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Créditos - artenaescola.org.br fileprimeiro trabalho solo desde sua saída do grupo Titãs. Lançado em um projeto multimídia, em 1993, os seus poemas e canções

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NOME: Arnaldo Antunes

Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Silvia Sell Duarte Pillotto

Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Ludmilla Picosque Baltazar

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

Organização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Nome: Arnaldo Antunes / Instituto Arte na Escola ; autoria de Silvia Sell

Duarte Pillotto ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. –

São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2006.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 106)

Foco: LA-A-3/2006 Linguagens Artísticas

Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia

ISBN 85-98009-96-2

1. Artes - Estudo e ensino 2. Poesia 3. Música 4. Antunes, Arnaldo I.

Pillotto, Silvia Sell Duarte II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa IV.

Título V. Série

CDD-700.7

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DVDNOME: Arnaldo Antunes

Ficha técnica

Gênero: Coletânea de 30 videoclipes elaborados a partir depoemas e canções de Arnaldo Antunes.

Palavras-chave: Linguagens híbridas; poesia; música; artes vi-suais; performance; caligrafia; linha; ritmo; experimentação.

Foco: Linguagens Artísticas.

Tema: A palavra escrita ou cantada, articulada a outras lingua-gens artísticas, ganha novas significações.

Artistas abordados: Arnaldo Antunes e participações especi-ais de Marisa Monte, Arto Lindsay, Edgard Scandurra, JoãoDonato e Péricles Cavalcanti, entre outros.

Indicação: A partir da 1ª série do Ensino Fundamental.

Direção: Arnaldo Antunes, Célia Catunda, Kiko Mistrorigo eZaba Moreau.

Realização/Produção: Kikcel Produções, São Paulo.

Ano de produção: 1993.

Duração: 52’.

SinopseOs trinta videoclipes que compõem este DVD foram elaboradosa partir de poemas e canções do músico, poeta, videomaker,performer e artista multimídia Arnaldo Antunes. Nome foi seuprimeiro trabalho solo desde sua saída do grupo Titãs. Lançadoem um projeto multimídia, em 1993, os seus poemas e cançõesforam criados com recursos de outras linguagens artísticas comoa fotografia, o desenho, a colagem, a caligrafia, a tipografia, entreoutras, no jogo inquieto das linguagens, nas apropriações eressignificações dos signos e palavras, dos sons e silêncios.

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Trama inventivaFalar sem palavras. Falar a si mesmo, ao outro. Arte, lingua-gem não-verbal de força estranha que ousa, se aventura a to-car assuntos que podem ser muitos, vários, infinitos, do mundodas coisas e das gentes. São invenções do persistente ato cri-ador que elabora e experimenta códigos imantados na articula-ção de significados. Sua riqueza: ultrapassar limites processu-ais, técnicos, formais, temáticos, poéticos. Sua ressonância:provocar, incomodar, abrir fissuras na percepção, arranhar asensibilidade. A obra, o artista, a época geram linguagens oucruzamentos e hibridismo entre elas. Na cartografia, estedocumentário é impulsionado para o território das Linguagens

Artísticas com o intuito de desvendar como elas se produzem.

O passeio da câmeraComo em um quadro negro, a linha branca desenha, letra porletra, os títulos de cada clipe. Fora da ordem da leitura, essasletras já testemunham o movimento e a força das palavras.

Alocado em Linguagens Artísticas, a coletânea de videoclipesconvida para viagens em outros territórios e percursos poten-ciais, esboçados em seu mapa potencial.

Sobre Arnaldo Antunes(São Paulo/SP, 1960)

A origem da poesia se confunde com a origem da própria lingua-

gem. Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem

verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não-

poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as

coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito

primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocor-

rência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discus-

sões, discursos, ensaios ou telefonemas. Como se ela restituísse,

através de um uso específico da língua, a integridade entre nome

e coisa — que o tempo e as culturas do homem civilizado trataram

de separar no decorrer da história.

Arnaldo Antunes1

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material educativo para o professor-propositor

NOME – ARNALDO ANTUNES

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Entre nome e coisa há um universo poético de pensamento.

Entrar nele é o convite de Arnaldo Antunes, músico, poeta,

videomaker e artista multimídia que desenha e faz poemas,

desde os tempos de escola. Aos 15 anos, produz seu primeirofilme Temporal, um super-8 de ficção, com 40 minutos de dura-ção, produzido junto à aula de cinema na escola2 . Publica, de-pois, a novela Camaleão, impressa na gráfica da escola. Comseu colega de classe, Paulo Miklos, começa a compor.

Em 1978, inicia o curso de Letras em São Paulo, mas irácontinuá-lo no Rio de Janeiro, para onde se muda. Nesse mo-mento, realiza com um grupo o super-8 experimental JimiGogh, de 15 minutos, com quadros de Van Gogh e música deJimi Hendrix, se apropriando, ressignificando e articulandopintura e música.

Casado com Go, volta para São Paulo e desenvolve perfor-mances com José Roberto Aguilar, criando com outros artis-tas a Banda performática, no início da década de 80, com aproposta de fusão de todas as linguagens: performance, po-esia, pintura, dança e música. “Nas performances, Arnaldo,com uma mala cheia de objetos, canta, toca percussão e in-venta situações nonsenses, como pentear discos, bater pa-nelas ou jogar livros para o alto”3 . O primeiro disco do gruposeria gravado 2 anos depois.

Produz, na mesma época, pequenos livros impressos em xerox,como: A flecha só tem uma chance. Sempre com parceiros, comoPaulo Miklos, Beto Borges, Sergio Papi e Nuno Ramos4 , seguecriando, sejam músicas como Desenho e A menor estrela, ins-critas em festivais, sejam revistas como Almanak 80 (1980) ouKataloki – Almanak 81 (1981). Participa da produção de vídeos,um deles realizado por Walter Silveira5 para a revista citada,em 1981, e o outro por José Roberto Aguilar, Sonho e contra-sonho de uma cidade.

No mesmo ano, participa do evento A idade da pedra jovem,show que marca definitivamente a sua estréia junto com outrosoito músicos, os quais formariam em 1982, o Titãs do Ieiê6 . Em

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1984, o grupo passa a se chamar apenas de Titãs, com suces-sos como Sonífera ilha e Respeito.

Sempre com projetos que envolvem outras pessoas, ArnaldoAntunes tem participado de muitos eventos e grupos, comoOs Intocáveis, com Miklos, Go e Nuno Ramos ou, mais recen-temente, Tribalistas, com a parceria de Marisa Monte eCarlinhos Brown.

Para o professor e pesquisador Arlindo Machado7, depois de1992, há uma mudança em direção à arte multimídia:

... ele muda o curso de sua poesia e começa a experimentar uma

nova forma de literatura, uma literatura feita no computador e des-

tinada a ser lida na tela do aparelho de televisão. Utilizando recur-

sos de computação gráfica e de vídeo, lança, em 1993, uma seleção

de 30 impressionantes vídeo-poemas, que combina letras animadas

com cores mutantes, imagens tomadas por câmeras de vídeo,

oralização e música.

Em seu site é possível conhecer todas as facetas deste artistamultimídia. Desde Ou e, editado artesanalmente em 1983,Antunes publica, entre outros: As coisas (1992), Nome (1993),Outro (2001), Palavra desordem (2002) e Et eu tu (2003). Suatrajetória nas artes visuais inclui performances, poemas visu-ais, instalações, exposições como Caligrafias (1982), com Go,Livro de artista: o livro-objeto (1994); Escrita à mão (2003), eparticipações em eventos como o Arte/Cidade – A cidade semjanelas (1994), 24ª Bienal Internacional de São Paulo (1998),II Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre/RS (1999),entre muitas outras produções.

São muitos também os discos, participações e trilhas criadaspor Antunes, como a trilha para espetáculo de dança O corpo(2000) na comemoração dos 25 anos do Grupo Corpo, de Mi-nas Gerais. Suas canções são gravadas também por outrosmúsicos, como Belchior (o primeiro a gravar), Gal Costa, Gil-berto Gil, Caetano Veloso, Cássia Eller, Rita Lee, entre outros.

Ganhador de muitos prêmios, tanto na música, como na litera-tura e nas artes visuais, Arnaldo tem o perfil do artista pós-

moderno, que busca, investiga e transita pelo hibridismo

das linguagens contemporâneas.

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material educativo para o professor-propositor

NOME – ARNALDO ANTUNES

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Os olhos da arteCaligrafia. Arte do desenho manual das letras e palavras. Território

híbrido entre os códigos verbal e visual.

— O que se vê contagia o que se lê.

Das inscrições rupestres pré-históricas às vanguardas artísticas do

século XX. Sofisticadamente desenvolvida durante milênios pelas

tradições chinesa, japonesa, egípcia, árabe. Com lápis, pena, pincel,

caneta, mouse ou raio laser.

— O que se vê transforma o que se lê.

A caligrafia está para a escrita como a voz está para a fala.

A cor, o comprimento e espessura das linhas, a curvatura, a disposi-

ção espacial, a velocidade, o ângulo de inclinação dos traços da es-

crita correspondem a timbre, ritmo, tom, cadência, melodia do dis-

curso falado. Entonação gráfica.

Arnaldo Antunes8

Para que “o que se vê contagie o que se lê” e “o que se vê trans-forme o que se lê”, nossos olhos são convocados para ver/ler/ouvir. Poesia visual?

Linguagens híbridas se misturam na construção destes vídeos-

poema, como os denomina Arlindo Machado9 , mesclando, en-

laçando, liquefazendo os contornos da poesia, da pintura, do

desenho, da colagem, da instalação, da música, do vídeo. Con-taminada por vários meios, suportes e técnicas ao mesmo tempo,a poesia se insere na visualidade, deixando marcas que carregamsua intenção com desenhos caligráficos projetados na voz e natela, como os clipes-poemas de Augusto de Campos10 que diz:“Vejo a poesia concreta diretamente engajada com as práticas dapoesia de vanguarda, experimental ou – como será talvez maisadequado chamá-la – poesia de invenção”11 .

Utilizando recursos de vários códigos e meios, veiculada empapel, CD-ROM, ou vídeo, é forte a visualidade e inventividadeem cada clipe de Nome, exibido em festivais de vídeo e premi-ado internacionalmente. Deles, apresentamos uma pequenasíntese12 , para facilitar sua curadoria educativa na busca de umfio condutor vinculado ao seu projeto pedagógico:

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1. Nome – sobreposição de nomes que joga com a função de no-mear das palavras: “algo é o nome do homem; coisa é o nome dohomem; homem é o nome do cara; isso é o nome da coisa...”.

2. Carnaval – enquanto o poema é falado – “Árvore pode serchamada de pássaro/ pode ser chamado de máquina/ podeser chamada de carnaval/ carnaval/ carnaval” –, a palavracarnaval é reescrita muitas vezes até cobrir todo o espaçoda tela pela caligrafia em preto.

3. Acordo – letras parecem brincar de partitura em diálogo so-noro – “Concordo/discordo/acordo”.

4. Fênis – sobre um fundo leitoso, as palavras dançam na tro-ca de letras pretas: “fênis, pênix”, como num redemoinho.

5. Não tem que – o ritmo se intensifica, assim como as cenas docotidiano de uma cidade. Placas, propagandas, fachadas, cal-çadas contracenam com o poema: “Não tem que/ nem preci-sa de/ não tem que precisar de/ nem precisa ter que/ nãotem que precisar ter que/ nem precisa ter que precisar de”.

6. Pessoa – o texto do poema é apresentado em seqüência,escrito, mas o que se ouve é o poeta dizendo uma análisegramatical: “sujeito, predicado, ponto,...”

7. Cultura – enquanto aparecem imagens em movimento de

Arnaldo Antunes -

Chove, 2002

Objeto (armação de

guarda-chuva), 100 x

100 cm, inspirado na

música “Primeiros erros

(Chove)”, de Kiko

Zambianchi

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NOME – ARNALDO ANTUNES

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bichos, girinos, espermatozóide, desenhos pré-históricos,letras e signos de muitos alfabetos, a música é cantada.

8. Dentro – somos impelidos para dentro da boca escancara-da, da garganta profunda, enquanto brincam as palavras:“de/ dentro/ entro/ centro/ sem/ centro/ entro/ dentro/de/ dentro/ entro/ centro/ sem/ centro/ dentro”.

9. Pouco – a sonoridade da única frase do poema: “sempre épouco quando não é demais”, se repete em cortes e dialo-ga com as cores das formas de letras.

10. Nome não – a construção de letras e palavras em metal, ounéon, ou pintadas sobre os próprios objetos que nomeiam,criam situações inusitadas, como o preto escrito em bran-co sobre uma vaca, ou a palavra azul pintada de vermelhosob a água. Nome, som, matéria, cor vista e ouvida nopoema musicado, que reforça: “Os nomes dos sons não sãoos sons/ os sons são. Só os bichos são bichos/ só as coressão cores/ só os sons são/ som são, som são/ nome não,nome não/ nome não, nome não”.

11. Soneto – sons guturais e movimento de sobrevôos da câmerasobre poemas impressos em formas que criam dobras e sulcos.

12. Sol ouço – uma orelha, dois olhos, ora abertos, ora fecha-dos, olhando em várias direções se transformam na letra“o”, criando as palavras sol e ouço. A seqüência de ima-gem vai se tornando cada vez mais rápida embaralhando avisão de quem está olhando. O texto do poema é assimescrito: “SOOOOLOOUÇOO.”.

13. Direitinho – a música e a sua letra brincam com a imagemde pingos d’água sobre água.

14. Ar – o som aumenta e diminui como as palavras feitas depedaços de papel deste poema: “máscara/ ar/ rasgará”.

15. Campo – o poema musicado pode ser lido sobre imagensrápidas de terra/chão: “um campo tem terra/ e coisas plan-tadas nela/ a terra pode ser chamada de chão/ é tudo quese vê/ se o campo for um campo de visão”.

16. Diferente – simultaneamente à música e ao canto, a ima-

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gem de um feto e de nomes de personagens de ficção comoSuper-homem, Homem aranha, etc.

17. É só – o próprio artista movimenta-se performaticamente nointerior de quatro paredes brancas com palavras escritas empreto e não há som. A música aparece quando não há movi-mento. Depois o texto é falado: “Quando estar sozinho/ ficarsozinho/ e só. E só/ ficar sozinho/ quando estar sozinho.”

18. Entre – oposições de cores, letras, formas, palavras, rit-mos, coisas, “entre parte e parte”.

19. O macaco – desenhos de criança se transformam e nos per-guntam: o que se parece com o quê? O que veio do quê?

20. Luz – o lusco-fusco de luz e sombra se completam com as pa-lavras: “Luz/ na luz/ não é nada. Só sombra/ é nada/ na luz”.

21. Imagem – ao fundo, o contexto urbano: prédios, letreiros, pro-paganda, luzes, pessoas, formas intercaladas com a imagemde um olho. O ritmo das imagens é intensificado em diálogocom a música e a letra que contrapõe substantivos e verbos.

22. Água – burburinho de água, imagens de suas moléculas deágua. Misto de sons e imagens que nos preparam para vero poema: “H2Omem”.

23. Armazém – círculos construídos pelo poema - “o tempo todoo tempo passa/ os lugares estão nos lugares” - giram, saem,entram, se interpenetram, crescem, diminuem, se expandeme se comprimem, enquanto o som da palavra armazém ema-na repetidamente, constantemente, repetidamente.

24. Tato – de ângulos diversos, de longe, de perto e de muito perto,pêlos, aberturas, a pele do corpo desnuda ao som da música.

25. Agora – o poema é um só: “Já passou”. A visão é como a deum piscar de olhos, que fica cada vez mais rápida, confusae intensa.

26. Mesmo – um lápis movimenta-se sob superfície branca es-crevendo, entre outras frases: “Eu em mim mesmo”.

27. ABC – o poema é pequeno: “abc/acaba”. As letras brin-cam ao som da música que faz também uma citação de frag-

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material educativo para o professor-propositor

NOME – ARNALDO ANTUNES

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mento de Marchinha do amor de Lamartine Babo (“com aletra A começa o amor que a gente tem”, ...).

28. Se não se – frases/letras se sobrepõem às imagens debaralho, dinheiro, fósforos, botões, frutas, arroz, feijão, li-nhas, talheres, sapatos, areia.

29. Wherever – o título, que poderia ser traduzido por “seja emqualquer lugar”, prepara para ver, sob um fundo de texturaazul escuro e branco, as palavras now, “agora”, e here,“aqui”, se movem para criar nowhere, “em nenhum lugar”.

30. Alta noite – a imagem de um túnel, utilizada numa instala-ção de Tunga, se alterna com paisagens da natureza, ruraise urbanas, acompanhadas pela conhecida música cantadapor Arnaldo Antunes e Marisa Monte.

O passeio dos olhos do professorPara ampliar sua percepção sobre o documentário, você podeassisti-lo escrevendo ou desenhando. Assim, você inicia seu diá-rio de bordo. Uma pauta do olhar pode ajudá-lo nesse registro inicial.

O que a longa duração desta coletânea de clipes despertaem você?

Quantas linguagens artísticas estão presentes?

O que chama mais sua atenção quanto às linguagens torna-das híbridas por Arnaldo Antunes?

De que modo a contaminação das várias linguagens modifi-ca a experiência estética da poesia?

A palavra é a “matéria” dos clipes?

Quais questões os clipes ou vídeos-poema provocam emvocê? E quais despertariam em seus alunos?

O que você imagina que seus alunos gostariam de ver? Oque causaria atração ou estranhamento?

Que escolhas você pode fazer e que fios condutores esco-lheria para gerar projetos com seus alunos?

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qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

Zarpando

procedimentos

ferramentas

suporte

experimentação, transformação de técnicas,procedimentos técnicos inventivos

ruptura do suporte

digitalização de imagens e sons,câmera de vídeo, internet

Materialidade

Forma - Conteúdo

elementos davisualidade

caligrafia, linha, textura,forma expressiva, espaço

temáticas

relações entre elementosda visualidade

figurativas; não-figurativas;contemporâneas: arte e vida, corpo,re-sensibilização dos sentidos, subjetividade

movimento, ritmo, repetição,sobreposição, tempo

SaberesEstéticos eCulturais

história da arte

sistema simbólico

sociologia da arte

arte contemporânea, arte concreta

artista e sociedade, reprodutibilidade,distribuição da arte

signo, símbolo, sistema simbólico,linguagem para além da aparência

Linguagens Artísticas

meios tradicionais

pintura, desenho

artesvisuais

meiosnovos

poesia, poesia concreta,poesia visual, palavra

tipografia, imagem e palavra

linguagens híbridas, fotografia, colagem, objeto,performance, instalação, poéticas visuais, videoarte

linguagensconvergentes

música

literatura

interpretação sonora, trilha sonora, rock brasileiro,MPB - música popular brasileira

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciasda natureza

meio ambiente, corpo, sexualidade

arte e ciênciashumanas

filosofia, antropologia, história

arte, ciênciae tecnologia

digitalização de imagens

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A partir de seus registros e da escolha do foco de trabalho, quaisquestões você incluiria numa pauta do olhar para o passeio dosolhos dos seus alunos por esta coletânea de clipes? Você cha-maria outros professores para participar? Envolveria outrasáreas do conhecimento?

Percursos com desafios estéticosA forte conexão com a disciplina de língua portuguesa convocapara projetos interdisciplinares. O mapa potencial apresentatrilhas possíveis, abertas a ampliações por caminhos específi-cos do estudo de língua. As propostas a seguir pretendem im-pulsionar projetos e são apresentadas para você recriar, trans-formar e inventar.

O passeio dos olhos dos alunos

Algumas possíveis proposições para iniciar:

Arnaldo Antunes é um artista que também é divulgado pelamídia. O que os alunos conhecem sobre ele? Trazer notíciasem revistas e jornais pode ser o início para a exibição deuma parte da coletânea de clipes.

O que é água? Como ela tem sido tratada nas artes visu-ais? E na música? E na ciência? Os alunos conhecem a suafórmula? Esta primeira conversa, ampliada ou não com pes-quisas em grupo, pode preparar os alunos para a exibiçãodo clipe 21 – Água. O poema de Arnaldo Antunes consisteem uma palavra apenas: “H2Omem”. Como você pode pro-vocar os alunos para a percepção da sonoridade, davisualidade e da palavra inventada pelo poeta? A proble-matização gerará curiosidade para saber e ver mais?

O que a exibição do clipe 7 - Cultura pode desencadear nosseus alunos? Você pode pedir para que observem uma vez.Depois de levantar as questões, exiba novamente para quea observação fique ainda mais apurada. Ou comece pelopoema, para depois exibir o clipe.

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material educativo para o professor-propositor

NOME – ARNALDO ANTUNES

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o girino é o peixinho do sapo/ o silêncio é o começo do papo/ o

bigode é a antena do gato/ o cavalo é pasto do carrapato

o cabrito é o cordeiro da cabra/ o pescoço é a barriga da cobra/ o

leitão é um porquinho mais novo/ a galinha é um pouquinho do ovo

o desejo é o começo do corpo/ engordar é a tarefa do porco/ a

cegonha é a girafa do ganso/ o cachorro é um lobo mais manso

o escuro é a metade da zebra/ as raízes são as veias da seiva/ o

camelo é um cavalo sem sede/ tartaruga por dentro é parede

o potrinho é o bezerro da égua/ a batalha é o começo da trégua/

papagaio é um dragão miniatura/ bactérias num meio é cultura

Outras idéias podem ser criadas para que a experiência esté-tica e a curiosidade sejam instigadas por meio dos clipes, in-centivando a continuidade de um projeto.

Ampliando o olharA leitura do poema Imagem pode ser experimentada pelosalunos de diversas maneiras: primeiro, a leitura silenciosa;depois, as leituras em voz alta, com a entonação de cadaaluno; e, depois, o modo como o poeta nos apresenta noclipe 21. Novas criações verbais e visuais podem ser produ-zidas a partir dele, podendo ser ampliadas com questõesespecíficas da língua portuguesa.

imagem lê

palavra contempla

paisagem assiste

cinema vê

cena enxerga

cor observa

corpo vislumbra

luz avista

vulto mira

alvo admira

céu examina

célula nota

detalhe fita

olho olha

Uma pesquisa sobre tipografia pode mostrar como os tiposde fontes dão qualidade diferente para as palavras. É fácil

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perceber a diferença da escrita, por exemplo, de nomes deperfumes, de brinquedos, de carros nas propagandas emesmo nos títulos de livros. Se houver possibilidade, vocêpode mostrar, no computador, as fontes com seus nomes,tipos de letras com e sem serifas13 , itálico e negrito. A cri-ação de tipos de letras para a escrita do próprio nome ou depequenos poemas visuais pode levar a uma nova experiên-cia com a poesia.

A caligrafia pessoal está muito presente nos vídeos-poemade Arnaldo Antunes. Como ampliar o olhar dos alunos paraa própria caligrafia?

A partir da escolha de cinco palavras presentes nos títulosdos clipes ou retiradas de um levantamento com os alunos,você pode questionar: por que escolheram essas palavras enão outras? O que podemos fazer com elas? Criar poemasconcretos ou visuais? A significação das palavras, a sonori-dade, a visualidade, utilizando a repetição e sobreposição,pode evidenciar como cada palavra carrega consigo váriassignificações potenciais.

A ordem da escrita, a repetição de letras, os sentidos po-tenciais das palavras e das imagens são recursos utilizadospor Arnaldo Antunes. Será interessante rever o vídeo-poe-ma Sol ouço, clipe 12, e outros para alimentar as produçõesdos alunos, criando também seus poemas visuais.

Um varal literário, com as produções dos alunos e aspesquisadas por eles, pode gerar sessões de leitura. A lei-tura dos poemas em voz alta abre espaços para a explora-ção dos recursos da sonoridade, assim como para os daexpressão corporal. Se os alunos nunca trabalharam essasoutras linguagens, com intenções expressivas, estimule umamelhor percepção dos gestos, corpos e sons. Ler o própriopoema ou de outros, individualmente ou em grupos, ampli-ará as possibilidades de interpretação poética.

Para discutir com seus parceiros educadores: herdadas dosrecursos “verbivocovisuais” da poesia concreta, os vídeos-

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material educativo para o professor-propositor

NOME – ARNALDO ANTUNES

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poema de Arnaldo Antunes, assim como os clipes-poemade Augusto de Campos, testemunham a visualidade napoesia. Para o professor, crítico e poeta Omar Khouri14 hátrês formas principais de visualidade na poesia:

1. Aquela evocada pelas palavras (a projeção de uma imagem na re-

tina da mente). 2. A emprestada ao poema, necessariamente, pelo

registro da escrita. 3. A visualidade que entra como um propósito do

fazedor, que explora os recursos da escrita, do desenho, da cor, etc.

Ela comparece tanto nos poemas figurativos como nas verdadeiras

fusões de códigos. E a poesia que aqui se situa não tem as mais avan-

çadas tecnologias; transita pelos vários meios; poesia aberta às pos-

sibilidades-mil do hoje.

Conhecendo pela pesquisaA poesia concreta intensificou a especificidade da própria lin-guagem poética, a materialidade do poema e sua autonomiareafirmada pelas invenções contemporâneas, que se utilizamde todas as mídias, como linguagens híbridas. A forte conexãocom a disciplina de língua portuguesa convoca para projetosinterdisciplinares. Qual curadoria educativa conjunta poderiaser feita na escolha de poemas e poetas? Décio Pignatari,Augusto de Campos, Arnaldo Antunes, Haroldo de Campos,Edgard Braga, Ronaldo Azeredo, Pedro Xisto? Na bibliografia,indicamos alguns livros e sites para pesquisa e estudo.

Se houver possibilidade em sua escola, leve seus alunos aolaboratório de informática para pesquisarem nos sites. Elespoderão perceber melhor a idéia de poemas interativos, comoo de Arnaldo Antunes disponível em: <www.arteria8.net>,acessado em 28 mar. 2006.

Por que o ser humano começou a nomear os objetos? Porque criou as várias linguagens? Um nome é a coisa nomea-da? A leitura do poema Nome não e, depois, revê-lo na co-letânea (clipe 10) abrirá novo espaço de compreensão.

os nomes dos bichos não são os bichos/ os bichos são:/ macaco gato

peixe cavalo/ vaca elefante baleia galinha.

os nomes das cores não são as cores/ as cores são:/ preto azul

amarelo verde vermelho marrom.

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os nomes dos sons não são os sons/ os sons são.

só os bichos são bichos/ só as cores são cores/ só os sons são/ som

são, som são/ nome não, nome não/ nome não, nome não.

os nomes dos bichos não são os bichos/ os bichos são:/ plástico pedra

pelúcia ferro/ madeira cristal porcelana papel.

os nomes das cores não são as cores/ as cores são:/ tinta cabelo

cinema sol arco-íris tevê.

os nomes dos sons não são os sons/ os sons são.

só os bichos são bichos/ só as cores são cores/ só os sons são/ som

são, nome não/ nome não, nome não/ nome não, nome não.

Os nomes dos bichos são macaco, gato, mas também plás-tico, pedra, pelúcia. Os nomes das cores são preto, azul,mas também tinta, cabelo... A palavra é um sistema simbó-lico inventado e reinventado pelo homem cercado por suacultura. Uma palavra pode ganhar sentidos muito diversosde acordo com seu contexto e tempo histórico. Assim, tam-bém os códigos das outras linguagens são invenções. Vocêpode propor produções que explorem as linguagens visu-ais, corporais e sonoras. Um exemplo: a investigação sobreas texturas dos bichos (pele, pêlo, pena, escama, casca)pode ser ampliada tanto na busca de imagens, como naobservação dos animais e de obras que os representam.Depois, é possível que os alunos escolham um de seus ani-mais preferidos e pesquisem as suas texturas, traduzindo-as visualmente em papel cartão preto com tinta, giz de cera,lápis de cor ou em argila ou massinha. Um mural pode serorganizado com a escolha de uma categoria para a classifi-cação, finalizando com a sua leitura e a socialização das ex-periências perceptivas.

A leitura do livro Bicho de artista, de Katia Canton, ou de Pedroe o lobo, de Serguei Prokofiev, pode estimular uma pesquisasobre outros artistas visuais, poetas e músicos que criarama partir do mundo animal. O que os alunos podem inventar apartir daí? Uma pesquisa sonora? Uma orquestra de bichos?O que poderá ser pesquisado sobre a linguagem musical?

A partir da leitura do livro Parece mas não é: descubra umaterra onde as coisas não são o que parecem, de Joan Steiner,

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material educativo para o professor-propositor

NOME – ARNALDO ANTUNES

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e do clipe 19 - O macaco, você pode gerar proposições emque objetos selecionados sejam transformados em outros pormeio da linguagem visual bi e/ou tridimensional. Vale fazerdesenhos, pinturas, colagens e outros objetos com sucata ououtros materiais. Os conceitos de aparência, de elementosopostos e antagônicos podem ser melhor explorados.

A performance adveio, sobretudo, das artes plásticas, e nãodo teatro, apesar de haver antecedentes cênicos futuristase dadaístas. Arte efêmera, única, a performance não serepete e, se assim acontece, nunca da mesma forma, resul-tando geralmente em algum tipo de documentação (vídeo,filme, livro, foto) destinado ao circuito de arte. As ações deJoseph Beuys, os parangolés de Hélio Oiticica, os objetosrelacionais de Lygia Clark, as performances de ArnaldoAntunes criam presenças corporais, nas quais o artista é aprópria mídia e materialização de sua obra-conceito. Essepode ser um foco para a pesquisa de alunos maiores.

Desvelando a poética pessoal

A exploração das linguagens artísticas, por meio de uma sérieindividual de trabalhos, na linha da poesia visual, pode desve-lar uma nascente poética pessoal, relacionada com um modosingular de perceber o mundo. A criação é fruto dessa visão,uma vez que cada pessoa constrói os seus conhecimentos apartir da sua história de vida, das culturas, do contexto e dasrelações humanas que vão sendo alimentadas dia a dia.

Amarrações de sentidos: portfólio

A organização de um portfólio por cada aluno ou grupo de alu-nos – pode ser uma caixa, uma pasta, um álbum –, com o regis-tro das produções e pesquisas, junto a reflexões sobre o quefoi mais significativo, o processo de criação e as descobertas,pode ser realizada como uma poesia visual.

Talvez você tenha iniciado seu portfólio quando assistiu ao DVD,colocando nele os registros de todas as ações realizadas, as

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pesquisas pessoais e suas observações reflexivas. Com o seuportfólio e com os dos alunos, será possível levantar o que foimais significativo para todos neste projeto.

Valorizando a processualidadeA organização de um seminário para que os alunos apresentemseus portfólios, seguido de uma boa conversa e a análise sobreeles, pode dar respostas a algumas questões: o que compreen-deram sobre a poesia e as linguagens híbridas? Que conceitosforam mais importantes? Quais as dificuldades vividas duranteo processo? O que eles gostariam de repetir?

Que outro DVD e seu material educativo você poderia buscar,na DVDteca Arte na Escola, para continuar estimulando ascuriosidades provocadas e iniciar um novo projeto?

GlossárioInstalação – obra que ocupa uma sala inteira de um aglomeramento deobjetos disparatados, como palavras, vídeos, fotos de objetos comuns,como latas de cerveja, comentando assuntos políticos do momento. Em-bora os objetos não pareçam ter relação entre si, espera-se que o espec-tador chegue ignorante no ambiente e saia esclarecido sobre algum temacontroverso que o artista lhe revela. Fonte: STRICKLAND, Carol;BOSWELL, John. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. Riode Janeiro: Ediouro, 1999.

Performance – um evento montado para apresentar o artista falando,cantando ou dançando, a arte performática exige que o artista use o corpodiante de um público. Fonte: STRICKLAND, Carol; BOSWELL, John. Arte

comentada: da pré-história ao pós-moderno. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.

Poesia visual – “Pode ser definida por: produto literário que se utiliza derecursos (tipo)gráficos e/ou puramente visuais, de tendência caligramática,ideogramática, geométrica ou abstrata, cujo centramento gráfico-visualnão exclui outras possibilidades literárias (verbais, sonoras etc.).” Fonte:<www.artewebbrasil.com.br/marcelo/poesia_visual.htm>.

Símbolo/sistema simbólico – é portador de significação e se caracteri-za pela versatilidade e não pela uniformidade. A linguagem verbal, a arte,o mito e a religião para o filósofo Cassirer (1874-1945) são parte do uni-verso simbólico construído pelo ser humano. Fonte: CASSIRER, Ernest.Ensaio sobre o homem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

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material educativo para o professor-propositor

NOME – ARNALDO ANTUNES

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BibliografiaDOMINGUES, Diana (org.). A arte no século XXI: a humanização das

tecnologias. São Paulo: Ed. da Unesp, 1997.

MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. Terezinha Telles.A língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

PILLAR, Analice Dutra (org.). A educação do olhar no ensino das artes.Porto Alegre: Mediação, 1999.

PILLOTTO, Silvia S. D; CABRAL, Rozenei M. W; SCHRAMM, Marilenede L. K. (org.). Arte e o ensino da arte. Blumenau: Nova Letra, 2004.

___; SCHRAMM, Marilene de L. K. (org.). Reflexões sobre o ensino das

artes. Joinville: Ed. Univille, 2001.

POESIA concreta. Sel. notas, est. biogr. hist. e crít. Iumna Maria Simon e Viniciusde Avila Dantas. São Paulo: Abril Educação, 1982. (Literatura comentada).

Bibliografia de arte para crianças

BARROS, Manoel de. Cantigas por um passarinho à toa. São Paulo:Record, 2003.

___. Exercícios de ser criança. São Paulo: Salamandra, 1999.

CANTON, Katia. Bicho de artista. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

FALCÃO, Adriana. Mania de explicação. São Paulo: Salamandra, 2001.

___. Pequeno dicionário de palavras ao vento. São Paulo: Planeta do Brasil, 2003.

PAES, José Paulo. Poemas para brincar. São Paulo: Ática, 1990.

SISTO, Celso. Porque na casa não tinha chão. Belo Horizonte: Dimensão, 1997.

Seleção de endereços sobre arte na rede internet

Os sites abaixo foram acessados em 28 mar. 2006.

AGUILAR, José Roberto. Disponível em: <www.mac.usp.br/exposicoes/99/secarte/obras/aguilar.html>.

ANTUNES, Arnaldo. Disponível em: <www.arnaldoantunes.com.br>.

___. Disponível em: <www.cliquemusic.com.br/artistas/arnaldo-antunes.asp>.

BANDA PERFORMÁTICA. Disponível em: <www.bandaperformatica.com.br>.

PEDRO E O LOBO, de Prokofiev. Disponível em: <www.unicamp.br/nidic/pedro_e_o_lobo_estoria.htm>

POESIA CONCRETA. Disponível em: <www2.uol.com.br/augustodecampos/yaleport.htm>.

SILVEIRA, Walter. Disponível em: <www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/comunica/video/gnovis/walters/index.htm>.

TITÃS. Disponível em: <http://titas.letras.terra.com.br>.

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Notas1 ANTUNES, Arnaldo. Sobre a origem da poesia. Incluído no libreto doespetáculo 12 poemas para dançarmos, 2000. Disponível em: <www.arnaldoantunes.com.br/sec_textos_list.php?page=1&id=27>. Acesso em28 mar. 2006.2 O Colégio Equipe/São Paulo, em 1975, “desenvolve forte trabalho dearte-educação. Serginho Groissman está à frente da programação musi-cal do Centro Cultural do Equipe, que apresenta shows de artistas comoNelson Cavaquinho, Cartola, Clementina de Jesus, Caetano Veloso, Gil-berto Gil, entre outros.” (...) Lá, Arnaldo conhece Branco Mello, SérgioBritto, Paulo Miklos, Ciro Pessoa, Nando Reis e Marcelo Fromer. Começaa compor bastante com Paulo, que é da mesma classe. Dos Titãs, só oBellotto e o Charles não estudaram no Equipe. Fonte: <www.arnaldoantunes.com.br/sec_biografia.php>. Acesso em 28 mar. 2006.3 Fonte: <www.arnaldoantunes.com.br/sec_biografia.php>. Acesso em28 mar. 2006.4 O artista plástico Nuno Ramos está presente na DVDteca Arte na Es-cola, em documentário alocado no território da Materialidade.5 O artista multimídia Walter Silveira realizou também o vídeo experimen-tal Minha viagem em Wesley Duke Lee d’o helicóptero à Fortaleza de

Arkadin, que compõe a DVDteca Arte na Escola.6 Integrantes do grupo na época de sua formação: Antunes (vocal), Miklos(vocal e sax), Britto (vocal e teclado), Mello (vocal), Reis (baixo e vocal),Pessoa (vocal), Fromer e Bellotto (guitarras) e Jung (bateria).7 Fonte: <www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/comunica/video/gnovis/aantunes/index.htm>. Acesso em 28 mar. 2006. Vide, tam-bém, fonte da nota 1.8 Fonte: <www.arnaldoantunes.com.br/sec_textos_list.php?page=1&id=73>. Acesso em 29 mar. 2006.9 Fonte: <www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/comunica/video/gnovis/aantunes/index.htm>. Acesso em 28 mar. 2006.10 Os clipes-poemas foram publicados no livro Não, de Augusto de Campos (SãoPaulo: Perspectiva, 2003) e alguns deles podem ser vistos em: <www2.uol.com.br/augustodecampos/clippoemas.htm>. Acesso em 28 mar. 2006.11 Fonte: <www2.uol.com.br/augustodecampos/yaleport.htm>. Acessoem 28 mar. 2006.12 Todos os poemas do DVD encontram-se no site: <www.arnaldoantunes.com.br>.13 Serifa é o traço ou barra que remata cada haste de certas letras, de um ou deambos os lados. Fonte: Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa.14 Fonte: <www.imediata.com/BVP/texts/portugues>. Acesso em 28 mar.2006. O autor também considera a denominação poesia visual insuficiente,nomeando-a como “poesia intersemiótica inter/multi-mídia da era pós-verso”.

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