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LANçAMENTOS - IMPRESSõES - HISTóRIA N 0 7 – JULHO 2013 AUTOMóVEIS E MOTOCICLETAS www. marazzi.com.br Novo VW Fox IMPRESSÕES CHERY TIGGO LANÇAMENTO MINI PACEMAN MOTOCICLETA DAFRA HORIZON Com o inédito motor de três cilindros

Cultura do Automóvel

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Edição 7 - julho/2013

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lançamentos - impressões - história

N0 7 – julho 2013

automóveis e motocicletas

www. marazzi.com.br

Novo VW Fox

impressões

chery tiggolançamento

mini pacemanmotocicleta

dafrahorizon

Com o inédito motor de três cilindros

Menos cilindros, mais tecnologia!

EDITORIAL

Para quem cresceu vendo a Volkswagem como a

referência para automóveis populares, nestes últimos 60 anos em que a marca alemã esteve oficialmente no país muitas vezes já fomos sur-preendidos com guinadas tecnológicas. Um “fusca” de 4 portas, nos anos 60, um motor refrigerado a água, nos anos 70, ou mesmo um automóvel de extremo luxo já nos anos 2000 foram que-bras de paradigmas que se tornaram corriqueiras. Mas nem mesno nos longínquos anos 60, quando a VW incorporou a DKW Vemag, que produzia motores dois tempos de três cilindros, imaginávamos dirigir um modelo VW com um motor parecido com esses.Parecido, sim, no formato e na cilindrada, até mesmo no ronco!

n n n

Quanto às novidades, elas vão desde o novo Mini

Paceman, cupê esportivo baseado no suv Coutryman, passando pela reestilização do chinês Tiggo, que deve-rá satisfazer sua legião de fãs no Brasil, até a nova moto-cicleta custom da Dafra, a Horizon de 250 cm3.

n n n

Ainda sobre motocicletas, a lendária marca italiana Ducati, que agora faz parte do Grupo Volkswagen, após ser adquirida pela Audi, finca raízes no país com sua filial oficial, inaugurando a primeira revenda e produ-zindo alguns modelos no Brasil, em Manaus, AM.

n n n

A busca pela eficiência energética está trazendo muitas novas tecnologias, o que podemos notar confe-rindo quais são os motores que foram eleitos “os melhores do mundo”, no Engine Of The Year.

NESTA EDIÇÃONo 7 - Julho 2013

04 Pelo MundoO que acontece no mundo dos lançamentos de automóveis

06 Volkswagen Fox BluemotionQuem diria que um dia iríamos dirigir um VW com motor de 3 cilindros?

10 Chery TiggoO novo suv chinês mudou bastante e ficou bem mais bonito

12 Audi R8 V10 PlusNovidades no superesportivo que passa (bem) dos 300 km/h

14 Volkswagen FuscaConheça um pouco mais sobre a mais nova geração do Beetle

18 Fiat Grand Siena Essence 1.6Maior que o sedã compacto Siena, a versão Grand oferece mais

22 Dafra HorizonA novidade da marca brasileira de motocicletas é essa custom 250

24 Mahindra Pik upAs picapes indianas de cabine simples e dupla são feras na terra

26 DucatiConheça os modelos de motocicletas que serão vendidos no Brasil

28 Os motores do ano Saiba quais são os melhores motores do mundo no Engine Of The Year

30 Mini PacemanA sétima versão de carroceria da linha Mini é um cupê esportivo

32 História da marca MiniDesde 1959 a marca inglesa Mini surpreende com modelos compactos

7SumáRIO

4 Julho 2013 Cultura do Automóvel

pelo mundo

Mesmo sem poder citar a famosa frase “nada substiui a cilindrada” (there is no replacement to displacement”, os americanos ainda curtem uma boa arrancada

Os motores EcoBoost da Ford já estão nos utilitários. A primeira picape esportiva equipada com esse motor é a F-150 Tremor, que combina o desempenho de um V8 com a economia de um V6. A picape de cabine simples e aparência personalizada, que chega ao mercado norte-americano

ainda este ano, leva o pacote de estilo FX, que tem grafismos estilizados na carroceria, rodas de 20” na cor preto fosco e emblemas pretos com letras vermelhas. O eixo traseiro tem relação final encurtada para aceleração mais rápida. A picape Ford F-150 Tremor é a única cabine simples da

linha com console central integrado, que inclui ainda acabamento de couro preto com detalhes vermelhos, peças de metal escovado e direção com costura vermelha. Insertos de camurça Alcantara dão um toque especial aos bancos.O motor EcoBoost 3.5, com potência de 370 cv e torque

de 58 kgfm, tem duplo comando de válvulas variável. Ela está disponível nas versões 4x2 e 4x4, ambas com bloqueio eletrônico do diferencial de série para melhorar a tração nas arrancadas. É, parece que os norte-americanos ainda curtem um bom quarto de milha.

ford f-100 tremor

Cultura do Automóvel Julho 2013 5

pelo mundo

O Mitsubishi ASX ganha nacionalidade brasileira e passa a ser produzido na fábrica de Catalão, GO

Além da nova linha de produção, a Mitsubishi Motors também inaugura sua fábrica de motores e começa a produzir os motores MIVEC 2.0, que equipam o ASX. O trabalho da engenharia brasileira focou também na melhoria dos sistemas de suspensão, amortecedores e molas, para deixar o ASX mais adequado aos padrões dos

brasileiros, tanto na forma de conduzir quanto ao tipo de piso de nossas estradas. O ASX também passa a ser equipado com as novas rodas e pneus de 18”, com as novas cores vermelho Bordeaux, verde Pantanal, branco Alpino, cinza Londrino, prata Rodhium, prata Técno e preto Ônix. O ASX tem três anos de garantia, sem limite de quilometragem.

um novo mitsubishi brasileiro

cara nova. Sóo chinês JAC J3, nas versões hatch e Turin (sedã), ganhou uma plástica. novos

faróis, grade, capô, para-choque e para-lamas dianteiros são novos. na traseira, o

Turin ganha novas lanternas. Bonitas, mas um tanto atrasadas em relação à tendência mundial. As duas versões têm novas rodas de liga leve. por dentro, um novo painel de instrumentos e revestimentos, além de volante com controle de áudio e chave de ignição do tipo canivete. Apresentados como modelo 2014, o novo JAC J3 Turin custa R$ 37.990 e o JAC J3 hatch custa R$ 35.990.

O jeep e O cirrus

a Chrysler Group do brasil, em uma parceria com a fábrica de aviões Cirrus, apresentou as

edições especiais do Jeep Compass Cirrus e do Jeep Grand

Cheroke Cirrus, fazendo referência às edições especiais

dos aviões sr 20 Compass, sr 22 Compass e o sr 22 Grand, que

remete ao Jeep Grand Cherokee. externamente, um dos

diferenciais desses exemplares é o logotipo da Cirrus nos para-

lamas dianteiros, com o mesmo adesivo aplicado nos aviões. internamente, há pedaleira,

manopla e soleiras de alumínio e tapetes especiais reforçados.

6 Julho 2013 Cultura do Automóvel

lAnçAmento

tanto Fox quanto Bluemotion não são nomes desconheci-

dos para quem gosta da marca Volkswagen. O primeiro é um modelo popular de grande suces-so em nosso país, que disputa espaço e prefe-rência dentro de sua pró-pria casa, com o Gol, e o outro designa uma versão de veículos que leva em conta, prioritariamente, a eficiência energética. Já presente nas linhas Polo, Voyage e Gol, o conceito Bluemotion no Fox traz muito mais do que efici-ência, quebrando um paradigma em relação à tradição dos modelos populares da marca: a introdução de um motor

VW Fox BluemotionCom um inédito motor de três cilindros

de apenas três cilindros.O novo motor EA 211,

produzido na fábrica de São Carlos, no interior de São Paulo, além do inédito formato para a aplicação, inova também em métodos produtivos e tecnologia, introduzindo alguns sistemas surpre-endentes, como é o caso do cabeçote. De acordo com o fabricante, esse motor pode economizar até 17% de energia em relação ao convencional.

O Volkswagen Fox 1.0 que ganha o novo motor pouco foi mudado em relação à versão conven-cional, que tinha motor de 4 cilindros. A melhor inovação é a direção com assistência eletro-hidráu- motor eA 211 de três cilindros em linha do Fox

6 Julho 2013 Cultura do Automóvel

Cultura do Automóvel Julho 2013 7

lAnçAmento

Cultura do Automóvel Julho 2013 7

lica de série, item que, de acordo com o fabri-cante, faz reduzir o con-sumo energético em 3%, em relação ao Fox ante-rior, que era equipado com direção hidráulica.

8 Julho 2013 Cultura do Automóvel

lAnçAmento

Saiba mais sobre o motor VW eA211 de três cilindros

Produzido em São Carlos, SP, o motor EA211 tem bloco e cabeçote de alumínio, o que significa menos partes móveis e cilindros de maior diâmetro, resultando em melhor enchimento da câmara de combustão. A vela de ignição fica em posição central, melhorando a queima da mistura. As bielas são 20% mais leves e o virabrequim tem menor diâmetro de mancais. O mais interessante é o cabeçote, que não tem os comandos de válvulas presos a si. Estes são incorporados à tampa de válvulas, em uma inédita configuração. O cabeçote tem também o coletor de escape integrado, formando uma peça única. As polias dos comandos são triovais, o que permite estabilização da força na correia dentada e da flutuação angular. O sistema de partida a frio dispensa a utilização do tanquinho.

Outro ponto modifica-do foi a transmissão, a mesma MQ200 manual de 5 marchas, mas com as relações alongadas em até 10%. Aí surgiu um pequeno problema: a relação da segunda mar-cha foi alongada em 6%, enquanto a da terceira foi alongada em 10%. Para motoristas mais exigentes (ou mais chatos), a queda de rotação nas mudanças ascendentes ficou maior do que a ideal. Com isso tudo, o Fox BlueMotion pode ter uma economia global de consumo e de energia de até 17%.

Esteticamente, a grade frontal superior tem aber-turas mais estreitas, para melhorar a aerodinâmica, e os pneus são do tipo “ver-des”, de baixa resistência ao rolamento (têm mais sílica em sua composição) e maior pressão de enchi-mento (de 29/28 PSI para 36/34 PSI). O novo VW Fox Bluemotion tem preço de R$ 32.590 para a versão de duas portas e R$ 34.090 para a de quatro portas.

motor: 3 cil. em linhaCilindrada: 999 cm3

Combustível: flexPotência: 82 cvtorque: 10,4 kgfmCâmbio: 5 m, manualtração: dianteiraRodas: aço, 14”Pneus: 175/70 R14Compr. : 3.823 mmlargura: 1.901 mmAltura: 1.545 mmentre-eixos: 2 465 mmtanque: 50 litrosPeso: 993 kgPorta-malas: 260 litros

Ficha técnica

Volk

sWag

en F

ox

1.0

Blu

emo

tio

n

Grade do radiador com desenho exclusivo

o aerofólio ajuda na eficiência aerodinâmica

As calotas de plástico são exclusivas da versão

o Fox Bluemotion tem arquitetura eletrônica

VW fOx bluEmOtiOn

Cultura do Automóvel Julho 2013 9

lAnçAmentoVW fOx bluEmOtiOn

10 Julho 2013 Cultura do Automóvel

lAnçAmento

Chery Tiggomudou bastante e ficou muito

osegmento dos SUV compactos está bem servido. Ao lado de

produtos nacionais como ford EcoSport e Renault Duster, os chineses vêm conquistando seu espaço. Após o lançamento do Lifan X60, a Chery, que estreou no Brasil em 2009

justamente com o Tiggo, acaba de mostrar a reestili-zação de seu modelo.

Externamente o novo Tiggo teve alterações nos para-choques, grade, faróis, frisos laterais, lanternas, capa do estepe e brake light. O interior também mudou, com novo painel, console

central, volante, manopla de câmbio, bancos e revesti-mento. Outras novidades são as luzes diurnas com led, display com bússola, altitude e pressão atmosférica no espelho retrovisor, sensor de marcha a ré com display de distância e controle de áudio no volante.

O motor é o mesmo 2.0 16V a gasolina, com câmbio manual de 5 marchas. Existe a versão automática na China, mas não há previsão de sua chegada ao Brasil.

O novo Chery Tiggo custa R$ 51.990, mas ainda é possível comprar o antigo, por R$ 47.990.

mais bonito

Cultura do Automóvel Julho 2013 11

lAnçAmento

Poucas mudanças na traseira: novas lanternas de neblina, novo tampão plástico do estepe e aplicação de leds nas luzes de posição

o novo tiggo tem o mesmo motor 2.0 DoHC 16V a gasolina de 138 cv Porta-malas de 435 litros, com possibilidade de rebater os bancos

o painel é totalmente novo e as novidades estão todas no retrovisor

motor: 4 cil. em linhaCabeçote: 16v, dohcCilindrada: 1.971 cm3

Combustível: gasolinaPotência: 138 cvtorque: 18,2 kgfmCâmbio: manual, 5 mtração: dianteiraPneus: 235/60-R16Compr. : 4.390 mmlargura: 1 .765 mmAltura: 1.705 mmentre-eixos: 2.510 mmtanque: 55 litrosPeso: 1.375 kgPorta-malas: 435 litros

FiCha TéCniCa

Cher

y Ti

gg

o

Console central também é novo

12 Julho 2013 Cultura do Automóvel

Para quam não via a hora de trocar seu Audi R8 por uma

versão mais atual, mais potente e exclusiva, uma boa notícia: chega este mês ao Brasil o Audi R8 Coupé V10 Plus.

Entre as façanhas que o fabricante e importador declara para o carro está a velocidade máxima de

audi r8 v10 plus

imPressões

Difícil melhorar o que já é tão bom. mas o Audi r8 V10 Plus ficou melhor317 km/h e a aceleração de zero a 100 km/h em 3s5. Em uma rápida ava-liação no antigo retão do autódromo de Interlagos, não pudemos confirmar a velocidade, mas tenta-mos bater o número de fábrica na aceleração.

Quase chegamos lá: 4s13, conforme mostra-do no alto da página.

Mas a sensação de ace-lerar tão rapidamente é muito boa, principalmen-te ao volante de um esportivo como o R8.

Esta versão especial do R8 tem novos faróis e piscas de leds, acabamen-to das soleiras das portas e das capas dos retroviso-res de fibra de carbono, interior mais refinado,

com acabamento de fibra de carbono Sigma, paco-te de luzes, pedais e des-cansa-pé de alumínio e teto moldado de couro Alcantara.

O motor V10 TFSI tem 550 cv de potência e o novo câmbio Stronic de 7 marchas de dupla embreagem tem função de controle de saída.

12 Julho 2013 Cultura do Automóvel

Cultura do Automóvel Julho 2013 13

motor: V10Cilindrada: 5.204 cm3

Combustível: gasolinaPotência: 550 cvTorque: 55,1 kgfmCâmbio: Stronic, 7 mTração: integral quattroComprimento: 4.440 mmLargura: 1.904 mm Altura: 1.252 mmentre-eixos: 2.813 mmPeso: 1.595 kgTanque: 61 litrosPorta-malas: 100 litros

Ficha técnica

aud

i r8

v10

plu

s

imPressões

a favor

contra

O carro é bonito, incrivelmente rápido, espetacular de ser pilotado e tem uma estabilidade sem igual. Mas o melhor mesmo é o motor de 550 cv

O Audi R8 é mais ou menos como Porsche, dá para rodar por aí sem muitas restrições. Mas por R$ 800.000, é preferível um modelo mais exclusivo

Aceleração 0-100 km/h: 4s13

Cultura do Automóvel Julho 2013 13

14 Julho 2013 Cultura do Automóvel

Volkswagen FuscaDe volta às origens, só que agora com muito desempenho

aproVado: visual dirigibilidade desempenho câmbio de dupla embreagem acabamento

Avaliação

Ao falar da história do Fusca sempre há a alternância entre a redun-

dância e a novidade. Com projeto original dos anos 30, produzido, em várias fases, nos anos 40, popula-rizado nos anos 50 e imor-talizado ao fim de sua vida, nos anos 90, sua saga é tão complexa que mesmo os que acham que sabem tudo sempre se deparam com alguma novidade.

Fazendo 60 anos de vida oficial no Brasil – o VW Sedan, como era conheci-do, começou a ser monta-do aqui em 1953, para então começar a ser fabri-cado em 1959 –, o Fusca foi novamente revitalizado com a chegada de um novo automóvel, cuja apa-rência apenas lembra a do besouro, mas na verdade é outro carro. O novo Fusca, que tem a mesma mecâni-ca do VW Jetta TSI, um

motor turbo de 200 cv com câmbio automatizado de dupla embreagem, está mais próximo do modelo original do que a versão anterior de sua repagina-ção, o New Beetle, que tinha a mecânica do VW Golf. Inclusive no nome, que passa a ser o mesmo em que ficou conhecido em cada parte do mundo onde fez história. Aqui no Brasil, será sempre o nosso velho e amado Fusca.

Depois do New Beetle, que reviveu a saga do Besouro mas sempre dei-xou um gostinho de quero mais, principalmente em relação ao desempenho – pelo menos no Brasil, que só teve o insosso motor de 116 cv do Golf – a versão seguinte deveria impressio-nar nesse quesito. E assim aconteceu: alguns até che-garam a chamar o novo Fusca de “New Beetle para homens”.

CARRO testAdO

Potência 200 cv torque 28,5 kgfm Autonomia média 11,5 km/litro 0-100 km/h 7s5 Velocidade máxima 223 km/h Preço R$ 84.510 Versão testada R$ 110.000

Cultura do Automóvel Julho 2013 15

não aproVado: velocímetro analógico de difícil leitura preço com todos os itens opcionais

No mundo inteiro o novo Fusca está equipado com o motor 2.0 TSI, de 200 cv, com 28,6 kgfm de torque. O câmbio pode ser o manual de 6 marchas ou, opcionalmente, o DSG de 6 velocidades e dupla embreagem automática. Das duas maneiras, o Fusca responde com um desempenho excitante, certamente o ponto alto do carro. As suspensões, um tanto firmes mas bem

coerentes com a proposta do carro, reforçam a esportividade, assim como as suspensões, a dianteira do tipo McPherson e a tra-seira do tipo four-link. Um sistema de bloqueio eletrô-nico do diferencial, o XDS, é oferecido de série no novo Fusca.

O interior do carro é outro ponto de destaque. Alguns aspectos icônicos do velho Fusca foram incluidos no carro, como o

porta-luvas com a grande tampa chapada à frente do passageiro – sem, contudo, eliminar o grande porta-luvas inferior, característico dos automóveis modernos –, ou as alças de apoio aos passageiros traseiros, fixa-das nas colunas, exatamen-te como nos modelos originais.

Há muito espaço para quatro ocupantes – apenas dois na traseira – e a segu-rança, logicamente, não foi

desprezada. Airbags late-rais são de série.

Um pouco de sofistica-ção também está no inte-rior do Fusca. Acima do painel há instrumentos adicionais de temperatura do óleo, relógio com cro-nômetro e pressão do turbo e uma luz ambiente nas portas, programável em 3 cores, lembra um pouco a fase psicodélica que viveu o modelo origi-nal, nos anos 60.

Em comparação com o New Beetle de 1998, o Fusca tem um perfil mais baixo, mais largo, com o capô dianteiro mais longo e o para-brisa mais recua-do. O perfil do teto é mais baixo e e o novo Fusca é mais ousado e dinâmico.

Algumas das característi-cas mais marcantes do Fusca permaneceram, como os para-lamas salien-tes, o estilo das lanternas traseiras, a forma do capô,

as soleiras laterais e das portas, e o grande vão dos para-lamas, que sempre permitiram a utilização de rodas bem grandes.

Assim como o Fusca ori-ginal, o acesso ao interior é muito fácil. As duas portas abrem bem e não são muito grandes, algo positi-vo em estacionamentos apertados.

O Fusca é o único Volkswagen atual com faróis redondos. Eles

podem ser, opcionalmente, do tipo bi-xenônio, com lâmpadas de descarga sem mercúrio de 25 W. A opção por faróis bi-xenô-nio inclui luzes diurnas, cada uma com 15 leds nas bordas externas dos faróis

Outro diferencial do Fusca são os arcos das por-tas. Ou melhor, a ausência deles. No novo Fusca, os vidros das portas fecham diretamente no teto do carro, o que alguns cha-

mam de “sem coluna” . Mas não é o caso.

Uma grande evolução no Fusca, em relação ao velho carro e mesmo em relação ao New Beetle, é a capacidade do porta-malas. Situado na traseira do carro, comporta 310 litros, bem mais que os 214 litros da versão anterior. E a grande tampa traseira, que se abre juntamente com o vigia traseiro, permite ótimo acesso à bagagem.

16 Julho 2013 Cultura do Automóvel

Apenas dois passageiros no banco de trás. Meio apertado, com conforto e segurança

O revestimento de couro nas cores vermelho e preto é a opção mais interessante para o novo Fusca

Câmbio dsG de dupla embreagem acresce R$ 4.520

AVAliAçãO VOlkswAGen FusCA

sistema de som completíssimo com navegador e todos os tipos de entradas

Opcionalmente, sistema de som Fender, com 10 canais e potência de 400 w

Porta-malas de 310 litros, podendo chegar a 905 litros com os encostos rebatidos

Cultura do Automóvel Julho 2013 17

As rodas de liga-leve são de 17”, mas há a opção das rodas de 18”. E são 11 cores, que deixam o carro “divertido”, conforme o fabricante. Divertido ele é mesmo, independente-mente de sua cor externa.

A versão de entrada do VW Fusca tem bancos revestidos do tecido Native, mas o bom mesmo é o revestimento de couro Vienna, nas cores preta ou bege. A melhor a combi-nação, no entanto, é a de preto com vermelho (há também preto com azul).

De série, o Fusca tem faróis e lanterna traseira de neblina, sensores de esta-cionamento dianteiro e traseiro, sistema de alarme anti-furto, trava central com controle remoto e assistente de subida.

Como itens opcionais, há o volante multifuncio-nal revestido de couro para a transmissão manual, o volante multifuncional com Shift Paddles para a transmissão DSG, o ar-condicionado digital Climatronic, com duas zonas de resfriamento, o retrovisor interno eletro-crômico, o sensor de chuva, o teto solar panorâ-mico elétrico, o sistema de som premium “Fender” com 10 canais, 400 w e cabo USB, o rádio com sistema de navegação, as rodas de liga-leve 18” com pneus 235/45 R18 e os bancos de couro e os faróis bi-xenônio.

O preço do Fusca é de R$ 79.990, e com o câm-bio DSG é de R$ 84.510. Com todos os opcionais, chega a uns R$ 110.000.

ITEnS SérIE

ABs nos freios x –

Airbag duplo x –

Alarme x –

Apoio de cabeça traseiro central – –

Ar-condicionado x –

Banco com regulagem de altura x –

Bancos de couro – x

Câmbio manual 6 marchas – –

Câmbio automatizado dupla embreagem – x

Câmera de ré – –

Cinto traseiro central de 3 pontos – –

Computador de bordo x –

Controle de estabilidade x –

Controle de tração x –

Controlador de velocidade x –

direção assistida servotronic x –

entrada para usB/MP3/Bluetooth x –

espelhos retrovisores elétricos x –

Faróis auxiliares x –

sensor de chuva – x

Rodas de liga leve 17” x –

Rodas de liga leve 18” – x

Ponteira dupla de escape x –

sensor de estacionamento x –

shift paddle (câmbio com borboleta) – x

teto solar – x

trava elétrica x –

Vidros elétricos x –

Volante com ajuste de altura x –

deseMPenhO

FiChA téCniCA

Os nÚMeROs

equiPAMentOs

Velocidade máxima

MOtOR Posição: dianteiro, transversalCilindros: 4 em linhaCabeçote: 16 válvulasCilindrada: 1.998 cm3

taxa de compressão: 12,1:1Potência: 200 cv a 5.100 rpmtorque: 28,5 kgfm a 1.700 rpmCombustível: gasolinatRAnsMissãO Câmbio: câmbio DSG, 6 marchastração: dianteiraROdAs e Pneus Rodas: liga-leve, 17 polegadasPneus: 215/55 R17FReiOsdianteiros: a disco, ventiladostraseiros: a discodiReçãOAssistência: Servotronic........................................................................................MedidAs Porta-malas: 310 litrostanque: 55 litrosPeso: 1.364 kg

0-100 km/h

Cidade

160 205 250

223 km/h

7s0 11s5 16s0

7s5

5 12,5 20

9,2 km/litro

estrada

5 12,5 20

13,5 km/litro

2.537 mm

4.278 mm

VOlkswAGen FusCA

opc.

1.486

mm

2.021 mm

18 Abril 2013 Cultura do Automóvel

Fiat Grand Siena EssenceUm sedã compacto com mais status do que o Siena básico, que acompanhava a evolução do Palio. O nome o define

aprovado: visual dirigibilidade estabilidade câmbio porta-malas espaço interno torque

Avaliação

Dos sedãs peque-nos vendidos no Brasil, o Fiat Grand Siena é o

líder desse segmento, seguido do Volkswagen Voyage e do Chevrolet Classic. Estranhou dois modelos menores na mesma lista? É que entre as 55.960 unidades do sedã da Fiat emplacados no primeiro semestre de 2013, está incluida a ver-

são antiga do Siena, aquela ainda derivada do Palio. Segundo e terceiro colocados emplacaram 48.949 unidades e 43.688 unidades, respectivamen-te, para o mesmo perío-do. Os seguintes nessa lista estão aquém de menos da metade do pior desses números.

A Fiat não divulga qual é a porcentagem de pro-dução entre o Grand

Siena, que tem quatro versões com dois moto-res, o Fire 1.4 EVO e o E.torQ 1.6 16V Flex, e o Siena, que continua em produção em apenas na versão básica EL e com motores 1.0 e 1.4. O Grand Siena, então, deveria estar no segmen-to dos sedãs compactos, junto com outros sedãs mais sofisticados como o Chevrolet Cobalt ou o

Honda City.Depois da quase total

remodelação do novo Palio, a expectativa pela sua nova versão sedã era bastante natural. Mas a Fiat fez muito mais do que apenas ampliar o porta-malas: apresentou um novo sedã, maior que o próprio Siena mas ainda menor que o sedã premium da marca, o Fiat Linea.

CARRO testADO

Potência 16,8 cv torque 16,8 kgfm Autonomia média 11,1 km/litro 0-100 km/h 9s9 Velocidade máxima 194 km/h Preço R$ 42.380 Avaliado R$ 45.629 Completo R$ 54.905

Cultura do Automóvel Julho 2013 19

não aprovado: posição de dirigir volante sem regulagem de altura acabamento ruido geral

Nascia assim o novo Fiat Grand Siena. E esse nome definia exatamente o novo modelo: o “grand” não significou apenas ser maior, mas, principalmente estar situado em um nivel mais elevado de conforto, segurança e status.

Os 137 mm a mais na distância entre-eixos do Grand Siena em relação ao Siena não deixaram dúvidas de que se tratava

de um novo carro. Ele é também 134 mm mais longo, 61 mm mais largo e 53 mm mais alto, o que resulta em maior espaço interno, tanto para os ocupantes quanto para o porta-malas.

E foi o que aconteceu, o Grand Siena é mais generoso tanto com as pernas dos passageiros do banco de trás quanto para o volume para as bagagens, já que o porta-

malas teve a capacidade aumentada de 500 litros para 520 litros.

Tecnicamente falando, o Grand Siena tem uma plataforma, diferente da do Siena e também da do Palio. A suspensão trasei-ra, por exemplo, é deri-vada da do Punto, com bitola 97 mm mais larga. Entre essas e outras dife-renças em relação ao Fiat Siena, o Grand Siena tem dirigibilidade muito

distinta, notadamente superior, principalmente em relação à estabilidade direcional e à aderência em curvas de grande raio. É realmente outro carro.

Bem, mesmo antes des-sas rápidas explicações técnicas, as imagens do Fiat Grand Siena deixam claro que não há confu-são com o Siena, que continua a ser produzido na versão de entrada SL e com motores Fire Evo

1.0 e 1.4. O Siena Fire, aquele com a carroceria antiga, deixou de ser pro-duzido na ocasião do lan-çamento do Grand Siena – lembrando que o Siena SL tem as formas do velho Palio, situando o Grand Siena em uma categoria superior.

Para os menos detalhis-tas, o Grand Siena até pode ser considerado como uma reestilização

do Siena, mas alguns detalhes falam por si, como os faróis alongados ou as linhas laterais lem-brando um Alfa Romeo.

O Fiat Grand Siena é oferecido em quatro ver-sões de motores, trans-missão e acabamento: o Attractive 1.4 Flex e o Tretrafuel 1.4, ambos com motor Evo, e o Essence 1.6 16V, a versão escolhida para esta ava-

liação, que está equipado com câmbio manual de cinco marchas. Para essa versão existe também a opção do câmbio auto-matizado Dualogic.

O motor E-torq 1.6 16V do Fiat Grand Siena Essence tem 117 cv de potência e 16,8 kgfm de torque, valores que o tor-nam bastante ágil.

O Grand Siena Essence tem, de série, o ar-condi-

cionado, banco do moto-rista com regulagem de altura e rodas de liga leve de 16”. Como opcionais há airbags laterais, senso-res de chuva, crepuscular e de estacionamento.

Rádio com MP3, USB, Blutooth e controlador de iPod, assim como o volante com comandos de áudio, também são equipamentos opcionais para o Grand Siena.

20 Abril 2013 Cultura do Automóvel

Painel de instrumentos com os mostradores principais analógicos, o que é bom. tem fácil leitura, mesmo à noite

O espelho retrovisor interno eletrocrômico opcional evita ofuscamentos pelo carro de trás

Rádio opcional, o que inclui controles no volante

AVAliAçãO fiAt gRAnD sienA essenCe

espelhos retrovisores externos têm controle elétrico como item opcional

Cultura do Automóvel Julho 2013 21

Considerando que o Fiat Palio praticamente não teve dirigibiblidade alterada em relação à sua versão anterior, a boa surpresa do Grand Siena, notada na ocasião de seu lançamento, foi a notável melhora na dirigibilida-de, em especial o han-dling em velocidades mais elevadas. Isso pode ser creditado a muitos aspectos técnicos do carro, como a nova plata-forma com maior entre-eixos, a nova suspensão traseira, com bitola mais larga, e ao acerto geral do veículo.

No dia a dia, principal-mente no uso urbano, o Grand Siena Essence oferece conforto e uma boa habitalidade, mas não é o melhor em seu segmento no que diz res-peito à posição de dirigir e à ergonomia. Os pedais herdaram do Palio a pequena distância entre si, o que às vezes atrapa-lha a quem resolve con-duzir com calçados mais largos. Mas bom mesmo seria se houvesse regula-gem de posição do volante, o que existe ape-nas na altura.

O preço do Fiat Grand Siena Essence 1.6 é de R$ 42.380, sem nenhum opcional. Equipado como o carro avaliado, ele custa R$ 45.629, principal-mente devido aos opcio-nais do sistema de áudio, sensor de estacionamen-to e espelhos elétricos. Com todos os opcionais, ele custa R$ 54.905 (adi-cionando teto solar e câmbio Dualogic).

ITEnS

ABs nos freios série

Airbag duplo série

Alarme opc

Apoio de cabeça traseiro central série

Ar-condicionado série

Banco com regulagem de altura série

Bancos de couro n/d

Câmbio Dualogic opc

Chave-canivete com telecomando série

Câmera de ré n/d

Cinto traseiro central de 3 pontos n/d

Computador de bordo opc

Controle de estabilidade n/d

Controle de tração n/d

Controlador de velocidade opc

Direção hidráulica série

entrada para UsB/MP3/Bluetooth opc

espelhos retrovisores elétricos opc

faróis auxiliares série

Desembaçador temporizado série

side airbags opc

Rádio AM/fM opc

Rodas de liga leve 16” série

sensor de estacionamento opc

shift paddle (câmbio com borboleta) n/d

teto solar opc

trava elétrica série

Vidros elétricos dianteiros série

Volante com ajuste de altura série

DeseMPenhO

fiChA téCniCA

Os nÚMeROs

eqUiPAMentOs

Velocidade máxima

MOtOR Posição: dianteiro, transversalCilindros: 4 em linhaCabeçote: 16 válvulasCilindrada: 1.598 cm3

taxa de compressão: 10,5:1Potência: 117 cv a 5.250 rpmtorque: 16,8 kgfm a 2.500 rpmCombustível: flextRAnsMissãO Câmbio: câmbio manual, 5 marchastração: dianteiraRODAs e PneUs Rodas: aço, 16 polegadasPneus: 195/55 R16fReiOsDianteiros: a disco, ventiladostraseiros: a tamborDiReçãOAssistência: hidráulica........................................................................................MeDiDAs Posta-malas: 520 litrostanque: 48 litrosPeso: 1.141 kg

0-100 km/h

Cidade

160 205 250

194 km/h

7s0 11s5 16s0

9s9

5 12,5 20

10,2 km/litro

estrada

5 12,5 20

12,0 km/litro

2.511 mm

4.290 mm

fiAt gRAnD sienA essenCe

1.506

mm

1.700 mm

22 Julho 2013 Cultura do Automóvel

em busca do horizonteCustom pequena. Mas de bom porte

iMpressões

22 Julho 2013 Cultura do Automóvel

Cultura do Automóvel Junho 2013 23

a favor

contra

Bastante confortável, com posição de pilotagem até melhor que muita motocicleta custom de maior cilindrada. O velocímetro na frente do guidão permite boa leitura

Tem bom porte e bom desempenho para a cilindrada, mas peca no acabamento e na falta de suavidade do conjunto mecânico, em especial a vibração do motor

dafr

a h

ori

zon

250 Motor: monocilíndrico

Cabeçote: 4 válv. DOHCCilindrada: 250,2 cm3

Potência: 23,1 cvTorque: 2,2 kgfmCâmbio: 6 marchasPneus D: 18 M/C 47SPneus T: 130/90-15Cáster: 32°Trail: 147 mmCompr. : 2.245 mmLargura: 790 mmAltura: 1.140 mmEntre-eixos: 1.500 mmPeso: 163,4 kgTanque: 17,5 litros

Ficha técnica

iMpressões

Mesmo levando em conta o fato de que sua principal concorrente, a também cus-tom Kasinski Mirage 250, tem motor de dois cilindros em V, a única configuração aceitável pelos customanía-cos, a Dafra Horizon 250 não decepciona em relação ao desempenho de seu motor monocilíndrico, a não ser por um eventual excesso de vibração em algumas faixas de rotação.O motor de 250,2 cm2 é

uma adequação do motor da esportiva Dafra Roadwin, que tem 246,8 cm3 de cilin-drada. O ganho de torque foi bem-vindo à custom. A potência é de 23,1 cv.A Horizon tem quase tudo

que se deseja em uma cus-tom, incluindo o para-brisa, o encosto do banco traseiro “sissy bar” e os apoios para os pés, três itens que não podem faltar em uma cus-tom mas que são acessórios vendidos à parte (R$ 977 o conjunto). O preço da motocicleta é de R$ 13.690, que está disponível em duas cores, totalmente preta e preta com as laterais do tan-que brancas.

Houve uma época em que apenas as Harley-Davidson

eram consideradas verda-deiras custom, tipo de moto que ganhou essa denomina-ção justamente porque seus usuários invariavelmente a customizavam, isto é, as transformavam conforme seu gosto. Assim, as motos que jogam o corpo do pilo-

to para trás e os braços para cima são atual-

mente todas cus-tom, até a

nova Dafra Horizon 250.

Nesse aspecto, a Horizon atende perfeita-

mente as expectativas,

mesmo com seu motor

monocilíndrico de 250 cm3 e 23,1 cv. Bom

desempenho, posição con-fortável de pilotagem em porte de uma custom de verdade. Esses são os prin-cipais pontos positivos da nova Dafra Horizon 250.

Cultura do Automóvel Julho 2013 23

24 Julho 20132 Cultura do Automóvel

Não, não está faltan-do o “c” no nome do utilitário india-

no. Na sua terra é assim mesmo que se escreve: Mahindra Pik up.

Montada em regime CKD em Manaus, AM, as picapes Mahindra podem parecer um pouco “anos 90”, mas depois de vencer os obstáculos da pista de teste com tama-nha facilidade, pode-se começar a achar que apa-rência não é importante.

A de cabine dupla tem todos os equipamentos de conforto que se espera em um utilitário desse tipo, incluindo rádio com comandos no volante, além de um espaço inter-no para cinco ocupantes não encontrado na maio-ria das picapes de cabine dupla.

Já a picape de cabine simples é mais espartana, não para passeio mas sim para o trabalho, mas, da mesma forma, valente.

O novo motor diesel da Mahindra tem menor cilindrada, 2,2 litros, só que agora com 16 válvu-las e turbocompressor de geometria variável, o que elevou em 5cv a potência em relação ao motor anterior, passando para 120 cv. Não é um alto valor, mas os 29,5 kgfm de torque, às 1.600 rpm, conferem aos veículos uma força surpreendente em baixas velocidades. e com boa dirigibilidade.

Mahindra Pik up

As picapes indianas da Mahindra, agora com o novo motor 2.2 16V mHawk com turbina variável VGT, são muito valentes no off road

ApresenTAção

A tração 4x4 pode ser acionada com o veículo em movimento, mas a reduzida exige que o veí-culo esteja imóvel. Ao desacoplar a reduzida, o manual recomenda que se dê uma pequena mar-cha a ré, para liberar completamente o sistema e não haver risco de que-bra. Isso mostra o quanto é defasada a tecnologia das picapes Mahindra. Só que, da mesma forma, não é o mais importante.

Cultura do Automóvel Julho 20132 25

ma

hin

dra

pik

up

cabi

ne

du

pla Motor: Dianteiro, longitud.

Cilindros: 4 em linhaAliment.: turbo, intercoolerTx. compressão: 16:1Combustível: dieselCilindrada: 2.179 cm3

Potência: 120 cvTorque: 29,5 kgfmCâmbio: manual, 5mTração: 4x2; 4x4; 4x4 red.Rodas: aço, 6,5J x 16”Pneus: 245/75 R16Compr. : 5.098 mmLargura: 1.770 m mAltura: 1.942 mmVão livre: 210 mmEntre-eixos: 3.040mmComp. caç.: 1.489 mmAltura: caç.: 550 mmLarg. caçamba: 1.520 mmPeso: 2.045 kgTanque: 80 litrosCapac. carga: 1.105 kg

Ficha técnica

o interior mantém os ares dos anos 90, mas com a grande virtude de oferecer muito espaço para todos

ApresenTAção

Cabine dupla tem o mesmo entre-eixos da cabine simples. rodas de liga são compradas como acessório

A marca Mahindra ini-ciou suas atividades na Índia no ano de 1945, introduzindo uma versão do Jeep Willys naquele mercado. Até hoje esse jipe é produzido, com a aparência dos anos 60 e com o nome de Thar.

Aqui no Brasil, a picape Mahindra de cabine dupla custa R$ 81.500 e a de cabine simples custa R$ 64.900 (sem caçamba, que pode ser colocada na concessionária).

Assim é vendida a Mahindra pik up de cabine simples, sem caçamba e com rodas de aço

A caçamba de madeira ou o baú e as rodas de liga leve devem ser incluidos após a compra

26 Julho 20130 Cultura do Automóvel

diavel

ahistória da italiana Ducati deu uma guinada no último ano. Após ser adquirida pela

Audi, do Grupo Volkswagen, a empresa criou a Ducati do Brasil e já começa a produzir alguns mode-los de sua linha em Manaus, AM. O próprio CEO da Ducati Motor Holding, Claudio Domenicali, inaugurou o show room na região dos Jardins, em São Paulo.A primeira motocicleta a ser ven-

dida como nacional será a Diavel, seguida da Monster e, no fim deste ano, também a Multistrada. Esta última, no entanto, será vendida ainda como importada, até come-çar a ser montada em Manaus.A Panigale, a Hypermotard, a

Streetfighter, a Hyperstrada e a 848 serão vendidas aqui como importadas.

A mais desejada marca italiana de motocicletas, após iniciar operação oficial no Brasil há alguns meses, inaugura loja e mostra sua linha de motos

Ducati no Brasil

monster 796

ApresentAção

A Monster 796 é uma naked com motor bicilíndrico em V de 803 cm3 e potência de 87 cv. Custa R$ 37.900.

A primeira motocicleta a ser montada em Manaus é a Diavel, que custa R$ 58.900 na versão standard, R$ 63.900 na versão cromo e R$ 69.900 na versão carbon.

panigale

Cultura do Automóvel Julho 2013 27

multistrada

848 evo

panigale

streetfighter 848

ApresentAção

A maxitrail da Ducati tem motor V2 de 1.198,4 cm3 e potência de 150 cv

A naked radical tem motor Testastretta de 849 cm3 com potência de 132 cv

A mais leve superesportiva Ducati já feita tem motor V2 Testastretta Evoluzione de 849,4 cm3 e potência de 140 cv

A Ducati Panigale 1199 é uma superesportiva com motor V2 de 1.198 cm3, potência de 195 cv e torque de 13,5 kgfm

Multistrada

28 Julho 2013 Cultura do Automóvel

Assim como exis-tem várias elei-ções pelo mundo para os melhores

carros do ano, os moto-res também têm a sua premiação mundial. O prêmio “Motor do Ano”, definido por jornalistas especializados, está em sua 15a edição.

Este ano, o pequeno

Motores emfoco

3. BMW 4 cil. twin-turbo 2.000 cm3 4. Porsche DI 2.700 cm3

2. VW TSI Twincharger 1.400 cm31. ford 3 cilindros turbo 999 cm3

motor de 999 cm3 da Ford venceu pela segun-da vez consecutiva e o VW 1.4 TSI ACT des-bancou o Ferrari 6.3 V12 do título “Novo Motor”. Este, por sua vez, levou o prêmio de “Melhor Desempenho”. O motor Fiat de 875 cm3 e dois cilindros ganhou o título de “Motor Verde”.

espeCiAl

Cultura do Automóvel Julho 2013 29

5. ferrari V12 6.300 cm3 6. BMW/PSA turbo 1.600 cm3

7. McLaren V8 3.800 cm3

Green Engine - fiat 875 cm3 2 cil.

8. Audi 5 cilindros 2.500 cm3

New Engine - VW 1.400 cm3 TSI AcT

espeCiAl

30 Julho 2013 Cultura do Automóvel

Se existia alguém que não gostava do Mini Cooper nos

anos 60, é porque não o conhecia. O mesmo se pode dizer do atual Mini, maior, melhor mas ainda um pequeno ícone. As várias versões do novo carrinho, no entanto o transformaram em uma família, que agrega agora seu sétimo membro, o Mini Paceman.

De todas as versões que existiam até agora, o Countryman era o que mais mais se distanciava dos outros, por ser maior

mini pacemanimpreSSõeS

a favor

contra

Como todo Mini, é um kart em termos de agilidade e resposta aos comandos, principalmente a direção. E os bancos individuais traseiros dão tremendo charme.

Além das suspensões muito firmes, o que para alguns é fundamental para manter o gostinho de um Mini, apenas lamentamos que o Paceman custe tanto.

É a versão cupê do pequeno SUV Countryman. e bem mais esportivo

que os outros e por ter uma plataforma mais robusta, que inclui até tração 4x4. E é sobre esse modelo que chega agora o Paceman, considerado o cupê do Countryman.

A parte frontal do Mini Paceman é praticamente a mesma do pequeno SUV, mas da metade para trás, com uma tra-seira exclusiva, o SAV (alguns o chamam de Sport Activity Vehicle, ou veículo para ativida-des esportivas) mantém sua própria personalida-de de cupê.

Pode-se dizer que o Paceman corresponde ao Evoque, em relação ao Range Rover (e o que mais se aproxima em ter-mos de características)

Além do fato de ter apenas duas portas e uma traseira caída (coupé, do francês “teto cortado”), o Mini Paceman tem uma característica interna que o torna especial: duas poltronas independentes para os passageiros tra-seiros. isso significa que o Paceman leva apenas quatro pessoas. Mas com muito conforto.

30 Julho 2013 Cultura do Automóvel

Cultura do Automóvel Julho 2013 31

motor: 4 cil. turboCilindrada: 1.598 cm3

Combustível: gasolinapotência: 187 cvTorque: 26,5 kgfmCâmbio: autom. 6 mTração: dianteirapneus: 205/55 R17entre-eixos: 2.596 mmTanque: 47 litros

Ficha técnica

min

i co

ope

r S

pace

ma

n

impreSSõeS

excelente posição de dirigir e boa ergonomia em todos os comandos

Um dos pontos altos do carro são os dois bancos traseiros individuais

Da coluna A para a frente o paceman é igual ao Countryman. As portas são maiores e a traseira única O enorme velocímetro central é mais decorativo

Equipado com motor 1.6 turbo twin-scroll a gasolina de 187 cv de potência, acima de tudo o Mini Paceman é rápi-do e dono de dirigibili-dade espetacular. E com suspensões muito firmes, como era de se esperar.

O Mini Paceman tem versão única, a Cooper S, e custa R$ 139.950.

32 Julho 2013 Cultura do Automóvel

históriA

mini: umahistória inglesaComo um carrinho popular se tornou um fenômeno cult

sir Alec issigonis com o primeiro Mini, depois de 2.730.678 produzidos, e mostrando o motor transversal de 848 cm3

O Mini era visto como um automóvel “maior por dentro do que por fora”, graças ao excelente aproveitamento interno

32 Julho 2013 Cultura do Automóvel

Cultura do Automóvel Julho 2013 33

históriA

Os automóveis ultra-com-pactos, como a Isetta ou o Fiat 500, surgiram na Europa em meados dos

anos 50 depois que várias tentati-vas de comercialização de micro-carros individuais – tão minúsculos que mais pareciam brinquedos – não deram muito certo. Mas foi apenas em 1959 que o mais bri-lhante automóvel de sua época foi lançado, o Morris Mini.

Idealizado pelo engenheiro turco Alec Issigonis, o Mini foi produzido pela BMC – British Motor Corporation – e teve vários nomes, como Austin Mini (a Austin fazia parte da BMC), Riley, Rover e até Innocenti (a BMC licenciou o projeto aos italianos).

Com o primeiro esboço do carro feito em um guardanapo de papel, Issigonis conseguiu a proe-za de tornar seu Mini “maior por dentro do que por fora”, como diziam. A grande sacada foi mon-tar o pequeno motor de quatro cilindros em linha de 848 cm3 transversalmente à frente do eixo dianteiro, fugindo o convenciona-lismo dos motores longitudinais. Isso permitiu fazer um carro extremamente curto (3,05 m) e com espaço suficiente para quatro adultos e alguma bagagem.

Foi em 1961 que o preparador inglês de carros de corridas John Cooper se interessou pelo Mini e projetou um motor ligeiramente maior, de 995 cm3, para o carro.

Com essa fórmula e mais algu-mas adaptações necessárias, como freios e suspensões, nasce o Mini Cooper, que logo se transformou em Mini Cooper S, quando ganhou um motor ainda maior, de 1.071 cm3 de cilindrada.

Essa foi a configuração do carri-nho que se tornou célebre. Venceu o Rali de Monte Carlo em 1964 e não parou mais de vencer, em várias provas pela Europa. Um novo motor de 1.275 cm3 fez o carro ficar ainda mais potente.

Paralelamente à evolução no desempenho do carro, uma versão militar, o mini Moke, foi criada. era um jipinho com a mecânica do Mini, que em pouco tempo se tor-nou um modelo civil.

O Mini foi produzido pelas marcas inglesas Morris, Austin, rover e até pela italiana innocenti. Mas eram o mesmo carro

Em 1964 o Mini Cooper s ganhou pela primeira vez o rali de Monte Carlo.

Cultura do Automóvel Julho 2013 33

34 Julho 2013 Cultura do Automóvel

Além do Mini convencio-nal, havia a versão perua, a Coutryman – com acaba-mento lateral de madeira –, o furgão Traveller a picape, chamada de Mini Pick-Up. Em 1969 foi lançada a versão Clubman do Mini e somente em 1991 é que surgiu o Mini Cabriolet.

Depois de mudar nomes e modelos durante algum tempo, a marca então per-tencente à inglesa Rover desde 1990 foi comprada pela alemã BMW em 1994.

Depois de mais de 5 milhões de unidades produ-zidas, o último Mini, com motor de 1.275 cm3, sai da linha de montagem. Mesmo vendendo a Rover em 1999, a BMW manteve a marca Mini, que renasceu no ano de 2.000 como um automó-vel completamente novo.

Maior e mais pesado, para que pudesse cumprir com as exigências de segurança de uma época 40 anos após a criação da versão original, o Mini volta a ser um sucesso de mercado, não apenas por manter o charme que o con-sagrou nos anos 60, mas por ser, novamente, um carrinho extremamente competente e muito divertido.

A partir dessa segunda geração, o nome MINI pas-sou a ser grafado com letras maiúsculas, para diferenciar da primeira geração do modelo. Os primeiros MINI fabricados pela BMW tinham motor 1.6 brasileiro, produzido no Brasil na Tritec, uma fábrica do grupo DaimlerChrysler em Campo Largo, no Paraná. Era o mesmo motor que equipava o Dodge Neon. Em 2006, a terceira geração – a atual – teve várias melhorias visuais e de acabamento, inclusive na gama de motores, que desta vez contam com a par-ceria da Peugeot (o MINI tem o mesmo motor 1.6 turbo que equipa o esportivo Peugeot RCZ).

históriA

três gerações do Mini: a terceira, à esquerda, a primeira, ao centro e a segunda, à direita

Anúncio do Mini com as versões e o preço

Esboço de Alec issigonis, no guardanapo

O espaço interno era o melhor do Mini Antigo Mini, feito pela BMW

Mini Moke, o jipe militar...

...que se tornou civil

Em 1964 foi lançada a versão militar Mini Moke, recusada pelo exército por ser baixo e não ter tração nas quatro rodas. A versão civil, com capota de lona, fez muito sucesso. Tinha exatamente a mesma mecânica do Mini.

mini moke

34 Julho 2013 Cultura do Automóvel