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REVISTA ILLUSTRADA

tobtci JltataaMRio, 18 tln Fevereiro 1890.

DANTAS JÚNIOR

A' ultima hora, com dolorosa surpresa,recebemos a noticia do fallecimento d'cstenosso antigo companheiro de trabalho.

O infausto acontecimento deu-se em I'e-lotas, aonde o nosso amigo procurava alli-vios nos seus ine.uiimodos de saúde.

Pela impossibilidade de o fazer n'esienumero, publicaremos no próximo, o seuretrato, assim como alguns micos da suabiograplii.i, prestando, issim, a lu.inena-gem devida, a esse companheiro de dezannos de trabalho.

1.SPECIE DE f HRONICA

Não ha a mennr duvida,de que a DivinaProvidencia, apesar de não ser citadaem nossa Constituição, representa, para oBrazil, o importante papel de... oitavoministro.

Da invisível repartição a seu cargo, de-ve-se dizer, não tem o povo, até hoje, osmais leves motivos de queixa I

Graças á sua boa vontade, o choleranãonos visita ; a febre amarella cede ante oabaixamento da temperatura ; as rachasdo Pedregulho são suppridas pelas abun-dantes cascatas das nuvens ; os visinhostemerosos, que nos ameaçam, veem-sede-tidos pelo mau estado de suas finanças;as pendências internacionaes amortecem-se pela distancia ; emfim, o ministério acargo da Providencia, dá, sempre, remédioâs calamidades, não só da sua pasta, masatè das outras sete, que lhe servem decontrapeso.

Ob I como devemos ser gratos ao EnteSupremo, não 1 — ao Sr. José Bento I

+

Podemos dormir tranquillos 1 Um olho

perspicaz e sem palpebras, veia pela nossavida, pela nossa fortuna, e, até pelo bemestar das instituições.

Se apertarem comnosco, para qne di-

gamos por que razões a bancarota, asepidemias e a guerra civil, não se domi-ciliaram, permanentemente, entre nós, te-remos de nos vêr muito embaraçados e deappellar para motivos, todos, de ordemsobrenatural.

Como é que os senhores ainda teemuns vestígios de força e umas apparenciasde civilisação? Vamos,digam I Expliquem

quem foi que fez isso 1Como, as ereanças, timoratas e assus-

tadas, a quem o mestre perguntava, n'umtom rispido, quem foi que fez o mundo,nós teremos, também, de responder, num

pranto copioso e com a voz cortada de so-1 ticos :

Não fomos nós, não senhor I¥¦* *

E assim vivemos felizes, k mercê doaceaso on de um ministro, que dizem estaram toda a parte, mas que ninguém vê, e

que,âs vezes,tarda, um pouco,em ouvir asnossas reclamações.

Agora mesmo deu-se o caso.Temos gas.o cerca de trinta mil contos

pnra abastecer de água a nossa cidade, e,a avaliar pelos relatórios, o llio de Janeiroé a uma das capitães que dispõe do maior

quantidade de protoxino de liydrogenio.Quando, porém, lia uma sèr.ea de 15 oy•2U dias, a agna torna-se um objecto deluxo, de uma raridade aristocrática, maisesquiva do que uma virgem chineza emais difficil de descobrir do que um veiode ouro.

Começam todos a grilar, ha mil brigas,mil descomposturas, mil doéstos, até quealguém se lembra de fizer preces ad pe-tendam pluviam, e então, a secretraríados negócios do Altíssimo dá as suasordens e água ene em torrentes.

Por pouco que se morre afogado. Mas,ocontentamento é geral.** *

Não tentamos, sequer, esboçar, quantoisto é humilhante e vergonhoso.

A gloria do .homem, consiste, justa-mente, no contrario : nlo viver á mercêdas blaivlicias da natureza, mas prevê-nir-ae contra as suas atrocidades, e, n'nma

palavra, dominal-a, como um domador in-trepido a um leão selvagem .

Vimos, ha pouco, essa lucta bem cara-cterisada em França,com o apparecimentodu cholera em Marselha.

N'um momento de pânico, quando todos

queriam fugir, as mais elevadas classessociaes iam ao encontro do fligello. O go-verno punha em campo todos os seusre-cursos; as associaçõis de protecção abriamos seus cofres; grupos de médicos e de en-fermeiros, partiam,pelo trem expresso, emdirecção ao ponto do perigo, e, nadamenos de tres ministros, apresentavám-seem Marselha,para dirigirem,pessoalmente,os serviços.

As populações ganharam confiança e aconflagração abortou.

Lembremo-nos do que se fez no Brazil,

por oceasião da sècca do Ceará. O governocommissionou uns tantos sujeitos, quefiram enriquer com a fome e com a mi-seria dos seus concidadãos.

E' inulil apresentar outras anthiteses.Isto dóe, até em quem as registra I

* *Asfora, reflictamos em nosso estado.O Rio de Janeiro, é uma cidade amea-

cada, durante o verão,de longas estiadas.ft' cousa freqüente, termos de atravessardois mezes de grande calor, sem chuvas,e ameaçados da febre amarella. As nossasarmas de defesa consistem, em não deixarem tempo algum, abater as mattas ter-restres ou maritimas,qne cercam a cidade;vigiar pela hygiene e prover, abundante-mente, de água, a população.

Essa grande batalha, de dois ou tresmezes, com um sol de fugo, que turra a9

plantas e que fulmina os homens, nós aempenharíamos com altivez, com orgulho,se tivéssemos á disposição a principalarma de. defesa: a água, D'esse prélio gi-gante com as inclemencias da natureza,

ganharia o caracter nacional, as quali-dades mais preciosas, como da lucta dosseus diques com o mar, ganharam os hol-

landazes, essa persoverança em «eus ten-tameiis e essa confiança em seus esforços, .que os tornam mn dos povos mais viris 8 .mais interessantes do mundo 1

Eiilretidos com um tabalho superior, do

qual dependia a nossa própria vida, erauaturul que nos oceupassem is, menos, comintrigas, o mais com os interesses primor-diaes da nossa pátria.

# -

Quando, pois, a boa e sabia natureza,depois de mil caricias, que uio soubemosapreciar nem agradecer, se nos mostrahostil, ficamos a tremer, acovardados pelanossa imprevidencia, sem meios de defesa,sem agna, sequer, para beber, com umatemperatura de 315 graus centígrados,ns epidemias fazendo explosão, e vendocahir, em torno e nós, os corpos fl>rescan-tes das victimas, em plena primavera.

Começamos, então a gritar, a descom-

pôr, a fazer inofinas para os jornaes, e a

pedir aos vigários que façam preces.E isto dura, até ao dia em que a divina

previdência, nos molha dos pés á cabeça,com a mais impertinente das chuvas. En-tâo exultamos de euthusiasmo, e, como o

perigo passou, graças ao acaso, eahimosde novo na beatitu le, na má lingua, na

política de aldeia e — no mais tolo opti-misma.

*Ao contrario do Sr. José Bento e do

povo, em geral, nós pensamos que o oi-tavo ministro do Estado, cujas providen-cias acabam de ser coroadas du melhor êxitoe das maiores bátegas de água, nos temfeito muito mal, acostumando-nos a viverao Deus dará, quasi como os primitivoshabitadores do nusso paiz.

.Sem essas comlesceudencias de mãe ca-rinhosa,porém imprevidente,a adversidadejá nos teria educado, ou teríamos desappa-recido do mappa das nações.

Qualquer, d'es_<as duas soluções, porém,seria preferível á vida escrava e degra-dante que levamos, â mercê de algunsidiotas, governados por perversos, e comos olhos fitos em utopias asnaticas.

Eis a verdade !E.sempre que temos oceasião,mostramo-

nos agradecidos, ao govemo.como ultima-mente, com as eleições, dando-lhe unsáOOdeputados da sua parcialidade, quandoo numero, total é, apenas, de 125 I...

Muito bem !Júlio Verim.

OCTAV1ASO HLDSOK

Sexta-feira pi ;sada, á hora em quemuitos dos nossos collegas assistiam auma primeira representação, no RecreioDramático, espalhou-se a noticia do falle-cimento do Octaviano Hudson. Umaaffecçáo cardíaca, roubara-o, repentina-mente, ao numero dos vivos. Como uma

prova de apreço ás qualidades do finado,e de sentimento, pela perda que a im-

prensa acabava de soífrer, iodos os nossoscollegas se retiraram, imediatamente, dotheatro. A noticia espalhou-se, então,

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REVISTA ILLUSTRADA

pela cidade, sendo geral o consternação,que o seu conhecimento provocava emtodos.

Octaviano Hudson foi um batalhadordo-fcem. A sua curta existência, passou aentre os deveres da sua profissão, e aincansável sollicitude de acudir tis des-graças alheias, obtendo donativos paraobras philantropicas. Muitas escolas einstituição de protecção á infância, devemaos seus desvellos, importantes subsídios.E, quantas vezes, o não encontramos,correndo, de porta em porta, os estabele-cimentes commcrciacs, pedindo roupasou calçado, para as creanças desam-paradas, que a assistência publica recolhiaem seus institutos I

A sua passagem pela imprensa, se nãodeixa brilhos offuscantes, deixa uma re-cordação suave,— o apoio desinteresado atodas as grandes obras, e uma dedicaçãoúnica, por todas as que entendiam como futuro e o bem estar das creanças.A indifferença publica, elle tentavavencela, por todos os modos, abeirando-se aos tanzeuntes,dirigindo-se ás casas decommercio, fazendo, com as suas pala-vras, appellos calorosos aos mais des-preocupados, e pondo a deusa da carida-de n'um verdadeiro assedio, de prosa e— verso.

Em tempos,dedicara-se de corpo e almaá republica. Vendo, porem, que ellanão passava, ainda, entre nós, de umapalavra seduetora, conformou-se com amonarchia, que era o facto, e tratou delhe extrahir a maior porção de benefi-cios, para os seus protegidos.

A som ma de serviços que prestou amuitas instituições, patrocinadas pelasnossas classes aristrecraticas, davam-lhedireito, a qualquer graça. Nunca, porem,se lembraram d'elie. Um amigo nossotrouxe-o, algum tempo illudido, dizendoconstar-lhe, que, em breve ihe seria feitauma agradável surpresa.

O Hudson, como era natural, embal-lou-se n'essa cândida illusão.

Um dia, disse ao nosso amigo :Aquella noticia, que você me deu,

não é exacta.Infelizmente.. .

Eu já desconfiava disso.Meu amigo, os seus serviços e os

seus esforços, nós, os que nada podemosfazer, somos os únicos a recorhecel-os.Os outros, pouco se importam com isso.

E' incalculável o numero, dos que, ásombra das dedicações do Hudson, foramfeitos commcndadores I

Elle, apenas teve, da parte dos seusprotegidos, uma gratidão profunda, queagora se manifesta, nas eloqüentes home-nagen-; deengrandecimento á sua honradamemória.

J. V.

Os principaes assumptos da semanaloram dois dramas terríveis da escravidão.

li', essa, uma das paginas mais tristes emais vergonhosas, que a historia do se-gu.ido império terá de escrever I

Graças a um governo de homens decôr, desenfreada perseguição se tem des-envolvido contra os maiores infelizes eas mais indefesas creaturas, que a socie-dade conhece.

A policia, deixando em paz os malfei-tores de toda a espécie, oecupa-se, quasique exclusivamente, em perseguições de-gradantes, com a mira nas remunerações,que os escravocratas lhe promctlem.'

Homens armados empreg-am-se em ca-çar seus semelhantes, vencendo um alu-guel de tanto per dia I

Assim, um homem de côr, que a policiapresumia ser escravo, foi preso em Sepe-tiba, amarrado como um animal feroz,brutalmente espancado, levado, a pon-tapes, para a prisão, de \é retirado ás 4horas da manhã, conduzido para a es-irada de Pedro 11, —esse ultimo vehiculodo trafico,—levado para S. Paulo, amar-rado e sem movimento, durante muitase muitas horas.

O irileliz offereceu aos seus algozes,toda a heróica resistência que um homeminerme pôde oillrectr a trez sicarios, ar-mados e açulados pela sede do ganho.

Felizmente, nem todo o Brazil secompõe de escravocratas, e a opinião pu-blica, commovida pela narração d'essefacto degradante, de tratar homens peiordo que porcos, agitou-se em favor davictima e conseguiu a sua restituição áliberdade.

Depois de uma dolorosa peregrinação,da corte a S. Paulo, sem comer, sembeber, com os braços e os pés amar-rados, com os seus gritos abafados, foiHonorio solto, e entregue ás pessoas quepor elle se interessavam.

Esta pagina do reinado do Sr. D. PedroII, o amigo do Victor Hugo, o neto deMarco Aurélio, ficará giavada nos cora-rações patrióticos, como um specimen dacivilisação, da humanidade e das garan-tias, que o império, essa planta exótica daAmerica, produziu, como uma flor ensa-guentada, em fins do século XIX I

Vergonha para todos os cúmplicesd'essa atrocidade sem nome, que nos fazsubir o sangue ás faces, e acereditar quecertos homens, na escala zoológica, oc-cupam o primeiro lugar, entre as bestasferas.

Será para sentir, que,ante os tribunaesnão compareçam esses réus, que por amorde algumas gorgètas, pela simples sededo ganho, cometteram crimes previstosno código criminal, e envergonharamuma nação, que se presa de ter senti-mentos de humanidade.

Ao banco dos réus com esses malfei-tores I

Nunca, ninguém fez jus, com tanto cy-nismo, ásenxovias deuma penitenciaria I

O outro caso passou-se con» ilijua crean-çnH escravas, nina Je Sã e «justam &t. 17annos, habiiiiinlu com suui fNWprwáíann, alixina. tírn. D. Fntuetai-a da A.ll»» CüSlro,uo ariutrocutico bairro de- Bu.ajiiigio.

Só quem as viu, como espanuras evadi-dos de um inferno muis pa«oeuwa .qj.ueo deD., me, pôde imaginar o questo m .crimesque bradam aos cens !

A mais moça, Eluanla, é una esqueleto.Téiu o peiio depn uudo, o cumuto trcebi-tico, os braços descarnados, a <r*K.,eea pen-dida e resignada,couio quem aí..Ciãihece avida pelo mur.yrio.

Fitar-lhe o rosto, era sentir ns ©oraçãodilacerado, e, incunscienienufaite, n>par rjSolhos com as mãos, porque- a, meiina decreaturas hum..u..s, nâo podfa siajpportara crueza du espect.iculo, qu» Alte era offe-recido.

As pancadas brut. es, rmlaziiraini-ililie osolhos a duas posas de saoig-uití; a testa,toda mu.il.,da, apresenta o, usyssm, de umgr..lide itimur; as canatag-eas .Jo, narizquebradas, dão a esse orgr-i» ura aspectodis.onne, que os lab.os saaLgureiM.is; d-e irezou quau-o fend.s .ornam ü^fcanaüiii); osbeiços teia escoriações eacutiie^sriíiilas, Vm-fim, esse rosto juvenil, es i smíáilado -emiodos os sentidos, como se- a toMiz, ©atãn-do de uma grande altura, ÈMísse, emcheio, com a face uo chão..

Essa cabeça, que os quinze amiaiis de-viam enflorar, gr.- ças aos castigas sof-fndos, é ao.a ii.üustruosidt.éí iijine -causahorror, um mixto iuff.mriia.dlca (fe Si.ng-uee pus, quasi seui expressãa, feiamana.

Por honra de Deus, u"estes HMumuertos éforçoso não pensar nelle.poisqiciieas-ija ín-differença pelo mi rtyno atraa e pTülon-gado, de um ser imiucente. %we hb] saeda infância,que soffre e c-h.cu>. ao. afcando-tio do ceu e da tem., fetominall-^iãap.ra sempre I

Duraute annos, esse maríns-s-j;» 5ncon-cebivel ficou fechado emee-as ijisairo pr>redes de um quarto, ata&nAs ©sg-í-midese os gritos de desespero, tfe iinuEísâiMifiaiieaiudelfca, para quem. a viáa «na uanaia ina']-dição !

LTma senhora, proviiv-elnçeintoe Bascjâ-a ecie da entre escraios, istsi e. mia a íéramais intelligenie e m.-.is reficiuia sjum iSoutras, dia a dia cevava nessa isieíjiz, rmrancor, uma raiva concentrada ..fe Ivji-o-phobo, uma fúria de carimbai.

Finalmente, não se safe ©me.©, a infelizconsegue fugir do seu inferna ejasiãdiaiioe dirige-se á policia, quajuía. ut «.raçãomisericordioso lhe i.pi.uta, antes, a redac-ção da Gazeta da Tarde.

E' 1'acil suppor, a impressão) njaie © atrozespect. culo produziu uos nossas; «3>çras.Em alg-uus, minutos a notaria «8a emos^truoso «ttentado circutiíaeijai ttela a ei-dade e o publico, euuimíiiiriüiç, «Siir%ia,-.separa a red .cção do intreptito ürgão aboli-ciouista.

Uns choíavam;outros com ai ünriuilfig-ii-a.pãoestainp.da no rosto, claruanisini Tiiàiigaãcâ'e todos eram concordes era «guine, .-uçnielfèquadro envergonhava, ate. os brasileiros,que sempre tinham coniby,ãli*. sesa tre-guas, a escr . vtdão !

Drama atro/, que a. paEanma íairaaiiiiiia einipoieute para descrever!

Coiuluzid 1 á Keiação, a-o-api-SEiracU demuito ^u\o, alu, a, miséria «iodai»,em palavras eutrecors..das^ «jese em casaficou uma sua companheira, asa íhiísüio t>uem peior eátiidu.

ü digno juiz do 11» diistrâi-tei «Máminaiexpede um maudato de apwseaatoiíãci, qne

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Suixoii da -escravidão pjrocinddois pilo tàwlido da, Ordtrn.

Cócravos tirados ti a 5 pviso es , &¦ ii%girrs\ do s, etinordfficetdos, i espetn enemeltidos em cavt-os , pare* Seretti enviados et Jíias Jtnhorts . os oLi-nptrrptçios, SMppDt mão os

doí secretas dot- p o t!da

xãlÉÉ^ea

oi o glorioso -c J tubi o ninado do ôtnhor D. Vidro JL o Qrandt.

ÉtfÉE

',0-3, lAns , v&o tvn carros de mu lar-cetí, con-, pésiiiaiij trptboj

D utros f como o escravo. Honor io , viajamdtstt modo t>mtyetuois i^pressa-mcntc oli i*aetdos

foe-los je«j J enfiar a t otftíotei da. torcei do tott J)r.Ai[ttric tu-,,

A-nks dt dtacr » pre.stKc.ee. do st* Senhor, Hafiorio reeetti « Jwt* tPtrtct dl tiS)trd»At. .CtiçfuantO o pobre,

-estrof/ijaeio vitujwK- -rio(Vt»*, paíSKndo dois dias sem Comer «em bebe

a tonftdtrtictuo ahotit\or>\iU d* Corte ttttqiexpbavsao btmmtrico e humanitário X>j Anf.* BentoJaa.7a, es

*U-7ri Oiettro escravo ame. ict rtcondusiÁO « stu Jeitf-iov,

ÇonítaiA-io ítuitvaL-r <a viqiiaiiciai dt- Stus atAcxrctas c

prec/p/Coif-st t?i£vt &J rodas do trtrn , morrendo dei-fátdexcot do

MÊS?

alocjoini-sc -ej-ii r/os '-¦ X-X-.;'

Outro, -bateu com «. caHCa, de encon- J«fl mtro et uniu jcmtiía do "wacion.,

pgtrot cor- lins <njftxr o pescoço com os estilhaços do vidro,

ô çjut zoi\iea>AÍo -iioi-neio dt horríveis, oiort

MxSX?S^XíX£í--xíx:..xf--:-./^::;^wx;Jr ¦

WBÈ-wm.

|_ _JtlConteim .se, horrores Jobrc ai atrocidftdti dos {/aríra-vos Outros,

precipitados tm. Cctídltras. dtjevtkoics ¦ Cscrotvos ter» sido imitidas vivos em fornos «flu» itrvtndo, nos intttnhós de ot.ssn.c-atincandescentes,

Jõdos esses desgraca-dos prefe rtm o metis norrivet suicídio oimorte, (ti-i !"ft * oiolorostKt meta., despi

pi-t.fit •£¦ ètolorosot por rntiú do C-fai eoI"C- ii-i o l k«d o -*»i

spidetcariolo-lhcs as catuíJ .

rsterroLoio- jVoiq ha muito tempo , as jomaes tremiamo hofvlvt-t lac-to dt ui-n fa^tiidelro, furioso de.

vir uma sua escrava nao poUtr -mais trabalhar por

ytptídr dt todos esses Horrores, itelojó Si-nliOf itois prísots do Cstads

> poder mau muralhar pter chegado eu hora- de dar a íu^, niatai-a « /;iií* barria et -

)6Y trn. CO-mptnsa-çúo, e-Lleu tsteta ckeims de inftlir,eíntapes cjne tivtrputt a. ousadia de st revoltarem, contra.

S oiritti Justiça.'okís. .

JlUtiÇII. !

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REVISTA ILLUSTRADA

é promptnmente executado, graças á de-dicneáo de alguns abolicionistas.

Vem a outra victima, e todos ficamattonitos. Emfim, para encurtar razõs, osmédicos que a examinam declaram queella não pôde rezistir e que esta ás portasda morte, em virtude do» maus tractossoffridos I

Kfferii\airente, falleceu ante-hontem.Eis nlii, o speciniem pungente da nessa

fivilisacà", quando a s: nha uepreira éaçu); da pelo governo e pelas nucioridadespalibulures, que dirigem os serviços maisimportante de uma i apitai,i onde ha u dosos fermentos dos grandes crimes !

Revhem os tempos do Indico africano,em que se trucidava e se niatuva gente,por simples divertimento. Infelizmentenão revivem os cruzadores inglezes, paraenforcar em seus ma.-tros justiceiras, osréos e os cúmplices de tantas airocid; des 1

Se resiaui.porem,alguns iesti{fiosde pu-dor ás auetoridades eilas devem-se lembrarde qne as prisões não se fizeram paia osdesgraçados qne roubam lenços e, muitomenos, para os cães !

PEQUENOS Et COS

Quando lemos as narrações, que vãochegando, do ultimo pleito eleitoral, in-sensivelmente perguntamos a nós mes-mos, aonde estamos !

E,logo,nos açodem as perguntas ancio-sas do vate, á Judia :

- No Cairo ? Em Malta ? Em Naza-reth? No Egypto ?

Pois, senhores, em qualquer d'esses lu-gares, se ha eleições, com certesa não sãotão férteis em epistdios, como as do Bra-zil I

Em Pernambuco, por exemplo, a juntaapuradora, acha que José Marianno, dei-to em primeiro escrutínio, deve ir a se-gundo.

Esta delibersção é tomada, cm virtudede dois votos em separado.

Ora,a junta (ou antes, os seus membrosconservadores), acham que esses dois vo-tos são excellentes, são de primeiraqualidade, para a formação da maioriaabsoluta ; mas que não prestam paranada,não valem dez réis, para serem con-tados a quem os obteve.

Tal é a lógica da situação 1Os dois votos são bons, para serem

acrescentados ao calculo da maioria, esão péssimos para serem contados a JoséMarianno.

A mesma coisa é bôa e má, conformefavorece ou não, os desígnios do go-verno 1

Mas, o segundo escrutino deve tel-osdesilludido I

Tal é a falta de dignidade, que estamosobservando, na distribuição da justiça,por homens constituídos em tribunal, eque antes de serem guayamús ou nagôas,perdão ! cascudos ou vermelhos, deviamser, simplesmente, honestos!

* *Morreu Nossa Senhora de Lourdes !Tal é a noticia que nos trazem os

jornaes da Europa.Muita gente porá em duvida o facto,

attendendo a que a igreja lá está e noaeu altar, a imagem, que representa adita Senhora.

Essa, porem, não é verdadeira : é umaconirafacçáo.

A legitima Nossa Senhora de Lourdes.aquella que appareccu á pastora Bcrnar-dette, que lhe fez signaes e gestos inspi-rados, que a prostrou no êxtase daadoração, essa, falleceu ha pouco.

Era uma dama de alta sociedade, queachando-se na gruta, em conpanhia deum ciceroni dom juanesco, vendo-se sur-prenhendida pela pastorinha ingênua,disse ao guia que se escondesse, e tomoua resolução de apparecer.

Vinha bella,com as faces incendiadas, oolhar brilhante, os cabellos cabidos emdesalinho, as vestes llutuando ao vento.

Qualquer a adoraria,n'aquelle momon-to psychologico I

Um livre pensador, mesmo, cahiria dejoelhos, aos seus pés.

Bernardette viu-a, tomou-a por umaSanta e começou a rezar.

D'ahi foi participar o caso ao cura dolugar ; o negocio tomou as proporções deum grande milagre e de uma renda nãomenor, e, assim, mais um ornamento foidado á corte celeste. E, muitos, por essacausa, teem ganho o reino dos céos I

* *Os conservadores, chamados inopida-

mente, ao poder, na Inglaterra, em Junhoultimo, acabam de ser despedidos.

Dissolvendo a câmara, as eleições in-flingiram-lhes, uma bem merecida der-rota. Cinco milhões de eleitores respon-deram á rainha que ella não se tinha ins-pirado bem, mudando a situação, antesdo veto racicnal íe expressar, sobre apreferencia a dar aos loi ps ou aos ivigs.

A rainha, apressou-se, cm sepuir as in-dicações das umas, despedindo Salisburye chamando Gladstone, o glorioso chefedo liberalismo, na Grã Bretanha.

Assim, tudo voltou aos seus eixos.

Quinta-feira ultima, era grande a hila-ridade, provocada pelos chafarizes novos,jorrando água, com força, contra a grossachuva que cahia.

Terminados, ha bastante tempo, ai-tivos e solemnes, em meio das praças,como um ornamento platônico, quandotoda a população pedia água, elles mos-travam-se impertubaveis, em sua seceurade Sahara.

Foi preciso que chovesse, torrcncial-mente, durante i5 dias para que os po-deres do estado se resolvessem a expe-rimental-os.

A solemnidade teve lugar quinta-feirapassada, ao som da grossa chuva quecahia. e, devemos dizer, que os novosesguichos não se portaram, de todo, mal.

A água repudiava, com bastante força,em direcção opposta á da chuva, travandocom ella um duello, porém ficando avictoria indecisa.

Não havia viração alguma, como acon-tece quasi sempre emquanto chover Masas proporções d'aquelles monumentos gothicos estavam tão btm calculadas, quea água sabida dos esguichos, em vez decahir no tanque que rodeia as figuras dacolumnata central, jorrava pelos degraus,

molhava o chão, e corria cm cascata pelolargo c rua adjacentes.

Dir-se-hia serem uma descoberta nova :chafarizes para irrigação da cidade—e dostranzeuntes.

Ü cITcito era o melhor possível. Todosriam.

Simplicio fallnva da febre amarellacom um indivíduo, recentemente chegadoao Rio.

Esta doença quasi nunca dá nos filhosdo paiz, dizia elie ; prefere, sempre, osestrangeiros.

Então, estou mal, disse o seu in-terlocutor. assustado.

Não I replicou Simplicio, batendona testa. O Sr. tem um meio muitobom :— é naturalisar-se.

Chegamos um pouco tarde para fallardo ultimo acontecimento theatral, a re-vista do anno, intitulada o Bilonlra,de Arthur Azevedo e Moreira Sampaio.Posto que o assumpto esteja esgotado,pelo que da peça disseram os nossos col-legas, e que tenhamos de tratar d'ella,quando a sua i 7.a representação se an-nuncia, não nos furtaremos á obrigaçãode relatar, também, as nossas impressões.

O Bilontra define-se, lc go no principio,pelos seguintes versos :

Se quer saber o que é 'Bilonlra£" bom que saiba, antes do mais.Que esla palavra não se encontra

No diccionario de SMoraes.

A bilonlrage é sacerdócioQjie cada qual pôde exercer ;Entre o pelintra e o capadocio,O meio termo vem a ser.

Pôde o Bilonlra ser um velho,Pôde também ser umfedêlho !

£Mas o modelo mais commumE' o guavni\ê que se emancipa^E que a ligitnna dissipaAo completar os seus vinte e um.

Tj-po de calças apertadas,Chapéu de filas espantadas,Em cada pébieco chiner,Pode apostar, oh prima, contraO que quirer. que elle é Bilonlra,Se bem que fmja ser ingler.

A revista está architectada com muitahabilidade. O seu protogonista, paraviver, envolve-se em urna serie de scenas,que fornecem a< s ; uctores optima ocea-sião para fazerem destilar, com muita na-turalidade, os principaes acontecimentosdo anno.

A venda de um titulo falso, as casas dejogo, as poules, as loterias, os casamentostumultuarios, o tribunalarbitral do Chile,a arte dtamatica na cidade nova, e tantosoutros episódios, são aproveitados comgraça, e dados para palco das aventurasdo Bilonlra.

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REVISTA ILLUSTRADA

Em todo o decurso da peça, o ..tra-balho,» persegue oprotog.inista, entran-do-lhe pela casa dentro, tomando todasas formas, c fazendo-llie as mais sensatasdissertações

li' escusado dizer que o Bilontra foged'elle, talvez escudado na conviçáo in ti-mu, de que esse acontecimento do annonão foi notado por pessoa alguma, e,que, portanto, está fora da ordem e nãotom o direito de comparecer ali.

Realmente, entie nós, pode-se dizer,que a inversa é que é verdadeira.

Salvando a intenção dos auetores, queé a melhor possivel, estamos certos deque elles concordarão comnosco, que essepersonagem está um pouco deslocado, noreino da jogatina, c que muito poucocontribue para o êxito da peça, querendoque a virtude tritimphe 5 ou (> vezes, emcada acto, quando isso lhe compete,apenas.— no fim do ultimo.

No 'Bilontra nós admiramos a grandehabilidade cm a peça está traçada, a va-ried.ide das scenas que se succedein, ocuidado com que se preparam alguns lan-ces, de maior força hilariante. Pode-sedizer que é uma peça muito bem imagi-nada, embora, lhe faltem os effeitos dra-maticos, que electrisam as piaieias.

Emfim, o Bilontra é uma boa revistado anno, e se alguma cousa a prejudica,é que os anteriores trabalhos de ArthurAzevedo e M. Sampaio, a sua experien-cia, cada vez maior, dos effeitos scenic>.s,nos davam o direito de esperar uma re-vista não, simplesmente bòa, mas optima.

Quanto á execução que teve, foi ellaa melhor possivel.

A' tendência gera! dos theatros, de des-lumbrarem pelos scenario e pelas roupas,pelo apparato das vistas e, mesmo, peloluxo da mise-en scène o digno empre-sario, Sr. Braga Júnior, submetteu-se,com toda a bòa vontade, d.mdo-nos bo-nitas vist is, elegantes decorações e toi-lettes de fino gosto.

E' o caso de dizer, que se não poupouas despesas nem a trab ilhos.. .

Os artistas, em geral, foram bem. Al-guns fizeram,mesmo, proes is,como aSra.Herminii e Peixoto, representando di-versos papeis, a curtos ititervallos.

ONo Sant'A.nna, ai Mulher Homem,

continua a fazer as delicias do publico.Um novo quadro foi-lhe acrescentado.

Intitula-se um Maxixe na cidade nova.A peça vae já na sua 25a representação

e promette continuar n'esse caminho.O

No mesmo theatro, prepara-se parabeneficio do Vasques, a representação donovo drama de Aluizio Azevedo e EmilioRouède, o Caboclo.

A leitura da peça produzio a mais agra-davel impressão, e tudo indica que seráum novo e brilhante triumpho para osfestejados autores e para o beneficiado.

OO Príncipe Imperial tem continuado a

attrahir grande concurrencia.A empreza é incançavel, e o publico

folga em lhe prestar as homenagens de-

vidas. Depois dos Sinos de Corneville, aupparatosa mágica, ads Ires rocas decrjstal.

OO Recreio Dramático, prepara um

novo suecesso, no gênero do Conde deMonte-Cliristo, com a representação dodrama de grande espectaculo, Nossa Se-nhora de Parq.

OA recita dos nossos amigos Valentim

.Magalhães e Filinto de Almeida auetores,da Mulher Homem, foi uma noite deverdadeira festa, cortada de constantesapplausos e de prolongadis salvas depalmas.

Os autores, chamados á scena, forammuito festejados.

Depois do ,'ongo dos sexagenários,Henrique de Magalhães, auetor de algunsnúmeros de musica da revista, foi, tam-bem, chamado á scena, e enthusiastica-mente victoriado.

Na verdade, é uma vocação, que dese-jariamos muito vêr animada.

OAgora, que o carnaval se aproxima, as

sociedades, que votam um culto mais ar-dente ao Deus Momo, andam n'uma pol-vorosa 1

Quasi todas, inauguram as suas sessõespreparatórias, por meio de estrondososbailes, que vão até á madrugada, emmeio de uma animação indiscriptivel.

Os Tenentes, os Fenianos e os T)emo-craticos, os tres clubs mais antigos e maispoderosos, rivalisam em luxo, em es-plendor e em surpresas, para que o car-naval, reviva, com o seu brilho offus-cante,tornando-se um dos acontecimentosprincipaes do anno, e sendo, por muitotempo,^ o assumpto obrigado das con-versações.

Por ora, as festas que as sociedadesdão, são todas intimas, espécie de en-saios, aos dias clássicos da folia, em queellas, com os seus prestitos, costumamdeslumbrar as populações.

Não sabemos o que os Tenentes, Fe-nianos e Democráticos, projectam, mas,pela actividade, que lavra em seus ar-raiaes, parece-nos que este anno haverácoisa.

Toliticos e Progressistas, também nãose deixam ficar na inactividade, e os seussalões abrem-se, aos sabbados, em festasestrepitantes.

Não se dança, simplesmente... Quandomenos se pensa, um pequeno prestito,taz a sua entrada, em meio das girga-lhadas dos applausos geraes.

São ensaios. Mas, pelo que se está ven-do, reina grande animação, e, este anno,o carnaval promette dar que fallar de si.

Também, os assumptos são tão bons IAs sociedades tem tido, cá fora, tantos

collaboradores — a serio IPreparando-se para estes certamens,

inauguraram os Fenianos, ha dias, o seusalão monsteo,decorado com muito gostoe luxo.

Avante !

Binóculo.

Rio de Janeiro(ijuelques donníes sur Io, capitule e sur

ladministration du lirèsil), porEmilio Aliam.

Temos sobreu mesa este primoroso livro,escripto em friincez e editado pela casados Sra. Lachanl & C". Ii' um dos livrosmais sérios e mais amenos, que, nos ul-timos tempos, teem sido dados á. publicí-dade.

O Sr. Emilio Allain conhece perfeita-mente o nosso paiz, escreve a respeitod'elle com facilidade, sendo rle noíar o es-crupulo e a delica lesa, com que trata dasnossas principaes questões.

Sente-se que o Urazil o enthusiasma, e,que, se lhe reconhece defeitos, esta comonós, inclinado a attrihuil-os,antes,âs insti-tuições atmchronicas, que servem de mil-dura acanhidi a um grande quadro, doque, propriamente, á índole nacional.

Os dados sobre a e;apital e a administra-ção, são completos, podenlo este livrolicar entre os melhores, que possuímos,como livros de consulta.

Paliando do nosso atrazo, exprime-sedo seguinte modo :

« Seria injusto julgar um paiz novo,cuja historia, como nação independente,data de hontem, e que, como outros daAmerica, foi povoado, em sua origem poruma população que resumia todas as vir-tudes no amor de ganho, sob o mesmoponto de vista que as naçõ;s europáas, nasquaes o curso lento dos séculos trouxe acivilisação actual —superior, sem duvida— mas não destituída de sombras.

O povo brazileiro tem bellas qualidades,das quaes as principaes são a indulgênciae a doçura. A sua intelligencia é notável.As classes instruídas são de uma grandeurbanidade. Enthusiastas da civilisaçãofranceza, são muito accessiveis ás idéiasgenerosas. 0 progresso material é rápido;as machinas mus aperfeiçoadas são ado-ptadas com rapidez.

O progressi mirai é mais lento, postoque tenha sido considerável desde a in-dependência. 0 Brazil herdou da me-tropole dois legados funestos : o favori-tistno e a escravidão. >i

O livro é uma historia completa do Riode Janeiro. Contem todos os dados, que atal respeito, se possam desejar. Lê-se, comagrado, fica-se encantado com algumaspaginas descriptivas, de grande belleza,nas quaes um estylo colorido,traça alguusquadros das nossas paysagens.

Sendo o livro impresso em França,ca usaadmiração a fidelidade da orthographia,em relação aos nomes próprios e aostermos locaes. Não encontramos nem umsó estropiado, por mais singular e arreve-sado que fosse.

No diminuto espaço de que dispomos,não podemos, tratar desta publicaçãocomo desejávamos. Diremos só, que é umlivro escripto com escrúpulo, elevação devistas e uma sympathia bem pronunciadapelo nossso paiz.

Aos Srs. Emilio Allain e Lachaud,agradecemos o exemplar com que nos brin-daram.

Thomk Júnior.Typ. da Distracção, 31, r. d'Ajuda 31

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JVao c rjd no interior Cjue se eejnmt tlttm Crimts Cont:os escravos. As pretas ôduardei e ^oannoi, levadas ásredacco~es idos jornaes pilo José tio Pclroci-nio e JoctD

U phototnapho ntltcrr tirou * retrato das dausni/tíJr«-í/ ofHMii cectots dt potiicadas, t to-™ o yjs.otodo ferido e oiesfiqnraolo.

Clotpjo , hrova Cortt íanibzin nn verUwwos

te? ^*Wi \ li -'te-te-". 'te te' ^ -dilo o í s et tn i sítpi loorniit*ires a,ms

tachava-st iio iVícroterio) Onpi-t voniõSmédicos, proctàtiiolo a oi ia ta jo 3 / at , fie teletrctreein ter e/l» fallccido dt uma tu(jtrçuloie ctqqrmYPidpi'poi' maus tratos

A Confedtracao Aboli cl anis tei fe% o tnttrxo.a c o i-jipc^i jt hpi ti d0-c*- ottt o Ce m/j eri o .

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'obre o caixão, no indopie lAi-vtot, arinoiiUoi, DLohí*- -

voí-st preqoid'*' ol Sucx. CftrrtH-dt íii>erdaeit .

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i JI te--* te *"_111 ter p/e- todos esses norrores dn escravidão, na-o devimo

ate v|'- .-^vte <j>-5te te* p \_ 'U'J^< $? Á* .}• I sffi #

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A philnntropiot- pesiitrooe ma. oiltít. classe, doi rrossa Jociedctdt, gn<c, Come.ovidct ctn-ir os i-i-axie-S trottos Qiu-t. joHresi-- OS o urros cães. antas ele, TCSoi:

uiidtxr a SocitdoLoie, i°rOtec'tora. d'ds hnimoits.¦yi\

ve,uO presidente otesta h-uriiceriiteniee ClSiociaeoCo ei 0 £x

" Sr Senador Pi-jmis Gonçalves t

iA-m dos seus m-iotis fervorosos adeptos^ o £)t,'Sr Chefe de f'alicia, Coelho r&oistes.— Os nossos tsarabciis ei tucrictriei.