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Quantidade de nutrientes = (necessidade da planta - estoque do solo) x fator (f)
a) Necessidade da planta, quanto a:• nutrientes a serem fornecidos; • quantidades necessárias para um determinado nível de produtividade;• época de aplicação e localização de nutrientes.
b) Avaliação do estoque de nutrientes disponíveis no solo.
c) Eficiência dos fertilizantes (f), ou seja, o fator de aproveitamento do fertilizante pelas raízes da planta (absorção).
Esse fator visa corrigir as perdas sofridas nos processos que ocorrem entre a aplicação do fertilizante e a absorção dos nutrientes pelas plantas, perdas estas por erosão, lixiviação, volatilização, no caso da ureia quando aplicada em superfície, desnitrificação biológica do nitrato e “fixação”, no caso do fósforo.
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR
Quantidade de nutrientes = (necessidade da planta - estoque do solo) x fator (f)
Em função dessas perdas é estimada a porcentagem média de aproveitamento dos macronutrientes.
Observa-se, portanto, que na aplicação do N-P2O5-K2O são utilizados cerca de 2 vezes mais N, 3 a 5 vezes mais P2O5 e 1,5 vez mais K2O.
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR
Nutrição mineral da cana
- O que aplicar?
• Macronutrientes: primários e secundários
• Micronutrientes??? Uma das hipóteses da não resposta aos micronutrientes é
provavelmente a sua ocorrência nos calcários, principalmente os de origem sedimentar.
Outro aspecto é em relação ao potencial genético das variedades.
- Quanto aplicar?
- Quando aplicar?
- Como aplicar?
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR
- Quando aplicar?
A época de aplicação é muito importante no aproveitamento do fertilizante, e portantodeve-se levar em consideração a fase da cultura (cana-planta ou cana-soca), ocomportamento do elemento no solo, a “idade” do canavial e a distribuição daprecipitação (ano agrícola).
Cana planta:sulco de plantio: baixas doses de N e altas doses de P2O5 e K2Ocobertura antes do fechamento do canavial: K2O máximo de 100 kg.ha-1
Cana soca: altas doses de N e K2O e baixas de P2O5, por ocasião da tríplice operação.
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR
Tríplice operação: - Escarificador (hastes),- Adubadeira e- Destorroador (pequenos
discos de grade).
MANEJO QUÍMICO DO SOLO
As práticas sequenciais de manejo químico do solo na cultura da cana-de-açúcar são:
1. Calagem
2. Gessagem
3. Fosfatagem
4. Adubação verde
5. Adubação orgânica
6. Adubação mineral
MANEJO QUÍMICO DO SOLO: Calagem
O maior desenvolvimento do sistema radicular de uma planta irá se refletir:- maior resistência à seca, - maior absorção de nutrientes - maior produtividade.
Deve constituir objetivo, no manejo das culturas, o maior aprofundamento do sistema
radicular, com o intuito de promover maior resistência à seca, e no caso da cana, maior
longevidade da cultura (MAZZA et al., 1994).
MANEJO QUÍMICO DO SOLO: Calagem
a) Fornece cálcio e magnésio
Desenvolvimento do sistema radicular: com a calagem é possível aumentar a
quantidade de solo explorado, melhorando a nutrição geral das plantas e
diminuindo os efeitos de secas prolongadas e veranicos.
b) Aumenta a disponibilidade de nutrientes, principalmente do H2PO4 –
A fixação do Fósforo é um grande fator de “perda” desse elemento, que pode
ocorrer de duas formas no solo: precipitação em solução e adsorção específica.
O fósforo sofre adsorção
específica na superfície dos
óxidos de ferro e alumínio,
principalmente em solos
mais intemperizados.
MANEJO QUÍMICO DO SOLO: Calagem
c) Insolubiliza os elementos Al +3 , Fe2+ e Mn2+
d) Aumenta mineralização da matéria orgânica
e) Aumenta fixação biológica do N2 no ar
f) Melhora a agregação do solo (efeito do Ca)
CONSEQUÊNCIAS DA CORREÇÃO DO SOLO
1- Aumenta a eficiência da adubação N-P2O5-K2O;
2- Aumenta o sistema radicular;
3- Diminui a necessidade de fornecimento de N na cana planta;
4- Aumenta a resistência à seca maior absorção de água e de nutrientes;
5- Melhora a convivência com pragas de solos (maior sistema radicular)
6- Aumenta a longevidade do canavial;
7- Aumenta a produtividade.
ANÁLISES DOS NUTRIENTES
o AMOSTRA SIMPLES: Coletar em torno de 20-30 amostras
o AMOSTRA COMPOSTA: 250 a 500 cm³
o ELEMENTOS: Potássio, cálcio, magnésio, sódio e alumínio: análises por
teor trocável
o ELEMENTO: Fósforo: Mehlich1 ou Resina
o ELEMENTOS: Enxofre/Micronutrientes: sofre influências da época da
coleta, umidade do solo e preparo da amostra
FONTES DE CÁLCIO E MAGNÉSIO
o Calcário: dolomítico, calcítico e magnesiano
o Silicatos de Ca/Mg
o Eficiência:
o Granulomteria
o Disponibilidade hídrica
o Distribuição uniforme
o Métodos para calcular necessidade de calagem
o Saturação de bases
o Neutralização da acidez trocável e elevação de Ca e Mg
Calcário calcítico com maior concentração de óxido de cálcio (CaO) e baixo teor de óxido de magnésio (MgO) (abaixo de 5%).
Calcário dolomítico com maior concentração de óxido de cálcio e magnésio.
Calcário dolomítico (Teor de MgO acima de 12%)Calcário calcítico (Teor de MgO até 5%)Calcário Magnesiano (Teor de MgO acima de 5% e até 12%)
o Métodos para calcular necessidade de calagem
o Saturação de bases
o Neutralização da acidez trocável e elevação de Ca e Mg
GESSAGEM
o GESSO AGRÍCOLA ------ CaSO4 2H2O
o SUBPRODUTO AGRÍCOLA
o REAÇÃO: ácido sulfúrico e rocha fosfatada para produção de ácido
fosfórico
o Não neutraliza a acidez do solo
o Diminui a saturação do Alumínio
o Aumenta a saturação por base da sub superfície
GESSAGEM
o Quando fazer a gessagem???
o Ca for menor que 0,4 cmol/dm³ E/OU
o Saturação Alumínio maior que 20% na camada 20-40 cm
FAZER REAPLICAÇÃO ANUAL DE GESSO????
GESSAGEM
o Quanto aplicar de gesso agrícola???
o Base na textura do solo
o Base na necessidade de calagem
o Base na saturação de bases
GESSAGEM
o Base na textura do solo
Dose (NG) kg/ha = ARGILA (g/kg) x 6 x f
f = fator de correção de profundidade (perfil a ser corrigido/20)
Argila (g/kg) = 50%
Profundidade de correção = 20 – 60 cm
f = (60-20)/20
f = 2
NG = 50 x 6 x 2
NG = 600 kg/ha
GESSAGEM
o Base na necessidade de calagem
Dose (NG) t/ha = [(NC x 0,25 ou 0,30) x (f)]
Dose (NG) t/ha = [(3 x 0,25) x (2)]
Dose (NG) = 1,5 t/ha de gesso agrícola
Aplicar de 25 a 30% da necessidade de calagem
Necessidade de calagem = 3 t/ha
f = fator de correção de profundidade (perfil a ser corrigido/20)
Profundidade de correção = 20 – 60 cm
f = (60-20)/20
f = 2
COMO APLICAR O GESSO AGRÍCOLA??
o Incorporado ou não
Se não for aplicar o gesso, qual outra fonte de Enxofre????
Super fosfato simples
Sulfato de amônio
ADUBAÇÃO MINERAL
ADUBAÇÃO ORGANO-MINERAL
Qual a profundidade que deve ser observada para calcular a adubação???
Qual a adubação para cana planta???
Qual a adubação para cana soca???
ADUBAÇÃO MINERAL
ADUBAÇÃO ORGANO-MINERAL
- Adubação com vinhaça e torta de filtro
• Torta de filtro + cinzas de caldeira• Palhada da colheita da cana crua + torta de filtro
ADUBAÇÃO COM RESÍDUOS DA CANA
TORTA DE FILTRO
Rica em P2O5 e CaO
Aplicada em cana-planta, nas dosagens de 30 t/ha (sulco) e 60 t/ha (área total),
podendo substituir parcial ou totalmente a adubação fosfatada, dependendo da
dose de P2O5 recomendada.
ADUBAÇÃO COM RESÍDUOS DA CANA
VINHAÇA
A vinhaça é empregada principalmente em cana-soca, fornecendo todo o K2O e
parte do N, além de Ca e Mg, sendo este último complementado por adubos fluidos
(aquamônia, uran, sulfuran) ou adubos sólidos (ureia, nitrato de amônio ou sulfato
de amônio).
Dosagem de 300 m³/ha
A adubação no sulco de plantio é realizada em função dos teores de P e K da análise de solo, enquanto a de N pelo histórico da área.
Recomenda-se aplicar em média cerca de 40 kg de N/ha.
Quando houver cultivo de leguminosas, a adubação com N é dispensada.
ADUBAÇÃO MINERAL: CANA PLANTA
NITROGÊNIO
- Participa na formação de aminoácidos, proteínas e enzimas.
- Participa direta ou indiretamente de vários processos bioquímicos, em
especial, na atividade das enzimas PePecase e Rubisco, que são responsáveis
pela fixação de CO2.
- Carência: diminuir a síntese de clorofila e aminoácidos essenciais, reduzindo a
atividade fotossintética e também da energia necessária para produção de
carboidratos e esqueletos carbônicos, refletindo no rendimento da cultura.
ADUBAÇÃO MINERAL
FÓSFORO
- Fotossíntese
- Respiração
- Transferência de energia
- Divisão celular
- Formação dos primórdios das partes reprodutivas
- Promove a formação e crescimento prematuro das raízes
Exigido em menores quantidades, mas são necessárias adubações pesadas em
função dos solos naturalmente pobres, além de reagir com Al, Ca, Fe, silicatos e
argilas
POTÁSSIO
- regulação da turgidez do tecido
- ativação enzimática
- abertura e fechamento de estômatos
- transporte de carboidratos
- transpiração
- resistência a geadas, seca, doenças e ao acamamento
ADUBAÇÃO MINERAL
Adubação nitrogenada da cana-soca utilizar 1,0 kg de N/ tonelada de colmos
Adubação potássica tomar como base as expectativas de produtividade, teores de
K da análise de solo (amostragem da soqueira), quando disponíveis.
ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CANA SOCA
ADUBAÇÃO FOSFATADA NA CANA SOCA
Em relação à adubação fosfatada de soqueira, as condições de resposta à aplicação deP2O5 se darão quando na análise de solo as condições de acidez forem satisfatórias, istoé, V% > 50% e quando os teores de P no solo forem baixos [ P-resina < 10 mg.dm-3).
Assim, sabendo-se que 10 mg.dm-3 de P equivalem a 46 kg.ha-1 de P2O5 na camada de0-20 cm (considerando a densidade do solo igual a 1,0) e que 100 t.ha-1 de colmosextraem cerca de 45 kg .ha-1 de P2O5, o não fornecimento de P levará a umesgotamento desse nutriente no solo, necessitando, portanto, da reaplicação de P2O5.
ADUBAÇÃO COM ENXOFRE
Recebeu vinhaça ou gesso agrícola não há necessidade de aplicação.
Necessidade: 30 a 60 kg/ha de enxofre
Fontes:
Sulfato de Amônia – 22 a 24% de enxofre
Superfosfato Simples – 10 a 12% de enxofre
As áreas com maiores possibilidades de resposta ao enxofre são:
a) Sem aplicação de resíduos orgânicos, ou de gesso agrícola;b) Mais distantes da usina (sem retorno do SO2 da queima do bagaço);c) Em solos de baixa CTC.
Quais as implicações da colheita
mecânica?
o Palhada sobre o solo: a conservação do solo, manutenção da umidade e reciclagem de nutrientes.
o Maior dificuldade para aplicação dos fertilizantes: em razão da necessidade de incorporá-los durante o cultivo para a recomposição da porosidade do solo devido ao tráfego agrícola.
Quais as implicações da colheita
mecânica?
Essa dificuldade é preocupante haja visto que a ureia é o fertilizante utilizado em maiorquantidade devido a sua economicidade, ampliando os riscos de perdas por volatilização,comparada às demais fontes.
Portanto, é indispensável que esse fertilizante seja aplicado em profundidade, utilizandoimplementos que apresentem discos de corte acoplados, para proceder o corte dapalhada e dispor o fertilizante no interior do solo, sendo suficiente o enterro a 5 cm deprofundidade para reduzir as perdas a níveis que não ultrapassem 5%.
Quais as implicações da colheita
mecânica?
Quando a ureia foi alocada superficialmente em solos cobertos por palha, as perdas porvolatilização foram elevadas, atingindo níveis entre 50% e 94%.
Tais resultados se originam da atividade da enzima urease na presença de umidade, altastemperaturas, exposição à ação dos ventos e pela ausência de sítios de adsorção daamônia.
O fenômeno pode ser agravado em consequência da baixa capacidade de retenção do gásproduzido, ou parcialmente controlado pelas condições climáticas como chuva e irrigaçãocom vinhaça, as quais podem arrastar o fertilizante em profundidade, diminuindo avolatilização, estimando-se que sejam suficientes, para tanto, 15 mm de chuva após aadubação.
A hidrólise da uréia não ocorre na falta de umidade, entretanto, o orvalho e a ascensão daumidade do solo durante o período noturno são suficientes para desencadear o processo.
Quais as implicações da colheita
mecânica?
Fontes de nitrogênio como nitrato de amônio e sulfato de amônio não estão sujeitas aperdas significativas por volatilização da amônia, no entanto, qualquer uma delas,inclusive a ureia, pode sofrer perdas por desnitrificação como consequência dadiminuição da aeração, pela maior umidade, combinada com os problemas físicos decompactação e na presença de compostos de carbono solúveis.
Restos culturais e resíduos da
Agroindústria Canavieira
o PALHADA: fornece de 12 a 18 t/ha. Oferta de potássio, demais nutrientes não
contribuíram de forma expressiva para a nutrição da cana.
o VINHAÇA: fornece K, Ca e MO. / Aplicação em rebrotas
o TORTA DE FILTRO: alto teor de umidade (75%)/ Fornece Fósforo: 5-10 kg/t de
MS e Cálcio: 15-36 kg/t de MS. Aplicação de 30 t/ha no sulco em
profundidade.
o BAGAÇO: melhorar as propriedades físicas/ aeração e capacidade de
retenção de água.