4
Instituto Francisco de Assis-IFA Crisbela e o Jardim de Rosas Larissa Nogueira Braga-1º B

Crisbela e o Jardim

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Crisbela e o Jardim

Citation preview

Page 1: Crisbela e o Jardim

Instituto Francisco de Assis-IFA

Crisbela e o Jardim de Rosas

Larissa Nogueira Braga-1º B

Teixeira de Freitas

Page 2: Crisbela e o Jardim

Outubro de 2013

Um comerciante tinha três filhas e a mais nova delas chamava-se Crisbela e era a mais

bonita, de uma beleza nunca antes vista em todo o reino. Em uma das suas viagens o

comerciante perguntou às filhas o que elas queriam de presente e a mais velha

respondeu:

-Eu quero um colar, o mais bonito que já se viu.

A do meio respondeu:

-Já eu, prefiro um perfume, o mais cheiroso que já se sentiu.

A mais nova, com toda a hulmidade respondeu:

-Bom papá, se passar por um jardim, o mais bonito de todos, traga-me uma rosa, e

darei-me por satisfeita.

Assim sendo, o pai começou a sua viagem e por seu infortúnio, na segunda paragem

foi assaltado por um bando de vagabundo que levou tudo o que tinha. Sendo obrigado

a pedir abrigo à próxima casa que encontrasse, bateu a porta de um velho lenhador na

floresta. Era um homem muito estranho, sempre usando um capuz e nunca mostrando

o seu rosto. O comerciante achou aquilo muito suspeito, mas precisava de um teto e o

velhor lenhador prontificou-se a dar-lhe o seu estaleiro.

No dia seguinte, antes de partir o comerciante aventurou-se na traseira da cabana e

qual não é a sua surpresa quando encontra o jardim mais bonito alguma vez visto.

Pensou então, que não poderia ir de mãos a abanar para casa, se duas das filhas

ficaram sem presentes, pelo menos a pobre Crisbela teria esta felicidade.

O velhor lenhador quando viu o comerciante a arrancar uma rosa correu para ele

acusando-o de ladrão, deixando assim o capuz cair e o seu rosto à mostra. Qual não foi

a surpresa do comerciante ao ver a pele do homem, completamente sintilante, como se

uma lava prateada o tivesse coberto o corpo.

-O que aconteceu?

Page 3: Crisbela e o Jardim

-Fui amaldiçoado por uma bruxa. Reza a lenda que um comerciante poderia salvar-me,

por isso o acolhi. Mas em vez de me ajudar, você me quer matar. Eu alimento-me deste

jardim.

-Peço desculpa, mas não tenho nada a oferecer as minhas filhas, e a única coisa que

Crisbela queria era uma rosa.

-Leve a rosa, mas traga a sua filha dentro de três dias e prometo-lhe uma riqueza

imensa.

O pai de Crisbela assim o fez. A moça com pena do lenhador por três anos cuidou da

sua casa e do seu jardim, até que recebeu a notícia de que a irmã mais velha recebera

um filho. Pediu então ao lenhador:

-Por favor, permita-me que veja o meu sobrinho.

-Se te deixar ir, sei que nunca mais voltará.

-Prometo voltar dentro de três dias.

-Se não voltares dentro de tres dias, morrerei.

Assim sendo, ela visitou a família e constatou que a riqueza oferecida pelo lenhador

tinha feito a sua famíia muito feliz. Ela quis ficar, mas pensou na vida do pobre

lenhador, sozinho naquela cabana. Ela regressou no quarto dia, pois três não tinham

sido suficientes, e tal como ele lhe dissera, ao quarto dia já ele estava morto.

Crisbela chourou em prantos agarrada ao lenhador e à medida que as suas lágrimas

caíam à pele do velho transformava-se em nova e na pele mais macia que alguma vez

ela tinha tocado.

A menina quebrou a maldição e casou-se com ele, indo ambos morar ao pé da família

de Crisbela.