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Nº 2587, Q U A R T A – F E I R A, 4 D E O U T U B R O D E 2017

Deputados do PSDB elogiaram a ação da Polícia Civil de São Paulo, que impediu o maior roubo a bancos da história. Na noite de segunda-feira (2), os policiais prenderam 16 pessoas e descobriram um túnel de 600 metros com destino ao cofre da base de dis-tribuição do Banco do Brasil, na Zona Sul de São Paulo. A polícia avalia que os criminosos poderiam ter levado R$ 1 bilhão.

O deputado Rocha (AC) parabenizou a polícia do estado pelo êxito no trabalho de investigação com o emprego de técnicas de inteligência. “A única saída para combater esses grupos, que a cada dia estão mais organizados, é por meio de ações de inte-ligência”, explicou. O tucano afirmou que a polícia de SP é um exemplo ao país.

Para Lobbe Neto (SP), é necessário valo-rizar as polícias civil, militar e federal para que possamos ter mais segurança. “Quero cumpri-mentar o secretário de Segurança Pública, o governador Geraldo Alckmin e a Polícia Civil, que fez essa descoberta”, disse.

O delegado Fábio Pinheiro Lopes, da Dele-gacia de Roubo a Bancos do Deic, explicou que a investigação teve início há cerca de três me-ses. A polícia identificou a localização do túnel, que impressionou pelo trabalho de engenharia. Havia serralheria, equipamentos de última ge-ração e toda a infraestrutura de trabalho para a realização da obra, que estava perto do fim.

Em coletiva de imprensa, o governador Ge-raldo Alckmin elogiou o trabalho realizado pela polícia. “Venho trazer nossa palavra de cumpri-

mentos à Secretaria de Segurança Pública, nossa Polícia Civil, ao DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e toda a equipe que se dedicou a esse trabalho de inteligência”, agradeceu.

Parlamentares elogiam ação da Polícia Civil de SP que impediu maior roubo bancário da história

CPMI da JBS: Deputados apontam condições atípicas na concessão de empréstimos do BNDESA CPMI da JBS colheu depoimento

nessa terça-feira (3) do ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho e do ad-vogado Márcio Lobo, da Associação de Investidores Minoritários do Mercado de Capitais. Presidida pelo senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), a comissão tem como objetivo identificar irregula-ridades nos empréstimos concedidos nos últimos dez anos pelo BNDES à JBS e que a tornaram a maior empresa pro-cessadora de proteína do mundo.

O deputado Izalci Lucas (DF) foi um dos re-querentes das oitivas. Para ele, as declarações prestadas apenas evidenciaram que os órgãos do mercado financeiro não cumpriam seu papel na relação do banco com a J&F, controladora da JBS. O tucano criticou o discurso de Coutinho que, segundo ele, omitiu informações ou era uma fi-gura inócua no comando da instituição.

Em seu depoimento, Coutinho garantiu que o resultado econômico da BNDES Participações com o grupo JBS foi positivo e que as decisões do banco relativas à disponibilização de créditos para empresas são feitas de forma colegiada,

seguindo critérios de avaliação supervisionados em várias etapas por técnicos do banco.

Para Izalci, está claro que “havia muita ir-regularidade”. Segundo o tucano, havia uma política de governo, pela qual o próprio corpo técnico da instituição agia de acordo com as ordens políticas do Planalto, viabilizando tecni-camente o que era determinado.

“Só há duas conclusões: ou ele [Coutinho] era como a rainha da Inglaterra no comando do banco, e não resolvia nada; ou está blefando, pois por mais que o banco seja rentável, é públi-co e notório que os desvios ocorreram. Ninguém

empresta para a JBS da forma como foi feito: bilhões e bilhões, com vários pro-blemas, inclusive relatados pelo TCU”.

Para o deputado João Gualberto (BA), Coutinho apenas repetiu a apre-sentação que fez na CPI do BNDES. “São as mesmas declarações de que a gover-nança era ótima, não havia problema com os empréstimos, nenhum tipo de influência ou manipulação”, ironizou. Em seu depoimento, Coutinho confir-mou encontros com Joesley Batista e o

ex-ministro Guido Mantega. Gualberto destacou que o crescimento do grupo J&F ocorreu graças à atuação de uma organização criminosa desde a chegada de Lula ao Planalto.MANIPULAÇÃO DO MERCADO

Márcio Lobo disse que os irmãos Joesley e Wesley Batista usarem o grupo J&F para mani-pular o mercado financeiro e obter lucro pessoal com operações de venda de ações e compra de dólar, em prejuízo dos acionistas minoritários. Em resposta ao deputado Miguel Haddad (SP), Lobo afirmou que as operações do BNDES com a JBS eram atípicas.

Os juros praticados pelo banco para a empresa estavam muito abaixo do mercado, alertaram os deputados.

Foto: Geraldo Magela - Ag. Senado

Fotos: Alexssandro Loyola

Diário Tucano 4 de outubro de 20172


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Deputados do PSDB ressalta-ram a importante contribuição dos mais velhos ao país durante sessão solene na Câmara dos Deputados. Os tucanos partici-param de homenagem ao Dia do Idoso, comemorado em 1º de outubro, mesma data da lei que institui o Estatuto do Idoso.

O deputado Geraldo Re-sende (MS) explica que o marco legal foi resultado de um processo que se intensificou a partir da promulgação da Cons-tituição, em 1988. Até então, o tema não despertava muito interesse no Brasil, considerado um país de jovens. No entanto, o cenário mudou. A expectativa de vida era de 62 anos em 1980 e pulou para 75,5 anos em 2015.

“Essa mudança tão rápida e acentuada da estrutura demográfica nos obriga a repensar políticas públicas de saúde, assistência social, previdência, acessi-bilidade, entre outras para dar mais qualidade de vida a essa parcela cada vez mais significativa da nossa popu-lação”, afirma Geraldo, integrante da

Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.Segundo o deputado, as políticas públicas não devem enxergar o idoso ape-

nas pela ótica da fragilidade. As maiores economias do mundo cresceram ao respeitar a expe-riência dos mais velhos. Geraldo acrescenta que é preciso prote-ger aqueles que se dedicaram a construir o país.

O deputado Guilherme Coelho (PE) afirmou que o país precisa dar oportunidades para os idosos. O tucano citou como exemplo os centros de convivência de idosos de Petro-lina, cidade da qual foi prefeito. “Estou muito feliz por esse dia e acredito que o idoso tem muito a contribuir com o nosso país, principalmente com a juventu-de”, disse.

OUTUBRO ROSA: Vários parlamentares do PSDB cha-maram a atenção em suas redes sociais para a prevenção ao câncer de mama, que marca o mês de outubro. Apenas no Brasil, segundo estimativa do Inca, mais de 57 mil novos ca-sos foram diagnosticados em 2016. “O Outubro Rosa é o mês dedicado à conscientização das mulheres sobre a importância do autoexame e o diagnóstico precoce do Câncer de Mama. Prevenir é um ato de amor”, destacou o deputado Nelson Pa-dovani (PR) ao manifestar o apoio à campanha. Na manhã desta quinta-feira, haverá uma sessão solene em homenagem ao “Outubro Rosa”.

AGENTES DE SAÚDE: A Câmara promoverá às 9h desta quarta (4) uma sessão solene requisitada pelo deputado Rai-mundo Gomes de Matos (CE) para homenagear os agentes comunitários de saúde (ACS) e de combate às endemias (ACE) pelos importantes serviços prestados à sociedade. A cerimônia ocorre no dia nacional que homenageia a categoria. Um dos parlamentares que mais defendem esses profissionais no Congresso, o tucano lembra que a primeira experiência de ACS como uma estratégia abrangente de saúde pública estruturada ocorreu no Ceará, em 1987, sendo encampada pelo Ministério da Saúde no começo dos anos 90. Atualmente cerca de 300 mil profissionais atuam de Norte a Sul.

MOBILIDADE URBANA: A mobilidade e a acessibili-dade urbana para as pessoas com deficiência e para pessoas idosas serão avaliadas, nesta quarta (4), em audiência pública das comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, de De-senvolvimento Urbano, e de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência. A deputada Mara Gabrilli (SP) é uma das autoras do pedido do debate. Diversos especialistas foram con-vidados para debater o assunto, a exemplo de representantes da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Minis-tério da Justiça e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil. A audiência será realizada no plenário 14 a partir das 14h30.

ORÇAMENTO DA SEGURIDADE: A Comissão de Segu-ridade Social e Família realiza nesta quarta (4) reunião técnica sobre o orçamento da Seguridade Social. O encontro foi pedido pelo deputado Eduardo Barbosa (MG). O ministro do De-senvolvimento Social, Osmar Terra, é um dos convidados para a reunião, que ocorrerá a partir das 9h30 no Plenário 7. Deve-rão participar também os relatores setoriais do Orçamento das áreas de Trabalho, Previdência e Assistência Social e da Saúde, além de consultores. O tucano vem acompanhando de perto as dificuldades orçamentárias do ministério para o cumprimento de suas obrigações em 2017 e também a proposta orçamen-tária para 2018.

Direto do Ninho

“O idoso é o típico herói do dia a dia. Muitas vezes é ele quem sustenta a casa

e faz milagre com a aposentadoria”, disse Geraldo Resende.

Em 2030, o número de brasileiros com mais de 60 anos deve ultrapassar o de crianças de 0 a 14 anos.

Para deputado, mudanças demográficas exigem reavaliação de políticas públicas

Guilherme Coelho citou os centros de convivência de idosos em Petrolina (PE) como bom exemplo de ação

em prol dos mais velhos.

Foto: Alexssandro LoyolaFoto: Alexssandro Loyola


Diário Tucano4 de outubro de 2017 3

Yeda destaca Dia Internacional da Não Violência e reitera importância de frente parlamentar

Na última segunda-feira (2), foi celebrado o Dia Internacional da Não Violência, que fi-cou marcado com um acontecimento trágico: o tiroteiro em massa que matou 59 pessoas e fez mais de 500 vítimas em Las Vegas. Foi o maior ataque a tiros da história dos Es-tados Unidos. “Hoje, mais do que nunca, é preciso falar em não violência, em solução de conflitos, em buscar ideias que ajudem a interromper a espiral ascendente de cruel-dade e fúria que ameaça a todos”, afirmou a deputada Yeda Crusius (RS).

Ainda no início de outubro, além do acon-tecimento que espalhou pânico nos EUA, um terrorista esfaqueou e matou duas mulheres, antes de ser abatido por policiais, na França. No dia da votação do plebiscito de indepen-dência, mais de 800 pessoas ficam feridas em

confrontos com policiais na Catalunha. Cerca de 400 mil pessoas fugiram da violência em Mianmar, na Síria. No Brasil, só na semana de 21 a 28 de agosto, foram mortas violentamen-te 1.195 pessoas.

“Para onde quer que olhemos, uma con-clusão: enfrentamos uma epidemia mundial de violência. É para enfrentar esse surto, pelo menos aqui no Brasil, que trago para o Congres-so a Frente Parlamentar Mista de Prevenção à Violência, em que resgato uma experiência de meu governo no Rio Grande do Sul que deu extremamente certo”, explicou a tucana. Yeda criou a Frente na Câmara dos Deputados e tem como meta contribuir para a redução dos índices de violência em todo o país. Mais de 200 par-lamentares a apoiaram. “Antes de combater é preciso prevenir”, destacou.

Mundo vive epidemia de violência, alerta a deputada.

Foto: Luiz Macêdo - CD

Em reunião da bancada realizada nessa terça-feira (3), a assessoria jurídica da

Liderança do PSDB na Câmara apresentou os principais

pontos da segunda denúncia contra o presidente Temer,

que tem mais de 260 páginas. Após o encontro, o líder do

PSDB, Ricardo Tripoli (SP), destacou que esse trabalho

é fundamental para ajudar a embasar o posicionamento de cada parlamentar do partido. Tripoli reiterou que cada um está liberado para votar de acordo com sua consciência.

Plenário do Senado aprova PEC da reforma política relatada por Shéridan na Câmara

A deputada Shéridan (RR) comemo-rou a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 33/2017 no Senado, ocorrida na noite dessa terça-feira (3). “O Senado acaba de aprovar a PEC da Reforma Política que re-latei na Câmara. Uma vitória do Brasil que já valerá para as próximas eleições”, afirmou a tucana via Twitter.

O texto veda coligações partidárias nas eleições proporcionais a partir de 2020 e es-tabelece cláusula de desempenho para acesso dos partidos aos recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda. O Senado não mo-dificou o texto aprovado pelos deputados na última semana.

A PEC precisa ser promulgada até o fim

da semana para ser aplicada nas eleições de 2018. Como o fim das coligações está previsto para começar em 2020, apenas a cláusula de desempenho terá impacto no próximo ano.

“Quero agradecer e parabenizar o Congres-so por essa demonstração de responsabilidade com a sociedade brasileira”, disse Shéridan da tribuna da Câmara.

Foto: Alexssandro Loyola

Diário Tucano 4 de outubro de 20174


As comissões mistas que analisam medidas provisórias do setor mineral (MPs 789/2017 e 790/2017) realizaram audiência pública con-junta nessa terça-feira (3) para discutir junto ao governo as políticas de modernização do marco regulatório de exploração. O debate teve como destaque sugestões centradas na fixação do valor das alíquotas da Compensa-ção Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), na criação de fundo de de-senvolvimento sub-regional e nas estratégias de preservação ambiental, especialmente da Amazônia.

A deputada Geovania de Sá (SC), presi-dente da comissão mista que analisa a MP 790, afirmou que as contribuições foram importantes para os parlamentares reconhecerem as reais necessidades e dificuldades dos principais esta-dos envolvidos com a mineração: Pará e Minas Gerais. Segundo ela, o marco regulatório preci-sa ser revisado justamente para solucionar tais questões, sejam elas para desburocratizar o setor, como para dar atenção aos cuidados de extração e à recuperação das áreas. A MP 790 altera o Código de Mineração e a lei de explora-ção mineral em diversos pontos.

Relator da MP 789, que dispõe sobre as alterações da CFEM, o deputado Marcus Pestana (MG) considerou a audiência fun-damental para o avanço da construção de seu texto, previsto para ser apresentado no dia 17 de outubro. “Foi muito importante essa audi-ência, eu amadureci muitas ideias em relação a como tratar a questão da CFEM e é uma ca-minhada, um avanço progressivo na direção do relatório”, ressaltou.

O tucano destacou o consenso em relação à alteração do valor da alíquota no caso de mineração de ferro, proposta pelo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Segundo ele, as questões serão estudadas de modo a desenvolver um relatório que atenda às necessidades dos municípios e de todos os envolvidos.

A medida estabelece as alíquotas, ou seja, o royalty cobrado das empresas que exploram os recursos minerais, uma variação entre 0,2% e 4%. Entretanto, Fenando Pimentel defendeu que é preciso uma regra mais simples de ser executada pelas empresas e, sobretudo, fisca-lizada. Ele propôs a fixação de um valor único de 4% sobre o faturamento bruto, tendo como base o preço de referência da Receita Federal.SUSTENTABILIDADE

O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), falou sobre a necessidade de uma visão es-tratégica de sustentabilidade, principalmente voltada para a Amazônia, de modo a preser-var tanto o ambiente como a população que sofre os impactos.

Simão Jatene também falou sobre a criação de um fundo para democratizar a distribuição dos royalties, de forma a beneficiar não só os

Valor de alíquotas e preservação ambiental ganham destaque em audiência sobre mineração

municípios mineradores, mas os que estão em seu entorno. Segundo ele, a intenção é criar um plano de desenvolvimento sub-regional, pois hoje há municípios extremamente ricos e outros com dificuldades de se desenvolver.

O deputado Nilson Pinto (PA) considerou o debate como uma oportunidade para demons-trar que os erros do passado serviram para um aprendizado que garantirá um marco regula-tório e um código de mineração que atenda as reais necessidades do Brasil. “Vamos colocar o país em um novo patamar, garantir a realização da mineração com tranquilidade, com proteção ao meio ambiente e com proteção social, fazen-do com que a mineração se torne efetivamente um vetor de desenvolvimento econômico e so-cial”, ressaltou.

O relator da MP 790, senador Flexa Ribeiro (PA), destacou a audiência como extremamen-te rica. O relatório do senador está previsto para ser apresentado dia 10 de outubro.

Geovania de Sá e Marcus Pestana ocupam posições de destaque em comissões mistas que debatem MPs sobre mineração.

A MP 789 estabelece que as alíquotas terão variação entre 0,2% e 4%, dependendo do tipo de minério e, em alguns casos, da cotação internacional. As alíquotas passarão, conforme o texto, a incidir sobre a receita bruta, e não mais sobre a receita líquida.

“O acréscimo da arrecadação com o aumento das alíquotas

geraria um fundo de desenvolvimento regional com gestão de estados e municípios. Você teria,

assim, a possibilidade de criar bases, regionalmente e localmente, para uma nova economia pós-mineração.”

n Simão Jatene, governador do Pará

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Fotos: Alexssandro Loyola

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