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Cristiane 13 ANOS DROGADA E PROSTITUIDA

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Mudou-se para Berlim em 1968 com os pais e com a irmã

mais nova. Morou primeiramente no

distrito municipal de Kreuzberg, depois no distrito municipal de Neukölln. Mas

foi no bairro de Groppiusstadt, onde Christiane começou a envolver-se com as drogas ao freqüentar o Grupo de Jovens.

Em 1974, aos 12 anos de idade, começou a fumar

cannabis e consumir medicamentos como Valium e

Mandrix, além de LSD.

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Em 1975, aos 13 anos, Christiane começou a frequentar o Sound, "a discoteca mais moderna da Europa", em Berlim. Ali conheceu Detlef (seu

futuro namorado) além de Axel, Babsi, Atze, Zombie e Stella, entre outros.

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Uma nova droga começava a circular na cena em Berlim. Era a heroína, ou simplesmente "H", como era mais conhecida. Apesar de temida pelo seu alto poder de viciar e por representar alto risco de morte, todos os amigos de Christiane acabaram viciando-se com heroína, inclusive Detlef.

Christiane inalou heroína pela primeira vez após assistir a um show de David Bowie. Tempos depois, numa casa de banho pública na Estação Berlin Zoologischer Garten, injetou heroina pela primeira vez. A partir daí Christiane afundaria cada vez mais no vício.

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À medida que o vício avançava, Christiane aos 14 anos, como todos os seus amigos, começou a se prostituir na Estação Zôo para comprar heroína. A própria Christiane relata que no início, escolhia os clientes com quem faria programa e que se

limitava a masturbá-los ou praticar sexo oral. Mas com a necessidade de "se picar" três vezes ao dia, Christiane passou a aceitar qualquer cliente que se apresentasse (inclusive estrangeiros) e a praticar sexo dentro de carros. Os tempos de

prostituição duraram de 1976 a 1977, quando foi presa e acusada de tráfico e consumo de drogas.

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Durante seu julgamento num tribunal de infância e juventude, os jornalistas Kai Hermann e Horst Hieck

ficaram fascinados com seu depoimento sobre o vício e propuseram a ela uma entrevista que a princípio era

para ser 2 horas, mas acabou se estendendo por 2 anos e deu base para o famoso livro Wir Kinder vom Bahnhof Zoo. O livro foi sucesso mundial sendo lançado em vários

países, inclusive no Brasil com o título Eu, Christiane F., 13 anos drogada e prostituída e

Portugal (Os Filhos da Droga). Com o sucesso do livro, Christiane ficou mundialmente famosa e até passou um tempo "limpa", garantindo estar livre das drogas. Mas em 1983, a polícia a prendeu no apartamento de um

traficante em Berlim. Nesta época concedeu uma entrevista à revista alemã Stern, confessando que nunca

havia realmente largado a heroína. Esta entrevista foi publicada no Brasil pela extinta revista Manchete em

1984

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A maioria dos amigos de Christiane morreu vítima da heroína, entre eles sua amiga Babsi com 14 anos a mais jovem vítima da heroína, além de Andreas W. (Atze) — que deixou uma carta de conselhos aos jovens alertando sobre o perigo da heroína —, e Axel, ambos com 17.

Christiane sobreviveu, mas nunca conseguiu se livrar do vício. Aos 45 anos, tomava vários medicamentos, passava regularmente por sessões de terapia que não eram bem sucedidas.Tem hepatite C (doença incurável) e problemas circulatórios. Os médicos, além de afirmarem que, devido a eles, ela pode ter uma crise súbita, dizem também que seu estado é irreversível. Em dezembro de 2005, o

serviço público de saúde alemão registrou duas internações da paciente.Christiane passou um período morando num apartamento simples em Berlim com dois tios e com o filho, Jan-Niklas.

Detlef também sobreviveu e trabalha como motorista de ônibus em Berlim. Mora com sua esposa e dois filhos e garante que se livrou das drogas em 1980.

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