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Universidade do Algarve
Escola Superior de Educação e Comunicação
2.º Ano Desporto
Metodologia das Actividades Fisicas e Desportivas
Metodologia do Ensino da Vela
Cuidados a ter no manuseamento de uma embarcação a motor.
Abel Correia n.º 39377
12-10-2010
Introdução
Para este trabalho utilizou se como exemplo as embarcações motorizações baseadas nos
motores Fora de Borda. Uma vez que se tem vindo a verificar nos últimos anos uma
tendência crescente da indústria náutica apresentar nas suas gamas este tipo de
embarcações.
A manutenção, prevenção e manusamento da embarcação é descrita tendo em conta o
perfil de utilização para a embarcação e do tipo de actividade para a qual se pretende usar
a embarcação. Pesca Desportiva / Passeio / Desportos Náuticos (mergulho, ski náutico,
etc.) e os períodosde permanência a bordo da embarcação (Day Boat, Weekend Boat,
Holiday Boat).
Manutenção e Prevenção de uma embarcação
· Se embarcação no fim da época vai para seco, deve prever-se a preparação da mesma
para hibernação, bem como do motor. Aconselha-se uma lavagem completa do casco,
incluindo interiores, cabines, salão e de todos os aprestos marítimos e materiais a bordo,
retirar todos os alimentos e bebidas a bordo para serem consumidos dentro dos prazos de
validade e não se deteriorarem, guardar em lugar seco os materiais como fumígenos e
farmácia.
· Em relação aos sistemas eléctricos e motores os bornes dos cabos das baterias devem
ser desligadas das mesmas, o circuito de arrefecimento dos motores lavados
abundantemente com água doce e pontos como as ligações da direcção ao motor, sistema
de tilt/trim protegidos com massa de lubrificação.
· Antes do inicio da nova época a embarcação deve ser preparada para navegar sendo
fundamental ter em atenção as recomendações e conselhos do fabricante. Os planos de
manutenção e revisão do fabricante devem ser cumpridos. Mesmo que não tenham sido
atingidas o n.º de horas de motor previstas para revisão, deve-se substituir os óleos, filtros e
valvulinas, verificados os zincos e substituídos em caso de necessidade, verificado o bom
estado das velas e regularmente substituído o impeller do circuito de arrefecimento. Muitas
vezes dá-se pouca importância a este elemento, mas normalmente o custo não é elevado e
é fundamental para o não sobreaquecimento do motor.
· Para as embarcações que estão na água o ano todo é fundamental, antes do início do
período de maior utilização, efectuar os mesmos procedimentos, acrescidos de uma pintura
do casco / águas vivas com antifoulling que irá permitir uma menor resistência á agua e um
menor consumo.
Procedimentos básicos na utilização de motores Fora de Borda.
· Ligar os corta corrente da(s) bateria(s).
· Antes de por o motor a trabalhar ligar o exaustor (se existir) para esgotar possíveis
vapores de combustível na zona do tanque.
· Depois de baixar o motor (manualmente ou via Tilt/Trim eléctrico) e antes de dar á chave
ou ao start, dar uns apertos na pêra de combustível para ferrar o sistema, abrir o ar (se o
motor não for de injecção) e só depois ligar sem aceleração. Assim protege a bateria e o
motor de arranque.
· Depois do motor estar ligado deixá-lo trabalhar uns minutos antes de iniciar a navegação,
para que o motor atinja a temperatura ideal de trabalho, pois assim garantirá uma
longevidade muito superior ao seu motor.
· Verificar se o esguicho de água, mais conhecido como “mija, mija”, está a funcionar, pois é
um avisador que o circuito de água de arrefecimento do motor se está a efectuar.
· Verificar o nível de combustível e quando reabastecer verificar o bom funcionamento da
bóia de combustível. No caso dos motores a 2 tempos, fazer a mistura na percentagem
aconselhada pelo fabricante ou verificar no caso dos motores auto-lube se o depósito tem
óleo suficiente. Antes de inicializar a navegação deve garantir que tem combustível a bordo
que lhe permita efectuar todo o percurso previsto e ainda ter uma margem para possíveis
alterações. Como padrão de segurança deve, ao chegar de novo ao porto/marina, ter no
mínimo 25 a 30% do
combustível a bordo (reserva). Assim existe a garantia que qualquer contingência estará
salvaguardada.
· Ao iniciar a navegação, deve colocar-se o sistema de homem ao mar.
· Durante a navegação adequar a aceleração ás condições do mar e a um regime de
rotação que não esforce o motor e que permita uma economia de combustível. Por vezes,
por umas centenas de rotações a mais, os ganhos de velocidade são mínimos e o consumo
exponencialmente superior. No entanto deve-se, durante pequenos períodos, utilizar o
regime máximo do motor para que este se solte e possa, quando necessário, atingir a sua
melhor performance.
· Usar o sistema de trim para posicionar correctamente a embarcação em relação ao mar e
assim ter uma navegação mais confortável e económica.
· Se quiser desligar os motores no mar, para fundear ou ficar a pairar, antes de o fazer,
deve deixar, durante um período curto, o motor ao relantim. Só desligar o motor depois de
ter a certeza que a embarcação ficou correctamente fundeada.
· Se o período de paragem for prolongado deve-se proteger a bateria que arranca o motor,
desligando o corta corrente.
· Antes de tirar o ferro e depois de todos os ocupantes terem saído da água e estarem a
bordo, deve-se ligar o motor para, com a sua ajuda, permitir ao tripulante recolher o cabo /
corrente. Além disso, no caso de ter guincho eléctrico, não o esforçará em demasia. Ao
mesmo tempo, garante que no momento que a embarcação se solta, tem o motor a
funcionar para poder manobrar e controlar a mesma, iniciando o seu novo percurso em
segurança.
· Ao navegar, no caso de, um cabo ou uma arte de pesca ficar presa ao hélice, depois de a
libertar deve verificar se a hélice ao acelerar “patina” (possível desvulcanização da hélice).
Se tal se verificar deve-se tentar navegar ao relantim ou a uma rotação muito baixa até ao
porto mais próximo, pois poderá ainda garantir uma deslocação mínima e manobrar a
embarcação. Deve-se contactar as autoridades marítimas para ponderar um possível
reboque.
· Ao atracar ou ao tirar a embarcação da água deve-se prover a lavagem do circuito de
arrefecimento do motor com água doce. No motor existe um adaptador rápido para ligar a
mangueira e deve-se deixar durante uns momentos a água doce a circular. Este
procedimento feito com alguma regularidade permitirá menores custos de manutenção no
futuro e aumentar a longevidade do seu motor.
Cuidados a ter na montagem de motores Fora de Borda.
· Centragem e regulação da altura do motor em relação ao casco. Os manuais dos
fabricantes dos motores têm informação detalhada sobre esta questão.
· Isolar correctamente os parafusos de fixação do motor ao painel de popa, com selante
marítimo tipo sikaflex.
· Instalar cabos de comando de qualidade, com a dimensão correcta para a embarcação em
causa pois demasiado compridos ou no limite do comprimento, irão concerteza, no futuro,
originar problemas com o engate/desengate na caixa
de comandos.
· Com o sistema de direcção ter os mesmos cuidados e no caso de se optar por uma
direcção hidráulica purgar convenientemente o sistema.
· Na instalação eléctrica usar cabos com o diâmetro correcto e não fazer emendas nos
mesmos, além de proteger a(s) bateria(s) com, no mínimo, um corta corrente. É
fundamental para a segurança no mar que pelo menos uma bateria possa ser protegida
para garantir que, no caso de se ter estado com os motores desligados e com sistemas que
consomem energia ligados (rádio/cd, frigorífico, GPS/Chartplotter,
sondas, VHF, etc.), no momento de voltar a por a embarcação em movimento, haja a
energia mínima necessária para o motor pegar. Após pegar, o alternador do motor
carregará de novo as baterias.
· Intercalar um pré-filtro de gasolina entre o tanque de combustível e o motor de maneira a
salvaguardar possíveis passagens de combustível contaminado com água.
· Colocar o óleo aconselhado pelo fabricante e verificar níveis incluindo o da caixa de
engrenagens.
Bibliografia On-line
http://www.paredenautica06.guiadacidade.com/uploads/files/MOTORES_FORA_DE_BORDA.pdf