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CULTIVO DE PITAYAS ESTE MATERIAL É UMA CRIAÇÃO COLETIVA DESENVOLVIDA NO GRUPO DE
WHATSAPP. DE PRODUTORES DE PITAYA .
TEM POR OBJETIVO FALAR DO CULTIVO DE PITAYAS DE FORMA RESUMIDA
NUM FORMATO PASSO A PASSO. SERVIRÁ TAMBÉM PARA NIVELAMENTO
DE CONHECIMENTO DE NOVOS INTEGRANTES.
AUTORIA DESTE MATERIAL
• Este material está sendo criado de forma coletiva no Grupo de Whatsapp de
Produtores de Pitaya e compilado por um dos moderadores (Bolivar Trindade).
• Como é uma criação coletiva, logo não tem autor mas reflete as opiniões dos
participantes do grupo, sempre que uma citação é usada na íntegra como o
integrante postou no grupo o nome dele é citado, da mesma forma as fotos
contem sempre que possível o nome de quem publicou, em outras situações o
que é escrito é um texto redigido com base num conjunto de postagens de vários
integrantes que convergem numa ideia que ficaria difícil de determinar autor, por
isso não contém o nome de uma pessoa específica.
• Este material é compilado a partir dos debates do “Assunto do dia”.
CARACTERÍSTICAS DO SOLO
• Na internet encontramos artigos, vídeos, noticias afirmando que a pitaya se
adapta a qualquer terreno, isso é uma meia verdade, ela pode sobreviver e
produzir em qualquer terreno, porém ela terá um melhor desempenho sob certas
condições. Por isso sempre devemos antes de iniciar o cultivo fazer uma análise
do solo e efetuar as correções necessárias com a orientação de um agrônomo.
• Também são melhores os solos drenados, com bastante matéria orgânica e com
PH entre 6 e 7.
ADUBAÇÃO
• No grupo temos inúmeros exemplos de iniciativas seguindo os princípios
orgânicos. A seguir alguns exemplos:
• Neusa: Eu faço a adubação com esterco de galinha curtido, três vezes por ano,
na minha plantação. Também faço uma analise de solo em agosto.
• Wander: Ao cavar as covas, eu já preparo o solo com adubo de galinha
misturado com o adubo bovino. Nunca usei químicos.
• Douglas: Eu utilizo 3 litros por pé de um composto de esterco suíno, bovino,
cama de aviário e casca de ovos, além de 250 gramas de calcário dolomítico.
• Telvio: A minha adubação começa na hora que eu preparo o berço pra receber a
mudas de Pitayas com cama de aviário juntos com o de cavalo e do gado ai vem
a irrigação.
ADUBAÇÃO
• Mais exemplos:
• Maurício: Eu adubo 1 vez por mês, com Esterco de galinha e gado ou o que
achar aqui na região, uso também pó de rocha em torno de 100 gramas bem
espalhado na parte da raiz, uso também pó de silício 1 vez a cada 30 dias, 100
grama diluído em 20 litros de água.
• Luiz Carlos : Pó de casca de ovo,e pó de osso
• Mateus Rech: Nós aqui não fizemos berço, apenas corrigimos o solo
superficialmente, e depois colocamos pó de rocha e adubo (cama de estábulo)
está se desenvolvendo muito bem. Apliquei também algumas doses de NPK
inicialmente.
• Almir: As minhas mudas plantei usando adubo bovino e orgânico.
ADUBAÇÃO
• Mais exemplos:
• Michell: : No momento da implantação apliquei o superfosfato simples, em seguida
esterco de carneiro, agora iremos colocar pó de rocha, cinza (fornos de carvão),
além de plantar o amendoim forrageiro. Nas mudas que fizemos o teste elas
reagiram super bem.
• Arcângelo: O principal adubo é *aviário de galinha poedeira*, coloco no meio dos
carreiros... Por cima da terra...
• João Gallina: Quanto adubação também compramos esterco de galinha vamos
colocar por cima da terra em volta dos pés.
• Junior: Não uso NPK e no crescimento dela uso potássio para dar tamanho e micros
nutrientes, 20 dias antes de colher uso cinzas e fósforo para dar doçura. Fiz testes e
ela fica em geladeira um mês sem alterar nada. Com NPK ela fica molenga e
apodrece na base do talo.
ADUBAÇÃO
• Edicon, Valteni e Dejalmo recomendam o uso de leguminosas para recuperação do
solo antes de plantar a pitaya, cada clima exige leguminosas diferentes, no sul é
recomendado o trevo, ervilhaca e o cornichão.
• Dr. Dejalmo afiram que a pitaya é uma planta produtiva quando plantada em solo bom
é que tenha disponibilidade de nutrientes. O que é um solo bom? É aquele bem
cuidado. Que tenha profundidade, boa drenagem , boa aeração. Tudo isso a gente
pode fazer. Profundidade: subsolagem mecânica até 50 cm ou plantio de culturas ,
crotalarias e trevos visiculosos e vermelho, que geram até 2m profundidade de raízes.
Drenagem sulcos , tubulações subterrâneas. Pitaya não suporta charco. Aeração
raízes de plantas citadas acima e matéria orgânica, adubação verde e compostos
diversos. E completa um bom ambiente para pitaya uma cobertura de solo, 2 primeiros
anos crotalarias e trevos citados. Após ervilhaca e amendoim forrageiro, para manter
sombreamento no solo, incorporação de nutrientes .
ADUBAÇÃO – DR DEJALMO
• Temos adubos mais favoráveis e mais convenientes e os mais em conta. Os que
acidificam, os protegidos e os em estado, fórmula diferentes. Uns vem como
matéria prima , que podem estar combinados com outros nutrientes. Outros vem
formulados comercialmente. Outros com apenas atrativos para vender.
• Nitrogênio : Tiramos da atmosfera ou de compostos orgânicos. Quando se
fabrica adubo nitrogenado se usa gás amoníaco da atmosfera e ácido nítrico.
Também temos fontes de nitrogênio nas rochas do Chile, saltite do Chile. Temos
N na forma amoníacos, amidica, nítrica, amoniacal. Na forma primitiva: quando
chove, AZOTO. Temos muito N pela fixação biológica. Os inoculastes em soja,
varias bactérias fixadoras de N, que fazem suas colônias nas raízes das
fabaceas ( leguminosas):Trevos , amendoim, ervilhaca......
ADUBAÇÃO – DR DEJALMO
• Quanto ao N ele é transportado para dentro das células e pode ter 4 destinos.
• Pelas raízes: Só é incorporado as moléculas orgânicas da planta se reduzido de NO3- para
NO4+ no interior das células. Mas quando transportado para dentro pelas raízes , ele segue 4
caminhos que são: 1. Sofrer o fluxo para o apoplasto ou voltar para o ambiente. 2. Entrar no
vacúolo e ser armazenado. 3. Ser reduzido pelas enzimas em NO4+. 4 Transloucada ara o
xilema até a parte aérea.
• Com isso cada momento do ciclo da planta ela precisa de mais , menos ou quase nada e esse
sistema regula a entrada do N na composição da célula.
• Quanto adubação foliar: O órgão especializado de absorção de nutrientes é a raiz, Mas.....
pôde-se aplicar via foliar...... se não tiver como aplicar via solo plantas com cerosidade tem
mais dificuldade em absorver via foliar. Bem as plantas reagem a estímulos externos: Vento,
sol, toques. Fecham e abrem estômatos. Se aplicarmos num momentos desses , pode não
serem absorvidos : Por isso às vezes tem e outras vezes não tem resultados: Vamos traduzir..
Tem momentos que a planta usa mais N , se colocar a mais ela expele ou armazena. Temos
que ver as fontes de N.
ADUBAÇÃO – DR DEJALMO
• Correção do solo, o que é? : Não é apenas calagem, casca de ovo muito bom
para fazer um substrato. Pó de sangue fósforo e cálcio. Vejam bem, tem matérias
primas que não são adubos, mas que podem se tornar adubos quando se
misturam num substrato. Que tenha ação de micro organismos e que aconteça a
compostagem, a planta se alimenta de alguns materiais orgânicos só após
mineralizados por micro organismos. Se me perguntarem, “o esterco é bom para
planta? A resposta é não. Ele é bom para os micro organismos. Para planta tem
que ser curado, mineralizado.
• Correção de solo? Para que serve? Como se faz? : Para corrigir um solo se parte
de várias análises: De fertilidade, de compactação, de acidez,, de textura. Para
pitayas: Corrigir acidez ao implantar, calcário dolomítico ( cálcio + magnésio).
Durante ciclo , repor cálcio com outras fontes.
ADUBAÇÃO – DR DEJALMO
• Gesso, calsite, farinha de ostra,concha: Daí vamos aproveitar outros elementos que
tiver- micro nutrientes, por ex: Farinha de ostra que tem bom cálcio e muitos micros.
No mercado tem várias fontes comerciais. Adubação se faz de correção de solo ou
em função das necessidades de cada planta. Conhecemos pouco pitaya.
• Correção de Fósforo no solo: Conforme análise, se os níveis forem muito baixos, as
fontes de fósforo para correção são fosfatos naturais, super simples, super triplo.
• Para correção: Correção de Matéria orgânica, compostagem, adubação verde,
incorporação de restos vegetais, estercos. Quais melhores restos de cultura?
Aqueles disponíveis, aqui no sul casaca de arroz queimada, serragem, palhas e no
meio da plantação leguminosas, gramínea até pode ser , mas geralmente ocorre a
alelopatia, ou concorrência de raízes. As leguminosas além do nitrogênio, tem raízes
profundas, tem rizobios: Perde mais folhas,
ADUBAÇÃO VERDE
• Adubação verde:
• O amendoim forrageiro absorve nitrogênio que é convertido como adubo
sendo aproveitada pela pitaya como um adubo verde.
• Controle de ervas daninhas: o amendoim forrageiro espalha de forma
agressiva impedindo o desenvolvimento de outras plantas invasoras.
• Controle da evaporação do solo: o amendoim cria uma cobertura
fechada e alta impedindo o aquecimento do solo e preservando a
umidade do solo.
• Matéria orgânica: a palha seca do amendoim fornece matéria orgânica
para o solo e as suas raízes profundas tornam o solo mais permeável e
rico em matéria orgânica.
• Dispensa a necessidade de roçadas. Como é uma planta rasteira a
necessidade de roçar é menor.
Imagem: Bolivar
ADUBAÇÃO VERDE
• Além dos benefícios apresentados no slide anterior o Dr. Dejalmo indica o uso
do amendoim forrageiro porque ele promove proteção para as raízes da pitaya
que fica muito na superfície do solo conforme foto ao lado. Porém ele indica
usar a partir do 3º ano. Antes, durante a implantação e dois anos iniciais o
indicado são as ĺeguminosas como trevo visiculoso e trevo vermelho que as
raízes penetram até 2metros no solo criando microcanais que vão facilitar a
drenagem do solo. Como as raízes da pitaya são muito superficiais a partir do
3º ano elas vão se propagar longe do pé e não será mais viável capinar o solo.
Como o amendoim controla as ervas daninhas, protege as raízes da ensolação
e dispensa a capina, é a melhor escolha cobertura do solo.
• Alex Favaro, afirma que acha muito válida a aplicação do amendoim, que
deve-se pensar não somente nos nutrientes, mas nas vantagens acumuladas,
proteção do solo, clicagem de nutrientes, melhorias nas características físicas
do solo, acúmulo de matéria orgânica entre outros benefícios.
Imagem: Antonio Dal Moro
ADUBAÇÃO QUIMICA X ORGÂNICA
• De uma maneira ampla em diversas oportunidades os integrantes do grupo
afirmam que a adubação química deve ser evitada.
• Motivos:
1. Adubo químico deixa sem sabor, orgânica fica mais doce.
2. Adubo químico reduz a validade, orgânico dura mais.
• Também é notório que a adubação química gera danos ao meio ambiente a
longo prazo, poluindo o lençol freático e acumulando sais no solo.
ADUBAÇÃO FOLIAR
• Vários integrantes do grupo afirmam que não é muito eficaz, entre eles Adhemar que
tem mestrado em adubação e afirma que não apresenta resultados.
• Eduardo de Marialva no PR afirma que se for feita adubação foliar deve ser feita no
início da manhã ou final da tarde quando os estômatos estão abertos.
• Dr. Dejalmo afirma que o órgão adequado para absolvição de adubos, as folhas tem
estômatos que abrem e fecham por estímulos externos, como vento por exemplo,
alem disso os cladódios possuem serosidades que dificultam a aderência das
gotículas nos cladódios, ele afirma que fará um experimento em plantas adultas com
bastantes raízes aéreas, a ideia é que as raízes aéreas absorvam mais.
• Bruno de Ituiutaba afirma que adubação foliar funciona principalmente se tiver Zinco
e magnésio, zinco para alongamento da folha e magnésio para formação da clorofila.
CONTROLE DE ERVAS DANINHAS
• Como já foi falado em outros slides uma forma de controle das ervas daninhas é
o amendoim forrageiro, ele cobre toda superfície e abafa outras ervas.
• Ricardo Guisso de Sananduva e Valteni de Santa Maria usam pneus na base do
mourão com cobertura morta.
• Cobertura morta também é uma prática interessante, pois além de inibir outras
ervas daninhas também mantém a umidade do solo e forma matéria orgânica.
• Como as raízes da pitaya são superficiais a capina não é recomendável, a
maioria dos produtores escolhe a roçadas das gramíneas para controlar o
tamanho.
TUTOREAMENTO
• A pitaya é uma trepadeira e necessita de um tutor para subir. Pode ser uma árvore,
uma cerca, parede, etc. O mais utilizado são os mourões de madeira com uma cruz
no topo é um pedaço de pneu para apoiar os cladódios. Este sistema tem variações
usando outros materiais conforme disponibilidade do local como madeira, cimento,
metal etc. De uma maneira geral deve existir um apoio no topo dos mourões.
• O tutor pode ser de madeira, cimento ou pedra em dimensões de no mínimo
10x10cm. Se for construído em algum outro tipo de material pode ter dificuldade para
fixar as raízes aéreas.
• No caso de madeira é recomendado eucalipto vermelho com cerne ou outra madeira
resistente, na região nordeste o Sabiá é muito usado. Se for de boa qualidade não
necessita de tratamento. Postes de madeira tratada devem ser evitados para cultivo
orgânico.
• Outras formas de condução também são usadas como espaldeira com os arames
forrados com mangueiras, postes do tipo usado para videiras/várias etc.
TUTORAMENTO
• O Eng. Ag. Dejalmo relata que tutores
tratados podem apresentar problemas
de fitossidade na pitaya, os cladódios
apresentam manchas e as raízes
queimam e ficam secas.
• Nilton relata que teve vários problemas
com tutores tratados.
• Alguns produtores não identificam
problemas com mourões tratados.
Como não sabemos como o mourão foi
tratado é prudente evitá-los
• O tutor é importante porque ele precisa
durar de 20 a 30 anos.
Imagens: Foto 1 Dejalmo, fitossidade Foto 2 Nilton eucalipto vermelho. Foto 3 Nilton eucalipto tratado
TUTOREAMENTO
Imagem: Fotos diversas do grupo
TUTORAMENTO – ESPALDEIRA, SISTEMA JAPONÊS
• Existem outros padrões de plantio ainda pouco usados no Brasil, segue fotos.
Imagem: Fotos diversas do grupo, foto da Direita plantio do Estefano - RS
TUTORAMENTO
• De uma maneira geral os mourões devem ser enterrados entre 50 e 60cm.
• Para um adequado manejo da planta o mourão não pode ficar mais alto que
1,5m para facilitar a polinização e colheita na parte de cima da planta.
• Logo o mourão deve ter entre 2m e 2,10m
• Outro fator importante na comunicação no grupo e entre produtores é número de
mudas por tutor, sempre é importante quando falamos no número de “plantas”
explicarmos quantas mudas temos por tutor como referência, ou ainda dizer
tenho 500 tutores e 1000 mudas por exemplo, neste caso presume-se 2 mudas
por tutor.
TUTORES VIVOS
• Uma outra forma de tutoramento utilizada é o uso de outras
plantas vivas como suporte para a pitaya. Nas regiões mais
quentes como norte e nordeste a gliricidia é bastante
utilizada.
• A gliricidia retém o nitrogênio ajudando na adubação.
• Ela não compete com a pitaya porque as suas raizes são
profundas.
• Nas épocas de maior ensolação a planta faz um
sombramento para a pitaya e em outras épocas ela é
podada e as suas folhas servem de adubo no solo.
• Estas podas ocorrem então antes das safras.
Imagem: Edison (Tomé Açu –PA)
ESPAÇAMENTO E DENSIDADE DE PLANTIO
• O espaçamento adequado entre as plantas permitira que a planta tenha acesso
a luz, que as pessoas consigam trabalhar entre as plantas e que equipamentos
sejam usados no manejo da cultura. Não existe uma regra fixa mas todas
experiências são validas, segue alguns exemplos:
• Jacir. Estou colocando os mourões com distancia de 3 em 3 metros e entre
linhas de mourões de 4 em 4 metros. 3 mudas por tutor.
• Germano. Trabalho com postes de concreto espaçamento entre postes 2,5
metros e 3,5 metros entre linhas3 mudas por poste.
• Paulo Fittipaldi. Tenho 4 na rua e 3 entre plantas. 2 mudas por poste.
• Matheus Soares. Espaçamento de 4m entrelinhas para passar Tobata ou trator.
ESPAÇAMENTO E DENSIDADE DE PLANTIO
• Mais exemplos:
• Douglas. Tenho 3x3, 3,5x2,5 e 4x2,5 e a partir de agora irei fazer sempre 4x2,5 e
três ou quatro mudas por mourão.
• Mauricio. Coloquei no mesmo jeito que o Feltrin porém com duas mudas por
mourão, ou seja, 2 mourões a cada 1 metro e 1,50 m entre eles e 3,50 entre
fileiras.
• Telvio. Eu 2 por mourões 2.5 por 2.5 e entre linhas 3 metros só que no espaço
dos 2.5 vou fazer tudo linha e vou acrescentar 3 mudas.
• Luiz Carlos. meu espaço é pouco inicialmente,vou fazer 3x2,com 3 mudas por
palanque.
ESPAÇAMENTO E DENSIDADE DE PLANTIO
• Mais exemplos:
• Sergio. As minhas é de 2,5 entre linhas e 1,3 de um mourão a outro 1 muda
cada.
• Lucia. As minhas são de 2m e entrelinhas 3m , eu planto uma muda por pé e o
Mourão quase não aguenta, os mourões que uso são tratados e de 10 cm.
• Mateus Rech. Temos 1,5 X 3 e 2 a 4 mudas por Mourão.
• Jubes. O meu é 2 entre plantas com 4 entre ruas. 2 mudas por mourões.
• Almir. No meu projeto feito pela Emater colocaram 2 metros entre mudas e 3mts
entre fileiras.
• Sawada. Aqui uso espaçamento de 2,5 x 3 e 3x3m.
APLICACÕES PARA DIFERENTES CORES DE POLPA
• Partindo do tema variedades acabamos debatendo sobre as cores de polpas.
• Polpas brancas são mais adequadas para venda para consumo “in natura”.
• Polpas vermelhas e rosadas são mais adequadas para uso industrial, culinário,
bebidas, etc.
• A adequada escolha da cor da polpa é muito importante no futuro de um plantio
comercial, deve-se ter em mente se o mercado que ser quer atingir absorve tudo
que se deseja produzir.
VARIEDADES
• Existem inúmeras variedades de pitayas. De uma forma geral identificamos como
branca, vermelhas e amarelas.
• As variedades podem ser melhor exploradas na tabela de variedades do grupo.
PROCEDÊNCIA DA MUDA
• Alberto Sawada afirma que tem que ser mudas provenientes de plantas adultas e
produtivas de bom tamanho E também que as mudas para envio devem estar bem
cicatrizadas (10)dias.
• DR. Dejalmo comentou que sempre devemos desinfetar (as mudas) com calda
sulfocálcica, para evitar contaminação na propriedade é seguir tratamento com calda
bordalesa.
• Germano alertou sobre mudas originadas de brotos e ou descarte. Para ficarmos
atentos que tem vendedor de muda entregando brotos. Sawada apoiou o
comentário do Germano afirmando que as mudas devem ter 40cm e devem ser
maduras, com tonalidade verde escura.
• Dejalmo alertou para a necessidade de cicatrizar o corte da muda na sombra já que
o corte é porta de entrada de fungos.
Imagem: Alberto Sawada
MUDAS. CORTE E CICATRIZAÇÃO, FUNGICIDAS
• As mudas por estaquia são obtidas com o corte de um cladódio. Este corte deve
ser de preferência no nó do cladódio.
• Quando o cladódio é longo ele pode ser cortado em partes e as pontas devem
ser cortadas em “V” para reduzir o contato com a terra ou depósito de água no
topo. Estes cortes podem ser protegidos com calda bordalesa (fungicida).
• Recomenda-se que estas mudas após o corte passem por um tempo de
cicatrização. Não existe consenso sobre o tempo de cicatrização, mas entre os
integrantes do grupo são citados prazos de 1 ate 15 dias, entretanto a maioria
das citações giram em torno 4 a 10 dias.
Imagem: Vídeo do Matheus Soares
CULTIVO POR SEMENTES
• Alguns integrantes do grupo tem experiências com a propagação de mudas por
sementes, porém não existe consenso sobre quanto tempo leva para frutificar, as
informações variam de 2 a 5 anos;
• Pelo elevado tempo de demora e incerteza em relação às características do fruto
e planta, o cultivo por sementes não é viável para fins comerciais;
Imagem: Rogério
ENXERTIA
• Alguns integrantes do grupo tem experiência com enxertia, na maioria
dos casos o propósito é acelerar a propagação e uma variedade mais
rara ou de cultivo mais lento, como as amarelas com e sem espinho.
• Existem variações de métodos, mas o mais comum será descrito no
próximo slide;
Imagem: Telvio e Alberto Sawada
ENXERTIA, PASSO A PASSO
• Cortar a ponta superior do cavalo, remover parte da ponta de baixo do enxerto
expondo a parte lenhosa do centro do enxerto, fazer um furo com uma broca de
6mm no centro do cavalo, inserir a parte lenhosa do enxerto no furo do cavalo,
empurrar até as faces dos cortes se encontrarem, fixar com uma fita crepe.
Imagem: Vídeo do Quintal da Pitaya
ENXERTIA
• Dr. Dejalmo: Qual a função do enxerto? Melhorar sistema radicular, melhorar a
resistência, melhorar as condições de fitossanitária, iniciar uma nova planta
pulando etapas iniciais. Alguns exemplos de fotos publicadas por vários
integrantes do grupo:
Imagens: imagnes diversas do grupo
PLANTIO
• Sobre fazer cova/berço para o plantio ouve questionamentos sobre a
necessidade da cova. As pitayas tem dois tipos de raízes. Uma superficial que
busca os nutrientes e outra mais profunda. Logo é interessante que o solo seja
descompactado.
• Dejalmo afirma que quando se fala em plantar PITAYA a cova pode ser negativa,
dependendo do solo. Quando raso e compacto pode formar uma cacimba com
água da chuva, onde foi colocado estercos, adubos e daí forma um caldo ácido .
Imaginem as raízes ali dentro, QUEIMA. Dependendo do solo , faça uma
amontoa e planta raso, PITAYA não gosta de solo com saturação de água.
• Sobre o tamanho do berço o Sr. Dejalmo comenta que isso varia mas que de
qualquer forma a adubação com o passar do tempo será feita cada vez mais
distante do mourão.
PLANTIO
• Sobre plantar a muda a partir do corte do nó ou expor a parte lenhosa do
cladódio o Sr. Dejalmo comenta que o enraizamento é mais rápido quando a
parte lenhosa é exposta.
• Ele também comentou que quando se tem tempo para por as mudas num
berçário e plantar elas com raízes é melhor. Mas se não existir tempo para isso
também pode ser normalmente plantado direto no “campo”.
• A ponta que fica para baixo deve ser bem identificada para não plantar a muda
virada ao contrário, em geral deve-se observar os espinhos que na maioria ficam
voltados para cima.
• A muda deve ser enterrada entre 2 e 3cm no solo, não mais do que isso para não
causar apodrecimento da muda.
ENRAIZAMENTO
• Muitos integrantes do grupo tem por prática a implantação de berçários, canteiros ou
sacos plásticos como solo preparado com bastante matéria orgânica ou com substratos
como fibra de coco, serragem, ert.
• O principal propósito desta prática é promover o enraizamento da muda em local
protegido e antecipar ciclos do cultivo, desta forma quando a muda “for a campo” ela já
está mais preparada para enfrentar o clima e poderá absorver nutrientes antes, crescendo
mais rápido.
Imagens: Cláudia Tosta, Josy, Thiago Azevedo, Mateus Sarmento
CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO
• A pitaya é uma planta perene. O custo para implantar o pomar é um
investimento.
• Fazem parte do custo de implantação tudo que você precisar para o plantio, tais
como:
1. Preparo do solo, análise, adubo e calcário usado no preparo do solo, irrigação,
etc.
2. Palanques, tutores, mourões, sistemas para condução no topo do tutor, etc
3. Máquinas e ferramentas usadas para o plantio.
4. Cercas para conter animais.
5. Toda mão de.obra usada nestas atividades e nos meses iniciais.
CUSTOS DE OPERAÇÃO DO POMAR
• São custos de operação do pomar todos custos inerentes ao
manejo da cultura após a implantação.
• São exemplos de custo para a produção:
• Mão de obra que pode variar conforme a época do ano/safra
• Polinização e colheita ao longo dos meses de floração.
• Manutenção da cobertura do solo no restante do ano.
• Podas, adubação e controle de pragas e doenças durante todo ano.
• Adubação, fertilizantes e produtos para controle de problemas de qualquer
natureza.
• Gastos com equipamentos, combustíveis e manutenção.
• Custos de transporte e armazenamento.
CONDUÇÃO DA MUDA
• De uma maneira geral a muda deve ser amarrada ao tutor com uma tira de tecido
macio quando plantada e novamente amarrada acima conforme for crescendo.
• Alguns produtores afirmam que deve ser escolhido um broto principal para ser
conduzido até o topo do mourão outros afirmam que mais brotos podem também
ser levados até o topo sem prejuízo ao desenvolvimento da planta.
PODA
• Na pitaya existem 3 tipos de poda. Duas de formação e uma de brotação.
• Formação. Todos cladódios que nascem abaixo do suporte devem ser
removidos, eles podem ser aproveitados como mudas se não forem muito
pequenos.
• Formação da copa. Quando a pitaya chega no topo do tutor e ultrapassa o
suporte ela pode ser despontada para estimular a brotação e assim formar a
copa. (A copa pode se formar sem esta poda).
• Poda de brotação. Antes da primeira florada pode-se fazer um desponte dos
cladódios para estimular a brotação floral.
• Obs: o desponte serve para quebrar a dominância apical, crescimento
vegetativo, ou seja a planta passa a “crescer para os lados”
CONSÓRCIO COM OUTRAS CULTURAS
• O espaço entre as linhas da pitaya pode ser usado para outras
culturas ou a pitaya pode ser cultivada no meio de outras culturas.
Nas duas situações o objetivo é o melhor aproveitamento da área e
também pode significar redução do investimento com cercas,
irrigação entre outros.
• Alguns integrantes sugeriram plantios rasteiros como batata doce
por exemplo.
• Outra opção é plantar pitaya nas entrelinhas de outra cultura com
espaçamento maior como por exemplo a nogueira pecã ou ainda
aproveitar os tutores como suporte temporário durante o
crescimento da muda para outras culturas como a Physális que
precisa ser conduzida como tomateiro.
Imagen: Alessandro de Casa Branca SP, Abacate + Pitaya
IRRIGAÇÃO E FERTIRRIGAÇÃO
• A pitaya necessita em torno de 1500mm de chuva durante um ano. É uma fruta
tropical, necessita de água ainda que pareça contraditório por se tratar de uma
cactácea.
• Uma vez que é necessário irrigar pode-se economizar tempo e mão-de-obra se
misturarmos fertilizantes e ou adubos na água utilizada na irrigação. Pode-se
usar adubos solúveis em água ou fertilizantes líquidos, entre eles o chorume
produzido em composteiras ou preparados curtidos de esterco, cinza, pó de
ossos etc.
• A concentração da mistura deve ser bem baixa para não provocar danos nas
plantas.
EXEMPLO DE FERTIRRIGAÇÃO ECONÔMICA
• No exemplo ao lado vemos o
fertilizante líquido ou diluído
sendo misturado em pequena
quantidade escorrendo da
bombona para um tanque de
fibrocimento que recebe uma
quantidade maior de água, este
sistema é útil para mistura em
sistemas por gravidade.
• Para ver mais:
https://youtu.be/cuEPebF88Nw
Imagens: captura de imagem do vídeo do link ao lado
IRRIGAÇÃO
• Mateus Moreti de Vatuporanga recomenda mangueiras para gotejamento com 20 ou
30 cm de distancia entre os gotejadores, com distâncias maiores como 50cm por
exemplo dificilmente vamos conseguir fazer coincidir o ponto do gotejador com a
muda.
• Enilson de Seabra BA, também pensa semelhante, ele afirma que para usar fita de
50x50cm só se a fita for instalada antes do plantio e a posição do plantio for
orientada pelo gotejamento, caso contrário é desperdício, ele também recomenda o
uso das fitas sem furos e que se coloque os furos/gotejadores onde se deseja.
• Quanto a quantidade de água a ser aplicada, isso varia de região para região,
conforme o clima, é muito importante o produtor testar o volume de água aplicado e
observar muito a reação das plantas e nível de evaporação para definir quantidade e
frequência de irrigação.
IRRIGAÇÃO
• Antonio Dal Moro afirma que usa sistema de gotejamento, inicialmente aplicava
sobre o solo e posteriormente ergueu para facilitar as roçadas. Ele afirma o
gotejamento lhe parece melhor porque assim utiliza o sistema por gravidade,
reduzindo custos e desperdícios, além de que pode adicionar fertilizantes na
água (Fertiirrigação). Também observa melhor aproveitamento da água que é
absorvida aos poucos porque é absorvida lentamente. Associado ao sistema de
gotejamento o Antonio também usa a proteção do solo com cobertura morta,
assim ele mantém a umidade do solo por mais tempo.
• Matheus Soares de Gaivota – SC usa sistema de gotejamento, ele recomenda
usar no máximo linhas de 100m com sistema não compensado, mais barato. Ele
deixar o gotejador virado para cima, desta forma ele não pinga por vontade
própria, somente quando acionado.
POLINIZAÇÃO
• Antônio Dal Moro afirma que as pitayas se classificam de 3 formas quanto a
polinização:
• Totalmente férteis: são aquelas que produzem frutos com padrão constante de
tamanho com o próprio pólen da flor.
• Autoférteis: São as que produzem frutos com o próprio pólen, mas são menores do
que quando passam por polinização cruzada*
• Não autoférteis: São as variedades que necessitam obrigatoriamente do pólen de
outra variedade, polinização cruzada*
*próximo slide
POLINIZAÇÃO CRUZADA
• Para polinizar manualmente a flor. Você deve coletar o pólen
de flores de outras variedades sacudindo a flor dentro de um
saco plástico ou pote, feito isso em algumas flores, com o
dedo ou com um pincel “sujar” o estigma da flor que se
deseja polinizar com este pólen.
• Para variedades não auto-férteis a polinização só ocorre
quando é feita manualmente e cruzada.
Imagens: Ednardo Pinto meionorte.com e Almeida
POLINIZAÇÃO CRUZADA
• Xênia: capacidade da planta aumentar o
tamanho do fruto quando polinizada com o
pólen de outra variedade diferente, isso
vai resultar em frutos maiores na maioria
dos casos.
• Nas fotos ao lado, frutos da Halley Comet,
a menor sofreu polinização natural e
resultou em frutos entre 140g e 170g, na
foto maior a mesma variedade com
polinização cruzada o fruto possui 563g,
Imagem: Antônio Dal Moro
USO DE COPOS DESCARTÁVEIS NA POLINIZAÇÃO
• Alguns produtores utilizam copos descartáveis
para proteger o pólen de uma possível chuva
antes da polinização. Então o produtor coloca os
copos nos botões florais quando eles estão com
um dia ou dois para abrirem. Assim se chover o
pólen ficará seco.
• Esta atividade não é feita em todo pomar,
apenas numa quantidade suficiente de flores
para recolher o pólen necessário.
Imagem: Telvio
FORMAS DE CONSERVAR O POLÉN
• Algumas variedades podem florir com alguns dias de diferença,
desta forma para fazer a polinização cruzada é necessário
conservar o pólen. O sr. Ivo de Turvo SC afirma que consegue
conservar o pólen por até 4 dias dias na geladeira, ele envolve o
pólen em um lenço de papel, coloca dentro de um pote plástico e
guarda na porta da geladeira.
INSETOS - REPELENTES
• O Almeida da região do Triângulo Mineiro pulveriza água com fumo
curtido logo após polinizar a flor. Segue o relato dele:
• Então, aqui na região temos uma espécie de besouro bem pequeno que
entra dentro da flor e com alguns dias ela começa a apodrecer. Sendo
assim, jogamos água com fumo curtido, isso os repelem e dá o tempo
para a flor murchar, então eles não tem mais o interesse em entrar na
flor. Caso a chuva esteja próxima, nós até adiantamos a abertura da flor e
polinizamos logo para não corrermos o risco da perda do pólen durante a
chuva, logo procedemos com a borrifada do repelente e de manhã,
devido a chuva, voltamos e jogamos mais um pouco, no caso, porque foi
lavado pela chuva.
INSETOS - REPELENTE
• O Sergio de Turvo em SC usa outra formula que segue: Meio
kg de alho meio kg de pimenta malagueta esmaga e coloca
em 5 litros de álcool deixa uns 15 dias depois coloca 100 ml
em 20 litros de água e pulverizar.
• Bolivar usa um adesivo amarelo que atrai os insetos,
incluindo a abelha Arapuã ou Irapuã, e o inseto fica grudado
no adesivo, o produto é naturalmente orgânico uma vez que
não se trata de veneno, o nome é Amarillo.
USO DE PROTEÇÃO NOS FRUTOS
• Alguns produtores como a Neusa e o Nilton de São Paulo usam redes ou sacos de
TNT para proteger o fruto quando esta na fase de amadurecimento. Uma empresa
do CE chamada TNTEX produz um saquinho com fecho rápido chamado de
Agrotex
Imagem: Fotos diversas do grupo
PONTO DE MATURAÇÃO
• Conforme afirma o Dr. Dejalmo, a pitaya é uma fruta não climatérica, ou seja, não
amadurece após colhida, não ocorre transformação de açúcar, portanto pitaya se
colhe madura.
• Alguns integrantes afirmam que a hylocereus polyrhizus racha quando
permanece muito tempo no pé, Leila afirma que a dela que ocorre isso é
chamada de casca rosa do pará.
CONSERVAÇÃO APÓS A COLHEITA
• Estima-se que a pitaya dure 15 dias em temperatura ambiente e 30 dias em
camara fria com temperatura entre 5 e 10°c porém com esta temperatura tão
baixa a casca perde a boa aparência, então temperaturas pouco acima dos 10°c
tem sido usadas com sucesso.
• No caso de armazenamento sem refrigeração ele deve ser feito em local a
sombra.
• Conforme experiência do Junior após a colheita o fruto terá maior durabilidade se
borrifar própolis no corte.
• No caso de polpa congelada a durabilidade pode se estender por até 12 meses.
EQUIPAMENTOS
• Equipamentos para manejo da cultura são necessários para cultivo comercial.
Dentre os produtores do grupo são recomendados os equipamentos menores
conforme as fotos:
Imagem: Fotos diversas do grupo
TEOR BRIX
• Um aparelho chamado refratômetro mede o teor de
sólidos solúveis (brix) que é usado para avaliar o teor de
açúcar da fruta.
• Conforme o tipo de adubação e solo uma mesma
variedade pode apresentar teores diferentes.
• Frutas de variedade diferentes podem apresentar teores
de açúcar diferentes. De uma maneira geral as pitayas
vermelhas de polpa branca tem menos açúcar que as
outras.
TEOR BRIX – RELATOS DIVERSOS
• Rubens, colecionador de SP: Eu sou a favor de pitaya com Brix maior, como sou
colecionador já fiz nestes 2 últimos anos, vários testes de degustação com
amigos, parentes e a preferência de 100% foi nas pitayas que tem Brix mais alto.
Tenho aqui a cebra, orejona, branca colombiana e amarela colombiana e a
preferência foi pelas de Brix maior. 1° lugar amarela colombiana, 2° lugar branca
colombiana, 3° cebra, 4° lugar orejona. Mas concordo com a preferência pessoal.
Porque já li que numa degustação uns acharão que a pior degustação de
algumas variedades era a el grullo enquanto uma pessoa achou que era a
melhor.
• Edilio Rosa: Não tem como comparar brix da amarela com as outras. Pode
plantar a amarela na pior terra do mundo que mesmo assim ela ainda vai ter o
maior brix. Acho que o que estamos discutindo é como ter um brix elevado nas
pitayas de casca vermelha.
TEOR BRIX –RELATOS DIVERSOS
• Dr. Dejalmo, a qualidade de uma fruta passa por vários fatores. Sanidade,
resistência no armazenamento, acidez e teor de açúcar. Hoje se valoriza muito
nos alimentos, sua capacidade funcional, teor de compostos fenólicos (anti
oxidantes). Tudo isso depende do equilíbrio de tratos agronômicos. A
temperatura tem influência no Brix, maior luminosidade e calor maior
transformação de energia elétrica em energia química ( formação de glicose) ,
mas aqui no sul nossas pitayas são mais ácidas, destacam mais o aroma e
sabor.
• Leila: Meu solo é ácido, pobre em nutrientes, temperatura e umidade elevadas, o
inverno é de muita chuva. Como eu já disse, faço uso do cultivo orgânico. Uso
estercos de aves e bovino, cinza, adubo verde, caldas, biofertilizantes, EM
(micro-organismos eficazes) e etc. Minhas frutas são doces e saborosas.
TEOR BRIX – RELATOS DIVERSOS
• Adhemar –SC. Concordo com o Rubens Moreira, que os consumidores preferem as pitaias de polpa
vermelha e mais doces. Falo isso porque converso com os consumidores e feirantes de nossas cidades
menores aqui da região, onde já tem oferta da fruta na maioria delas e os mesmos já conhecem a fruta. Nas
cidades maiores ainda a fruta é desconhecida pela grande parte da população.O fator mais importante para
se ter um grau Brix alto é o material genético. Faço esta afirmação com absoluta certeza. Pergunto:Porque
a pitaya amarela Colombiana, plantada no mesmo solo e clima no Recanto das Pitayas dos Irmãos Feltrin
em Turvo SC, possuem um Grau Brix maior que as pitayas de polpa vermelha e pitayas de polpa branca?
Depois vem os outros fatores para definir o Grau Brix, como ponto correto de colheita quando as brácteas
do fruto estiverem bem vermelhas (pitayas de casca vermelha), temperaturas mais altas, fotoperíodo maior
e adubações equilibradas. O nutriente potássio confere maior doçura na fruta além de oferecer maior
resistência às geadas. O potássio não faz parte de nenhuma molécula orgânica vegetal, ele está livre, por
isso é considerado um catalisador para outras reações químicas.O nitrogênio em excesso, prejudica a
qualidade da fruta, com menor teor de açúcar, além de deixar a planta mais suscetível as geadas, ao ataque
de pragas e doenças, por conter na seiva maior quantidade de Nitrato e amônia livres, que é um prato cheio
para pragas e doenças se instalarem.
BRIX – RELATOS DIVERSOS
• Antonio Dal Moro: estou acompanhando agora a discussão sobre brix... e gostei do li nos vários posts
dos participantes!
• Vou concordar e discordar com vários comentários... Concordo com o Edilio quando afirma que não
podemos comparar de forma direta espécies diferentes como se todas tivessem que ter o mesmo teor
de brix... Uma Selenicereus setaceus - pitaya do cerrado - tem brix alto por natureza, como uma
Selenicereus megalanthus (agora Hylocereus megalanthus) - pitaya amarela da Colombia. Seria
judiação comparar o brix dessas com a Hylocereus undatus - Pitaya de polpa branca e casca
vermelha, também as Hylocereus polyrhizus - pitayas polpa vermelhas. Também alguns híbridos
desses cruzamentos apresentam novas variedades com brix alto e médios....Mas independente do
brix de cada uma dessas espécies ou variedades... o que eu levaria em consideração é o sabor (e
conceito de sabor é abstrato) que cada uma tem....
• Vou discordar com alguns quanto a preferência da maioria por frutos com brix alto (Brix é teor de
açúcar), pois quando se prova vários tipos de frutos sempre haverá alguma que irá agradar
determinado paladar... as pessoas são diferentes e possuem gostos diferentes.... Eu conheço várias
pessoas que gostam de pitayas doces e outras que preferem aquelas com um pouco mais de acidez...
• Também vou concordar com o Ademar quando diz que a composição genética da planta ou do fruto é
primordial...Os novos híbridos que o digam... vários cruzamentos entre as variedades tem gerado
plantas extraordinárias e isso é um caminho sem volta... Teremos uma quantidades enorme de novos
híbridos a cada ano, mas aqueles que atingirem a preferência da maioria irão permanecer...
BRIX – RELATOS DIVERSOS
• Antonio Dal Moro: Outra tendência que o Dr Djalmo mencionou é que hoje muitas
pessoas estão querendo consumir pitayas por uma questão funcional, por aquilo que
de bom elas trazem para nossa saúde.Esse é um ponto que considero até mais
importante do que o brix em si. O que precisamos é por em prática uma sugestão do
próprio Dr Djalmo: fazer um encontro nacional ou regional com muitas variedades e
espécies para degustação sensorial... para realmente conhecer o que as pessoas de
cada região ou localidades preferem...Eu particularmente gosto de pitayas de alto
teor de açúcar... mas que tenham bom sabor! Porque entendo que uma boa fruta não
depende somente do brix alto.
• Não sei se fui claro... mas esta é minha opinião! Em tempo: o híbrido Kathie Van
Arum tem uma teor alto de açúcar (Brix alto), mas o sabor da fruta é diferente de
tudo o que já provei... é exótico, diferente.... Eu gosto, mas muitas pessoas que
gostam de pitayas com brix alto não gostam... por isso digo que sabor e paladar é
abstrato.
CALENDÁRIO
• O Brasil é um país com dimensões continentais, quando falamos em calendário é
impossível fazer uma sugestão de calendário que atenda a todos climas do país,
mas é muito importante que cada produtor tenha o seu, com base nas
características climáticas de cada região, no sul isso é mais importante que em
outras regiões devido a divisão clara das quatro estações.
• É muito importante que cada produtor tenha em mente que determinadas épocas
do ano a planta está mais propícia para um determinado ciclo da vida dela,
exemplo durante a floração não é adequado plantar porque a planta está no ciclo
de floração e não preparada para enraizar, e assim por diante.
CALENDÁRIO
• Sugestão de calendário para a região Sul:
• De novembro a maio, floração e frutificação, época devem ser aplicados os
adubos que contribuem para a formação do fruto e para melhorar o grau Brix.
Época de colheita e polinização.
• De Maio a Agosto, como fim da safra as plantas precisam de adubação para
passar o inverno, em agosto iniciam as brotações, necessário avaliar a
intensidade das geadas e avaliar a necessidade de proteção.
• Maio a Julho, preparação de novas áreas para plantio.
• Agosto e setembro, época de podas e preparação de mudas para plantio.
• Outubro, época de fazer a poda para estimular a floração.
ESTRATÉGIAS DE POSICIONAMENTO DE MERCADO – COMO EVITAR INTERMEDIÁRIOS
• Jonas, de Paraíso do Sul indica que a canibalização entre produtores deve ser
evitada, uma saída seria a formação de cooperativas para venda em conjunto.
• Valteni apresentou detalhadamente a sua estratégia de divulgação, passando por
palestras em faculdades, escolas, degustações em supermercados, etc.
• Algumas pessoas não conseguem se envolver em toda cadeia produtiva,
portanto os intermediários podem ser importante, para aqueles que conseguem
fazer a venda, algumas estratégias ajudam.
• Maurício de Paris, de Viamão RS por exemplo fez demonstrações e degustação
em supermercado.
• Outra estratégia pode ser de beneficiar o a pitaya transformando assim em
produtos mais duráveis e assim ganhar tempo para estocar e vender o produto.
MERCADO
• Edicon da BA afirma que: Plantou visando o mercado local e posteriormente
Salvador As plantas São novas ,vendeu 2 toneladas atacado e varejo, fez
muita degustação e feiras agropecuárias e orgânicas Atacado foi para
supermercados de Irecê e Feira de Santana.
• Adhemar de SC afirma que hoje foi na feira livre e ainda tinha pitaias temporonas
de casca vermelhas de polpa branca e polpa vermelha.O feirante me informou
que a preferência dos consumidores é pela polpa vermelha.Quando ele vendia a
sete reais/ kg (plena safra) não tinha oferta suficiente pela atender a demanda.
Agora no final da safra a dez reais/kg a demanda pelos consumidores diminuiu,
mas mesmo assim ele vende.
COMO ADAPTAR A GEADA AO FRIO
• O Telvio de Benjamin Constant do Sul planalto gaúcho, recomenda
cortar capim elefante e amarar na volta da planta.
• Thiago de Caxias do Sul, serra gaúcha, afirma que ira testar
papelão ondulado enrolado na planta envolvidos com um saco de
lixo de 200 litros resistente.
• Dejalmo De Arroio Grande, sul do RS divisa com o Uruguai afirma
que em 4 anos nunca teve problemas com geada mas acredita ser
adequado usar o sistema de aspersão de água da mesma forma
usada nos pomares de pêssego.
• Bolivar de Caçapava do Sul, campanha gaúcha, irá usar
“isomanta” enrolada na planta.
• Valdinei usou TNT para envolver os mourões, foto ao lado
• Ricardo de Sanaduva usou BigBags, foto ao lado.
Imagens: Valdinei e Ricardo
ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL
• No oriente é prática comum iluminar os pomares com
lâmpadas nas entrelinhas durante um período de
inverno (não necessariamente frio) onde o dia é um
pouco mais curto. Assim eles conseguem uma
segunda safra com menos frutos por pé porem
maiores e mais doces. A iluminação normalmente é
usada entre 22:00 e 2:00 assim ocorre uma “quebra”
na noite enganando a planta e provocando floração.
• A pitaya precisa de 12 horas de luz e calor, em locais
que são quentes como no Vietnã mas que no outono
diminui a incidência de luz eles estimulam a floração
com luz artificial.
Imagem da internet de produtor de
taiwan
UTILIZAÇÃO DE OUTRAS PARTES EM RECEITAS
• Flores refogadas
• Colete as flores jovens ou, preferencialmente botões
florais bem desenvolvidos, lave e pique em pedaços
grandes. Refogue como qualquer verdura. Doure o
alho com sal, molho de soja (shoyu) e demais
temperos a gosto no azeite ou manteiga e agregue as
flores. Mexa e deixe murchar rapidamente em fogo
baixo. Sirva quente puro ou com carnes. As flores
podem ser desidratadas para uso futuro, como já vem
sendo feito no oriente e até exportadas.
Imagem e receita: Livro sobre PANCs
UTILIZAÇÃO DE OUTRAS PARTES EM RECEITAS
• Flores grelhadas
• Colha os botões florais fechados ou as flores jovens e abra-as no
meio no sentido longitudinal. Grelhe numa chapa. Faça um
invólucro com presunto parma, regue com azeite de oliva e gratine
bem ao forno com ou sem queijo. Sirva quente com molho branco
ou agridoce.
Imagem e receita: Livro sobre PANCs
UTILIZAÇÃO DE OUTRAS PARTES EM RECEITAS
• Geleia de casca da pitaya de polpa branca
• Lave os frutos maduros, corte as protuberâncias (pétalas), retire a
polpa para consumo in natura ou outras receitas. Pique a casca e
triture com um pouco de água. Adicione metade de açúcar cristal
em relação ao total de massa triturada. Mexa constantemente em
fogo baixo até atingir o ponto. Fica com consistência e coloração
rósea fenomenais, ideal para coberturas e recheios.
Imagem e receita: Livro sobre PANCs
UTILIZAÇÃO DE OUTRAS PARTES EM RECEITAS
• Mousse de polpa pitaya roxa
• Utilize a polpa da fruta, triture no liquidificador cerca de 400g de
polpa fresca, 200g de leite condensado, 200g de creme de leite ou
de iogurte natura e 5g de gelatina sem sabor (em pó) dilua. Leve à
geladeira e sirva gelado. Se não possuir gelatina congele e sirva
como sorvete.
Imagem e receita: Livro sobre PANCs
RECEITA VINAGRE
• O Telvio esta desenvolvendo uma receita de vinagre que esta testando.
Em algumas semanas poderemos saber o resultado. Segue relato dele:
• Bom eu o Dejalmo trocamos umas ideias e chegamos em um fórmula
mais e a primeira vez que estou fazendo por isto faço testes Pra cada kg
de polpa da Pitaya vai 2 copos de Açúcar mascavo e 2 litros de água ai
fechar em um vasilhame de vidro ou plástico tampar fazer um furo
pequeno na tampa colocar uma luva e fazer um furinho em uma ponta
de um dedo da luva deixar em um lugar fresco e que tenha pouca luz
natural mexer todos os dias por 40 dias ai vai se transformar em álcool
de Pitaya ai destampar e colocar uma toalha fina por cima e deixar
mais uns 10 dias ai coar e está pronto o vinagre de Pitaya
Imagem: Telvio
RECEITA DE GELÉIA
• A Nilva de Quirinópolis compartilhou esta receita:
• 5 kg de polpa branca e 1 kg de polpa vermelha 2 kg de açúcar !
Passai as pitayas no espremedor de batatas para não quebrar as
sementes! E leve ao fogo mexer sempre !
Imagem: Nilva
RECEITA DE VINHO DE PITAYA
• Receita do Eng. Agr. Dejalmo
• Amassar a polpa das pitayas sem quebrar a semente. Coar e juntar 10 litros do
suco , pode misturar as cores, polpa branca e coloridas de acordo com tom de
cor desejado.
• Do bagaço pode-se fazer schmier, ( geleia com semente e tudo). Os 10 litros de
suco terão em torno de 10% de açúcar, convertendo em álcool teremos um vinho
com 5% de álcool. Mas todo vinho tem de 9 a 12 % de álcool. Então se faz a
correção com açúcar 1kg = 10 % a mais , daí o vinho ficará com 10% de álcool.
• Como fazer o vinho: Com um garrafão de água mineral uma tampão e uma
mangueira fina que irá numa vasilha com água, para sair CO2 e não entrar
microganismos. ( ver na internet fermentação Anaeróbica.
RECEITA DE VINHO DE PITAYA
• Receita do Eng. Agr. Dejalmo. Continuação
• ingredientes: 10 litros de suco, 1 kg açúcar (pode ser mascavo), 1 pacote
10g de leveduras (fermento para vinho). Compra-se nas casa de produto
para cervejas. *** Atenção se não tiver leveduras de vinho pode ser
fermento biológico do pão 1gr por litro. Obs : se quiser colocar água
adiciona mais 200gr de açúcar para cada litro de água.
• Misturar tudo e colocar no garrafão fermentado, não esquecer da
mangueirinha com a ponta numa garrafinha com água para sair o gás e
não entrar nada.
• Após 10 dias vinho pronto, mais 10 dias maturado. Só tomar.
LICOR DE PITAYA
• Receita do Valério.
• Aguardente de cana 2 litros para 5 a 7 kg de Pitaya bem madura e
doce, calda de açúcar 1 litro de água com 1.5 kg açúcar branco
com cerca de 30 minutos de fervura. Deixar a Pitaya 1 mês junto
com a aguardente depois passar no coador de flanela e juntar a
calda de açúcar previamente preparada. Engarrafar e esperar 6
meses antes de beber.
SAGU DE PITAYA
• Receita da Marlene
• Vai a receita de um sagu com pitayas que fiz ontem, ficou uma delícia!
• Ingredientes: 1 xícara de sagu, 4 xícaras de água, 3 xícaras de suco de pitaya
(use a polpa de 2 pitayas vermelhas medias, batidas no liquidificador com água),
1 xícara de açúcar, 1 pau de canela e uns 5 cravos.
• Ferver a água, acrescentar o sagu, cozinhando em fogo baixo por + ou - 30
minutos, mexendo sempre. Acrescentar o suco de pitayas, os cravos e a canela
e ferver até ficar transparente. Acrescente o açúcar, ferva mais 1 minuto e retire
do fogo. Deixe esfriar (mexa de vez em quando para incorporar o caldo) e bom
apetite! Delicioso!
RECEITA DE SUCO DE PITAYA
• Ingredientes:
• 3 xícaras de chá de pitaya sem casca e picada
• ¼ de xícara de chá de folhas de hortelã
• 1 xícara de chá de abacaxi picado
• 2 xícara de chá de água gelada
• Modo de preparo:
• Bata todos os ingredientes no liquidificador
• Receitas compiladas da internet pelo Sr. Arno de Forquilhinha-SC
RECEITA DE SMOOTHIE DE PITAYA
• Ingredientes:
• Duas bananas congeladas
• Duas pitayas de polpa vermelhas congeladas
• Dois copos de água de coco
• Modo de preparo:
• Bater tudo no liquidificador
• Receitas compiladas da internet pelo Sr. Arno de Forquilhinha-SC
RECEITA DE SORVETE DE PITAYA
• Ingredientes:
• 1 lata de leite condensado
• 6 bananas congeladas
• 1 ½ depolpade pitaya vermelha congelada
• Modo de preparo:
• Coloque todos ingredientes no processador, coloque no freezer por cerca de
duas horas, bata novamente o sorvete no processador e sirva.
• Receitas compiladas da internet pelo Sr. Arno de Forquilhinha-SC
RECEITA DE SALADA COM PITAYA
• Ingredientes:
• ½ maço de rúcula
• ½ alface crespa
• 1 ½ xícara de chá de de pitaya sem casca cortada em cubos
• 1 ½ xícara de chá de manga cortada em cubos
• 1 xícara de chá de tomate cereja inteiro
• Molho:
• ¼ de xícara de chá de azeite de oliva extra virgem
• ¼ de xícara de chá de vinagre
• 1 colher de sopa de cebolinha picada
• Sal e pimenta do reino a gosto
• Receitas compiladas da internet pelo Sr. Arno de Forquilhinha-SC