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R E V I S T A Gerenciando usuários no Linux Opinião Cotidiano Gadgets Notícias

Androis e criados P1

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trabalho do Eduardo 8c me90 da um 10 jaima foi treta fazer isso 62 paginas

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R E V I S T A

Gerenciando usuários no Linux Opinião Cotidiano Gadgets Notícias

E d i ç ã o 1 1 , M a i o d e 2 0 0 8

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http://www.gdhpress.com.br/

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Revista GDHn | Edição 11, Maio de 2008

Colaboradores: Editorial

Novo layout, nova "marca", nova proposta de editorial: É assim que anunciamos a edição 11 da Revista do Guia do Hardware.NET,agora "Revista GdHn". Muitas das mudanças já estão publicadas nesta edição, mas outras ainda devem ocorrer.Junto com a nova proposta do editorial, também surgiu uma nova filosofia: A Revista GdHn passará a ser mais colaborativa, emenos dependente do guiadohardware.net. O vínculo continuará existindo, como não poderia deixar de ser, mas é nosso objetivodisponibilizar conteúdos novos e exclusivos, de preferência provenientes da colaboração de leitores e interessados. Se vocêescreve, tem um blog e gostaria de ter alguma contribuição publicada na revista, escreva­nos; se você é um dos que tem um blog,saiba que ele inclusive já pode estar sendo acompanhado, e um dia qualquer pode surgir um e­mail em sua caixa postal verificandoseu interesse em publicar alguma matéria na revista ;).Outro ponto que gostaríamos de contar com a sua colaboração, é no quesito "rumos" da revista. Se você não gostou de determinadasessão, acha que falta alguma coisa, tem sugestões para o layout, escreva­nos também. Em suma: deixe­nos saber o que acha,como gostaria que fosse a Revista GdHn. Queremos fazer uma revista que, na medida do possível, agrade ao maior públicopossível, moldada especialmente para quem lê e gosta tanto da revista, quanto de sua proposta.Encerrados os comentários iniciais, vamos a uma rápida apresentação da Edição 11 ;).Como destaque, temos uma análise completa do EeePC, o sub­notebook da Asus que vem conquistando mercado e adeptos daportabilidade. A tendência parece estar estabelecida, alavancada tanto pelo lançamento de inúmeros notebooks de baixo custo, sub­notebooks (como o EeePC), smartphones, etc, quanto pela atual viabilidade dos planos de acesso a internet via celular (afinal, paraque serve um pc sem internet??), que principalmente após o lançamento do 3G, viraram febre, pois tornaram a velocidade daconexão aceitável e a preços bem razoáveis para qualquer mortal.Leandro Santos, desenvolvedor do Kurumin NG, nos concedeu uma entrevista exclusiva, onde fala porquê decidiu encarar umprojeto tão grande, mesmo após ter desistido de desenvolver o Kalango Linux, além de mais detalhes sobre a nova distro, como,motivos para a troca da distribuição base, características do Kurumin original que pretende manter, etc, assim como informaçõespara quem deseja colaborar com o projeto.Se você tem curiosidades sobre as novas apostas do Google e Intel, duas gigantes dentro de suas áreas, não deixe de conferir oartigo sobre o Google Android e o Intel Atom, que trazem mais detalhes sobre as duas plataformas. Trazemos ainda uma pequenadica para aqueles que gostam de por a mão na massa, abordando o gerenciamento de usuários no linux via linha de comando. Parafinalizar, um artigo ensinando a verificar o alcance do sinal de sua rede wireless, possibilitando, dentre outras coisas, detectarburacos negros dentro de sua área de cobertura.Nesta edição, inauguramos também uma coluna de opinião, que neste mês é figurada por Teseu, abordando as promessas eesperas pelo uso de sistemas opensource nos órgãos públicos, uma sessão de gadgets, que esta sendo elaborada em parceria como Digital Drops, além de uma sessão entitulada "cotidiano", onde Jose F. Neto aborda de forma engraçada um sério problema queencontrou em um dia normal de trabalho. Como de praxe, trazemos também a sessão de notícias.Para esta edição era isto, e não deixe de nos escrever: [email protected].

Luana Kohlrausch

Equipe técnicaLuana Kohlrausch

Daniel Bayer GouveiaLuciano Lourenço

Colaboradores da ediçãoDigital Drops

[email protected]://www.digitaldrops.com.br

Teseuhttp://teseu.wordpress.com

Jose F. [email protected]

Leandro [email protected]

Carlos E. Morimotohttp://www.guiadohardware.net/[email protected]

Júlio Cesar Bessa [email protected]

Marcos Elias Picãohttp://www.explorando.com.br/

[email protected]

[email protected]

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Entrevista com Leandro SantosDesenvolvedor do Kurumin NGApós rumores sobre o fim do Kurumin Linux, uma nova distribui-ção surge no cenário nacional: o Kurumin NG, um novo projetoque visa dar continuidade ao trabalho realizado no Kurumin, po-rém, com uma "cara diferente". Confira a entrevista exclusivaconcedida por Leandro Santos, idealizador e desenvolvedor des-te importante projeto.

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Entendendo o Google AndroidE o Google continua inovando. Agora é a vez do Android, um sis-tema operacional desenvolvido para telefones celulares. Confirauma pequena análise sobre o novo sistema e, ainda, uma rápidaabordagem sobre outras opções disponíveis no mercado ;).

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Intel Atom:A nova aposta da IntelApós a bem sucedida marca Intel Centrino, a Intel resolve adotara mesma estratégia para sua nova linha de produtos, o IntelAtom, destinada a MIDs, tablets e equipamentos ultra-portáteisem geral. O objetivo da plataforma é atender a crescente de-manda por produtos de baixo consumo, baixa dissipação térmi-ca e preços baixos, onde o desempenho não é necessariamenteo principal pré-requisito. Conheça melhor a plataforma.

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Asus Eee:Análise completa do badalado sub-notebook da AsusAo que tudo indica, estamos presenciando a solidificação deuma nova tendência: Portabilidade e acessibilidade. No mercadodos sub-notebooks, quem saiu na frente foi a Asus, que além decriar o conceito, lançou e difundiu o Asus Eee, um sub-notebookde apenas 7". Nesta edição, dedicamos a ele uma completaanálise, com inúmeras fotos e dicas. Não deixe de conferir ;).

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Gerenciando usuários no LinuxConfira uma dica rápida e prática de como gerenciar usuáriosno linux.

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Medindo o sinal da rede wirelessEm uma rede cabeada, você sabe exatamente até onde o sinalchega, afinal, só tem acesso a rede, quem tiver acesso físico aela. Em uma rede wireless, uma atitude saudável tanto do pon-to de vista da segurança quanto do ponto de vista da usabilida-de da rede, é verificar a qualidade do sinal no ambiente e atéonde ele realmente chega. Veja aqui uma maneira fácil e eficien-te de verificar o sinal de sua rede wireless tanto no linux quantono windows.

49 Opinião

Ainda nesta edição

51 Cotidiano

53 Gadgets 56 Notícias

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Faça já seu pedido : http://www.gdhpress.com.br/promocao/

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No final de 2007, Carlos Morimoto, desenvolvedor de uma das distribuições Linux nacionais mais usadas, oKurumin, anunciou que estava realmente considerando a possibilidade de encerrar o projeto. Dentre muitasmanifestações da comunidade em prol da continuidade do sistema, e o crescimento dos rumores sobre oabandono do desenvolvimento da próxima versão, surgiram algumas manifestações dentro da comunidade como objetivo de levar o Kurumin adiante, mas nenhuma com grande destaque ou que realmente tenha saído dopapel. Eis que no "fim do túnel", surge a luz esperada em forma de um anúncio por muitos esperado: Uma novadistribuição linux, que se propõe a suprir o vácuo deixado pelo Kurumin e que conta com o apoio e colaboraçãode seu idealizador: O Kurumin NG.O Kurumin NG já está em pleno desenvolvimento, inclusive, com um segundo beta lançado. Com a proposta de"aproveitar os pontos fortes do Kurumin e melhorar os pontos fracos", está Leandro Santos, criador emantenedor no Kalango Linux, idealizador do projeto. Vamos então a uma conversa com o próprio, parasabermos um pouquinho mais do que vem por aí ;)

O projeto da "Nova Geração" do Kurumin

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Kurumin NG

GdHN: No tópico postado no FórumGdH em que fez o anúncio doKurumin NG, você cita o fato de terdesistido (assim como o próprioMorimoto) de dar continuidade a suadistribuição, o Kalango Linux, pordiversos motivos, dentre eles, o fatode existirem inúmeras distribuiçõeslinux voltadas aos usuários desktope que conseguem cumprir muitobem o que prometem. Além do fatoda "enorme perda" em suas palavrascom o descontinuamento das duasdistribuições, quais outros motivoslhe levaram a encabeçar um projetotão grande e do qual se cria tantaexpectativa (o que aumenta

consideravelmente aresponsabilidade envolvida, que porsi só já é grande) e o que lhe animoua achar que dessa vez seriadiferente?Leandro: Bom, apesar de eu tertocado o projeto Kalango Linux pordiversão, sempre se espera algumretorno pelo trabalho que fazemos,seja um elogio, seja umaoportunidade de trabalho, novasamizades, etc. Até porque, quemtem um projeto deste tipo como oMorimoto, Bruno do BigLinux,Luciano do Resulinux, Flavio doGoblinX, Nelson do DreamLinux (e

toda essa galera que toca algumprojeto de distribuição GNU/Linux)sabem que não é fácil, exige tempoe dedicação. Não estou dizendo queo Kalango não me deu retorno, muitopelo contrário, através do projetopude conhecer muita gente bacanacomo o Luis Marks, tive diversasoportunidades de trabalho, fuipalestrante em alguns eventos e poraí vai.Sou muito grato por tudo isso, mas oprojeto chegou em um estágio emque eu já não tinha mais motivaçãopara continuar, as contribuições parao sistema em si chegaram a zero, as

Entrevista com Leandro Santos

Kalango Linux Ícones mágicos do Kurumin

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pessoas estavam cada vez maisbuscando outras alternativas (e comrazão, afinal de contas o sistema nãoera mais atualizado), e isso foi medesanimando. Mas voltando apergunta, o que me faz acreditar quedessa vez vai dar certo é que nestetempo em que fiquei “parado” tiveoportunidade de aprender melhorcomo funciona o sistema dedesenvolvimento do Debian e doUbuntu, além de ferramentas decontrole de versão como o SVN e oTrac. Estou trazendo esse Know-Howpara o desenvolvimento do KuruminNG. Este novo modelo dedesenvolvimento vai exigir menos demim e do todo o pessoal que seenvolverá, haverá um crescimentoconsciente do projeto, onde quandotoda a infra-estrutura estivermontada, só não contribuirá quemnão quiser, pois as pessoas estarãocom a faca e o queijo na mão comodizem por aí. E para finalizar,definitivamente, a marca Kuruminnão poderia simplesmentedesaparecer.GdHN: Agora para situar o antigousuário Kurumin: Até onde você e oseu já publicado trabalho deram aentender, o Kurumin NG não se

propõe a substituir o Kurumin emtodos os aspectos, tendo inclusivealgumas mudanças bem explícitas,como por exemplo, a adoção do(K)Ubuntu como base para oremaster. Além desta e dasmodificações visuais que já ficarambem evidenciadas nos betas dadistribuição, quais serão as outrasmudanças marcantes no Kurumin NGe o que do Kurumin original você nãopretende manter? E com relação aopúblico-alvo?Leandro: A principal mudança quehaverá no Kurumin NG, que inclusiveserá nosso primeiro diferencial frentea série antiga do Kurumin e asoutras distribuições existentes, écom relação aos "Ícones Mágicos". Aidéia é fantástica, o nome idem efunciona relativamente bem, porém,carecia de uma estrutura maisorganizada, padronizada, mais fácilde manter e que pudesse ser umpouco mais independente doKurumin, podendo ser utilizada emoutras distribuições com pouca ounenhuma preocupação,simplesmente instale e deixe que elefaça a mágica que o próprio nomesugere.

Como você mesmo lembrou,continuo com a mesma idéia de queo Kurumin NG não tem o dever deser uma espécie de versão 8 doKurumin; até porque, neste caso,não seria Nova Geração (NG). A idéiaé mudar alguns conceitos, aproveitaraqueles que funcionam bem e tentarsatisfazer as necessidades daspessoas que já utilizam o Kurumin,mas de uma forma diferente. Nestesentido, dou uma sugestão para aspessoas que estão céticas quanto aoprojeto: Abram suas mentes.Desculpe se não pude respondercom exatidão a pergunta “e o que doKurumin original você não pretendemanter?”, pois isso ainda está sendoanalisado. Mas uma coisa é certa, oque será herdado precisará deadaptações para se adequarem àalgumas regras que estabeleci, entreelas podemos destacar: Máximoesforço para que funcione no mínimoem Inglês e Português do Brasil; quenão dependa de artifícios como osudo ativado para funcionar; quefuncione tanto considerando umdesktop pessoal quanto em umambiente cliente/servidor (LTSP porexemplo) e que as chances decomprometer a estrutura do(K)ubuntu sejam mínimas.

Kurumin NGEntrevista com Leandro Santos

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Outro diferencial do NG será ocuidado máximo com a usabilidade.Só será mantido aquilo querealmente agrega valor para ousuário, nada de excesso de botões,telas poluídas, menus grandes,aplicações que não funcionam oucoisa parecida. Tenho visto a maioriadas distribuições existentes pecaremneste sentido, talvez uma que temconseguido resolver o problema sejao Ubuntu, mas seus “filhos” Kubuntuetc, continuam pecando nesteaspecto.O público alvo permanecesse sendotodo e qualquer desktop, sejaresidencial, comercial ougovernamental e todos aqueles quealmejam um sistema com suportenativo ao português, que seja fácilde usar, que tenha um fórum desuporte excelente e que estará emconstante evolução.GdHN: Uma das críticas maisrecorrentes sobre o Kurumin NG, éjustamente o fato de ele utilizarcomo base o Kubuntu, que apesar decontar com toda a estrutura"Ubuntu" de atualizações, ainda éuma distribuição considerada lenta.

Além das vantagens já citadas, quaisoutros motivos o levaram a optar portrocar a base para o remaster ecomo você pretende contornar oproblema já conhecido da lentidão?Você pretende usar um kernelpersonalizado?Leandro: O que me levou a mudar abase foi principalmente a questãodas atualizações dos pacotes.Enquanto no Debian temos quecorrer o risco de utilizar o repositóriounstable para ter os pacotes atuais(o que nem sempre é umaexperiência agradável), o Ubuntuconsegue fazer isso de forma maiseficiente, trazendo para nós de 6 em6 meses, os pacotes mais atuais norepositório estável. Isso tem umaexplicação meio lógica. O Ubuntureaproveita o trabalho do Debian e oDebian meio que não aproveita denenhum projeto, e mesmo queaproveite é em uma escala bemmenor, além disso, até onde sei, oDebian dá suporte a uma quantidademaior de arquiteturas de hardware,portanto, o trabalho para manter osrepositórios estáveis é maior. Digoisso para que as pessoas não meentendam mal com relação amudança, só que eu acredito que o

foco é sempre interessante.Enquanto o Ubuntu focou em algunsaspectos, o Debian é um projetomais genérico, portanto, os dois temuma importância grande, mas cadamacaco no seu galho.A questão da lentidão é relativa. Umconceito de economia diz que aspessoas enfrentam Tradeoff, ou seja,tem que fazer escolhas, e por quê?Porque cada uma delas tem suasvantagens e desvantagens. Porexemplo: Se eu tiver um carro commotor 2.2, ele provavelmente vai meproporcionar algum benefício, masem contra partida, vou gastar maiscom gasolina comparando com umcarro de motor 1.0 e por aí vai.Então com a base Ubuntu,provavelmente perderemos umpouco de performance, no entanto,os benefícios recebidos irãocompensar, na minha opinião, pois osistema tem um dos melhores,senão o melhor suporte a hardware.Mas claro, vou trabalhar paramelhorar a performance também,afinal, já que estávamos falando decarro, acho que ninguém ficariasatisfeito com uma carroça...rs.Sobre o Kernel, a princípio não penso

Kurumin NG Entrevista com Leandro Santos

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em usar um próprio, mas prefirodeixar este assunto para umapróxima oportunidade, pois precisoabordar alguns assuntos maistécnicos pra explicar esta opção.GdHN: Uma outra mudançamarcante já anunciada para oKurumin NG é a inclusão derepositórios próprios. Como vocêpretende gerir esta base? Pretendemanter os pacotes personalizadossomente para os softwaresdisponíveis através dos íconesmágicos ou pretende ir ampliando abase, além de usar os repositóriosdo ubuntu em paralelo?Leandro: O repositório agregaráapenas aquilo que iremos incluir nadistro que não existe no repositóriodo Ubuntu ou que mesmo existindono repositório deles, tenha algumacaracterística que não atenda asnossas expectativas. Ou seja, orepositório trabalhará paralelamenteao repositório do Ubuntu e o esforçoserá direcionado para que issosempre funcione bem.GdHN: Além da distribuição em si, oKurumin contava com um conjuntode pacotes instaláveis offline através

do Kokar, além do Kurumin Ligth,versão mais leve do sistema quetinha por objetivo funcionar emmicros antigos. Você pretende darcontinuidade em ambos?Leandro: O Kokar está fácil decontinuar existindo até de umamaneira mais completa do que aque vocês conhecem, mas versãesligths, server, etc, estão fora dosplanos atuais.GdHN: Para quem temacompanhado o Kurumin NG, desdeo anúncio ao lançamento da versãobeta, fica muito claro a disposiçãodos usuários da comunidade emcooperar com o projeto. Você temidéia de organizar algo nestesentido, onde a comunidade cooperediretamente no desenvolvimento oupretende manter carreira solo?Leandro: Ninguém nunca foiimpedido de contribuir com oKurumin nem com o Kalango, alémdisso, nós também nunca tivemosinteressados em dizer que existeuma equipe simplesmente para criarum impacto ou para dizer que oprojeto é grande. Acontece que temmuita gente querendo ajudar, mas

fica só no “querendo”. Imagine quealguém chega pra você e pergunta:“No que eu posso ajudar?”. Isso é oque mais acontece, a intenção éboa, porém, como é que EU vousaber no que a pessoa pode ajudarse nem ela mesmo sabe? Isso valepara qualquer pessoa interessadaem contribuir com o Software Livre.Não peçam, façam! Ao imaginar quevocê poderia contribuir comdocumentação por exemplo, nãopeça autorização, faça, mostre, seutrabalho não será perdido, poderáser publicado em qualquer lugarmesmo que não se torne algo oficial.Tenho prazer em orientar as pessoassobre como melhorar algo que estãofazendo, mas é preciso havermovimentação, faça acontecer, nãoespere acontecer, o mesmo seaplica para outras áreas. Os íconesmágicos estão ruins? Diga porqueestá ruim e como ficaria melhor, sepossível com exemplo real. Se nãoconsegue fazer, é porque estáopinando em áreas que não conhece.Mesmo diante do desabafo acima,tenho idéias para facilitar a vida dequem quer contribuir com o projetoe está previsto para isso SVN e Trac

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Kurumin NGEntrevista com Leandro Santos

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(já em funcionamento em servidortemporário) e um Wiki para quepossam contribuir comdocumentação.GdHN: E o que devem fazer osusuários interessados em colaborar?Leandro: Podem acessar o Fórumdo GdH e enviar uma mensagemparticular para Leandro.S.S com ummini currículo e com algo concretopara mostrar, não apenas idéiasvagas, mas algo que possa seranalisado ou apreciado na prática.Sem isso, raramente eu respondo ocontato, pois são muitos e algunsprecisam ficar sem resposta, eadivinha quais são? Os que temmenos coisas concretas, é claro. Eugostaria de ter tempo de respondera todos, mas infelizmente precisofazer esse tipo de filtragem.GdHN: Uma questão que acreditoser de curiosidade de muitos: Ondeentra o idealizador do Kurumin nodesenvolvimento? Apesar de parecerestar claro que ele apenas vai atuarcomo colaborador, vejo muitasmanifestações de pessoas achandoque ele vai trabalhar ativamente nodesenvolvimento. Esclareça esta

questão para nós ;).Leandro: Essa pergunta achomelhor ele responder. O que sei éque ele tem interesse em contribuircom documentações e com ÍconesMágicos relacionados à servidores.No momento ele sem sido umconselheiro para mim. Procuromantê-lo informado sobre o que estásendo feito e sobre as decisões maiscríticas.GdHN: Para encerrar, quais osplanos para um futuro próximo?Você já tem previsão de lançamentode uma versão final do KNG parasatisfazer a todos os leitores queficaram curiosíssimos com a novadistro?Leandro: Para o futuro próximo sóestá previsto mesmo o lançamentoda versão final que deve ocorrer nomeio do mês de Maio, depois dissoaí faremos cronogramas para osprojetos relacionados ao KNG.OK! Muito obrigada Leandro por nomeio de tanta correria e trabalho,achar um tempinho para nosresponder. Te desejamos sorte esucesso nesta grande empreitada e

acredito que todos os "orfãos" doKurumin agradecem ;).E, para todos que ficaram curiososcom relação ao sistema, encerramoscom uma sessão de screenshots.

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Entendendo o Google Android

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Carlos E. Morimoto

A menos que você tenha passado os últimos meses escondido dentro deum iglu na Antártida, você já deve ter ouvido falar no Android, o sistemaoperacional para celulares que está sendo desenvolvido pelo Google. Eleé a resposta do Google para a falta de padronização e a falta deaplicativos para smartphones que enfrentamos atualmente, oferecendoum conjunto de possibilidades interessantes. Você pode experimentarmuitas delas hoje mesmo, no seu aparelho atual. Veja como.

Entendendo o Google

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Dos três, o Symbian (Figura 2) épossivelmente o mais bem-sucedido,devido ao enorme volume deaparelhos onde é usado. O Symbiané o sucessor do Epoc, o sistemaoperacional usado nos antigos Psion(leia um pouco sobre eles nohttp://www.guiadohardware.net/artigos/psion-historia/), que ganhou vida

própria depois que a Psionfaliu.O ponto forte é o fato deele ser um sistemamultitarefa, desenvolvidopara ser usado emaparelhos com poucosrecursos, aproveitando aomáximo os recursosoferecidos pelo hardware.Para você ter uma idéia, oPsion 5 (Figura 3), oprincipal aparelho onde oEpoc foi utilizado, utilizavaum processador de apenas36 MHz, que tinha umdesempenho mais de 10vezes inferior ao dos

processadores ARM usados nosaparelhos atuais e, mesmo assim,era capaz de rodar aplicativossofisticados, incluindo um navegadorcompleto.

A menos que você tenha passado osúltimos meses escondido dentro deum iglu na Antártida, você já deveter ouvido falar no Android, osistema operacional para celularesque está sendo desenvolvido peloGoogle. Você pode ver alguns vídeosde apresentação nohttp://www.youtube.com/user/androiddevelopers eacompanhar asnovidades sobre aplataforma nohttp://androidcommunity.com/.Atualmente, as trêsprincipais plataformaspara celulares esmartphones são oSymbian, que deuorigem ao S60,desenvolvido pelaNokia (e encontradotambém em aparelhosda LG, Samsung ealguns outrosfabricantes) e tambémao UIQ, encontrado em aparelhos daSony-Ericsson e da Motorola; oWindows Mobile, que é encontradoem muitos smartphones e o PalmOS. Em seguida temos o Windows

Mobile que é o preferido por muitosdevido à certa similaridade com as

Entendendo o Google Android Carlos E. Morimoto

Figura

3Figura

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versões do Windows para desktops edevido à integração com o Outlook eoutros aplicativos da Microsoft. Ele émais pesado e por isso restrito aosaparelhos com mais poder deprocessamento, mas mesmo assim é

usado em um númerosurpreenden-

tementegrande de

aparelhos econta com

uma boacoleção de

softwares. Ele é,por enquanto, o

único sistema mobileque já conta com uma

versão do Skype, porexemplo.

O PalmOS é o menor e maisdesatualizado dos três e tende adesaparecer com o tempo, engolidopelos concorrentes e pela própriaincapacidade da Palm em manter odesenvolvimento do sistema. Hojeem dia ele ainda é utilizável, devidoao bom volume de aplicativos paraele e novos aparelhos continuamsendo lançados, como o PalmCentro, mas o desenvolvimento denovos aplicativos está estagnado já

a vários anos e a plataforma deveser finalmente descontinuada daquia mais um ano ou dois, talvezsubstituía pelo Palm Access (osucessor, baseado em Linux), outalvez pela própriafalência daPalm. Depoisde acompanhara ascensão equeda daplataforma eextrair até aúltima gota derecursos domeu antigoTreo 650, amelhor dicaque posso darcom relaçãoao sistema é:fique longe :)Além dos três sistemas "principais",temos uma série de sistemasmenores, destinados aos aparelhoscom menos recursos. Esta grandevariedade de sistemas proprietáriose incompatíveis entre si tematrasado bastante odesenvolvimento dos smartphonesde uma forma geral, estagnandosobretudo o desenvolvimento de

aplicativos. Hoje em dia, a principalárea de desenvolvimento paradispositivos móveis são os jogos emJava, o que é triste se considerarmoso potencial dos aparelhos atuais,que combinam processadoresrápidos com conexões via EDGE ou3G à Internet.O Android é a resposta do Googlepara o problema. Ele é um sistemaoperacional open-source(http://code.google.com/android/),que pode vir a se tornar aplataforma dominante entre ossmartphones ao longo dos próximosanos.O Android tem tudo para conquistarespaço rapidamente, pois agrada a4 públicos diferentes, que possueminteresses muitas vezesantagônicos: os fabricantes decelulares, os desenvolvedores, osfabricantes de chips (incluindo aIntel) e tem tudo para agradartambém os consumidores.Agrada os fabricantes pois é umsistema open-source, bemconstruído e que poderá ser usadosem custo nos aparelhos, aocontrário de sistemas como o

Entendendo o Google AndroidCarlos E. Morimoto

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Symbian e o Windows Mobile,usados atualmente. Agrada osdesenvolvedores pois tem uma SDKaberta, que permite desenvolveraplicativos facilmente, diferente deplataformas fechadas, como oiPhone. Você mesmo pode baixar oSDK nohttp://code.google.com/android/download.html e começar a estudar osistema:

O Android agrada também aosfabricantes de chips, pois adicionanovos recursos aos celulares, o queaumentará a procura porprocessadores mais rápidos,

impulsionando o desenvolvimento ea venda de novos produtos (a Intelestá particularmente interessada nasperspectivas para o Intel Atom).Como o sistema é open-source,existe a possibilidade de portá-lopara diferentes plataformasconforme necessário, assim como nocaso do Linux, que roda tanto emmicros PC, quanto em clusters deservidores e em smartphones.

A combinação de tudoisso tem tudo para darorigem a aparelhosmelhores e possivelmentetambém mais baratos queos atuais (devido àeconomia de escala), o

que naturalmentetende a agradar a nósconsumidores.O Google teminvestido pesado nodesenvolvimento doAndroid, não apenas

montando uma boaequipe de desenvolvimento einvestindo em contatos comfabricantes e na divulgação dosistema, mas também oferecendoUS$ 10 milhões em prêmios para os

desenvolvedores que desenvolveremos aplicativos mais originais para aplataforma(http://code.google.com/android/adc.html).Você pode se perguntar o que oGoogle ganha investindo nodesenvolvimento de um sistemaoperacional open-source paracelulares apenas para distribuí-lo degraça depois. A resposta é que osaparelhos móveis são uma áreabastante estratégica para o Google,pois permitirá levar seus produtos,como o Gmail, Google Maps, GoogleDocs, sem falar na própria pesquisaaos celulares, atingindo um públicomuito maior.Talvez você ainda esteja coçando acabeça, já que todos estesaplicativos são gratuitos, de formaque o Google não receberia nadapelo uso deles nos celulares. É aíque você se engana. O mercado depublicidade na web está crescendorapidamente, superando mídiastradicionais, como a televisão,jornais e as revistas impressas e oGoogle é a maior força dentro doramo de publicidade online, devido àincrível penetração do Adsense e de

Entendendo o Google Android Carlos E. Morimoto

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outros produtos, que são a principalfonte de renda do Google.Conquistando os celulares, o Googleconquista mais um novo grandemercado para seus anúncios.É provável que a primeira geraçãode aparelhos baseados no Android(que devem chegar ao mercadoentre o final deste ano e o início doano que vem) ainda possuamarestas a aparar, ou sejamsimplesmente caros demais, devidoao fator novidade, mas com o tempoa plataforma tende a se estabelecere passar a ser usada por váriosfabricantes.O que nem todo mundo percebeu, éque muitos dos componentes chavedo Android já estão disponíveis epodem ser usados na maioria dosaparelhos atuais, hoje mesmo,incluindo o Gmail, o Google Maps,Google Docs e outros. Eles nãorodam tão bem nos aparelhos atuaisquanto rodarão em um smartphonecom conexão 3G, que rode o Androidnativamente, mas já são uma boaamostra do que está por vir.A idéia central é que os celularesatuais possuem conexões contínuas

com a web, via GPRS, EDGE oumesmo conexões 3G. Hoje em dia,estas conexões são usadas apenaspara tarefas simples, comonavegação básica e envio demensagens curtas, mas osaplicativos do Google permitemestender isso.Vamos a um pequeno teste usandoum Nokia E62 (Figura 7). Ele é ummodelo já relativamente antigo, queembora conte com um bom conjuntode recursos e um teclado QWERTcompleto, possui um processador TIOMAP de 235 MHz, lento para ospadrões atuais. Ele é baseado naplataforma S60, a mesma usada emoutros celulares da Nokia.O killerapp é o Gmail Mobile, umaplicativo em Java, que você podeinstalar acessando ohttp://www.gmail.com/app atravésdo próprio telefone. Ele utiliza umconjunto de técnicas de cache eprefetch para baixar os dados em"blocos", sem depender da conexãopara cada operação. Isso faz comque o aplicativo sejasurpreendentemente responsívelmesmo em uma conexão via GPRS,confira na Figura 8.

A grande vantagem do Gmail Mobileé a integração. Em vez de precisarbaixar os e-mails via pop, ou deprecisar sincronizá-los com os e-

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Figura

8Figura

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mails do desktop, você acessa suacaixa de e-mails em tempo real etodas as operações sãoautomaticamente sincronizadas como Gmail que você acessa vianavegador no desktop. Você podefazer um teste acessando a mesmaconta simultaneamente no desktop eno celular. Você vai ver que asoperações feitas em um aparecemtambém no outro conforme você dárefresh no navegador.Você pode configurar o Gmail parabaixar os e-mails das suas outrascontas de e-mail (a opção estáescondida nas configurações), o quepermite que você concentre todos ose-mails em uma única caixa postal etenha acesso completo a eles deonde estiver.Temos em seguida o Google Maps,outro aplicativo de destaque. Eletambém pode ser instaladodiretamente no aparelho, através dohttp://www.google.com/gmmO Google Maps possui duas versões.A primeira é a versão genérica, emJava, que roda em qualquer aparelhocom suporte à linguagem. Elapermite que você tenha acesso

básico ao serviço, mas é maislimitada e mais lenta. Se você usaum aparelho com o Symbian ou oWindows Mobile, tem acesso a umaversão nativa (ao acessar ohttp://www.google.com/gmm, oscript da página automaticamenteredireciona para o download daversão correta) com mais recursos eque roda com um desempenhomuito melhor. Esta versão é muitosimilar à que está disponível noiPhone (Figura 9).Temos também o portal genérico doGoogle Apps, disponível através dohttp://www.google.com/mobile/, ele ébasicamente uma lista de links paraos serviços disponíveis (Figura 10).Um recurso interessante é a barra depesquisa, que está disponível comoum aplicativo nativo (Figura 11)para os telefones baseados no S60(como o E62) e no Windows Mobile.Ao instalar a barra, tenho acesso aum pop-up com a busca do Googlepressionando a tecla Ctrl na telainicial do sistema, sem precisarprimeiro abrir o navegador. É umamelhoria simples, mas que acabouse revelando incrivelmente útil nomeu caso, por facilitar o uso de

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Entendendo o Google Android Carlos E. Morimoto

Figura

9Figura

10Figura

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pesquisas rápidas.Você deve ter notado a presença delinks para o Google Docs e para oYouTube nohttp://www.google.com/mobile/.O Google Docs talvez seja o próximona lista de aplicativos nativos, maspor enquanto ele ainda estáincipiente, permitindo apenas exibiros documentos em html de formalimitada, através do próprionavegador. O YouTube entretanto jáfunciona perfeitamente em diversosmodelos de aparelhos que contamcom players de mídia nativos(incluindo o E62 do teste).Acessando via EDGE ou 3G, osvídeos funcionamsurpreendentemente bem.Como você pode ver, estesaplicativos tem um bom potencial,mesmo em um aparelhorelativamente limitado, como o E62.Não é difícil imaginar as mudançasque versões atualizadas destesaplicativos, combinadas com outrosrecursos oferecidos pelo Android,rodando sobre aparelhos atualizadose com conexões 3G podem trazer.Um dos principais problemas em

utilizar estes recursos hoje é aquestão do uso de banda, já que amaioria dos planos ainda sãobaseadas na ultrapassada idéia decobrança por MB transferido. Mesmonos planos de 200 ou 500 minutos,normalmente não são incluídos maisdo que 50 ou 100 MB de tráfego dedados.Uma dica é que você pode assinarum dos planos de acesso web,usando o smartphone apenas paradados e comprando um segundocelular, mais simples e barato "sópra falar". Na Claro você podeassinar o Claro 3G de 256 kbits, quecusta apenas R$ 49 por mês, comtráfego ilimitado e na TIM existem osdiversos planos do Tim Web, por deR$ 29 (plano de 250 MB) a R$ 99(ilimitado).A maioria dos smartphones atuaissuportam apenas acesso via GPRSe/ou EDGE, de forma que, enquantovocê não comprar um aparelho comsuporte a 3G, não faz sentido pagarmais para ter mais velocidade, jáque de qualquer forma você vai ficarlimitado aos pouco mais de 200kbits oferecidos pelo EDGE.O uso do plano de dados no

smartphone é especialmenteinteressante se você já tem um mini-modem e um chip de dados paraacessar quando está em transito,pois você pode simplesmente deixaro chip de dados instalado no celular,para uso no dia-a-dia e colocá-lo nomini-modem apenas quando foracessar a web usando o notebook.Embora carregar três aparelhosseparados (o smartphone, o celular"só pra falar" e o mini-modem)esteja longe do ideal em termos demobilidade, esta acaba sendo amelhor solução em termos de custo-benefício dentro dos planos atuais.Fora os aparelhos, o custo mensalacaba sendo baixo, já que vocêpagaria apenas os R$ 49 ou R$ 29do plano de dados e mais osminutos falados no telefone.Daqui a mais um ano,provavelmente poderemos substituirtoda essa parafernália por um únicoaparelho baseado no Android queexecute bem as três funções. Até látambém teremos planos maisflexíveis, que combinem tráfego dedados ilimitado (ou pelo menos comquotas mais generosas) e voz apreços acessíveis.

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Entendendo o Google AndroidCarlos E. Morimoto

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Intel Atom

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Embora nem sempre sejam asmelhores opções em termos decusto-benefício, os notebooks IntelCentrino desfrutam de uma boafama no mercado, já que oferecemquase sempre uma boa estabilidadee uma boa autonomia de baterias.Eles podem ser mais caros, mas pelomenos você sabe que estácomprando um produto equilibrado.A idéia por trás da marca Centrino éjustamente convencer oscompradores de que os notebookscom o selo são uma escolha segura.A partir do momento em que oscompradores passam a preferirnotebooks baseados na plataforma,

Carlos E. Morimoto

a Intel pode trabalhar com margensde lucro maiores e assim maximizaros lucros, ao mesmo tempo em quemantém o controle sobre toda aplataforma. Ao comprar umnotebook com o selo, você estálevando pra casa não apenas umprocessador, mas também umchipset e uma placa wireless da Intel.

Figura

3A primeira encarnação daplataforma Centrino foi lançada em2003 e responde pelo codenomeCarmel. Ela consiste na combinaçãode um Pentium M com core Baniasou Dothan, um chipset i855 e umaplaca wireless Intel 2100 ou 2200.Em 2005 foi lançada a segunda

geração, sob ocodenome Sonoma.Nessa época, oBanias já havia sidodescontinuado, deforma que passou aser usadoexclusivamente oPentium M com core

Figura

1

Depois da plataforma Centrino, temos agora um novo selo, o Intel Atom, uma plataforma destinada a serusada em MIDs, tablets e em equipamentos ultra-portáteis em geral. O principal componente da plataformaAtom é o Silverthorne, um processador x86 de ultra-baixo consumo, que nas versões mais lentas ofereceum consumo abaixo da marca de 1 watt. Ele pode causar uma pequena revolução dentro do mercado decomunicadores e smartphones, além de viabilizar uma nova safra de mini-notebooks e MIDs.

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Intel Atom

não são capazes de se beneficiar deum processador dual-core.Depois da plataforma Centrino,temos agora um novo selo, o IntelAtom, uma plataforma destinada aser usada em MIDs, tablets e emequipamentos ultra-portáteis emgeral.O principal componente daplataforma Atom é o Silverthorne,um processador x86 de ultra-baixoconsumo, que nas versões maislentas oferece um consumo abaixoda marca de 1 watt. Para efeito decomparação, o Celeron ULV usado noAsus Eee tem um TDP de 5.5 watts,quase 10 vezes mais do que aversão mais econômica doSilverthorne, que oferece um TDP deapenas 0.6 watts.Como em outros lançamentos daIntel, temos uma mistura de nomes-código e de nomes comerciais.Vamos começar dando nomes aosbois:

Carlos E. MorimotoDothan. O limitado 855 foisubstituído pelo Intel 915, quetrouxe o suporte a memórias DDR2,SATA, slots Express Card, áudio HDAe bus de 533 MHz.A terceira geração é a plataformaNapa, lançada em 2006. Ela consisteno uso de um processador Core Solo,Core Duo ou Core 2 Duo em versãosoquete M, combinado com o chipsetIntel 945 (que inclui suporte a bus de667 MHz) e uma placa wireless Intel3945ABG ou 4965AGN.Em 2007 foi lançada a plataformaSanta Rosa. Ela prevê o uso de umprocessador Core 2 Duo soquete P(bus de 800 MHz), combinado comum chipset Intel 965 e uma placawireless Intel 4965AGN. Para 2008 éesperada uma atualização daplataforma Santa Rosa, com ainclusão de processadores baseadosno Penryn. Eles incluirão suporte aoEDAT (Enhanced DynamicAcceleration Technology), onde oprocessador pode desativar osegundo núcleo e usar a redução noconsumo para fazer um overclocktemporário do núcleo ativo,melhorando assim o desempenhoem aplicativos single threaded, que

Uma diferença com relação àplataforma Centrino é na que naplataforma Atom os fabricantespodem escolher entre usar umaplaca wireless da Intel, ou usarsoluções de outros fabricantes. Comisso, fabricantes como a Sony ou aToshiba podem produzir MIDs eoutros tipos de aparelhos,combinando a duplaSilverthorne/Poulsbo com chipsetswireless 802.11n, transmissores decelular, transmissores WiMAX ouqualquer outra tecnologia queestiver disponível, sem se limitaremàs soluções oferecidas pela Intel, eainda assim utilizarem o selo Atom.Ao contrário de processadores debaixo consumo anteriores (como oCeleron ULV usado no Asus Eee), oSilverthorne não é uma versãoreduzida do Pentium-M ou do CoreDuo, mas sim um novo projeto,desenvolvido a partir do zero, com opropósito de ser um processador debaixo consumo.

Silverthorne: O processador.Poulsbo: O chipset.Menlow: O nome código da plataforma (combinação de ambos).Intel Atom: O nome comercial da plataforma.

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Intel Atom

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Nesse slide da Intel (Figura 2),temos uma comparação entre otamanho físico do Silverthorne e doPenryn.O Silverthorne possui apenas 47milhões de transístores, que ocupamuma área de apenas 25 milímetrosquadrados. Para ter uma idéia, oPentium-M e o Celeron-M (baseadosno core Dothan) ocupam uma áreade 84 milímetros quadrados,enquanto o Core 2 Duo com corePenryn (também fabricado usando atécnica de 0.045 micron) ocupa umaárea de 107 mm².Como chip é muito pequeno (Figura3), a Intel optou por utilizar umformato retangular (em vez dequadrado) para facilitar oencapsulamento.Quase todos os processadoresatuais, tanto Intel quanto AMD sãocapazes de processar instruções forade ordem (out-of-order), de forma aprocessar mais instruções por ciclode clock. Isso é feito por doiscircuitos adicionais.O principal é o circuito de branchprediction, responsável por organizar

Carlos E. Morimotoas instruções de forma a manter asunidades de execução doprocessador ocupadas. Além deprocurar adiante no código porinstruções que podem ser"adiantadas", ele "adivinha" oresultado de operações de tomadade decisão (levando em contafatores como o resultado deoperações similares executadasanteriormente), permitindo que oprocessador vá "adiantando oserviço" enquanto o resultado daprimeira operação ainda não éconhecido. Como todo bom adivinho,ele às vezes erra, fazendo com queo processador tenha que descartartodo o trabalho feito. Apesar disso, oganho é muito grande, pois nosprocessadores atuais o circuito debranch prediction acerta em mais de90% dos casos.O segundo componente é oscheduler (agendador), quearmazena as instruções a seremprocessadas nos ciclos seguintes, deacordo com o determinado pelocircuito de branch prediction.Este trabalho é necessário, poisapesar de todos os avanços naarquitetura dos processadores, a

maior parte dos softwares queutilizamos continuam sendootimizados para processadores i386,que processavam uma instrução decada vez. O circuito de branchprediction permite (até certo ponto)quebrar esta limitação, permitindoque o processador processe 3 oumais instruções por ciclo, mas emtroca aumenta bastante acomplexidade e o consumo elétrico

Figura

3Figura

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Intel Atom Carlos E. Morimotodo processador, já que, além deprocessar as instruções, ele passa ater o trabalho de ordená-las.Uma das diferenças fundamentais doSilverthorne é que ele processainstruções em order (in-order), deforma muito similar ao que faziam osprocessadores Pentium 1. Com isso,os circuitos adicionais deixam de sernecessários e o processador deixade desperdiçar energia pré-processando e ordenando asinstruções e pode se concentrar notrabalho principal.Naturalmente, essa arquiteturasimples resulta em um desempenhopor ciclo de clock inferior ao deoutros processadores atuais. Parareduzir a perda a Intel ressuscitououtra tecnologia já quase esquecida:o hyper threading.Apesar de não ser um processadordual-core, o Silverthorne possui duasunidades de execução, quepermitem a ele processar duasinstruções por ciclo de clock. Ohyper threading permite que as duasunidades sejam usadas paraprocessar dois threads diferentes,que podem ser dois programas

rodando simultaneamente, ou duasinstâncias do mesmo programa. Issopermite melhor aproveitar osrecursos do processador, sem comisso aumentar muito seu consumoelétrico.A remoção dos circuitos de branchprediction permitiu também que aIntel aumentasse o número deestágios de pipeline, para 16 (o Core2 Duo possui 14 estágios e o antigoPentium M com Core Dothan possui12). Normalmente, aumentar onúmero de estágios de pipelinereduz consideravelmente odesempenho do processador, já quefaz ele perder mais tempo emoperações de tomada de decisão (oexemplo mais extremo é o PentiumD, que precisa operar a umafreqüência pelo menos duas vezesmais alta para competir com umCore 2 Duo atual).Entretanto, o fato do Silverthorneprocessar as instruções em ordemreduz bastante a perda, permitindoque o processador possua maisestágios de pipeline (que permitemque ele opere a freqüências maisaltas), sem com isso comprometerde forma considerável a eficiência.

Completando o conjunto, temos osuporte a instruções SSE 3 (assimcomo o Pentium-M, o Silverthorneconta com uma única unidade SSE),56KB de cache L1 (32KB parainstruções e 24KB para dados) e 512KB de cache L2. Ao contrário do quese especulava nos meses anteriores,está disponível também o suporte ainstruções de 64 bits.O Silverthorne utiliza o mesmobarramento com 4 transferências porclock utilizado nos processadoresCore 2 Duo, mas a freqüência deoperação é mais baixa (paraeconomizar energia) e é chaveadade forma dinâmica entre 533 e 400MHz, de forma a economizar energianos momentos de baixa atividade.Este recurso é muito similar ao"Dynamic Front Side Bus Switching"usado na plataforma Santa Rosa(onde o FSB oscila entre 800 e 400MHz).A versão mais econômica doSilverthorne operará a apenas 500MHz, mas oferecerá um TDP(consumo típico) de apenas 0.6watts, o que é menos até mesmoque chips ARM similares, usados em

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Intel Atom

celulares e palmtops. Existirãotambém versões mais rápidas,operando a até 1.8 GHz, com TDP de2.5 watts. Futuramente, podem vir aser lançadas novas revisões doprocessador,operando afreqüênciasmais elevadas,ou oferecendoum consumoelétricoligeiramentemais baixo.Mesmo comtodas asmelhorias, oSilverthorneoferecerá umdesempenhomuito inferiorao dosprocessadoresCore 2 Duobaseados nocore Penryn, o que é natural,considerando a simplicidade do chip.O objetivo da Intel é simplesmenteoferecer um processador capaz deoperar dentro da faixa de 1 a 2 GHz,que ofereça um desempenho porciclo de clock similar ao de um

por Carlos E. MorimotoPentium-M, o que é bastanteinteressante considerando a classede dispositivos a que o Silverthorneé destinado:O Silverthorne estará disponível em

quantidade para os fabricantesainda na primeira metade de 2008(provavelmente ainda em junho).Tudo indica que ele será usado noEee 901 (sucessor do Eee 900), queserá anunciado pela Asus em breve.

A Intel pretende lançar uma versãoaperfeiçoada da plataforma Menlowentre 2009 e 2010 (ainda fabricadausando a técnica de 0.045 micron),que responderá pelo nomeMoorestown.O sucessor do Silverthorne incluiráum controlador de memóriaintegrado (similar ao que temos noAthlon X2) e também um chipset devídeo integrado ao próprioprocessador. Isso permitirá reduzir alatência de acesso à memória (umfator especialmente crítico dentro daarquitetura de processamento deinstruções em ordem doSilverthorne/Moorestown) e, aomesmo tempo, reduzir o consumoelétrico global dos aparelhos, já queo chipset de vídeo integrado seráconstruído usando a mesma técnicade fabricação usada no restante doprocessador e poderá utilizar osmesmos estágios de baixo consumoque ele.Outra mudança é que o Moorestownutilizará memórias DDR3 (que até a

Leia ainda nessa edição da RevistaGdHn uma análise completa doAsus EeePC

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Intel Atom

época do lançamento já deverão tercaído de preço), enquanto oMenlow/Silverthorne utilizarámemórias DDR2.Com as melhorias, o Moorestownserá capaz de atingir mais nichosque o Silverthorne. Muitoprovavelmente, ele será usado nãoapenas em MIDs e em notebooks debaixo-consumo, mas também emPDAs e em alguns smartphones, queaté o momento são quase queexclusivamente baseados emprocessadores ARM. Uma terceirageração da plataforma, fabricada emuma técnica de 0.032 micron poderáoferecer um consumo elétrico aindamais baixo, abrindo as portas parauso da plataforma em todo tipo deaparelhos, incluindo os modelosmais compactos de smartphones.A Intel demonstrou um protótipo deum comunicador pessoal baseado noMoorestown no último IDF. Apesar deestranho, o formato alongadopermite incluir uma tela de 1024pixels de largura (com,provavelmente, 256 pixels dealtura), que permite acessar páginasweb sem redimensionamento oureformatação do conteúdo:

Atualmente, a plataforma maisusada em smartphones são osprocessadores ARM, em suasdiversas variações. Embora operema freqüências relativamente baixas,se comparados aos processadoresx86 (na maioria dos casos apenas300, 400 ou 500 MHz), os chips ARMsão baratos e possuem um baixoconsumo elétrico, por isso sãoextremamente populares emcelulares, PDAs, pontos de acesso,modems ADSL, centrais telefônicas,sistemas de automatização emgeral, videogames (como o

GameBoy Advance) eassim por diante. Ogrande problema é que,embora utilizem umconjunto de instruçõesmais eficiente, os chipsARM não sãocompatíveis com ossoftwares desenvolvidospara micros PC, o quetorna necessáriodesenvolver novossoftwares, ou arcar comos custos de modificaros softwares existentespara rodarem na novaplataforma.

Por serem processadores x86completos, o Silverthorne e oMoorestown terão uma grandevantagem competitiva, já quepermitirão rodar o Firefox e outrossoftwares completos semnecessidade de modificações nosbinários.Outra vantagem a favor doSilverthorne e do Moorestown é atécnica de fabricação usada. Amaioria dos chips ARM usadosatualmente são ainda fabricadosusando a técnica de 0.09 micron ou

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mesmo a obsoleta técnica de 0.13micron, o que resulta em umconsumo elétrico por transístormuito mais elevado, tirando parte dacompetitividade dos chips.Atualmente, apenas a Intel possuifábricas de 0.045 micron, o quegarantirá que o Menlow/Moorestownmantenha a vantagem competitivadurante algum tempo.Naturalmente, não é de se esperarque a nova plataforma seja adotadaem massa da noite para o dia, mas aIntel tem uma boa chance deconseguir conquistar uma boa fatiado mercado de dispositivosintegrados ao longo dos próximosanos. Isso tratá um cenário bastanteinteressante, já que com um uso deprocessadores x86, celulares, HDTVse outros dispositivos poderão rodarprogramas originalmente escritospara micros PC.Se você está pensando em comprarum notebook ultra-compacto, ou umsmartphone nos próximos anos, émelhor adiar a compra o máximopossível: muita coisa vai acontecer.

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25Acesse e confira : http://www.gdhpress.com.br/promocao

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Ele nos foi cedido para review pelaHardstore Informáticawww.hardstore.com.br, que jáforneceu notebooks para outrosreviews.A tela de 7" usada no Eee temapenas 1/4 do tamanho de um LCDde 15" regular. Embora no Eee a telafique no centro dos dois speakers,cobrindo apenas a parte central daparte preta do bezel, essa proporçãode 1/4 em relação a uma monitor de15" permite que você tenha umaidéia das dimensões.Temos na Figura 1 uma comparação detamanho entre ele e um Acer 5050.Embora o 5050 já seja um modelocompacto, com tela de 14" e 2.8 kg, oEee tem um pouco menos da metade dotamanho e 1/3 do peso.

Carlos E. Morimoto

O Eee inclui apenas os componentesessenciais, sem muitos acessórios,já que a idéia central do projeto eraoferecer um aparelho de baixocusto.Como podemos ver, na Figura 2, dolado esquerdo temos o conectorRJ45 da placa de rede, uma dasportas USB e o conector de áudio.Em versões de desenvolvimento,existia um bug no BIOS que fazia asportas USB operarem em modo USB1.1, a 12 megabits. Felizmente, oproblema foi solucionado e naversão final as portas USB operamem modo USB 2.0, a 480 megabits,como de praxe.Embora exista um conector para omodem, ele vem bloqueado, já que

O Asus Eee fica no limite entre um notebook ultraportátil e um UMPC ou um MID. Ele pesaapenas 920 gramas e utiliza uma tela de apenas 7", com um teclado de dimensões reduzidas eum HD de estado sólido, com apenas 4 GB. Na edição 09 da revista falei um pouco sobre o IntelClassmate e sobre a arquitetura de baixo custo que é compartilhada entre ele e o Eee. Comoprometido, temos agora uma análise mais completa, com ele em mãos.

Figura

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Asus Eee

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Asus Eee

o modem foi removido do projetopara cortar custos. Apesar disso, aplaca-mãe possui o conector para aplaca MDC do modem, o que deixaas portas abertas para futurasversões com modem analógico.Do lado direito, como mostra aFigura 3, temos mais duas portasUSB, o conector VGA para monitorexterno e o leitor de cartões SD.Como em outros notebooks, asantenas da placa wireless sãoinstaladas (internamente) no topo datela, de forma a melhorar a recepçãodo sinal.Temos, na Figura 4, mais umcomparativo de tamanho, dessa vezcom o livro de Hardware.Devido ao baixo consumo elétrico, afonte fornece apenas 2.315A a 9.5V(22 watts), o que permite que elaseja menor que as fontes usadas emoutros notebooks (embora não tantoquanto possa parecer à primeiravista, como você pode ver naFigura 5), ajudando no fatorportabilidade.O modelo disponível no Brasil é oEee 4G (701), que possui 512 MB de

memória, 4 GB de armazenamento ewebcam. Lá fora ele custa US$ 399,enquanto aqui no Brasil os preçosvariam entre R$ 950 e R$ 1199.As especificações são as seguintes:

Existem também os modelos 2G Surfe 4G Surf, que são um pouco maisbaratos, custando, respectivamente,US$ 299 e US$ 349 no exterior. Selançado aqui no Brasil, o 2G Surfdeve ser vendido na faixa dos 800 a900 reais.O 2G Surf vem com apenas 256 MB

Carlos E. Morimoto

» CPU: Celeron M 900 MHz, L2 cache 512 MB (emunderclock para 630 MHz)» RAM: 512 MB DDR2, 400 MHz» Armazenamento: SSD de 4 GB» Vídeo: Intel 910GML, integrado ao chipset» Tela: 7", com resolução de 800 x 480. Backlightcom LEDs» Conector VGA para monitor externo» Audio: Intel 82801FB HDA (integrado aochipset), com codec Realtek ALC662» Wireless: Placa Express Mini com chipsetAtheros 5007EG B/G» Rede: 10/100 com chipset Atheros L2» 3 portas USB» Leitor de cartões SD» Webcam de 0.3 mp (CCD de 640x480)» Peso: 920 gramas

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de RAM e 2 GB de memória Flash,sem webcam e com a bateria de4400 mAh. Ele é uma opção poucorecomendável, já que custa apenasUS$ 50 a menos que o modeloseguinte.O 4G Surf é uma versão de baixocusto do 4G, que mantém os 512 MBde RAM e os 4 GB de memória Flash,mas vem sem webcam e com umabateria de 4400 mAh. Se você nãopretende usar a webcam, ele seria omodelo mais interessante:

Asus EeeCarlos E. MorimotoO Eee 8G, que teria 1 GB dememória RAM e 8 GB dearmazenamento foi cancelado emfavor do Eee 900, que utiliza umatela de 8.9", com resolução de1024x600. Como a resolução da telaaumentou mais ou menos na mesmaproporção que o tamanho físico,você tem realmente a impressão deuma tela maior e não apenas demais pixels expremidos no mesmoespaço. O Eee 900 foi oficialmentelançado em abril, com 1 GB dememória RAM e em versões com 8 e

12 GB de memória Flash. A telamaior é bem-vinda, mas o upgradefará com que ele custe mais caroque os modelos atuais, de US$ 499 aUS$ 599, de acordo com a versão.Esta foto do Engadget, Figura 6(próxima página) mostra asdiferenças entre os dois modelos.Veja que além das mudanças naconfiguração, o Eee 900 é um poucomaior e usa um touchpad detamanho regular, maior que o doEee original.Por 1199 reais, o Eee não é muitomais barato do que um notebook debaixo custo tradicional. Por 200 reaisa mais, você poderia comprar umnotebook com um processador maisrápido, tela de 15" e HD de 40 ou 60GB. Olhando apenas pelasespecificações, o notebook seriaclaramente melhor, já que aconfiguração é muito superior, mas,em compensação, um notebook comtela de 15" seria pelo menos 3 vezesmaior e mais pesado que o Eee.Se compararmos com outrosnotebooks ultracompactos, acomparação não é tão desvantajosaassim, já que um Asus F9S (tela de

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Asus Eee

12") custa R$ 3400 e o Sony VaioVGN-TXN15B/P (tela de 11.1") custaR$ 7.000.O Eee tem feito sucesso justamentepor que é uma opção de notebookultracompacto de baixo custo. Elenão é uma boa opção como primeiroPC, já que é muito limitado, masatende bem a quem já tem um PC ouum notebook e quer um segundomicro para navegar e executartarefas leves. Ele é também uma boaalternativa para quem quer um mini-notebook para carregar de uma ladopara o outro, já que por ser discreto

e relativamente barato, o risco defurto é menor.

O Eee utiliza um SSD de 4 GB,conectado ao barramento PCIExpress. Dos 4 GB, nada menos doque 2.6 GB são consumidos pelapartição do sistema, deixandoapenas 1.4 GB disponíveis paraarmazenar dados e instalarprogramas adicionais.A partição do sistema é montada em

modo somente-leitura, com apartição de dados sendo montadasobre ela com a ajuda do UnionFS.Isso faz com que não apenas novosprogramas instalados, mas mesmoas atualizações do sistema ocupemespaço de armazenamento, fazendocom que o espaço efetivamentedisponível seja realmente muitopequeno. Se você pretendearmazenar qualquer volumesignificativo de dados no Eee, vaiprecisar de um cartão SD ou de umpendrive. Apesar de não parecer à primeiravista, o Eee utiliza um coolerminúsculo, cuja saída de ar fica àesquerda, bem ao lado da porta USB.Ao contrário do Classmate, queparece um mini-aspirador de pó, ocooler do Eee é bastante silencioso.

Diferente do Classmate, que utilizaum Celeron 900 com o cacheinteiramente desativado, o Eeeutiliza um Celeron ULV "normal",com 512 KB de cache L2. Ele é ainda

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O hardware

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com 512 KB de cache L2. Ele é aindabaseado no core Dothan, produzidousando aantiga técnicade 0.09micron, duasgeraçõesatrasada emrelação aorecém lançadoCore 2 Duocom núcleo Penryn e ao Silverthorne:Um porém é que o Celeron usado noEee opera a apenas 630 MHz, devidoa um underclock da freqüência doFSB de 100 para 70 MHz. No Eee 2GSurf, que utiliza um Celeron ULV de800 MHz, o underclock faz com queo processador opere a apenas 560MHz.O principal motivo do underclock éfazer com que o Eee atendesse àsmetas no consumo de energia eautonomia de bateria que foramdefinidas antes do lançamento. Épossível restaurar a freqüênciaoriginal do processador através domódulo disponível no:http://code.google.com/p/eeepc-linux/Caso você opte por instalar o

Asus EeeCarlos E. MorimotoWindows, você pode fazer o mesmoutilizando o SetFSB, usando as dicasdisponíveis no:http://forum.eeeuser.com/viewtopic.php?id=2540O problema em restaurar afreqüência original do processador éque a autonomia das baterias éreduzida em cerca de 20%. O Eeepassa também a trabalhar bem maisquente que o normal, o que podelevar a travamentos durante os diasmais quentes. Se você ficouincomodado com esta questão doprocessador, o melhor é esperar olançamento de uma versãoatualizada. Para a segunda metadedo ano, é esperada uma versãobaseada no Diamondville (produzidousando a técnica de 0.045 micron),que oferecerá um consumoconsideravelmente mais baixo queos Celerons atuais.Ao contrário de alguns protótiposmostrados durante a fase dedesenvolvimento, onde os chips dememória eram soldados à placa-mãe, o a versão final do Eee utilizaum módulo de memória atualizável,acessível através da tampa inferior,como pode ser visto na Figura 7.

Isso permite substituir o módulo dememória de 512 MB que acompanhao aparelho por um módulo DDR2 de1 GB (o máximo suportado pelochipset). O slot Express Mini,disponível ao lado do módulo dememória pode ser usado parainstalar um SSD de maiorcapacidade, substituindo a unidadede 4 GB interna. Entretanto, oupgrade dificilmente seriajustificável, já que SSDs de grandecapacidade são muito caros. Se vocêprecisa de mais espaço dearmazenamento, a melhor soluçãoseria comprar um cartão SD, ou umagaveta de HD.O Eee 4G utiliza uma bateria de 4células, com 5200 mAh e 7.4V (dois

Figu

ra7

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Asus Eee

pares de células de 3.7V ligadas emsérie), diferente da maioria dosnotebooks, que utilizam baterias de6 células e 11.1V.A bateria dura cerca de 2:45 com otransmissor wireless ligado e cercade 3:15 ao usá-lo para tarefas leves,com o transmissor wireless desligadoe o brilho da tela reduzido. A Asuspromete 3:30 horas de autonomia,mas para atingir essa marca vocêprecisaria manter a placa wirelessdesligada e/ou reduzir o brilho datela.O 4G Surf e o 2G Surf utilizambaterias de 4400 mAh, que oferecemuma autonomia um pouco menor,suficiente para pouco mais de duashoras de uso contínuo.Com o Eee desligado, a bateriacarrega completamente em menosde 3 horas, mas com ele ligado ocarregamento é bem mais lento,com pouco mais de 10% de carga acada hora. Como qualquer notebookatual, ele utiliza uma bateria li-ion,de forma que cargas parciais nãosão um problema. Você podesimplesmente carregar a bateriadentro dos seus ciclos normais de uso.

Uma das maiores limitações do Eeeé a resolução da tela, apenas800x480, que torna desconfortável anavegação web e o uso de muitosaplicativos. Navegar no Eee é semdúvidas muito mais confortável noque navegar em um smartphone,mas ao mesmo tempo menosconfortável do que navegar em umnotebook tradicional.Além da tela, outra pesada limitaçãorelacionada com o tamanho reduzidoé o teclado. Como pode serobservado na Figura 8, além deutilizar teclas muito pequenas, eleutiliza um layout pouco conveniente,onde o a tecla ~' está ao lado da F1e a tecla | \ está entre o Enter e oBackspace.

A combinação dos dois fatores fazcom que você dificilmente consigadigitar mais do que 100 ou 120caracteres por minuto, com erros dedigitação frequentes. Se vocêprecisa digitar grandes volumes detexto, é importante fazer umtestdrive antes de considerar acompra.O touchpad também é bem menorque o padrão, já que no tamanhoatual, simplesmente não sobraespaço para um touchpad detamanho regular no Eee. Fazendoum comparativo entre o touchpad doEee e o do Acer 5050, ele tem cercade 50% do tamanho do touchpad do5050.

Carlos E. Morimoto

Figura

3Figura

8

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Além do tamanho, o touchpad temmais dois problemas: os botões sãoduros e ficam bem na borda doaparelho, o que torna o usodesconfortável. Na configuraçãodefault, o touchpad tem dificuldadeem notar os taps (os toques rápidosque equivalem a cliques), mas épossível solucionar isso ajustando asensibilidade.

O Eee utiliza uma versãopersonalizada do Xandros, que incluiuma interface personalizada (EasyMode), onde os aplicativos sãoorganizados em tabs, com íconesgrandes. Isso torna a interface maissimples de usar, facilitando as coisaspara quem quer apenas navegar erodar o OpenOffice, sem entrar emdetalhes sobre a configuração dosistema. Naturalmente, é possíveldesativar a interface simplificada eter acesso à interface completa doKDE (Advanced Mode), comoveremos em detalhes a seguir.Para começar, dois screenshots dainterface padrão:

Asus EeeCarlos E. MorimotoA suíte de escritóriopadrão é o OpenOffice,que apesar de demorar 7segundos para carregar,roda bem no Eee, apesardo pouco poder deprocessamento.

Entretanto, comoo Eee temapenas 512 MBde RAM e nãousa memóriaswap, o sistemafica rapidamentesem memória aotentar editardocumentos muito grandes e com muitas imagens, o que faz o OpenOffice ficarmuito lento, ou até travar. Entretanto, se você pretende apenas editardocumentos leves, a configuração é suficiente.Apesar da interface lembrar um pouco uma instalação do Gnome, pelapresença das barra superior, ela é inteiramente baseada no KDE.O player de vídeo padrão é o SMPlayer, baseado no Mplayer, que possui umconjunto irritante de bugs. Você pode substituí-lo pelo VLC, ou mesmo peloKaffeine adicionando os repositórios do Xandros, como veremos a seguir. Oplayer de áudio padrão é o Amarok.

Interface

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Asus Eee

O ícone "Desktop Mode" permite ajustar a resolução detela. Apesar do Eee utilizar uma tela de 800x480, vocêpode usar até 1280x1024 ao usar um monitor externo.

Navegar usando o Firefox a 800x480 não é muitoconfortável, pois você precisa usar bastante scrollhorizontal. Você pode minimizar o problema escondendoa barra de status e pressionando F11 para colocá-lo emmodo de tecla cheia.

O OpenOffice é configurado para usar fontes de telaconsideravelmente menores que o padrão. Isso melhorao aproveitamento do espaço:

Carlos E. Morimoto

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No primeiro boot você tem a chance de escolher o layoutdo teclado, mas na versão em inglês não existe a opçãode usar o layout "US International with deadkeys" queseria o layout correto para conseguir suporte aacentuação em um teclado padrão americano. Em vezdisso, é preciso se conformar com o"English/Internacional" e corrigir a acentuaçãomanualmente mais tarde.Para isso, depois de concluído o wizard, clique com obotão direito sobre o botão "Input Method" (ao lado doícone do auto falante na barra de tarefas) e acesse aopção "SCSIM Setup:

Dentro do menu, acesse a opção "FrontEnd » GlobalSetup", escolha a opção "Portuguese (Brazil US accents)"na opção "Keyboard Layout" e marque a opção "Sharethe same input method among all applications":

Asus EeeCarlos E. Morimoto

Clique em seguida no botão "..." ao lado do campo"Trigger" e, na janela seguinte, clique na opção "Delete"para remover o atalho mapeado à sequênciaCtrl+Espaço. De volta à tela principal, clique no "Apply"e "Ok" para sair.

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comandos de modo texto e aosarquivos de configuração, como emqualquer outra distribuição Linuxatravés do terminal. Você nãoencontrará um atalho para ele emnenhum ponto da interface.Para

35

Asus Eee

Para que as alterações sejam aplicadas a todos os aplicativos, é necessárioreiniciar o ambiente gráfico, pressionando Ctrl+Alt+Backspace.Se você chegou a configurar a conexão wireless antes de reiniciar o modográfico, vai perceber que ela deixará de funcionar depois dele. Para que aconfiguração passe a ser persistente, clique com o botão direito sobre o íconeda conexão wireless na barra de tarefas e, nas propriedades da conexãowireless, configure a opção "Start mode" como "On Boot":

Apesar da interface mascarar acomplexidade do sistema,oferecendo um ambiente amigável,você pode ter acesso ao apt-get, aos

Carlos E. Morimotoacessá-lo, use o atalho CTRL+ALT+T.Para se logar como root, use ocomando:$ sudo su

Em seguida, abra o arquivo"/etc/apt/sources.list" usando o nano(o único editor de textos que veminstalado por padrão):# nano /etc/apt/sources.list

Adicione as 4 linhas abaixo no iníciodo arquivo para adicionar osrepositórios do Xandros 4,combinados com os repositórios quecontém pacotes específicos para oEee:debhttp://xnv4.xandros.com/xs2.0/upkg-srv2 etch main contrib non-freedeb

http://dccamirror.xandros.com/dccri/ dccri-3.0 maindeb

http://www.geekconnection.org/xandros4 maindeb

http://download.tuxfamily.org/eeepcrepos/ p701 main etch

Instalando Programas

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A dica é que você pode colar o textoselecionando-o usando o mouse ecolar dentro da janela do terminalpressionando simultaneamente osdois botões do mouse.Para salvar, pressione "Ctrl + O"

(seguido de um Enter paraconfirmar) e para sair, pressione"Ctrl + X".A partir daí, você pode rodar o "apt-get update" para atualizar a lista dospacotes e passar a instalar osprogramas desejados usando o apt-get, como em:# apt-get update# apt-get install ssh

(Figura 9)Se preferir, você pode fazer aconfiguração dos repositórios e ainstalação dos pacotes através doSynaptic que, embora não apareçaentre os atalhos na interface, veminstalado por padrão. Basta chamá-lo através do terminal:$ sudo synaptic

Depois de adicionar os repositórios o

Asus EeeCarlos E. Morimotosistema de comporta como outrasdistribuições derivadas do Debian,com acesso a basicamente osmesmos pacotes. Isso permite quevocê personalize o sistema de formamais extensiva, adicionando ossoftwares que está acostumado ausar, ou até mesmo substituindo oambiente gráfico do sistema. Aprincipal limitação é o espaço emdisco, já que temos disponíveisapenas 4 GB, compartilhados entre apartição do sistema, programasadicionais e arquivos salvos.Uma sugestão é que você use umcartão SD para salvar seus arquivos,deixando-o permanentementeinstalado no leitor, liberando aunidade de armazenamento internapara instalar programas adicionais.Usar um cartão tem a vantagemadicional de facilitar a troca dearquivos entre o Eee e o seu PC detrabalho, já que basta remover ocartão (Figura 10).É importante notar que apesar deser derivado do Debian, o Xandros éum fork, que utiliza repositóriosseparados, cujos pacotes não sãonecessariamente compatíveis comos pacotes originais, assim como no

Figura

3Figura

9Figura

3Figura

10

caso do Ubuntu. Com isso, emboravocê possa adicionar os repositóriosdo Debian, ou mesmo os do Ubuntu,você mais cedo ou mais tardeacabará tendo problemas dedependências e instalaçõesquebradas. Daí a recomendação deutilizar apenas os repositórios doXandros e outros repositórios compacotes específicos para o Eee.

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Asus Eee

(depois de ativar os repositórios adicionais) os pacotes ksmserver e kicker:# sudo apt-get install ksmserver kicker

Em seguida, acesse a opção "Settings » Personalization" e marque a opção "Fulldesktop mode". Reinicie o aparelho (ou pressione Ctrl+Alt+Backspace parareiniciar o modo gráfico) e o modo "Modo Avançado" passará a ser usado porpadrão:

Para que a interface do sistema fique em português, instale o pacote "kde-i18n-ptbr":$ sudo apt-get install kde-i18n-ptbr

Carlos E. Morimoto

Personalizando ainterface

Caso em algum ponto o gerenciadorde pacotes travar por causa dainstalação mal-sucedida de algumpacote, use os comandos abaixopara forçar a remoção e concluir aconfiguração de qualquer pacotecuja instalação esteja pendente:$ sudo apt-get -f install$ sudo dpkg --configure -a

Um bom link para se manterinformado sobre novos repositórios ealterações nos links que incluí apouco é ohttp://wiki.eeeuser.com/addingxandrosrepos

A interface padrão do Eee (EasyMode) tem a vantagem de serotimizada para a tela do aparelho,com abas e ícones grandes. Apesardisso, ela logo se revela um tantoquanto limitada para quem estáacostumado a utilizar umadistribuição Linux "completa". Parater acesso à interface completa,incluindo o kicker e a barra detarefas tradicional do KDE, instale

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Em seguida, edite o arquivo"/etc/default/locale":$ sudo nano /etc/default/locale

Altere o "LANG=en_US.UTF-8" para"LANG=pt_BR.UTF-8":

Como da outra vez, use "Ctrl+O"para salvar e "Ctrl+X" para sair.Reinicie o modo gráfico para que aalteração entre em vigor.A alteração da linguagem afeta amaior parte dos aplicativos do KDE,mas outros programas podemprecisar de pacotes adicionais, comono caso do Firefox, que fica emportuguês caso seja instalado opacote "firefox-locale-pr-br", doOpenOffice, que precisa do

Asus EeeCarlos E. Morimoto"openoffice.org-l10n-pt-br" e algunsaplicativos da Xandros, queprecisam do pacote "xandros-i18n-ptbr". Você pode instalar os três deuma vez usando:$ sudo apt-get install firefox-locale-pr-br openoffice.org-l10n-pt-br xandros-i18n-ptbr

A webcam vem desativada porpadrão no setup, já que, por padrão,o Eee não vem com nenhumaplicativo que a utilize pré-instalado.A situação muda se você decidirinstalar o Skype 2.0, que permiteusar a webcam.Nesse caso, você tem duas opções.A primeira é simplesmente ativar awebcam no Setup, o que faz comque ela fique permanentementeligada, reduzindo sutilmente aautonomia das baterias. A segundaé ativá-la manualmente apenasquando for usá-la, usando ocomando:$ sudo su# echo 1 » /proc/acpi/asus/camera

O player de vídeo padrão do Eee é oSMPlayer, que combina a engine do

Mplayer e uma interface baseada nabiblioteca QT. Por ser baseado noMplayer, ele suporta um bomconjunto de formatos de vídeo, masvocê pode expandir a lista deformatos suportados instalando abiblioteca "w32codecs":$ sudo apt-get install w32codecs

Instale também o VLC. Ele é outroplayer de vídeo, baseado em umaengine diferente, que pode serusado em situações onde o SMPlayernão consiga exibir o vídeocorretamente:$ sudo apt-get install vlc

A menos que você formate aunidade de armazenamento parainstalar o Windows XP, ou outradistribuição Linux, o Eee conta comuma partição de recuperação, quepode ser usada para restaurar osistema, deixando-o como veio defábrica.

Restauração einstalação de outrossistemas

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Asus Eee

Para acessar a opção, mantenhapressionada a tecla F9 durante oboot e acesse a opção "RestoreFactory Settings". Você vai perceberque o processo de restauraçãodemora apenas alguns segundos.Isso acontece por que, na verdade, osistema operacional do Eee éinstalado em uma partição montadaem modo somente-leitura, quenunca é alterada durante o usonormal do sistema.

Todas as alterações feitas no

sistema, incluindo os arquivos salvose modificações feitas nos arquivosde configuração do sistema são

salvas em uma partição separada.As duas partições são unidas usandoo UnionFS, que é o mesmo softwareusado em distribuições Linux live-CD, para permitir que você instaleprogramas e faça alterações nosistema enquanto ele está rodando apartir do CD.Em uma distribuição live-CD, asalterações são feitas na memóriaRAM e por isso são perdidas ao

reiniciar o micro, masno caso do Eee elassão preservadas,graças ao uso dasegunda partição. Aousar a opção derestauração dosistema, a partiçãocom as configurações éformatada, fazendocom que o sistema"esqueça" asalterações e volte àconfiguração inicial.Para fazer um "hard-

backup" do conteúdo da unidade dearmazenamento, para poderrestaurar o sistema original depoisde instalar outro sistemaoperacional, plugue um pendrive (de

capacidade suficiente) ou um HDUSB e use o dd para fazer uma cópiacompleta do conteúdo da unidadeinterna para ele.A imagem ficará com o mesmotamanho da memória interna do Eee(ou seja, 4 GB) e pode ser salva noespaço livre do pendrive ou do HDexterno.Para criá-la, monte de partição dedestino e use o dd, especificando odevice da unidade interna e oarquivo onde o conteúdo será salvo,como em:# dd if=/dev/sdaof=/mnt/sdb6/eee.img

É possível também salvar a imagemem um compartilhamento de rede.Nesse caso, a melhor opção é o NFS,que permite que o compartilhamentoseja acessado de forma transparentepelo sistema.Depois de ativar os serviços emontar o compartilhamento em umapasta, você usaria o mesmocomando:# dd if=/dev/sda

Carlos E. Morimoto

Normal Boot

Perform Disck Scan

Restore Factory Settings

Use the and keys to select which entry is highlighted.

Press enter to boot the selected OS, 'e' to edit the

commands befores booting, or 'c' for a command-line.

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of=/mnt/nfs/eee.img

Na hora de restaurar a imagem,você daria novamente boot pelopendrive ou HD externo, montarianovamente a partição ou ocompartilhamento de rede com aimagem e inverteria o comando,especificando agora o arquivo comodispositivo de entrada, e o device damemória interna como saída, comoem:# dd if=/mnt/sdb6/eee.imgof=/dev/sda

Estes comandos simplesmentefazem uma cópia binária dos dados,o que vai gerar um arquivo com omesmo tamanho da unidade dearmazenamento, ou seja, com 2 GB.Se isso for um problema, é possívelcomprimir o arquivo usando o gzip.Nesse caso, o comando ficaria:# dd if=/dev/sda bs=1M | gzip -9-c » eee.img.gz

Para restaurar o arquivo:# gunzip -c eee.img.gz | ddof=/dev/sda

É possível substituir o Xandros que

Asus EeeCarlos E. Morimotovem pré-instalado por outradistribuição Linux de duas formas. Aprimeira é gerar um pendrivebootável e dar boot através dele.Para instalar o Ubuntu, consulte ohttp://ubuntu-eee.tuxfamily.org/index.php5?title=Main_Page... e, para instalar o Fedora, consulteohttp://www.redhatmagazine.com/2008/02/14/fedora-eee-pc-eeedora/A segunda é dar boot usando um CD-ROM USB, o que permite dar bootdiretamente através CD deinstalação e instalar o novo sistemada forma tradicional.Existem no mercado adaptadoresbastante acessíveis, que permitemligar um drive IDE na porta USB.Além do adaptador IDE » USB, oadaptador inclui também uma fontede alimentação, que gera as tensõesde 5V e 12V usadas pelo drive(Figura 11).Com o drive plugado, configure osetup para dar boot através dele.

Veja na Figura 12, o Ubunturodando no Eee através do drive deCD USB.

O drive de USB é também a formamais simples de instalar o WindowsXP. Você precisa apenas dar bootusando um CD do XP SP2, fazendo

Figura

11Figura

12

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41

Asus Eee

uma instalação normal do sistema einstalar os drivers contidos no DVDde recuperação fornecido junto como Eee.Não faz muito sentido avaliar o Eeebaseado nas especificações ou nodesempenho, já que com um Celeronoperando a 630 MHz e apenas 4 GBde espaço de armazenamento eleperde para praticamente qualqueroutro PC ou notebook que vocêpossa encontrar no mercado. Oponto forte do Eee é o fato de serportátil e relativamente barato,oferecendo uma solução móvel paraquem precisa de mais recursos doque um smartphone ou um PDApode oferecer, mas também não temcomo pagar 3 ou 4 mil por umnotebook ultraportátil.

Tudo indica que nos próximos anos,o formato de mini-notebook-ultraportátil-de-baixo-custointroduzido pelo Eee deve sepopularizar, com o lançamento demodelos similares fabricados poroutras empresas. Um exemplo é oCloudBook da Everex, similar emtamanho e em conceito ao Asus Eee.

Ele é vendido nos EUA por US$ 399,exatamente o mesmo preço do Eee4G. Ele também tem uma tela de 7",com resolução de 800x480 usa umabateria com 4 células, mas eleganha do Eee em dois quesitos.O primeiro é o armazenamento. OEee usa um SSD de 4 GB, queapesar de oferecem bons tempos deacesso, oferece taxas de leitura eescritas muito inferiores às de umHD de 2.5", sem falar no poucoespaço de armazenamento, já que osistema operacional deixa apenas1.4 GB disponíveis para o usuário. OCloudBook, por sua vez, oferece umHD tradicional, com 30 GB deespaço, suficiente para armazenaruma quantidade maior de arquivos epermitir a instalação de mais de umsistema operacional em dual-boot. Adesvantagem de usar um HDtradicional seria o tamanho, o custoe o consumo elétrico, mas pelo vistoa Everex conseguiu compensar estasdesvantagens com ganhos emoutros componentes.O CloudBook ganha do Eee tambémno quesito processamento. O Eeeutiliza um Celeron-M underclocadopara 630 MHz, enquanto o

CloudBook usa um Via C7-M de 1.2GHz. Clock por clock, o C7 perdepara o Celeron-M, mas quandocomparamos um C7 de 1.2GHz comumCeleronoperandoa quasemetadedisso, avantagemdo C7 éóbvia.Outro concorrente é o HP 2133,também lançado em abril. Ele utilizauma tela de 8.9", com resolução1366 x 766. Assim como a Everex, aHP optou por basear o 2133 em umprocessador VIA. A versão básicacusta US$ 499 (no exterior), namesma faixa de preço do Eee 900,mas o preço pode subir para até US$699 de acordo com a unidade de

armazenamento e o volumede memóriaRAM usados.

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Carlos E. Morimoto

Os concorrentes

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Gerenciando usuários no Linux

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Carlos E. Morimoto

Aqui vai uma dica rápida sobre ogerenciamento de usuários via linha de

comando no Linux, incluindo algumas dicas e detalhesque você talvez ainda não conheça.Embora desenvolvido de forma independente, o Linux éum sistema Unix, que herda os recursos multiusáriodesenvolvidos desde os primeiros sistemas Unix, usadosnas décadas de 70 e 80. Isso permite que o sistema sejausado por inúmeros usuários simultâneamente, sem queum atrapalhe as atividades do outro, nem que possaalterar seus arquivos. Dois exemplos extremos seriamum servidor LTSP, onde dezenas de usuários podem rodaraplicativos simultâneamente, através de terminais burrosconectados ao servidor principal via rede e um servidorweb de shared hosting, que pode hospedar milhares desites diferentes, cada um administrado por um usuáriodiferente.As restrições básicas de acesso são implementadasatravés de um sistema de permissões simples, porémeficiente, que consiste num conjunto de três permissõesde acesso (ler, gravar e executar) e três grupos (dono,grupo e outros), que combinadas permitem fazer muitacoisa.

Os dois comandos mais básicos são o "adduser" e o"passwd", que permitem, respectivamente adicionarnovos usuários e alterar as senhas de acessoposteriormente, como em:

# adduser joao(cria o usuário joao, especificando uma senha inicial)

# passwd joao(altera a senha posteriormente)

O próprio usuário pode alterar a senha usando ocomando "passwd", desde que ele saiba a senha antiga.Se o usuário esqueceu a senha, você pode definir umanova executando o comando como root; nesse caso osistema pede a nova senha diretamente, sem solicitar asenha antiga.Os usuários são cadastrados no sistema através doarquivo "/etc/passwd". Se tiver curiosidade em olhardentro do arquivo você verá uma entrada para cadausuário, incluindo o diretório home e o sheel usado, comoem:

joao:x:1001:1001:,,,:/home/joao:/bin/bash

Gerenciando usuários no Linux

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As senhas são salvas de forma encriptada em um arquivoseparado, o "/etc/shadow". Dentro do arquivo você veráentradas contendo a senha encriptada, como em:

joao:$1$LpQPRMC5$eHXLjiW7ks80LQcepW0Rz.:13993:0:99999:7:::

As senhas são encriptadas usando um algoritmo de mãoúnica, que permite apenas encriptar as senhas, mas nãorecuperá-las. Durante o login, o sistema aplica o mesmoalgoritmo à senha digitada pelo usuário; se o resultado(depois de aplicado o algoritmo) for o mesmoarmazenado no arquivo, o sistema sabe que a senhaconfere e o acesso é autorizado. Este sistema faz comque as senhas não sejam recuperáveis. Se o usuárioesqueceu a senha, você pode usar o comando "passwd"para definir uma nova, mas não é possível recuperar asenha antiga.Ferramentas como o John the ripper permitem descobriras senhas armazenadas no arquivo "/etc/shadow" usandoum ataque de força bruta, que consiste em simplesmentetestar todas as possibilidades (incluindo algunsrefinamentos, como descobrir senhas fáceis, baseadasem palavras do dicionário) até descobrir a senha. Estemétodo funciona bem em senhas fáceis, com até 6caracteres, mas é inviável no caso de boas senhas, com8 caracteres ou mais.A senha referente ao usuário "joao", que usei comoexemplo, poderia ser descoberta rapidamente. Baixe oprograma no http://www.openwall.com/john/ (ou instale-o

usando o apt-get/yum) e tente descobrir qual é :)Continuando, para remover um usuário anteriormentecriado, utilize o comando "deluser", como em:

# deluser joaoPor questão de segurança, o comando remove apenas aconta, sem apagar o diretório home, ou outras pastas(como o diretório de spool dos e-mails). O diretório homeé especialmente importante, pois ele guarda todas asconfigurações e os arquivos do usuário, de forma que emum servidor você só deve removê-lo depois de terrealmente certeza do que está fazendo. Para remover ousuário apagando também o diretório home, adicione oparâmetro "--remove-home", como em:

# deluser joao --remove-homeComo comentei, o diretório home é importante, porconcentrar todos os arquivos do usuário. Uma opçãosaudável ao removê-lo é criar um backup, de forma quevocê possa restaurá-lo mais tarde caso necessário. Paraisso, use a opção "--backup", que cria um arquivocompactado, contendo os arquivos do usuário, salvo nodiretório onde o comando for executado:

# deluser joao --remove-home --backupSe executasse o comando "ls" depois de remover ousuário "joao" usando a opção de backup, veria que foicriado o arquivo "joao.tar.bz2", referente ao backup.

Gerenciando usuários no Linux Carlos E. Morimoto

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Já visitou oGuia do Hardware.NET hoje?Acesse:

Você também pode bloquear temporariamente umusuário, sem remover o home ou qualquer outro arquivousando o comando "passwd -l", como em:

# passwd -l joaoO "passwd -l" realmente trava a conta, fazendo com queo sistema passe a recusar qualquer senha inserida nahora do login. Para desbloquear a conta posteriormente,use o "passwd -u", como em:

# passwd -u joaoO Fedora e o CentOS incluem o system-config-users(Figura 1), um utilitário gráfico de administração deusuários. Uma versão levemente modificada dele podeser encontrada no Ubuntu e em outras versões baseadasno Debian, na forma do "users-admin", que faz parte dopacote "gnome-system-tools".

Figu

ra1

http://www.guiadohardware.net44Revista GDHn | Edição 11, Maio de 2008

Gerenciando usuários no LinuxCarlos E. Morimoto

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Medindo o sinal da rede wireless

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Dois softwares muito úteis nesse sentido são oNetStumbler, para Windows e o Wavemon, para Linux.O Netstumbler permite listar todas as redes disponíveisna área, mostrando o canal, o tipo de encriptação eoutros detalhes sobre cada uma além de, o maisimportante, mostrar um relatório detalhado sobre aintensidade do sinal, permitindo que você audite acobertura da sua rede e a intensidade do sinal em cadaponto. Ele é um programa gratuito, que você pode baixarno http://www.netstumbler.com.Na versão 0.4.0 ele roda sobre o Windows XP e 2000(ainda não existe suporte para o Vista) e funciona emconjunto com a grande maioria das placas. Estádisponível também o MiniStumbler, que roda empalmtops PocketPC.O NetStumbler não funciona em conjunto com o serviçoWireless Zero Configuration do Windows (que conecta osistema a redes Wireless automaticamente quando elas

estão disponíveis), por isso a primeira coisa que eletentará fazer ao ser aberto é parar o serviço, de forma ater acesso completo à placa wireless.Se o scan não for iniciado automaticamente, abra omenu "Devices". Você notará que existirão duas entradaspara a sua placa wireless:

A primeira faz com que ele tente acessar o hardwarediretamente, usando um driver interno. Esta opção,usada por padrão, oferece uma varredura mais precisa,mas não funciona com todas as placas. A segunda opção(NDIS) utiliza o driver do Windows e por isso funcionacom quase todas as placas. Se necessário, clique nobotão "scan" para iniciar a varredura:

Carlos E. Morimoto

Depois de estudar o melhor local para instalar o ponto de acesso da rede, calcular o ganho daantena, planejar a área de cobertura e testar o link, nada melhor do que verificar a potência do sinalna prática, de forma a ter uma idéia mais exata da recepção no cliente, verificar a área de coberturae encontrar pontos cegos na área de cobertura da rede wireless.

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Como pode ver pelo screenshot, o NetStumbler mostratodos os pontos de acesso disponíveis,independentemente do canal usado. A cor do íconeindica a intensidade do sinal (cinza para muito fraco,vermelho para fraco, amarelo para regular, verde parabom) e o cadeado indica que a rede está protegida. Naversão 0.4 ele mostra incorretamente que as redesprotegidas usando WPA-PSK usam WEP.As três colunas mais importantes são as "Signal+","Noise-" e "SNR+", que mostram, respectivamente, aintensidade do sinal (em dBm), a intensidade do ruído e ataxa de sinal/ruído para cada uma. Apenas parte dasplacas suportadas são capazes de medir corretamentetaxa de ruído, nas demais a função fica desativada, como campo exibindo um "-100" para todas as redes.O sinal é medido em uma escala negativa (quanto menosmelhor), onde cada -3 dB correspondem a uma reduçãode 50% na intensidade do sinal, de forma que -95 dBm

correspondem a apenas um quarto de-89 dBm. A maioria das placas precisade pelo menos -92 dBm para manteruma conexão na velocidade mínima (1megabit) e pelo menos -72 dBm paramanter uma conexão a 54 megabits.Em ambientes com muito ruídoeletromagnético, é importante ficar deolho também na relação sinal/ruído(SNR), que indica o quanto o sinal émais forte que o ruído. Para manteruma conexão minimamente estável ele

deve ser de pelo menos 5 dB (quanto mais melhor). Esterelatório das redes disponíveis é muito útil na hora deescolher qual canal usar, já que você pode avaliar quaiscanais já estão sendo utilizados e em qual extensão.Se você é o responsável pela rede de alguma empresa ouórgão governamental, outra utilidade para o relatório édetectar a presença de rogue access points, ou seja, depontos de acesso "ilegais", instalados sem autorizaçãopelos próprios usuários da rede. Embora às vezes aintenção seja boa, eles podem comprometer a segurançada rede, expondo-a a ataques externos.Continuando, no menu da esquerda você encontra váriasopções de filtros, que permitem mostrar apenas APsusando um determinado canal, com ou sem encriptação,etc. Escolhendo seu próprio ponto de acesso na lista,você tem acesso à função mais interessante doNetStumbler, que é o gráfico de sinal:

Medindo o sinal da rede wireless Carlos E. Morimoto

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Medindo o sinal da rede wireless

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Ao usar um notebook, você pode usar o gráfico paraverificar a variação do sinal dento da área de coberturada rede, testando diferentes combinações de antena, oude posicionamento do AP, potência do transmissor,posição dos clientes, uso ou não de defletor e assim pordiante. Ele também pode ser bastante útil na hora de"mirar" as antenas ao criar um link de longa distância.Você vai perceber que usar uma antena de maior ganhonão vai ter tanto efeito sobre o sinal mostrado no gráficoquanto você poderia pensar (afinal, substituir umaantena de 2 dBi por outra de 6 dBi faz o gráfico subirapenas 4 pontos), mas tenha em mente que nas áreasonde o sinal é fraco, um sinal 4 dB mais forte poderepresentar a diferença entre ter uma conexão de 5.5megabits e não ter conexão alguma.Outra observação importante é que mesmo sem sair dolugar, é normal que o sinal sofra pequenas variações (de3 a 4 dBi), é justamente por isso que é importante

trabalhar sempre com uma certamargem de segurança ao escolher aantena e posicionar o AP. Entretanto,grandes variações podem indicar apresença de alguma fonte de forteinterferência, como um forno demicroondas ou um telefone sem fio queutilize a faixa dos 2.4 GHz.Outra curiosidade é que o ponto deacesso pode funcionar mesmo sem aantena, já que o próprio conector ésuficiente para emitir um sinal fraco.

Apesar disso, sem a antena a potência do sinal cai em 20dB ou mais, o que faz com que a rede só funcione deforma confiável dentro do próprio cômodo onde está o AP.Concluindo, o NetStumbler pode ser usado em conjuntocom um GPS conectado a uma das portas seriais domicro, o quepode ser usadopara criar ummapa de redeswireless dentrode umadeterminadaárea. Aconfiguraçãoestá no View >Options.No Linux, você pode monitorar a qualidade do sinalusando o Wavemon, um software bastante simples, emmodo texto, que está disponível na maioria das

Carlos E. Morimoto

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Revista GDHn | Edição 11, Maio de 2008

distribuições. Para usá-lo, instale o pacote "wavemon"usando o gerenciador de pacotes e rode (como root) ocomando:# wavemon

Para usá-lo, o PC deve estar conectado ao ponto deacesso da rede. Ao contrário do NetStumbler, ele não écapaz de detectar o sinal de outros pontos de acessospróximos, mas você pode usar o Kismet para essa tarefa.

A interface principal mostra a qualidade do link, o níveldo sinal, nível de ruído, relação sinal/ruído, além deestatísticas de transmissão e detalhes sobre a rede. Vocêpode ver um gráfico com a intensidade do sinalpressionando F2.

Uma observação é que o Wavemon não funciona bem aoativar a placa wireless utilizando o Ndiswrapper , poisnele as extensões que permitem acessar as estatísticasde sinal fornecidas pela placa não funcionam emconjunto com a maior parte dos drivers.

Medindo o sinal da rede wireless Carlos E. Morimoto

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Opinião

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Quando vejo boas iniciativas do governo acabo ficando animado, esperançoso, mesmo que a realidade mostre que na maioria dasvezes essas não vão para frente, seja por causa de um “preço político” que acaba inviabilizando, uma mudança de gestão que quasesempre descontinua os projetos da anterior, ou simples descaso.

Quando acontece algo assim, ou melhor, não acontece, lembro de uma música do Plebe Rude (como seria normal apenas citartempos atrás, hoje tenho de explicar que se trata de uma banda de rock de Brasília famosa nos anos 80 e 90) que criticava o governopela sua falta de ação. É, já se falava nisso naquela época e as coisas não mudaram tanto assim, dizia “…até quando esperar a plebeajoelhar, esperando a ajuda de Deus..”. Significando que o povo não tem o que precisa, uma vez que o governo não age, e só lhe restaesperar pelo auxílio divino.

Logo no início do primeiro mandato do atual Presidente muito se falou em adoção de Software Livre, em espalhar a experiência dogoverno gaúcho de Olívio Dutra, também do PT, de migração e adoção de soluções livres. Mas pouco foi feito, na verdade, pouco depoisdo anúncio o que mais parece é que desistiram da idéia. Até que em 2004 foi lançado o Guia Livre, destinado a orientar as diferentes

Teseu

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exército, dá instruções de comocomeçar, buscar apoio, evitarresistência, seguir o cronograma,planejar a migração, começar pelosservidores e depois passar aos desktops,saber o motivo de se fazer a migração,adotar já de início o Open Office e outras.

Sendo o Exército uma instituiçãorelativamente grande, espalhada portodo o país, com o orçamento custeadopela União, portanto facilmenterastreável, é fácil concluir que o sucessode um projeto dessa envergadura servede base e exemplo para a adoção domodelo livre em qualquer instância doGoverno Federal, ou até de outrasesferas. Não seria tão complicado assimusar a experiência como piloto e passara adotar nos Ministérios, ainda mais quealguns deles já demonstraram inclinaçãopara o livre e manifestaram apoio.

Alguns passos importantes já foramdados, mas a velocidade ainda é muitopequena. Já estamos na metade dosegundo mandato e nenhum resultadoconcreto foi alcançado ou se vislumbrano curto prazo, o que pode significaruma nova mudança de gestão e o riscode um “engavetamento” sistemático detodo o processo. Mas isso não quer dizerque não existe nada, que o governo

instâncias do governo no uso e migraçãopara o Software Livre. Pareceu quefinalmente tudo se encaixava, demorouum pouco, afinal é um assuntocomplexo. Mas de novo ficou só no guia.Fora algumas tentativas isoladas eradifícil ver a preferência que o governodizia dar ao modelo livre de software. OGuia foi atualizado, vejo datas de 2005 e2006, mas nenhuma mudança relevanteda primeira edição.

Até que essa semana (16/04) foilançado o site de Software Livre doGoverno Federal, onde todas asiniciativas isoladas se congregam, ondepraticamente todos os esforços tem suavoz. Não sei se é porque o site começousó essa semana e ainda não temnotícias próprias ou se realmente apóiainiciativas em prol do Software Livre,mas na página inicial tem um destaquepara o 9º FISL que aconteceu de 17 a 19de abril em Porto Alegre.

Tem mais o que ver no site, vi, porexemplo, um estudo de caso do ExércitoBrasileiro, com uma pequena cartilha aser usada por todos os níveis de acordocom o tempo em que se iniciar oprocesso para cada uma. Pragmática echeia de determinações, como seria deesperar numa definição de ações do

merece apenas críticas, muito pelocontrário. Se o que temos até agora é sóum embrião, é porque tem pessoas nogoverno interessadas em movimentarisso sem força suficiente para fazer oque é necessário. Devem ser aplaudidase ter todo o suporte possível dacomunidade, principalmente acomunidade open source.

A economia gerada pela adoção deum modelo livre pode muito bem sercombinada com outras iniciativas, comoo computador popular e a internetbanda larga nas escolas, um projetoalavancando o outro, num ciclo virtuosoque não trará nada além de benefíciospara o país, no médio e longo prazos,principalmente.

Resta saber se o governo daráandamento a esse projeto, se terá apoiopolítico efinanceiro paradeslanchar, ouse teremos deesperar pelaajuda de Deus,como sugeriu oPlebe.

Opinião

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Teseu

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Cotidiano

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Estava eu feliz e contente a trabalhar quando meu irmão me liga pedindo um favor: se eu poderia passar em seu local de trabalho(uma emissora de TV local) para ajudá-lo a atualizar uma BIOS e instalar um novo processador em uma maquina, já que ele estatraumatizado com isso (quase matou seu Motorola A1200i novo tentando atualizar o firmware). Sai do serviço por volta das 18h30 e medirigi ao referido local. Chegando lá ele me mostra o equipamento: Uma MB Asus M2N32-SLI Deluxe Wifi com todos os opcionais a quese tem direito (e mais alguns que só se consegue por vias obscuras) que estava rodando um A64 X2 5600+ e passaria a rodar umPhenom 9500 Quad-Core.

Segui o protocolo padrão... fui ao site da Asus, peguei a ultima versão da BIOS para ter o suporte ao novo processador, gravei em umdisquete e inicializei o sistema de atualização (que já vem na eprom da maquina). Ai tive a primeira surpresa: a placa não aceita maisdisquete para atualizar a BIOS... só via CD ou Pendrive (sinal dos tempos, creio eu). Menos mal, taquei no pendrive e prossegui com o

serviço. O programa checou a BIOS, viu que estava correta (eu também chequei “no zóio” viainformação que ele me dava) e prosseguiu com a atualização.

Até aqui tudo 100%. Ele atualizou, deu concluído com sucesso equando foi verificar começou a dor de cabeça. Ela deu quealgumas funções da BIOS não estavam de acordo com a MB(do not match, na mensagem). Eu pensei "peguei BIOS errada,ferrou"... mas depois fui verificar e estava correta. Um errodeveras estranho, mas a principio injustificado. Dai começou

realmente o drama... a maquina desligou e não ligava mais !!!!Nada, nem o sistema de recuperação de BIOS da ASUS (que sei

que funciona, porque já o usei em outra MB) iniciava... meu irmãocomeçou a suar frio... ele esta a menos de 1 mês nessa TV e todo o

material do telejornal que vai ao ar as 7 da manhã estava namaquina (e ele precisava deixar pronto antes de ir pra casa).... se não

resolvesse o caso, era demissão na certa.

Tentei de tudo: ligar a MB com outra fonte, sem nada (só uma placa devídeo PCI), tirar bateria, resetar CMOS, ligar segurando o INSERT doteclado, rezar, voodoo, macumba, sacrifício de animais a deuses

O dia em que a Lei de Murphy quase me fez bater as botas...Jose F. Neto

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esquecidos... enfim... até ler o manual da placa mãe eu li(lembrem-se, quando tudo mais falhar, leia o manual). Nessemomento de desespero, com meu irmão já preparando a cordada forca e pondo balas no 38 (a forca era pra ele e as balaspra mim) lembrei de um amigo-guru que trabalhou 30 anos naIBM. Liguei pra ele, contei o caso (nisso já se podia ouvir meuirmão engatilhando o 38 ) e ele me disse: - tira a bios eencaixa denovo... eu fiquei meio estupefato e ainda perguntei"o quê ?" ele respondeu: - tire a BIOS, o chip mesmo, eencaixa denovo, isso é mau contato da BIOS. Meio incrédulo,mas já com um revolver apontado pra minha cabeça resolvifazer o que ele sugeriu.... peguei uma chave de fenda e comcuidado retirei a bios e pluguei novamente... religo a energia equando aperto o power a maquina liga!!!! com a BIOSatualizada e tudo !!! Já me derramando em lagrimas agradecia ele e perguntei como pode um software gerar mau contatoem uma peça de hardware e ele, sabiamente, me respondeu :"não pode... mas isso é a Lei de Murphy meu amigo".

Desliguei o telefone, instalei o novo processador e fui pra casaouvindo meu irmão prometendo ir a pé até Aparecida, Meca eao grande templo Budista Higashi Honganji, em Kyoto, paraagradecer a graça alcançada.

A máquina está funcionando perfeitamente, com umconsiderável ganho de velocidade nos trabalhos que estãosendo realizados. E eu aprendi mais duas lições nessa minhavida informática:

1- Sempre verificar se os equipamentos não estão comalgum mau contato (inclusive chips de BIOS) e

2 - Nunca subestime o poder de Murphy.

Cotidiano Jose F. Neto

[email protected]

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TC Touch Diamond, Um Celular 3G comCâmera de 3.2 Megapixels e GPS

O Touch Diamondfoi oficialmenteapresentado pelaHTC em umevento emLondres,Inglaterra. Estecelular 3G HSDPAtem 4 GB dememória interna euma telatouchscreen de2.8 polegadas. Eleroda o WindowsMobile 6.1 comuma interfaceTouchFLO 3D.

A câmera digital de 3.2 megapixels tem foco automáticoe também grava vídeos. O HTC Diamond também temGPS com software de navegação. Como você pode ver,o Touch Diamond é muito mais do que um celular comum belo design, ele também tem muitas outras cartasna manga.

Saiba mais no site da HTC.

Via Gear Diary e Phone Mag.

Use a Cabeça para Controlar seus Jogos Favoritos!O OCZ Neural Impulse Actuator é um

acessório que interpreta os sinais doseu cérebro e músculos do seu rosto e

os transforma em comandos em umjogo, assim como o EmotivEpoc que mostramos aqui no

DD.

Controlar um personagem dentrode um jogo com os seus pensamentos

deve ser uma experiência absolutamenteincrível, e a tarefa de executar os comandos

vai ficando mais simples com o tempo, na medida em que você vaitreinando o seu cérebro, algo como exercitar um músculo que vocênão sabia que tinha. Isto quer dizer que no começo vocêprovavelmente não vai conseguir jogar muito bem, mas com a prática,vai acabar se tornar um mestre no jogo!

A proposta do OCZ Neural Impulse Actuator não é substituir o seumouse e teclado, e sim funcionar como um complemento. O OCZ NIApode melhorar e muito o seu desempenho nos jogos, só para dar umaidéia, você pode demorar 200 ms para apertar o botão de atirar, masapenas 100 ms para pensar nisto.

Saiba mais no site da OCZ Technology.Leia também no Digital Drops:Epoc, Um Headset que lê os seus PensamentosControlando Jogos com a Mente

Via TechRadar e Geekologie.

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GreenPix, Uma Gigantesca Tela LED Auto SustentávelA GreenPix é uma enorme parede de LEDs que mostra vídeos epadrões de cores que vão impressionar os visitantes dos JogosOlímpicos de Pequim. Ela está sendo instalada no complexo deentretenimento Xicui, que fica bem próximo ao Centro Olímpico.

O mais interessante é que a GreenPix é totalmente autosustentável, e capta toda a energia necessária através de painéissolares durante o dia, para dar um verdadeiro show de cores e luzdurante à noite. O GreenPix Zero Energy Media Wall tem milharesde células solares fotovoltaicas que estão conectadas a uma gradede painéis de vidro, cada um com uma série de LEDs controladospor computador.

A instalação será inaugurada ao publico neste mês, comperformances de artistas do mundo inteiro. A GreenPix foi criadapela empresa de arquitetura Simone Giostra & Partners emparceria com a Arup.

Saiba mais no site da GreenPix. Veja um simulador para entendermelhor como funciona desta parede de LEDs.

Via Technabob e PSFK.

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O Destruidor de Discos Rígidos!Quando você troca o disco rígido do seucomputador o que você faz com o antigo? Joga nolixo? Lembre-se de que todos os dados gravados nodisco ainda continuam lá. Mesmo que você tenhaapagado ou até formatado o disco!

A melhor solução para apagar completamente osseus dados é destruir o disco rígido fisicamente. Eem vez de usar um martelo você pode comprar o"Hard Disk Crusher".

O "Hard Disk Crusher” destrói um disco rígido em10 segundos! Ele fura o disco arruinandocompletamente os seus dados, impossibilitandoqualquer chance de recuperação.

E se o seu prédio foi cercado pelos inimigos que cortaram a energia, você ainda pode destruir os seus discos rígidos usando a funçãomanual do Hard Disk Crusher!

O único problema é que não é nem um pouco barato destruir seus discos com o Hard Disk Crusher. Ele custa a bagatela de US$11.500no site da EDR Solutions!

Via Crave e OhGizmo!

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Linux ainda é o SO mais usado em disposi-tivos embarcados

"Linux" foi a resposta dada por 18% de engenheiros dedispositivos embarcados em uma pesquisa, fazendo dosistema o mais usado entre SOs livres e comerciais. Valelembrar que entre os "sistemas livres", encontram-se oeCos, BSD, FreeRTOS e TinyOS, estes que somados ge-ram 5% da pesquisa. Os dados são da pesquisa "Embed-ded Software Market Intelligence 2008", feita pela VDC,via internet. O estudo analisa as respostas juntamentecom a região geográfica e o mercado vertical de onde selocaliza o engenheiro.O Linux é o sistema operacional mais popular dos embar-cados em pesquisas desde 2004, quando 15,5% reportouestarem usando-o. Naquele tempo, os itens que conse-guia o primeiro lugar nas pesquisas era "SO informal" e"Outros".De acordo com os pesquisadores do VDC, oa popularida-de do Linux ascendente se deve ao fato das vantagensde custo; flexibilidade de acesso ao código; familiarida-de; ambiente maduro de aplicativos e ferramentas; e ocultivo à experiência de desenvolvimento com o Linux co-mo um sistema embarcado. Além disso, o fato de gran-des melhorias no kernel, adoção de novas tecnologias,entre outros, ajudaram o Linux a integrar novos merca-dos.

Leia em mais:http://www.linuxdevices.com/news/NS4920597981.html

Postado por Júlio César Bessa Monqueiro

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Lançado Ubuntu 8.04 LTS

A Canonical anunciou o lançamento do Ubuntu 8.04 final (Hardy Heron), tanto a ver-são de servidor como desktop. Esse release é uma versão com longo tempo de su-porte. Está planejado 3 anos de suporte na versão desktop e 5 na de servidor, ondeatualizações de segurança serão disponibilizadas conforme forem surgindo.Indo um pouco além, o Ubuntu desta vez vem com o Firefox 3 (beta 5), que estámuito melhor do que o Firefox 2 (apesar de ter ainda seus problemas). Pretendemtrazer uma melhor experiência com a web para seus milhões de usuários.As novas versões dos programas também animam, tornando-o mais amigável e inte-ressante do que a versão anterior. O gerenciamento de imagens com o F-Spot foimelhorado, principalmente na detecção de câmeras. O upload, gerenciamento, im-pressão e compartilhamento de fotos ficou mais fácil.Os usuários podem também plugá-lo num PSP, compartilhar as playlists com ami-gos, comprar música on line da loja Magnatune, disponibilizar áudio via stream e co-nectá-lo a mais dispositivos do que antes (com UpnP).O novo player de vídeo padrão permite, entre outras coisas, a pesquisa de vídeosno YouTube e outros recursos na web, além do compartilhamento de vídeo.Há várias outras melhorias que trazem uma melhor produtividade, além de vir osefeitos visuais ativos (Compiz Fusion) quando rodado em hardware compatível.Junto com ele foi lançado também o Kubuntu, a versão do Ubuntu que vem com oKDE como ambiente gráfico.

Anúncio:https://lists.ubuntu.com/archives/ubuntu-announce/2008-April/000111.html

Download do Ubuntu:http://www.ubuntu.com/getubuntu

Download do Kubuntu:http://kubuntu.org/download.php

Marcos Elias Picão

Notícias

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Google exibirá anúncios gráficos em páginas paracelular

O Google ficava com um pé atras para colocar publicidade gráfica nassuas páginas para dispositivos móveis, mas agora se rendeu à essaforma de publicidade.Segundo anúncio publicado na quarta-feira, haverão propagandas embanners nas páginas móveis do Google. Voltados basicamente atelefones celulares, os anúncios gráficos podem pesar um pouco noconsumo de banda dos usuários, mas também não há como evitar. Osarquivos dos banners gráficos no Google estão limitados a no máximo3k, atualmente. Outras empresas, como Yahoo, AdMob e AOL já usampublicidade em banners nas versões móveis das suas páginas.Os anúncios estarão disponíveis para anunciantes e usuários de 13países inicialmente, entre eles, Austrália, China, França, Japão, Rússia,Estados Unidos e Índia. Haverá também um pequeno texto indicandoque o banner é um anúncio.O sistema do AdWords, plataforma de publicidade do Google, é bompara os anunciantes e usuários. Para os usuários, exibe propagandasrelacionadas ao conteúdo da página em que estão. Para os anunciantes,o sistema de pagamento base é payperclick, onde o anunciante só pagaquando o anúncio é clicado tendo retorno de acesso, pelo menos,garantido. Segundo analistas, o lado ruim das campanhas de algumasoutras empresas é que cobram por exibição de banners,independentemente de cliques. As páginas móveis acabam tendogrande quantidade de exibições e pouco retorno para os anunciantesdesta forma, que deveriam contratar muitas exibições.No Brasil isso fica de fora, pelo menos por enquanto.

Fonte oficial:http://googlemobile.blogspot.com/2008/04/new-mobile-image-ads.html

Marcos Elias Picão

Atualização do Boot Camp 2.1, da Apple

A Apple lançou uma nova versão do Boot Camp, visando melhorar acompatibilidade. O Boot Camp, para quem não sabe, é um softwareda Apple que permite que seus computadores (Macs) inicializem umainstalação do Windows também, mantendo dual boot entre Windowse o Mac OS X.Há uma versão para quem pretende rodar Windows XP, e duas para oVista (uma de 32 e outra de 64-bit), de cerca de 200 MB de tamanhocada.A Apple recomenda fortemente a atualização. Ela não deu muitos de-talhes das reais mudanças na atualização, simplesmente afirma quemelhorará a compatibilidade, eliminando alguns problemas anterio-res. O Windows XP SP3 só deverá funcionar no Mac se o usuário tiverinstalado o Boot Camp 2.1.Os downloads estão disponíveis em:http://www.apple.com/support/downloads/

Marcos Elias Picão

Notícias

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VMware Server 2.0 Beta

Até junho de 2006, o VMware Server era um produto caro, assim como oWorkstation. Devido à concorrência do Xen, do Virtuozzo e do Virtual PC, aVMware resolveu passar a disponibilizá-lo gratuitamente (assim como oVMware Player). O resultado é que agora temos disponível uma solução devirtualização para servidores muito prática, ao custo de um download:Embora o VMware Server seja normalmente relacionado com o uso emservidores, você pode perfeitamente utilizá-lo localmente em seu micro detrabalho, em vez de utilizar o VMware Player ou o Workstation. A grandevantagem do VMware Server é que ele é um produto completo, que permitecriar e modificar as máquinas virtuais, diferente do player, onde você podeapenas utilizar máquinas virtuais previamente criadas. Como um bonus, elepermite que você acesse as máquinas virtuais em outros micros da rede, o quenão é possível nas versões domésticas. Você pode ver todos esses recursos emdetalhes no meu tutorial sobre o VMware Server.A versão de produção mais atual do VMware Server é ainda o 1.4, mas já estádisponível o segundo beta da versão 2.0, que pode ser baixado no:http://www.vmware.com/beta/server/ (é necessário fazer um cadastro gratuito)Algumas das novidades da nova versão são:* VI Web Access: Este é uma nova interface de administração via web, que,além de inicial, parar e verificar o status das máquinas virtuais (como noVMware-Mui da versão 1.4), permite também alterar sua configuração, usandoo próprio navegador.

* VMware Remote Console: Uma nova ferramenta de acesso às máquinas virtuais, que permite que você acesse o terminal local do sistema guest.Diferente do VMware Server Console (que continua presente), o Remote Console é um add-on para o navegador, que pode ser instalado rapidamente eusado em emergências.* Suporte a mais memória RAM: Na versão 1.4 do VMware Server eram suportados até 3.6 GB de memória RAM para uso pelas máquinas virtuais. NoVMware Server 2.0 o limite foi aumentado para 8 GB, o que abre as portas para uso em servidores de maior porte. O suporte ao uso de sistemasoperacionais de 64 bits (tanto no host quanto nos guests) foi também melhorado.

Carlos E. Morimoto

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Revista GDHn | Edição 11, Maio de 200859

Dell, HP e Lenovo aderem à longa vida do XP

O Windows XP se recusa a morrer mesmo. A negação ao Vista étanta, mesmo com o fim do XP decretado para 30 de junho, pelaMicrosoft. Algumas empresas como Dell, HP e agora a Lenovo,continuarão vendendo PCs com Windows XP.As versões Business e Ultimate do Vista permitem teoricamenteum downgrade para o Windows XP Professional. Baseando-se nis-so, esses vendedores fornecem um computador novo com Win-dows Vista, mas com a possibilidade real de rodar o XPlegalmente.A Lenovo, última a aderir à expansão da vida do XP por enquan-to, fornecerá o CD de downgrade opcional para o Windows XPaté 31 janeiro de 2009.A Dell vai mais longe, prometendo o suporte ao XP até 2012, in-clusive com suporte técnico. Caso o cliente queira, ela forneceráo XP instalado de fábrica, fornecendo as mídias para reparaçãodo XP e do Vista. Para a Microsoft, será contada uma venda doVista, e todos saem felizes.Quem compra um computador novo não espera trocar o sistemaoperacional tão cedo. Se ainda tem gente comprando com Win-dows XP instalado (ou visando colocar o XP assim que tocar noPC), pelo menos uns dois ou três anos nos desktops o XP tem ga-rantidos.A recusa ao Vista é grande em diversos cenários, tanto domésti-co como profissional. Compatibilidade com alguns softwares anti-gos, especialmente drivers de dispositivos, e altas exigências dehardware deixam o Vista muito longe do que as pessoas espe-ram.Leia mais em:http://www.tomshardware.com/news/Dell-Windows-XP,5241.htmlhttp://www.electronista.com/articles/08/04/28/lenovo.ex-tends.ms.xp.sales/

Marcos Elias Picão

Mais rumores sobre a Asus e sua linha Eee PC

A Asus estátendo tantosucesso coma sua linhaEee PC que aempresa jáconsidera co-mercializaros sistemasem uma mar-ca diferente,afirma fontesem seu paísde origem,Taiwan. A in-tenção dacompanhia

de lançar o desktop e monitor E-DT e um Eee TV, tem feito a equipe pensarem deixar o nome de sistemas "Asus" para criar uma nova linha. Passando pa-ra outra marca, a empresa poderia expandir o nome Eee para incluir sistemasmais caros, sem afetar a atual linha da Asus.A fabricante de PCs está pensando também na criação de pelo menos maisdois notebooks Eee PC para o final do ano, de acordo com os relatórios, sendoeles um modelo de 10 polegadas, o Eee PC 1001, e outro ainda sem nome de11 polegadas. Outras especificações ainda não foram reveladas, sendo espera-do somente que tenha resolução maior de tela e processadores Atom, da Intel.O preço deverá ser bem maior que os 550 dólares atuais do Eee PC 900, umaversão melhorada do original de 7 polegadas, com muito mais espaço em dis-co também.Fonte:http://www.electronista.com/articles/08/04/28/asus.Eee.pc.1001.rumor/

Júlio César Bessa Monqueiro

Notícias

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Liberado registro de domínios .com.br para pessoas físicas

Milagres acontecem :)A burocracia para registro de domínios no Brasil é tanta, que todos criticam oComitê Gestor da Internet no Brasil, atual responsável pelo registro.br. No entan-to, devagar e lentamente surgem melhorias.Uma das maiores críticas ao serviço é a obrigatoriedade de ter empresa abertapara registro de domínios ".com.br". Essa, agora, foi eliminada, segundo anún-cio publicado no registro.br:Por decisão do CGI.br, o domínio COM.BR, destinado a atividades comerciais ge-néricas na Internet, também poderá ser registrado sob um CPF. Ou seja, pesso-as naturais com atividades comerciais e afins poderão registrar domíniosCOM.BR.Esta modificação terá efeito a partir do dia 01/05/2008.Inicialmente, somente o domínio COM.BR estará disponível nesta nova catego-ria, genérica, que permite registro tanto com CNPJ quanto com CPF. Lembramosque, para manter a transparência do registro de domínios .br, pessoas físicasresponsáveis por domínios COM.BR estarão sujeitas aos mesmos procedimentosdas entidades cadastradas previamente.Com isso, qualquer cidadão, disposto de CPF e sem algumas pendências legais,poderá registrar domínios .com.br no Brasil.A Internet cresce a cada dia, com mais e mais pessoas entrando na rede - a in-clusão digital, computadores e conexões a preços mais acessíveis, etc. Com is-so, surge um mundo de novos sites também a cada dia. É claro que oregistro.br não quer perder dinheiro com seus R$ 30 anuais do domínio, vendomilhares de pessoas físicas no Brasil registrarem domínios genéricos internacio-nais (".com", ".net", ".org" e ".info", os mais usados). Liberados com ou semCNPJ, os domínios .com.br tendem a aumentar agora. A disponibilidade para re-gistro de domínios ".com.br" apenas com CPF começará dia primeiro de maio.Leia o anúncio oficial em:http://registro.br/anuncios/20080416.html

Marcos Elias Picão

Notícias

Revista GDHn | Edição 11, Maio de 2008

Estudante inventa alternativa aos transistoresde silício

Weixiao Huang, estudante do Instituto Politécnico Rensselaer,nos Estados Unidos, fez várias descobertas consecutivas mo-mentos antes da entrega de seu título de Doutor. O estudante,após uma série de pesquisas e projetos, vinha procurando de-senvolver uma alternativa concreta ao transístor de silício, fatoque ele acabou conseguindo depois publicar 15 artigos científi-cos sobre o tema.A notícia "Estudante inventa alternativa aos transistores de silí-cio", postada no site "Inovação Tecnológica" explica a situação:"Agora, sendo possível ver o "conjunto da obra" de Huang, per-cebe-se que seus pequenos avanços incrementais resultaramem um descoberta muito significativa.

O ainda quase-doutor Hu-ang a recepção oficial dotítulo será no próximo sá-bado, dia 17 desenvol-veu um novo transístor àbase de nitreto de gálio(GaN), um material quepermitiu a construção deum transístor com menorconsumo de energia emaior eficiência em apli-cações de eletrônica depotência."

Veja a notícia original em:http://www.inovacaotecnologica.com.br

Júlio César Bessa Monqueiro

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Já visitou oGuia do Hardware.NET hoje?Acesse:

http://www.guiadohardware.net

O maior fórum de informática do país:2.500.000 mensagens175.000 membros

Participe você também:Participe você também:http://www.guiadohardware.net/comunidade/

Hardware:Hardware GeralOverclock, Tweaks e EletrônicaCase Mod e FerramentasNotebooks, Palms, Câmeras, TelefoniaSugestões de CompraDrivers, BIOS e Manuais

Linux:Linux GeralInstalação e configuraçãoSuporte a hardware e driversAplicativos, produtividade e multimídiaCompatibilidade com aplicativos WindowsServidores Linux

Software e Redes:Windows e ProgramasRedes, Servidores e acesso à webMac e Apple

Multimídia:Placas 3DVideo, Codecs e DVDGravação de CDs e DVDs