportamento mais nobre, como o caso das

    pelculas metlicas mais catdicas que o metal de base, ou proteg-lo por ao galvnica, ou

    ainda, se constituem numa barreira entre o metal e o meio.

    Os revestimentos podem ser: metlicos, no metlicos inorgnicos ou orgnicos e a

    sua utilizao pode ser no aumento da resistncia corroso atmosfrica, na imerso e na

    corroso pelo solo.

    INIBIDORES DE CORROSO

    O aumento da resistncia corroso pelo uso dos inibidores de corroso constitui-se

    em uma tcnica muito utilizada, especialmente quando o meio corrosivo lquido.

    Os inibidores so compostos qumicos adicionados ao meio que promovem

    polarizao andica ou catdica, ou so formadores de pelcula que aumentam a resistncia de

    contato das reas andicas e catdicas.

    TCNICAS DE MODIFICAO DO MEIO CORROSIVO

    Alm dos inibidores que agem atravs do meio corrosivo h outras tcnicas

    importantes de modificao do meio, dentre elas vale destacar a desaerao e o controle do

    pH.

    A desaerao consiste na retirada de oxignio do meio, sendo o oxignio um agente

    despolarizante, com a sua retirada favorece-se a polarizao catdica com a conseqente

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    diminuio da intensidade do processo corrosivo. O controle de pH visa favorecer a

    passivao dos metais, que se tornam passivos com o pH ligeiramente bsico.

    Estes dois mtodos de aumento da resistncia a corroso so muito utilizados em

    sistemas de gua de refrigerao, gua de caldeira, gua de injeo em poos de petrleo, em

    fluidos diversos como os de perfurao de poos de petrleo e os de complementao.