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Criados para Adorar

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Em "Criados para Adorar - O Propósito Espiritual para a Música", Mike Herron explana a respeito de adoração e sobre o ministério de música nas igrejas. Desde a criação da música até os propósitos para cada tipo de adoração (através de cantores, músicos e dançarinos), o autor nos fala sobre os segredos espirituais da adoração, tendo como base passagens bíblicas. A unção dos Quatro Seres Viventes, os Vinte e Quatro Anciãos, o Rio de Vida: está tudo aqui. Tudo isso adicionado às experiências de vida de Mike Herron, renomado ministro de louvor americano

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Todos os direitos em língua portuguesa reservados por

©2009, BV Films Editora Ltdae-mail: [email protected] Visconde de Itaboraí, 311 - Centro - Niterói - RJCEP: 24.030-090 - Tel: (21) 2127-2600www.bvfilms.com.br • www.bvmusic.com.br

É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios,sem o devido consentimento por escrito.

Originally published in English by Amem Music Publications under the title: Created for WorshipCopyright © 1998 by Mike HerronAll Rights Reserved

Translated and used by permission of Strang Communications Company

Criados para Adorar1ª edição – Abril/2009Foto Capa: Jonathan LiedtkeArte Capa e editoração: GuilTradução: Daiane Rosa Ribeiro de OliveiraRevisão de texto: Marco Antonio Coelho

ISBN: 978-85-61411-05-3Classificação: Cristianismo

Disponível em outras línguas por Strang Communications, 600 Rinehart Road, Lake Mary, FL 32746 USA, Fax 407-333-7100 www.strang.com

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Aos meus mentores espirituais, Reverendo Kevin Conner e Pastor Dick Iverson. A Kevin, pelos seus grandes mantos de ensinamento e pela provisão das sementes da palavra de Deus. Ao pastor Dick por dar-me a oportunidade de fazer parte do ministério, e por confiar a mim o ministério de música de sua igreja. Este livro é parte do fruto da fidelidade e amor desses homens.

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Índice

Apresentação por Frank Damazio viPrefácio viiAgradecimentos viii

Parte Um: A Criação da Música

Capítulo 1 Introdução 1Capítulo 2 A Criação da Música 7Capítulo 3 A Teoria Numérica da Música 13Capítulo 4 As Eras da Adoração 23

Parte Dois: A Visão da Adoração

Capítulo 5 A Visão do Céu 33Capítulo 6 As Quatro Naturezas da Adoração 41 Capítulo 7 Os Vinte e quatro Anciãos 49Capítulo 8 O Rio da Vida 59Capítulo 9 A Plenitude do Louvor 69Capítulo 10 O Espírito da Adoração 79

Parte Três: As Obras da Adoração

Capítulo 11 Os Cantores 91 Capítulo 12 Os Músicos 101 Capítulo 13 Os Dançarinos 115

Parte Quatro: O Propósito da Música

Capítulo 14 Os Doze Propósitos da Música 129 Capítulo 15 Conclusão 137

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Apresentação

Toda congregação foi envolvida em uma explosão apai-xonada de adoração; mãos foram erguidas e vozes entoavam um cântico novo, espontâneo de louvor, vindo dos corações. Ela era celestial, impactante, sensível e espiritualmente gratificante. O ministro de louvor, sentado ao piano, tocava espontânea-mente ao Senhor. Seus dedos expressavam palavras de louvor e adoração, à medida que ela afluía do seu instrumento. A con-gregação inteira se uniu em um espírito de adoração enquanto éramos conduzidos por Mike Herron. Ele conduziu a igreja à níveis elevados de adoração e amor, enquanto as ondas da pre-sença de Deus fluíam sobre as pessoas. Fomos criados para isso. Sem dúvidas, sem obstáculos, sem impecilho. Fomos criados para momentos como este, criados para adorar com toda a nossa mente, com todo o nosso coração, com toda a nossa alma e com todo o nosso corpo.

Há mais de vinte anos Mike Herron tem sido um campeão na adoração segundo a Bíblia e no ministério profético das can-ções ao Senhor. Ele tem sido recebido, tanto em nossa nação quanto nas nações ao redor do mundo, como o querido salmista de Israel. Este livro contém tesouros espirituais resultantes de pesquisas e do ensino da adoração por mais de duas décadas. Se você está envolvido com a liderança de uma igreja voltada para adoração, ou se deseja introduzi-la em sua igreja, este livro será uma ferramenta muito valiosa. Eu recomendo tanto o livro quanto o ministério de Mike Herron. Considero uma honra ser seu amigo.

Pastor Frank Damazio

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PrefácioEste livro é para os amantes da música! É raro encontrar

alguém que não goste de pelo menos um estilo musical. Ela é o amor universal, a linguagem que todas as culturas entendem e apreciam.

Este livro é para os músicos que conhecem e apreciam a maravilhosa ciência e beleza de sua arte. É também para aque-les que participam de um ministério cristão de música e têm a responsabilidade de conduzir as pessoas à presença do Senhor através da adoração.

Este livro também é para aqueles que não são músicos, mas desejam saber como esse poderoso fenômeno afeta suas vidas de formas profundas. Este livro é também para aqueles que amam adorar. Ao redor de todo o mundo, o povo de Deus está aprendendo a exaltar e a adorar ao Senhor Jesus Cristo, e a ado-ração é a língua universal de todo aquele que ama a Deus.

Este livro é para todos os estudantes que olham para as Es-crituras em busca de uma revelação plena de Cristo e do enten-dimento da adoração. É também para aqueles que não são cris-tãos, mas que estão buscando conhecer e encontrar a verdade sobre a Bíblia e sobre Jesus Cristo.

Este livro foi escrito sob perspectivas bíblicas. A partir das escrituras vemos que Deus criou a humanidade para se render a Ele em um relacionamento de amor expressado na adoração. Podemos ver, também, que a música foi criada para realçar e para expressar o nosso amor pelo Senhor. Enquanto existem muitos outros propósitos para a música, esse é a “essência” da nossa criação e da criação da música.

O desejo de Deus é ver a igreja atenta à tarefa de entoar Seus louvores em todas as nações da Terra. Que este livro alcance o Seu propósito!

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Eu gostaria de agradecer a Kathy Darrah pelas primeiras digitações do manuscrito deste livro a partir da minha caligrafia nada legível.

Gostaria de agradecer também a Cheryl Iverson pelas suas habilidades de edição e pelas valiosas sugestões na forma e na ordem do livro.

Muito obrigada a Deborah Denno pelo seu lindo trabalho artístico no desenho do Tabernáculo do Céu.

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Parte Um

A Criação da Música

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Capítulo 1

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Introdução

O Teste

Em uma manhã de 1970, eu peguei o meu livro de com-posições musicais e o levei até Little Beach, o estuário de um rio que desemboca no Oceano Pacífico em Gearhart,Oregon. Minha esposa, Marsha, e eu vivíamos nas proximi-dades, em uma casa pequena com a nossa filha, Pippa, ainda bebê. Eu tinha vinte anos de idade e carregava o que para mim era a direção dada por Deus para purificar o meu coração da idolatria da música. Desde a minha conversão no ano anterior, eu abri mão de todos os meus CDs de rock e jazz, e mais tarde, da minha coleção de música clássica e popular. Não que es-sas músicas sejam diabólicas, ou que todo aquele que segue a Cristo deva fazer como eu fiz. Isso foi Deus agindo individual-mente na minha vida por causa do meu intenso amor e devoção à música. Agora eu estava para realizar o que sentia ser direção de Deus – colocá-lO em primeiro lugar na minha vida ao jogar meu livro de composições no rio! Fazer isso não era algo fácil para mim, uma vez que fui um músico dedicado por dez anos. Estava a ponto de desfazer-me de todas as minhas composições, o bem mais valioso que eu tinha na terra!

Minha mente estava fixa à história de Abraão oferecendo seu filho Isaque. Gênesis 22:1 diz que “Deus pôs Abraão à prova...” e eu estava certo de que uma vez que Deus visse minha obediên-cia, Ele iria de alguma forma intervir e impedir o sacrifício. Eu orei fervorosamente à beira do rio. Eu sabia que a música estava em primeiro lugar na minha vida e este “sacrifício” era absoluta-mente necessário para que Cristo tivesse supremacia em todas as coisas. Eu era culpado por adorar a “criação” da música acima do

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“criador”. A música não era um veículo de adoração, antes ela tinha um fim em si mesma para mim, e essa atitute acabaria com a minha dedicação e sinceridade em seguir a Cristo. Eu gastei muitos dias pensando e orando a respeito da minha luta entre a música e Deus; a minha conclusão não foi uma decisão precipitada. Eu orei outra vez, esperando que Deus, de algu-ma forma, tirasse essa convicção de mim. Eu ainda hesitei em jogar as minhas composições no rio, esperando que Deus me impedisse de fazer tal sacrifício. Mas não havia voz alguma, nenhuma alteração de urgência. Eu joguei os livros na água. Depois peguei uma longa vara e os impulsionei para dentro da calma correnteza e disse adeus para sempre à ilusão de me tornar um músico famoso.

Eu deixei aquele lugar me sentindo vazio, e até um pouco desapontado com Deus por ter tirado de mim o meu tudo. Eu lembro de ter pensado: “Tudo o que me restou foi Deus!”

Um acontecimento milagroso

Eu não falei com ninguém a respeito da batalha interior que experimentei naquele dia. Meu suave sentimento de satisfação por ter feito o que entendi ser a vontade de Deus era digerido com um sentimento de perda profunda e luto por músicas muito bonitas que descansavam nas profundezas do rio! Naquela noite eu recebi uma ligação urgente de um jovem rapaz da igreja. Suas palavras expressavam o seguinte: “Eu estava brincando em Little Beach e encontrei suas músicas na areia, elas foram deixadas pelo oceano. Você provavelmente as deixou lá en-quanto a maré estava baixa, e a maré aumentou e as levou. Vou lhe devolver o livro agora.” E desligou o telefone. Eu não tive a chance de dizê-lo para deixar o sacrifício em paz; o poder de ressurreição de Deus estava em ação! Ele trouxe até a minha porta os livros encharcados e eu os sequei enquanto explicava toda história para Marsha. Deus me devolveu as músicas, mas agora havia algo diferente. Deus era a minha força e a minha canção. Eu pensei no que Ele disse à Abraão:

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“Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho.” (Gênesis 22:12)E:

“... Que por ter feito o que fez, não me negando seu filho, o seu único filho, esteja certo de que o abençoarei.” (Gênesis 22:16-17)

Não estou dizendo que todo mundo deve pegar tudo o que possui no que se refere a música e jogar no rio mais perto – isso seria presunção e não fé! Deus deseja uma nova canção em nosso coração, e para isso o velho precisa morrer antes do novo nascer.

As sementes da música

Minha genética musical é um presente herdado do meu pai, um músico autodidata. O meu berço ficava próximo à sala onde ele tocava piano. Eu acredito que alguma coisa foi transferida ao meu coração infantil enquanto o ouvia tocando durante a noite! Minha avó tocava piano na igreja dela e era bastante hábil. O meu bisavô era violinista e diretor de uma banda.

Aos dez anos de idade comecei a tocar piano e tive as aulas regulares que crianças de todo o mundo experimentam. Estou em débito com meus professores June Cameron e Leon Erick-son. A música era um mundo fascinante para mim. Ela era uma linguagem que parecia ser mais profunda, mais sincera do que palavras ditas. Eu queria aprender esta linguagem. Cada nota e acorde significava para mim uma vastidão de vocabulário, uma grande habilidade de falar e expressar a grande variação da alma humana. Eu era um daqueles estudantes loucos que ama-vam praticar e tocar piano.

Rock’n roll

No início dos anos sessenta eu ajudei a formar uma banda de rock chamada “Teddy and the Rough Riders”. Nosso grupo era

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formado por um baixista, um guitarrista e por mim no órgão. Nosso estilo seria melhor descrito como “primitivo” e “baru-lhento”. Tocávamos seis noites por semana durante o verão, em um clube para adolescentes em Seaside, Oregon chamado “The Pypo Club”. Noite após noite ultrapassávamos o repertório de no máximo 21 músicas com canções de altíssimos decibéis. Foi durante esses anos que eu descobri o poder da música na formação dos valores morais e sociais. Enquanto tocávamos, minha vida era profundamente impactada pelas mensagens da música.

ClássicosNo outono de 1967, eu frequentei a Universidade do Oregon.

Fazia exercícios de piano e escrevia músicas por um período de quatro a cinco horas por dia, junto com as outras disciplinas obrigatórias para um estudante universitário especializado em música. Eu fui desafiado pelo meu professor de composição, Monte Tubb, a criar músicas novas e modernas, o que particu-larmente adorava fazer. Mas no fundo do meu coração eu es-tava preocupado. Havia questões que eu não poderia responder – questões maiores como: “Qual é o propósito de tudo isso?” e “Por que estou aqui?”

A geração dos anos sessentaA minha geração estava em um tempo de transição. A guerra

do Vietnã estava radical, os valores socias estavam sujeitos a um ataque em grande escala, e alguns dos nossos líderes tinham sido assassinados sem razão. Maconha, LSD, rock e imorali-dade se tornaram a válvula de escape para um outro mundo que prometia ilusão e fuga da confusão. Inocentemente eu entrei por esta porta, experimentei drogas, desenvolvi um desprezo pelas autoridades e enchi a minha mente com as músicas daquela era.

Tem um garoto aqui que deseja ser salvoMinha vida mudou para sempre durante um congresso de

jovens em uma igreja afro-americana chamada “Maranata”, em Portland, Oregon. Um amigo me convidou para essa igreja de

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centenas de passoas que estavam experimentando um mover tremendo do Espírito Santo durante os dias do “Avivamento”. Eu queria responder à pregação da pastora Brazille:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

Eu estava preso às garras do pecado e das trevas. Muitos atenderam ao chamado para a mudança, mas eu ainda perma-necia paralizado, incapaz de me achegar ao Salvador, que se aproximava de mim. O culto acabou e enquanto a congregação deixava a igreja, de repente a irmã Brazille falou sentada ao piano: “Tem um garoto aqui que deseja ser salvo e não vamos sair daqui enquanto ele não for salvo. Todos vocês voltem para cá e comecem a orar.” Ela os atraiu de volta à igreja e os dire-cionou a orar por este jovem desconhecido. A mulher que estava ao meu lado começou a chorar e a orar baixinho suplicando ao Senhor pela alma desse “garoto”. E também comecei a orar por “ele”, sem saber que na verdade era eu que precisava da fonte purificadora do sangue de Cristo. A última coisa que lembro era estar no altar, chorando em arrependimento pelos meus pecados e pedindo a Jesus para ser meu Salvador e me encher com o amor de Deus. Eu cria em meu coração na verdade da Palavra de Deus, e uma nova vida em Cristo tinha começado.

Conhecendo a Sua unçãoEm 1971, eu comecei a frequentar a Faculdade Bíblica de

Portland e a igreja Bible Temple. Durante os anos de faculdade, eu fazia parte de um grupo chamado “The Dayspring”. Viajáva-mos de igreja a igreja, tocávamos em cafeterias, conferências, encontro de adolescentes, acampamentos e em templos de todas as denominações. Deus me ungiu enquanto ministrava a Ele em nossa turnê de verão.

Em 1974 eu me uni à equipe da Bible Temple como músico, sob o pastoreio de Dick Iverson. Eu era responsável por su-pervisionar a música na igreja, e pela grade de música desde a

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escola primária até a faculdade. Esses foram dias de extrema alegria para mim – liderança de louvor, canções proféticas, ensino da Bíblia e princípios musicais. Nosso coral cresceu para setenta e cinco membros e tínhamos uma linda orquestra de quarenta membros, incluindo uma orquestra de cordas, per-curssão e uma harpa. Nos encontrávamos soberanamente dire-cionados em adoração pelo Espírito Santo e por várias vezes tocávamos e cantávamos, juntos, uma nova canção em uma linda harmonia. Muitos dos conceitos que estão nos próximos capítulos foram plantados em meu coração durante esses anos de ministério integral de louvor e adoração.

Fundando uma igrejaEm 1983, Marsha e eu começamos uma nova igreja em Salém, Oregon, chamada Willamette Christian Fellowship. O meu chamado para o ministério pastoral nos levou a edificar uma nova família de cristãos, e a adoração teve um novo signifi-cado para mim. Eu não era mais um especialista, com o foco em música e adoração; eu era um praticante comum, responsável por levar um corpo de cristãos à maturidade em todas as áreas da vida deles. As minhas teorias de louvor e adoração esta-vam agora sobre a base da experiência. Eu creio que as minhas perspectivas como pastor contribuíram para o reconhecimento da preciosidade do que é uma igreja adoradora.

Às naçõesEm janeiro de 1995 entregamos nossa congregação aos nossos pastores associados, Don e Ann Finley, para atender ao chamado de levar a Palavra de Deus e a adoração para as nações. Salmos 86 se tornou a inspiração para a nossa nova visão:

“Todas as nações que fizeste virão e se prostrarão diante de ti, Senhor, e glorificarão o teu nome” (Salmos 86:9).

Deus está chamando pessoas de toda tribo, língua e nação para um relacionamento pessoal de adoração com Ele. Ele criou a música e Ele nos criou para vivermos ligados em adoração com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo.