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Introdução O Schindler português “Os Homens são do tamanho dos valores que defendem.” Aristides de Sousa Mendes. Neste trabalho foi-nos pedido para fazermos uma apresentação sobre uma instituição ou personalidade que tenham exercido ou exerçam o valor da solidariedade e que com as suas condutas solidárias viabilizam, ou viabilizaram condutas de igualdade. Colocaram-nos a seguinte pergunta “Mas será que as pessoas só manifestam atitudes quando têm algum objectivo?” a resposta foi logo imediata “Não, a não ser que o objectivo seja realmente apenas e só o respeito pela vida humana, ou por apenas bondade sem esperar algo em retorno”. E na primeira pessoa em que pensámos foi Aristides de Sousa Mendes, um cônsul português em Bordéus, na segunda guerra Mundial. "Tenho de salvar estas pessoas, quantas eu puder. Se estou desobedecendo ordens, prefiro estar com D’us e contra os homens, que com os homens contra D’us." Aristides de Sousa Mendes É sobre este grande homem que resolvemos fazer a nossa apresentação, por ser desconhecido por muitos, mesmo após ter salvo milhares de judeus passando vistos á revelia do seu Presidente, Na altura António Oliveira Salazar, de quem recebeu ordens expressas para que tais vistos não fossem passados, uma vez que Portugal era um país neutro nesta guerra. Foi demitido do seu cargo e proibido de exercer a sua profissão como advogado e morreu na mais pura miséria e desonrado. Só em 1986 o governo português apresenta desculpas formais á família por pressão da parte da filha.

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Introdução

O Schindler português

“Os Homens são do tamanho dos valores que defendem.”Aristides de Sousa Mendes.

Neste trabalho foi-nos pedido para fazermos uma apresentação sobre uma instituição ou personalidade que tenham exercido ou exerçam o valor da solidariedade e que com as suas condutas solidárias viabilizam, ou viabilizaram condutas de igualdade. Colocaram-nos a seguinte pergunta “Mas será que as pessoas só manifestam atitudes quando têm algum objectivo?” a resposta foi logo imediata “Não, a não ser que o objectivo seja realmente apenas e só o respeito pela vida humana, ou por apenas bondade sem esperar algo em retorno”. E na primeira pessoa em que pensámos foi Aristides de Sousa Mendes, um cônsul português em Bordéus, na segunda guerra Mundial.

"Tenho de salvar estas pessoas, quantas eu puder. Se estou desobedecendo ordens, prefiro estar com D’us e contra os homens, que com os homens contra D’us." Aristides de Sousa Mendes

É sobre este grande homem que resolvemos fazer a nossa apresentação, por ser desconhecido por muitos, mesmo após ter salvo milhares de judeus passando vistos á revelia do seu Presidente, Na altura António Oliveira Salazar, de quem recebeu ordens expressas para que tais vistos não fossem passados, uma vez que Portugal era um país neutro nesta guerra. Foi demitido do seu cargo e proibido de exercer a sua profissão como advogado e morreu na mais pura miséria e desonrado.

Só em 1986 o governo português apresenta desculpas formais á família por pressão da parte da filha.

Faremos a apresentação de um filme com testemunhos de pessoas salvas com os vistos passados, e acrescentaremos mais alguma informação após o filme.

O filme apresentado encontra-se no site: http://mvasm.sapo.pt/corredor2/corredor_da_fuga.html

Esperamos que após a nossa apresentação que est grande homem e a sua atitude nobre com consequências graves para a sua vida privada, passe a ser reconhecido, pelo menos para quem assistir. É com muita honra que damos a conhecer o nome de Aristides de Sousa Mendes a mais algumas pessoas

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Conclusão

“Rabi, se tantos judeus sofrem por causa de um demónio não-judeu, também eu posso sofrer com o sofrimento de tantos judeus...”

A grosse Mensche, [um grande Homem], este Dr. Mendes!

Rabino Kruger, quando Aristides deu guarida ao rabino e á sua família na sua casa.

Desde 1967, Aristides é o único português que faz parte dos "Righteous Among the Nations" (Justo entre as Nações), no Yad Vashem Memorial em Israel.

Como judeus salvos por um homem justo, é nossa obrigação recordar sua vida e de todos que tiveram a mesma coragem. Agradecer a seus filhos e todos seus familiares e recordar a bondade, dignidade e princípio de um homem, que contra tudo e todos em sua época, lesou a si mesmo em prol de salvar vidas condenadas pelo nazismo na quase absoluta indiferença que dominava o mundo.

Hoje continuamos a precisar de "Aristídes", que lutam por um mundo melhor e mais justo para todos. Parafraseando o Talmud no monumento de Yad Vashem:

"Quem salva uma vida humana é como se salvasse um mundo inteiro".

Yad Vashem

Yad Vashem, a "Autoridade de Recordação dos Mártires e Heróis do Holocausto") é o memorial oficial de Israel para lembrar as vítimas judaicas do Holocausto. Foi estabelecido em 1953 através da Lei Yad Vashem passada pela Knesset, o Parlamento de Israel.

A origem do nome é um versículo bíblico: "E a eles darei a minha casa e dentro dos meus muros um memorial e um nome (Yad Vashem) que não será arrancado." (Isaías 56:5.)

Os Não-Judeus que salvaram Judeus durante o período do Holocausto, com risco das próprias vidas, são honrados pelo Yad Vashem como "Justos entre as Nações.

Uma avenida de árvores plantadas em homenagem aos não-judeus que ajudaram judeus a escapar dos nazis durante o período do Holocausto, chamados 'Justos das Nações do Mundo', e que foram reconhecidos pelo Yad Vashem. Junto a cada árvore, uma placa revela o nome da pessoa ou pessoas homenageadas.

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