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Ensino de Qualidade. Decisão de Sucesso. Crimes Contra o Patrimônio Prof. Afrânio Barros 1.1. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 3.2.1. FURTO (ART. 155) É a subtração de coisa alheia móvel, para si ou para outrem, sem o consentimento do dono. É PEGAR O QUE NÃO LHE PERTENCE. Sujeito Ativo qualquer pessoa, desde que não seja o proprietário ou o legítimo possuidor. Sujeito Passivo pessoas físicas ou jurídicas (proprietário ou possuidor. Objeto Jurídico o patrimônio. Conduta Típica Subtrair, assenhorear a coisa com o conseqüente afastamento da esfera de disponibilidade da vítima. Elemento Subjetivo dolo. A energia elétrica e qualquer outra de valor economico, para os efeitos penais, é equiparada à coisa móvel, podendo, assim, ser objeto do crime de furto (art. 155, § 3 º ) Pena: reclusão, de um a quatro anos, e multa Aumenta-se a pena em 1/3 se é praticado no repouso noturno. Furto Privilegiado sendo o criminoso primário (sem condenação transitada em julgado ou tecnicamente não reincidente – art. 64, inciso I -) e de pequeno valor a coisa furtada, o juiz poderá abrandar a sanção do agente delituoso, 1/3 a 2/3 ou substituí-la por multa . Furto Qualificado (art. 155, § 4 º ): Pena: reclusão de dois a oito anos, e multa 1. furto cometido a noite 2. com a destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa: 3. com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza: furto com abuso de confiança é aquele onde o agente aproveita a relação pessoa para cometer o delito; a fraude é o artifício ou ardil para realizar a subtração; a escalada é o ingresso do delinqüente no local do furto por vias anormais de acesso (túneis, grades, destelhamentos, etc.); a destreza é a habilidade do agente em subtrair a coisa sem que a vítima perceba (a punga, por exemplo); 4. com emprego de chave falsa:; 5. mediante concurso de duas ou mais pessoas: 6. Furto de veiculo automotor para fins de enviá-lo para outro Estado ou País.; Furto de coisa comum Art. 156 - Subtrair o condômino, co- herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. § 1º - Somente se procede mediante representação. § 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente. ROUBO (ART. 157): O roubo é o assenhoramento de cosia alheia móvel mediante violência ou grave ameaça. Sujeito Ativo qualquer pessoa. Sujeito Passivo o proprietário, possuidor ou detentor da coisa, bem como qualquer pessoa atingida pela violência ou ameaça. Objeto Jurídico tutela-se o patrimônio, a liberdade individual, a incolumidade pessoal e a própria vida. Conduta Típica trata-se de crime complexo (furto + lesão corporal ou Avenida Domingos Ferreira, 2050 -2º andar – Boa Viagem – Recife /PE- Tel.: 3465.8611 www.jusdecisum.com.br 1

Crimes Contra o Patrimonio

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Ensino de Qualidade. Decisão de Sucesso. Crimes Contra o Patrimônio Prof. Afrânio Barros

1.1. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

3.2.1. FURTO (ART. 155)

É a subtração de coisa alheia móvel, para si ou para outrem, sem o consentimento do dono. É PEGAR O QUE NÃO LHE PERTENCE.

Sujeito Ativo qualquer pessoa, desde que não seja o proprietário ou o legítimo possuidor.

Sujeito Passivo pessoas físicas ou jurídicas (proprietário ou possuidor.

Objeto Jurídico o patrimônio.Conduta Típica Subtrair, assenhorear a coisa com o

conseqüente afastamento da esfera de disponibilidade da vítima.

Elemento Subjetivo

dolo.

A energia elétrica e qualquer outra de valor economico, para os efeitos penais, é equiparada à coisa móvel, podendo, assim, ser objeto do crime de furto (art. 155, § 3º)

Pena: reclusão, de um a quatro anos, e multa Aumenta-se a pena em 1/3 se é praticado no

repouso noturno.

Furto Privilegiado

sendo o criminoso primário (sem condenação transitada em julgado ou tecnicamente não reincidente – art. 64, inciso I -) e de pequeno valor a coisa furtada, o juiz poderá abrandar a sanção do agente delituoso, 1/3 a 2/3 ou substituí-la por multa

.

Furto Qualificado (art. 155, § 4º): Pena: reclusão de dois a oito anos, e multa

1. furto cometido a noite2. com a destruição ou rompimento de obstáculo à

subtração da coisa: 3. com abuso de confiança, ou mediante fraude,

escalada ou destreza: furto com abuso de confiança é aquele onde o agente aproveita a relação pessoa para cometer o delito; a fraude é o artifício ou ardil para realizar a subtração; a escalada é o ingresso do delinqüente no local do furto por vias anormais de acesso (túneis, grades, destelhamentos, etc.); a destreza é a habilidade do agente em subtrair a coisa sem que a vítima perceba (a punga, por exemplo);

4. com emprego de chave falsa:;

5. mediante concurso de duas ou mais pessoas:

6. Furto de veiculo automotor para fins de enviá-lo para outro Estado ou País.;

Furto de coisa comum

Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

§ 1º - Somente se procede mediante representação.

§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.

ROUBO (ART. 157):

O roubo é o assenhoramento de cosia alheia móvel mediante violência ou grave ameaça.

Sujeito Ativo qualquer pessoa.Sujeito Passivo o proprietário, possuidor ou detentor da

coisa, bem como qualquer pessoa atingida pela violência ou ameaça.

Objeto Jurídico tutela-se o patrimônio, a liberdade individual, a incolumidade pessoal e a própria vida.

Conduta Típica trata-se de crime complexo (furto + lesão corporal ou furto + ameaça).

Elemento Subjetivo

Dolo (consciência e vontade de praticar a violência ou grave ameaça para subtrair a coisa alheia móvel).

Pena: reclusão, de quatro a dez anos, e multa

§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.

NÃO CONFUNDIR:

NO FURTO, NÃO HÁ VIOLENCIA OU AMEAÇA. O CRIMINOSO FURTA SEM QUE A VÍTIMA PERCEBA.

NO ROUBO, O CRIMINOSO SUBTRAI O PATRIMONIO DA VITIMA MEDIANTE VIOLÊNCIA OU AMEAÇA.

EX. SE JOSÉ GUARDOU SEU RELÓGIO EM UMA GAVETA, E JOÃO O PEGA, HÁ FURTO. SE JOÃO COLOCA O REVOLVER NA CABEÇA DE JOSÉ, E EXIGE QUE ESTE LHE ENTREGUE O RELÓGIO, HÁ ROUBO.

Roubo qualificado (art. 157, § 2º): Pena: Aumenta-se de 1/3 a 1/2

1. se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma:

2. se há o concurso de duas ou mais pessoas;

3. se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância;

4. se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior;

5. se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo a sua liberdade.

Roubo qualificado por lesões graves (art. 157, § 3º):

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Se da violência empregada no roubo resultar lesão corporal grave a pena é maior. (Reclusão de 7 a 15 anso)

Roubo qualificado por morte – LATROCÍNIO – (art. 157, § 3º):

A pena passa a ser de 20 a 30 anos (maior do que o homicídio qualificado) caso ocorra a morte em decorrência da violência. Aqui também há a necessidade do dolo ou preterdolo.

O latrocínio, segundo os arts. 1º e 9º da Lei n.º 8.072/90, é considerado crime hediondo.

Mesmo que o agente não consiga subtrair qualquer bem da vítima, porém se a matou com esta finalidade, teremos latrocínio consumado e não tentado.

3.2.3 EXTORSÃO (ART. 158):

É A FAMOSA CHANTAGEM. A CHANTAGEM PODE SER FÍSICA OU MORAL, SEMPRE COM O INTUITO DE O CRIMINOSO OBTER VANTAGEM ECONOMICA INDEVIDA..

Sujeito Ativo qualquer pessoa (se for func. público poderá haver o delito de concussão – art. 316 -).

Sujeito Passivo quem sofre a violência e o prejuízo econômico (não é, necessariamente, a mesma pessoa).

Objeto Jurídico o patrimônio e a incolumidade individual.

Conduta Típica constranger alguém a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer algo mediante violência (física ou moral), independentemente de vir a obter a vantagem ilícita (crime formal).

Elemento Subjetivo dolo: genérico (consciência e vontade de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a fazer, tolerar que se faça, ou deixar de fazer algo) e específico (obter vantagem ilícita).

Pena: reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

Causas de aumento de pena – EXTORSÃO QUALIFICADA – (art. 158, §§ 1º e 2º):

1. prática do crime em concurso de pessoas ou com emprego de arma (§ 1º);

2. se da violência resulta lesão grave (§ 2º);

3. se da violência resulta morte (§ 2º) – considerado crime hediondo (Lei n.º 8.072/90) -.

4. Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da

multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.

3.2.4 EXTORSÃO MEDIANTE SEQÜESTRO (ART. 159):

Quando o agente utilizar o seqüestro (privação de liberdade) como meio de se obter a vantagem indevida, teremos o delito em exame.

Sujeito Ativo qualquer pessoa.Sujeito Passivo além do seqüestrado, aquele

que sofre o prejuízo econômico.

Objeto Jurídico assim como no roubo, tutela-se o patrimônio, a liberdade individual, a incolumidade pessoal e a própria vida.

Conduta Típica privação da liberdade da vítima.

Elemento Subjetivo dolo: genérico (vontade consciente na prática do seqüestro) e específico (intuito de conseguir uma vantagem ilícita como preço do resgate).

Pena: reclusão, de oito a quinze anosQualificadoras (art. 159, §§ 1º, 2º e 3º):

1) se o seqüestro dura mais de 24 horas (§ 1º);

2) se o seqüestrado for menor de 18 anos ou maior de 60 (§ 1º);

3) se for cometido o crime por bando ou quadrilha (§ 1º);

Pena: reclusão, de doze a vinte anos

4) se resultar do fato lesão corporal grave (§ 2º); Pena: reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos

5) se resultar morte (§ 3º). Pena: reclusão, de vinte e quatro a trinta anos

A extorsão mediante seqüestro, segundo a Lei n.º 8.072/90 é considerada crime hediondo.

Extorsão indireta

Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

DA USURPAÇÃO

Alteração de limites

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Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:

Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.

§ 1º - Na mesma pena incorre quem:

Usurpação de águas

I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;

Esbulho possessório

II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.

§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.

§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.

Supressão ou alteração de marca em animais

Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.

CAPÍTULO IVDO DANO

Dano

Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Dano qualificado

Parágrafo único - Se o crime é cometido:

I - com violência à pessoa ou grave ameaça;

II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave

III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; (Redação dada pela Lei nº 5.346, de 3.11.1967)

IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia

Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o fato resulte prejuízo:

Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.

Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico

Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico:

Pena - detenção, deseis meses a dois anos, e multa.

Alteração de local especialmente protegido

Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de local especialmente protegido por lei:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Ação penal

Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo e do art. 164, somente se procede mediante queixa.

3.2.5. APROPRIAÇÃO INDÉBITA (ARTS. 168, 169,

170):

3.2.5.1. APROPRIAÇÂO INDÉBITA (art. 168)

Ocorre quando o criminoso recebe algo em decorrência de um contrato ou acerto, que deva repassar para um terceiro, e não repassa. Devia o fim do dinheiro recebido espontaneamente para sue próprio bolso.

Sujeito Ativo qualquer pessoa que tenha a posse ou detenção (não o proprietário) – se funcionário público cometerá peculato.

Sujeito Passivo o proprietário (às vezes o possuidor).

Objeto Jurídico proteção à propriedade.

Conduta Típica fazer própria a coisa alheia cuja posse ou detenção era preexistente ao fato.

Elemento

Subjetivo

dolo: genérico (consciência e vontade de apropriar-se de coisa alheia e móvel) e específico (intenção de gozar da coisa como se fosse o proprietário dela).

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Pena: reclusão, de um a quatro anos, e multa

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:

I - em depósito necessário;

II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;

III - em razão de ofício, emprego ou profissão.

Peculiaridades: Mesmo que você receba a coisa por erro, caso não

devolva, responderá por apropriação indébita. Ex. José recebe em sua casa uma encomenda que

era destinada a João, seu vizinho. Caso não devolva a encomenda, pratica crime de apropriação indébita.

Se for encontrado um tesouro (dinheiro ou bem móvel de valor) em propriedade alheia, quem o encontrou deve dividir o mesmo com o dono do terreno, do contrario pratica crime de apropriação indébita.

Aquele que acha coisa perdida deverá restituí-la ao dono ou entregar à autoridade competente dentro de 15 (quinze) dias. Caso não realize uma dessas condutas, incorrerá o “sortudo” no delito de apropriação de coisa achada.

Pena: detenção, de um mês a um ano, ou multa

4.2.5.2 Apropriação Indébita Previdenciária (art. 168 – A)

Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:

Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa

3.2.6. ESTELIONATO (ART. 171):

É DESTE CRIME, QUE SURGIU A EXPRESSÃO “171”, JÁ QUE ESTA PREVISTO NO ART. 171 DO CODIGO PENAL.Pena: reclusão, de um a cinco anos, e multa

É a obtenção de vantagem indevida com o uso do ardil ou artifício para induzir ou manter a vítima em erro. OU SEJA, é quando o criminoso engana a vitima, de forma que esta lhe proporcione uma vantagem financeira.

Artifício – é o uso de aparatos para ludibriar a vítima (documentos falsos, disfarces, etc.);

Ardil – é a astúcia, a conversa enganosa, a “criatividade” do estelionatário.

O Estelionato se difere do roubo e do furto, porque nestes o próprio criminoso subtrai o patrimônio alheio. No Estelionato, o criminoso faz, mediante ludibriação, a vitima entregar esta vantagem

Também são considerados estelionatos:

• disposição de coisa alheia como própria – Vender o que não é seu.

• alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria

• defraudação de penhor • fraude na entrega de coisa • fraude para recebimento de indenização ou valor

de seguro • fraude no pagamento por meio de cheque • Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel

ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento

• Abusar, em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber que a operação é ruinosa:

Forma Qualificada: A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.

Fraude à execução

Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa.

3.2.7. DA RECEPTAÇÃO3.2.7.1. Receptação (art. 180)Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Receptação qualificadaAdquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime:Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro.

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DISPOSIÇÕES GERAIS AOS CRIMES CONTRA O PATRIMONIO

É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo:I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo:I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;II - ao estranho que participa do crime.III - se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

Exercícios

01. (Policia Rodoviária/2002) - Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma situação hipotética a respeito dos crimes contra o patrimônio e a administração pública, seguida de uma assertiva a ser julgada.

a. Durante a realização de um patrulhamento ostensivo, um agente de uma autoridade de trânsito exigiu de um motorista a importância de R$ 500,00 para que não retivesse o seu veículo automotor, que transitava com o farol desregulado. Nessa situação, o agente da autoridade de trânsito praticou o crime de corrupção ativa.

b. Em um depósito público, valendo-se de facilidades que lhe proporcionava o cargo, um servidor público subtraiu um toca-fitas do interior de um veículo apreendido, do qual não tinha a posse ou a detenção. Nessa situação, o servidor público praticou o crime de furto qualificado, com abuso de confiança.

c. Um indivíduo, mediante violência e grave ameaça exercida com o emprego de um revólver municiado, exigiu que a vítima preenchesse e assinasse um cheque no valor de R$ 4 mil, entregando-o posteriormente para ser sacado no banco. Nessa situação, o indivíduo praticou um crime de roubo, com a causa de aumento de pena devido ao emprego de arma.

d. O proprietário de um bingo programou suas máquinas de videopôquer (pôquer eletrônico) para fraudar e lesionar os apostadores do seu estabelecimento. Nessa situação, o proprietário praticou o crime de estelionato básico.

02. (Polícia Rodoviária) Considere a seguinte situação hipotética. Um agente, por equívoco, pegou um relógio de ouro que estava sobre o balcão de uma joalheria, pensando que era o seu, quando, na realidade, pertencia a outro comprador.

A) O agente responderá por crime de furto doloso;B) O agente responderá por crime de furto culposo;

C) O agente não responderá por crime de furto, já que não existe a modalidade culposa para este delito;D) O agente responderá por crime de roubo, já que houve uma violência moral, pois a vitima gostava muito do relógio;E) n.d.r.

03 – (TJPE – Técnico Judiciário/PE – 2001) - Santos, proprietário de um veículo, solicitou a Ricardo que se dirigisse ao estacionamento do shopping center em que ambos trabalhavam, com a finalidade de buscar um documento por aquele esquecido no mencionado veículo. Ricardo, atendendo à solicitação, dirigiu-se até o local indicado e, ao aproximar-se de um veículo com as mesmas características do veículo de Santos, tentou abri-lo, quando foi surpreendido por Felipe, proprietário do carro que estava sendo aberto. Felipe, supondo tratar-se de um furto, e mesmo sem procurar se inteirar do que ocorria, e contando com o auxílio de Raul, seu amigo, imobilizou Ricardo e lhe desferiu alguns socos, produzindo-lhe lesões corporais leves. Ato contínuo, chegou Santos ao local e esclareceu o incidente. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.

A) Apenas Ricardo deve responder por tentativa de furto do veículo de Felipe.B) Apenas Felipe e Raul devem responder pelas lesões corporais praticadas contra Ricardo.C) Felipe e Raul agiram em situação de legítima defesa putativa do patrimônio, o que exclui o dolo.D) A situação configura exercício regular de direito por parte de Felipe.E) Ricardo deve responder pela tentativa de furto e Felipe e Raul devem responder pelas lesões corporais praticadas contra Ricardo.

04 - Tício devolve todos os objetos de valor subtraídos, depois de ser preso em flagrante no interior de uma residência, porque lá entrou clandestinamente, abrindo o cofre e retirando as jóias guardadas no local. Pode-se afirmar que ocorreu:

A) crime impossível;B) tentativa;C) desistência voluntária;D) arrependimento eficaz;E) crime consumado

05 - Em uma loja de roupas femininas, Fulana pede para experimentar uma blusa e, enquanto distrai a vendedora, desviando a sua atenção para outra cliente, guarda a peça em sua bolsa, fugindo em seguida. Trata-se da hipótese de:

A) furto qualificado mediante destreza;B) furto qualificado mediante fraude;C) apropriação indébita;D) estelionato;E) fraude ao comércio.

06.. (Agente de Policia Civil/MA – 2006) José enfiou a mão no bolso de Pedro para subtrair-lhe a carteira. Pedro percebeu a ação do punguista e segurou-lhe a mão, tendo este sido imediatamente preso por policiais que estavam nas imediações. José responderá por tentativa de furto(A) qualificado pelo abuso de confiança.(B) qualificado pela destreza.

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(C) qualificado pelo artifício.(D)) simples.(E) qualificado pela fraude.

07. (Agente de Policia Civil/MA – 2006) Paulo constrangeu Antônio, mediante ameaça de seqüestro e morte de seu filho, a emitir um cheque, sacar dinheiro do banco e depositar em sua conta corrente. Paulo cometeu crime de(A) roubo relâmpago.(B)) extorsão.(C) extorsão mediante seqüestro.(D) extorsão indireta.(E) roubo impróprio.

08. (Delegado de Policia/DF – 2005) Fulano pede a Beltrano, seu amigo de longa data, que guarde em sua casa um computador de sua propriedade, até que volte de uma viagem que fará para a Europa. Dias após ter recebido o aparelho de boa-fé, quando Fulano já se encontrava no passeio, como se fosse seu, Beltrano vende o computador para terceira pessoa. A conduta de Beltrano se amolda à prática de:a) receptação; b) receptação qualificada;c) furto; d) apropriação indébita;e) estelionato

09. (Delegado de Policia/RJ – 2001) Maria, pretendendo apenas usar o cordão de brilhantes de sua patroa, Joana, retira-o sem autorização, durante um final de semana em que ficou totalmente responsável pela vigilância da casa. No caminho para o baile, Mévio, mediante grave ameaça, subtrai o referido cordão e o vende para terceiro. Temendo a descoberta de sua conduta, Maria coloca no lugar onde estava o cordão uma peça idêntica, entretanto de reduzidíssimo valor econômico. Dias após, desconhecendo o fato realizado por Maria, Joana acaba por adquirir exatamente o seu próprio cordão, que estava sendo vendido numa feira livre por um baixo valor. As condutas de Maria e Joana, respectivamente, consistem de:

a) furto de uso e receptação culposa;b) apropriação indébita e indiferente penal;c) furto qualificado e receptação culposa;d) furto simples e receptação culposa;e) furto qualificado e indiferente penal.

10. (Delegado de Policia/RJ – 2001) A secretária do presidente de uma empresa mundialmente conhecida ameaça fornecer à imprensa fotos e fita cassete que comprovam a prática de conjunção anal do presidente com outro homem, caso não lhe seja entregue o valor devido referente a um ano de salários atrasados, por trabalho efetuado. O delito perpetrado pela secretária consiste de:

a) constrangimento ilegal;b) difamação;c) exercício arbitrário das próprias razões;d) extorsão;e) ameaça.

11. A respeito dos crimes contra o patrimônio, assinale a opção correta.

A) Considere a seguinte situação hipotética. Roberto tinha a intenção de praticar a subtração patrimonial não-violenta do automóvel de Geraldo. No entanto, durante a execução do crime, estando Roberto já dentro do veículo, Geraldo apareceu e foi correndo em direção ao veículo. Roberto,

para assegurar a detenção do automóvel, ameaçou Geraldo gravemente, conseguindo, assim, cessar a ação da vítima e se evadir do local. Nessa situação, Roberto responderá pelos crimes de ameaça e furto, em concurso material.B) Considere a seguinte situação hipotética. Fernando, pretendendo roubar, com emprego de arma de fogo municiada, R$ 20.000,00 que Alexandre acabara de sacar em banco, abordou-o no caminho para casa. Alexandre, no entanto, reagiu, e Fernando o matou mediante o disparo de seis tiros, empreendendo fuga em seguida, sem consumar a subtração patrimonial. Nessa situação, Fernando responderá por crime de latrocínio tentado.C) Considere a seguinte situação hipotética. Renato, valendo-se de fraude eletrônica, conseguiu subtrair mais de R$ 3.000,00 da conta bancária de Ernane por meio do sistema de Internet banking da Caixa Econômica Federal. Nessa situação, Renato responderá por crime de estelionato.D) Uma das distinções entre o crime de concussão e o de extorsão é que, no primeiro tipo penal, o funcionário público deve exigir a indevida vantagem sem o uso de violência ou de grave ameaça, que são elementos do segundo tipo penal referido.E) No crime de extorsão mediante seqüestro, faz jus à delação premiada o co-autor que delatou os comparsas e indicou o local do cativeiro, ainda que reste comprovado que a vítima tenha sido liberada após configurada a expectativa de êxito da prática delituosa, isto é, após o recebimento do dinheiro exigido como preço do resgate.

12 - Quem influi para que terceiro de má-fé adquira produto de crime, pratica:a) receptação própria;b) receptação imprópria;c) receptação privilegiada;d) receptação culposa;e) participação em receptação.

13. Três agentes praticam roubo a um supermercado, todos armados. Um deles fica de vigia junto à entrada. Os demais vão ao interior da loja onde, durante a prática do roubo, atiram no gerente, fugindo sem efetuarem a subtração de qualquer bem. O gerente baleado fica internado e falece trinta dias depois.

A) há crime de latrocínio tentado, pois não se consumou a subtração.B) não há crime de latrocínio.C) o agente que ficou na condição de vigia responde apenas por roubo tentado.D) há crime de latrocínio consumado, que se considera praticado no dia da ação, ainda que a morte da vítima tenha ocorrido trinta dias depois.E) todos os agentes respondem pelo latrocínio.

14 - O crime de extorsão mediante seqüestro consuma-se com:

a) a privação da liberdade da vítima com a intenção de pedir resgate aos familiares;b) a privação da liberdade da vítima após 24 horas;c) a privação da liberdade da vítima e com o pedido de resgate;d) o recebimento do resgate para a liberação da vítima;e) o recebimento do resgate após privação da liberdadepor período mínimo de 24 horas.

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Page 7: Crimes Contra o Patrimonio

Ensino de Qualidade. Decisão de Sucesso. Crimes Contra o Patrimônio Prof. Afrânio Barros

15 - Cinco homens, fortemente armados, ingressam numa agência bancária de onde subtraem todo o dinheiro existente no cofre. Ao deixarem o estabelecimento financeiro, após três horas de intenso terror, ameaçando todas as pessoas de morte, os meliantes subtraem duas armas de fogo de dois vigilantes de empresas terceirizadas distintas e fogem do local levando o gerente, que é liberado após uma hora, quando já se encontravam em local seguro. Os meliantes cometeram o(s) crime(s) de:

a) roubo agravado pelo emprego de arma, concurso de agentes e privação da liberdade da vítima;b) três roubos agravados pelo emprego de arma e concurso de agentes, em concurso formal;c) quadrilha armada e roubo agravado pelo emprego de arma, concurso de agentes e privação da liberdade da vítima;d) três roubos agravados pelo emprego de arma, concurso de agentes e privação da liberdade da vítima em concurso formal;e) quadrilha armada e três roubos agravados pelo emprego de arma, concurso de agentes e privação da liberdade da vítima em concurso formal.

16 - O dolo é subseqüente à posse da coisa móvel, nos crimes de

a) apropriação indébita.b) furto.c) roubo.d) estelionato.

17. A respeito dos crimes contra o patrimônio, assinale a opção correta.

A) No crime de furto em residência, para efeitos de aplicação da pena, é irrelevante o horário em que o agente pratica a ação criminosa, se durante o dia ou à noite, pois a pena em qualquer situação será a mesma.B) O emprego de arma de fogo para a prática do crime de roubo não implica a majoração da pena cominada.C) Ainda que o agente não realize a pretendida subtração de bens da vítima, haverá crime de latrocínio quando o homicídio se consumar.D) A fraude eletrônica para transferir valores de conta bancária por meio do Internet banking constitui crime de estelionato. E) Para a consumação do crime de extorsão, é indispensável a obtenção da vantagem indevida.

18. Dois irmãos pretendiam assaltar uma agência do Banco do Brasil. Para tanto, alugaram um imóvel ao lado da instituição financeira, adquiriram cordas, sacos plásticos e um aparelho de telefone celular, tendo, ainda, alugado um veículo para ser utilizado na fuga. No entanto, antes de iniciarem qualquer ato contra o patrimônio do banco, a trama foi descoberta por agentes da polícia civil que monitoravam as linhas telefônicas dos irmãos mediante interceptação legalmente autorizada. Os dois foram presos em flagrante sem conseguirem subtrair qualquer valor alheio. Nessa situação hipotética, os irmãos

A) não praticaram crime.B) devem responder por tentativa de roubo.C) devem responder por tentativa de furto.D) devem responder por tentativa de estelionato.E) devem responder por tentativa de extorsão.

19. Quem subtrai para si coisa alheia móvel de valor significativo, mediante grave ameaça praticada com a utilização de arma de brinquedo, deve responder pelo crime deA) roubo simples.B) roubo com causa especial de aumento de pena.C) furto simples.D) furto qualificado.E) apropriação indébita.

20. Ao retirar seu veículo da garagem de casa, Suzana foi surpreendida com a ação de dois indivíduos que, mediante grave ameaça, obrigaram-na a passar para o banco de trás. Um dos indivíduos saiu dirigindo o automóvel, enquanto o outro manteve a vítima dominada, impedindo-a de manter contato com a família ou com autoridades policiais. Após 15 horas, Suzana foi solta em local de pouco movimento com a sua integridade física preservada, e os indivíduos fugiram, levando o carro da vítima para outra cidade. Dois dias depois, as autoridades policiais recuperaram o bem, que, porém, antes, foi utilizado em um assalto à agência do Banco do Brasil no interior do estado. Nessa situação hipotética, de acordo com o CP, Suzana foi vítima de

A) extorsão.B) extorsão mediante sequestro.C) sequestro relâmpago.D) roubo com causa especial de aumento de pena.E) roubo simples.

21. Quanto aos crimes contra a pessoa e contra o patrimônio, assinale a opção correta.

A) O crime de constrangimento ilegal é caracterizado pela ausência de violência ou grave ameaça por parte de quem o comete.B) Bens imóveis podem ser objetos de crime de apropriação indébita.C) O indivíduo que introduz animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito e fora das situações que excluem a ilicitude, não comete fato criminoso, ainda que resulte prejuízo econômico significativo para o dono do imóvel.D) Aquele que acha coisa alheia perdida e dela se apropria, deixando de restituí-la ao dono ou de entregá-la à autoridade competente no prazo de 15 dias não comete infração penal, mas, tão-somente, ilícito civil.E) O delito de ameaça pode ser praticado de forma verbal, escrita ou gestual.

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