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PROGRAMA 15º CONGRESSO PORTUGUÊS DE ARTE-TERAPIA/PSICOTERAPIA CRESCER COM ARTE 2014 1 SOCIEDADE PORTUGUESA DE ARTE-TERAPIA 15º CONGRESSO PORTUGUÊS DE ARTE-TERAPIA/PSICOTERAPIA CRESCER COM ARTE CENTRO CULTURAL DE CASCAIS 25 e 26 Outubro 2014 Programa sujeito a alterações. Horário: 10h às 18h Foi solicitado a acreditação para fornecimento de créditos aos professores. TEMAS Crescer com arte ou a arte de crescer Da pedagogia criativa à pedagogia curativa Arte-Terapia com crianças: interagir na instituição mãe Arte-Psicoterapia com crianças: abordagem clinica a brincar Arte-Terapia com adolescentes: o drama institucional Arte-Psicoterapia com adolescentes: da oposição à vinculação criativa Arte-Terapia com idosos: resgatar o sábio criativo Arte-Psicoterapia: criação comutativa e crescimento interno Criação artística, sentido crono biográfico e formação de configurações ideacionais criativas. COMUNICAÇÕES Catarina Capinha Arte Terapeuta, Psicóloga Clínica, Directora Técnica do Lar de Acolhimento Casa do Mar da Fundação “O Século” Crescer de uma árvore: análise da implementação da Arte-Terapia numa Instituição A Árvore é um tema simbólico muito rico e presente no inconsciente de todos nós. É símbolo de vida, de evolução e verticalidade. Pela sua própria natureza (raízes, tronco, ramos, folhas, frutos...) impõem uma comunicação a vários níveis: o subterrâneo, com raízes que se

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PROGRAMA 15º CONGRESSO PORTUGUÊS DE ARTE-TERAPIA/PSICOTERAPIA CRESCER COM ARTE 2014 1

SOCIEDADE PORTUGUESA DE ARTE-TERAPIA

15º CONGRESSO PORTUGUÊS DE ARTE-TERAPIA/PSICOTERAPIA

CRESCER COM ARTE

CENTRO CULTURAL DE CASCAIS

25 e 26 Outubro 2014

Programa sujeito a alterações.

Horário: 10h às 18h

Foi solicitado a acreditação para fornecimento de créditos aos professores.

TEMAS

Crescer com arte ou a arte de crescer

Da pedagogia criativa à pedagogia curativa

Arte-Terapia com crianças: interagir na instituição mãe

Arte-Psicoterapia com crianças: abordagem clinica a brincar

Arte-Terapia com adolescentes: o drama institucional

Arte-Psicoterapia com adolescentes: da oposição à vinculação criativa

Arte-Terapia com idosos: resgatar o sábio criativo

Arte-Psicoterapia: criação comutativa e crescimento interno

Criação artística, sentido crono biográfico e formação de configurações ideacionais criativas.

COMUNICAÇÕES

Catarina Capinha

Arte Terapeuta, Psicóloga Clínica, Directora Técnica do Lar de Acolhimento Casa do Mar da

Fundação “O Século”

Crescer de uma árvore: análise da implementação da Arte-Terapia numa Instituição

A Árvore é um tema simbólico muito rico e presente no inconsciente de todos nós. É símbolo

de vida, de evolução e verticalidade. Pela sua própria natureza (raízes, tronco, ramos, folhas,

frutos...) impõem uma comunicação a vários níveis: o subterrâneo, com raízes que se

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enterram, exploram as profundezas e alimentam; a superfície da terra, com um tronco que

cresce e suporta os ramos, que no alto parecem subir para alcançar o sol, o céu num nível

superior... Assim simbolicamente é associada ao nutrir, ao crescer e ao eterno.

Nesta apresentação irei explorar o tema da árvore em paralelo com a historia do crescimento

da intervenção de Arte Terapia na Instituição Fundação “O Século”, que, ao

nutrir criativamente crianças, adolescentes, adultos e famílias tem vindo a crescer ao longo

dos últimos dez anos."

Daniela de Carvalho e Souza Martins

Arte-Terapeuta e Arte-Psicoterapeuta, Mestre em Educação Artística, Gestora de formação e

Formadora da SPAT.

Potencial para criar, potencial para crescer

Criar e construir em Arte-Terapia

Palavras-chave: Potencialidades, criatividade, construção, crescimento

O processo em Arte-Terapia extrapola o trabalho mental atingindo seus objetivos de

crescimento e transformação interior através de meios concretos: pela manipulação da

matéria como meio para fins terapêuticos. O fazer é intrínseco à atividade criadora; não basta

pensar e imaginar, não basta aceder o conteúdo sensível e espiritual, há que se construir.

Gaston Bachelard (1991) ilumina a ideia ao focalizar o conhecimento das vontades subtis da

matéria através do ‘tato imaginante’, ou seja, do tato que nos liga ao mundo sensível, aos

conteúdos imaginários, ao fazer, ao construir, dando “vida” à matéria inerte ao aceder

aspetos da própria vida do indivíduo (força anímica criadora). É pela imaginação que esse

caminho é traçado, mobilizando o potencial formador da matéria por meio das imagens que

são projetadas pelo criador. Fazendo uso das potencialidades do material, funde-se a ele.

Projeta e vê-se a si mesmo na imagem: “As imagens que fazemos da matéria são

eminentemente ativas, (…) elas nos sustentam assim que começamos a confiar na energia de

nossas mãos”.

Eurico Gonçalves

Pintor, Professor/Formador e Crítico de Arte. Expõe desde 1954, tendo realizado dezenas de

exposições individuais nas principais galerias do país e no estrangeiro. Como Crítico de Arte,

membro da Associação Internacional e Críticos de Arte, é autor de numerosos artigos de

divulgação de Arte Contemporânea, publicados em jornais e revistas. Foi Coordenador de

Expressão Plástica no Centro Artístico Infantil na Fundação Calouste Gulbenkian. Formador no

âmbito da História de Arte, Educação Visual e Expressão Plástica. Orientador do curso de

Educação Artística na SPAT desde 2003 até 2011.

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Educação Artística/Artes Plásticas: Artistas modernos próximos da infância: criança e a Arte

Crescer com arte ou a arte de crescer

Palavras-chave: Educação Artística, Artes Plásticas, Infância, Arte.

Sessão teórica com texto de apoio e projecção de imagens. Como favorecer a expressão livre

e estimular a criatividade na formação da personalidade humana? Reflexão psico-pedagógica.

Francisca Germana Santos Vaz Pires

Educadora Infância Especializada/Arte-Psicoterapeuta

Aposentada desenvolvi a minha actividade profissional ao longo de 37 anos no ensino regular

e Educação Especial. No âmbito da minha formação em Arte-Terapeuta/Psicoterapeuta

estagiei na Clínica do Parque-Pedopsiquiatria Hospital D. Estefânia

Arte-Psicoterapeuta, Formadora acreditada Universidade do Minho. Formadora SPAT

Brinco contigo - Arte-Psicoterapia com crianças: abordagem clínica a brincar

Palavras-chave: Brincar, criança, mediadores artísticos, relação, segurança e ajudar a crescer

Brincar consigo, brincar com o outro é a forma inata de comunicar e interagir. Antes de andar

ou falar a criança brinca. Brincar é um diálogo experimental com o meio. Está relacionado com

a criatividade, com a resolução de problemas, com as aprendizagens e com o

desenvolvimento de papéis sociais.

A criança tem dificuldade em recorrer aos recursos linguísticos para expressar o seu sentir, o

que acciona o seu sentimento de insegurança ligado à dificuldade em lidar com a frustração,

consequentemente surge uma conduta comportamental menos adequada.

No criar há espaço de brincar com os mediadores artísticos e os limites da própria técnica

artística ou superfície de criação.

O brincar, tal como a arte, oferece à criança uma linguagem simbólica e não verbal, através da

qual experiencia e vive a sua história dando sentido ao seu sentir, para o perceber e

transformar. Nas sessões de arte-psicoterapia alicerçadas na relação reparadora arte-

psicoterapeuta/ criança, pretende-se ajudar a criança a crescer, e a pensar até com o

sofrimento.

João Peneda

Licenciado e pós-graduado em Filosofia pela FCSH-UNL. Docente na FBA-UL desde 1992.

Doutorado em Ciências da Arte/Estética sobre o contributo da teoria psicanalítica de Freud e

de Lacan para a Estética. Investigador no CIEBA/Francisco de Holanda. Autor de publicações

na área da filosofia, estética, psicanálise, psicologia e sustentabilidade. Psicanalista e

terapeuta.

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Palavras-chave: arte, Kant, Lacan, cura.

Onde não há fórmula temos a arte.

Começaremos por apresentar um elenco alargado das diversas acepções do que entendemos

por arte: desde a ideia da própria vida como manifestação criativa até à arte de viver bem.

Seguem-se dois exemplos para nos ajudar a compreender como certas vertentes

fundamentais do humano só têm mesmo uma resposta criativa.

A partir da teoria estética de Kant, revisitaremos a ideia da inexistência de fórmula ("conceito

determinado") para a criação artística, para a obra de arte e para a apreciação estética

(gosto/belo). Quando não há fórmula, "prova", resta-nos a saída pela via da criatividade. Para

dar conta desses fenómenos, Kant acabou por recorrer a metáforas ("conceitos

indeterminados"): no caso do gosto falou de um "jogo livre das nossas faculdades", no caso do

conteúdo da obra de arte referiu-se à presença de uma "ideia estética" (da imaginação) e para

a criação artística recorreu a uma velha figura que remonta a Platão: o "génio".

Na área da psicanálise, Lacan propôs como axioma da teoria e prática psicanalíticas a

inexistência de uma fórmula que poria em relação um sexo com o outro, para o efeito

anunciou: "não há relação sexual". Para suprir este hiato, o Ocidente inventou o amor cortês,

mostrando que só a arte de amar poderia de algum modo alcançar o Outro. Do ponto de vista

terapêutico, o último Lacan entendeu o final da análise como um saber lidar com o seu

próprio sintoma. Eis uma resposta pragmática e criativa ao mesmo tempo. A cura passa a ser

sinónimo sobretudo de uma capacidade de responder criativamente aos desafios da vida,

àquilo que esta comporta porventura de incurável.

Marta Maciel

Arte-terapeuta e Formadora. Trabalha na área da Educação e Desenvolvimento Humano

nomeadamente na área das Artes Expressivas, em contexto educativo, comunitário e

terapêutico, com base nos pressupostos do Life/Art Process - Movement Based Expressive arts

Education & Therapy, Tamalpa Institute - Califórnia, de Anna Halprin e da Arte-Terapia - SPAT.

O Imaginário dos Afectos: dicotomias entre o discurso e o sentir

Arte-Terapia com adolescentes: o drama institucional

Palavras-chave: Arte-Terapia, institucionalização, adolescentes, afectos, culpa, dignidade,

expressão, integração, criação.

Um processo de institucionalização, sobretudo numa fase da vida pautada por incertezas,

inseguranças e grandes necessidades de experimentar caminhos, como é a adolescência, é,

normalmente, acompanhado por “sentimentos de perda, abandono e solidão na medida em

que implica o confronto com a realidade de negligência e insensibilidade parental”. No

entanto, nem sempre é consciente esta ambivalência entre um processo interno de

descoberta que é inerente ao Ser Humano e uma realidade externa que é difícil de entender,

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aceitar e suportar e que, por defesa, se começa por negar. Nesta dicotomia entre “O que eu

sinto” e “o que é suposto eu sentir” talvez o mais difícil seja ter de lidar com os sentimentos de

culpa e de não merecimento, muitas vezes “incutidos” nas jovens, através do discurso verbal,

de forma subtil. O processo terapêutico através das artes – Arte-Terapia – possibilita a

expressão (do que não é verbalizável), a integração das emoções e a criação de formas de

olhar, perceber, aceitar e transformar as circunstâncias da vida. Abre espaço para os afectos.

“O Imaginário dos Afectos: dicotomias entre o discurso e o sentir” retrata o trabalho em

Arteterapia desenvolvido numa instituição religiosa, durante 10 meses, com adolescentes

institucionalizadas.

Propõe uma reflexão sobre a importância da criação de um espaço seguro, de expressão,

reflexão e ensaio de possibilidades de acção. Propõe uma reflexão sobre a forma como

mediadores como a Pintura, a Modelagem, o Movimento, os Fantoches e a Escrita podem

potenciar a liberdade de expressão e a verdade da expressão, libertar o “Sentir” do discurso

automatizado, potenciar a consciencialização da realidade e promover a criação de

mecanismos internos para lidar com sentimentos e situações da vida. E por fim, uma reflexão

sobre o tempo. O tempo necessário para que alguns aspectos do Ser Humano sejam

integrados na vida de todos os dias.

Marta Poppe

Ceramista e Arte-Psicoterapeuta

A Beleza do Criar sem Razão

A eficácia da arte - terapia com pessoas com dificuldades especiais

Com esta apresentação pretendo mostrar a eficácia da arte – terapia com jovens adultos com

Necessidades Especiais. Como cada recurso técnico contém a potencialidade de facilitar a

experiência que estimula determinados processos mentais, tornando propicia a ativação de

determinados afetos, sentimentos e emoções, bem como o desenvolvimento da criatividade

de cada um.

Este estudo foi levado a cabo numa intervenção de três anos com pessoas com este tipo de

problemáticas.

É importante salientar que cada pessoa foi tomada como única.

Única nas suas necessidades, únicas nas suas especialidades, única na sua comunicação

através dos afetos, através da arte.

Só assim arte- terapia se torna numa inovadora e construtiva forma de cuidar.

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Marta Tagarro

Psicóloga e Docente ESES, doutoranda em Psicologia da Educação e especializada em Arte-

Terapia e Arte-Psicoterapia. É docente do ensino superior na Escola Superior de Educação de

Santarém.

Desenhos cheios de nada. A expressão do vazio e do sem-sentido na Arte Psicoterapia

Arte-Psicoterapia: criação comutativa e crescimento interno

Palavras-chave: Vazio; Sem-sentido; Identidade; Arte.

O sentimento de vazio é abordado por diferentes autores na literatura. Psicólogos,

psicanalistas e psiquiatras têm focado esta questão como algo muito comum ao ser humano e

que é de fundamental importância trabalhar e refletir. Nesta comunicação pretende-se

abordar um estudo de caso que se deu através do acompanhamento em Arte Psicoterapia

com um paciente que vê diariamente a sua identidade abalada por um profundo sentimento

de vazio e de sem-sentido. Serão apresentados elementos e desenhos que representam o

sentimento, bem como enquadrados na história do sujeito. Com os dados recolhidos ao longo

do processo aprofundou-se o conhecimento sobre este sentimento e sobre quais as suas

implicações nos processos de identidade.

Natacha Mascarenhas e Rita de Brito

Psicólogas e Arte-Psicoterapeutas.

Arte-Terapeutas num Centro de Alojamento Temporário; Arte-Psicoterapeutas a realizar

intervenções clínicas.

Arte-Terapia com adolescentes institucionalizadas

Palavras-chave: Arte-Terapia; Adolescência; Institucionalização

São vários os motivos que levam os tribunais a retirar crianças e adolescentes do seu seio

familiar. Contudo a institucionalização, apesar de proteger as crianças/adolescentes de

experiências dolorosas anteriormente vividas, também traz consequências negativas tanto a

nível do seu desenvolvimento social, emocional e criatividade. Deste modo, esta apresentação

pretende demostrar como a Arte-Terapia pode facilitar e enriquecer a comunicação de

conteúdos internos, oferecendo a possibilidade de desenvolvimento da criatividade.

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Nuno Lobo Antunes

Neuropediatra, Diretor clínico da PIN – Progresso Infantil

A arte da medicina

A Arte da Medicina nasce da relação com o paciente…a disponibilidade, a empatia e a

capacidade de sentir a pessoa que sofre distingue a medicina das outras ciências. Ao longo da

prática clínica cresci com os meus doentes, aluno e professor em simultâneo, até não saber

quem cuida de quem.

Patricia Domingos

Presidente da Associação Casa das Cores - IPSS. Em 2006 foi estágio em Arte-Terapia no

Estabelecimento Prisional de Tires, com um grupo de 9 mulheres da Unidade Livre de Drogas.

Em 2008 estágio profissional na Escola os Aprendizes, com crianças com dificuldades de

aprendizagem necessidades especiais "A Arte no Reino dos Sentidos".

Arte no Reino dos Sentidos

Da pedagogia criativa à pedagogia curativa

Intervenção de investigação-acção em Arte-terapia.

Palavras-chave: Ser Criança. Processo de desenvolvimento e crescimento infantil. As crianças

com necessidades especiais e problemáticas no desenvolvimento infantil. Cuidar do Ser

criança. Arte.

A "Arte no Reino dos Sentidos" é uma instituição pública de solidariedade social, criada no

seguimento do meu trabalho desenvolvido em Arte-Terapia na Escola Os Aprendizes, com

grupos de intervenção com crianças regulares, com necessidades especiais, docentes e pais.

Críamos um território seguro e fértil para facilitar o processo de crescimento e

desenvolvimento infantil, de forma construtiva e harmoniosa. Críamos um Reino, onde reina o

ser criança, resgatando em cada criança a sua soberania, permitindo por sua vez ocupar o

lugar de Rei e Rainha no seu processo de crescimento e desenvolvimento.

Somos um espaço físico, um território, uma casa pensada e sentida como um reino com

objectivos terapêuticos.

Somos um espaço físico e psicológico, um território externo e interno, uma ponte de

comunicação entre estes dois mundos. Pois reproduzimos um espaço familiar na sua

concepção, estudando e criando cada sala, preservando a estrutura de uma casa de família,

do ponto vista do calor humano e segurança afectiva com aplicações terapêuticas especificas

às necessidades de cada criança.

Proporcionando às nossas crianças a possibilidade de recriar e criar espaços internos

capacitantes e construtivos face ao mundo exterior.

Críamos uma resposta efectiva às necessidades de cada criança em processo de crescimento e

neste sentido têm sido as nossas crianças a guiarem-nos, dedicando-lhes este “Reino”.

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Paulo Emílio Macedo Pinto1 e Doriedson Bezerra Roque2

1. Doutorando em Educação Artística na Faculdade de Belas Artes do Porto. Psicólogo

(SEDUC/PE); Professor(UPE); Arte/terapeuta (Laboratório dos Sentidos/APECV); Multiartista

(Coletivo Tuia de Artifícios).

2. Mestrando em Processos Artísticos Contemporâneos Faculdade de Belas Artes do Porto.

Pedagogo (FADE); Fotógrafo(AESO); Mediador Cultural(MUHNE); Arte-educador (Laboratórios

dos Sentidos/APECV); Multiartista (Coletivo Tuia de Artifícios).

Um mau exemplo. Intervenção poética com(em) rede

Palavras-chave: Rede. Memória. Poética. Performance.

O que é uma rede? Rede é basicamente uma espécie de teia ou conjunto entrelaçado de fios

que formam uma trama, arrematada por nós, que compõe um tecido único. Objeto de origem

indígena que pode ser utilizado tanto para descanso, dormir, embalando o corpo; como para a

caça e pesca, aprisionando animais para alimentação da tribo. A rede de dormir dos índios

brasileiros, feita com cipó ou corda, foi adaptada ao tecido de algodão pelos colonizadores, e

adotada, para além do descanso e sono, para ninar crianças pequenas; para o transporte e

passeio dos colonos, carregados por escravos; e para enterrar os mortos na zona rural. Com o

passar do tempo a rede ganhou outras utilidades como no esporte, construção, por exemplo;

e assumiu também outros significados como rede de computadores, de comunicação, de

relações sociais etc. Durante muito tempo, e há ainda quem pense assim até os dias de hoje, a

figura do índio ficou associada à característica da preguiça, porque a escravização desses

povos foi um fracasso para os colonizadores, que depois apelaram para a exploração dos

povos africanos. A rede de balanço traz em si um pouco deste estigma, no Nordeste do Brasil

utilizamos muito o termo “espreguiçar” quando pretendemos usar uma rede para descanso. O

exemplo de nosso ancestral para o colonizador, era então "um mau exemplo". O primeiro,

integrado à natureza respeitava o tempo oportuno “Kairós” enquanto o segundo, regido pelo

signo da civilização e progresso, desligado da “grande mãe”, era regido pelo tempo linear

Chronos. Orientados pelo “mau exemplo” de nossos antepassados tupiniquins, utilizamos a

rede para falar das memórias ancestrais que perpassam nosso desenvolvimento enquanto

pessoas, intervindo poeticamente junto a dois grupos criativos: alunos de artes (adolescentes

e jovens) de Cabo Verde e (ex)professores de artes (adultos e idosos) de Portugal e Espanha.

Raquel Sofia Dimas Vieira Araújo Botelho

Psicóloga, Arte-Psicoterapeuta.

Pertencente à Associação Multidisciplinar para a Inclusão e Desenvolvimento Sustentável

(AMIDS) onde desenvolveu projectos de apoio à população na Margem Sul no contexto de

apoio psicológico e ambiental, nomeadamente “Feira da Terra” em Arrentela; “P´ro Emprego”

e “Seixal Activo”: apoio a pessoas em situação de desemprego na Junta de Freguesia de

Corroios; Projecto de apoio psicológico e arte-psicoterapêutico, onde exerce apoio individual,

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familiar e conjugal no Centro Cultural Recreativo do Alto-do-Moinho (CCRAM), na Junta de

Freguesia de Corroios, Amora e Seixal com população sinalizada pelas Assistentes Sociais e por

iniciativa dos utentes. Dinamizou workshops como o “ReCiclar”: ciclo de workshops de ARTE-

TERAPIA na Casa Amarela em Almada, entre outros. Actualmente desenvolve o projecto

“Grupos de Expressão” no CCRAM de apoio a famílias e crianças sinalizadas pelo o Centro de

Estudos. Participou no Congresso Nacional de ARTE-TERAPIA em 2011 e 2012.

Exerce prática clínica supervisionada no Programa Social de ARTE-TERAPIA da Sociedade

Portuguesa de ARTE-TERAPIA em Lisboa e é Arte-Terapeuta do grupo institucional

“FelizMente”- apoio a indivíduos com sintomas depressivos na Junta de Freguesia de Corroios.

FelizMente - Do Escuro ao Infinito

Arte-Terapia com Perturbações Depressivas

Palavras-chave: Depressão; Grupo institucional; Arte-Terapia; Reconfigurar; Reparar

Quando o estigma da depressão é sobrecarregada com valores de taxas de desemprego

elevado, aumento do consumo de antidepressivos, isolamento e aumento de tentativas de

suicídio, tornou-se fulcral intervir criativamente com esta população. Esta apresentação

consiste na mostra do trabalho elaborado em contexto de instituição com um grupo de Arte-

Terapia com o propósito final da descoberta de soluções criativas e reparadoras quando a vida

torna-se sombria.

Rita Talone Nunes da Ponte

Artista plástica e Arte-Psicoterapeuta

Estudou violoncelo, tendo frequentado o Conservatório Nacional. Enveredou mais tarde pela

Química Aplicada (FCT-NL) antes de se dedicar integralmente à cerâmica, escultura, e pintura,

áreas em que tem vindo a expor colectiva e individualmente, tendo-se formado no Ar.Co, em

Almada. É Arte-Psicoterapeuta formada pela SPAT, onde dá actualmente formação e

consultas.

"Tu irritas-me tanto!" - a expressão da raiva no processo de Arte-Psicoterapia

Arte Psicoterapia com crianças

Palavras-chave: Arte-Psicoterapia, raiva, realidade

Um processo de Arte-Psicoterapia com uma criança em fase de reacção ao divórcio dos pais.

O confronto com a perda de omnipotência. A expressão da raiva pela "traição" da realidade

ao ideal. A transferência. A necessidade de elaboração e reparação.

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Ruy Luís Gonçalves de Carvalho

Presidente da SPAT, Arte-Psicoterapeuta Didata, Médico, Vice-Presidente da Sociedade

Internacional de Psicopatologia da Expressão e Arte-Terapia

Diagénese: Criação e progresso interior

O autor irá debruçar-se sobre aquilo que designou como “diagénese”: um processo mental de

duas vias específico ao aparelho psíquico criativo. Tal torna possível o processamento criativo,

quer sob a forma de ideias, quer através de criações artísticas, quer ainda como invenções ou

conhecimento científico.

A Arte-Terapia/Psicoterapia oferece um gradiente referencial de “diagéneses” onde dois

pensamentos criativos, o do arte-terapeuta/psicoterapeuta e o do paciente se articulam, com

a génese de um produto criativo de permeio. Através do encadeamento possibilitado pela

criação artística seriada iluminada pela “diagéneses” elaborada pelos dois intervenientes do

processo (ou múltiplos se num grupo), tornar-se-á progressivamente propicia a internalização

transmutativa, não só do registo de “diagéneses” específico ao contexto de Arte-Terapia

Psicoterapia, mas também de configurações ideacionais criativas. Estas permitirão a reposição

ou aquisição da capacidade inata de progresso elaborativo interno, própria de uma mente

criativa, capaz de utilizar os eventos externos tal como as vivências internas para atualização

do sentido de si, tanto tenham um teor positivo como negativo. O gradiente adaptativo e de

regulação tornado possível pelo registo interno da “diagéneses” facilita a ativação dos

mecanismos psíquicos de mitoclaste e mitopoiese, num movimento de mitoplastia permitindo

a transformação de mitos internos responsáveis pela perturbação mental.

Sílvia Jerónimo Candeias

Licenciada em Psicologia Aplicada, área de Clínica. Membro Efectivo da Ordem dos Psicólogos.

Arte-Terapeuta e Arte-Psicoterapeuta. Membro Efectivo da Sociedade Portuguesa de Arte-

Terapia. Formadora de Arte-Terapeutas/Psicoterapeutas. Exerce prática clínica privada,

supervisionada.

«O Sonho da Cotovia»: crescer em Arte-Psicoterapia

Palavras-Chave: Arte-Psicoterapia, comunicação criativa, configurações imagéticas, matizes

técnicas de avaliação clínica, transitoriedade.

A presente comunicação visa a ilustração de um caso clínico em contexto relacional Arte-

Psicoterapêutico. A partir de um espaço contentor, a comunicação criativa torna possível o

ensaio da experiência interna, no qual o paciente tem a oportunidade de nutrir o sentimento

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PROGRAMA 15º CONGRESSO PORTUGUÊS DE ARTE-TERAPIA/PSICOTERAPIA CRESCER COM ARTE 2014

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de Si-Mesmo (Self), com revelação significativa das configurações imagéticas na matriz

relacional interna.

Com recurso às matizes técnicas de avaliação clínica em Arte-Psicoterapia, tendo como base

um encontro intersubjectivo, abre-se espaço para aceder à história de vida do paciente,

estabelecendo novas significações da perspetiva do pensamento, através de uma partilha e

comutação de sentidos simbólicos. Assim, surge lugar para a construção de um sentido de

continuidade e ligação suficientemente coesos para suportar e inovar a transitoriedade,

envolvendo uma finalidade organizadora e o desenvolvimento da capacitação e da valorização

pessoal.

Sofia Moniz Silva

Licenciada em Arquitectura pelo ICSTE- Instituto Universitário de Lisboa. Formada em Arte-

Terapia na Sociedade Portuguesa de Arte-Terapia. Arte-Terapeuta, num Centro de Dia -SCML.

Brincar Criativo com Adultos

Palavras- chave: brincar criativo, espontaneidade, motivação, poder-pessoal

Esta apresentação surge na sequência da prática institucional em Arte – Terapia, com um

grupo de adultos com VIH, inseridos num Centro de Dia da Santa Casa Misericórdia de Lisboa.

O faz -de- conta, é tão natural e espontâneo nas crianças mas ao longo do amadurecimento do

individuo desvanece-se.

O brincar criativo é uma prática que não se limita ao grupo infantil nem a qualquer faixa etária.

Brincar, num ambiente contentor, possibilita explorar e experienciar personagens e aspectos

de Si, sem que haja represálias.

Teresa Vaz

Socióloga, Formadora, Arte-Terapeuta, Arte-Psicoterapeuta

Desenvolveu funções de coordenação e gestão de Projetos de Intervenção Comunitária

direcionados a crianças e jovens em risco, famílias e idosos. Dinamizou Grupo de Jovens

Voluntários e integrou a equipa técnica de Gabinete de Apoio ao Jovem. Atualmente exerce

prática clinica supervisionada, em Arte-Psicoterapia com jovens e adultos. E dinamiza grupos

terapêuticos em Arte-Terapia, num Centro de Reabilitação Psicossocial em Lisboa, dirigido a

pessoas com doença mental (Psicoses Esquizofrénicas), e numa Junta de Freguesia de Lisboa,

com um grupo de mulheres idosas.

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PROGRAMA 15º CONGRESSO PORTUGUÊS DE ARTE-TERAPIA/PSICOTERAPIA CRESCER COM ARTE 2014

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Arte-Terapia com Idosos: Resgatar o Sábio Criativo

Palavras-chave: Envelhecer; Mulher; Individualidade, Criatividade; Arte-Terapia, Sabedoria,

Viver Criativo

O envelhecimento como um processo complexo, universal, gradual e irreversível de mudanças

e transformações que ocorrem com o passar do tempo, ao longo de toda a vida, encontra-se

inevitavelmente ligado aos fenómenos de diferenciação e crescimento pessoal no qual a idade

não é o único critério para que se aceda à sabedoria.

É em contexto arte-terapêutico que um grupo de mulheres idosas*, ao reviver as memórias

do passado, percorre os acontecimentos e os sentires das suas vidas, contando as suas

histórias pessoais, que longe de serem narrativas fixas, estão sujeitas a constantes

transformações. As imagens criadas nas sessões de Arte-Terapia, começam a dizer qualquer

coisa, contam as histórias de cada mulher. Umas são alegres, outras tristes, e permitem

relembrar, aceitar, transformar, reinventar, e reconfigurar a vida e o próprio envelhecer

dando-lhe novos sentidos - um verdadeiro retrato do Envelhecer

No grupo de Arte-Terapia começam a refletir sobre a vida e descobrem que nunca é tarde

demais para aprender, transformar, viver! Embarcam numa nova aventura, viajando pelas

memórias do passado que servem de sementes para o presente. Redescobrem a alegria nas

suas vidas, reconstruindo o passado e recuperando o presente, desvelando que um dos

melhores momentos de todos pode ser o de agora. Ao desenvolverem capacidades criativas,

também desenvolvem a sua capacidade de reflexão e questionamento, em relação ao mundo,

aos outros e a si próprias, e recuperam a sabedoria do viver criativo.

*Projeto Reinventar - Intervenção Institucional na Velhice, desenvolvido no Centro

Comunitário da Madragoa, Junta de Freguesia da Estrela, Lisboa.

APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA

A ARIA – Associação de Reabilitação e Integração Ajuda, é uma IPSS, que tem como missão

ajudar a pessoa com problemas de saúde mental a adquirir os recursos necessários à sua

reabilitação psicossocial e integração sócio-profissional.

O Fórum Sócio-Ocupacional de Apoio Social (FAS) é uma das respostas sociais da ARIA, onde

em 2009 foi criado um projeto de dança designado “FAS Maravilhas” do qual fazem parte, para

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além dos utentes, uma Terapeuta Ocupacional e uma Psicomotricista e tem como objectivos,

fomentar a autoestima, melhorar as competências sociais, diminuir a ansiedade, trabalhar a

expressão corporal, combater o estigma, melhorar a qualidade de vida e a integração dos

utentes.

Espectáculo de dança - “Liberta-te”

Na escuridão do dia-a-dia, um indivíduo, revoltado e aprisionado na sua doença mental, luta

contra a tristeza. Contudo, a luz da amizade vai direcioná-lo para um novo caminho repleto de

alegria e libertador da sua revolta e do pesado estigma da sua doença.

- Tempo: 10 minutos;

- Número de Artistas: 15 (13 utentes + 2 técnicas).

As Coordenadoras do projeto “FAS Maravilhas”:

Cristina Benigno - Terapeuta Ocupacional

Catarina Antunes - Psicomotricista

APRESENTAÇÕES CRIATIVAS

Carla Selas Amaral

Arte-Psicoterapeuta, Designer

Nova página...de que cor? - Apresentação de vídeo

Sendo este Congresso sobre o tema “Crescer com Arte”, pretendo através da criação artística

reflectir o meu encontro e o meu caminho através da arte. Utilizando a expressão escrita e a

expressão plástica desejo representar esta travessia como ligação para os novos desafios,

lugares, culturas e emoções que agora vou viver!

Diana Trindade

Arte-Psicoterapeuta, Psicóloga

Licenciada em Psicologia Clínica pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada e pós-graduada

em Arte-Psicoterapia pela Sociedade Portuguesa de Arte-Terapia. Trabalha como psicóloga e

arte-psicoterapeuta na Fundação da Gestão dos Direitos dos Artistas, intervindo junto de

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músicos, actores e bailarinos. Desempenha funções como formadora na Sociedade Portuguesa

de Arte-Terapia e como arte-psicoterapeuta no Programa Social de Arte-Terapia.

O Encontro - Vídeo

O corpo e os espaços e ecos que o habitam.

A singularidade, a desunião, a incompletude e a separação.

O encontro com o Outro.

O toque, a troca, o par, a completude e a inteireza de Ser.

A pele habitada.

A criação do Amor e do verbo amar.

A respiração do desejo e o bater acompanhado do coração.

A dança do Ser plural.

A transformação.

Raquel Botelho

Arte-Psicoterapeuta, Psicóloga

A vida a criar (sem saber)

Vídeo, expressão corporal e pintura

Quando o acto de criar surge, surge sem denominação, sem sistemas de controlo... somente

expressão e urgência de catarse. Este é um vislumbre de como este processo combinado de

expressões artísticas é passível de ocorrer mesmo quando parece estar mais adormecido.

Vera Cruz

Psicóloga e Arte-Psicoterapeuta

O HOMEM ROBOT

... O seu espírito irreverente levou a longos anos de

solidão, sem perdão, sem tostão. Numa fome quase

física de afecto, vagueia por porões de solidão, sem

temor, sem amor. A sua dureza de homem Robot soldou-

se sob as mais fortes ligas emocionais, a do desamparo. Liga de soldadura, de não ser amor, de

não ser amado.

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Não ser amado, ergue-o em si a rigidez do lobo solitário, que se auto-sustem, caça e uiva. Sem

nunca aceitar, que o seu uivo rígido, é não só o apelo, ao amor que em si insiste em amar e ser

amado.