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O conhecimento Prof. Everton da Silva Correa

Cultura

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filosofia e cultura

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O conhecimentoProf. Everton da Silva Correa

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A preocupação com o conhecimento

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O conhecimento e os primeiros filósofos

Alguns exemplos indicam a existência da preocupação dos primeiros filósofos com o

conhecimento e, aqui, tomaremos três:

• Heráclito de Éfeso;

• Parmênides de Eleia;

• Demócrito de Abdera.

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Heráclito de Éfeso

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Heráclito considerava a natureza (o mundo, a realidade) um “fluxo perpétuo”, o escoamento

contínuo dos seres em mudança perpétua.

“Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque as águas nunca são as mesmas e nós

nunca somos os mesmos”.

Se tudo não cessa de se transformar perenemente, como explicar que nossa percepção nos ofereça as

coisas como se fossem estáveis, duradouras e permanentes?

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Segundo Heráclito, há dois tipos de conhecimento:

• O conhecimento que nossos sentidos nos oferecem (que é a imagem da estabilidade);

• E o conhecimento que nosso pensamento alcança (que é a verdade como mudança contínua).

Então, qual o conhecimento verdadeiro?

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Parmênides de Eleia

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Segundo Parmênides, só podemos pensar sobre aquilo que permanece idêntico a si mesmo.

Conhecer é alcançar o idêntico, o imutável. Então, como pensar o que é e não é ao mesmo

tempo?

Para Parmênides, pensar é apreender um ser em sua identidade profunda e permanente. Desta forma, o pensamento não pode pensar sobre coisas que são e não são, que são contrárias e

contraditórias.

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Demócrito de Abdera

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Demócrito desenvolveu uma teoria sobre o Ser ou sobre a natureza conhecida com o nome de

atomismo: a realidade é constituída por átomos.

Os átomos, para Demócrito, possuem formas e consistências diferentes. São justamente essas variedades que produzem a multiplicidade de

seres, suas mudanças e desaparições.

No atomismo, somente o pensamento pode conhecer os átomos, que são invisíveis para nossa

percepção sensorial.

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Afinal...

• Pensamos com base no que percebemos ou pensamos negando o que percebemos?

• O pensamento continua, nega ou corrige a percepção?

• O modo como os seres nos aparecem é o modo como os seres realmente são?

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Sócrates e o sofistas

Preocupações como essas levaram, na Grécia clássica, a duas atitudes filosóficas:

• A dos sofistas;

• A de Sócrates.

Com eles, os problemas do conhecimento tornaram-se centrais.

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Os sofistas

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Diante da pluralidade de respostas, os sofistas concluíram que não podemos conhecer a Verdade

(o Ser).

Para eles a Verdade não existe. O que existe são nossas opiniões subjetivas sobre a realidade.

Assim, se a verdade é uma questão de opinião e de persuasão, a linguagem se torna mais importante

do que a percepção e o pensamento.

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Sócrates

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Opondo-se aos sofistas, Sócrates afirmava que a verdade pode ser conhecida desde que compreendamos que

precisamos começar afastando as ilusões dos sentidos e a multiplicidade de opiniões.

Para Sócrates, possuímos uma alma racional e que nos assegura que podemos alcançar a verdade e que a

alcançamos apenas pelo pensamento, isto é, pela atividade de nossa razão.

Desta forma, conhecer é começar a examinar as contradições das aparências e das opiniões para poder

abandoná-las e passar da aparência à essência, da opinião ao conceito.

Esse procedimento é conhecido como ironia e maiêutica.

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Platão e Aristóteles

Ambos herdaram de Sócrates o procedimento filosófico de abordar uma questão começando pela

discussão e pelo debate das opiniões contrárias sobre ela.

Além disso, passaram a definir as formas de conhecer e as diferenças entre o conhecimento

verdadeiro e a ilusão, introduzindo na filosofia a ideia de que existem diferentes maneiras de

conhecer ou graus de conhecimento.

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Platão

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Platão distingue quatro formas ou graus de conhecimento, que vão do grau inferior ao superior:

1. Crença;

2. Opinião;

3. Raciocínio;

4. Intuição intelectual.

Os dois primeiros graus formam o que ele chama de conhecimento sensível, enquanto os dois últimos

formam o conhecimento inteligível.

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Explicando...

1. Crença: é nossa confiança no conhecimento sensorial.

2. Opinião: é nossa aceitação do que nos ensinaram sobre coisas ou o que delas pensamos conforme nossas sensações

e lembranças.

3. Raciocínio: treina e exercita nosso pensamento, purifica-o das sensações e opiniões e o prepara ao grau

seguinte.

4. Intuição intelectual: que conhece as essências das coisas ou o que Platão denomina com a palavra ideia.

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Mas como chegar a intuição intelectual?

O caminho proposto por Platão para superar a crença e chegar à intuição intelectual deve ser feito por meio da dialética, que consiste em trabalhar expondo e examinado teses contrárias sobre um

mesmo assunto ou sobre uma mesma coisa .

Somente esse percurso dialético é que proporcionará, ao seu término, a intuição

intelectual de uma essência (ideia).

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Aristóteles

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Aristóteles distingue sete formas ou graus de conhecimento:

1. Sensação;

2. Percepção;

3. Imaginação;

4. Memória;

5. Linguagem;

6. Raciocínio;

7. Intuição.

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Para Aristóteles (diferente de Platão), nosso conhecimento vai sendo formado e enriquecido por acumulação das informações trazidas por todos os

graus, de modo que, há continuidade entre eles.

Porém, há uma separação entre os seis primeiros graus e o último. Pois, enquanto os seis primeiros dependem dos sentidos, o último é um ato do pensamento puro.

Assim, em cada um desses graus temos acesso a um aspecto do Ser ou da realidade e, na intuição

intelectual, temos o conhecimento dos princípios universais e necessários do pensamento.

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Por fim...

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Com os filósofos gregos, estabeleceram-se alguns

princípios gerais do conhecimento verdadeiro

1. A determinação das fontes e formas do conhecimento;

2. A distinção entre conhecimento sensível e intelectual;

3. O papel da linguagem no conhecimento;

4. A diferença entre opinião e conhecimento verdadeiro;

5. A diferença entre aparência e essência;

6. O estabelecimento de procedimentos corretos que orientam a razão na busca do conhecimento verdadeiro;

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Fim

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