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Cuidando do cliente com agravos renais em urgência e emergência Prof.º Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em Urgência e Emergência

Cuidando do cliente com agravos renais em urgência e ... · altura dos arcos costais mais inferiores (10ª a 12ª costelas torácicas). • O rim direito quase sempre é menor e

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Rins

• Controle de concentração de substancias no sangue;• Garante a homeostase;

• Formato semelhante ao feijão;• Localizado atrás do peritônio parietal, contra o musculo da parede

abdominal e acima da cintura;• Em virtude do fígado o rim direito é mais baixo do que o esquerdo.• Os rins (normalmente dois) estão localizados na porção posterior

do abdome e suas extremidades superiores estão localizadas na altura dos arcos costais mais inferiores (10ª a 12ª costelas

torácicas).• O rim direito quase sempre é menor e está situado um pouco abaixo do rim esquerdo. Os rins se movimentam (para baixo e para

cima) de acordo com a respiração da pessoa.

• Os rins produzem um hormônio chamado de eritropoetina, que ajuda na maturação dos glóbulos vermelhos do sangue e da medula óssea e, na sua

ausência, pode ocorrer anemia.• Cada rim tem a forma de um grande grão de feijão,

medindo em um adulto de 10 a 13 cm, com peso aproximado de 120 a 180g.

• Os rins também secretam uma substância que se chama renina, substância que estimula a produção de um hormônio que eleva a pressão sanguínea. Quando os rins não funcionam, bem a renina é produzida em

excesso e isto pode resultar em hipertensão. A hipertensão prolongada danifica os vasos sanguíneos,

causando assim falha renal.

Litíase Renal

• Estima-se que a incidência da cólica renal atinja de 1% a 10% da população mundial ao longo da

vida, com cerca de, pelo menos, uma recidiva em 30% dos casos.

• A experiência vivida no pronto-socorro por um indivíduo apresentando cólica renal é bastante

delicada devido à dor intensa, muitas vezes referida como uma sensação intolerável que se manifesta de maneira inespecífica, atingindo o

flanco com irradiação para o dorso, região

suprapúbica e genital.

• Devido a essa obstrução, a drenagem ureteral fica comprometida e provoca a elevação da pressão pélvica com possibilidade de dilatação do ureter e dor aguda.• A dor pode ser acompanhada de náuseas, vômitos,

irritações vesicais e hematúria ou presença microscópica de sangue.

• Diversos são os fatores de risco para a nefrolitíase ou urolitíase. Dentre eles, destacam-se a predisposição

genética, fatores epidemiológico scomo clima quente, maior consumo de proteína animal e sal, e sedentarismo.

• A maior incidência é no sexo masculino e, principalmente, em pessoas que se encontram entre 30 e 40 anos de idade. Alguns fatores contribuem para o aparecimento da litíase

renal como as alterações anatômicas do trato urinário, patologias endócrinas que interferem no metabolismo do

cálcio, infecções urinárias, modificações do PHurinário, alguns fármacos por meio de seus metabólitos ou

alterações metabólicas.

Importante

São cuidados de enfermagem indispensáveis o acesso venoso de bom calibre para administração de analgésicos

potentes, anti-inflamatórios, antiespasmódicos e o acompanhamento da evolução da dor. Na vigência de

quadros álgicos, os diuréticos não são recomendados e, eventualmente, quando o paciente apresenta náuseas e

vômitos, há necessidade do uso de antieméticos. A hidratação auxilia na eliminação do cálculo ,mas é

preciso certificar-se da conduta, pois há casos em que é indicada restrição hídrica devido a agravos pré-existentes

como insuficiência cardíaca ou função renal comprometida.

Tratamentos

Laser, Cateter duplo J, Litotripsia, Cirurgia

IntroduçãoA maioria desses agravos poderia ser evitada

com medidas de prevenção e controle das dislipidemias, da hipertensão arterial, do

diabetes e de outras patologias previsíveis. Essas patologias, quando não tratadas

adequadamente, podem provocar a perda da função renal levando à insuficiência renal.

Esta se caracteriza por redução da filtração glomerular(RFG), levando à diminuição da diurese e

retenção de ureia e creatinina. As funções renais incluem, além do equilíbrio de água e eletrólitos e

da eliminação de toxinas, a liberação de eritropoetina, que estimula a medula óssea na

produção de glóbulos vermelhos, a manutenção de ossos sadios com o equilíbrio de fósforo e cálcio e ajuda no controle da pressão arterial por meio da

liberação de hormônios.

• A insuficiência renal pode se manifestar de forma aguda, situação mais comum nos

serviços de urgência/emergência, em pacientes em situações críticas internados em

UTI por patologias variadas bem, como na forma crônica, quando há perda total e

irreversível da função renal, que se manifesta lenta e progressivamente.

• Corresponde a 5% das internações hospitalares e em torno de 30% das admissões nas unidades de

terapia intensiva, • com alto índice de mortalidade em virtude das

injúrias associadas a causas renais e não renais. • A mortalidade se mantém constante nas últimas

décadas mesmo com o avanço tecnológico.• Como causas, destacam-se o acréscimo da

população idosa, as comorbidades e a utilização de medicamentos cada vez mais potentes que

provocam nefrotoxicidade tais como imunossupressores,antiinflamatórios não

esteróides e antimicrobianos.

• A IRA pré-renal é caracterizada quando há hipoperfusão renal de causas variadas,

normalmente relacionadas à hipovolemia e corresponde a 50%-60% dos casos.

• A IRA renal implica no acometimento dos néfrons, seja em vasos, glomérulos ou túbulos renais, comprometendo suas funções e sendo responsável por aproximadamente 35% dos

casos.

• Na IRA pós-renal, há uma obstrução aguda em qualquer localização do sistema coletor, ureter

ou bexiga em 5% dos casos, causando aumento da pressão nas vias urinária que

acarreta na diminuição da RFG. Atinge indivíduos de todas as faixas etárias e pode

evoluir para a insuficiência renal crônica.

Importante

• Por meio dos conhecimentos adquiridos, você pode dinamizar o atendimento a esse paciente.

• Controles dos parâmetros da pressão arterial e da pressão venosa central evidenciam a necessidade da reposição volêmica

• A punção de acesso venoso calibroso facilita a expansão de fluidos, como nos casos de queimaduras, hemorragias, vômitos e diarreia.

• Muitas vezes, a reposição de volume por meio de soluções cristaloides, coloidais ou hemocomponentes restabelecem a função renal. Esteja atento à velocidade de infusão desses volumes para que não ocorra sobrecarga cardíaca.

• A monitoração cardíaca evidencia a possibilidade de arritmias cardíacas sugestivas de alterações bioquímicas como a hipocalemiaou hipercalemia, considerada como principal causa de morte em pacientes com IRA.

Ureia e creatinina• A uréia é produzida no fígado, circula no sangue,

é filtrada nos rins e excretada na urina. Não é tão específica para a avaliação da função renal como a creatinina, mas também se eleva no sangue na

insuficiência renal.

• A creatinina é derivada do metabolismo de creatina presente nos músculos e

também da carne que ingerimos; ela é liberada para o sangue a uma taxa relativamente

constante e tem uma concentração sanguínea estável.

Diálise Peritoneal• É uma opção de tratamento através do qual o processo

ocorre dentro do corpo do paciente, com auxílio de um filtro natural como substituto da função renal. Esse

filtro é denominado peritônio. É uma membrana porosa e semipermeável, que reveste os principais

órgãos abdominais. O espaço entre esses órgãos é a cavidade peritoneal. Um líquido de diálise é colocado na cavidade e drenado, através de um cateter (tubo

flexível biocompatível).

Hemodiálise• Hemodiálise é um procedimento através do qual uma

máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, uréia e creatinina.

• As sessões de hemodiálise são realizadas geralmente em clínicas especializadas ou hospitais.