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Créditos - Instituto Arte na Escola · ções: cachorros, cobras, pica-paus e sons emitidos por eles são apresentados como material de trabalho artístico. A partir do documentário,

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DA MADEIRA À MULTIMÍDIA: os caminhos de José Bento

Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Eliane de Fátima Vieira Tinoco

Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Ludmila Picosque Baltazar

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Da madeira à multimídia: os caminhos de José Bento / Instituto Arte na

Escola ; autoria de Eliane de Fátima Vieira Tinoco ; coordenação de Mirian

Celeste Martins e Gisa Picosque. – São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2005.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 27)

Foco: PC-8/2005 Processo de Criação

Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia

ISBN 85-98009-28-8

1. Artes - Estudo e ensino 2. Artes em madeira 3. Multimídia 4. Escultura

5. Bento, José I.Tinoco, Eliane de Fátima Vieira II. Martins, Mirian Celeste

III. Picosque, Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

Organização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

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DVDDA MADEIRA À MULTIMÍDIA: os caminhos de José Bento

Ficha técnica

Gênero: Documentário com depoimento do artista.

Palavras-chave: Ato criador; diálogo com a matéria; projetopoético; madeira; escultura; multimídia; forma.

Foco: Processo de Criação.

Tema: A obra do artista plástico José Bento.

Artistas abordados: José Bento, Brancusi, Lygia Clark, Amílcarde Castro, Waltércio Caldas, Richard Serra, entre outros.

Indicação: A partir da 7ª série do Ensino Fundamental e Ensi-no Médio.

Direção: Zero Cintra.

Realização/Produção: Rede SescSenac de Televisão, São Paulo.

Ano de produção: 2003.

Duração: 23’.

Coleção/Série: O mundo da arte.

SinopseA imagem da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, abre odocumentário sobre José Bento. As falas do artista entremei-am-se aos comentários de Rodrigo Moura, curador assistentedo Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte. José Ben-to mostra suas obras falando sobre os percursos da sua traje-tória e sua formação como artista. A execução de uma obra emum bloco imenso de madeira, um jequitibá-rosa milenar, é co-mentada em todas as suas fases. Em seu trabalho, há fusão deanimais, principalmente cobras. José Bento mostra também umelemento recorrente em sua vida: as esculturas-árvores, querecebem o nome de Floresta. Finalizam o documentário, asimagens da equipe de tv ajudando a escavar um jequitibá-rosa.

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Trama inventivaPercurso criador. Olhar/sentir/pensar o que antes, simplesmen-te, não era. Cada novo olhar é um outro olhar, e assim vai se fa-zendo a obra. Existem vontades. Vontades de artista: projetos,esboços, estudos, protótipos. Vontades da matéria: resistir, pro-vocar, obedecer, dialogar com o artista. Existe um tempo: do de-vaneio, da vigília criativa, do fazer sem parar, de ficar em silêncioe distante, de viver o caos criador. Existe um espaço: o ateliê.Espaço para produzir, investigar, experimentar. Repouso e refle-xão. Espaço-referência. Existe sempre a busca incansável para oartista inventar a sua poética de tal forma que, enquanto a obra sefaz, se inventa o modo de fazer. Invenção que, na cartografia,convoca o andarilhar pelo território Processo de Criação.

O passeio da câmeraSomos convidados a entrar no documentário pela imagem dabeleza natural da Serra do Espinhaço em uma manhã enso-larada. Chegamos ao ateliê do artista que comporta a oficina eespaços expositivos em seu interior e exterior. O documentáriomostra o trabalho árduo na oficina, onde o artista conta com aajuda de colaboradores e constrói várias obras ao mesmo tem-po, e a organização dos trabalhos em exposição. As imagenstambém alternam closes com tomadas em planos gerais, pro-piciando uma boa visualização das obras de José Bento. As falasdo artista e seu ateliê testemunham que sua produção artísticaé antenada com seu tempo.

A madeira, material eleito por José Bento como prioritário, étrabalhada de maneiras diferentes: tanto em estado bruto, comblocos grandes e pesados, aproveitando sua textura própria,como polida, entalhada com brilho em pequenas formas. Oartista deixa claro que essa multiplicidade de modos de traba-lhar a madeira é que o fascina. O material é o fio condutor queperpassa as várias criações e os diversos momentos em suaprodução plástica.

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DA MADEIRA À MULTIMÍDIA – OS CAMINHOS DE JOSÉ BENTO

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Na fotografia, o artista trabalha em contrastes de brancos e pre-tos, o que demonstra sua preocupação com a tridimensionalidade:as cenas em vários ângulos, em um jogo de imagens, ora apresen-tam, ora escondem a matéria. A captação de som de animais peloartista em seu ateliê é parte integrante na concepção das exposi-ções: cachorros, cobras, pica-paus e sons emitidos por eles sãoapresentados como material de trabalho artístico.

A partir do documentário, pode-se trabalhar as Conexões

Transdisciplinares entre arte e meio ambiente; em Forma-Con-

teúdo os elementos da visualidade como forma, massa, volume,peso, assim como as questões de tensão, ritmo e escala; emLinguagens Artísticas a escultura, a multimídia, a fotografia; emMaterialidade a madeira com sua poética e pontencialidade; emMediação Cultural e Curadoria o ato de expor e a montagem commultimídia e, em Saberes Estéticos e Culturais, a história da artefocalizando a arte contemporânea e o neoconcretismo.

Para este material, o foco escolhido a partir do que o documentárionos propõe é Processo de Criação, enfatizando o ato criador, odiálogo com a matéria e o percurso da poética pessoal.

Sobre José Bento

(Salvador – BA, 1962)

Eu sou um artista artesão. Tem uma coisa que eu percebo que é

interessante no meu trabalho: é essa diversidade de formas de

trabalhar a mesma matéria. Desde uma coisa superdelicada,

superpolida, até um tronco de 9000 quilos.

José Bento

Ser artista artesão, com uma produção visual que dá autentici-dade à fala de José Bento, significa que é ele quem cria e quemproduz, quem manipula a matéria, extraindo dela diferentespossibilidades visuais. Apesar de contar com a ajuda de cola-boradores em seu ateliê, faz questão de sentir o material, decavar, entalhar e esculpir. O percurso da poética pessoal é, emJosé Bento, cheio de trilhas que se cruzam e se afastam.

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Como artista contemporâneo, conectado com o seu tem-

po, busca modos de se expressar em diversas linguagens,como sugere o título do documentário. A madeira, eleita comomatéria primordial do artista, é esmiuçada quanto às possibili-dades de uso e acabamento, propondo a pesquisa com o mate-rial, que traz multiplicidades de procedimentos técnicos e sa-beres estéticos. Por meio das incursões nos processos demultimídia, trabalhando com as conexões entre a fotografia, ovídeo, o computador e o som, reinventa formas e repensa oespaço expositivo. A inserção de animais, trabalhando com suasformas, cores, sons e movimentos, traz outras oportunidadesprocessuais ao percurso do artista.

O contato com a arte se dá desde a infância, tendo freqüenta-do por 10 anos, uma escola de arte onde é matriculado pelospais. Nessa escola, é aluno de Arlinda Corrêa, ex-aluna deGuignard, artista e arte-educador mineiro que tem vasta influ-ência na produção artística do estado e que, em seu método deensino, abole o uso de réguas e borrachas, para que o traçonão possa ser corrigido. Mesmo tendo estudado arte na in-

fância, José Bento se diz autodidata porque não cursou

graduação na área, mas sua natureza curiosa e pesquisa-

dora o levou à escolha de ser artista.

Em seu percurso poético, voltado particularmente à escultura,José Bento é influenciado por vários artistas, dentre elesBrancusi, mestre em trabalhar com a madeira, e Amílcar deCastro, escultor mineiro ligado ao movimento neoconcreto, cita-do como influência para toda a nova geração de artistas minei-ros. No trabalho de José Bento, a influência do neoconcretismoincide na necessidade de interação público-obra.

No início de sua trajetória, na década de 80, o artista utilizamadeira pré-industrializada, como os palitos de picolé, realizan-do esculturas narrativas, e, nos últimos anos do século, passaa trabalhar com a madeira em estado bruto. A matéria orgâni-ca, a madeira em seu estado bruto, é extraída da natureza peloartista com o acompanhamento de um técnico do IBAMA (Ins-tituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

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Renováveis) para que sejam colhidas madeiras de árvores jámortas, demonstrando uma preocupação com a natureza. Ape-sar do trabalho com esse material orgânico e com a preocupa-ção ambiental demonstrada, sua obra não pode ser classifica-da como ecológica, pois não tem essa intenção, “A proposta épuramente plástica!”, diz José Bento.

Como artista contemporâneo que é, tem buscado dar visibilidadea seu trabalho participando de exposições em diversas galerias,principalmente nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo, emsalões de artes plásticas, onde já recebeu algumas premiações,dentre elas no XIII Salão Nacional de Artes Plásticas no Rio deJaneiro, em 1993, tendo também já participado de exposições naArgentina e no Peru (I Bienal Latinoamericana de Lima).

Em suas exposições, José Bento mostra para o público todo odomínio conseguido sobre seu material preferido: a madeira.Esse domínio só pode ser conquistado com perseverança, ex-perimentações, trabalho e disponibilidade para o material.

Os olhos da arte... nunca é exatamente como o projeto, porque a gente trabalha com

madeira e cada matéria induz a sua forma. Não tem jeito, é uma coisa

que é maior do que a gente.

José Bento

Alguns aspectos do processo de criação e da pesquisa artísti-ca são comumente apontados pelos artistas: aqueles aspectosque interferem ou auxiliam no momento da produção artísticacomo a relação com o meio; o acaso; a confecção prévia deprojetos, esboços, maquetes; a pesquisa como fonte provedo-ra de caminhos a seguir; e o trabalho árduo, com mergulhosintensos e momentos de pausa para visualizar o que foi produ-zido, realimentando a produção futura. Segundo Salles1 , o atocriador é um “processo que envolve seleções, apropriações ecombinações, gerando transformações e traduções”. Para queo processo possa acontecer em toda sua amplitude, o artistatanto precisa mergulhar intensamente dentro de si a fim de

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materializar a obra, como de tempo. Tempo que é muito pesso-al, individualizado, podendo demorar minutos ou anos.

No documentário, José Bento nos fala da relação com aprocessualidade que vários de seus trabalhos exigem. Um tem-

po de gestação. Anos são necessários ao encontro do ma-

terial e à maturação da obra, ambos são definitivos em sua

execução. Tempo que é contado também em recorrências

em sua trajetória: as esculturas-árvores, as escadas, as

torres, as tiras de madeira baraúna “domadas” com o nylon.

Em entrevista a um jornal paulista, José Bento diz: “eu quero do-

mar a madeira. O que mais me interessa é o embate entre meu

ofício e ela... Há um calor orgânico da madeira que me atrai”2 .

Domar a madeira, embate entre o corpo-artista e corpo-matéria, épara o artista realizar a escultura o mais próximo possível do proje-to, é conseguir amarrá-la com o uso de fios de nylon, tornando-amaleável, possível de construir e desconstruir, é sobrepor ou inter-calar blocos grandes a trabalhos quase que miniaturizados, com-pondo um jogo de tensões e equilíbrios. O processo de domar amadeira começa ainda com as esculturas narrativas feitas em pali-tos de picolé. O ato de entrelaçar, colar, sobrepor para conseguir oefeito desejado mostra a pesquisa visual e a perseguição de umresultado estético final satisfatório, segundo suas intenções.

O encontro com a madeira em estado bruto permite observardiferentes texturas, tamanhos, colorações e formas. É momentode repensar sua ligação com o material e as interferênciaspossíveis e desejadas, de deixar de lado o entalhe, o preciosis-mo no acabamento, para apresentar as sinuosidades, os veios,os nós e a ação do tempo sobre a madeira.

Para o trabalho com blocos imensos de madeira, é preciso fer-ramentas como marretas de ferro, e formões de aço, realiza-dos sob encomenda, lixados manualmente, feitos com molasde caminhão. Esse tipo de formão é a única ferramenta capazde cortar a baraúna, madeira extremamente dura. Mesmo as-

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DA MADEIRA À MULTIMÍDIA – OS CAMINHOS DE JOSÉ BENTO

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sim, as ferramentas do artista se quebram constantemente,devido ao esforço ao qual são submetidas.

No trabalho com a fotografia, o artista também procura o equi-pamento que proporciona as qualidades visuais intencionadas.José Bento pensa o espaço expositivo, o som que acompanhaa obra, construindo uma atmosfera propícia à fruição, ao en-contro do público com suas obras.

José Bento tem conexão processual com Brancusi, escultorromeno, que trabalha, principalmente, com formas orgânicasem metal, pedra e madeira, e que costuma lidar com uma mes-ma forma diversas vezes, construindo “modelos” que se repe-tem e se reinventam. Outra conexão é com Amílcar de Cas-tro3 , artista mineiro, que fala da seguinte maneira sobre seuprocesso de criação:

Minha escultura começa no ateliê, aqui eu faço o desenho, faço

uma maquete de papel, depois se gosto, passo para o ferro e faço

uma maquete. Então, se eu gosto, aumento o tamanho. O dese-

nho é fundamento, uma maneira de pensar. E pensar, em arte, é

desenhar, porque, sem desenho, não há nada. Existem outros es-

cultores que fazem esculturas sem desenhar. Eu não sei fazer nada

sem desenhar.

Talvez o ponto mais importante desse olhar sobre a ação cria-dora de José Bento seja definitivamente desaprender aquelevelho entendimento sobre o processo de criação artística comoalgo que nasce simplesmente da inspiração, sem nenhumatranspiração tanto no diálogo de domar a matéria, como nopercurso da pesquisa da poética pessoal.

O passeio dos olhos do professorO convite é para que você, antes do planejamento, assista aodocumentário munido de papel e caneta para anotações. Essasanotações podem dar início a um diário de bordo que o acompa-nhará em todo o percurso de trabalho a partir do documentário.Como contribuição, oferecemos uma pauta do olhar:

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O que o documentário desperta em você?

Quais aspectos sobre o processo de criação do artista sãovisíveis no documentário?

O que é possível perceber no documentário sobre o espaço-ateliê de José Bento? O espaço é fator importante para suaobra? Como ele incorpora as influências do local?

Os depoimentos de um curador entremeando os depoimen-tos do artista facilitam o entendimento do documentário? Eda obra de José Bento?

O documentário lhe faz perguntas? Quais?

Quais questões poderão ser levantadas por seus alunos apartir do documentário? Eles são capazes de entender a di-ferenciação feita por Rodrigo Moura entre abstração e nãofiguração no trabalho de José Bento?

Para você, quais focos sobre a arte podem ser trabalhados apartir do documentário?

Suas anotações indicam caminhos possíveis? Após ler o queanotou, não seria interessante planejar uma pauta do olhar paraseus alunos? Você poderia recriar as questões aqui apresenta-das ou criar as suas próprias com base no seu conhecimentosobre os alunos: a faixa etária a que pertencem, a maior oumenor proximidade com o assunto e os conteúdos específicosde arte com os quais já entraram em contato.

Percursos com desafios estéticos

Após a visualização do mapa potencial do DVD, você podevislumbrar diferentes conexões possíveis. O foco Processo de

Criação é considerado de relevância pelas inúmeras possibi-lidades que o documentário aponta. Pensando nesse foco éque oferecemos algumas proposições como caminhos possí-veis para projetos no ensino de arte que você poderá ampliarda maneira que quiser.

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O passeio dos olhos dos alunos

Algumas possibilidades

O trabalho pode começar com a entrega da pauta do olharorganizada por você aos alunos. Peça para que eles leiamsilenciosamente as questões. Depois, converse sobre apauta: quais as hipóteses que eles têm sobre o que é eporque utilizar uma pauta do olhar antes de assistir a umdocumentário? Após a conversa, o documentário poderá serexibido por inteiro. Logo após, os alunos poderão ser agru-pados para discutirem suas anotações, comparando-as.Como sugestão, pergunte-lhes também:

O que mais os inquietou no documentário?

Quais os processos de criação utilizados pelo artista queeles conseguem identificar?

Rodrigo Moura diz que o trabalho de José Bento abran-ge o preciosismo no acabamento até a brutalidade damatéria. O que eles entendem dessa afirmação? Comoisso é mostrado no documentário?

O que vocês acharam da função dos ajudantes no pro-cesso de trabalho?

As respostas de seus alunos a esses questionamentos po-derão ser indicativas dos caminhos que seu trabalho com odocumentário pode seguir.

O palito de picolé pode ser um ponto de partida para a via-gem pelo documentário. Após entregar um palito para cadaaluno, convide-os a pensar e escrever sobre o percurso queesses pedaços de madeira fizeram até chegarem em suasmãos? A exibição do documentário, iniciando com JoséBento mostrando suas miniaturas com os palitos de picolé,pode ampliar a conversa sobre o que escreveram. Algumasquestões para aquecer o debate:

Será que a madeira utilizada na confecção de palitos depicolé é retirada com preocupação ecológica como o ar-

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qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

Zar

ferramentas

natureza da matéria

madeira: sinuosidades,os veios, os nós e a ação dotempo, palitos de picolé

não convencionais: marretasde ferro, formões de aço feitos com molas de caminhão

Materialidade

o ato de expor

montagem com multimídia:conexões entre a fotografia,o vídeo, o computador e osom de pica-paus

MediaçãoCultural

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciasda natureza

meio ambiente,manejo sustentável,recursos naturais

rpando

Forma - Conteúdo

elementos davisualidade

relações entre elementosda visualidade

escala, tensão, ritmo

forma, massa,volume, peso

SaberesEstéticos eCulturais

história da arte arte contemporânea, neoconcretismo

Linguagens Artísticas

meiosnovos

meiostradicionais

fotografia, multimídia

escultura

artesvisuais

Processo deCriação

ação criadoraato criador, seleções, apropriações e combinações,poética pessoal, percursos de experimentação,poética instrumental, diálogo com a matéria

produtor-fruidor, projeto poético

ateliê com ajudantesambiência do trabalho

produtor-artista-pesquisador

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tista faz com a madeira utilizada em seu trabalho?

Para você, o trabalho com os palitos de picolé, a Casa do

arquiteto, é propositor de outros trabalhos?

Como o uso de ferramentas interfere nas texturas das obras?

Os alunos poderão rever o que escreveram e comparar comas observações feitas a partir do documentário.

Outra entrada possível para o documentário é pela fotografia.Comece deixando congelada, no pause, uma das fotos da ex-posição no primeiro bloco. Proponha aos alunos uma leituradessa imagem: o que atrai ou causa estranhamento nela? De-pois, dê continuidade ao DVD até a parte que trata da exposi-ção, incluindo a fala do curador. Abra uma discussão,problematizando a fala do curador: é possível entendê-la? Oque ele quis dizer com “o limite entre o que é figura e o que nãoé figura”? Após essa conversação, realize a exibição de todo odocumentário e uma nova conversa, propondo a comparaçãoentre o processo de criação na fotografia e nas esculturas. Onome do documentário: Da madeira à multimídia: os caminhos

de José Bento, também pode ser objeto de reflexão.

As possibilidades de primeiro contato com o DVD acima apre-sentadas são propositivas de inúmeros projetos. O trabalho como documentário demanda conversas e reflexões, antes e de-pois de sua exibição, para que aconteça um bom aproveitamentoe entendimento dos aspectos que esse material oferece.

Desvelando a poética pessoalNeste momento, a proposta é oferecer aos alunos a oportuni-dade para realizar uma série de trabalhos que envolva o mer-gulho num processo de criação. Nesse processo, você será oincentivador de particularidades, de pesquisas com o materiale de aprofundamentos nas questões visuais que cada trabalhopropuser. Sugerimos como propostas:

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material educativo para o professor-propositor

DA MADEIRA À MULTIMÍDIA – OS CAMINHOS DE JOSÉ BENTO

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Seria interessante um trabalho com palitos de picolé e fiosde nylon, “domando a madeira” como José Bento mostrano documentário. Oriente os alunos para que não caiam natentação de construir objetos utilitários, algo muito comumcom esse tipo de material, mas, sim, objetos escultóricosque possam ser vistos por ângulos diversos.

Outra possibilidade é desenvolver uma série de trabalhoscom gravetos ou com pequenos tocos de madeira. Cadaaluno, de acordo com a madeira e as ferramentas que con-seguir, poderá trabalhar com texturas e tamanhos varia-dos, entalhando ou agrupando essa madeira, buscandoformas diferentes.

A análise das séries produzidas pode ser desenvolvida numaconversa com os alunos, discutindo sobre os resultados esté-ticos, os desdobramentos ocorridos de uma produção a ou-tra, a exploração do material, a pesquisa pessoal para as so-luções encontradas.

Ampliando o olhar

Diz José Bento: “cada matéria induz à sua forma”. Na pra-ça perto da escola, os alunos, com olhos muito atentos, ematitude de pesquisa, podem encontrar gravetos, pedras, ob-jetos que chamem a atenção pela forma. Em classe, expo-nha todos os “tesouros de formas“ encontrados e busqueclassificá-los por critérios diversos e também opostos, paraapurar ainda mais o olhar. Depois, você pode problematizar:o que se poderia fazer com este “tesouro de formas”?

Um passeio a uma marcenaria é momento de conhecer di-ferentes tipos de madeira e a construção artesanal de mó-veis e utensílios. Essa visita, organizada antecipadamente,poderá ser acompanhada de uma pauta de perguntas aserem feitas ao marceneiro para que algumas dúvidas téc-

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nicas, surgidas no momento da produção das esculturas,possam ser solucionadas. A observação das ferramentas es-pecíficas para o trabalho com madeira, bem como a expli-cação, pelo marceneiro, da sua utilização, será de extremaimportância.

Você poderá buscar outros artistas que trabalham commadeira. Na DVDteca Arte na Escola, há outros documen-tários sobre artistas que trabalham com a escultura comoElisa Bracher, Marcos Coelho Benjamim, além de outros.Neles você poderá encontrar e coletar falas desses artistassobre seus processos de criação. Outra ampliação pode serpor meio de trabalhos de artistas ou artesãos de sua cidadeou ainda a produção em cedro do escultor mineiro GTO(Geraldo Teles de Oliveira).

Fotografias em preto e branco trazem possibilidades estéti-cas diferentes das fotos coloridas que os alunos têm maiscontato. No documentário, fica claro que a máquina fotográ-fica utilizada pelo artista tem características especiais, esco-lhidas por ele para dar o efeito esperado: “uma máquina quenão dá profundidade de campo”. Leve para a sala algumasfotos p&b e uma máquina fotográfica com filme p&b para queos alunos tirem suas próprias fotos. Outra possibilidade, quepode virar uma divertida brincadeira, é selecionar imagensno computador e transformá-las em preto e branco em pro-gramas que trabalham com imagens como o Photoshop.

As relações possíveis com o som, a partir dos vínculos per-cebidos entre imagem e som no documentário, tambémpodem servir para ampliar os modos de olhar de seus alu-nos. Peça-lhes que escolham uma escultura, entre as queconstruíram, e pensem num som para ela. Se houver opor-tunidade, grave esse som para depois todos visualizarem aobra com seu respectivo som. É interessante anotar asobservações de seus alunos nesse momento.

Uma nova exibição do documentário, escolhendo apenas o mo-mento em que Rodrigo Moura cita o trabalho com os pica-pausaté a construção virtual do espaço expositivo, na tela da tv é

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propositiva de muitos olhares. Quais a inquietações que essaimagem traz? A relação que o artista busca com o espaço emsua obra é evidenciada nesse momento do documentário.

Conhecendo pela pesquisaSão as questões escultóricas que impulsionam José Bento.A tridimensionalidade captura sua produção, potencializa oespaço, cria tensões. Escalas monumentais ou diminutas sãoexperimentadas. Artistas como Richard Serra e Amílcar deCastro também trabalham com essas oposições. A pesqui-sa da tridimensionalidade, do ponto de vista da escala, podeser feita partindo de desenhos das esculturas realizadaspelos alunos e superpostas em outros desenhos ou fotogra-fias de praças ou jardins. o que os alunos descobririam so-bre essas relações de tamanho? Experimente também le-var para a sala a régua de escala utilizada pelos arquitetos.

Muirapiranga, jacarandá, roxinho, tatajuba, faeira, louro-faia, marupá, jatobá, muirapiranga, andiroba, cambará,tamboril e tantas outras espécies de madeira corporificama forma e a cor na obra do designer Maurício Azeredo, queenfatiza o uso consciente da madeira. Pesquisando Azeredo(documentário disponível na DVDteca Arte na Escola) oque os alunos podem descobrir sobre as diferenças e se-melhanças entre o processo de criação do artista JoséBento e do designer Azeredo?

O acabamento primoroso ou rústico, os materiais tão diver-sos como a madeira, o vidro, o metal podem também impul-sionar para a pesquisa de ferramentas utilizadas para a re-alização dos trabalhos.

Waltércio Caldas, citado no documentário, em entrevistaexclusiva à Fundação Iberê Camargo4 , fala sobre o seu pro-cesso de criação:

Meu “método” consiste simplesmente em tentar adivinhar quais são

as minhas secretas intenções, o que gostaria de ver aparecer diante

dos meus olhos. Cada escultura, desenho ou objeto realizado vem se

somar aos anteriores, sugerindo um novo espaço, uma nova situa-

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ção. Na verdade, esta relação poética entre o todo e as partes carac-

teriza a obra de qualquer artista. O processo artístico seria, portan-

to, o próprio caminho, a própria linguagem plástica ampliando conti-

nuamente suas possibilidades.

A pesquisa sobre Waltércio Caldas pode levar a quais com-parações com José Bento na linguagem da escultura? O queos alunos podem perceber de seus próprios processos decriação na comparação com esses e outros artistas?

O artesanato em madeira é algo muito comum em um paíscomo o Brasil, que possui uma infinidade de espécies deárvores. Nos Vales do Jequitinhonha e do São Francisco,artesãos fazem imensas carrancas para colocar na frentedos barcos que atravessam os rios. Os barqueiros acredi-tam que a “cara feia” das carrancas afasta os maus espíri-tos, deixando a viagem transcorrer em paz. Organizar umapesquisa sobre o artesanato em madeira com seus alunos éuma boa oportunidade de conhecer pessoas, técnicas, ti-pos de madeira e histórias da cultura popular.

Rodrigo Moura diz que José Bento sofre influência doneoconcretismo. O que foi esse movimento? Onde e comoele aconteceu? Quem são os artistas e suas respectivasobras nessa vertente estilística?

Amarrações de sentidos: portfólioCada aluno pode organizar um catálogo contendo desenhos efotos das esculturas produzidas no percurso do projeto. Comosão obras tridimensionais, o catálogo poderá ser organizadopara que as diversas vistas do objeto sejam observadas. Umapossibilidade é desenhar uma vista da peça em um papel,recortá-la e, depois, no verso, desenhar a vista oposta. É pos-sível colocar esses desenhos encaixados nas páginas do catá-logo para que possam ser manipulados. Escolha um papel nãomuito frágil que resista ao toque das mãos.

Os textos produzidos durante o percurso do projeto e outrosque expliquem o processo de criação de cada obra tambémpodem ampliar a compreensão do que foi o trabalho. Para uma

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material educativo para o professor-propositor

DA MADEIRA À MULTIMÍDIA – OS CAMINHOS DE JOSÉ BENTO

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melhor divulgação, é possível que os catálogos percorram asoutras salas de aula da escola.

Valorizando a processualidadeAlgumas perguntas: o que foi apreendido do documentário so-bre José Bento? Quais conteúdos foram trabalhados? O queos alunos conheceram? Quais as continuidades possíveis? Oque foi diferente neste trabalho? O que poderia ser feito de outromodo? Essas são questões que podem ajudar você a perceber-se melhor como professor-propositor, assim como dar suportepara outros percursos.

A apresentação e discussão do portfólio dos alunos pode de-sencadear boas reflexões de avaliação sobre o processovivenciado, estimulando os alunos a falar sobre si e seus proje-tos, ampliando os saberes uns com os outros. O que foi maisimportante, o que sabem agora que não sabiam antes, quais asfacilidades e dificuldades do projeto?

Como Rodrigo Moura disse, o trabalho de José Bento precisaser mais visto, mais lido por outras pessoas. Após a discussãodo portfólio, você poderá propor aos alunos que montem, emgrupo, um texto de apresentação sobre o artista. Feito o texto,que tal encaminhá-lo a museus e galerias, explicando que essefoi realizado por seus alunos, para a divulgação de seu trabalhoe do trabalho do artista?

GlossárioBaraúna – árvore de madeira extremamente dura, conhecida em várioslugares como “quebra machado”. Nome científico: Schinopsis brasiliensis.Fonte: <www.portacoite.hpg.com.br/images/vegetal/anexovegetal-barauna.htm>.

Carranca – “As carrancas ou “figuras de proa” são esculturas de madeiracolocadas quase que obrigatoriamente nas antigas “barcas do São Fran-cisco” desde o início do século XIX. (...) Antigos do São Francisco afirmamque quando há perigo de afundar a embarcação, a carranca avisa com trêsgemidos”. Fonte: <www.embramic.com.br/pinguela/2001/02_01/carranca.htm>

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Entalhar – trabalhar a madeira fazendo ornamentos com ferramentas pró-prias e acabamento polido. Entalhar é uma das técnicas do ato de esculpirem madeira. Fonte: MARCELLINI, Domingos. Manual prático de marce-

naria. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1982.

Escala/proporção – elementos relativos à medida e à relação ou justa-posição entre os objetos. No corpo humano, existe uma proporção cha-mada ideal. Os objetos utilitários são fabricados de acordo com uma es-cala de medidas que leva em consideração as proporções do corpo humano.“Existem fórmulas de proporção nas quais a escala pode basear-se; a maisfamosa é a seção áurea grega, uma fórmula matemática de grande ele-gância visual.” Fonte: DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. SãoPaulo: Martins Fontes, 1997, p. 73.

Escultura – é um meio de expressão que cria formas plásticas em volu-mes ou relevos tanto pela modelagem de substâncias maleáveis e/oumoldáveis, como pelo desbaste de sólidos ou pela reunião de materiais e/ou objetos diversos. Fonte: Dicionário eletrônico Houaiss da língua portu-

guesa. Está “peculiarmente situado na junção entre repouso e movimen-to, entre o tempo capturado e a passagem do tempo. É dessa tensão, quedefine a condição mesmo da escultura, que provêm seu enorme poder ex-pressivo.” Fonte: KRAUSS, Rosalind. Caminhos da escultura moderna. SãoPaulo: Martins Fontes, 1998, p.6.

Jequitibá-rosa – “Conhecida também como jequitibá vermelho. Nome ci-entífico: Cariniana legalis. Árvore frondosa, com flores brancas e folhaspermanentes, sempre se sobressai pelo tamanho e pela copa. Fonte:<www.sosmatatlantica.org.br >.

Multimídia – “produtos, serviços e programas elaborados e difundidos emsistemas eletrônicos, informáticos e computadorizados, e que concentram,simultaneamente, informações textuais, sonoras e visuais (estáticas, comofotografia e desenhos, ou em movimento, como animações e filmesvideográficos), bem como jogos e passatempos de uso lúdico”. Fonte:CUNHA, Newton. Dicionário Sesc: a linguagem da cultura. São Paulo:Perspectiva: Sesc São Paulo, 2003, p.434.

Neoconcretismo – movimento que teve início em 1959, em oposição aoconcretismo, que havia exagerado nas relações da ciência com a arte. Seusmaiores expoentes são Lygia Clark e Hélio Oiticica. A essência doneoconcretismo é o conceito de organismo vivo, que vem das teorias deSusanne Langer. Fonte: BEUTTENMÜLLER, Alberto. Viagem pela arte

brasileira. São Paulo: Aquariana, 2002.

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BibliografiaDERDYK, Edith. Linha do horizonte: por uma poética do ato criador. São

Paulo: Escuta, 2001.

MARCELLINI, Domingos. Manual prático de marcenaria. Rio de Janeiro:Tecnoprint, 1982.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

SALLES, Cecília Almeida. Gesto inacabado: processo de criação artísti-ca. São Paulo: Fapesp: Annablume, 1998.

ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Institu-to Walther Moreira Salles: Fundação Djalma Guimarães, 1983.

Seleção de endereços sobre arte na rede internet

Os sites abaixo foram acessados em 29 jun. 2005.

AZEREDO, Maurício. Disponível em: <www.mauricioazeredo.com.br/>.

BENTO, José. Disponível em: <www.comartevirtual.com.br/josbento.htm>

____. Disponível em: <www.murilocastro.com.br/acervo/mostra_a.php?dir=02&obra=218>.

BRACHER, Elisa. Disponível em: <www.raquelarnaud.com/elisabracher.htm>.

BRANCUSI, Constantin. Disponível em: <www.pitoresco.com.br/escul-tura/brancusi/brancusi.htm>.

CALDAS, Waltércio. Disponível em: <www.itaucultural.org.br/AplicExternas/Enciclopedia>.

CASTRO, Amílcar de. Disponível em: <www.amilcardecastro.com.br/#>.

GTO e outros artistas populares. Disponível em: <www.popular.art.br>.

KRAJCBERG, Frans. Disponível em: <www.pitoresco.com.br/brasil/krajcberg/krajcberg.htm>.

NEOCONCRETISMO. Disponível em: <www.artemoderna.art.br/artebr/neoconcretis.htm>.

SERRA, Richard. Disponível em: <www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq002/bases/02tex.asp>.

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Notas1 Cecília Almeida SALLES. Gesto inacabado: processo de criação artística, p. 27.2 Entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo em 20/6/2001 no suple-mento Folha Ilustrada.3 Capturado no site: <www.itaucultural.org.br> e extraído de CASTRO,Amílcar de, [Depoimento, Belo Horizonte, 1999]. In: Gravura: arte brasi-leira de século XX. São Paulo: Itaú Cultural; Casac & Naify, 2000. p. 154.4 Entrevista disponível em: <http://iberecamargo.uol.com.br/content/revista/entrevistas.asp?codent=75>. Acesso em: 29 jun. 2005.

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