16
NOBILIARIO COLONIAL, Carvalho Franc o, ed. Inst. Geneal6gic o Brasileiro, S. Paulo/sern data. OS C AMINH OS DO SAO FRANCISCO, Flavio Guerra, ed. lrnpren- sa Uni ver sit aria d a U FP E, R ec i fe l 19 74 . A E CRAVIDAO N BR ASIL, 2 volumes, Per digao Malheiros, ed . V oz es -M E C, P et r6 po li s/ 1 97 6. ESCOLA DE HEROIS, Pe. Jose do Carrno Baratta, ed. Imprensa U nl ve rs it ar ia d a U FP E, R ec if e /19 72 . HIST6RIf\ ECONoMIC A DO BRASIL, Roberto C. Si mo ns en , e d. Cia. Editora Nacional, S. Paulo/l977. H IST 6R IA D O B RAS IL , H eli o Vi an a, e d. Me lh or ame nt os -U SP , S. Paulo/1975. S OBR AD OS E M UC AMB OS, 2 vo lu me s, Gilberte Freyre, ed. L iv ra - ri a J os e O ly mp io E di to ra , R io d e J an ei ro /1 97 7. HISTORIA DE SERGIPE Felisbelo Freire. ed. Voz es-MEC , Petr6- polls/1977. H ISTORIA DE PORTUGAL, 2 volu mes , A. H. de Oliveira Marques, d. Pa le s E di to re s, L is bo a/ 19 75 . ASPECTOS DO PADRE ANToNIO VIEIRA,lvan Lins, ed. Livraria s mo J os e, R io d e J an ei ro /1 96 2. ROTEI R O DO IAUr, Carlos Eugenio Porto, ed. Artenova S. A., R io de Jane iro/1974. STRADA DAS BOIADAS, Ros i I da Car tax o, sem indicaca o da edi- tor ,P ra fba /1975. IVRO DE REGISTRO DAS SESMARIAS DE PER NAMBUC O, 8 vo- iumes manuscritos e depositados no Arquivo Publico do Estado d P r na mb uc o , ·AMrLIAS PERNAMBUCANAS, Orlando Cavalcanti, in Rev. Ge- n loglea Latina, vol. 2, S. Paulo!1950. C O - ANOS 1769 E SEGUINTES, 53 volumes manuscritos e de- I It des no Arquivo Publico do Estado de Pernambuco. A TERRA DE TILIXI E TIXILlA, Luiz B. Torres, ed. Services c-s. I de Alagoas S. A., Macei6/1973. CI\PI8ARIBE VEM DE LONGE, Tadeu Rocha, in Diario de Per- 11UTI ucc, R cif e/ 23.8.1970. U roros PARA A HIST6RIA D A EDUCAc;.l\O EM PERNAMBU- I R uy B el lo , a d. S EE C/ CE PE , R ec if e/ 19 78 . 1:IIIIN[It~~IA r~RNAM~U[ANA

Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

Embed Size (px)

DESCRIPTION

NOBILIARIO COLONIAL, Carvalho Franco, ed. Inst. Geneal6gico Brasileiro, S. Paulo/sern data. OS CAMINHOS DO SAO FRANCISCO, Flavio Guerra, ed. lrnprensa Universitaria da UFPE, Recifel1974. A ESCRAVIDAO NO BRASIL, 2 volumes, Perdigao Malheiros, ed. Vozes-M EC, Petr6polis/ 1976. ESCOLA DE HEROIS, Pe. Jose do Carrno Baratta, ed. Imprensa Unlversitaria da UFPE, Recife/1972. HIST6RIf\ ECONoMICA DO BRASIL, Roberto C. Simonsen, ed. Cia. Editora Nacional, S. Paulo/l977. HIST6RIA DO BRASIL, Helio Viana, ed

Citation preview

Page 1: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 1/15

 

NOBILIARIO COLONIAL, Carvalho Franco, ed. Inst. Geneal6gico

Brasileiro, S. Paulo/sern data.

OS CAMINHOS DO SAO FRANCISCO, Flavio Guerra, ed. lrnpren-

sa Universitaria da UFPE, Recifel1974.

A ESCRAVIDAO NO BRASIL, 2 volumes, Perdigao Malheiros, ed.Vozes-M EC, Petr6polis/ 1976.ESCOLA DE HEROIS, Pe. Jose do Carrno Baratta, ed. Imprensa

Unlversitaria da UFPE, Recife/1972.

HIST6RIf\ ECONoMICA DO BRASIL, Rober to C. Simonsen, ed.Cia. Editora Nacional, S. Paulo/l977.

HIST6RIA DO BRASIL, Helio Viana, ed. Melhoramentos-USP, S.Paulo/1975.

SOBRADOS E MUCAMBOS, 2 volumes, Gilberte Freyre, ed. Livra-ri a Jose Olympio Edi tora, Rio de Janeiro/1977.

HISTORIA DE SERGIPE, Felisbelo Freire. ed. Vozes-MEC, Petr6-

polls/1977.

H ISTORIA DE PORTUGAL, 2 volumes, A. H. de Oliveira Marques,

d. Pales Edi tores, Lisboa/1975.ASPECTOS DO PADRE ANToNIO VIEIRA,lvan Lins, ed. Livraria

s m o Jose, Rio de Janeiro/1962.ROTEIRO DO PIAUr, Carlos Eugenio Porto, ed. Artenova S. A.,

R io de Janeiro/1974.STRADA DAS BOIADAS, Rosi Ida Car taxo, sem indicacao da edi-

tor , P ra fba /1975.IVRO DE REGISTRO DAS SESMARIAS DE PERNAMBUCO, 8 vo-iumes manuscritos e depositados no Arquivo Publico do Estado

d P r na mb uc o ,·AMrLIAS PERNAMBUCANAS, Orlando Cavalcanti, in Rev. Ge-

n log lea Latina, vol. 2, S. Paulo!1950.

IIVROS DA CORRESPOND~NCIA DO GOVERNO DE PERNAMBU-

C O - ANOS 1769 E SEGUINTES, 53 volumes manuscritos e de-I It des no Arquivo Publico do Estado de Pernambuco.

A TERRA DE TILIXI E TIXILlA, Luiz B. Torres, ed. Services c-s.I de Alagoas S. A., Macei6/1973.

CI\PI8ARIBE VEM DE LONGE, Tadeu Rocha, in Diario de Per-

1 1 U T I ucc, R cife/23.8.1970.U r o r o s PARA A HIST6RIA DA EDUCAc;.l\O EM PERNAMBU-

I Ruy Bello, ad. SEEC/CEPE, Recife/1978.

1 : I I I I N [ I t ~ ~ I A r ~ R N A M ~ U [ A N A

Page 2: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 2/15

 

650

No ana de 1679, 0 governador Aires de Souza e Castro, na

fllllill r glmental, sem foro ou pensao. salvo 0 dfzimo a Deus,

.1 1 t III dlversos requerimentos de terras pelo interior pernam-

1 11 11 H I , ssina, entre outras, segundo Documental!ao Hlstnricau mbucana - Sesmarias, IV, 91-94, as seguintes cartas de

'ItUI I

1 9

Page 3: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 3/15

 

27 de julho: Em favor do capitao JOAO DE FREITAS DA

CUNHA, Joao Ribeiro Monsao, padre Antonio Rodr igues, Manuel

Coelho de Lemos, Isabel Pereira de Almeida, Cust6dio de Olivei-ra Pereira, Bento Correia de Lima, Pedro Alvares Correia, Ma-

teus de Viveiros, Manuel Rodrigues Bulhoes, Slrnao Correia deLima e Pascoal de Oliveira, todos combatentes ou colaboradores

na luta contra os quilombolas, beneficiando-os nao na zona pal-

marina, como informam diversos cronis tas dos sucessos nos Pal-

mares, e, sirn, em territ6rio paraibano, com "50 leguas de terrapara 0 Ser tao , a cem le gua s d a costa do mar, pouco rnais ou

menos , correndo de inverso da parte do Sui para a do Norte ate

o rio chamado das Piranhas acima, buscando a sua nascente e

cornecando a dernarcacao a correr donde divide a Capitania deP rnarnbuco ou de ltarnaraca com a da Paraiba, com toda a lar-

gura existente". Como se percebe, esta sesmaria de 50 leguasnao fol doada apenas ao capitao Joao de Freitas da Cunha, como

dlzern os cronistas, mas a doze sesmeiros, inclusive Freitas da

Cunha.Pereira da Costa (Anais, IV, 189) diz que JOAO DE FREITAS'

DA CUNHA, mil itar distinto, "0 primeiro em buscar os perigos eC I ultimo em se retirar deles", era pernambucano de Beberibe,

'fllho de Francisco Barbosa e de Maria de Almeida, neto paternod outre Francisco Barbosa e de Maria de Oliveira, "dos primei-

r os ca sa ls que trouxe 0 donatario, e que, levantado 0 engenhod Beberibe, foi um dos seus lavradores, obtendo do proprieta-

rio concessao de um lote de terras para a cultura da cana".Entr 1696 e 1699 exerceria 0 cargo de capitao-rnor governadordo C G ra , depois do que, sucessivamente, seria nomeado sargen-t -mor d um Terce da guarnicao de Pernambuco e promovido

m s tr s- de - campo comandante de seu Terce, fa lecendo entre

7 1712.

aS 2

do d s per Aires de Souza

n fie I m com terras per-

plt~· 5 basWo de BritoI '111

, ', 'I .~

I 2 1

Page 4: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 4/15

c l Castro, Antonio de Brito do Aragao, capitao GON~ALO VIEIRAI 'lAVASCO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE (sobrinho do celebre

P d re Antonio Vieira), capi tao Lourenco da Rocha, Joao da Ro-

ch e Lourenco de Brito, aos quais aquele governador concede"20 lsguas de terra e mais as que em continuacao foram dadas

pelo Governador Francisco Barreto a Pedro Mar inho Souto Maior,Gaspar de Barros Calheiros e a Cristovao Falcao, que as per-

dram por nao se terem apossado delas, e nem requerido 0 seur -spec t ivo registro, cornecando da sesmaria do DesembargadorCrlstovao de Burgos (ver toplcos 641 a 643, vol. 4), e pelo rio Pa-

J u acima ate a Serra do Araripe".

653

Aqui, abre-se um parenteses para algumas inforrnacoes de

cunho geneal6gico:Padre Antonio Vieira era irrnao do capitao de infantaria

Bernardo Vieira Ravasco (1617-1697), f'idalgo da Casa Real, se-cretario do Estado do Brasil, em Salvador, Bahia, 0 qual, apesar

de rico e ilustre, jamais se casou, mas tinha tres fi lhos bastar-

des, havidos de Filipa Cavalcanti de Albuquerque: Capitao Cris-

tovao Vieira Ravasco Cavalcanti, capitao GON<;:~LO VIEIRA'RA-VASCO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE, sesmeiro no Pajeu

agora em 1680, sucessor do pai no offcio de secretario do Esta-do do Brasil, e Bernarda Maria de Albuquerque, casada com Gas-

par de Araujo, com sucessao.Segundo Frei Jaboatao, no seu Catalogo Genealogico, Fili-

pa Cavalcanti de Albuquerque, mae-sclteira do capitan Goncalo

Vieira, era filha do nobre pernambucano Lourenco Cavalcanti de

Albuquerque, nascido em Goiana e senhor -de-engenho, retirado

para a Bahia em 1635 por causa do domlnio holandes em Per-nambuco. Na Bahia, Lourenco Cavalcanti casou com a viuva Or-

sula Feio do Amaral, senhora do Engenho de Cotegipe, por cujo

leito, entre outros filhos, houve Filipa Cavalcantide Albuquer-

que. Lourenco Cavalcanti de Albuquerque era irrnao de Antonio

de Vasconcelos Cavalcanti, que 0 acompanhara na viagem para

a Bahia, onde tarnbern se casou, com Catarina Soares filha dOrsula Feio do Amaral e de seu l,D marido, Pedro Car~eiro, h •vendo sucessao, inclusive 0 filho Francisco de Vasconcelos C •

valcanti, casado com Antonia Lobo, com enorme descendsnclbaiana. . .

Os irmaos Lourenco e Antonio erarn filhos dos p rn mbu ..

canos Antonio de Holanda de Vasconcelos e de F llpa de Alb I-

querque.

2 2

Ant6nio de Holanda de Vasconcelos era filho do fidalgoArnau de Holanda e da portuguesa Brites Mendes de Vas-

' 1 1 1 1 1 I (personagens focalizados com multo destaque no I." vo-

I I H I I d ta c.ronolo~ia); e Felipa de Albuquerque era filha d _ . . o . . J i.,,_ ...." I o 'fl r e n t i n o Felipe Cavalcanti e da mameluca pernatiFt.·r5 . l l !G l c r ~ II < i i i . " . . ." It 1 n. de Albuquerque Arcoverde, como foi eVidene'f .a:a:8'on.a. I !i I . .. ..

P '" 1 t? 1 r tuna , l',-' ("') o c ;

I 11 -se 0 parenteses e volte-se as cartas de ~esmc{r ia 's '~~' : p~h i II I elo governador Aires de Sou_z~em 1680. \ u.. ,",;.I).c :

I 6547

\'J,/'____. ...~~ ~ I . . 4 J f

"'"''W'v''''--

 

Page 5: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 5/15

de S. Francisco e 0 da Paralba para 0 Sertao quase oitenta le-guas, compreendendo algumas serras que se chamam - Iqui-

chio, cortando pelo rio Mapenico".

655

Em prosseguimento da distr ibuicao de terras interioranas,

Aires de Souza, aos 20 de ag osto d e 168 0, assina carta de sesma-ria em favor de Frutuoso Gomes, concedendo-Ihe "4 leguas deterra na Vila do Porto Calvo, em Getituba, para 0 lado do sertao,principiando das terras que ja possui".

E finalmente, em 16 de dezembro, 0 governador volta a as-

sinar carta de sesmaria, agora em favor de Manuel Velho Soares,Francisco Gomes de Almeida Lima, Pe. Cust6dio Rodrigues Pe-

reira, capitan Cosme de Brito Cacao (sesmeiro antigo nos CAM-POS DOS GARANHUNS), Pe. Mateus Velho Soares, tte. Pedro

Aranha Pacheco (filho do mestre-de-campo NICOLAU ARANHA

PACHECO), Francisco Brandao Malheiro, Mateus Pereira de Al-meida, Alberto Correia Caminha, capitao Jose da Silva, Antonio

Gomes de Abreu, D. Lourenco de Almeida (ja beneficiado em 25

de maio de 1680), capitao Antonio Martins Pereira (tambem be-neficiado naquela data), capitao Manuel da Silva de Vasconce-

los, Andre Duarte, Domingos Correia, l.uiza Soares, Maria Soa-

res, Adriana Martins Pereira, Francisco de Souza de Menezes,

Manuel Cardoso de Mendonca, Manuel de Br ito, Joao Goncalvese Jose Paes, todos moradores na Bahia, concedendo-Ihes uma

das maiores sesmarias do Nordeste do Brasil, verdadeiro latifun-

dio no Sertao de Pernambuco, constan!e de~isto me~-mo, "cem Ieguas de terra para 0 sertao, nast . eiras do RIO

Grande (afluente do Sao Francisco) entre norte e sui, correndo

para a poente entre a rio Pajeu e 0 riacho Panema Grande ateintestar com terras do Coronel Francisco Dias de Avila".

De modo geral, os sesmeiros deste latifundlo de 100 leguas

nao vinham para Pernambuco ocupa-las e povoa-las, mas, atra-

ves de procurador, tratavam de arrenda-las a foreiros diversos,ficando todos em Salvador, Bahia, a usufruir sem trabalho algum

as proventos dal advindos, todos, com excecao apenas do tt, .Pedro Aranha Pacheco, que passaria a viver, durante muito tem-po, em suas terras pernambucanas, no informe de Alfredo Lelt

Cavalcanti.

656

De fato, como vem relatado na H ist6rla de G aranhu ll ,

tenente Pedro Aranha Pacheco, em sues t rras go r r c 1 1 "

2425

 

Page 6: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 6/15

"Carta regia, mandando que 0 governa,dor . Ai res de So~-za Castro informe um requerimento de Andre Vidal de Negrei-

ros, no qual solicitava a adrninistracao ,d.e um aldeame~to de

vlnte casais de indios, que fundara no 51tlO de sua propneda_dedenominado Aldeia Velha do Carice , junto do seu engenho, ,cuJos

Indios - os mais deles brabos, do sertao, os conduzira a sua

custa e os aposentou no referido sltlo - obrigando-se e.le a m.an-

tar na dita aldeia um sacerdote para doutnnar os indios: VIdalpedia ainda que a requerida admlnlstracao fosse extensiva aos

seus sucessores - sem que pessoa alguma pudesse ~e ~nten~da r com os ditos casais. - 0 Engenho a que se refena Vidal e

o Engenho Novo de Santo Antonio d~ Goiana, on.de faleceu eleem 3 de fevereiro de 1680, e em cuja capela fOI sepultado. 0

deferimento dessa petlcao ficou prejudicado, naturalmente, pelo

falecimento de Vidal, quatro dias antes ce ser lavrada a carta

reg ia em questao". . .Em Hlstnrla da Provincia da Paralba, I, 313-322, Maxirnla-

no Lopes Machado diz que Andre Vid~1 de Negr~iros morre~ a

treze de fevereiro de 1680, tendo nascido na capita! da Paral~~entre 1608 e 1609; e divulga seu "testamento com que faleceu ,

do qual aqui se transcrevem trechos principals: .

"Jesus, Maria e Jose. Em nomeA

de Deus e da SS; Trin-dade, Padre, Filho e Espfrito Santo, tr;;s Pes~o~s e um so De.usverdadeiro.Saibam quantos esta . cedula, ultima e derradeira

vontade virem que, no ano do Nascimento. de Nosso Senhor Je-

sus Cristo de mil seiscentos e setenta e Olt .Oanos,. ao~ quatorzedias do mes de maio do dito ana neste Recife, Capitania de Per-

nambuco, onde eu Andre Vidal de Negreiros, do Conselho de Sua

Alteza, Fidalgo de Sua Casa, Comendador das comendas. de S.

Pedro do Sui, e da Ordem de Cristo; Alcaide-mor das. Vilas d~Marialva e Oeiras, Governador e Capita_9 General que fOI dos rer-nos de Angola e do Estado do Maranhao, e. Governador duas ve-

zes da Capitania de Pernambuco e das mars do Norte, me acho

de presente estando em meu perfeito julzo e entendimento queDeus me de'u, com todos os cinco sentidos: e por conhecer a In-

certeza da vida e nao saber a hora em que Deus Nosso ~enhorsera servido chamar-rne, ordeno meu Testamento da manerra S9-

guinte: . '"Primeiramente encornendo.minha alma a Deus, que a cr lou

e remiu com seu sangue precioso, pedindo-Lhe me perdoe omeus pecados, e a ' Virgem Senhora Mae Sua e Rainha dos A n.jos seja minha Advogada e intercessora com 0 seu Unlg&nlt

Filho, para que me de perdao de todas as culpas e o f ens a s qucontra Ele tenho co rne tido : e 0 mesmo peco ao A rcanlo S. MI.guel e aos S.S. Apostolos S. Pedro e S. Paulo, 0 0 S nto

26

 

Page 7: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 7/15

I 'I 1 1 1 1 I,

m t nho 'o rrtenho au mals Curr Is om scr vo 1 01 n crarem calxoes e lavrarem m ntlrn ntcs p r tf 1 n 10nhos: assim mais tenho uma sorte d t rras n 1111dque tenho uma rede com um rnulato e quatro ou cine

escravos."Declaro que, alern destes Currais, deixei mals um junt

a Ermida de Nossa Senhora, que Ihe dei quando levantel a dlt

Capela, para a tabrica da dita Igreja.

"Declaro que tenho comprado na ribeira de Mamanguapuma sorte de terras ao Capitao Duarte Gomes da Silveira, em

que tenho uma serra ria com escravos e bois."Declaro que tenha uns chaos no Recife, da banda do mar,

junto as casas de Antonio Ferreira Rabe!o. que cornprei ao capi-tao Andre Gomes Pena e a seu lrrnao 0 Cheira-dinheiro, por al-

cunha: e assim mais uma sorte de terras na praia da Barreta que

houve de Joao de Mendonca Furtado; assirn mais tres bracas de

terra que comprei ao alferes Francisco Fernandes Beija e a sua

cunhada."Junto as terras dos meus Currais cornprei uma sorte de

terras a Alvaro Teixeira de Mesquita, 0 Mocambique, junto. aoseu acude, em que esta um curral de gada com seus escravos,que dei ao Padre Manuel Vidal de Negreiros, para seu patrirno-

nio ,"Tenho mais uma data de terras de dez leguas em quadro

na Paralba, dada pelo Conde de Atouguia, e outras datas mais,que partem com elas, que me deu 0 Capitao-mor que foi da Ca-

pitania da Paraiba, Luiz Nunes de Carvalho."Tarnbern tenho para a parte da Paraiba uma sorte de ter-

ras em Jurupiranga para gado que comprei com 0 Engenho No-

vo de Santo Antonio de Goiana, que pertence a Capela."Declaro que tenho na Cidade da Paralba umas casas de

sobrado e uns chaos juntos delas. ' i ' ! uma pedreira com um for-no de cal com toda a terra que vai correndo ate 0 rio Paraiba.

"Declare que destes bens que possuo tenho dado e vincu-

lado a lnstituicao da Capela de N. S. do Desterro dos meusCurrais, onde me hei de recolher com alguns Sacerdotes, 0 En-genho Novo de S. Antonio de Goiana, com todas as suas terras,

parte dos cobres, bois e pecas de oscravos, e tudo 0 mais per-

tencente ao dito Engenho; e asslrn rna's as terras do Carica quecomprei aos Araujos, onde tenho uma serra ria e lavouras de ra-gas com todas as pecas d'ascravos, bois e carros: e assim mais

Ihe doei as vinte Currais de gada vacum que nos limites de Ter-ra Nova e Tirite na Capitania de ltarnaraca e rio da Paraiba, com

28

! ! lid III I III 1 1 e m " I

2 9

 

Page 8: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 8/15

"Declare que, sendo caso que Deus taca de mim algumacoisa antes de minha afilhada D. Catarina Vidal de Negreirostomar estado, ordeno que meus Testamenteiros Ihe deem todo

o necessario do rendimento do Engenho S. Francisco, para seu

sustento e vestir, ate 0 tomar, com toda a largueza, e se Deus atomar para si antes de 0 fazer, meus Testamenteiros Ihe faraobem por sua alma, e darao a sua mae Isabel Rodrigues, quatro

pecas de escravos pelo amor de Deus e pelos bons services que

tenho recebido del a, alern do negro Rodrigo Sapateiro, que Ihedei quando casou.

"Declaro que Fr. Francisco Vidal au da Madalena, Religlo-

so Carmelitano, que serviu de Prior no Convento do Carmo daVila de Olinda, e agora esta servindo de Provincial de sua Re-ligiao, e filho de lnes Barroso, pessoa que era naquele tempo

casada com Gapsar Nunes, e quando nasceu era ainda vivo 0

dito Gaspar Nunes; e viveu ainda depois muitos anos, como cons-ta das provacoes que da Majestade Ihe mandasse tirar quandoIhe fez rnerce do habito de Cristo, dizendo na Provlsao que su-

pria nos impedimentos dele Fr. Francisco Vidal, ser filho de mu-Iher casada, como consta tarnbern por um surnario de testemu-

nhas que a meu requerimento se tiraram ad perpetuam rei me-

moriam. Os meus Testamenteiros darao clareza de tudo, e su-posta que se dizia que ele era meu filho, nunca 0 tive por esse;e se que fora, nunca podia ele nem a Ordem herdar de mim, as-

sim por ser filho adulterino, como porque quando ele nasceu,

era eu Capitao de Infantaria na cidade da Bahia, e havia sido AI-feres e Ajudante da mesma Infantaria muitos anos: alern de eu

ser nobree viver sempre na Lei da nobreza: mas por se havercriado em minha casa 0 dito Padre Fr. Francisco ordeno a meus

Testamenteiros Ihe deem cem mil reis todos os anos enquanto

ele for vivo sornente: as quais se Ihe pagarao do rendimento doEngenho Novo de S. Antonio da Paraiba, que comprei ao capi-tao Duarte Gomes da Si lveira.

"Deixo a meu sobrinho Antonio Dourado Vidal (na verda-

de, Antonio Curado Vidal, dono, de fazandas no Agreste), as Co-mendas que S. Majestade me tem dado, assim a de S. Pedro do

Sui em que estou encartado, como as demais que tem feito mer-

ce e prornessa, e assim mais meus services, e peco as. Altezaque, atendendo aos muitos e bons services que tenho feito a Co-roa de Portugal, Ihe faca todas estas rnerces e 0 queira honr rcom outras muitas mais avantajadas; e assim Ihe deixo mals do lmil cruzados, que Ihe pagarao da venda ou rendimento do En-genho Novo de S. Antonio da Paralba, que comprel Du rt

Gomes da Silveira, em acucares a duzentos mil re ls d no ,

30

rbosa Lima So-

p rte final, ne-

3 1

 

Page 9: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 9/15

das - aquele que ligava a curral da feira recifense as povoacoesdo Sao Francisco (ver t6picos 437 e 438. vol. 3).

663

Em relacao a epoca, a aventura dos t.res "sertanistas" .ci-

tados no t6pico anterior fora deveras sensacional e sua nar r~tlvaem serao fami liar por certo teria empolgado e despertado 0 Inte-

resse dos RODRIGUES DE SA, principalmente quando se talava

no mundo de ter ras devolutas havido a espera deles em local ex-

celente para a cultivo do algodao e da ,mandio~a, bem cor:no p~raa criacao .de gado, havendo far tura de agua, pots, pelo. rnero , alem

de riachos e lagoas adjacentes, passava ~m_grande. no - 0 S~-rinhaem. Em tais condicoes, a conego Sirnao Rodrigues de Sa,

sem perda de tempo, antes que outros 0 fizessem, redige. e e.n-cabeca pedido daquelas terras no centro-A_greste da Capltanl~,

usando a artificio de praxe - ter gados e nao ter terras para Sl-tua-los, querer cultivar a terra pedida, para maior lucro ~ rendi-

mente da fazenda real etc . Peticao feita, seguem-se, pela ordem,

suas assinaturas: Conego SIMAO RODRIGUES DE SA, Padre AN-

ToNIO RODRIGUES, SIMAO RODRIGUES, alferes JOAO RODRI-

GUES DE SA, alferes FRANCISCO RODRIGUES DE SA, MIGUELFORTE VELHO, EUSEBIO DE OLIVEIRA MONTEIRO, MARIA RO-

DRIGUES DE SA, EUGE:NIA RODRIGUES DE SA e CRISTINO RO·

DRIGUES DE SA.

Encaminhado 0 documento, ouvidos a respeito 0 procura-

dor da coroa e 0 cap. Joao do Rego Barros, provedor da fazend

real, tudo se informa favoravelmente aos RODRIGUES DE SA,motivo por que, agora, 2 de [unho de 1681, DIA OFICIAL DA FUN·

DAC;AODE CARUARU, 0 capitao-general Aires de Souza de Ca ~

tro, governador de Pernambuco, assina, na forma regiment I,"sem foro ou pensao alguma, salvo 0 dizimo a Deus" (DQc. Hlst,

Pern. - Sesm., IV, 98), carta de "sesmaria de 30 leguas de t •ra entre a rio Ipojuca e de Serinhaern, cornecando das cab

ras e testadas das ter ras do mestre-de-campo Antonio Casado V I . .dal (sic por Antonio Curado Vidal - ver tepicos 537 a, 539, vol.4), e do rio Ipojuca pelo de Serinhaern acima de uma e outre . 1 " 1 Itte", carta lavrada em nome dos dez requerentes retro-clt d o ,a cada um dos quais tocavam tres leguas de terra em qu dr I.

664

As terras doadas aos RODRIGUES DE SjA , lim it v m ..leste com. os sitios de cultura do rnestre-d -c rnpo Ant nl

36

ANCISCO RODRI-

n m cltado na

lp lt -mo r Fran-

3 7

 

Page 10: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 10/15

670

Tude indica que 0 Alvara de S.A.R. teve a mesmo efeitodas coisas inuteis, isto e, nenhum efeito benefice, nem para ossenhores brancos da pancada do mar, nem para os fugitives ne-

gros dos quilombos palmarinos - os primeiros voltando a cam-panha habitual, com renovadas expedicces mi li tares a zona do-

minada pelos rebeldes; e os segundos oferecendo resistencia eafoiteza surpreendentes, muitos preferindo a morte no campo de

batalha a volta ao cativeiro, todos lutando com as armas de quedispunharn no momenta, inclusive pedras, toros de pau, facas de

ponta au mesmo pernas e braces utilizados em violentos golpesde capoeira quando 0 combate se travava corpo-a-corpo ,

Nao se sabe se a devassa autorizada chegou a ser proces-sada e tudo quanta se conhece apenas e que, em n ov em bro d e

1682, 0 Conselho Ul tramarino comunicaria ao principe-regentevaries incidentes ocorridos no Brasil em torno da execucao do

Alvara , Os desembargadores da Relacao na Bahia tinharn-se sis-

tematica e sucessivamente escusado a cumpri-Io.: a pretexto de

doencaou de excesso de trabalho.O governador-geral era acu-sado por funclonarios de infringir a ordem das nomeacoes ,

Segundo Declo Frei tas (Ob. cit., 127.128), a hip6tese maisplauslvel e a de que 0 Alvara tenhaficado apenas no papel, co-mo de resto sucedia freqLientemente com as ordens da coroa-"sempre acatadas, raras vezes cumpridas". Principalmente no.que dizia respeito ao s escravos, quando os ricose poderosos se-

nhores-de-engenho, os nobres de Pernambuco, faziam e aplica-vam a sua pr6pria lei.

671

D. Joao de Souza,insistindo na polltica de dTstribuir ter-ras palmarinas entre quem sedispusesse a dar combate aos ne~

gros ali aquilombados, assinara carta de sesmaria, aos 29 de abril

de 1682 (Doc . H ist. Perno - Sesm ., IV , 101)' , beneficiando tres

combatentes de reconhecidos services prestados contra os Pal-mares - capitao Goncalo Pereira da Costa, Manuel Barbosa

Amaro Goncalves, agrlcultores-proprietarios e criadores-de-gadonas Alagoas, aos quais doava "5 leguas de terra no sertao da AI •goa do Norte pelo rio chamado - Paraiba-mirim acirna, com tr~(Ieguas) de largura, cornecando e fazendo piao na Alagoa doPortos tanto para baixo como para cirna".

o resultado pratico dessa politica vinha sendo nulo, m0. governador acreditava nela e, usando igual tatica, sntra mcontato com os LlNS de Porto Calvo, familia das rnals tr die

4 8

j

672

)~

II

873

VI\SCONCELOS e MARIA DA RO-

49

 

Page 11: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 11/15

,_ (7)}f~- CRISToVAO L1NS DE VASCONCELOS - a Cristo-

vao Ll'~~gora, da sesmaria na Serra do M~caco - .casadoemPorto Calvo com a prima Beatriz de Barros Pimentel, filha de !iQ:_..,drigo de Barros Pimentel e de Jeronirna de Almeida, com suces-s - E i 6 : - " '- · - - '" - '- - - " ,- - - ,- - _ · w .

, F3) - CONSTANTINO L1NS DE VASCONCELOS, fidalgo d.a

Casa Real passado para a Bahia em 1635, ali se tornando capt-

tao-coman'dante da fortaleza da Ribeira e, depois, da do Mar. NaBahia casou com Maria de Sa de Menezes, filha de Antonio Mu-niz T~les e de Catarina de Sa de Almeida, com sucessao: e

F4) - SIBALDO L1NS DE VASCONCELOS - 0 Sibaldo Lins

dagora, da sesmaria da Serra do Macaco --: capitao~de-5l rdenan-

gas, casado com a prima Cos~a de Barros Pm~entel, !r~_~'1U-Iher de seu irrnao Cristovao Lins, com sucessao.

Y f b ' Y 674

INEZ L1NS DE VASCONCELOS (filha de Cristovao Lins e deAdriana Vasconcelos de Holanda) e VASCO MARINHO FALCAOsao os pais de:

? r: ) ~l

( F T ) L PEDRO MARINHO FALCAO, casado com ~ pri .ma Bri-tes de--~Io, filha de Manuel Gomes de Melo e de \Adnana deAlmeida Lins, com SUCeSSaOj \ \

F2) - FRANCISCO DE SOUZA FALCAO, serrixjnaiores in-

Iorrnacoes : . .F3) - LEAO FALCAO D'E<;A, casado com a pnrna Mana

de Barros, com sucessao, e '

G 1 - : q ~ F4) - LEANDRO_PACHE99) FALCA .(~as~do com MaIi~ de-M~o sua prima e irma da m ~Iher de eu irrnao Pedro MarinhoFalcao, com descendencia ,

675

BEATRIZ (ou BRITES) LINS DE VASCONCELOS e BALTA-

ZAR DE ALMEIDA BOTELHO sao os pais de!

'~(l\DRIANA DE ALMEI0)1. L1NS, caslla~ol!l/~el Gomde Melo (filho de Joao Gdrhes de Mel' e j&~na de Holand ),

cujas filhas Brites e Malia casara , respectivamente, com

primos Pedro Marinho Fallcao e L ndro Pacheco falcao, comojiI foi registrado. l

676

Na Bahia, entre as filhos de CONSTANTINO L1NS DE VNCONCELOS e de MARIA DE SA DE MENEZES, destac m- :

50

ou com Crist6vao Lins, filho

n I Cosma de Barros Pimentel."

I ~o 6 tota: e a proprio Crist6v3o1 mI

II If I IIIIIOr! m S. dro ,

 

Page 12: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 12/15

F2) - Bartolomeu Lins, casado com Maria Borges, filha

de Gonc;:alo Lins e de Cosma de Andrade; ./F3) - Cibaldo l.ins: ,i

F4) - Sebastiao Lins; _I/'

F5) - Cosma Lins, casada corn' Cristovao de Barros Pi-mentel, f ilho de Rodrigo de Ba'r~q:s'i inentel, 0 Mouco, e de Ana

da Rocha; )(F6) - Teresa de Jesusyi'hs,'''~psada com Cristovao Lins,

fi.fho de Rodrigo de Barros~-,imentel''''e, de Manuela Accioly

Lins: e _I i ''i., .

F7) - Cibaldo Lins( "que viveu no S ' ( ! ! , l , I engenho Maranhao

e foi nomeado Sargentp'mor da Vila de PortCi,Calvo, por ser pa-rente do governador./tasou com D. Micaela '~egromonte, filhade Manuel Negromorite, senhor do engenho de IpQjuca, e de suamulher, D. Adriana Wanderley". .

678

Por fa Ita de seguros elementos para dirimir a duvida cria-da sobre Cristovao e Sibaldo Lins, sesmeiros da Serra do Maca-

co, registram-se as duas vers6es publicadas a seu respeito - a

de Fr. Jaboatao e a de Valter Wanderley - e volta-sa a sequen-cia das sesmarias concedidas em 1682 por D. Joao de Souza,

governador de Pernambuco.

Aos 28 d e ag osto, 0 governador, usando das faculdades deseu regimento e sem mandar cobrar foro ou pensao, salvo 0 dizi-

mo a Deus, torna a assinar carta de sesmaria (D oc. H ist. Pern .

_ Sesm., IV, 103), beneficiando agora, na regiao do Agreste, aos

alferes Manuel de Castro Flores e Antonio Batista Esplndola, in-

clusive seus herdeiros, aos quais concede "seis leguas de terraem Gurjau, nos campos chamados de Duarte Dias, cortando pe-1 0 rio acima para a parte do sertao, nas testadas d'outras terrase propriedades do capitao Baltazar Leitao e do capitao Antonio

Carvalho" (fazendeiros no GOITA).

A respeito destas terras situadas nos "campos chamadosde Duarte Dias", cujo povoamento vem de fins do seculo XVI (ver

topicn 193, vol. 1), Sebastian Galvao, em seu Dic ionario, I" 217,

registra este verbete:

"DUARTE D IAS - Povoacao - A 18 quilornetros ao N. docidade da GI6ria do Goita, a cujo mun. pertence. esta situada m

terreno plano, contendo umas 80 casas, uns 500 habts., uma ca -pela sob a protecao de S. Antonio dos Milagres, um cernltsrlo

construldo em 1876 e uma pequena feira aos domingos. Fai f u n .

dada por Antonio Duarte Dias, ha uns60 e tantos anos (em 184' I

52

679

 

Page 13: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 13/15

tinuando a corrupcao dos ares, passou a Bahia, aonde fez um to-

tal estrago da melhor gente assim ~atLlra~s, como europeus: ecorrendo as mais cidades, e lugares, infeccionou toda a costa doBrasil nao perdoando nem a sexo, nem a condicao de pessoas,

e ass~lou a todos com igual extermfnio.". "No seu Tratadn Onico da Constitui~ao Pestilencial de Per-

nambuco Lisboa 1694 0 medico Joao 'Ferrei ra da Rosa. pr imei-

ro autor ~ public~r um~ obra sobre a f~br~ arnarela na bi~liogr~-fia mundial dissertando sobre as possivers causas da epidernia

disse: "poi~ se viu evidentemente que. ao ab!ir de ~ma~ b.arri-cas de carne podre vindas em navegacao de Sao Tome, caiu ime-diatamente e brevemente morreu um tanoeiro: 0 que sucedeu narua da Praia; e assim mais quatro au cinco da mesma casa: e s.e

foi pela mesma rua primeiro comunicando". Essa ve~sao da OrI-

gem pelos vapores pestilenciais da carne ,po.dre, acelta p.or Fer·reira da Rosa alias como uma das provavers causas, fOI espo-sada pelos a~tores' seguintes, dentre eles Sebastiao CIa RochaPita na Histnria da America Portuguesa, l .isboa, 1730.

"A vista de tantos e tais depoimentos, assen~ou-se, entao,

que a nau procedente de Sao Tome, na o pelas barn cas de carn

podre, mas pelo desembarque de n~gro.s infe.stad~s tr?uxe.ra

febre amarela para 0 Brasil. E a pnrnerra epidemia fOI atribul-da aos africanos da costa d'Africa. Re~entemente, ~ontudo, em

sua lntroducao hist6rica a reedicao do livre de F~rreira da. Rosa,Eustaquio Duarte retomou a possibilidade =.orrgem antl!han ,e nao a africana. Considerou eleque 0 Recife era, na ,ep?c ,

uma das bases abastecedoras que lig~vam "os portos atl.~n~lc~,da Norte America e das pequenas Antilhas ao. sudeste aslatico ,De uma das naus em transite poderiam os rnsetos vetores, 0

mosquitos "stegomya" (Aedes aegypti), transmissores do v l r u a ,transportar-se das Anti lhas, onde ocorrerarn fortes surt?_se~ 164849 a Pernambuco. A doenca era endernica nessa regiao, ticand

at~ conhecida como "tifo americano" ou "peste americana". Eu

taquio Duarte baseou seu alvitre em tratadist~s .europeu~ e am ,.ricanos e nas opini6es coincidentes dos brasileiros Jose P r I I

do Rego, barao do Lavradio (1873), e Placido B,arb.osa (1.929), Antbos ja haviam levantado a suspeita da procedencia antilhan

"Em sua primeira aparicao no pars - e a segunds

se-ia apenas no seculo XIX - a febre amarela grassou ~mnambuco e na Bahia, no . litoral e em certos ponto~ do lntatingindo ainda as capitanias vlzinhas. Matou aos.ml lhares,cos e indfgenas, poupando mars, segundo os cronistas, as ne os mesticos .

. "Reduziu-se tanto a populacao que "chegou a pont d II II

haver homens para acompanhar 0 Santfsslmo Seer m nto'', (II

72

uma so cons-p stll nol I" de Pernam-

73

 

Page 14: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 14/15

96

,II o m cujos barbaros pelejaram tantas vezes, fazendo

rrnas de Sua Majestade a tempos que tao oprimi-111das hostilidades inlmigas , E bastara 0 seu valor e

Sarbaros perderem a lnsotencra e tomar a guerraA t ' .

stes candidatos a patentes de Sua Majestadel tos'' "tao mimosos" pretenderiam confronto com

1 0 Sui? Que dizer por exemplo do contrato de um

rrela, alias coronel-comandante de um contingen-I~ no posto e a quem caberia castigar como mere-

Taunay, na His,toria das Bandeiras Paulistas, I, 15 4 e 1 I

fala sobre Andre Pinto Correia e Pedro Aranha Pacheco. Prim: Iro, tratando das providencias de Matias da Cunha, governacl 1

geral do Brasil, acerca das campanhas no Ac;:u e nos Palmar I

diz que, em correspondencia com 0 eel . Antonio de Albuquerqu 1

da Camara, aquele governante Ihe comunicava ter ordenado

l"que Domingos Jorge Velho e seu lugar-tenente Andre Pinto dlxassem de marchar sobre os quilombos dos Palrnares, rum 1- 1 I

para 0 Acu com seiscentos homens dispostos em duas colun "I

e acrescenta: "Em princlplos de junho de 1688, jubi loso anun Iiva Matias que os paulistas haviam chegado ao rio das Plranh

Sabia-se da grande vit6ria de Domingos Jorge e de um reves 1 I'

armas rea is, havendo certo capitao Antonio Pinto side desb rtado pelos indios, Pouco depoi,s d,e outro fracasso do" pr lpl IAntonio de Albuquerque". Tambem inforrna Taunay que a 24 tloutubro de 1688 sucumbia Matias da Cunha vftima da epid 1 1 1 1 "

da bicha (febre arnarela), assumindo 0 governo-geral do Bra I IIenergico arcebispo da Bahia, D. Frei Manuel da Ressurr IQ

que in-totum seguiu a polftica do antecessor". .

E, segundo, procurando exaltar a bravura dos, paull t

achincalhar com a valentia dos pernambucanos, historia 1 IIInay:

713

"Em fevereiro de 1689 escrevia a Arcebispo ao C J II II

mor de Penedo, Pedro Aranha Pacheco (filho do mes t re .do- II

po NICOLAU ARANHA PACHECO, tantas vezes posto em ev II IIcia nesta cronologia, principalmente como sesmeiro no A r Ide Pernambuco), que envidasse todos os esforcos no sentkk Iangariar em seu distrito mantimentos para as I o r c a s em 1 1 1 1 1 11nha. 0 socorro organizado pelo Coronel Andre Pinto Corr I 1 I

se' movia! A esperance era que os paulistas chegariam 1 0 ) I lilt

Rio de Janeiro preveniam que [a uma coluna se pusera m 11111chao

"E como certos indivlduos prornetessern tarnbern t lil j

armas contra os tapuias, mediante a concessao de pat nt I "

mo as cutorgadas aos paulistas, asperamente os desen I ( 1 1 1 I I

Frei Manuel a dizer: "Se as concedo aos paulistas foi p . H I l iIe incornparavel service que fizeram a Sua, Majestad f V

sua custa, tantas centenas de leguas por esses sertf I n III IItas partes estereis, sem agua e sem nenhum genero d t, II

tentando-se de rafzes para a empresa dos Palmar s, ta I v II Iveis aos pernambucanos".

"Ao menor aceno de uma ordem do Govdeixado a sua conveniencia e "voitararn rrn

rnambuco e 0 Sao Francisco,n'tlo 0 S provldanclas adota-

97

 

Page 15: Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho)

5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 2 (Nélson Barbalho) - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cronologia-pernambucana-volume-5-parte-2-nelson-barbalho 15/15

sente: assinada e selada com 0 sinete de minhas armas, a qual

se registrara nos livros da Secretaria destas Capitanias e nas

mais a que tocar. Dada nesta Cidade de Olinda em os vinte e

cinco dias de junho - Antonio Pereira a fez, ano de mil e seis

centos e oitenta e nove - 0 Secretario Antonio Barbosa de Li-

ma a fez escrever. - Antonio Luiz Glz. da Camara Coutinho."

Nas suas terras agora obtidas no Agreste, 0 senhor-de-en-

genho BARTOLOMEU GOMES BORBA fundaria a FAZENDA COU -RO D'ANTA, transformada, muitos anos mais tarde, em movimen-

tado lugarejo - COURO DANTA, que haveria de pertencer a ju-

risdicao do prirnit ivo Curato do Born Jardim, depois ao Municfpio

do Limoeiro, depois ainda ao Municfpio de Caruaru e, por fim,

por torca da Lei Estadual n. " 1.818, de 29 de dezembro de 1953,ao territ6rio municipal de Riacho das Almas.

o povoado COURO DANTA, no seculo XIX, ganharia umcerto destaque na cronica hist6rica de Pernambuco pela celebre

batalha em seus campos t ravada durante as escararnucas pollti-co-socia is vulgarizadas pelo nome de - a guerra dos maribon-dose _ct-

719

Tres dias depois da concessao das terras de COURO DAN-

TA, 0 governador Camara Coutinho volta a assinar carta de ses-maria (Doc. Hist. Pern. - Sesm., I, 5·7), beneficiando novamen-

te velhos part icipantes da guerra contra os holandeses, cujos no-mes eram JOAO LOPES BARBALHO, FRANCISCO DE FREITAS

TINOCO, SIMAO VELHO, ALEIXO DE SOUZA, BONIFACIO SOA...

RES e MANUEL GOMES DE SOUZA.

Em seu requerimento feito em conjunto, os suplicantalegavam que "ao presente vivem muito pobremente e nao po ...

suem terras aonde possam ter seus gados, e, porque no sertao

do rio Capibaribe, por ele acima correndo do Leste a Oeste, n

parte aonde esta um poco chamado dos Patos, ate outro poechamado do Carao, estao terras devolutas pelo dito rio Caplb •

ribe acima que nao servem mais que para gados, isto em al u nlugares por haver muito penedio, e partes muito fragosas,quais querem eles suplicantes que V. Sa, Ihes taca meres dem nome de S. M. a dita terra do .. , pogo dos Patos ate 0 P Q {

do Carao, com largura de uma legua do rio Capibaribe p r I

Sui, e outra para 0 Norte, e duas para cada um deles de Ia Oeste, nao prejudicando a terceiro, visto as grandes f m i llque eles tern e os muitos servicos que t€lm feito as . M ."

Deferindo-Ihes 0 pedido, 0 gov rnador d sp ch I

1 0 8

"Hei por bern de Ihes fazer A dda presente dou, sesmaria a ca merce ar , , como em virtude

meados duas leguas de terras o~~·u~, dos supll~antes acima no-

gura que se ped~ e conf ronta na ~~~n;:ti~acoo,~,tmuas, com a lar-

. As doze leguas de terras a ftuavam-se no Alto Capfbaribe w~s ,~as agora concedidas s i-~es do pogo DO PESQUEIRO re~lao 0,ARARO~A, proximida-

r isdicao da freguesia de N S' de m~egranam, mars tards, a ju-

nicipio de CIMBRES e par' fi~ aSd°Mnta~~a~,depois a do Mu-

O"a 0 uructpto de PESQUEIRA

alferes JOAO LOPES BARBAL '. .da familia BARBALHO a fixar-se no ARA~gBA pnmelro membrodentes se ligariam t ' d " onde seus descen-

BARBOSA, CAVALC:N~re~E ~~~~~~eE~os var ios, aos SIQUEIRACANTI etc dando or' . ,QUE, SIQUEIRA CAVAL-

8ARBOSA,"BARBALHbg~~ ~~~~EI~~s C~~~BALHO DE SIQUEIRA

lis pertence ° autor desta cronologia) BARLfAALNHTOIa cuja fami-E ALBUQUERQUE em ' , CAVALCANTII Is, fundaria, ao qu; se sa~~as du_as leguas de terras sesrna-

lIeional por servir de cenari ,0 SIT/O pogo DOS PATOS, tra-( 1 1 1 0 XIX, como sera historiaodPara ~randes lutas politicas no se-

It decenios depois, em ode~ na ep?<:_aoport~na. Caido, mul,

c i t Melo Barreto, 0 SfT/OPpogo dg~~p~~~ Francl.sco Xavier PaesIt r ,ste, na opulenta FAZENDA PO 0 D OS sena transfo.rmad?,

If nela na hist6ria de PESQUEIRA.g

OS PATOS, de m u r ta eVI-

Agora em 1689 0 sesmeir d POf"VI II ser ur n velho d~ 70 0 ,0 e co DOS PATOS jil de-I () t (Anais, III, 112.114) ~.~al~ a~os de idade, pols Perei ra da

(tllltr os holandeses em' 16~s9rf lan °fa 1ut~ dos pernambucanos1 1 1 \ 1 ALHO (s .' , az re erencra a JOAO LOPES1 1 1 1 A ) ° lbJlnho. do mestre-de-campo LUIZ BARBALHO BE.

, 0 qua, cheflando tropa db'hi II, rnlssao militar em S . e arc~ uzerros, fora incumbi-II I c I de Filipe Camarao. erglpe e no interior de Pernambuco,

720

10 9