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Proibida a reprodução, mesmo parcial e por qualquer processo, sem autorização expressa do Autor e do UNICURSOS 1 GRAMÁTICA TURMA - CTA NOME DO PROFESSOR: SÉRGIO FASCINA AULA 12/20: 11 de março de 2013 QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES: exercícios sobre conectivos/relações semânticas (SECRETARIA MUNICIPAL DE FAZENDA/RJ – 2010 – ESAF) 1 - Os fragmentos que constituem as opções abaixo foram adaptados de Carta Capital, de 12 de maio de 2010, p.38. Em cada uma, a segunda versão apresenta uma reelaboração em que as ideias estão associadas por meio de conectivos. Assinale a opção na qual a segunda versão não respeita as relações entre as ideias apresentadas na primeira. (A) Companhias inteligentes estão tomando conta do trabalho realizado dentro do escritório. Os consumidores dos países em desenvolvimento estão enriquecendo mais depressa que seus colegas do Ocidente. Companhias inteligentes estão tomando conta do trabalho realizado dentro do escritório, que os consumidores dos países em desenvolvimento estão enriquecendo mais depressa que seus colegas do Ocidente. (B) Esse cenário está mudando em alta velocidade. Empresas vitoriosas e vigorosas dos mercados emergentes estão entre as concorrentes ocidentais. Esse cenário está mudando em alta velocidade, pois empresas vitoriosas e vigorosas dos mercados emergentes estão entre as concorrentes ocidentais. (C) Até recentemente acreditava-se que a globalização era puxada pelo Ocidente e imposta sobre os demais países. Patrões em Nova York, Londres e Paris controlavam os processos de dentro de suas torres envidraçadas. Os consumidores ocidentais abocanhavam a maior parte dos benefícios. Até recentemente acreditava-se que a globalização era puxada pelo Ocidente e imposta sobre os demais países. Patrões em Nova York, Londres e Paris controlavam os processos de dentro de suas torres envidraçadas enquanto os consumidores ocidentais abocanhavam a maior parte dos benefícios. (D) Velhos pressupostos relativos à inovação também estão sendo revistos. A própria natureza da inovação está sendo repensada. Velhos pressupostos relativos à inovação também estão sendo revistos e a própria natureza da inovação está sendo repensada. (E) No ocidente, muitas vezes a inovação é associada a avanços tecnológicos na forma de produtos revolucionários. Muitas das inovações mais importantes consistem em acrescentar melhorias a produtos e processos voltados para o miolo ou para a base da pirâmide produtiva. No ocidente, muitas vezes a inovação é associada a avanços tecnológicos na forma de produtos revolucionários, no entanto, muitas das inovações maisimportantes consistem em acrescentar melhorias a produtos e processos voltados para o miolo ou para a base da pirâmide produtiva. Leia o texto abaixo para responder às 2 próximas questões. Maldades contra Machado Entre os terríveis efeitos da crise econômica global está o de prejudicar as festividades relativas ao centenário da morte de Machado de Assis, ocorrido na segunda-feira 29 de setembro, quando os mercados desabaram no mundo inteiro. Não é a primeira vez, nem a segunda, que Machado de Assis se vê atropelado pelos eventos da economia. A primeira humilhação mais fundamental teve a ver com o patrimônio que deixou para seus herdeiros. Em julho de 1898, temendo por sua saúde, escreveu um testamento, deixando para Carolina, sua esposa, entre outros bens, 7.000 contos em títulos da dívida pública do empréstimo nacional de 1895. Esses títulos entraram em moratória pouco antes da data desse testamento. Em 1906, com a morte de Carolina, Machado escreveu um novo testamento, declarando possuir não mais 7, mas 12 apólices do empréstimo de 1895, ou seja, as sete originais mais títulos novos que recebeu pelos juros e principal não pagos. A moratória perdurou até 1910, quando a nova herdeira, a menina Laura, filha de sua sobrinha, começou a receber juros. Em 1914, uma nova moratória interrompe os pagamentos até 1927, e novamente em 1931. Depois de alguns pagamentos em 1934, veio um “calote” completo em 1937. Nos 40 anos entre 1895 e 1935, menos de 18% do empréstimo foi amortizado, e os juros foram pagos apenas em 12 anos. O Estado a que Machado serviu e honrou ao longo de sua vida devastou-lhe a herança, a pecuniária ao menos, com essa sucessão de “calotes”. E, a partir de 1943, quando os pagamentos foram retomados, a inflação funcionou como uma crueldade superveniente, pois os títulos não tinham correção monetária. Como se não bastasse a desfeita, ou para tentar uma compensação, em 1987, resolvemos homenagear Machado de Assis em uma cédula de mil cruzados. A cédula foi colocada em circulação em 29 de setembro de 1987, exatos 79 anos da morte do escritor, e nesse dia valia pouco menos de US$ 20. Em 16 de janeiro de 1989, em conseqüência do Plano Verão e da mudança do padrão monetário, Machado recebe um vergonhoso carimbo triangular cortando-lhe três zeros: a cédula agora correspondia a um cruzado novo, que nascia valendo cerca de US$ 1, conforme a cotação oficial. No “paralelo” valia bem menos. Em 31 de outubro de 1990, depois de três anos de militância, a cédula com Machado deixa de circular por valer menos de um centavo de dólar. Só se pode imaginar o que Machado diria disso tudo. (Gustavo Franco. Folha de São Paulo, 4 de outubro de 2008.) (SENADO FEDERAL – 2008 – FGV) 2 - “Em julho de 1898, temendo por sua saúde, escreveu um testamento, deixando para Carolina, sua esposa, entre outros bens, 7.000 contos em títulos da dívida pública do empréstimo nacional de 1895.” No período acima, a oração destacada tem valor: (A) condicional. (B) concessivo. (C) causal. (D) consecutivo. (E) conformativo. (SENADO FEDERAL – 2008 – FGV) 3 - “...a inflação funcionou como uma crueldade superveniente, pois os títulos não tinham correção monetária.” A palavra grifada no trecho acima pode ser substituída sem provocar perda de sentido por: (A) porquanto (B) portanto (C) não obstante (D) conquanto (E) consoante A questão a seguir baseia-se no texto apresentado abaixo. Caipiradas A gente que vive na cidade procurou sempre adotar modos de ser, pensar e agir que lhe pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma pessoa está acostumada com o que é prescrito de maneira tirânica pelas modas – moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na dança, nos espetáculos, na gíria. A moda logo passa; por isso, a gente da cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como consequência, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que não mudaram tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrás e respondem a um cumprimento com certa fórmula desusada; que não sabem qual é o cantor da moda nem o novo jeito de namorar; quando entra em contato com gente assim, o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridícula. Diz, ou dizia; porque hoje a mudança é tão rápida que o termo está saindo das expressões de todo dia e serve mais para designar certas sobrevivências teimosas ou alteradas do passado: músicas caipiras, festas caipiras, danças

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GRAMÁTICA TURMA - CTA NOME DO PROFESSOR: SÉRGIO FASCINA AULA 12/20: 11 de março de 2013 QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES: exercícios sobre conectivos/relações semânticas (SECRETARIA MUNICIPAL DE FAZENDA/RJ – 2010 – ESAF) 1 - Os fragmentos que constituem as opções abaixo foram adaptados de Carta Capital, de 12 de maio de 2010, p.38. Em cada uma, a segunda versão apresenta uma reelaboração em que as ideias estão associadas por meio de conectivos. Assinale a opção na qual a segunda versão não respeita as relações entre as ideias apresentadas na primeira. (A) Companhias inteligentes estão tomando conta do trabalho realizado dentro do escritório. Os consumidores dos países em desenvolvimento estão enriquecendo mais depressa que seus colegas do Ocidente. Companhias inteligentes estão tomando conta do trabalho realizado dentro do escritório, já que os consumidores dos países em desenvolvimento estão enriquecendo mais depressa que seus colegas do Ocidente. (B) Esse cenário está mudando em alta velocidade. Empresas vitoriosas e vigorosas dos mercados emergentes estão entre as concorrentes ocidentais. Esse cenário está mudando em alta velocidade, pois empresas vitoriosas e vigorosas dos mercados emergentes estão entre as concorrentes ocidentais. (C) Até recentemente acreditava-se que a globalização era puxada pelo Ocidente e imposta sobre os demais países. Patrões em Nova York, Londres e Paris controlavam os processos de dentro de suas torres envidraçadas. Os consumidores ocidentais abocanhavam a maior parte dos benefícios. Até recentemente acreditava-se que a globalização era puxada pelo Ocidente e imposta sobre os demais países. Patrões em Nova York, Londres e Paris controlavam os processos de dentro de suas torres envidraçadas enquanto os consumidores ocidentais abocanhavam a maior parte dos benefícios. (D) Velhos pressupostos relativos à inovação também estão sendo revistos. A própria natureza da inovação está sendo repensada. Velhos pressupostos relativos à inovação também estão sendo revistos e a própria natureza da inovação está sendo repensada. (E) No ocidente, muitas vezes a inovação é associada a avanços tecnológicos na forma de produtos revolucionários. Muitas das inovações mais importantes consistem em acrescentar melhorias a produtos e processos voltados para o miolo ou para a base da pirâmide produtiva. No ocidente, muitas vezes a inovação é associada a avanços tecnológicos na forma de produtos revolucionários, no entanto, muitas das inovações maisimportantes consistem em acrescentar melhorias a produtos e processos voltados para o miolo ou para a base da pirâmide produtiva. Leia o texto abaixo para responder às 2 próximas questões.

Maldades contra Machado

Entre os terríveis efeitos da crise econômica global está o de prejudicar as festividades relativas ao centenário da morte de Machado de Assis, ocorrido na segunda-feira 29 de setembro, quando os mercados desabaram no mundo inteiro.

Não é a primeira vez, nem a segunda, que Machado de Assis se vê atropelado pelos eventos da economia.

A primeira humilhação mais fundamental teve a ver com o patrimônio que deixou para seus herdeiros. Em julho de 1898, temendo por sua saúde, escreveu um testamento, deixando para Carolina, sua esposa, entre outros bens, 7.000 contos em títulos da dívida pública do empréstimo nacional de 1895. Esses títulos entraram em moratória pouco antes da data desse testamento.

Em 1906, com a morte de Carolina, Machado escreveu um novo testamento, declarando possuir não mais 7, mas 12 apólices do empréstimo de 1895, ou seja, as sete originais mais títulos novos que recebeu pelos juros e principal não pagos.

A moratória perdurou até 1910, quando a nova herdeira, a menina Laura, filha de sua sobrinha, começou a receber juros. Em 1914, uma nova moratória interrompe os pagamentos até 1927, e novamente em 1931. Depois de alguns pagamentos em 1934, veio um “calote” completo em 1937. Nos 40 anos entre 1895 e 1935, menos de 18% do empréstimo foi amortizado, e os juros foram pagos apenas em 12 anos.

O Estado a que Machado serviu e honrou ao longo de sua vida devastou-lhe a herança, a pecuniária ao menos, com essa sucessão de “calotes”. E, a partir de 1943, quando os pagamentos foram retomados, a inflação funcionou como uma crueldade superveniente, pois os títulos não tinham correção monetária.

Como se não bastasse a desfeita, ou para tentar uma compensação, em 1987, resolvemos homenagear Machado de Assis em uma cédula de mil cruzados. A cédula foi colocada em circulação em 29 de setembro de 1987, exatos 79 anos da morte do escritor, e nesse dia valia pouco menos de US$ 20.

Em 16 de janeiro de 1989, em conseqüência do Plano Verão e da mudança do padrão monetário, Machado recebe um vergonhoso carimbo triangular cortando-lhe três zeros: a cédula agora correspondia a um cruzado novo, que nascia valendo cerca de US$ 1, conforme a cotação oficial. No “paralelo” valia bem menos.

Em 31 de outubro de 1990, depois de três anos de militância, a cédula com Machado deixa de circular por valer menos de um centavo de dólar. Só se pode imaginar o que Machado diria disso tudo.

(Gustavo Franco. Folha de São Paulo, 4 de outubro de 2008.) (SENADO FEDERAL – 2008 – FGV) 2 - “Em julho de 1898, temendo por sua saúde, escreveu um testamento, deixando para Carolina, sua esposa, entre outros bens, 7.000 contos em títulos da dívida pública do empréstimo nacional de 1895.” No período acima, a oração destacada tem valor: (A) condicional. (B) concessivo. (C) causal. (D) consecutivo. (E) conformativo. (SENADO FEDERAL – 2008 – FGV) 3 - “...a inflação funcionou como uma crueldade superveniente, pois os títulos não tinham correção monetária.” A palavra grifada no trecho acima pode ser substituída sem provocar perda de sentido por: (A) porquanto (B) portanto (C) não obstante (D) conquanto (E) consoante A questão a seguir baseia-se no texto apresentado abaixo.

Caipiradas

A gente que vive na cidade procurou sempre adotar modos de ser, pensar e agir que lhe pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma pessoa está acostumada com o que é prescrito de maneira tirânica pelas modas – moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na dança, nos espetáculos, na gíria. A moda logo passa; por isso, a gente da cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como consequência, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que não mudaram tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrás e respondem a um cumprimento com certa fórmula desusada; que não sabem qual é o cantor da moda nem o novo jeito de namorar; quando entra em contato com gente assim, o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridícula.

Diz, ou dizia; porque hoje a mudança é tão rápida que o termo está saindo das expressões de todo dia e serve mais para designar certas sobrevivências teimosas ou alteradas do passado: músicas caipiras, festas caipiras, danças

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caipiras, por exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes, conhecemos não praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco.

Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral está mudando depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje, creio que não se pode falar mais de criatividade cultural no universo do caipira, porque ele quase acabou. O que há é impulso adquirido, resto, repetição – ou paródia e imitação deformada, mais ou menos parecida. Há, registre-se, iniciativas culturais com o fito de fixar o que sobra de autêntico no mundo caipira. É o caso do disco Caipira. Raízes e frutos, do selo Eldorado, gravado em 1980, que será altamente apreciado por quantos se interessem por essa cultura tão especial, e já quase extinta.

(Adaptado de Antonio Candido, Recortes) (TRT/16ª REGIÃO – FCC) 4 - Considerando-se o contexto, constituem uma causa e seu efeito, nesta ordem, os segmentos destacados em: (A) (...) que será altamente apreciado // por quantos se interessem por essa cultura tão especial (...) (B) (...) uma pessoa está acostumada // com o que é prescrito de maneira tirânica (...) (C) Nem podia ser de outro modo, // porque o mundo em geral está mudando depressa demais. (D) (...) hoje a mudança é tão rápida // que o termo está saindo das expressões de todo dia (...) (E) (...) conhecemos não praticadas por caipiras, // mas por gente que finge de caipira (...) As próximas 2 questões baseiam-se no texto abaixo:

Bolsa-Floresta

Quando os dados do desmatamento de maio saíram esta semana da gaveta da Casa Civil, onde ficaram trancados por vários dias, ficou-se sabendo que maio foi igual ao abril que passou: perdemos de floresta mais uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro. Ao ritmo de um Rio por mês, o Brasil vai pondo abaixo a maior floresta tropical. No Amazonas, visitei uma das iniciativas para tentar deter a destruição.

O Estado do Amazonas é o que tem a floresta mais preservada. O número repetido por todos é que lá 98% da floresta estão preservados, 157 milhões de hectares, 1/3 da Amazônia brasileira. A Zona Franca garante que uma parte do mérito lhe cabe, porque criou alternativa de emprego e renda para a população do estado. Há quem acredite que a pressão acabará chegando ao Amazonas depois de desmatados os estados mais acessíveis.

João Batista Tezza, diretor técnico-científico da Fundação Amazonas Sustentável, acha que é preciso trabalhar duro na prevenção do desmatamento. Esse é o projeto da Fundação que foi criada pelo governo, mas não é governamental, e que tem a função de implementar o Bolsa-Floresta, uma transferência de renda para pessoas que vivem perto das áreas de preservação estadual. A idéia é que elas sejam envolvidas no projeto de preservação e que recebam R$ 50 por mês, por família, como uma forma de compensação pelos serviços que prestam. [...]

Tezza é economista e acha que a economia é que trará a solução: — A destruição ocorre porque existem incentivos econômicos;

precisamos criar os incentivos da proteção. [...] Nas áreas próximas às reservas estaduais, estão instaladas 4.000

famílias e, além de ganharem o Bolsa-Floresta, vão receber recursos para a organização da comunidade.

— Trabalhamos com o conceito dos serviços ambientais prestados pela própria floresta em pé e as emissões evitadas pela proteção contra o desmatamento. Isso é um ativo negociado no mercado voluntário de redução das emissões — diz Tezza.

Atualmente a equipe da Fundação está dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma das comunidades, viajando dias e dias pelos rios, para cadastrar todas as famílias. A Fundação trabalha mirando dois mapas. Um mostra o desmatamento atual, que é pequeno. Outro projeta o que acontecerá em 2050 se nada for feito. Mesmo no Amazonas, onde a floresta é mais preservada, os riscos são visíveis. Viajei por uma rodovia estadual que liga Manaus a Novo Airão. À beira da estrada, vi áreas recentemente desmatadas, onde a fumaça ainda sai de troncos queimados. [...]

LEITÃO, Miriam. In: Jornal O Globo. 19 jul. 2008. (adaptado)

(TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRANRIO) 5 - Em “...é preciso trabalhar durona prevenção do desmatamento.” (3º parágrafo), a expressão destacada, emrelação com o princípio da oração, indica (A) modo. (B) causa. (C) conseqüência. (D) objetivo. (E) explicação. (TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRANRIO) 6 - “Atualmente a equipe da Fundação está dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma das comunidades,”. O sinal de dois pontos da sentença acima só pode sersubstituído por: (A) , aliás, (B) , a saber, (C) , inclusive, (D) , ou melhor, (E) , por exemplo, Leia o texto para responder à questão seguir.

Zelosa com sua imagem, a empresa multinacional Gillette retirou a

bola da mão, em uma das suas publicidades, do atacante francês Thierry Henry, garoto-propaganda da marca com quem tem um contrato de 8,4 milhões de dólares anuais. A jogada previne os efeitos desastrosos para vendas de seus produtos, depois que o jogador trapaceou, tocando e controlando a bola com a mão, para ajudar no gol que classificou a França para a Copa do Mundo de 2010. (...)

Na França, onde 8 em cada dez franceses reprovam o gesto irregular, Thierry aparece com a mão no bolso. Os publicitários franceses acham que o gato subiu no telhado. A Gillette prepara o rompimento do contrato. O serviço de comunicação da gigante Procter & Gamble, proprietária da Gillette, diz que não.

Em todo caso, a empresa gostaria que o jogo fosse refeito, que a trapaça não tivesse acontecido. Na impossibilidade, refez o que está ao seu alcance, sua publicidade.

Segundo lista da revista Forbes, Thierry Henry é o terceiro jogador de futebol que mais lucra com a publicidade – seus contratos somam 28 milhões de dólares anuais. (...)

(Veja, 02.11.2009. Adaptado) (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 7 - Considere o trecho – ... depois que o jogador trapaceou, tocando e controlando a bola com a mão. – Assinale a alternativa cuja oração mantém o mesmo sentido da oração depois que o jogador trapaceou. (A) …embora o jogador tenha trapaceado,… (B) … mas o jogador trapaceou,… (C) … logo o jogador trapaceou,… (D) … após o jogador ter trapaceado,… (E) … para que o jogador tivesse trapaceado,… A questão a seguir baseia-se no texto abaixo.

Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista The Atlantic, o polêmico artigo "Estará o Google nos tornando estúpidos?" O texto ganhou a capa da revista e, desde sua publicação, encontra-se entre os mais lidos de seu website. O autor nos brinda agora com The Shallows: What the internet is doing with our brains, um livro instrutivo e provocativo, que dosa linguagem fluida com a melhor tradição dos livros de disseminação científica.

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Novas tecnologias costumam provocar incerteza e medo. As reações mais estridentes nem sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente, no caso da internet, os verdadeiros fundamentos científicos deveriam, sim, provocar reações muito estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro humano. Conclui que a internet está provocando danos em partes do cérebro que constituem a base do que entendemos como inteligência, além de nos tornar menos sensíveis a sentimentos como compaixão e piedade.

O frenesi hipertextual da internet, com seus múltiplos e incessantes estímulos, adestra nossa habilidade de tomar pequenas decisões. Saltamos textos e imagens, traçando um caminho errático pelas páginas eletrônicas. No entanto, esse ganho se dá à custa da perda da capacidade de alimentar nossa memória de longa duração e estabelecer raciocínios mais sofisticados. Carr menciona a dificuldade que muitos de nós, depois de anos de exposição à internet, agora experimentam diante de textos mais longos e elaborados: as sensações de impaciência e de sonolência, com base em estudos científicos sobre o impacto da internet no cérebro humano. Segundo o autor, quando navegamos na rede, "entramos em um ambiente que promove uma leitura apressada, rasa e distraída, e um aprendizado superficial."

A internet converteu-se em uma ferramenta poderosa para a transformação do nosso cérebro e, quanto mais a utilizamos, estimulados pela carga gigantesca de informações, imersos no mundo virtual, mais nossas mentes são afetadas. E não se trata apenas de pequenas alterações, mas de mudanças substanciais físicas e funcionais. Essa dispersão da atenção vem à custa da capacidade de concentração e de reflexão. (Thomaz Wood Jr. Carta capital, 27 de outubro de 2010, p. 72, com adaptações) (MP/RS – 2010 – FCC) 8 - Essa dispersão da atenção vem à custa da capacidade de concentração e de reflexão. (final do texto) O segmento grifado estabelece na frase relação de ......, e pode ser substituído, sem alteração do sentido original, por ... As lacunas acima estarão corretamente preenchidas por: (A) causa imediata − devido à perda da capacidade de concentração e de reflexão. (B) consequência inesperada − perdendo-se a capacidade de concentração e de atenção. (C) explicação redundante − pois há a perda da capacidade de concentração e de atenção. (D) ressalva indispensável − embora se perca a capacidade de concentração e de atenção. (E) finalidade tardia − para que haja a perda da capacidade de concentração e de atenção. Leia o texto para responder à questão a seguir.

Os eletrônicos “verdes”

Vai bem a convivência entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área ambiental. É seguindo essa trilha “verde” que a Motorola anunciou o primeiro celular do mundo feito de garrafas plásticas recicladas. Ele se chama W233 Eco e é também o primeiro telefone com certificado CarbonFree, que prevê a compensação do carbono emitido na fabricação e distribuição de um produto. Se um celular pode ser feito de garrafas, por que não se produz um laptop a partir do bambu? Essa ideia ganhou corpo com a fabricante taiwanesa Asus: tratase do Eco Book que exibe revestimento de tiras dessa planta. Computadores “limpos” fazem uma importante diferença no efeito estufa e para se ter uma noção do impacto de sua produção e utilização basta olhar o resultado de uma pesquisa da empresa americana de consultoria Gartner Group. Ela revela que a área de TI (tecnologia da informação) já é responsável por 2% de todas as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.

Além da pesquisa da Gartner, há um estudo realizado nos EUA pela Comunidade do Vale do Silício. Ele aponta que a inovação “verde” permitirá adotar mais máquinas com o mesmo consumo de energia elétrica e reduzir os custos de orçamento. Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da Comunidade do Vale do Silício, acredita que as tecnologias “verdes” também conquistarão espaço pelo fato de que, atualmente, conta pontos junto ao consumidor ter-se uma imagem de empresa sustentável.

O estudo da Comunidade chegou às mãos do presidente da Apple, Steve Jobs, e o fez render-se às propostas do “ecologicamente correto” – ele era duramente criticado porque dava aval à utilização de mercúrio, altamente prejudicial ao meio ambiente, na produção de seus iPods e laptops. Preocupado em não perder

espaço, Jobs lançou a nova linha do Macbook Pro com estrutura de vidro e alumínio, tudo reciclável. E a RITI Coffee Printer chegou à sofisticação de criar uma impressora que, em vez de tinta, se vale de borra de café ou de chá no processo de impressão. Basta que se coloque a folha de papel no local indicado e se despeje a borra de café no cartucho – o equipamento não é ligado em tomada e sua energia provém de ação mecânica transformada em energia elétrica a partir de um gerador. Se pensarmos em quantos cafezinhos são tomados diariamente em grandes empresas, dá para satisfazer perfeitamente a demanda da impressora.

(Luciana Sgarbi, Revista Época, 22.09.2009. Adaptado) (CREMESP – 2011 - VUNESP) 9 - Leia as frases. I. Além da pesquisa da Gartner, há um estudo realizado nos EUA pela Comunidade do Vale do Silício. II. Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da Comunidade do Vale do Silício, acredita que as tecnologias “verdes” também conquistarão espaço pelo fato de que, atualmente, conta pontos junto ao consumidor… As expressões destacadas estabelecem, correta e respectivamente, relação de (A) adversidade e comparação. (B) adição e causa. (C) tempo e condição. (D) concessão e finalidade. (E) conclusão e proporcionalidade. Leia o texto para responder à questão a seguir.

Quanto veneno tem nossa comida?

Desde que os pesticidas sintéticos começaram a ser produzidos em larga escala, na década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a saúde humana. No campo, em contato direto com agrotóxicos, alguns trabalhadores rurais apresentaram intoxicações sérias. Para avaliar o risco de gente que apenas consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos e cães, alimentados com doses altas desses venenos. A partir do resultado desses testes e da análise de alimentos in natura (para determinar o grau de resíduos do pesticida na comida), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece os valores máximos de uso dos agrotóxicos para cada cultura. Esses valores têm sido desrespeitados, segundo as amostras da Anvisa. Alguns alimentos têm excesso de resíduos, outros têm resíduos de agrotóxicos que nem deveriam estar lá. Esses excessos, isoladamente, não são tão prejudiciais, porque em geral não ultrapassam os limites que o corpo humano aguenta. O maior problema é que eles se somam – ninguém come apenas um tipo de alimento.

(Francine Lima, Revista Época, 09.08.2010) (CREMESP – 2011 - VUNESP) 10 - Em – Esses valores têm sido desrespeitados, segundo as amostras da Anvisa. – a expressão destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por (A) conforme. (B) por isso. (C) logo. (D) no entanto. (E) tanto que. Leia o texto para responder à questão a seguir.

Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos – e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera. (…)

– Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta. Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam

admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:

– Você é um bicho, Fabiano. Isso para ele era motivo de orgulho.

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– Sim senhor, um bicho capaz de vencer dificuldades.

(Graciliano Ramos, Vidas Secas) (CREMESP – 2011 - VUNESP) 11 - A expressão em destaque – murmurando – pode ser substituída, sem alteração de sentido, por (A) quando murmurasse. (B) e murmurou. (C) mas murmurou. (D) entretanto murmurara. (E) se murmurasse. Leia o texto a seguir para responder às próximas 2 questões.

CIDADE MARAVILHOSA?

Os camelôs são pais de famílias bem pobres, e, então, merecem

nossa simpatia e nosso carinho; logo eles se multiplicam por 1000. Aqui em frente à minha casa, na Praça General Osório, existe há muito tempo a feira hippie. Artistas e artesãos expõem ali aos domingos e vendem suas coisas. Uma feira um tanto organizada demais: sempre os mesmos artistas mostrando coisas quase sempre sem interesse. Sempre achei que deveria haver um canto em que qualquer artista pudesse vender um quadro; qualquer artista ou mesmo qualquer pessoa, sem alvarás nem licenças. Enfim, o fato é que a feira funcionava, muita gente comprava coisas – tudo bem. Pois de repente, de um lado e outro, na Rua Visconde de Pirajá, apareceram barracas atravancando as calçadas, vendendo de tudo - roupas, louças, frutas, miudezas, brinquedos, objetos usados, ampolas de óleo de bronzear, passarinhos, pipocas, aspirinas, sorvetes, canivetes. E as praias foram invadidas por 1000 vendedores. Na rua e na areia, uma orgia de cães. Nunca vi tantos cães no Rio, e presumo que muita gente anda com eles para se defender de assaltantes. O resultado é uma sujeira múltipla, que exige cuidado do pedestre para não pisar naquelas coisas. E aquelas coisas secam, viram poeira, unem-se a cascas de frutas podres e dejetos de toda ordem, e restos de peixes da feira das terças, e folhas, e cusparadas, e jornais velhos; uma poeira dos três reinos da natureza e de todas as servidões humanas.

Ah, se venta um pouco o noroeste, logo ela vai-se elevar, essa poeira, girando no ar, entrar em nosso pulmão numa lufada de ar quente. Antigamente a gente fugia para a praia, para o mar. Agora há gente demais, a praia está excessivamente cheia. Está bem, está bem, o mar, o mar é do povo, como a praça é do condor – mas podia haver menos cães e bolas e pranchas e barcos e camelôs e ratos de praia e assaltantes que trabalham até dentro d’água, com um canivete na barriga alheia, e sujeitos que carregam caixas de isopor e anunciam sorvetes e quando o inocente cidadão pede picolé de manga, eis que ele abre a caixa e de lá puxa a arma. Cada dia inventam um golpe novo: a juventude é muito criativa, e os assaltantes são quase sempre muito jovens.

Rubem Braga (UFRJ – 2010 – NCE/UFRJ) 12 - “Os camelôs são pais de famílias bem pobres, e, então, merecem nossa simpatia e nosso carinho; logo eles se multiplicam por 1000”; os termos sublinhados indicam, respectivamente:

(A) conclusão e tempo; (B) tempo e conclusão; (C) explicação e situação; (D) situação e explicação; (E) causa e conclusão.

(UFRJ – 2010 – NCE/UFRJ) 13 - A alternativa em que o conectivo sublinhado tem seu valor semântico corretamente identificado é: (A) “...expõem ali aos domingos e vendem suas coisas” = tempo. (B) “...para se defender de assaltantes” = direção. (C) “...exige cuidado do pedestre para não pisar naquelas coisas” = lugar. (D) “...como a praça é do condor” = comparação. (E) “...mas podia haver menos cães e bolas...” = intensidade. Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Após duas semanas, mineradores chilenos são encontrados vivos

Um total de 33 mineradores presos há mais de duas semanas em uma mina no Chile, após um desmoronamento, disseram estar todos vivos em uma mensagem enviada por meio de uma sonda de perfuração, afirmaram neste domingo autoridades chilenas.

O presidente chileno Sebastián Piñera disse que um pedaço de papel foi amarrado a uma sonda usada pelas equipes de resgate para perfurar até o local onde os mineradores estão localizados. Mas o governante ressaltou que levará meses para tirá-los de lá.

“Os 33 de nós na câmara estão bem,” informou a mensagem, segurada por Piñera na televisão. “Levará meses (para tirá-los de lá). Demorará, mas não importa o quanto demore para termos um final feliz,” afirmou Piñera.

Parentes se abraçaram e se beijaram quando a notícia da mensagem se espalhou pelo lado de fora da entrada da mina, onde eles estão acampados desde o acidente, em 5 de agosto.

(Santiago (Reuters) http://br.reuters.com – 22/08/2010. Com adaptações) (DETRAN/RN – 2010 – FGV) 14 - No período: “Demorará, mas não importa o quanto demore para termos um final feliz,” “mas” e “para” estabelecem relações de sentido que indicam, respectivamente: (A) Conclusão, explicação. (B) Explicação, consequência. (C) Oposição, finalidade. (D) Causa, consequência. (E) Causa, explicação. Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Convivas de boa memória

Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem boa memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.

Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras nem nomes, e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa de família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição. Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei ontem. Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e confusão.

E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas ideias finas me acodem então! Que de reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas, as suas árvores, os seus altares, e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.

É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.

(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora Scipione – 1994 – pág. 65) (DETRAN/RN – 2010 – FGV) 15 - “... e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca...”; a oração grifada traz uma ideia de: (A) Causa. (B) Consequência. (C) Condição. (D) Conformidade. (E) Concessão. Leia o texto a seguir e responda às próximas 2 questões.

Os dicionários de meu pai

Pouco antes de morrer, meu pai me chamou ao escritório e me entregou um livro de capa preta que eu nunca havia visto. Era o dicionário

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analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Ficava quase escondido, perto dos cinco grandes volumes do dicionário Caldas Aulete, entre outros livros de consulta que papai mantinha ao alcance da mão numa estante giratória. Isso pode te servir, foi mais ou menos o que ele então me disse, no seu falar meio grunhido. Era como se ele,cansado, me passasse um bastão que de alguma forma eu deveria levar adiante. E por um tempo aquele livro me ajudou no acabamento de romances e letras de canções, sem falar das horas em que eu o folheava à toa; o amor aos dicionários, para o sérvio Milorad Pavic, autor de romances-enciclopédias, é um traço infantil de caráter de um homem adulto.

Palavra puxa palavra, e escarafunchar o dicionário analógico foi virando para mim um passatempo. O resultado é que o livro, herdado já em estado precário, começou a se esfarelar nos meus dedos. Encostei-o na estante das relíquias ao descobrir, num sebo atrás da sala Cecília Meireles, o mesmo dicionário em encadernação de percalina. Por dentro estava em boas condições, apesar de algumas manchas amareladas, e de trazer na folha de rosto a palavra anauê, escrita a caneta-tinteiro.

Com esse livro escrevi novas canções e romances, decifrei enigmas, fechei muitas palavras cruzadas. E ao vê-lo dar sinais de fadiga, saí de sebo em sebo pelo Rio de Janeiro para me garantir um dicionário analógico de reserva. Encontrei dois, mas não me dei por satisfeito, fiquei viciado no negócio. Dei de vasculhar livrarias país afora, só em São Paulo adquiri meia dúzia de exemplares, e ainda arrematei o último à venda a Amazom.com antes que algum aventureiro o fizesse. Eu já imaginava deter o monopólio (açambarcamento, exclusividade, hegemonia, senhorio, império) de dicionários analógicos da língua portuguesa, não fosse pelo senhor João Ubaldo Ribeiro, que ao que me consta também tem um quiçá carcomido pelas traças (brocas, carunchos, gusanos, cupins, térmitas, cáries, lagartas-rosadas, gafanhotos, bichos-carpinteiros).

A horas mortas eu corria os olhos pela minha prateleira repleta de livros gêmeos, escolhia um a esmo e o abria a bel-prazer. Então anotava num Moleskine as palavras mais preciosas, a fim de esmerar o vocabulário com que embasbacaria as moças e esmagaria meus rivais.

Hoje sou surpreendido pelo anúncio desta nova edição do dicionário analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Sinto como se invadissem minha propriedade, revirassem meus baús, espalhassem ao vento meu tesouro. Trata-se para mim de uma terrível (funesta, nefasta, macabra, atroz, abominável, dilacerante, miseranda) notícia.

(Francisco Buarque de Hollanda, Revista Piauí, junho de 2010)

(FAETEC/RJ – 2010 – CEPERJ) 16 - Mantendo-se a coesão e a coerência textual, no segmento “...mas não me dei por satisfeito, fiquei viciado no negócio.” (terceiro parágrafo), pode-se inserir, entre as duas orações, o conectivo: (A) ainda que (B) à medida que (C) visto que (D) contanto que (E) a menos que (FAETEC/RJ – 2010 – CEPERJ) 17 - A preposição tem valor semântico de finalidade no segmento: (A) “Os dicionários de meu pai” (título) (B) “...outros livros de consulta” (primeiro parágrafo) (C) “...ao alcance da mão...” (primeiro parágrafo) (D) “...que de alguma forma...” (primeiro parágrafo) (E) “acabamento de romances...” (primeiro parágrafo) Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Discórdia em Copenhague

Frustrou-se redondamente quem esperava, na 15ª Conferência sobre Mudança Climática (COP-15), em Copenhague, um acordo capaz de orquestrar compromissos de países pobres, emergentes e ricos contra os efeitos do aumento da temperatura no planeta. Após duas semanas de muitos debates e negociações, o encontro convocado pelas Nações Unidas teve um final dramático no dia 18 de dezembro de 2009, com chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas mesmo depois do encerramento oficial da conferência. O resultado final foi um documento político genérico, firmado só pelos Estados Unidos, China, Brasil e África do Sul, que prevê metas para cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050, mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios capazes de impedir a elevação

da temperatura em mais do que 2 graus Celsius, meta que Copenhague buscava atingir.

Também foi proposta uma ajuda de US$ 30 bilhões aos países pobres, no próximos três anos, embora sem estabelecer parâmetros sobre quem estará apto a receber o dinheiro e quais instrumentos serão usados para distribuí-lo. Faltou-lhe aval dos delegados de países como Sudão, Cuba, Nicarágua, Bolívia e Venezuela, inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. “O que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos ter alcançado aqui”, disse Yvo de Bôer, secretário-executivo da conferência, remetendo as esperanças para a COP-16, que vai acontecer em 2010, na Cidade do México.

O impasse principal girou em torno de um jogo de empurra sobre as responsabilidades dos países ricos e pobres. As nações desenvolvidas queriam que os países emergentes tivessem metas obrigatórias, o que não foi aceito pela China, país que mais emite carbono na atmosfera, atualmente. Os Estados Unidos, vivendo a maior crise econômica desde 1929, não se dispunham a cumprir sequer metas modestas. Outra questão fundamental na conferência foi o financiamento para políticas de mitigação das emissões para os países pobres. Os países desenvolvidos exigiam que os emergentes ajudassem a financiar os menos desenvolvidos. A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda externa para suas políticas de combate ao aquecimento global.

(Adaptado de Fabrício Marques, Revista Pesquisa Fapesp, no 167) (TRF/4ª REGIÃO – 2010 – FCC) 18 - No primeiro parágrafo, dois segmentos que remetem a causas da frustração de quem esperava muito da COP-15 são: (A) capaz de orquestrar compromissos // um documento político genérico. (B) cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050 // sem estabelecer compromissos obrigatórios. (C) contra os efeitos do aumento da temperatura // encontro convocado pelas Nações Unidas. (D) capaz de orquestrar compromissos // cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050. (E) sem estabelecer compromissos obrigatórios // impedir a elevação da temperatura. (PRF – 2009 – FUNRIO) 19 - Um importante aspecto da experiência dos outros na vida cotidiana é o caráter direto ou indireto dessa experiência. Em qualquer tempo é possível distinguir entre companheiros com os quais tive uma atuação comum situações face a face e outros que são meros contemporâneos, dos quais tenho lembranças mais ou menos detalhadas, ou que conheço simplesmente de oitiva. Nas situações face a face tenho a evidência direta de meu companheiro, de suas ações, atributos, etc. Já o mesmo não acontece no caso de contemporâneos, dos quais tenho um conhecimento mais ou menos dignos de confiança. No trecho “Já o mesmo não acontece no caso de contemporâneos, dos quais tenho um conhecimento mais ou menos dignos de confiança.”, a palavra "já" pode ser substituída, sem alteração de sentido, por (A) entretanto. (B) como. (C) à medida que. (D) se. (E) quando. Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Olhar o vizinho é o primeiro passo

Não é preciso ser filósofo na atualidade, para perceber que o “bom” e o “bem” não prevalecem tanto quanto desejamos. Sob a égide de uma moral individualista, o consumo e a concentração de renda despontam como metas pessoais e fazem muitos de nós nos esquecermos do outro, do irmão, do próximo. Passamos muito tempo olhando para nossos próprios umbigos ou mergulhados em nossas crises existenciais e não reparamos nos pedidos de ajuda de quem está ao nosso lado. É difícil tirar os óculos escuros da indiferença e estender a mão, não para dar uma esmola à criança que faz malabarismo no sinal, para ganhar um trocado simpático, mas para tentar mudar uma situação adversa, fazer a diferença. O que as pessoas que ajudam outras nos mostram é que basta querer, para mudar o mundo. Não é preciso ser milionário, para fazer uma doação. Se não há dinheiro, o trabalho também é bem-vindo. Doar um pouco de conhecimento ou expertise, para fazer o bem a outros que não têm acesso a esses serviços, é mais que

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caridade: é senso de responsabilidade. Basta ter disposição e sentimento e fazer um trabalho de formiguinha, pois,como diz o ditado, é a união que faz a força! Graças a esses filósofos da prática, ainda podemos colocar fé na humanidade. Eles nos mostram que fazer o bem é bom e seguem esse caminho por puro amor, vocação e humanismo.

(Diário do Nordeste. 28 abr. 2008) (AGENTE MUNICIPAL DE TRÂNSITO – 2009 – IEPRO/UECE) 20 – A conjunção “como”, no nono período do texto, revela ideia de A) causa B) comparação C) condição D) exemplificação E) conformidade

GABARITO 1 - A 2 - C 3 - A 4 - D 5 - D 6 - B 7 - D 8 - A 9 - B

10 - A 11 - B 12 - E 13 - D 14 - C 15 - E 16 - C 17 - B 18 - B 19 - A 20 - E

QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES: exercícios sobre pontuação I (usos da vírgula) As questões a seguir foram extraídas de provas de língua portuguesa de diferentes concursos públicos. 1) O emprego da vírgula, nos segmentos destacados, marca ocorrência de aposto em a) “Já usei ‘outrossim’, acho que já usei até ‘deveras’...” b) “- se choram, criando o pânico.” c) “...prefiro chamar de informalidade, para não chamar de distração...” d) “...como copy desk, uma função que já deve ter sido substituída...” e) “Além de conhecimento e audácia, me falta convicção:...” 2) Sem melhorar a educação pública, milhões continuarão prisioneiros do assistencialismo, e as empresas, desassistidas. A respeito da pontuação do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. A segunda vírgula se justifica por separar sujeitos de orações diferentes. II. A terceira vírgula é caso de zeugma. III. Ao se retirar o E do período, no lugar da vírgula imediatamente anterior a ele seria melhor vir um ponto e vírgula. Assinale a) Se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. b) Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. c) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. d) Se todas as afirmativas estiverem corretas. e) Se nenhuma afirmativa estiver correta.

3) Assinale a alternativa em que está incorreta a pontuação. a) Como a gordura é mais leve do que a massa muscular, a substituição de músculos por tecido adiposo pode ocorrer sem alterações sensíveis no peso, conforme constaram os pesquisadores. b) No Brasil, o que se sabe é que, 43% da população estão acima do peso, segundo o “Mapa da Saúde do Brasileiro”, divulgado neste ano pelo Ministério da Saúde e pela USP (Universidade de São Paulo). c) Os principais componentes da fibra alimentar, que é encontrada em alimentos de origem vegetal, são celulose, hemicelulose, lignina, gomas, pectinas e inulina. d) Um dos principais riscos decorrentes da obesidade – tanto em seu conceito tradicional como na nova “obesidade do peso normal” – está relacionado à saúde cardiovascular. 4) As vírgulas foram usadas para separar um termo explicativo (aposto) na alternativa a) “Numa instituição religiosa como a Ordem Dominicana, há oitocentos anos o fim do mandato de um superior se traduz na demissão compulsória de todos por ele nomeados”. b) “Assim, evitam-se o continuísmo, do ponto de vista político, e o carreirismo, do ponto de vista administrativo”. c) “Na administração pública brasileira pode-se mapear, em detrimento do decoro, frondosas árvores genealógicas”. d) “Hoje, essa ‘economia das mercês’ explica a presença, no governo federal, de ministros que até ontem lhe faziam acirrada oposição e até o consideravam ‘o mais corrupto da história do Brasil’ (Mangabeira Unger)”. e) “Se nossos desmandos têm origem na colônia, isso não significa que nós, brasileiros, somos irremediavelmente macunaímicos, sem caráter”. 5) Considerando o valor explicativo e restritivo das orações adjetivas, só caberia empregar a vírgula no enunciado expresso na alternativa: a) “Existem jovens que não precisam se preocupar com sustento e permanecem fixados em uma dependência infantil”. b) “Um jovem é alguém que tem dificuldade em ter acesso aos atributos essenciais da idade adulta”. c) “Na abordagem construtivista, língua e leitura são examinadas como integrantes de um processo que se constrói por meio da interação entre educandos”. d) “Desde o início dos anos 80, o pedagogo e psicólogo espanhol Miguel Beraza permanece ligado à Faculdade de Ciências da Educação da Universidade de Santiago de Compostela na qual exerceu diversas funções administrativas”. e) “Uma escola reflexiva é uma comunidade de aprendizagem e um local onde se produz conhecimento sobre educação”. 6) O uso incorreto da vírgula, diminutivo da palavra latina virga (vara, chibata), já fustigou alguns leitores por estar no lugar errado ou porque o escritor esqueceu-se dela, causando problemas para a correta interpretação de um texto. Uma das normas para o uso correto da vírgula diz que: a) sujeito e predicado podem ser separados por vírgula, especialmente se o predicado vier antes do sujeito; b) apostos especificativos devem ser separados por vírgula; c) o vocativo, por ser um termo que não faz parte nem do predicado, nem do sujeito, deve ser sempre separado por vírgulas; d) um complemento pleonástico não exige vírgula; e) o uso da conjunção e libera a vírgula entre os núcleos do sujeito composto. 7) “Nos países pobres, nada menos que 5 fábricas de automóveis foram colocadas à venda nos dois últimos meses.” Escreva a frase acima na ordem direta: a) Nada menos que 5 fábricas de automóveis foram colocadas à venda nos dois últimos meses, nos países pobres; b) Nada menos que 5 fábricas de automóveis, nos países pobres, foram colocadas à venda nos dois últimos meses; c) Nos dois últimos meses, nos países pobres, nada menos que 5 fábricas de automóveis foram colocadas à venda; d) Nada menos que 5 fábricas de automóveis, nos países pobres, nos últimos dois meses, foram colocadas à venda;

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e) Nada menos que 5 fábricas de automóveis, nos dois últimos meses, foram colocadas à venda, nos países pobres. 8) Assinale a frase em que é correto o emprego da vírgula. a) Paulo Bernardo não confirmou a data em que o projeto de lei será encaminhado, e também não adiantou os valores percentuais do reajuste dos salários, dos servidores públicos federais. b) O prato ficou pronto em poucos minutos, e logo foi servido, por um garçom muito educado. c) Nenhum de nós esteve em Uruguaiana antes, e nem conhecia outras cidades fronteiriças. d) Apareceram buracos em todas as ruas, e, em poucos meses, a popularidade do prefeito despencou consideravelmente. e) Na próxima semana, iremos até sua sala, e, conjuntamente a comissão organizadora do evento, decidiremos o que fazer. 9) Assinale a alternativa correta quanto à pontuação. (Excetos do livro “A Semente da Vitória”, de Nuno Cobra, com adaptações) a) O problema é que a nossa sociedade colocou o homem num tal nível de competitividade, que o sono passou a ser um obstáculo. É preciso trabalhar, render muito, produzir mais: dormir passou a ser sinônimo de pura perda de tempo. b) O elogio é um ato de desprendimento e de confiança em si mesmo. Quando se sente superior elogia muito; quem se considera para baixo fica mais cioso desse ato de glória; quem nunca elogia talvez nem se encontre mais. c) Mesmo no verão a água deve ser ingerida em temperatura ambiente ou no máximo um pouquinho fresca. Água – ou qualquer outro líquido – gelada agride o organismo que trabalha para manter sua temperatura sempre igual. d) Não se justifica que, cumprida a etapa da caminhada leve, média e forte a pessoa continue só caminhando. Vai chegar uma hora em que se atinge uma evolução tão grande no processo cardiovascular que a caminhada apenas, já não basta. e) O esporte é uma verdadeira aula prática de convivência. Vale muito mais esse natural e simples processo de construção social, me que a pessoa aprende a interagir com o grupo e o meio de forma positiva e altamente construtiva do que mil aulas teóricas sobre a importância de respeitar os semelhantes e de se relacionar harmonicamente com eles. 10) Assinale a alternativa correta quanto à pontuação. (Trecho extraído do livro “O Ponto de Mutação”, de Fritjof Capra, com adaptações.) a) Existe um elemento-chave no vínculo entre o estresse e a doença, que ainda não é conhecido em todos os seus detalhes, mas que foi verificado por numerosos estudos, é o fato de que o estresse prolongado anula o sistema imunológico do corpo e suas defesas naturais contra infecções e outras doenças. b) Existe um elemento-chave, no vínculo entre o estresse e a doença que ainda não é conhecido em todos os seus detalhes, mas que foi verificado por numerosos estudos; é o fato de que o estresse prolongado anula o sistema imunológico do corpo e suas defesas naturais contra infecções e outras doenças. c) Existe um elemento-chave no vínculo entre o estresse e a doença que ainda não é conhecido em todos os seus detalhes, mas que foi verificado por numerosos estudos: é o fato de que o estresse prolongado anula o sistema imunológico do corpo e suas defesas naturais contra infecções e outras doenças. d) Existe um elemento-chave no vínculo entre o estresse e a doença, que ainda não é conhecido em todos os seus detalhes mas que foi verificado por numerosos estudos; é o fato de que o estresse prolongado anula o sistema imunológico do corpo, e suas defesas naturais contra infecções e outras doenças. e) Existe um elemento-chave no vínculo entre o estresse e a doença que ainda não é conhecido, em todos os seus detalhes mas que foi verificado por numerosos estudos: é o fato de que o estresse prolongado anula o sistema imunológico do corpo, e suas defesas naturais contra infecções e outras doenças. 11) Todas as vírgulas acrescidas, entre colchetes, aos períodos seguintes são de uso facultativo, exceto no que tange à alternativa: a) As rodas do veículo passaram sobre a sua cabeça[,] deixando um rastro de massa encefálica de alguns metros. b) Duas testemunhas afirmaram[,] que o ônibus vinha em grande velocidade. c) Aos gritos[,] uma mulher rompeu o cordão de isolamento e levantou o corpo do chão.

d) Esses motoristas de ônibus são[,] todos[,] uns assassinos, disse o perito, ainda bem que o local está perfeito, dá para fazer um laudo que nenhum rábula vai derrubar. e) Um medo, uma doença e um cansaço antigos, que não eram[,] apenas[,] daquele dia. 12) “O Tejo, rio de Portugal, é muito bonito.” Na oração acima, as vírgulas são empregadas para: a) separar o adjunto adverbial deslocado. b) separar o vocativo c) separar termos coordenados d) separar o aposto e) indicar elipse do verbo da oração 13) A pontuação está em conformidade com a norma culta em: a) Os Jogos Olímpicos, surgiram na Grécia quando os atletas criaram, a modalidade o arremesso de martelo. b) A atleta russa, Yelena Isinbayeva, ganhadora da medalha de ouro de salto com vara, teve uma excelente performance, nos últimos Jogos Olímpicos. c) Algumas modalidades de esportes: como o salto em altura, e o salto em distância têm, sua origem, no momento em que o homem primitivo lutava por sua subsistência. d) No futebol o jogador, deve tentar, vencer o adversário contudo precisa também de habilidade, e força física. e) O jogo de bola representa para o atleta uma atividade; que causa admiração não pela astúcia mas por ser, um brinquedo.

Gabarito:

1 - D 2 - D 3 - B 4 - E 5 - D 6 - C 7 - A 8 - D 9 - A

10 - C 11 - B 12 - D 13 - B

QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES: exercícios sobre pontuação II (SECRETARIA MUNICIPAL DE FAZENDA/RJ – 2010 – ESAF) 1 - Em relação à pontuação do texto, assinale a opção correta.

O Brasil voltou a registrar déficits elevados nas transações correntes com o exterior, que contabilizam o movimento de mercadorias, rendas e serviços, entre os quais remessa de lucros e dividendos, o pagamento e recebimento de juros, o turismo, os fretes, os seguros, os aluguéis de equipamentos, os royalties pelo uso de marcas e patentes, os direitos autorais etc. No passado, esse déficit provocaria grande apreensão entre os agentes econômicos. Agora, a divulgação desses dados sequer mexeu com as cotações no mercado de câmbio. A razão para essa mudança de comportamento dos mercados está na capacidade de a economia brasileira honrar seus compromissos no curto, médio e longo prazos.

(O Globo, Editorial, 29/7/2010.) (A) A vírgula após “exterior” justifica-se por isolar expressão que indica circunstância. (B) O emprego de vírgulas após “No passado” e “Agora” tem a mesma justificativa gramatical. (C) As vírgulas após “fretes”, “seguros” “aluguéis de equipamentos” isolam expressões apositivas. (D) O emprego de vírgulas após “mercadorias”, “juros”, “turismo” tem justificativas gramaticais diferentes. (E) A vírgula após “curto” justifica-se por isolar expressão explicativa subsequente. (CVM – 2010 – ESAF) 2 - Assinale a opção segundo a qual provoca-se incoerência entre os argumentos e/ou incorreção gramatical ao fazer a alteração sugerida na pontuação do texto.

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A institucionalização de alguns aspectos morais da sociedade é capaz de transformar completamente uma sociedade, é fato. Transformar certas atitudes e preceitos em hábitos nos leva ao passo contrário do questionamento e da capacidade de reinventar o cotidiano. Por aqui, potencializou-se no decorrer dos anos a necessidade de ostentação.

Patrimônio no Brasil se compreende como quantos carros, móveis e imóveis se possui. Pior, o brasileiro quer possuir esses bens ainda que seus pagamentos sejam arrastados durante anos, num ciclo completamente automatizado. Isso não é construir patrimônio. Pense que essa estratégia envolve diversos custos e que, para manter tal raciocínio vicioso, você precisará estar sempre se vendo assalariado ou com uma fonte fixa de renda. Não sou contra o emprego, sou contra a acomodação. Onde fica a qualidade de vida?

Seu maior patrimônio é você mesmo. Qualidade de vida é ter o que você merece, mas também ter responsabilidade e preparo para poder lutar pelo que merece. Qualidade de vida é gastar seu dinheiro com você, desde que você não entre em conflito com você mesmo. (Adaptado de Conrado Navarro. Educação financeira e qualidade de vida. http://dinheirama.com/blog/2007/09/19/educacao financeira-e-qualidadede-vida, acesso em 20 de outubro de 2010) (A) Reescrever o final do primeiro período do texto como: [...] uma sociedade; isso é fato. (B) Isolar por vírgulas a expressão “no decorrer dos anos”, do último período do 1º parágrafo. (C) Substituir a conjunção em “Pense que essa estratégia” (2º parágrafo) pelo sinal de dois pontos, escrevendo: Pense: essa estratégia. (D) Substituir a vírgula depois de “Pior” (2º parágrafo) pelo sinal de dois pontos. (E) Inserir um travessão antes de “ou com uma fonte” (2º parágrafo). Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Maldades contra Machado Entre os terríveis efeitos da crise econômica global está o de

prejudicar as festividades relativas ao centenário da morte de Machado de Assis, ocorrido na segunda-feira 29 de setembro, quando os mercados desabaram no mundo inteiro.

Não é a primeira vez, nem a segunda, que Machado de Assis se vê atropelado pelos eventos da economia.

A primeira humilhação mais fundamental teve a ver com o patrimônio que deixou para seus herdeiros. Em julho de 1898, temendo por sua saúde, escreveu um testamento, deixando para Carolina, sua esposa, entre outros bens, 7.000 contos em títulos da dívida pública do empréstimo nacional de 1895. Esses títulos entraram em moratória pouco antes da data desse testamento.

Em 1906, com a morte de Carolina, Machado escreveu um novo testamento, declarando possuir não mais 7, mas 12 apólices do empréstimo de 1895, ou seja, as sete originais mais títulos novos que recebeu pelos juros e principal não pagos.

A moratória perdurou até 1910, quando a nova herdeira, a menina Laura, filha de sua sobrinha, começou a receber juros. Em 1914, uma nova moratória interrompe os pagamentos até 1927, e novamente em 1931. Depois de alguns pagamentos em 1934, veio um “calote” completo em 1937. Nos 40 anos entre 1895 e 1935, menos de 18% do empréstimo foi amortizado, e os juros foram pagos apenas em 12 anos.

O Estado a que Machado serviu e honrou ao longo de sua vida devastou-lhe a herança, a pecuniária ao menos, com essa sucessão de “calotes”. E, a partir de 1943, quando os pagamentos foram retomados, a inflação funcionou como uma crueldade superveniente, pois os títulos não tinham correção monetária.

Como se não bastasse a desfeita, ou para tentar uma compensação, em 1987, resolvemos homenagear Machado de Assis em uma cédula de mil cruzados. A cédula foi colocada em circulação em 29 de setembro de 1987, exatos 79 anos da morte do escritor, e nesse dia valia pouco menos de US$ 20.

Em 16 de janeiro de 1989, em conseqüência do Plano Verão e da mudança do padrão monetário, Machado recebe um vergonhoso carimbo triangular cortando-lhe três zeros: a cédula agora correspondia a um cruzado novo, que nascia valendo cerca de US$ 1, conforme a cotação oficial. No “paralelo” valia bem menos.

Em 31 de outubro de 1990, depois de três anos de militância, a cédula com Machado deixa de circular por valer menos de um centavo de dólar. Só se pode imaginar o que Machado diria disso tudo.

(Gustavo Franco. Folha de São Paulo, 4 de outubro de 2008.) (SENADO FEDERAL – 2008 – FGV) 3 - A palavra “calote” (5º parágrafo) foi grafada entre aspas porque: (A) é uma palavra de uso informal.

(B) corresponde a um estrangeirismo. (C) é um neologismo. (D) está sendo usada fora do seu sentido habitual. (E) representa a fala de outra pessoa. A questão se seguir baseia-se no texto apresentado abaixo.

Caipiradas A gente que vive na cidade procurou sempre adotar modos de ser,

pensar e agir que lhe pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma pessoa está acostumada com o que é prescrito de maneira tirânica pelas modas – moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na dança, nos espetáculos, na gíria. A moda logo passa; por isso, a gente da cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como consequência, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que não mudaram tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrás e respondem a um cumprimento com certa fórmula desusada; que não sabem qual é o cantor da moda nem o novo jeito de namorar; quando entra em contato com gente assim, o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridícula.

Diz, ou dizia; porque hoje a mudança é tão rápida que o termo está saindo das expressões de todo dia e serve mais para designar certas sobrevivências teimosas ou alteradas do passado: músicas caipiras, festas caipiras, danças caipiras, por exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes, conhecemos não praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco.

Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral está mudando depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje, creio que não se pode falar mais de criatividade cultural no universo do caipira, porque ele quase acabou. O que há é impulso adquirido, resto, repetição – ou paródia e imitação deformada, mais ou menos parecida. Há, registre-se, iniciativas culturais com o fito de fixar o que sobra de autêntico no mundo caipira. É o caso do disco Caipira. Raízes e frutos, do selo Eldorado, gravado em 1980, que será altamente apreciado por quantos se interessem por essa cultura tão especial, e já quase extinta.

(Adaptado de Antonio Candido, Recortes) (TRT/16ª REGIÃO – FCC) 4 - Há justificativa para esta seguinte alteração de pontuação, proposta para o segmento final do primeiro parágrafo: (A) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer que é atrasada; e portanto, meio ridícula. (B) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer, que é atrasada, e, portanto, meio ridícula. (C) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e, portanto, meio ridícula. (D) o citadino diz: que ela é caipira, querendo dizer: que é atrasada, e portanto meio ridícula. (E) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer: que é atrasada, e portanto, meio ridícula. Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Zelosa com sua imagem, a empresa multinacional Gillette retirou a

bola da mão, em uma das suas publicidades, do atacante francês Thierry Henry, garoto-propaganda da marca com quem tem um contrato de 8,4 milhões de dólares anuais. A jogada previne os efeitos desastrosos para vendas de seus produtos, depois que o jogador trapaceou, tocando e controlando a bola com a mão, para ajudar no gol que classificou a França para a Copa do Mundo de 2010. (...)

Na França, onde 8 em cada dez franceses reprovam o gesto irregular, Thierry aparece com a mão no bolso. Os publicitários franceses acham que o gato subiu no telhado. A Gillette prepara o rompimento do contrato. O serviço de comunicação da gigante Procter & Gamble, proprietária da Gillette, diz que não.

Em todo caso, a empresa gostaria que o jogo fosse refeito, que a trapaça não tivesse acontecido. Na impossibilidade, refez o que está ao seu alcance, sua publicidade.

Segundo lista da revista Forbes, Thierry Henry é o terceiro jogador de futebol que mais lucra com a publicidade – seus contratos somam 28 milhões de dólares anuais. (...)

(Veja, 02.11.2009. Adaptado)

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(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 5 - Assinale a alternativa em que as vírgulas são empregadas pelos mesmos motivos por que são empregadas no trecho – O serviço de comunicação da gigante Procter & Gamble, proprietária da Gillette, diz que não. (A) Ao fundar uma igreja, ministros não pagam impostos, não prestam serviço militar. (B) Samodecus, médico do imperador Tibério, era originário da Arábia. (C) Os gregos, quando desejavam uma previsão, recorriam aos oráculos. (D) São livres a criação, a organização, a estruturação e a direção das igrejas. (E) O novo navio polar brasileiro, no dia de ontem, teve de voltar ao Brasil. Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Os eletrônicos “verdes” Vai bem a convivência entre a indústria de eletrônica e aquilo que é

politicamente correto na área ambiental. É seguindo essa trilha “verde” que a Motorola anunciou o primeiro celular do mundo feito de garrafas plásticas recicladas. Ele se chama W233 Eco e é também o primeiro telefone com certificado CarbonFree, que prevê a compensação do carbono emitido na fabricação e distribuição de um produto. Se um celular pode ser feito de garrafas, por que não se produz um laptop a partir do bambu? Essa ideia ganhou corpo com a fabricante taiwanesa Asus: tratase do Eco Book que exibe revestimento de tiras dessa planta. Computadores “limpos” fazem uma importante diferença no efeito estufa e para se ter uma noção do impacto de sua produção e utilização basta olhar o resultado de uma pesquisa da empresa americana de consultoria Gartner Group. Ela revela que a área de TI (tecnologia da informação) já é responsável por 2% de todas as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.

Além da pesquisa da Gartner, há um estudo realizado nos EUA pela Comunidade do Vale do Silício. Ele aponta que a inovação “verde” permitirá adotar mais máquinas com o mesmo consumo de energia elétrica e reduzir os custos de orçamento. Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da Comunidade do Vale do Silício, acredita que as tecnologias “verdes” também conquistarão espaço pelo fato de que, atualmente, conta pontos junto ao consumidor ter-se uma imagem de empresa sustentável.

O estudo da Comunidade chegou às mãos do presidente da Apple, Steve Jobs, e o fez render-se às propostas do “ecologicamente correto” – ele era duramente criticado porque dava aval à utilização de mercúrio, altamente prejudicial ao meio ambiente, na produção de seus iPods e laptops. Preocupado em não perder espaço, Jobs lançou a nova linha do Macbook Pro com estrutura de vidro e alumínio, tudo reciclável. E a RITI Coffee Printer chegou à sofisticação de criar uma impressora que, em vez de tinta, se vale de borra de café ou de chá no processo de impressão. Basta que se coloque a folha de papel no local indicado e se despeje a borra de café no cartucho – o equipamento não é ligado em tomada e sua energia provém de ação mecânica transformada em energia elétrica a partir de um gerador. Se pensarmos em quantos cafezinhos são tomados diariamente em grandes empresas, dá para satisfazer perfeitamente a demanda da impressora.

(Luciana Sgarbi, Revista Época, 22.09.2009. Adaptado) (CREMESP – 2011 - VUNESP) 6 - Em – Essa ideia ganhou corpo com a fabricante taiwanesa Asus: trata-se do Eco Book que exibe revestimento de tiras dessa planta. – o uso dos dois pontos introduz (A) um novo interlocutor. (B) uma citação. (C) uma dúvida. (D) uma interrogação. (E) uma explicação. Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Convivas de boa memória Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a

língua as publique. Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem boa memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.

Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras nem nomes, e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa de família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição. Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei ontem. Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e confusão.

E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os

olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas ideias finas me acodem então! Que de reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas, as suas árvores, os seus altares, e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.

É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.

(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora Scipione – 1994 – pág. 65) (DETRAN/RN – 2010 – FGV) 7 - No trecho: “É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo.” A utilização da vírgula se justifica por: (A) Isolar um termo circunstancial de modo. (B) Isolar um termo explicativo. (C) Separar termos enumerativos. (D) Separar um vocativo. (E) Isolar um termo circunstancial deslocado. Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Os dicionários de meu pai Pouco antes de morrer, meu pai me chamou ao escritório e me

entregou um livro de capa preta que eu nunca havia visto. Era o dicionário analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Ficava quase escondido, perto dos cinco grandes volumes do dicionário Caldas Aulete, entre outros livros de consulta que papai mantinha ao alcance da mão numa estante giratória. Isso pode te servir, foi mais ou menos o que ele então me disse, no seu falar meio grunhido. Era como se ele,cansado, me passasse um bastão que de alguma forma eu deveria levar adiante. E por um tempo aquele livro me ajudou no acabamento de romances e letras de canções, sem falar das horas em que eu o folheava à toa; o amor aos dicionários, para o sérvio Milorad Pavic, autor de romances-enciclopédias, é um traço infantil de caráter de um homem adulto.

Palavra puxa palavra, e escarafunchar o dicionário analógico foi virando para mim um passatempo. O resultado é que o livro, herdado já em estado precário, começou a se esfarelar nos meus dedos. Encostei-o na estante das relíquias ao descobrir, num sebo atrás da sala Cecília Meireles, o mesmo dicionário em encadernação de percalina. Por dentro estava em boas condições, apesar de algumas manchas amareladas, e de trazer na folha de rosto a palavra anauê, escrita a caneta-tinteiro.

Com esse livro escrevi novas canções e romances, decifrei enigmas, fechei muitas palavras cruzadas. E ao vê-lo dar sinais de fadiga, saí de sebo em sebo pelo Rio de Janeiro para me garantir um dicionário analógico de reserva. Encontrei dois, mas não me dei por satisfeito, fiquei viciado no negócio. Dei de vasculhar livrarias país afora, só em São Paulo adquiri meia dúzia de exemplares, e ainda arrematei o último à venda a Amazom.com antes que algum aventureiro o fizesse. Eu já imaginava deter o monopólio (açambarcamento, exclusividade, hegemonia, senhorio, império) de dicionários analógicos da língua portuguesa, não fosse pelo senhor João Ubaldo Ribeiro, que ao que me consta também tem um quiçá carcomido pelas traças (brocas, carunchos, gusanos, cupins, térmitas, cáries, lagartas-rosadas, gafanhotos, bichos-carpinteiros).

A horas mortas eu corria os olhos pela minha prateleira repleta de livros gêmeos, escolhia um a esmo e o abria a bel-prazer. Então anotava num Moleskine as palavras mais preciosas, a fim de esmerar o vocabulário com que embasbacaria as moças e esmagaria meus rivais.

Hoje sou surpreendido pelo anúncio desta nova edição do dicionário analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Sinto como se invadissem minha propriedade, revirassem meus baús, espalhassem ao vento meu tesouro. Trata-se para mim de uma terrível (funesta, nefasta, macabra, atroz, abominável, dilacerante, miseranda) notícia.

(Francisco Buarque de Hollanda, Revista Piauí, junho de 2010) (FAETEC/RJ – 2010 – CEPERJ) 8 - Quanto à pontuação empregada no texto, éincorreto afirmar que: (A) “Isso pode te servir, foi mais ou menos o que ele então me disse, no seu falar...” (meio do primeiro parágrafo) – as duas vírgulas podem ser substituídas por dois travessões (B) “...um bastão que de alguma forma eu deveria...” (meio do primeiro parágrafo) – podem-se usar vírgulas para destacar “de alguma forma” (C) “...eu nunca havia visto. Era o dicionário analógico...” (início do primeiro parágrafo) – o ponto pode ser substituído por dois pontos (D) “...livro de capa preta que eu nunca havia visto...” (início do primeiro parágrafo) – pode-se inserir uma vírgula depois da palavra “preta”, em determinar prejuízo semântico-sintático

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(E) “manchas amareladas, e de trazer na folha...” (final do segundo parágrafo) – a vírgula pode ser retirada sem prejuízo semântico-sintático Leia o texto a seguir para responder às próximas 2 questões.

O VOO DA ÁGUIA A Águia pode viver por 70 anos. Sabe por quê? A Águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a

viver 70 anos, mas, para chegar a essa idade, aos 40 ela tem de tomar um séria decisão.

É nessa fase da vida que ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontadas contra o peito estão suas asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e voar já é tão difícil...

A águia então tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que vai durar 150 dias. Esse processo de renovação consiste em voar para o alto de uma montanha e recolher-se em ninho próximo a um paredão onde não necessite voar.

Após encontrar esse lugar, a Águia começa a arrancar suas unhas. Quando começam a nascer as novas unhas, ela passa a arrancar as velhas penas. E, só cinco meses depois, sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.

Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação.

Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e velhos hábitos que nos causam dor.

Somente livres do peso do passado, podemos aproveitar o resultado valioso que a renovação sempre nos traz.

FONTE: Jornal carta, 09.05.2003 www.Tonoticias.jor.br (INSS – 2009 – FUNRIO) 9 - As vírgulas empregadas no trecho “Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e velhos hábitos que nos causam dor.” justificam-se, normativamente, porque (A) a primeira separa elementos de mesma função sintática, e a segunda separa termos empregados na ordem inversa. (B) a primeira separa termos empregados na ordem inversa, e a segunda isola expressões explicativas. (C) a primeira separa oração adverbial a iniciar o período, e a segunda separa elementos de mesma função sintática. (D) a primeira indica supressão de palavras, e a segunda isola expressões de cunho explicativo. (E) a primeira isola elementos de mesma função sintática, e a segunda demarca oração adverbial. (INSS – 2009 – FUNRIO) 10 - No texto, lê-se “Apontadas contra o peito estão suas asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e voar já é tão difícil...”. As reticências que encerram essa frase servem para (A) assinalar a inflexão emocional provocada pela cólera. (B) contrariar tudo o que foi mencionado anteriormente. (C) informar que o narrador está surpreso com o que constatou. (D) indicar que a idéia expressa será suprida pela imaginação do leitor. (E) realçar uma palavra ou uma expressão dita anteriormente.

GABARITO

1 - B 2 - C 3 - A 4 - C 5 - B 6 - E 7 - D 8 - D 9 - C

10 – D

QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES: exercícios sobre regência I (SENADO FEDERAL – 2008 – FGV) 1 - “O Estado a que Machado serviu...”

Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho acima, manteve-se adequação à norma culta. (A) O Estado que Machado necessitava... (B) O Estado de que Machado lembrava... (C) O Estado por que Machado ansiava... (D) O Estado à que Machado preferia... (E) O Estado que Machado se referia... (MP/RS – 2010 – FCC) 2 - A expressão pronominal em que preenche corretamente a lacuna da frase: (A) O aumento da frota de veículos, evidente em inúmeras cidades, pode afetar a qualidade do ar ...... se respira nessas regiões. (B) O controle da poluição do ar nas grandes cidades é um assunto ...... se trata em todas as discussões sobre o meio ambiente. (C) Seria necessário propiciar transporte de qualidade ...... a população das grandes cidades deixe seu carro na garagem. (D) Nas grandes cidades, ...... os moradores dependem de transporte coletivo eficiente, tem aumentado consideravelmente a frota de carros particulares. (E) O carro próprio, ...... sonham muitos brasileiros, tornou-se possível com a oferta de crédito e a isenção de impostos. (DETRAN/RN – 2010 – FGV) 3 - “Eu não atino com a das que enfiei ontem”; a utilização da preposição “com” nesse fragmento, é devida à presença do verbo “atinar”. A frase a seguir em que a preposição destacada está mal empregada é: (A) Azul é a cor de que mais gosto. (B) Essa é a menina de quem estamos falando. (C) Ela estará aqui em uma hora. (D) Esses são os retratos de que tiraram. (E) Essa é a história a que aludi. Leia o texto a seguir para responder à próxima questão

Pelo mundo afora, os jornais sentem a agulhada de uma conjunção de fatores especialmente desfavoráveis: a recessão mundial, que reduz os gastos com publicidade, e o avanço da internet, que suga anúncios, sobretudo os pequenos e rentáveis classificados, e também serve como fonte – em geral gratuita – de informações. Na Inglaterra, para sobreviver, os jornais querem leis menos severas para fusão e aquisição de empresas. Na França, o governo duplicou a verba de publicidade e dá isenção tributária a investimentos dos jornais na internet.

Mas em nenhum outro lugar a tormenta é tão assustadora quanto nos Estados Unidos. A recessão atropelou os dois maiores anunciantes – o mercado imobiliário e a indústria automobilística – e a evolução da tecnologia, com seu impacto sísmico na disseminação da informação, se dá numa velocidade alucinante no país. O binômio recessão-internet está produzindo uma devastação. Vários jornais, mesmo bastante antigos e tradicionais, fecharam suas portas.

O fechamento de um jornal é o fim de um negócio como outro qualquer. Mas, quando o jornal é o símbolo e um dos últimos redutos do jornalismo, como é o caso do New York Times, morrem mais coisas com ele. Morrem uma cultura e uma visão generosa do mundo. Morre um estilo de vida romântico, aventureiro, despojado e corajoso que, como em nenhum outro ramo de negócios, une funcionários, consumidores e acionistas em um objetivo comum e maior do que interesses particulares de cada um deles.

Desde que os romanos passaram a pregar em locais públicos sua Acta Diurna, o manuscrito em que informavam sobre disputas de gladiadores, nascimentos ou execuções, os jornais começaram a entrar na veia das sociedades civilizadas. Mas, para chegar ao auge, a humanidade precisou fazer uma descoberta até hoje insubstituível (o papel), duas invenções geniais (a escrita e a impressão) e uma vasta mudança social (a alfabetização). Por isso, um jornal, ainda que seja um negócio, não é como vender colírio ou fabricar escadas rolantes. (André Petry. Revista Veja, 29 de abril de 2009, pp. 90-93, com adaptações) (TRT/9ªREGIÃO – 2010 – FCC) 4 - Na França, o governo duplicou a verba de publicidade ... (1o parágrafo) O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que está grifado acima se encontra em: (A) ... e também serve como fonte – em geral gratuita – de informações. (B) Mas em nenhum outro lugar a tormenta é tão assustadora quanto nos Estados Unidos.

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(C) Vários jornais, mesmo bastante antigos e tradicionais, fecharam suas portas. (D) ... quando o jornal é o símbolo e um dos últimos redutos do jornalismo ... (E) Mas, para chegar ao auge ... Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

A busca por explicações para os diversos matizes da personalidade mobiliza a ciência e a filosofia desde a Antiguidade. Na Grécia, Hipócrates, o pai da medicina, descreveu quatro tipos de personalidade, de acordo com a presença de determinadas substâncias no organismo. No Renascimento e na era moderna, o debate se deu principalmente em torno do grau de responsabilidade que a natureza e o ambiente teriam na formação da personalidade. Por todo o século XX, muitos pensadores se agarraram à tese de que o ser humano é produto apenas do ambiente. Com frequência, esse posicionamento era uma reação à série de barbaridades cometidas nos Estados Unidos e em vários países da Europa com o intuito de promover limpezas étnicas – e evitar que ciganos, homossexuais ou quaisquer "indesejados" transmitissem seus genes aos seus descendentes. O apogeu dessa barbárie, evidentemente, ocorreu na Alemanha nazista.

A descoberta da estrutura do DNA, em 1953, e o mapeamento completo do genoma humano, em 2003, abriram um campo de exploração sem precedentes para entender as origens biológicas da personalidade. Hoje se sabe que os comportamentos dependem da interação entre fatores genéticos e ambientais. Além disso, as descobertas mais recentes nesse campo mostram que a influência dos hábitos e do estilo de vida de cada um na ação dos genes é maior do que se pensava. Pessoas com genes associados à depressão têm mais probabilidade de desenvolver a doença se forem expostas a eventos traumáticos durante a vida. Do mesmo modo, indivíduos com dificuldade no metabolismo do álcool não vão se tornar automaticamente abstêmios.

Devido à descoberta do gene do otimismo – uma variação do gene responsável pelo transporte da serotonina, neurotransmissor associado a sensações como o bem-estar e a felicidade –, a geneticista Mayana Zatz afirma: é possível que, de agora em diante, tenhamos de ser mais tolerantes com quem teima em ver apenas o lado negativo do mundo. Afinal, essa atitude, em parte, está nos genes.

(Adaptado de Leandro Beguoci. Veja, 6 de maio de 2009, p. 132-134) (TRT/7ªREGIÃO – 2009 – FCC) 5 - A busca por explicações para os diversosn matizes da personalidade ... (início do texto) A mesma regência assinalada acima NÃO está caracterizada na expressão: (A) na formação da personalidade. (B) produto apenas do ambiente. (C) uma reação à série de barbaridades. (D) em vários países da Europa. (E) a influência dos hábitos e do estilo de vida.

GABARITO

1 - C 2 - D 3 - D 4 - C 5 – D

QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES: exercícios sobre crase I (SECRETARIA MUNICIPAL DE FAZENDA/RJ – 2010 – ESAF) 1 - Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto. De todo navio que aporta no país são exigidos, em média, 112 documentos, com __1__ obrigatoriedade de serem fornecidas 935 informações. É um calhamaço de formulários com diversas vias __2__ serem remetidas__3__ órgãos diferentes e em duplicidade. Apenas no porto de Santos, o maior do país, __4__ burocracia exige, por ano, o preenchimento de 3.773.800 folhas, 17,4 toneladas de papel, segundo estimativa do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Por ser de navio que qualquer país faz __5__ maior parte das exportações e importações, conclui-se que__6__ burocracia é poderoso entrave ao comércio exterior brasileiro.

(O Globo, 27/7/2010, com adaptações)

1 2 3 4 5 6

(A) à a à à a a (B) a à a à à a (C) à à a a à a (D) a a à à a à (E) a a a a a a (SENADO FEDERAL – 2008 – FGV) 2 - Assinale a alternativa em que se tenha optado corretamente por utilizar ou não o acento grave indicativo de crase. (A) Vou à Brasília dos meus sonhos. (B) Nosso expediente é de segunda à sexta. (C) Pretendo viajar a Paraíba. (D) Ele gosta de bife à cavalo. (E) Ele tem dinheiro à valer. (TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRANRIO) 3 - Indique a opção em que o sinal indicativo de crase está corretamente usado. (A) Essa proposta convém à todos. (B) O governo aumentou à quantidade de subsídios. (C) A empresa considerou a oferta inferior à outra. (D) Ele está propenso à deixar o cargo. (E) Não vou aderir à modismos passageiros. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 4 - Na expressão distância a pé não se emprega o acento de crase no a. Isso acontece, pelo mesmo motivo, na alternativa: (A) É preciso comparecer a festas. (B) Vai pagar a perder de vista. (C) Gostava de andar a cavalo. (D) Viajou a Brasília. (E) Vai começar a viajar.

(CREMESP – 2011 - VUNESP) 5 - Assinale a alternativa correta quanto ao uso ou não do acento indicativo da crase. (A) Doenças ocasionadas pelo uso de pesticidas em alimentos podem levar a morte. (B) As pessoas são obrigadas à parar de comer alimentos com agrotóxicos. (C) Os dados da pesquisa da Anvisa referem-se a alimentos in natura. (D) A medida que as pesquisas avançam, mais testes com animais são feitos. (E) Os trabalhadores rurais devem se submeter à uma avaliação médica constante. Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Painel do leitor (Carta do leitor) Resgate no Chile

Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de salvamento de

vidas, após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile. Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso, mostrando

muita calma, saúde, sorrindo e cumprimentando seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina para ajudar no salvamento. (Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – painel do leitor – 17/10/2010) (DETRAN/RN – 2010 – FGV) 6 - No 2º§, em “ofereceram à equipe chilena de salvamento,...”, o emprego do acento grave: (A) É justificado pela regência de “ofereceram” e pela presença de artigo definido feminino antes de “equipe”. (B) É considerado facultativo por estar diante de substantivo coletivo. (C) Tem a mesma função em: “Eu não ia perder tempo com quem ganhou muito dinheiro à custa de mentiras”. (D) Antecede uma locução adverbial que expressa uma circunstância. (E) Não se manteria caso “ofereceram” fosse substituído por “deram”.

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(DETRAN/RN – 2010 – FGV) 7 - Assinale a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase: (A) O autor se comparou à alguém que tem boa memória. (B) Ele se referiu às pessoas de boa memória. (C) As pessoas aludem à uma causa específica. (D) Ele passou a ser entendido à partir de suas reflexões sobre a memória. (E) Os livros foram entregues à ele. (TRT/9ªREGIÃO – 2010 – FCC) 8 - A erupção de um vulcão provocou perdas ...... economia europeia bem superiores ...... trazidas pelos atentados terroristas de 2001, fato que obrigou a ONU ...... criar um plano internacional de redução dos riscos de acidentes. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: (A) a - aquelas - a (B) a - àquelas - à (C) à - aquelas - a (D) à - aquelas - à (E) à - àquelas – a (POLÍCIA CIVIL/SC – 2010 – ACAFE) 9 - Assinale a alternativa correta que preenche as lacunas da frase a seguir. ________ muitas mudanças neste projeto a serem sugeridas _____ construtora, principalmente quanto ______ regras do novo código de posturas municipais, mas o consenso entre você e o arquiteto pode identificar rapidamente ______ adaptações necessárias. (A) Deve haver - a - as - às (B) Deve haver - à - às - as (C) Devem haver - à - as - as (D) Devem haver - a - às – as (POLÍCIA CIVIL/SC – 2010 – ACAFE) 10 - Assinale a alternativa correta que preenche as lacunas da frase a seguir. “O vereador que reside ______ Rua Miguel Deodoro corre o risco de ter seu _________ _______ assim que o processo chegar _______ mãos do Presidente. (A) à - mandado caçado - as (B) à - mandato caçado - às (C) na - mandado cassado - as (D) na - mandato cassado – às

GABARITO 1 - E 2 - A 3 - C 4 - C 5 - C 6 - A 7 - B 8 - E 9 - B

10 - D