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ISSN 1983-4772 Seropédica - RJ V. 28 Suplemento 2008

C:SCV v.28! VI ConferênciaPa28+supl...(XIII ENM 2008), realizado de 6 a 8 de agosto de 2008, no Rio Othon Palace Hotel, Rio de Janeiro, RJ. Em decorrência da parceria entre a Comissão

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  • ISSN 1983-4772

    Seropédica - RJ

    V. 28Suplemento

    2008

  • Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroReitor - Ricardo Motta MirandaVice-Reitora - Ana Maria Dantas SoaresDecano de Pesquisa e Pós-Graduação - Aurea Echevarria Aznar Neves Lima

    Revista de Ciências da Vida

    EditoresFernando Queiroz de Almeida

    Marcos Gervásio Pereira

    Editor-Associado (V. 28 - Suplemento)Marcelo Elias Fraga

    Informações gerais: A Revista de Ciências da Vida (ISSN 1983-4772). É um órgão oficial da UniversidadeFederal Rural do Rio de Janeiro, publicada pela EDUR - Editora da Universidade Rural. Tempublicação semestral e publica trabalhos originais de pesquisa básica e aplicada sobre Ciências daVida. Correspondência relativa à assinatura, permuta entre instituições e submissão de manuscritospara publicação deve ser enviada à Editora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,Rodovia BR - 465, Km 7, Prédio Principal, sala 102 - Seropédica, RJ, Brasil - 23890-000. O preço daassinatura por volume é de R$ 16,00 e para estudantes R$ 12,00. E-mail: [email protected];www.editora.ufrrj.br. Tel./Fax: (21) 2682.1201

    FICHA CATALOGRÁFICA

    Revista de Ciências da Vida - V. 28, suplemento, Seropédica (RJ) : Editora Universidade Rural, 2008.

    v. 28, suplemento, ago., 2008.: il.Semestral.

    Continuação de: Revista Universidade Federal - Série Ciências da Vida,v.16-27, 1993-2007. ISSN: 0104-7264. Anual.

    ISSN 1983-4772

    I. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

  • EDITORIAL

    Este suplemento contém artigos que foram apresentados sob a forma de “pôster” nasdiversas áreas de Micologia e Micotoxicologia, durante o XIII Encontro Nacional de Micotoxinas(XIII ENM 2008), realizado de 6 a 8 de agosto de 2008, no Rio Othon Palace Hotel, Rio de Janeiro,RJ. Em decorrência da parceria entre a Comissão Científica do XIII ENM 2008 e Editora daUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiro (EDUR). O objetivo desta publicação é valorizar ostrabalhos científicos apresentados durante o XIII ENM 2008, dando ciência à comunidadecientífica dos resultados obtidos em pesquisas realizadas, principalmente no Brasil.

    A referência de produtos comerciais nos artigos publicados, não implica na indicação dosmesmos para uso. O conteúdo e a redação dos trabalhos científicos são de inteiraresponsabilidade dos autores.

    O editor associado para este suplemento foi o Professor Marcelo Elias Fraga. Colaboraramcomo consultores ad hoc para este suplemento os seguintes docentes: Antonio Xavier Faria(Embrapa-CTAA), Aurea Maria Lages de Moraes (FIOCRUZ-IOC), Beatriz Thie Iamanaka (ITAL-SP), Benedito Correa (USP), Carlos Augusto Fernandes de Oliveira (USP), Elisa Yoko Hirroka(UEL), Eloísa Dutra Caldas (UnB), Francisco de Assis Baroni (UFRRJ), Guilherme Prado (FUNED),Luis Roberto Batista (UFLA), Mario Jorge Gatti (FIOCRUZ-IOC), Myrna Sabino (IAL-SP), SergioGaspar de Campos (UFRRJ), Sidney Turiassu Gomes Bastos (UFPE). Aos quais agradecemos oempenho na avaliação dos artigos aqui publicados.

  • REVISTA DE CIÊNCIAS DA VIDAv. 28, suplemento, 2008

    SUMÁRIO

    Ação da piperina sobre os parâmetros hematológicos e histopatológicos de frangos de corteintoxicados por aflatoxinas.Verônica da Silva Cardoso, Maria das Graças Miranda Danelli, Cristina Amorim Ribeiro deLima, Marco Edilson Freire Lima, Walter Leira Teixeira Filho, Glória Maria Direito ..... 1-3

    Ácido d-glucônico e sua relação com a micobiota de uvas produzidas em Santa Catarina.Estela de Oliveira Nunes, Agenor Furigo Junior, Armando Venâncio................................... 4-6

    Adsorventes de micotoxinas: todos os aluminosilicatos são realmente aluminosilicatos?Rubén Pérez, Juan Carlos Medina ............................................................................................... 7-9

    Aflatoxinas versus oxidação lipídica em produtos derivados de castanha-do-Brasil (Bertholletiaexcelsa H.B.K.)Ariane Mendonça Pacheco, Vildes Maria Scussel .................................................................... 10-12

    Aflatoxinas versus oxidação lipídica em produtos derivados de castanha-do-Brasil (Bertholletiaexcelsa H.B.K.)Ariane Mendonça Pacheco, Vildes Maria Scussel .................................................................... 13-15

    Alterações histopatológicas em codornas japonesas (Coturnix japonica ) intoxicadasexperimentalmente com diferentes doses de aflatoxinasSergian Vianna Cardozo, Walter Leira Teixeira Filho, Cesar Daniel Kruger, Carlos Alberto daRocha Rosa, Ana Maria dos Reis Ferreira, Carlos Wilson Gomes Lopes ............................ 16-18

    Alterações ultraestruturais em cepas de referência de Aspergillus spp. induzidas por irradiaçãogamaJéssika Mara Martins Ribeiro, Hélio Carvalho Vital, Carina Magnoli, Cecilia Merkis, AndreaCristofolini, Carlos Alberto da Rocha Rosa................................................................................ 19-21

    Análise e quantificação de aflatoxinas por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) emamostras de castanha-do-BrasilAlessandra da Silva Teixeira, Otniel Freitas-Silva, Ronoel Luiz de Oliveira Godoy, Eugênia AzevedoVargas, Alessandra Martins .......................................................................................................... 22-24

    Análises microbiológicas e de aflatoxinas no controle de qualidade de rações para cãesYasmin Chalfoun, Sara Maria Chalfoun, Marcelo Cláudio Pereira, Guilherme Prado, MateusBatista Gomes, Pedro Paulo Reis Rebelle ................................................................................... 25-27

    Aspergillus aflatoxicogénicos y AFB1 en alimentos balanceados comerciales para perros cachorrosy adultos en ArgentinaMaría Guillermina Fernández-Juri, Fabiana Bressan, Pilar Monge, Carla Barberis, Ana Dalcero,Carina Magnoli ................................................................................................................................ 28-30

  • Avaliação da eficiência do kit “flow-through rapid test kit for ochratoxin A kit” urodiagnosticana determinação de ocratoxina A em café beneficiadoEliene Alves dos Santos, Eugênia Azevedo Vargas ..................................................................... 31-33

    Avaliação da micobiota toxígena de silagens destinadas à alimentação de bovinos de fazendas noEstado de São PauloLuiz Antonio Moura Keller, Kelly Moura Keller, Cesar Daniel Krüger, Michele Valadares Deveza,Debora de Castro Rocha, Carlos Alberto da Rocha Rosa ......................................................... 34-36

    Avaliação do potencial toxigênico de fungos do gênero Aspergillus isolados de resíduos visandoo aproveitamento em ração para peixesSára Maria Chalfoun, Maria Emília de Souza Gomes Pimenta, Carlos José Pimenta, CarolineLima Angélico, Marcelo Cláudio Pereira, Roseane Maria Evangelista Oliveira................. 37-39

    Avaliação dos possíveis efeitos imunotóxicos da zearalenona em ratasVinicius Kendy Tanabe, Isis Machado Hueza, Silvana Lima Górniak ................................... 40-42

    Avaliação toxigênica de espécies de Aspergillus e Penicillium corylophilum (EurotialesAscomycota) isoladas de Stomoxys calcitransRoger Fagner Ribeiro Melo, Rafael Cardoso Harduim, Bruno Gomes de Castro, Avelino JoséBittencourt, Gisela Lara da Costa ................................................................................................ 43-45

    Biodiversidade e quantificação de fungos em especiariasVanessa Andréa Drummond Morais, Mabel Caldeira de Andrade, Cristiane Franco Soares Zoboli,Patrícia Saldanha Panisa ............................................................................................................... 46-48

    Combinación de antioxidantes como control del crecimiento y la producción de ocratoxina A porcepas de Aspergillus del agregado NigerCarla Barberis, Andrea Astoreca, María Guillermina Fernández-Juri, Ana Dalcero, CarinaMagnoli .............................................................................................................................................. 49-51

    Comparação interlaboratorial de ensaio de ocratoxina A em café cru entre dez laboratórios brasileirosMaria Angélica Garcia de Carvalho, Marta Maria Avelar, Eliene Alves dos Santos ............ 52-54

    Contaminação fúngica e níveis fumonisinas em milho cultivado sob diferentes sistemas de manejona região norte do ParanáElaine Cunha Moreno, Carolina Nachi Rossi, Martin Homechin, Alexandre Takahashi, ElisaYoko Hirooka, Elisabete Yurie Sataque Ono ............................................................................... 55-57

    Contaminacion con micotoxinas en granos secos de destilería con solubles (DDGS)Juan Carlos Medina, Joel Muñoz, Rubén Pérez ........................................................................ 58-60

    Densidade específica de milho e aflatoxinas no desempenho de frangos de corteCristiano Emanuelli Pereira, Meiquel Fernando Goerlach, Ricardo Hummes Rauber, LeandroZanini Giacomini, Paulo Dilkin, Carlos Augusto Mallmann .................................................. 61-63

    Deoxinivalenol em trigo dos Estados do Rio Grande do Sul e ParanáJoice Sifuentes dos Santos, Tatiane Martins de Oliveira, Jayme de Toledo Piza Almeida Filho,João Leonardo Pires, Elisabete Yurie Sataque Ono, Elisa Yoko Hirooka ............................. 64-66

  • Detector de carga acoplada como ferramenta para análise quantitativa de patulinaJuliane Elisa Welke, Michele Hoeltz, Horacio Alberto Dottori, Isa Beatriz Noll ............... 67-69

    Determinação de aflatoxina B1 em páprica (Capsicum annum L.) e noz-moscada (Myristica fragrans)por cromatografia em camada delgada e densitometriaGuilherme Prado, Marize Silva de Oliveira, Ana Paula Aprígio Moreira, Adriana Souza Lima,Robson de Assis Souza, Matheus do Carmo Alves .................................................................... 70-72

    Determinação de aflatoxina M 1 em queijos minas frescal e padrão comercializados no município dePirassununga Brasil - resultados preliminaresRaquel Cardoso Franco, Roice Eliana Rosim, Andrezza Maria Fernandes, Carlos AugustoFernandes de Oliveira .................................................................................................................... 73-75

    Determinação de aflatoxinas em ração animal e leite de propriedades leiteiras do Estado de SãoPaulo, BrasilLuciana Soares Sebastião, Helena Fagundes, Andrezza Maria Fernandes, Roice Eliana Rosim,Carlos Humberto Corassin, Carlos Augusto Fernandes de Oliveira.................................... 76-78

    Determinação de desoxinivalenol em grãos e cereais por cromatografia liquida de alta eficiênciacom detecção por espectrometria de massa (LC/MS)Carlos Augusto Mallmann, Carlos Alberto A. de Almeida, Paulo Dilkin, Diego A. F. Sturza,Tibiriçá G. Vasconcelos, Ricardo Rauber ................................................................................... 79-81

    Determinação de ocratoxina A em grãos e cereais utilizando cromatografia liquida de alta eficiênciacom detecção por fluorescênciaCarlos Augusto Mallmann, Carlos Alberto A. de Almeida, Fernanda Maria Butzen, Maurício S.Oliveira, Fabiana Portela, Paulo Dilkin ..................................................................................... 82-85

    Determinação simultânea de micotoxinas em milho e ração no Brasil por cromatografia liquida dealta eficiência e espectrometria de massasMaria de Lourdes Mendes de Souza, Michael Sulyok, Sônia Soares Costa, Rudolf Krska, RainerSchuhmacher ................................................................................................................................... 86-88

    Dinâmica da produção de fumonisina e crescimento de Fusarium verticillioides em grãos demilhoLuciana Pereira Bernd, Thiago Montagner Souza, Renata Pinheiro Sobottka, Angélica Ishikawa,Elisa Yoko Hirooka ......................................................................................................................... 89-91

    Distribuição de ocratoxina A em grãos em vários estágios de sua preparaçãoMaria Helena Iha, Mary W. Trucksess, Jeanne I. Rader ........................................................ 92-94

    Efeito bioprotetor do ácido cafeico sobre os danos causados pela ocratoxina A em ratosRoseane Maria Evangelista Oliveira, Patrícia de Fátima Pereira Goulart, Carlos José Pimenta,Sára Maria Chalfoun, Ívina Catarina de Oliveira Guimarães, Marcelo Claudio Pereira 95-97

    Efeito do teor de cafeína na contaminação de ocratoxina em guaraná (Paullinia cupana Mart.)Neuzimar da Silva Pacheco, José Merched Chaar, Ariane Mendonça Pacheco .................98-100

  • Eletroforese capilar com detecção de fluorescência induzida por led para determinação de aflatoxinaB1 em amendoimAna Paula Vieira, Rodrigo Hoff, Gabriel Rübensam, Tarso B. L. Kist ............................... 101-103

    Espectrofluorimetria utilizando coluna de imunoafinidade em desenvolvimento para detecção deaflatoxina B1Luciana Hayashi, Cássia Reika Takabayashi, Simone Fujii, Ricardo Marcelo Reche Ribeiro,Elko Nakagawa Itano, Elisa Yoko Hirooka ............................................................................... 104-106

    Estudo isoenzimático de cepas de Aspergillus seção Nigri toxígenosVerônica Leite de Holanda, Viviane Zahner, Aurea Maria Lage de Moraes ...................... 107-109

    Imunobiotecnologia: desenvolvimento da coluna de imunoafinidade baseado em sílica-hidrazidaespecífica para ocratoxinaSimone Fujii, Dani Luce Doro da Silva, Joice Sifuentes dos Santos, Elisabete Yurie Sataque Ono,Eiko Nakagawa Itano, Elisa Yoko Hirooka ............................................................................... 110-112

    Incidência de aflatoxina M1 en leche de tambos de la provincia de Córdoba, ArgentinaVeronica Andrea Alonso, Pilar Monge, Ana Dalcero, Lilia Cavaglieri, Stella Chiacchiera .. 113-115

    Incidência de fungos e aflatoxina B1 em amendoim produzido no Estado do Rio Grande do Sul, BrasilMichele Hoeltz, Juliane Elisa Welke, Isa Beatriz Noll ......................................................... 116-118

    Incidência de fungos na pré-colheita e processamento do caféFátima Chieppe Parizzi, Leda Rita D´Antonino Faroni, Onkar Dev Dhingra, Raul Narciso CarvalhoGuedes ............................................................................................................................................. 119-122

    Influencia del procesamiento de alimento balanceado destinado a producción avícola sobre lamicobiota e incidencia de ocratoxina ACarina Pereyra, Gabriela Pena, Lilia Cavaglieri, Veronica Andrea Alonso, Stella Chiacchiera,Ana Dalcero ................................................................................................................................... 123-125

    Influência do carrapaticida fluazuron sobre o crescimento de cepas toxígenas de Aspergilluscarbonarius A. fumigatus e A. ochraceusLuiz Antonio Moura Keller, Andrea Luciana Astoreca, Michele Valadares Deveza, Marco AntonioAndrade Rodrigues, Fábio Barbour Scott, Carlos Alberto da Rocha Rosa ........................ 126-128

    Influência do óleo de Copaifera officinalis L. sobre crescimento de Aspergillus carbonariusprodutores de ocratoxina ALuiz Antonio Moura Keller, Kelly Moura Keller, Águida Aparecida de Oliveira, Tatiana Xavier deAlmeida, Ana Cláudia Marassi, Carlos Alberto da Rocha Rosa ........................................... 129-131

    Influência do ozônio no conteúdo de umidade da castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa H.B.K.)Bárbara Nantua Evangelista Giordano, Vildes Maria Scussel ............................................. 132-134

    Inibição da produção de aflatoxina B1 por óleo de nim (Azadirachta indica) em culturas deAspergillus flavusChristiane Luciana da Costa, Márcia Regina Ferreira Geraldo Perdoncini, Carla CristinaArroteia, Carlos Kemmelmeier ................................................................................................. 135-137

  • Irradiação gama sobre a capacidade toxicogênica e perfil molecular de espécies de A spergillusJéssika Mara Martins Ribeiro, Julieta Orlando, Rafael Guevara, Margarita Carú, Carlos Albertoda Rocha Rosa, Lilia Cavaglieri ..................................................................................................138-140

    Isolamento e identificação de espécies do gênero Fusarium em amostras de arroz do Estado doMaranhãoTatiana Xavier de Almeida, Kelly Moura Keller, Águida Aparecida de Oliveira, Cecilia Farnochi,Sofía Chulze, Carlos Alberto da Rocha Rosa............................................................................141-143

    Métodos de extração e quantificação de aflatoxinas por cromatografia em camada delgada (ccd) ecromatografia líquida de alta eficiência (clae) em amostras de castanha-do-brasil.Alessandra da Silva Teixeira, Otniel Freitas-Silva, Ronoel Luiz de Oliveira Godóy, EugêniaAzevedo Vargas, Alessandra Martins ........................................................................................144-146

    Método para determinação de citreoviridina em amostras de arroz e suas frações de beneficiamento(quirera, casca e farelo)Maria Isabel de Almeida, Eliene Alves dos Santos, Cristiane Maria Gomes da Silva, CristinaNeres da Silva, Nilton Giovani de Almeida, Eugenia Azevedo Vargas ..................................147-149

    Micobiota isolada de amostras de arroz provenientes do Estado do Maranhão destinadas aoconsumo humano, em áreas de ocorrência de beribériAna Cláudia Marassi, Tatiana Salomão Barbosa, Luiz Antonio Moura Keller, Marco AntonioAndrade Rodrigues, Cesar Daniel Krüger, Carlos Alberto da Rocha Rosa .......................150-152

    Micobiota toxígena em cama de frangos tratada com diferentes aditivos controladores de amôniaMarcelo Elias Fraga, Juliano Pereira Chaves, Fernando Augusto Curvello ......................153-155

    Micobiota y micotoxinas de Fusarium spp. en ensilaje de maíz y alimentos balanceados destinadosa vacunos de feedlotMaría Laura González Pereyra, Carlos Alberto da Rocha Rosa, Ana Maria Dalcero, LiliaCavaglieri ........................................................................................................................................156-158

    Microbiota fúngica e determinação de ocratoxina A em cafés (Coffea arabica L.) submetidos adiferentes tempos de espera antes da secagemCarlos José Pimenta, Caroline Lima Angélico, Sára Maria Chalfoun, Maria Emília de SouzaGomes Pimenta, Marcelo Cláudio Pereira, Lucas Silveira Tavares ....................................159-161

    Ocorrência de aflatoxina M1 em leiteCristiane Maria Gomes da Silva, Giovana Aparecida Amaral Gonçalves, Eliene Alves dos Santos,Kássia Priscila da Silva, Júlio César Garcia, Eugênia Azevedo Vargas .............................162-164

    Ocorrência de aflatoxinas em produtos contendo amendoimWashington Azevedo da Silva, Miriam F. A. Silveira, Nilda de Fátima Ferreira Soares, CristianeP. de Oliveira, Nathália Ramos de Melo, Michele da S. Pinto ................................................165-167

    Ocorrência de aflatoxinas em rações para cãesGuilherme Prado, Yasmin Chalfoun, Marize Silva de Oliveira, Sara Maria Chalfoun, Daniela deAzevedo Silva, Fabiano Narciso Paschoal ..................................................................................168-170

  • Ocorrência de desoxinivalenol em amostras de trigo e farinha de trigo comercializadas em MinasGeraisGuilherme Prado, Marize Silva de Oliveira, Daniela de Azevedo Silva, Mateus Batista Gomes,Marli Benta Ferreira ................................................................................................................... 171-173

    Ocorrência de fungos toxigênicos em farinhas de milho comercializadas no Estado da Bahia - 007/2008. Dados preliminaresGenivaldo Cruz Santos, Nayane Suênia Carvalho Rocha, Maria Spínola Miranda, Tânia FragaBarros ............................................................................................................................................. 174-176

    Ocorrência de micotoxinas em frações do beneficiamento de arrozEliene Alves dos Santos, Giovana Aparecida Amaral Gonçalves, Maria Isabel de Almeida, KássiaPriscila da Silva, Júlio César Garcia, Eugenia Azevedo Vargas .......................................... 177-179

    Ocorrência de ocratoxina A em amostras de café torrado comercializados na cidade de São PauloAdriana Palma de Almeida, Janete Alaburda, Sandra Aparecida Navas, Leda Conceição AntoniaLamardo, Myrna Sabino ............................................................................................................... 180-182

    Patulina em suco de maçã concentrado determinada por cromatografia em camada delgada comdetector de carga acopladaJuliane Elisa Welke, Michele Hoeltz, Horacio Alberto Dottori, Isa Beatriz Noll ............. 183-185

    Peso específico de milho e sua relação com ergosterol, micotoxinas e energiaCristiano Emanuelli Pereira, Denize Tyska, Abrahão Carvalho Martins, Fernanda Maria Butzen,Adriano Olnei Mallmann, Carlos Augusto Mallmann ........................................................... 186-188

    Quantificação de fumonisinas em produtos à base de milho na região de Pirassununga, BrasilJaqueline Akemi Miyamoto, Juliana Victorino Silva-Cruz, Roice Eliana Rosim, Andrezza MariaFernandes, Carlos Augusto Fernandes de Oliveira................................................................ 189-191

    Sachê antimicrobiano na inibição de Aspergillus flavus em amendoimWashington Azevedo da Silva, Nilda de Fátima Ferreira Soares, Ana Clarissa dos Santos Pires,Nathália Ramos de Melo, José Carlos Baffa Júnior ............................................................... 192-194

    Selección de bacterias ácido lácticas y levaduras por su potencial utilización como probiótico ydecontaminante de aflatoxina B1Romina P. Pizzolitto, María R. Armando, Lilia Cavaglieri, Lucila Barberis, Ana Dalcero, MarioSalvano ............................................................................................................................................ 195-197

    Supressão de Aspergillus produtores de aflatoxinas e ácido ciclopiazonico por ozônioOtniel Freitas-Silva, Armando Venâncio .................................................................................. 198-200

    Toxigenic fungus in cowpea bean grains submitted to different gamma irradiation dosesKeila dos Santos Cople Lima, Maysa Joppert Coelho, Antonio Luís dos Santos Lima, OtnielFreitas Silva, Ronoel Luiz de Oliveira Godoy .......................................................................... 201-203

    Um ensaio de PCR para a detecção de Fusarium graminearum em trigo para quibeGiovanna Caputo Almeida-Ferreira, Karina Bertechine Gagliardi, Miguel Machinski Junior,Ione Parra Barbosa-Tessmann ................................................................................................... 204-206

  • Validação de um método para a determinação de aflatoxinas em produtos industrializados à base deamendoim por cromatografia líquida de alta eficiênciaSelma Solange Correia Ferrari, Gisele Ferreira de Souza, Giovanna Caputo Almeida-Ferreira,Izabella Cristina Ortega Magrini, Érika Bando, Miguel Machinski Junior .....................207-209

    ß-tubulina: Avaliação da amplificabilidade do DNA genômico obtidos por dois protocolos in-house da sequência conservada da via de biosíntese de fungos filamentosos produtores deaflatoxinasHemylson Porto, Edna Maria Morais Oliveira, Andrea Matos, Flávio Quitério da Cunha, OtnielFreitas-Silva ....................................................................................................................................210-212

  • AÇÃO DA PIPERINA SOBRE OS PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E HISTOPATOLÓGICOS DE FRANGOS DE CORTE INTOXICADOS POR

    AFLATOXINAS

    VERÔNICA DA SILVA CARDOSO1; MARIA DAS GRAÇAS MIRANDA DANELLI2; CRISTINA AMORIM RIBEIRO DE LIMA3; MARCO EDILSON FREIRE LIMA4;

    WALTER TEIXEIRA LEIRA FILHO5; GLÓRIA MARIA DIREITO6

    1-Med. Veterinária, MS Microbiologia Veterinária-UFRRJ [email protected] 2-Profª Associada, DS, Departamento de Microbiologia e Imunologia Veterinária-UFRRJ 3-Profª Associada, DS, Departamento de Nutrição Animal – UFRRJ 4-Profº Adjunto, DS, Departamento de Química - UFRRJ 5-Técnico, DS, Departamento de Parasitologia Animal - UFRRJ 6-Profª Adjunto, DS, Departamento de Microbiologia e Imunologia Veterinária-UFRRJ ABSTRACT: CARDOSO,V.S.; DANELLI, M.G.M.;LIMA,C.A.R.;LIMA, M.E.F.; LEIRA, W.T.; DIREITO, G.M. In the aviculture, the aflatoxins are responsible for enormous economical damages. Besides, these have been identified as factors involved in the aetiology of the hepatic cancer in the human, consequent of the ingestion of contaminated foods. The piperina (1-piperoyl piperidine) it is a present amida in several pepper species and it presents a number of biological and pharmacological activities, capable to decrease, in vitro, the toxic effect of the aflatoxina B1 in mouse cells. Like this, this work had as objective analyzes the interference of the administration of the piperina in broiler chickens with lingering experimental intoxication for aflatoxinas. With seven days of age, broiler Cobb (males), were separate in four groups (n=15): group 1 - control; group 2 - piperine (2,25 mg/kg); group 3 - aflatoxinas (2,0 mg/kg) and group 4 - piperine (2,25 mg/kg) in association with aflatoxins (2,0 mg/kg), all inoculated orally / 14 days. At the end of the experiment, they were evaluated hematological and histopathological parameters. The results demonstrated that in the group 4 there was decrease of the histopathological lesions caused by the aflatoxins, when compared to the groups 1 and 2. A significant decrease of white blood cells was verified promoted by the aflatoxins (group 3), when compared to the groups 1, 2 and 4. It could be observed that the piperine interfered positively on the group 4, in the hematocrit values, hemoglobin, total plasmatic proteins, fibrinogênio and erythrocyte counts, modifying the values significantly obtained in the animals intoxicated just with the micotoxina (group 3). This way suggests that piperine was capable to reduce, characteristic histopathological lesions of intoxication and demonstrated positive effects on the hematological parameters of the chickens intoxicated experimentally by aflatoxins. Keywords: Aflatoxins, Piperine, Broiler Chickens. INTRODUÇÃO Na avicultura, as micotoxinas são responsáveis por enormes prejuízos econômicos, dentre elas as aflatoxinas são especialmente de grande importância. A concentração pode variar enormemente e consequentemente seus efeitos também apresentam vários níveis. A exposição a baixas concentrações aflatoxinas, além de interferir no ganho de peso, atuam comprometendo a resposta imune mediada por células (CRUZ, 1995). Seus efeitos mais discretos incluem supressão hematopoiética, causando anemia e

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    Rev. Ciên. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 28, suplemento, 2008.

  • leucopenia (PEROZO, 2003). Nas aflatoxicoses pode haver degeneração gordurosa, necrose, aumento do núcleo dos hepatócitos com marginalização da cromatina e nucléolo proeminente além de rápida proliferação dos ductos biliares (MORAES, 2004; ORTATALI et al., 2004). Diante dos sérios efeitos causados pela ingestão de alimentos contaminados com aflatoxinas, a utilização de produtos que bloqueiem ou minimizem tais efeitos são de grande importância. Estudos com plantas medicinais e seus compostos têm sido largamente realizados neste propósito. A piperina (1-piperoil piperidine) que é um alcalóide ativo presente em várias espécies de pimenta, como a pimenta do reino (Piper nigrum Linn.) vem sendo utilizada com este objetivo. Além das diversas atividades biológicas e farmacológicas, pode reduzir significativamente a toxicidade da aflatoxina B1 (REEN, 1997). Na ausência de relatos da ação da piperina, in vivo, e em aves de produção, que frequentemente sofrem com a exposição natural as aflatoxinas, o presente estudo objetivou verificar os efeitos da piperina sobre tecidos e células sangüíneas em frangos de corte intoxicados experimentalmente por aflatoxinas. MATERIAL E MÉTODOS Frangos machos, com um dia de idade, da linhagem Cobb foram mantidos nos galpões da Fazenda Experimental-IZ-UFRRJ. A ração utilizada durante todo período foi previamente analisada quanto à presença de micotoxinas (SOARES; RODRIGUEZ-AMAYA, 1987) e a sua composição atendeu as exigências nutricionais de Rostagno (2005). Os animais foram sacrificados de acordo com abate industrial. A piperina purificada, dissolvida em dimetilsulfóxido (DMSO) a 10% e etanol a 95%, foi diluída em solução salina tamponada, pH 7,2. O extrato de aflatoxinas foi obtido a partir de cepas de Aspergillus parasiticus (CMDB 0336, origem: NRRL 2999), cultivadas em ágar YES por 11 dias a 25 °C. Com sete dias de idade as aves foram separados em 4 grupos (n=15): grupo 1 - controle; grupo 2 - piperina (2,25 mg/kg); grupo 3 - aflatoxinas (2,0 mg/kg) e grupo 4 - piperina (2,25 mg/kg) em associação com aflatoxinas (2,0 mg/kg), todos inoculados por via oral/14 dias. A administração da piperina iniciou um dia antes do início da intoxicação com aflatoxinas até o 21° dia. No abate foram coletadas as amostras de sangue e fígado para as análises hematológicas e histopatológicas. Os resultados foram analisados (p < 0.05) pelos testes de Newman-Keuls e KrusKal-Wallis, e as médias comparadas pelo teste de Dunn. RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante o período experimental não foram detectadas morte ou alterações clínicas no estado geral das aves. A necropsia também não revelou alterações em nenhum dos grupos avaliados. Nos frangos do grupo 1, não foram observadas lesões no tecido hepático, porém no grupo 2, o fígado apresentou um discreto infiltrado de células mononucleares. O grupo inoculado apenas com aflatoxinas (grupo3) apresentou lesões hepáticas compatíveis com as de aflatoxicose, onde ocorreu hiperplasia dos ductos biliares, infiltrado periportal de células inflamatórias, necrose de coagulação, vacuolização dos hepatócitos, áreas de apoptose e megalocitose. Lesões semelhantes às observadas por Ortatali (2004) em frangos com aflatoxicose. No grupo inoculado com a associação (grupo 4), apesar da presença de infiltrado de mononucleares no espaço porta e discreta esteatose, o arranjo celular e os ductos biliares estavam dentro dos padrões normais. As lesões foram notoriamente mais sutis do que as do grupo 3. Os parâmetros hematológicos nos grupos 1, 2 e 4 apresentaram os valores normais

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  • como os observados por Tessari (2006). Já o grupo 3 houve redução na hematimetria (1,903x106/µL) e no hematócrito (28,53%), resultados indicativos de anemia, conforme relatado na literatura (BIANCHINI, 2005; CARDOSO, 2003). Houve diminuição significativa das proteínas plasmáticas totais, sendo mais acentuada no grupo 3 (2,533g/dL) e no grupo 4 (2,613g/dL), em relação ao grupo 2 (3,140g/dL). O fibrinogênio aumentou significativamente no grupo inoculado com piperina associada à aflatoxinas (380,0 g/L), nos outros grupos foram encontrados 153,3 g/L (grupo 1), 186,7 g/L (grupo 2), 146,7g/L (grupo 3) esse parâmetro se manteve dentro dos padrões de normalidade. O leucograma revelou leucopenia significativa (19x103/µL) apenas no animais que receberam aflatoxinas. Quando comparado aos grupos tratados com piperina (33,73 x103/µL ) e com a piperina associada à aflatoxinas (26,60x103/µL). Os efeitos foram satisfatórios, especialmente no grupo 4, onde as alterações detectadas no grupo 3 não mais foram observadas, sugerindo que a piperina interferiu na ação das aflatoxinas sobre a resposta imune. Desta forma, pode-se sugerir que a piperina foi capaz de reduzir, in vivo, as lesões teciduais, características de intoxicação por aflatoxinas e, demonstrou efeitos positivos sobre os parâmetros hematológicos dos frangos intoxicados experimentalmente com aflatoxinas. Dados que sustentam a hipótese de que a piperina pode atenuar os efeitos das aflatoxinas nesta espécie animal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIANCHINI, D.M.; OLIVEIRA, C.A.F.; ALBUQUERQUE, J.L.; et al. Effects of prolonged oral administration of aflatoxin B1 and fumonisin B1 in broiler chickens. Poult. Sci., n. 84, p. 1835-1840, 2005. CARDOSO, A. L. S. P.; TESSARI, E. N. C. Estudo dos parâmetros hematológicos em frangos de corte. Arq. Inst. Biológico, São Paulo, v.70, n.4, p. 419-424, 2003. CRUZ, L.C.H. Características gerais das micotoxinas e micotoxicoses: Reflexos na indústria avícola. In: I Simpósio Internacional sobre Micotoxinas e Micotoxicoses em Aves, p. 1-13, Curitiba – PR, 1995. MORAES, L. B. Estabelecimento de escores histopatológicos de lesão hepática e determinação dos valores normais das Enzimas aspartato aminotransferase e creatinina quinase em frangos de corte. Dissertação de Mestrado, UFRGS, 2004. ORTATALI, M.; OGUZ, H., HATI?POGLU, F.; KARAMAN, M. Evaluation of pathological changes in broilers during chronic aflatoxin (50 and 100 ppb) and clinoptilolite exposure. Res. Vet. Sci., v. 78, p. 61-68, 2004. PEROZO, F.; FERRER, J.; ALVARADO, M.; et al. Valores hematológicos em pollos de engorde expuestos de forma continua a bajas dosis de aflatoxina B1 em el estado Zulia, Venezuela. Rev. Cien., v. 13, n. 1, p. 59-64, 2003. REEN, K.R.; WIEBEL, J.F.; SINGH, J. Piperine inhibits aflatoxin B1-induced cytotoxicity and and genotoxicity in V79 Chinese hamster cells genetically engineered to express rat cytochrome P4502B1. J. Ethnopharmacol., v. 58, p. 165-173, 1997. ROSTAGNO H. S. Tabelas Brasileiras para Aves e Suínos. Composição de alimentos e exigências nutricionais. 2ª ed. Viçosa, Minas Gerais – Brasil, 186 p., 2005. SOARES, L. M. V.; RODRIGUEZ-AMAYA, D. B. survey of aflatoxins, ochratoxins A, zearalenona and sterigmatocystin in some Brazilian foods by multitoxin thin layer chromatographic method. J. Assoc. Anal. Chem., v. 72, p. 22-26, 1989. TESSARI, E.N.C.; OLIVEIRA, C.A.F.; CARDOSO, A.L.S.P.; et al. Parâmetros hematológicos de frangos de corte alimentados com ração contendo aflatoxina B1 e fumonisina B. Ciência Rural, v. 36, n. 3, 2006.

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  • ÁCIDO D-GLUCÔNICO E SUA RELAÇÃO COM A MICOBIOTA DE UVAS PRODUZIDAS EM SANTA CATARINA

    ESTELA DE OLIVEIRA NUNES1; AGENOR FURIGO JUNIOR2; ARMANDO VENÂNCIO3

    1- Centro de Ciências Biológicas e da Saúde; Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC- Campus Videira). [email protected] 2- Departamento de Engenharia Química e de Alimentos; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 3- IBB - Centro de Engenharia Biológica, Universidade do Minho, (UMINHO- Campus de Gualtar) Braga - Portugal ABSTRACT: NUNES, E.O.; FURIGO, A.; VENÂNCIO A. D-gluconic acid and its relation with the mycobiota of grapes produced in Santa Catarina. D-gluconic acid concentration in musts and wines is natural of acid sources, being produced by filamentous fungi and/or bacteria. Aspergillus, Botrytis, and Penicillium sp., oxidize to glucose to produce D-gluconic acid, that is not used by yeasts or bacteria and can be used as a fruit deterioration indicator. Since the detection of ochratoxin A (OTA) in juices and wines related studies to mycobiota of the grapes, under the ochratoxigenic potential point of view has been being evaluated. The present study had the goal of evaluating the grapes sanity degree produced in Santa Catarina in the crops 2005/2006, using the D-gluconic acid concentration as indicator. D-gluconic acid correlation between OTA, mycobiota and population of Aggregate A. niger went 0,017; 0,004 and 0,008, respectively, reflecting the low correlation presented with OTA. For the population of Botrytis the decisive factor was 0751, or only 24.9% of the variation can not be explained, since the mycobiota with the relationship was very low, reinforcing the hypothesis of association with other factors such as the presence of bitter rot. Keywords: D-gluconic acid, Botrytis, ochtatoxin A., grape. INTRODUÇÃO A elaboração de um excelente vinho passa pela obtenção de uvas de boa qualidade, esse quesito diminui quando infecções de diferentes origens ocorrem. Penicillium, Aspergillus, Mucor e Botryis cinerea, podem implicar em problemas no processo de vinificação (SUÁREZ; IÑIGO,1990). A podridão cinzenta da uva é causada por B. cinerea, FREGONI et al. (1986), relatam aumento da acidez total em uvas atacadas pela B. cinerea devido à perda de peso das bagas e à formação dos ácidos glucônico e pirúvico. De acordo com PÉREZ et al. (1991) o nível de ácido glucônico em mostos e vinhos é próprio de fontes ácidas, produzido por fungos e/ou bactérias. Aspergillus, Botrytis, e Penicillium sp. oxidam a glucose para produzir ácido glucônico, este não é utilizado pelas leveduras ou bactérias e pode ser usado como um indicador de deterioração de frutas (ZOECKLEIN, 2006). Desde a descoberta de ocratoxina A (OTA) em sucos de uva e vinhos feita por ZIMERLI, DICK (1995), vários trabalhos vêm sendo realizados, reportando a presença de OTA em uvas e vinhos, elevando o interesse com relação à investigação de fungos micotoxigênicos em uvas. A biossíntese da OTA a partir de espécies referentes à seção Agregado A. Niger tem sido confirmada (SAMSON et al., 2004). Quando se avalia o potencial ocratoxigênico nas uvas, percebe-se o

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  • predomínio do gênero Aspergillus na micobiota do campo. O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o grau de sanidade das uvas produzidas e processadas em Santa Catarina nas safras 2005/2006, através da investigação da correlação da concentração do ácido glucônico com a população de Botrytis na micobiota e com o nível de OTA nas uvas. MATERIAL E MÉTODOS Amostra: Foram analisadas 32 amostras de uvas tintas produzidas nas regiões Meio Oeste e Planalto Catarinense, obtido nas vindimas de 2005/2006. Todos os ensaios foram feitos em duplicata. Micobiota: No rastreio usou-se a técnica de SERRA (2005): plaqueamento direto de 5 bagas cortadas ao meio em placas de Petri, em SDA e DRBC, incubadas em BOD 250C de 7 a 14 dias; cultivou-se as estirpes nos meios de CYA, MEA e CZ. Ocratoxina A: Adotou-se o método de SERRA et al. (2004), limpeza por colunas de imunoafinidade (OchraTest-Vicam), e quantificação por HPLC- detector fluorescência (excitação 330nm, 460nm emissão), coluna C18 ODS2 (4,6mmx 250mm; 5µm). Taxa de fluxo 1.0 mL.min-1, Fase móvel: água/acetonitrila/ácido acético (99:99:2, v/v/v), e volume de injeção 20µl. A taxa de recuperação foi de 94%, limite de detecção nas uvas foi 0.004 µg kg-1. Ácido D-glucônico: Para hidrolisar a D-glucono-d-lactona e conversão a ácido D-glucônico, o pH foi ajustado a 10-11 com KOH (2M) e a amostra incubada por 5-10 minutos entre 20-250C. Um volume adequado da amostra foi centrifugado e filtrado em Whatman (∅=1,6µm). Determinou-se o nível do ácido glucônico pelo método enzimático-colorimétrico/UV (R-Biopharm), em espectrofotômetro-UV/VIS (JASCO V-560) a 340nm. RESULTADOS E DISCUSSÃO O gênero Aspergillus, sobretudo o A. niger é utilizado para produção de ácido D-glucônico sendo também produtor de OTA, portanto, a correlação da OTA foi aqui investigada e apresentou um coeficiente de determinação de 0,017, indicando uma fraca relação linear entre as variáveis (fig1). Para a população de Botrytis a correlação foi de 0,751 (fig 2), ou seja, apenas 24,9% da variação não pode ser explicada, já a com a micobiota a relação foi de 0,083 (muito baixa), reforçando a hipótese de associação a outros fatores como, por exemplo, a presença de podridão amarga. Meneguzzo et al. (2006) em estudo feito com vinho branco vinificado com uvas com diferentes níveis de podridão por Botrytis, observaram uma relação linear de 0,882. Os níveis médios de ácido glucônico foram 0,361 e 0,615 g.Kg-1 nos anos de 2005 e 2006, respectivamente. No ano 2005, observou-se podridão por Botrytis e Aspergillus negros em duas amostras. Em 2006, valores de ácido glucônico acima de 1,0 g.Kg-1 foram verificados em 12,2% das amostras, no entanto, nenhuma das amostras apresentou podridão cinzenta (Botrytis) aparente, mas, a podridão amarga foi observada; concordando com o descrito por Zoecklein (2006) que os níveis de ácido glucônico em uvas “limpas” e em seus vinhos são próximos de 0.5 g.L-1, em vinhos produzidos a partir de uva contaminada com B. cinerea os níveis variam de 1 até 5 g.L-1. Na podridão amarga ou podridões comuns, onde o crescimento bacteriano ocorre juntamente com o crescimento do fungo, podem atingir níveis superiores a 5 g.L-1.

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  • Ácido D-glucônico X Botrytis sp

    0

    2

    46

    8

    10

    12

    14

    16

    0,000 0,500 1,000 1,500 2,000 2,500 3,000

    [Ác. D-glucônico]g.Kg-1

    Bo

    tryt

    is s

    p

    (UF

    C)

    Fig. 2. Correlação entre a concentração de Ácido D-glucônico e a população de Botrytis sp.

    CONCLUSÕES A determinação do nível de ácido D-glucônico não apresentou boa linearidade na indicação da contaminação das uvas por OTA, Aspergillus do grupo Agregado A. niger e micobiota de forma geral, porém, parece estar relacionado à incidência de Botrytis sp.e presença de podridão amarga. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FREGONI, M.; IACONO, F.; ZAMBONI, M. Influence du Botrytis cinerea sur les caractéristiques physico-chimiques du raisin. Bulletin de l’OIV, v. 59, n. 667-668, p. 995-1013, 1986. MENEGUZZO, J.; RIZZON, L.A.; MIELE, A. e AYUB, M.A. Efeito de Botrytis cinerea na composição do vinho Gewürztraminer. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.26 n.3,p. 527-532, Campinas, Julho/Setembro. 2006. PÉREZ, L.; VALCÁRCEL, M.J., GONZÁLEZ, P.; DOMECQ, B. Influence of Botrytis infection of the grapes on the biological aging process of Fino Sherry. American Journal Enology and Viticulture, v. 42, p. 58-62, 1991. SAMSON, R. A.; HOUBRAKEN, J.; KUIJPERS, A.; FRANK, J. M.; FRISVAD, J. C. New ochratoxin A or sclerotium producing species in Aspergillus section Nigri. Studies in Mycology, v. 50, p. 45-61, 2004. SERRA, R.M.A. Micoflora das uvas portuguesas e seu potencial para a contaminação de com micotoxinas, com destaque para a ocratoxina A. Tese de doutorado (Engenharia Química e Biológica), Universidade do Minho, Braga, Portugal, 2005. SERRA, R.; MENDONÇA, C.; ABRUNHOSA L.; PIETRI, A.; VENÂNCIO, A. Determination of ochratoxin A in wine grapes: comparison of extration producedures and method validation. Acta Chimica, v. 513, p. 41- 47, 2004. SUÁREZ, J.; IÑIGO, B. Microbial alterations in wines. Yeast and molds. In: Enological Microbiology, Mundi Prensa, Madrid, p.331-347,1990. ZIMMERLI, B.; DICK, R. Determination of ochratoxin A at the ppt level in human blood, serum, milk and some foodstuffs by high-performance liquid chromatography with enhanced fluorescence detection and immunoaffinity column cleanup: methodology and Swiss data. Journal of Chromatography, v. B-666, p. 85-99, 1995. ZOECKLEIN, B.W. Effects of Fruit Rot on Wine Stability. 2006. Disponível em www.oardc.ohio-state.edu/grapeweb/OGEN/09252006. Acessado em 01/08/2007.

    OTA x Ác. D-glucônico

    0,0000,100

    0,200

    0,3000,4000,500

    0,600

    0,7000,800

    0,900

    0,000 0,500 1,000 1,500 2,000 2,500 3,000

    [Ác.D-glucônico]g.Kg-1

    [OT

    A]

    µg.K

    g-1

    Figura 1. Correlação entre o nível de OTA nas uvas e a concentração de Ácido D-glucônico

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  • ADSORVENTES DE MICOTOXINAS: TODOS OS ALUMINOSILICATOS SÃO REALMENTE ALUMINOSILICATOS?

    RUBÉN PÉREZ1; JUAN CARLOS MEDINA2

    __________________________________________________________________ 1. Gerente laboratorio de Química. NUTEK S.A. de C.V. 7 Norte 416. Tehuacan, Pue. 75700 México. 2. Director. NUTEK S.A. de C.V. ABSTRACT: PEREZ R.; MEDINA J.C. Mycotoxin adsorbents: Are all aluminosilicates really aluminosilicates?. The most practical way to face economic losses associated with mycotoxin contamination is the inclusion of adsorbents in balanced feed for animals. It is necessary that these binders are free of compounds and chemical elements that may cause problems in a livestock facility, such as dioxins and heavy metals. It is considered convenient to specify the nature of the active principles. The scientific literature specifies that aluminosilicates can only adsorb aflatoxins and no other mycotoxin. This evaluation is focused in presenting physical and chemical evaluations of products from several countries that are commercialized as calcium and sodium hydrated alumonisilicates, but claim in their commercial information, their capacity to adsorb other mycotoxins. It is concluded that not all products are the same, some are aluminosilicates and others contain organic compounds linked to the aluminosilicates, thus being organoaluminosilicates and explaining its capacity to adsorb zearalenone in in vitro assays, its efficiency still to be tested in vivo. The first product registrated in Brazil as a zearalenone adsorbent was an organoaluminosilicate. Keyword: aluminosilicates, organoaluminosilicates, zearalenona, mycotoxins. INTRODUÇÃO As diferentes estratégias para a redução dos efeitos tóxicos das micotoxinas é um campo da investigação científica atual. Os aluminosilicatos têm demonstrado sua efetividade na diminunição da toxicidade das aflatoxinas em diferentes espécies de animais subnetidos à exploração pecuária, inclusive em seres humanos. Os primeiros relatos remontam ao final dos anos 80 do século passado e o mais recente corresponde a este ano (PHILLIPS et al., 1988; PHILLIPS et al., 2008). Apesar desta evidência científica, atualmente, muitos produtos são anunciados como constituídos por aluminosilicatos com capacidade de adsorver outras micotoxinas como ocratoxina, fumonisinas, zearalenona, etc. Os organoaluminosilicatos (compostos orgânicos ligados a aluminosilicatos) têm demonstrado sua efetividade contra diferentes micotoxinas como ocratoxina A, zearalenona e alguns tricotecenos (FIERRO et al., 2006 I E II). Inclusive, o primeiro produto registrado no Brasil como adsorvente de zearalenona foi um organoaluminosilicato. A informação comercial que indica a capacidade de adsorver micotoxinas diferentes de aflatoxinas foi a base para selecionar os produtos que foram utilizados neste experimento. Nas amostras destes produtos foi quantificada a capacidade de adsorver zearalenona in vitro, mediante a técnica de cromatografia de líquidos de alta resolução.

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  • MATERIAIS E MÉTODOS Os 9 produtos avaliados foram adquiridos no mercado nacional mexicano. Os produtos foram adquiridos de suas representações comerciais. De cada produto foram adquiridos 3 sacos e de cada saco foi retirada uma amostra. As análises foram: Capacidade de adsorção de zearalenona mediante a técnica de cromatografia de líquidos de alta resolução (HPLC). A quantidade de zearalenona foi equivalente a 5.000 µg/kg (PPB). A solução de contato é a especificada pela AOAC para a determinação da digestibilidade de proteínas de origem animal, AOAC 971.09. O tempo de contato de 3 horas e a temperatura de 37°C. Determinação de umidade: Método AOAC 930.15. Determinação de cinzas: Método AOAC 942.05. RESULTADOS E DISCUSSÃO No quadro No. 1 é apresentada a relação de resultados obtidos nos ensaios de adsorção de zearalenona. Quadro No1. Capacidade de adsorção de zearalenona. Concentração de zearalenona: 5,000 µg/kg (ppb).

    Identificação do adsorvente

    País de procedência

    Dosificação: kg/t

    Quantidade utilizada na

    determinação em MG

    Capacidade de adsorção

    de Zearalenona

    A Estados Unidos 2,5 50 15 B Estados Unidos 2,5 50 10 C Estados Unidos 3,0 60 17 D México/Alemanha 4,0 80 *95 E Estados Unidos 2,5 100 11 F Estados Unidos 1,0 20 *97 G México 5,0 100 20 H México 5,0 100 11 I Estados Unidos 2,0 40 *90

    Quadro No. 2. Relação de valores de umidade e cinzas

    Identificação do adsorvente

    Umidade % Cinzas (base seca) %

    A 5 96 B 5 97 C 6 96 D 8 *90 E 11 96 F 2 *65 G 8 96 H 8 96 I 2.0 *63

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  • Os ensaios de umidade e cinzas foram realizados de acordo com os métodos especificados pela AOAC. Os resultados são apresentados no quadro no. 2.O mecanismo de adsorção de aflatoxina B1 fundamenta-se na formação de um quelato entre esta micotoxina e os radicais livres que o alumínio gera na formação do aluminosilicato e os cátions que estabilizam estes compostos (PHILLIPS et al., 1988). Este mecanismo não se aplica para a adsorção da zearalenona, para a qual foi demonstrado que a união entre a zearalenona e o organoaluminosilicato é através de um processo de partição, com a atuação de uma fase organofílica (LEMKE et al., 1998). Neste trabalho se demonstra que os ensaios de adsorção de zearalenona permitem diferenciar dois tipos de adsorventes: os que têm capacidade de adsorver esta toxina (níveis de adsorção superiores a 90%) e os que não têm. Os ensaios de cinzas expressos na base seca nos permitem demonstrar que os 3 produtos com capacidade de adsorver zearalenona, identificados como: D, F e I, contêm algum composto orgânico ligado ao aluminosilicato, que permite a adsorção demonstrada no ensaio realizado por HPLC. As diferenças na quantidade de matéria orgânica entre os três produtos nos permitem supor que o produto D é um organoaluminosilicato parcialmente substituído e os produtos F e I são organoaluminosilicatos totalmente substituídos. Esta acertiva se fundamenta no fato de que, no mercado mexicano, são comercializados um organoaluminosilicato seletivamente substituído e outro totalmente substituído, nos quais foram encontrados níveis de cinzas semelhantes aos encontrados nesta investigação, assim como a sua capacidade de adsorção de zearalenona, tanto in vitro como in vivo. CONCLUÇÃO A razão pela qual estes organoaluminosilicatos são comercializados como aluminosilicatos organofílicos ou como alguma outra identificação é que em determinados países como o Brasil, para se registrar os produtos para a sua comercialização, é preciso especificar a natureza dos ingredientes dos adsorventes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: FIERRO J.A.; MEDINA, J.C., CARRERA, A. International Poultry Scientific Forum Abstracts. Pag. 34. 2006. FIERRO J. A, J.C: MEDINA, R. PÉREZ, L. DURAN, E. et al. Reducción de los efectos de las micotoxinas con la incorporación de adsorbentes: Alcances y limitaciones. V Congreso Latinoamericano de Micotoxicología. Florianópolis, SC. Brasil. En prensa. 2006. LEMKE L.S., GRANT P.G.; PHILLIPS T. Adsorption of zearelenone by organophilic montmorillonite clay. J. Agric. Food Chem., v. 46, p. 3789-3796, 1998. PHILLIPS T.D., L.F. KUBENA, R.B. HARVEY, et al. Hydrate sodium calcium aluminosilicato: a high affinity sorbent for aflatoxin. Poultry Sci., v. 67, p. 243-247, 1988. PHILLIPS T.D., AFRIYIE-GYAWU E., WILLIAMS, J., et al. Reducing human exposure to aflatoxin through the use of clays: A review. Food Add. Contam., v. 25, p. 134 -145, 2008.

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    AFLATOXINAS VERSUS OXIDAÇÃO LIPÍDICA EM PRODUTOS DERIVADOS DE CASTANHA-DO-BRASIL (Bertholletia excelsa H.B.K.)

    ARIANE MENDONÇA PACHECO1; VILDES MARIA SCUSSEL 2

    1 Pesquisadora, PhD, Nutricon – AM: [email protected] 2 Professora, PhD, Universidade Federal de Santa Catarina – SC: [email protected] ABSTRACT: PACHECO, A.M.; SCUSSEL, V. M. Aflatoxins and lipid oxidation in Brazil nuts (Bertholletia excelsa H.B.K.) Brazil nut is an ingredient in the food industry with a highly nutritional content. In order to identify any relation between aflatoxins (AFLs) and lipid oxidation in Brazil nut products, a work was carried out utilizing a total of fifty samples that were analyzed after purchasing and at the end of their shelf life. The LC-MS/MS methodology was used to analyze AFLs (LOQ=0.390 µg.kg-1ΣAFLs) and UV spectrophotometry for conjugated dienes and trienes. Regarding AFLs contamination, all samples were according to the USA, Canada, Brazil and MERCOSUR regulation. Only 7 (50 %) shelled nuts (snacks) were higher than the European Union, a very restrict regulation (4 µg.kg-1). The highest levels of AFLs were observed in candies with a mean of 4.34 µg.kg-1 (0.10 to 8.50 µg.kg-1) and for the conjugated dienes in shelled nuts (232nm/Zero of 0.7450 and 232nm/Final of 1.3336). Keywords: LC-MS/MS, spectrophotometry, dienes, trienes, Brazil nut, aflatoxinas. INTRODUÇÃO A castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa H.B.K.), produto do extrativismo da região Amazônica é considerada um alimento altamente nutritivo. Sua composição nutricional inclui elevado teor de lipídios, proteínas e antioxidantes, tais como os tocoferóis e o selênio (CHUNINHENG et al ., 2004; PACHECO; SCUSSEL, 2007),caracterizando-a como excelente ingrediente em produtos industrializados. O teor de óleo em castanha-do-Brasil pode chegar a 60%, tornando-a um produto altamente susceptível à oxidação, principalmente pela quantidade de ácidos graxos insaturados (> 73 %) (RODRIGUES et al ., 2005). Durante a oxidação os hidroperóxidos, uma das maiores causas de alterações das propriedades sensoriais e nutricionais, são formados, bem como os Dienos Conjugados (DC) - produtos típicos em absorbância de 232 nm. De forma similar, os Trienos Conjugados (TC) também resultam do rearranjo de ligações, com absorbância em 270 nm. Teoricamente, o aumento da absorbância em UV na faixa de 232 e 270 nm reflete a formação de compostos nos estágios iniciais da oxidação de óleos e gorduras, e medir o teor de DC e TC é um parâmetro para determinar a instabilidade oxidativa de óleos. Quanto maior o teor de DC e TC, menor a instabilidade oxidativa (SHAHIDI; WANASUNDARA, 1997). Apesar de a qualidade do óleo, ser diretamente dependente da conservação da castanha-do-Brasil, fatores ambientais como a temperatura ambiente (>30 °C), umidade relativa (UR %) >70 % e condições sanitárias de armazenamento/manejo insatisfatórias, podem afetar sua qualidade e causar deterioração (CAMPO/PAS, 2004). Tais fatores podem afetar o metabolismo de fungos da castanha-do-Brasil (ARRUS et al ., 2005) levando a produção de aflatoxinas (AFLs) (CASTRILLON; PURCHIO, 1988), compostos naturalmente hepatotóxicos e carcinogênicos (IARC, 1997). Com a diminuição das exportações e de forma a buscar novos mercados, a castanha-do-Brasil processada, tem sido comercializada como ingrediente para indústrias de alimentos na obtenção de novos

    Rev. Ciên. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 28, suplemento, 2008.

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    produtos sendo necessário a manutenção de suas qualidades evitando a oxidação bem como sua segurança quanto a AFLs. Para estudar os derivados da castanha-do-Brasil obtidos no varejo (castanha com chocolate, descascada, cereais e biscoitos) uma pesquisa foi realizada objetivando avaliar os níveis de oxidação (DC e TC) e a ocorrência de AFLs. MATERIAL E MÉTODOS Material - Amostras: derivados de castanha-do-Brasil sem casca (castanha com chocolate, descascada (snack), cereais matinais e biscoitos). Total de cinquenta amostras coletadas de supermercados de Manaus-AM e Florianópolis-SC. Reagentes: ciclohexano, acetonitrila, metanol (HPLC), Carlo Erba. Acetato de Amônio Vetec. Água Ultrapura (mili-Q, Millipore). Padrões de AFLs (B1, B2, G1 e G2), Sigma. Equipamentos/Utensílios: cromatógrafo líquido 1100, detector mass/mass Agillent; API 4000, Applied Biosystems MDS SCIEX; coluna C8 [4.6 mm, 150 mm comprim. (5 µm)] from Agilent; espectrofotômetro, Femto; balança analítica Mettler. Para coleta e preparo da amostra: descascador industrial, CIEX; moinho industrial, Caf; tesouras e sacos plásticos (1-5 kg). Métodos - Preparo da amostra: após registro, as amostras foram retiradas das embalagens, trituradas, pesadas e porções de 25 g utilizadas para a análise - em duplicata: (a) imediatamente após a aquisição (T = 0) e (b) armazenadas, mantidas em temperatura média de 28,5 ºC e analisadas ao final do prazo de validade (T = F), conforme especificados nos rótulos de cada produto (em dias). DC e TC: foram determinados por espectrofotometria UV com determinação da absorbância em 232 nm (DC) e 270 nm (TC) conforme IUPAC (1979). AFLs: método utilizado foi por LC-MS/MS-APCI (XAVIER; SCUSSEL, 2008). Coluna C8, fase móvel metanol:água -gradiente- (T =5 min) com fluxo de 1ml/min. Limite de quantificação (LOQ) para ∑AFLs= 0,390 µg.kg-1. Análise estatística: a correlação das variáveis foi determinada - significância estatística para AFLs pelo teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis (nível 5 %) e para DC e TC pelo teste de Pearson. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para avaliar a oxidação lipídica, as variáveis foram consideradas com absorbâncias específicas de 232 nm e 270 nm/tempo. Em cada uma, a análise de variância foi utilizada com o modelo não-paramétrico de Kruskal-Wallis (p

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    estava acima dos limites de AFLs para castanha-do-Brasil dos Estados Unidos, Canadá, Brasil ou MERCOSUL (10, 15, 20 e 20 µg.kg-1). Considerando a associação entre a deterioração por DC e TC com a ocorrência de AFLs, pelo teste de Pearson, foi observada estatística significativa (p

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    AFLATOXINAS VERSUS OXIDAÇÃO LIPÍDICA EM PRODUTOS DERIVADOS DE CASTANHA-DO-BRASIL (Bertholletia excelsa H.B.K.)

    ARIANE MENDONÇA PACHECO1; VILDES MARIA SCUSSEL2.

    1. Pesquisadora, PhD, Nutricon. 2. Professora Titular, PhD, UFSC.

    ABSTRACT: PACHECO, A.M.; SCUSSEL, V.M. Aflatoxins and lipid oxidation in Brazil nuts (Bertholletia excelsa H.B.K.) Brazil nut is an ingredient in the food industry with a highly nutritional content. In order to identify any relation between aflatoxins (AFLs) and lipid oxidation in Brazil nut products, a work was carried out utilizing a total of fifty samples that were analyzed after purchasing and at the end of their shelf life. The LC-MS/MS methodology was used to analyze AFLs (LOQ=0.390 µg.kg-1ΣAFLs) and UV spectrophotometry for conjugated dienes and trienes. Regarding AFLs contamination, all samples were according to the USA, Canada, Brazil and MERCOSUR regulation. Only 7 (50 %) shelled nuts (snacks) were higher than the European Union, a very restrict regulation (4 µg.kg-1). The highest levels of AFLs were observed in candies with a mean of 4.34 µg.kg-1 (0.10 to 8.50 µg.kg-1) and for the conjugated dienes in shelled nuts (232nm/Zero of 0.7450 and 232nm/Final of 1.3336). Keywords: LC-MS/MS, spectrophotometry, dienes, trienes, Brazil nut, aflatoxins INTRODUÇÃO A castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa H.B.K.), produto do extrativismo da região Amazônica é considerada um alimento altamente nutritivo. Sua composição nutricional inclui elevado teor de lipídios, proteínas e antioxidantes, tais como os tocoferóis e o selênio (CHUNINHENG et al., 2004; PACHECO; SCUSSEL, 2007), caracterizando-a como excelente ingrediente em produtos industrializados. O teor de óleo em castanha-do-Brasil pode chegar a 60%, tornando-a um produto altamente susceptível à oxidação, principalmente pela quantidade de ácidos graxos insaturados (> 73 %) (RODRIGUES et al., 2005). Durante a oxidação os hidroperóxidos, uma das maiores causas de alterações das propriedades sensoriais e nutricionais, são formados, bem como os Dienos Conjugados (DC) - produtos típicos em absorbância de 232 nm. De forma similar, os Trienos Conjugados (TC) também resultam do rearranjo de ligações, com absorbância em 270 nm. Teoricamente, o aumento da absorbância em UV na faixa de 232 e 270 nm reflete a formação de compostos nos estágios iniciais da oxidação de óleos e gorduras, e medir o teor de DC e TC é um parâmetro para determinar a instabilidade oxidativa de óleos. Quanto maior o teor de DC e TC, menor a instabilidade oxidativa (SHAHIDI; WANASUNDARA, 1997). Apesar de a qualidade do óleo, ser diretamente dependente da conservação da castanha-do-Brasil, fatores ambientais como a temperatura ambiente (>30 °C), umidade relativa (UR %) >70 % e condições sanitárias de armazenamento/manejo insatisfatórias, podem afetar sua qualidade e causar deterioração (CAMPO/PAS, 2004). Tais fatores podem afetar o metabolismo de fungos da castanha-do-Brasil (ARRUS et al., 2005) levando a produção de aflatoxinas (CASTRILLON; PURCHIO, 1988), compostos naturalmente hepatotóxicos e carcinogênicos (IARC, 1997). Com a diminuição das exportações e de forma a buscar novos mercados, a castanha-do-Brasil processada, tem sido comercializada como ingrediente para indústrias de alimentos na obtenção de novos produtos sendo necessário a manutenção de suas qualidades evitando a oxidação

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    bem como sua segurança quanto a AFLs. Para estudar os derivados da castanha-do-Brasil obtidos no varejo (castanha com chocolate, descascada, cereais e biscoitos) uma pesquisa foi realizada objetivando avaliar os níveis de oxidação (DC e TC) e a ocorrência de AFLs. MATERIAL E MÉTODOS Material - Amostras: derivados de castanha-do-Brasil sem casca (castanha com chocolate, descascada (snack), cereais matinais e biscoitos). Total de cinquenta amostras coletadas de supermercados de Manaus-AM e Florianópolis-SC. Reagentes: ciclohexano, acetonitrila, metanol (HPLC), Carlo Erba. Acetato de Amônio Vetec. Água Ultrapura (mili-Q, Millipore). Padrões de AFLs (B1, B2, G1 e G2), Sigma. Equipamentos/Utensílios: cromatógrafo líquido 1100, detector mass/mass Agillent; API 4000, Applied Biosystems MDS SCIEX; coluna C8 [4.6 mm, 150 mm comprim. (5 µm)] from Agilent; espectrofotômetro, Femto; balança analítica Mettler. Para coleta e preparo da amostra: descascador industrial, CIEX; moinho industrial, Caf; tesouras e sacos plásticos (1-5 kg). Métodos - Preparo da amostra: após registro, as amostras foram retiradas das embalagens, trituradas, pesadas e porções de 25 g utilizadas para a análise - em duplicata: (a) imediatamente após a aquisição (T = 0) e (b) armazenadas, mantidas em temperatura média de 28,5 ºC e analisadas ao final do prazo de validade (T = F), conforme especificados nos rótulos de cada produto (em dias). DC e TC: foram determinados por espectrofotometria UV com determinação da absorbância em 232 nm (DC) e 270 nm (TC) conforme IUPAC (1979). AFLs: método utilizado foi por LC-MS/MS-APCI (XAVIER; SCUSSEL, 2008). Coluna C8, fase móvel metanol:água -gradiente- (T =5 min) com fluxo de 1ml/min. Limite de quantificação (LOQ) para ∑AFLs= 0,390 µg.kg-1. Análise estatística: a correlação das variáveis foi determinada - significância estatística para AFLs pelo teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis (nível 5 %) e para DC e TC pelo teste de Pearson. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para avaliar a oxidação lipídica, as variáveis foram consideradas com absorbâncias específicas de 232 nm e 270 nm/tempo. Em cada uma, a análise de variância foi utilizada com o modelo não-paramétrico de Kruskal-Wallis (p

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    Canadá, Brasil ou MERCOSUL (10, 15, 20 e 20 µg.kg-1). Considerando a associação entre a deterioração por DC e TC com a ocorrência de AFLs, pelo teste de Pearson, foi observada estatística significativa (p

  • ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS EM CODORNAS JAPONESAS (Coturnix japonica) INTOXICADAS EXPERIMENTALMENTE COM DIFERENTES DOSES DE

    AFLATOXINA

    SERGIAN VIANNA CARDOZO1; WALTER LEIRA TEIXEIRA FILHO2; CESAR DANIEL KRUGER3; CARLOS ALBERTO DA ROCHA ROSA4; ANA MARIA DOS REIS

    FERREIRA5; CARLOS WILSON GOMES LOPES2

    1 Programa de Pós-Graduação em Patologia, Hospital Universitário Antônio Pedro. Centro de Ciências Médicas, Universidade Federal Fluminense. [email protected] 2 Departamento de Parasitologia Animal, Instituto de Veterinária, UFRRJ. 3 Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, UFRRJ. 4 Departamento de Microbiologia Veterinária, Instituto de Veterinária, UFRRJ. 5 Centro de Ciências Médicas, Faculdade de Veterinária, UFF.

    ABSTRACT - CARDOZO, S.V.; TEIXEIRA FILHO, W.L.; KRUGER, C.D.; ROSA, C.A.R.; LOPES, C.W.G. Histophatological alterations in Japanese quails (Coturnix japonica) experimental intoxication with different doses of aflatoxin. In this work, Japanese quails in the initial phase of development were challenged with different doses of aflatoxin in order to describe gross and microscopic lesions in liver, gizzard, proventricle, and bursa of Fabricius. To determine these objectives, five groups, each one containing 12 quails chicks, received an unique dose of aflatoxin per os in the respective concentrations: zero (control); 1,0; 2,0; 3,0; and 4 mg/kg at seven day old. Lesions were observed in the liver only. Intoxicate quails had portal intracytoplasmatic macrovacuolation, centrolobular congestion and periportal necrosis. Results indicated that aflatoxin when given in dosis equal or higher of 2,0 mg/kg of aflatoxins was responsible for acute intoxication and was associated to hepatic lesions and it was responsible of death the majority of quails chicks. Keywords: Aflatoxin; Japonese quails; Hepatic lesions. INTRODUÇÃO As aflatoxinas (AF) são metabólitos secundários produzidos por espécies do gênero Aspergillus, tais como: A. flavus, A. parasiticus e A. nomius (MOSS, 1998). Os principais produtos alimentícios suscetíveis ao desenvolvimento destes fungos incluem milho e trigo que, normalmente, têm sido utilizados na composição de rações utilizadas em avicultura (LEESON et al., 1995; OLIVEIRA et al., 2004). A sensibilidade aos efeitos tóxicos das AF varia consideravelmente entre as espécies animais. Com relação às espécies exploradas na avicultura comercial, a susceptibilidade é maior em patos, seguidos de perus, gansos, faisões e frangos (MULLER et al., 1970). Mesmo entre indivíduos de uma mesma espécie, a relação dose-resposta pode variar de acordo com raça, sexo, idade e composição da dieta, entre outros fatores (COULOMBE, 1991). Para muitas espécies, os machos são mais susceptíveis do que as fêmeas, ao passo que, em geral, a sensibilidade é acentuadamente maior nos jovens do que nos adultos (MCLEAN; DUTTON 1995). Os efeitos tóxicos das AF são dependentes da dose e do tempo de exposição, determinando, assim, intoxicações agudas ou crônicas. A síndrome tóxica aguda caracteriza-se principalmente pela rápida deterioração do estado geral do animal, perda de apetite, hepatite aguda, icterícia, hemorragias e morte

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    (OSWEILER 1990). O fígado é o principal órgão afetado, com lesões decorrentes da necrose hemorrágica, proliferação das células dos ductos biliares, infiltração gordurosa dos hepatócitos (ESPADA et al. 1992; OLIVEIRA et al. 1999). O objetivo deste trabalho foi determinar o tempo de óbito de codornas japonesas em fase inicial de crescimento, desafiadas com diferentes doses de aflatoxinas, e descrever as possíveis alterações macroscópicas e histopatológicas observadas nas vísceras dessas aves. MATERIAL E MÉTODOS Animais e dieta: As codornas japonesas (C. japonica) foram obtidas de uma criação da localidade de São Miguel, Município de Seropédica no Estado do Rio de Janeiro. As aves imediatamente após o nascimento foram alojadas em gaiolas de metal e devidamente aquecidas com lâmpadas incandescentes. A ração convencional a base de milho e farelo de soja, isenta de micotoxinas (SOARES; RODRIGUEZ-AMAYA,1989), e balanceada de modo a atender as exigências nutricionais de codornas poedeiras em fase inicial de crescimento foi fornecida juntamente com água ad libitum. Aflatoxina: A aflatoxina utilizada na intoxicação dos animais foi produzida a partir do cultivo da cepa toxigênica NRRL 2999 de A. parasiticus em substrato sólido de arroz, obtida da coleção da Dra Odette L. Shotwell (SHOTWELL et al., 1966). A determinação da presença da aflatoxina foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e a quantificação da toxina foi obtida através de fluorescência, com uso de padrão externo. O resíduo de aflatoxina foi ressuspendido em 60 ml de óleo de milho, livre de micotoxinas, para administração oral nas aves. Delineamento experimental: Um total de 60 aves divididas em cinco grupos experimentais foram intoxicadas com diferentes doses de AF e monitoradas permanentemente até o término do experimento. Cada grupo de 12 aves recebeu a aflatoxina, por via oral, nas concentrações de 0 (controle), 1,0 , 2,0, 3,0 e 4,0 mg/kg de peso vivo. Foram avaliados todos os animais que vieram a óbito durante e até 20 dias após a intoxicação. Para o estudo histopatológico foram utilizados fragmentos de tecidos obtidos do fígado, bursa de fabrícius, moela e proventrículo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados histopatológicos obtidos foram observados apenas no fígado dos animais intoxicados e associados ao tempo que estes animais vieram a óbito após a intoxicação. Não foram observadas alterações histopatológicas nas aves do grupo controle. Os achados microscópicos nos animais do grupo I que sucumbiram em até 12 horas após a intoxicação foram macrovacuolização intracitoplasmática hepatocitária, congestão sinusoidal, de veia centro lobular e vasos do espaço porta e infiltrado inflamatório discreto acompanhado de necrose periportal difusa. A destrabeculização do órgão foi evidente à coloração de reticulina. Com até 24 horas após a intoxicação, foi caracterizado ainda, um considerável aumento do infiltrado inflamatório, predominantemente linfocitário, e uma retração do epitélio dos ductos biliares, apresentando um aspecto vítreo. A trama reticulina em determinadas regiões foi rompida. As aves do grupo I que vieram a óbito em até 48 horas após a intoxicação apresentaram uma destrabeculização menos acentuada e proliferação de ductos biliares. Os animais que receberam a aflatoxina em doses a partir de 2,0 mg/kg apresentaram lesões hepáticas compatíveis com aquelas descritas para as aves do

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    grupo I que vieram a óbito 12 horas após a intoxicação. Os resultados encontrados neste experimento são semelhantes aos observados por Espada et al. (1992) e Leeson et al. (1995). Oliveira et al. (2002) mostraram que os efeitos crônicos da intoxicação alimentar com aflatoxina B1 no fígado de codornas podem resultar em vacuolização das células por infiltração gordurosa, proliferação de ductos biliares e desarranjo trabecular. Resultados estes, semelhantes aos descritos na intoxicação aguda do presente estudo. A administração de aflatoxina, por via oral, em doses a partir de 2,0 mg/kg, causa uma síndrome tóxica aguda, gerando lesões hepáticas relevantes em codornas japonesas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COULOMBE, R.A. Aflatoxins. In: SHARMA R.P. & SALUNKHE D.K. (Eds.) Mycotoxins and phytoalexins. Boca Raton: CRC Press, 1991. p. 103-143. ESPADA, Y.; DOMINGO, M.; GOMEZ, J.; CALVO M.A. Pathological lesions following an experimental intoxication with aflatoxin B1 in broiler chickens. Res. Vet. Sci., v. 53, p. 275-279, 1992. LEESON, S.; DIAZ, G.J.; SUMMERS, J.D. Poultry metabolic disorders and mycotoxins. Guelph: University Books, 1995. MCLEAN, M.; DUTTON, M.F. Cellular interacions and metabolism of aflatoxin: an update. Pharmacol. Ther., v. 65, p. 163-192, 1995. MOSS, M.O. Recent studies of mycotoxins. J. Appl. Microbiol. Symp. Suppl., v. 84, p. 62S–76S, 1998. MULLER, R.D.; CARLSON, C.W.; SEMENIUK, G.; HARSHFIELD, G.S. The response of chicks, ducklings, goslings, pheasants and poults to graded levels of aflatoxin. Poultry Sci., v. 49, p. 1346-1350, 1970. OLIVEIRA, C.A.F.; REIS, T.A.; ALBUQUERQUE, R.; GUERRA, J.L; CORREA, B. Hepatic lesions in laying hens chronically exposed to rations containing different levels of aflatoxin B1. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v. 66, p. 39-43, 1999. SOARES, L. M. V. ; RODRIGUEZ-AMAYA, D.B. Survey of aflatoxins, ochratoxin A, zearalenone and sterigmatocystein in some Brazilian foods using multitoxin thin-layer chromatographic method. Journal of AOAC International, Arlington, v. 72, n. 1, p. 22-26, 1989. OLIVEIRA, C.A.F.; ROSMANINHO, J.F.; BUTKERAITIS, P.; CORRÊA, B.; REIS, T.A.; GUERRA, J.L.; ALBUQUERQUE, R.; MORO, M.E.G. Effect of low levels of dietary aflatoxin B1 on laying Japanese quail. Poult. Sci, v. 8, p. 976–980, 2002. OLIVEIRA, C.A.F.; BUTKERAITIS, P.; ROSMANINHO, J.F.; GUERRA, J.L.; CORREA, B.; REIS, T.A. Alterações hepáticas em codornas japonesas submetidas à intoxicação prolongada por aflatoxina B1. Ciência Rural, Santa Maria, v. 34, p. 213-217, 2004. OSWEILER, G.D. Mycotoxins and livestock: What role do fungal toxins play in illness and production losses? Vet. Med., v. 85, p. 89-94 1990. SHOTWELL, O.L.; HESSELTINE, C.W.; STUBBLEFIELD, R.D.; SORENSON, W.G. Production of aflatoxin on rice. Appl. Microbiol., v. 14, p. 425-428, 1966.

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  • ALTERAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS EM CEPAS DE REFERÊNCIA DE Aspergillus spp. INDUZIDAS POR IRRADIAÇÃO GAMA

    JÉSSIKA MARA MARTINS RIBEIRO1, HÉLIO CARVALHO VITAL2, CARINA

    MAGNOLI3, CECILIA MERKIS3, ANDREA CRISTOFOLINI3, CARLOS ALBERTO DA ROCHA ROSA1

    1. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Brasil). [email protected], [email protected] 2. Centro Tecnológico do Exército (Brasil). 3. Universidad Nacional de Río Cuarto (Argentina). ABSTRACT: RIBEIRO, J.M.M; VITAL, H.C.; MAGNOLI, C.; MERKIS, C.; CRISTOFOLINI, A.; ROSA, C.A.R. Ultrastructural changes in strains of Aspergillus spp. induced for gamma irradiation. Ionizing radiation is a physical method widely used in the preservation of food. The aim of this study was to investigate the effect of gamma radiation on Aspergillus spp. strains. The morphology of control and irradiated strains was compared by macroscopy, optical microscopy and transmission electron microscopy. The morphological changes were more intense in the initial isolation after irradiation. Ultrastructural changes in irradiated strains were seen mainly at plasmatic membrane and organelles level, in particular nucleus and mitochondria. Keywords: Aspergillus, Ionizing radiation, electronic microscopy. INTRODUÇÃO Raios gama, ondas eletromagnéticas com alto poder de penetração, passam através dos materiais sem levar resíduo, uma vantagem comparada a outros tratamentos de desinfecção. A irradiação além de eliminar ou reduzir o número de certos microrganismos patógenos presentes no substrato, tem por proposta melhorar a qualidade higiênica por redução de agentes deteriorantes, especialmente fungos e eliminar insetos em estágio de reprodução. A dose empregada é dependente da contaminação inicial, sensibilidade dos organismos e proposta do tratamento (ICGFI, 1995). O uso da irradiação no Brasil tem sido avaliado para reduzir ou eliminar a microbiota de diferentes substratos. O objetivo deste trabalho foi estudar por microscopia óptica e eletrônica o efeito da irradiação sobre a morfologia de cepas de Aspergillus spp. MATERIAIS E MÉTODOS As cepas de referência Aspergillus niger (ATCC 1004), A. ochraceus (NRRL 3174), A. flavus (NRRL 5520), A. parasiticus (NRRL 2999) e A. carbonarius (UFPE 1546) foram submetidas às doses de radiação gama: 0; 2,0; 3,5; e 5,0 kGy, em milho picado degerminado (granulometria média de 2 mm). O irradiador pertence ao tipo cavidade blindada, com fonte de Césio-137, com taxa de dose máxima próxima a 2,0 kGy h-1. Cepas controle e irradiadas foram comparadas por macroscopia e microscopia óptica de acordo com a chave taxonômica de KLICH (2002) e avaliadas por microscopia eletrônica de transmissão (TEM) segundo BOZZOLA; RUSSEL (1999).

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  • RESULTADOS E DISCUSSÃO Neste trabalho foram observadas variações morfológicas entre cepas controle e irradiadas, tais como: cor, textura e reverso das colônias. Destaca-se a menor produção de conídios, crescimento mais lento e a grande presença de esclerócios, estruturas de resistência, em isolados irradiados. O estudo da ultraestrutura mostrou que em cepas controle a parede celular aparece uniforme e completamente rodeada por uma intacta camada fibrilar. A membrana plasmática também aparece com formato uniforme e as organelas, tais como o núcleo, mitocôndrias, vacúolos e septos exibem aspecto normal (figura 1). Em isolados irradiados, alterações ultraestruturais são detectadas na parede celular, membrana plasmática e ao nível de citoplasma. A maior variação patológica foi verificada ocorrer sobre sistemas endomembranosos. A irradiação afeta principalmente membrana plasmática e a membrana de organelas, em especial, do núcleo e mitocôndrias (figura 2). Os efeitos mais intensos da irradiação no meio intracelular de esporos fúngicos que na parede celular foram observados por AQUINO et al. (2005). Ultraestrutural evidências de alterações na membrana plasmática, com interrupções a intervalos variáveis e formação de pequenas vesículas dentro do citoplasma já foram relatadas pelo uso do biocida Akacid®plus sobre A. parasiticus (RAZZAGHI ABYANEH et al., 2006) e, é relatada como uma propriedade antifúngica do óleo essencial de Thymus spp. avaliado sobre A. niger. Essas alterações são correlacionadas à interferência com reações enzimáticas necessárias à síntese de membranas e parede, o que afeta a morfologia e o crescimento fúngico (RASOOLI et al, 2006). No entanto, foi observado que ao submeter os fungos irradiados a repiques sucessivos em meio de cultura, os mesmos tendem a reapresentar características morfológicas muito próximas ao padrão não irradiado. Fato que sugere que a irradiação induz um estresse metabólico e, ao ser fornecido nutriente e condições adequadas de crescimento, a alteração morfofisiológica pode ser superada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AQUINO, S.; FERREIRA, F.; RIBEIRO, D.H.; CORRÊA, B.; GREINER, R.; VILLAVICENCIO, A.L. Evaluation of viability of Aspergillus flavus and aflatoxins degradation in irradiated samples of maize. Braz. J. Microbiol, v. 36, p. 352-356, 2005. BOZZOLA, J.J.; RUSSEL, L.D. Electron Microscopy: Principles and Techniques for Biologist, Jones and Bartlet Publ., Sudbury, 1999. KLICH, M. A. Identification of Common Aspergillus Species. Netherlands, Centraalbureau voor Schimmelcultures, 2002. International Consultative Group on Food Irradiation (ICGFI). Code of good irradiation practice for the control of pathogenic microorganisms in poultry feed. Document n. 19. Vienna, 1995. Disponível em: . Acesso em: 01 set. 2003. RASOOLI, I.; REZAEI, M. B.; ALLAMEH, A. Growth inhibition and morphological alterations of Aspergillus niger by essential oils from Thymus eriocalyx and Thymus x-porlock. Food Control, v.17, p. 359–364, 2006.

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  • RAZZAGHI ABYANEH, M., SHAMS, M., KAWACHI, M., ESLAMIFAR, A., SCHMIDT, O., SCHMIDT, A., YOSHINARI, T. Ultrastructural evidences of growth inhibitory effects of a novel biocide, Akacid, on an aflatoxigenic Aspergillus parasiticus. Toxicon, v. 48, p.1075-1082, 2006.

    Figura 1. Fotomicrografia por TEM de A. ochraceus

    controle, aumento de 16700x. CW: corpos Woronin,

    GE: grânulos eletrondensos, N: núcleo, NO: núcleolo,

    M: mitocôndria, MP: membrana plasmática, P:

    parede celular, S: septo, V: vacúolo.

    Figura 2. Fotomicrografia por TEM de A.

    ochraceus irradiado com 2 KGy. Aumentos: A

    (5800x); B (20700x); C (13100x); D (34600x).

    CW: corpos Woronin, N: núcleo, NO:

    nucléolo, M: mitocôndria, MP: membrana

    plasmática, P: parede celular, S: septo, V:

    vacúolo; VF: fusão de vacúolo; VMP:

    vesícula.

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  • ANÁLISE E QUANTIFICAÇÃO DE AFLATOXINAS POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (CLAE) EM AMOSTRAS DE CASTANHA-DO-BRASIL

    ALESSANDRA DA SILVA TEIXEIRA1; OTNIEL FREITAS-SILVA2; RONOEL LUIZ DE

    OLIVEIRA GODÓY2, EUGÊNIA AZEVEDO VARGAS3, ALESSANDRA MARTINS4.

    1. Bolsista CAPES, Discente de Mestrado em Ciências e Tecnologia de Alimentos – Instituto de Tecnologia, UFRRJ. [email protected] 2. Pesquisador Embrapa Agroindústria de Alimentos 3 Lacqsa/ Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento – Pedro Leopoldo/ MG 4. Discente do curso de Biologia da Universidade Estácio de Sá – Rio de Janeiro/ RJ

    ABSTRACT: TEIXEIRA, A.S.; FREITAS-SILVA; GODÓY, R.L.O; VARGAS, E.A.; MARTINS, A. Analysis and quantification of Aflatoxins by High Performance Liquid Chromatography (HPLC) in samples of brazil nuts. It was developed analytical methodology that consists of an extraction based on the method advocated by RODRIGUEZ AMAYA; VALENTE SOARES (1989), followed by quantification of HPLC, to determine the aflatoxins AFB 1, AFB2, AFG1 and AFG2 in samples of brazil nuts artificially contaminated. The samples were contaminated with 5.3 µg/ kg of AFG1, 6.9µg/ kg of AFB1, 4.8µg/ kg of AFG2 and 5,0µg/ kg of AFB2. The following parameters were determined to found validation for the method developed: Seletividade, Recovery, linearity of calibration curve, limit of detection, limit of quantification, Effect of Matrix, Ruggedness and Accuracy, through Standard Deviation Relating (RSDr). Keywords: Liquid Chromatography, aflatoxins, Brazil nut. INTRODUÇÃO As aflatoxinas são metabólitos secundários produzidos por fungos toxigênicos do gênero Aspergillus. São passíveis de causarem efeitos tóxicos em humanos e animais. Quatro aflatoxinas possuem importância toxicológica reconhecida: AFB1, AFB2, AFG1 e AFG2 (MALLMANN et al., 2006). A maioria dos problemas com os métodos analíticos para detecção e quantificação de aflatoxinas está relacionado aos interferentes presentes no extrato da amostra, requerendo extrações múltiplas e etapas de purificação. Vários métodos químicos para purificação dos extratos têm sido validados, incluindo a utilização de colunas de extração em fase sólida e colunas de imunoafinidade. Os procedimentos analíticos diferem nas etapas de extração, purificação, determinação e quantificação, e a escolha do método depende da disponibilidade de equipamentos e requisitos analíticos, tais como sensibilidade e tempo de análise. As técnicas atualmente mais usadas para a quantificação de micotoxinas são as cromatográficas, incluindo Cromatografia em Camada Delgada (CCD), Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) e Cromatografia Gasosa acoplada a Espectometria de Massa (CG/MS). A mais simples é a CCD, porém os outros métodos têm maior sensibilidade e precisão (www.micotoxinas.com.br, 2006). O controle de micotoxinas é atualmente realizado através dos processos de controle de qualidade de alimentos e procedimentos reguladores. Mais de 50 países já estabeleceram níveis máximos de contaminação para aflatoxinas em alimentos e rações animais. A União Européia, por exemplo, introduziu um regulamento (EC, No1525/98), que fixa os níveis máximos permitidos de aflatoxinas em nozes, frutas secas, cereais e leite. Para a castanha-do-brasil, a União Européia fixou o nível máximo

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    Rev. Ciên. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 28, suplemento, 2008.

  • de aflatoxinas de 4 µg/kg. Desta forma, foram objetivos deste trabalho: 1) Desenvolver uma metodologia para extração e quantificação de aflatoxinas em castanha-do-brasil através da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) e 2) Apresentar os seguintes parâmetros de validação encontrados para o método desenvolvido: Seletividade, Recuperação, Linearidade da Curva de Calibração, Limite de detecção, Limite de Quantificação, Efeito de Matriz, Robustez e Precisão, através do Desvio Padrão Relativo (RSDr). MATERIAL E MÉTODOS Amostras: Provenientes de Tomé-açu, Pará (safra de 2007). Foram trituradas 1kg de castanhas sem casca adicionadas de 800mL de água destilada segundo metodologias preconizadas por Franca et al. (2006) e Banks et al. (2007). Curva de Calibração: O POOL) que deu origem aos 6 pontos da curva de calibração, foi preparada com os padrões individuais da Sigma-Aldrich, segundo AOAC (2000). A concentração dos padrões da curva de calibração variou de 0,002µg/mL à 0,16µg/mL aproximadamente. Extração das Aflatoxinas: Para a CCD utilizou-se o método de Soares e Rodriguez-Amaya (1989). Para a Metodologia modificada, pesou-se 25g de amostra, a mesma foi extraída com 7,5 mL de solução de KCl 4% e 67,5mL de metanol, misturadando-se no blender em velocidade 4, por 5 minutos, adicionou-se 75 mL de CuSO4 10% e 7,5g de Celite. Após filtração foi retirada uma alíquota de 50mL, este extrato foi levado para um funil de separação, previamente adicionado de 50mL de água destilada, onde foi particionado duas vezes com 10mL de diclorometano. O extrato foi levado à secura em banho-maria a 40ºC sob N2. Derivatização das Amostras: Re-suspendeu-se a amostra com 600µL de acetonitrilia e adicionou-se 1,2mL do agente derivatizante (35mL de Água Milli-Q: 5mL de Ácido Acético Glacial : 10mL Ácido trifluorácetico), segundo AOAC (2005). O meio reacional foi mantido à 65ºC por 9 min. Derivatização dos Padrões: Adicionou-se 300µL de cada pool da curva de calibração dos padrões de aflatoxinas a um frasco de derivatização e adicionou-se 600µL do agente derivatizante. A metodologia foi a mesma utilizada para as amostras. Análise cromatogáfica: Utilizando o sistema CLAE-DFL, foram injetados 10uL tanto dos padrões quanto das amostras. A análise cromatográfica ocorreu no modo isocrático,tendo como fase Móvel: 1,5 metanol:1,5 acetonitrila:6,0 água Milli-Q, coluna: X-Terra da Waters, 150x4,6mm, partículas de 5µm –RP18, Detetor: Waters W2475 – Fluorescência Excitação: 360nm, Emissão: 440nm. RESULTADOS E DISCUSSÃO A eluição das aflatoxinas AFG1, AFB1, AFG2 e AFB2 ocorre aos 4,3; 5,4, 7,5 e 10,2 minutos, com limites de detecção de 0,263; 0,345; 0,242 e 0,254 µg/kg de amostra, limites de quantificação de 0,790; 1,036; 0,725 e 0,763 µg/kg de amostra, coeficientes de recuperação de 107,89; 100,25; 86,63 e 93,42% e precisão (RSDr) de 9,0; 15,0; 12,0 e 15,0% , respectivamente. A curva de calibração apresentou coeficientes de correlação variando entre 0,9936 e 0,9997. As curvas da matriz adicionada do padrão (amostras contaminadas) apresentaram coeficientes de correlação variando entre 0,9829 e 0,9991 e através dos Testes F e T-Student, foi confirmado que as curvas são homogêneas e que a metodologia não sofre efeito de matriz. Mallmann et al. (1998) em um trabalho que preconiza uma purificação automatizada e quantificação por CLAE

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