16
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE SUBSECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE COMISSÃO PERMANENTE DE PROTOCOLOS DE ATENÇÃO À SAÚDE __________________________________________________ *Os consultores preencheram o termo de conflito de interesses. Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS Página 1 Protocolo de Atenção à Saúde Cuidados Paliativos para o Paciente com Câncer Área(s): Núcleo de Cuidados Paliativos/Gerencia de Câncer/DIASE/SAS Consultor(es)*: [Equipe da Gerência do Câncer Portaria SES-DF Nº [00] de [data da portaria], publicada no DODF Nº [00] de [data da publicação]. 1- Metodologia de Busca da Literatura 1.1 Bases de dados consultadas Pubmed, Cochrane, Ebsco, BVS, manuais e tratados de cuidados paliativos. 1.2 Palavra(s) chaves(s) Cuidado Paliativo, Câncer, Oncológico, Terminalidade, Qualidade de Vida, Cuidados de Fim de Vida, Atenção Domiciliar, Hospice, Palliative Care, End-of-life Care, Cancer, 1.3 Período referenciado 10 anos. 2- Introdução Segundo Luiz Antonio Santini Rodrigues da Silva, Diretor-Geral do Instituto Nacional do Câncer (INCA), “o problema do câncer no Brasil ganha relevância pelo perfil epidemiológico que essa doença vem apresentando, e, com isso, o tema tem conquistado espaço nas agendas políticas e técnicas de todas as esferas de governo. O conhecimento sobre a situação dessa doença permite estabelecer prioridades e alocar recursos de forma direcionada para a modificação positiva desse cenário na população brasileira.” (35) Com base em estatísticas mundiais, estima-se que 56 milhões de pessoas morrem anualmente e que, destas, 33 milhões necessitariam de cuidados paliativos, ou seja, aproximadamente 59% das pessoas necessitam de cuidados paliativos no fim da vida. Por outra maneira de olhar, estima-se que mil doentes para cada grupo de um milhão estão em cuidados paliativos oncológicos ou não oncológicos. Estas terão qualidade de vida se receberem cuidado paliativo no período em que as doenças não mais respondem a terapêuticas curativas.

Cuidados Paliativos para o Paciente com Câncer

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE

SUBSECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE

COMISSÃO PERMANENTE DE PROTOCOLOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

__________________________________________________ *Os consultores preencheram o termo de conflito de interesses.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 1

Protocolo de Atenção à Saúde

Cuidados Paliativos para o Paciente com Câncer

Área(s): Núcleo de Cuidados Paliativos/Gerencia de Câncer/DIASE/SAS

Consultor(es)*: [Equipe da Gerência do Câncer

Portaria SES-DF Nº [00] de [data da portaria], publicada no DODF Nº [00] de [data da publicação].

1- Metodologia de Busca da Literatura

1.1 Bases de dados consultadas

Pubmed, Cochrane, Ebsco, BVS, manuais e tratados de cuidados paliativos.

1.2 Palavra(s) chaves(s)

Cuidado Paliativo, Câncer, Oncológico, Terminalidade, Qualidade de Vida, Cuidados

de Fim de Vida, Atenção Domiciliar, Hospice, Palliative Care, End-of-life Care, Cancer,

1.3 Período referenciado

10 anos.

2- Introdução

Segundo Luiz Antonio Santini Rodrigues da Silva, Diretor-Geral do Instituto Nacional

do Câncer (INCA), “o problema do câncer no Brasil ganha relevância pelo perfil

epidemiológico que essa doença vem apresentando, e, com isso, o tema tem conquistado

espaço nas agendas políticas e técnicas de todas as esferas de governo. O conhecimento

sobre a situação dessa doença permite estabelecer prioridades e alocar recursos de forma

direcionada para a modificação positiva desse cenário na população brasileira.” (35)

Com base em estatísticas mundiais, estima-se que 56 milhões de pessoas morrem

anualmente e que, destas, 33 milhões necessitariam de cuidados paliativos, ou seja,

aproximadamente 59% das pessoas necessitam de cuidados paliativos no fim da vida. Por

outra maneira de olhar, estima-se que mil doentes para cada grupo de um milhão estão em

cuidados paliativos oncológicos ou não oncológicos. Estas terão qualidade de vida se

receberem cuidado paliativo no período em que as doenças não mais respondem a

terapêuticas curativas.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 2

No âmbito da assistência aos pacientes com câncer, a importância dos cuidados

paliativos é formalmente reconhecida pela Portaria do Ministério da Saúde nº 2.439/GM, de

9 de dezembro de 2005, que institui a Política Nacional de Atenção Oncológica e determina,

em seu art. 1º, II, que se organize uma linha de cuidados que perpasse todos os níveis de

atenção (atenção básica e atenção especializada de média e alta complexidades) e de

atendimento (promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados

paliativos). O art. 3º da Portaria define como componentes fundamentais da Política

Nacional de Atenção Oncológica a atenção básica e especializada de média e alta

complexidade, fazendo referência expressa aos cuidados paliativos em seus incisos III e IV.

Além disso, encontra-se em fase de consulta pública minuta de portaria do Ministério

da Saúde que reestrutura a atenção oncológica no Brasil. A proposta dedica maior espaço e

trata com maior detalhamento a política voltada aos cuidados paliativos no âmbito do SUS.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “Cuidados Paliativos

constituem uma abordagem para promover a qualidade de vida dos pacientes no

enfrentamento de doenças que ameaçam a continuidade da vida, por meio da prevenção e

alívio do sofrimento. Isto requer a identificação da doença com seus agravos, avaliação e

tratamento da dor e de outros sintomas de natureza física, psicossocial e espiritual e o

acompanhamento das ações de familiares e cuidadores.” (38)

Os Cuidados Paliativos regem-se pelos seguintes princípios:

Defesa do direito natural à dignidade no viver e no morrer.

Alívio da dor e de demais sintomas.

Abordagem de equipe integrando cuidados fisiológicos, psicológicos, sociais e

espirituais.

Consolo para quem sofre, ainda que de forma silenciosa.

Respeito às crenças e à visão de mundo do paciente.

Compaixão.

Auxílio na debilidade

Individualização dos cuidados.

Respeito às reconciliações e crescimento em final de vida.

Ajuda no luto.

O Secretário de Estado de Saúde do Distrito Federal, Rafael de Aguiar Barbosa, na

apresentação do Plano de Ação da Rede Cegonha para o Distrito Federal, assim se

manifesta em relação à Secretaria de Saúde: “A Secretaria de Estado do Distrito Federal, em

consonância com as políticas do Ministério da Saúde (...) vem empenhando esforços

permanentes, para conformar uma rede de saúde organizada, integrada, eficiente e capaz de

responder às reais necessidades de saúde da população do DF”.

Continua: “Ampliar o potencial de resolução dos serviços públicos de saúde, por

intermédio da estruturação e adequação física das unidades, aliadas à reorganização dos

fluxos assistenciais (rede de referência e contra-referência) e também às estratégias de

capacitação dos servidores da SES são compromissos assumidos por esta gestão. Eles

impactam positivamente o alcance dos resultados desejados para o nosso sistema de saúde,

que é o de garantir a atenção integral e humanizada para todos os cidadãos do Sistema

Único de Saúde - SUS no DF.”

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 3

“A transformação para a definição de metas baseadas em resultados agrega mais

eficiência ao nosso sistema de saúde. A lógica da organização do sistema de saúde, por

meio da contratualização, imprime uma nova forma de gerir os serviços, seja nos aspectos

assistenciais ou de gestão.”

Os apelos para a atenção aos doentes em terminalidade de vida foram acolhidos

pela OMS, que desenvolveu as diretrizes da atenção em Cuidados Paliativos e as difundiu a

todos os países membros. No Brasil, houve eco no Congresso Nacional, Ministério da

Saúde, INCA, Fundação Osvaldo Cruz, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e

em várias organizações da sociedade. Na SES-DF, a atenção transdisciplinar em Cuidados

Paliativos deu seus primeiros passos em 2003, numa ação programática denominada

Programa Cuidar Sempre sob a responsabilidade do Núcleo de Cuidados Paliativos da

Gerência de Câncer/DIASE/SAS/SES-DF (NCP). A prestação de cuidados paliativos

desenvolve‐se com base nas necessidades identificadas dos doentes e familiares, desde os

períodos precoces do câncer, até o momento da terminalidade da vida e o apoio às famílias

enlutadas.

Tendo em vista a alta prevalência de câncer na população brasileira e do Distrito

Federal, a grande demanda por cuidados paliativos desde o diagnóstico até o final da vida, a

necessidade de se priorizar a qualidade de vida dos pacientes com câncer e a orientação de

promover a estruturação da saúde pública em redes organizadas, que integrem os diversos

níveis de atenção, estrutura-se este protocolo.

3- Justificativa

Neste momento, para a normatização dos serviços de cuidados paliativos no Distrito

Federal, existe apenas um protocolo em vigor na SES-DF, que abrange somente o fluxo de

pacientes e já está defasado em vista da atual demanda por esses serviços.

Com os dez anos de existência do Programa Cuidar Sempre, foi possível acumular

conhecimento e fazer um diagnóstico situacional da atenção em Cuidados Paliativos do

Distrito Federal. Essa experiência permite a construção de um protocolo mais abrangente,

que envolva fluxo e assistência, conforme orientação da Comissão Permanente de

Protocolos de Atenção à Saúde (CPPAS) da SES/DF.

Para a adequada assistência aos pacientes oncológicos em cuidados paliativos, a

rede de saúde deve contar com diversas modalidades de atendimento, a fim de conferir

atenção integral às necessidades dessas pessoas. Atualmente, a rede de atendimento do

Distrito Federal não conta com toda a estrutura necessária para a consecução dos objetivos.

Exemplos são a precariedade da integração entre a atenção primária e os cuidados

paliativos, especialmente no que tange à assistência domiciliar, e a falta de hospices ou de

estruturas em que se possa prestar assistência típica de hospices, nos casos em que a

permanência no domicílio não for razoável e não houver indicação de internação em

unidade hospitalar.

No entanto, o estabelecimento do presente protocolo, mesmo reconhecendo-se a

necessidade de ampliação da rede e otimização de recursos, constitui um importante

primeiro passo para a reorganização dos cuidados paliativos no Distrito Federal e o

lançamento das bases para discussões do cuidado integral de doentes crônicos.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 4

4- Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à

Saúde (CID-10)

Grupo C (Neoplasias malignas) e Z51.5 (Cuidado paliativo).

5- Diagnóstico Clínico ou Situacional

Os critérios para o diagnóstico e estadiamento de câncer são específicos para cada

neoplasia (história clínica, exames laboratoriais, exames de imagem e estudo

histopatológico). Os critérios para atenção em cuidados paliativos oncológicos não excluem

os pacientes ainda com possibilidade curativa, bastando que haja sinais e sintomas de difícil

controle e a possibilidade significativa de abreviação da vida em razão da doença.

Assim, todos os pacientes fora de possibilidade terapêutica curativa oncológica

deverão ser encaminhados para acompanhamento em cuidados paliativos, ainda que haja

proposta de acompanhamento concomitante pelo especialista oncológico. Caso o paciente

ainda tenha possibilidade de terapêutica oncológica curativa, poderá ser encaminhado para

acompanhamento em cuidados paliativos, sem prejuízo da terapêutica curativa, se o

especialista oncológico avaliar que a importância dos sinais e sintomas – físicos, psíquicos,

espirituais, familiares ou sociais – justifica a abordagem concomitante pelo paliativista,

visando, em última análise, promover a qualidade de vida do paciente.

Em qualquer dos casos, o paciente deverá ser incluído no Programa Cuidar Sempre,

por meio do preenchimento da ficha de cadastro própria (vide anexo), que deverá ser

firmada pelo médico assistente e por membro da equipe multiprofissional de cuidados

paliativos.

6- Critérios de Inclusão

Para a inclusão do paciente no Programa Cuidar Sempre, a fim de receber cuidados

paliativos oncológicos, deverão ser apresentados os seguintes documentos:

a) Prova do diagnóstico de câncer

b) Relatório da avaliação oncológica por especialista, contendo histórico do

tratamento até o momento do encaminhamento e proposta terapêutica

c) Encaminhamento pelo médico assistente para o Programa Cuidar Sempre

7- Critério de Exclusão

Recusa voluntária do paciente ou de seu responsável legal.

8- Conduta

8.1 Conduta Preventiva

Atenção conjunta com o tratamento curativo, se ainda houver proposta nesse

sentido.

Orientação às famílias sobre cuidados, nutrição, manejo de sintomas, higiene,

observação de possíveis complicações e intercorrências.

Educação para a morte.

Abordagem de riscos sociais, familiares, econômicos, espirituais.

Orientação sobre diretivas antecipadas e objetivos de cuidado.

8.2 Tratamento Não Farmacológico

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 5

Deverá ser específico às necessidades de cada paciente e compreende: fisioterapia,

psicoterapia, terapia ocupacional, oxigenoterapia, terapia transfusional, paracentese,

nutrição enteral, mudanças nos hábitos alimentares, atividades físicas, acupuntura, práticas

integrativas na saúde, medidas preventivas para evitar agravamentos, inclusive radioterapia

e tratamentos cirúrgicos, como colostomia, gastrostomia, traqueostomia, cistostomia ou

nefrostomia.

8.3 Tratamento Farmacológico

O tratamento farmacológico será individualizado e dependerá do diagnóstico

específico e da sintomatologia, sendo as seguintes opções terapêuticas mais comumente

utilizadas em cuidados paliativos:

Analgésicos comuns e anti-inflamatórios.

Opioides.

Corticosteroides.

Anti-eméticos.

Anti-histamínicos.

Anti-psicóticos.

Anti-depressivos.

Anti-convulsivantes.

Anti-colinérgicos.

Ansiolíticos.

Hipnóticos.

Diuréticos.

Laxativos e anti-diarreicos.

Protetores de mucosa gástrica.

Bifosfonados.

Antimicrobianos.

Quimioterápicos, hormonioterápicos e radiofármacos.

Fitoterapia.

Homeopatia.

8.3.1 Fármacos

Serão indicados fármacos com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(Anvisa) cuja utilização seja fundamentada em suficiente evidência na literatura científica, e

para os quais haja estudos que justifiquem sua indicação no que tange à relação custo-

efetividade.

8.3.2 Esquema de Administração

A administração de fármacos será regida pelos seguintes princípios:

Preferência pela via oral (pela boca).

Tratamento da dor e outros sintomas em intervalos regulares (pelo relógio).

Previsão de tratamento da dor episódica e outras agudizações.

Considerar uso da hipodermóclise quando a via oral não for possível

(conscientização e treinamento das equipes).

Uso de medicação por via inalatória, transdérmica e retal, quando disponível.

Uso de medicação endovenosa somente no contexto hospitalar ou sob

supervisão profissional permanente.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 6

Proscritos esquemas terapêuticos fúteis.

8.4. Tempo de Cuidados Paliativos – Critérios de Interrupção

Recusa do paciente ou do responsável legal.

Cura, com remissão completa de sintomas.

Morte.

8.5 Benefícios Esperados

Melhora da qualidade de vida do paciente e dos familiares.

Controle da dor e dos sintomas físicos e psíquicos.

Equilíbrio espiritual, familiar e social.

Manutenção da autonomia e da independência do paciente, tanto quanto

possível.

Tranquilidade e dignidade no viver e no processo de morrer.

Respeito à vontade e à autonomia do paciente, estimulando-se a elaboração

de diretivas antecipadas e a definição prévia de objetivos de cuidado.

Condução adequada do luto.

Otimização dos recursos públicos dedicados ao paciente em cuidados

paliativos.

9- Monitorização

Questionários de satisfação, de qualidade de vida, de autonomia, de

esclarecimento e de controle de sintomas, aplicados aos pacientes e às

famílias.

Questionários direcionados aos profissionais de saúde dedicados aos

cuidados paliativos.

Monitoramento de indicadores de qualidade dos serviços:

Dimensão Indicador

Oferta

(recursos de pessoal e

capacidade de atendimento)

Médicos paliativistas / 1000 habitantes

Internações domiciliares / 1000 habitantes

Leitos hospitalares / 1000 habitantes

SACPs /1000 habitantes

Acesso / utilização dos serviços

de saúde

Internações hospitalares/100 habitantes

Internações domiciliares /100 habitantes

Taxa de consultas médicas em Regional

Taxa de consultas de enfermagem em Regional

Consultas médicas /óbitos em Cuidados Paliativos

Oncológicos/ano

Qualidade

Taxa de morfina ambulatorial e em domicílio

Taxa de opióides ambulatoriais e em domicílio

Taxa de opióides hospitalares

Permanência em internação hospitalar (dias)

Permanência em internação domiciliar (semanas)

Índice de participantes / reuniões científicas

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 7

Situação do Cuidado Integral

Taxa óbitos até quinze dias do cadastramento

Taxa óbitos até três meses do cadastramento

Taxa óbitos domiciliares

Total de óbitos em Cuidado Integral” por ano

Total de atendimentos por especialidade / ano

10- Acompanhamento Pós-Tratamento

A avaliação da resposta ao tratamento antineoplásico paliativo é baseada na

observação clínica e não pode ser feita exclusivamente por critérios radiológicos. Efetuar

exame clínico ambulatorial no mínimo a cada três meses no primeiro ano, quadrimestral no

segundo ano, semestral no terceiro ano e anual após, por toda a vida do doente.

Os exames laboratoriais e de imagem devem ser solicitados em bases individuais, de

acordo com sintomas e sinais notados durante o acompanhamento.

11- Fluxograma

Configuração da rede de cuidados paliativos:

Serviços de Cuidados Paliativos integrados com a Estratégia de Saúde da

Família (ESF), especialmente no que tange à atenção domiciliar, devendo as

equipes ser adequadamente capacitadas para prestar esses cuidados.

Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar (NRADs), prestando assistência

direta aos pacientes e fazendo o matriciamento das equipes de saúde da

família.

Ambulatório de cuidados paliativos no HBDF, HAB e hospitais regionais.

Serviços de internação hospitalar em cuidados paliativos.

Hospital-dia, para realização de medidas terapêuticas breves e regulares, que

precisam ser realizadas em estrutura hospitalar, mas sem necessidade de

hospitalização do paciente.

Hospices, estruturas intermediárias para internação em cuidados paliativos,

nos casos em que a permanência em domicílio ou em internação hospitalar

implicar perda de qualidade de vida para o paciente.

Unidades de Pronto Atendimento e Serviços de Pronto Atendimento do HBDF

e dos Hospitais Regionais.

Serviços de internação especializada, para tratamento paliativo: radioterapia,

oncologia clínica ou cirúrgica.

Serviços de terapia intensiva e semi-intensiva, para resolução de

intercorrências graves potencialmente reversíveis, conforme protocolos

próprios dessas unidades e quando não implicar obstinação terapêutica ou

distanásia.

Estruturas de promoção de educação continuada, atualização e capacitação,

dos profissionais envolvidos com cuidados paliativos, dos familiares,

cuidadores e voluntários.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 8

O fluxo previsto neste protocolo pode ocorrer, ainda que de forma incompleta, no

âmbito da estrutura atual da SES/DF. No entanto, para que ocorra de forma plena, depende

de aprimoramentos estruturais, que envolvem principalmente dois aspectos: integração

adequada da estratégia de saúde da família com as ações de cuidados paliativos, e o

estabelecimento de hospices, inexistentes na atual estrutura organizacional.

A integração das equipes de saúde da família à assistência ao paciente em cuidados

paliativos depende da capacitação de seus profissionais, para que tenham segurança,

qualidade e resolutividade na assistência, bem como do trabalho em conjunto com os

ambulatórios de cuidados paliativos e com os NRADs, que participarão do matriciamento

das equipes e promoverão a internação domiciliar, quando necessário.

Essa integração é imprescindível, especialmente considerando que o profissional de

saúde da família é o que melhor conhece e o que está mais próximo do doente em seu

contexto familiar e social, sendo certo que seus cuidados, suas orientações e seu

acompanhamento aumentam o tempo de permanência no domicílio e diminuem a freqüência

de intercorrências, a necessidade de visitas a unidades de saúde e as indicações de

internação, promovendo, assim, a qualidade de vida.

A implantação de hospices ou de estruturas que ofereçam serviços típicos de

hospice é importante para proporcionar assistência adequada a pacientes cuja qualidade de

vida possa ser comprometida pela permanência no domicílio, e cuja internação hospitalar

não seja indicada. Os hospices são estruturas intermediárias, de pequeno porte e de custo

significativamente menor que as unidades hospitalares, e contarão com equipe permanente

de enfermagem, trabalho do voluntariado, apoiados pela equipe multiprofissional do Hospital

de Apoio de Brasília.

Fluxo de pacientes com indicação de cuidados paliativos oncológicos na rede

SES/DF:

11.1. Doente com neoplasia maligna confirmada, estando em domicílio, assistido por

médico oncologista, radioterapeuta ou cirurgião oncológico, em tratamento ou com

proposta de terapêutica curativa:

11.1.1. Manutenção do acompanhamento ambulatorial pelo médico assistente no CACON

ou UNACON.

11.1.2. Acompanhamento concomitante pelo Serviço Ambulatorial de Cuidados Paliativos

(SACP) da Regional, do HBDF ou do HAB.

11.1.3. Acompanhamento pela equipe de saúde da família.

11.1.4. Atendimento e internação em serviços de pronto-atendimento, em caso de urgência

ou emergência.

11.1.5. Atenção domiciliar pelo NRAD, se necessário.

11.1.6. Hospitalização em CACON ou UNACON, se sobrevier indicação de internação.

11.1.7. Internação em UTI conforme protocolo próprio.

11.2. Doente com neoplasia maligna confirmada, estando em domicílio, assistido ou

não por médico oncologista, radioterapeuta ou cirurgião oncológico, sem

possibilidade de terapêutica curativa:

11.2.1. Acompanhamento pelo SACP da Regional, do HBDF ou do HAB.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 9

11.2.2. Acompanhamento pelo oncologista clínico, radioterapeuta ou cirurgião oncológico,

em caso de indicação de quimioterapia antineoplásica paliativa, radioterapia paliativa ou

procedimento cirúrgico paliativo.

11.2.3. Acompanhamento pela equipe de saúde da família.

11.2.4. Atenção domiciliar pelo NRAD.

11.2.5. Internação em hospice.

11.2.6. Hospitalização no HAB ou em outro serviço com internação especializada em

cuidados paliativos.

11.2.7. Atendimento e internação em serviços de pronto atendimento.

11.2.8. Internação em UTI conforme o protocolo próprio.

11.3. Doente internado em Hospital Regional ou no HBDF, que recebe confirmação

diagnóstica de neoplasia maligna durante a internação:

11.3.1. Encaminhamento ou transferência a CACON ou UNACON.

11.4. Doente com neoplasia maligna confirmada, internado em UPA ou em serviço de

pronto atendimento hospitalar, com proposta de tratamento curativo ou sem definição

acerca de tratamento curativo:

11.4.1. Transferência a CACON ou UNACON.

11.5. Doente com neoplasia maligna confirmada, internado em UPA, em hospital

regional ou no HBDF, sem possibilidade de terapêutica curativa, em condição de alta

hospitalar:

11.5.1. Acompanhamento pela equipe de cuidados paliativos da unidade ou do HAB.

11.5.2. Encaminhamento ao SACP da regional ou do HAB.

11.5.3. Encaminhamento a NRAD.

11.5.4. Acompanhamento pela equipe de saúde de família.

11.6. Doente com neoplasia maligna confirmada, internado em UPA, em hospital

regional ou no HBDF, sem possibilidade de terapêutica curativa, sem indicação de alta

hospitalar e aguardando procedimento cirúrgico, radioterápico ou quimioterápico a

ser realizado em regime de internação:

11.6.1. Transferência a CACON ou UNACON, para radioterapia ou quimioterapia paliativa.

11.6.2. Transferência à unidade de cirurgia responsável pelo procedimento.

11.7. Doente com neoplasia maligna confirmada, internado em UPA, em hospital

regional ou no HBDF, sem possibilidade de terapêutica curativa, sem indicação de alta

hospitalar e não aguardando procedimento cirúrgico, radioterápico ou quimioterápico

a ser realizado em regime de internação:

11.7.1. Transferência ao HAB.

11.8. Doente internado em CACON ou UNACON, sem possibilidade de tratamento

curativo, em condição de alta hospitalar:

11.8.1. Acompanhamento pelo SACP da Regional ou do HAB.

11.8.2. Acompanhamento por CACON ou UNACON, em caso de indicação de quimioterapia

antineoplásica paliativa ou radioterapia paliativa ou procedimento cirúrgico paliativo.

11.8.3. Internação em hospice.

11.8.4. Internação domiciliar (cuidados do NRAD).

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 10

11.8.5. Acompanhamento pela equipe de saúde da família.

11.9. Doente internado em CACON ou UNACON, sem possibilidade de tratamento

curativo, sem condição de alta hospitalar:

11.9.1. Transferência ao HAB.

11.10. Doente internado no Hospital de Apoio de Brasília, recebendo alta:

11.10.1. Acompanhamento pelo SACP da Regional ou do HAB.

11.10.2. Acompanhamento por CACON ou UNACON, em caso de indicação de

quimioterapia antineoplásica paliativa ou radioterapia paliativa ou procedimento cirúrgico

paliativo.

11.10.3. Internação em hospice.

11.10.4. Internação domiciliar (cuidados do NRAD).

10.5. Acompanhamento pela equipe de saúde da família.

11.11. Doente em domicílio, albergue ou desabrigado, apresentando quadro clínico de

neoplasia maligna avançada, sem diagnóstico confirmado e sem assistência

especializada, admitido em serviço de pronto atendimento, com indicação de

internação hospitalar.

11.11.1. Cuidados emergenciais da equipe de pronto atendimento para alívio da dor e dos

demais sintomas presentes.

11.11.2. Transferência a CACON ou UNACON.

11.12. Doente em domicílio, albergue ou desabrigado, apresentando quadro clínico de

neoplasia maligna avançada, sem diagnóstico confirmado e sem assistência

especializada, que é admitido em serviço de pronto atendimento, sem indicação de

internação hospitalar.

11.12.1. Cuidados emergenciais da equipe de pronto atendimento para alívio da dor e dos

demais sintomas presentes.

11.12.1. Encaminhamento a CACON ou UNACON, para definição diagnóstica e terapêutica.

11.12.2. Encaminhado ao SACP da Regional, do HBDF ou do HAB.

11.10.3. Encaminhamento ao NRAD para internação domiciliar.

11.10.4. Acompanhamento pela equipe de saúde da família.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 11

Fluxograma de cuidados paliativos para o doente com câncer diagnosticado e confirmado.

Legenda: SACP – Serviço Ambulatorial de Cuidados Paliativos NRAD – Núcleo Regional de Atenção Domiciliar UPA/PS – Unidade de Pronto Atendimento (SAPS) PS – Pronto Socorro (hospitalar)

HAB – Hospital de Apoio de Brasília ESF – Estratégia de Saúde da Família UTI – Unidade de Tratamento Intensivo CACON – Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia UNACON – Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia

Doente com câncer

diagnosticado e confirmado

Fora de

possibilidade

de tratamento

curativo?

Ambulatório

de CACON ou

UNACON

+

SACP

NRAD

ESF

UPA/PS

UTI

Não

Indicada

internação? Não

SACP

Hospice

NRAD

ESF

UPA/PS

UTI

Reabilitação

Sim

Não

HAB

Sim

Alta?

Internação em CACON/UNACON

Sim

Não

Sim

Aguarda

procedimento?

Sim

Indicada

internação?

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 12

12- Regulação/Controle/Avaliação pelo Gestor

Doentes adultos com diagnóstico de neoplasia maligna devem ser exclusivamente

atendidos em hospitais habilitados como Centro de Assistência de Alta Complexidade em

Oncologia (CACON), Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia

(UNACON) ou em hospital com porte tecnológico suficiente para diagnosticar, tratar e

realizar o seu monitoramento clínico, que seja habilitado para prestar assistência oncológica

pelo SUS-DF. O fluxo do paciente da oncologia clínica e da radioterapia encontra-se sob

regulação pela Direg da SES-DF.

Ações de controle e avaliação incluem, entre outras: a manutenção atualizada do

Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES), o cadastro do paciente no

Programa Cuidar Sempre, a autorização prévia dos procedimentos e o monitoramento da

produção dos procedimentos.

13- Termo de Esclarecimento e Responsabilidade – TER

Não se aplica.

14- Referências Bibliográficas

(1) GOLDSTEIN, Nathan, e MORRISON, Sean. Evidence Based Practice of

Palliative Medicine. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2013.

(2) SANTOS, Franklin Santana (org.). Cuidados Paliativos. Diretrizes,

humanização e alívio de sintomas. São Paulo: Atheneu, 2011.

(3) ______. Cuidados Paliativos. Discutindo a Vida, a Morte e o Morrer. São

Paulo: Atheneu, 2009.

(4) Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Manual de cuidados paliativos. 1 ed. Rio

de Janeiro: Diagraphic, 2009. 320 p.

(5) OLIVEIRA, Reinaldo Ayer (Coord.) Cuidado Paliativo. São Paulo: Conselho

Regional de Medicina do Estado de São Paulo, 2008. 689 p.

(6) SMITH, T. J. COYNE, P. J., CASEEL, J B. Cassel. Practical guidelines for

developing new palliative care services: resource management. Annals

of Oncology 23 (Supplement 3): iii70–iii75. [S.I.: s.n.], 2012.

(7) LOKE, S. S., RAU K. M., HUANG C. F. Impact of combined hospice care on

terminal cancer patients. J Palliat Med. 2011 Jun;14(6):683-7. [S.I.]:

Epub, 2011.

(8) BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Cuidados paliativos

oncológicos: controle de sintomas. Rio de Janeiro: INCA, 2001. 130p.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 13

(9) BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Cuidados paliativos

oncológicos: controle da dor. Rio de Janeiro: INCA, 2001. 124p.

(10) BRASIL. Ministério da Saúde. SAS. Manual de Orientações Técnicas. Sistema de

Informação Hospitalar. Brasília/DF, novembro de 2006.

(11) BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução CNS nº 260, de 04/12/1997:

Recomenda a formação de grupo de trabalho para estudar a criação de

Programa Nacional de Educação Continuada em Dor e Cuidados Paliativos para

Profissionais de Saúde;

(12) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 44 de 10/01/2001 – Define regime

de Hospital-dia para diversas doenças e condições.

(13) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 19, de 03/01/2002 - Institui o

Programa Nacional de Assistência à Dor e Cuidados Paliativos, do Sistema

Único de Saúde – SUS.

(14) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 1101, de 12/06/2002 - Define os

Parâmetros de Cobertura para Assistência Hospitalar.

(15) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 1.318, de 23/07/2002 – Estabelece

os opiáceos como medicamentos excepcionais, no âmbito do SUS.

(16) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 1.319 de 23/07/2002 –

Regulamenta o credenciamento de Centros de Referência em Tratamento da

Dor Crônica, sendo que entre eles ficam incluídos, automaticamente, todos os

CACON credenciados e por credenciar.

(17) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2.439 de 8/12/2005 – Institui a

Política Nacional de Atenção oncológica: promoção, prevenção, diagnóstico,

tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, a ser implantada em todas as

unidades federadas respeitadas as competências das três esferas da gestão.

(18) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2.577 de 13/11/2006 – Aprova o

Componente de Medicamentos de Dispensação Excepcional, como parte da

Política Nacional de Assistência Farmacêutica do SUS.

(19) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 3.150 de 12/12/2006 - Institui a

Câmara Técnica em Controle da Dor e Cuidados Paliativos.

(20) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2981 de 29/11/2009 - Aprova o

“Componente Especializado da Assistência Farmacêutica”.

(21) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SAS/MS nº 34 de 04/02/1999 - Intercorrências

de Paciente Oncológico.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 14

(22) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SAS/MS nº 472 de 24/07/2002 – Estabelece

as normas de credenciamento de Centros de Referência em Tratamento da Dor

Crônica.

(23) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SAS/MS nº 859 de 02/11/2002 - Aprova o

“Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas” para uso de opiáceos no alívio da

dor crônica – codeína, morfina e metadona.

(24) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SAS/MS nº 741 de 19/12/2005 – Definem as

Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), os

Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) e os

Centros de Referência de Alta Complexidade em Oncologia e suas aptidões e

qualidades e inclui outras providências.

(25) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SAS/MS nº 768 de 26/10/2006 – Define novos

modelos de laudo para solicitação/autorização de medicamentos de dispensação

excepcional – LME.

(26) DISTRITO FEDERAL. Secretaria de Estado de Saúde. Portaria SES-DF nº 26 de

16/03/2011 – Normas e diretrizes da referência e contra referência.

(27) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2.029 de 24/08/2011 - Institui a

Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

(28) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2527 de 27/10/2011 - Redefine a

Atenção Domiciliar.

(29) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 1.533 de 16/07/2012 – Altera a

Portaria GM/MS nº 2527.

(30) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SAS/MS nº 1083 de 02/10/2012 - Aprova o

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dor Crônica.

(31) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 874 de 16/05/2013 - Institui a

Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à

Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de

Saúde (SUS).

(32) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 875 de 16/05/2013 - Estabelece as

regras e os critérios para apresentação e aprovação de projetos no âmbito do

Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON) e do Programa

Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência

(PRONAS/PCD).

(33) OPAS. Medindo as desigualdades em saúde no Brasil: uma proposta de

monitoramento. Solon Magalhães Viana [et al.] – Brasília: Organização Pan-

americana da Saúde, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2001. 224p.

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 15

(34) Manual de Tratamento da Dor. Editora Manole Ltda. São Paulo: 1ª Edição – 2009

(35) BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2012:

Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2011. 118p.

(36) FLORIANI, Ciro Augusto e SCHRAMM, Fermin Roland. Desafios morais e

operacionais para inclusão dos cuidados paliativos na rede de atenção

básica. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz.

(37) BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Rede Cegonha.

(38) OMS. Palliative Care (Cancer control: knowledge into action : WHO guide for

effective programmes; module 5.). World Health Organization. II.Series. 2007.

(39) CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 1.995, de 31 de agosto

de 2012 - Dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes,

sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que

estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, seu desejo

(testamento vital).

(40) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2.809, de 07/12/2012 - Estabelece

a organização dos cuidados prolongados para retaguarda à rede de atenção às

urgências e emergências (RUE) e às demais redes temáticas de atenção à

saúde no âmbito do sistema único de saúde (SUS). Os cuidados prolongados

poderão se organizar sob a forma de Unidade de Internação em Cuidados

Prolongados como serviço dentro de um Hospital Geral ou Especializado (UCP)

ou de Hospital Especializado em Cuidados Prolongados (HCP).

(41) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 876, de 16.05.2013 –

Dispõe sobre a aplicação da Lei nº 12.732, de 22 de novembro de 2012, que

versa a respeito do primeiro tratamento do paciente com neoplasia maligna

comprovada, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF - CPPAS

Página 16

ANEXO

FICHA DE CADASTRO NO PROGRAMA CUIDAR SEMPRE

IDENTIFICAÇÃO Cartão SUS CPF Mat Nome: Mãe: Pai: Nasc.: / / Sexo: ( ) Masc ( ) Fem Endereço: Ocupação: Religião: Município/Regional: CEP: Acompanhantes: Fones:

DIAGNOSTICO – LESÕES – COMORBIDADES – ESTOMAS - DRENOS Sítio: Histopatologia: Estadiamento: CID: Extensão: ( ) Local ( ) Fígado ( ) Pulmão ( ) Osso ( ) SNC ( ) Gânglios ( ) Ascite ( ) Derrame pleural ( ) Anasarca ( ) Diabetes ( ) Cardiopatia ( ) Hipertensão arterial ( ) Nefropatia ( ) TVP ( ) Pneumopatia ( ) HIV ( ) Ferida oncológica ( ) Ulcera de pressão ( ) Traqueostomia ( ) Colostomia ( ) Gastrostomia/jejunostomia ( ) Cistostomia ( ) Outro:

TERAPÊUTICA T = Terminado E = Em curso S = Suspenso P = Programado ( ) QT ( ) RxT ( ) Paracentese ( ) Toracocentese Outro_____________________ Medicamentos em uso com dose/dia: Cirurgias: Médico: Especialidade: CRM: Local e data:

PARA SER PREENCHIDO PELO PALIATIVISTA

Doente orientado sobre o estado atual da doença: ( ) Sim ( ) Não Cuidados de familiares: ( ) Bons ( ) Insuficientes ( ) Ausentes ( ) Inadequados Nível de consciência: ( ) Lúcido ( ) Desorientado ( ) Comatoso Estado psíquico exacerbado por: ( ) Ansiedade ( ) Medo ( ) Insegurança ( ) Tristeza Estado funcional – PS Karnofsky: _____%, Zubrod (ECOG): _______ Dor: EVA ( ) Escada OMS ( ) LANSS ( ) Preenche critérios para acompanhamento em cuidados paliativos? ( ) Sim ( ) Não Paliativista: Local e data: