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    Investimentos industriais previstos no estado da Bahia: uma anlise no perodo 2006-2010

    Investimentos industriais previstos no estadoda Bahia: uma anlise no perodo 2006-2010Fabiana Pacheco *

    Ncia Santos**

    * Economista e tcnica da SEI.

    ** Economista, mestranda em economia pela UFBA. Assistente administrativoda SEI.

    O presente texto faz uma breve anlise sobre o de-sempenho dos investimentos industriais para o esta-do da Bahia no perodo de 2006-2010. Para tanto, somostrados dados referentes aos investimentos previs-tos, direcionando a anlise para os eixos de desen-volvimento econmico. Identificam-se investimentosdistribudos pelo estado, dando nfase participaode cada eixo em relao ao total de investimentos pre-vistos. Analisam-se tambm informaes de valor aser investido, as principais empresas, emprego a ser

    gerado, alm de se destacar os investimentos previs-tos em biodiesel para a Bahia.

    Os investimentos industriais aqui tratados esto inseri-dos na poltica industrial baseada na concesso de in-centivos fiscais, via programas estaduais. Esta polticatem por objetivo atrair empreendimentos que venhama contribuir para dar um maior dinamismo ao setor in-dustrial, bem como contribuir para o desenvolvimentoeconmico do estado.

    Essa poltica industrial implementada, vem, ao longodesses anos, contribuindo para uma maior diversifi-cao da matriz industrial, dinamizando alguns se-tores e atraindo empreendimentos importantes parao estado da Bahia. valido destacar que algumasdessas empresas atradas so produtoras de bensfinais, o que sinaliza uma incipiente e gradativa mu-dana na matriz industrial do estado, pautada embens intermedirios.

    Nesse aspecto, destaca-se a construo de plos queagregam empresas da mesma atividade, como o Plo

    Caladista, onde se sobressaem as empresas Azalia,Grendene, Bison Indstria de Calados Ltda, CaladosBelpasso, ViaUno, Calados Bibi, entre outros.

    No Plo Automotivo registra-se a implantao do Com-plexo Industrial Ford, a empresa de pneus Continentaldo Brasil, Produtos Automotivos Ltda, e, em breve, aBridgestone, Firestone do Brasil Ind. e Com. Ltda.

    Alm disso, a Bahia possui empresas do ramo de alimen-

    tos e bebidas, podendo ser citadas a Gujo AlimentosLtda, Avipal Nordeste S/A, Chocolates Duffy Ltda, FrevoRefrigerantes e a Ambev - Cia de Bebidas das Amricas.No ramo txtil destacam-se a empresa Italsof BahiaLtda, BMD Txteis, e Icafort Agroindstria Ltda.

    Investimentos industriaisprevistos 2006-2010No perodo que compreende os anos de 2006-2010,

    os investimentos previstos podero chegar a um vo-lume de cerca de R$ 12 bilhes, com gerao de em-prego abrangendo 70 mil postos de trabalho diretos.A previso para o perodo de instalao ou amplia-o de plantas industriais de 523 empresas.

    Analisando-se por eixo de desenvolvimento econ-mico, pode-se constatar que a concentrao dessesinvestimentos continuam a registrar no eixo Metropo-

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    Investimentos industriais previstos no estado da Bahia: uma anlise no perodo 2006-2010

    O grfico acima mostra as participaes por eixo dedesenvolvimento econmico no perodo de 2006-2010, evidenciando que os eixos Metropolitano (49%)e Extremo Sul (27%) concentram a maioria dos inves-timentos previstos para o estado da Bahia. Juntos es-ses eixos respondem por, aproximadamente, 76% dosinvestimentos previstos para o estado da Bahia.

    No ano de 2006 um nmero considervel de em-presas mostrou interesse em investir na Bahia, sen-do contabilizadas, nos ltimos dois meses do ano,137 empresas. O volume a ser gerado por essasempresas chega a R$ 5,5 bilhes, com a geraode 19 mil postos de trabalho. A concluso dessesinvestimentos, na sua maioria, est com previsopara 2007 e 2008.

    Investimentos industriaisprevistos em Biodiesel noestado da BahiaA bioenergia, produo de energia pela biomassa,vem ocasionando uma busca por energia provenienteda agricultura, o que dever mudar a estrutura agrco-la nos prximos anos. O estado da Bahia receber em

    investimento para a produo de usinas de biodieselum volume de R$ 283 milhes. O ganho ser tanto

    para o produtor de bioenergia, como para o produ-tor de gros, uma vez que essa situao levar a umimpulso na produo da cana-de-acar, soja, milho,em funo da construo de unidades esmagadorasde sementes.

    A Bahia, no que se refere produo de biocombust-veis, possui uma situao privilegiada uma extensoterritorial de 567 km, o que equivale a 36,3% da reatotal da regio Nordeste. Na produo de biodiesel,o estado tem, segundo especialistas, condies su-ficientemente boas, como clima quente favorvel aocultivo da mamona, oleaginosa abundante no semi-rido baiano e utilizada como matria-prima para aproduo do diesel alternativo.

    Alm disso, a Bahia tem concentrado mais investi-mentos pelo fato de ser o maior estado produtor de

    A Bahia, no que se refere

    produo de biocombustveis,

    possui uma situao privilegiada

    uma extenso territorial de

    567 km

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    Fabiana Pacheco e Ncia Santos

    mamona e pela oferta disponvel de soja e algodo.Outro fator que favorece a possibilidade de escoarparte da produo para o Sudeste, devido proximi-dade com essa regio.

    As iniciativas criadas para estimular aes e pesqui-sas na rea de energias alternativas, principalmente

    voltadas para o biodiesel, partiram da Secretaria deCincia, Tecnologia e Inovao (SECTI) e da Funda-o de Amparo Pesquisa do Estado da Bahia (FA-PESB), atravs do Instituto de Energia e Ambiente(ENAM), uma rede virtual criada em 2004, que temcomo objetivo integrar e disseminar informao entrepesquisadores da rea. O estado baiano tem grandepotencial para atender a mais da metade da demandanacional de biocombustvel, com a mistura de 2,0% nodiesel (B2), segundo estudos da FAPESB.

    O estudo sinalizou, ainda, que a Bahia teria, consi-derando as oleaginosas disponveis e aptas para aproduo de biodiesel, condies de produzir 440milhes de litros de biodiesel por ano. Atualmenteexistem seis empresas com inteno de investir nainstalao de plantas de produo de biodiesel no es-tado, o que leva a Bahia a ser um dos estados maisadiantados na criao do parque fabril para atenderao segmento.

    A Dagris, empresa francesa, foi a primeira a anunciarinvestimento da ordem de R$ 160 milhes para pro-duzir, inicialmente, 13 milhes de litros de combust-vel, a partir do caroo de algodo plantado na regiooeste do estado. A planta ficar no municpio de LusEduardo Magalhes, estando ainda sem previsopara entrar em operao.

    No municpio de Presidente Jnio Quadros dever seinstalar a Bioqumicos Quadros, outra empresa cominvestimento previsto para produo de biodiesel,devendo gerar 40 empregos diretos e investir R$ 2,5milhes. Essa empresa est prevista para entrar emoperao no final de 2007.

    A Brasil Ecodiesel dever entrar em operao no inciode 2007, com investimento de R$ 12 milhes e ge-rao de 100 empregos diretos. Esse projeto prev

    ainda uma produo de 80 milhes de litros de biodie-sel por ano, a partir das oleaginosas, como mamona,algodo e girassol.

    Em Feira de Santana, a empresa Orbitrade investirR$ 22 milhes, aproximadamente, na instalao de umausina de biodiesel, com capacidade prevista para a pro-duo de 90 milhes de litros por ano. Essa empresater ainda uma unidade de extrao de leo de mamona

    Tabela 2Investimentos industriais previstos no estado da Bahia - Empresas de Biodiesel2006-2010

    Empresa Produto Localizao EixoVolume

    (R$ 1,00)Emprego

    direto Situao

    Bioqumicos Quadros Biodiesel eglicerinaPresidente

    Jnio QuadrosPlanaltoCentral 2.500.000 40 Implantao

    Orbitrade Ind. e Comrcio deOleaginosas Ltda

    leo demamona eBiodiesel

    Ourolndia Chapada Norte 22.075.297 98 Implantao

    IBR Inoqumica do Brasil LTDA Biodiesel eglicerina Simes Filho Metropolitano 9.000.000 80 Implantao

    IBR Inoqumica do Brasil LTDA

    Unidadeesmagadora

    de sementesoleaginosas

    Ourolndia Chapada Norte Implantao

    Dagris

    Produo deleos vegetaise produo de

    biodiesel

    Lus EduardoMagalhes

    Oeste do SoFrancisco 160.000.000 250 Implantao

    Brasil Ecodiesel

    Produo deleos vegetaise produo de

    biodiesel

    Iraquara Chapada Sul 12.000.000 100 Implantao

    Petrobrs* Produo debiodiesel Candeias Metropolitano 78.000.000 150 Implantao

    Total 283.575.297 718

    * O investimento da Petrobras no estado no se inclui na poltica industrial de concesso de incentivos scaisFonte: SICM/SECTI/SEI

    Elaborao: CAC - SEIDados preliminares sujeitos a alteraes

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    Investimentos industriais previstos no estado da Bahia: uma anlise no perodo 2006-2010

    e uma planta piloto de produo de biodiesel localizadano municpio de Ourolndia, com previso de incio deproduo para os primeiros meses de 2007.

    A PETROBRAS tambm anunciou a instalao deuma usina produtora de biodiesel no municpio deCandeias, com capacidade prevista de 150 milhes

    de litros por ano e um investimento de R$ 78 milhes,com gerao de 150 empregos diretos. Essa usinatem previso para entrar em operao em 2007.

    J em operao, a IBR Inoqumica do Brasil LTDA,com investimento que se divide entre a usina de bio-diesel localizada no municpio de Simes Filho e a uni-dade esmagadora de sementes oleaginosas, no mu-nicpio de Ourolndia, a empresa responde por umainjeo de recursos da ordem de R$ 9 milhes, com agerao de 80 empregos .

    De acordo com a SECTI, o nmero de empreendi-mentos do gnero tende a aumentar em funo docrescente interesse de investidores estrangeiros emter unidades de biodiesel no estado da Bahia.

    Consideraes nais

    Esses investimentos industriais, previstos para o pe-rodo em anlise, continuam a demonstrar a possibi-

    lidade de uma maior dinamizao econmica para oestado da Bahia, atravs da diversificao da matrizindustrial com plos de produo.

    Sendo assim, verifica-se o enorme potencial que es-ses empreendimentos apresentam na gerao deinverses para o estado, sendo, portanto, um meca-

    nismo que vem desempenhando um papel importantepara a o setor industrial baiano.

    Essa contnua entrada de investimento produtivo porempresas de grande e mdio porte confirmam a ex-pectativa de desenvolver ainda mais o plo industrialbaiano com a criao de postos de trabalho diretos e

    indiretos. Porm, valido salientar que a questo dadescentralizao dos investimentos previstos no esta-do ainda um ponto a ser analisado e discutido paraque esse dinamismo seja completo.

    Portanto, de suma importncia que polticas pbli-cas sejam desenvolvidas e aprimoradas como possi-bilidade para alavancar ainda mais investimentos quevenham a contribuir significativamente para a expan-so de todos os segmentos da produo industrial doestado da Bahia.

    RefernciasSUPERINTENDNCIA DE ESTUDOS ECONMICOSE SOCIAIS DA BAHIA. Banco de dados investimentosindustriais previstos. Disponvel em: . Acesso em: 16 jan. 2007.

    PETROBRAS investir R$ 78 milhes em usina debiodiesel na Bahia. Rede Baiana de Biocombustveis.

    Disponvel em: . Acessoem: 16 jan. 2007.

    PETROBRAS anuncia construo de primeira unidadede produo de biodiesel da Bahia. Disponvel em:. Acesso em: 09nov. 2006.

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    Conjuntura Econmica Baiana

    Os indicadores da atividade econmica, para o ms de outubro, mostraram que tanto a ati-vidade industrial quanto as vendas no comrcio e as vendas externas registraram variaespositivas, o que contribui para o crescimento da economia baiana como um todo.

    A produo da indstria baiana de transformao, segundo a PIM-IBGE, registrou, em outu-bro de 2006, variao positiva de 5,2% em relao ao mesmo ms de 2005. No acumuladodo ano, a indstria apresentou crescimento de 4,5% em comparao com o mesmo perodode 2005. Nesse mesmo perodo, os segmentos que registraram os maiores crescimentosforam: celulose, papel e produtos de papel (24,6%),metalurgia bsica (11,2%) emineraisno-metlicos(7,5%). Por outro lado, os segmentosautomotivo(-6,3%) ealimentos e bebi-das(-1,8%) registraram desempenho negativo no perodo.

    No que se refere ao comrcio exterior, os dados para o ms de novembro apresentaramcrescimento tanto das exportaes quanto das importaes no acumulado do ano, emcomparao com os nmeros apurados em outubro. O crescimento das exportaes, atnovembro, foi de 12,8%. J as importaes mantiveram crescimento acima das exporta-

    es (36,9%).

    O comrcio varejista, conforme os dados da PMC-IBGE, registrou variao positiva de 9,1%no volume das vendas no acumulado do ano. Os segmentos que evidenciaram as maiorestaxas de crescimento no ano foram: equipamentos e materiais para escritrio (27,4%),hi-permercados e supermercados(22,3%) emveis e eletrodomsticos(20,1%). O segmentoveculos, motos, partes e peasregistrou crescimento de 21,0% no ano.

    O ndice de Preos ao Consumidor (IPC-SEI), para Salvador, registrou, entre os meses denovembro e dezembro de 2006, variao de 0,23%. No ano de 2006, os preos se elevaram,em mdia, 3,6%. Habitao e encargos(19,2%) ealimentos e bebidas(2,5%) foram os gru-

    pos que registraram as maiores contribuies para o ndice final em 2006.

    O mercado de trabalho, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-SEI/DIEE-SE/SEADE), fechou o ms de novembro com taxa de desemprego em 22,6% e mdia anualde 23,8%. Com relao ao rendimento, houve variao negativa de 0,5% na comparaonov05/out06 com relao ao mesmo perodo anterior.

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    Conjuntura Econmica Baiana

    No ms de outubro, o ndice de Movimentao Econmica de Salvador (IMEC), apresentoucrescimento de 0,4%, em comparao com o mesmo ms do ano anterior. Com o pequeno

    crescimento mensal, a atividade econmica ficou praticamente estvel no indicador de mdioprazo. No acumulado dos doze meses, o indicador registrou crescimento de 4,7% em outubro,

    ante 4,8% registrado em setembro.

    Em dezembro, o ndice de Preos ao Consumidor (IPC), divulgado pela SEI, registrou variaode 0,23%. Com esse resultado, o ndice fechou o ano com alta de 3,6%, taxa bem inferior

    registrada em 2005 (6,3%). Habitao e encargos (19,2%) e alimentos e bebidas (2,5%) foram osgrupos que mais pressionaram o ndice em 2006.

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    Conjuntura Econmica Baiana

    Os grupos Alimentos e bebidas (0,36%) e Artigos de residncia (0,48%) apresentaram, emdezembro, as maiores contribuies para a taxa positiva de inflao. Com relao a esses

    grupos, os subitensaves e ovos (2,06%) e cama, mesa e banho(2,25%) foram os queregistraram as maiores variaes no perodo.

    As estimativas para a safra baiana, realizadas em dezembro de 2006 pelo LevantamentoSistemtico da Produo Agrcola (LSPA) do IBGE, apontam para um resultado negativo da

    produo de mandioca (-2,4%), que vem acompanhado pela queda do rendimento da lavoura(-0,8%). No que tange cana-de-acar, observa-se elevao de 9,0 % na produo e de 2,2%

    no rendimento. Este comportamento deve-se s expectativas dos produtores em relao aosbons preos do acar e do lcool em mercados interno e externo.

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    Conjuntura Econmica Baiana

    No que diz respeito s estimativas para a safra de feijo em 2006, verifica-se reduo na produode 27,6%. O resultado negativo deve-se tanto a queda no feijo 1 safra (em entressafra) de 40,7%,

    quanto para a 2 safra (com colheita em andamento). Em relao ao milho, verifica-se a continuidadeda reduo na produo baiana (-31,4%) e no rendimento (-25,0%). Tais desempenhos negativos do

    milho e feijo so resultados das chuvas irregulares em diversas regies produtoras do estado.Para a soja (em entressafra) mantm-se as estimativas de queda de 17,1% da produo.

    Segundo o LSPA/IBGE de dezembro de 2006, as estimativas para a produo de cacau (emfrutificao) permanecem em queda de 4,2%, devido conjuntura de preos da amndoa, dvidas

    de produtores e pragas. Quanto safra de caf, tem-se a elevao da produo de 25,0%,acompanhada de expanso de aproximadamente 14% no rendimento. As anlises permitem

    verificar ainda a expanso das reas plantada (11,7%) e colhida (9,2%) em relao safra 2005.

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    Conjuntura Econmica Baiana

    A produo industrial do setor de transformao da Bahia registrou crescimento de 5,2%, emoutubro de 2006, na comparao com o mesmo ms do ano anterior, conforme dados da

    Pesquisa Industrial Mensal (PIM-IBGE). Para o acumulado dos doze meses, o ndice manteve-se

    praticamente estvel em relao aos ltimos dois meses, uma vez que, nesse perodo, osciloude 4,6%, em agosto, para 4,7% em outubro. Neste ltimo indicador, os setores que acumularamas maiores altas foram: celulose, papel e produtos de papel (32,5%), metalurgia bsica (11,4%),

    minerais no-metlicos (9,8%) e borracha e plstico (4,5%).

    A srie livre de influncias sazonais da produo da indstria de transformao baiana mostrataxa negativa de 1,3%, entre os meses de setembro e outubro de 2006. J a indstria de extrativamineral registrou expanso de 1,4% no mesmo perodo, mantendo a tendncia de crescimento

    verificada nos ltimos quatro meses.

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    Conjuntura Econmica Baiana

    Aps a recuperao iniciada em julho, o ndice emprego na indstria baiana voltou a registrartaxas negativas. Em outubro de 2006, ocorreu queda de 0,2% em relao a outubro de 2005.

    No acumulado dos doze meses o ndice manteve-se estvel em -0,4%. Neste ltimo indicador,

    as principais contribuies negativas ocorreram nos segmentos de produtos de metal,exclusive mquinas e equipamentos (-12,5%) e borracha e plstico (-10,6%).

    O consumo total de eletricidade, no estado da Bahia, registrou, em novembro de 2006, queda de 0,2%,em relao a novembro de 2005. Com essa queda, o ndice no acumulado dos doze meses, passou

    de 3,3% em outubro para 2,7% em novembro. Dentre os principais setores consumidores, o residencial o que apresenta a maior e mais expressiva taxa de crescimento nos doze meses (5,0%).

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    Conjuntura Econmica Baiana

    No ms de outubro de 2006, o comrcio varejista na Bahia apresentou, pelo trigsimo quinto

    ms consecutivo, um acrscimo de 8,6% no volume de vendas. A Pesquisa Mensal deComrcio (IBGE) apurou para o acumulado dos ltimos doze meses uma expanso de 8,2%.O segmento de veculos, motos e peas apresentou crescimento de 22,6% em comparaocom outubro de 2005. Nos ltimos doze meses, o crescimento do volume de vendas desse

    segmento foi de 19,2%.

    Segundo a PMC (IBGE), o segmento Mveis e eletrodomsticos apresentou para o acumuladodos ltimos doze meses, at outubro/06, um crescimento de 20,6% no volume de vendas. Apesarda taxa positiva, os dados da pesquisa mostram uma desacelerao no ritmo de negcios destesetor. J o segmento Hiper e supermercados vem apresentando constantes variaes positivas,

    acumulando uma expanso para o perodo de 11,5%.

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    Conjuntura Econmica Baiana

    Em novembro de 2006, foram emitidos 390.300 cheques sem fundos na Bahia, 8,6% a menosque no mesmo ms do ano anterior. Essa queda contribuiu diretamente para a reduo do

    nmero de cheques sem fundos no acumulado do ano; entre outubro e novembro, houve umareduo de 1,7 p.p, com a taxa recuando de 5,2% para 3,5% nos respectivos meses.

    A balana comercial baiana registrou, em novembro de 2006, saldo superavitr io de apenasUS$ 74,4 milhes. Esse baixo saldo foi resultado de queda nas exportaes (-24,5%) na

    comparao novembro06/novembro/05 e pelo crescimento de 34,7% das importaes nomesmo perodo. No ano, o saldo comercial da Bahia est em US$ 1,9 bilho, valor bem

    inferior aos 2,4 bilhes do mesmo perodo do ano anterior.

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    Conjuntura Econmica Baiana

    Em novembro de 2006, a Pesquisa de Emprego e Desemprego captou uma reduo de 1,3%na Taxa de Desemprego na RMS, comparando-se com outubro do mesmo ano. A entrada de 15

    mil pessoas no mercado de trabalho foi compensada pela gerao de 16 mil novos postos detrabalho no perodo. O contingente de desocupados foi estimado em 403 mil pessoas em nov./06

    e o contingente de ocupados em 1.378 mil pessoas.

    O rendimento auferido pelos ocupados, no ms de outubro de 2006, sofreu um crescimentode 0,32% comparando-se com out./2005. No acumulado dos ltimos doze meses, observou-

    se, entretanto, reduo de 0,05%. A massa de rendimentos reais ficou 0,8% maior para osocupados, em funo da alta do nvel de ocupao.

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    Setor Externo Brasileiro: uma anlise sob a tica da insero externa

    Bruno Rodrigues Pinheiro*

    Setor externo brasileiro: uma anlise sob a

    tica da insero externa

    * Aluno da Faculdade de Cincias Econmicas da Universidade Federal da Bahia ebolsista do NEC. [email protected]

    O setor externo brasileiro vem apresentando nmerossignificativos no perodo compreendido entre 2003 e2006. As exportaes e importaes batem sucessivos

    recordes e h nmeros expressivos nas duas principaiscontas do Balano de Pagamentos (transaes corren-tes e conta capital/financeira). Diante desses dados,cabe fazer uma anlise do processo de insero ex-terna da economia brasileira nesse perodo. Para tan-to, parte-se da hiptese de que os nmeros robustosdo setor externo tm como base duas questes: i) aconjuntura internacional extremamente favorvel; ii) ea herana deixada pelo governo anterior. Assim, es-ses resultados das contas externas so reflexos maisda situao internacional do que das atitudes tomadasem nvel interno. Este artigo discutir essas questes,trazendo ao debate a insero externa brasileira.

    O cenrio externo desfavorvel que marcou o segundomandato do presidente FHC (1999/2002) foi suprimi-do por um ambiente extremamente benigno, tanto nosfluxos financeiros quanto no comrcio internacional,perodo que coincide com os anos do governo Lula(2003/2006). Assim, o que se quer mostrar que osresultados do processo de insero externa alcana-

    dos nos ltimos trs anos tiveram como principal vari-vel a conjuntura internacional, o que no significa queos processos de deciso tomados internamente, taiscomo as polticas fiscal, monetria, cambial, alm dapoltica de comrcio exterior tivessem sido irrelevantes.

    O Processo de inseroexterna da economia brasileiraO conceito de insero externa tem duas dimenses

    essenciais: a comercial e a financeira. Partindo deuma hiptese de que os condicionantes externos,

    ou seja, a conjuntura internacional quem determi-na a dinmica interna, com relao ao setor externo,e sabendo que os fluxos financeiros tm papel pre-ponderante nessa dinmica, comea-se a anlise dainsero externa brasileira sob a tica financeira, pois

    sua lgica fundamental para buscar o entendimentoa respeito de um preo-chave da insero comercial:a taxa de cmbio.

    O processo de insero externa da economia brasi-leira no pode ser analisado de forma ahistrica, ouseja, no se pode fazer uma anlise desse processotendo como base um perodo curto de tempo. Ape-sar de o foco deste trabalho se referir com relao conjuntura, algumas consideraes estruturais soverossmeis: i) a poltica cambial vem sendo utilizada

    sistematicamente como varivel-chave no combate inflao desde o perodo de implantao do Real,mantendo a taxa de cmbio valorizada artificialmen-te de tal forma que resultou em uma crise cambial(1999), quando se adotou o regime de cmbio comflutuao suja. Essa poltica foi mantida pelo atual go-verno, sem expressivas mudanas. ii) com relao abertura externa, essa se caracteriza por estar sendorealizada desde 1990, tanto com relao abertura

    O processo de insero externa

    da economia brasileira no podeser analisado de forma ahistrica

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    21Conjuntura e Planejamento, Salvador: SEI, n.152, p.20-26, Janeiro/2007

    Bruno Rodrigues Pinheiro

    comercial quanto abertura financeira. Assim, a linhade continuidade, que marca os governos, desde en-to, vem se caracterizando por aprofundar o grau deabertura da economia brasileira.

    Dessa forma, pretende-se colocar a economiabrasileira na dinmica da globalizao financeira e

    comercial, de tal modo que argumentos contrriosa isso soam como retrgrados, ou so categorica-mente desqualificados por no terem embasamen-to tcnico-cientfico. Quando se fala em aberturafinanceira:

    (...) [pensa-se sobre a] facilidade com que os re-

    sidentes podem adquirir ativos e passivos deno-

    minados em moeda estrangeira e do acesso de

    no-residentes ao mercado financeiro domstico,

    envolvendo, assim, tanto a liberalizao dos mo-vimentos de capitais quanto a permisso de tran-

    saes monetrias e financeiras em moeda es-

    trangeira no espao nacional. O primeiro nvel de

    abertura financeira diz respeito sinward transac-

    tions, entrada de no-residentes no mercado fi-

    nanceiro domstico e captao de recursos exter-

    nos pelos residentes; o segundo nvel de abertura

    financeira refere-se liberalizao das outward

    transactions, sada de capitais pelos residentes e

    endividamento de no-residentes no mercado fi-

    nanceiro domstico. J o terceiro nvel refere-se

    conversibilidade interna da moeda, ou seja, per-

    misso de transaes em (ou denominadas em)

    moeda estrangeira no espao nacional, como de-

    psitos no sistema bancrio domstico e emisso

    de ttulos indexados variao cambial. No caso

    dos pases perifricos que no possuem moeda

    conversvel, essa opo resulta geralmente numa

    dolarizao progressiva das economias. (AKYUZ,

    1993apudPRATE, 2006, p. 122).

    Esse processo de abertura, iniciado no governoSarney, levado a cabo nos governos Collor e FHCe aprofundado no governo Lula, tem conduzido aeconomia brasileira a um alinhamento com a di-nmica internacional; assim, a economia fica sus-cetvel s mudanas cclicas que so recorrentesnesse tipo de mercado. A opo por aprofundar

    essa poltica tem sido feita pelo governo atual (as-sim como os anteriores) de forma antidemocrtica,

    por meio de circulares do Banco Central ou por Me-didas Provisrias1.

    As principais medidas tomadas com relao aber-tura financeira foram: a unificao dos mercados decmbio livre e flutuante e a extino da Conta de No-Residentes (CC5), em maro de 2005, redundando

    em uma intensificao da abertura do segundo nvel,pois permitiu s pessoas fsicas ou jurdicas converte-rem reais em dlares e fazerem remessas ao exteriorsem quaisquer limites.

    Na mesma data, foi autorizada maior flexibilizaona cobertura cambial s exportaes, atravs daampliao do prazo facultado aos exportadores aretornarem com seus dlares ao Pas2. Uma outramedida tomada (a MP 281, de fevereiro de 2006),concedeu incentivos fiscais aos investidores inter-

    nacionais que quisessem comprar ttulos da dvi-da pblica interna. Essa medida visava diminuiros custos financeiros que existiam at ento, hajavista que a incidncia de tributos e contribuiesdificultava a aquisio de ttulos, uma vez que osinvestidores preferiam aplicar seus recursos emderivativos vinculados taxa de juros reais, queos melhor remuneravam. Essa medida objetivavaaumentar a demanda por ttulos da dvida pblicainterna brasileira.

    Analisando o Balano de Pagamentos, possvelperceber como a economia brasileira vem sofrendoos reflexos da conjuntura internacional. Observa-se

    1Qualquer mudana na forma de insero externa da economia brasileiracom o capital estrangeiro deveria ser tomada no mbito do Congresso Na-cional, j que h uma lei especfca que trata sobre essa questo, a Lei n4.131 de 1961, que permanece intacta. Dessa forma, tenta-se, deslocar a

    poltica pela economia. Assim, decises vitais para o andamento do pas nopassam mais pelo debate no Congresso local essencialmente do debatepblico sendo realizadas no mbito das Agncias Reguladoras e do Banco

    Central.2Para maiores detalhes dessa medida, ver Sics (2006) e Pinheiro (2006).

    Analisando o Balano de

    Pagamentos, possvel perceber

    como a economia brasileira

    vem sofrendo os reexos daconjuntura internacional

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    Setor Externo Brasileiro: uma anlise sob a tica da insero externa

    que, quando a conjuntura internacional era desfavo-rvel (1999-2002), os fluxos de capitais tiveram re-sultados lquidos desfavorveis. Entretanto, quandoa situao internacional melhorou (2003-2006), osfluxos de capitais voltaram aos pases emergentes,que so mais atraentes para os investidores interna-cionais, pois alm de pagarem mais em funo dorisco elevado, possuem um alto diferencial de taxade juros. Esse o caso do Brasil, como pode servisto no Grfico 1.

    Dessa forma, percebe-se uma mudana na compo-sio da conta capital e financeira, que vinha sendosuperavitria desde 1999 e passa a ser deficitria notrinio 2004-2006. A conta capital, excetuando o anode 2001, sempre fora superavitria. Ento, o que levoua conta financeira a se tornar deficitria nesse pero-do? Esse dficit deve ser analisado com cautela, poisencobre o comportamento de dois fluxos de capitaisdistintos: os capitais voluntrios e as operaes com

    o Fundo Monetrio Internacional (FMI), como pode servisto na Tabela 1. Aqui se pode perceber que a contafinanceira fechou deficitria o ano de 2004 em decor-rncia de dficits nas duas subcontas: capitais volun-trios e operaes com o FMI. Entretanto, em 2005,apesar de continuar negativa a conta financeira, oscapitais voluntrios apresentaram saldo positivo IEDe investimento em carteira de US$ 13,8 milhes. As-sim, o que levou a conta financeira a encerrar o anode 2005 com um saldo negativo foi o pagamento feito

    pelo Governo brasileiro ao FMI. J em 2006, quandose observam os capitais voluntrios, o destaque aaquisio da Vale do Rio do Doce no exterior, que teveum forte impacto na conta, fazendo com que ocor-resse uma sada lquida de capital. Entretanto, comopode ser visto a seguir, a conta financeira deve en-cerrar o ano com um saldo positivo graas contaOutros Investimentos e sua subconta emprstimo efinanciamento de curto e longo prazo, que teve umaentrada de quase US$ 16 bilhes.

    Tabela 1Balano de Pagamentos - Conta Capital e Financeira, Brasil: 1999 - 2006* US$ milhes

    1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006*

    Conta Capital e Financeira 17.319 19.326 27.052 8.004 5.111 -7.356 -9.593 15.669

    Conta Capital 338 273 -36 433 498 339 663 839

    Conta Financeira(**) 16.981 19.053 27.088 7.571 4.613 -7.696 -10.256 14.830

    Capitais Voluntrios (inv. direto + portflio) 14.016 29.377 20.331 -3.909 -156 -3.333 17.435 -834

    Operao e Regularizao (FMI) 2.966 -10.323 6.757 11.480 4.769 -4.363 -23.271 0

    Fonte: Bacen* Dados de 2006 acumulado at novembro

    ** O total da conta nanceira o somatorio de trs contas, sendo que nessa tabela trabalha-se com apenas duasPor isso que o somatorio das subcontas no corresponde ao total da conta nanceira

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    23Conjuntura e Planejamento, Salvador: SEI, n.152, p.20-26, Janeiro/2007

    Bruno Rodrigues Pinheiro

    Quando se analisa a conta financeira pormenorizada-mente, percebe-se que os tipos de investimento quetiveram maior destaque no ano de 2006 foram os t-tulos de renda fixa negociados no pas. Isso se deve,principalmente, pela edio da MP-281 que possibili-tou, de forma instantnea, um aumento considervel

    dessa aplicao.

    Uma outra caracterstica do movimento financeiro global a boa receptividade que os ttulos emitidos em reaispossuem no mercado internacional. Uma questo quese coloca que esse movimento geral para os pasesemergentes e, ademais, coincide com o estreitamentodos spreadsnos ttulos denominados em dlares. As-sim, esse movimento, que no novo j ocorreu em1996-1997 faz parte da euforia do ciclo financeiro.

    Uma questo aparece nessa lgica: ser que a valo-rizao cambial que est ocorrendo com o Real podeser explicada com a entrada desses fluxos financeiros,na busca de rentabilidade num pas que possibilita al-tos ganhos financeiros j que tem uma taxa de jurosinterna muito elevada em relao ao resto do mundo?Se isso for verdade, qual seu impacto no comrciode bens do Brasil? A partir dessas informaes seranalisada a insero comercial brasileira.

    A principal caracterstica que se verifica com relao

    insero comercial do Brasil no perodo 2003-2006

    foi a guinada ocorrida na balana comercial, contri-buindo para que as transaes correntes fechassemsuperavitrias, como pode ser visto na Tabela 2.

    A implantao do Plano Real, em 1994, como umplano de estabilizao monetria, foi fundamentadana chamada ncora cambial, acarretando uma de-

    teriorizao da balana comercial. A balana comer-cial, que era superavitria, passou, de imediato, a serdeficitria em funo da valorizao da moeda comoforma de combater a inflao. A manuteno dessancora prolongou-se at 1999, quando o governofoi forado a adotar um cmbio com flutuao suja.Nos dois primeiros anos da mudana cambial, o re-sultado sobre a balana comercial foi tmido. J nobinio 2001-2002, com um novo patamar cambial, osresultados da balana comeam a melhorar. Entretan-to, essa melhora no saldo comercial se deu mais pela

    diminuio das importaes do que por um aumen-to das exportaes. A partir de 2003, as exportaescomearam sua trajetria ascendente, contribuindopara que as transaes correntes fechassem positi-vas, como pode ser visto na Tabela 3. Assim, o atualgoverno recebeu como herana o bnus dessa mu-dana cambial de 1999.

    Tabela 2Balana de Pagamentos - Transaes Correntes, Brasil: 1999 - 2006* US$ milhes

    1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006*

    Transaes Correntes -25.335 -25.225 -23.215 -7.637 4.177 11.738 14.199 13.182

    Balana Comercial -1.199 -698 2.650 13.121 24.794 33.666 44.757 41.084

    Servios e Rendas -25.852 -25.048 -27.503 -23.148 -23.483 -25.197 -34.115 -31.859

    Transf. Unilateral 1.689 1.521 1.638 2.390 2.867 3.268 3.558 3.956

    Fonte: Bacen* Dados acumulados at novembro

    A principal caracterstica que se

    verica com relao insero

    comercial do Brasil no perodo

    2003-2006 foi a guinada ocorrida

    na balana comercial

    Tabela 3Balana Comercial,

    Brasil, 1999 - 2005 FOB US$ milhesAnos Exportaes Importaes Saldo

    1999 48.011 49.210 -1.199

    2000 55.085 55.783 -698

    2001 58.222 55.572 2.650

    2002 60.321 47.240 13.081

    2003 70.084 48.290 21.794

    2004 96.475 62.834 33.641

    2005 118.308 73.551 44.757

    2006 137.471 91.394 46.077

    Fonte: MDIC

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    25Conjuntura e Planejamento, Salvador: SEI, n.152, p.20-26, Janeiro/2007

    Bruno Rodrigues Pinheiro

    No grupo de mdia intensidade tecnolgica, o destaquefica para setor de veculos automotores e mquinase tratores. Com relao ao primeiro, observa-se queesse dominado por grandes empresas transnacio-nais, onde o que determina a insero externa do Passo suas estratgias, deixando o Estado numa posiode subordinao relativa. Desta forma, os ganhos com

    exportao desse segmento esto muito mais relacio-nados com as estratgias que essas empresas adotamdo que com medidas de foro interno.

    Cabe destacar tambm que essas empresas esto tendocomo estratgia a utilizao do Brasil como uma platafor-ma de exportao para os demais pases do Mercosul,bem como para o resto da Amrica Latina. Desse modo,como a economia brasileira no d sinais de crescimentode forma sustentada, essas empresas trocam a deman-da interna, desaquecida, pelas exportaes.

    Dessa forma, torna-se evidente que a insero exter-na brasileira mostra-se extremamente dependente domercado internacional, que, para alguns, se caracte-riza por ser uma insero passiva e, para outros, re-gressiva. Isso fica claro na passagem a seguir:

    Se por um lado, a pauta exportadora brasileira reve-

    lou-se funcional dadas as caractersticas da expan-

    so econmica da China, o patamar inusitadamente

    alto dos preos das commoditiese a recuperao

    sincronizada da economia e do comrcio mundialno perodo 2002-2005 (resultando, inclusive, no au-

    mento do market-share do pas nas importaes

    mundiais), por outro lado a manuteno da impor-

    tncia do grupo de commoditiesprimrias na pauta

    de exportao brasileira reproduz as fragilidades es-

    truturais desta pauta. Este grupo, que mais contribui

    para o desempenho exportador brasileiro, foi o que

    menos contribuiu para o desempenho exportador

    mundial e para o dinamismo exportador de pases

    em desenvolvimento como ndia, China e Mxico(Sarti; Sabbatini, 2003apudPrates, 2006 p 142).

    O que se pode observar que as exportaes bra-sileiras esto crescendo, especialmente nos setoresde menor dinamismo e naqueles que menos contri-buem para a expanso do comrcio mundial. Almdisso, o fato de o crescimento das importaes chi-nesas caminharem em direo a uma importaocom maior valor agregado pode prejudicar o Brasil,em funo dos fortes vnculos entre esses pases no

    setor de commodities. Isso fica claro, quando a Chi-na comea a comprar pelo mundo afora empresassiderrgicas e j produz do seu consumo interno(PUGA, 2005, p. 12).

    Na pauta de importao brasileira, as anlises se inver-tem: o pas que exporta produtos com baixo valor agre-gado, agora importa produtos com um valor agregadomaior, pois so produtos concentrados na categoria demdia e alta intensidade tecnolgica. A participaodesses produtos no total importado vem se manten-

    do constante ao longo dos ltimos oito anos, ou seja,mantm-se em torno de 60% das importaes, comopode ser observado nos Grficos 3 e 4.

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    Setor Externo Brasileiro: uma anlise sob a tica da insero externa

    Com isso, possvel concluir que quando se ana-lisa, sob uma tica de intensidade tecnolgica, opadro de insero externa brasileiro, percebe-seque somos superavitrios no setor de commodities

    e de contedo de baixa intensidade tecnolgica,alm dos setores intensivos em mo-de-obra, comoilustra o Grfico 4.

    Dessa forma, como nossa pauta de exportao con-centrada em commodities, e esse produto suscetvels mudanas no cenrio internacional, qualquer mu-dana no ritmo do crescimento da economia mundial,certamente diminuir esse mpeto exportador, fatoque poderia ser amenizado caso o Brasil adotasseuma outra estratgia de insero externa: mais ativae menos regressiva.

    RefernciasBANCO CENTRAL DO BRASIL. Dados consolidados:balana de pagamentos. Disponvel em: http://www.bacen.gov.br>. Acesso em: 28 dez. 2006.

    BRASIL. Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Co-mrcio. Dados consolidados. Disponvel em: Acesso em: 28 dez. 2006.

    CARNEIO, R. Desenvolvimento em crise: a economiabrasileira no ultimo quarto do sculo XX. So Paulo:Editora Unesp/IE; Unicamp, 2002.

    COUTINHO, L; HIRATUKA, C; SABBATINI, R. O desafioda construo de uma insero externa dinamizadora.In: SEMINRIO BRASIL EM DESENVOLVIMENTO, Riode Janeiro: UFRJ, 2003.

    PINHEIRO, B.R. Setor externo brasileiro e liberalizaofinanceira: uma abordagem pela tica dos grandesgrupos econmicos. Conjuntura & Planejamento, Sal-vador, set. 2006.

    PRATES, Daniela Prates. A insero externa da econo-

    mia brasileira no governo Lula. Poltica Econmica emFoco, n.7, nov./abr.2006.

    PUGA, F.P.A insero do Brasil no comercio mundial:o efeito China e potenciais de especializao das ex-portaes. Rio de Janeiro: Banco Nacional de Desen-volvimento Econmico e Social, out. 2005. (Texto paradiscusso, 106).

    SICS, Joo. Rumos da liberalizao financeira brasi-leira. Revista de Economia Poltica, v. 26, n. 3 (103), p.

    364-380, jul./set.2006.

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    Comportamento setorial do emprego industrial na Bahia 2002/2006

    Comportamento setorial do empregoindustrial na Bahia 2002/2006Carla Janira Souza do Nascimento*

    A liberalizao comercial, a reestruturao produtiva ea desconcentrao regional da indstria provocarammodificaes na composio do emprego industrial noBrasil, ao longo da dcada de 1990. No entanto, tam-bm o comportamento da conjuntura econmica afetao desempenho do mercado de trabalho industrial.

    Do ponto de vista conjuntural, as polticas econmi-cas adotadas no pas, a partir da dcada de 1980,

    com intuito de combater a inflao e frear a forte re-cesso, reduziram o ritmo de crescimento da econo-mia, desencadeando baixos ndices de investimentosnas atividades produtivas.

    Do lado estrutural, as mudanas verificadas na eco-nomia brasileira foram ocasionadas principalmentepelo processo de abertura comercial desencadeadoa partir do Plano Real. Com intuito de obter ganhos deprodutividade, ocorreu no incio da dcada de 1990 oprocesso de reestruturao e enxugamento da estru-tura produtiva do setor industrial. O aumento da pro-dutividade reflete o ajuste de custos feito pelo setorpara compensar a valorizao do cmbio e enfrentara concorrncia dos produtos importados.

    Conforme Gonzaga e Corseuil (1997, p. 2),

    O novo ambiente econmico, de estabilidade ma-

    croeconmica e de maior competio e integrao

    internacional, transformou os padres de competi-

    tividade aos quais as empresas brasileiras estavam

    acostumadas, exigindo fortes ajustes dos seus m-

    todos de produo. A resposta das empresas do

    setor industrial a este novo ambiente, desde o incio

    da dcada de 90, tem sido a adoo crescente de

    tcnicas de produo poupadoras de custos e ba-

    seadas em mo-de-obra menos rgida (via terceiri-

    zao e downsizing, por exemplo).

    O objetivo deste artigo analisar o desempenho do em-prego industrial a partir de 2002. Analisa-se a evoluo

    do nvel e da estrutura do emprego no setor industrial doPas e do estado da Bahia. Com base nos dados da Pes-

    quisa Industrial Mensal de Emprego e Salrio (PIMES),divulgados pelo IBGE a partir de dezembro de 2000,pode-se analisar o comportamento conjuntural de algu-mas variveis do mercado de trabalho industrial pesso-al ocupado assalariado e folha de pagamento real noBrasil, em regies e alguns estados selecionados, porsetores de atividade. No presente artigo, a anlise quese segue trata desses resultados para os anos de 2002a 2006, ressaltando-se principalmente o desempenhodo emprego industrial no estado da Bahia. A PesquisaIndustrial Anual (IBGE)1tambm ser utilizada com o fimde compreender a posio dos setores dentro da estru-tura industrial com relao ocupao.

    Anlise estrutural:2002/2005Os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e

    Salrio mostram que o emprego industrial geral (transfor-mao e extrativa mineral) aumentou 1,54% no Brasil en-tre 2002 e 2005, para o Nordeste e Bahia, neste mesmoperodo, as taxas foram de 1,82% e -0,56%, respectiva-mente. Considerando apenas a indstria de transforma-o (ou ainda, excluindo-se a indstria extrativa mineral),o nvel de pessoal ocupado obteve incremento de 1,41%e 2,12%, respectivamente, para Brasil e Nordeste, en-quanto que o estado da Bahia registrou taxa de 0,04%.

    Setorialmente, no Brasil, os segmentos que apresenta-

    ram as maiores taxas de crescimento no nvel de empre-go no perodo foram: coque, refino de petrleo, combus-tveis nucleares e lcool (48,15%), alimentos e bebidas(22,25%), fabricao de meios de transportes (19,72%),mquinas e equipamentos exclusive eltricos eletrni-cos, de preciso e de comunicaes (18,84%) e metalur-gia bsica (13,17%). Em sua maioria, esses segmentosso da indstria de bens intermedirios.

    * Economista e tcnica da SEI.1A Pesquisa Industrial Anual est disponvel para os anos de 1996 a 2004.

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    29Conjuntura e Planejamento, Salvador: SEI, n.152, p.28-31, Janeiro/2007

    Carla Janira Souza do Nascimento

    No estado da Bahia, os segmentos que acumularamas maiores taxas de crescimento no perodo foram:mquinas e equipamentos, exclusive eltricos eletr-nicos, de preciso e de comunicaes (71,23%), cal-ados e couro (50,59%), refino de petrleo e produ-o de lcool (33,32%), fumo (32,35%) e fabricaode meios de transporte (24,21%).

    Para o ramo de mquinas e equipamentos, exclusiveeltricos, eletrnicos, de preciso e de comunicaes,o incremento significativo no pessoal ocupado ob-servado a partir de 2004, quando apresentou taxa de18,10%, em 2005, a taxa foi de 48,80%.

    Outro segmento que apresentou crescimento significativonos ltimos dois anos foi o de meios de transporte, atribu-do implantao do complexo automotivo no estado.

    No caso dos segmentos de calados e couro, refinode petrleo e produo de lcool e fumo, o incremen-to de postos de trabalho no se deu apenas recente-mente, mas desde 2002.

    O aumento no nvel de emprego, mais especificamen-te nos segmentos de veculos, fumo e calados deu-se pela poltica de incentivos do governo estadual,quando foram realizados diversos investimentos, prin-cipalmente nos setores de bens finais.

    No caso do segmento de refino, o aumento dos pos-tos de trabalho deu-se pela ampliao da RefinariaLandulpho Alves, em 2001 e, mais recentemente, osnovos contratos devem-se s sucessivas paradas quedemandam mo-de-obra especializada para manu-teno das unidades da refinaria.

    Os dados da Pesquisa Industrial Anual (IBGE) confir-mam essas mudanas do emprego industrial, pois sepode constatar que, considerando-se os anos de 1996e de 2004, ocorreu uma pequena mudana na estrutura

    dos empregos por segmento de atividade no estado daBahia. Em ambos os perodos, o segmento de alimen-tos e bebidas assume a primeira posio no rankingde empregos do setor de transformao industrial. Noentanto, o gnero de couro e calados, que possuauma participao reduzida em 1996 (1,42%), assumea segunda posio em 2004 (15,79%), desbancando osetor de produtos qumicos (9,09%). Na quarta, quintae sexta posio, como ilustrado no Grfico 1, esto ossetores de produtos de minerais no-metlicos (6,33%),vesturio (5,96%) e txteis (5,86%).

    Os fatores que influenciaram essas mudanas estru-turais foram: o processo de relocalizao industrial,com a transferncia de empresas do Sul/Sudeste parao estado da Bahia; a descoberta de novos poos depetrleo no estado, abrindo novos postos de trabalho;

    Outro segmento que apresentoucrescimento signicativo nos

    ltimos dois anos foi o demeios de transporte, atribudo

    implantao do complexoautomotivo no estado

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    31Conjuntura e Planejamento, Salvador: SEI, n.152, p.28-31, Janeiro/2007

    Carla Janira Souza do Nascimento

    No perodo compreendido entre janeiro e novembro de2006, o estado da Bahia reduziu o nmero de empre-gados na indstria em 0,34%, o que pode ser consi-derado como manuteno no nvel de emprego indus-trial. Nesse mesmo perodo, em 2005, observou-se umacrscimo de 2,5%. No Nordeste, a reduo de postosde trabalho chega a 1,06% neste mesmo perodo.

    A performance do mercado de trabalho industrial refleteo desaquecimento da economia brasileira, desestimula-da pelas elevadas taxas de juros mantidas pela atual po-ltica econmica. Segundo dados da Pesquisa IndustrialMensal (IBGE), a produo da indstria geral no Brasilcresceu 3,1% no perodo compreendido entre janeiroe novembro de 2006. No Nordeste houve aumento de4,0% e, no estado da Bahia, a produo cresceu 4,3%em relao ao mesmo perodo do ano anterior.

    Quando se analisa o nvel de emprego industrial no Pas,por setor de atividade, alimentos e bebidas (7,9%), refinode petrleo e produo de lcool (14,7%) e mquinas,aparelhos eletrnicos e de comunicaes (4,1%) foramos setores com impacto mais relevante entre os sete quecresceram. E, em oposio, esto as presses negativasde outros produtos da indstria de transformao quecaiu 0,21% destacando-se calados e couro (-13,1%),mquinas e equipamentos (-6,9%) e vesturio (-5,4%).

    O desempenho do segmento de alimentos reflete oaumento das vendas de commoditiesagrcolas parao mercado externo, fator que beneficia a manutenodos empregos. Por outro lado, a defasagem cambialobservada desde 2004 tem causado efeitos nefastosno segmento de calados e couro, intensificando onmero de demisses. Soma-se a isto a acirrada con-corrncia dos calados chineses.

    Segundo relatrio do Instituto de Estudos para o De-senvolvimento Industrial (2006, p. 1),

    os setores que vm liderando a fraca expanso indus-

    trial brasileira empregam relativamente pouco (extrati-

    va mineral, acar e lcool e setores mais intensivos

    em tecnologia, como informtica), ao passo que se-

    tores mais empregadores, mais disseminados regio-

    nalmente e com maior poder de difuso ainda vivem

    uma crise (vesturio, txtil, calados e couros, madeira

    e mquinas e equipamentos para agricultura).

    Na Bahia, setorialmente, a indstria extrativa registrou

    aumento dos postos de trabalho de 1,34% e a indstria

    de transformao reduziu o nmero de empregos em0,45%, no perodo de janeiro a novembro de 2006. Parao ano de 2005, esses resultados foram de -6,04 e 3,05%,respectivamente. Entre os segmentos da indstria detransformao destacam-se o aumento de postos detrabalho nas indstrias de mquinas e equipamentos,exclusive eletrnicos, eltricos, de preciso e comunica-

    o (14,47%), alimentos e bebidas (5,37%) e calados ecouro (5,95%). As maiores baixas foram registradas nossegmentos de produtos qumicos (-8,24%), borracha eplstico (-11,82%), produtos de metal, exclusive mqui-nas e equipamentos (-10,59%) e vesturio (-8,63%).

    As expectativas so de que a partir de 2007 os em-presrios industriais aumentem os postos de trabalhona indstria. Em um primeiro momento ampliam-se onmero de horas trabalhadas, esperando um aumen-to no nvel de estoques. Mas a tendncia de que se-

    jam ampliados os postos de trabalho, caso a situaomantenha-se neste nvel.

    RefernciasGONZAGA, G.; CORSEUIL, C. H. L. Emprego indus-trial no Brasil: anlise de curto e longo prazos. Revis-ta Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, v. 55, n. 4,2001. Disponvel em: . Acesso em: 11 dez. 2006.

    INSTITUTO DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTOINDUSTRIAL. Emprego industrial: a variao no trimes-tre foi nula. Anlise IEDI. 13 dez. 2006. Disponvel em:. Acesso em: 18 dez. 2006.

    NASCIMENTO, Carla Janira Souza do. Emprego in-dustrial na Bahia. Conjuntura & Planejamento, Salva-dor: SEI, n. 111, p. 3-5, ago. 2003.

    ______. Indstria petroqumica: novo processo de re-estruturao. Conjuntura & Planejamento, Salvador:SEI, n. 88, p. 3-5, set. 2001.

    SABIA, Joo. Emprego industrial no Brasil: situa-o atual e perspectivas para o futuro. Revista deEconomia Contempornea, Rio de Janeiro, v. 5, n.especial, 2001. Disponvel em: .

    Acesso em: 11 dez. 2006.

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    Ampliaes concentram 51,5 % dos investimentos industriais previstos para o estado da Bahia

    Ampliaes concentram 51,5 % dosinvestimentos industriais previstos

    Os investimentos industriais anunciados para o estado da Bahia, a serem realizados no perodo referente a 2006-2010, totalizam um volume da ordem de R$ 12,4 bilhes agregando 523 projetos. Os investimentos esto subdivi-didos em treze eixos de desenvolvimento e em nove complexos de atividade econmica.

    Analisando os investimentos quanto situao, verifica-se que 51,5% esto em ampliaes de unidades indus-triais, representando um volume de aproximadamente R$ 6,4 bilhes alocados em 109 projetos. Enquanto queaproximadamente 48,3% encontram-se em implantaes e 0,2% em reativaes, somando recursos na ordem deR$ 6,0 bilhes em 414 projetos.

    No que se refere ao complexo de atividade econmica, observa-se que os complexos Madeireiro (35%) e Qumi-co-Petroqumico (20%) respondem por 55% dos investimentos industriais previstos, perfazendo R$ 6,8 bilhes em123 projetos. Os demais agregam por R$ 5,6 bilhes, distribudos em 400 projetos, notadamente no complexoAgroalimentar, com participao de 11,1%.

    No que tange localizao, indicado pelos eixos de desenvolvimento, infere-se que os eixos Metropolitano e Extre-mo Sul concentram 76% dos investimentos previstos, representados num volume de R$ 9,4 bilhes, respondendopor 55% dos projetos (287). Os demais eixos so responsveis por um montante da ordem de R$ 3,0 bilhesalocados em 236 projetos.

    Em relao ao nmero de empregos previstos, tem-se a expectativa que os empreendimentos industriais gerem70.727 postos de trabalho, sendo que os eixos Metropolitano (39%) e Grande Recncavo (19%) absorvem aproxi-madamente 58% dos empregos, ou 41.100 novos postos. Os restantes respondem por 42% dos empregos, espe-cialmente o eixo Mata Atlntica, que responde por 12% dos empregos (8.306 novos postos).

    A poltica de atrao de investimentos industriais, promovida pelo governo do estado da Bahia, tem contribudo sig-

    nificativamente para a diversificao do parque industrial. Este fato vem ocorrendo desde 1991, com a implantaode programas de incentivos fiscais, como o Probahia. Estes programas se intensificaram, destacando-se: em 1995,com os incentivos especiais para o setor de informtica; em 1997, com o Procomex, para o setor de calados eseus componentes; em 1998, com o Bahiaplast, para o setor de transformao plstica; alm do Procobre e Profi-bra. A partir de 2002, o programa Desenvolve substituiu os demais programas implantados anteriormente. Dentreas principais indstrias que esto se instalando e ampliando a sua capacidade em 2006, encontra-se a NutriaraAlimentos Ltda, a Marinho Indstria e Comrcio Txtil Ltda, a Braspenco Indstria de Compostos Plsticos Ltda. ea Nestl Nordeste Alimentos e Bebidas Ltda.

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    Ampliaes concentram 51,5 % dos investimentos industriais previstos para o estado da Bahia

    Tabela 1Investimentos industriais previstos para a BahiaVolume de investimento e nmero de empresas por complexo de atividade 2006 - 2010

    Complexo Volume (R$ 1.000,00) N projetos

    Agroalimentar 1.374.166 87

    Atividade mineral e beneciamento 983.359 29

    Calados/Txtil/Confeces 1.015.665 65

    Complexo madeireiro 4.346.666 21

    Eletroeletrnico 238.800 66

    Metal-mecnico 497.722 47

    Qumico-petroqumico 2.446.291 102

    Reciclagem 1.156 1

    Transformao petroqumica 824.469 94

    Outros 658.390 11

    Total 12.386.684 523

    Fonte: SICM / Jornais DiversosElaborao: CAC-SEINota: Dados preliminares, sujeitos a alteraes. Coletados at 30/12/06

    Tabela 2Investimentos industriais previstos para a BahiaVolume de investimento e nmero de empresas por eixo de desenvolvimento 2006 - 2010

    Eixo Volume (R$ 1.000,00) N projetos

    Baixo Mdio So Francisco 50.439 8

    Chapada Norte 87.191 11Chapada Sul 4.890 4

    Extremo Sul 3.377.521 17

    Grande Recncavo 512.864 78

    Irec do So Francisco 22.193 2

    Mata Atlntica 725.755 55

    Mdio So Francisco 3.000 1

    Metropolitano 6.013.865 270

    Nordeste 41.860 8

    Oeste do So Francisco 274.948 7

    Planalto Central 295.878 3

    Planalto Sudoeste 336.231 45A denir 640.050 14

    Total 12.386.684 523

    Fonte: SICM / Jornais DiversosElaborao: CAC-SEINota: Dados preliminares, sujeitos a alteraes. Coletados at 30/12/06

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    Ampliaes concentram 51,5 % dos investimentos industriais previstos para o estado da Bahia

    Metodologia da pesquisa de investimentosindustriais previstos no Estado da Bahia

    A metodologia utilizada pela Superintendncia de Estudos Econmicos e Sociais da Bahia SEI paralevantar as intenes de investimentos industriais previstos para os prximos quatro anos no estado

    da Bahia, desenvolvida inicialmente pela Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia - SEPLAN,

    consiste em coletar diariamente as informaes primrias dos provveis investimentos a serem implan-

    tados no estado, divulgadas pelos principais meios de comunicao, e obter sua confirmao junto s

    respectivas empresas. Essas informaes so coletadas nas seguintes publicaes: Gazeta Mercantil,

    Valor Econmico, A Tarde, Correio da Bahia e Dirio Oficial do Estado da Bahia. O levantamento des-

    ses dados tambm obtido junto Secretaria de Indstria, Comrcio e Minerao do Estado da Bahia

    SICM atravs dos protocolos de inteno e projetos econmico-financeiros entregues Secretaria

    para o requerimento de incentivos dos programas PROBAHIA, BAHIAPLAST e do atual DESENVOLVE.

    Aps a verificao dos dados coletados e a confirmao das empresas a serem implantadas no es-

    tado, identifica-se a existncia de dupla contagem dos dados. Depois de consistidos, os dados sero

    apresentados sob a forma de tabelas e grficos, contendo o volume e participao dos investimentos

    industriais por complexo de atividade, por eixo de desenvolvimento e o nmero de projetos. Os valores

    dos investimentos anunciados esto expressos em reais.

    Os dados mais desagregados esto sendo disponibilizados e atualizados mensalmente no site dessa

    instituio, com dados a partir de 1997, apresentando valores acumulados.

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    Notcias

    Negcios

    Novas fbricas se instalaram em Feirade Santana

    Em visita a Feira de Santana, o governador Paulo Soutocumpriu uma agenda cheia. A pauta incluiu a assinatura

    de protocolo de intenes para implantao de quatrofbricas e uma visita a duas empresas j instaladas nacidade. Souto tambm esteve no antigo Casaro, quefoi recuperado e que, no passado, deu origem cidadede Santana dos Olhos dgua, hoje Feira de Santana.E mais: inaugurou sistema integrado de distribuio degua e entregou ttulos de terra a famlias da rea rural.

    Finalizando a srie de compromissos em Feira, o gover-nador participou da inaugurao da fbrica de pneusStandard Tyres Indstria de Borrachas e Polmeros Ltda.

    e autorizou o incio do processo de licitao para a rea-lizao de obras de urbanizao no bairro Anchieta. Asquatro fbricas previstas no protocolo de intenes soa Belgo Siderurgia S/A (investimento estimado em R$20 milhes), a BMB-Belgo Mineira Bekaert Artefatos deArames Ltda. (R$ 35 milhes), a Nutriara Alimentos Ltda.(R$ 15 milhes) e a Pepisco do Brasil Ltda. (US$ 10 mi-lhes). Juntas, elas sero responsveis pela gerao de485 empregos diretos e 460 indiretos.

    A Belgo Siderurgia fabricar laminados e trefilados de aopara a construo civil, com capacidade de produzir 100mil toneladas de produtos e 120 mil toneladas de suca-tas por ano. A Pepisco, por sua vez, produzir alimentosindustrializados. J a BMB-Belgo Mineira Bekaert e a Nu-triara Alimentos fabricaro produtos trefilados de ao parao reforo de pneus e mangueiras e raes para animais,respectivamente. A Bekaert tem capacidade para produ-zir 15 mil toneladas por ano, enquanto que a Nutriara capaz de alcanar a marca de 66 mil toneladas anuais.

    Houve a inaugurao da fbrica Standard Tyres Indstriae Comrcio de Borrachas e Polmeros Ltda., destinada

    produo de pneus para veculos de carga. Com uminvestimento de R$ 8,2 milhes, a empresa tem capa-cidade de produo de 30 mil unidades anuais e devegerar 120 empregos diretos.

    Feira de Santana ganha nova fbrica e mais quatro sero implantadas.

    Dirio Oficial, 12/12/06.

    Investimentos de R$ 3,7 bi estoprevistos para a Bahia

    A Bahia continua entre os estados do Brasil com maiorvolume de investimentos em novos projetos industriais.Em 2006, foram anunciados empreendimentos que voresultar na aplicao de recursos da ordem de R$ 3,7bilhes, e as estimativas da Secretaria da Indstria, Co-mrcio e Minerao (SICM) indicam a possibilidade decriao de mais de sete mil novos empregos diretos. O

    ano tambm foi marcado pelo incio das atividades degrandes empreendimentos, como a Continental, Rige-sa e Minuano. As estimativas preliminares indicam que,at 2010, a Bahia dever receber investimentos, na reaindustrial, de mais de R$ 20,7 bilhes, atravs de 440projetos, em diversos municpios.

    Entre as principais indstrias que j esto se instalandoou ampliando a sua capacidade de produo no estadoencontram-se a Suzano Papel e Celulose, Nestl, Avipal

    Nordeste, Pepsico, Brasil Biodiesel, Norsa Refrigerantese Petrobras. A estatal do petrleo investir, por exem-plo, R$ 78 milhes na construo da sua primeira usinade biodiesel em terras brasileiras, a ser implantada nomunicpio de Candeias. Mas a maior empresa do Brasilpretende realizar investimentos que devem ultrapassarde US$ 4,77 bilhes (mais de R$ 10 bilhes) nos prxi-mos cinco anos na Bahia. A maior parcela ser aplicadana rea de explorao e produo, com cerca de US$2,1 bilhes. Tambm devero ser investidos US$ 1,164bilho na produo de gs natural, e a Refinaria Landul-

    pho Alves vai receber mais de US$ 1,12 bilho, para am-pliar a sua capacidade de produo.

    A Bahia consolida seus diversos plos industriais, aexemplo do automotivo, caladista, petroqumico e decelulose, com empresas estruturantes que atraem de-zenas de outras fornecedoras. Os empreendimentosgeram oportunidades para implantao de novas inds-trias, principalmente de pequeno e mdio porte, possibi-litando o desenvolvimento de cadeias produtivas.

    Novas indstrias anunciam investimentos de R$ 3,7 bi. Correio daBahia, 02/01/2007.

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    e cermica artstica. O protocolo leva em conta a dis-posio da UIL de fortalecer suas aes na Bahia e ointeresse do Governo do Estado em ampliar os progra-mas de capacitao profissional e gerao de trabalhoe renda para as populaes humildes.

    A Bahia, inclusive, vem mantendo uma relao muito po-

    sitiva com as entidades italianas. Atravs de um acordoassinado entre o Governo do Estado e a Presidncia daRegio da Lombardia, na Itlia, foi aprovada em 2002 aconcesso de aportes financeiros para a realizao deatividades de apoio e desenvolvimento do programa deartesanato mineral do estado.

    Governo firma protocolo para beneficiar comunidades carentes. Dirio

    Oficial, 12/12/2006.

    UNIO

    Atos do poder executivo

    Decretos

    Decreto n 5.977, de 01 de dezembro de 2006 Re-gulamenta o Art. 3, caput e 1, da Lei n 11.079, de 30de dezembro de 2004, que dispe sobre a aplicao, sparcerias pblico-privadas, do Art. 21 da Lei n 8.987,

    de 13 de fevereiro de 1995, e do Art. 31 da Lei n 9.074,de 7 de julho de 1995, para apresentao de projetos,estudos, levantamentos ou investigaes, a serem uti-lizados em modelagens de parcerias pblico-privadasno mbito da administrao pblica federal, e d outrasprovidncias.

    Decreto n 5.981, de 06 de dezembro de 2006 Dnova redao e inclui dispositivos ao Decreto n 4.074,de 4 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei n 7.802,de 11 de julho de 1989, que dispe sobre a pesquisa, a

    experimentao, a produo, a embalagem e rotulagem,o transporte, o armazenamento, a comercializao, a

    propaganda comercial, a utilizao, a importao, a ex-portao, o destino final dos resduos e embalagens, oregistro, a classificao, o controle, a inspeo e a fisca-lizao de agrotxicos, seus componentes e afins.

    Decreto n 5.983, de 12 de dezembro de 2006 Am-plia os valores constantes dos Arts. 4 e 5 do Decreto n

    5.861, de 28 de julho de 2006, e altera os Anexos VIII, IX,X e XI do Decreto n 5.780, de 19 de maio de 2006, quedispe sobre a programao oramentria e financeirae estabelece o cronograma mensal de desembolso doPoder Executivo para o exerccio de 2006, e d outrasprovidncias.

    Decreto n 5.985, de 13 de dezembro de 2006 Pro-mulga a Deciso n 24/05, do Conselho do Mercado Co-mum do Mercosul, que aprova o Regulamento do Fundopara a Convergncia Estrutural e Fortalecimento Institu-

    cional do Mercosul - FOCEM, adotado em Montevidu,em 8 de dezembro de 2005.

    Decreto n 5.987, de 19 de dezembro de 2006 Dis-pe sobre a compensao da Cide-Combustveis porpessoas jurdicas importadoras ou adquirentes de hi-drocarbonetos lquidos no destinados formulao degasolina ou diesel.

    Decreto n 5.988, de 19 de dezembro de 2006 Dis-pe sobre o Art. 31 da Lei n 11.196, de 21 de novembro

    de 2005, que instituiu depreciao acelerada incentivadae desconto da Contribuio para o PIS/PASEP e da CO-FINS, no prazo de doze meses, para aquisies de bensde capital efetuadas por pessoas jurdicas estabelecidasem microrregies menos favorecidas das reas de atua-o das extintas SUDENE e SUDAM.

    Decreto n 5.995, de 19 de dezembro de 2006 Insti-tui o Sistema de Gesto do Projeto de Integrao do RioSo Francisco com as Bacias Hidrogrficas do NordesteSetentrional, e d outras providncias.

    Decreto n 5.996, de 20 de dezembro de 2006 Dis-pe sobre a criao do Programa de Garantia de Preospara a Agricultura Familiar - PGPAF de que trata a Lein 11.326, de 24 de julho de 2006, e o Art. 13 da Lei n11.322, de 13 de julho de 2006, para as operaes con-tratadas sob a gide do Programa Nacional de Fortale-cimento da Agricultura Familiar - PRONAF, e d outrasprovidncias.

    Decreto n 6.000, de 26 de dezembro de 2006 Pro-mulga a Conveno entre os Governos da Repblica Fe-

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    atuao da Agncia de Desenvolvimento do Nordeste ADENE, e d outras providncias.

    Lei n 11.430 de 26 de dezembro de 2006 Alteraas Leis ns8.213, de 24 de julho de 1991, e 9.796, de5 de maio de 1999, aumenta o valor dos benefcios daprevidncia social; e revoga a Medida Provisria n 316,

    de 11 de agosto de 2006; dispositivos das Leis ns8.213,de 24 de julho de 1991, 8.444, de 20 de julho de 1992,e da Medida Provisria n 2.187-13, de 24 de agosto de2001; e a Lei n 10.699, de 9 de julho de 2003.

    Lei n 11.434 de 28 de dezembro de 2006 AcresceArt. 18-A Lei n 8.177, de 1 de maro de 1991, queestabelece regras para a desindexao da economia;altera as Leis ns10.893, de 13 de julho de 2004, 10.833,de 29 de dezembro de 2003, e 11.322, de 13 de julho de2006; e d outras providncias.

    Lei n 11.438 de 29 de dezembro de 2006 Dispesobre incentivos e benefcios para fomentar as ativida-des de carter desportivo e d outras providncias.

    Leis Complementares

    Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de

    2006 Institui o Estatuto Nacional da Microempresa eda Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das

    Leis ns

    8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991,da Consolidao das Leis do Trabalho CLT, aprovadapelo Decreto-Lei n 5.452, de 1 de maio de 1943, da Lein 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Comple-mentar n 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leisns9.317, de 05 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 deoutubro de 1999. Mensagem de veto.

    Gabinete do Ministro da

    FazendaPortarias

    Portaria n 425, de 28 de dezembro de 2006 Instituio ano-calendrio de 2006, mecanismo de ajuste para finsde determinao de preos de transferncia, na exporta-o, na forma de reduzir impactos relativos apreciaoda moeda nacional em relao a outras moedas.

    Portaria n 433, de 29 de dezembro de 2006 Mto-

    dos de aplicao da Conveno para evitar a dupla tri-butao e prevenir a evaso fiscal em relao ao impos-

    derativa do Brasil e dos Estados Unidos Mexicanos Des-tinada a Evitar a Dupla Tributao e Prevenir a EvasoFiscal em Relao aos Impostos sobre a Renda, celebra-da na Cidade do Mxico, em 25 de setembro de 2003.

    Decreto n 6.003, de 28 de dezembro de 2006 Re-gulamenta a arrecadao, a fiscalizao e a cobrana

    da contribuio social do salrio-educao, a que sereferem o Art. 212, 5, da Constituio, e as Leis n s9.424, de 24 de dezembro de 1996, e 9.766, de 18 dedezembro de 1998, e d outras providncias.

    Decreto n 6.007, de 29 de dezembro de 2006 Pror-roga a validade dos restos a pagar, inscritos no exercciofinanceiro de 2005.

    Medidas provisrias

    Medida provisria n 334, de 19 de dezembro de

    2006 Autoriza a Superintendncia da Zona Franca deManaus - SUFRAMA a efetuar doao de rea ao Go-verno do Estado do Amazonas, objeto de ocupao, lo-calizada na rea de Expanso do Distrito Industrial, paraatender ao interesse pblico e social.

    Medida provisria n 340, de 29 de dezembro de

    2006 Efetua alteraes na tabela do imposto de rendada pessoa fsica, dispe sobre o desconto de crdito na

    apurao da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido- CSLL dispe sobre a reduo a zero da alquota daCPMF nas hipteses que menciona, altera as Leis ns10.260, de 12 de julho de 2001, que dispe sobre o Fun-do de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior;11.128, de 28 de julho de 2005, que dispe sobre o Pro-grama Universidade para Todos - PROUNI, e 6.194, de19 de dezembro de 1974, que dispe sobre o SeguroObrigatrio de Danos Pessoais causados por veculosautomotores de via terrestre, ou por sua carga, a pes-soas transportadas ou no (DPVAT), prorroga o prazode que trata o Art. 19 da Lei n 11.314, de 3 de julho de2006, e d outras providncias.

    Atos do poder legislativo

    Leis

    Lei n 11.420 de 20 de dezembro de 2006 Alteradispositivos da Lei n 11.322, de 13 de julho de 2006,

    que dispe sobre a renegociao de dvidas oriundasde operaes de crdito rural contratadas na rea de

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    Legislao

    Conjuntura e Planejamento, Salvador: SEI, n.152, p.38-41, Janeiro/2007

    tos sobre a renda celebrada pela Repblica Federativado Brasil com a Repblica da frica do Sul.

    Secretaria da Receita Federal

    PortariasPortaria n 1.285, de dezembro de 2006 Transfere acompetncia para o julgamento de processos adminis-trativos fiscais entre Delegacias da Receita Federal deJulgamento.

    Instrues Normativas

    Instruo Normativa n 694, de 13 de dezembro de

    2006 Dispe sobre a Declarao de Informaes so-

    bre Atividades Imobilirias (Dimob) e d outras providn-cias. DOU de 15.12.2006.

    Instruo Normativa n 699, de 22 de dezembro de

    2006 Aprova o Programa Gerador de Documentos doCadastro Nacional da Pesca Jurdica CNPJ, verso 1.4(PGD CNPJ 1.4).

    Instruo Normativa n 701, de 27 de dezembro de

    2006 Altera o Anexo Instruo Normativa SRF n 80,de 27 de dezembro de 1996, que institui a Nomenclatura

    de Valor Aduaneiro e Estatstica (NVE).

    Instruo Normativa n 703, de 28 de dezembro de

    2006 Dispe, para o ano-calendrio de 2006, sobre me-canismo de ajuste para fins de comprovao de preosde transferncia, na exportao, de forma a reduzir impac-tos relativos apreciao da moeda nacional em relaoa outras moedas. D.O.U.: 29.12.2006, edio extra.

    Banco Central do Brasil

    Resolues

    Resoluo n 3.423, de 01 de dezembro de 2006 Dispe sobre linha de crdito destinada ao financiamen-to das despesas de custeio de caf da safra 2006/2007,ao amparo de recursos do Funcaf.

    Resoluo n 3.424, de 21 de dezembro de 2006

    Prorroga o prazo estabelecido no Art. 1 da Resoluo3.402, de 2006, e dispe sobre a aplicao do contido

    naquele normativo prestao dos servios objeto de

    convnios ou contratos efetivamente implementados pe-las instituies financeiras at 05 de setembro de 2006.

    Resoluo n 3.427, de 22 de dezembro de 2006

    Estabelece, como poltica a ser observada no merca-do de valores mobilirios, e como orientao geral dasatividades finalsticas da CVM, a adoo de um modelo

    de regulao e superviso baseado em risco, com a im-plantao de um Sistema de Superviso Baseada emRisco do mercado de valores mobilirios - SBR.

    Resoluo n 3.429, de 26 de dezembro de 2006

    CONTINGENCIAMENTO DE CRDITO AO SETOR P-BLICO - Altera os prazos estabelecidos no caput dos Ar-tigos 9-F e 9-G da Resoluo n 2.827, de 30 de marode 2001 - Programa de Intervenes Virias - Provias.

    Resoluo n 3.431, de 29 de dezembro de 2006

    Dispe sobre reprogramao do pagamento das dvi-das de financiamentos ao amparo do Programa de Re-cuperao da Lavoura Cacaueira Baiana.

    Resoluo n 3.432, de 29 de dezembro de 2006

    Dispe sobre a concesso de prazo para os agricul-tores familiares solicitarem o financiamento de investi-mento para reconverso e revitalizao de unidades deproduo.

    Resoluo n 3.433, de 29 de dezembro de 2006

    Altera a Resoluo 3.407, de 2006, que trata da rene-gociao de dvidas oriundas de operaes de crditorural relativas a empreendimentos localizados na rea deatuao da Agncia de Desenvolvimento do Nordeste(Adene), em face das modificaes introduzidas na Lei11.322, de 2006, por meio da Lei 11.420, de 2006.

    Resoluo n 3.436, de 29 de dezembro de 2006

    Dispe sobre a garantia de preos nos financiamentosde custeio de arroz, feijo, milho, mandioca, soja e leite,

    concedidos no mbito do Programa Nacional de Forta-lecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

    Circulares

    Circular n 3.332, de 04 de dezembro de 2006 De-fine forma de apurao do limite para operaes de mi-crocrdito produtivo orientado e critrios para aferio documprimento da exigibilidade de aplicao dos depsi-tos vista em operaes de microcrdito e estabeleceprocedimentos para a remessa de informaes relativas

    s mencionadas operaes.

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    Legislao

    Conjuntura e Planejamento, Salvador: SEI, n.152, p.38-41, Janeiro/2007

    Circular n 3.333 de 04 de dezembro de 2006 Alte-ra o limite de exposio em ouro e em ativos e passivosreferenciados em variao cambial, de que trata a Reso-luo 2.606, de 1999.

    Circular n 3.338, de 21 de dezembro de 2006 Es-tabelece condies adicionais para o funcionamento e

    a operacionalizao das contas de registro e controlereferidas no Art. 1 da Resoluo 3.402 e na Resoluo3.424, ambas de 2006.

    Circular n 3.339, de 22 de dezembro de 2006 Dis-pe acerca dos procedimentos a serem observados pe-los bancos mltiplos, bancos comerciais, caixas econmi-cas, cooperativas de crdito e associaes de poupanae emprstimo para o acompanhamento das movimenta-es financeiras de pessoas politicamente expostas.

    Estado

    Atos do Poder ExecutivoLei n 10.547, de 27 de dezembro de 2006 Dis-pe sobre a criao do Ministrio Pblico Especialjunto ao Tribunal de Contas do Estado da Bahia e doutras providncias.

    Lei n 10.548, de 28 de dezembro de 2006 Estimaa Receita e fixa a Despesa do Estado para o exercciofinanceiro de 2007.

    Decretos

    Decreto n 10.178, de 11 de dezembro de 2006 Promove o tombamento do bem de valor cultural queindica e d outras providncias.

    Decreto n 10.187, de 21 de dezembro de 2006

    Altera os dispositivos que indica do Regulamento daLei n 7.799, de 07 de fevereiro de 2001, aprovado peloDecreto n 7.967, de 05 de junho de 2001, e alteraesposteriores.

    Decreto n 10.189, de 26 de dezembro de 2006 Dispe sobre a obteno por meio de stio na internetdo Certificado de Benefcios Previdencirios de pensoe auxlio-recluso, expedido pela Secretaria da Adminis-trao do Estado da Bahia, e d outras providncias.

    Decreto n 10.190, de 26 de dezembro de 2006Atualiza o valor das taxas pelo exerccio do poder de

    polcia e das taxas pela prestao de servios na reado poder executivo.

    Decreto n 10.191, de 26 de dezembro de 2006

    Dispe sobre o recolhimento do ICMS devido pelasoperaes realizadas por contribuintes varejistas no msde dezembro de 2006.

    Decreto n 10.195, de 27 de dezembro de 2006 Procede Alterao n 83 ao Regulamento do ICMS.

    Decreto n 10.196, de 27 de dezembro de 2006

    Aprova o Regulamento do Sistema Estadual de Admi-nistrao - SEA e d outras providncias.

    Secretaria da Fazenda

    PortariasPortaria n 444 de 11 de dezembro de 2006 Alte-ra, para o exerccio de 2006, o Oramento Analtico doFundo de Custeio da Previdncia Social dos ServidoresPblicos do Estado da Bahia - FUNPREV, na forma queindica e d outras providncias.

    Portaria n 448 de 12 de dezembro de 2006 Pror-roga o prazo para abertura de crditos adicionais e paraempenho da despesa.

    Portaria n 452 de 14 de dezembro de 2006 Altera,para o exerccio de 2006, o Oramento Analtico da Se-cretaria da Fazenda - SEFAZ, na forma que indica e doutras providncias.

    Portaria n 455 de 18 de dezembro de 2006 Altera,para o exerccio de 2006, o Oramento Analtico da Se-cretaria da Fazenda - SEFAZ, na forma que indica e doutras providncias.

    Portaria n 461 de 20 de dezembro de 2006 Deter-mina os prazos para pagamento e os valores que servi-ro de base de clculo do Imposto sobre a Proprieda-de de Veculos Automotores IPVA para o exerccio de2007, e d outras providncias.

    Portaria n 462 de 22 de dezembro de 2006 Prorro-ga o prazo para liquidao e pagamento de despesa.

    Portaria n 463 de 26 de dezembro de 2006 Listaas empresas beneficiadas com a reduo de multas eacrscimos moratrios incidentes sobre os crditos tri-butrios do ICMS a que se refere a Lei n 9.650/2005.

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    Indicadores Econmicos

    Conjuntura e Planejamento, Salvador: SEI, n.152, p.42-65, Janeiro/2007

    Indicadores Econmicos

    ndice de Preos

    ndices de Preosndice de Preos ao Consumidor - IPC1- Salvador: Dez/2006

    Grandes Grupos

    Variaes do ms (%) Variaes acumuladas (%) ndice acumulado

    Dez/05 Dez/06 No ano2ltimos 12

    meses3 Abr/92 = 100 Jun/94=100

    Alimentos e bebidas 0,93 0,36 2,50 2,50 358528,0 240,36

    Habitao e encargos 1,43 0,20 19,20 19,20 834417,5 667,27

    Artigos de residncia -0,22 0,48 -1,10 -1,10 275657,7 230,40

    Vesturio 0,87 0,23 -1,58 -1,58 312135,1 183,19

    Transporte e comunicao -0,22 -0,11 4,43 4,43 634232,9 686,39

    Sade e cuidados pessoais -0,03 0,20 4,69 4,69 622179,5 331,48

    Despesas pessoais 0,50 0,25 3,82 3,82 669345,3 383,80

    Geral 0,54 0,23 3,64 3,64 474484,5 330,64

    Fonte: SEI1O IPC de Salvador representa a mdia de 27.000 cotaes de uma cesta de consumo de 308 bens e servios pequisados em 270 estabe-lecimentos e 600 domiclios, para famlias com rendimentos de 1 - 40 salrios mnimos2Variao acumulada observada at o ms do ano em relao ao mesmo perodo do ano anterior3Variao acumulada observada nos ltimos 12 meses em relao aos 12 meses anteriores

    Pesquisa Nacional da Cesta BsicaCusto e variao da cesta bsica - capitais brasileiras: Dez/2006

    CapitaisValor da

    cesta (R$)Variao

    no ms1(%)

    Variao acumulada(%) Porcentagem dosalrio mnimoNo ano2 12 meses3

    Aracaju 137,61 -5,38 -5,29 -5,29 42,57

    Belm 157,16 0,44 0,25 0,25 48,62

    Belo Horizonte 171,49 -4,33 -3,05 -3,05 53,06

    Braslia 171,85 -1,09 -3,02 -3,02 53,17

    Curitiba 167,98 -5,34 -5,05 -5,05 51,97

    Florianpolis 168,70 -5,43 -2,33 -2,33 52,16Fortaleza 132,92 2,82 -0,09 -0,09 41,12

    Goinia 152,44 2,19 2,23 2,23 47,16

    Joo Pessoa 133,88 -1,28 -7,41 -7,41 41,42

    Natal 140,72 2,13 3,53 3,53 43,54

    Porto Alegre 186,23 -3,01 -2,65 -2,65 57,62

    Recife 132,14 -1,89 -5,82 -5,82 40,88

    Rio de Janeiro 171,39 -4,30 -3,76 -3,76 53,02

    Salvador 134,81 -4,04 -1,02 -1,02 41,71

    So Paulo 182,05 -1,75 -0,75 -0,75 56,32

    Vitria 158,17 -3,46 -4,49 -4,49 48,93

    Fonte: DIEESE1Variao observada no ms em relao ao ms imediatamente anterior2Variao acumulada observada at o ms do ano em relao ao mesmo perodo do ano anterior3Variao acumulada observada nos ltimos 12 meses em relao aos 12 meses anteriores

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    Indicadores Econmicos

    Conjuntura e Planejamento, Salvador: SEI, n.152, p.42-65, Janeiro/2007

    Agricultura

    AgriculturaProduo fsica e rendimento mdio dos principais produtos - Bahia: 2005 / 2006

    Produtos do LSPA1Produo fsica (t) Rendimento mdio (kg/ha)

    20052 20063 Variao (%) 20052 20063 Variao (%)

    Lavouras temporriasAbacaxi4 119.712 134.309 12,2 24.914 25.337 1,7

    Algodo herbceo 819.977 811.163 -1,1 3.184 3.346 5,1

    Alho 7.432 7.398 -0,5 6.939 7.887 13,7

    Amendoim 7.042 7.699 9,3 1.150 1.076 -6,5

    Arroz total 92.683 19.605 -78,8 2.376 1.120 -52,9

    Arroz sequeiro 74.832 17.324 -76,8 2.156 1.022 -52,6

    Arroz irrigado 17.851 2.281 -87,2 4.161 4.073 -2,1

    Batata-inglesa 177.150 165.650 -6,5 31.578 33.465 6,0

    Cana-de-acar 5.636.887 6.141.719 9,0 58.761 60.077 2,2

    Cebola 121.631 153.009 25,8 20.428 24.779 21,3

    Feijo total 460.505 333.209 -27,6 670 541 -19,3

    Feijo 1 safra 122.830 72.788 -40,7 482 371 -23,0

    Sequeiro 61.912 39.050 -36,9 434 426 -1,8Irrigado 5.520 5.667 2,7 2.667 3.304 23,9

    Caupi 55.398 28.071 -49,3 503 273 -45,7

    Feijo 2 safra 337.675 260.421 -22,9 781 620 -20,6

    Sequeiro 302.735 227.456 -24,9 749 589 -21,3

    Irrigado 23.947 19.668 -17,9 2.241 2.271 1,3

    Caupi 10.993 13.297 21,0 629 526 -16,4

    Fumo 11.021 12.512 13,5 923 1.006 9,0

    Mamona 135.394 71.473 -47,2 734 686 -6,6

    Mandioca 4.512.817 4.403.414 -2,4 12.840 12.738 -0,8

    Milho total 1.614.899 1.107.016 -31,4 2.067 1.551 -25,0

    Milho 1 safra 1.206.621 685.359 -43,2 3.020 2.093 -30,7

    Sequeiro 1.155.660 634.879 -45,1 2.966 1.982 -33,2

    Irrigado 50.961 50.480 -0,9 5.176 7.070 36,6Milho 2 safra 408.278 421.657 3,3 1.070 1.091 2,0

    Sequeiro 406.946 420.712 3,4 1.068 1.090 2,1

    Irrigado 1.332 945 -29,1 3.149 2.899 -7,9

    Soja 2.401.200 1.991.400 -17,1 2.760 2.282 -17,0

    Sorgo granfero 104.196 72.487 -30,4 1.798 1.463 -18,6

    Tomate 204.599 196.626 -3,9 38.927 39.380 1,2

    Trigo 1.915 nd nd 5.583 nd nd

    Lavouras permanentes

    Banana5 865.221 1.191.907 37,8 13.880 14.912 7,4

    Cacau 142.240 135.925 -4,4 255 261 2,2

    Caf 140.339 174.792 24,5 962 1.097 14,1

    Castanha-de-caj 5.964 6.553 9,9 289 245 -15,1

    Coco-da-baa4 723.600 616.374 -14,8 8.873 7.636 -13,9Guaran 1.293 1.405 8,7 209 226 8,3

    Laranja5 800.852 945.848 18,1 15.877 18.188 14,6

    Mamo5 679.083 760.616 12,0 50.429 55.870 10,8

    Pimenta-do-reino 3.224 3.615 12,1 2.457 2.426 -1,3

    Sisal 195.680 234.488 19,8 887 889 0,2

    Uva 86.338 89.738 3,9 25.230 28.948 14,7

    Fonte: IBGE - PAM/LSPA/GCEAObs: nd signica que o dado no est disponvel, normalmente em razo da cultura estar na entressafra1A relao de produtos pesquisados pelo Levantamento Sistemtico da Produo Agrcola (LSPA) corresponde a 94,4% do Valor Bruto daProduo (VBP), segundo a Produo Agrcola Municipal (PAM) de 19962Estimativas do Grupo de Coordenao de Estatsticas Agropecurias (GCEA), safra/2005 (dados sujeitos a reticao)3Estimativas do Grupo de Coordenao de Estatsticas Agropecurias (GCEA), dezembro/2006 (dados sujeitos a reticao)4Produo fsica em mil frutos e rendimento mdio em frutos por hectare5Produo fsica em tonelada e rendimento mdio em quilo por hectare, a partir de setembro. Desconsiderar variao percentual

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    Indicadores Econmicos

    Conjuntura e Planejamento, Salvador: SEI, n.152, p.42-65, Janeiro/2007

    rea plantada, rea colhida e rea perdida dos principais produtos - Bahia: 2005/ 2006

    Produtos do LSPA1rea plantada (ha) rea colhida (ha) rea perdida

    (ha)4

    20052 20063 Variao (%) 20052 20063 Variao (%) 20052 20063

    Lavouras temporrias

    Abacaxi 4.805 6.811 41,7 4.805 5.301 10,3 0 1.510

    Algodo herbceo 257.567 242.461 -5,9 257.567 242.461 -5,9 0 0

    Alho 1.071 938 -12,4 1.071 938 -12,4 0 0

    Amendoim 6.122 7.155 16,9 6.122 7.155 16,9 0 0

    Arroz total 39.004 17.511 -55,1 39.004 17.511 -55,1 0 0

    Arroz sequeiro 34.714 16.951 -51,2 34.714 16.951 -51,2 0 0

    Arroz irrigado 4.290 560 -86,9 4.290 560 -86,9 0 0

    Batata-inglesa 5.610 4.950 -11,8 5.610 4.950 -11,8 0 0

    Cana-de-acar 96.319 102.888 6,8 95.929 102.230 6,6 390 658

    Cebola 5.954 6.175 3,7 5.954 6.175 3,7 0 0

    Feijo total 775.368 719.900 -7,2 687.440 616.417 -10,3 87.928 103.483

    Feijo 1 safra 342.929 289.091 -15,7 255.001 196.430 -23,0 87.928 92.661

    Sequeiro 230.147 179.669 -21,9 142.717 91.760 -35,7 87.430 87.909

    Irrigado 2.070 1.715 -17,1 2.070 1.715 -17,1 0 0

    Caupi 110.712 107.707 -2,7 110.214 102.955 -6,6 498 4.752

    Feijo 2 safra 432.439 430.809 -0,4 432.439 419.987 -2,9 0 10.822

    Sequeiro 404.273 396.851 -1,8 404.273 386.029 -4,5 0 10.822

    Irrigado 10.687 8.660 -19,0 10.687 8.660 -19,0 0 0

    Caupi 17.479 25.298 44,7 17.479 25.298 44,7 0 0

    Fumo 11.939 12.437 4,2 11.939 12.437 4,2 0 0

    Mamona 185.521 106.254 -42,7 184.346 104.115 -43,5 1.175 2.139

    Mandioca 380.078 407.939 7,3 351.473 345.701 -1,6 28.605 62.238

    Milho total 808.761 786.739 -2,7 781.121 713.864 -8,6 27.640 72.875

    Milho 1 safra 427.140 398.910 -6,6 399.500 327.433 -18,0 27.640 71.477

    Sequeiro 417.295 391.770 -6,1 389.655 320.293 -17,8 27.640 71.477

    Irrigado 9.845 7.140 -27,5 9.845 7.140 -27,5 0 0

    Milho 2 safra 381.621 387.829 1,6 381.621 386.431 1,3 0 1.398Sequeiro 381.198 387.503 1,7 381.198 386.105 1,3 0 1.398

    Irrigado 423 326 -22,9 423 326 -22,9 0 0

    Soja 870.000 872.600 0,3 870.000 872.600 0,3 0 0

    Sorgo granfero 57.945 50.051 -13,6 57.945 49.530 -14,5 0 521

    Tomate 5.256 5.038 -4,1 5.256 4.993 -5,0 0 45

    Trigo 343 nd nd 343 nd nd 0 nd

    Lavouras permanentes

    Banana 62.424 83.496 33,8 62.336 79.927 28,2 88 3.569

    Cacau 556.727 553.476 -0,6 556.727 520.233 -6,6 0 33.243

    Caf 145.957 162.975 11,7 145.957 159.326 9,2 0 3.649

    Castanha-de-caj 20.779 27.194 30,9 20.660 26.725 29,4 119 469

    Coco-da-baa 81.604 81.467 -0,2 81.547 80.724 -1,0 57 743Guaran 6.197 6.343 2,4 6.197 6.206 0,1 0 137

    Laranja 50.593 52.057 2,9 50.441 52.003 3,1 152 54

    Mamo 13.611 13.834 1,6 13.466 13.614 1,1 145 220

    Pimenta-do-reino 1.312 1.515 15,5 1.312 1.490 13,6 0 25

    Sisal 226.458 280.668 23,9 220.558 234.488 6,3 5.900 46.180

    Uva 3.422 3.150 -7,9 3.422 3.100 -9,4 0 50

    Fonte: IBGE - PAM/LSPA/GCEAObs: nd signica que o dado no est disponvel. normalmente em razo da cultura estar na entressafra1A relao de produtos pesquisados pelo Levantamento Sistemtico da Produo Agrcola (LSPA) corresponde a 94,4% do Valor Bruto deproduo (VBP), segundo a Produo Agrcola Municipal (PAM) de 19962Estimativas do Grupo de Coordenao de Estatsticas Agropecurias (GCEA), safra/2005 (dados sujeitos a reticao)3Estimativas do Grupo de Coordenao de Estatsticas Agropecurias (GCEA), dezembro/2006 (dados sujeitos a reticao)4Eqivale rea plantada menos a rea colhida

  • 8/11/2019 C&P 152

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    Indicadores Econmicos

    Conjuntura e Planejamento, Salvador: SEI, n.152, p.42-65, Janeiro/2007

    Indstria

    Produo fsica da indstria e dos principais gneros Bahia: Out/2006 %

    Classes e Gneros Mensal1 Acumulado no ano2 Acu