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Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A ANO I RIO, SEMANA DE 16 A 22 DE OUTÜMO DE 1W - N.° 34 REDAÇÃO: AVENIDA RIO BRANCO, N.° 257 - SALAS 1711/1712 Foi noticiado nos lomiws conft«ia*clo eatM-ofl- r-ialmenlt. por eèemehkMS do governo ojtm o Deparla- mento ele Estado norte amerioano voltou a pressionar as autoridades do pais, tentando' evitar a Wnerventíãfi efetiva nos frigoríficos estrangeiro». Diante da dispo- sieáo do presidente da COFAP, general Ururahy Maga- Ihães, em continuar as medidas que levarão ao con trõle completo pelo estado do mercado da carne, o em baixador do Brasil no* Estados Unidos, Valter Moreira Sales, foi eoncltado pelo Departamento de Estado' a advertir o governo brasileiro da «má repercussão» que a medida teria nos círculos norte-americanos. Ao que se informa, a advertência foi transmitida pelo elnliai- xador 'Moreira Sales ao ministro do exterior, HoráOio l.afer, que, depois de comuriicafr o: Fato ao presidente ela República, procurou demover o yenera-l Untrhi de seu propósito de intervir nos frigoríficos.. , Por sua vez., os sócios e «amigos» dos monopólios da carne trataram de aproveitar as vacilações do go- vêrno do sr, Kubitsehek para forçar a capitulação da COFAP e impor a «solução» de costume: aumentar os preços. Em sua obra rmpa.riótica e antipopular- o.s mosqueteiros do ir. Valentim Bouças foram auxiliados pelas associações comerciais, pela Federação e Centro das Indústrias de íftio Paulo e, como não podia deixar de ser, latifundiários da Confederação Rural Brasileira. Estes últimas, face à perspectiva de perderem o «direi- 1c» de explorar os pequenos pecuaristas e o.povo brasi- leiro, perdem as estribeiras e chegam a ameaçar abei- lamente de esconder o gado ft. inclusive, chacinar os bois para nào perder o monopólio e com èle, a possibill- dade de impor preços. Diante desta flagrante e Inaceitável ingerência es- Irangeira em nossos assuntos, e dug objetivos reacio- nàrios e antipopulares dos monopólios e seus protetores, o movimento nacionalista brasileiro não poderia perma- necer apático. No Congresso, vários deputados, enlre eles os srs. Nciva Moreira, Gabriel Passos, Bocaiúva Cunha, Mário Tamborinilengny e Osvaldo Lima FiUio. denunciaram veementemente a Intromissão norte-ame- ricaha e apontaram a necessidade de medidas mais drásticas.e efetivas para acabar com a exploração dos barões da carne. Os operários, por intermédio dos presidente» das confederações nacionais dos trabalhadores da indús- Iria, do comércio, dos transportes terrestres e dos esta belecimentos de crédito, rias federações nacionais dos marítimos, ferroviários, jornalistas, aeroviáriós e deze- nas de outros representantes das várias categorias e dos sindicatos do Distrito Federal, resolveram dar in- teiro apoio a decisão de intervir efetivamente nos frl- gorificos e invernadas. Neste sentido, foi eleita uma co- missão para levar ao general Ururai a posição da Os estudantes, por iniciativa 'da União Nacional do« Estudantes apoiada por várias entidades de se- (Conclui í.' PM.) DIREITO GREVE At organizações sindicais brasileiras estão deferi- «tendo es interesses virais dos trabalhadores quando se empenham na kita pelo aprovação do projete de lei.de greve originário da Cornara Federal, contra e substitutivo fascista do senador Jefferson Aguiar. Êste substitutivo é uma provocação infame contra o movi- mento operário brasileiro. E' uma edição traduzida e piorada da célebre lei macartista Toft-Hortley, apro- voda nos Estados Unidos durante a «guerra fria» e que acaba de ser aplicado contra os metalúrgicos americanos em greve. " Segundo'oprbjeto Jefferson, não é oos trabalha- dores, nem aos seus sindicatos, que cumpre decidir sôbre a greve. Cabe ao Ministério do Trabalho, ao Conselho de Segurança Nacional e à Justiça do Tra- balho resolver quem poderá fazer greve, onde se po- dera fozer greve, quando se poderá fazer greve, co- mo se poderá fazer greve e até mesmo se se poderá fazer greve... Segundo a concepção desse sena- dor retrógrado e tacanho, os operários brasileiros seriam, convertidos num rebanho de inconscientes, tangidos por autoridades estranhas em seus inte- rêssese que, como a vida tem provado, quase sem- pre se colocam a serviço dos exploradores. O projeto do senador Jefferson é fruto de uma manobra articulada na sombra pelos bonzos reacio- nários do PSD e do governo, mancomunados com agentes do imperialismo norte-americano como o co- ronel Humberto (FBI) de Melo. Querem urna lei anti- greve para algemar a classe operária, que é a luta- dora mais firme pela soberania nacional e pela le- galidade democrática. Isto permitiria, segundo pen- sam, avançar no caminho das concessões aos mono- pólios estrangeiros e restringir as liberdades públicas. O plano que inspira esse projeto deve ser denun- ciado à nação como um plano terrorista e antinacio- nal. Os operários brasileiros, conscientes e organiza- dos, não renunciarão à greve, seja qual fôr a lei em vigor. está moribundo o decreto fascista 9.070 reduzido a um pedaço de papel sujo, pisoteado pelo massa operária em greve. Com o projeto de Jefferson, o que os reacionários querem é uma base legal para atacar o movimento operário. Uma lei para justificar a repressão às greves que ninguém poderá evitar. Uma lei para transformar o Brasil na Argentina con- flagrada de Frondizi. Seu objetivo evidente é inter- romper o processo democrático em desenvolvimento no país para servir aos esquemas antinacionais do De- , parlamento de Estado norte-americano. Ainda tempo para que o Senado enterre a «ca- misa de força» antioperária e aprove o projeto ori- undo da Câmara dos Deputados. Para isso é neces- sório, no entanto, que os trabalhadores se ergam num poderoso movimento capaz de assegurar, sem restri- "es, a vigência do direito constitucional de greve. ke Operária (Artigo oeROGeR CA- RAUDY, na 9.' página, sôbre a decisão do Va- ticano de proibir o mo vimento dos padres- operários) umimuiii «im Miit i1 im in'ii i'ii C OIlMiVs InIimi POSIÇÃO PATRIÓTICA DO GEKERALURURAI 5' '..-.... {f -'*ss TwWÊÊlÉmÈ %<rf(«.«)B<>'.*W À frente da COFAP, o general Ururai tem se mantido firme ao defender a necessidade de intervenção nos frigoríficos para assegurar o aba*, teehnento de carne aos grandes ren.ro». Assim agindo, lie procura resguardar nosso peís da- et» pioreeao das empreses estrangeiras. Pró-JLoU Serão Criai!©* em Todo o País (Noticiário na 3." página) Kfí^^F'^" ROMBO NO MONOPÓLIO DO PETRÓLEO (6.» PAGINA) jBm~^'- t.*M MM ' ÉÊÈm 1 H ¦¦ MMmM' JU $$&8^M H^ciifl^H&flI^HW ¦.¦¦¦¦^¦¦¦¦-¦' -t$m\mmffl*ÍM?&£mm ^fl ;.^lEHS^W.^Sfl ^k^I^HMM^^Mm BBI^Bf^Bmm- '-' **¦¦:::.;. -¦••wSsMzsáf^mè- ¦¦mmmWmmm 'iW^JÉi ¦ «IB-r9 BmmhWmLimW '^mmmmst^^mmmmmmm "MWwmmmmB*Wm\&m¥m\M ÉKm'mmW£ P^^TTiIP *irA\ mWÊmmmmàíAk ^wWkáf - aM#7i* ^* ,':mm>:M wmm\mm\\Wm\wÚÊÊS^K .'sim* 'ém MT M /OÊsmMmmY^istW-ih'¦¦'¦•'ssMM^'-<W^fs^sr9^mW'r'^¦¦"'¦¦sMmm^Hk^^èB \mMi3MWr àMM*'-'¦¦'- MM T%m m§&. ¦¦»•:-¦ •:-r.-flH '¦''-íi-rJjs ¦ mtBfl m) Jtm mmW.Am WM m "*&" %& --O flmmm ãmmm ¦¦<:ipBPmM-i^^^Ê^^^^^^^'.^-)^^êÉÍ^^m\\v'ÁmwttÀmmm^H :W:Mm mm$$&È8$fâW&W*;<^*í,:Sí^»fBHKí¦' '-'^MMmMm:''¦> '¦¦¦ Mm\WS*fÀmm^h wMmSMMÊmmWÈÊÊk m M '-MM[K{M ^K^tej> J^M8^^ '"' i^ks^íiaistlmmW ¦^^mmW^st^^mtmm\- ¦¦-Mm*mm lilBI ll/' ./:^i»-ríijr*:«^lP DISCURSO DE PRESTES MA CHINA Prestes assistiu em Pequim às festas da Revolução Chinesa. Juntamente com liberes comunistas de outros paises da América Latina, palestrou com Hao Tse- Tung. O lider comunista brasileiro visitou em seguida algumas regiões do país. Aqui vemo-lo nas soleni- dades de 1- de outubro na Capital chinesa. O terceiro à direita é o dirigente comunista slcüicmo U Causi, que chefiou a delegação do Partido Comunista Italiano. ^.a 3.' página damos o texto do discurso pronunciado por Prestes na solenidade comemorativa da fundação da China Pop"-»*- CONFEDERAÇÕES SINDICAIS DECIDIRAM: Direito De Greve Sem Restrições (Leia, na 2." página, as resoluções tomadas pelas mais importantes entidades sindicais do país)

Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A · 2015-02-26 · Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A ANO I — RIO, SEMANA DE 16 A 22 DE OUTÜMO

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Cresce o Protesto Popular

l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1AANO I — RIO, SEMANA DE 16 A 22 DE OUTÜMO DE 1W - N.° 34

REDAÇÃO: AVENIDA RIO BRANCO, N.° 257 - SALAS 1711/1712

Foi noticiado nos lomiws • conft«ia*clo eatM-ofl-r-ialmenlt. por eèemehkMS do governo ojtm o Deparla-mento ele Estado norte amerioano voltou a pressionaras autoridades do pais, tentando' evitar a Wnerventíãfiefetiva nos frigoríficos estrangeiro». Diante da dispo-sieáo do presidente da COFAP, general Ururahy Maga-Ihães, em continuar as medidas que levarão ao contrõle completo pelo estado do mercado da carne, o embaixador do Brasil no* Estados Unidos, Valter MoreiraSales, foi eoncltado pelo Departamento de Estado' aadvertir o governo brasileiro da «má repercussão» quea medida teria nos círculos norte-americanos. Ao quese informa, a advertência foi transmitida pelo elnliai-xador 'Moreira Sales ao ministro do exterior, HoráOiol.afer, que, depois de comuriicafr o: Fato ao presidente elaRepública, procurou demover o yenera-l Untrhi de seupropósito de intervir nos frigoríficos. . ,

Por sua vez., os sócios e «amigos» dos monopóliosda carne trataram de aproveitar as vacilações do go-vêrno do sr, Kubitsehek para forçar a capitulação daCOFAP e impor a «solução» de costume: aumentar ospreços. Em sua obra rmpa.riótica e antipopular- o.smosqueteiros do ir. Valentim Bouças foram auxiliadospelas associações comerciais, pela Federação e Centrodas Indústrias de íftio Paulo e, como não podia deixarde ser, latifundiários da Confederação Rural Brasileira.Estes últimas, face à perspectiva de perderem o «direi-1c» de explorar os pequenos pecuaristas e o.povo brasi-leiro, perdem as estribeiras e chegam a ameaçar abei-

lamente de esconder o gado ft. inclusive, chacinar os boispara nào perder o monopólio e com èle, a possibill-dade de impor preços.

Diante desta flagrante e Inaceitável ingerência es-Irangeira em nossos assuntos, e dug objetivos reacio-nàrios e antipopulares dos monopólios e seus protetores,o movimento nacionalista brasileiro não poderia perma-necer apático. No Congresso, vários deputados, enlreeles os srs. Nciva Moreira, Gabriel Passos, BocaiúvaCunha, Mário Tamborinilengny e Osvaldo Lima FiUio.denunciaram veementemente a Intromissão norte-ame-ricaha e apontaram a necessidade de medidas maisdrásticas.e efetivas para acabar com a exploração dosbarões da carne.

Os operários, por intermédio dos presidente» dasconfederações nacionais dos trabalhadores da indús-Iria, do comércio, dos transportes terrestres e dos estabelecimentos de crédito, rias federações nacionais dosmarítimos, ferroviários, jornalistas, aeroviáriós e deze-nas de outros representantes das várias categorias edos sindicatos do Distrito Federal, resolveram dar in-teiro apoio a decisão de intervir efetivamente nos frl-gorificos e invernadas. Neste sentido, foi eleita uma co-missão para levar ao general Ururai a posição da

Os estudantes, por iniciativa 'da União Nacional

do« Estudantes já apoiada por várias entidades de se-

(Conclui í.' PM.)

DIREITO

GREVEAt organizações sindicais brasileiras estão deferi-

«tendo es interesses virais dos trabalhadores quandose empenham na kita pelo aprovação do projete delei.de greve originário da Cornara Federal, contra esubstitutivo fascista do senador Jefferson Aguiar. Êstesubstitutivo é uma provocação infame contra o movi-mento operário brasileiro. E' uma edição traduzida e

piorada da célebre lei macartista Toft-Hortley, apro-voda nos Estados Unidos durante a «guerra fria» e

que acaba de ser aplicado contra os metalúrgicosamericanos em greve.

" Segundo'oprbjeto Jefferson, não é oos trabalha-dores, nem aos seus sindicatos, que cumpre decidirsôbre a greve. Cabe ao Ministério do Trabalho, aoConselho de Segurança Nacional e à Justiça do Tra-balho resolver quem poderá fazer greve, onde se po-dera fozer greve, quando se poderá fazer greve, co-mo se poderá fazer greve e até mesmo se se poderáfazer greve... Segundo a concepção desse sena-dor retrógrado e tacanho, os operários brasileirosseriam, convertidos num rebanho de inconscientes,tangidos por autoridades estranhas em seus inte-rêssese que, como a vida tem provado, quase sem-

pre se colocam a serviço dos exploradores.O projeto do senador Jefferson é fruto de uma

manobra articulada na sombra pelos bonzos reacio-nários do PSD e do governo, mancomunados comagentes do imperialismo norte-americano como o co-

ronel Humberto (FBI) de Melo. Querem urna lei anti-

greve para algemar a classe operária, que é a luta-

dora mais firme pela soberania nacional e pela le-

galidade democrática. Isto permitiria, segundo pen-sam, avançar no caminho das concessões aos mono-

pólios estrangeiros e restringir as liberdades públicas.O plano que inspira esse projeto deve ser denun-

ciado à nação como um plano terrorista e antinacio-

nal. Os operários brasileiros, conscientes e organiza-

dos, não renunciarão à greve, seja qual fôr a lei em

vigor. Aí está moribundo o decreto fascista 9.070

reduzido a um pedaço de papel sujo, pisoteado pelomassa operária em greve. Com o projeto de Jefferson,

o que os reacionários querem é uma base legal paraatacar o movimento operário. Uma lei para justificara repressão às greves que ninguém poderá evitar.

Uma lei para transformar o Brasil na Argentina con-

flagrada de Frondizi. Seu objetivo evidente é inter-

romper o processo democrático em desenvolvimento

no país para servir aos esquemas antinacionais do De-

, parlamento de Estado norte-americano.Ainda há tempo para que o Senado enterre a «ca-

misa de força» antioperária e aprove o projeto ori-

undo da Câmara dos Deputados. Para isso é neces-

sório, no entanto, que os trabalhadores se ergam num

poderoso movimento capaz de assegurar, sem restri-"es, a vigência do direito constitucional de greve.

keOperária(Artigo oeROGeR CA-

RAUDY, na 9.' página,

sôbre a decisão do Va-

ticano de proibir o mo

vimento dos padres-

operários)

umimuiii «im Miit i1 im in'ii i'ii

C OIlMiVs InIimi

POSIÇÃO PATRIÓTICA DO

GEKERALURURAI

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À frente da COFAP, o general Ururai temse mantido firme ao defender a necessidade deintervenção nos frigoríficos para assegurar o aba*,teehnento de carne aos grandes ren.ro». Assimagindo, lie procura resguardar nosso peís da- et»pioreeao das empreses estrangeiras.

Pró-JLoUSerão Criai!©* em Todo o País

(Noticiário na 3." página)Kfí^^F'^"

ROMBO NOMONOPÓLIODOPETRÓLEO

(6.» PAGINA)

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DISCURSODE PRESTESMA CHINA

Prestes assistiu em Pequim às festas da RevoluçãoChinesa. Juntamente com liberes comunistas de outrospaises da América Latina, palestrou com Hao Tse-Tung. O lider comunista brasileiro visitou em seguidaalgumas regiões do país. Aqui vemo-lo nas soleni-dades de 1- de outubro na Capital chinesa. O terceiroà direita é o dirigente comunista slcüicmo U Causi,que chefiou a delegação do Partido Comunista Italiano.

^.a 3.' página damos o texto do discurso pronunciadopor Prestes na solenidade comemorativa da fundaçãoda China Pop"-»*-

CONFEDERAÇÕES SINDICAIS

DECIDIRAM:

DireitoDe GreveSemRestrições(Leia, na 2." página, as resoluçõestomadas pelas mais importantes

entidades sindicais do país)

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PAGINA 2 NOVOS RUMOS 16 a 22 - 10 - 1959

O Escritor Guilherme Figueiredo Sobre o Aniversário Da China Popula

O escritor e teatrólogo Guilherme Fi-gueiredo foi um elos intelectuais brasileirosconvidados a assistir aos festejos da fun-dação da República Popular da China. DePequim, Guilherme Figueiredo escreveupara o «Diário da Noite» (Diários Associa-doe) suas impressões do que viu na eapi-tal chinesa. Dado o interesse existente emnosso país ix>r tudo quanto se relacionaoom a Nova China, reproduzimos, «data vê-nia» a magnífica reportagem de GuilhermeFigueiredo,

Cinco Milhões De PessoasNa Maior Festa Do Mando

PEQUIM, l do outubro — Via Aeroflot. Ae-roliníia» Tcheco-eslovacas e Pauulr do Brasil —Esta reportagem precisa nor Iniciada com a de-clanição do qu« n «eu autor nAo è comunista eque velo a Pequim a convite do governo da Re-pública PopuIur da China como Jornalista dos«Diários Associados» e oomo autor teatral queposmii uma peça representada no Teatro Popularde Arte da capital chinesa. Tal declaração éneccttfAria porquo o quo aquilo que presenciou ee«tA presenciando o sen autor excede todas m ex-poctatlvas o porquo, embora se atenha h puraobjetividade, esta pode parecer excessivo entu-slasmo, ft vista do que vem observando. Entre-tanto, o que vai descrito aqui 6 uma pálida Ima-gem do que 5.000 convidados, de 72 noçfles, es-tfto observando.

Estou escrevendo quase à meia-noite, depoisdo quatro horas de desfilo o duas horas de fogo»do artifícios que se prolongam noite a dentro,com damas populare* que reúnem um milhãode pcsHOiw numa das maiores praças do mundo.Até o ano passado, essa pra<;u não existia aluda;hoje, de um de seus lados, paralela ao antigo pa-lácio imperial transformado em Parque de Cultu-ra Proletária, corre a avenida da Paz Permanen-te, extensa de vAriog quilômetros e oom rem me-tros de largura. A praça £e estende diante dopagodo imperial, ondo ficam os convidados es-peclai» de solenidade* como a de hoje. Dog Ia-dos, à direita e i- esquerda, estio o Edifício doParlamento e o do Museu Histórico da RepAbli-ca, coda um dMeg com mais «le duzentos metrosdo fachada. Sfto enormes monumentos, que cer-cam os 250.000 metros quadrados da praça, acujo fundo se vttem ainda os pagodes da VelhaChina, que a República conserva eom carinho.Ao centro, há o Monumento aos Heróis da Pá-fria, com uma legenda do Mao-Tsc-Tung, poeta,teórico e homem do açüo do Partido ComunistaChlnOs.

UM BANQUETE DE CINCO MIL TALHERES

Na tarde do ontem, Jovens do ambos os se-xofl foram uo aeroporto d» Pequim esperar osúltimos convidados, chegados do todas a» partesdo mundo, para as comemorações. Eram jorna-listas, lideres revolucionários, repórteres, que vi-nham no mesmo avi&o TU-104 que trouxe, deMoscou o chefe do Partido Trabalhista InglôsGaltlskoll, numa viagem de 11 horas e apenasdois pousos, em Omsk e Irkurstk. Traziam fK>-res, cada um dMes falava a lingua do pais cujorecém-chegado tinham de acompanhar, e cadaqual conduzia o seu hospedo a um automóvel so-vlf-tlco Volgn — dos últimos importados, pois aRepública Chinesa começa a lançar os primeiroscarros «Bandeira Vermelha» e «Pequim».

Mas já era tempo de seguir P»n» o banquete,realizado no mesmo Edifício «lo Parlamento onde,na véspera, no salão das solenidades, a seBS&o eo-memoratlva do dôclmo aniversário da Repúblicareuniu 10.000 convidados. Agora, u reunião Anoutro salfto, uni pouco menor: comporta cincomil pessoas sentadas <'m mesas dc dez lugares.Junto ao enorme estrado florido sentar-se-So emmesas Iguais os dirigentes chineses p seu princl-pai convidado o «premier» Krusehiõv, recém-che-

1 - Contra a inlromissão...>ConcIus4o d» 1.' piplna)

cunrtaristas e universitários de todo o pais. tomaram po-sição clara e firme em favor dos interesses nacionais,contra a exploração dos trustes estrangeiros e reivln-clicando dn governo a resolução definitiva do problema.

Cabo agora no povo brasileiro exigir Quo o governonão volte atrás dns medidas de intervenção já decre-tada, mas ainda não realizadas inteiramente, e sim,acabe com a exploração desenfreada dos frigoríficose iiivornisias. Que o governo sinta que, mais forte queo imperialismo e seus agentes e defensores, é o povobrasileiro.

MANIFESTAÇÃO POPULARVisando dar apoio popular ã intervenção decretada

pelo general Ururahy Magalhães, presidente da COFAP.no mercado da carne, principalmente nos frigoríficos einvernadas, será realizada hoje, sexta-feira, às 17,30lioras. uma concentração em frente à COFAP (edifícioda ABI, rua Araújo Porto Alegre). A concentração ó or-gani/.ada pela Mocidade trabalhista do Distrito Fede-ral p conta eom o apoio da União Nacional dos Estu-dantes, ria União Metropolitana dos Estudantes, riaUnião Brasileira dos Estudantes Secundários, da As-sociação Metropolitana de Estudantes Secundários e devários sindicatos.

Durante n manifestação, vários oradores deverãousar d.i palavra, expressando as criticas do povo ã açãoespoliadoia rios trustes ria .ame p sua exigência de queseja resolvido realmente o problema do abastecimentoria carne. Esporn-sc lambem o comparecimento do pre-sidenlo da COFAP. assim como de outras autoridades.A Mooiriarip Trabalhista e as eni idades estudantis esindicais convidam a população carioca a que inani-feste seu riPseontentamentn para eom os responsáveispela ittial ri-se rin carne,

ESTUDANTES GAÚCHOSPROTESTAM

PORTO ALEGUE'mn Correspondente) — O Movi-mento Estudantil Nacionalista, órgão qur congrega o.sestudante., nacionalistas cln Rio Grande do Sul, deu apúblico um manifesto denunciando as manobras espe-culativas dos frigoríficos estrangeiros na atual criseda carne. Diz o manifesto <iue não podíamos perma-necer omisso., quando êstp alimento indispensável à fa-milia brasileira ó estocado por aqueles grandes cartéisinternacionais iArmour, Swift, Wilson e Angloi, espe-ranrlo o aumento do preço paia ser lançado no mer-cado»,

Manifestam-se os estudantes gaúchos favoráveis àIntervenção ria COFAP, *ou mesmo militar, se necessá-rio fôr», e à nacionalização dos frigoríficos como ';aúnica solução capaz de beneficiar os que realmente(iccisam ser abastecidos: os lares de todo o país>.

gado de Moscou o de Nova Iorque. O banquete éuma apnwcntaç&o sumária da cozinha chinesa,com apenas uns doze pratos, além dos doce». VI-nhos chineses, louça» chinesas, adornos de flõ-rcM, nào faltando nem mesmo os palitos a se-r<mi usado» ft girisu de talher. Ao aifo, três dl-ferentes orquestra*, de poio menos cinqüenta fl-guras cada uma, desabam sobre og convivas mú-slca ocidental — Tchaikowskl, Brahmg — ou afluida harmonia de gongos « metal» da músicachinesa. Os convidados estio dispostos de modoa terem como comensais personalidades ligadasà sua profissão e interesses, e ainda um intór-preto capaz de pô-los em contato, S&o em geralestudantes de lingua*, que vão traduzindo aspalavras de Chou-En-Lai, o orador oficiai, e do«premier» Krusehiõv. De oito a meia-noite desfila aculinária chinesa e a oratória comunista: e a fcs-ta termina com o último brinde & paz mundial,feito por Chou-En-Lai, que encena suae pala-vrus dizendo «obrigado» em pelo menos °H» lin-gua», Inclusive o portuguí».

A PARADA MONUMENTAL

Desde-a madrugada, começam a ouvir-se oasons de passos e das músicas, ao redor do HotelSin-Tchau, onde estou hospedado. l'cla janela,vejo passar pequenos grupos de homens vestidosde azul, de criança» e mullieres trazendo ftôre».Um dos cem automóveis postos à disposição dosconvidados vem bnscar-me e me conduz pelasruas adornadas de lanternas vermelhas o cujasportas laqueada* se destacam vibrantemente nosol da manhã. Pequim de hoje é um misto de tra-dição milenar o de progresso esplintoso: oito pa-lácios, cada qual de mais de dez mil metros doáfea, e de pelo menos etnco andares, foram cons-truidos em 10 meses, para as festividades; o «»-tádlo monumental, onde os atleta» chineses setornaram campeões mundiais de tiro, natação elevantamento de peso, a Estrato de Ferro, tal-vez tAo grande quanto a de Mil&o, sfto outrastanta» construções recentes. Por dentro do Par-que de Cultura do Operariado, jardim de um doaantigos palácios imperiais, sfto os convidados con-duzldos a tribuna fronteira á grande praça, enor-me pagode vermelho. Diante dele, de dois lados,estáo, enormes, os retrato» de Marx e Engels,de um lado, e de Lenlne e Stalin de outro. Aofundo, o de Mao-Tse-Tung, Junto ao Monumen-to dos Herói». E numa área de 250.000 metrosquadrados, diante da Avenida da Paz Pe«na-nente. há melo milh&o de cabeças. Por enquantoé só povo, mansa azulada e quase indlsttngaívelao longe, tendo á frente seis banda» de m*slcade mais de cem figuras cada uma. A chegadados altOB dirigentes chineses acompanhado» deKrusehiõv faz a multidflo explodir em aptatwo».O orador, desta vez, é o prefeito da cidade, cwjavoz se multiplica pelos alto-falante» Imrtaladodpermanentemente no alto dos grandes postes oomcandelabro» dourados quo circundam a pinça.Também ao redor dela e»t4o centenas de enor-mes bandeira» vermelha». E subitamente a maa-sa humana se move, ergue os braços que »««?-tentam flores côr-dc-rosa, vermelhas e verdesiaquelas flores desenham, em todo o quadrado dapraça, um vasto tapete onde Be \è: 1049-19Õ9,de dois lados do emblema da República.

E começa o desfile. As tropas militares siloapenas nina representação simbólica d°s 5 ml-lhftc* de homens que constituem as forças arma-das ilo pais: os cadetes do exercito, da marinha,da aeronáutica, a infantaria, os carros blindadosr antiaéreos chineses, dezenas do bombardeiros ocaças a jacto também de fabricação chinesa.

Logo, porém, inieia-so umn segunda parte,

um resumo da Jíova China, leito por toda Pe-quhn e pelas representações dos diversos povosquo constituem o pais. Erguem-se no ar balõesde borracha, vermelhos, enormes, em quantldu-de» surpreendentes, conduzindo fl&mulas de vá-rios metros do oxtensio com dizeres: «Viva a Kc-pública Popular Chinesa». «Viva a paz entre to-do» os povos do mundo». Logo á chegada deMao-Tse-Tung subiram mi céu centenas de ba-lõe« multicores e milhares dc pombos com as cau-da» adornada» de fitas. Ob dizeres, conduzido»pela multidão se repetem, e sâo viva» aos diri-gentes comunistas, ao mar.xi8iiio-lenini.snio, aoPartido Comunista, à paz mundial. A multidãocomeça a desfilar, vinda dos fins da Avenida daPaz Permanente, enquanto quinhentas mll pes-soas, de quando em quando, se transformam numvasto canteiro de flores. Por toda a largura daavenida passam grupos humanos, carregando di-zere» altos de três metros de altura, vermelhos,verdes, amarelos, dourados. As bandeiras verme-lhas se multiplicam, às centenas, no ulto dos edl-fidos nos ângulos da praça. Passam <»s pioneiros,no» milhares, conduzindo uma estátua branca deMao-Tse-Tung do dois metros de altura, ligadapor fitas vermelhas que formam umn enormeflor de cinqüenta metros de diâmetro. O primei-ro carro alegórico é uma cesta do pêssegos dodois andares de altura, símbolos da longevidade,precedida do umn legenda que toma toda a lar-giira do desfile: «Viva a nossa mão-pútria».

Seguém-se ns representações fabris. Hfto nil-lhares e milhares de homens e mullieres, cadagrupo trazendo nas mftos flores dc unia eór, oconduzindo carros enormes, profusamente ador-nudos, no alto dos quais estão tratores, equipa-mentos, máquinas agrícolas, máquinas elétricas,fornos de aço, tudo movimentando-se. as cliaml-nés fumegando, as rodas rodando: enormes mn-quetas de »*Jlfíoios, hospitais, escolas, fábricas, emais suas plantas, em cartazes do vários metrosde altura, bairros populares, centro» agrícolas. Elogo o» camponeses, os centros de produção agri-cola, a» comunas, erguendo-se no nr carneiros,bois, porcos, gansos descomunais como animaisantidMuvianos. Hortaliças, gado, trens, frutas,

estatística, navios, motores, tudo desfila acampa-nhado de gongos, tambores, Instrumentos de mú-Nica, tudo levado por umn multidão de que só sodistingue o movimento e a massa de flores queergue no ar, a íwnto de transformar » extensãoda avenida nom rio azul, verde, vermelho, ama-rolo, laranja, interminável e caudaloso rio queruge vivas e rebenta em música de mll ecos. Na-da falta à representação do progresso da Nova

China: gerador»», torre» de rádio e televisão, fo-guetos espadais, estandarte», dizeres: «Dez ml-lhõew de toneladas de aço este ano!», «Estamosalém do nosso s«*undo plano qüinqüenal!». E, domelo 4o desfilo, desprendem-se permanentementeos requintes da arte popular chinesa, que soliemaos céus: dragões de papel de vinte metros decomprimento, quo so erguem e flutuam, soltos,até bo perderem no e»paço, balões de borrachade todos os tamanhos e cores, aos milhares, aosmilhões, sustentando faixo» «»« dizeres, cestasde flore» que dançam sobre as cabeças, faisoesdo dez metros de comprimento, ou i>equena.s ar-maçõe» de papel que se desprendem no nr, trans-formando-se numa chuva de aviões a trezentosmetros de altura.

\êm agora iw minorias nacionais, com sou*trajes típicos, e dançando suas danças peculiares,o que fazem cm quilômetros o quílômotros de tra-jeto: trazem cestas de flores, em cairos alego-ricos, e essas cestas jorram pétalas como repu-xos. E mais dizeres: «Amor ne trtibnlho»; «Pnrasermos professores vermelhos e qualificados»;

«Vivam os milicianos.'.».' Universitários, estudante»de tecnologia, operários mineiros, oom armas, comflores, com leques, eom sombrinhas, em grupa-mentos intermináveis, erguendo ,- fazendo desa-

parecer bandeiras, ornatos, drugiVs ile papei decem metros ile extensão. Em seguida <>s dlaeres.«Trabalhado'™ da arte da literatura» anunciamos artistas: a Opera do Pequim apresenta, em

quinze carros alegóricos, os cenários o mtérpre-tos de quinze diferentes espetáculos; as escolasda dança levam à frente um «ílout» em formad0 pavão de quo elas próprias são o leque «In cau-da, abrindo c fcdiamlo-so l»»r toda a largura aarua; outro» grupos trazem arcos enfeitados-üeflores: vêm os atletas, os «lubes de futebol, oscampeões dc tiro, natnçâ,, o levantamento de pé-so, as danças: „ da flor dc Mto, e.n tõnio du umaenorme flor que roda cm quase toda a largurada avenida, a dos leões, feita por bailarinos me-tidos em peles de leão douradas eomo os nossosburrlnhos carnavalescos, a dos dragões ondula-dos, enormes serpentes multicores presas emhastes do bambu. Milhares do atletas de brancobatem haltercs vermelhos no ar, com um so rui-do: outros, no alto do carros alegóricos, rodamem barras, cqullibram-sc om paralelas, ou amon-toam-se em pirâmides sobre motocicletas. A pra-ça inteira explode <'in exclamações, as seis ban-dns irrompem a «Internacional» que ouço ciin-tar ao meu redor cm diversas línguas ns ban-deiras vermelhas aglomcram-sc aos milhares, n»bandas iiíacam a marcha «Socialismo é bom» —

c a massa humana desfaz pela Mima vez n ta-peto para correr, tõila ela, em direção á tribuna,de onde os dirigentes comunistas acenam parao povo.

FOGOS DE ARTIFÍCIO PARACINCO MILHÕES

De noite, os automóveis nos vêm buscar nÇ-vãmente. Agora, a demonstração será outra: tô-da Pequim verá uma das mais velhas artes chi-nesns, que o Ocidente descobriu e transformouem arma de guerra. A praça está novamente iniin-dada do povo. Ali estão vários dus grupos quedesfilaram («'ia manhã, já agora misturados ámassa humana; bailarinos do Tibete o de (antão,(lançadores de lang-Ho, marinheiros, soldados,operários, todos dançam entre si, até mesmo ho-mens eom homens e mulheres com mulheres,ou abrem rodas pura a exibição de ondulnntesbailes asiáticos coletivos, no som dos nlto-falan-tes que transmitem música da Orquestra Siivfô-nica de Pequim: música chinesa, que paira noar em batidas do gongo que se diluem, OU vai-sas que se desenrolam quase ã européia. Nova-mente a multidão aclama a chegada dos gover-nantos chineses e dos convidados. K dn repenteo céu estala num trovão, os relâmpagos cruzamo ar; centenas do holofotes militares, de longe,rodeando a praça, formam sobre ela uma cupu-Ia do feixe» luminosos. E sobro essa abólwda dequilômetros de altura, o maior espetáculo do fo-gos do artifício até hoje visto começa. Sâo flô-res de luz no espaço, jóia* que se derretem, emestréias, em pontos, em ramos, em caleidoscópiodo cores; o8 enormes c fictícios, contornados delftmpndn» détricas, desaparecem debaixo do fo-go multlcor o du fumaça; é todo nm jardim, umenorme jardim de quilômetros de extensão atl-rudo ao alto, em Ientejoulag, em estrelas caden-ti*, em cometas que cruzam ou em planetas quedescem suaves como flocos. Por duas horas so-guidas permanece aquele jardim suspenso no ar;mas o povo (lançará até do manhã. O meu intér-prete, nm jovem chinês quo tem a capacidade deadivinhar todos os desejos e de desdobrar-se pa-ra realizá-los, prevlne-mc, com modéstia: «Hojoforam f«tf«s comuns; amanhã é que vamos fa-¦/.er fogos de artificio chineses. O que o senhor viuhoje ainda não foi nada». E me conduz ao hotel,enquanto imagino que extraordinário Ziegfield,que prodigioso Ceei] II, de Mlllo poderia inven-tar tudo isto. Crianças, homens, mulheres chi-nesns nos sorriem e nos dão adeus â nossa pas-•agem. Serão felizes? Posso dizer que sim, Eu vi.

CONFEDERAÇÕES SINDICAIS DECIDEM:

Direito De Greve Sem RestriçõesNa reunião realizada lia

noite de terça-feira passada,na sede do Sindicato dosBancários, os lideres sincii-cais cariocas decidiram re-considerar sua posição faceà regulamentação do direitode greve. Nesse sentido, apósum rápido histórico das de-marches realizadas para -aprovação do substitutivo dosen ador Attllio Vlvacqua(derrotado), resolveram osdirigentes sindicais manter-se intransigentes na luta pe-ln aprovação do projeto ori-glnário da Câmara Federal,com a emenda apresentadapela I Conferência SindicalNacional. Ficou decidido ain-da a convocação da II Con-ferêncla Sindical do DistritoFederal para os dias 30 e 31de outubro e 1 de novembro.e a realização de um atn de

.solidariedade ao generalUruraí Magalhães, pela suaatitude frente aos frigorifi-ros e invernistas.

A reunião, que tomou ou-trás importantes resoluções,contou, pela primeira vez,com a presença dos presi-dentes das quatro Coníede-ra<;òí.',s Nacionais de Traba-lhadores, a saber: Deocle-clano de Hollanda Cavalcán-ti (CNTI), Ângelo Parnn-gianni (CNTC), Sindulf0 deAzevedo Pequeno (CNTTT)

e Huberto Menezes (CONTEC i Participaram ainda dareunião, convocada pelo Con-solho Regional Consultivo daCNTI, os representantes daFederação Nacional dos Ma-rftimos, Federação Nacionaldos Ferroviários e da Fede-ração Nacional dos Jornali.s-tas; do Sindicato Nacional

mrtt^mW&m* ''^^mTíjMmÍÍ1mui—'*' ^^Sm^^mmmmmJMmmmmmívmwT^ MÊÈSa.

dos dirigentes sindicai.-.I i..|J-.'l IU.I lf II Uilnl l J

"fas vendo-se, da esquerdapara a direita os sr^, fJilherto Crokat de Sá, repre-sentando o sr. João Goulart;sidente da CNTTT: Deoelen;

Sindulfo Azevedo, pro-o rie Hollanda Cavalcanti

e An Campista, presidem^ P vire-presidente da CNTI;Ângelo Parmigiani. presidente 'i.i CNTC; Olimpio Fer-nandes rie Mello, secretario gera] da CONTEC; AluizioPalhano. presidente do Sindicai,, rio.. Bancários; e Ha-fael Martinelli, presidente da forieracSo Nacional dosFerroviários.

dns Aeronautas. e dos Acro-viário.-; o deputado SalvadorLosacco e dezenas de diri-gentes sindicais de diversascategorias profissionais Osr. Gilberto Crockatt de Sã,falando em nome do vice-presidente da República, sr.João Goulart, afirmou que omesmo o mandara afiançaraos trabalhadores o sim apoioa todas as deliberações quefossem adotadas na reunião.Os presidentes dns Conferie-rações, por outro lado, ma-nifestaram-se a favor aacampanha nacional pei aaprovação do projeto origi-nário cia Câmara Federal,que regulamenta o direito degreve, com a emenda dostrabalhadores. Os dirigentesda CNTI, CNTTT e CNTC,como se sabe, diante daperspectiva de verem o Se-nado rejeitar o projeto daCâmara, e atendendo a umasugestão do sr. João Gou-lart e de .seus assessores, re-solveram apresentar um no-vo substitutivo para se con-trapor ao do senador Jeffer-son de Aguiar, repudiadopor unanimidade pelos tra-balhadores. O novo substitu-tiv0 aprovado pelas ConfaÜe-rações, exceto a CONTEC.foi apresentado pdlo senadorAttilio Vlvacqua, mas íoiderrotado nn Comissão deConstituição e Justiça.

A pretensão das Coníede-rações, de salvaguardar o dl-relto de greve; embora comalgumas restrições, atravésda aprovação rie um novosubstitutivo, não foi bem su-cedida. Diante disso resolve-ram os dirigentes sindicaiscariocas, com a aprovaçãodos próprios diligentes das

Confederações, manler-sé in-transigentes na luta piiaaprovação do projeto oriundoda Câmara Federal. Paratanto pretendem contar, par-ticularmente, com o apoiototal das 17 senadores doPTB.

AS RESOLUÇÕES

.o final dli reunião forb_aprovadas as seguintes me-didas; 1» defesa do projetoda Câmara Federal, que re-gulamenta o direito de gre-ve, com a emenda apresen-tada pelos trabalhadores;

2) entrar em entendimentoscom o sr. Juão Goulart vi-sando a quc o PTB, atravésde sua bancada no Senado,apresente na Comissão duLegislação Social, a emendaoferecida pela I ConferênciaSindical Nacional ao projetoda Câmara; 3) promover aIII Convenção Sindical dosTrabalhadores do DistritoFederal, nos dias 30 e 31 deoutubro e 1 de novembro,para discutir: PrevidênciaSocial, Direito de Greve, eCarestia de Vida; 4) sugeriràs Confederações a convoca-ção da II Convenção Nacio-nal Sindical; 5) promoveruma campanha relâmpago,centralizada nos sindicatos,visando a coleta de milharesde assinaturas em telegramase abaixo-assinados pleiteandoa aprovação do projeto daCâmara. Esses documentosserão entregues em umagrande concentração a serrealizada nas escadarias doSenado no próximo mês; fiimoção de repulsa â ação doMinistro do Trabalho porsua conduta contra o direitode greve; 7) moção de soli-

dariedade aos metalúrgicosnorte-americanos, e de prote.sto contra a Lei Taft Ha-tley; 8) moção de apoio &greve dos operários navais deNiterói; 9) solicitar de todosos partidas políticos, bem co-mo dos seus candidatos, umadefinição sobre a regulnmen-tação do direito de greve ea Lei Orgânica da Previdên-cia Social, em conformidadecom os interesses dos tra-balhadores, como condição"sino qua non" para que me-reçam o apoio dos sindicatos.

NOVOS RUMOS

Diretor — Mário AlvwGerente — Guttemberff

CavalcantiRèdator-chefu — Orlando

Bomfim Jr,Secretario — FragrooaBorges

REDATORESAlmir Matos, Rui Facô,

Paulo Motta Lima, Mariada Graça, Luis Ghllardinl,MATRIZ

Redação: Av. RI0 Bran-co, 257, 17.» andar, S/1718

— Tel: «-7344Gerôncin: Av. Rio Bran-

co, 257, 9.» andar, S/90SEnderòço telegráíico —»

«NOVOSRUMOS»ASSINATURAS

Anual .... Cr| 250,08Semestr»l , " 130,00Trimestral . " 70,00

Aérea ou sob registro, de»-pesas à parte

K. avulso .. Cri 1,00N.» atrasado . " 8,00.,

Page 3: Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A · 2015-02-26 · Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A ANO I — RIO, SEMANA DE 16 A 22 DE OUTÜMO

16 • 2.2 - TO - Ti NOVOS RUMp$. PAGINA 3

FRIGORÍFICOS queremTIRAR O COURO"

DO POVO BRASILEIRO

llFora De Rumo.

RAYMUNDO NONATO \}0 Lunik 111 eslá d,- nu á Terra e om Paris *

Q<t*cmdo justificava o pré-

Xpor arroba do boi «mu

para os frigoríficos, o9*o*ral Ururai Ma<jalhã«s.prooèâente da COFAP, de-«ilaro» quo, segundo Mus«cálculos, os írigorificos, pa-oomào 530,00 por arroba,,«ilida tinham grande mar-«•¦ do lucro, e não po-diam s* queixar. Não hádúvida dc que o generalVrurai eetá mais do quecerto.

Alegam oc frigoríficosq»«, diante do emagreei-mente do gado neste perto-de do ano, os inverntstasexigem um preço muitomais elevado do que aqué*le. Entretanto, na realida-de, eles mentem duas Té-ses, Primeiro, quando di-sem qu* «os invernistas»•xigem pie«o mais alto,porque a maior parte do«ado abatido por eles é en-gordada por eles ou por••us agentes e dependen*les. Segundo, porque, conivraie eeneta das próprias

EXPLORAÇÃO DESENFR EADA E CRIMINOSO BOICOTE AO ABASTECI MENTO DE CARNE

BOICOTE

declarações dos frigoríficospara efeito d# imposto derenda, eles tim pago não530, mas entre 350 e 3*0cruzeiros por arroba,

Mas, mesmo se nâo lôs-se assim, os frigoriiicosnão podem se queixar dedificuldades a esse respei-to, pois isso é o mesmoque se declararem culpa-dos de transgressão da lei.D« fato, usando esse mes-mo pretexto, o de encare-cimento e escassez do gadono período de entresafra.os frigoríficos conseguiramo privilégio de criar gadode sua propriedade em pas-tos próprios, com a condi-ção de constituir estoquespara garantir o abasteci-mento nos últimos mesesdo ano. Diga-se de passa-gem que este privilégio foiconcedido no dia 16 de se-

lembro de 1946. Dois diasdepois era promulgada aConstituição, o que impôs-sibilitava a regulamenta-ção de assuntos dessa na-tureta por simples decreto-lei do Executivo, sem dis-cussão e votação no Con-gresso.

EXPLORAÇÃODESENFREADA

Os írigorificos vierampara o Brasil para expor-tar carne. Pouco a pouco,porém, o mercado de carne,como o de outros produtosde subsistência, nos gran*des centros foi aumentando consideravelmente. Es-tabelecendo seus frigoríii*cos em pontos estratégicosd0 território nacional, §mSã0 Paulo • no Rio Ctamdedo Sul, principalmente* axgrandes empresas de earne

começaram a con trotar en-tão a produção pecuária eo abastecimento das gran-des cidades.

Graças ao controle quetêm da produção, escravi--am os pequenos pecua-ristas e colocam na sua de-pendência ou a seu serviçoa maior parte da pecuáriapara mercado (não paraconsumo interno: fazendas,cidades do interior, etc).impondo os preços quelhes interessam. Resultadesse controle uma taxade lucros das mais eleva-das, É qssim que os lucrosdos frigoríficos estrangei-ros, nos últimos anos emque foram publicados seusbalanços, vão de 30 até100% do capital emprega-do, quando' nos EstadosUnidos e na Inglaterra és-te« lucros nunca vão alémde 15%.

COMITÊS ESTUDANTIS PRÓ-LOTTSERÃO CRIADOS EM TODO O PAÍS

IMPORTANTE MANIFESTO DE D IRICENTES DAS ENTIDADES ESTUDANTIS APELANDO À FORMAÇÃO DE COMITÊS PRÓ-LOTT

ENTREGUE O MANIFESTO AO C ANDIDATO DAS FORÇASNACIONALISTAS

— "Conscientes do proces-«o histórico brasileiro e dnsperspectivas políticas jiacio-nais. conclamamos os estu-dantes, parcela das mafe ex-pressivas do movimento nu-cionalista brasileiro, a oi-ga-niaarem-sc em Comitês Ks-iudantis pró-Lott" — esteHpèlo está contido no mani-festo lançado por cerca dc*duzentos dirigentes de quaseiodas ns entidades estudaa-tis do pais e ontem entregueao marechal Teixeira Lott noMinistério da Guerra, poruma comissão de lideres uni-versitários e secundaristas. Acomissão estava compostapor membros da diretoria daUNE, UME, UBES. AMES,dos diretorias centrais ciaUniversidade do Brasil. Uni-versidade cio Rio de Janeiroe Escolas Superiores Isoladas.além dos presidentes dasÜiilòes Estaduais dos Estu-omites de Alagoas ,. dn Pa-raíba e representantes dediretórios acadêmicos e gre-mios secundaristas rio Dis-trilo Federal.

A SOLENIDADE

Recebidos pelu uuiix-clialTeixeira Lott na íiliima ter-ca-feira, os dirigentes estu-dantis fizeram entrega nocandidato das forças nacio-naüstas de uni manifesto emque as líderes universitáriose secundaristas de indo opais apelam à formação doscomitês pró-Loli.

O presidente em exercícioda União Nacional dos Estu-dantes Paulo Totii. a presen-lon os seus colegas ao mn-rechal Teixeira Lol i e p».s-sou às suas mãos o mnniícs-fo. O marechal Loit leu en-táo o documento, declarandoque estava de acordo, emsuas linhas gerais, com o seuconteúdo, no qual 0s lideresdos estudantes, condensandoas declarações de princípio«provadas nus últimos Con-sressos, apresentam unia se-rie de Importantes reiyindi-caçoes nacionalistas e de-mocráticas, entre as quais o

monopólio estatal na expio-ração das riquezas minerais,política exterior independeu-le, re!a«vões diplomática», eu-nietviais e culturais comIodos os povos, reformaagrária, educação democra-lica e gratuita em todos osgraus, além de outras.

Falando aos estudantes,deteve-se o marechal . Lottem algumas das questões le-vantadas pelos lideres juve-nls. Defendeu então a escolapublica, declarando quP oauxilio às escolas partícula-res deve ser feito ünicflmen-te através dns bolsas, assimcomo reafirmou sua posiçãofavorável ao absoluto res-peito às liberdades democra-ticas. Referindo-se à ques-táo dos frigoríficos, disse omarechal Lott que concorda-va com os estudantes eili quea so'uçá0 para o problemada carne ora a Intervenção ea nacionalização dessas em-presas, medidas que entre-Uinto deviam ser adotadassegundo os preceitos legaisa fim de qtte não pudessemser desfeitas mai- tarde.

o representante cio*, estu-dantes alagoanos comunicouim marechal Lott a realiza-ção cm seu Estado da Sema-na do Petróleo e acrescentouque o* poços de Alagoas jáforneceram n primeira rc-

messti de 5.000 barris do ouronegro pura a refinaria diMntari.ií-. na Bahia.

Os lideres estudantis fiei-ram de voltar a uma novaiiudiííncin com o marechalLott para comum,-ar-lhe. nospróximos dias, » data estabe-tecida pan. a Instalação doComitê Nacional Estudantilpi'ó-Lott.

SIGNATÁRIOS DOMANIFESTO

O manifesto de anêlo \i.u-;i criação, o-ni todo u p.ti«.das comitês pró-Lott, e a.s-sinado por cerca de duzentoslideres estudantis. emboranão em nome das entidadesque dirigem.

Lis alguns dos signatários;João Manoel Conrndo Ri-

h- ¦ *,/$$•''-WWÍ*-'-- W"Í>,':«r^; '*&''^MM MuT* 'vs^Ív-^^Hvíll>ií«í'-;,r •'•'¦'•'¦ xWv

' '¦''' 'mCTlvfe^i^^^My .•¦•jjrK-'*?->.•''-¦:•--::-9^| MMW^muMr^

tÁwÊ B-fz-y*- Tsfl ^mm VmQPSk, Sa ^^Rylvi^•J^M*¥w^y*$^Mmm\^^mWm^À,

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Na foto, pane uci numerosa delegação de lideresdirigentes estudantis de todo o país quar-do se en

U«vistavam eom o Marechal Lott.

beiro 'presidente da UNE',Raimundo Eirado e MarcosHeusi Neto (ex-presldcntesda UNE». Raimundo NonatoCruz (presidente daUBES), Augusto Câmarai presidente do DCE da Uni-versidade do Brasill. AlbinoSoares (presidente do DCEdas Escolas Superiores Iso-ladas), Afonso Celso G-uinia-rões Lopes (ex-presidente daUBES), Daniel Farah (pre-¦-'.dente da UEE do Rio Gran-ii,. do Sul), Edivaldo Santos'presidente dn UEE daBahia'.. Rogério Estorera!(presidente da UEE de SantaCatarinai, Aguinelo Balbi(presidente da UEE doAmazonas!, Lindbergh Fa-

rias (presidente du UEE dnParaíba., Paulo Totti, JoséPauio Pertence. Otávio LiraFilho, José Alair CavnlcnnlRochn .diretores da UNE.,Adão Fidelis de Almeida'presidente da União Matn-grossense dos Estudantes Re-cundários), Antônio CampoSilva ipresidente do Grêmioda Escola Técnica Carvalhodc Mendonça DF), Antôniocir Pinho Lima (presidenteda União do.* EstudantesSecundários do Territóriocio Rio Branco'. Tar/anCastro 'presidente da Uniãocios Estudantes Secundáriosde Goiás'., Vergílio Wincller(presidente da União dosEstudantes Secundários de'Ponta Porái. Wilson Barros.'presidente da Associaçãocios Estudantes Secundáriosde Nilc'-i>0lisi. José Vanildode Queirós (presidente dnUnião doe Estudantes Sccun-òiirios d0 Território de R-oBranco), Pedro Rocha Jucád.» vice-presidente da Uniãotios Estudantes Secundários

cie Mato Grosso-. ArnaldoCalheiro fpresídente daUES dc Alagoas) ArnaldoMartins (presidente dn Uniãocios Estudantes das EscolasTécnicas Industriais), CarlosAlberto Pais Landin (prosi-ciente dn União dos Estudou-les Secundários cir s, Uni-mundo, Plnilil, Clovls Assim-cão de Melo (presidente doCer*ro rie estudantes Se-currrtários de Pernambuco),Jarbas Miranda Santana'presidente da UES dnBahia), Jesual CavalcantiBarros (presidente da UESdo Piiuii). João Bosco Evan-celista 'presidente da UEScio Amazonas), Jorge de Oli-veira (presidente da UES doEstado d0 Rio'. Jo<é AnibalBouret (presidente da Ligadr Mceidad" Trabalhista.,Francisco Rocha Mesquita.presidente cio Grêmio Ac;,-demin Comércio CândidoMendesi. Francisco CarvalhoNunes (presidente do DA daFaculdade de Medicina doCeará.. Enoch N. Correia'presidente da União Nacio-nal dos Estudantes de Odon-tologla), Elisio Rodrigues dcAraújo (presidente d0 IIISeminário Nacional de Re-forma do Ensino). DaniloSüva Az,-vedo (presidente doDA da Faculdade de Ciên-cias Jurídicas do RJ), Da-nüo Necócio 'presidente doDA da Faculdade fie Direito

da Paraíbai, Amoldo Guer-ra (presidente do DA da Fa-cuidado de Belas Artes duBahia.. Arildo Sales Dória.presidente do DA da Facul-dade dc Filosofia da IJRJ),JosC Maria de Araújo Dnn-Ias 'pre*,idente dn DA daFaculdade de Engenharia daParaíba), Marcos Andrade1'áduii (presidente do DA daFaculdade de Ciências Mc-ciicas da URJl. Nelson Va-nuazl «presidente do DA dnFaculdade de Filosofia uaUniversidade do ROS), Or-lando Pereira Gomes (presi-ciente do DA dn Escola Nn-cional de Belas Artes), Al-Biro Assunção (presidente daDA da Faculdade de Ciên-cias Econômicas da UR.I.,Jorge Mednuar (presidentecia DA da Faculdade de Di-reito da Bahia), /«jjntónioOlthon Pires Rolin (presi-dente do IX Seminário deEstudos Jurídicos, Ceará).Washington Nogueira Oli-veira (presidente da UniãoColegial de Minas Gerais),Wilson Ribeiro Borges (pre-sidente do Clube Recreativodos Estudantes Secundáriosde Goiás), Juare/ RumosNascimento (diretor dnAMES), Marconl de FariaCastro, Wedner Moreira. Ca-vnleanti «diretores daUBES), Lucinno Gadelha cieAbr,-u. Kleber Coelho Bra-ga, .Alpheu Ribeiro Meireles'diretores da UMES). Jo*eSchecliter fl.1' secretario doCACO).

Além destas, numerososoutros líderes estudantis dasvário* Estados subscrevem omanifesto qufi concha os es-ludanles de todo o país a seempenharem na campanhapela vitória d0 marechalTeixeira Lott nas pleiçõ".spresidencínis dp istio.

TANCREDO SERÁINDICADO

Pode-se considerar fir-mada a escolha do nomedo sr. Tancredo Neves co-mo candidato do PSD ãseleições pura o governo deMinas Gerais. As resistên-cias que ftavia ao nome doantigo ministro da Justi-ça foram sendo desfeitas

a ponto de não constitui-rem hoje qualquer obstá-crulo mais sério à escolhado sr. Tancredo Neveh.

A oposição mais sériaet a do sr. Benedito Vala-««res, que inclusive amea-cava retardar até marçoou abril de 1960 a con-vençáo estadual pessedis-ta. Atualmente, porém, osr, Valadares desistiu prà-ticaniente de lutar, con-formado, ao que parece,com a prome.-sa c.c lhe sergarantida a senalorla en.1960.

A indicação do sr. Tan-credo Neves, que fl geral-mente considerado o únicocandidato pessedis.a capuzde derrotar o sr Maga-ihães Pinto, representauma significativa garantiade consolidação da candi-clatura Lott em Minas Ge-rais c do PSD

Embora a exportação decaras tenha diminuído de-pois dt 1943, até hoje elaproporciona lucros enormesaos trustes. Isto porque odólar para exportação decorras * bastante «levado, oque permite bom resultadoem cruzeiros. Por exemplo,no ano passado, as expor-taçoes se íiieram a cercade cem cruzeiros por dólar,isto é. pouco menos que amédio do câmbio livre pa-ra o mesmo ano. Iniciadaa crise da carne este ano,o governo «proibiu termi-nantemente» a exportação,o que não impediu que elacontinuasse. É assim que,quando era quase impossi-vel encontrar carne no Rio.há cerca de três semanas,foram embarcadas 106 to-neladas para os soldadosamericanos na Alemanha.Já na semana passada, sóno porto de Santos, ern_umsó dia mais de trinta tone-ladas íoram exportadas.

Enquanto isto, no mês desetembro, o consumo decame no Rio de Janeiro,segundo dados oficiais ain-da não divulgados oficial-mente, foi reduzido de maisde 13 mil toneladas men-sais, em média a 6.570 to-neladas. Isto é, a popula-ção carioca foi obrigada,pelo boicote dos frigoríii-cos e invernistas «indepen-dentes», a consumir meta-de da carne que normal-mente consome. Mais ain-da, dessas 6 570 toneladas,os frigoríficos forneceramapenas 1.420, isto é, cercade 20%.

Em poucas palavras: pa-ra defender seus lucros eprivilégios os frigoríficosnão hesitaram em reduzirenormemente o abasteci-mento do R«o de Janeiro,da mesma maneira que deoutros grandes centros, natentativa de encostar o go-vêrno na parede e imporcondições ainda mais es-corchantes para vender oque compram a preços visaos pequenos produtores.

Agencia Cook, Instituição cont&mporânea de Júlio Ver-ne. inicia a venda de passagens para o satélite quoinspirou Catulo cia Paixão Oannse no Luar do Ser-táo . Mas o «Estado de São Paulo., jornal de pro.piicdr.de de ilustre família de quatrocentos anos. andaaborrecido com o Lunlk IU

Km sua edição de domingo último, mu.ia dc suascento e tantas páginas, o nEsladão» afirma: Não le-mos dificuldade em reconhecer neste setor da cién-cia aplicada a superioridade sovIélicE . Feita essahonrosa concessão aos cientistas da União Soviética,o jornal observa, porém, que os regimes totalitáriosnecesitam de façanhas dêslu tipo, para fins dr* publi-cidade no estrangeiro o para fazer esquecer ;.:- neces-sldndes, vale dizer as misérias, que seis súditos so-fiem em terrenos mais vitais da existência¦-.

De\e sei exeminada a constatação genial do Es-lado de São Paulo», Se a miséria leva no desenvolvi-mento da astronáutica, por (jue não haveremos doexplorar, no terreno brilhante da subnutrição, do anal-fabetismo e des endemius esse gigantesco potencial?Que estamos esperando ainda? Por que dormimos noponto? Por qui; náo melemos mãos á obra, ciandoreboque, inclusive, aos nossos bons vizinhos e amigos'dn Cabo Canaveral? •

Há porem quem divirja do Estado de Sito Paulo-.alirmundo que os exilou nus explorações inlerplane-tárias não constituem resultado dn miséria e sim duriqueza. Tanto que logo depois cia União Soviéticaai,.r'-i-eni os Estados Unidos, como pioneiros da a<-¦ ¦.-náutica. K quem ¦*> mostra aflita na apresentaçãode façanhas desse tipo,, em busca dt- publicidade?Não será a América rio Norte?

Não deve o Estado de San Paulos Inquietar-semaio que os americanos, Pois nem tudo está perdido,pelo menos aqui. Exemplifiquemos, Em reunião, naBiblioteca da Câmara, o deputado Tristão da Qinha,condenando a perigosa escola rural de alfabetização,contou um caso ocorrido em Campina Grande. O sr.Plínio Melo, imprudentemente, abriu uma escola parafilhos de caboclos, em sua fazenda, l'm garoto dis,tingulu-se ua classe. O pai, morador antigo, homemsério e trabalhador, pediu ao sr. Plinio que facilitassea ida do menino para João Pessoa ou Recife. IS"áodeveria ficar enterrado no mato. Poderia galgar boa,situação. PlKnio atendeu, numa segunda imprudôncia,Tristão comentou; «O dr, Plinio quis inwr uni b<?ni ç fõaum mal*.

Guiados p«.h *4i*e que o sr. Tri.-»t..n, rephisenttJ,por algum tempo ainda estaremos livres do inconve*niente de mandar engenhos ã Lua. forçados pela no.cessidade extrema de ocultar ns misérias do progresso.

. SAUDAÇÃO DE PRESTES A NOVA CHINAuOs Êxitos Por Vós AlcançadosIndicam-nos o Caminho a SeguirDISCURSO PRONUNCIADO NA SOLENIDADE COMEMORATIVA DO

VNIVERSÁRIO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

/'

Camaradas!fiste momento é para nus. comunisrns

do Brasil, e para mim pessoalmente, deprofunda emoção. Pela primeira vez emminha vida de revolucionário tenho aoportunidade de participar de uma teatacomo esla. Sentimo-nos felizes eom a pos-.si hi lidade de transmitir, de viva voz, em.solenidade pública e de repercussão mundial como esta, os sentimentos dos comu-nistas do Brasil a seus irmãos do mundointeire..

Trazemos aos camaradas do PartidoComunista cia China, a seu eminente equerido chefe, camarada Mao Tsc Tung,e a todo o po\'o chinês as calorosas sau-d ações dos comunistas do Brasil, dos tra-balhadores a de todo o povo brasileiro.

A comemoração do 10.' aniversário tiavitória da Revolução Chinesa e da cria-ção da República Popular da China é umafesta dos trabalhadores do mundo inteiro e, muito especialmente, a festa dos|n>vos oprimidos pelo imperialismo, dospovos que ainda hoje lutam pela emancipação nacional, enlre os quais se encontra o nosso e seus Irmãos dos demaispaises da América Latina.

Após a vitória, em 1917, da (irandeRevolução Socialista de Outubro e da cieirota do nazi fascismo na segunda guerramundial, foi a vossa vitória em 19-19 ogrande acontecimento que abalou o mun-do e abriu o caminho da emancipaçãonacional para todos os povos espoliadose oprimidos pelo imperialismo. O estudode vossa rica experiência no sentido dajusta ligação das leis gerais do riiarxismo-leniiiismo á prática da revolução chinesa tem sido para nós da maior impor-táncia, Os êxitos por vós alcançados indieam-nos a rota a seguir. Provastes, A

custa de imensos sacrifícios, qup nós. ospovos oprimidos, e aparentemente os maisfracos, somos na verdade os mais fortes.Juntamente com o movimento operáriomundial somos a força que nascp e quetem a missão histórica de enterrar o sislema colonialista do imprelalisrno em de-composição.

Mas, se a vossa vitória em 19-19 teveessa imensa significação, maior ainda temsido para os povos nacionalmente opri-midos a lição de vossos êxitos na lutapela construção do socialismo na China.Conseguistes. com a ajuda do campo so-cia lista « om particula-i dn poderosa

União Soviética, tJ-ansforin.tr a velha Chi-na atrasada e humilhada ua grande p«>*tência de hoje, A ninguém mais é dadoocultar o ritmo sem precedentes do dc-«envolvimento de vosso pais e o elevadonível de vida já alcançado pela sua imeii-sa população. Tudo isto repercute entrenós, lá no Brasil, e torna cada dia maisevidente o contraste entre a vossa prós-peridacle de povo emancipado e soberanoe a miséria em que se dobale o nossopróprio povo.

Com «I vosso ingente esforço, com nvosso trabalho infatigável, não construisapenas o socialismo em vosso pais, aju-dais a nós, comunistas dos países- depeti-dentes e coloniais, a esclarecer nossospovos sôbre as causas mais profundasda dolorosa situação em qua vivem —

,. exploração e opressão pelos monopó-lios imperialistas e a.s relações de produ*ção atrasadas, baseadas no monopólioda terra, em que se apoia o imporia lismo

e é por êle apoiado.Nisto está o motivo mais Imediato de

nossa gratidão, do entusiasmo e da profunda admiração com que nosso povoacompanha vossa atividade e vossos esforços na luta pela construção do sócia-lismo na Giina.

Estamog certos «le que na medida emque nosso povo possa melhor conhecer amarcha dos acontecimentos na China,essa extraordinária epopéia da constru-çáo do socialismo, mais rapidamente seconvencerá da necessidade de cerrar ft-loiras em torno da classe operária o cioseu partido de vanguarda a fim cie «|iu>seja intensificada a lula contra o opres-sor norte-americano e o regime em queeste so apoia.

O povo brasileiro ergue se contra amiséria, luta com decisão pela emanei,pação nacional, quer o progresso da Pá-tria e tudo fará parn colocar o Brasilno lugar que lhe cabe no concerto dospovos amantes da Paz. Agrava-se cadavez mais a contradição enlre a nação emdesenvolvimento e o imperialismo nor-le-amerieano o seus agentes internos.Aguça-se o choque entre as correntes pa.trióticas, nacionalistas e populares, de umlado, p os grupo** reacionários que ser-vem ao capital monopolista dos ETE.UU.,de. nutro.

St? bem que o governo do Sr Ktil-ótsj-(Cnnrlai nu 11.• pig-in*-'

Page 4: Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A · 2015-02-26 · Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A ANO I — RIO, SEMANA DE 16 A 22 DE OUTÜMO

PAGINA 4-= NOVOS RUMOS 16 a 22 - 10 - 1959

NOTAS SOBRE LIVROSA Seniana Santa dc Aragon é uni romance-epopéia.

Estranha e tumultuosa epopéia, narrativa tra-spcômica,cheia de episódios dramáticos e cortada de passagensrisíveis. Km certa altura do livro o próprio autor refere-se à tragicomédia desta «Semana Santa**.

Imagine-se o que podia ser aquela fuga dc centenasde veículos diversos puxados a cavalo, desde as pomposascarruagens reais até ás pesadas almanjarras bagageiras,e ainda as tropas militar., de segurança também a rava-lo.., tudo isso em marcha desordenada, tangida peloterror e pela covardia, mini salve-se-qucni-puder batendoestradas de chuva e lama. mi de sol e |«*ieira, durantetôcla uma semana.. . Pm* ali, escreve Aragon — «passavao destino da França, mm a cavalaria do Hei, numa horaem que tudo era posto em causa, o bem, o mal, o sentidoda vida, a natureza da pátria...-'

Acrescente-se a esse espetáculo físico — ao mesmotempo trágico e grotesco — o que sc passava no últimodaqueles grão-senhores dominados pelo medo, roúlos peladesconfiança, desentendi.ioR pelo ódio, ciando ordens econtra-ordens, » Rei gordo, reumático e mal-cheiroso adesmoralizar vergonhosamente as suas origens divinas.

Na realidade, essa corja de fujões pouco se importava como destino dn França, e muito menos com o bem e o mal,com o sentido da vida e a natureza da pátria: só lhesinteressava atravessar rapidamente a fronteira parapedir a intervenção de tropas estrangeiras contra o Corso.

A fuga de Luís XVIII e sua corte constitui n grossodo romance, n seu motivo central, mas nele se inseremnumerosos incidentes laterais e convergentes, cenas equadros variados, dramas, comédias, idílios, amores efê-meros, sonhos, utopias, conspirações o também as vistasdo autor rasgando perspectivas para o futuro. A narra-Uva, em consonância aliás com o próprio desenrolar dnstumultuários acontecimentos narrados, não segue notihu-ma linha plana, regular, medida, <• que certamente rc-iil-taria monótona: pcln contrário, todo o seu desenvolvi-mento é entrecortado de acidentes imprevistos, inclusivealgumas saborosas amlácias de composição, e estas que-bras por vezes violentas na estrutura da obra, se lheconferem uma feição de aparente «desordem», nos deixam,por nutro lado, uma impressão de extraordinária forçaartística, e isto é o que me parece mais importante.Kfetivamente, só o domínio absoluto sóbre os seus ins-tmmentos de trabalho e sobre a matéria em prneessode .ordenamento*, artístico poderia permitir semelhantesaudácias por. parte .In autor, E aqui reside, sem dúvidaalguma, uma das marcas da sua grandeza, que ¦*>* ivti-laem toda a sua plenitude neste romance,

Voltaremos ao assunto na próxima vez.

AS1R0JILD0 PEREIRA

REG.STKOGilberto Froyre — Or*

dem e Progresso. Processo dc Desintegração -iasSociedades Patriarcal e Se-mipatiiaival no Brasil sobo Regime dc Traba!!,o Li*vre: Aspectos de tnn Qua-so Meio Sécu'o de Transi-cão do Trabalho Kserovopara o Trabalho Livro, eda Monarquia para a Rcpú*blica. — 2 tomos com ilus-trações. — Livraria .lo.éOlympiVi Editora. Rio. 1_r,9.

Gilberto Froyre — Pro-blemas Brasileiro, dé An-IroPologia, Prefácio do Prnf.Gonçalves Fernandes. — 2'edição, revista, e aumenta-da, rom ilustrações. — Li-vraria José Olympio Edito-ra, Rio, 1059.

Carlos Barretto — Po-voamento e População. Po-litica Populacional lirasi-leira. — 2* edição, revistae aumentada, 2 volumes. Li-vraria José Olympio Edito-ra, Rio, 19,r>D.

Honry Alleg — A Torfu-ra. Prefácio de Jean PaulSnrtre. Opiniões de F. Mau-riee e Gabriel Mareei. Tra-duçãn brasileira c|p Arman-do Gimenez. — Edições7.'.*mbi 'Ltda., São Paul,.,19Õ9, (ftste livro <¦ nm tre*mendo e. justo lilv.ln contrao colonialismo francês naArgélia).

Do Primeiro Satélite Da TerraAos Foguetes à Lua

Professor S. POLOSKOV

«O Brasil e as relaçóesrom o Leste p a URSS. éum livro recentemente pu-blicado, om que o seu au*tor, o economista e jornn-lista Amilcar Alencastro.analisa com objetividade c?à luz de farta documenta-ção o palpitante problemarir nossa posição om facedos paisps socialistas. Eco-nomista do serviço público,o sr. Amilcar Alencastrorecebeu cm 1949 a incum-bênria de estudar a.s pos*sihilidadps do comérciocom o leste. Desde então,vem se dedicando perma-nentempnte a pssa questão,examinando as particular!-

0 BRASIL E ÁS RELAÇÕESCOM 0 LESTE E A URSS"

dndps do comércio exteriorsoviético, as relações co-nômicas do campo socialls*tn com os paises cnpitalis-tas p as possibilidades quese ahrpm ao intercâmbiocomercial entro o Brasil .os j,rnndes mprcaclos daURSS, das democracias populares p da China.

No livro quo agora pu-blica. o sr. Amilcar Alen-

i TEATRO

O MACACO DA VIZINHAO conjunto TEATRO DO RIO, que se apresenta noTeatro São Jorge iRua do Catete. 338), encenou u pe-ça O MACACO DA VIZINHA de J. Manoel de Macedo.

Trata-se de uma deliciosa comedia, romântica e malicio-sa, muito ao gosto da época cia "Moreninha" o famo.oromance do mesmo autor, rpie fez as delicias das adules-centes do meu tempo. Tal empreendimento constitui anosso ver dupla temeridade: a rie levar o espectador aestabelecer um paralelo com o espetáculo apresentado pc-lo "TABLADO" há dois anos, e a de fazer com que ato-res e atrizes que jamais tiveram noção do que seja cantarse lancem na aventura de enfrentar modinhas e cançõesque oferecem dificuldades muito acima das possibilidadesde vozes não educadas para tal finalidade. No paraleio, éclaro, um conjunto novo, composto de elementos cie poucaexperiência só pode ser prejudicado. Quanto ao mauda voz cantada c um fato inevitável, a ser obsipre que artistas do teatro dito declamado sr* .**em Idêntica situação. Sem exigir demais,tisfeitos no dia cm que não .so aqueles qiuma escola dc teatro, mas ainda aquelesexpoentes em sua profissão, se convencerem de que parapisar um palco é necessário, pelo menos, saber falar. Fa-lar de maneira audível, correta e exata. Para sermos jus-ta devemos dizer que simplesmente falando, as atrizesMarisa Ribeiro e Soionge França se faziam ouvir períei-tamente, usando inclusive, com propriedadí*. as inflexõescheias de graça maliciosa que a peça exige, No canto, de-safinavam ambas igualmente, quando pretendiam alcan-çar intervalos superiores aos seus recursos vocais, sendoque Soiange Fiança apresentava indicio., muito claros deum cansaço riue, fazemos votos, náo venha -.-. tomar as-

castro expõe as conclmõesa que; chegou, com a serie-dado e a coragem de umestudioso c> de um pátrio-ta. Baseado om fatos e nmnúmeros irrefutáveis, cio-monstra ns vantagens qupo nosso pais poderá auíerii com a normalização ilosuas relações econômicasexternas; analisa o mono-pólio cio comércio exteriorbrasileiro pólos EstadosUnidos; traça um quadrovoraz o convincente daspossibilidades rlc int.reám-'bio entro o Brasil c o.- pai-sps socialistas.

Recomendamos aos nossos leitores, a todos os ti íi -cionalIst/is, a leitura o adifusão (|.<sp livro queconstitui uma contribui-ção Imnortantc ã . ausa chirpslabclociinonk) do rol,,.ções comerciais ,. diploma*tiras ,-,>;,) ,,. |, ,isr-s cioLeste.

O dia 4 de outubro de 1957entrou para sempre nu his-tona fia humanidade: emnosso pais lóra lançado comêxito o primeiro satélite ar-tilicial da Ti ira.

Menos de um mês depoislm lançado ao espaço o se-giindo satélite artificial .so-viético, equipado cum apaie-llios cientilicos mais mcxler-nos e variados, e tendo nbordo um animal de prova.

O terceiro satélite artificialsoviético, arremessado a ISde maio de 1958, até hoieestá em vòo, enviando ra-dio-slnais à Terra.

Iniciou-se, assim, uma no-va era na história do domí-nio da natureza pelo homem

a era da exploração doespaço cósmico, A importan-cia histórica dessa vitória re-side em haver demonstradoa todo o mundo a poderosaforça criadora do regimesocialista.

Esses feitos do pais do so-ciallsmo abalaram literal-mente toda a humanidade.Miüiòes dc nossos amigos emlòdas as parles do mundoacolheram, admirados, agrandiosa proeza dos repre-sentantes cia . ciência e dntécnica soviéticas e dos ope-rários de nossa indústria.Esse feito da União Soviétl-ca provocou receio e confu-são entre i_ inimigos uo .o-cinlismo ,.'.- spittniLi tu:--monstraram, oe maneira evl-dente, o alto nível a que aURSS elevem : ua ciência,técn.ca e indústria.

O começo cie 1059 — pri-meiro ano do Plano Setec.nl

foi assinalado pelo lan-çamento do primeiro foguetecósmico soviético em direçãoà Lua. O foguete passou cie5 a fi mil quilômetros de dis-tància do ostro dn noite ese transi..nn.ni em planetaartificial do Sul.

O arreniés.-o do foguete cós-mico de varias fases em duc-t;áo à Lua lei dedicado, pelopessoal dos Institutos de pes-quísas cientificas, das empre-sas de construção, das fábri-cas e organis*nçr.r?t de prova.-:,no XXI Congresso do PartidoComunista da União Soviéii-ca. criador de um grandiosoprograma dc ampla edificaçãoao , umunlsmo,

A 12 de setembro de )U*.9foi lançado o'segundo fogue.t. cósmico soviético em dire-vão à Lua, atingindo seu ob-.icüvo a 14 do mesmo mês ecolocando ali um estandartecom as insígnias da Uniáo So-viética. Foi. pelu primeira vezna história, realizado um vòo,a partir da Terra, para outrocorpo celeste! Essa vitória denossos conquistadores do Cos-mos e um feito de todo o povosoviético e c!e todo o campo do•ioctali.Miii 1. umn grande¦ untrlbui-íião «o d.senvolvi-

AMARAL CONTRA 0 NORDESTEli:

uiano s.

ei roí:':;,*icaremo*; s;igresaam emconsiderados

UOS

rm.ir.iin

Os deputados d o : K?do Norte e do Nordeste,

e unanimemente, firnpo ição o.i caso que sc criou

• in lor*:.,, rio DNOCS: :*.-favoráveis a '-iíu passa;, n iupara o CODENO Argumeii-l-am u.« parlamentares noriis-tas que. se pretende o govêr-no realiza: com seriednde a"Oucraçáo Nordeste", não ;ecompreenderia que é -e r.e-partamento, cuja,- tarefas serelacionam com o problemadas secas, ficasse afastado liadireção rio organi. mo que é oresponsável pêlo encaminha-

pecLos mais sérios,tantes e imediatos.

.a voz esta :i exigir cuidados cons-Apesar desses comentários uãn quere*mos dizer que o espetáculo esteia destituído oe mento.Trata-se de uma peça bem urdida, con, momentos de boa

comicldade, sublinhada pela musica Ce Oeui Mu;condesque sabe. como ninguém, traduzir intenções e caracterizarpersonagens e situações, através rio. sons. A direção deRubens Corre;,, é corre-;,, curió qu,. n introdução ao se-gunrio ato, com os personauens recortados cru silhueta',executando mímica acompanhada poi um malicioso duetorie piano o flauta está simplesmente ueiieiosa. Osde Nilson Penna em seu estilo romãtado" com muito açúcar coloridoda época. Graciosos e cpnriizeiitestrates rie Sofia (Marisa RiheiiO'

mi nlo dos problemasOe te.

do Ni

Por outro lado. o -i Ama-

sul Peixoto insiste ein eônser-var .-ob seu controle o Depar-tamento de Obras Contra a*Secas, ii fim cie montei oredime cie filhotismo e ciis-iriijuição cie verbas, apoinn-do-.*, paru isto no senadora ifemiro Figtieredo, que de-tende no caso Interesses deordem puramente pessoal.

On setores interessados emfazer ria "Operação Nurcie.s-te" um Instrumento de lutapelo desenvolvimento daquelureciáü cio país estão exigindoii . si Jiiícelino Kubitschek

i ma decisão contra as preten-soes cio sr. Amaral Peixoto c•¦" .- amigos e apadrinhados.

tnento da ciência universal euma conquista de importan-cia mundial."Por que os cidadãos sovié*ticos -- escreve o camaradaN S. Kruschióv — loram o_prijieires a resolver com èxi-to problema táo difícil, e real-mente grandioso, — o enviorie foguete á Lua -- quandoessa tarefa era, para muitos,uma Incógnita? Esse leito setornou posslVel porque os mt-.*-mos cidadãos soviéticos sou-bcriun solucionar, com suaspróprias mü-ás e trabalho hc-rólco, em prazo histórico ba.-v-lante curto, uma grandequestão social: construíram asociedade socialista e echfi-cam com segurança o comu*nismo."

Vivemos numa 'lia épocade florescimento Inaudito daciência e da técnica. di« eci-nom.a e «ia cultura, quiíndoautênticos contos de iodo setornam realidade. A.s gloriosasvitórias alcançadas pela cién-cia e técnica soviéticas ser-vem è grande causa do fona-lecimento da paz em todo omundo e ao desenvolvimentodas relaçòe.. de amizade en-ire todo. os lítívo*.

Ifoje. data do segundo ani-versàrio do lançamento doprimeiro satélite da Terra, oscidadãos soviéticos procla-mam com orgulho as palavrasrio apelo do CC do PCUS emcomemoração do 42" aníver-sário do Grande Outubro;

— Viva os cientistas, cons-tratores, engenheiros, técni-cos e operários soviéticos,que glorifienm nossa Pátriacom o primeiro vôo ã Lua,inaugurando nova era na con-quisto pelo homem, do espa-ço cósmico!

O PONTO DE PARTIDA«. 4 de outubro de 1957 os

nenti.sia*-. engenheiros e ope-rários soviéticos realizaramproeza heróica; pela primeiravez na história da humiinidti-de enviaram ho cosmos umcorpo artificial que se tor-noti, duitemle certo tempo,corpo celeste. — um satélitecia Terra. A partir desse mo-menlo a palavra russa spní-utl: tornou-se internacional,

E' claro que esse grandefeito hão foi casual: repre-sentou nova e importante.etapa no programa cienlifi-co de pesquisa, por meio ciefoguetes, das camadas stipe-riores da atmosfera da Terra,e do cosmos, programa que.vem sendo realizado, há va-rios anos. na URfíS. Esse lei-to foi preparado, do ponto devista técnico, pelo progressoda técnica de fabricação defoguetes em nossa Pátria. Oprograma cientifico foi ela-borodo e posto em prática ába.se da experiência acumula-da com a pesquisa das cama-das superiores da atmosferada Terra por meio das as-censóes verticais de foguetesgeofísiços grandes e pequenos.

lá com o primeiro satéliteartificial foram resolvidoscom sucesso importantes pro-bjemas científico, a obser-vacão da passagem e da nb-sorçôo, nn ionosícru, das cn-rias de rádio emitidas pelostransmissores do sputnik .• ndua.s freqüências, posslblliia-ram esclarecer cei -as proprte-dades dessa camada da atmos-fera. O estudo do inòvlinentodo spvt".ik permitiu chegar uconclusões Interessantes e mi-portantes relativamente à,densidade da atmosfera emaltitudes elevadas,

Além di soviéticos, lambemparticiparam dessas pesqui-sos cientificas estrangeiros,inclusive da Inglaterra e dosEstados Unidos, Isso se tor-liou possível porque foram co.mtinicados, pela imprensa eem conferência* cientifica.-..

ESQUEMA DO IWOVIME NTO DO LUNIK II!.

Menos felizFrança).

n a nos.. u dc "bolo contei-

çs:âo muito no espíritoos figurinos, como os

também d" N\ Penna,nos vestidos (ia cunhada 1-leatriz (Soiange r

Excetuando a parte cantada, o desempenho esteve, deum modo geral. bom. Destacamos Germano Filho, que,entretanto, poderia acentuar menos o lado caricatural dopersonagem, um tanto exagerado, especialmente, naqueleconstante locomover-se de |oelhos, pelo palco. Trata-se,possivelmente, ria Unha escolhida pelo diretor.

ROTEIRO

Prossegue o TIr Festival rie Teatro Infantil no JoãoCaetano, aos domingos - 10 horas. Também no domingo,no Golden Rnom cio Copacabana Palaco, em homenagemao "Dia da Criança" a petizada poderá assistir á peçarie Thais Bianrhi "A DOCEIRA DE IIRINDUMIJLIM". Te-lefone rio teatro: 57-5102. Estréias inúmeras se sucedem:Teatro de Arena, o GRUPO DE TEATRO, dirigido porB. de Paiva, no Teatro cie Arena da Faculdade de Ar-quitetura — Av. Pastetir, 250 — o Tablado, o Teatro dcBolso, e outros.

BEATRIZ BANDEIRA

Oi I

__, , .

IU td bÜMCl :o)

iodos os dacios necessários a-observações científicas sóbreo sputnik. O mesmo aconte-ceu com u_ lançamentos l>os-fedores .dos satélites nrtifi-ciais e dos foguetes cósmicos.

Um dos principais objetivosdo primeiro satélite artificialfoi o estudo das condições li-sicas do movimenlo dos cr-pes a velocidades cósmicas eem diferentes altitudes.

Menos de um mes depois, a3 dc novembro de 195". íoiarremessado 0 segundo saté-lito artificial. Sua principalfinalidade era pesquisar aspossibilidades (le vôos ao es-paro cósmico de seres vivossuperiores. Nele foi colocadoo primeiro viajante do espa-ço — a cadela 'Laika*'. As pes-quisos médico-biológlrus rea-lizodas com o segundo saté-lite entrelaçaram-se comêxito ao estudo dos raios cós-micos.

Deve-se observar que. porsuas proporções e peso, os sa-[elites .soviéticas invariável-menie superaram os saléll-te,..* americanos correspon-dentes

O gigantesco terceiro saté-lite artificial soviético — 1 327quilos — lançado a 15 demaio de> 1958 é um iabornio-rio cósmico completo.

Basta dizer-se. para que secompreenda sua importânciacientifica, qtie com éle foi rea-lizodo com sucesso um con-junto dc estudos científicosque eüfcotou, 110 fundamental,Ioda.pe!,A nu

I1J Posição da Lua e do logueíe no momento de sua entrada na órbita; (2) Po-si-jão da Lua e do foguete no momento de sua máxima aproximação; (3) Posição da

Lua e do foguete no momento da aproxima_ão deste último de volta à Terra

cidadãos soviético.-. Foi lan-çado niri foguete cósmico emdireção a Lua. tornando-seplanem artificial,

Todo o inundo acompanhouo movimento do pi.mei*ro planeta artificial c oscientistas de todos ospaíses procuraram acumpii-nhar os sinais cletrc*ma_iieti-

eus por éle transmitido» Porocasião desse primeiro vôocósmico conseguiu-se vastomaterial para estudo da nin-lérln interplanetária e dasirradiações cósmicas,

ASTRONOMIA — Cl-ÊNCIA EXPERIMENTAL

Os estudo, leito:, por meiodos satélites e fotuielcs cos-micos retiraram a nstrono-mia cio número das ciênciasde observação. Antes, o lio-iiicni llmitava-âc a acompa-nhar, da superfície cia Terra,os processos que ocorriam nosastros ou no espaço cósmico,sem poder neles intervir oulazer experiências diretas: nometo Interplanetário, Roje. osfoguetes e os .satélites torna-ram a astrofísica ciência experlmenlal, Alem disso, o ho-mem intervém nos processascósmicos ou os provoca, a seucritério. Temos dit.so exemplobrilhante na criação dos co-metas artificia;.-, isto c. liimi-nescéncia artificialmente pro-vocoda no espaço interplniie-lá rio.

De 12 a 14 cie setembro del!i_9 liornamo-nos testemuIlhas de unia etapa qualit.ii-vãmente nova da conquistacio cosmos pelo homem. Ne-ses cüa.s foi realizado com êxi-lo o primeiro vôo interplane-tario da Terra ã Lua. Um lo-•.nele cósmico soviético colo-cou na Lua um estandartecom a.s armas da Unnío So.viética, reallznudo-sc uma scrie de notáveis experiências.Os cientistas soviéticos pre.tendem estudar, alem do espfleo cósmico, o maior corpoceleste próximo à Terra; .1Lua, Comprovou-se que' eslanão - possui qualquer camp"magnético considerável.

Assumem giande valor .1.-pesquisas feitas, pur meio du.foguetes cósmico., da subs-tancia interplanetária büsi*.-»e d» substância dura, a cha-mada, substância meteórica.! A Mmportancta" cias " dehsida-des das partículas da.s correu-•tes de gas, ou, ent ouiros ter-mins. das correntes corpus-ciliares cjiie percorrem o e-.-paço interplanetário e o es.tudo de suas direções, inchi-sive da.s que são cmiticias peloSol, sáo cie extremo, importan-cia paru se conceber os pro-cessos que ocorrem na louos-fera da Terra e se compreender as causas cias variaçoe.sdo campo magnético, da Terra.O estudo da substáiiria meteórica e do sua, distribuiçãono sistema planetário a p..r-tir do Sol para a periferia. uestudo das correntes meteori-cos, Inclusive das que se fo:mam em conseqüência riadesa_regaçíi-o dos cometaslainbém bs> revestem dc gran-cie significação para _e esdiurecer ns leis que regem o 1110-vimento das naves iiitcrplanc*-'.irias, o qual só poderá serlealizado com segurança pormeio das pesquisas feitos ura-cas aos satélites e foguetescósmicos. Nesse .sentido, oscientistas soviéticos conseuniram novos dados tantocom o terceiro satélite comocom os foguete,, cósmicos,

Constatou-se que em alti-tildes bastante elevadas essaspartículas desferem no e_-paço cóbinico em torno ciaTerra, umn media dc òércadc 10 — 3 impactos pur me-tio quadrado e por .segundo,o que corresponde, cm me-dia. a uma corrente de parti-ciliares de 10 ¦ 12 graimispor metro quadrado e por sc-gundo. Parece, à primeira vis-tu, grandeza muito pequena,mas somada por toda a at-mosfera terrestre chegamos amal.', de 1000 toneladas cm 24horas,

Todas essas pesquisas docosmos, realizadas ei* pra-W táo curto — apenas doisanos! — constituem grandecontribuição dns homens su-viéticos k ciência mundial. L.modificaram as nossas pro-prlns concepções a respeitode uma série dc ciência. De-saparece, pur exemplo, 0 iimite entre a astrofísica e ageofísica. Os corpos celestesse aproximam de nós, nomesmo tempo em que sr am-pliam os objetivos das pesqui-sas geofísicas.

Quais sao . - ...*.lv .,..>Tornou-se bn.sianie difícilem nossa época, fazer prou-místicos. Quanto, às pesqui-sas da física ria atmostera.superior, por exemplo, o es-tudo direto da Lua já esta

análise dos espectros de xSí*B ^ ""' "^

?*ehtttUmassa revelou n presença deions do oxigênio atômico, do

azeito atômico, do azóto mole-cular, do oxido de azóto e dooxigênio molecular

Nns pesquisas soviéticas doespaço cósmico houve um novosalto qualitativo a 2 de In-neiro d0 corrente nno. Pelaprimeira vez mi história dnhumanidade comunicou-se asegunda velocidade cósmicaa nm corpo artificial criadou.i Terra pelos eslorco» do»

a.s questões planiflcadasUnião Soviética para oGeoflsico Internacional.

O CINTURÃORADIOATIVO

sào extremamente interes-snntes os dados científicosconseguidos com o terceirosatélite artificial, O maiordele. foi ji descoberta do cln-furão radioativo existente emtorno da Teria

Realizamos lambem anali-ses bastante completas e nu-portantes du campo magnéti-co da Terra a grandes distún-cias de sUa .superfície. Deve.,mos assinalar, em particular,as pesquisas diretas dos cha-macios parâmetros estrutii-rais dn atmiistera superior.Por ,e-«*>a expressão subenten*de-se o estudo da distribuiçãotia de^Mede-Vcía composição-da atmosfera por melo de me-diçóe,, diretas, renlizadag poraparelhos instalados no ter-celro satélite manômetros dedois tipos, para medir a pres-são c um espectómetro demassa pai'n medir a freqllén-cia da radioatividade paradefinir .1 composição chis mu-léeultis de gá- e átomos na at-nkisfcru superior, em esinclode ionização. Essas pesquisassao muito complexos do pontocie vista experimental: exigemgrandes gabaritos das reci-plentes, dc peso considerávele de complicado uparelhamen-tu para transmitir informaçãocientifica à Terra. E' por is-so que ês_e.s e.*tmlos até ago-ra não loram realizados pelossatélites americanos em vir.Inde dc suas diminuía.- pro.porções e pequeno peso

IDÉIAS QUE SEMODIFICAM

Mimlmente os resultadosdas observações estão sendodetalhadamente elaborado.-, eos cientistas soviéticos dls.põem de dados _ respeito clndistribuição da densidade daspartículas neutras (nfio lonlzadas), em altitudes de 200 n500 quilômetros. Con.stc.tou-se qtie até mesmo a.s repre-scntaçôes teóricas da atmos-fera relativamente recentes(1957) não dão. para as gran-des altitudes, uma Idéia exa-tn dc sua estrutura e devemser modificadas. Estabeleceuseque a atmosfera superior ciaTerra é ina.w _vn.-;a do que sesupunha, o que è uma desço,berla dn. maior Importância.

No entanto, uma conquls-tn ainda mai. notável é, anossu ver. a pesquisa do cum-posição cia ioiiosfera, a gran-des altitudes. Pelas invés-tiçaçõcs feitas de lõ a 25 de111,uo de 1958 com o terceirosatélite con.segulu-.se um ma-tcrlal, já plenamente elaborado. que inclui cerro de 15 milespectros de massas de ionspositivos. As medições foramfeitas nfl.s altitudes de 225

.1 cerca cie 1,000 quilômetrose abrangem uma imensa re-gifto dn nímosriTn. da Terra,tanto em amplitude como cmlongitude. Trata-se dc umazona em que, segundo Idéiasanteriores, praticamente jãnão existia atmosfera tefres.tre, e onde se descobriu umaionosfera bastante densaquanto à composição químicada atmosfera ne_sa'r altitudes

Nao ha dúvida de que mui-tos de nós nos torna remostestemunha, de êxitos novostalvez náo menos notãvei.110 estudo do cosmos pelo»cidadãos soviéticos.

No entanto. «ilSuns ncohte.clmentos realmente marcamépoca paro todo o sempre _entre cies* estão n lançamentodo primeiro satélite artificialda Terra, a criação do pri-meiro planeta artificial e _Drimcuu vfln Inir-t-aUa..-. ¦-*¦•¦

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li i 22 -10 - Wf NOVOS RUMOS ____f-_____-_É-Mi«H FÂCINA 5

CarreteirosGoverno ¥è% Corpo 3ioieMas Mariiintos Forçaram

V o v a inter v e n ç ã o±

±A cidade de Niterói voltou

» ser agitada na últimaquinta-feira, em eonseqüèn-cia da greve dos marítimos,que „e negaram a trabalhai'paia n grupo Carreleiro,proprietário das empresasrie transporte eutre o Rio, Ni-leiói f. illias da Guanabara.O movimento desencadeadopelos trabalhadores do ma:,«pesar dos transtornos quecausou a milhares de passa-neiros, contou com um apoiorão caloroso da populaçãofluminense e carioca que oGoverno se viu obrigado adecretar unia nota Inter-venção nas empresas que.Poucas horas antes, poi -eu-tença judicial, acabava a ceser entregues aos irmãosCarretelro,

A greve desencadeada pe-los marítimos não pra no-\ 'dad<- oara ninguém. Ovtrabalhadores dos estaleiros,os foguistas, mnrinlieiios,mestras ás urrais, motoristas«¦ empregados de escritóriosdo-- Carreleiro, rem.idos nosindicato dos Operários Na-vais, Iiã ma!.- de um iiié«(.comunicaram às autoridade*que cruzariam os braços .-a-sn as Frotas Barre1 o. Cano-cr e Cantareira _^'sseni aadministraçüo dos Canelei-in Essas eniorésa". como sescbe, estavam sob bilerv 'ti-cáo Federal ri^sde os ?¦••:>-technentos do do. Ti demaio.

INTERVENÇÃO DEURESULTADO

Sob o reginif» de kvlerven-cão Federal os trabalhado-ri»** começaram a ler novar;da. Os seus saários M6milhões de cruzeiros men-•ais) não atrasaram mais.Aa cotas de previdênciaunais de dois milhões decruzeiros mensais! passaram» ser recolhidas regularmen-te ao T.VPM. Todas as dc-mais despesas estavam sen-d0 oaRas. As empresas, om»o«i Carretelro diziam ser rie-fieitárias. assinalaram um

saldo mensal cie três milhõesde cruzeiro:'. Os Carreleiro,entretanto, que recebiamuma subvenção maior do quea entregue atualmente aointerventor, alegavam pre-cisar de elevar o preço daspassagens, 0u de receberunia ajuda governamental demais.três milhões de cruzei-ros, para fazer face ao pa-Ramento do pessoal. A.liás,foi exatamente por isso, istoe. Porque não pagaram o sa-lári-i dos seus empregados,que houve a greve de maio.cujas conseqüências foramdesastrosas oara o, própriosCarretelro,

As autoridades sabiam,portanto, que os marítimosdesencadeariam a greve neo-* Carreleiro fossem reli !¦•-•fiados em seus bens, Os Ira-balhadores afirmaram, emvarias oportunidades, queestavam saüsfeitos com aadministração dn interven-lor, e que não desejavam vnl-lar ao regime de exoloi ,-ca idos Carreleiro. Coerente.-!com essa opinião começarama intensificar a lula pelaencampação das empresas,Em -0 de junho, o Governobaixou um decreto declarai-oo d,« utilidade púbica osserviços do Grupo Carreie!-ro. para lins tle expropriaeão,Mas as próprias autoridade-terieiRi- e principalmente aComissão d» Marinha Me,--cante, começaram a dificu'-tar a solução definitiva rioproblema. O deoósito de fluomilhões d.« ..".'tr/eiros, exigi-do pela justiça, para qu" oalo d,> desapropriação fosseefetuado, não se efetuou. OJuiz da Quarta Vara da Fa-zenda acabou por cieten.l-nar au» a Coinis.-ã-, de Mai'l-rha Mercante devolvesse as•Muprêsas aos irmãos Ca-re-leiro. ftsse íat0 determinoua eclosão da greve.

UMA SURPRESAARRASADORA

Tanto o Governo como osCarreleiro tomaram provi-

déncias paia que a paralisa-ção nâo atingisse aos seusobjetivos. As autoridadesfederais P estaduais niobilt-zurain as lôrças de repres-são Os Carreleiro, por oulro'ária, arregimentaram umgrupo tle fwa-sreves par.tassumir o trabalho às 15 ho-ias, quando a. parede teriainício. O, I,io saiu-lhes pe-Ia culatra. O dispositivo an-tigreve estava nionlada pa-ra entrar em arão às lã ho-ras. Mns a greve foi riefla-grada às II horas. A anleci-riai-ãn do movimenio deter-minou a precipitação dasocorrências ? a lápida viló-i a dos grevistas,

SOLIDARIEDADE. FATORDE VITÓRIA

T.oro que a paralisação loieíetiiacla. o Conselho d.i Fe-rieraeáo Nacional dos Mari-limos lançou uma nota pu-blica declarando que qual-nner violência qu,- vle?»-* aser praticaria contra o.s tre-vistas determinaria 0 colàpcoloinl do tiát"uo na Baia deGuanabara. À sece d- Siu-dlcalò dos Operário-- Navíi"'.otiti" funcionava o comandosrevi.-t.-i. emner.arani a ehe-vi.r iiiaiiiiesiacõe-- de apoiori' diversos setores. Os sin-dicafos iliiinuieii-es. reuni-.io no Conselho n«-c:o:ia 1 riaCNTI. declararam-se em as-seuib'ê:i( permanente. Osrodo\ ávio.i ameaçaram eu-Irar em greve a Unlfto Flu-mijipnse de Eslurhnles e aPresidência do IV Coiigres-so Fluminen*» dos Munici-pias, enviaram moção deaooio k luta dos maritimos.O movmento começou a ca-nlíar novo asnecto. O pró-prlo Governador do Fstarioenviou insistentes aoelos aoPre.sideuie da Reoública pa-ra que encontrasse umaformula capa:*, rie normal:-

7R,- a situarão, impedindo oretorno rias empresas nosirmãos Carreleiro,

O movimenio iniciado pe-

As -rr-T-in-f. plenárias -l(l ( Íimijiiym.ii foram muilo concorridas

LAVRAlHES \W VALEJHCÃMPEIINS IE PIAITA [)IVAtENÇA — Estado do

Rio (Do correspondente)— Inúnieios lavicidores,muitos dos quais traba-lliando há mais de 40

anos como arrendatários eteiceiros, estão sofrendotodo a sorte de persegui-ções na Fazenda Boa Vis-

ta, dt propriedade do sr.

Gabriel Villela. O admi-nistrador da Fazenda, si.

Antônio Alves Campos, e oseu capanga Sebastião Pe-

dro, estão impedindo que•s lavradores continuem_ «lanlar.

Antônio Francisco daSilva é um velho baba-lliado. aue liá mais de «10anos reside na Fazenda.Nos últimos 10 anos con-seguiu passar de emprega-do a terceiro. Ne:se pe-riodo, transformou umarande brejo em terra cul-iivável, a e s e n v o Ivendouma lavoura de milho, ca-na, feijão, arroz, mandio-ca, inhame e cofé. Agorao administrador quer ex-pulsá-lo sob ameaça deespancamento,

Sebastião Pedro rapan-

go do fazendeiro, botoufoqo no paste que eslavaarrendado ao laviaclor Ju-venlioo Carvalbo RochaEm virtude disso, para náovei seus animais morie-.em de fome, o trabalha-dor teve de arcar com umgrande prejuízo, alimen-tando-os, durante longotempo com cana de acú-cor, banana, inhame, etc.Os lavradores, entretanto,continuam 'esistindo ás in-vestidas criminosas do fa-zendeiro « de seus capan-gas.

los maritimos.se linnt.torn.oiem lula de todo o povo. Flu-mínenses e cariocas, manl-feslando o •'¦'eu apoio à lutrpela encampação dos tvans-portes maritimos na Guana-ba:a, deixaram claro a sn*1condenação á conduta dcMinistro da Viação e da Co-mlsfão de Marinha Mercamte, que vêm protelando a de-s a própria cão dos bens dosCarretelro.

As autoridades governa-mentais terão açora mais «odias para proceder à encain-pacâo das Frota.-'. E«sa so-lução não Dorie ser nova-mente nrotelada. A interven-cão fed»ral nas Frotas n'o-vou que o Grupo Carretelrolesava criminosamente nsseus empregados, o povo * oGoverno.

Os Carretelro, como ia-/Açora a T.icht com o serviçode bondes nn Distrito Fede-ral, afirmavam ser Impos-a-vel manter o tmnsoorte depa"saeeiros na Guanabara.-cm um novo reajuslameutono preço das passagens oumaior s"bveni'âo oficial.f'ies recebiam 11 mllliõpsmensais, p queriam mai» Iresinilhofi.*, O mais grave é qtteo Govè.-po atendia ae.-- Pb.,-mes do transporte Rio-Nite-rói sem procede1*, sequer aum exame sério das suas rs-ciilas. Mas. com a iuterveu-cão federal, ocorrida maisnela ação dn novo eu: maioú limo do que ie . vonl 'Acdn povénio, fit'*"i movadíi amentira dos Carreleiro ointerventor tem paço relleio-samenle o sa!á::o dos t-ab.i-lhadores. as colas do TAPM.as desoesas de óleos <- com-bustiveis oue vão a ?, milho".*-t duzentos mil cru''e!"o-ime, miis e não a (I milho sconforme alinnavam osCarreleiro, e ainda lem a-seiurado um -aldo de *! nú-Ihòeí de cruzeiros.

Paia acabar com o aasa -to dos Carreleiro aos cofrespublico-- r i economia no-pular e pôr um fim Ss cem.'-

f__*mm _____

?_,,.i -__P*, J^jJjl» t^___^__m jll_k_r^l _n_r^l in&ll IÍhHjI- - $'H''77 ^l_______t:í7>il^a_HB _K-__ _h_^_Ml_HI m^am^^"^^mÊMJiwÈmWmÈTlF*^^ mmM WfNt^mmmmsSm Mm Wtt \m* ^V¦ y^HM IPHHI '-%¦ /HraH_^S«^^Rf4trasJ-.^^_lP jymmmmmmmm^^^^^^^^mm^^^^'^

'¦'mm^mBmmm mmmWãBffiy^^^^.w__I''5í»__i _B_e_*j^^iE_____í__l ¦¦¦ mt&í&ísi-y''- :>-'"-H|a mmWmm"àTa WM mwM mmmMtejtt&s -: 7 ; ¦-

-Rx^M-R-l JÉtw-i-J mM?^ :':':i______t_^,' ______! ______m_____k __HB___»'__â______l ^*^____r______ímmmmr'^Jarmmm\ _S______I ¦Ex_B_^w^___i 4''-''v-y^'/ '

__W • {m_M ___m ___________t

a grevt! na (•nanaliara, o povo arranjava-se como podia rom osIranapoiirs colociulog à «ua dispositjão p«'la Maritilia de Guerra...

tames inquietações dos pAS-sn geiros e trabalhadores dasFrotas, é que o povo. ao ladodos marítimos, vem exigindoa mcanipacào dos serviçosde transporte na Guanabara.

+Posse da nova

diretoria doSindicato Ho-

teleiroSerá enipii.sMiil» no

próximo dia .'51, à* 19lioras. a iiiao diretoriado Sindicato do.» ICmpre-•iados em Coméreio Mo-leleiro do Kio de Ja-iieiro. eiicalteeuda pelolider Kui VKch l.uinia-rãe>. (I antigo presideii-te iln Sindicato, .tr. l.o-¦¦lides José Batista, loieleito representante jnn-lo á Federação, A rha-pa ii." I. composta dossrs. Vleindo Horário daCosta e Luiz \lljIUStO dcI i nuca: e a ll.' 2, enca-liet;t:da pelo sr. SíIm-rio Manoel da Silva, lo-ram derrotadas. A pos-m- dn nova Diretoriaserá ua sede social dnSindicato. sesnindo-seii in animado liaile.

Quando a Produção Da UniãoSoviética Vai Superar a Dos

Estados Unidos.Por que o socialismo venceu complteta edefinitivamente na URSS?

E' possível a coexistência pacifica entre osocialismo e o capitalismo?

O informe de Kruschiov ao XXI Congresso do Par-tido Comunistaa da União Soviética responde a estase outras pergunto'..

Conheça o PLANO SETENAL que lança as basesda construção do comunismo na URSS.

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Trabalhadores AlagoanosQuerem a Reabertura

Das Fábricas De TecidosCOROADO DE ÊXITO O 2.° CON-GRESSO — ENCAMPAÇÃO DABOND AND SHARE EM TODO

O NORDESTE("i '.'* Congresso Regional

dos Trabalhadores dc A1 a£ons realixou-se dc I a 4dc outubro, em Maceió, Tn-maram parir :.''! sindicatos.• -1 ii.ssocimws, represen-intuiu .i totalidade do mo\ imento sindical alagoano.

11 nto íixhi-!iii,iI. i.x.lu.i.Io im Palácio dos Trilhalhadores onde está loeiili/tida a maioria dos sindi¦ iitos, alcançou grande irpercussão, lendo sido in.iiliíido fielii emissora oíiciai, Foi presidido pelopovernador Muni/. Falcão.Participaram da mesa omajor Ronalvo Rosa e Sil-\a. representante do Co-mando da Rcpiâo: dr. Mu-lilo Mendes, Secretário doEstado; deputados VáltetFigueiredo, Tareiso de Je-sus e Armando Somes; vereadoies Ronalvo Sk|iteiia. 'Miiiidiuuni Sampaii): osdiii'.,.entr,.s sindi''ais Unheio. Morena, prin DisiritoFederal: Plácido 1'essoapoi Peinainlitfo; l.mfrivalSales, nel'i liiiliia: ManoelP.ollemheríí, pela DelepaciaResional rio Trabalho; -iOsvaldo Riaja- pela Ferleraçáo das Indústrias doAlagoas; r .losé Luis Ferrelra, Presidente do Congresso.

O TEMÁRIOO temário do Congresso

constou dns seguintes poulos: das normas get-aís riatutela do trabalho; da con-tratai;,*!o coletiva do traba-lho: dos problemas eeonómieos do trabalhador; daprevidência social; da le-

pislacão social, da organização sindicai e dos p:oblemas regionais. <*• assuulos gerais,

Para eslucl: ¦ dar pare-¦ ei sóbre esses pontos foiv.in criadas lies Comis-~.)i->: Prr\ idência Social,Kstttdos de l.enisliição Tiabiilhistii c dc Ksttulos Ki o

AS PRINCIPAISRESOLUÇÕES

Üs problemas econòmimos ocuparam a piincipnlatenção rios eongressita*.A situação dos trabalhado'ies p de extrema penúria.As fábricas rio tecidos dePilai o cio Penedo o 'tão fe-

i liadas há mais rie doisanos, (miras e lão em nóssimas cniiuiçõe- Nessesentido loriiin aprovadasindicações paia fpie e---;i-fábricas venham .i recebeiuma a ilida dn I Isl .nlo o dnCODKNl i a fim de cpic sei; m posta - cm i uocioniin ento. Tauihém se disrviiu iiiiiiiii sõhre a necessidade de sei cumprido osaláiio minimo na icpiãri r-r|i uma |'0\ isão salaiiu'•imediata.

Uma das piincipais icso-loções (ornadas foi a deencampai a Cia. Foiça el,u'' Nfdeste rio Brasil que.recebendo a energia daCHESF a preço bar;Íio, adistribui por preço proibiu\o. O Congresso decidiur'])oi:u a ação cio Governador r da Assembléia I.oki<lxii\a no sentido da enoritnpacào. sendo criadauma ampla ('omissão com

posia de irabalhadores, es-ludanles, técnicos, pai Iauienlaies. para dirigir os-s-, campanha. Decidiu-se,li mbém, apoiai a criaçãod? Cia. de Knergia Klctrica rio Alagoas, companhiaestatal que vai substitui! aITLNB. Além disso. apto.vou-se o apoio á COÜKAL.nuo vai superintendei n

O i'ongie.sso rei lamou aeleição imedinta na Fe-dera(;áo dos Ti aba lhadoresna Inilii-ii ia, suspensa pelnex-delegado regional dotrabalho, Fd-nn Falcão. e\pulso cie Alagoas. Há ma isde seis meses que o prn«

i esso se em ontra r.o M i •r.isténn do Trabalho, rpionáo dá ,i irlamcnlo ne-

de-eiivohimento econômico nhum, impedindo a reor-gani/acáo d,\ Federação.

Nu 1'iiriiir-ii. dia t, com.1 -.'1 ii enmplelairienlrt

do Ksiado.Os trabalhadores alagua

nos reclamaiain a aprovacão das leis (itgâniea daPrev idélicia Sócia I n dc ie.¦.iilarnenl.c.ii- dn direitoile grev e, reieila uclo o -iihs-liiuiivo Jelferson Aguiail-.nv iaiam i.m protesto aoMinisiio do Trabalho pe

d ilido a re. ogação da PoiI, lia n. I."iS.

che ', i : -ei mu -ne. O I on --.-.!• ii Fui i nião eslabi le-

i -du mie Iodos n- Kstadoscin Niiide le ¦ er\ iiinv pela( IIKSF c explorados pelaPm.d and sliaiT realizem

. lu c\ c nina reunião conjuii -Ia pai ,'i' 'lin-.iii in peta eu-enu". Iessn empresai.oiic amei ii ana,

íAtÂBDAW <

<> governador Muni/ l'7ilcão presidiu (loto) o ainde instalação iln (,'on<>i'es,->o no qual laiulirin com-parece ra in outra., altas autoridade- do Kslado,como o major Komalvo Ho.sa r Silva, i-cpi-cneii-lanl»« do Comandante da lícuiãii Militar. »• o <lr.

Murilo Mendes, secretário do gmr-r:—«

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~M*H4A é NOVOS RUMOS 16 a 22 - 10 - 1959

VlundiaiBorracha No Brasi! EncolheuDe Maior ProdutorPassamos a País Importador

50 anos de submissão aos trustes e de agricultura semifeudal desembocaram na situação de hoje — Esplendor e decadência da Amazônia — O monopólio estatal salvouda ruína completa — Crescimento do consumo muito maior que o da produção — Ou

nova política para a borracha, ou agravamento da situação cambial do país

Paia multas pessoas e .-nu-

plesmente vergonhoso que iBrasil esteja, Agora, h impor-t-ar borra: ha pata sou cuiisu-mo. RealmenlH, nãn mereceoutro quantitativo u lato dapátria da seringi eli . dn n.uda oaide tu: ain H du imi io Oriente .i- ne d ..- d i ai vo*re» quo hoje nu* abastecemter reRredicáj taiuo om apena-s50 anos. Mas comu veremosnesta reportagem, u que ocur-rs e a eonseqiiíncía loiiica áeuma série de Iaiores. entre o»quais a natureza somlletidalria indústria exuativa 'i.i bor-racha no Bra.Ml e as luivida-d« dos monopólio» «.-iraiigel-ro» entre ne»

BORRACHA EAUTOMÓVEL

stlea. «in tayisJo e uiii iu ii**-

A primeira febre da burai lia no Brasil [oi pruvuir-.-i pelo surgimento d,t ineiiis-tria automobilística, emriu soculO passadoie, O nosso pai* pra, então,n 'inico produtor mundial dafina elástica e o atmienio ú<>consumo elevou enoriueinotueo pieço do proeiuto. No pi in-

i ip.n deste século, • ni i| ii-lo de borracha chegou a .*evendido a 30 mil reis. o ipie» pregos de hoje. represem -i -i eiois mil cruzeiro.* A \uui-? ¦ na — região produi ira —\'.'.<-'i oins áe fast.ígio. Chegouy produzir 40 mil tonel.nl t-l''. ano. Para qu* se leub i

ru meia do golpe por que',¦¦¦, passado a economia (iu

f -. ' mo norte, bastei di/et -e(,: hoje, quase 60 anos di -

1«i* n preço da borrai lia au-lientou apenas para nu ou «D

eiros. Segundo o i'i''in uliutotim Intorniaiivu du A- - -

.. i de Relações Publicas doHnnco (ie Crédito Om Anui .,-i-i.: 'Agencia de Sio Paiilm.toda** ns compra* dc bona-iha bruta e-teluada.* pr!u Ban-cn, om 1968 iu Bdm-ci •-ii, o-mouo|)ólio da compia du li u

: rn lui n.u iiumi - niuiil.ii uni ai;Ó:ea ut 'J;i áUO lunelana.*. pe*Io pir.i médio lie aproxima*liaiuente 4.'i 11 uzelro.* o quilo

Nãn iluruu inuiio a pro*pe-: idade ua Am i/.ólilu depois

que ,i . eriug eii., lui Iraii:

p!aiiiii(l<i paia a* ioIoiiIb.i in

({Itíf-dJ-. r liol',» tUltl .. Utl A?ittCultivada racionalmente .;lui mu p c I.-.I.- aliena alglm-unos ixnsi que a prodliçiu lia*

i lunal .-!• visse I.i galueiile .*-,perada f ,i preço Internacio.uai cia 'ii 'rincão da guinai on.-id-iii-.i-luifiiii' ledii/iriuMole a plodliçfto (i;i Indoilc-

,.i e ú,' céu a de 70(1 mil lo-neladas e a mundial eleva-se» qua-, dois milhões de 'o

iielarias, A ua: ,i pacáo i\iBrasil que ja !ui o linicopi udiil -.'i in mula!' limita -

e a pu ii o mai.* u- i u i , cn -

QUEDA ERESSURGIMENTO

Nu de ui.i dc HO u p: mi li anuai lonal ledu/ira-se a cercad>- 15 mil tonelada, » n"*<- ni-vel ,,'' i,i iiuiii' ld i ale que .*.Segunda ' '• ¦<¦-. a Mutuísal11-la-.-i- mnu loilie ii,- bui rai Ilal'i'iv:i(!o* da* 1'uiies dn Oi leu*le, i,i! pada- pelos lapnnósi-..ingle-e i- anie; n-uiiii*. nriiu i-palmou c " ul' unos volta -ia in-; e para u Uru.-il l'.»!ioii.iiiiiiiu.1 ii Bani u íie Credilo da Bonaclia ruiu rapilaí*iio* sfovci no. nn: le-.üii" ica-:o* Uil) mil iu íie- - e ba liei-

o •:'" 77:' ;<c: e -i .i ¦>' ' i iini.i .-uisi itai nu t

An .-. (uii.i ii'.»i)ijiideu i om auie-.uu» generosidade Lm doi.*ano* ile atividade do Banco,de l!iJ' .i l-Mi :) proilueiUi|>.i - i '. ii ! - li.lí pai .i l!'l mil

- lonctada- 'Ne 'i i-ni .-i.n ¦ni. íoi ;.i iii.ui .. .. j du e\ •!-¦!-'" 'i Ij.ji -... lu iiuiliai t-.* i/eli meu brotalineli e sai i Uu <iuo.- i-oiisiiUii iiiu i apiuilo a

i '-1 !'¦ '¦'' i' ü iJl k O- t ..(- i(H;l i- '. ''¦*' • II,IO. Ill-t,.iluni .,

^íKmh&u-^I HM BàmW*w mm^m*i\Mi WmwwmmWm. > a^ m

V> aeriugiieiru.. r\i-i.nir, ,iu ;,, ,|„,. „ ,u,|Ulvzapianloii. |Jor ia*.... (mlu ..-i-iuj-urii,, ,,A,, |,(M|,.rvplorar tnais ile 2IM» árvore», ao cunliúitn iii.((liei oeorre na» iiioiliinas planlavoc. iii, Orienl»-.oniU «>« Iriislea <1n liorraelm e\|iloia«i o Iruballionoa e<tni|><iiie.*c. c a ee-onoiuiu nucioiial .In Indo-

nc-i-i. ilu I i-ilâii. dn Vlaliiaia

ilu mil tonelada.* em l!H5 e .1.(.' mil nu ano seguiiile, h'oiquando a guei ra terminou e.se estabeleceram a* llnhas-uri-i-u.ii.. d- (orueclineiitu debo 1 ai ha me .ini!

O PAPEL DECISIVO DüBANCO

*. .V ..*C!I, ly '.lu 111(11 JlL: f.

lei uu e o baixo coiimiiiio .:leruo, colocavam n \iiia.-aniaiiuiiia Mtiiacán diliciliina K11-Ire !H4.i e ItlãO íoram proil .--., .1*, no Brasil , én ;> uc 170mil loni lada ¦ enq tanto o

. oii-uuio iiili-riio nu ii.i--u.,período ap-*.' nr- 1 resi emenão chegou as ',011 uni tonela-Oa.- Foi iia&ia leiiiergéiii-id qneu monopólio cila lal da* ope-...,oe* tuui.s jc compra e ven-

ua ii.i Ijoi :tu lm ¦ \ei itadopelo Báiicocla Borracha, poste

: 101 mente iruii! l .'i iniulo noBanco oa Amazônia ilese.m-

penliou 'nn p.ipcl üei.iMVo Ue.111 lado. assegurou a compra

da boi rm lia produzida 110 pais<- de oittru loineutoii a Indo.--:i iali/.acãii úo produto princi-palnieute mediante o tornei I-mento avegutado oe matéria-

pi una a* conlena.s de í:ib:.'*i.«

que loi:nn - .1 nu,do iioiaiTa-inenie nu Rio, eni São Paulo eno Kio Cirande do Sul,

Quando o 1 oi,- .mo lutei uo•iltiapu 'i . a piuiCiito nui lona!, :u...iiiidu .mu lnipo: •'rti ftu . uiitpleiiientiit' d;: bn: -

laclia, conuiuioii o iii.iiiopoiiue.-i^:.ii ,iu.bem pu 11 us .111-Uul! iicóe*. lui Mi'uiu.11 pt*l il .-

:¦.". ale !H -K. i| laudo abolidoo monopólio esiaia! po e*.i-íéncia do- 'ri.vr- ue pi.eli- .iiiullcj -.'.uinull 1 tu ,jo Mui-bem .iu 1 i ainpaiihu de til-.- ms 1 ,in ue .íei:ns-u.* d »Alua o: .!.¦* ii.iih ;i ;th(j!lviin (i ¦inollopoilo '¦*' a: ai lia . olm-i -

• ;.ili'ji ;im (lil Ul ml ,1'iVi M(lí'lU-i.al K.-iu • uinpanli.1 '-iu um,:.,.- 2." .- lu ;.* ativo- detell 1-

: e- 1,0 vi,\ ,-i nsdor Me-i-i inl.oque . r to: c.on uma e*u? le de|ioi:., -u.. dos , 1 andes -,e .11-

¦ j .1-' ;ii a:i íi 'ijUfi.rr- -A i ..-

e .-ei .:,-.. . que lu t-i cm•er coiitiiiididü*' 1 om u* i-1 ii. •

-.- ielios, que exfíaem 3 n 11»-

I biui :j •..-.•- .1 ¦'-*.. ..1; &--, an;.ii'-ii.* q ¦'" oi *eiii.gall*tft*

aiiia/üiicu*es |iei. -e.iu oblel1 mn i ab.'In .io ;io iiionopoiiiil'.!e'.'. ;ilii'-:.'i . -ei.iii, Sá po:

1 1'iilu 11.1 Ij"i 1 ai ha 1 oii*iiliiidoí

pelos ciiu li 1:1 *'•¦** 'le pneu-lii-.il lio*, uiii'10 de pn .. u tem-

pu o.- :• :i,vui:.*:.i- e- !;i: Mm

pingido* pelo, ni e, os de mo-liopóllo e. :.«.he!ei liiu- Ijelo.i:,- i;s'c-, . oiuu •¦ ': i - em ou -

: ra.- pai le iin iu u 1-0 e aquinie.snío i' i-' •-( •' ¦ >: -1' üodos plOlIlllO *. ,.' Hlüodãoi 1'.

i onvélll nfio esquei e q ,e uít,.e IniposMvel a repetição huOUlljUtliUJ ;t Úu j jjüi'}íUel ! i\quando Inl piei i.*:iineiiii> omonopólio '¦ laiu 1, .' n. ,al-\ 1) i; (.1 a 1 ¦ i 111 a - 111* \ v d c *. 11 .1 *iuai uu...!

I)j,1 o

CRESCIMENTO DOCONSUMO

(j aumento o-- 1 ¦-'• n.u .uIwr tn i:;i n.u iou.<! •». u- ' '

1; iK-iii-aii eio ij.i,- .1 .11.':.'c uame. ma medida o >i -i '

mais .-ério, nianii i.i.i • • e.*uclollâllíl e ale l.i- :'--'.a

: ih S' a\ '¦- p.-i bli ci.--- ' '¦'•'11- lm-- lia dcpel Mc;,. .1 i ' V

'1 li. lt*ri l qi.r- .4t d .', '. ¦ HA?

IlilliurCs luhl :r.i; >| .. ' '¦'¦

il.iii';u:ói .* de b :' n na uaA- i.i ¦ C I «-11! l-.Si-:, .. .;., '..'A ¦'

> pe.sudu item 1.. u.-i.i;pa^anienios Se i- ;.Biiui o da Aula; ". ' 1 mp

! I milhões de ilulu r. em b -:: adiu en: lilãU ,.< eutivu ..'d* d 11 Covil Du iir;.-.u. »o.*

¦ I USIei 20 llllIllOe '¦ |)0;.le n-mente mais lü 1 111 'ut.i! Jr:ci milliõe.* de doi 11' pai .1 -.iiiesino fim.

Il m teiidénci- a» n uue:.,u ¦ onsilliiü pi.. ¦'. e atui ,icom a fone ãoIioiüciu u'a 11.-.ni-liiu aiiionuibii:.-' .< 11 Num;; abalho publicado lia céi ca di..iu au,i ' "Revi. lu li: .1 ÜH'11-*e". n ' 18c mu ls ei' "ii

clesequillbl io 110 dc "i;io!\i-iiieino econômico ii" Bru-i!".o ei onoinislu Meu 11 l'aivaoapresenta a sentiu. <¦ p:i-i'i;iodos consumo,- ele b n uclia noBia.-il esihnaüva ! ila .1 íj.im-ile e.*:ndo.'- especili o- co .1.-' 11 :

-\u,j-u:.,j u\in dt ílipill ns

,eit-. .ii.uli-- iniei u.is. lannum); quaillo 11111 c-'- principae iiiubli in.is da econoiiiliiua/onii a e piecl*aitienle ar*ca..-e/ >ie nuio-ilc-obia

\ ,1. ,1 Uu ,pui • '; a lie . '

nu dlulile o pi;'..: li) : .11 .":••utr .ci 11,>¦ -,cii a- qu epüiislbilii a11 um •'¦ homem 1 lidtti a'.e de:iiui.- iu- 500 árvore.* ilhdolié-

,.v MaláMM, Ceihi..' e ele*- tindo u piodniii so.11.e. re-uin! 11-11 Ideiàveliuenle us pi e-i.n- lie ill.*'o.

;,,, Bi .1 1! por di 1 : '•' o liai-Nado '.'in IHâ 'He- 11 ' ilO ijiM <-..- indil iria- de ai lelatos:, .-.ão• ijiiysiii.is a invi-rie: -O poi

1 ei,:o lios • e.ls lu: 1 u* líquidos,n !(jl II Ul ãll l/e sei .l.iiul- de

iltivo Todavia, lal dispo>i-, nu lainais (oi i .mp: nla.

K u que cxí-i e oe heveai ul-¦ ,:.-:.u ionul e ainda luililü.,, alxuiiias p!i'li'açòe-iiloMiuus n Bt.-u. uu !',iiu e

i é.i ,i de -l -!i inilhõe.- de aivo-res em Una. na Bahia, que,>i-.ii .ri-n; lale.x liquido Alémdi.-ío em .São Paulo esião sm -

..r.iiii laiiinas plaiUacòes, mu.-aín('H o cedo riado que seencontram em /una tempera-da pa a -e fazer promió.--ticos sobre ua piudtiiividadeNi, plano de desenvolvimenioci-nilólllico ue São Paulo a Se-i iclai i.i dn As;i u li ura proje-

t iu ilu- lalõres qlie e\|jlieaiu a decadência da

iiidú.-lria e\lralalivH da liorraelut ^ão oa melo*

du- |M'iniilÍMi. que «iiiiln lioje |»ermaneeem o«

iiii-Miiiis dr lin- dn -.éciilo |i;i*-:id<> Vi ><>iiii>h Ilin

-eiiiimieiio ••co/.iiiliando" n linrraelia, d«-f»»»is Ha

extração du lale\

la pluniai -.!' liiilhòe- de ar-vo.e,* nara » produção de boi-racha e luiex liquido.

Quanto a borracha >inte"-' >. tiú lima iíiande !un ii .1 eu;

ii.iii.stiucáo pela Ciooá-Yeai"i- .i !-'.:i slonc" pu-.i a 1'e'iiibrás, O contraio de q'te no.*oe iparenioi depois, tem pon-:os indefensáveis - perigoso-para a Petrobrás, Eivrelanto.

,i b irrai ha siiuciii a. cm vlsínmi liiiiií.icsui rio -ou emprénuc mpiii umiilicos ou a '' fatie,não e a solues"! Um artefa*lo que tenham em . ua com-

posição mais de ü'1 nor cento:ii* boi racllii siliiclíi a na'- 'en.

diiriibilldaeie, iie*vii-ia-*c íu-uilmeuie.

NOVA POiiTICAUuiii bundo t-sias nula* dire-

mo- qne embola tenhamos eiei uniiiiiiar iinixirtando o pm-,: ;;o durante alguns ano-

uma seriiiRiieira precisa dcui / ano* e mais para começara produzi: nau cxi.-ie. outrasolução •¦cc,siil o plantio ra-

i ionul. Ma.*. Isso, dificilmente¦ent ieiatío a prática com a•'\, tència oe nma ComissãoExecutiva ele Defesa ria Bnr-racha cuia pohucn f tào I;-

bi ial em relação aos trustesestraiiReiros, que deixariamrie fa^er os xcelentes iiorócío»;v hoje, .-o pitiritcis.-emiis nósmesmo.- a borracha que con-

sim limos,

A in, I 1.11*1111,,, em mil 11

I WD 1.1

IM li 7H

Ci'.' Hil

I :n,.; '¦;(

IIHU \K

im,:. ii:

ccil l.VI

Ue .' ,i -.. 0 roli* .liei nu, ii-'i.i,'.. .i.sii esta previ*ãu, As-

im, p.n fi o ,u,o cm curso lo-tn lec.a em ln. do alio !';,.--*.h.i, ::u;i estililallva oficial,,,.- ot, ,u o íie fili lllll lolst.:'-,m- poAleiiüiliieiUe »'ii-'.'-i"

paia 7.' mil i oillildo, o cuii-- ii.in \i iu a', i. êiie ano •.-

a ii.d,, - iii.•¦ i-. agoia. '¦''•¦¦¦¦-. i-.iui.i l.'c lie uni.* C-i lllll u-1, -laU-i

Ue i, ..-..u, .r. :noi.i'v, tais '•• -n,r '. li. i ': an, qlit u plOO --

Uu ..io u,; .:! e ab-olutumen-i ilssui;, .''i.i,- e que uma -*o-

I, i .IO o, lundu pula o pi"-bleina 'em ii :e loçuai' fu:.-liüim i..i.:i..-i,'c du fomento,i liè\ t.u 'sil ura no ijui*.

AINDA SEM SOLUÇÃOl iu.. sei ingueii a pode du:

i uni ci deu leniente exploradal quilos oe borracha por ano

¦ peso sêi o Kntretanto, na-, ouni' .."¦• da Amazônia, undeo.* . ei ;i;t;,i.. -&o nativos, iii.-

per«nr pela (ioiesta. uni se-: iii{{iii u ', '. ;a cie 1 egl'« llàopode i .ma: senão de tlinaíiiii/i-iru* arvores Desia nia-ueiia e ie ;ouo precário <>,-.-.itui --•• uc ,in aumento dun. uil ,• a , ile í'iina eisu-lu a na

Nacionalistas de Sáo PauloRealizarão Congresso DeUnificação.' Apoio a LottSAU !'Al I U 'Ua suclll-

-.-il A !¦; eule Náciuiialt- ¦

jí ne Síiu Pau " '• em hileu(ic.iiidij Mias aiividade?

t> :n o ubieiiwi i" incremeii ¦

a uiganintcúo üj- d,\e:-*u; corieiile.* : .. ionlilisiui e:iii, iniir mn . .>: atei llliltiI ,o u -eu oi -r j:ii» t i i ,n..tlll;. t\0 UJ! i-iliôe.- pie:!-delil lui.'

d. ., .ind,j ü, • juúa; ts de,in ai go o: i-dl , \o'.'.aoo |ja

. a a ' adicloiul I':." a *h-Sé :mu oiia em s :a -eu- oClilllité Macionultj.ta Muie-i liai Loti conclamando ., uo-\o -. pi. IJcipat da i ui'iiij.1-nha. recebendu adesòea e co-missões tu- bairros iiuia aInl inação ue nlicleOí loi-als

•Seu* ideu 'adol c* e meirniito» do seu Conselho Diretoi*íiy destacaiios lideres nacio*ualisias eiitie o.- quais o-deputados Dagoberto Salles.Campos Verual, Nelson Ome-

ga, Miguel le izzi e SalvadoiRomano l,o-;u - o srs AbyuurBastos, Rogf Keireiia Wil-

,un Hahal

CONGRESSO ESTADUALE PLANIFICAÇÂO

Tendo -ni \.¦*i« aui.iiie:a; a II lOhür.-, e o i Bll! .'., II'

.-aoullio d.-. Kl elite liiuu.i oe-*.ii! : e, eni-.- leiililòe-l oConselho IJ cloi dehbe:o -real tia; ti u ¦>; «»y,.Uiu ü .: !.<dt uu\ einb; ". eni lui ui ^ i':desijjilAdoi um s-iande co:.-a:e--o de iiniticacãu dt t---Uu> »*t' Hi^1* lHfMlíi.' llttfiuUtili-las Oo Kstrulu úe Sá , I'.1, I-',0 A Oldelll tlu dia Oo COn

lave letsui.i *obie os !••¦-«uiiiles uu..'u- '.r iticipu s: i •

disi iissúo , ii|'!'o\ acáo ¦'''

piogruiuu J- : !: ilçã r,:, ¦

,-ioliu'u i a 0 - "'),' -Huo di ' 1.,' -rim; i .-'si :i ">•.'•¦ no plni"presidei <• ai, o discusiéo -«provai",, ii"- Kstatuios *

recunli -ci-ne..-,, deli niiiiouos nu ei - nai .onalista- láo. eai.i -.ido- im Capital e nollilei mi

Knlalil lomaOti.- a,nua a--evuiliii.-- dellbéiaçÓC' !•uiganizai o> departamento»

. .inl;. ai e • danll! de ernlUjf f*i.<íinJiiilr4.i ¦>¦.•*, i»;^ u\\

cleos Ja Capita) « üo Inn*-l Um Infol lliaçóos, piopagan-.la e finanças; b> lazer umapublicação semanal, dr- cará-ter doutrinário e inforniati-

o e lambem, divulgar sua.iaiivldades pela imprensa, ra-uio s televisão; ci ateneleneloa Hiliciiacôes, a Frenic i-c-

deeá sua sede uai a a reali-'ueão tio Congresso da Dis-sidència Socialista; d1 ahiete.e solicita a i6das as or-

gani/.açóea nacionalistas ria(.'apuai e do Interior que seiililjain om urgência, pes-•oalni' nle, oor ' ta ou pelolelelolie i::-t89(l A sede cen-

•. ! i Hii'1'ii uo Colégio ii' 1',a : iu üe receber instriiçfte.-iaúbie s .*us estrutura tecii-lai uuia ,i oevido entrosa-nieiito na organiiacão. ei-aeòrdu com ue Eslflttltos! e>• si Frente delrberoii. poriihimo - onferir o titulo de•ui ui honorái in ao marechalfeixelra 1 oti por suas i-on-viccòei nacionalistas e pela.•eiiis.i, tom que a distin-« .i.i.. coll -ni- ei endo a lnsil*jjiiisià., de >na vste.

»»*#*»?#» -> ? « , ...,,,,,,,., NOTA ECONÔMICAAlguns minai.- ehpt' lalmoiile l'il,ui,, Hoia

vim publicando iiiaiKlenta-i maléiias pa«a> pela-<refinaiia.s parliculHtes oa peliolt-o. uiide .-.-• í-nbI-ta íititii stipnsla nei <*->.*.iilade u'e .hi.ii:,:-., a-, ilai-li-pa cidade de tefin,, ,:.--:.i, eiupie.-.u.. lin-., .uu,-pa.nha de iiniiien.*u loiiicidti • uu, infui mai óe^ j,;que o Uonaelbo Nai ionul Oo IMioleu « apiou-,ta paia apiovai uma i„i\í vioiat,-èo da I.n2.00Í, que uiou a Peii-obrã* e flSun tini !*uud«rtl»iti\u paia a piOdufSo Oe -aja lima «--»*refinai ia 4 puitieniüle. -u, [uriciOliameiito, au >c'publicada a l.ci

^ ln foi in ai, á„ r u, . to vet .'is-um c ,Jc'--- - ei' w •)* liai toliali-l a.- paia ln ei , ente 'isiliailio'J« sapn -lu iiiiiiinjj , .,, e--'-u'..-.: -í-i peliokv que'¦ ejn sendo leitii a! iu vê., do CN I' desde quandoestava a frente le.-i «áo dneioi uu poliiicupeliollfeia i, 1'otolicl V ieMIleo lill I «II, uul I e i| r.foi pí,sle. loi inciili; ativado na adliiilii-l lúcio ai uaiáo Bíigiideuo Klei-i-.

ítrtulU.I .->,. lllll' ;..i líliJfili i-L < i r* [ i * - -^A'1 iÍ(jCel. lanai! Nun--. ..,,,,, Ü.n.-loi Ciesidente iaIVlnUiiu- e.i., ¦ ii, ,,,,•uni'uu d.i.golo pela dnei.áo desta eiiipiesu mi l.'NI' I ei lumando ,i ' ''¦trali/JH,'ãii |<>- i l'eiloblâ.« de lóda.- ,i* uupoila-çõdfl de petióleo Neste ineiuúiial demonsiinvase que as irnportnçôea de pe.tiultio reulizadas peIm companhias parlieulai.* eiam enoimemenleBttporfattirada.* ei objclivo do supeifaluiamenioera jjeiruiiii- lemessas de lucros -upleineiilaie-aos tniPtea a que obedecem a.- teimuiiu-;; con•le i.» refina lia* ohlinhaiii ,- inni iiiuuiu nlitondodo Banco do Bi anil uma média di* 'iu r-enlavnsd* dólar poi barril du pelirtlen importado po-«•l*t, sléiu do fwoeo ii>ai desse pel i óleo. Poi ésse

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-•¦Ilido o . ai, do ,1 i lJti! -..Ui a- ,i ,, .,,,, ¦

t ãiulyi., f',1 Vul eridii --ui t ti t ii j li. .<;,,

lu iiiiIIióch du 'I"i. i r.* pm a

A j.i"-a,a a ->*;- pllVlieuio de que ::u,., i.

i.uilil illtei nacional di- pt-llóleo, eu, tio*.*,, Tu.nia-uonuii uma tiok-nla laiiipunlia ,1c i ,.ir ¦•:,..,'cuilllh a ,l'-'ili'*'lilãU' do '"e! .Jae.ai. N -.-*

c riHiiO :-i.Jus --.ilje.ii. I t'.-*i.Il ú'I :»j Mt-ii.iH* ,t,, , (,-í

|.i,:.i do pi i.-sldeiil ií .li 1'eliobiá. ,- ,i,i dn,-,, ui1'N'H .->. aluai liiiei.ão ..:., l'et!ob!:i- 11.¦ is•., -,

lios Vl'4'il.1llle UO qlle a iildi-isoi petnuli i i, -,,¦

aceleiasse o liubailio de -apa uo (.'NI', , . ., ,ii-ião atual, poi •;•¦! Imi,i ii.iü-ii- ainda in.i.. , oinvenle i iiiii os i:,'ei i---i - impei 'Ifl lista *i ua I-.--,,- • i.i ' iulf, d,, u,1.,, ,i sua uiitei es*;(u ;i

I ', f.ltu a .lua! i|ili'i,-ílu Uo CM' tia,, a).,,u.i* ciilltilllioii iaiaii.1 ..('iliif o pedido di i.-t:'ializiii-sii, Ua, iu,nm : ai im ¦., ,|r petiõteo. ma, pa.--,,a hostilizai diieliiinenti; o monopólio ai i u- <|,|,

pela I.oj ii Potlubilis I'u!Ui-1'\-iiu Osenilduli

»-*

hi.v*., lüsln^lu. '.ouuj s-r *,ii>e M!^um-.i<. *lns! i :i A,, lfft) da niemiia StlMUC, que, Tiolandn ^,, disposilivo da laíi l HO", vimni transfertr para J-,, crjn.bio livte a to*:*ita úi,^ ha,|k>iI,i .õ^-t dc ur--a Jse.iiu ue pl-odutos braNleilos Paia uai- tuna apa- *¦iBllcia nellllio â .-.a n.evlnla eni i t^u\: ta. J-1' mi.h ' dele; uu no., imi.ia lnfinnjào imediata* »t-.i.nr- posieiior iloiuin autua* assinada.-- no mes- *o,o disi, a transferência paia o nioinio câmbio *.i '.'lo ao.* d6:-pc*ít» Com fieu--. e Smgllioa daf llll— *poll8(;òc-5 e Mil ,'*-i;ti;io hu petloleü que Ioda» í- - UílpóUiÇÚil^ do oIlíM Tobiem ('.-lias eni liHViüÇ »-M-ríuitiiU-j S ptjtioUia." i, fu:ad,,-, por j.m.a Jetiiplt-se *

UM NOVO ROMBO NOMONOPÓLIO ESTATAL

tu

¦ Uu* ga\ .:1a.* Ji.lli-.ulc lua. ,c no,-, n.ewrs, Un»

peilido Uo ti 11*1 e e-,:a!al o.-.;.. ,. ie lús*t i .lu; .oUa a ai1lpliHi;ào da t-upui idade de I c{itiu du MiaKeiinaiiii Picsidenie Hei uni de.- clu Sao Paulode !M nu! barris dia, puni Ilu mi, li d Coiiio s''•,ê, e.*.-)a ainpliat,'üu de Iti n.u b d. represem a:iní, i" uiiiiuii.i. diãiia de ü.-l imi dólares 'D uiíe1,-tua Ue pi''' .1 de um balii] ue pelroleo aules e•l-'U'l!^ -|f 1 *'t ! Il.ttít' f llt.' :.l.. -ÍLn.t' t? llltííO . Llll-

I tini C* o.-, lio.,.- Use-e-, de ni ¦ u ..-!.:. án poManln oi'.\|' sc lúspollsabiliZOU pO| ..u nrejui/i, lolal

paia ,, pais, de uts.ooo dulaiesNâo ficou :ii*.*o. contudo, a atividade e.nlic

y'iiisla do ('NI' lSla assegurou a continuidade da

hbeiaião dos preços dos óleos lubrificantes, o que

permite às refinarias particulares um lúcio lt

quirio superior a I00',i sôbre o pi eco de custo Ue

cada litro dc óleo vendido, ,- o (pie, anual nte

representa uniu soma superior u sete bilhões d,-

cruzeiros, K eulmlnoii com u li unia o aberta -u-

Iwtiiseni emprfcndiila por ela contra a aplica-cão ela Iiislrui;fio 181, du SCNfOÇ,

Ma- O .hlctot ¦'.,, i

e a '-i"lí' uriaiiruin Jo,.) i I íllISpòl ' e do pel I ult-vi ei,,,iu oficio assinado poi ele ao Miiusii,, dn l''u- *

/.euda protestando contiu n medida, ,. alegando íinclusive a . iiicunatiliu nnialidiidi: du ileeisÁo i!h *í*l'MOC! l-i .,.,, • ,.. mleiiu ivspoii.sublliilade, *i.i.in-l.la ül ,|i II, .11 iii-àii 1*1 min e*t;i sendo *.ItpHl 'Uil *

loiutio no monopólio es- %.- MÓI. n,i lui nm ile- *

slJ ..'. publii-aiiii-mi- em *Tá. alto.* hn 11.» quc « K.*,so 4

oiisuiuidor lnasileno tom *u> navios ICnvIou _

t

U-'alai insl d. lido pe^.i; e prejudicial ao puls dt- uma auioi'izai,-Au J

lu CXP. .., sor tomada Illllllll próxima reuiilfto *dêsle órgRo, paru (pi,, as roflnariua particitlare.* *ampliem novamente sim capacidade de produ- »¦'ão. na,, /• de modo al,enm estrnnhii.vel, Pelo 0011- J::uii". iM'- si- eiiqiiadin perfeita e coerentemente *it» Hliva Inslstonie -¦ uie-iia polllica enlregiiis- Jla quo vi-i,; sendo obedecida nor fisie Conselho. J

RKVATO AltKNA +

V»*t4» »¦»*??*?••** **?*??* + ?*? *?*? + ***?* + *+?****** ****** »»*?* * ¦** + ??* ff-tl * t f ?»»¥t + t***»* + t+*****+ **'*+******¥*******f *¥*** »*4¥***»»ff *f *-»^-f-*f ?»*ft»-.tf.#1t^«ií,-^4jf

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16 a 22 - 10 - 1-959 NOVOS RUMOS PÁCINA 7

NA LUTA CONTRA O Tltffft

O Povo Inventa Iluminação

Sem PesteSem Fio

Sem Nada

RADIO

Umas táboas de caixão dc querosene, do homem pobre. Não gasta energioum gramofone antigo, um "baixo fa da "Tramways" e nem consome pilhaslante" e so. Al temos uma "eletrola" secas. É mais e<onômica do que c

"transistor"

Í:SÍ

Pí*c!!W.>

waafo ,IÉL,;! -W^otS»fc- . - ¦: ' * -<?i*y3i-

t ¦''$,¦ $gfí';^:L'.'' rH

ImLíímH ¦ •^••A}í*te'.,.-•', .'*.tST SSRB ¦ -íTSvs. >&• ¦** ní*

a.<'^. fflHR"r¦•¦',;; 0 '

''' ^Wm >:M^'í^ílW- ",¦¦¦'¦ ¦ tJW'1' CBmPr *hev^-''^2Ísi J-

.^ ''imm-%--V- i^ftSWfFv

•\mmm\ JÊ "'•.¦•¦ \V WÍÊMlM\À m ' *U$m¦ 'B I tfclll m

O «TlirST» TlIUir A M vSCAKA e aRorn resolve entra-var o nosso de.senvoUiiiiciito som miblerfáxios, Kxine mieo povo, que êle lunlo explorou, custeie, às mui* ex pensas,a illimhuiç.io de i|iii' necessita K' n maneira mai» desça-nula dc exploração. K' uma forma tlu enriquecer palri-niòiiio sem inve.slir clinlieiro aluiim, u um só icmpu quop<V obstáculos á imliiMimlizaçúo i o bem-estar coletivo,(1 homem pobre dn Kectfe, o homem dn morra e ilo mau-uue, eiii represália a essa odiosa nliliiile da IVrminiburoTrantwa.vii, de há muito o-ni nblenilo eiterjlia elélrioa semrecorrer a essa subsidiária da Uniul and Share.. Ií' o "baixo-falanlo que deve eulrar na história ilo* uue resistem a

exploração ilo- muliupõlio.s internacionais.

- - «Quem n&o tem cachor-

ro ofto*i com puto JA quo aTrarmvayj; pxicb 1,M» °S mo-

rndore.8 papueni os poste», on

fín., » os isola dores parn co-

locar hlK nessas ruas ria

Vftraeft Aon Peixinhos o po-vo é obrigado a tomar novas

providências, Ninguém é ri-

Co paru comprar postes Com

o dinheiro rio três postes «

£ivnle podo construir um mo-cambo para três crislftos mo-nr. Os moradore* daqu^lii

ixift cheln d» Ivtnp^liSx mo-iIottoh gastaram mni.i de

cinqüenta contos de réu com

a Iluminação, M«.q nós nfto

podemos Pn»ivr isflo. primeiroporque n^o temos dinheiro e

Mgundo porque 6 mn d*»»R-fApr».

E IA l«. .li)ai|uuu Hfb»>*ro iii

I^ima desfiando um rrvtifiriovie argumentos pnra justifi-oar a. represálin fmtn f^losseus vlainhoR conlra a exi-

jjènriu ti;\ Pernambuco'rramvvHVS.

K' tini marceneiro de milu-cheia. Mas mudou ile profis-.-•ao. Quando viu tudo mundolutando para conseguir umbico de Iuí, resolveu a pren-iii,- o fabrico do ibaixo-Ia-lante-. ' A.prendeu-0 com omest.te Hennenegildo, iloMorro da Koice, que, hA maisde ile/. anos vive de fabricar,, rádio primitivo Com de/minutos do explicação éleentendeu tudo; uma antena

• U- quarenta inp''"; uma ó"-

Maio- {«roftMi: IS MiiFamílias ih" Volunn*

Quarenta e eineo Uiuiilias ile eoluiius.inuluiiidi) maiM de ^(Hl i'i'iaiu,'as, fiuáindespejadas da 1'ulíiniii Aííiirnlii deDourados, nn Ksiiidu de Ihjsmj.onde h.i in.üs de cinco ..nus vinham iullivando café c outros piodutos a^rirolus,O fato alue precedeu io para o tlespuju <ieniiiis de 1! mil laniiliiis, ameaçadas dcsnfici a> mesmas violências

o ato de injustiça co tido pelasnuluridiidcs locais deixou au desamparop completamente desabrigadas us fainilias dos liivradotes, ljIic sem lei paraonde ir, peiiiiiibiilaiii peln eidiide eu

quanto aguardam a reiiilegraçíui nas ter-ras da Colônia

COMISSÃO COM LOTTUnia comissão, lendo a frente o sr,

Jrist- ilus San los Candeias, serrei á riu daAssüiiiiçiiii dos l.aviadoics de Uounidos

e o verciidiM .lusi* Felicita Nasrinieulo.veio ao Km '¦ aqui sr avistou ruiu ri tuareciial 'lVixeiin Ltill e ciim mil ras iiui"'ridados, a (|tiem relatou us acotilei imeulns c soiicilou piovidéticiiis ileslilllldiis afazei cumpni a l.ei MU."i!i. dc 11'JH. quc,-moii a Colônia Agrícola dc Dourados,

VENDERAM O ÇUE ERA DOSCOLONOS

A áica dc ,'iuil iiiil In-' unes licsitnados à eolunixação, Ini ucupada pelos rulonos cm \\)M. i> adiiiiiiislrndoi. dr.Tácito l'air. tieniarcou. protocolou e cntregou as loiras an- rnlnnos, i|iti' deramInício ao plantio tio rafe c ronstruiiiiinbcnfcilriiias.

Ocorre, nnirciiinlo, une a .ura icser-vaila prln tiovòriio, em I!M1, p UU li rnlnni/.ai,';"iii. cntncçou ii sei enlrcguc a

grandes fazendeiros quc req uri oram aufiovórnn K-tadual r oblivcranr titulos

provisórios e até definitivos tio posse d.iteria. O sr, Joaquim Uodiigues de Uli-

\i'n.i foi um dos quc conseguiram seapossai ií.is lonas da Colônia. Re possedas icrrus vendeu as ao st Luis Massiida. lísse im nln foi o\|ic(li(lii em 25 dei,ii\rmluii de l(i|S. ou seja, oilo.anos depois d ii criação da Colônia.

Desde enblo, o sr, Luis Massuda co-nieçou a investir contra os colonos, ten-laudo desaloja los. A administração daColônia, embora estando de posse dc unidociimenlo pelo qual o sr. Massuda sc. (iitipfiiriicte a recebei' terras em uiitia Inralidade, não Unhou as providências queo .'aso requeria. l'm' fim, atrases derecurso judiciário, conseguiu o sr. Mas-stida uma ordem dc despejo contra as C.famílias de colonos, quc foram despoja-ilas dc suas letras, sem que tivessem oomenos u direito de defesa.

AMEAÇADAS 11 MIL FAMÍLIASA \ iulên. ia tio que fotatn \ ilimas as

liiinilias da Colônia Agrícola de DouraUo- ameaça u mais de II mil famíliasuue sc eiieuiiliuin cm situação mais ounonos idénlii a Pois .i maioria das lei -

ias destinadas á roloni/açâo e orupadasprlns roloniis Uií ilegiilnienle concedida

,i •• i i udcs I.i iclideirusO QUE QUEREM OS COLONOS

,\ cnniissán que sem a I 'apitai da liepública para renunciai êsse faln e peilit providências ãs autoridades, exige

que seja cumprida a l.ei lísladual queautoriza o Governo u pernuttar terras delerceiros que caírem dentro dns limitesdn núcleo Colonial tio Dourados.

(» objetivo pi iucipal da comissão,entretanto, foi demonstrar às aulotidadesfederais, que, cnquaiilo nãn forem conredidos us tilulos dc propriedade ans colouns. oon li nua n't a inseguiiuiçri ilenlro daColônia Federal e os constantes aiiitosuue poderão evoluir para utn movimentocoletivo de conseqüências imprevisíveis,

Uma Experiência dos Homem Po»bres dos Subúrbios do Recife —,Rádio e «Eletrola» Feitos de Cai-xão de Querosene — O Primitivo«Rádio Galena» de Iranly Foi

Aperfeiçoado Pei© Recifense.

Reportagem de CLODOMIR MORAIS

l>ma rie vinte metros de fni.«.,:m cristal de galena, uni fo-ne rie ivipolào. mn fi" lütrenc ro. Estava feito o rrtdi»primitivo. Denl ro rio perlnietrn urbano do Recife existeni«ogiinilo estimativa do D(.T,i do IBGE, mais de quinzemil aparelhos desse tipo Kd «Raiciia ; o detetor de nndas herLzianns inventado pe;,, fislcn francas RianlyQuase todo mundo, riu mmin nu uo mangue, pente pubie enfim, tem n íf"i rãrimgalena n,l(1 pni Porniimbui-urecebeu o nome de 'baixolalanle-.

DE "BAIXO" So OSOME

Nu rotnAço r> modogin «-p*-leibo era ouvido com auxiliodo fonep. Mniç depois o hn-mem do morro r> apcrfeiçoit,Km lugar do fonci que cuçia(pia»» mil cruzeiros; adaptouuni projetor de som leito depapelão fino. Keito em Cflí»com quaJ(|uer ('°'s mil rei?..A roisfl. deu certo e n <bai-\n-l'al.'inte-. lioie em dia dátrabalho aos ouvidos dos viy.inhos. Serve ate paj-n »jíiirizada dançai". De «baixn->mesmo só n nome K Ia fn-"niri surgindo outros a per-

uanicnlns

A RÁDIO-ONDA

O ibaisu-falante» disppn-ii energia elcl nca, K' auto-sufii icni". j'.le usa unia ener-.ia que as próprias e.slHÇiW

de nidio eiiiitem. K' 0 rádio-niida. Cuia estação d . tndiode i ni. .i lillowatt,. emile i a -dio-niiil.i á dislàni ia di- 11 in-ia quilòniel ros. I 'ma lãmpa •.ia /luoiesi ente pode se acen-der na mào de uma pessoaque se achar debaixo da tfttii- de umn estaç&o do rAdiopossante, K' a radio-onria,1'ara ler música dentro domocambo, o reciíen.ie nftnprecisa 'Ia energia elétricadistribuída pela PernambucoTramway.o «baixo-falanl>%>funciona cem pm- remo \iniciativa popular levou ai na,- belíssimos moveu pnin o baixo-falaiUei de talmodo que llillgUCtll fàcillVien-te pode distingiiit' um radioroniuni do .baixo-falante ,Pni por (|ii|. o ex-governadorAgamenon Magalhães come-teu um lamentável equivoconegando isenção de cetinstributos aos moradores democambos peln falo de tervisto na maioria dòles apa-rolhoa de • i;'ulio> Kra o• baixo-falante ¦ f|iie nao ehe-i;n. a custar trezentos cru-zeiro.s o (pie qualquer mem-no o pode fabricar. O custoile produção não rlietiA m»»-mo a rem cruzeiros

LUZ NOS MORROS

Mas ,, espu Uo ''i ludot doliumeni polui- nào parou aí

t luirri- apci feiçoanieiitossurgiram Alguém, em 19-11),resolveu meler unia liVmpa-da flúores* ente entre o pro-jt;tO|- tio puni e n fio téi l'eo.Poi iiiii sin esso! I«uz pia Im-mem nenhum bolai defeitol.ogn. se espalhou por Iodaa região pobre du Recife onovo aperfeiçoamento e astrevas foram expulsas dosmocambos, independente-mente dns exigências daTiannvavs Desse dia elu

diante ns iiniigens de RáoJorge passa ra in •'' sei lliiinl-nadas, < liit.ro hoini in tio po-\'n mai.. i ul riso icz uma no-va experiência: aunientnit aantena pnra oitenta metros;iiilui ou nini.-r duas bobinas no

i.ipaicllio) de Rrnnly » nnlugar da lániapada fluoret-rente instalou ,-, ferro dc engomar. As bobinas fumaça-ram» ~ quase s,- fundiramSubstitiiidas por bobinas rief;.i«, mais grossos. ;i c.xpeii-i*ni in f"i coroHila de éxitnferiu começou a estalar e.Ingn mau, eniilm calor,

F. 6 por tudo Ksn qlle ''•¦-i óus dos tuoi; o.-, e rin.s mau -gues do Recife e apiesenIam i.onio unia floresta devai a pau.', ti., bambus. Sfto..* nn!etia<. rio rádio dn pobre, As fontes de energia•">tiii n dei, miseráveis poiij';,. da mesma forma queUei.in da 0 frio ronforilie n, oIipi tor, quem náo tem i a. borro i nça i "m k»'1"'oiiriui Joftqumi Ribeiro deLima.

RIN-TIN-TIN, LANCEIRO & CIA.Sena mxsfmitd. pesa :^bir os teletrf^tro! 4 meaaio

-.nhir- piogtarrwp dc outro gíinero em noííâ T\r: aeoticor.rència C8da ver. rnaíor mais defleal, puml-ciosa e dissolvoiii.e das subpfilleulas realuadis omHollywood por subrljrelores. com subartista», pr^gan-do a stibmoral Individualisla dn herrii providencialNo momento, se não nos falha a memória, trÊs bon*horários sáo ocupados por essas íubproduç^es hnl-lywoodiaiuis Aos dnminío. a p'orrl .iprcr.e:i'a lns-lórlas crclinas, com velhos r.anastrAAft do par-fado.F. duraníe a semana Rhvliiviin o supercAo prova |

por A mais R que o.s dr rua espécift sío muito maisinteligentes i'|ur os homens tpelo menos o;- qu*. apa-recém no filmei cnquaiilo cs Lanceiroí de Bengii.que nflo ii-am lanças p muito menos benja]"!?}ensinam á garotada a sublime .irte de ma^ar TudoIsso dublado em português irM-ein a? falai dei Pin-lin lin, que late cm inglí-s mesmot, ma? um pottu-gufs de aniiiigai', que mesmo assim nunca entra em

..siiiciniir-inn com os movimenlos labiais dos atores Z.segundo estamos informados, a tendência é paraaumentai n número de programas dessa natuwzA,substituindo lalvçz os leleteatrn.s *ao vivo>. tal co-mo aconteceu na América. Justifica-se a medida p«-Ia economia: o aluguel dos filmes custa menos quea montagem de uni programa, com gastos exceesi-vos fatores, cenógrafo, cenários, autor, etc ). Bsc a medida virá em prejuízo dns artista? nacionais,que i.nl.1 \e/ mais \áo lendo diminuído o ?eu cam-po de trabalho -- que se danem os artistas nacionais.Sc n dinheiro f- enviado para os Estados Unido?, aoInvés de vei gasto aqui, em beneficio rie no*?* econo-nua •-¦ que se dane a nossa economia Viva Pin-lin lin

Apena' um lembrete: foi assim qui» a telensioamericana foi perdendo terreno para o radio a pon-Io de estai smriii hoje superaria por *Ie. Pnr A\e,qur- já se julgava superado

AL NETO SENTENCIA

Ai Neto rigozijou-se com a Mtóna do* <"*vwTva.dores ingleses e afirmou que isto é uma pro»-'a deque o mundo não marcha para a esquerda. <rnmo dl*/em alguns basbaques . Depois do Alto Nem terduo isln muita gente que náo acreditava na vitóriarin socialismo deve eslar acreditando

TV-NACIONAL: QUESTÃO FECHADA

I ma mmiss.o rie artistas da Rádio NjeitHwJ,composta rio^ senhores Manoel Barcelos- HemjletoFróes, Rias Gomes Jair Ptealuga. Saint-Clair Lop«f.César de Alencar. Ednn dn Vale e da senhOfita Norm»Sueli, foi recebida na semana passada, pelo \iea-presidente da República, dr JoSo Goulart. Ao quee-tamos informados o líder trabalhista disse aoê wi-dialislns que a enlrcga ria Rádio Nacional aos ««'i* ,empregados, bem como o funcionamento da TV.Jfa. |cional riam. para n rTP qucstSo fechada

PERO VÀZ

1 &

/V

OBAIXO

FALANTE

..««--••• tt?í-s?eQ^

I cmtenci de quoraittfl m(*+t«; 1 — pftq«*»ni ba)tf*mti* vinte metro-i de fio (soldado) porá cinco «impere^3 - agulha ds contato com o cristal d* galeno; 4 —cristal de galena; 5 - con» da papelão fino qu* s#rv«rir olto-folante; 6 — imã permonante destinado »atroir maior volume d« ródio-onda; 7 — Lâmpada flv*»reicente; 8 — fio t«fr«o q«# ** aoóa li^or *W WWW»

twneira.

O TiTQCINNYSON AZEVEDO

llá um provérbio our- di/ •Quemcasa iiuct casa pata sait da cnsa onde ^rcasa . querendo exprimir quc a inliiiiidatio do casamenlo deve ser pnrtilluida npi»nas pelo casal e os descendemos. Nos

dias atribulados da atualidade cada ve/mais o lar \ai se tornando umn utopiasó permitida a custo tio muito sacrifício.\ grande maioria da populaçüo trabalhariora, fvsle sonho dc Iodos ns casais seiviu de lema paia O Teto ilei t cl Lo i, realt/ado por Villorin tio Sua. muna volta noiieu-realismo a lauto tempo ausente riaprodução italiana.

O Teto c como niilros lilmes tio DeRica direto, seco é poético, O autor nâoabdica do direito dc mostrar n realidadeda pobreza embota Isto seja desagrada\ei para muito' Reiilc, (' une não queidizei im entanto quc estejamos diantede uma tragédia mi tio um drama lacrimogéneo, A história rie O Teto, escritapor Ce.saie /..uaitim. possi i II unoi e cmicidade allernanrin-se com o prohlem-acentral que c a falta de inorndia, I.uiza

iGahriella Talletai » .Vfltal ("ÔleFlíe r^J'luz/.ii depois rir casados sio obn?;" a.\i\er com seus parentes mais próxiiviof,o que os leva a nflo ter o direito de eu-perimentar alguns momentos de íntimA-didade. üm o saírem de casa para pmcunir unia nova moradia é um passo. Aspreocupações aumentam com ,i Luiposif»liilidade de encontrar um li>cal a-rejsívelans parcos recursos disponíveis \ yríbi-...io e constiuii' em uma noite, um baiT-)co na lavela, ocultos pelo véu negro dasne\as. Os problemas surgem a c^damomento mas o amor, a solidariedade, acoragem de Luiza, Natal e jeus amigossairão vencedores

De Siea e Zavaltuii, colaboradore?»desde há muitos anos. conseguiram mar-ier viva a chama do neo-realismo nr»conjunto de sua obra, onde avulta.ni íil>nes como: I.adróo* de Bicicleta*, MUagi*

om Milão, Humberto D, e agora. «11 Te*«,to... Para inanlei a continuidade dest* |ixvifihorncfio. snn ronre;w/V>« ao notnewla '

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-—PAGINA I NOVOS RUMOS 16 i 22-10- 1959

Cuba De Fidel •o Vista Por Um AmericanoViclor Pcrlo ó um destacado economista nor-

teamericano, autor de «American Imperialism c¦ The Empke of Higli Finanee¦ (O Império riaAlia Finança). Membro cia «American Econo-mie Association -. Porlo publicou vários arli-gos na American Economic Review», ronceí-tuada publicação Internacional do economia.

Tendo visitado recentemente*, Cuba. Vietoi"Pcrlo publicou na «The (laxotto and Daily , clr*

Pennsylvania, uma sério de três artigos (pública-da também em Noticias dc Hoy», diário cuba-no) mrt quo expõe, do ponto de vista do cconoinis>ta especializado, suas impressões sobre o curso¦da revolução cubana. Apresentamos, hoje. oprimeiro desses artigos, coino inicio da série.

Havana é umn bela cidade. Seus habitantesSabem fazer o visitante rtorteaniencano sentir-secomo em sua própria casa . rodeado dc umaamizade calorosa e sincera, conforme pude cons-tá<«r numa recente r> curta viagem que fiz ãcapilal cubana. Apesar da opressão das compa-nhias norleamericanas, do apoio cie Washingtonaos ditadores e das habituais calúnias publica-das em alguns jornais dos Estados Unidos, opovo cubano sabe distinguir cuidadosamente eu-tre aquele.** que o defendem e o povo nortoan*,--rica no.

fisse enérgico e capa/ povo cubano enfrentadifíceis problemas econômicos. Em seus passos.in-ciais: — redução de íj(.K. nos aluguéis pagospelos trabalhadores, diminuição de alguns pre

lios. abertura de praias para o povo de Havana *—e*ssJ revolução demonstra que se esforça pararesolvê-los em beneficio do povo. Seus lideresmantém, nesse sentido, uma política lógica, mas"tropeçam em sérios conflitos políticos nacionais» internacionais. Nós, os norfeamericanos. qtiei*Iftmos oo não. influiremos no resultado com nossw atitudes e ações,

Os problemas que afloram à superficie são:M Balanço reduzido do ouro e dólares, em conseqüência das exportações de capital feitas porBatista e seus cúmplices. —- 2) Desemprego nónteo em massa, cuio montante Fidel Castro as.s«u.k* ser cie 700.000. isto é. um terço da forçad» trabalho. — 3) Pobreza expressa pela rendap-w capita equivalente a um terço da do Mississi-pi, numa economia a par com o dólar, com mer«wtJorias vendidas aos mesmos preços, ou maiores,<Hte f*os Estados Unidos.

Sob a superfície, o_ prob-lent-a. são: 11 econo-blto de moNoeultura. — 2) propriedades estran-

a*, «m parle heranças do colonialismo i/^pn-e pioradas pelos «.libertadores norteameri*

PraWS»

Às ___u*_õos propostas pelos lideres cubanos"8ho: criaçôo de uma indústria diversificada ciepropriedade cubana: grande expansão da produ-ção agrieola através cie cooperativas e pequenosproprietários rurais; supervisão das atividadesrias corporações estrangeiras r dos grandes lalifundiários.

JtfcKinley interveio em Cuba em 1898, quan-Óoas forças cubanas que lutavam pela iiidepen

d'pm_*a do pais já iam b-wn adiantadas no ca mi*

A Economia DaRevolução Cubana

VICTO* PERL0

nlw da vitória. A ocupação militai norteamerienna continuou até iHüfl. Washington ditou as noimas constitucionais de Cuba e selecionou as auunidades políticas cubanas, reservando-se o di

reito cie intervenção mediante a Emenda Planalé i'X'A. e, ainda hoie. mantém uma base na\alem Cuanlànamo.

Essa espécie de libertação > abriu iriuiiasportas aos interesses dos homens de negóciosnorieameiicanos. t>s banqueiros de Wall Stieele do truste de açúcar apoderaram-se de grandesextensões de terra, multiplicaram seus campo-de cana de açúcar e converteram Cuba num paisde monocultura, De acordo com um informe .i<>picwuio governo dos Estados Unidos: • A expansãopara o Leste da indústria a.uenreira uo primeiroquarto do século aluai levou a uma destruiçãoimpiedosa dos... bosques. Tendo-se bastado

u st própria, anteriormente, em produtos alimeuticiCNS, Caba agora se vê obrigada a importar 30'ide sua 3-liinenlaçào. que inclui, aproxiniadameite, metade do consumo da cluáse pobre.

A*, inversões americanas, além do âçúcaiet4_o coloradas principalmente em bancos, nunas e serviços públicos , dedicando apenas uniaquantidade muito pequena à indústria leve. Apolilira dos Estados Unidos benificiou os pmpiieláiios de terras e importadores cubanos, queinvertem seus lucros em propriedades iinóxei-.e no comércio, em \e/. de em indústrias. Em vi*llide disso, não exisie no pais indústria de base

havendo apenas uma indústria leve* "mnriequa

da,

Km Cuba refina-se apenas 10% elo açúcaique se exporta. Isso custotl a Cuba 147 milhõesde dólares em divisas estrangeiras duiante IfVíTisto é, 13'. de sua receita total por exportaçãu

Obrigando Cuba a depender du seu açúcar,o governo dos Estados Unidos rebaixou a suaparticipação no mercado açucareiro riorie-americ-noc. medií*n.i» cotas que. d* SSr;. em Tf»20, K.rawi reduzidas para 3,1'v et*. 1939.

Dois terços do total das exportações de Cubavão para os Estados Unidos que, por sua ve/,fornecem três quartos das importações rie Cuba

A.s companhias norleamericanas possuem __•',da produção aotieareir.i cubana: todas as comunienções telefônicas e telegráficas e a distei*biiiçáo de energia elétrica, metade das ferrovias,cerca cie um terço dos negócios bancários e a

maior parte das minas estão nas mãos rio***mu'teamerieanos, que laiiihém participam emgrande escala na indústria inanufalureira. Cubaocupa o terceiro lugar entre ou países ria Amenca Latina quanio às inversões privadas norte*

americanas e o segundo, depois da Venezuela,iw comércio e inversões per capita.

Os norieamericanos que dirigem as compa-nhias que dominaram a economia de Cuba sáopersonagens política menie decisivas. Os princi •pais bancos de Cuba, que se estabeleceram no•ai* piàtlcamenle co mos Rough Riders. são o

First National City e o Chase Manhattan — ba»-co de Rockefeller. As companhias áçucareirasForam financiadas poi* esses bancos, mantêm es-licitas relações com eles e, não raro. seus donossao sócios desses bancos.

A maior dessas companhias é a Cuban Atlan-tie Sugar Co., que manipula 8 a 9-7. do açúcarcubano, mesmo depois de ter vendido as proprie-dades de Hershey ao magnata Júlio í.òbo, emIflãg. A firma Caii M. Loeb, Rhoatles e Co., cieWall Streer, possui a maioria das ações. O cho*colale de Ifershey e o>* interesses de Rockefellermantêm considerável influência. Entre seus di*reioies figura Sttiart N. Scott, advogado de Rockefellei no escritório de advocacia de TomDow»*.' c. atuando como ageiue. o Chase Manliatlan Bank,

A Punia Alegre Sugar Company, tambémmuito destacada em Cuba. é uma empresa exelu-<i\a de llocke.oller, com o próprio David Rocke*feller em sua jiinla diretora. Essa íamilia doini-ua lambem a Souih Porto Rico Sugar Company..'ui*. apesar rio seu nome. é a principal produtorade açúcar da República Domiiiacanu do diiadoiTrujilln

As Coiiipanhias Rionda ocupam o segundolugar ua lisla dos inierêsses açucareiros ern Cubacorrespondendo* lhe li',' ria mos gem total. Seu**principais acionistas são da família Braga Rionda. cidadãos norieairiericanos rie origem espa-nutria, alguns rios quais lambem fazem planta-cões em Cuba. Intimamente associados a essascompanhias estão o escritório de advocacia Dulles

Brothers i Irmãos Dullesl, Sullivaii e Cromwel,e o Se.lt.oder Trtisi Company, com notórias kga-çòe*. inglesas . alemãs dc que tanto se faloudurante o periodo de Hitier. Os Avery Rockefellerda família Stilininan-Rockefeller. que possui a

maioria das ações do First National City Bank.ocupam um lugar importante na Scliroeder Trusrfompau. .

Os dois giupos principais de (companhiasáçucareiras norleamericanas eslão ligados enire«ii por Lawrence A. Ciosòy. cabeça executiva hãmais* de 20 anos da Cuban Atlantic. Durantedc"/ unos desse periodo, Crosby foi, ao mesmoicinpo. sócio de Sullivan and Cromvvell, que re-

pip.seiitavam as companhias ¦.rivais* de Rionda.Os Roekeíelleis e Dulles são lideres bem conhe-

ciclos do Partido Republicano, enquanto que seuhomem, Crosby, é o melhor colaborador cios De-mocratas.

Os gigantescos monopólios internacionaisAmerican Sugar Retining e United Fruit possuem

também consideráveis propriedades em Cuba. Osinteresses de Lehmaud and Astor dirigem a Ver-rieittes Samagiiey Sugar. Uma variedade de gru-pos financeiros e industriais domina os outros,com a influência centralizadora dns dois princi-pais bancos açucareiros que é evidente em toda

pane.

O melai mais importante em Cuba. atual-menie. é o níquel, cuja procura aumentou emvirtude da indústria dc armamentos. As minas

pertencem à Freeport Sulphur Company e ao

governo dos Estados Unidos.A Freeport Sulphur é controlada por John

llay Whilnéy, embaixador dos Estados Unidosnn Inglaterra. Esse herdeiro da Standard Oil éum velho associado econômico e político dos Ro-ckefellers. A National Lead Co., em estreita co-laboracâo com o Chease Manhaltan Bank, operanas minas do governo dos Estados Unidos.

A Cuban Electric, a maior empresa da ilha.é turra subsidiária da American and ForeignPower, filiada aos interesses bancários Morganand Lehman. O sistema telefônico está nas mãos

cln International Telephono and Telegraph Corp.controlado nelo First National City Bank e J, P.Morgan and Co.

O Departamento de Comércio dos EstadosUnidos, representante dêses interèses financeiro.**,denunciou as táticas operárias em Cuba C elo-

giou as medidas contra a unidade sindical io-madas pela ditadura de Batista. O nivel de vida

haixou e os sicários de Bali-Ma impuseram umicginie corrompido nos sindicatos. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos represen-tando esses mesmos interesses, forneceu arma*menlo a Batista, e outras agências norleamerica-nas dedicaram-se k perseguição dos revolucio-nários cubanos.

As* companhias norleamericanas mantiveramestreitas relações de cooperação com as família-.latifundiárias o importadoras, que representamas classes leticionárias. Os acionistas cubanosforam muito bem recebidos nas firmas norte-americanas e os aristocratas de Cuba foram fa-vorecidos com o ingresso nas juntas diretoras rieeninrésas norleamericanas estabelecidas emCuba.

O atual governo cubano mais que nenhumde seus predecessores, subiu ao poder em a berraoposição a esse grupos aristocráticos o enelinheirados. iniciando uma obra de governo comabsoluta independência em relação n Mes. Nãoé rie se estranhar, portanto, que conte com ototal apoio rio povo cub_Lo nas firmes e dignasrelações que mantêm co*." o governo norteamericano e os inicie«ses financeiros dos Estado*;Unidos.

A permanência do governo revolucionário<»«ii sujeita à solução de problemas econômicosmuito sérios. Xo próximo artigo trataremos dos

que se relacionam com o desenvolvimento ajrrt-cola e industrial de Cuba.

A Lua e Sua SuperfícieK. PORTS.ÉVSKI — lA^rótKKtM» Somtke)

O caminho percori irio pela '•

wéncia e pelu humanidadeem direção à Lua . um nota-veii e histórico feilo. comple-*•*_, e difícil, embora *. Luaseja. o corpo sideral maispróximo da Terra

Observações astronômicasque ae prolongaram pormuito»; anos fornece iamjçmnde copia cie dados a re.--r**to do satélite natural riaTerra. A Lua se move em(¦orno cia Terra percori encloampla curva - uma elipse.. distância média entre nos-no planeta e a Lua e derv84.38i) km, variando cieBCÔrdo coni o movimentodcwta até 1 IS: ¦l(i6.07n kmno apogeu (maior afasta-mentoi e 350.400 km no pe-ngeu (distância mais cmlai,iNnma. locomotiva moderna_l distância que nos sopa-,,itn Lim seria cobeita em cèi-rn. Ue 1 ano: no aviãn a ja -to soviélTco Ti'-KM êiíi•ISO hora» 120 dia.i .« nofoguete em algumas de»-nas rie. horas.

O diâmetro dn Liiu i- der, -176 km. isto e. um pom omenos da distância entu-Moscou e Alma-Alâ. Suasuperficie e 14 vezes me*nor do que a da Terra, istoé, 37.965.500 km quadrado.*— um pouco menoi ciu qu"n dn Ásia. Na Lua o i aio cluHorizonte 0 lambei i meiimOo que ern nos n planeta••Neste o homem vc. em su-perfieie plana, a nina distáli-cia cie c> km, e na Lua apenus a 2,.") km, O volume des-t* é SO VéZes lllpnoi (lo o1.'',, da Teria, isto <•2 210 200.000 km i libicos,

A massa da Lua é qua-«.e >sl vezes menor do que *iria Torra. Su» densidade mé-dia eqüivale a 0,fi da densi-claile da, Teria.

Em virtude rie raio e rua.--sa menores, nn superfície daLua a força de gravidade "eeis vè?.e*s menor «io que naTerra. E"m balança de mola.uma pessoa, de HO quilos naTerra pesaria na Loa apenas10 quilos

A Lua clã uma volta eom -¦a»... •«• Wirno ria. Terra em

7 dt__í, 7 horas. .S m«>k»ti»«ie 11,47 segundo-., percorreu*do um caminho de 2.414.000km, isto é. a velocidade nm-dia da Lua ultrapassa 1 kmpof segundo, e durante uiiihliora vence a distância d'*U.ii.O km.

Somente uni lado da Lua>e acha voltado pina nos '•por isso só vem-j-. nieta.l ¦cie sua superfície, mas, <-inviiiude da libração de no-*n satélite natural, podemodver 0,59 de fim super.iei.

N'a superfície visível daLua distingueni-se: os ma-ips . que sào extensas pia-meios escuras, vistas a ôllmnu* e montanhas circulai es.rratetas. cordilheiras, fendase ia ios luminosos.

Nos ¦ mares da Lua nãoh« uma gótu dágua. Sãuimeii.-iis baixadas, sem r.li-

I, percepiivel, Os telescópiosmodernos nos perniitein obsérvãr minúcia,- do tãiuãnTi.ide até 50 metros. Os unaiesocupaiu 20.í do hemisfénuvoltado para nós, A área cio

mar das chuvas . por exem-pio, é de 174.oi.il) km qua-citados, isto c. ti cs vezesmaior do que o Ala.r de Arai.

A.s vertente, exteriores dascrateras sào cm pendente.«-nave, com declive até .giaiiá, ao passo que as* mtei.nas sã" bastante abruptas.:i!é 25 graus. O fundo 'lcqua se lódii cratci n está abai<o da localidade ndjacen'eo cume mais elevado da .. ..•

nas montanhas Leibniix.polo sul ti*ui a altura tleíi km. A cadeia de nionianhas mais comprida "**Apeninos da Lua chega iãn» km, Os Alpes da Luaestendem-se por 4Bft km ^urna largura dc cerca, de -ãokm, Há também o Cáueasn,entre os Alpes e os Ape.ni-nos, que separa os mares daSerenidade e das Chuva-

A.s fendas da Lua comu-rn. me têm um comprimentode algumas dezenas ile km,largura de 1 u 2 km e pro-fundidade de centenas demetros, Os raios luminososestendem-se por centenas cmilhares de km. Os raios pio--.-ementes da cratera Pacífico

m. estendem por i.WK) koi epor 6U0 km os i.iios provemenlcs da eiater» Coperiu-co K" ainda difícil dizei oque sejam os raio»; presii-nic-.*. que sejam ctowa vul-rámca A superfície cia Luareflete intiilo pouca luz, Aluz ou Lua . 500 mil vèzfsmais fraca rio que a luz doSol

Colorados aa Lua a abo-buda celeste teia para no..o inesiiin aspeclo que nusapiesenta aqui nu Teria,apenas com a diferença riequ. lambem ti* dia veremos">¦¦ planeta. ,is , custeiaçôes cas "st i .'Mas.

ci Sol na I.i.íi l.ulanieiue.->* eleva dn lioriir.oule, 'an.Ijciii lelltíillieulp -;.:*_eiu \se."l i cia-* . rm ••_ , lunai'ri . a " nino .*,. uni (jiit* .riuma l-r*da parull-SSO pMil' ' lll

e '.i.i 1- iaiu'.- No

aiuMii '•-iodo- -

¦••Ia v.lliir f,| illll.rl

na no '¦<•ii gates, «r-Tei i a. co

1 mai V» ¦ssivel •>"alguns iu-

lunai i|u>'lado opos-ramo? q,,'

epiais veiuci*.. ..,eenlio do o*,.* iia que fòs.e ;no.-so planiila .:•*gares dn superfi,se encontram riolo da Tei ia, IpeWiorre*r uni caminho de

cerca de 2.000 quilômetrosTemos agora, nn superfi-

iric da Lua, o foguet. i ós-mico sciviéli.-o i*|i:«. para «liIransporlou um galhardei.cum as insignia*. do KsladuSoviél li u l'.il ri chegu r aI.uai 11\ tíinit.- qi.r' t tjsoh f*ipioblema» bu.Ihtue chtii -i-a tnn dt* vencei rui).- ., rc1 a d« 'a' avldad. dn 'IVi i aApós os trabalhos d" sübminglês Isaai Newton, s.\ .*-descobriu a lei ..in «raviiacán universal, pòdc-se cal*culai a velocidade inicial pa-

i a «¦'• vencor a forca do ií1 «•vidflde da Terra, IJain nm*. oo .. Lua c- sa veloi idadedevei ia eqüivalei _ 11 _ qui*lõni.tios poi .«.'.««.iinclo

Não bastava poi em pus-sui| apenas esses dado*-. I«'a-/ia-se mistei resolve, o pio-blema dn movimento de nucorpo in, espar.o cósmicoKia necessário encontrai* o.im*>io_ d« aU;»m}«. a refatri-

sia vt*M'i«-idtt«_e O pus.o ini-ciai pa,.a _fl..as pt.<u)HHM_ foidado p-tlo grande sábio rus-.*_> K. K TsdoUiov.tk, funda-(ioi* da (iin_mica (ios togue-i<*s e do. aj-tronáiitk'B, i*toi. ciências do movimento riosengenhos à teaeào rdos vôosno espaço sideral. K. K.Tsiolkovski formulou as leiobásica, da astronáutica einventou um motor p«n*a osfogiieif„ cósmicos - motora combt_.ti._l liquido - de-mon.slrando que, montado emfoguetes de muitas l'a.*>«M*. po-dena desenvolver a* veloei-dades necessa rias aos vcosC0**l||ic0t.

O movimento livre dos.oi pos no campo dc gravita-«a. da Tetra, ou dp qiialqueioutro c.ipo celesie pode sei*feito ''in circunferência, elip-.-^ pai abola ou hipérbolt*1'aia s. obrigar uni corpo ainovei'-... segundo trajetóiiaparabólica —• como o togue-i. ' ojiiiico •-- foi necessáriotiabalhar muito. Rose tra-balho eqüivale a 6.378.000quilos-melros por quilo dep--.«*o de vôo do foguete, ouà elevação de uma carga nn¦ atiipo imutável de gravita-cão cia Terra, it grandeza, des*u raio. igual a 6.378 quilo-meu os. Na. realidade, porém.

nasio de trabalho rio fo-g ••tf em vôo eleve ser aindamaiui ¦*-** considerai mos an*i essiilad. de siipeiar a re--i*.'t.n, ;a oposta pela almo.--teia >• outras kn.vllávei.i.'-'da.- de eilrtlgia. Do ponlo-'i«-visia do con.-uuiu do com-ijiislivel, . indispensável *s-

ibel.cei' o vòo i\*s tal manei-:« que a velocidade neees*--ai in <i.«ja alcançada no (em-po nienór possivel.

fará o vôo à Lua é pre-¦ i.-u levar em conta o cam-p0 de gravita .ão da Terra <**•no laio da esfera de açãoda Lua — ti6.000quilóinetic*s

gravita.ão da Lua. Aquii arão perturbadora.da Luarepresenta papel íiindamen-!,ii. Quando o foguete seaproxima cia Lua. esta exer-ce a maior influência sóbie"ua óibita quando a Lua »o foguet. circundam a. Ter-m «_ m»i ed sen-tirio.

0 MUNDO QUE EU VI

LENINGRAOONa URSf? pocie-se ir rie uma cidade

á ouiia de várias formas; fui paiaI.eiiingrado de nom. um confortávelIrem, sem dúvida, mas que jogavamais do que um calhambeque riol.loyd Brasileiro l.enir.-jrado. sendouma cias mais belas cidades do inundo. vale qualquer sacrifício. R' umacidade museu. Tudo ali se mistura:passado e presente, se misturam . seimpõem, porque no suntuoso riosleinpos idos há, sem choques, o sim-1uoso dos tempos aluais. Como emMoscou, tudo em Lnningrado é sim-luosamente exagerado. A diferençaparece simples mas custotl uma revolução: o Kunluosn de antigamente1'lil de potlcOS, hoie O SIIIlUlOSO . cieIodos.

I'ni ônibus levamos, quarcnlii es-cri lu res de vários paises, paia visitara cidade. Chove niiiiio. mas mesmoa-sini, l.euingi ado c bela. tina r*i«*eloue vai mostrando, contando. íalau-do <• nossa iiilérpre.ie, agora umamoça chamada Irene, estudante deliteratura francesa, cunhei cuido pmfundamente não apenas a língua,mas a Franga, sua iiisiória política,social e econômica, sem nunca teisaído da l'RSS, vai traduzindo para ogrupo francês. íEsioit mandandoagora. aqui. um abraço fraternal pa-ra lrène, Airina. tão delicada física-mente, mas tão forte culturalmente*!.

Vamos ouvindo: uni milhão e meiorie habitante». Bem que os vejo, casacos pesados, sapatões, sob aquelachuva pesada, com aquele frio de*

ENEIDA

matar, Que coragem i ¦_¦*¦••-.•¦.a gpiiteque. com essa chuva e ès.-e frio, olha.examina, folhem livros colocados nascalcaria--, pioiegidos poi enormestoldos,

No .Museu de LKrnmagc. nosso encaniamonio não tc«m limites; lã es-rão os mestres internacionais da pin-tura. cultura c arle- do antigo Egito,ria Babilônia. Assíria, etc. Arle alia-vés de vários séculos, alé nossos dias.

.No Palácio de Inverno de Pedro of.taiide há orgia dc luxo o de fontes:cem maravilhosas*, joriando água. OPalácio foi destruído pelos alemãesmas já está reconstruído. '.Naqueledia. com lanla chuva, havia ummundo dc crianças* bem nutridas-, bo-nitas, cocadas, nos jardins rio pa-Iário l.

Onde leu Iravadn a inaioi balalh**mm os alemães, hoie • ergue-se umenorme parque, enorme e belo comum eslãdio para csporles, de cem millugares.

Visitamos a Kortalezii de Pedro ¦»Paulo, o amigo presidio político. Alios '-.ares torturavam os inimigos doicgiinc dc escravidão e «pressão. K'tenebroso como todos os presídios.Num momento cm que entravamosna cela número tiü. onde esteve préso Gorki, um camarada grego segurou meu braço dizendo: — Isto, naGrécia de hoje é um Hotel dc 4a. ciasse. Nossos presídios sáo monstruosos,

Pensei: — Se eles vissem as mas-morras do Brasil! , .

0 TETO'Conclusão cl» 7.' página'

lismo, De Sica cobre os pesados encargosde produções como esla trabalhando ico*mo ator. nam número enorme de filmes.Só assim tem conseguido a liberdade dedizei' ao*, homens dc todo c mundo que* preciso haver mais solidariedade, quoa riqueza não pode permanecer fão maldistribuída c que um pobre reage, fisinlogicamente, diante do amor c das nc-cossidades ria vida cia mesma maneiraque um rico. Este raio exemplo dc iniegridade intelectual tem a simpatia dc lodos aqueles que* véeni no cinema n i *icuio rie idéias poderoso que é » não ape-na* uma fábrica cie son-ho* le<«uioolor(Mlo.«,

Infelii.menle O T«to não vem alcan-canelo o sucesso -ie público que seria le-gitinio esperar. Lançado há meses no ei-nema Coral iSâo Paulo) passou discreta-menlo sob o olhai dos críticos da Pauli-ceia que não lhe deram a devida ateu-Cão, Agora, no Rio, o cinema de arte vemapresentando a fita no minúsculo Alvo-rada atendendo somente no público dazona sul, Por isto. recomendamos a to-dos efusivamente que vejam o Teto, nãodeixando que passe em brancas nuvensésic filme humano Roneroso, feito com

n co.ac.So e o carinho desta dupla genialformada por Vittorio De Sua r Cesw»Zavatti***.,

Page 9: Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A · 2015-02-26 · Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A ANO I — RIO, SEMANA DE 16 A 22 DE OUTÜMO

16 a 22 - 10 - 1959 NOVOS RUMOS =*. PAGINA 9 =

A PROPÓSITO DA SUPRESSÃO DOS PADRES-OPERARIOS• i

 Igrejae a Classe Operária

^irii^^^it^MIMWP^W^^tí

rm¦s > •¦ti*

;il

O Papa acaba «lc abolo- aexperiência dog «padres-iperárlos»,

Ksta decisão lança, vivaiiü sôbre^a politica da Igreja,in relaç&o k classe opeiá-ia.

»A Santa Sé — afimia oiliHiroto — julga que o tro-na lho em fábricas 011 umobras é incompatível com a..da e o» deveres sacerdo-ii.sr>.

As ruzóe.s aduüidas sáoíigniflcátlvns; -. O trabalhonu fábrica ou mesmo eni Óm-presas menos importante*!

<;põe pouco a pouco o sa-i-01'dote à influência, do meio,'. • padre no trabalho' nãoe,4it apt-nag mergulhado em

mbiente materialista... E'também levado, conlra suaprópria vontade, a pensarnino seus companheiros do

i nibalho quanto às questõesradicais e sociais, e a parti-ipar dn peleja por suas rc-

'.'indicações: engrena gemeirlvoi quo o arrasta ràpi-

«lamente ã luta de classes, o.ei,- não se admite ''ni um«icei «lole*,

Assim é que o caidoal fiv./.urdo -- escrevendo em nu*,!i- do .Santo Oficio e com a

, iirovação do Papa — revê-a. sem ambigüidade, as rn-

.rocs de classe desta medida,poi-qiie jamais padre algum

censurado quando -paru-ipa da luta do classes».,.

Io outro lado.Vejamos n história desta

nrutal condenação.Constatando que ¦ classe

.i|K raria, cm sua imensamaioria, escapava à Igreja,,-s bispos da França tenta-i.i in, logo após a última-MC-rr... uma experiência on-nnal: enviar sacerdote.* pa-i.i trabalhar em fábricas cn-,,m operários. Esta tent.ili-n cm parte dos esforços daigreja para enfraquecer alorisciôncia de classe dosiperariqâ e degilgá-lòg' doPartido ftòmümsta-,

CONVERTIDOS. . À

LUTA DE CLASSES

Pois bem: nesse confron--,, .espiritual,, entre a cios-.e operária e a. religião foi aclasse operária que triun-fou, Bnviaram-lhc sacerdo-•e.s para convectfi-la: ela osconverteu, arraslando-Os ãluta de classes. Ü decreto doSinto Ofício o confessa. Foi,assim, brilhantemente çon-fumada a concepção mate-niilista de Marx: As con-du-òes dc vida determinam aconsciência \ e nfto "o con-11 ,'irio.

Desde 195*1 o Vaticanoheu.iiu n uma primeira con-

clusão cm foice dessa dono-:.i Atendendo a.» suas direti-

/va», o episcopado francêstransmitia aos '.padres-ope-rários» a ordem de se con-centrarem nas pequenas em-presas arlesanais, —¦ onde oespírito de classe é mais dé-bil do que nas grandes fábri-caa — e og proibia de inili-tar nos sindicatos. T.\ «pa-d.cís-operário.s'-, — isto A,.'1 -I dos que haviam levado n.sério sua condição de opera-nos — protestavam, a >'l dofevereiro de 1H54, em cartano cardeal Feltin, contra «•.--sas medidos,

Após o fniiass,, desiü pri-meira experiência, o poria-voz do episcopado francês,Monvenhor Clmppoulle, lem-brava, a 10 de novembro «leI95.'i, o orientação de cl.is.--e,fundamentalmente lUltlco-munista, da política dn Igre-ja em relação á classe ope-raria.: .-A Igreja sabe bem oque deseja: quer bntlsar omundo operário, isto é, in-enrporá-lo às suas hostes,fazendo-o renunciar à. cou-copçáo marxista da socieda*de. ICssa idéia do batismo >dos operários satisfazia, evi-denteniente, a.s concepçôps

teológica •« cio patronato >•d., reação.

UMA TENTATIVA DEREEDIÇÃO

A , liegada dó gonoral deihiulle ao podei- pareceu, aosdirigentes da Igreja na(•'rança, o momento favoiu-vel para apoiar ativamenteos projetos dc associaçãoi .«pital-tm balho- en política¦le icolnboraç&o de classe*qne inspira os decretos dejaneiro de 1959.

Segundo ênse ponto-de-vista, uma <r«jedic;àoj >Ja ex-periôncln dos -ipadreâ-operã-rion' , ora susceptível «le li-sonjear as ilusões liberais«Jos «'atftlicos1 «.fe 'csquòtcüi'

' «pie siricerümétite desejam a«liança com n classe opero-ria — e eles sáo numeroso,-na França.

Por ocasião do congressonacional da Ação Católtcuoperária, em maio do 19õ9.o relator, Marins Chirftt.concluirá: . Os padres notrabalho, durante todo oh-mpo. nns grandes p peque-nas empresas, atendiam aumn missão apostólica ur-¦tente-. A 10 de junho o car-deflj Feltin, acompanhado docònego Bonnst, responsávelpela Mlssílo Operaria, partiapara Roma com o propósitode renovar a experiênciados padres-operárioB, toman-do aigtimas precauções pataevitar o «contágio-»: ligaçãoestreita com os paróquias,vida em comunidade, e con-Irõle mais severo exercidopelos bispos. Foi a esse po-dldo que o papa João XXII1

respondeu por .una recusacategórica,

JOÃO XXIII Ê"LIBERAL"?

Apesar das «.ilusões-» <»expre&sào consta do editorialde A Crur. de 19 de setembrode 1959J que certos ctitóli-cos de esquerda alimentam

¦ na França em relação aonovo papa, a política, de iloãoXXIII não tem. de forma ai-guina, sentido liberal. Ü no-vo papa ne limita, muitosimplesmente, a continuaiuma evolução começada havá.rios anoa pela Igreja etnseus esforços para se/ adap-tar às situações novas quetem a enfrentar. Estas sãocriados, de um lado, pela vi-tória do socialismo e pelosprogressos do movimentooperário; de outro lido. pelaforça crescente do movimen-to nacional dos povos ciaAfiiii e da África que lutampor sua independência..

.lono XX1IT é o preladoque. logo eni seguida, a libei-tai;ão du França, veio resta-belecer a nitunçáo «1° episco-pado francês, tornada muilodifícil |K»r uma longo e,oln-horaçiio com o 1-egime deVichy.

Os primeiros ato.- de wuipontificado mostram que náose trata, dc* forma alguma,,le imprimir à Igreja umaorientação mais liberal. Já aH de abril de 1959 o Osser-vittore tt<>inano publicavanm comunicado da congre-giic*Ao do Santo Ofício agrn-vando as decisões tomadaslior Pio XII a respeito doscomunlRtas.

Pio XII decretara, em ,•1Ü49, que não se pode s»-ri nrnunista e católico; .loáoXXfll estende esta condena-i ào não ajienap aos que in-gressam.em uma organiza.-cão comunista como tum-bém aos que-votam em "ha-dos próximos ou distante»¦dos comunistas.

maÊm J^^tW^^m\^^-»MmmtljM ag^^Wj mj

mmmmmútúnwvm

A DESIGUALDADE,DIREITO DIVINO

A primeiro oe maio de .1939 João XXIII lemoiavaao8 trabalhadores a dotitri-ru social da Igreja e demiti-ciava o perigo de se aceita;-«o axionia especioso de que,para impor a justiça, é no-ccRsárlo asfioclar-se aos quenegam Deus 0 talvez deixo' -se dominar por eles".

A primeira encícllcfl deJoão XXIII lembra, sou íoi-mu mal renovada, os doisprincípios básicos que regu-Iam toda a doutrina social epolitica. da Igreja: «0 siste-ma. capitalista, náo é Intrin-secamente maus, (EnclclieaQuadragésimo Ano», 1931.;o comunismo é essencial-

mente perverso» iBnciclieaDivini Redemploris*. I9ü'íi

Lembra que '.quem ousa lie-gm- a diversidade dn.s cia.,-ses contradiz o própria or-dem da natureza.,, isto •-.iccorda, uma vez mais, queo desigualdade é de direitodivino, e oferece, conio mo-cií-lo inspirado pela doutrinasocial e politica da Igreja, «,regime do chancelei- Au--nauer na Alemanha de Bonn,

Kstn orientação da Igreja,romana tem, na França', p .-.-ili(,-òes partictilarnienti fi-voniveis de aplicaç&o npo« ,,advento dc de Gaulle e cmpoder pessoal.

Trata-se também, r..i fim*bito social, du luta coutia aclasse operária. No entantopaia atingir seus objetivos,os chefes da Igreja se osfui -çum i>or hão combater diic-tamente as asplraçõe: dostrobalhadoros. Por exemplo.quando no França as '*-''"•«¦óes de horário, as demlssd a«¦ os fechamentos do fábricasse multiplicam, os preladosfranceses, quer se tratn docardeal Richaud, arcebispoile Bordóus, ou do Mouse*nho,- Lefobvrú, bispo do Vi*til-Mon, não hesitam em pio-te-tar contra as rt"*';i.- ilrn-cuidados imposta..-, ,'*'s tra-balhadores, mas n.o pro-põem como soln-.io senão \ ¦medidas já previstas ro pro-grania de de Gaui.e, iel.Hr oans investimento.-: ,u '¦ t.iud'1aos países subdeseitvo'.vi i' •¦

UMA DUPLAWEOCUPAÇÃO

O ritual decreii. lo Sanli'Oficio preconiza, u > mesmoespirito, «ra criação do ^n oude vários Institutos ütíei:U«-les compostos de -...'.'iiii-tes e de leigos", mas com Cs-t»íi ajHinas traballiando cmfábrica, Essa documento re.tõnio- aqui, os olaiv-s da,A.ção Católica. Operária/ que.iá organizou, prlnclpalmonjeem.Lyon, equipes cKV-se gO-,nero, prjvando-as, porém, desou instrumento avançv.k. «.padre no trabalho.

A Ação Catóhca Oncririri,. iiada há nove an >s e con-'ando atualmente u.ais Oo -0rm! membros, visa, com «ífei-to. a esse objetivo. Por oc:»-siõo de seu congresso nado-nal de 18 de maio do IBStf, aspreocupações da Igreja sotraduziram nas ro30inç6«3B li-nal». A moção aprovada pt oconclave denunciava: <a soo-si\ei redtiç&o do poder aqui-fitivo dos trabalhado: s rroconseqüência da recessãoeconômica; o entorpecimentouns responsabilidades do c-dadáo, o que contribui pu.radepreciar os valores de umaautêntica democracia; a do-grttdaçào das coi.ticlünuasem virtude dn gueiTa na Ar-gélia, do uso de meioj hr.o-rjih e do racismo» <v,i me-.--

i.oger CARAUDY

mo tempo, porém, mo íseruv.rUuerry, presiden'.:* ua Co-íniss&o Kpiscopal do MundoOperário, ressalta e«n seudiscurso de encerninentu:

Oavemos ter t-m mcnto, emnossa vida cotidiana, que oobjetivo do comunismo iidestruir a religião». Nadacaracteriza tanto u politicada hierarquia católica: pro-clamar palavras ile ordemque correspondem ás aspira-Coes dos trabalhadores, afim de canalizar seu des-contentamento, mas. ao mos»nu, tempo, evitar a unidadeoperaria, o único meio quepoderia realizai- suas aspira-t.Ót-S.

AJUDAR OS TRABALHA-DORES CRISTÃOS

A tática para lutar con-tia essa política decorre daprópria situação: tentandoadaptar-se iws progressos domovimento operário '•>*França e aos progressos domovimento nacional nos ter-ritórios de aiém-mar, a Igre-.m se entrega a uma deina-yojtia sistemática em anioí-!,, nacional, a fim de cana-lízar o movimento de massa aI-:. ao mesmo tempo, obii-giida a frear esse movimen-.o para atingir seus objeti-ios fundamentais.

As massa.s que o Igiejripretende controlar levam aserio ag lutas sociais ou na-i lonais (ll|(V- para a Igreja,não passam 'le um mei )•No.sSo objetivo ê ajudar ostrabalhadores cristãos arealizarem plenamente suavontade de luta, a fim deque, por sua própria expe-riAncla, tomem consclfincinda oontradiQ&o entre suasnecessidades e nspiraçóe»* <:os limites que a Igreja lh';simpfie.

O conluio permanente, en*tre as forças cia Igreja ofi-ciai e do clericiülsmo e Rstorças da reação e da trai-ciio fere os católicos demo-Ci atas e patriotas.

Km foce da ofensiva c!e-ncal contra a escola laica,ri alizou-so na França náo só

i unidade entre as forçasleigas como também o agi-u-lamento, para a luta -*«'-'il.r, de um grande número»e católicos, ao lado de ue-i loeratns de todas as ten-di ncias,

Temos oi a promessa e agarantia de unia ação um-taria p vitoriosa de todas asforças democráticas fronc-s.-ki contra og nervos atO"ta-dos do obscurantismo clurl»cal e da reação. Nessa lutatriunfarão as melhores tra-d côes da França e tle seu po-vo; a.s fôrçae ou República -atia Pátria, as forças do ;. o-jiresso contra as tentativasretrógradas ua. direita, «Mijapolitien é invariãvelnieTitoaisiiiida pela lucraiquia '••*•toliia-

COEXISTÊNCIA PACÍFICA (II)O fato histórico da existência de dois sistemas

mundiais — o capitalista e o socialista — toma ine*vitáyel a competição entre eles O principio da co-existência pacíllca pressupõe que essa competiçãose realize sem o recurso às armas, á guerra, mas atra-vés da emulação pacifica que, sem levar à renúnciado modo de vida e da ideologia de cada Estado, per-mita os contados, as n«?gociaç«5es • os entendimentosentre eles,

Há aqui, portanto, dois aspecto* a ressaltar. Oprimeiro é que a coexistência dos Estados de dife-rente regime social, ao contrário do que afirmamcertos ideólogos do imperialismo, não significa quese isolem esses Estados uns dos outros através de

quaisquer barreiras, com o único compromisso denão se guerrearem O segundo aspecto é que, ne*gociando e entendendo-se, os Estados de diferen-te regime não renunciam à sua própria ideologia.

A doutrina da coexistência nâo exige que a UniãoSoviética deixe de sei um país socialista que marchapara a edificação da sociedade comunista, assim co-mo não exige que, para afastar-se a ameaça daguerra, os Estados Unidos decidam substituir o seuregime social. A existência dos dois regimM é umarealidade histórica concreta o só na medida em queeles existam, em sua diversidade, pode-se concebera coexistência.

O principio pelo qual lutam as naçõe-s i os po-vos amantes da paz estabelece que a disputa entreos dois sistemas se desenvolva não por meio das ar-mas. mas da emulação pacifica Na medida em quese desenrole essa emulação — sem que haja inter-íerência de uns Estados nos problemas internos deoutros — os povos de todo o mundo poderão conven-cer-se, à base de sua própria experiência, sobro qualo melhor ragime, qual o que assegura á huma-nidade maiores possibilidade' de progresso materiale espiritual, melhores condições tie vida às grandesmassas, a felicidade para todos Se os capitalistasnão estão de acordo com o socialismo, que demons-trem, através da emulação pacifica, em que o sis-tema capitalista é melhor e mais eficaz

Ainda recentemente, o vice-presidente dos EE.UU., Richard Nixon, punha em dúvida a sinceridadedos governantes soviéticos, sob a alegação de quenão podiam conciliar-se a tese da coexistência paci*fica e a afirmação por eles feita de que o comunis-mo triunfará. Não há ai, porém, nenhuma contra-dição. Os dirigentes soviéticos, como os comunistasdo mundo inteiro, estão convencidos de que o siste-ma socialista e superior ao «-apitalista e que o pro-cesso conduzirá, inevitavelmente, ao triunfo do co-munismo em todo o mundo. Mas para que esse tri-unfo seja alcançado e o capitalismo deixe de exls-Ur, não pensam os dirigentes do campo socialistaem recorrer à agressão nem à intervenção nos as-suntos internos de outros Estados. O socialismo ven-cera, segundo estão certos os seus partidários, atra-vés da emulação pacifica, através da comprovaçãono dia-a-dia, aos olhos dc todos os povos, da supe-rioridada incontestável do modo ds produção socla-lista e sm virtude das contradições inerentes ao mo-do de produção capitalista.

Os comunistas estão seguroc de que triunfarãoas idéias do socialismo Outros pensarão de mododiverso. Têm, naturedmente, o direito de pensar as-sim Partidários do socialismo e do capitalismo po-dem discutir não estar de acordo uns com os outros.O importante, porém, é manter* ss nos limites da lutaideológica e provar, na prática, do lado de quem e*.tão a verdade e a razão.

HISTÓRIA DO MOVIMENTO OPERÁRIO XXXIVi

Vs trade-unions tiveram umpé»» considerável na forma-.-ão da base social do PartidoTrabalhista inglês. Mas é pre-cisu náo esquecer que conti-nuavam jungidas à influencialiberal e conservadora dos-¦eus chefes aristocrtita-opcm-rins, daqueles a quem Mar*em seu tempo já chamava,eom inteira propriedade de"açentes da burguesia" nomovimento operário da In«la-tvtni,

K' sintomátiro dessa dolo-nua situação o que ne passa,ati* aos novsos tUas. com oCongresso Britânico das Tra-(le-Unions. que, desde ÍMH,<e realiza rellfriosainriite to-dos os anos. na primeira se-mimln-f ira ile ««lembro. Porincrível qu< pareça, a ordemdos trabalhos do Congressoi-ontlmiuii até hoje a mesmaHlie há qiuiM' um século atrás:o Congresso dura os mesmosi-ineo dias que durou o primei-ro, cada delegado lem os mes-mus cWn minutos para falar,é sfnii»r*e um padre que fa/, «»discar*,- inaugural, as rcsoht-V»es -¦ que cmarani por vi-r.en a centenas — uontiiur.iinnão -.---ido obrigatórias paraos sindicatos... (Durantemais (le melo século o Con-

•gresso não elegeu um órgãodirigente central permanente.Só a partir de 1921 foi criadoo Conselho Geral do Congres-tn das Ti-ade-Unlons Britam-ms. fneaheí-ado por um se-srttirio-cc.al vitalício).

Náo foi assim difíiil aosoportunistas rematados tipoK.unsay Mac Donald, que lo-go se alarracharam na dlre-ção do Partido Trabalhista,colocar sob sua influênciapolítica us trade-unions.

A estrutura do Partido Tra-balhlsta serve habilmente »é*.se fim. * náo s* pode deixardí reconhecer, aliás, que r.bastante curiosa. O partido«irganixou-sc à base da adesãode membros coletivos — fun-danK-nlnlniente os sindicatos,mas também a*, cooperativas eoutras entidades, Inclusivepartidos, tomo vimos. Baslu-va que a Conferência ou %Diretoria de um sindicato de-,

.eidisse aderir ao partido paraqur automaticamente todosos membros do sindicato setornassem também membrosde partido, mesmo os que for-malmente pertencessem aoPartido Liberal ouao Conservador... Os úni-cos deveres do membro doParlido Trabalhista são pa-gur a sua contribuição e votarpara o parlamento nos candl-li.tios partidários. Quanto aosindicato, embora aderentecoletivo do paitido, não dis-ente- os problemas politicoideste, continua na velha poli-tica, já nossa conhecida, rie"nada dc política", . Outraparticularidade "democrática"é c|iie os deleirados do sindica-lo aos Congressos anuais doPartido não são eleiton pela

mii.ssa di* associados) ma

0 proletariado inglês às vésperas da guerra mundialimperialista de 1914-1918

simplesmente designados pelaDiretoria sindicai. O Comitêl-'.\eculivo do Partido i cons-tit uidn conjuntamente doConselho («wal do <'uiifTcsMidas Trade-Unlons e do Co-initè Executivo do PartidoCooperativo, chamado Conse-lho Nacional do Trabalho,Mas a direção real do Partidonáo sáo nem o Congresso nemo Comitê Executivo e sim afração parlamentar, da qualfazem parte, é claro, os chefesmais destacados do partido,sendo de notar que. entre ês-tes, o principal não e tambémo secretário-geral do partido,inas o presidenta da fraçãoparlamentar..Operário por sua composição

social, o Partido Trabalhista,como dele disse Lenin, c di-rigiilo por lidere*, táo reaeio-nurios que pode ser legitima-mente chamado um partidoburguês (exemplo típico deseus chefes, por exemplo, é oconhecido Major Attlee, queaté 1955 esteve à frente dupartido. Nunca teve nada quever eom a classe operária esuas lutas. Filho de família

» pi-qiicno-liiirsiicsa, i oineçou a

faner carreira como Jurista eescritor. Foi oficial do esérri-to inglês na guerra de 1914-1!»18. Terminada esta. in-gressou no Partido. .. Conscr-vador, Tendo fracassado, ade-

riu ao Partido Trabalhista,onde foi de vento em popa. .O atual líder do partido epresidente de sua fração par-Ixmíntar nos Comuns, (laits-kell, também apresentu da-do bem sugestivo em sua blo-,grafia. Tem o curso do NewColíege em Oxford, o que náoé para qualquer um... Foiprofessor de economia da im-perial Universidade de Lon-dres .. De 1940 a 1942 foi se-eretário pessoal do Ministroda Guerra Econômica... etc.ete).

De 1900 a 1914. em ligaçãocom a marcha do imperialis-mo Inglês para a guerra, au-menta os impostos no pais,encarecem os gêneros e nbje-tos de primeira newssidadc,os salários reais dos trabalha-dores vão sendo mais e maisrebaixados. O movimento ope-rárin InglrM entra assim emnova ascensão, sob a formade potente surto urevista. A»

greves, aU- então locais, con-vertem-se. em gerai», surgemt tomam corpo as greves dosiilidarlediwk, au lado das rei-vindlraçòes econômicas sãolevantadas reivindicações po-liticas. ciiiiid a da nacional!•/Ação das ferrovias c das ml-nas de carvão. Dentre asgrandes greves destaca-se ados mineiros, tm 1912, pelacoinbatividade e nítido caráterde classe, Lúnin considerouque ela abria uma nova etapano movimento do proletária-do inglês,

Mas a burguesia, apoiadana direção oportunista c trai-.dora das l.iide-uiiions e d«>Partido Trabalhista, conti-nua\;i manobrando com éxi-to, confundindo c dividindoos operários com hábeis con-cessões. Em 1901 revogou, porlei, a indenização devida pelossindicatos aos patrões porprejuízos decorrentes de gre-ve. Estabeleceu a .Hiniada de8 horas para o<s mineiros dosubsolo e salário mínimo pa-ra algumas categorias profis-sionais. Instituiu pensões pa-ra a velhice (a idade era tãoalta ij.it* ns operários .is (lis-

mniim de "pensões para de-Juntos"...). Organlwiu umsistema de arbitragem com-plicado e manhoso para dirl-mir as questcx»8 entre patrowr operários.

As idéias socialistas, entre-lanto, expundlam-se no prole-lariado. Em 1911, em Man-chester. fundou-se. o PartidoSocialista Britànlc/i, que pas-sou a fa/er propaganda e agi-taçno de conteúdo marxistaEra, segundo Lênln, um par-lido "náo oportunista, efetiva-mentr. independente dos li-berais". Pouco numeroso e.desligado das massas, entre-tanto, apresentava certo cará-ter sectário. Dele fazia part«-o nosso ,|á conhecido dogma-tico Hyndniunn, que. com to-dn o seu crônico sectarismo,foi o cabeça da ala aberta-mente sorial-chovinista, pa-trmteira, qur se formou nupartido durante a guerra dc1914-18. Em 191K, n partido di-vidiu-se r Hyndmann, em mi-

.noria, saiu co mseu grupo. Adireção fluiu com a maioriaintcrnacionallsta, que tinha afrente Inkpln,

O histórico drama dn movi-niento operário inglês conti-n uava. A luta, entre as diui.s'tendências, a revolucionáriae a oporlnnista, prosseguia,mas era esta quem se manti-nlia sòlidameute Instalada naslileiras do proletariado da pu-t<*nt> Inglaterra Imperialista,

Kngcls fá não vivia nessaépoca. Falecera a 5 de agosto

de 1895, j« de/ « meia da nol-le. A Meu pedido, o« restosmortaúi do grande dirigem»»proletário foram lançados aolargo, no mar, na sua muitoamada praia de Eastborn, on-de passava as férias dc verão.Mas na longínqua RôsKia, umnovo gênio da revolução pru-letária. Lênln. tomava nasmãos a seriedade e dedicaçãocom que Marx Eng eis sem-prr encararam os complexosproblemas do movimento ope-rário inglês. Em 1908, em seunotável artigo "Material inflamável n« política mundial",I.énm escrevia: "Observa-seum nguçrtmento da luta dnproletariado contra *» btirgur-¦>i.i em todos us países capita-listas avançados, sendo qur adiferença das condições historiia.s, dns regimes políticos edas formas do movimento np«-rário condiciona ,i manifestaçáo diversa de uma e mesmatendência. Na Américo c naInglaterra, dadas a plena liherdade politica. a ausênciade qualquer nu, pelo menusalgo viva tradição socialista erevolucionária nu proletária-d o, é.«se nguçamcnto se fa»sentir na vigorl7,açáo do mo-vimento contra os trustes, nocrescimento extraordinário de.socialismo e da atenção que.lhe põem a* classes pudcnlc-vna passagem das organizaçòe»operárias, por vcms pnnvmen-le econômicas, á luta políticaproletária Independeu!* «planil irada",

Page 10: Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A · 2015-02-26 · Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A ANO I — RIO, SEMANA DE 16 A 22 DE OUTÜMO

PAGINA IO NOVOS RUMOS 16 i 22 .1'0 - 1959

Pernambuco: Governo e OposíçãUnidos Contra a Tramways

iy m^ttmwmx .*•> "t*.

Wtli primeira vez, desdeS;ue o sr. Cid Sampaio empotsou-se á, frente do Exe-eutívo de Pernambuco, unitam-se as forças do governo* da oposição. Que fato toi»iou possível essa convergén

leia. que muitos, há seis me-et, considerariam um milaare político? O desejo popular — que se reflete nestaposicáo dos políticos — dever o Estado livre dos cieslerviços da PernambucoTramways. Durante os qua-renta e seis anos de sua existéncia naquele Estado, o trus-te norte-americano fez comque se acumulasse uma talmassa de descontentamentoque hoje a sua saída de Per«ambuco é uma aspiraçãounânime.

TOMBAMENTOIMEDIATO

Um telegrama da maiorImportância foi passado hadias ao ministro da Agricultura. sr. lido Meneghetti. Eiso teor do telegrama: i Repre-sentantes do PSD, UDN.PTB. PRT. PST. PR. PRp|PDC. PSB, PSP e PTN. depu-tados que compõem a Assem-bljia Legislativa-dêste-EsTã-do vèm solicitar a V. Excia.as mais urgentes providéncias no sentido de ser nome-meada a comissão que leva-ra a efeito o tomb.imentocontábil dos bens da Peinambuco Tramways . confor.me solicitação do Exmo. Sr.Governador do Estado, atra-vés do oficio 375, de setem.bro último. A medida agorapedida traduz os anseios detodo o povo pernambucano.Atenciosas saudações.

O pronunciamento unânimeda Assembléia Legislativa pe-dindo o tombamento contábil— passo preliminar para aencampação, como sucedeu no

Representantes de Todo* ot Partido» na Assembléia.Legjslativa Telegraram ao Ministro da AgriculturaPedindo Urgência Para o Tombamento Contábil daFiliol do Truste Americano — Já em 1913 Eugênio

Gudin era Diretor da Empresa lanciui. . .

Reportagem de HIRAM PEREIRA

Rio Grande do Sul — é ex-plicado pela força do movi-mento popular pró-encampa-ção. Mesmo que tenham ra-zão alguns comentaristas po-liticos, quando atribuem essatomada de posição pelo PSDa uma tática para evitar queCid Sampaio recolha sozinhoas glórias da encampação,ainda assim isto só viria con-firmar a força da aspiraçãonacionalista.

A FORÇA DATRAMWAYS

De outro lado, o fato deque a idéia da encampaçãoainda não estivesse suficien-temente clara há mais tem-po, revela que o truste dispõede fortes posições. De fal».desde 1945 nào houve uma sóeleição em Pernambuco, es-

_AaduaJ-ou mtmtclpãirque nàotivesse o problema da Tram-ways como um dos temascentrais. Em 1954. o -slogan»— 'Distribuirei a energia dePaulo Afonsov. — ajudou cer-tamente o general Cordeirode Farias, na verdade amigoda Tramways, a derrotarJoão Cleofas. Êste último,apoiado pelas forças popula-res, inclusive os comunistas,talvez por isso mesmo tevemedo de aperecer como... co-munista e vacilou em relaçãoao problema.

Em 1955, Pelópidas Silvei-ra derrotou sozinho três ou-tros candidatos à Prefeiturado Recife e uma das bandei-ras mais populares de sua

SOCIEDADE PAULISTA DE AGRONOMIA PREPARA

SEMANA F SIMPÓSIO NACIONALPELA REFORMA AGRÁRIA

P, PAULO iDa Sucursal i — I> in a 24 rln corrente,terá lugar nr-sta capital uma í»r-m?ina de Reforma Agra-ria. promovida pela Sociedade Paulista de Agronomia.A coordenação das providências preparatórias concr-r-nentes à realização dessa iniciativa, é de re-»pon.»ahili-dade dn Outro Paulista tic Debates Agronômicos, presi-dido pelo dr. Otávio Teixeira Mendes Sobrinho que. ementrevista concedida à nossa reportagem, assim se ma-nifestuii sõhre n conclave:

— Programamos, após os debates da Semana deReforma Agrária, a realização de um Simpósio Nacio-nal pela Reforma Agrária, do qual participarão as en-lidade» congêneres', entre as quais, especialmente con-vidada, a Sociedade Brasileira de Agronomia. Tambémdeverão enviar representantes a Federação das Indús-trias do Estada dc São Paulo, a Federação das Associa-ções Rurais do Eslado de Sáo Paulo, a Associação Co-mercial. centros acadêmicos, estudantis, entidades delavradores, o clero, a Universidade de São Paulo, a('amara do» Deputados, a Assembléia Legislativa e orsãos governamentais ligados à agricultura».

SUBSÍDIO TÉCNICO ÀS AUTORIDADES

Os agrônomos — afirmou o dr. Otávio TeixeiraMendes Sobrinho — encontrando-se entre os grande-inenie interessados no problema da terra, não poderiamdeixar tic emitir opiniões sóbre um assunto vital quevem sendo tão agitado, inclusive pelos governos, nomomento em nue mais de 200 projetos sôbre a reformaagrária iá foram apresentados na Câmara Federal .

¦Isso — prosseguiu — não significa quo pretendamos sei- donos de uma solução. Nosso objetivo éino somente o dc contribuii rom as autoridades, atra-vés de nossas conclusões o recomendações, sol) formade subsídio técnico Para sermos objetivos, levaremostambém cm consideração os demais aspectos, ou se-iam. o jurídico, econômico, político, sociológico e re.ligioso. ntili'/nndo-«e inclusive, de materiais elaborados»m outras oportunidades

ESTUDOS REGIONAISO pievidenie do Centro Paulista de Debates Agro-

rtòmieos c do i.i,,: ;;,. qne, sem sc levar cm conta ascaracterística» do nosso solo, a sua dimensão e o seumeio físico diversificado, não é possível haver reforma

ara maioi conhecimento das dite-nue. ,in mesmo tempo em que selc üeforma Agrária, são estabeleci-•'-:•: a- demais entidades agronòmi-ndo .i realização dc reuniões cnm

agraria imitamroncas regionai-jprepara a Semana fiedos ontoiidi.m-nin» coeas do pa i». »u-;ei ini.Idêntico crbidiw,

Ressaltou ainda nhrinho que partindorrutura rural do paisficaçCes que loreni mrna de estrutura, mair)ad<>.

tic Otávio Teixeira Mendes Sn-¦ tic uni e»iudo completo da es-poder w-ão introduzir n< modi-

•essárin»-. estudar uma nova tor.produtiva c benéfica á coletivi-

TEMARIO

.Ni' • cllllllo -lará diteiaiiii

ii caiiictcri/ai

|iin»--i".-iiiu - o temarin a seruoule do» conceitos de reforma

de estrutura1', devendo-se,Semana, aurofundar nos estudos e debates

trutura agrária dn Kstado tic São Paulo, exa-, peln seu meio ecológico, (amanho da pro-

condições dc transportes e comunicações.rural, valor da terra, coope-

- rural, industrialização c co--âo rural.um estudo minucioso dos as-

da atuai estrutura agra-quer no campo agronòmi-

aniiárin — concluiu o dr.

debatido iagrária cduranie ,,t»òbre .i o»minando-;.

Íiriedadenquilinato e comunidadirativismu. financiamenlomercializaçâo da prnduçã

Faremo». lambe¦pactos positivo» c negativiria do Estado dc Sáo Paulitei, como rio educacional e

ides Sobrinho

campanha loi justamente aencampação da Tramways. Avitória de Cid Sampaio, em1958. está ligada, em grandeparte, à defesa dessa aspira-ção legitimamente popular,Pregando nas ruas a expul-são da Tramways, Cid Sam-paio estava combatendo oetelvinismo. em quem a em-presa estrangeira teve umsustentáculo. Por último, oprefeito eleito do Recite, Mi-guel Arrais, adotou como umdos teus lemas eleitorais oseguinte: ."Mandaremos em-bota a Tramways!--

DIAS CONTADOSOesse modo, os fatos indi-

cam que a Pernambuco Tram-ways está com os seus diascontados. Em 1962, quandoexpira o seu contrato, e apartir de agora, o truste quetanto sugou a economia doLeão do Norte terá pela fren-te o Executivo e o Legislati-vo estaduais, como também ospoderes municipais da Capi-tal. de Olinda e Jaboatào,municípios igualmente atin-gidos pelos fios da Tramwayj.

O apoio crescente da opi-

mão publica, dai órgão-»ções econômicas, operária,patronais, da intelectualídau.reforçam a convicção de qu-a Tramways, por mais qu-manobre, que resista, que mistifique, desta vez sairá. -Co-mo no Rio Grande do Sul¦• segundo expressão corrente.

GUDIN VEM DE LONGL

Agora, que o contrato daTramways com o Estado vemsendo objeto de maiores aten-ções, revelam-se coisas inte-restantes. Por exemplo: quemassinou o contrato de conces-são dot terviços de luz e fôr-ça entreo Estado e a Tram-wayt. em nome desta últimanão foi outra figura senão ado empedernido entreguistaEugênio Gudin. Diretor da

Pernambuco Tramways. já em1013 defendia Gudin os inte-rèsset do truste americano deeletricidade no Brasil ATramwayt, nos termos ò*omencionado contrato, eramtranaferldos ot mesmos servi-cot, concedidos á firma Fielden Brothers ainda no séculopastado, em 1897. A concessãoá Tramwayt foi feita explici-tamente pelo praio de 49 anos,que expira precisamente «a17 de Julho de 1962 . Cláu-sula importantíssima de talcontrato é a que estabelecea reversão dos bens. isto é,sua entrega ao Estado, semnenhum desembolso do po-der público.

] rabalhadoresFortalecem Sua

PaulistasUnidade

Nova Organização Para Coordenar tktadujlmcniea Atividade Sindical

s PAUl.O >Da Sucursal'Acaba cIp ser criaoo nesia

capital o Coníelho Sindiculdos Trabalhadores. E?.sa en-tidade objetiva a coordenaçãosindical, no âmbito estadual,de entidades sindicais de 1.*r 2." graus: a promoção eorientação dc movimentos¦•indicai.1: a realização decampanhas educativas sobreo sindicalismo, legislação so-ciai. etc. a constituição tmanutenção de serviço.» téc-nicas para o aísessoramentodas campanha.» c movimentoslevados a efeito pela.» enri-dades sindicais.

A estruturação da C'S'lconstitui uma nova etapa naluta pela unidade dos trabn-Ihadore,- paulistas. Inúmerosmanifestações favoráveis auma politica de unidade vi-nham sendo patenteada;-atiave.- tio várias organiza-ções como o Pacto de Uni-dade Intersindical cie SãoPaulo, o do ABC. o cie Soro-caba. o Fórum Sindical c<Santa», p outros atreve? cto.quais trabalhadores do dite-rentes categorias profissional:procuravam -e unir para me-lhor defender as suas reivin-dicaçôes. O Conselho Sindi-cal recém-criado, por sermais amplo. significa um im-pnrtante avanço .nesse sen-M'id

COMPOSIÇÃO IX) CST

O Conselho Sindical do-Trabalhadores é composto noplenário, da Omissão exe-cutlva e rra diretoria, O pie-nano e formado por um re-presentante de cada entidade-indicai admitida no Conse-lho, e se reúne trimestral-meníe. A Comi,»\sAo executivae composta de representante.-daí ferieraçóe.» estaduais, das.

lederaçõs nacRam* que- it\*>-ram no Ü6tado. e dos sincil-<atas nào aglutinado* em le-«erações nacionai* t esta-duais.

A diretoria tt« nova euu-dade é constituída pelos din-gentes sindicais Olavo Pre-viatti. presidente: Dante Pe!-lacani. secrctàrio-geral. Fl -i.ano Francisco Dezem. V si ¦cretário: Lourlval Portal daSilva .tesoureiro-geral: Afou-¦-o Teixeira Filho, 1.° tesourei-ro: Sebastião Francisco Bor-ges e Tewls Garcia.

No próximo dia 8 de no-'.embro o Conselho sc reuni-rá fni ses.-ào plenária parariiscutir os seguintes assim-tos; ratificação da criaçãotio CST e filiação: Lei Oruii-nica da Previdência Social eDireito de Greve: abasteci-mento e preços: e participa-cão dc Sâo Paulo na TI Con-lerencia Nacional de Trabn-lhadores

ASSINE

j "NOVOS

; RUMOS"

¦fí ' ¦,.':¦-.' '¦ .' . ;'¦¦;.'

MSempre fui partidário das relações do Brasil com a URSS, declarou o governador

Muniz Falcão ao representante dc NOVOS RUMOS

GOVERNADOR MUNIZ FALCÃO A NOVOS RUMOS:' PATRIOTAS DEVEM Ei'UKII0S PARA AS ELEIÇÕES

>Necessidade de Encampação da Filial da Bond And Share

Relações Com a União SoviéticaApoio do Governo Alagoano ao II Congresso dos Trabalhadore»

Lntrevista concedida a ROBERTO MORENAo governador cio Estado

oe Alagoas, Dr. .Muniz Pul-cão. foj vivamente aplaudi-do pelos presentes á insta-lação iin II Congresso Re-gional dos Trabalhadores deAlagoas, nu Palácio tiosTrabalhadores, no dia V deoutubro, quando ufirmoii¦ |iie durante sun gestão, ate

último dia, «s liberdadesdemocráticas e sindicais se-riam integralmente respei-tadag,

Na verdade, vive-se «miAlagoas num oHnw <W- d*-mocracla. Isto f<»i compro»vado durante n realizaçãoUo II Congresso, quando o.strabalhadores d e ba Leram,'"111 o gOVèmO, tÒdas II.»questões constantes de senti-inario.

N(> final, como no-, haviaprometido, o govenuulor.Muni;', Falcão, que já conlit-ciamos quando convivemoslurante quatro anos na Cã-nara dos Deputados, conce-

di-u-nos uma entrevistti es--ial O lema central rie

nossn palestra foi a eletiifi-chçiio necessária <• urgentedo Estado e. conseqüente-mente, a encampação da Cial-'òi' i e Luz do Nordeste d"Bra.-il. filiai da famigei-adu• Bond and share

irou" 'i11'

Dei.discuiinstalüque aEnei-giiiAgrictilida atendienvio iivcos pnrabamento dt.iie mediimar, cmMuniz Fali

o n..ciou à ticrSnergin -Agricultiu-:vinda tic

•'• Kxclil .pioiuniciou

ll Congii'

norui

Divisão dc guns >¦i , Minislíi ii- diin, não havia ain-" a" seu pedido dcun '!<¦ seus tèimi-procedei an tom-los bens du Cia

pretende to-I 'i .. distO, (i SI'

i luVIM 11" j/j ull-ir, .!,¦ Águas ¦

i Ministério dasolicitando a

ntll fifloi" il.'l(|"i-ir

ENCONTRO DE MULHERES

Emissõesda Rádio deMoscou para

o Brasil

A Rqüic ae Moscoutransmite dianamen-te, em língua portu-

gueso. das 19,30 às21 horas, hora do Rio

de Janeiro, pelos com-

primentos de onda de19 e 25 metros

r.m preparação ao Km-ontro Lutino-Anicri-cano He Ululheres. a realizar-se cm Sunliugo nopróximo mes, leve lugar no dia {) último, nn sedeilo Sindicato dos Bancário*, movimentada assem-iiléia de mulheres cariocas, que contou com ocompareeimenlo «le numerosa assistência (folo)-Na oeasião foram tomadas diversas resoluções,lendo em vista garantir a participação d» mui li crbrasileira Mo enenntro do (.hile.

órgão, no scniirio de. junto *funcionários do Depaitanien-lo de Águas e Knergia deAlagoas, proceder ã verifica-ção da contabilidade da Cia.Força e Luz Nordeste doBrasil. A Divisão de Águase Kneigm informou que, porenquanto, não seria potávela vinda desse técnico. Con-indo. voltarei a insistir, maisadiante, no mesmo assunto.drt modo a ser feito o tom-bamento daquela empremi.

PLANO DEELETRIFICAÇÃO

Continuou assim S. Kxcia.a.s palavras pronunciadas nainstalação do H Congresso.

Indagamos a seguir: sen-ri., a Força e Duz apenas aoisiribuldoia da energia dalia. Hidrelétrica do S. Fran-i isco, por quanto a vende 'iindústria e ao povo de Ala-goas?

Informa-nos o governadorMuniz Falcão:

A CHBSB1 entrega áKôiça e Luz a energia btu-ia ao prí.ço de oitenta cen-ia vos. A..,ui em Maceió a ta-Xii é de CrS o.60.

'Temos um plano de elei"-

finicao parn todo o teiritorio alagoano que já foi sub-metido á consideração doCODENO . No nordeste,

AlagOri. o um dus poucos Es-lados ou- dispõe de um pia-im organizado de eletrifica-i..to. a CODr.AL (Comissãode D ?scn\ olvunento Econo-mico io Ala^cas) e o Depar-tamento ue ..giias e Energia,l rabalhando continuamenlapara o suprimento público eindustria] em '-^0 municipio;,inicialmente.

Muito sc fala lio Nordestenu Ol-ENO. No dia I- de ou-tubi'-), exatamente, se haviaH-alizado a reunião do co-D10No, Nessa reunião o Co-vernador tora representa-i" pelo engenheiro Berualdo

Maia Gomes, que está orgn-nizando a Cia. Elétrica da\. a goas. Qunl é a opinião rle

S Excia. sobie a OPBNOVTenho a nielhoi- im-

pi essfto da OPKNO c de seusdirigentes. Alagoas nâo vemencontrando dificuldades uadefesa de seus interòsses ede suas reivindicações.

RELAÇÕES COM A URSSA nossa palestra, por mui-

Ui tempo, girou sóbre váriosaspectos econômicos do Ks-Indo dc Alagoas e dos pia-nos de governo. Sobre a no-ci-ssidade da expansão dasrelações comerciais e diplo-niáticas do Brasil, o Gover-nador Muni/, Falcão dissesem rodeios:

¦Sempre fui partidáriodas relações do prmii com a1'RSS, Aliás, ér»ie c. nm pon-Lo-de-vista hoje proclamadorui todo o mundo. Todos oapovos devem manter rela-ções mútuas para uma convivência pacifica. Agoramesmo Bisetiho«'cr c Krus-cliiov consolidaram esse pon-to-de-vista,

Pedimos lambem an sr,Muniz Falcão r a opiniãoacerca da sucessão presi-dencial.

Má, de f'ito, rn-cessida-d» oV rnii a srrrpia ffetite de

união das forças iai mnali»-tas para a pró. na sucessãopresidencial. í)- não houveratregimentáçSò poderemoscorrei- o risco de ver 0 Bra-sil nas mãos d •; opor!um»-ias.

Cuia úiiima pergimta I-zemos ao Dr. Muniz j:'alcão:Qual a stia. opinião sobre -•II Congresso Regional dosTrabalhadores de Alagoas'.'

— A realiJstção do 11 Con-gresso do» Trabalhi-.iores deAlagoas foi, realmente, egrande significüçãj para omovimento sindicalista ala-goano. Os trabnlhadores,que constituem uma fôrç iadmiiável no regime democrático, estão of recendosubsídios aos crópiios go-vernante.s do pais, pois mu.-tas das suas rese.-uções sãolevadas ao.» govei i os. O 11Congresso Regional do»- Tra-balhadores de Alagoas con-tou por isso corn o integralajxyio de meu Governo. Tcnho certeza de que os resul-tados do conclave '.oram

pienamente satisfa-órios. \»reivindicações mr.is premeites da numer.:s,i c!:..»»i> fn-iam discutida.» com uiioiese e alcançaram grande h--percussão.

OS POVOSE A GUERRA

Atem riu.» intervençõesjinais no debate sobre opapel da burguesia no mo-vimento de libertação na-cional. o n.o 7 da revistaPROBLEMAS DA PA/. FÜO SOCIALISMO, mie ju.'e acha nas bancas c li-erários, publica uma .„rie de artigos sóbre o tema"Os poços c „ guerra-,Sáo abordados nessen ar-tipos problemas como ocaráter da bcijundn guer-ra mundial, a polUiuamuniqitista das potência.-,ocidentais, a verdade so-bre o pacto germano-so-victico, etc.. Um dos arti-gos, de.autoria do cientis-tu soviético Ale xa nderKuein, fornece dados im-vress-ionantes sobre asconseqüências que temipara a humanidade o dr-sencaüeamenti) hoje dcuma nova guerra.

PROBLEMAS DA PAZE DO SOCIALISMO pi<-blica ainda vários artigosde destucados lideres mar-xistos internacionais e in-formações sóbre as atui-dades dos partidos comu-nistas e operários em lodoo mundo.

Adquira nus bancai oulivrarias, pelo preço dc !0cruzeiros, o seu exemplardo u.° 7 de

PROBLEMASDA PAZ E DOSOCIALISMO

FAÇA DESDE ,1a A SVAA SSI NA TU HA PARA1960. DIRIGINDO-SE ARua da Assembléia. U

S 304 -- Hio

ii

II

Page 11: Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A · 2015-02-26 · Cresce o Protesto Popular l-CIITM k INTROMISSÃO AMERICA1A ANO I — RIO, SEMANA DE 16 A 22 DE OUTÜMO

16 a 22 - 10 - 1959 NOVOS RUMOS PAGINA 11

CURITIBA: S SEMANA DA CRIANÇAAutorizada a Rescisão Bo Co a ir a So Da Tektónica \

I;

CURITIBA (Do Correspondente) — A Câmara Municipal apro-vou e seu presidente sancionou uma lei que autoriza o Poder Exe-cutivo Municipal a rescindir o contrato existente com a Cia. Tele-tônica Nacional, empresa americana que explora (pessimamente)o mencionado serviço nesta capital. Após ter sido aprovada pelo

plenário da Câmara, subiu o projeto à sanção do prefeito, que, en-tretanto, não se manifestou, favorável ou contrariamente. Por isto,retornando à Câmara, foi sancionado pelo presidente do Legislativo,vereador José Maria de Azevedo, transformando-se em lei, que to-

mou o número 1.801.

__

VITORIAS POPULARESHIII MUNICÍPIOS

SAO PAULO, 13 (Da su-cuz'_al) — Os resultados íi-nai8 das eleições municipaiarealizadas no dia 4 do cor-rente indicam, antes de tu-do, Uma derrota da orienta-ção política do governo fo-deral c, nesta capital, tam-bém do govêmo do munici-pio. Na maioria dos munici-pios, o eleitorado aproveitoua possibilidado de ir às ur-nas para manifestar seu de-sagrado em relação a umapolítica geral do pais quevem sendo oausa de tre-menda carestia e de dificul-dades de toda ordem. As co-ligações formadas nos muni-cipios, reunindo muitas vezesas forças mais heterogêneas,revelaram também o desejode serem eleitos executivosmunicipais e câmaras de ve-reaciores que fossem uma ga-rantia de solução dos pro-blemas com que os munici-•ji^fl se vêem a braços.

Conhecida como é a de-pendência em que ae achamos municípios em relação aogoverno estadual, náo é dl-fícil de se compreender apredominância das coliga-çõe_ com tendência governis-ta. As enormes verbas doPlano de Ação do governo,cuja aprovação o executivoestá exigindo agora da As-sembléia Legislativa, colo-cam 03 municípios inteira-mente à discrição do gover-nador do Estado e da máqui-na por êle montada para con-trolar o interior.

O fato, também, de estaseleições se terem realizadofora de uma campanha po-lítica geral — como costu-mam ser as lutas pelo exe-cutivo estadual ou federal —contribuiu também paraamortecer o choque de ten-ciências, o que arrastaria oeleitorado para debates mais

gerais e esclarecedores. Prã-ticamente não se realizaramgrandes comícios no curso dacampanha, a não ser nosmunicípios maiores em quehouvo eleições também paraa Prefeitura.COLIGAÇÕES NACIONA-

LISTAS E DEMOCRA-TIOAS

Assim mesmo, ali onde asforças nacionalistas e demo-crática_ se uniram, obtive-ram importantes vitórias,elogendo candidatos a pre-feitos e câmaras municipais.Essas coligações consegui-ram, por exemplo, eleger osprefeitos de municípios tãoimportantes quanto Campi-nas, Ribeirão Preto, Tauba-té, Araçatuba, Andradina,São Vicente, Limeira, Botu-catu, Santo André, Marilia,Mogi das Cruzes, São Ber-nardo, Batatais, Santo Anas-tácio e muitos outros.

"Os Êxiios Por Vós Alcançados Indicam nos...(Conclusão da 1' pag.)

ch-^K continue realizando concessões aoimperialismo e que ultimamente acen-luem-se no pais ameaças à liberdade sin-dical e ao direito de greve, importantesconquistas parciais têm sido alcançadaspelas forças patrióticas. Além do êxito-concreto quc constitui a defesa do pelró-leo brasileiro contra as investidas dostrustes, um passo adiante foi dado recen-temente com a encampação pelo governode uma empresas de energia elétrica,subsidiária da Bond and Share — atoque representa profundo golpe no mono-pólio estrangeiro de energia elétrica. Arutura das negociações entre o governodo Brasil e o Funcio Monetário Interna-cional foi outro acontecimento significa-tivo que alcançou repercussão em todosos demais paises da América Latina.Conquanto sejam cada vez mais sensi-veis ás grandes massas trabalhadoras osaspectos reacionários da politica do go-vêrno, que determinam acentuado enca-i-ecimento do custo da vida, as liberdadesdemocráticas vêm sendo defendidas comsucesso, permitem aos trabalhadores, in-clusive aos comunistas, travar em geralcom êxito a luta por suas reivindicações« tornar cada ve_ maior a pressão demassas por mudanças na politica e com-posição do atual governo. Aumentam ascondições favoráveis à ampliação da fren-te única patriótica e democrática e aodesenvolvimento das lutas de massas. Osentido dos acontecimentos favorece obje-tivamente á coesão cada vez maior detodas as forças patrióticas e dcmocrátl-cas. À frente da classe operária, levan-

tam os comunistas a bandeira unitáriada luta por uma politica externa inde-pendente, de relações do Brasil com aUnião Soviética, a China Popular e de-mais paises socialistas; do desenvolvi-mento independente da economia nacio-nal; da elevação do nível de vida dostrabalhadores; "da reforma agrária e deampliação e consolidação da democracia.

Camaradas:Comemoramos êste 10.» aniversário da

vitória de 1949 em momento decisivo dahistória da humanidade. As forças dapaz, graças ao avanço da ciência e datécnica e ao fortalecimento crescente dosistema socialista, impõem aos provoca-dores de guerra a coexistência pacifica ea distensão da situação internacional.Podeis estar certos de que o povo brasi-leiro tudo fará para contribuir com seusesforços na luta comum em defesa dapaz, em particular intensificando sua ati-vidade contra o opressor norte-americanoe em sua luta pela conquista da com-pleta emancipação nacional do Brasil.

Recebei os votos que formulamos pe-los êxitos crescentes de vossa luta.

Salve o povo chinês!Viva o Partido Comunista da China,

dirigente intrépido e esclarecido do povochinês, e seu grande e querido chefe, ca-marada Mao Tse Tung!

Viva a aliança indestrutível do cam-po socialista!

Viva a União Soviética, baluarte dapaz e do socialismo!

Viva a unidade do movimento opera-rio e comunista mundial!>

CARTA DO SERTÃOZé PRAXÊDI — o poeta vaqueiro

Sshi douto Horaeo lafeiEssa carta é dum vaquêroQ'.»i naceu no mêi do gadoK5» meu sertão brasilêro.

K-r-tá caine ne ÔrailFoz vregonha, teu douto,Nós samo a terra do gado.*E o justo tê fartadoPro carne consumido

Mandar» lá das Istranjaüuaro gigante pra cáiUirso, Armo e Suífe! 4 Angro pra compretá.Sõo três fera prutigidaPilas força federá.

Do Norte ao Sú do paisTodo bizerro qui nace,O dinhêro dos giganteD ferra nas duas face.

anima vai crecendoos quato monsto cumendo

0 gado de toda crasse.

-¦ercisa, sinhô Ministro,Qu'êsses gigante se vãoCume carne de cavaloLá pelas suas nação.

No Distrito FederáNum se pode mais viveiSem carne pra limento,Sem a água pra bebê.

«Cidade maraviosa!»Fome, sujo, porcaria,Tudo gelado e carcO tubarão usuraroEsconde a mecaiduria.

Restava a carne, patrão,Essa agora s'acabô.Os gigante cumero tudo!O restinho que ficoCobram preço tão artoQui a pobreza dismaü.

Seja humano, seu Ministo,Conserte a difircudade-Essa gente, seu douto,Qui li fez arturidade,Num tem carne, num tem leite,D'aqui qui a coisa s'ajeiteMorre de nicidade.

Perdoe, douto, te 1'iscrito,Imprudença dum vaquêroíSertanejo dicidido,Cem pur cento brasilêrol

Vereadores apoiados peloscomunistas foram eleitos,entre muitas outras, para asCâmaras de Sorocaba, Ribei-rão Preto, Limeira, Rio Cia-ro, Marilia, Andradina, Ara-çatuba, Jundíaí, Santo André,Hio Preto, Pompéia, Garça,Birigui, etc.

NA CAPITALNa capital, foram eleitos

diversos vereadores com oapoio dos comunistas, en-quanto o PTB teve sua vota-ção aumentada, em relaçãoàs últimas eleições munici-pais, de cê'*»a de 45%. O PSPfoi aindi, o ,-artido mais vo-tado, ma. jonseguiu elegerapenas 6 vereadores, quan-to tinha 9 na legislatura an-terior. Além disso, os parti-dos antiademaristas conse-guiram êxitos que bem re-fletem a condenação do elei-torado a política vacilantedo prefeito, que abandonoupraticamente a cidade, estáentregando as linhas de ônl-bus a empresas particulares,despreocupa-se com o abas-tecimento, etc. Os partidosque constituem pontos doapoio mais sólidos do sr.Jânio Quadros não aumenta-ram praticamente seus re»prosentantes. O PTN, que ti-nha 4 vereadores, continuacom 4. O PDC, quo tinha 5,continua com 5. A UDN, quetinha 3, passa a ter 4. Emtroca o PSB, quo tinha 3,passa a 2.

Entre os candidatos elei-tos em quase todas as le-gendas há grande númerocom tendências nacionalistase que se apresentaram comprogramas progressistas.

DISPERSÃO DE VOTOSNão se pode deixar de as-

sina lar, entretanto, umagrande dispersão do votos.Unia campanha venenosacontra a atual Câmara Mu-nicipal — que, entretanto,conta em seu ativo posiçõesnitidamente democráticas eo fato de tor repelido, até oúltimo momento, o insisten-to assédio da Companhia Te-lefônica, que exigia a refor-ma do contrato — contri-blliu bastante para a deso-lientaçáo popular, que cul-minou com a grande votaçãodada a Cacareco, Pode-seafirmar quo nesse sentidotrabalhou a máquina de pro-paganda o também de orga-nizaç&o dos grandes ban-quclros, dos grandes expor-tadoros e fazendeiros, dasfirmas norte-americanas, etc.Dai o enorme esforço desen-volvido por udenistna e ja-nistás na elaboração e dls-tribuição das cédulas do ri-noceronte. Afimin-so que amaior parto destas cédulasforam confecionarlns no .or-

nal «O Estado de São Pau-lo», enquanto é certo que ele-mentos janistas difundiram-nas por toda parte.PROBLEMAS EM PAUTA

Os graves problemas dacapital continuam exigindomedidas e soluções. Trans-porte, telefones, abasteci-mento etc, são questões pa-ra cuja solução positiva apopulação de São Paulo,apoiada nos vereadores na-cionalistas e democráticos,terá de unir-se.

Mais uma Semana da Criança As motivaçõespara a realização de uma campanha que se repeteanualmente são ac mesmas: as necessidades da po-pulação infantil. Isso mostra que a caridade, alémde demonstrar inoperância governamental, é umaforma muito simplista e muito cômoda de adiar osproblemas sem resolvê-los, mesmo terminado o prazode adiamento. Mas, no seu todo, tem saldos positivos:o da generosidade do povo e o da boa vontade da-queles que a realizam. A generosidade de muitos e aboa vontade de alguns, infelizmente, representammuito pouco para a realidade dolorosa em que vivemas crianças brasileiras. Embora sem particularizar oproblema da infância, que faz parte do mecanismo so-ciai que ela integra, no tocante às causas, medidas demaior alcance, do que essa de reunir donativos, po-deriam ser tomadas, se houvesse, efetivamente, inte-rêsse em dar novos rumos à vida da criança brasilei-ra. O próprio Juizado de Menores se queixa da inca-pacldade material, até para fiscalizar os estabeleci-mentos chamados de assistência social, onde existemmenores internados. A caridade pública poderá modificar tais condições, a que o Cheíe do Gabinete doJuízo de Menores, em entrevista à imprensa, qualifi-cou de «Pátio dos Milagres»? Se ua Semana da Cri-anca fôsse exigido, do govêmo, mais respeito pelo me-nor abandonado, muitas vezes caçado como um ani-mal, preso como um delinqüente comum, confinadono SAM, a campanha não seria mais real, mais deacordo com a situação da infância, diariamente, ex-posta ao conhecimento público? E Isso para falar,apenas, num aspecto das nece_sl_ade» de nossascrianças, o mais doloroso, porque mais intimamenteligado à insegurança econômica e social, à tome, àincapacidade material dos pais. Não pretendo comestes comentários criticar a Semana d_ Criançu, den-tro das finalidades previstas no decreto-lei 282/43,mas colocá-la em termos que não sejam, _»vluslva-mente, os da caridade, em termos da defesa dos di-reitoe da criança, especialmente daquela au_ o pró-prio aparelho do Estado encarcera e maltrata, le-vando no desespero e ao crime.

ANA MONTENEGRO

Maraé: Frigorífir©r Fábrica de Ciment»Cresce o movimento dos moradores do município

pelo programa «29 de Julho»O dia 29 rte julho marcou

o 146." aniversário da funda-çáo do município de Macaé.Aproveitando o acontecimen-to, um grupo de trabalhado-res de várias categorias pro-íissionals resolveu criar ummovimento objetivando orga-

nlzar os moradores do muni-cipio para as lutas reivindica-tõrias.

Sob a presidência do sr.Constando Oliveira i ferro-viário), o grupo elaborou uniprograma de ação, batizado'29 de Julho", no qual estão

£ LÍCITA A IMPORTAÇÃODE LIVROS MARXISTASDecide, em Sessão Plena, o Tribunal Federal deRecursos — Autoridade Que Realiza Apreensão"Desserve ao Regime", Declara o Ministro Artur

Marinho — Defendida a Liberdade de Pensa-mento Assegurada Pela Constituição

am recente sessão plena,o Tribunal Federal de Re-cursos apreciou um agravode petição em mandado desegurança, no qual as autorl-dades requeridas eram o di-retor-regional dos Correios eTelégrafos e o Inspetor ciaAlfândega do Rio. Objetivavao pleito a revogação de umamedida adotada por aquelosautoridades, que apreenderampublicações oriundas de pai-ses socialistas, sob a alegaçãode serem "material de pro-paganda comunista".

Os votos proferidos pelosministros do TFR e o.s deba-tes algumas vezes travadosoferecem o mnis vivo inte-résse.

Ao impetrar o mandado desegurança, o advogado de de-íesa alegou que as publica-ções não eram de propagan-da comunista, mas, sim, con-

CONGRESSO DOSFAVELADOS

Reunião na Favela de São CarlosNo amplo salão da Escola

Unidos de São Carlos — mor-ro de São Carlos, no Estácio— realizou-se, no dia 11, maisnma reunião do Congressodos Trabalhadores Faveladosdo Distrito Federal. Iniciandoos trabalhos da sessão, o sr.João Barros Netto, secretariopcral do Congresso, criticou aatitude da polícia .proibindo acolocação, na subida do mor-ro. de uma faixa alusiva àreunião.

Após o discurso de aber-tura feito pelo secretário ge-ral, foi efetuada a eleiçãodos representantes da favelade São Carlos junto no Con-gresso, todos aceitos porunanimidade. Foram eles ossrs. Arcanjo Cavalcanti, de-legado, José Cândido da Sil-va, 1." secretário, e NicanorAlves da Silva, 2° secretário.

Dos vários discursos proíe-ridos na sessão, destacaram-se o do sr. Norberto Silva,ressaltando que a luta dosfavelados é reivindico tóriasem côr çolltico-partidária, eo do sr. José Lucas Sobrinho,propugnando por um melhorprograma de educação paraa criança favelada.

Compareceram à reunião osseguintes representantes defavelas filiadas ao Congressodos Trabalhadores Favelados:Norberto Silva (Braz de Pi-na), Mathcus Alves e PioDomingos da Cruz (Barreirado Vasco), José Lucas Sobri-nho (Telégrafos), AntônioNavega (Honório Gurgeli,José Bento dn Silva e ManuelGomes (Borel), José MirandaDuarte (Juramento) • Cícero

Rodrigues Vieira (Cabritos).

Unham noticiário sóbre reali-zações dos países dc d-emocra-cia popular. O juiz que dene-gou a segurança, fê-lo pa:-tindo da afirmação de que aalegação nâo estava provada.

Todavia, o Tribunal Federalde Recursos, ao examinar acausa, teve em vista, apenas,a preservação da liberdadede manifestação do pensa-mento, assegurada pela Con.*-tituiçáo. E deu provimentoao recurso. Assim, o ministroElmano Cruz, relator doagravo, foi taxativo: "Tais li-vros só chegam à mão dequem os quiser ler. Náo vejorazão para se proibir a umcidadão brnsileiro ler .livrosque defendam idéias marxls-tas, porque só se deixa in-fluenciar quem qulzer".

O ministro Artur Marinho,em aparte, disse que "há li-vros de escritores russos degrande atualidade, adquiridosoficialmente pela União Fe-deral. Por exemplo, um livrosóbre a teoria do Estado, pu-blicado em inglês, de Vlchins-ki. Aí está na biblioteca doTribunal e é pena que náoseja lido".

DESSERVEM AO PAIS

O ministro Artur Marinhoacrescentou, ainda, estas pa-lavras, que são uma formalcondenação ao ridículo "ma-cartlsmo" local e uma bri-lhante defesa dn liberdadecte pensamento: "A apreensãoque porventura tenha ha-vido é por palpite de autorl-dade, que desserve ao regi-me, pensando que j estaservindo. Só se salva a quc.'--tão da boa fé. Eu mesmo tiveoportunidade de trazer daEuropa livro que me foi dado,como informação Jurídica,pelo vice-presidente da Su-prema Corte da União Sovié-tica, em Viena, nn ano pas-sado. Só tenho penn de nftopoder lê-lo, porque está as-crito em russo, mas terei ahonra de ofertá-lo ft biblio-teca do Tribunal para quemo possa ler « se Informar arespeito do direito sacas".

contidas a» principais reivin-dicações da região. Entreoutras, destacamos: medida:contra a carestia, disiribulçftcda terra aos que nela ti aba-lham, redução no preço da:taxas de água. luz e força,criação do porto dc mar,construção dn fábnc„ ue cl-•mento ' e do frigorífico emCabiúnas, proteção das leistrabalhistas aos operários emconstrução civil e das firmasempreiteiras da Leopoldina,aproveitamento do plano mi-ciai de construção da rodo-via BR-5 (Rio-Bahla) _ fimrie que ela passe pelo qullô-metro 8 (Macaé-Glicério)

Em cumprimento das reno-luções aprovadas, os pronio-tores do movimento realiza-ram uma reunião, onde tra-çaram as medidas imediata?para tornar vitoriosas as rei-vindicações assinalada! noprograma de ação.

Nesse sentido, conrticnmmuma grande assembléia popu-lar a fim de discutir pontopor ponto o '29 de Julho'.

Apesar do pouco tempo de-corrido após a fundação domovimento, alguns êxitos co-meçam a coroar os esforçoRdos maeaensr.s. Assim, já .<eencontram em fase bastanteadiantada o.s entendimentospara a conc-trução da fábricade cimento e do frigorífico,problema do.s mais sentidosna região.

HomenageadoJoão Cândido

Sem outros títulos alémda glória de ter porto fimao regime da chibata naMa: inha, o famoso JoãoCândido foi recebido noplenário da AssembléiaLegislativa do Rio Grandedo Sul, onde os deputadosgaúchos lhe prestaram ca-rlnhosas homenagens.

Através da aprovação deUm projeto do fr. CarlosSantos, João Cândido pas-s-ará a receber uma pens&ovitalícia de Cr$ 8.000,00mensais. Numa deferênciatoda especial que muitocomoveu o homenageado,a Assembléia Legislativariogranetense cedeu um deseus automóveis para queêle pudesse pisar nova-mente o solo de Rio Pardo,cidade em que nasceu.

Cumpre salientar que, -partir de 1947, esta foi aprimeira vez que aquelaAssembléia acolheu noplenário alguém que nftofôsse parlamentar, diplo-mata ou expoente dacultura.

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^ rnHD H S^Hi ~«^^^*&££^^ '•¦BIS 'ü^spHH^iU&illiSHHiÍS>UfmHHH tV»í,;'iiv 'J'':,.-f' '*rV /''c.ífliívVf*?

WM»"*''-- :As comemorações do 10.° aniversário da fundação da

República Popular da China foram uma grandiosa festa não sódos 650 milhões de chineses, mas de todos os povos do mundo.Estiveram presentes na milenar Pequim cerca de 15 mil repre-sentantes de paises estrangeiros. Viram eles a parada militar, ograndioso desfile popular de 500.000 pessoas pela Praça da PazCelestial. E depois excursionaram pelo grande país, visitando

ções de Pequim e conheceram o país decenas como estas que reproduzimos aquidores do parque industrial de Pequimgigantes de novos produtos e desfile dedeputado Domingos Velasco e senhorajornalista Samuel Wainer (diretor de "

nhora, ao lado dos srs. jenaro Medina

Mao.Tse-tung. Viramem (cima): trabalha-conduzindo modelosatletas; (em baixo):na Capital chinesa «Última Hora") e se-Vera, vice-presidente

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fábricas, usinas, comunas agrícolas, conhecendo de perto a vi-da do povo chinês — no trabalho, na escola, nas lides diárias.Viram restos da velha China e os entusiasmantes começos danova era socialista que o povo chinês constrói pleno de júbilo,com suas mãos, ontem encadeadas, hoje livres. Represen-

tantes do Brasil também estiveram presentes às comemora

da Associação de Jornalistas Chileno e Carlos Borche, se-cretário-geral da Associação de jornalistas do Uruguai, quan-do recebidos por Mao Tse-tung; <ao centroI; a "Dança doLotus", executada por artistas chineses na Praça Tian-Min,em Pequim.

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