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1 “O NOSSO JARDIM” PROJETO EDUCATIVO Índice 1. NOTA PRÉVIA 2. DEFINIÇÃO DE ESCOLA 2.1. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA INSTITUIÇÃO Missão e Visão Fundamentos Científicos 2.2. HISTÓRIA DA INSTITUIÇÃO 2.3. ENQUADRAMENTO LEGAL DO PROJETO EDUCATIVO DA INSTITUIÇÃO Apresentação Formal 3. CARACTERIZAÇÃO CONTEXTUAL 3.1.CARACTERIZAÇÃO DO MEIO LOCAL CIRCUNDANTE 3.2. ELEMENTOS MATERIAIS DA INSTITUIÇÃO 3.3. ELEMENTOS HUMANOS DA INSTITUIÇÃO 4. OBJETIVOS GERAIS Objetivos e Metas 4.1. DE ÂMBITO PEDAGÓGICO Linhas Orientadoras 4.2. DE ÂMBITO INSTITUCIONAL 4.3. DE ÂMBITO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO 5. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO 5.1. INDICAÇÃO DAS LINHAS GERAIS DE ATUAÇÃO (capítulo atualizado anualmente) Projeto Curricular de Escola Organização: Calendário e Horário escolar Planificação das atividades/Calendarização Objetivos do 1º Ciclo do E.B. no colégio “O Nosso Jardim” Critérios de avaliação 6. DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E FUNCIONAL 6.1. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL GLOBAL Organigrama Regulamento Interno 6.2. ESTRUTURA DE GESTÃO 6.3. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA Calendário e Horário Escolar 7. DISPOSIÇÕES FINAIS 7.1. APROVAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PROJETO 7.2. AVALIAÇÃO DO PROJETO 8. REVISÃO DO PROJETO

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“O NOSSO JARDIM”

PROJETO EDUCATIVO

Índice 1. NOTA PRÉVIA

2. DEFINIÇÃO DE ESCOLA

2.1. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA INSTITUIÇÃO

Missão e Visão

Fundamentos Científicos

2.2. HISTÓRIA DA INSTITUIÇÃO

2.3. ENQUADRAMENTO LEGAL DO PROJETO EDUCATIVO DA INSTITUIÇÃO

Apresentação Formal

3. CARACTERIZAÇÃO CONTEXTUAL

3.1.CARACTERIZAÇÃO DO MEIO LOCAL CIRCUNDANTE

3.2. ELEMENTOS MATERIAIS DA INSTITUIÇÃO

3.3. ELEMENTOS HUMANOS DA INSTITUIÇÃO

4. OBJETIVOS GERAIS

Objetivos e Metas

4.1. DE ÂMBITO PEDAGÓGICO

Linhas Orientadoras

4.2. DE ÂMBITO INSTITUCIONAL

4.3. DE ÂMBITO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO

5. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO

5.1. INDICAÇÃO DAS LINHAS GERAIS DE ATUAÇÃO (capítulo atualizado anualmente)

Projeto Curricular de Escola

Organização: Calendário e Horário escolar

Planificação das atividades/Calendarização

Objetivos do 1º Ciclo do E.B. no colégio “O Nosso Jardim”

Critérios de avaliação

6. DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E FUNCIONAL

6.1. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL GLOBAL

Organigrama

Regulamento Interno

6.2. ESTRUTURA DE GESTÃO

6.3. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA

Calendário e Horário Escolar

7. DISPOSIÇÕES FINAIS

7.1. APROVAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PROJETO

7.2. AVALIAÇÃO DO PROJETO

8. REVISÃO DO PROJETO

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“O NOSSO JARDIM”

PROJETO EDUCATIVO

1.NOTA PRÉVIA

O Projeto Educativo fundamenta todas as iniciativas e atividades da nossa escola, de

forma a dar-lhes sentido, unidade e coerência.

Tem como objetivo: orientar, desenvolver e promover a educação de cada criança,

baseando-se nos princípios e valores preconizados pela fundadora Maria Ulrich.

Pretende definir a identidade da escola e a motivação para a melhorar, envolvendo toda a

comunidade educativa.

A finalidade do Projeto Educativo é refletir a escola que idealizamos: produtora de

sentidos, construtora de uma cultura para a paz e o desenvolvimento, através duma ação

criadora e transformadora da realidade.

A atualização deste projeto será feita num prazo de 5 anos. No entanto, faz-se a introdução

anual do Projeto Curricular de Escola e de Ano, atualizam-se as leis oficiais aferindo

estratégias de desenvolvimento, linhas gerais de atuação e prática pedagógica.

2.DEFINIÇÃO DE ESCOLA

“O Nosso Jardim”:

– Tem um Projeto Educativo baseado nos princípios e valores preconizados por Maria

Ulrich.

“Esta escola é confessional, católica e preconiza vivências de inspiração cristã,

através da procura de valores e da prática.” (M.U., 1961)

– Oferece um ambiente acolhedor e familiar que propicia a relação afetiva. Ao

valorizar cada criança, adapta o espaço às suas necessidades e ao seu bem-estar, sempre

com a preocupação de lhe proporcionar segurança, tanto física como emocional.

– Tem como vocação prolongar e aprofundar a educação familiar, não querendo

substituí-la. Incentiva a continuidade educativa, valoriza a relação e a comunicação com

os Pais, promove o contacto para além das reuniões gerais e particulares. Desenvolve

esforços para integrar a família no seu Projeto Educativo.

– Acredita que ninguém se realiza sozinho, apostando em atividades e espaços que

promovam a vida compartilhada. Na fase pré-escolar os grupos são heterogéneos. Na fase

escolar a mistura de idades é incentivada em situações específicas tais como: ateliês

expressivos, passeios, refeições, festas de anos, dias festivos, ocupação de tempos livres,

praia, etc.

– Valoriza as festas como acontecimentos da vida do colégio – são oportunidades de

criar, de envolver, de comunicar, de conviver, de festejar e assinalar datas. No Natal, na

Primeira Comunhão e no Fim do Ano as famílias são convidadas. As restantes festas, em

geral, vivem-se internamente. Os aniversários dos alunos são festejados no colégio pois

são uma importante ocasião de valorizar individualmente cada criança.

3

– Desenvolve a autonomia de modo a permitir à criança a experiência das suas

pequenas mas grandes conquistas. Com a supervisão e orientação do adulto, a criança é

estimulada a sentir, a explorar, a descobrir, a resolver problemas de forma independente,

criativa e crítica para dar sentido ao mundo e sentir-se mais capaz.

– Por estar consciente que brincar é, para as crianças, a atividade mais séria do mundo,

dá-lhes tempo e espaço para o fazerem, adequando-o a cada fase etária.

– Acredita que educar é iniciar à vida, por isso promove os passeios, as visitas ao

exterior e a atitude recetiva ao meio envolvente para o conhecimento do mundo tanto

físico como social.

– Fomenta a curiosidade e a vida esclarecida nos mais variados assuntos, sendo para

isso necessário pensar, falar, escrever, ler e contar – descobrir o fio condutor, sabendo que

só se aprende a aprender. Para isso é fundamental criar condições para aprendizagens ricas

e significativas: a aposta na biblioteca, no livro, na cultura; na sensibilização às línguas

estrangeiras, às novas tecnologias de informação; no exercício físico e na natação porque

geram mestria e autocontrole, conduzindo ao crescimento mais equilibrado e saudável.

– Está consciente que o tempo de pausa e o silêncio são condições essenciais à

interioridade e à profundidade. Só assim a educação será a tentativa sempre renovada de

encontro com o sentido da vida e o estímulo ao crescimento espiritual.

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2.1.PRINCÍPIOS BÁSICOS DA INSTITUIÇÃO

(conceção de educação e de escola/valores fundamentais)

MISSÃO E VISÃO

A missão da Escola é promover a Educação sendo “o ato de educar a tentativa sempre

renovada de encontro com o sentido da vida” 1. O que pressupõe, não só saber o que é educar,

mas também saber para e como se educa numa perspetiva de desenvolvimento contínuo.

O educador distinguirá ensino, instrução e educação. Educar significa fazer desabrochar,

desenvolver, fazer crescer. Instruir significa forrar, encher de alguma coisa. (Posso ser

instruído e não educado. O computador é instruído!) Ensinar significa sinalizar, saber

responder aos sinais (por isso os animais também se ensinam). Certamente, são precisas

estas três ações: que se comuniquem conteúdos; que se aprenda a corresponder aos

estímulos; que se promovam e desenvolvam talentos... tudo isto entrará na pedagogia.2

A Educação deve ser mais baseada no conhecimento que se conquista e no esforço

despendido, do que no conhecimento que se transmite e no adestramento de capacidades.

Neste sentido alunos e educadores, estão implicados no mesmo processo educativo. Ambos

têm o objetivo de conhecer o desconhecido. Esta perspetiva assenta no conceito de “Educação

ao longo de toda a vida”.3

“Nascemos não só para ser mas sobretudo para nos tornarmos em algo melhor”.1

A função da Escola é criar a oportunidade, o direito e o dever que cada um tem, de

conhecer o mundo, para o transformar. A Escola deve ser um contexto de vida enriquecedor e

fomentar não só a qualidade mas a excelência (consecução do potencial máximo de cada

pessoa), valorizando cada criança com a sua singularidade, como se fosse única no meio de

muitas outras, proporcionando experiências ricas, intensas, diversas e profundas ao nível

cognitivo, social, emocional e físico.

A Escola deve transmitir o gosto e prazer de aprender, a capacidade de aprender a

aprender, a curiosidade intelectual.3

A função da Escola não pode ser só a de preparar para “ganhar a vida”- cultura do

emprego - mas para “viver a vida” - cultura do trabalho.1

Assim deve-se trazer a vida para a Escola e na Escola dar-lhe sentido - conseguir adquirir,

atualizar, usar e organizar a aprendizagem; saber usar a informação para resolver situações

reais com sentido crítico e criativo e dar sentido à aprendizagem. Envolver os alunos em

atividades que lhes permitam aplicar tudo o que sabem na resolução de problemas que

demonstrem a interligação de conhecimentos.

A criança é vista como um ser competente, gradualmente mais capaz de tomar decisões e

assumir responsabilidades, que tem de ser ativa no processo educativo pois é agente da sua

própria educação e não objeto dum determinado processo.

A finalidade da Educação Pré-escolar é dar significado à experiência diária da criança -

significado afetivo e cognitivo - o que se faz, o que se diz, o que se vive tem um sentido

pessoal – emocional - social (vivenciais, desfruta-se em relação com os outros) e cognitivo

(experimenta-se, verbaliza-se, compreende-se). As experiências (ocasionais e sistematizadas)

integram-se de forma plena no desenvolvimento da criança. (Zabalza)

1 Cabral, Ruben de Freitas (1999). O Novo Voo de Ícaro- Discursos sobre Educação. Lisboa, ESE João de Deus.

2 Magalhães, Vasco Pinto(2000). O Olhar e o Ver. Coimbra, Edições Tenacitas.

3 Comissão Internacional sobre Educação para o séc. XXI (1996). Educação um Tesouro a Descobrir- Relatório

para a UNESCO. Porto, edições Asa.

5

A função da Escola Primária não é só ensinar a ler, escrever e contar; importa que essas

aprendizagens tenham significado para os alunos, isto é, lhes permitam interpretar o mundo,

responder às solicitações dele, construir criticamente o seu próprio caminho, realizar

criativamente o seu percurso como pessoas e como cidadãos. É afinal, esta outra finalidade

da Escola Primária – a de dar significado ao ler, escrever e contar, para as crianças, no

presente e no futuro. (Sarmento, 1998)

A Educação Básica é o passaporte para a vida - “Cabe-lhe a missão de fazer com que

todos, sem exceção, façam frutificar os seus talentos e potencialidades criativas, o que

implica, por parte de cada um, a capacidade de se responsabilizar pela realização do seu

projeto pessoal”4.

“A Educação deve então contribuir para o desenvolvimento total da pessoa – espírito e

corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal e espiritualidade”5

É urgente desenvolver uma educação não só intelectual (QI) mas também emocional (QE)

para ajudar a criança a lidar com as suas emoções, a ter consciência delas, a controlá-las, geri-

las, a ser responsável, autodisciplinada, positiva, empática e capaz socialmente, para poder

responder aos desafios futuros.

As capacidades das crianças são biologicamente determinadas (componente genética) mas

são socialmente facilitadas - é nas relações reais entre pessoas que assenta grande parte da

aprendizagem - ninguém se realiza sozinho. O desenvolvimento não é contínuo, processa-se

por saltos e a aprendizagem desafia o desenvolvimento espicaçando-o. É fundamental criar na

escola condições ricas de interação social que promovam a aprendizagem e o

desenvolvimento pessoal.

O Projeto Educativo que propomos é emergente o que implica não só estar atento às

tendências atuais mas sobretudo saber escolher para desenvolver e subordinar essas

tendências a princípios éticos. A gestão do possível passa pela noção de que “só se pode ser

aquilo que em grande parte, conseguimos sonhar e visualizar”5

Tal como dizia Maria Ulrich todos fomos criados para ser deuses, não no sentido de

sermos perfeitos ou virtuosos, mas no sentido de atingirmos o máximo do que somos capazes,

de visarmos atingir a plenitude do nosso ser, na integridade, na generosidade, na capacidade

de realização e no entusiasmo. (1969)

Estamos conscientes que a Educação neste século XXI é a grande

oportunidade - um precioso tesouro e um tempo de esperança por excelência

- para transformar o mundo em algo melhor.

De acordo com o Documento de Trabalho da Comissão de Escolas para o século XXI cujo

programa: “Educação e Formação 2010”, faz parte da Estratégia de Lisboa revista, estimula

“a um maior investimento no capital humano, através de uma melhor educação e do

desenvolvimento de melhores competências, reconhecendo igualmente a importância

crescente da aprendizagem ao longo da vida”.

4 Comissão Internacional sobre Educação para o séc. XXI (1996). Educação um Tesouro a Descobrir- Relatório

para a UNESCO. Porto, Edições Asa. 5 Cabral, Ruben de Freitas (1999). O Novo Voo de Ícaro - Discursos sobre Educação. Lisboa, ESE João

de Deus

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FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS

1.Nível Filosófico:

A opção axiológica é o Humanismo Cristão.

Não é a instrução apenas que constitui o progresso, mas a Educação (...) (M.U.,

1973)

Educar é iniciar à vida. Orientar o comportamento da criança no sentido dos

valores essenciais. (M.U., s/d)

Para nós “o ato de educar é a tentativa sempre renovada de encontro com o sentido da

vida”(R.F.C.,1999) o que pressupõe educar para os valores:

Humanismo Justiça Paz Vida Fé Esperança Família Amor Liberdade

Democracia Verdade Responsabilidade Compromisso Participação Solidariedade

Interdependência Identidade Autonomia Crítica Comunicação Respeito Tolerância

Sociabilidade Cultura Saber Formação Aprendizagem Experimentação Criatividade

Alegria Estética...

2. Nível Psicológico:

Para o conhecimento do aluno como indivíduo com as suas características e necessidades,

baseamo-nos sobretudo nas teorias de Desenvolvimento (ou Genética) e da Aprendizagem

considerando-as indissociáveis. O desenvolvimento é um processo dinâmico - inicia-se na

gestação, envolve o bebé e a mãe, a família, a instituição educativa, a sociedade, num

conjunto de ações contínuas entre a criança com as suas capacidades biologicamente

determinadas mas cujo contexto social é facilitador das mesmas (Vigotsky).

Todos os psicólogos geneticistas nos mostram que a razão tem por base a emoção, a

psicomotricidade e a linguagem (Gesell, Wallon, Piaget, Freud,...).

A criança é ativa V.S. passiva no seu processo educativo, por isso, é Sujeito e não Objeto.

3. Nível Sociológico:

Ao apostarmos numa aprendizagem para a Vida promovemos a interação da criança com

o seu contexto social – perspetiva sociocultural. Temos em conta três tipos de agentes

educadores:

Família / Escola / Sociedade, incentivando a interação destes três níveis de socialização.

“Viver num contexto de desenvolvimento é viver num contexto de esperança e de fé.

Esperança que concretiza a realidade. Fé que a autentica. O desenvolvimento é, por outro

lado, um fenómeno social interdependente e como tal baseado na solidariedade, na

singularidade da pessoa humana, no amor que define qualquer ato transformador do

mundo.” (R.F.C., 1999)

4. Nível Didático:

A nossa ação pedagógica é influenciada por vários modelos pedagógicos que viabilizam o

nosso ideário – a aprendizagem como um prazer feito de esforço, de sentido.

Seguimos uma pedagogia diferenciada que exige uma resposta a todas as crianças - na

escola inclusiva há inclusão e não integração, ou seja “há benefício das oportunidades que são

proporcionadas a todos”(O.C.E.P.E.).

Valorizamos o Modelo Processual que dá ênfase aos processos e não só aos resultados

finais. Cada criança tem estilos cognitivos, mentais e emocionais próprios - o educador deverá

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estar atento à singularidade promovendo experiências de aprendizagem mediada, aplicando o

scaffolding.

As Teorias da Modificabilidade Cognitiva Estrutural e da Experiência de Aprendizagem

Mediada do Prof. Reuven Feuerstein são orientadoras.

Sendo um modelo aberto e de inspiração sistémica tem as seguintes características (Ángeles

Gervilla):

– Os problemas educativos são encarados na sua complexidade;

– Os princípios aparecem formulados como objetivos-guia;

– Os valores e as ideologias aparecem explicitados;

– Vários são os caminhos possíveis para chegar às finalidades e os mesmos caminhos

podem conduzir a finalidades distintas;

– Os objetivos de nível superiores (crítica) ou os expressivos são estimulados;

– Os conteúdos são um meio ao serviço das finalidades, não são um fim em si

mesmo;

– As estratégias metodológicas, os meios, as relações de comunicação, os sistemas de

avaliação, a organização, estão interligados num todo coerente que garante a

produção ou incentive a criatividade;

A criança, como ser competente, é implicada ativamente no seu processo de aprendizagem

que é significativo, transcendente, estimulante e desafiador.

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2.2. HISTÓRIA DA INSTITUIÇÃO Breve história

“O Nosso Jardim” foi fundado por Maria Ulrich, em 1957, como centro de estágio e de

investigação pedagógica da Escola de Educadoras de Infância, também por si criada em 1954.

Era o local privilegiado para pôr em prática os seus ideais de educação.

As alunas e as professoras da Escola logo lhe chamaram “O Nosso Jardim” (de Infância),

assim ficando a ser conhecido.

“O Nosso Jardim destina-se à formação integral da criança - à formação da personalidade

humana, das mais variadas formas, mas sempre no sentido da superação e da valorização

pessoal.” (M.U.,1988)

Maria Ulrich inaugurou muito mais do que o espaço de uma escola, criou um conceito de

educação que consiste em acompanhar e orientar cada uma das crianças conforme o seu

talento, como se fosse única no meio de outras. Esteve sempre recetiva às correntes

pedagógicas da época mas nunca se filiou em nenhuma. Manteve-se aberta, crítica e livre para

escolher o que melhor se ajustava ao seu objetivo de educação, que consistia sobretudo num

percurso, num caminho: “Educar é iniciar à vida. Orientar o comportamento da criança no

sentido dos valores essenciais” (M.U., s/d). Toda a pedagogia e metodologia se baseou nos

valores e princípios cristãos.

A partir desta matriz “O Nosso Jardim” nasceu com um grupo de 12 crianças dos 3 aos 6

anos de idades misturadas. Cresceu e desenvolveu-se. Por pressão dos pais prolongou-se para

o ensino primário, com o “...intuito de furtar a dolorosa adaptação das nossas crianças, numa

idade ainda muito sensível, ao regime rígido e frio da Escola Primária...” (M.U.,1979).

“O Nosso Jardim” sempre valorizou a autonomia, a responsabilidade, o respeito pela

singularidade de cada criança, privilegiando a relação afetiva com o educador. Por isso

apostou em grupos pequenos e num ambiente acolhedor, familiar e espiritual.

2.3. ENQUADRAMENTO LEGAL DO PROJETO EDUCATIVO DA

INSTITUIÇÃO (ver atualização anual no PCE)

Segundo o art. 33 do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo, “cada escola particular

pode ter um projeto educativo próprio, desde que proporcione, em cada nível de ensino, uma

formação global de valor equivalente às dos correspondentes níveis de ensino a cargo do

Estado”.

Para além do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo (Decreto Lei n.º 553/80 de 21 de novembro,

Despacho n.º 11082/2008), foram consultados os seguintes documentos oficiais:

– Decreto-lei n.º 172/91 – define o regime de direção, administração e gestão dos estabelecimentos do Ensino Básico.

– Decreto-lei n.º 115/A/98 – define a competência da elaboração e aprovação do Projeto Educativo. – Avaliação Integrada das Escolas, 1999, IGE, Ministério da Educação.

– Decreto-lei n.º 6/2001 de 18 de janeiro – aprova a reorganização curricular do Ensino Básico.

– Decreto-lei n.º 219/2002 de 17 de outubro – reorganização curricular do Ensino Básico. – Decreto-lei n.º 30/2001 – define princípios de avaliação anteriormente expressos no Despacho Normativo n.º 98/A/92.

– Decreto-lei n.º 240/2001 de 30 de agosto – aprova o perfil geral de desempenho dos Educadores de Infância e dos Professores do

Ensino Básico e Secundário. – Decreto-lei n.º 241/2001 de 30 de agosto – que aprova os perfis de desempenho dos Educadores de Infância e dos Professores do

1º Ciclo.

– Despacho Normativo 30/2001 de 19 de julho que retoma e reforça princípios de avaliação já expressos no Despacho Normativo 98/A/92.

– Currículo Nacional do Ensino Básico, Competências Essenciais. DEB. 2001.

– Despacho Normativo n.º 1/2005 de 5 de janeiro, substitui o 30/2001.

- Lei nº 49/2005 de 30 de agosto - Segunda alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo.

- Despacho Normativo n.º 50/2005 - 9 de Nov de 2005. Implantação dos planos de recuperação, acompanhamento e

desenvolvimento.

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- Despacho Normativo n.º 1/2006

- Despacho n.º 19 575/2006 - Organização curricular e programas do Ensino Básico.

- Despacho n.º 29865/2007 - 27 de Dez de 2007. Aprova o calendário das adoções de manuais escolares a partir do ano letivo de 2008-2009

- DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO ESCOLAS PARA O SÉCULO XXI - COMISSÃO DAS

COMUNIDADES EUROPEIAS. Bruxelas, 11.07.2007 - Decreto-Lei n.º 3/2008 - 7 de Jan de 2008. Define os apoios especializados a prestar na educação pré-escolar e nos ensinos básico

e secundário dos setores público, particular e cooperativo visando a criação de condições para a adequação do processo educativo às

necessidades educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da atividade e da participação num ou vários domínios da vida.

- Lei n.º 3/2008 - 18 de Jan. de 2008 e Lei n.º 39/2010 - 2 de setembro. 1ª e 2ª alteração à Lei n.º 30/2002, de 20 de dezembro, que

aprova o Estatuto do Aluno dos Ensinos Básico e Secundário

- Despacho Normativo nº6514/2009

- Decreto-Lei nº60/2009 - Portaria n.º 196-A/2010 - regime de aplicação da educação sexual

- Portaria n.º 151/2011 - Fixa os montantes do subsídio anual por aluno concedidos ao abrigo de contratos simples e de desenvolvimento celebrados entre o Estado e estabelecimentos de ensino particular e cooperativo

- Lei n.º 39/2010 de 2 de setembro.

- Despacho n.º 17169/2011, de 23 de dezembro - Revoga o documento Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências Essenciais, divulgado em 2001.

- Decreto-Lei n.º 176/2012 de 2 de agosto

- Lei n.º 51/2012 de 5 de setembro Aprova o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, que estabelece os direitos e os deveres do aluno dos ensinos básico e secundário e o compromisso dos pais ou encarregados de educação e dos restantes membros da comunidade

educativa na sua educação e formação.

- Despacho normativo n.º 24-A/2012, de 6 de dezembro, Série II - Regulamenta a avaliação do ensino básico. - Despacho N.º 15971/2012, DR. Série - II, de 14 de dezembro. Define o calendário de implementação das Metas Curriculares

enquanto documentos de utilização obrigatória por parte dos professores, bem como os seus efeitos na avaliação externa dos alunos.

- Despacho n.º 10874/2012, de 10 de agosto, Série II - Homologa as Metas Curriculares das disciplinas de Português, Matemática, TIC, EV e ET, do ensino básico.

- Despacho n.º 5306/2012

- Decreto-Lei nº 139/2012, de 05 de julho - Decreto-Lei n.º 91/2013 de 10 de julho (consultar o site: http://www.min-edu.pt/np3/5122.html)

- Lei n.º 152/2013 de 4 de novembro - Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior

- Despacho nº 9888-A/2013 – Homologação do Programa do Ensino Básico - Despacho normativo n.º 6/2014

- Despacho n.º 8651/2014. O calendário escolar constitui -se, assim, como elemento indispensável à planificação das atividades a

desenvolver por cada agrupamento de escolas e escolas não agrupadas, tendo em vista a execução do seu projeto educativo e do seu plano anual de atividades.

- Portaria n.º 59/2014 de 7 de março - autonomia pedagógica das escolas particulares e cooperativas

Apresentação formal

A Secção Infantil e a Secção Primária de “O Nosso Jardim” pertencem à Associação de

Pedagogia Infantil - API- com sede em Lisboa (segundo despacho ministerial de 17/12/79 – DR.

2ªsérie, nº299, de 28/12/79 - é uma pessoa coletiva de utilidade pública sem fins lucrativos), da qual também

faz parte a Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich. Esta Associação tem

como principal objetivo promover, facilitar e desenvolver a pedagogia da educação da

infância, na continuidade dinâmica e atualizada das perspetivas pedagógicas de Maria Ulrich,

fundamentadas numa filosofia explicitamente cristã.

Sedes e Valências:

Apesar de se regerem pelos mesmos princípios e ambos serem externatos particulares, a

Secção Infantil e a Secção Primária têm Direções diferentes e funcionam em edifícios

separados:

Secção Infantil

R. Poço dos Negros, n.º 113/ 1200-337 Lisboa.

Contribuinte n.º 500921598, tel.: 21 3901658/ fax: 21 3940313

Email : [email protected] - Site : www.colegioonossojardim.com

Creche- alvará nº1/95 (Centro Regional de Segurança Social de Lisboa e Vale do Tejo)

Pré-escolar alvará nº1544 (Ministério da Educação)

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Secção Primária

R. da Bela Vista à Lapa, nº55, 1200 – 612. Lisboa

Contribuinte n.º500921598, tel.: 21 3905242/ fax: 21 3940890

Email : primá[email protected] - Site : www.colegioonossojardim.com

1º Ciclo do Ensino Básico - alvará nº1871 (Ministério da Educação)

Regime de Funcionamento:

Coeducação; Paralelismo Pedagógico; Contrato Simples e de Desenvolvimento com o

Ministério da Educação.

3. CARACTERIZAÇÃO CONTEXTUAL

3.1.CARACTERIZAÇÃO DO MEIO LOCAL CIRCUNDANTE (social, económico, cultural, geográfico, infraestruturas)

Caracterização do Externato

Meio Envolvente

O Colégio “O Nosso Jardim” Primária ocupa o número 55 da Rua da Bela Vista à Lapa,

na nova Freguesia da Estrela em Lisboa.

Um Convento Beneditino fundado em 1572, dedicado a Nossa Senhora da Estrela, está na

origem do nome da freguesia. O edifício foi ocupado pelo Hospital Militar Principal.

A Estrela agrega as antigas freguesias da Lapa, Santos-o-Velho e Prazeres.

“O Nosso Jardim” localiza-se no bairro da Lapa, cujo nome teve origem numa rocha

denominada Lapa da Moura, que se encontrava junto à Pampulha.

O desenvolvimento da Lapa deu-se após o Terramoto de 1755.

No princípio do século XVIII, ainda antes de a Lapa fazer parte dos limites

administrativos da cidade, três vias importantes atravessavam o local onde se foram

implantando o Convento de S. Bento da Saúde (atual Palácio de S. Bento, sede da Assembleia

da República), o Convento de Nossa Senhora da Estrela. Com maior monumentalidade

edificou-se a Basílica da Estrela ou do Sagrado Coração de Jesus, com um convento anexo. O

alto do zimbório da Basílica é um dos pontos de Lisboa com melhor vista panorâmica da

cidade.

A área da freguesia é de 75 hectares ocupada por uma população de cerca de 15 000

habitantes. É uma área essencialmente residencial tendo também uma presença grande de

comércio e serviços.

A Lapa tem também um dos mais belos jardins de Lisboa, o Jardim Guerra Junqueiro,

mais conhecido por Jardim da Estrela. A construção do Jardim teve início a 30 de setembro de

1842 e a sua inauguração foi em abril de 1852. Aí está construído o mais antigo coreto de

Lisboa.

Sabe-se que nesta zona existem vestígios da presença de pessoas desde o Paleolítico

Inferior. É habitada há milénios!

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3.2. ELEMENTOS MATERIAIS DA INSTITUIÇÃO (edifício, dependências)

Espaço Físico

O n.º 55 da Rua da Bela Vista à Lapa, edifício onde se encontra agora o Externato “O

Nosso Jardim” Primária, é uma casa construída no final do século XIX.

Durante a primeira metade do século passado foi doada ao Senhor Patriarca de Lisboa,

passando a fazer parte do património imobiliário do Patriarcado.

Como foi construída para casa particular teve de ser adaptada para melhor servir como

escola.

Um projeto foi elaborado por um gabinete de arquitetura (que trabalha noutros edifícios

do senhorio, Patriarcado de Lisboa), que teve em conta as normas do Ministério da Educação.

O estudo das alterações foi feito com o aconselhamento e colaboração do Sr. Arquiteto da

D.R.E.L.V.T.

Atuais características do Externato (em 2014)

Sete salas de aula Biblioteca

Espaço de ginásio Capela

Sala de TIC Recreio

Sala de refeições

Sala de direção e professoras

Cozinha e copa

Salas de arrumações (2)

Sala de apoio / reprografia

Gabinete de psicologia

Sala de reuniões / polivalente

WC (12) + 1 para Deficientes

3.3. ELEMENTOS HUMANOS DA INSTITUIÇÃO

(alunos, professores, pessoal não docente, encarregados de educação)

No ano letivo de 2014/2015 frequentam o Externato “O Nosso Jardim”- Secção Primária

101 alunos distribuídos por 6 turmas.

Sexo masculino – 50

Sexo feminino – 51

Filho único Com um irmão Com dois

irmãos Com três irmãos

Com quatro ou

mais irmãos

9 42 40 9 1

A comunidade educativa do Externato “O Nosso Jardim”- Secção Primária é constituída

pela Direção, Corpo Docente, Psicóloga, Técnica de Reabilitação e Inserção Social, Pessoal

não docente, Pais e Alunos.

12

A Direção é formada:

1 Diretor/Gestor

O Corpo Docente é composto:

8 Professoras do Ensino Básico (5 são também educadoras de infância)

4 Professores Complementares.

Consideramos que todos os docentes devem ser educadores, acompanhando e orientando

o desenvolvimento global dos alunos. O professor titular assume a função de figura de

referência para os seus alunos, possibilitando e estimulando o estabelecimento de profundas

relações afetivas, em equilíbrio com o exercício de uma autoridade baseada na coerência entre

o que ensina e o que vive, na procura do diálogo franco, atuando com profissionalismo.

Este é um corpo docente estável, experiente, responsável - competente para preparar

alunos para a vida.

A Psicóloga Educacional desenvolve a sua ação psicopedagógica com os alunos,

professores e pais, promove as condições facilitadoras para a plena integração e sucesso

escolar, tendo o apoio de uma Técnica de Reabilitação e Inserção Social.

O Pessoal não docente colabora e apoia a ação educativa, é composto por 5 funcionários

permanentes:

1 auxiliar de ação educativa;

1 cozinheira, 1 empregada auxiliar,

1 empregada de limpeza, 1 porteiro.

Os Pais são os principais responsáveis pela educação dos seus filhos. Fazem parte

integrante do Projeto Educativo de “O Nosso Jardim”. A colaboração, entre Pais e

Educadores/Professores, é essencial ao sucesso escolar e à formação pessoal dos educandos.

Para facilitar o contacto Escola/Família, os Professores titulares dispõem de um tempo

semanal para o atendimento de Pais. O Caderno de Recados é um instrumento individualizado

que promove e facilita a comunicação Escola/Família.

Os Alunos beneficiam dum ambiente seguro, baseado na relação de confiança, que

promove o crescimento humano, cultural e espiritual de acordo com os valores propostos na

Missão e Visão de “O Nosso Jardim”. São considerados gradualmente mais capazes de tomar

decisões e assumir responsabilidades, tendo direitos e deveres - um papel ativo no Projeto

Educativo e na formação pessoal.

Precisamos da participação de todos para o desenvolvimento pleno e harmonioso dos

alunos.

4. OBJETIVOS GERAIS:

Objetivos e Metas

Valorizar o desenvolvimento pessoal da criança como ser único, com a sua história, as

suas características individuais num determinado contexto social, numa perspetiva de

educação para a vida. Visão de cada um no seu aspeto mais positivo. (M.U., s/d.)

...Formação da personalidade humana, das mais variadas formas, mas sempre no

sentido da superação e da valorização pessoal. (M.U.,1988)

13

Promover o desenvolvimento social de cada criança numa atitude de interdependência:

– como plena cidadã do mundo: crítica, ativa, autónoma, livre, justa, íntegra, democrata

– com experiências de pluralidade, inclusividade, solidariedade, tolerância e cooperação;

– construtora de uma cultura para a Paz e o Desenvolvimento. O que implica uma

conceção de criança “competente”, capaz de tomar decisões e assumir

responsabilidades. (I. Lopes da Silva, 2000)

A finalidade do educador deve ser levar o educando a saber escolher e conduzir-se

por si próprio, na máxima realização da sua personalidade, na atitude vertical de ser

responsável e livre. (M.U.1961)

Criar pessoas responsáveis, porque onde não há espírito crítico e participação, não

pode haver responsabilização. (M.U., 1988)

– Interagir com a Família. Estabelecer uma continuidade entre as relações familiares - de

afeto, espontâneas e diretas - e as relações escolares onde, segundo Wallon, predomina a

atividade simbólica. Para a educação ao longo da vida ser efetiva é essencial a interação

destes parceiros educativos.

O contacto com os pais faz parte integrante do nosso trabalho. A escola é o prolongamento da

família e prolonga-se por sua vez na vida familiar. Enquadrar a criança no seu meio familiar.

O contributo dos pais é indispensável. (M.U., s/d.)

– Promover a formação integral e “desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas

características individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens

significativas e diferenciadas” (O.C.E.P.E.)

– Desenvolver a aprendizagem - capacidade de aprender como aprender. Só há educação

quando há aprendizagem, aprende-se sobretudo fazendo, agindo de acordo com um projeto - o

ensino surge quando é necessário transmitir ferramentas necessárias à aprendizagem. Aprende-se a aprender, não se ensina a aprender. (J.Santos,1991)

– “Despertar a curiosidade e o espírito crítico” (O.C.E.P.E.).

Vida que não cresce não é vida, é morte. Para transmitir vida temos que ser vivas.

Crescer é a procura do perpétuo progresso interior, insatisfação. (M.U., s/d.)

– Desenvolver uma atitude científica sobre o mundo. Há que proclamar que todo o poder da Ciência, da Técnica e da Educação deve ser,

em cada momento, desafiado pela fantasia e pela ação do homem. Há que proclamar

o direito à fantasia e ao pensamento atuante. (J.Santos,1991)

– “Permitir, promover e estimular tudo o que possa aumentar a capacidade expressiva do

indivíduo, para desenvolver a sua capacidade de pensar” (J. Santos). “Desenvolver a expressão

e a comunicação através de linguagens múltiplas como meios de relação, de informação, de

sensibilização estética e de compreensão do mundo” (O.C.E.P.E.).

Partilhar com a criança o património do conhecimento, acumulado pelo Homem, impregnar a

criança da sua cultura.

– “Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança, nomeadamente no âmbito da

saúde individual e coletiva” (O.C.E.P.E.)

Neste sentido vamos explorando natural e sistematicamente algumas áreas prioritárias que achamos

adequadas no 1º ciclo do EB. São elas: Alimentação e Atividade Física; Educação sexual em meio

escolar; Saúde Mental - Prevenção da Violência em Meio Escolar.

14

– Despistar dificuldades, inadaptações, deficiências, e intervir para promover o sucesso da

criança, agindo em parceria com a família, orientando e encaminhando a criança para apoios

especializados.

– Estar consciente que o tempo de pausa e o silêncio são condições essenciais à interioridade

e à profundidade. Só assim a educação será a tentativa sempre renovada de encontro com o

sentido da vida e o estímulo ao crescimento espiritual.

4.1. DE ÂMBITO PEDAGÓGICO (metodologias, valores e atitudes, interdisciplinaridade, conteúdos curriculares...)

LINHAS ORIENTADORAS (organizadas em torno dos quatro pilares da educação - Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer,

Aprender a Viver Juntos e Aprender a Ser - propostos pela Comissão Internacional sobre Educação

para o séc. XXI, presidida por Jacques Delors e financiada pela UNESCO,1996)

“As escolas de qualidade veem o processo de aprendizagem como uma espiral,

com as energias dos alunos e dos professores dirigidas para um aperfeiçoamento

ilimitado e contínuo.” (Bostingl)

Os Programas oficiais “constituem-se como documentos curriculares de referência para o

desenvolvimento do ensino, apresentando, de forma detalhada, as finalidades de cada

disciplina, os objetivos cognitivos a atingir, os conteúdos a adquirir e as capacidades gerais a

desenvolver. Visando promover o sucesso educativo dos alunos, os Programas deverão ser

utilizados conjuntamente com as Metas Curriculares homologadas, as quais enunciam, de

forma organizada e sequencial, os objetivos de desempenho essenciais de cada disciplina.

(…) Salienta-se que a aplicação dos Programas e das Metas Curriculares deve respeitar e

valorizar a autonomia pedagógica dos professores, bem como a sua experiência profissional e

o seu conhecimento científico sólido.” ( http://www.dgidc.min-edu.pt / 2012)

“Entende-se por competências o conjunto dos conhecimentos e das capacidades que

permitem a realização de ações, bem como a compreensão dos comportamentos de outrem.

São competências gerais, aquelas que permitem realizar atividades de todos os tipos,

incluindo as atividades linguísticas. As competências gerais dos alunos incluem:

- A competência de realização, entendida como capacidade para articular o saber e o fazer;

- A competência existencial, entendida como capacidade para afirmar modos de ser e modos

de estar;

- A competência de aprendizagem, entendida como capacidade para apreender o saber;

- O conhecimento declarativo, entendido como capacidade para explicitar os resultados da

aprendizagem formal, articulada com o conhecimento implícito decorrente da experiência.

- As competências linguístico-comunicativas são aquelas que permitem a um indivíduo agir,

utilizando instrumentos linguísticos, para efeitos de relacionamento com os outros e com o

mundo. As atividades linguísticas abrangem a competência comunicativa em língua oral ou

escrita, em práticas de receção ou de produção.

(…) As competências específicas implicadas nas atividades linguísticas que se

processam no modo oral são a compreensão do oral e a expressão oral; as competências

específicas implicadas nas atividades linguísticas que se processam no modo escrito são a

leitura e a escrita. Mais diretamente dependente do ensino explícito, formal e sistematizado e

15

sendo transversal a estas competências, o conhecimento explícito da língua permite o controlo

das regras e a seleção dos procedimentos mais adequados à compreensão e à expressão, em

cada situação comunicativa.” (Programa de Português do EB, 2009)

4.1.1. Aprender a Conhecer

Finalidades - Aprender a conhecer pressupõe:

– O gosto e o prazer de aprender.

– A capacidade de aprender a aprender.

– A curiosidade intelectual.

Objetivos e Estratégias:

Proporcionar a aquisição de saberes essenciais construídos a partir de uma forte

intervenção do sujeito no processo de aprendizagem.

“Proporcionar a aquisição dos conhecimentos basilares que permitam o prosseguimento

de estudos ou a inserção do aluno em esquemas de formação profissional, bem como facilitar

a aquisição e o desenvolvimento de métodos e instrumentos de trabalho pessoal e em grupo,

valorizando a dimensão humana do trabalho. (...) Desenvolver o conhecimento e o apreço

pelos valores característicos da identidade, língua, história e cultura portuguesa;” (Lei de Bases do

Sistema Educativo)

– A aquisição dos instrumentos de compreensão – pensamento, linguagem, atenção e

memória.

Objetivos e Estratégias:

“Das teorias da aprendizagem, ressaltam-se aquelas que, sendo recentes, salientam a

importância de aspetos como o conhecimento, a memória, a compreensão e a resolução de

problemas. (…) A memória e a compreensão constituem processos fundamentais na

aquisição, integração e recuperação do conhecimento. A compreensão, entendida como

resultando do desenvolvimento contínuo e gradual de um conjunto de conhecimentos

adquiridos previamente, não se opõe, assim, à memorização, antes dependendo dela. Ambas –

memorização e compreensão – suportam, em grande parte, o recurso a estratégias necessárias

à resolução de problemas.” (Metas Curriculares 2012)

“Prestar atenção a situações e problemas manifestando envolvimento e curiosidade.

Questionar a realidade observada. Identificar e articular saberes e conhecimentos para

compreender uma situação ou problema. Pôr em ação procedimentos necessários para a

compreensão da realidade e para a resolução de problemas. Avaliar a adequação dos saberes e

procedimentos mobilizados e proceder a ajustamentos necessários.” (C.N.E.B.C.E.)

“ (…) à escola cabe um papel fundamental no desenvolvimento dos alunos, pelo que se

preconiza que o currículo deva ser construído de modo a que possa promover as

capacidades cognitivas de todos.” (…) Ao nível da aprendizagem escolar, deve-se

investir na aquisição e desenvolvimento do conhecimento, seja ele factual, concetual,

procedimental ou metacognitivo. (…) As atuais metas curriculares, sendo fiéis aos

princípios em que se baseiam, identificam e operacionalizam os desempenhos que

traduzem os conhecimentos a adquirir e as capacidades a desenvolver pelos alunos,

respeitando a sua ordem de progressão e tendo em consideração os processos

necessários a essa mesma aquisição e desenvolvimento. (Metas Curriculares - 2012 http://dge.mec.pt/metascurriculares/index.php?)

16

Dar à criança tempo e espaço de reflexão, de expressão. Proporcionar momentos de calma

e silêncio propícios à concentração e aprofundamento dos conhecimentos.

– O ensino das ferramentas necessárias à aprendizagem – ler, escrever e contar.

Objetivos e Estratégias:

“O desenvolvimento da linguagem oral e a iniciação e progressivo domínio da leitura e

da escrita, das noções essenciais da aritmética e do cálculo (...) ” (Lei de Bases do Sistema Educativo)

“Usar corretamente a língua portuguesa para comunicar de forma adequada e para

estruturar pensamento próprio. Adotar estratégias adequadas à resolução de problemas e à

tomada de decisões.”

“ (...) o domínio da língua portuguesa é decisivo no desenvolvimento individual, no

acesso ao conhecimento, no relacionamento social, no sucesso escolar e profissional e no

exercício pleno da cidadania.”

“As duas principais finalidades da Matemática no ensino básico – proporcionar aos alunos

um contacto com as ideias e métodos fundamentais da matemática que lhes permita apreciar o

seu valor e a sua natureza, e desenvolver a capacidade e confiança pessoal no uso da

matemática para analisar e resolver situações problemáticas, para raciocinar e comunicar –

destacam dois aspetos centrais relacionados entre si.” (C.N.E.B.C.E.)

– A aposta na cultura geral e no conhecimento

Objetivos e Estratégias:

Partilhar com a criança o património do conhecimento acumulado pelo Homem,

“impregnar a criança da sua cultura” (João dos Santos). Necessidade de uma cultura geral vasta,

em paralelo com o trabalho profundo em determinados assuntos.

“Proporcionar a aprendizagem de uma primeira língua estrangeira e a iniciação de uma

segunda;” (Lei de Bases do Sistema Educativo). Os alunos são sensibilizados para a Língua Inglesa. A

partir do 1º ano frequentam, em horário curricular, as aulas de Língua Inglesa.

– Aquisição, atualização e utilização dos conhecimentos

Objetivos e Estratégias:

Recolher, selecionar, ordenar, gerir e utilizar informação, desenvolvendo as novas

tecnologias da informação e da comunicação. É essencial dominar a proliferação de

informação, de selecionar e hierarquizar, dando mostras de sentido crítico, sabendo

destrinçar o efémero e o instantâneo - próprios da sociedade dos meios de comunicação - do

tempo diferido e de amadurecimento - próprios da cultura e da apropriação do saber.6

– Autonomia no processo de aprendizagem

Objetivos e Estratégias:

“ (...) ativar recursos (conhecimentos, capacidades, estratégias) em diversos tipos de

situações, nomeadamente situações problemáticas. Por isso, não se pode falar de competência

sem lhe associar o desenvolvimento de algum grau de autonomia em relação ao uso do

saber.” (C.N.E.B.C.E.)

Ao longo da escolaridade, reforçar a capacidade de resolver problemas e de trabalhar de

forma independente, responsável e comprometida pelo seu projeto pessoal de aprendizagem.

6 Comissão Internacional sobre Educação para o séc. XXI (1996). Educação um Tesouro a Descobrir- Relatório

para a UNESCO. Porto, Edições Asa.

17

– Adoção de uma atitude científica sobre o mundo

Objetivos e Estratégias:

Promover a curiosidade, desenvolver capacidades de observação, interpretação,

investigação rigorosa, análise, síntese, retificando o conhecimento e alargando horizontes para

além do que é conhecido, tendo em vista as conclusões lógicas e a coerência do pensamento

numa perspetiva global, a que hoje se chama pensamento sistémico.

– A sensibilização ao pensamento filosófico, com o objetivo de “abrir a inteligência, a

compreensão - dilatar horizontes.” (Maria Ulrich, s/d.)

Objetivos e Estratégias:

“A valorização de diferentes formas de conhecimento, comunicação e expressão. O

desenvolvimento do sentido de apreciação estética do mundo. O desenvolvimento da

curiosidade intelectual, do gosto pelo saber, pelo trabalho e pelo estudo.” (C.N.E.B.C.E.)

A Filosofia para as crianças é aplicada na sala de aula. Nestes momentos privilegia-se a

metacognição, o sentido do trabalho, do estudo, do saber, das regras sociais, em suma, reflete-

se a condição humana.

“Os primeiros anos de educação podem considerar-se bem-sucedidos se

conseguirem transmitir às pessoas a força e as bases que façam com que

continuem a aprender ao longo de toda a vida, no trabalho, mas também fora

dele”7

4.1.2. Aprender a Fazer

– Aprender a fazer para poder agir sobre o meio envolvente.

Só há educação quando há aprendizagem e aprende-se sobretudo fazendo.

Objetivos:

Fazer pressupõe a existência de um projeto que só tem sentido quando se valoriza mais o

processo do que o produto final. As aprendizagens escolares são um processo contínuo, que

implica esforço, dedicação, empenho, treino, persistência, método, para a concretização do

projeto pessoal e o desenvolvimento total do aluno.

O ensino e as técnicas escolares são importantes na medida em que servem de

“trampolim” para o conhecimento do mundo.

Aprender a fazer não se limita a uma qualificação académica mas também a orientar o

aluno a pôr em prática os seus conhecimentos para se sentir cada vez mais capaz e autónomo -

só assim conseguiremos dar sentido à aprendizagem e trazer a vida para a escola.

7 Cabral, Ruben de Freitas (1999). O Novo Voo de Ícaro - Discursos sobre Educação. Lisboa, ESE João de Deus

Objetivos do 1º ciclo EB na Lei de Bases do Sistema Educativo:

“b) Assegurar que nesta formação sejam equilibradamente inter-relacionados o

saber e o saber fazer, a teoria e a prática, a cultura escolar e a cultura do

quotidiano;

c) Proporcionar o desenvolvimento físico e motor, valorizar as atividades

manuais e promover a educação artística, de modo a sensibilizar para as

diversas formas de expressão estética, detetando e estimulando aptidões nesses

domínios; “

18

“O mundo da aprendizagem é o mundo do fazer, da experiência, da tentativa e

erro, é o mundo da descoberta que uma vez achada aponta outra, para outra a

descobrir, é um mundo com um horizonte que se expande à medida que mais

para ele avançamos”.8

Estratégias específicas:

Intervenção na comunidade - sensibilização ao voluntariado (Banco Alimentar, Lares de

3ª idade, espetáculos recreativos de solidariedade e de outros valores que perseguimos.).

Utilização das novas tecnologias da informação e comunicação (TIC) para mobilizar

saberes tecnológicos e para uma maior integração no mundo atual. Investir na educação para

os media.

Visitas de Estudo - variadas e frequentes tanto no meio próximo (bairro, mercado,

comércio, monumentos e instituições) como distante (Jardim Zoológico, empresas, fábricas,

jornais, TV, parques, quintas pedagógicas). Estimulamos a participação dos pais e famílias na

oferta de ideias e serviços.

Colaboração com outros parceiros educativos - Museu de Arte Antiga, Museu

Gulbenkian, Museu da Cidade, Museu da Eletricidade, Castelo de S. Jorge; Parque de

Monsanto, C.M.L., ETAR, Jerónimos, Pavilhão do Conhecimento, Oceanário, Museu do

Traje, Palácio da Ajuda, Palácio de Queluz, C.C.B., ESEMU, Jardim Botânico, Jardim

Zoológico, Quinta Pedagógica, Paróquias da Baixa-Chiado, Stª Isabel, Estrela e visitas de

estudo a empresas, fábricas, jornais, TV, parques, etc.

Cooperar com outros em tarefas e projetos comuns - ateliers semanais (ex.: tempos

definidos para trabalhar áreas diversificadas com grupos heterogéneos, dos 6 aos 10 anos –

expressão plástica e reciclagem, expressão dramática e pelo movimento, culinária, jogos

matemáticos); projetos a desenvolver ao longo do ano na sala de aula.

Comunicação e diálogo - valorizar as conversas diárias na aula sobre os mais variados

assuntos; desenvolver a exposição oral (dar oportunidade de intervir/ aprender a ouvir) e a

exposição escrita. “Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens múltiplas

como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do

mundo”9. “Permitir, promover e estimular tudo o que possa aumentar a capacidade expressiva

do indivíduo, para desenvolver a sua capacidade de pensar”. (João dos Santos)

Apoio ao Estudo - apoiar os alunos na criação de métodos de estudo e de trabalho e

visando prioritariamente o reforço do apoio nas disciplinas de Português e de Matemática;

Projetos - “tem o propósito de envolver os alunos na conceção, realização e avaliação de

projetos, permitindo-lhes articular saberes de diversas áreas curriculares em torno de

8 Cabral, Ruben de Freitas (1999). O Novo Voo de Ícaro - Discursos sobre Educação. Lisboa, ESE João de

Deus. 9 Orientações Curriculares para a Educação pré-escolar (1997). Lisboa, Ministério da Educação, DEB.

“O sistema educativo responde às necessidades resultantes da realidade social,

contribuindo para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos

indivíduos, incentivando a formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos

e solidários e valorizando a dimensão humana do trabalho.” (Lei de Bases do Sistema

Educativo)

19

problemas ou temas de pesquisa e de intervenção”10

. Cada aluno apresenta, em média, dois

trabalhos anuais.

Para além da sala de aulas, grande parte das aprendizagens acontecem no dia-a-dia e nas

situações quotidianas tais como: recreios; refeições; passeios; festas; visitas. Todas as

situações são aproveitadas para o desenvolvimento do “saber fazer” e da educação cívica.

“Educar é iniciar à vida”. (Maria Ulrich, s/d.)

4.1.3 Aprender a Viver Juntos

A Comissão Internacional sobre Educação para o SÉC.XXI alerta para a importância deste

pilar num mundo onde prolifera a violência, os conflitos, a autodestruição.

- É essencial educar para VIVER A PAZ - construída, criada, aprendida no dia-a-dia

através da consciencialização progressiva de que somos seres únicos, singulares mas

interdependentes e que “a única maneira de assegurarmos o nosso próprio desenvolvimento é

ajudando os outros a crescer.” (Bostingl)

Objetivos:

– Desenvolver o conhecimento acerca de si e dos outros, da sua história, tradições e

espiritualidade;

– Estimular a descoberta da riqueza e da variedade humana para respeitar os valores do

pluralismo, da compreensão mútua, da entreajuda pacífica;

– Percecionar as interdependências, realizando e participando em projetos comuns para evitar,

resolver e gerir conflitos, desenvolvendo em cada criança a capacidade de atuar em concerto

com os outros.

– Estimular a descoberta do outro que passa pela descoberta de si mesmo.

Todos os educadores têm a enorme responsabilidade de orientar esse caminho e estar

conscientes que são modelos que muito influenciam a descoberta dos valores de respeito e

justiça - a capacidade de abertura ao outro e a gestão das inevitáveis tensões entre pessoas,

grupos e nações.

10

Cabral, Ruben de Freitas (1999). O Novo Voo de Ícaro- Discursos sobre Educação. Lisboa, ESE João de

Deus.

“A educação promove o desenvolvimento do espírito democrático e

pluralista, respeitador dos outros e das suas ideias, aberto ao diálogo e à

livre troca de opiniões, formando cidadãos capazes de julgarem com

espírito crítico e criativo o meio social em que se integram e de se

empenharem na sua transformação progressiva.” (Lei de Bases do Sistema Educativo)

“Participação na vida cívica de forma livre, responsável, solidária e crítica.

Respeito e valorização da diversidade dos indivíduos e dos grupos quanto às

suas pertenças e opções.

A construção e a tomada de consciência da identidade pessoal e social.”

(C.N.E.B.C.E.)

20

“O confronto através do diálogo e da troca de razões, é um dos instrumentos

indispensáveis à educação futura”11

.

A palavra une-nos, mesmo no desacordo, porque nos afirma como seres que pensam

dialogando, daí a força pujante do diálogo como ação criadora e por natureza,

transformadora da realidade.

A autodisciplina aprende-se nas experiências quotidianas “não se promove com a

repressão nem com o autoritarismo, mas vivifica-se em ambientes verdadeiramente

democráticos.”12

– Promover o Ensino Misto - a diversidade humana é para nós uma “mais-valia” em

educação, quanto mais variado for o contexto social mais ricas são as experiências.

“Não há dúvida que o mundo é masculino e feminino e que não é admissível

qualquer diferenciação entre estas duas faces da realidade - a face masculina

aponta para a necessidade de estabelecimento de regras de convívio e para o seu

cumprimento, a face feminina aponta para a necessidade de nos

responsabilizarmos uns pelos outros, de cuidarmos uns dos outros - da

conjugação destas faces poderá surgir o estabelecimento duma sociedade

verdadeiramente interdependente”. 11

Estratégias

Aprender a Viver Juntos é da responsabilidade de toda a comunidade educativa sendo

valorizada no dia-a-dia:

– na sala de aula - através de conversas, discussões, debates,

– nos projetos de escola (Primária e/ou Infantil);

– nos grupos heterogéneos;

– na colaboração com outros parceiros educativos;

– no intercâmbio escolar nacional e internacional;

– em todas as atividades curriculares e extracurriculares (ex.: recreio, refeições,

festas, praia, passeios, visitas de estudo, natação, etc.);

“ (...) faz parte integrante do currículo a abordagem de temas transversais às

diversas áreas disciplinares, nomeadamente no âmbito da educação para os

direitos humanos, da educação ambiental e da educação para a saúde e o bem-

estar, em particular, a educação alimentar, a educação sexual e a educação para

a prevenção de situações de risco pessoal (como a prevenção rodoviária ou a

prevenção do consumo de drogas)”. (C.N.E.B.C.E.)

– na promoção da relação entre os diferentes níveis de ensino, reforçando o trabalho

em equipa entre o pré-escolar e o ensino básico, para garantir a continuidade

educativa;

– na admissão de todo o tipo de crianças, integrando-as de forma plena;

– no contacto e relação com os Pais, parte integrante do nosso trabalho.

11

Comissão Internacional sobre Educação para o séc. XXI (1996). Educação um Tesouro a Descobrir- Relatório

para a UNESCO. Porto, Edições Asa. 12

Cabral, Ruben de Freitas (1999). O Novo Voo de Ícaro- Discursos sobre Educação. Lisboa, ESE João de Deus

21

“A Escola é o prolongamento da família e prolonga-se por sua vez na vida

familiar” (Maria Ulrich).

Queremos refletir em conjunto a educação, pois estamos certos de que só unidos

podemos atuar no pleno desenvolvimento da criança. A colaboração dos pais é preciosa e

sempre bem-vinda tanto nas sugestões, observações e críticas, como na participação ativa nas

salas de aula para lançar e aprofundar temas de estudo.

O triângulo relacional Pais - Alunos - Escola deverá ser um triângulo

personalizante e concreto (Vasco Pinto Magalhães).

“Uma escola para o séc. XXI tem de considerar a família como parte integrante,

não só da sua estrutura humana, mas também do seu processo curricular. O

sucesso escolar dos alunos depende em grande medida do ambiente familiar e este,

não haja dúvida, que pode ser grandemente influenciado pela escola. É preciso não

esquecer que os pais, formatados que foram na escola tradicional, guardam-na

como referência principal com que avaliam e compreendem a escolaridade dos

filhos. Por outro lado, muitos dos pais têm as mesmas dificuldades que nós temos

em encontrar o sentido deste mundo novo... A escola deve desenvolver esforços

para não só integrar os pais na vida escolar dos filhos, mas também para orientar

os pais nos seus projetos educativos”13

.

Para Aprender a Viver Juntos é necessário:

– Promover o desenvolvimento social de cada criança numa atitude de interdependência como

plena cidadã do mundo - crítica, ativa, autónoma, livre, justa, íntegra, democrata com

experiências de pluralidade, inclusividade, solidariedade e cooperação, construtora de uma

cultura para a paz e o desenvolvimento.

“Não há autêntico convívio social porque não há respeito mútuo: não se respeita

nomeadamente nem o tempo, nem o trabalho de cada um, nem as suas ideias - se

diferem das nossas - nem o seu valor e originalidade que, até por vezes, nos

incomodam.” (Maria Ulrich, 1969)

4.1.4 Aprender a Ser

Aprender a Ser é o projeto essencial da educação e engloba todos os outros pilares do

desenvolvimento - Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer e Aprender a Viver Juntos -

formando um todo indissociável.

“O desenvolvimento tem por objeto a realização completa do homem, em toda a sua

riqueza e na complexidade das suas expressões e dos seus compromissos: indivíduo,

membro duma família e duma coletividade, cidadão e produtor, inventor de técnicas

e criador de sonhos”(Edgar Faure).

“Este desenvolvimento do ser humano, que se desenrola desde o nascimento até à

morte, é um processo dialético que começa pelo conhecimento de si mesmo para se

abrir, de seguida, à relação com o outro. Neste sentido, a educação é antes de mais

13

Cabral, Ruben de Freitas (1999). O Novo Voo de Ícaro- Discursos sobre Educação. Lisboa, ESE João de

Deus.

22

uma viagem interior, cujas etapas correspondem às da maturação contínua da

personalidade. (...) A educação como meio para a realização é, ao mesmo tempo,

um processo individualizado e uma construção social interativa”14

.

Dizia Chesterton que para ensinar latim ao John a 1ª coisa não é saber latim... é

saber quem é o John: e se fosse uma criança do Kosovo, ou um aluno deste colégio?

Que diferença! Pois bem: a 2ª coisa necessária para ensinar latim, ainda não é o

saber latim - é o estabelecer uma relação de confiança. E a 3ª é que o John queira...

que tenha alguma motivação, desejo ou mínimo de ideal e que haja um paradigma.

Só depois vem o latim, o saber latim.15

Aposta na formação da pessoa que é essencialmente cultural, de ideias, valores e atitudes - o

Horizonte Cristão de toda a pedagogia é o de uma personalização criativa – 14

A “bagagem

intelectual” é relevante para um profundo conhecimento do mundo sempre com o objetivo de

o transformar duma forma responsável e justa.

“Mais do que nunca a educação parece ter como papel essencial, conferir a todos

os seres humanos a liberdade de pensamento, discernimento, sentimento e

imaginação de que necessitam para desenvolver os seus talentos e permanecerem

tanto quanto possível, donos do seu próprio destino”.16

Um dos sintomas do nosso tempo individualista e pragmático é querer tudo e já,

apresentando esse pseudoideal com a capa do ser radical. Mas a radicalidade é a

capacidade de ir às raízes. A alternativa à aceleração, à quantidade e ao sucesso

fácil - é a paciência, a fortaleza, a qualidade e a profundidade. A tentação de

iludir o fracasso passa pela resiliência (capacidade de resistir ao choque, ao

fracasso), crescendo mais consciente dos seus limites, mais fortalecido na

verdade e no enfrentar de novos desafios - condição de criatividade. Temos tido

com demasiada frequência pedagogias de fragilização por querermos tanto

aplanar o terreno e tirar as pedras do caminho. 17

Criar condições e situações enriquecedoras que promovam nas crianças um Eu forte, não

no sentido de conquistar os outros mas antes na conquista pela entrega e na perseguição de

um mundo melhor e mais justo que passa pelo cuidado e respeito pelas pessoas e pelo meio

envolvente.

Um dos nossos principais objetivos é valorizar o desenvolvimento pessoal da criança

como ser único, com a sua história, as suas características individuais num determinado

contexto social, numa perspetiva de educação para a vida, o que implica uma “visão de cada

um no seu aspeto mais positivo.”(Maria Ulrich, s/d.)

“Nada há de mais desigual do que tratar como igual quem não é igual” (Jefferson). Cabe-nos

“conceber um processo que desafie os mais visionários e ao mesmo tempo que sustente e

desenvolva as insuficiências dos mais fracos.” 15

14

Comissão Internacional sobre Educação para o séc. XXI (1996). Educação um Tesouro a Descobrir- Relatório

para a UNESCO. Porto, edições Asa. 15

Magalhães, Vasco Pinto (2000). O Olhar e o Ver. Coimbra, Edições Tenacitas. 16

Cabral, Ruben de Freitas (1999). O Novo Voo de Ícaro- Discursos sobre Educação. Lisboa, ESE João de

Deus. 17

Magalhães, Vasco Pinto(2000). O Olhar e o Ver. Coimbra, Edições Tenacitas.

23

Outro objetivo, é pretender que as crianças se sintam felizes, equilibradas e integradas,

tendo em conta a necessidade “de proporcionar ocasiões de bem-estar e segurança,

nomeadamente no âmbito da saúde individual e coletiva”. 18

Neste sentido abordamos de forma própria a Educação Afetiva e Sexual. Para nós, é essencial associar a

sexualidade ao amor, ao afeto, à felicidade e à realização plena. O mais importante é despertar a criança para os

afetos, para a vida e o amor, para o respeito pelo seu corpo e o dos outros. A educação afetiva/sexual surge

naturalmente na nossa ação pedagógica, sendo tratada de forma transversal. É vista como uma educação

para a vida, para o desenvolvimento da pessoa, fazendo naturalmente parte do processo

educativo. As questões sobre sexualidade, amor, relações íntimas, exploração do corpo, vão aparecendo

naturalmente ao longo do ano letivo. A atitude, não é o educador dar uma resposta pronta para as perguntas mas

orientar os alunos à reflexão e à descoberta de soluções. Muitas vezes devolvemos as questões aos pais e

conversamos com eles para procurarmos linhas comuns de atuação. A nossa intervenção nesta área passa pelo

diálogo e didática às famílias.

O nosso principal objetivo é valorizar os pais na formação da sexualidade dos seus filhos, são eles os principais

responsáveis, os primeiros educadores. Essa tarefa é insubstituível e por toda a vida. À escola pede-se uma

colaboração estreita, um saber complementar em articulação com a família.

Educar com valores é a base do nosso projeto educativo.

“Viver é escolher. Escolhemos de acordo com os nossos valores”. (Maria Ulrich,1988)

“Se a ética nos permite a construção de uma sociedade baseada no bem, na

democracia, na justiça, na liberdade, e se a estética nos leva a uma visão mais

gratificante e enriquecedora porque nos alicerça no belo, a emergência confere à

nossa existência a oportunidade e possibilidade de se afirmar não só no ser, mas

sobretudo no tornar-se.”19

“Só homens retos e responsáveis, desinteressados e generosos, corajosos e

inconformistas, respeitadores e capazes de colaborar entre si, poderão formar um

Mundo Novo porque tanto ansiamos e que estamos tão longe de ver realizado”. (Maria Ulrich, 1973)

4.2. DE ÂMBITO INSTITUCIONAL (participação, relações com a comunidade,

formação de professores e funcionários, relações humanas...)

Como já foi referido o Externato “O Nosso Jardim”, situa-se num bairro de Lisboa.

Desde cedo os alunos aprendem a conhecer a pé as diversas ruas, a relacionar-se com os

comerciantes que por aqui têm estabelecimentos – e aí fazerem pequenas compras – a

conhecer os locais de entretenimento, a frequentarem a Igreja, tanto para participar em

Celebrações como para conhecer o seu património artístico, a apreciar, valorizar e desfrutar os

espaços verdes.

Numa perspetiva de valorização própria têm visitado lares da terceira idade; também têm

mantido contacto com alunos de outras escolas.

Há uma inter-relação frequente com a ESEIMU.

18

Orientações Curriculares para a Educação pré-escolar (1997). Lisboa, Ministério da Educação, DEB 19

Cabral, Ruben de Freitas (1999). O Novo Voo de Ícaro- Discursos sobre Educação. Lisboa, ESE João de

Deus.

24

De entre todas as vertentes que numa escola determinam o êxito do processo educativo,

sobressai a qualidade do corpo docente.

É pois da maior importância apoiar a formação contínua dos professores e/ou promover,

facilitar a sua participação em ações de formação.

Estamos sempre abertos e disponíveis para receber e partilhar experiências com outros

parceiros educativos (ex.: somos Centro de Estágio dos alunos da ESEIMU, do ISEC;

participamos nos projetos de formação entre escolas)

Os auxiliares de ação educativa têm a responsabilidade de educar os alunos segundo o

espírito do Projeto Educativo, em todos os âmbitos que integram a sua área de trabalho: em

colaboração na sala de aula, como vigilantes no recreio, ao acompanhar a distribuição de

refeições, etc.

Assim a formação dos auxiliares de ação educativa deve abranger os seguintes aspetos:

conhecimento do Projeto Educativo e das suas implicações na forma de lidar diariamente com

os alunos; formação pessoal e profissional que favoreça uma educação integral e de qualidade

de forma a poder melhorar o trabalho realizado; formas e regras de relacionamento com os

pais dos alunos.

Desejamos promover a coerência entre a educação proporcionada na família e a ação

educativa do Externato assim como o diálogo Escola/Pais.

Oferecemos aos Pais momentos de formação através de encontros temáticos pontuais,

integrados ou não, nas reuniões de Pais.

4.3. DE ÂMBITO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO

(prioridades orçamentais)

A gestão financeira do Externato é feita pela Associação de Pedagogia Infantil.

É dada prioridade à compra de material didático necessário nas diversas salas de aula, à

formação de Professores e à manutenção do equipamento e do edifício escolar.

5. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO:

5.1. INDICAÇÃO DAS LINHAS GERAIS DE ATUAÇÃO (articulação entre os objetivos

anteriores e a execução de outros documentos da vida escolar como o Projeto Curricular de

Escola, o Plano Anual de Atividades, o Regulamento Interno...)

Para atingir os objetivos por nós definidos iremos desenvolver um conjunto de atividades,

a partir das quais se pretende atingir “os conhecimentos e as capacidades essenciais que os

alunos devem adquirir, nos diferentes anos de escolaridade. As Metas Curriculares referem-

se àquilo que pode ser considerado como a aprendizagem essencial a realizar pelos alunos em

cada disciplina, por ano de escolaridade”, tendo em conta uma articulação de saberes,

partindo da realidade concreta da comunidade, da escola e dos nossos alunos, tendo em conta

as suas potencialidades, os seus saberes, interesses e necessidades.

Iremos promover atividades que provoquem vivências de cidadania envolvendo os alunos

na construção de regras.

As atividades previstas têm subjacente uma metodologia de projeto, através de práticas de

trabalho individual e em grupo, através da observação e análise da realidade local, pesquisa,

recolha e investigação, tendo em vista o desenvolvimento da autonomia e intervenção crítica

dos alunos.

25

Esta é uma oportunidade de tornar as aprendizagens “ativas, significativas, diversificadas,

integradas e socializadoras” que garantam o direito ao sucesso de todos os alunos e que

desenvolvam as capacidades do domínio cognitivo, socio emocional promovendo a formação

de cidadãos responsáveis, autónomos e participativos.

Através do desenvolvimento das atividades propostas no plano anual de atividades,

pretendemos incutir o cumprimento de regras básicas nos alunos e transmitir e desenvolver

valores.

“As atuais metas curriculares, sendo fiéis aos princípios em que se baseiam, identificam e

operacionalizam os desempenhos que traduzem os conhecimentos a adquirir e as capacidades

a desenvolver pelos alunos, respeitando a sua ordem de progressão e tendo em consideração

os processos necessários a essa mesma aquisição e desenvolvimento.” (Metas Curriculares, 2012)

A função da escola é transmitir o gosto e o prazer de aprender a aprender, a

curiosidade intelectual, o que implica esforço, dedicação, persistência e a

realização responsável do projeto pessoal para transformar o mundo em algo

melhor.

26

PROJETO CURRICULAR DE ESCOLA “O Nosso Jardim” - 2015/16 Nota Prévia: O Projeto Curricular de Escola tem como objetivo articular o Currículo Nacional EB (as

Metas Curriculares constituem as referências fundamentais para a organização do ensino,

conjuntamente com os Programas de cada disciplina, apresentando os conteúdos ordenados

sequencialmente ou hierarquicamente, ao longo das várias etapas de escolaridade, com

anualização das aquisições pretendidas) com o Projeto Educativo de “O Nosso Jardim”

realçando as atividades específicas e singulares deste Externato, dando-lhes coerência e

sentido.

Cada escola desenvolve um currículo com características próprias que surge do equilíbrio de

muitas forças: os alunos; os professores; os funcionários; os pais e todo o contexto em que

está inserida.

Este documento visa estimular um projeto de escola dinâmico que se vá adaptando às

necessidades de todos os intervenientes sem perder de vista o currículo oficial.

É um instrumento de gestão pedagógica que leva ao aperfeiçoamento ilimitado e contínuo do

Aprender a Conhecer; Aprender a Fazer; Aprender a Viver Juntos e Aprender a Ser.

O PCE será o suporte das aprendizagens curriculares adequadas ao 1º Ciclo do EB.

Enquadramento legal:

Na elaboração deste Projeto tivemos, em linha de conta, os seguintes documentos oficiais: Decreto-Lei nº 6/2001, Despacho nº19 575/2006

Lei nº30/2002, Lei n.º 3/2008, Despacho n.º30265/2008

Decreto-Lei nº209/2002

Despacho conjunto nº1081/2005

Decreto-Lei nº49/2005

Lei nº 49/2005 de 30 de agosto - Segunda alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo.

Despacho Normativo nº50/2005 Implantação dos planos de recuperação, acompanhamento e desenvolvimento.

Despacho Normativo nº1/2005 de 5 de janeiro, substitui o 30/2001.

Despacho Normativo n.º 1/2006

Despacho Normativo nº18/2006

Despacho Normativo nº 12 591/2006

Despacho nº19 575/2006 Organização curricular e programas do Ensino Básico

Despacho n.º 29865/2007. Aprova o calendário das adoções de manuais escolares a partir do ano letivo de 2008-2009

Decreto-Lei nº3/2008, Lei n.º 21/2008 e Lei n.º 39/2010

Despacho Normativo nº6514/2009

Decreto-Lei nº60/2009 - Portaria n.º 196-A/2010 - regime de aplicação da educação sexual

Lei n.º 39/2010 de 2 de setembro.

Despacho n.º 17169/2011, de 23 de dezembro - Revoga o documento Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências Essenciais, divulgado em 2001.

Despacho n.º 17169/2011, de 23 de dezembro

Decreto-Lei n.º 176/2012 de 2 de agosto

Lei n.º 51/2012 de 5 de setembro. Aprova o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, que estabelece os direitos e os deveres do aluno dos ensinos básico e

secundário e o compromisso dos pais ou encarregados de educação e dos restantes membros da comunidade educativa na sua educação e formação.

Despacho normativo n.º 24-A/2012, de 6 de dezembro, Série II - Regulamenta a avaliação do ensino básico.

Despacho n.º 10874/2012, de 10 de agosto, Série II - Homologa as Metas Curriculares das disciplinas de Português, Matemática, TIC, EV e ET, do ensino

básico.

Despacho n.º 5306/2012, de 18 de abril - Criação e Propósito das Metas Curriculares.

Despacho N.º 15971/2012, DR. Série - II, de 14 de dezembro. Define o calendário de implementação das Metas Curriculares enquanto documentos de

utilização obrigatória por parte dos professores, bem como os seus efeitos na avaliação externa dos alunos.

Despacho normativo n.º 13-A/2012 de 5 de Junho

Decreto-Lei nº 139/2012, de 05 de julho (inclui as matrizes curriculares do Ensino Básico e Secundário)

Despacho normativo n.º 24-A/2012, 6 dez, Série II - Regulamenta a avaliação do ensino básico.

Decreto-Lei n.º 152/2013 de 4 de novembro - Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior

Decreto-Lei n.º 91/2013 de 10 de julho (consultar o site: http://www.min-edu.pt/np3/5122.html)

Despacho nº 9888-A/2013 – Homologação do Programa do Ensino Básico

Despacho normativo n.º 6/2014

Despacho n.º 8651/2014. O calendário escolar constitui -se, assim, como elemento indispensável à planificação das atividades a desenvolver por cada

agrupamento de escolas e escolas não agrupadas, tendo em vista a execução do seu projeto educativo e do seu plano anual de atividades.

Portaria n.º 59/2014 de 7 de março - autonomia pedagógica das escolas particulares e cooperativas a que se refere o artigo 37.º do Decreto -lei n.º 152/2013, de

4 de novembro

Despacho N.º 7442-D/2015, de 03 de julho - Regulamenta a avaliação e certificação dos conhecimentos adquiridos e das capacidades desenvolvidas pelos

alunos do ensino básico

Decreto-Lei n.º 176/2014, de 12 de dezembro; Portaria n.º 260-A/2014, de 15 de dezembro; Despacho N.º 151/2015, DR. n.º 4, Série - II, de 7 de janeiro -

introdução da disciplina de Inglês no currículo, como disciplina obrigatória a partir do 3.º ano de escolaridade, definição da habilitação profissional para lecionar

Inglês no 1.º ciclo, homologa as Metas Curriculares da disciplina de Inglês do 1.º ciclo do ensino básico.

Despacho Normativo n.º 13/2014, de 15 de setembro - Homologa o Programa de Português do Ensino Básico.

27

TEMA do PROJETO CURRICULAR DE ESCOLA PARA 2015/16:

“Um ano para mudar o mundo.”

Desafios:

Os guardiões da memória;

O colecionador de maravilhas;

Os conquistadores da felicidade…

“O Nosso Jardim”, inspirado no Ano Europeu para o Desenvolvimento (2015), quer também

estar desperto para este tema!

Queremos apostar num ano para despertar consciências e tentar tornar o mundo num

lugar mais justo!

Podem as crianças de hoje contar com um futuro melhor? O que será das crianças de amanhã?

Estas e muitas outras questões vão ajudar-nos a encontrar pistas para agirmos melhor na

nossa casa comum. O Ano Europeu do Desenvolvimento (AED) é uma iniciativa que vai decorrer durante o ano de 2015 em todos

os países da União Europeia, com o mote “O nosso mundo, a nossa dignidade, o nosso futuro”. O Ano Europeu

para o Desenvolvimento foi proclamado em 2015 e tem na sua origem os Objetivos de Desenvolvimento do

Milénio. Estes objetivos foram definidos em 2000, na Cimeira do Milénio, onde estavam reunidos os dirigentes

mundiais que se comprometeram a atingir um conjunto de objetivos referentes a questões como a pobreza, o

ambiente e o desenvolvimento. Em 2015, tornou-se necessária uma nova Agenda de Desenvolvimento Global e

neste sentido surgiu o Ano Europeu para o Desenvolvimento. O objetivo passa por informar, sensibilizar e

promover o interesse, a participação ativa e o pensamento crítico dos cidadãos europeus relativamente ao

desenvolvimento global. Camões – Instituto de Cooperação e da Língua

O mundo de hoje definitivamente não é um paraíso. Fome, abusos, pobreza, poluição e

violência já se tornaram problemas banais. O mundo nunca foi, e provavelmente nunca será

perfeito, mas isso só significa que há muito espaço para melhorias! Você pode ajudar a criar

um mundo melhor para o futuro. E não é tão difícil quanto você imagina. http://pt.wikihow.com/Ajudar-a-Mudar-o-Mundo

Seja a mudança que quer ver no mundo. (Mahatma Gandhi)

Não há nada mais trágico neste mundo do que saber o que é certo e não o fazer. Que tal

mudarmos o mundo começando por nós mesmos? (Martin Luther King)

Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar-se a si mesmo. (Leon

Tolstoi)

A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela)

Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e comprometidas pode mudar o

mundo. De fato, sempre foi assim que o mundo mudou. (Margaret Mead)

Antes de iniciares a tarefa de mudar o mundo, dá três voltas à tua própria casa. (Provérbio

Chinês)

Sozinha não posso mudar o mundo, mas posso lançar uma pedra sobre as águas e fazer muitas

ondas. (Madre Teresa de Calcutá)

Todos os dias são bons para mudar o mundo. Mas hoje continua a ser o melhor dia.

(Luciano Larrossa)

Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo.

(Malala Yousafzai - Prêmio Nobel da Paz 2014) http://movimentomudaromundo.blogspot.pt/

28

Organização Calendário e horário escolar

O calendário escolar é determinado anualmente pelo Ministério da Educação em Diário da

República. (Despacho 7104-A/2015, de 26 de junho)

Os Encarregados de Educação serão informados do calendário em vigor no início de cada ano

letivo.

O 1º período começa dia 11 de setembro 2015, 6ª feira, e acaba a 18 de dezembro, 6ª feira,

(oficialmente começa dia 15/9 e acaba a 17/12) sendo a festa de Natal no dia 19, sábado.

O 2º período começa a 4 de janeiro e acaba a 18 de março de 2016.

O 3º período começa a 4 de abril e acaba a 9 de junho, há atividades até 30 de junho.

As atividades letivas decorrem em dois períodos – um de manhã e outro à tarde.

Período da manhã – das 9.00 h às 12.00h

Almoço – às 12.00h

Período da tarde – das 13.45h às 16.00h

29

Horário 2015/2016 – 1.º Ano - Ana Mesquita

Tempos letivos 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

9h00 10h00 Português Matemática Português Matemática Português

10h00 11h00 Português Matemática Português Inglês Português

11h00 12h00 Matemática Português Matemática Matemática Matemática

12h00 12h30 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO

12h30 13h45 RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO

13h45 14h00 Tempo de leitura Apoio ao Estudo Apoio ao Estudo Tempo de leitura Tempo de leitura

14h00 15h00 Expressões

Ateliers

Estudo do Meio Expressão Físico

ou Motora

Estudo do Meio Expressão Físico

ou Motora

15h00 16h00 Apoio ao Estudo Inglês Educação Moral e

Religiosa

Expressão

Musical

Estudo do Meio

30

Horário 2015/2016 – 1.º Ano – Inês

Tempos letivos 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

9h00 10h00 Matemática Português Português Matemática Português

10h00 11h00 Português Matemática Português Matemática Português

11h00 12h00 Português Matemática Matemática Inglês Matemática

12h00 12h30 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO

12h30 13h45 RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO

13h45 14h00 Tempo de leitura Apoio ao Estudo Apoio ao Estudo Tempo de leitura Tempo de leitura

14h00 15h00 Expressões

Ateliers

Inglês Expressão Físico

ou Motora

Expressão

Musical

Expressão Físico

ou Motora

15h00 16h00 Apoio ao Estudo Estudo do Meio Educação Moral e

Religiosa

Estudo do Meio Estudo do Meio

31

Horário 2015/2016 – 2.º Ano - Ana Maria

Tempos letivos 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

9h00 10h00 Português Matemática Português Inglês Português

10h00 11h00 Matemática Português Português Matemática Inglês

11h00 12h00 Português Matemática Matemática Matemática Matemática

12h00 12h30 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO

12h30 13h45 RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO

13h45 14h00 Tempo de leitura Apoio ao Estudo Apoio ao Estudo Tempo de leitura Tempo de leitura

14h00 15h00 Expressões

Ateliers

Estudo do Meio Português Expressão

Musical

Estudo do Meio

15h00 16h00 Apoio ao Estudo Educação Moral e

Religiosa

Expressão Físico

ou Motora

Estudo do Meio Expressão Físico

ou Motora

32

Horário 2015/2016 - 2º ano – Madalena

Tempos letivos 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

9h00 10h00 Matemática Matemática Português Matemática Português

10h00 11h00 Português Matemática Português Matemática Matemática

11h00 12h00 Português Português Matemática Português Inglês

12h00 12h30 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO

12h30 13h45 RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO

13h45 14h00 Tempo de leitura Apoio ao Estudo Apoio ao Estudo Tempo de leitura Tempo de leitura

14h00 15h00 Expressões

Ateliers

Inglês Expressão Musical Estudo do Meio Estudo do Meio

15h00 16h00 Apoio ao Estudo Estudo do Meio Expressão Físico ou

Motora

Educação Moral e

Religiosa

Expressão Físico ou

Motora

33

Horário 2015/2016 – 3º ano - Filipa

Tempos letivos 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

9h00 10h00 Português Matemática Português Matemática Inglês

10h00 11h00 Português Matemática Matemática Matemática

Português

11h00 12h00 Matemática Inglês Matemática Português Português

12h00 12h30 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO

12h30 13h45 RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO

13h45 14h00 Tempo de leitura Tempo de leitura Tempo de leitura Apoio ao Estudo Apoio ao Estudo

14h00 15h00 Expressões

Ateliers

Apoio ao Estudo Educação Moral e

Religiosa

Estudo do Meio Educação Física

15h00 16h00 Estudo Meio Educação Física Expressão

Musical

Português Estudo Meio

34

Horário 2015/2016 – 4º ano – Clara

Tempos letivos 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

9h00 10h00 Português Matemática Português Matemática Inglês

10h00 11h00 Português Inglês Matemática Matemática

Português

11h00 12h00 Matemática Matemática Matemática Português Português

12h00 12h30 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO

12h30 13h45 RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO

13h45 14h00 Tempo de leitura Tempo de leitura Tempo de leitura Apoio ao Estudo Apoio ao Estudo

14h00 15h00 Expressões

Ateliers

Expressão

Musical

Apoio ao Estudo Educação Física Estudo do Meio

15h00 16h00 Estudo Meio Educação Física Educação Moral e

Religiosa

Português Estudo Meio

35

Horário 2015/2016 – 4º ano – Teresa

Tempos letivos 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

9h00 10h00 Matemática Inglês Português Matemática Português

10h00 11h00 Português Matemática Português Matemática

Português

11h00 12h00 Português Matemática Matemática Português Matemática

12h00 12h30 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO

12h30 13h45 RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO RECREIO

13h45 14h00 Tempo de leitura Tempo de leitura Apoio ao Estudo Tempo de leitura Apoio ao Estudo

14h00 15h00 Expressões

Ateliers

Educação Física Expressão

Musical

Inglês Estudo do Meio

15h00 16h00 Estudo Meio Apoio ao estudo Educação Moral e

Religiosa

Educação Física Estudo Meio

36

Planificação das atividades/Calendarização 2015/16

Setembro - Receção aos novos alunos: as educadoras que os acompanharam na pré-primária do

Nosso Jardim recebem-nos em conjunto com as novas professoras; todos os alunos do

colégio criam atividades que lhes facilitem a integração no novo espaço escolar e

fazem uma festa de boas vindas.

- Relançamento dos Ateliês – atividades expressivas semanais, plásticas ou lúdicas, em

que todas as crianças do Colégio são organizadas por grupos transversais que se

mantêm ao longo do ano letivo.

- O 1º ano visita o Jardim Zoológico para apresentar o 1º Livro de Leitura “A Ilha dos

Segredos”.

- Jogo de Pista para lançar o tema do Projeto Curricular de Escola: “Um ano para

mudar o mundo.”

Outubro

- Reuniões de Pais por anos escolares - para darmos a conhecer os programas, as

características das diferentes idades, as metas curriculares e respondermos às suas

perguntas e sugestões. Os filhos preparam surpresas, desafios e deixam recados aos

seus pais para os envolverem melhor na vida escolar.

- Missa de início do ano para Jesus voltar ao Sacrário e despertar as visitas à capela.

- Promovem-se as Visitas de Estudo de acordo com os interesses de cada ano.

- Visita-se o Bairro onde o Colégio está situado.

Novembro - Dia 8 – Festa da Escola ESEIMU.

- Festa de S. Martinho, no recreio do Colégio (magusto + saltar à fogueira).

Dezembro - Missa de S. Nicolau, na Igreja de S. Nicolau, com o Sr. Padre Mário Rui (orientador

espiritual do Nosso Jardim).

- Viver o Advento para melhor preparar o Natal, encontros na capela.

- Campanha de solidariedade - venda de Natal com objetos criados pelos alunos nos

ateliers para ajudar uma família.

- Criar presentes de Natal para os pais.

- Festa de Natal da Primária em conjunto com a Infantil para que se promova a

colaboração entre irmãos e crianças de diferentes idades (dramatização de um Auto de

Natal).

37

Janeiro - Dia de Reis: confeção individual do Bolo-rei para oferecer à família.

- Segunda reunião geral de Pais do 1º ano.

Fevereiro - Partidas de Carnaval (teste surpresa).

- Festa de Carnaval (jogos tradicionais e partidas) no recreio do Colégio.

Março - Preparação e celebração da Quaresma.

- Campanha de solidariedade.

- Preparação do presente do Dia do Pai.

- Passeio da Páscoa em conjunto com a Secção Infantil, piquenique com caça aos ovos.

Abril - Ensaio do coro do colégio para a 1ª Comunhão.

- Visita Pascal.

Maio

- Preparação do presente do Dia da Mãe.

- Vivência do Mês de Maria.

- Preparação e decoração do colégio para a festa da 1ª Comunhão.

- Festa da Primeira Comunhão dos alunos do 3º ano – pequeno-almoço no colégio para

as famílias.

Junho - Festa de Fim de Ano com participação ativa dos alunos na produção do guião e

representação da mesma.

- Despedida dos alunos finalistas.

Julho - Viagem ao Algarve com os alunos finalistas.

- Durante as primeiras três semanas fazemos praia com grande parte dos alunos.

(ver em anexo a calendarização)

38

Objetivos do 1º Ciclo E.B. no Nosso Jardim:

- Participação e envolvimento dos pais na vida escolar (partilha de conhecimentos).

- Projetos de investigação individuais e em grupo e apresentação oral.

- Conversa sobre o fim-de-semana.

- Leitura individual diária (15 minutos).

- Momento de oração na capela (uma vez por semana).

- Ateliês Expressivos para grupos heterogéneos, com misturas de todos os anos escolares, vão

continuar uma vez por semana com maior organização e interligação com o projeto do colégio

“Um ano para mudar o Mundo”. Os grupos de alunos rodam pelos diferentes ateliês ao longo

do ano: Culinária, Pintura e Desenho, Modelagem, Trabalhos Manuais, Experiências. - As

visitas de estudo e o conhecimento do mundo real são fomentados porque “educar é iniciar à

vida.” (Mª Ulrich)

- Cada professora fica responsável por um dia de recreio.

- Promover e desenvolver a biblioteca para se tornar um verdadeiro Centro de Documentação.

- Despertar e sensibilizar os alunos para a Filosofia, para a capacidade de pensar, de raciocinar

com lógica, de ser crítico, de refletir sobre o mundo e a humanidade duma forma transversal.

- O Inglês - Apostar na KNOW HOW para uma formação de qualidade

- Estimular as TIC (tecnologias de informação e comunicação). Todos os alunos têm acesso à

Escola Virtual e todas as professoras tiveram uma formação para rentabilizarem esta

plataforma.

- Estimular e desenvolver o espírito científico - não só através de parcerias especializadas mas

na continuidade e prolongamento dessas sessões na sala de aula.

- Haver maior exigência e criatividade nas aprendizagens básicas: escrever; ler e contar.

- Apostar numa maior organização institucional e calendarização (no caderno de recados há

um registo das faltas mas sobretudo valoriza o brio). O toque de entrada é às 9h00m, a saída

às 16h.

- Promover e estimular a integração e participação dos pais no colégio. Promover uma

exposição sobre o projeto.

- Facultar atividades extracurriculares (Pintura e Desenho, Drama, Viola, Xadrez, Judo etc.),

tentando corresponder aos pedidos dos pais.

- Apostar na formação contínua de professores. Em 2015: Formação na Educação Social e

Financeira – conceito Aflatoun.

- Fazer intercâmbio escolar.

39

PORTUGUÊS - A aprendizagem da leitura e escrita, no 1º ano, é feita através de um método

próprio e interativo. A história “A ilha dos Segredos”, que serve de base para esta

aprendizagem, é introduzida com uma visita ao Jardim Zoológico, que torna as personagens

da história mais significativas (hipopótamos, águia real, zebra…).

Para a aplicação deste método são utilizados quatro manuais elaborados no colégio.

No final da primeira fase deste método, que corresponde à conclusão do primeiro manual, os

alunos organizam e representam o teatro “A Ilha dos Segredos” para todo o colégio e

familiares.

Para o desenvolvimento da expressão oral privilegiamos as conversas com os alunos, criando

vários momentos de reflexão e de partilha.

Para promover o gosto pela leitura as professoras leem aos alunos obras selecionadas, de

autores portugueses e estrangeiros (Sophia de Melo Breyner, Luísa Ducla Soares, Hans

Christian Andersen e outros).

Diariamente há um tempo comum a todo o colégio de leitura individual e silenciosa.

Ao nível da escrita promove-se, no 1º e 2º anos, um ensino mais lúdico através de

dramatizações de guiões criados pelos alunos, poemas, canções…procurando desenvolver o

gosto pela escrita, passando gradualmente a uma aprendizagem mais formal no sentido de

adquirir a capacidade de organização e planeamento de um texto escrito.

Uma das estratégias para trabalhar obras literárias de uma forma integral é a utilização de

roteiros que permitem uma maior exploração da história.

Para desenvolver a memória e a ortografia, uma das ferramentas utilizadas é o auto ditado,

atividade em que o aluno memoriza o texto e posteriormente escreve-o.

MATEMÁTICA - Algumas das formas de motivar os alunos para a aprendizagem da

matemática são: a realização de um concurso de números e de tabuadas; a utilização de jogos

lúdicos como o jogo do Banqueiro ou a Volta ao Mundo; a introdução de novos conteúdos

através de histórias ou de experiências da vida prática, etc. Os materiais de apoio ao cálculo

são uma constante nas salas de aula. Tudo isto torna a aprendizagem mais significativa.

ESTUDO DO MEIO - Os trabalhos de projeto, individuais ou em grupo, fazem parte das

metodologias dos professores para abordar temas de Estudo do Meio.

A participação dos pais é frequente, enriquecendo e apresentando alguns assuntos.

HISTÓRIA DE PORTUGAL - Ao longo do 3º e 4º anos, a História de Portugal é trabalhada

de forma mais aprofundada com recurso a um livro de fichas de leitura elaboradas pela mãe

40

de um aluno, um manual de consulta e fichas de orientação elaboradas pelas professoras do

colégio.

INGLÊS - A abordagem é feita de forma gradual, podendo ser iniciada no Jardim de Infância

através de jogos e canções, sendo continuada até ao 4º ano. A partir do 3º ano pretende-se que

os alunos já tenham um bom domínio da língua ao nível da compreensão, do vocabulário, do

discurso oral e uma sensibilização à escrita.

APOIO AO ESTUDO - No 1.º ciclo, o Apoio ao Estudo é de frequência obrigatória e tem por

objetivo apoiar os alunos na criação de métodos de estudo e de trabalho, visando

prioritariamente o reforço do apoio nas disciplinas de Português e de Matemática mas

também incentivar o gosto pela organização pessoal, desenvolver o ensino prático das

técnicas de estudo, incentivar o prazer de saber pela autonomia do estudo, ajudar de forma

construtiva, o sucesso pessoal e educativo, desenvolver a capacidade de aprender, explorar o

potencial de cada aluno e rentabilizá-lo ao nível da partilha no grupo.

1º Ciclo

Componentes do Currículo

“U

m a

no

pa

ra m

ud

ar

o m

un

do

.”

Português (mínimo 7h)

Matemática (mínimo 7h)

Estudo do Meio (mínimo 3h)

Expressões Artísticas e Fisico-Motoras (mínimo 3h)

Inglês (mínimo 2h para o 3º e 4º ano)

Apoio ao Estudo (mínimo 1,5h)

Oferta Complementar: TIC e Ateliers para

trabalhar o tema do ano e a cidadania.

Atividades de Enriquecimento Curricular:

Xadrez; Desenho e Pintura, Inglês, Expressão

Dramática, Judo, Viola.

Educação Moral e Religiosa

41

6. DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E

FUNCIONAL:

6.1. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL GLOBAL (órgãos fundamentais, composição,

relacionamento, funcionamento, organigrama)

O Conselho Diretor da API dirige e administra a Associação em geral, conforme o que

está determinado nos seus estatutos, e delega os seus poderes de gestão corrente nos

responsáveis pelos diversos setores da Associação.

API

Mesa da Assembleia

ESEIMU O Nosso Jardim

Infantil

O Nosso Jardim

Primária

Direção

Conselho Pedagógico

Professores/

Educadores

Titulares

Psicóloga

Técnica de Reabilitação Social

Professores

Complementares

Pessoal Auxiliar de Ação

Educativa

A l u n o s

Conselho Diretor Conselho Fiscal

Direção

Conselho Pedagógico Psicóloga

Diretora

da

Creche

Educadores

Titulares

Professores

Complementares

Pessoal Auxiliar

de Ação

Educativa

42

REGULAMENTO INTERNO

DIREÇÃO

Composição da Direção na Secção Infantil:

1 Diretor/Gestor do Pré-escolar

1 Diretor da Creche

Composição da Direção na Secção Primária:

1 Diretor/Gestor

A Direção é nomeada pelo Conselho Diretor da Associação de Pedagogia Infantil,

ouvido o Conselho Pedagógico, por um período de 3 anos, podendo ser reconduzida.

Funções da Direção:

– Representar oficialmente “O Nosso Jardim”;

– Aprovar o Projeto Educativo (PE) e o Regulamento Interno (RI) - velar pelo seu

cumprimento;

– Cumprir e fazer cumprir as leis e disposições vigentes;

– Dirigir, coordenar e avaliar as atividades internas favorecendo a comunicação entre todos,

sendo o elo de ligação entre as secções e a API;

– Delegar funções estimulando a participação, apoiando os projetos, modelando

expectativas elevadas, aproveitando as capacidades das pessoas, envolvendo-as e

responsabilizando-as pelo Projeto Educativo, incentivando equipas de trabalho e

compromissos de realização;

– Informar e integrar os Pais na vida de “O Nosso Jardim”, promovendo o contacto, a inter-

relação e integração tanto no Projeto Educativo como no Regulamento Interno;

– Convocar e presidir às reuniões gerais de professores e de pais;

– Participar e colaborar com o Ministério da Educação e Centro Regional de Segurança

Social de Lisboa;

– Dar a conhecer e integrar os novos Educadores/Professores no Projeto Educativo e no

Regulamento Interno;

– Investir no centro de documentação, no material didático e nas novas tecnologias de

informação e comunicação (TIC);

– Responsabilizar-se pela admissão de alunos e definir o número de crianças por sala de

aula;

43

– Responsabilizar-se pela conservação e sanidade da instituição, tanto das suas instalações

como dos serviços;

– Admitir e demitir o pessoal docente e pessoal auxiliar da escola; exercer a sua chefia e

formalizar os contratos de trabalho;

– Fomentar a formação e a qualificação permanente dos intervenientes da ação educativa

numa atitude de renovação e abertura ao exterior;

– Despachar a correspondência oficial e assinar os documentos académicos;

– Elaborar o orçamento e o relatório de prestação anual de contas;

– Autorizar as despesas de acordo com o orçamento da escola;

– Cobrar as mensalidades e cumprir as obrigações fiscais.

CONSELHO PEDAGÓGICO

Na Secção Primária é constituído pela Direção, pelos Educadores/ Professores

titulares.

Na Secção Infantil é constituído pela Direção e pelos Educadores de Infância.

O Conselho Pedagógico reúne com periodicidade mensal.

Funções do Conselho Pedagógico:

– Elaborar, aprovar e avaliar o Projeto Educativo (PE),

– Elaborar e aprovar o Regulamento Interno (RI);

– Dar parecer sobre a Direção das Secções e sua distribuição de funções.

– Representar e facilitar a participação dos alunos na vida da escola e nos seus processos de

aprendizagem;

– Apresentar propostas sobre o Projeto Curricular de Escola, a programação geral e as

atividades complementares;

– Fazer a programação didática (objetivos, metodologia, manuais, recursos, timings,

organização de conteúdos, avaliação, etc.) de acordo com o Currículo Oficial, com o Projeto

Curricular de Escola, de Ano e de Aula;

– Planear e avaliar os projetos curriculares, os aspetos da docência e da programação em

geral;

– Promover iniciativas em matéria de formação de professores e propor atividades de

aperfeiçoamento com a finalidade de atualização;

– Colaborar na integração dos novos Educadores/Professores no Projeto Educativo e no

Regulamento Interno;

44

– Colaborar e apoiar a equipa pedagógica na resolução de problemas da ação educativa;

– Avaliar o funcionamento interno e o rendimento escolar estabelecendo critérios e sistemas

de avaliação dos alunos (orientação e recuperação), dos anos escolares e das turmas;

– Integrar os alunos diferentes e especiais;

– Estimular e promover a interdisciplinaridade com outras áreas tais como a Educação

Física, a Expressão Musical, a Catequese, o Inglês;

– Promover iniciativas de experimentação e investigação pedagógica;

– Programar e organizar atividades complementares e extraescolares em colaboração com

outros parceiros educativos;

– Atualizar o centro de documentação, o material didático e as TIC;

– Promover a colaboração cultural e educativa com outras escolas;

– Zelar pela conservação das instalações e do equipamento escolar;

– Colaborar com a Direção dando o seu parecer quanto ao número de alunos por sala de

aula.

Educadores/Professores Titulares:

Têm autonomia nas suas funções, assente no compromisso de aderir à Missão e Visão

do “Nosso Jardim”, vivendo a Filosofia Humanista Cristã, demonstrando profundo

respeito pelos primeiros anos de vida, pelo valor da pessoa humana e pela construção

autónoma do ser como centro de atribuição de liberdade e responsabilidade.

Funções dos Educadores/Professores Titulares:

– Conduzir o processo de ensino e aprendizagem dos seus alunos e ser corresponsável pelo

ato de educar;

– Cooperar na construção e avaliação do Projeto Educativo, do Regulamento Interno, do

Projeto Curricular de Escola e de Ano;

– Elaborar e avaliar o Projeto Curricular de Aula (de acordo com as Metas Curriculares

oficiais) adotando medidas tendentes à melhoria das condições de aprendizagem significativa

e à promoção de um bom ambiente educativo;

– Promover o contacto e a inter-relação com os Pais integrando-os no Projeto Educativo e

no Regulamento Interno da escola;

– Desenvolver competências pessoais, sociais e profissionais, numa perspetiva de formação

ao longo da vida;

– Colaborar com os especialistas tanto no domínio da prevenção e despiste precoce de

dificuldades de aprendizagem como na intervenção na sala de aula;

45

– Promover a educação integral dos alunos, desenvolver o currículo no contexto de uma

escola inclusiva, mobilizar e integrar os conhecimentos científicos das áreas que o

fundamentam e as competências necessárias à promoção da aprendizagem dos alunos.

Funções dos Professores Complementares:

– Lecionar áreas com maior necessidade de especialização, tais como a Expressão Musical,

a Educação Física, a Catequese, o Inglês, entre outras que sejam consideradas válidas pelo

Conselho Escolar para a formação integral dos alunos;

– Aderir e corresponder ao Projeto Educativo e ao Regulamento Interno da Escola;

– Cumprir o Currículo Nacional relativo à sua área.

Funções dos Psicólogos:

– Aderir e comprometer-se com o Projeto Educativo e o Regulamento Interno;

– Assegurar o apoio psicopedagógico;

– Colaborar com a Direção, Professores e Encarregados de Educação no Projeto Educativo

de “O Nosso Jardim” e dos alunos em particular;

– Colaborar com os Educadores/Professores no desenvolvimento psicológico dos alunos ao

nível cognitivo, sócio emocional e comportamental;

– Observar e avaliar casos com necessidades educativas especiais, definir estratégias de

intervenção em colaboração com os Professores, com os Encarregados de Educação, com

outros agentes educativos e encaminhá-los para outros técnicos se for necessário;

– Participar nas Reuniões Gerais de Pais e nas Individuais sempre que se justificar;

– Colaborar no processo de admissão de alunos, professores e auxiliares da ação educativa

sempre que solicitado pela Direção.

Funções do Pessoal Auxiliar da Ação Educativa:

– Aderir ao Projeto Educativo;

– Tomar conhecimento e cumprir o Regulamento Interno;

– Colaborar e apoiar os Docentes e a Direção na ação educativa, nomeadamente: no

acompanhamento e vigilância dos alunos nas atividades curriculares e extracurriculares,

incentivando o respeito pelas regras de convivência e promovendo um bom ambiente

educativo, na manutenção, limpeza, arrumação de espaços e materiais.

O número e função serão definidos pela Direção para o bom funcionamento da escola.

46

DIREITOS E DEVERES do Aluno:

(de acordo com a Lei n.º 3/2008 de 18 de janeiro - Lei n.º 39/2010 de 2 de setembro - Lei n.º 51/2012 de 5 de setembro)

É apreciado, respeitado e conhecido como um ser único, com a sua história e as suas

características individuais num determinado contexto social, tendo direito a uma educação de

qualidade.

▪ Beneficia dum ambiente seguro, baseado na relação de confiança que o estimula a tornar-

se melhor, que promove o crescimento humano, cultural e espiritual de acordo com os valores

propostos na Missão e Visão de “O Nosso Jardim”, que lhe proporciona experiências ricas ao

nível intelectual, social, emocional e físico.

▪ É reconhecido, valorizado e estimulado pelo mérito, dedicação, esforço no trabalho e

desempenho escolar.

▪ É considerado gradualmente mais capaz de tomar decisões e assumir responsabilidades,

tendo direitos e deveres, um papel ativo no Projeto Educativo e na formação pessoal, o que

implica:

Estudar, empenhando-se na sua educação e formação integral;

Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no

âmbito do trabalho escolar;

Seguir as orientações dos professores relativas ao seu processo de ensino e

aprendizagem;

Respeitar todos os membros da comunidade educativa;

Cumprir as regras estipuladas; zelar pela conservação das instalações, do material

didático e contribuir para a harmonia da escola;

Permanecer na escola durante o horário letivo, salvo com autorização dos Pais;

Ser informado do Regulamento Interno de “O Nosso Jardim”, em termos adequados

à sua idade;

dos Pais:

São os principais responsáveis pela educação dos seus filhos.

Aderem e fazem parte integrante do Projeto Educativo de “O Nosso Jardim” sendo

também responsáveis por ele, em especial: informando-se, sendo informados e informando

sobre todas os assuntos relevantes no processo educativo dos seus filhos. A colaboração entre

Pais e Educadores/Professores é essencial ao sucesso escolar e à formação pessoal dos

educandos.

Comparecem na escola sempre que julguem necessário e quando forem chamados.

47

Acompanham ativamente a vida escolar dos filhos colaborando no processo de

ensino/aprendizagem.

Promovem a articulação entre a educação familiar e escolar.

- Velam pelos direitos e deveres dos filhos, em especial: o direito à segurança e à educação

de qualidade; o dever da assiduidade escolar e de empenho no processo de aprendizagem.

(Na Secção Primária, quando for atingido o número de faltas correspondente a metade das 10

faltas injustificadas, o encarregado de educação é convocado ao colégio, pelo diretor ou pelo

professor titular de turma, com o objetivo de o alertar para as consequências do excesso grave

de faltas e de se encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento efetivo do dever

de frequência, bem como o necessário aproveitamento escolar. ( Lei n.º 51/2012 de 5 de setembro)

- Conhecem o Regulamento Interno de “O Nosso Jardim”, aceitam-no e comprometem-se a

cumpri-lo e a fazê-lo cumprir pelos seus filhos.

As sugestões, observações e críticas construtivas são sempre bem-vindas pois

estimulam a ação educativa, fomentam a relação de confiança e o respeito pelas

competências profissionais dos Educadores/Professores de “O Nosso Jardim”.

AVALIAÇÃO DO ALUNO

(de acordo com o Despacho normativo nº 1/2005. Despacho Normativo nº 50/2005. Despacho Normativo nº 18/2006. Circular n.º

4/DGIDC/DSDC/2011. Decreto-Lei n.º 139/2012 de 5 de julho. Despacho normativo n.º 24-A/2012, Decreto-Lei n.º 91/2013 de 10 de julho).

Pré-escolar:

A avaliação é sobretudo formativa, é um processo contínuo com os seguintes princípios:

- A avaliação é coerente com o currículo definido nas orientações curriculares para a

educação pré-escolar.

- A avaliação é diversificada para realçar o desenvolvimento e as aprendizagens de cada

criança de acordo com as orientações curriculares para a educação pré-escolar;

- A avaliação valoriza os progressos de cada criança.

- Através da avaliação o educador de infância vai planeando e adequando o processo

educativo às necessidades do grupo e de cada criança.

- O educador de infância faz a avaliação e informa, em reuniões individuais, os pais e os

professores do 1º ciclo do ensino básico, de modo a garantir o acompanhamento pedagógico

de cada criança no seu percurso escolar da educação pré-escolar para o ciclo seguinte.

O processo individual que acompanha a criança ao longo de todo o percurso escolar contem a

informação global das aprendizagens significativas, realçando a sua evolução e os progressos

realizados. É elaborado ao longo do ano um livro para cada criança da pré-primária duma

forma personalizada que é entregue aos pais, onde constam todas as atividades desenvolvidas

e significativas.

48

1º Ciclo do EB:

A avaliação incide sobre as aprendizagens e competências definidas nas Metas Curriculares

para as diversas áreas, considerando a concretização das mesmas no Projeto Curricular de “O

Nosso Jardim”, no Projeto Curricular de Ano e de Turma.

Processo de Avaliação:

Avaliação Diagnóstica

- A avaliação diagnóstica conduz à adoção de estratégias de diferenciação pedagógica,

facilitando a integração escolar do aluno e o reajustamento de estratégias de ensino. Pode

ocorrer no início de cada período e em qualquer momento do ano letivo quando articulada

com a avaliação formativa.

Avaliação Formativa

- É a principal modalidade de avaliação;

- Assume caráter contínuo e sistemático;

- Visa a regulação do ensino/aprendizagem recorrendo a uma variedade de

instrumentos de recolha de informação, de acordo com a natureza das aprendizagens e dos

contextos em que ocorrem;

- Tem como objetivo elaborar e adequar o Projeto Curricular de Turma para adoção de

estratégias de diferenciação pedagógica;

- Fornece ao Professor, ao Aluno, ao Encarregado de Educação e aos restantes

intervenientes informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens e competências de

modo a permitir rever e melhorar os processos de trabalho;

- É da responsabilidade do Professor Titular em colaboração com o Conselho

Pedagógico. Sempre que necessário, com técnicos especializados e Encarregados de

Educação. A partir do 3º e 4º ano os Alunos são gradualmente incluídos no processo de

autoavaliação em diálogo com o Professor.

- Compete ao diretor e ao psicólogo, sob proposta do professor titular, a partir dos dados

da avaliação formativa, mobilizar e coordenar os recursos educativos existentes na escola com

vista a desencadear respostas adequadas às necessidades dos alunos.

Avaliação Sumativa

Consiste na formulação de uma síntese das informações recolhidas sobre o

desenvolvimento das aprendizagens e competências definidas para cada Área Curricular, no

quadro do respetivo Projeto Curricular de Ano e de Aula, dando uma atenção especial à

evolução do conjunto dessas aprendizagens e competências (ver em anexo Registo de Avaliação):

- Ocorre no final de cada período e ano letivo;

49

- É da responsabilidade do Professor Titular;

- Expressa-se de forma descritiva em todas as Áreas Curriculares com exceção de

Português e de Matemática no 4.º ano de escolaridade, a qual se expressa numa escala de 1

a 5.

- No 4.º ano de escolaridade, no final do 3.º período, e antes de serem divulgados os

resultados da avaliação externa, o professor titular de turma atribui a classificação final nas

áreas disciplinares de Português e de Matemática e uma menção qualitativa nas restantes

áreas.

A avaliação sumativa interna dá origem a uma tomada de decisão, no final do 3.º

período, sobre a progressão, retenção ou reorientação do percurso educativo do aluno,

expressa através das menções, respetivamente, de Transitou ou de Não Transitou, no final de

cada ano, e de Aprovado ou de Não Aprovado, no final de cada ciclo.

Tem as seguintes finalidades: a) Formalização da classificação correspondente à

aprendizagem realizada pelo aluno ao longo do ano letivo; b) Decisão sobre a transição de

ano; c) Verificação das condições de admissão à 2.ª fase das provas finais do 1.º ciclo e

definição do plano de apoio pedagógico a cumprir no período de acompanhamento

extraordinário.

- A informação resultante da avaliação sumativa dos alunos do ensino básico abrangidos

pelo artigo 21.º do Decreto -Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, expressa -se numa menção

qualitativa de Muito bom, Bom, Suficiente e Insuficiente, acompanhada de uma

apreciação descritiva sobre a evolução do aluno.

- Avaliação sumativa externa - O processo de avaliação interna é acompanhado de

provas nacionais de forma a permitir a obtenção de resultados uniformes e fiáveis sobre a

aprendizagem, fornecendo indicadores da consecução das metas curriculares e dos

conhecimentos dos conteúdos programáticos definidos para cada disciplina sujeita a prova

final de ciclo. A avaliação sumativa externa é da responsabilidade dos serviços do Ministério

da Educação e Ciência ou de entidades designadas para o efeito e compreende a realização de

provas finais de ciclo no 4.º ano de escolaridade, nas disciplinas de Português e Matemática.

- Estão dispensados da realização de provas finais do 1.º ciclo os alunos que se

encontrem nas condições seguintes: a) Não tenham o português como língua materna e

tenham ingressado no sistema educativo português no ano letivo correspondente ao da

realização das provas finais, ou no ano letivo anterior; b) Estejam abrangidos pelo artigo 21.º

do Decreto -Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro.

50

- As provas finais de ciclo são classificadas na escala percentual de 0 a 100,

arredondada às unidades, sendo a classificação final da prova convertida na escala de 1 a 5.

- A classificação final a atribuir às disciplinas sujeitas a provas finais do 1.º, 2.º e 3.º

ciclo é o resultado da média ponderada, com arredondamento às unidades, entre a

classificação obtida na avaliação sumativa interna do 3.º período da disciplina e a

classificação obtida pelo aluno na prova final, de acordo com a seguinte fórmula:

CF = (7 Cf + 3 Cp)/10

em que:

CF = classificação final da disciplina;

Cf = classificação de frequência no final do 3.º período;

Cp = classificação da prova final.

- A não realização das provas finais implica a retenção do aluno no 4.ºano de

escolaridade.

- Os procedimentos específicos a observar no desenvolvimento da avaliação sumativa

externa são objeto de regulamentação própria, a aprovar por despacho do membro do

Governo responsável pela área da educação.

- No final do 1º ciclo do ensino básico, o aluno não progride e obtém a menção de Não

Aprovado, se estiver numa das seguintes condições: a) Tiver obtido simultaneamente

classificação inferior a 3 nas áreas disciplinares ou disciplinas de Português e de Matemática;

b) Tiver obtido classificação inferior a 3 em Português ou em Matemática e simultaneamente

menção não satisfatória nas outras áreas disciplinares.

Critérios de avaliação (ver em anexo)

- Até ao início do ano letivo, o conselho pedagógico da escola, de acordo com as

orientações do currículo e outras orientações gerais do Ministério da Educação e Ciência,

define os critérios de avaliação para cada ciclo e ano de escolaridade assim como os

instrumentos de avaliação e ponderação.

- Os critérios de avaliação constituem referenciais comuns na escola, sendo

operacionalizados pelo professor titular de turma, no 1.º ciclo.

- A direção da escola garante a divulgação dos critérios e instrumentos de avaliação

referidos nos números anteriores junto dos pais e encarregados de educação nas reuniões

anuais de apresentação.

Dossier Individual do Aluno – documentação sistemática do percurso escolar do Aluno

que o acompanha ao longo de todo o Ensino Básico proporcionando uma visão global do

seu processo de desenvolvimento integral. É da responsabilidade do Professor titular.

Acompanha o Aluno sempre que este mude de estabelecimento de ensino por via interna.

A Progressão e Retenção do Aluno é uma decisão pedagógica dirigida pelo

Professor Titular depois de informar e ouvir os Encarregados de Educação e o Conselho

Pedagógico.

51

Nas condições especiais de avaliação, estão incluídos os casos especiais de progressão

e os alunos abrangidos pela modalidade de Necessidades Educativas Especiais. Para cada

caso se encontrará a resposta mais adequada tendo em conta a legislação em vigor.

CONDIÇÕES DE ADMISSÃO

São admitidas crianças com idades compreendidas entre 1 ano (aquisição da marcha) e os

9 anos (final do 4º ano).

Existência de vaga para a fase etária adequada.

A prioridade é dada aos irmãos, aos filhos do pessoal da API e aos filhos de antigos

alunos.

Conhecimento e aceitação por parte dos Pais do Projeto Educativo e do Regulamento

Interno de “O Nosso Jardim”.

Secção Infantil

Creche – desde a aquisição da marcha.

Pré-escolar - desde os 3 anos feitos até 31 de dezembro.

Secção Primária

Ensino Básico - desde os 6 anos feitos até 15 de setembro. As crianças que completem os

6 anos de idade entre 16 de setembro e 31 de dezembro podem ingressar no ensino básico se

tal for requerido pelo encarregado de educação e de acordo com a avaliação psicopedagógica

realizada internamente.

No ato de inscrição (data a estabelecer anualmente), são necessários os seguintes

documentos:

. Boletim Individual de Saúde (com as vacinas atualizadas).

. Fotocópia da Cédula Pessoal ou Cartão de Cidadão.

. Três fotografias tipo passe.

É obrigatório o uso de Bibe, com modelo próprio de “O Nosso Jardim”, desde a

creche até ao fim do 1º Ciclo do Ensino Básico. É permitido o uso de t-shirts ou polos do

colégio quando está calor.

Os bibes, t-shirts e polos encomendam-se na escola, de preferência no ato de inscrição.

52

CONTACTOS ESCOLA/ FAMÍLIA

“O Nosso Jardim” valoriza a relação e comunicação com os Pais ou Encarregados de

Educação.

O Caderno de Recados é um instrumento individualizado que promove e facilita a

comunicação Escola/Família:

▪ Terá que ir e vir todos os dias na pasta do aluno;

▪ A verificação diária do mesmo é essencial para a informação ser eficaz;

▪ É necessário assinar os recados escritos como forma de tomada de conhecimento;

▪ As circulares aí enviadas deverão ser retiradas quando lidas.

Os Pais ou Encarregados de Educação no início do ano letivo devem fornecer à escola

os seus contactos telefónicos para que possam ser contactados com facilidade em caso de

necessidade.

Qualquer alteração na rotina da criança (hora de saída, pessoa que a vem buscar à

escola, ida para festas de anos, etc.) deve ser comunicada por escrito, de preferência no

caderno de recados, e-mail ou SMS.

A criança só é entregue a quem estiver autorizado pelo Encarregado de Educação.

As Reuniões de Pais, Gerais ou por Ano Escolar, são sempre comunicadas com uma

semana de antecedência através de circulares enviadas por e-mail ou no caderno de

recados.

Cada professora/educadora tem um horário semanal, para receber os Pais

individualmente, que poderá ser ajustado segundo a conveniência de ambas as partes.

Estas reuniões poderão ser marcadas através de qualquer meio de comunicação.

As reuniões de Pais com a Psicóloga devem ser marcadas por intermédio da Direção

ou do Professor titular/Educador.

A Instituição não se responsabiliza pelos brinquedos que as crianças trazem de casa.

Toda a roupa das crianças e outros objetos pedidos devem estar identificados.

53

SAÚDE

▪ Não poderá frequentar o Colégio qualquer aluno que se encontre com febre, apresente

sintomas de doenças infectocontagiosas (varicela, sarampo, escarlatina,

mononucleose, etc.), virais (diarreia, vómitos) ou sinais de infestação;

▪ Em caso de sintomas febris, será administrado um antipirético, salvo indicação prévia

em contrário, por parte do Pai/Encarregado de Educação;

▪ Em caso de acidente ou doença súbita o Colégio assegurará os cuidados imediatos ao

aluno. Recorrer-se-á ao serviço de emergência consoante a gravidade da situação e o

Pai/Encarregado de Educação será imediatamente contactado;

▪ Sempre que o aluno falte mais de três dias consecutivos por motivo de doença, só

poderá voltar a frequentar o Colégio quando trouxer um atestado médico

comprovativo do seu restabelecimento;

▪ Para o caso de doenças crónicas ou alérgicas, deverá ser entregue uma informação

médica precisa, por escrito, indicando as medidas a tomar em caso de emergência.

Se as crianças precisarem de tomar medicamentos na Escola:

▪ Na Secção Infantil os medicamentos deverão ser entregues em mão à

Educadora, com o nome da criança e as instruções de dosagem escritas na

embalagem;

▪ Na Secção Primária poderão vir no cesto ou pasta mas devidamente

explicitados no Caderno de Recados;

SEGURO ESCOLAR

Todos os alunos beneficiam de um seguro escolar, que é pago no ato de matrícula.

O seguro escolar constitui um sistema de proteção destinado a garantir a cobertura dos

danos resultantes de acidente escolar.

O Colégio tem um seguro que cobre, desde o Jardim de Infância, os acidentes

escolares de cada aluno, até um limite máximo anual para despesas de tratamento de

5.000€ por aluno, durante o decorrer de cada ano letivo. Todas as despesas médicas e

hospitalares do aluno, independentemente do número de acidentes escolares que venha a

ter durante cada ano letivo, que ultrapassem aquele valor anual, serão integralmente

suportadas pelos respetivos encarregados de educação.

Participação de acidentes com alunos

Participação do sinistro:

54

- Em caso de sinistro deverá ser preenchida, assinada e carimbada uma

participação de Acidente, em impresso da Companhia de Seguros Zurich.

- O impresso encontra-se disponível na Secretaria e deverá ser preenchido pelos

funcionários.

- Os originais das despesas efetuadas, bem como cópias dos relatórios e

prescrição de exames devem ser entregues na secretaria

- É necessário adequar o meio de transporte à unidade hospitalar e à lesão que o

aluno apresentar. Ou seja:

- Se a lesão for grave, em que seja necessário que o aluno sinistrado seja

transportado imobilizado ou necessitar de acompanhamento médico, deverá ser

solicitada a deslocação de ambulância / INEM.

- Se a lesão não apresentar um grande perigo (um dedo partido, cabeça partida),

deverá ser usado o meio de transporte mais expedito quer seja um táxi, ou um

veículo dum professor do Colégio.

Nota: caso o aluno seja transportado num automóvel particular, este tem de estar dotado dos

equipamentos necessários legalmente ao transporte de crianças (ex. cadeirinha adequada à

idade da criança). Caso haja um sinistro automóvel no percurso e a responsabilidade pela

produção do sinistro for do condutor da viatura utilizada, os eventuais danos que o aluno sofra

são regularizados ao abrigo da cobertura de responsabilidade civil automóvel.

Despesas de Tratamento

Através desta garantia, a Seguradora indemnizará as seguintes despesas: despesas

resultantes de tratamento médico e cirúrgico, incluindo a assistência medicamentosa e

internamento hospitalar; despesas resultantes do 1º transporte da pessoa acidentada para o

domicílio, hospital ou outro local para ser prestada assistência médica; despesas

correspondentes à 1ª prótese.

Esta apólice funciona na modalidade de reembolso. Todas as despesas efetuadas na

sequência de um acidente são pagas diretamente pelos Pais ou pelo Colégio à entidade que

forneceu assistência médico-hospitalar. Para efeito de reembolso das despesas de tratamento

suportadas pelos Pais ou Colégio, deverão ser entregues na Secretaria os respetivos originais

dos recibos, acompanhados das correspondentes prescrições médicas, bem como relatórios

médicos.

Local de assistência

Em caso de lesão grave ou muito grave deve ser chamado o INEM. O aluno sinistrado

deve ser transportado para o hospital mais próximo.

VISITAS DE ESTUDO

▪ As visitas de estudo são consideradas atividades letivas e como tal de carácter

obrigatório.

▪ No início de cada ano letivo os pais deverão assinar uma autorização para as

visitas de estudo e passeios.

55

HORÁRIO

Primária

Entrada das 8.30 às 9.00 h

Saída às 12.00h (para os alunos que almoçam fora da escola)

Entrada às 13.00h

Saída das 16.00 às 16.45h

Prolongamento das 16.45h às 18.00h

Infantil

Entrada a partir das 8.30h

Saída a partir das 16.45h

Prolongamento das 16.45h às 18.00h.

Pedimos a colaboração dos Pais:

▪ Na pontualidade nas entradas e saídas e para que os filhos não faltem sem motivo

justificado (sobretudo na Primária);

CALENDÁRIO ESCOLAR

O calendário escolar é determinado anualmente pelo Ministério da Educação em

Diário da República.

Os Encarregados de Educação serão informados do calendário em vigor no início de

cada ano letivo.

Pedimos especialmente aos Pais com filhos na Secção Primária, que façam coincidir

as férias em família com as do calendário escolar.

MATERIAL ESCOLAR

No valor da inscrição está incluído o material escolar e didático a utilizar pelos alunos

ao longo do ano letivo.

Os dossiers do 1º ano e os livros escolares do Ensino Básico são adquiridos pela

Secção Primária e cobrados na mensalidade.

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SERVIÇOS

Almoços

Opções: . Almoço de casa

. Almoço do colégio

. Almoço avulso - pode ser requerido no próprio dia.

Atividades Suplementares

Secção Infantil

- Natação

- Inglês

- Francês

- Ballet

- Judo

- Expressão Dramática

- Praia (nas 3 primeiras semanas de julho)

Secção Primária

- Atelier de Desenho e Pintura

- Atelier de Expressão Dramática

- Xadrez

- Judo

- Viola

- Sala de Estudo

- Praia (nas 3 primeiras semanas de julho)

Apoio Psico-Pedagógico

É um serviço interno prestado pelos psicólogos de “O Nosso Jardim”.

PAGAMENTOS

Pagamento Anual

- Inscrição ou Renovação de Matrícula

- Seguro Escolar

A não renovação da matrícula, dentro do prazo estabelecido para cada ano, significa

que o Encarregado de Educação não tenciona manter o aluno no “Nosso Jardim”,

disponibilizando o lugar para um novo aluno.

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Só serão aceites as renovações de matrículas dos alunos cujas mensalidades do ano

anterior estejam liquidadas.

O valor da inscrição não é devolvido em caso de desistência.

Pagamento Mensal:

- Mensalidade - (O mês de julho é pago em três prestações)

Inclui: Infantil - passeios, aulas de Educação Musical e assistência da psicóloga.

Primária – aulas de Inglês, de Educação Física, de Educação Musical, de Catequese, e assistência da psicóloga.

- Serviço de almoço

- Visitas de Estudo

Pagamento Opcional:

- Almoço do colégio

- Prolongamento

- Natação (Infantil)

- Inglês (Infantil)

- Ballet (Infantil)

- Judo (Infantil e Primária)

- Expressão Dramática (Infantil e Primária)

- Praia (Infantil e Primária)

- Sala de estudo, Atelier de Desenho e Pintura, Viola, Xadrez (Primária).

O pagamento pode ser feito por transferência bancária e débito direto (enviar o

comprovativo para a respetiva Secção), ou cheque em nome de “Associação de Pedagogia

Infantil” até ao dia 10 de cada mês.

As mensalidades são atualizadas anualmente em setembro.

Os descontos para irmãos incidem sobre as mensalidades e são de 5%, 10% ou 15%,

consoante sejam 2, 3 ou 4 irmãos.

As famílias que se queiram candidatar ao Apoio Financeiro Escolar deverão informar-

se junto à Direção.

A desistência de um aluno durante o ano letivo deverá ser comunicada por escrito à

Direção com um mês de antecedência e obriga ao pagamento da mensalidade do referido

mês.

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6.2. ESTRUTURAS DE GESTÃO

A gestão de recursos humanos é programada anualmente, conforme o número de alunos

inscritos nos diversos anos letivos, tendo sempre em conta a melhor solução para a otimização

de cada criança.

A Gestão Financeira do Externato é feita pela Associação de Pedagogia Infantil.

Damos prioridade à compra do material didático para as salas de aula, à formação de

professores e à manutenção do equipamento e do edifício escolar.

6.3. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA (estrutura curricular, turmas...)

Organização A principal razão de existência de uma Escola são os alunos, eles estão no centro de toda a

nossa atividade educativa.

A organização das turmas é condicionada pelo número de alunos matriculados em cada

ano letivo, tendo como objetivo a maximização pedagógica.

É nossa preocupação que cada aluno tenha uma atenção individualizada por parte do

professor – o ratio professor, educador/aluno é maximizado, as turmas são, preferencialmente,

de poucos alunos.

Calendário (ver PCE) e horário escolar

O calendário escolar é determinado anualmente pelo Ministério da Educação em Diário da

República.

Os Encarregados de Educação serão informados do calendário em vigor no início de cada ano

letivo.

O horário escolar é organizado segundo as diretivas oficiais - Despacho n.º 11120-A/2010

59

7. DISPOSIÇÕES FINAIS:

7.1. APROVAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PROJETO

Avaliação no final do Ano Letivo: sucesso dos alunos; feedback dos pais em reuniões

individuais com professores, direção, psicólogos; registos escritos dos encarregados de

educação; avaliação/autoavaliação dos professores, da direção, dos psicólogos, dos

professores complementares, dos auxiliares da ação educativa.

7.2. AVALIAÇÃO DO PROJETO (contínua/periódica/final, dos resultados e global, com a

identificação de quem avalia, com é avaliado e do que se avalia).

Avaliação do PE de “O Nosso Jardim”

Objetivos:

A finalidade da avaliação do PE é o aperfeiçoamento da educação (académica e não-

académica), é prestar contas do esforço realizado, seus efeitos em termos de valor

acrescentado. Para ser efetiva é essencial “uma cultura de responsabilidade partilhada por toda

a comunidade educativa”(1- Avaliação Integrada das Escolas, 1999, IGE, Ministério da Educação).

A avaliação deverá centrar-se nos percursos escolares através da tomada de consciência

partilhada entre o professor e o aluno. Para que essa tomada de consciência seja exercitada no

quotidiano escolar e para que tenha valor formativo para o aluno e constitua progresso

profissional para o professor, é preciso construir e utilizar instrumentos de registo sistemático

e partilhado para garantir a leitura do desenvolvimento das aprendizagens de cada aluno.

“Avaliar uma escola não é uma questão de medir variáveis a partir de uma escala que se

consensualize, mas de saber até que ponto a escola é um lugar social, um lugar de

aprendizagem e um lugar de exercício e de desenvolvimento profissional”. (1) O objetivo

essencial e o trabalho a desenvolver será sempre o sucesso dos alunos nas aprendizagens e as

condições que são criadas para tornar o sucesso possível para todos. Todos sabemos que o

difícil e o que caracteriza uma escola excelente é a capacidade de dar resposta aos alunos com

dificuldades tanto por déficit como por excesso, sem descurar a aprendizagem significativa de

todos e cada um dos outros alunos do colégio.

A população escolar é caracterizada, em parte, pelo contexto familiar e social dos alunos,

partindo deste pressuposto baseamo-nos nas quatro dimensões estratégicas propostas pela IGE

(Inspeção Geral da Educação):

– A avaliação dos resultados;

– A organização e gestão escolar;

– A educação, o ensino e as aprendizagens;

– O clima da escola, ou o ambiente educativo interno.

Os critérios de apreciação no “Nosso Jardim” serão não só baseados nos resultados dos

testes internos, nas provas de aferição nacionais, nas provas de entrada noutras instituições,

etc., mas também na forma como “organiza e gere os seus recursos, como prepara e realiza o

ensino e as aprendizagens dos seus alunos tendo em conta as suas características específicas, e

como cria os ambientes propícios à interação, à aprendizagem e ao desenvolvimento.” 20

Para aperfeiçoarmos a educação no colégio - valorizando as aprendizagens e a qualidade

da experiência escolar dos alunos - achamos fundamental investir em estratégias de

autoavaliação só assim podemos garantir uma qualidade duradoura.

20

Avaliação Integrada das Escolas, 1999, IGE, Ministério da Educação

60

(Ver em anexo o documento de autoavaliação dos professores.)

O modelo conceptual da avaliação integrada 21

Avaliar o quê?

Indicadores para orientar a avaliação:

– Clima e cultura de escola orientados para o sucesso

– Ambiente de tranquilidade e segurança

– Empenhamento no sucesso dos alunos

– Preocupação em identificar e resolver problemas

– Coesão entre o corpo docente, que se revela colaborador e aberto

– Comunicação e a informação que circula entre todos

– Participação de todos na tomada de decisão

– Reconhecimento do esforço e do sucesso

Enfoque na aquisição de competências básicas:

– gestão do tempo, de modo a dar mais apoio a quem precisa,

– reconhecimento claro das competências básicas a desenvolver em cada unidade de ensino

planificada e realizada.

A avaliação contínua dos alunos, ou a adequada monitorização do sucesso dos alunos

– diversificação de meios de avaliação,

– consistência nos procedimentos,

– registo acessível das avaliações.

21

Avaliação Integrada das Escolas, 1999, IGE, Ministério da Educação

Avaliação de

Resultados

Nível de desempenho dos

alunos:

.Taxa de sucesso

.Qualidade do sucesso

.Valor acrescentado

.Fluxos escolares

Organização e

Gestão Escolar

.Estrutura

organizativa

.Serviço

administrativo

.Gestão

de recursos.

Clima

.Relacionamento

Interpessoal

.Participação

.Interação com o

meio

.Liderança

Ensino e

Aprendizagem

.Plano de ação educativa

.Realização do ensino e das

aprendizagens

.Avaliação dos alunos

.Apoios educativos

Enquadramento sociofamiliar

.Nível de escolaridade dos pais

.Caracterização socioprofissional dos pais

61

A formação de professores

– orientada para a prática,

– centrada no projeto de escola.

A liderança pedagógica

– acompanhamento e monitorização (pessoal) das atividades da escola, procurando dar-lhes

sentido,

– investimento em conceber, debater internamente e pôr em prática projetos de dinamização

pedagógica e soluções alternativas adequadas,

– apoio aos professores,

– aquisição de recursos de apoio ao ensino aprendizagem,

– acompanhamento dos problemas e das soluções encontradas para o ensino e para a

aprendizagem,

– gestão do pessoal.

A participação dos pais

– corresponsabilização em certas áreas de decisão

– intervenção em atividades da escola.

As soluções organizacionais facilitadoras da aprendizagem

– constituição das aulas- flexibilidade e adequação de critérios,

– organização em função dos ritmos e outras necessidades e interesses de aprendizagem,

– atividades de ensino com sentido e significado para os alunos e para as aprendizagens,

– práticas de sala de aula conduzidas com segurança,

– avaliação de conhecimentos orientada para as competências transversais e para a aquisição

de hábitos e metodologias de trabalho,

– coordenação efetiva do planeamento do currículo e do ensino,

– adequação dos espaços de ensino e dos materiais de aprendizagem,

– previsão de tempos de leitura e de trabalho autónomo dos alunos,

– acompanhamento e orientação do percurso individual do aluno.

As expectativas elevadas e níveis de exigência elevados

– para os alunos,

– para os adultos.

8. REVISÃO DO PROJETO.

A atualização deste projeto será feita num prazo de 5 anos. No entanto, com a introdução

anual do Projeto Curricular de Escola e de Ano, vamos atualizando as leis oficiais aferindo

estratégias de desenvolvimento, linhas gerais de atuação e a prática pedagógica.

Todos os anos, na avaliação final, se regista em ata o resultado do Projeto Educativo a

partir dos critérios e instrumentos apresentados no ponto anterior.

Lisboa, 15 de julho de 2014

(data da revisão)