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Cultivando Ministros da Palavra, por Stefan T. Lindblad (Carta Circular 2004 ARBCA)

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“Cultivando Homens da Palavra: O Dever Eclesiástico De Incentivar Os Homens Qualificados A Exercerem O Ministério Evangélico”, Carta Circular da ARBCA, 2004, Por Stefan T. Lindblad

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Cultivando Ministros da Palavra: O Dever Eclesiástico De Incentivar Os Homens

Qualificados A Exercerem O Ministério Evangélico

Stefan T. Lindblad

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Traduzido do original em Inglês

Cultivating Ministers of the Word: The Ecclesiastical Duty of Encouraging Qualified Men

to Pursue the Gospel Ministry • Circular Letter 2004 — ARBCA

By Stefan T. Lindblad

Via: ARBCA.com

(Association of Reformed Baptist Churches of America)

Tradução e capa por William Teixeira

Revisão por Camila Almeida

1ª Edição: Setembro de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a graciosa

permissão do Comitê de Publicações ARBCA, representado pela pessoa de Gary Marble, sob a licença

Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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Cultivando Homens da Palavra:

O Dever Eclesiástico De Incentivar Os Homens

Qualificados A Exercerem O Ministério Evangélico

Por Stefan T. Lindblad

[Carta Circular da ARBCA • 2004]

Queridos irmãos,

“O Legítimo Incentivo De Jovens Homens Qualificados Em Nossas Igrejas Para Estudarem

E Se Prepararem Para O Ministério Do Evangelho”, era o título original que me foi dado

para esta carta circular. Como você pode ver, eu escolhi um título diferente, mas igualmente

puritano. Minha intenção não é obscurecer o assunto em mãos, mas, sim, elucidar o fato

de que este discurso está preocupado com o resultado prático da chamada externa para o

ministério da Palavra. Deixe-me explicar.

Ao longo das Escrituras o ministro da Palavra é descrito em termos elevados. Ele é um

servo de Cristo e despenseiro dos mistérios de Deus (1 Coríntios 4:1), um tesouro (2 Corín-

tios 4:7), um embaixador de Cristo (2 Coríntios 5:20; cf. Romanos 10:14-17), e um dom de

Cristo assunto ao Céu (Efésios 4:8-15). No entanto, como todos os textos confirmariam, a

importância do ministro está ligada às suas funções Divinamente designadas na economia

da graça, especificamente a pregação da Palavra e a administração das Ordenanças, sen-

do que ambos são feitos eficazes para nossa salvação pelo Espírito de Deus1. Paulo, por

exemplo, exorta Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coi-

sas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Timóteo

4:16). Pastores são concedidos à Igreja por sua Cabeça e Rei, Jesus Cristo, para o bem

dela e para a glória de Deus, e assim, nós confessamos juntamente com Calvino que “nem

a luz e calor do sol, nem comida e bebida, são tão necessários para alimentar e sustentar

a vida presente como o ofício apostólico e pastoral é necessário para preservar a igreja na

terra”2.

__________

[1] A Segunda Confissão de Fé Batista de Londres concorda. Por exemplo, citando Romanos 10:14, 17; Lucas

17:5; 1 Pedro 2: 2 e Atos 20:32, nossa Confissão ensina que o Espírito de Deus opera normalmente, fortalece

e aumenta a fé salvífica pelos meios externos de graça, ou seja, a Palavra, as Ordenanças, e a oração (veja

CFB1689 14:1).

[2] João Calvino, Institutes of the Christian Religion [Institutas da Religião Cristã], ed. John T. McNeill, trans.

Ford Lewis Battles, 2 Vols. (Philadelphia: Westminster, 1960), 4.3.2.

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Porque o ministério do Evangelho é um tal chamado alto e santo, e ordenado por Deus para

tais fins elevados e santos, como Confessionais Batistas Reformados devemos estar ativa-

mente engajados em ver o surgimento de mais ministros dentro das nossas igrejas. A injun-

ção de Paulo em 2 Timóteo 2:2 deve ser entendida como a nossa responsabilidade. “E o

que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos

para também ensinarem os outros”. Este texto, de acordo com Presbiteriano do século XIX,

Samuel Miller, expressa “o dever imprescindível da Igreja de Cristo, em todas as eras, de

tomar medidas, para a promoção de um ministério capaz e fiel”3.

Nosso objetivo presente, então, não é descrever a natureza da chamada externa para o mi-

nistério em si, mas, sim, delinear as medidas concretas que a igreja deve tomar para cum-

prir o seu dever de cultivar dentro de seu meio hábeis ministros da nova aliança. Devemos

encorajar homens qualificados para continuar o ministério do Evangelho, e a questão com

a qual estamos preocupados é, como Miller enfatizou, “quais são os meios que a igreja é

obrigada adotar, para a promoção de um ministério capaz e fiel?”4. Ao meu ver nossos com-

promissos bíblicos e confessionais chamam nossa atenção para três responsabilidades

interrelacionadas que compõem a substância do dever da igreja de cultivar ministros da

Palavra.

Primeiro, a igreja deve estar ativa em identificar e selecionar homens qualificados para a

obra do ministério. A chamada para o ministério é uma prerrogativa soberana de Deus.

Cristo dá a alguns homens a determinação para servi-lO no ministério pelo Seu Espírito,

imprimindo na consciência do indivíduo o sincero desejo de se empenhar nesta boa obra

(2 Timóteo 2:3-7; 1 Timóteo 3:1). No entanto, Deus, em Sua boa e sábia providência, faz

uso de meios para realizar Seus propósitos soberanos (cf. CFB 5:3). Portanto, cada igreja

local tem a responsabilidade de reconhecer aqueles dentro de sua comunidade que são

“capacitados e dotados pelo Espírito Santo pelo Espírito Santo” (CFB 26:9), ou, para usar

a terminologia Paulo, homens fiéis, que sejam idôneos (2 Timóteo 2:2). Necessariamente,

então, nem todos são chamados ao ministério. Isto pode parecer óbvio, mas porque a maio-

ria do evangelicalismo contemporâneo adotou o erro do ponto de vista em que todos são

__________

[3] Samuel Miller, The Duty of the Church to Take Measures for Providing an Able and Faithful Ministry in The

Sermon, Delivered at the Inauguration of the Rev. Archibald Alexander, D.D. Professor of Didactic and Polemic

Theology, in the Theological Seminary of the Presbyterian Church in the United States of America: to Which

are Added, the Professor’s Inauguration Address, and the Charge to the Professor and Students [O Dever Da

Igreja De Tomar Medidas Para Prover Um Ministério Capaz e Fiel No Sermão Pregado Na Posse do Rev.

Archibald Alexander, Doutor em Divindade, Como Professor de Teologia Didática e Polêmica, no Seminário

Teológico da Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos da América: ao Que foi Acrescentado o Discurso

Inaugural do Professor , e o Dever do Professor e dos Alunos] (New York: Whiting e Watson, 1812), n.p.

[4] Ibid.

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membros ministros, este é um lembrete importante. No entanto, aqueles a quem a igreja

chama para o ministério devem possuir certas qualificações essenciais.

O pastor prospectivo deve ser um homem (1 Timóteo 2:12; cf. 2 Timóteo 2:2), que sustenta

uma vida irrepreensível no lar, na igreja e diante do mundo (1 Timóteo 3:2, 4, 7; Tito 1:6).

Ele também deve ser um homem de caráter e conduta comprovadamente piedosos (1 Timó-

teo 3:6). Além disso, ele deve possuir a capacidade de ensinar (1 Timóteo 3:2; cf. 1 Timóteo

4:13-16; 2 Timóteo 2: 2; 4:2) e a capacidade de governar (1 Timóteo 3:4-5), ambos os quais

exigem uma compreensão clara de um compromisso honesto em relação ao sistema de

verdade estabelecido nas Escrituras (Tito 1:9). A igreja tem a responsabilidade de identificar

e selecionar homens qualificados, ou seja, homens que possuem essas graças e dons, ou

a piedade e a capacidade exigida para o ministério. “A igreja”, de acordo com Miller, “está

equipada com o olho vigilante, para procurar e selecionar cuidadosamente, dentre os jovens

de seu seio, aqueles que são dotados de piedade e de talentos, sempre que ela puder

encontrar essas qualificações juntas”5.

Como, então, é possível identificar os homens possuidores de graça e dons? Que medidas

concretas a igreja deve tomar fim de selecionar os homens de piedade e capacidade?

Responder a este tipo de pergunta, ao que parece, é análogo a determinar se a profissão

[de fé] de um pecador que diz ter fé em Cristo é uma profissão digna de crédito. Em ambas

as circunstâncias, a igreja não é capaz de perscrutar a alma, mas, sim, discerne, com o me-

lhor de sua capacidade, a presença de uma realidade espiritual interior, por meio de evidên-

cias externas. No caso da chamada para o ministério tal evidência consiste principalmente

nos dons que o Espírito Santo concede a homens para a pregação do Evangelho, que é “a

principal obra do ministério da igreja, o fundamento de todos os outros deveres...”6. John

Owen, em seu mui refinado trato dos dons espirituais, assinala três dons necessários.

O primeiro dom é a sabedoria, conhecimento ou compreensão dos mistérios do Evangelho.

Isso, certamente, requer a fé salvífica no Evangelho, mas Owen tem em vista “a compre-

ensão do escopo e do propósito das Escrituras... uma familiaridade com os sistemas de

determinadas verdades doutrinárias... uma visão distinta sobre as fontes e curso do mistério

do amor, graça e vontade de Deus em Cristo” que capacita os ministros “a darem a conhe-

cer o modo de vida, de fé e obediência, para os outros, e para instruí-los em todo o seu de-

ver para com Deus e o homem”7. O Evangelho é “a sabedoria de Deus, oculta em mistério”

(1 Coríntios 2:7), um mistério revelado em Cristo (Romanos 16:25-27; Efésios 3:1-7), e

__________

[5] Ibid. A ênfase é original.

[6] John Owen, The Works of John Owen [Obras de John Owen], 16 vols. (Reprint, Edimburgo: The Banner

of Truth, 1967), 4: 508.

[7] Ibid., 4:509.

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como despenseiros dos mistérios de Deus (1 Coríntios 4:1) os ministros devem “tornarem-

se tão sábios e entendidos naquele mistério, de modo que eles sejam capazes de declará-

los aos outros...”8.

O segundo dom é a capacidade de manejar bem a Palavra de Deus (2 Timóteo 2:15). A

pregação requer a habilidade de interpretar e aplicar as Escrituras, com a consciência das

várias necessidades presentes na congregação. Assim, para o ministro cumprir este dever

corretamente, ele deve ter uma compreensão: (1) do estado e condição da congregação,

(2) da maneira pela qual a graça de Deus opera sobre as mentes e sobre os corações dos

homens, (3) da natureza da tentação, bem como os obstáculos comuns à fé e à obediência,

e (4) da natureza das doenças espirituais e seus remédios adequados9.

Por fim, Owen menciona o dom da palavra, ou a abertura da boca com ousadia para dar a

conhecer os mistérios do Evangelho (Efésios 5:19). Não simplesmente uma natural habili-

dade retórica, mas a elocução consiste: (1) na liberdade e desenvoltura na proclamação da

verdade, (2) na ousadia e santa confiança mesmo em frente oposição de dificuldades ou

obstáculos, (3) na pregação “com a gravidade e solidez do discurso que é devido aos que

anunciam a Palavra de Deus”, e (4) na autoridade que acompanha a correta pregação da

Palavra de Deus10.

Embora esses dons deverão ser cultivados e aumentados ao longo de uma vida de ministé-

rio fiel (cf. 1 Timóteo 4: 14-15; 2 Timóteo 1:6), e serão evidentes, em maior ou menor medi-

da, antes tanto do treinamento formal e do ministério ativo, a discussão de Owen fornece a

base para determinar as medidas concretas que a igreja pode tomar para identificar e

selecionar os homens com tais dons, porquanto esses dons, se presentes, serão evidentes

para a igreja. Com isto em mente, permita-me oferecer algumas sugestões práticas para o

propósito de identificação e seleção de homens qualificados.

A primeira e mais importante medida necessária da Igreja é a oração fervorosa, tanto em

privado como em público. Se a chamada para o ministério, e as habilidades necessárias

para o ministério, são dons do soberano Senhor da Igreja, então devemos orar para que

Deus conceda essas coisas para os homens em nossas igrejas. O próprio Senhor Jesus

disse aos seus discípulos: “A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai,

pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara” (Mateus 9:37-38). Se nós

devemos identificar aqueles que são qualificados para ser ministros da Palavra de Deus,

__________

[8] Ibid.

[9] Ibid., 4:510-511.

[10] Ibid., 4:512-513.

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então, o próprio Deus deve levantar para Si homens fiéis e capazes, e da mesma forma

nos concederá a graça e sabedoria para examinar se um homem possui as qualificações

necessárias.

Também é importante que a Igreja discirna a vontade de um jovem homem para negar a si

mesmo e servir a Cristo e à Sua Igreja. Ele está disposto a ajudar a igreja, tomando sobre

si mesmo a mais humilde das tarefas? Além disso, ele pretende atrair a atenção por conta

de seu serviço, ou ele simplesmente serve sem cuidado ou preocupação de ser reconhe-

cido? Por si só, cada Cristão deve ser marcado por esses traços de caráter piedoso; contu-

do, a combinação desses tipos de graças com os dons espirituais necessários pode servir

como evidência de uma chamada para o ministério. Além disso, a igreja, tanto seus mem-

bros quanto seus oficiais, deveriam envolver jovens em conversas particulares sobre os

mistérios do Evangelho. Verdadeiros homens de piedade e de capacidade vão ser humil-

des, e em graus variáveis podem ser reticentes a publicar as suas aspirações para o minis-

tério. Miller escreve: “A piedade é humilde e se recolhe; e talentos, especialmente do tipo

melhor apropriado para o grande trabalho do ministério, são modestos e discretos. Eles

exigem, pelo menos, em muitos casos, ser buscados, incentivados e trazidos à tona. E

como, e por quem, isso pode ser feito? Os filhos da igreja são, se é que posso me expressar

assim, propriedade da igreja. Ela tem o direito aos serviços do melhor deles”11. Tenha

certeza de que é um erro grave empurrar homens não qualificados para o ministério. Mas,

se o Espírito de Deus dá um extenso conhecimento da verdade bíblica sobre aqueles que

Ele tem separado para o ministério, então, esta é uma excelente forma de identificar se um

homem possui tal conhecimento, e é capaz de articular e aplicar a verdade para o povo de

Deus. A maneira mais formal de decifrar a presença de uma compreensão intelectual do

sistema de teologia pode ser estabelecer uma propedêutica limitada (i.e., pré-seminário)

em um programa de leitura12. Isto pode incluir reuniões periódicas em que um ou mais dos

anciãos seria capaz de examinar a capacidade do homem de compreender e comunicar a

verdade Divina.

Em um certo sentido, os pais Cristãos em nossas assembleias potencialmente desempe-

nham um papel na identificação de jovens que receberam dons ministeriais. Como pais

piedosos devem inculcar reverência para com o ministério público da Palavra e catequizar

seus filhos, eles têm a capacidade (e privilégio único) de observar em primeira mão ou não

se um jovem ama e compreende a verdade do Evangelho. Paulo parece indicar que isso

era algo da experiência de Timóteo (2 Timóteo 1:5; 3:14-16). Um exemplo histórico notável

__________

[11] Miller, The Duty of the Church [O Dever da Igreja], n.p.

[12] A lista sugerida de livros adequados para esta finalidade foi compilada por J. Ligon Duncan III, e pode

ser encontrada em Herman Witsius, On the Character of a True Theologian [Sobre o Caráter de um Verdadeiro

Teólogo], ed. J. Ligon Duncan III, (Reprint, Greenville, SC: Reformed Academic Press, 1994), 54.

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da influência da filiação piedosa é Herman Witsius, um pastor Reformado holandês do

século XVII e teólogo. Recordando a providência do Senhor em sua chamada para o

ministério e nomeação como professor de teologia em Franeker, Witsius comentou: “Meus

pais piedosos me dedicaram à igreja em minha infância e tive o cuidado de ter a minha

mente imbuída de tais instruções doutrinárias e práticas à medida que foram projetadas

para me transformar em alguém que não traria nenhuma desonra para a casa de Deus. No

entanto, ambos os seus desejos humildes e meu próprio foram cumpridos quando, não sem

extraírem algum benefício das minhas ministrações, eles me ouviram falar sobre as coisas

de Deus, mas com pouca pompa e a uma pequena assembleia”13. Não podemos esperar

que isso seja verdade em todos os casos, nem devemos separar esta consideração do seu

contexto eclesiástico adequado. Ao mesmo tempo, no entanto, é preciso reconhecer o

papel potencial que pais piedosos desempenham no sentido de incentivar os jovens a

considerar o ofício pastoral.

Para este fim, a igreja deve também dar oportunidades a homens jovens que são qualifica-

dos para evidenciar perante a igreja um conhecimento do Evangelho, sua capacidade de

interpretar corretamente e aplicar a Palavra de Deus, e ousadia no discurso. A aplicação

específica deste princípio varia necessariamente de congregação para congregação, mas

a igreja deve encontrar maneiras de fornecer ocasiões em que um candidato ministerial

pode demonstrar à igreja que ele é tanto piedoso quanto capaz. Por exemplo, chamar os

jovens para orar, pois a igreja pode facilmente avaliar a oração pública. Se a sua igreja

realiza serviços para uma casa de repouso ou similar, você pode ser capaz de dar oportuni-

dades a homens jovens para ensinar nessas circunstâncias. Depois de algum tempo, a

igreja pode convidar o candidato para liderar um culto de adoração no Dia do Senhor, e,

eventualmente, você pode convidá-lo para pregar, especialmente se ele está participando

de seminário e tem necessidade de completar as horas de estágio necessárias. Nesta fase,

pode haver igrejas irmãs em sua área com necessidade de serem providas no púlpito, e

eles também podem ser capazes de identificar a presença dessas graças e dons, e assim

dar a sua recomendação conscientemente.

Certamente estas considerações não são exaustivas, mas elas demonstram que para a

igreja identificar e selecionar jovens qualificados para o ministério do Evangelho, estes ho-

mens devem ser colocados diante da igreja, e as suas graças e dons devem ser feitos evi-

dentes para a igreja.

Em segundo lugar, a igreja deve estar ativa na assistência e formação de homens quali-

__________

[13] Witsius, Character [Caráter], 23-24.

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ficados para a obra do ministério. Tendo os jovens qualificados sido identificados e selecio-

nados para o ministério, a igreja é obrigada a ensiná-los para o bem dela mesma (2 Timóteo

2:2). Nós, como uma associação de igrejas, temos a obrigação de instruir os homens qualifi-

cados, a fim de fornecer-lhes todos os recursos necessários para o desempenho das suas

funções ministeriais. Qualquer coisa menos do que isso, demonstra desdém para com a

igreja de Cristo. Educação ministerial, portanto, é um aspecto vital do cultivo de fiéis e

capazes ministros da Palavra.

Na tentativa de cumprir essa responsabilidade de treinamento ministerial, é importante ter

em mente que a nossa concepção da natureza e da necessidade de educação ministerial

está ligada à nossa compreensão do caráter e das funções do ministério. B. B. Warfield

estava correto em apontar: “A baixa opinião sobre as funções do ministério naturalmente

levará a uma baixa concepção da formação necessária para ele”14. Nós já vimos que tanto

o Novo Testamento quanto a nossa Confissão esposam uma visão bastante elevada do

ministério e de seu, Divinamente ordenado, significado. Consequentemente, o nosso com-

promisso com a Palavra de Deus e com nossa subscrição da Segunda Confissão de Fé

Batista de Londres nos deixam sem outras opções; temos de entreter o maior respeito

possível para com a educação teológica. Certamente, se acreditamos que a principal fun-

ção do ministro da Palavra é proclamar todo o conselho de Deus, como foi revelado no Seu

Filho unigênito, para o bem da redenção de homens, mulheres, meninos e meninas atola-

dos na miséria e culpa do pecado, então temos nossa consciência obrigada a fornecer o

tipo de treinamento ministerial que provê jovens qualificados com um amplo conhecimento

de todo o conselho de Deus, e também prepará-los para aplicar todo o conselho de Deus,

à medida que o Senhor redime Seus filhos. Assim, é necessário que tomemos várias

medidas práticas.

Este ponto de vista da necessidade e da função da formação ministerial requer que a igreja

forneça uma educação teológica abrangente. Mais uma vez, Warfield nos lembra: “O que

exatamente deve ser ensinado em um seminário teológico será determinado por nossa

concepção do ministério para o exercício das funções para as quais aquele oferece

preparação”15. Se, em outras palavras, a função do ministério fosse terapêutica, recomen-

daríamos uma educação que consiste em tudo o que é relevante para a disciplina de

terapia. Como, no entanto, “o negócio do ministro é aplicar o evangelho salvador de homens

perdidos para a sua salvação do pecado”, devemos insistir em uma educação que visa

fornecer um conhecimento profundo do Evangelho “em todos os seus detalhes, e em todo

___________

[14] Benjamin B. Warfield, Selected Shorter Writings of Benjamin B. Warfield [Breves Escritos Selecionados

de Benjamin B. Warfield], ed. John E. Meeter, 2 Vols. (Nutley, NJ: Presbyterian e Reformed Publishing

Company, 1970), 1: 369.

[15] Ibid., 1:375.

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o seu poder”16. Para ser completa, então, a educação ministerial deve incluir o tratamento

detalhado de cada uma das quatro disciplinas teológicas, pois: (1) teologia exegética e bí-

blica combina com a explicação da Palavra de Deus, (2) teologia sistemática implica a

organização e a confirmação da verdade da Palavra de Deus, (3) teologia histórica fornece

uma demonstração e ilustração da interpretação da igreja (ou má interpretação) das

Escrituras, e (4) por fim, a teologia prática envolve a aplicação das três disciplinas anteriores

para a vida da igreja e a adoração a Deus. Com a intenção de oferecer este tipo de

educação teológica rigorosa e robusta, a ARBCA fundou o Institute of Reformed Baptist

Studies [IRBS: Instituto de Estudos Batistas Reformados] para trabalhar em conjunto com

o Westminster Seminary in California [WSC: Seminário Westminster na Califórnia].

Consequentemente, então, nossas igrejas deveriam incentivar os homens qualificados a

cursarem este tipo de educação teológica, especificamente no IRBS e WSC. Witsius decla-

rou que “ninguém ensina bem, a menos que, primeiramente, ele tenha aprendido bem”17.

Parece que isto está implícito quando Paulo comissionou seu emissário apostólico, Timó-

teo, para ensinar a homens fiéis o que ele havia aprendido com o apóstolo (2 Timóteo 2:2).

Entretanto, isso significa que o IRBS oferece a melhor preparação educacional para o minis-

tério? Para as igrejas ARBCA, sim, a menos que isso seja providencialmente impedido.

Permitam-me responder a várias acusações em potencial.

“Isso não usurpa o lugar da igreja local na formação ministerial?”. Posto que não existe

espaço suficiente para lidar adequadamente com esta objeção, é importante lembrar que

Paulo trata Timóteo em 2 Timóteo 2:2 como seu representante apostólico; Timóteo não é o

pastor de uma igreja local. Este dever pertence, então, à igreja, não ao pastor de uma igreja

local específica. Assim, o treinamento ministerial é uma função apropriada de uma

associação de igrejas como a nossa.

“Esta mentalidade não é estreita?”. Nem um pouco. Para nós, coletivamente, como uma

associação de igrejas de boa mente, determinamos que o IRBS é atualmente a melhor

maneira possível no qual nós podemos fornecer uma educação teológica para potenciais

ministros.

“Os programas de ensino à distância e o tipo de programas de leitura autodidatas, não são

meios adequados de preparação para o ministério?”. Paulo não pensou assim. Em 2

Timóteo 2:2, ele diz a Timóteo para ensinar as coisas que ouviu. O verbo ἤκουσας, exige a

instrução do tipo face a face. Assim como a fé vem pelo ouvir da Palavra pregada (Romanos

10:17), aqueles que estudam para o ministério devem aprender por audiência. Nós todos

__________

[16] Ibid., 1:376.

[17] Witsius, Character, 28.

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concordamos que os ministérios de vídeos e literatura teológica têm o seu lugar na vida

Cristã, mas não são substitutos para a pregação. Da mesma forma, a leitura é importante,

mas não pode substituir a instrução verbal na formação dos futuros ministros. Além disso,

os programas de ensino à distância e de leitura são muitas vezes preferidos no lugar de um

seminário tradicional porque supostamente levam em consideração várias limitações de

tempo, e pelo fato do estudante poder atender a maioria dos requisitos do programa em

seu próprio tempo, em seu próprio ritmo. Mas ser um aluno do seminário de três a quatro

anos não apenas concede ao aluno o privilégio de aprender com pastores experientes e

estudiosos, que são especialistas em seus respectivos campos, mas também permite um

período sem precedentes de reflexão consistente e constante sobre a Palavra de Deus.

“Mas a Califórnia não está muito longe de casa?”. Essa objeção é esvaziada de todo e

qualquer peso, isto é assim comigo, à medida que lembro que um ministro deve possuir um

espírito de abnegação e vontade de servir a Cristo onde quer que ele venha a ser chamado.

Se o ministro estiver preparado para ir a qualquer lugar por causa do reino de Deus, então

a Califórnia não é muito longe para receber treinamento ministerial. Este ponto de vista

acerca da necessidade e da função da formação ministerial requer também que a igreja

ofereça de bom grado qualquer ajuda que for necessária para proporcionar uma educação

teológica. O teólogo Puritano, William Perkins, em seu importante livro The Art of Prophe-

sying [A Arte de Profetizar], argumentou: “Bons ministros surgem na proporção de um para

mil. Se, portanto, o seu número for aumentado, as instituições de formação devem ser bem

cuidadas a fim de guardar o reino contra Satanás, o Anticristo é cuidadoso para erguer

faculdades e provê-las com apoio financeiro, para que estas sejam seminários para sua

sinagoga... Ele emprega meios enérgicos para semear o seu joio no coração dos jovens,

para que estes possam, por sua vez, plantá-los nos corações das pessoas lá fora. Os ofici-

ais Cristãos não deveriam ser tão cuidadosos, de fato, ainda mais zelosos, para aumenta-

rem o número de bons ministros?”18. Enquanto a nossa eclesiologia envolve mudanças na

referência de oficiais Cristãos para compreenderem a igreja, o ponto é bem considerado.

Temos de continuar a financiar a IRBS e seus professores. No entanto, também temos de

encontrar formas de dar assistência aos alunos que têm necessidade, como o princípio

bíblico demonstra. Paulo argumenta em favor de um ministério remunerado em 1 Timóteo

5:17-18 (cf. CFB 26:10). Dar assistência financeira aos ministros potenciais parece não ser

outra coisa senão uma implicação desse ensino. E a igreja não deve “considerar esta

disposição um fardo, ou imaginar que, ao fazer isso, ela confere um favor. É tão claramente

o seu dever, um dever que ela realmente deve ao seu Mestre e ela mesma, como a provisão

normal que ela faz para a manutenção da Palavra e das Ordenanças. Ou melhor, é de se

__________

[18] William Perkins, The Art of Prophesying [A Arte de Profetizar] (Reprint, Edinburgh / Carlisle: The Banner

of Truth, 1996), 96-97.

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lamentar que ela não esteja acostumada a sempre considerar isto como uma parte essen-

cial de sua provisão ordinária a manutenção dos meios de graça”19. Também há precedente

histórico para tal prática. Na Assembleia Geral de 1689 os nossos antepassados Batistas

Particulares determinaram a criação de um fundo de apoio à formação ministerial20. Deve-

mos fazer o mesmo, especialmente a nível associativo. Igrejas individuais podem não ter

os meios para ajudar a pagar os custos educacionais do aluno, mas como a nossa breve

história demonstra há mais recursos disponíveis quando trabalhamos juntos.

Há uma palavra final sobre esta questão de treinamento ministerial. Nossas convicções

exigem que nós encorajemos jovens qualificados a buscarem ensino de graduação apro-

priado como preparação para o seminário. A educação em artes liberais, bem abordada, é

o estudo fundamental do livro da revelação natural, enquanto o seminário é o estudo

concentrado no livro da revelação especial. Um diploma de bacharel é um pré-requisito

necessário para a formação no seminário, e não como um mandato arbitrário da academia

moderna, mas porque as Escrituras foram escritas em línguas antigas, têm sido aplicadas

em períodos sucessivos de história, e precisam ser aplicadas à nossa era pós-moderna.

Assim, um conhecimento rudimentar pelo menos nas línguas, história antiga e moderna, e

várias escolas filosóficas de pensamento, pode revelar-se bastante útil na preparação para

o estudo detalhado das Escrituras21.

Witsius estava correto quando ele declarou que “ninguém ensina bem, a menos que, primei-

ramente, ele tenha aprendido bem; ninguém aprende bem a não ser que ele aprenda a fim

de ensinar”. É dever da igreja incentivar jovens qualificados a aprenderem bem, a fim de

que eles possam ensinar bem. Isso requer claramente que a igreja seja ativa na assistência

e formação de homens qualificados para a obra do ministério.

Em terceiro lugar, e, finalmente, a igreja deve ser ativa em recomendar, chamar e ordenar

homens qualificados para o trabalho do ministério. De acordo com a nossa Confissão: “O

caminho apontado por Cristo para o chamamento de qualquer pessoa, capacitada e dotada

pelo Espírito Santo, para o ofício de bispo ou ancião em uma igreja, é que ele seja escolhido

__________

[19] Miller, The Duty of the Church [O Dever da Igreja], n.p.

[20] Veja James M. Renihan, “A Reformed Baptist Perspective on the Association of Churches”, In

Denominations or Associations: Essays on Reformed Baptist Associations [“Um Perspectiva Batista

Reformada da Associação de Igrejas”, In Denominações ou Associações: Ensaios Sobre Associações Batista

Reformadas], ed. James M. Renihan (Amityville, NY: Calvary Press, 2001), 58-59. Cf. James M. Renihan,

“The Practical Ecclesiology of the English Particular Baptists, 1675-1705” [A Eclesiologia Prática dos Batistas

Particulares Ingleses, 1675-1705”] (Ph.D. Diss., Trinity Evangelical Divinity School, 1997), 354-357.

[21] Veja a seção intitulada “estudos” no http://www.wscal.edu/pstudents/preparing.html para sugestões

gerais para o trabalho de curso de graduação.

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para isso pelo sufrágio comum da própria igreja e solenemente separado por jejum e

oração, com a imposição das mãos do presbitério da igreja, se houver algum nela anterior-

mente constituído...” (CFB 26:9). A vocação e ordenação de um homem para o ministério

do Evangelho é o culminar do dever da igreja para cultivar ministros da Palavra. As medidas

para vocação e ordenação são claramente expostas nas Escrituras. A congregação, depois

de analisar um homem em relação à presença das graças e dons necessários, vota sobre

se deve ou não chamar o homem para servir a sua assembleia (cf. Atos 14:23). Após a

aceitação do homem, os anciãos atuais da igreja impõem as mãos sobre ele, colocando-o

formalmente separando para a obra do ministério (cf. 1 Timóteo 4:14). Mas como a igreja

vem a conhecer o futuro ministro? Será que os nossos jovens por conta própria, após o

seminário, dependentes de seus próprios meios, devem encontrar uma igreja em que eles

possam servir?

A resposta a estas perguntas é encontrada na esquecida prática da recomendação minis-

terial, uma prática que quando bem compreendida e implementada pode ser uma grande

ajuda para a nossa vida associativa. Paulo considerou Epafrodito e Tíquico como seus

cooperadores no Evangelho, e assim foi capaz de recomendá-los para às igrejas em Filipos

e Colossos, respectivamente (cf. Filemon 2:25; Colossenses 4:7). Enquanto o ministério

apostólico de Paulo era único e para a era apostólica, a prática empregada por Paulo nes-

sas duas ocasiões deve ser usada pela igreja em todas as épocas. No contexto em que

estamos a discutir o chamado para o ministério, é preciso reconhecer que frequentar o

seminário não abole os laços de um homem jovem em relação à igreja que o enviou. Ele

deveria manter-se filiado à sua própria igreja, enquanto estivesse no seminário. Após a

formatura, então, se a igreja do seminarista mantém a convicção de que este jovem possui

as qualificações necessárias para o ministério, tal congregação pode recomendá-lo a uma

igreja irmã em necessidade. Igrejas em que o aluno ministerial serviu como estagiário tam-

bém podem executar essa função. Como o último passo neste processo, então, as igrejas

devem recomendar, chamar e ordenar homens de evidente e capacidade para o ministério

evangélico.

Conclusão. Se o nosso compromisso com a Fé Reformada significa alguma coisa, então

vamos prontamente confessar que o nosso Deus Trino é soberano nesta questão de cha-

mar os homens para o ministério. Nosso dever, no entanto, não é ficar ociosos. Pois pela

soberana nomeação de Deus possuímos a responsabilidade de cultivar dentro de nossas

igrejas ministros do Evangelho fiéis e capazes. Assim, devemos prestar atenção a esta

exortação de Samuel Miller: “Sim, vocês que se chamam Cristãos! Se vocês amam a igreja

à qual vocês professam pertencer; se vocês possuem uma única centelha do espírito de

lealdade ao Seu Divino Cabeça e Senhor, ou melhor, se vocês não desejam que haja uma

‘fome da palavra da vida’ (Amós 8:11); se vocês desejam evitar que os mais pesados julga-

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mentos espirituais venham sobre vocês, então, vão, e ajam, assim como falam, como ami-

gos do reino do Redentor. Vamos em frente, dê a sua influência, a sua substância e suas

orações, pois “ao socorro do Senhor com os valorosos” (Juízes 5:23).22

É minha oração sincera e honesta que esta discussão venha a ser frutífera em relação aos

nossos esforços mútuos no Evangelho, e que, como resultado desta nossa aliança, Deus

seja glorificado.

Na comunhão do Evangelho,

Stefan T. Lindblad.

Trinity Reformed Baptist Church (Kirkland, WA)

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!

__________

[22] Miller, The Duty of the Church, n.p.

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.