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COT741 – Princípios de Deformação Plástica
ESTUDO DIRIGIDO 1
Professor: Paulo Emílio Valadão de Miranda
Monitor: Guilherme Farias Miscow
Questões e Definições
Discordâncias
• Definições e efeitos;
• Deslizamento X Escalagem;
• Degraus e Dobras: conseqüências no deslizamento e geração/absorção de defeitos pontuais.
Discordância Aresta Positiva• Defeito linear;• Pode ser entendido como um semi-
plano vertical extra de átomos cujo traço com o plano horizontal que o delimita define a linha da discordância;
• Possui o vetor de Burgers perpendicular à linha da discordância;
• Provoca uma distorção elástica anisotrópica na rede cristalina de caráter compressivo acima da linha da discordância e trativo abaixo da mesma;
• O vetor de Burgers e a linha da discordância devem estar contidos no plano de deslizamento para que o mesmo ocorra;
• O semi-plano extra de átomos está acima do plano de deslizamento.
Discordância Espiral• Defeito linear;• Provoca uma distorção elástica
anisotrópica da rede cristalina;• A linha da discordância é definida
como sendo o eixo do movimento relativo entre os átomos deslocados no entorno da reta AB da figura ao lado. Esse eixo (reta AB) é a própria linha da discordância;
• Possui o vetor de Burgers paralelo à linha da discordância, logo sempre contidos no plano de deslizamento;
• A regra da mão direita define a orientação, como espiral esquerda ou espiral direita.
Discordância Mista
• Defeito linear;• É uma mistura dos
caráteres aresta e espiral, sendo os mesmos definidos pela orientação relativa da linha da discordância com o vetor de burgers;
• O vetor de Burgers se mantém constante ao longo de toda a linha da discordância;
• É a mais comum na prática.
Deslizamento X Escalagem
Deslizamento
Movimento conservativo de discordâncias;
Ocorre no plano que contém a linha da
discordância e o vetor de Burgers da mesma;
Ocorre por cisalhamento, no sistema de deslizamento
que possui o maior fator de Schmid e é termicamente
ativado.
EscalagemMovimento não conservativo
de discordâncias;A discordância se move para
fora do plano de deslizamento, normal ao vetor de Burgers;A escalagem é fortemente dependente de ativação
térmica e/ou de um tensionamento mecânico mais elevado. Ocorre assistido pela geração/absorção de defeitos
pontuais.
Degraus e Dobras
Fonte: http://www.tf.uni-kiel.de/matwis/amat/def_en/index.html
Degraus e Dobras – Aresta x Aresta
Caráter
Espiral
DegrauDobra
Caráter
Aresta
Degraus e Dobras – Aresta x Aresta
• Um degrau será formado na discordância cuja linha é perpendicular ao vetor de Burgers da linha da discordância que a intercepta;
• Um degrau terá o caráter aresta, podendo se movimentar junto à discordância por deslizamento;
• Uma dobra terá caráter espiral, podendo deslizar no plano de deslizamento original;
• A reação de discordâncias aresta x aresta não afeta o deslizamento subseqüente, porém encrua o material.
Degraus e Dobras - Espiral
Degraus
Caráter
Aresta
Degraus
σ
Após Interseção
Degraus e Dobras - Espiral
• Os degraus e dobras formados nas discordâncias espirais terão caráter aresta;
• Um degrau aresta só pode deslizar no plano que contém seu vetor de Burgers e linha de discordância.
COMO MOVER, POR DESLIZAMENTO, A
DISCORDÂNCIA ESPIRAL AO LADO
CONTENDO UM DEGRAU ARESTA?
Degraus e Dobras - Espiral
• Aplicar uma tensão mecânica paralela ao vetor de Burgers do degrau aresta que irá deslizar no plano definido PP’RR’.
• É como se os trechos com caráter espiral fossem considerados dobras.
σ
O QUE ACONTECE SE FOR APLICADA UMA TENSÃO MECÂNICA CRESCENTE NESSA DIREÇÃO???
O degrau aresta não pode deslizar, logo, se movimenta por escalagem,
que ocorre em níveis de tensão elevados ou em altas temperaturas.
Degraus – Geração de Defeitos Pontuais
• Inicialmente a linha da discordância abaula, e é mantida imóvel, presa pelos degraus;
• Com o acréscimo da tensão, o abaulamento torna-se crítico;
• Para elevados níveis de tensão os degraus geram/absorvem defeitos pontuais, possibilitando sua movimentação.
σ
Degrau
Lacunas