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CRDA - CENTRO DE REFERÊNCIA EM DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM EDUCAÇÃO ESPECIAL ELIANA MAYUMI TAZAWA NOS BASTIDORES DA INCLUSÃO ESCOLAR SÃO PAULO 2009

CRDA - CENTRO DE REFERÊNCIA EM DISTÚRBIOS DE … · oportunidade que temos para reverter a situação da maioria de nossas escolas, as quais atribuem aos alunos as deficiências

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CRDA - CENTRO DE REFERÊNCIA EM

DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM

EDUCAÇÃO ESPECIAL

ELIANA MAYUMI TAZAWA

NOS BASTIDORES DA

INCLUSÃO ESCOLAR

SÃO PAULO 2009

CRDA - CENTRO DE REFERÊNCIA EM

DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM

EDUCAÇÃO ESPECIAL

ELIANA MAYUMI TAZAWA

NOS BASTIDORES DA INCLUSÃO ESCOLAR

Monografia apresentada como parte dos requisitos para aprovação no Curso de Especialização Lato Sensu em Educação Especial e submetida ao Centro de Referência em Distúrbios de Aprendizagem – CRDA, sob orientação da Profa. Ms. Lucilla da Silveira Leite Pimentel.

AGRADECIMENTOS

À Nossa Senhora Aparecida por me conceder a graça de receber idéias

iluminadas.

À Professora Lucilla pelo incentivo e palavras de apoio tão importantes.

Ao prefeito de Bom Jesus dos Perdões, Senhor Carlos Riginik Júnior , pela

oportunidade.

À minha mãe e irmã que sempre me impulsionaram para não sucumbir.

RESUMO

O presente trabalho faz referências a distintas faces que envolvem o processo da inclusão escolar e às diferenças entre inclusão e integração, sendo esta a introdutora de todo o trabalho de incluir o deficiente na sociedade, valorizando-o como ser humano perante outros alunos. Apresenta os respaldos legais e a acessibilidade que favorecem a inclusão e apoiam a permanência do aluno inclusivo, possibilitando que ele possa utilizar todos os recursos de que tem direito para que esteja em condições de igualdade com os colegas para poder adquirir uma boa aprendizagem. Também apresenta a análise interpretativa de uma pesquisa feita junto às escolas municipais na cidade de Bom Jesus dos Perdões com profissionais das escolas que já receberam ou não alunos especiais e com os pais desses alunos. Mais do que respostas, opiniões e preocupações encontram-se aqui expostas. PALAVRAS-CHAVE – Bastidores, Inclusão, Escola, Socialização, Aluno.

ABSTRACT

The present work makes reference to the distinct faces that envolve the process of the school inclusion and the differences between iclusion and integration, being this the introductory of the all work to enclose the deficient in the society, appreciating him as a person before other students.

Introduces the legal back rests and the acessability that favors the inclusion the stay of the inclusive student, possibiliting that he can utilize all the resources which he has as right in order to has the equality conditions with the colleagues to obtain a good learnings. Also presents the interpretative analysis of the reasearch done with the Municipal Schools of Bom Jesus dos Perdões with professionals of the schools which have already received or not special students and with the parents of these students. More than answers, opinions and worries were exposed. KEYWORDS – Backstage, Inclusion, School, Socialization, Student.

S U M Á R I O Introdução......................................... ...........................................................................01 Capítulo I - Integração e Inclusão................. .............................................................04 1 – Diferenciando características e atitudes ......................................................04 2 – A inclusão escolar é também social...... .......................................................06 Capítulo II – A inclusão na escola e seus aspectos legais......................................08 1 – Acessibilidade.......................... ......................................................................10 2 – O professor inclusivo................... ..................................................................11 Capítulo III – Comprometimento escolar ante a inclu são........................................14 1 – Pesquisa no município de Bom Jesus dos Pe rdões....................................14 2 – Análise interpretativa dos resultados obt idos.............................................15 2.1 – Coleta de dados.................. ....................................................................16 2.2 – Interpretação.................... .......................................................................27 Considerações Finais............................... ..................................................................31 Referências ....................................... ..........................................................................33

INTRODUÇÃO

É de conhecimento de todos que a Inclusão é um tema muito discutido nos dias de

hoje, e que também levanta divergências, idéias radicalmente opostas, tirando de

primeiro plano seu objetivo principal que é o de acabar com as diferenças entre os

seres, distribuindo oportunidades de forma justa, considerando-se o mérito de cada

um e não porque alguém faz parte de um grupo específico e caso haja o contrário,

este seja discriminado.

Inclusão significa dar as mesmas oportunidades para todos garantindo seu direito

de exercer a cidadania e participar social, política e economicamente da sociedade,

independente de raça, sexo, classe social ou econômica ou ter deficiência física,

psíquica ou intelectual.

Com relação à deficiência, registros mostram que desde remotos tempos da

história da humanidade existem pessoas com necessidades especiais. Se hoje a

sociedade caminha para um mundo que respeita as diferenças, em outros tempos a

pessoa diferente era considerada um incômodo; era isolada dos demais de seu

grupo, excluída (e até dele eliminada) por ser tida como alguém que “atrapalhava” a

sociedade.

Hoje, num mundo mais moderno, democrático e comprovadamente heterogêneo, a

diversidade tem sido vista cada vez mais como algo natural, e as pessoas em

condições desfavoráveis têm os mesmos direitos de oportunidades e igualdades

garantidas em forma de lei. Baseada nestes princípios, surge a denominada

Inclusão, que, segundo Mader, “é o termo que se encontrou para definir uma

sociedade que considera todos os seus membros como cidadãos legítimos” (apud

MANTOAN, 1997, p.47).

Sendo um tema complexo, analisado e debatido de forma ampla, surgem,

obviamente, diferentes vertentes que definem a inclusão sob diversas óticas. Há

aquela que defende a idéia de que a inclusão só existe porque há exclusão. E que a

sua busca é movida por um desconforto causado por situações sociais de confronto

em função às brutais desigualdades sociais. Assim, na verdade, a inclusão seria

somente uma ação reparadora, compensando os “excluídos”. Há também a vertente

que nega a existência da exclusão, alegando que se alguém está excluído de um

determinado grupo, está automaticamente incluído num outro. Por exemplo: um

rapaz surdo está excluído do grupo de pessoas ouvintes, mas certamente se inclui

no grupo de D.A. (Deficientes Auditivos).

De acordo com Kliksberg (2001), “a educação é um dos maiores canais de

mobilidade social, havendo uma correlação clara entre renda e nível de educação, o

que converte em poderoso instrumento para reduzir a exclusão e a desigualdade”

(apud PEREIRA e NASCIMENTO, 2006, p. 07). Assim, o grande pivô para o fim das

desigualdades é a educação.

Presente nos caminhos da educação, a inclusão deu seus primeiros passos em

1990, na Tailândia, que sediou a Conferência Mundial sobre a Educação para

Todos. Esta, firmou a Declaração Mundial sobre a Educação para Todos e

confirmou um Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de

Aprendizagem. Em 1994, em Salamanca, na Espanha, foi aprovada a Declaração

de Salamanca sobre princípios, política e prática em Educação Especial.

Finalmente, em 2001, na Guatemala, houve a Convenção Interamericana para a

Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Pessoa Portadora de

Deficiência.

Partindo desses documentos e das ações por eles incitadas, fazer da inclusão um princípio básico nas escolas passou a ser um grande desafio dos governos e de suas políticas educacionais. “A inclusão total e irrestrita é uma oportunidade que temos para reverter a situação da maioria de nossas escolas, as quais atribuem aos alunos as deficiências que são do próprio ensino ministrado por elas”, alega MANTOAN (2006, p. 21). No entanto, “nenhuma decisão de convenção internacional estabelece que TODOS os alunos devem ser matriculados na escola regular de uma só vez. Tampouco, determina o desalojamento de alunos das instituições educacionais especiais para matrícula em escolas e classes comuns de qualquer forma. Pelo contrário, aponta as vias das alianças estratégicas, das parcerias e das complementaridades como a forma de construção dos caminhos da Educação Inclusiva” (CARNEIRO, 2008, p. 38).

Vivendo o auge do movimento em prol da inclusão, quando se deve incentivar a diversidade humana, respeitar limitações, reconhecer diferenças ao passo em que se deve ressaltar potencialidades, surgem também inúmeras dúvidas para que ela possa ser aplicada no âmbito escolar que também é social.

Diante do exposto, “Nos bastidores da Inclusão Escolar” refere-se às

dificuldades, às contrariedades, à acessibilidade, à legislação, aos desejos de pais,

alunos, professores, nem sempre visíveis, enfim, todos os segmentos da comunidade

escolar de querer ou não que a inclusão aconteça e seja praticada de forma correta e

justa.

O presente trabalho tem como:

OBJETIVO: apresentar indagações, opiniões de professores, diretores e pais de

alunos de inclusão, que auxiliam na reflexão e contribuem nas ações de todos os

envolvidos neste processo.

METODOLOGIA: encontrando-se estruturado em três capítulos (I – Integração e

Inclusão, II – A inclusão na escola e seus aspectos legais e III – Comprometimento

escolas ante a inclusão), foi realizado através de pesquisa bibliográfica com estudo

de autores que tratam da inclusão escolar e com a análise interpretativa das

respostas dadas a questionários (Anexos 1, 2 e 3) apresentados para pessoas

relacionadas à escola. Foi solicitado para professores, diretores e pais de alunos

deficientes das escolas municipais de Educação Infantil e Ensino Fundamental

(Ciclo I) da cidade de Bom Jesus dos Perdões que respondessem aos questionários

de fácil entendimento com o intuito de coletar dados para serem acrescentados a

esta monografia. Tais questionários, distintos para cada segmento, foram

respondidos por 21 pessoas. Dentre elas, 7 diretores, 10 professores e 4 pais de

alunos. As respostas possibilitaram uma abordagem que envolveu além do

conhecimento formal, impressões e considerações, gerando novas idéias e

compreensões que foram consideradas no contexto deste trabalho.

CAPÍTULO I – INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO

O capítulo trata da diferença entre os termos Integração (que tem o sujeito

como foco da mudança) e Inclusão (que tem como foco a constituição de um sistema

que considera e procura atender a necessidade de todas as pessoas). Mostra também

que apesar de serem termos distintos, os conceitos de Integração e Inclusão estão

interligados, pois caminham no sentido de abrir espaço para um convívio social dos

deficientes e alunos com necessidades educacionais especiais.

1 – Diferenciando características e atitudes

Segundo o dicionário Aurélio, PRECONCEITO significa “conceito ou opinião

formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; idéia

preconcebida. Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os

conteste; suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos,

religiões, etc.”

Assim, quando falamos em preconceito, falamos da inaceitação de diferenças,

que possam fazer parte de nosso cotidiano. Devido a isso, há o desejo de querer

mudar, “deixar normal” segundo o que se convencionou chamar de “normal”.

Antes da Inclusão, deu-se o surgimento do termo Integração. Os deficientes,

apenas por méritos pessoais ou com auxílio de centros de reabilitação, conseguiam se

lançar a uma vida “normal”, utilizando-se dos espaços frequentados pelos não

deficientes, sendo então aceitos na sociedade, uma vez que adequados a seus

padrões, o que significava no âmbito escolar, através de esforços incalculáveis e ajuda

de profissionais especializados, ficarem no mínimo “parecidos” com os demais colegas

de classe, para que não fossem discriminados, mesmo que muitas vezes houvesse

avaliações enganosas que “maquiavam” a condição do aluno deficiente, levando-o

para séries subsequentes sem que nenhum trabalho específico fosse feito para seu

verdadeiro progresso escolar.

O que ainda se observa nessa questão é que, na verdade, no caso da

integração, o maior prejudicado é o deficiente, uma vez que ele continua sendo o

diferente, aquele que precisa a todo custo se adaptar aos moldes da sociedade,

assemelhando-se o máximo possível aos “normais” para que siga sua vida entre eles.

Isto é, o deficiente já passa por todo um processo de dificuldades, barreiras e

preconceitos e ainda precisa dar o máximo de si para se “transformar” num indivíduo

normal e ser aceito.

Com a inclusão, o próprio termo significa: é algo que deve ser inserido e absorvido

pela conscientização social, entendendo-se que as mudanças ocorrem por parte da

sociedade a qual deve se adaptar para aceitar o deficiente respeitando suas

particularidades, suas diferenças. Os seus direitos devem ser sempre aplicados,

dando-se ao deficiente acesso a tudo que lhe for preciso para conquistar sonhos,

atingir objetivos como outras pessoas fazem.

Quando se fala das diferenças entre Integração e Inclusão, logo se imagina que

a integração é algo ruim, pois “maltrata” o deficiente, “obrigando-o” a se desdobrar e

ultrapassar barreiras para poder ficar como os demais do seu convívio, enquanto a

sociedade aguarda uma ou a sua “transformação”. No entanto, a integração foi de

certa forma uma “transição” até que se chegasse à inclusão, exigindo novas atitudes

de quem lida com os incluídos.

Apesar de consistir na adequação do deficiente, defender os espaços e

horários distintos (classe especial, setor especial e horários exclusivos, por exemplo) a

idéia da inserção social começa a dar seus primeiros passos. Como diz Romeu

Sassaki, “a integração sempre procurou diminuir a diferença da pessoa com

deficiência em relação à maioria da população, por meio da reabilitação, da educação

especial e até de cirurgias, pois ela partia do pressuposto de que as diferenças

constituem um obstáculo, um transtorno que se interpõe à aceitação social.”

(SASSAKI, 2005, p. 22).

A partir de 1994, com a Declaração de Salamanca, na qual a inclusão é

abordada nos Sistemas Educacionais é que um novo olhar foi lançado para o

deficiente: inserção do aluno em classes comuns, cotas para deficientes em concursos

e em quadro de funcionários nas empresas, acessibilidade e assim por diante, de

forma cada vez mais ampla e menos preconceituosa.

Assim, chegamos à inclusão, na qual tudo em torno do deficiente é que deve se

adequar a suas necessidades, considerando-se ser uma sociedade democrática,

em que mais do que atender o desejo da maioria, dá o mesmo direito a todos.

Mesmo que ainda esteja dando os primeiros passos, a inclusão caminha cada

vez mais em direção firme e positiva. Já existe a preocupação em dar ao deficiente a

chance de ele poder estudar e aprender, a ter uma profissão e exercê-la.

A inclusão é tema complexo e polêmico, sujeito às mais variadas interpretações

geradoras de opiniões que se dividem. Há aqueles que afirmam que a inclusão expõe

o deficiente a situações constrangedoras e vexatórias e que a “vítima”, muitas vezes,

não pode sequer evitar ou se defender. Isto indica uma humilhação para o deficiente,

inferiorizá-lo enquanto ser humano e ser social.

Por outro lado, há aqueles que apoiam inquestionavelmente a inclusão. Alegam que

ela oferece ao deficiente momentos em que sozinho não poderá ter as mesmas

oportunidades, pois promove momentos muito ricos e estimulantes de socialização

com a presença de grande diversidade e metodologias educacionais, facilitadoras

da construção de conhecimento e auto-estima de crianças ou adultos com

necessidades especiais.

2 – A inclusão escolar também é social

Na educação, a deficiência mental vai surgindo mais frequentemente com a

universalização do ensino em meados da década de 1990. Começam a frequentar a

escola crianças de todos as classes e, dentre elas, chegam também aquelas

chamadas “portadoras de necessidades especiais”.

Acomodar um número grande e cada vez mais crescente de alunos, exigiu uma

organização que requeria a criação de turmas formadas por níveis classificados por

Q.I.. (Quociente de Inteligência) que era medido, por sua vez, através de provas

classificatórias. Assim, crianças com Q.I. baixo eram agrupadas numa categoria

chamada “a dos deficientes mentais”. Essas crianças eram encaminhadas para

“classes de aperfeiçoamento” seguidas de “classes especiais” e “educação especial”.

Ocorria, então, o processo de exclusão nas escolas regulares. As crianças, vistas

como estranhas, violentas e até com doenças contagiosas, foram cada vez mais

discriminadas, pois além de não conseguirem “aprender” como os colegas,

atrapalhavam-nas a aprender no seu ritmo normal.

Mudar essa situação, essa forma de pensamento discriminatório, passou a ser

um grande desafio nas escolas brasileiras e do mundo todo. Conferências mundiais,

tratados, declarações, leis, decretos e outros mecanismos legais, passaram a

defender o deficiente como um ser com emoções, cultura, afeto e capaz de aprender.

Com o reforço da afirmação dessas capacidades e passando a ser visto como

um cidadão com direitos como qualquer outra pessoa, deu-se início o processo de

inclusão. A visão de que centros de reabilitação e escolas especiais ajudariam o

deficiente a tornar-se “semelhante” ao aluno normal, foi substituída por aquela que

defendia o aluno especial em classes comuns, convivendo com outras crianças,

fazendo as mesmas atividades e tarefas com adaptações necessárias, mas junto com

seus colegas de classe.

Villa e Thousand, afirmam que os alunos especiais nas classes comuns “são um

presente para a reforma educativa” (apud SÁNCHEZ, 2005, p.11), por causarem a

ruptura da escola tradicional, provocando tentativas de novas formas de ensinar.

Além disso, incentivam todos da escola a: praticar a cidadania, o coleguismo, a

solidariedade e a generosidade, fazer com que se torne hábito que os deficientes

sejam aceitos e bem vindos pela sociedade, preparar a escola e seus profissionais

a acolher todos os alunos indistintamente e criar recursos para que não só os

“educáveis” aprendam; isto é, visar sempre a heterogeneidade como uma situação

normal do grupo, criando uma linha de trabalho, valendo-se de instrumentos e

atitudes que beneficiem igualmente a todos.

Toda essa convivência experimentada na rotina das escolas, faz com que num

futuro próximo, toda a sociedade (e não só a comunidade escolar) encare e lide com

naturalidade nessas situações não enxergando os “excluídos”.

Assim sendo, pode-se afirmar que a inclusão escolar é também social.

Viabilizar que o deficiente frequente a escola é oferecer a ele direito à

aprendizagem e recursos para que possa desenvolver suas competências e

habilidades mesmo dentro de suas limitações. Além disso, é dar a esse aluno o

direito à convivência, trabalhar em grupo, trocar experiências e possibilitar que

todos da escola possam exercitar valores, o que é essencial para o crescimento do

indívíduo como ser humano.

CAPÍTULO II – A INCLUSÃO NA ESCOLA E SEUS ASPECTOS LEGAIS

O capítulo aborda a legislação regulamentada para que os direitos das pessoas

com necessidades especiais sejam respeitados. Apesar do avanço nesse sentido,

muitas vezes interpretações errôneas fazem com que os deficientes sejam

prejudicados e não possam gozar de seus direitos, mesmo que amparados

legalmente.

Já há três décadas fala-se de inclusão escolar. Mas nem sempre ela ocorria nas

escolas de forma adequada, dificultando ao invés de ajudar, provocando até

constrangimentos ao aluno deficiente, uma vez que as leis não eram claras e nem

sempre interpretadas e aplicadas de forma justa e correta.

Em 1990, foi realizada em Jomtien, na Tailândia, a Conferência Mundial

sobre a Educação para Todos, que deu início ao movimento “Educação para

Todos”, um compromisso mundial para prover uma educação básica de qualidade a

todas as crianças e a todos os jovens e adultos.

Porém, como se verificou a necessidade de se direcionar as atenções

especificamente para a inclusão do aluno deficiente, realizou-se em 1994, em

Salamanca, na Espanha, uma conferência com abordagem exclusiva no

atendimento às crianças com necessidades especiais no que se refere à promoção

da “Educação para Todos”.

A partir de então, começam a surgir mundialmente as ações pela inclusão,

havendo uma séria preocupação em fazê-la acontecer, eliminando toda e qualquer

discriminação que se refira à deficiência, repensando estruturas, preconceitos,

obstáculos arquitetônicos, sociais e pedagógicos.

Surge nacionalmente, através do Ministério da Educação/Secretaria de

Educação Especial a POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA

PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, documento entregue para o Ministro da

Educação em 07 de janeiro de 2008, que visa constituir políticas públicas para haver

educação de qualidade para todos os alunos.

Com toda essa atenção voltada para a Educação dos alunos com

necessidades especiais, leis, decretos, portarias, passaram a ser publicadas:

-LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LDBEN) 9394/96 –

possui o seu Capítulo V dedicado à Educação Especial, assegurando os mesmos

direitos de estudo dos alunos tidos “normais” aos alunos deficientes, oferecendo

vagas na rede regular de ensino e todo o serviço de apoio para atendê-los;

-DECRETO 3.298/99 (regulamenta Lei 7.853/89) – decreto que garante o

pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência na

educação, saúde, formação profissional e do trabalho, recursos humanos,

edificações e criminalização do preconceito;

-PORTARIA 3.284/03 – dispõe sobre requisitos de acessibilidade para autorização

e reconhecimento de cursos e credenciamento de instituições, assegurando o

acesso de deficientes ao ensino superior, mobilidade e uso de equipamentos e

instalações das instituições de ensino;

-DECRETO 5296/04 (regulamenta as Leis 10.048/00 e 10.098/00) – decreto

que prioriza o atendimento de deficientes e promove acessibilidade de pessoas

deficientes ou com mobilidade reduzida;

-DECRETO 5.626/05 (regulamenta a Lei 10.436/02 e artigo 18 da Lei

10.098/00) – Decreto que dispõe sobre a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e sua

inserção como disciplina obrigatória nos cursos de formação de professores (em nível

de Ensino Médio e Superior em suas licenciaturas) e Fonoaudiologia.

Não se pode negar que com essa legislação, uma mudança já ocorreu para os deficientes que sempre foram esquecidos e, muitas vezes, simplesmente ignorados.

Porém, vê-se que há ainda muito a se fazer a favor dos especiais. Observa-se que

não raro, por pura falta de conhecimento das leis, o deficiente acaba sendo

prejudicado. Um exemplo é que nem sempre há nas escolas todo o equipamento

necessário para uma boa aprendizagem do aluno deficiente. Há também escolas

que possuem alunos surdos, mas sem a contratação de intérpretes de Libras

(Língua Brasileira de Sinais). Para completar, seus professores não sabem Libras e

a comunicação fica totalmente falha e o processo ensino-aprendizagem longe de

ocorrer com sucesso.

Sem limitar aqui ao âmbito escolar, sabe-se que muitas empresas, por puro preconceito ou achando que terão prejuízos, acabam por não obedecer a lei de cotas para empregados deficientes. Também no direito aos transportes coletivos, o acesso ainda é difícil, pois em muitas situações, o deficiente não é assim considerado, como no caso do cego e daquele que tem “somente” baixa visão, e por isso “pode enxergar”. Esse tipo de injustiça e de descaso político é que deixa o deficiente sempre em desvantagem, muitas vezes humilhado ou perdendo oportunidades que lhe são tiradas por ignorância ou por leis mal interpretadas.

1 – Acessibilidade

A acessibilidade ocorre quando são oferecidas para todas as pessoas as

mesmas oportunidades com igualdade de direitos. A partir do momento em que

uma parcela das pessoas não pode ter acesso a algum lugar, informações,

produtos, serviços, diferentemente da grande maioria, vê-se que aquele grupo está

sendo excluído, por algum tipo de barreira, seja ela arquitetônica, urbanística,

ambiental ou social.

Atualmente, percebe-se que muitas adequações arquitetônicas têm sido feitas

em ruas, praças, edifícios. Também em automóveis, elevadores, computadores e

salas de aula as adaptações estão cada vez mais presentes, mostrando que a

preocupação com os casos de inclusão passam a fazer parte integrante no cotidiano

das pessoas. Quanto à escola, incluir o aluno deficiente é considerá-lo com os mesmos direitos, as mesmas condições que têm

os outros alunos, para que todos possam igualmente aprender, estudar. Para que esse processo ocorra, é necessário, muitas vezes, que sejam feitas algumas adaptações no prédio escolar e arredores para facilitar o seu acesso à escola: construção de rampas, guias rebaixadas, veículos especiais, banheiros adequados, carteiras especiais, eliminação de degraus, colocação de corrimãos, adaptação de peças em computadores e outros equipamentos que se façam indispensáveis, analisando-se cada novo caso que seja apresentado. Além da questão espacial/arquitetônica, é preciso considerar a presença de equipe especializada, como a contratação de intérpretes, fonoaudiólogos, psicólogos e neurologistas colaborando no atendimento, apesar de nem sempre isso ser possível.

Observando-se o que ocorre na cidade de Bom Jesus dos Perdões, alvo de

interesse nesse trabalho, das nove escolas municipais existentes, somente duas

possuem realmente acessibilidade desde a sua construção, com adaptações

arquitetônicas, sendo uma delas de Educação Infantil e uma de ciclo I do Ensino

Fundamental. Neste ano de 2009, duas escolas somente deixaram de receber

alunos de inclusão. Nem todos os casos têm necessidades de adaptações

arquitetônicas.

Com relação a transporte, a Secretaria da Educação desse município oferece

transporte para os alunos especiais que, apesar de não serem ainda veículos

adaptados, vão buscar e levar os alunos deficientes em suas casas. Além disso,

nenhum dos motoristas incumbidos desta função se nega a fazê-lo ou o faz de má

vontade. A escola que possui alunos surdos, possui também intérprete. A Secretaria

da Educação oferece aos funcionários (professores, estagiários e funcionários do

administrativo) curso de LIBRAS.

Essa mesma Secretaria da Educação possui o CEMANE (Centro Municipal de

Atendimento a Pessoas com Necessidades Especiais) que oferece profissionais

como Fonoaudiólogo, Psicopedagogo, Psicólogo e Terapeuta Ocupacional que

atendem gratuitamente os alunos que necessitam de acompanhamento especial.

Possui ainda um convênio com a APAE (Associação de Pais e Amigos dos

Excepcionais) no município de Piracaia para encaminhar aqueles que necessitam

de atendimentos e/ou tratamentos específicos além daqueles já oferecidos pelo

CEMANE.

2 – O professor inclusivo

Questionar os motivos pelos quais o deficiente está fora da escola e

reivindicar para ele os mesmos direitos oferecidos para todos os seus colegas é muito

importante para uma luta em prol da igualdade dos seres humanos enquanto cidadãos

que fazem parte da sociedade.

Dizer que o deficiente precisa estar dentro de uma sala de aula regular para haver

socialização também é verdadeiro e de fundamental importância, porém, até onde o

professor da classe regular está preparado para lidar com esse tipo de aluno? Sabe

agir nas diversas situações em que se encontrar?

Em seu livro “Diversidade na sala de Aula”, Elvira Souza Lima (2005) diz que o

professor do aluno deficiente não pode ter expectativas de que ele chegue a

comportamentos das crianças ditas normais e que seu trabalho como educador é o

de apoiá-lo e dar condições para que ele possa participar e se comunicar com os

colegas nas atividades oferecidas.

Segundo a autora, aspectos como mobilização dos sentidos (audição, visão e tato),

organização do coletivo (situações de interação com outras crianças), exercício da

vontade, dentre outros, devem ser considerados pelo professor ao fazer seu

planejamento para o trabalho com uma classe de inclusão.

Apesar da dedicação do professor ao traçar seu trabalho, organizando-se,

preparando seu planejamento, procurando o melhor para seus alunos, sabe-se que

na prática nada é tão simples e a falta de conhecimento específico com relação aos

deficientes faz com que o professor fique sem ação e se veja impotente diante de

determinadas situações, desde como flexibilizar a adaptar conteúdos às formas

diversas de avaliação.

É frequente a argumentação por parte dos professores que receberam alunos

de inclusão de que seu maior problema em classe é o da falta de habilitação pessoal e

da precariedade de condições das instituições em lidar com esses alunos. Nota-se que

essa preocupação está presente em qualquer grupo de professores que esteja falando

de inclusão ou trocando ideias e experiências. Muitos dizem que o trabalho só se

realizaria de forma produtiva com o acompanhamento de um profissional

especializado, expondo, assim, suas inseguranças e indecisões nas atitudes ao se

deparar com situações em que o aluno deficiente torna-se indisciplinado ou agressivo.

Na edição especial da Revista Nova Escola, com o tema Inclusão (Julho, 2009),

vários depoimentos de professoras que obtiveram sucesso na aprendizagem de seus

alunos deficientes têm em comum o fator OBSERVAÇÃO. Em todos os casos, o

comportamento daquele aluno era observado com muita atenção até que a professora

encontrasse o caminho para fazer suas adaptações, relações com o que estava mais

próximo do aluno em seu concreto. Todas deixaram clara a ideia de que cada aluno é

um, com suas particularidades, e é preciso ter paciência até que se encontre o canal

correto de comunicação com ele, mas que esse canal certamente existe.

O fato é que os professores gostariam realmente de receber uma receita

mágica a qual eles pudessem seguir com seus alunos especiais e, assim,

transformá-los em estudantes quietos e obedientes, realizando todas as tarefas que

lhes fossem solicitadas. E é frustrante para eles ouvir que não existe tal receita, que

cada caso é um caso e que a complexidade é fator presente na inclusão, pois lida

com sentimentos, personalidades, enfim, individualidades do ser humano.

O que na verdade deve estar sempre na mente do professor é que o aluno especial

sabe quando é querido ou excluído por um grupo, mas ao perceber segurança,

carinho, boa vontade e receptividade por parte de seus colegas e de seu professor,

mesmo sem receitas milagrosas, haverá na classe cooperação de todos e total êxito

em sua produtividade.

CAPÍTULO III – COMPROMETIMENTO ESCOLAR ANTE A INCLU SÃO

No capítulo pretende-se apresentar uma análise da pesquisa realizada nas

escolas municipais de Bom Jesus dos Perdões, focando a inclusão que nelas ocorre e

observando o que é feito nesse sentido, além das opiniões da comunidade escolar

sobre o tema.

Atendendo-se o que determinam as Leis, Portarias e Decretos a respeito da

acessibilidade à escola regular para todos, cada vez mais aumenta o número de

crianças deficientes que a procuram para estudar, aprender dentro de seus limites e

possibilidades, bem como se socializar.

É relevante lembrar da grande importância do Projeto Político Pedagógico das

escolas, pois é nele que se define o que a escola entende por ser humano, sua

filosofia de educação e como trabalhará com currículos, recursos, metodologias e

avaliações para que fundamente a classificação ou qualidade que dá à escola para

que seja inclusiva.

O Projeto Político Pedagógico é o retrato da escola, é a partir dele que vemos a

intensidade da dedicação a ser voltada para o aluno especial, as suas intenções

para acompanhar o seu progresso num ambiente acolhedor que lhe transmita

confiança. Os valores defendidos, os objetivos traçados e um currículo flexível para

possíveis adaptações são questões que farão total diferença para o progresso do

aluno deficiente.

1 – Pesquisa no município de Bom Jesus dos Perdões

Ainda em seus primeiros passos no sentido da inclusão, a cidade de

Bom Jesus dos Perdões (município aproximadamente a 70 quilômetros da cidade de

São Paulo, com 18.000 habitantes) tem 9 escolas municipais que atendem a 2.600

crianças na faixa etária entre 3 e 10 anos. A cada ano, acolhe-se um número maior de

alunos com necessidades especiais às escolas. Conversando com os seus diretores

que receberam crianças deficientes, tomou-se conhecimento de que, inicialmente, os

pais tinham receio de procurar escolas e serem ignorados ou ainda humilhados.

Porém, se encorajavam ao saberem de uma ou outra criança que, sendo bem aceita,

apresentava melhoras na sua sociabilidade, passando a ser menos inibida e mais

alegre por estar no convívio com outras crianças de sua idade.

Já com alguns meses corridos no ano letivo e as crianças acomodadas nas

suas escolas, considerou-se a possibilidade de organizar um questionário em torno do

tema inclusão para que profissionais da escola e pais de alunos especiais das

unidades de Bom Jesus dos Perdões pudessem responder, permitindo assim, uma

visão através de diferentes ângulos sobre o assunto. A condição fundamental para a

execução da atividade foi a disposição dos pesquisados como fonte de informações,

tornando possível o desenvolvimento do trabalho.

O processo de aquisição de informações foi realizado pela autora desta

monografia junto a três segmentos da comunidade escolar: diretor, professores e

pais de alunos deficientes.

Como instrumento foi utilizado um questionário baseado em um roteiro de

perguntas sobre o conhecimento de cada um do universo do aluno deficiente e a sua

participação nesse universo, as relações entre os elementos que compõem a

comunidade escolar e a sua opinião sobre inclusão (Anexos A e B). Já para os pais,

as questões foram sobre inclusão, mas observando-se a visão de quem tem o filho na

escola que recebe o aluno especial e sua opinião com relação ao tratamento dado a

ele (Anexo C).

O número de indivíduos envolvidos no processo foi de sete diretores de escola,

dez professores e quatro pais de alunos deficientes, totalizando vinte e uma pessoas.

As questões foram todas de nível simples para facilitar o entendimento dos

pesquisados.

2 – Análise interpretativa dos resultados obtidos

Das nove escolas municipais, foi realizado o trabalho por completo em sete

delas. Todos que responderam às perguntas foram muito solícitos e se mostraram

interessados em responder às questões. Estas eram fornecidas para os respondentes

no prédio escolar e caso surgissem dúvidas, elas eram esclarecidas imediatamente

pela autora desta monografia. As respostas foram claras e objetivas, o que facilitou a

sua interpretação. Houve aprovação do questionário por parte de todos, mas

principalmente pelos pais dos alunos especiais, pois disseram que percebiam que

cada vez mais estão olhando em direção aos deficientes.

2.1 – Coleta de dados

1 – A escola em que você trabalha possui alunos com necessidades especiais?

Figura 1 – Resultado dos diretores respondentes sobre alunos deficientes matriculados na escola.

Figura 2 – Resultado dos professores respondentes sobre alunos deficientes matriculados na escola.

Do total de diretores que responderam o questionário, 71% possuem alunos

deficientes na escola onde trabalham. Já dos professores, 90% responderam que

possuem na escola onde trabalham alunos especiais.

2 – Caso positivo, quais são as deficiências dos alunos?

DIRETORES

71%

29%

SIM

NÃO

PROFESSORES

90%

10%

SIM

NÃO

Figura 3 – Resultado de diretores respondentes sobre o tipo de deficiência que possuem os alunos matriculados em suas escolas.

Os diretores das escolas apresentaram em suas respostas 8% de deficientes

auditivos, 24 % de deficientes físicos, 32% de deficientes mentais e 36% de alunos

com condutas típicas. Esclarece-se que a expressão “condutas típicas” é dado

àqueles alunos que apresentam algum comportamento diferente daquele

apresentado pelo aluno considerado “comum”; geralmente acontece quando o aluno

apresenta algum distúrbio. Assim, esse tipo de comportamento apresentado não é

um tipo de deficiência.

3 – Sua classe possui alunos com necessidades especiais?

DIRETORES

8%

24%

36%

32%DEFICIENTE AUDITIVO

DEFICIENTE FÍSICO

CONDUTA TÍPICA

DEFICIENTE MENTAL

PROFESSORES

70%

30%

SIM

NÃO

Figura 4 – Resultado dos professores respondentes sobre possuírem na classe alunos especiais.

Dos professores que responderam ao questionário, 70% possuem alunos especiais

nas classes onde ministram aulas.

4 – Você é contra ou a favor da inclusão escolar? Por quê?

Figura 5 – Resultado dos diretores respondentes da questão referente a serem contra ou a favor da inclusão.

Figura 6 – Resultado dos professores respondentes da questão referente a serem contra ou a favor da inclusão.

DIRETORES

100%

0%

SIM

NÃO

PROFESSORES

90%

10%

SIM

NÃO

Figura 7 – Resultado dos pais de alunos deficientes respondentes da questão referente a serem contra ou a favor da inclusão.

Questionados sobre serem contra ou a favor da inclusão escolar, tanto diretores,

como professores e pais dos alunos deficientes são, na maioria, a favor de que os

especiais frequentem a escola regular (100% dos diretores, 90% dos professores e

75% de pais de deficientes). Observa-se aqui que o percentual menor da parte dos

pais é devido à preocupação de que seus filhos fiquem desprotegidos, uma vez que

já se encontram, a seu ver, em desvantagem perante os outros alunos da escola.

PAIS DE ALUNOS ESPECIAIS

75%

25%

SIM

NÃO

DIRETORES

42%

29%

29% MESMASOPORTUNIDADES

SOCIALIZAÇÃO

NÃO RESPONDERAM

Figura 8 – Resultado dos diretores respondentes sobre o motivo de serem contra ou a favor da inclusão.

Figura 9 – Resultado dos professores respondentes sobre o motivo de serem contra ou a favor da inclusão.

Figura 10 – Resultado dos professores respondentes sobre o motivo de serem contra ou a favor da inclusão.

Nota-se pelas respostas apresentadas que diretores e pais de alunos especiais

defendem a idéia da inclusão considerando, em primeiro lugar, o direito desses

alunos de terem as mesmas oportunidades que os demais alunos (42% e 75%

respectivamente). Já com os professores, em primeiro plano está a questão da

PROFESSORES

30%

50%

20% MESMASOPORTUNIDADES

SOCIALIZAÇÃO

NÃO RESPONDERAM

PAIS DE ALUNOS ESPECIAIS

75%

0%

25% MESMASOPORTUNIDADES

SOCIALIZAÇÃO

NÃO RESPONDERAM

importância da socialização (50% das respostas) para que os alunos apresentem

progressos para se possível, tornarem-se menos dependentes, e mais preparados

para poderem “enfrentar” a sociedade.

5 – Como é a relação dos pais do aluno especial com o diretor, professores e outros

funcionários da escola?

Figura 11 – Resultado dos diretores respondentes sobre a relação dos pais dos alunos deficientes com os profissionais da escola.

Figura 12 – Resultado dos professores respondentes sobre a relação dos pais dos alunos deficientes com

os profissionais da escola.

DIRETORES

72%

14%

0%

14%

BOM

MÉDIO

RUIM

NÃO RESPONDERAM

PROFESSORES

30%

60%

0%

10%

BOM

MÉDIO

RUIM

NÃO RESPONDERAM

Ao se observar as figuras 11 e 12, vemos que as respostas se diferenciam entre

diretores e professores. Os diretores, na maioria, afirmam que o relacionamento dos

pais dos alunos especiais é “BOM” (72%). Da parte dos professores, a porcentagem

maior das respostas é “MÉDIA” (60%). Os professores justificam a resposta,

alegando que vários são os casos em que os pais dos alunos transferem a

responsabilidade de assistir e acompanhar o aluno para a escola. Não querendo

conversar com os professores sobre os problemas dos seus filhos. Muitas vezes,

mesmo sendo chamados à escola, não comparecem, dizendo que não têm tempo.

6 – Como é a relação do seu filho com:

a) Diretor:

Figura 13 – Resultado dos pais de alunos respondentes sobre a relação de seus filhos com o diretor da escola.

b) Professor:

PAIS DE ALUNOS ESPECIAIS

0%

75%

25%

ÓTIMO

BOM

RUIM

Figura 14 – Resultado dos pais de alunos respondentes sobre a relação de seus filhos com o seu professor.

c) Colegas de classe:

Figura 15 – Resultado dos pais de alunos respondentes sobre a relação de seus filhos com seus colegas.

As figuras 13, 14 e 15 mostram a opinião dos pais dos alunos deficientes quanto

aos relacionamentos dos seus filhos com a comunidade escolar. Segundo as

respostas do questionário, para os pais, os alunos deficientes tem uma relação de

respeito com o diretor da escola, considerado com um relacionamento “BOM”. Já

com os professores, o conceito aumenta para “ÓTIMO”. Os pais confiam nos

PAIS DE ALUNOS ESPECIAIS

50%

0%

50%

ÓTIMO

BOM

RUIM

PAIS DE ALUNOS ESPECIAIS

25%

50%

25%

ÓTIMO

BOM

RUIM

professores e notam quando seus filhos são queridos e auxiliados pelos seus

mestres. 50% dos pais responderam que o relacionamento entre seus filhos e

professores é “ÓTIMO”. As respostas “RUIM” foram justificadas como não estarem,

os professores, ensinando seus filhos como ensinam para as outras crianças.

7 – É essencial para o aluno especial que ele tenha um estagiário acompanhando-o

constantemente?

Figura 16 – Resultado dos diretores respondentes sobre a necessidade de constante acompanhamento de estagiário ao aluno deficiente.

Figura 17 – Resultado dos professores respondentes

sobre a necessidade de constante acompanhamento

de estagiário ao aluno deficiente.

PROFESSORES

50%

10%

40% SIM

NÃO

ÀS VEZES

DIRETORES

0% 14%

86%

SIM

NÃO

ÀS VEZES

Figura 18 – Resultado dos pais de alunos respondentes sobre a necessidade de constante acompanhamento de estagiário ao deficiente. A questão da necessidade de acompanhamento constante de estagiário ao

aluno especial teve respostas diversas. Da parte dos diretores não houve respostas

que concordassem com o apoio do estagiário ao aluno deficiente (0%). Já da parte

dos professores, houve 50% que concordam com a presença do estagiário

acompanhando o aluno especial, desde que este não interferisse na atuação do

professor junto ao aluno. No entanto, para os pais o estagiário é totalmente necessário

(100% das respostas), uma vez que eles entendem que o professor é sozinho para

cuidar de todos os alunos da sala e, por isso, não teria tempo de cuidar

especificamente de seu filho, que requer cuidados especiais.

8 – O aluno especial participa das aulas de Educação Física?

PAIS DE ALUNOS ESPECIAIS

100%

0%

0%SIM

NÃO

ÀS VEZES

Figura 19 – Resultado dos diretores respondentes sobre a participação do aluno deficiente nas aulas de Educação Física.

Dos alunos deficientes, 50% participam das aulas de Educação Física,

segundo os diretores. Quando há necessidade, são feitas adaptações para que ele

possa estar sempre participando das atividades. Caso ele não queira participar da

aula ou havendo algo que realmente o impeça de participar, ele faz outras

atividades com o estagiário ou o professor Polivalente de sua classe, sempre com

orientações do professor de Educação Física.

9 – Existe a possibilidade de o acompanhamento do estagiário acabar por “acomodar”

o aluno especial?

DIRETORES

57%

0%14%

29%SIM

NÃO

ÀS VEZES

NÃO POSSUI

Figura 20 – Resultado dos professores respondentes sobre a possibilidade de acomodação do aluno deficiente com o acompanhamento de estagiário.

Figura 21 – Resultado dos pais de alunos deficientes respondentes sobre a possibilidade de acomodação do aluno deficiente

com o acompanhamento de estagiário.

Na pergunta que se refere à acomodação do aluno deficiente com

acompanhamento do estagiário, feita para professores e pais desses alunos, foi

respondido que a acomodação pode sim acontecer (40% e 25% respectivamente),

mas isso depende da forma de se conduzir a situação pelo próprio professor ou pelo

estagiário. Estando o professor sempre acompanhando o aluno e o trabalho do

estagiário, essa acomodação pode ser evitada tranquilamente.

PROFESSORES

40%

30%

30%SIM

NÃO

DEPENDE

PAIS DE ALUNOS ESPECIAIS

25%

50%

25%

SIM

NÃO

DEPENDE

10 – Você acha que seu filho é tratado de forma diferente na escola?

Figura 22 – Resultado dos pais de alunos deficientes respondentes sobre seus filhos serem tratados de forma diferente que os demais alunos.

Os pais dos alunos, em 75%, acham que seus filhos não são tratados de

forma diferente que os demais alunos da escola, apesar de quererem uma atenção

maior aos seus filhos. Isso nos leva a defender a idéia de que os próprios pais, muitas

vezes, não sabem como lidar com a situação de terem filhos deficientes, ou o que

realmente é melhor para eles, pelo menos em determinadas ocasiões, principalmente

no que se refere à melhor educação a ser dada para eles. Essa pesquisa através dos

questionários (que se encontram nos anexos A, B e C), mostrou o despreparo das

pessoas para lidar com a situação de receber, de ter deficientes na escola.

Infelizmente, revela os bastidores da inclusão escolar, cujos problemas de ordem

organizacional, estrutural, cultural e tantos outros, justificam o despreparo dos

profissionais, das pessoas de uma forma geral, enfim, da sociedade em que se vive.

2.2 – Interpretação

Fazer a pesquisa permitiu que fossem observadas faces diferentes do tema

inclusão, polêmico e extremamente delicado. Apesar de atualmente ser tão tratado e

defendido, quem mais “sofre” ainda é o próprio aluno deficiente que fica entre pessoas

que querem lançá-lo ao mundo porque defendem a ideia de que ele é uma pessoa

PAIS DE ALUNOS ESPECIAIS

25%

75%

SIM

NÃO

como outra qualquer e entre aquelas que querem protegê-la, não a expondo porque

acham que ela está numa situação de desvantagem perante outras que podem

machucá-la ou humilhá-la.

Ficou clara a preocupação dos profissionais da escola no emprego da

terminologia para se referir aos deficientes. Com muito cuidado no uso do vocabulário,

expressões como “aluno especial” ou “aluno com necessidades especiais” ou ainda

“aluno com problemas” foram usados. Já por parte dos pais dos alunos, o termo

“deficiente” era usado com espontaneidade. Isso mostra o quanto ainda é difícil para a

sociedade tratar desse tema, pelo menos com naturalidade, o que se esperava dentro

de uma escola, instituição entre as pioneiras no sentido da inclusão.

Observou-se também que as professoras não se incomodam de receber em suas

classes alunos deficientes e querem estudar, frequentar cursos, aprender como

lidar com eles obtendo progressos. Isso transmitiu, apesar de um despreparo,

esperança e ao mesmo tempo confiança, pois se a cada ano aumenta o número de

deficientes nas escolas, o preparo exigido da parte do professor será cada vez

maior.

Analisando respostas apresentadas pelos diretores no questionário (Anexo A),

todos são a favor da inclusão, mesmo aqueles que não possuem alunos deficientes

na escola, entendendo que é de direito que o aluno deficiente estude e tenha

oportunidades como os seus colegas ou que a socialização é importante para que o

deficiente apresente progressos. Alegam que o aluno especial é tratado por eles

como os outros. Quando necessário, é repreendido como todos os demais, mas, às

vezes, ele não entende o que é hierarquia, então, no fim acaba sendo tratado de

modo diferente. Os diretores são unânimes em dizer que o trabalho de inclusão

ocorreria de forma mais suave e interessante com o acompanhamento de

profissionais especializados.

O que causou certa surpresa foi observar que há ainda alguns diretores que

não diferenciam alunos deficientes mentais daqueles que apresentam condutas típicas

(expressão por eles utilizada devido a seu uso também na PRODESP (Companhia de

Processamento de Dados do Estado de São Paulo), que cadastra todos os alunos das

escolas públicas e privadas do Estado de São Paulo. São consideradas com condutas

típicas aquelas crianças que possuem distúrbios, fazem tratamento com psicólogos,

são depressivas ou apresentam diferenças comportamentais com relação a outras

crianças.

Para os diretores, a maioria dos pais dos alunos especiais tem uma relação de

respeito e confiança com os profissionais da escola. Nenhum dos diretores afirmou

que é essencial o acompanhamento de um estagiário para o aluno deficiente. Do

total, 86% responderam que o estagiário poderia acompanhar o aluno especial “ÀS

VEZES”. Para eles, os casos de deficiência física, na qual há limitações é que

demandam real ajuda de estagiários; nos outros casos, a proximidade do aluno

deficiente pode ficar restrita ao estagiário.

Sobre a participação de alunos especiais nas aulas de Educação Física, 57% dos

diretores responderam que todos participam das aulas, com adaptações quando se

fazem necessárias.

Quanto aos professores (Anexo B), a maioria é a favor da inclusão (90%). Aqueles

que discordam, questionam se realmente em alguns casos, como deficiências

múltiplas com comprometimento grave, seria mesmo positivo matricular a criança

numa escola regular, uma vez que até sua socialização seria difícil. 30% dos

professores consideraram como “BOA” a relação dos pais dos deficientes com os

profissionais da escola. A maioria (60%) respondeu que a relação é “MÉDIA”,

alegando que a dificuldade encontra-se no fato de existirem pais que transferem a

responsabilidade sobre seus filhos totalmente para a escola. Com relação à

presença dos estagiários, as opiniões de dividem entre “SIM” e “ÀS VEZES”.

Afirmam que são de grande ajuda, mas desde que eles não se apeguem tanto ao

aluno, pois a referência tanto para ele como para todos os outros, deve ser sempre

o professor da classe. Para os professores, o ideal seria que os estagiários somente

auxiliassem o professor (e não o aluno) nos momentos em que ele tivesse que dar

uma atenção maior ao deficiente ao mesmo tempo em que tem toda a classe para

atender. Somente 10% responderam que não há necessidade de estagiários nas

classes especiais. Essa preocupação com a referência do aluno mostra o interesse

do professor em ajudá-lo, refletindo também nos pedidos de mais capacitações e

especialistas (Terapeuta Ocupacional, Psicopedagogo, Pedagogo, Fonoaudiólogo e

outros profissionais da área da saúde) para um acompanhamento completo. As

opiniões também se dividiram quando foram questionados sobre a acomodação do

aluno especial devido o acompanhamento de um estagiário. 40% responderam

“SIM”, 30% “NÃO” e 30% “DEPENDE”. Mesmo com respostas variadas, a

justificativa sempre foi a de que a acomodação surgiria ou não, conforme a postura

e o preparo do professor ou do próprio estagiário com o aluno deficiente.

Os pais dos alunos deficientes (Anexo C) são a favor da inclusão. Alegam que

os filhos têm os mesmos direitos de qualquer cidadão, de qualquer criança que está

matriculada numa escola regular. 100% defendem a idéia de que seus filhos tenham o

acompanhamento de um estagiário constantemente, pois precisam de ajuda,

acreditam que os professores não conseguem ficar o tempo todo dando a atenção

diferenciada de que o filho necessita, pois têm de cuidar também dos outros alunos.

Os pais acham que os colegas de seus filhos os tratam como crianças normais, mas

eles próprios não mantêm contato com outros pais, para falar da escola ou de

assuntos referentes a ela.

Considerações Finais

Tratar da inclusão é tratar de algo delicado e controverso. É lidar com idéias

muitas vezes totalmente contrárias que causam inúmeros questionamentos e que não

levam a nenhum fator comum.

No entanto, é notório que cada vez mais a inclusão estará nas portas das escolas,

nas salas de aula ou dos professores, pois a luta por igualdade de direitos estará

mais forte dia a dia e, deficientes ou não, todos estão aprendendo a batalhar pelas

suas conquistas.

Assim, vê-se que a inclusão demanda urgência da transformação da realidade

social e a da escola. Esta última necessita de mudanças para poder acolher os alunos

especiais, um ser em construção e desenvolvimento, que precisa das relações

humanas para poder conviver com seus semelhantes. Porém, até o momento, mesmo

com amparo legal, observa-se que o sistema educacional ainda não se estruturou

adequadamente e sabe-se que ainda há muito por fazer para que se diminuam as

diferenças, se ofereçam as mesmas condições para todos e menos preconceito entre

as pessoas.

Para a sociedade, é evidente a necessidade de políticas públicas e a atuação delas

pela população para que haja tolerância à diversidade humana.

O olhar inclusivo dos professores faz deles profissionais preocupados com

esses alunos e com a responsabilidade do seu papel para que a inclusão se

concretize de forma sólida e justa. Para isso, eles clamam por um aprimoramento na

sua capacitação profissional, pois apesar de o estudo da deficiência, da inclusão de

modo geral, estar vez ou outra na grade curricular ou conteúdo programático nos

cursos de formação no ensino superior, fica evidente que não há fundamentação

teórica, mas muita improvisação e práticas insuficientes para que os professores

possam atuar de forma adequada nos casos de alunos com necessidades

educacionais especiais, bem como, efetivamente, trabalhar em um contexto geral

inclusivo, sem as angústias que os acompanham no seu não saber como fazer com

eles.

Mas, apesar de um caminho a se percorrer, constatou-se que se fala a todo

momento sobre o assunto inclusão. Profissionais da educação ou não, todos

percebem que mudanças vêm acontecendo e que a sociedade deve acompanhá-las

por questões de cidadania, solidariedade, dignidade, igualdade, enfim, de respeito

ao próximo.

Por ser tema de debate atual, tanto no âmbito social quanrto no escola, a inclusão

carrega, implica, uma série de questões fundamentais que, simultaneamente,

devem ser discutidas. Portanto, não é um problema que por si só ou isoladamente

se resolve. Essas implicações entendem-se como “bastidores”, que estão meio que

camufladas como a presença do preconceito, do despreparo dos profissionais, dos

medos que o setor pedagógico tem de flexibilizar seus currículos, alterar avaliações

que fujam de padrões estabelecidos e outras tantas ações que comprometem a

escola para que seja inclusiva, mas que têm a urgência de serem desvendadas,

encaradas para que, postas à mesa de debates com dirigentes e professores,

possam ser resolvidas concretamente, e, no espaço escolar, a inclusão aconteça.

Contribuir para que a inclusão seja cada vez menos discriminada e o estudante

deficiente possa ser visto em condições de igualdade passa a ser um dever de todo

cidadão. Trazer à tona circunstâncias de bastidores nos quais o aluno especial se

encontra em desvantagem para sanar ou pelo menos diminuir seu prejuízo, já indica

que os passos estão seguindo o caminho para tornar uma sociedade mais correta e

justa.

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http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/inclusao.pdf - acesso em 14 de fevereiro de

2009.

A N E X O S

Anexo A – Questionário para diretor de escola sobre inclusão CRDA: Centro de Referência dos Distúrbios da Aprendizagem Curso: Especialização em Educação Especial TCC: “Nos bastidores da inclusão escolar” QUESTIONÁRIO – Inclusão Escolar (Diretor de escola) 1 – A escola em que você trabalha possui alunos com necessidades especiais? R: _____________________________________________________________________ 2 – Caso positivo, quais são as deficiências dos alunos? R: _____________________________________________________________________ 3 – Você é contra ou a favor da inclusão escolar? Por quê? R: _____________________________________________________________________ 4 – Como é a relação dos pais dos alunos especial com o diretor, professores e outros funcionários da escola? R: _____________________________________________________________________ 5 – É essencial para o aluno especial que ele tenha um estagiário acompanhando-o constantemente? R: _____________________________________________________________________ 6 – O aluno especial participa das aulas de Educação Física? Caso negativo, o que ele faz durante essas aulas? R: _____________________________________________________________________

Anexo B – Questionário para professor sobre inclusã o CRDA: Centro de Referência dos Distúrbios da Aprendizagem Curso: Especialização em Educação Especial TCC: “Nos bastidores da inclusão escolar” QUESTIONÁRIO – Inclusão Escolar (Professor) 1 – A escola em que você trabalha possui alunos com necessidades especiais? R: _____________________________________________________________________ 2 – Sua classe possui alunos com necessidades especiais? R: _____________________________________________________________________ 3 – Você é contra ou a favor da inclusão escolar? Por quê? R: _____________________________________________________________________ 4 – Como é a relação dos pais do aluno especial com diretor, professores e outros funcionários da escola? R: _____________________________________________________________________ 5 – É essencial para o aluno especial que ele tenha um estagiário acompanhando-o constantemente? R: _____________________________________________________________________ 6 – Existe a possibilidade de a existência do estagiário acabar por “acomodar” o aluno especial? R: _____________________________________________________________________

Anexo C – Questionário para pais de alunos sobre in clusão CRDA: Centro de Referência dos Distúrbios da Aprendizagem Curso: Especialização em Educação Especial TCC: “Nos bastidores da inclusão escolar” QUESTIONÁRIO – Inclusão Escolar (Pais de alunos de inclusão) 1 – Você é contra ou a favor da inclusão escolar? Por quê? R: _____________________________________________________________________ 2 – Como é a relação do seu filho com:

a) Diretor da escola _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________

b) Professor _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 3 – Como é a relação do seu filho com os colegas da escola? R: _____________________________________________________________________ 4 – Você acha essencial para o aluno especial que ele tenha um estagiário acompanhando-o constantemente? R: _____________________________________________________________________ 5 – Você acha que seu filho é tratado de forma diferente na escola? R: _____________________________________________________________________ 6 – Existe a possibilidade de o acompanhamento do estagiário acabar por “acomodar” o aluno especial? R: ____________________________________________________________________