Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Cronologia Pernambucana (Resumo) Nelson Barbalho (Parte 3)

Citation preview

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    1/13

    sente: assinada e selada com 0 sinete de minhas arma.s, a qu Ise rsgistrara nos livros da Sec.retaria dest~s Capitan las .e namais a que tocar. Dada nesta Cidade de Olinda em os. vinte .cinco dias de junho - Antonio Pere~r~ a fez: ~no de mil e se rcentos e oitenta e nove - 0 Secretano Antonio Barbosa de U-ma a fez escrever. - Antonio Luiz Glz. da Camara Coutinho."Nas suas terras agora obtidas no Agreste, 0 senhor-de-en-genho BARTOLOMEU GOMES .BORBA fund~ria a FAZENOA .COU.RO O'ANTA, t ranstormada, rnultos anos mars tarde, em movl'7'~ntado lugarejo - COURO OANTA, que ha~eria de pertencer .a J~.risdlcao do primiti~o C.urato do BO~ ~a.rdlm, depois ao Municlpldo Limoeiro, depots ainda ao Municlpio de Caruaru e, por tim,por torca da Lei Estadual n." 1.818, de 29 de dezembro de 195 ,ao territ6rio municipal de Riacho das Almas.o povoado COURO DANTA, no seculo XIX, ganhari,a u r ncerto destaque na cronica hist6rica de Pernambuco pela celebrbatalha em seus campos travada durante as sscaramucas ~olr'tl.co-sociais vulgarizadas pelo nome de - a guerra dos maribon-'. ';"dos.

    719Tres dias depois da concessao das terra~ de COURO DAN~TA, 0 governador Camara Coutinho volta a assl~~r carta de s .maria (Doc. Hist. Pern. - Sesm., I, 5-7), beneflClando no~am n..te velhos participantes da guerra contra os holandeses, cujos mmes eram JOAO LOPES BARBALHO, FRANCISCO DE FREITATINOCO, SIMAO VELHO, ALEIXO DE SOUZA, BONIFACIO SO/\RES e MANUEL GOMES DE SOUZA.Em seu requerimento feito em conjunto, os suplicantalegavam que "ao presente vivem muito pobremente e nao psuem terras aonde possam ter seus gad os, e, porque no s rtdo rio Capibaribe, por ele acima correndo do Leste, a Oeste, n

    parte aonde esta um poco chamado dos Patos, ~te ~utro P 0 1chamado do Carao estao terras devolutas pelo dito no C pI!ribe acima que na~ servem mais ~ue para. gados,. isto em I 1 1 1lugares por haver muito penedio, e partes multo fragos . "quais querem eles suplicantes que V. Sa. Ihes taca mer ,em nome de S. M. a dita terra do. .. poco dos Patos ate 0 Ido Carao, com largura de uma legua do rio Capibarlb ISui e outra para 0 Norte, e duas para cada um deles do Ia Oeste, nao prejudicando a terceiro, visto as grand . f mIll Ique eles tern e os muitos services que t~m feito a s . M."Deferindo-Ihes 0 pedido, 0 gOY rn dor d spach I1 0 8

    "Hei por bem de Ihes fazer rnerce dar, como em virtudePI ente dou, sesmaria a cad a um dos suplicantes acima no-d 6 duas leguas de terras ordinarias e contfnuas, com a lar-[ue se pede e confronta na sua peticao ."I\s doze leguas de terras agrestinas agora concedidas si-V tn-se no Alto Capibaribe, regiao do ARAROBA, proximida-II pogo DO PESQUEIRO, e integrariam, mais tarde, a ju-I I I da treguesia de N. S. das Montanhas, depois a do Mu-

    I Ip t1 de CIMBRES e, por fim, a do Municipio de PESQUEIRA.a alferes JOAO LOPES BARBALHO - primeiro membro11111121ARBALHO a f ixar-se no ARAROBA, onde seus descen-nle ligariam, at raves de casamentos varios, aos SIQUEIRAII O$A, CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE, SIQUEIRA CAVAL-Ii tc., dando origem, assim, aos BARBALHO DE SIQUEIRAI I SA, BARBALHO DE SIQUEIRA CAVALCANTI (a cuja famf-I' rl nee 00 autor desta cronologia), BARBALHO CAVALCANTIAI UQUERQUE - em suas duas leguas de terras sesma-I t linda ria, ao que se sabe, 0 smo pogo DOS PATOS, tra-I hili 1 1 per servir de cenario para grandes lutas pollticas no se-1 1 1 1 X I X , como sera historiado na epoca oportuna. Caldo, rnui-t i t ( nlos depois, em poder do capitao Francisco Xavier PaesMIlo iBarreto, 0 smo pogo DOS PATOS seria transformado,, I, I ' opulenta FAZENDA pogo DOS PATOS, de muita evi-I1\ hist6ria de PESQUEIRA.

    /\K ra em 1689, 0 sesmeiro de pogo DOS pATOS ja de-.1 t r u rn velho de 70 ou mais anos de idade, pais Pereira da1. 1 tA u is, I I I , 112-114), histor iando a luta dos pernambucanos" ' 1 I t 1 olandeses em 1639 , faz reterencia a JOAO LOPES1 1 1 1 1 \ 1 1 1 0 (sobrinho do mestre-de-campo LUIZ BARBALHO BE-t 1 1 \ ) , qual, chefiando tropa de arcabuzeiros, fora incumbi-{ II III ~o militar em Sergipe e no interior de Pernambuco.I ti n d illpe Camarao .

    720U fill rim nto de Francisco Berenguer de Andrada. capi-1 1 1 1 1 1 II vII de lgaracu, acha-se na mesa do comendador Ca-

    1 I I I l I l I 1 1 0 , para despacho, e tem a seguinte redacao (Doc.t III. 808m., 1,8-10): v rn dor: Diz 0 Capitao-mor Francisco BerenguerI t il H II III 1 serve as. M. (durante) trinta e sete anos,I / 1 1 1 I I ndou dascobrlr umas ter ras desertas no sertao,

    t II I t < 11 1 rr N V d um s terras do Governador AndreI I " N t I r I porq I m dltes tsr ras de novo descober-1 0 9

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    2/13

    tas ha alguns pedacos que se podem ,P0usar com gad?, sendo asmais anexas muito agrestes e sem agua, e ele suplicante querpousar as que tiverem s~rventia com gado~ ,e que fa.ra serviceS. Majestade pelo crescirnento de sells dlzlmo.s rea rs : e porquem ditas terras ha um oiteiro a que os descobrrdores apelidararna Boa Vista portanto e pelas razoes referidas pede a V. Sa. Ihfaca rnerce dar de sesmaria dez leguas de t:rr,a em quad:o tan,to de comprido como de largo, ficando 0 olteiro do ape l ido deBoa Vista em meio da dita terra que a V. Sa. pede, em que re -cebera merce ,"

    As terras requeridas pelo cap. Berenguer de Andrada sl-tuavam-se no Alto Sertao de Pernambuco, na Serra da Boa vistaeadjacencias, incluindo as ribeiras dos riachos Copiara, Boa Vi ta, da Guia e Terra Nova; e da fazenda de gada ali instaladaque, muito tempo mais tarde, surgiria a povoacao de T[::RRA NOVA, atual cidade sertanejo-pernambucana de igual nome.No processo respectivo, 0 governador, assinando carta dsesmaria, exara este despacho, data do de 3 de novembro d1689:"Hei por bem de Ihe fazer rnerce dar, como em virtudda presente dou de sesmaria as dez leguas de terra em quadr

    no lugar que acima se pede tanto de comprido como de lar Ificando 0 oiteiro da Boa Vista em rneio da dita terra tudo as jille da maneira que pede 0 suplicante e confronta na sua petlc Ipara sempre logra- las ele e seus herdeiros achando-se e nao pr(.judicando a terceiro, com todas as suas aguas, campos, m t ,testadas, logradouros e mais uteis que nelas se acharem, tu IIforo livre isento de tributo, foro ou pensao alguma, salvo 0 d r Imo a Deus; e s6 serao obrigados a dar pelas ditas terras c III Inhos livres ao Conselho para fontes, pontes e pedreiras"721

    Ja no fim do ana de 1689, dinarnico sertanista de ap n Ivinte anos de idade, 0 rnoco pernambucano ANTONI? VIElll/\DE MELO (Muribeca, 1669? IReci fe, 1764), filho do caottao IINARDO VIEIRA DE MELO e neto paterno do portugues ANTONIVI EIRA DE MELO, que foi 0 desbravador das celebres TE n /\DE OPI em pleno Agreste Meridional de Pernambuco, com V I IIhistoriado na epoca oportuna - na qualidade de herdelr I r Icipal da gigantesca SESMARIA ARAROBA, de proprr.eda? d 1 Ipai (ver topicos 60 7 a 610 , vol. 4) - surge pela pr imet r V 't IIIJUPI 0 nucleo central de seu mundo de terras agr s tln - 1 1 1neja~, onde, depois da limpeza de area I vada 'fol' 0 II11 0 11~

    o Bernardo Vieira de Melo (0 famoso e futuro sargento-morreo dos Palma.r~s.' martir -hsro] da Guerra dos Mascates),Irga.amplas possibi lidades de estabelecer-se em def ini tive' naI n o , ja que all ~~ negros palmarin.os nao mais estavam apare-IHI. com a frequencia dos velhos idos, e trata de ir fundandoua vasta propriedade, diversos sl tios-de-cuttura e fazendas~(r l gao, povoando assirn, de gente pernambucana, boa parte( ntro. e sui d.o ~greste, bem como cos sertces do ARARO-A/lnclus, lve proxlmldade~ da povoag~o de MONTE ALEGRE, dl-I II pelos padres oratorranos, de cujo lugar se tornaria um de'I Influentes.o relevante fato comprova-se em duas fontes distintas _) I'braves~e doc~ment?s. pesquisados peIo genealogis ta Orlan-1.1V Icanti no 2. Cartorro de Garanhuns, ou se]a, de do is au-Ii i processo~ cfveis, em cujo texto ha referencias a presencaANIONIO VIEIRA DE MELO, nos CAMPOS DOS GARANHUNS

    I f il l, da n~na decada no secul~ XVII, e aos caminhos primiti~t belecidos por ele, os quais procuravam ligar os setteesIIIunbucanos .a "mui nobre e sempre leal cidade de Olinda",, II C ap itan la , A descoberta de Orlando Cavalcanti confi rma

    ' I 1 1 f v m. se.ndo registrado nesta cronologla em capltulos diver-A ntlguidade dos caminhos do rio Capibaribe e do Ipoju-, P i I val,es dos quais, desde asegunda metade do seculoVII, I' anlstas. pernambucanos estabeleceram cornunicacossf II v 1 ntre Olinda/ Rec~fe e a zona das caatingas agrsstino,It lit . E 2a.) atraves de outros documentos, pesquisadosIII Itl torlado_r alagoano Moacir Santana, referentes as velhasII ti t que ligavarn Pernambuco as Alagoas, os quais consti-III hoteiro de Todas as Estradas P(!blicas e Atalhos de Co-1111 g Q, que ha no Distrito da Vila do Penedo.A JurlSdiga? admini~t~ativo-municipal da Vi la penedense,

    I till aclarecldo em tOPICOanterior, pertenc iam os CAMPOSI AI ANHUNS, os CAMPOS DO BUfQUE, 0 SERTAO DO IPA-MA, () ARAROBA, etc.; e 0 Rotelrn descoberto pelo MoacirI 111 I em destaque a jmportancia do Penedo no sistema1IIIIIIIIiI 0 S e transportes .nao apenas das Alagoas, pois, porIII I Hi t I Indica todos os carnlnhos e atalhos que ligavam a se-II 'jilt I Vila a s povoacoss da futura CAPITANIA DO ARARO-III ii,I om ombra de duvida, 0 principal povoador era rnes-" '111 ANTONIO VIEIRA DE MELO, agora posta em eviden.II '( closla.N 1 1 4 r de Inquirigao de 1741", encontrada no 2. Car-III, IIr mhnna por Orl ndo Cavalcanti, consta um depoimen-I J NI~NIO VIEIRA DE MELO, como "testemunha requeridaII ti l HI nte Ev 11 G I 1 1 1 os", atraves do qual esclarece que

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    3/13

    da Cruz Franca e Lazaro Quaresma da Si Iva, todos moradores n 1Povoacao de S. Miguel, termo da Vila das Alagoas, Santa Marl!Madalena, que eles tern servido as. M., que Deus guarde, tan-to de soldados como de oficiais da Ordenacao com muita satlI a c a o e assistencias de suas pessoas e escravos nas entradados Palmares, sem que ate 0 presente tivessem rernuneracao I -guma de seus services nem datas de terras em que pudess tilviyer, e porquanto ha terras de voluto no termo da dita povo Igao, e visto que nunca foram povoadas nem pedidas, pelo rio a Ima na mesma jurisdicao e so se serve S. M. das que se povo r n ,pelo que pedem a V. Sa. seja servido fazer-Ihes meres aos 1 Iplicantes dar-l has de datas e sesmarias em nome de S. M., qllilDeus guarde, as matas e terras que estao nas cabeceiras de u mdata de Goncalo da Rocha nos campos de Inhaum e Tarnoata p1 0 rio de S. Miguel acima ate dar em terras do capitao-rn I IJoao da Fonseca e Belchior Alves, que sera de comprimento, Iiuma data a outra, legua e meia pouco mais ou menos, e p r Ifora do dito rio de S. Miguel, para a parte do norte, outra I r w ,e meia ou topar com terras de Sirnao Fernandes de Paiva e Jo Ida Fonseca, e do mesmo rio para a parte do sui outra legu IImeia ou topar com terras de Belchior Alves e Joao da Fons , Ie meia de largura, digo, comprimento e tres leguas na largur {IItopar com os hereos no comprimento e largura, para eles supl lcantes e seus descendentes, e receberao rnerce ."

    726No seguro trabalho intitulado Extintos AldeamentoIndios de Pernambuco, 0 historiador Olympio Costa Juniorna que os carapotos, que sao de origem cariri, ocuparam tda Serra do Comunati, no Municipio de Aguas Belas, e ali rcatequizados de 1691 e 1695 por Fr. Jose de Bluerme; e .centa: "Numerosos, parece, ocuparam ou fizeram estacoou menos demoradas em diferentes lugares aos quais II " 1seus nomes como acontece com as povoacces existentes IT 1 I 1quaritinga, Brejo e Caruaru e uma serra em Gravata ."Durante muitos anos nenhum documento fala d tc ' IIdios, ou pelo menos nenhum encontramos, ate que aid 0 1 1 1 1mesmo lugar, com direito a duas leguas de terra em qu dr I '1cedidas pela Carta Regia de 5 de junho de 1706, apar c mnijos, por sinal que apontados tarnbern como c rlrl ."Nao afirmamos, mas e de crer que sej m os m rno Irapotos, pois e admissivel que, esqu cldos, t nh m rm 1 1 1 1 ' IIIali em grande parte.

    11 8 11 9

    "Ouan to a mudanc;:a de nome, n ao foram ou melhor na oI m os unicos. "" U r n motive ainda e que a dispersao ou rebeldia deles se-11111o de algum registo, como comumente acontecia em re-A I OS o utros ,"Entre os rios Ipojuca e Serinhaern, houve um aldeamen-

    1 11 1 11 0 nome destes indios e, cerca de 1746, havia uma aldeiaIo J ot6s em terras de Alagoa Comprida, em Penedo."

    7271 \ e 8 de janeiro de 1691 , 0 marques de Montebelo, na qua-I! I governador de Pernambuco, aos capitaes Joao Caval- i ' lI !II AJbl!Cluer~. Cristovao Pais Cavalcanti , Gasmrrt1e-l 'iJl 'erl- ' . . "I1 3 ndeira, Joao de Magalhaes, Manuel de Magalhaes, Arna-

    1 1 1 Ives Ba:;os, Doming?s Barros e MANUEL ALVES DEV I . (este ja era, s~smelro dono de propriedade agropasto-1 1 1 1 I\W ste - ver tOPICOS684 a 687, vol. 5), concede sesmariali t t .'15 leguas de terras em, quadro, situadas no lugar de-li (I O ALDE.I~ DOS CARAPOToS, entre os rios Ipojuca e Se-

    1 1 1 1 , n regiao cent ro-agrestina, ter rit6r io que atualmente in-1 , I Y I dl\ (oes municipais de BEZERROS, CHA GRANDE. SAI-IIAVATA e BARRA DE GUABI RABA. 0 documento vern pu-

    "" f In Doc. Hist. Pern. - Sesm., I, 16-18, e IV, 11 l .l) ncvos sesmeiros do Agreste, em sua peticao, encami-evernador, haviam afi rmado que erarn, uns, moradoresI de S. Lourenc;:o da Mata, e, outros, na de Nessa Se-

    UZ i e que -jl pelo ri? de Serinhaern para cima, da parte do nor-I II 1 0 rio d lpoiuca da parte do sui, no lugar chamado AI-III t Ir pete, estao rnuitas terras devolutas sem haver quem" 1 ' 1 t II" n m nelas meta gados, nem ao menos plante la-

    , II I rque eles suplicantes querem povoar toda aquela ter-VII!! '" t S dar, para nela plantarem suas lavouras e traze-III d no lugar confrontado, cornecando da parte 'deI {( t Intestar com terras do Capltao- rnalor BernardotI , M I (a SESMARIA ARAROB.A, tantas vezes citada nes-

    t I ) d parte do Sui ao Norte ate intestar com terrasj i l l IIm I r M nu I Carneiro da Cunha, portanto pedem a111 rvldo d r largura no lugar e partes confrontadasII I ls i 1 '1 I r rn 1 . . 1 gados e terem suas lavouras e recebe-"II II ,"II I II I o OAO CAVALCANTI OF. ALBUQUERQUE, agoraII I Itli 1(III I r n A p , r t, r fllho d Matias Ferreira ;'

    .1

    .' ,

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    4/13

    de Souza, senhor des engenhos .Anjo e Pantor.ra, nos Cam~os deSerinhaem, e de Luzia Marganda Cavalcantl de Albuqu~rque,sendo neto paterno do sargento-mor ~icolau Coel~o dos Relsde Maria de Farias, e, materno, de Joao Cavalcantl de Albuqu~r~que, senhor do engenho Santana, em Sa~to A~aro de Jaboatao,sargento-mor, cavaleiro da Ordern de Cnsto, fldalgo pernambu-cane, e de Maria Pessoa (que era ftlha de Arnau de Holanda Bar-reto e de Luzia Pessoa).o sargento-mor Joao Cavalcanti de AlbLlq~e~que, sen~or-do-engenho Santana e avo do sesmeiro s~u hornorumc, era fllhodo capitao-comandante Antonio Cava\cantl. de Albuquerque, a dGuerra falecido em combate, na freguesla de Igara

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    5/13

    que, atraves dos tempos, tornar-se-ia tradicional no ARAROBA.Pereira da Costa (Ana i s, IV, 207) faz ref'erencia a uma provisaoregia dirigida a provedoria da fazenda real de Pernambuco, em1682, mandando pagar ao capitao Manuel da Fonseca Rego seimil cruzados, a titulo de indenlzacao de urn terreno situado noextreme norte da llha de Antonio Vaz (atual bairro de Sto , AntE>nio, Recife), 0 qual "Ihe pertencia por heranca de sua av6, O.Isabel Gomes Catanho (casada com Manuel Francisco) , e do qualse apropriara 0 principe (sic, par conde) de Nassau para con '.truir 0 seu palacic de Friburgo, ou das Torres, como assim 0 chamaya a nossa gente".Descendente dos Catanhos, 0 velho MANUEL DA FONSCA REGO, senhor do Engenho Guararapes, era casado com Marl jde Melo, filha de Pedro Marinho Falcao e Brites de Almeida ( ta era filha de Manuel Gomes de Melo, do Engenho Trapiche,de Adriana de Almeida). Entre os filhos do casal Manuel da Fon-seca Rego-Maria de Melo dsstaca-se a figura do capitao Joao d 1Fonseca Rego, que, segundo notas do Pe . Theod6sio Nunes (r Itor do Serninario do Crato, CE, em 1978), casou no Ceara C r 1 lMaria Florencio de Melo Silvestre, por cujo leito houve os filh_ Manuel Maria do Nascimento (tetrav6 do referido padre Th 0'dosio), Antonio Rodrigues de Almeida, Eugenia Rodrigues d 1 \1meida e Si I vestre da Fonseca Rego ,

    731o marques de Montebelo, aos 26 de fevereiro de 1691,gundo Doc, Hist. Pern . - Sesm., I, 25-27, assina carta dmaria em favor de Baltazar Pereira de Melo, velho advogado rillforo olindense, formado pela Universidade de Coimbra, d r r tu

    do-Ihe pedido assim redigido:"Sr . Governador, Oiz 0 Dr, Balthazar Pereira de M I C 1 1 1ele tern e possui uma sorte de terras na ribeira do rio T rn IInhaern, da parte de Goiana, correndo pelo rio abaixo, qu I IIVpor titulo de compra que dela fez a Joana da Silva Lonn , V , ' I Vque ficou por falecimento de Bernardo de Oliveira, a qu I 11 1de terras parte da banda do norte com terras que foram d: Ibastiao Vidal e ho]e sao do Capitao Cosme Bezerra C v I 1 1 I,e da parte do sui com terras que sao do Alferes Mamlel C LlIl Ie da parte de leste com 0 mesmo rio Tracunhaern, e cia p t! flisertao e oeste com terras que sao de Sebastian da C t IManuel Antonio, e por entre as ditas confrontaco p d I I I V Ialguma terra devoluta tanto no comprimento como n I I III Ia qual nao esteja dada a pessoa alguma, I supll I I II Ie necessaria havendo-a, portanto ped V. S . II ' ~ 1 1 1 1 II1 2 6

    h venda respeito a que a~e a~ora Ihe nao foi feita data algurna"ndo morador .nes.ta Capitania e filho dela, conceder e dar po~',Ita a ele s_:Jpllcante toda a terra q~e se achar devoluta e semI no, por nao ser dada, entre as ditas confrontacoes, tanto deIumprimento como de largura, para ele suplicante e seus herdeito - e R, M." -732

    733

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    6/13

    da pedir mais material belico ao governador-geral do Brasil, sen-do prontamente atendido. Prodigaliza promessas de recompen-sas a todos os que tomassem parte na expedicao guerreira, es-clarecendo que n a o seriam apenas os paulistas os benef iciadoscom terras - todos os demais lutadores tarnbem as obteriam,ninguern deixaria de receber 0 seu quinhao de terras nos Pal-mares, n inguem , E as presas de guerra, isto e, os negros captu-rados, nao sofreriam mais descontos que 0 des quintos rea is.Ainda rnais: seriam indultados todos os delitos pregressos. 0tarados, os criminosos de morte, os ladr6es vibravam com i sse iPernambuco era-lhes um parafso. 0 sucesso do plano de Meloe Castro seria incontestavel ,756

    Enquanto nao consegue formar 0 exercito ideal para a x tinc;ao completa dos quilombos palrnarlnos, 0 governador v IIatendendo em palacio ao expediente de rotina, atraves do qu IIIhe cai sob os olhos peticao nos seguintes termos (Doc. HitPern o - Sesm., I , 3 1 3 3) :"Dizem Silvestre Ribeiro Soares e Gabriel de Souza C rvalho que eles suplicantes tern noticia que estao devolutas urn ,t rras, as quais nunca foram cultivadas e Ihes sao nec es sa r l ntres leguas de terra em quadro que cornecam da serra da U tii a correndo rumo direito para 0 nascente e para 0 norte, r u r n ndlretto ate as cabeceiras de Una, e para 0 poente ate a serr citsuco (ou Buco, no atual Municipio agrestino de ALAGOINHA),para 0 sui 0 riacho do Cordeiro, com todos os pastos, aguas , V IIt ntes e correntes, matas, logradouros, que dentro das dita It'I guas de terra em quadro se acharem. para n as ditas tr Iguss de terra por seus currais de gada em que resu I ta r I IIaumento a Fazenda Real; portanto pedem a V . Sa. s J I Vdo em nome de S. M., que Deus guarde, dar a eles sup" IItes tres leguas de terras em quadro de sesmaria, per h lV( r II Ide povoar, visto estarem devolutas, sem dane e ser dist n t dta p ra ca algumas oitenta leguas, entendendo-se a c d UIlI IIIsuplicantes as ditas tres leguas de terra em quadro d t IIria, que ao todo fazem seis leguas das mesmas t rr ,( r ibe ra o r ne rc e ."Que tin ham feito os requerentes para 0 m r e lm 1 1 1 ' Isels l eguas de terras agrestino-sertanejas? No prcc r III Itivo nada consta a ta I respeito, mas, rnssmo sslm, 0 V rn 1111querla agradar a todo branco capaz de jud' n lilt I (( II1I Io n gros -, aos 7 de outubro de 1693, sin cr t I ( 1 1 1 1m 'f vor d Sllv tr R ib Ira S r s ( < 1 " t m I

    B

    o nome de Silvestre Ribeiro Gza Carvalho, doando a cada uo:eJ) Ie do ,alfe_res Gabriel de Sou-quadro, sem foro nem pensao salVe esd~r~s leguas de terras emAs t res Ieguas de terra~ 0 0 IZImo a Deus.z a Carvalho e situadas nos CA~~ag~s ao alf~res Gabriel de Soudas por sua FAZENDA DO PUIO a DO BUIQUE seria.m ocupa-mo:te do sesmeiro fundador cai;ia qual, tempos depois, com amfl,a do He-eel. MANUEL DA FON~~r compra, em poder da fa-a 730-A, vet. 5) e, mais tarde " CA. ~EGO (ver topfccs 728passou Joao da Fonseca" se'riaPo~ u n : ~ slnlstra escritura que IheDlas da Silva, que a arre~daria a cqUlnda pelo. agricultor Manueldo r de gado-pe-duro do Sertao aE osme Corr~la, urn pobre cria-el. Francisco Antonio de Aim "d m 1770, 0 nco e poderoso tte-ua s criag6es, cresceria os Olh~~ ~~g~erendo mais terras para asrada pelo pobre Cosme Correia dIe a peq~ena fazenda explo.traves de carta de sesma' ' ~ ago pedmdo sua concessaoII _. ria assmada p Ib g~pa_ode que 0 fazendeira ocu ate 0 governador, sob are , n~o tern posss para aumenta/fa~ e das terras, par ser po-v nl~ncla aos dizimos rea is" Co I ~~da que oossa .fazer con-r da FAZENDA DO PUIO . t ~o egltlmo propnetario das ter-I' ndo contra a arbitraria pr~~~n~- 0, ~pareceria e~ cena, protes-

    I Indo na repartic; :ao com eten ao ~,~e!. Almeida e apresen-/ lld ilcada Manuel Dias d f SilV~e ~ tal s ln lst~a. ~scr itura", 0 pre-d umento primitiv~ ou se' ' e quem eXlgmam mostrasse 01 3, pelo governado~ Melo ~acaastcarta de sesmaria lavrada emti l Souza Carvalho. 0 papel 77 aro, em fav?r do a~feres Gabriel11 Ontrado e ninguem sabe~ia 110S deeorndos, nao mais seriaIJllln de dois sesmeiros Em t ~sclarecer que fora passado emI J : ! r j~dicada, dariarn ligeira ~u~~caso, P~los reelamos da par-I III nas e informariam preto' sea nos Ilvr.?s de registro dasI v r tura de data de terr~ em fa~o b~anco, ~ao existir qualquerr I multos anos. E como em u~r _0 aludido alferes, falecidoII I I II 0 < primeiro sempre perd~ stao de pobre contra rico, noIII Id a em torno das terras da FA~~~!)carta de s~smarja seriat i l l t) forte e ganancioso tte-cel F . A DO ~U.IU, benefician_

    1 1 1 1 1 1 ra registrado na epoca o rtane!sco AntonIO de Almeidapor una. . '

    'II I

    I,ll,! I

    757

    15 9

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    7/13

    de Barros Manelli e de Ana de Holanda e bisneta de Nicolau Ma-nelli Spinelli e de Adriana de Holanda): e (pag , 42) "atrlbul-se-Ihe a provocagao do suicldio do Zumbi, atirando-se do despenha-d lro, malgrado vers6es diferentes e ate 0' ato real de 1698, con-e dendo premia a Andre Furtado de Mendonca por ter cortado acabeca do chefe negro". (0 sargento-mor Sebastiao Dias Manel-II, por seu casamento com Maria Freire, era p~i ~e Ana Manel-II casada com Manuel Falcao, com descendencla, e de RosaMane l l l , casada com CO'SlTleDamiao de Barros, ta rnbe rn com des-c ndentes).Ahm das torcas comandadas pelo sargento-mor SebasWioDies Manelli os influentes dasvilas/municfpios de Alagoas e Por-to Calvo, be~ como as suas oraenangas, organizaram-se num ba-t Ih~o a parte, sob as ordensde tres nobre~ da terra, os po.dero-s o s senhores-de-engenho capi t1'1o-mor Rodrigo de Barros Pirnen-,t I alcaide-mor Crist6vao Lins de Vasconcelos (que, segundoC r los Xavier Paes Barreto, Ob. cit., 41 , seria 0 senhor de ZUM-I 0 chefe negro de 30 mil quilombolas palmarinos) e coronelCrist6vao da Rocha Barbosa.

    763

    1 ,

    lombolas se preparavam para 0' cheque pres tes a t ravar -se ent reas torcas escravagistas e os negros livres dos Pa Imares inurne-ros dos _quais, poss!velmente, fugindo da luta, internara~-se pe-los sert~es nordestln?s. Sabe-se, por exemplo, que muitos ne-gros fugidos do outeiro da Barriga e dos CAMPOS DOS GARA-N~UNS foram se organizar no sertao da Paralba, no lugar deno-rnlnado CUMBE ou CUMBI, onde fundaram rnocarnbos e de on-de, em 1701 , transformados em salteadores ou cangaceiros es-paIhavam 0 terror pela regiao, praticando roubos a t r a s de' rou-bos e co.metendo pavorosos crimes de morte. 30 anos depois ain-da ~st~na~ provccando dores de cabeca nos governantes, comosera historiado na epoca oportuna ,764

    .Barbosa Lima Sobrinho ~Pernambuco e 0 Sao Francisco62 ) aflr.ma q~e "cou~~ a Bernardo Vi.eir? de M~lo 0 comando ge~ral ,~a invest ida decisiva contra 0 principal quilombo dos Palma-res . . F: rnan.d.es Gama . (Ob . cit., IV, 37), referindo-se a grandeex~e~l

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    8/13

    I 5, na o se negarn a todas aquelas pessoas, as quais, para aslcancar, nao Ihes custa mais que pedi-Ias". Acrescia que, naV rdade, tais "direitos de terceiros" nao tinham nenhum senti-do : as supostos titulares haviam perdido as datas, pelas na o ha-V r cultivado, como ordenava a lei, na o valendo alegar na o 0 fi-:z ram porque tiveram de largar a terra, ante a a rneaca dos ne-res , pois "s e eles as houvessem cultivado, quando deviam ...o s tais negros nunca as ocupariam, nem haveriam feito nelasUS covis", e, se os angolas ali se haviam estabelecido tran-IUllamente, foi porque encontraram as terras "despovoadas e in-ultas" .

    "Voltando a opinar, 0 Procurador da Fazenda 0 faz com 0costume do equiltbrio. A clausula do "respeito aos direitos det rcslros" Ihe parece justa, porque, ao distribuir favores - eIT l smo quando "passam de gracas e contratos" - sempre sent nde que 0 Principe (sic, per EI -Rei) nao pretende prejudicara ir Itos adquiridos, tornando-se necessario, ent retanto, exarni-n r cada situacao, para saber ate onde tais direitos devempre-V I Cor: a) os que, recebidas as terras, nao as cultivarem no" m po n abil, na o tinham nenhum direito adquirido, pois a con-e a ~o 'fora condicional, caducando pelo inadimplemento da con-IIC~o; b) sesmarias doadas mas na o confirmadas par el-rei po -dl rn , lgualrnente, ser declaradas sem efeito e, no caso concre-t, onvinha 0 fossem, nenhum direito restando aos primitivesl mel r es: c) nos casos de "doacao im6dica de terras", a con-e Q devia considerar-se nula, pois seria irnpossivel sat isfa-

    : 1 . ( condigao fundamental - aproveitamento em prazo deter-ifill d ; d) os sesmeiros que n ao aproveitaram a terra, porque( n gros 0 haviam impedido, poderiam ter as doacoes tornadas1 1 1 'f i to, mesmo na o Ihes cabendo culpa do inaprovei tamen-

    ' I ' , I V ndo - se em conta que 0 bem publico deve primar sobre 0In t r s p rticular: e) quanto as datas "moderadas", cujos ses-mlro h v lam aproveitado em parte ou em todo, abandonando-I " r usa da pressao des quilombos, seus titulares devi mr r pos tcs na posse, pois "por eles na o esteve cont inuar a cul-t j u cons rva - la " .uFlnalmente, insiste em que, pedindo toda a regiao - e -Q 1 d 1.0 Q legu s de terras - pleiteavam os paulistas area lmo-c I rd que , toda e v id sn c ia , n ao poderiam explorar, oeupan IU t 1 1 ' 1 ' lm nsld d de terra no termo da lei".E n u an to pend nga entre DOMI NGOS JORGE VE HO Irr at p los tribuna is de Lisboa, os p ullst n tfill u n 'f ir m n op ra9 0 d rase Ida nos Palm res, nd Inc! I

    11 1 dlv rs 'fo d r Id l nd ZUM BI IncJ I I)II I t 1IIIom i I b d em .

    ,773Varnhagen (Db. cit., III 259) diz '.

    ~~~,O':p:~i~ ss~n~~ni~~; ~~a~~fs dos pa~~~t:smc~~r:a ~~e~~~o~=co~quistados"; enquanto Fern~~~~esG~~~uderam . iu lgar de todopois de historiar a queda do quilombo d ~Ob. CIt., IV, 41~, de-des governamentais . o r '. ,0. acaco e as testivrda.cito de Melo e Castr~m. f inca, pela vitoria alcancada pelo exer-criancas, presos nos pallr :n~~~saque ~s negros, negras, inclusivsduzido 0 quinto de seus valore: con uZldo~ para a capl~al, de-entre oficiais e soldados de a Jara EI-Rel, foram dlstnbufdosfeitos na guerra com a ~bri ac~r 0 com as presas e os servicesra outras Capita~ias indo al:u gao de que os transportassem pa-neira que, com mUi' raras exc~s6escravos p~ra Portugal, "de rna-s o ficaram em Pernambuco g es, do QlIIlo,mbo dos Palmaresra que 0 aniquilamento dos as, negras e as cnancas''. E assegu-de maio, de 1695, "depois deq~llom,bos palma:Inos ocorreu em 14de bem ootavel preiurzo de a m sruo de mars de dois meses, equantos se empenh~ram nestaente. Os paullst~s foram de todosdos". Para comprovar 0 alegad~mp;esa ~s mars bem remunera-

    "Pela ca r t a regia de 23 de' CIa es es fav~res prestados:anos, livres de dizimos as plant:;~lo dde1703, f icararn per cincores. ' cces os paullstas nos Palma-"Pela carta regia de 4 deaos paulistas cirurgiao e medicamagostto de 1703 se mandou dar"P I' en os.. e a carta regia de 7 d iunh . Apaullstas fundaram no monte B e jun 0 de 1703 se ve que estesIe Jacutpsj, e daf Ihes veio granadrrtglae Arraia] de S. Caetano (ho-"f-' . e ucroInalmente pe ta carta re i d 9' ,~ou dar aos oficiais superiores g a e de julho de 1703 se man-fardarnento igual ao que ti h e subalternos dos oaunstas meio, In am os so Idados. "

    1 7 9

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    9/13

    I AJEO. 0 alferes Cust6dio Alves Martins (ou Cust?dio AlvaresM rtlns), mais tarde sargento-rnor, segun,?o,.Pereira da Costa(Anals, IV, 483), era portugues de Lisboa e .fol .se~hor dos ser-1 ( ' \ s das Rodelas e Pajeu de Flores, onde institui uma cape~ab a lnvocacao de S. Pedro, com 0 seu competente p a t n r n o -nlo". Na verdade, ele nao era senhor dos sertoes, ~as Rodelas,. ,1m, "proprietario das terras de S. Pedro, no Pajeu, on de fun-I u a referida capela e um engenho com 0 mesmo nome de SI dro, e do Sertao Rodovalho, tarnbern em Pajeu". Dessa capelin n e que vem a povoacao de Sao Pedro, a qual, e~ 1833, ~ons-I' rl de 147 fogos com uma populacao de 771 habitantes, inclu-lv 81 escravos, 'compreendendo seu termo distrital uma areaI laQuas de comprido per 5 de largo ..

    7793 .) - "Senhor. Dizem 0'Alferes Pedro Correa Ferrete,n v i c ! d Albuquerque Sara iva (velho guerrel ro pernarnbuca~o,Dmb te nte na luta de sxpulsao dos holandeses), Bento PereiraI M or Is e Jose Fernandes, que no sertao de Busey (em plenaA R A R O B A ) , entre 0 rio de Ipojuca e 0 rio Parafba, h a umas so-l d t e r ras que confrontam pela parte do sui com as que fo-r tTl do Governador Joao Fernandes Vieira (ver top lcu s 526 a 528,

    V Q I . 3) do capitao-mor Bernardo Vieira de MeloCparte_ d.a S~~-MARIA ARAROBA, agora desbravada e povoada por Antonio Vlel-r d M 1 ' 0 1 , como vern historiado nesta cronologia) e Padr,es. daI .( I t (a s oratorianos da MISSAO DO ARAROBA - ver tOPICOSIJ 74, \/01. 4), e pela parte do Norte com as .de C~st6dio deillv Ir Joao Ferreira de Melo e seus cornpanheiros, ficando-IheI I Iporte de leste ao nascente do rio qapibaribe ~ pela doH I rio das Cacimbas, em rneio das quais sobras h~ uma la-n I r IMd charnada Arapeja, assim na lingua dos Tapuias, e por-I II t nao foram ainda pedidas nem aos suplicantes foramI ,II In da t er ra s algumas, sendo aqu i moradores e as quere-

    ro m I V r com seus gados e as mais criacoes necessarias paraI r 1 terra e aumento dos dizimos reais, portanto pedem aV I J servido fazer-Ihes meres dar de sesmaria toda a ter-ch r devoluta entre os ditos rios e hereos confronta-I rn 0' menor prejuizo de alguem, mandando-Ihes pass r

    C t d da ta na forma costumada. E r ec ebera o m eres."/\ cd r qu rent era dada sesmaria de tr!s leguas de tor.I I If) IU dr J ao 6 de junho de 1695, sltuando-se 0 eu c n

    1 1 1 1 1 ' 1 n ARAROBA, fr gu la d N e s s a S nhora d s Mont n h .(I t r d 'f m lll , os qu tro p tlc l n rlos vlvl m r s ld l m mIII.

    1 1 M

    780E 4a.) - "Senhor. Dizem Gaspar Pinto Carneiro, 0 Alfe ..res Greg6rio do Vale Bezerra, Joao do Vale Bezerra, Antonio Mar-tins do Vale, 0 alferes Manuel Alves de Mesquita, 0 alferes Sil-vestre Pinto Carneiro, 0 alferes Joao Esteves, 0 capi t ao ManuelMonteiro Zambuja, todos moradores deste Estado do Brasil, que

    para efeito de acomodar seus gados em utilidade dos dfzimosreais e bem destas Capitanias necessitam de terra de pastos, eporque tern notlcia haver terras despovoadas e devolutas, quen ao foram ainda dadas, e sao sobras de outras terras, datas an-tigas que se tern dado, as quais sobras estao na testada da dataque se deu ao Capitao Joao Ferreira de Melo no riacho Sucuru para 0 sertao ate a intestar com as mais datas e indo correndo abuscar a Alagoa chamada Batalhao e por terra que esta ao peda serra Borborema, da banda de dentro para a parte do Norte,confrontando pela .parte do Sui com 0 riacho chamado Pajeu (naverda de, era 0, rio Moxoto) ate a serra do Gibitaca ( Ja hita ca , s er -tao t rcntel r icn entre Pernambuco e a Paraiba), a cabeceiras dorio Parafba ate intestar com as terras ja dadas no dito rio; per-tanto pedem a V. Sa. seja service dar-Ihes de sesmaria toda ate:_rrae sobra~ que estiverem dentro das ditas confrontacoes, quenao houver side dada pelas datas antigas, vistas as razoes refe-ridas. E receberao rnerce ."

    Doavam-se, no sertao moxotoense, vinte e quatro leguasde terras ordinaries e contfnuas, aos 8 de julho de 1695.781

    Atendendo requerimento dos baianos D. Manuel LebrianHenr.iques de Mouroy, capitan Manuel de Azambuja, Jeronimo deCardinas, D. Paulo de Esquibal e Chaves, D. Eugenio de Esqui-bal e Chaves, Joao da Si lva, capi t an D. AmasioGomes. JoaoAreas e seus herdeiros, concediam-se, em 29 de [ulho de 1695trinta e duas leguas de terras "no sertao do rio de Sao Francis~co, desde os confins do Caninde, cabeceiras das terras do Capi-tao Domingos Afonso l .e i tao (sic, por DOMINGOS AFONSO SER-TAO) e D. Leonor Pereira, viuva do Coronel Francisco Dias d'Avi-la, fazendo ponto com ditos confins da Aldeia Joia, contendo ter-~as das Alagoas e as Aldeias Ingua, Corera, Iguali, Cabo Lua, La-jes, e ocupando os rios Euruburu, Cucuba, e para 0 oriente fa-zendo ponto nas mesmas cabeceiras do Caninde ate a Mata das r ra F qulja, passando 0 rio do mes rn c nome e ate onde con-lu rn Id I s BldOs".I,18 5

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    10/13

    r O B A 0 distrito de SANtO ANTAO, na Mata, o.LUGAR DO cA-U U ', na ribeira do medic I pojuca, e outros mats.788

    789

    I Il

    rn a para criar os ditos gados, Ihes talta terra paraopoder fazer,e porque tern noticia que no sertao pertencente a esta jurisdi-< ; : 2 1 0 de Pernambuco ao norte do rio de Sao Francisco, entre 0 di-to rio e serra da Borborema, ,ha terras devolutas e desaproveita-das e sem tftulos, e eles suplicantes querem ver se com a suaindustria, trabalho e dispendio de suas fazendas podem aprovei-.tar 0 que for posslvel e por ser isto em utilidade da FazendaReal, pelo que pedem a V. Sa. seja servido conceder-Ihes vintee uma leguas de terras sa lteadas nos riachos chamados confer-me a lingua do gentio Imaingo (ou Imangu), Goinsa (ou Goimoa),Procopimoa e Chomacuimoa, confrontando por uma parte comas terras de Joao Ferreira de Melo (na ribeira do riacho Sucuru,sertao do Moxot6 - ver t6picos 779 e 780, vol. 5) e pela outracom as terras de Theodorico de Oliveira Ledo (ou Teunnsio deOliveira Ledo, prnprietario no sertao da Paralha), e pela outracom as de Cristovao Alves, e pela outra com as terras dos Pa-dres da Congregacao (os oratorianos da MISSAO D O ARAROBA),principiando as ditas vinte e uma leguas de terra ao redor e ilhar-g dos riachos nomeados ate confrontarem com as terras rete-rid as pelas haverem com sua industria descobertas. E recebe-r f f i o rn e rce ." .A doacao das 21 leguas de terras. ordinarias e contlnuas,one em 31 de julho de 1696, tocando tres leguas para cada umd requerentes, que se tornariam - pelo menosos Ferreiras ,..,...fir ndes criadores de gada no Moxot6, no ARAROBA enos ser-I paraibanos.

    1

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    11/13

    m atendimento a uma peticao que Ihe fora encaminhada, ogulntes termos (Doc. Hist. Pem. - Sesm., I, 55-57):"Senhor. Dizem 0 Capitan do Campo Pedro de MendoncaM r I , Bras Coelho de Morais, Bento Coelho de Morais, que emm u n ra9ao do service que _fez as. 1 \ ( 1 . que Deus gua.r~e seuI I llp e Coelho na Capitania do -Ceara, Ihe deu 0 Capitao-rnor~I Coelho de Albuquerque uma legua de terra e tres leguasI I , 0 eertao, que comecarn de um marco de pedra junto ao ,ria-II lpojuca, que fica entre a Ald~i~ e.a Fort~leza do ~eara, eIt t m reo corre rumo a Leste ate inteirar a legua do dito mar-r r n do ao sui ate inteirar as tres leguas, e estaotie posseII I, r ln t e quatro anos, e de presente 0 Padre Vigario Joao Lei teII 1 \ ul r pediu ao Capitao-rnaior Joao de Freitas da Cunha a di-lIt rn (sste) Ihe fez rnerce por uma data e isto por infracaoI I I V rdadeira, e porque os Capitaes-rnaiores nao podem dart , n nhumas e eles suplicantes recorrem a piedade de V.III quslra dar em nome de S, M. que Deus guarde a ditaIm a declarada nas partes confrontadas em rernuneracaorvlco que 0 dito seu pai Felipe Coelho fez, e eles suplican-t - 'f zendo ao dito Governador. E receberao rnerce ."

    797

    I II

    798

    III Carvalho, Amigo, Eu

    799

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    12/13

    de tres leguas em comprido e uma de largo, que e 0 que se en-tende poder uma pessoa cultivar no termo da lei; porque 0 maise impedir que outras povoem as que pedem e alcancarn nao cul-tivam. Escrita em Lisboa a 7 de dezembro de 1697. - Rey."800

    Por essa epoca, fim de 1697, segundo Pereira da Costa(Anais, VII, 230) , chega ao conhecimento do governador Caetanode Melo e Castro notfcia da existencla de uma jazida de salitre,"situada em um lugar poucas leguas aquern da margem seten-trional do rio Sao Francisco". De logo ele ordena a Bento Sur-re i Carrilho viajasse para 0 Sertao, a fim de examina-la detida-mente, 0 que seria empreendido em companhia do coronel Leo-nel de Abreu e Lima. Feitos os estudos necessaries, "regressa-ram ambos ao Recife trazendo 78 arrobas de terra salitrosa"."Ciente 0 governo da metr6pole de todas as ocorrencias,por cornunicacoes oficiais, ordenou por carta regia de 1 de feve-reiro de 1698 a mineracao da jazida e 0 estabelec imento das of i-cinas necessarias ao servico, e, para dirigir os trabalhos de ex-ploracao, veio de Lisboa um homem competente - 0 engenhei-ro Joao Rodrigues, 'que, procedendo a um exame das nitreiras,vantajosamente informou a respei to. JJo coronel Leonel de Abreu e Lima, aproveitando a oportu-nidade de achar-se no Sertao de Pernambuco, a margem de seustrabalhos "tecnicos" levados a efeito junto a Bento Surrel Car-rilho, decide fundar uma fazenda de gada na regiao e de logoprocura terras ainda incultas e sem dono, a fim de requere-lasem forma de sesmaria e nelas instalar sua projetada proprieda-de agropastor il. Consegui- Io- ia nos CAMPOS DO BUfQUE, 0 quesera historiado na epoca oportuna, se Deus 0 permitir.

    2 0 0

    : , , 1 ; , , ' .I i" 1,.1

    "It! II~I I "

    " ~I Il I II ' ." I

  • 5/7/2018 Cronologia Pernambucana Volume 5 - Parte 3 - Final

    13/13

    BI8L10TECA CENTRAL

    /

    'UVA

    L1vro como a CronologlaPernambucana nlio pode conservar-se Inll-dito, nem ser editado por tlpograflazl-nha do mato. Seu livro merece ediclioprimorosa, ampla divulgaclio, dlstrlbul-Clio pelas livrarlas de todo 0 Brasil. ~obra seria e das mals vallosas dequantas surgidas em Pernambuco n -ta segunda metade do s{)culo XX.AIl!m do mais, voce corrlglu tambernmuita colsa errada que clrcul va ecircula como fato hlst6rlco e cula re-visAo 1 a se fazia necessAria.Lul z L u na

    ~ simplesmente Incrlvel 0 10legode Nelson Barbalho, pesqulsando, r u-nindo material excelente e publloandolivros atras de livros, todcs 6tlmol!l,sobre hist6ria, fololore, gonealogl ,poesias, coisas as mais dlversa entrsl, nlio apenas de Caruaru, sua torranatal, mas de todo 0 Agreste e SertAode Pernambuco.L utz d . C Am ara C c ud o

    o hlstorlador Nelson Barbalho,em todos os seus IIvros, rsvele-ae umhomem criterioso, tanto verberando(/os desacertos dos personagena quanalisa, como Ihes prodlgallz ndoelogios nas atitudes corretas e no qufazem de born em provelto de 001 IIvidade, como no caso doe admlnl tr dores que asslm se conduzom.

    Lulz P... o. d. IIv.