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Gestão Previdenciária nos RPPS Eduardo Ferreira Albuquerque Auditor de Contas Públicas [email protected] João Pessoa, julho de 2015 Tribunal de Contas do Estado da Paraíba

Curso de Gestão Previdenciária

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Page 1: Curso de Gestão Previdenciária

Gestão Previdenciária nos RPPS

Eduardo Ferreira AlbuquerqueAuditor de Contas Públicas

[email protected]

João Pessoa, julho de 2015

Tribunal de Contas do Estado da Paraíba

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CF/88 – Art. 194. A seguridade social compreende um conjuntointegrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e dasociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde,à previdência e à assistência social.

SAÚDE PREVIDÊNCIAASSISTÊNCIA

SOCIAL

REGIME GERAL -RGPS

REGIMES PRÓPRIOS -RPPS

Art. 201, CF/88

Art. 40, CF/88

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RPPS – Regime Próprio de Previdência Social?

Regime de previdência dos servidores públicos

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Histórico

CF/88 (Redação Original)Concessão pelo próprio ente (Tesouro)

Sistema não contributivo (Tempo de Serviço)

EC 03/93Recursos: União e contribuições dos servidores

EC 20/98Definição de RPPS de caráter contributivo

EC 41/03Acrescenta a solidariedade

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Definição Constitucional

Art. 40. Aos servidores titulares de cargosefetivos da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios, incluídas suasautarquias e fundações, é assegurado regimede previdência de caráter contributivo esolidário, mediante contribuição do respectivoente público, dos servidores ativos e inativose dos pensionistas, observados critérios quepreservem o equilíbrio financeiro e atuarial eo disposto neste artigo.

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RPPS – Aspectos Gerais

Seguradosservidores titulares de cargos efetivos.

Caráter contributivo e solidárioContributivo – custeado pelas contribuições dosservidores e pelo Ente. Não há benefício semcusteio.Solidário – os benefícios serão custeados pelascontribuições dos servidores ativos, inativos epensionistas atuais e futuros.

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RPPS – Aspectos Gerais

Equilíbrio Financeiro e Atuarial

Financeiro: equivalência entre as receitasauferidas as obrigações do RPPS em cadaexercício financeiro;

Atuarial: equivalência, a valor presente,entre o fluxo das receitas estimadas e dasobrigações projetadas, apuradasatuarialmente a longo prazo.

Page 8: Curso de Gestão Previdenciária

Legislação

Constituição Federal;

EC 20/98, 41/03, 47/05 e 70/12;

Lei nº 9.717/98 – normas gerais;

Lei nº 10.887/04 – EC nº 41/03;

Lei nº 9.796/99 – Compensação previdenciária;

Decreto nº 3.788/01 – CRP;

Portarias e Orientações Normativas.

http://www.previdencia.gov.br/legislao-de-rpps/

Page 9: Curso de Gestão Previdenciária

Instituição dos RPPS

Art. 40, CF/88;

Art. 149, § 1º, CF/88;Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirãocontribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, embenefício destes, do regime previdenciário de que trata o art.40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dosservidores titulares de cargos efetivos da União.

Art. 24, II, CF/88 competênciaconcorrente da União, Estados e DF paralegislar em matéria previdenciária

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Instituição dos RPPSInstituição do RPPS X criação da unidade gestora do RPPS (art. 2º, II e V c/c art. 3º, §§ 1º e 2º, ON SPS nº 02/09)

Art. 3º Considera-se instituído o RPPS a partir da entrada emvigor da lei que assegurar a concessão dos benefícios deaposentadoria e pensão, conforme previsto no inciso II do art.2º, independentemente da criação de unidade gestora ou doestabelecimento de alíquota de contribuição, observadas ascondições estabelecidas na própria lei de criação, vedada ainstituição retroativa.

Benefícios de aposentadoria e pensão previstos em leisdistintas (art. 3º, § 1º, ON SPS nº 02/09) - lei mais recente

Previsão de Noventena constitucional (art. 3º, § 2º, ON SPS nº02/09) - RGPS

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Instituição dos RPPS

Criação do RPPS: lei do ente federativo

Portaria MPS nº 402/08:

Art. 2º Regime Próprio de Previdência Social - RPPS é o regime deprevidência, estabelecido no âmbito da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios que assegura, por lei, aos servidores titularesde cargos efetivos, pelo menos, os benefícios de aposentadoria epensão por morte previstos no art. 40 da Constituição Federal.

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Instituição dos RPPS

Criação da unidade gestora do RPPS: lei do ente federativo de iniciativa do Executivo

Autarquia ou Fundo.

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Unidade Gestora

AutarquiaArtigo 37, inciso XIX, CF/88: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:(...)

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituiçãode empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à leicomplementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

DL 200/67

Art. 5º. Para os fins desta lei, considera-se:

Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônioe receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, querequeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeiradescentralizada.

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Unidade Gestora

FundoLei 9.717/98

Art. 6º Fica facultada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, aconstituição de fundos integrados de bens, direitos e ativos, com finalidadeprevidenciária, desde que observados os critérios de que trata o artigo 1º e,adicionalmente, os seguintes preceitos:

II - existência de conta do fundo distinta da conta do Tesouro da unidade federativa;

IV - aplicação de recursos, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional;

V - vedação da utilização de recursos do fundo de bens, direitos e ativos paraempréstimos de qualquer natureza, inclusive à União, aos Estados, ao Distrito Federale aos Municípios, a entidades da administração indireta e aos respectivos segurados;

VI - vedação à aplicação de recursos em títulos públicos, com exceção de títulos doGoverno Federal;

IX - constituição e extinção do fundo mediante lei.

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Unidade Gestora

Criação da unidade gestora do RPPS: lei do ente federativo de iniciativa do Executivo

Autarquia ou Fundo?

Autarquia proporciona mais independência àgestão do RPPS do que nos casos de Fundosque ficam mais próximos à AdministraçãoMunicipal.

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Unidade Gestora

Unidade gestora única e único RPPS por ente federativo- art. 40, § 20, CF/88:

Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdênciasocial para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de umaunidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvadoo disposto no art. 142, § 3º, X (Forças armadas).

- art. 10, §§ 1º e 2º, Portaria MPS nº 402/08

Page 17: Curso de Gestão Previdenciária

SeguradosServidores titulares de cargos efetivos e militares (art. 40, caput, CF/88; art. 1º, V, Lei nº 9.717/98);

EFETIVOS

Pressupõe aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos.

Nos casos de transposição do regime celetista para cargosefetivos decorrente da implantação do regime jurídico único éválida a filiação definitiva ao Regime Próprio.

VITALICIADOS- Magistrados;- Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas;- Membros do Ministério Público.

Page 18: Curso de Gestão Previdenciária

SeguradosESTABILIZADOS

Aqueles que, mesmo não tendo sido aprovados por concurso público, adquiriram direito de permanecer no serviço público por força do artigo 19 do ADCT.

Art. 19 . Os servidores públicos civis da União, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municípios, da administração direta,autárquica e das fundações públicas, em exercício na data dapromulgação da Constituição, há pelo menos cinco anoscontinuados, e que não tenham sido admitidos na formaregulada no art. 37, da Constituição, são considerados estáveisno serviço público.

Page 19: Curso de Gestão Previdenciária

SeguradosESTABILIZADOS

Possuem os mesmos direitos que os servidores ocupantes decargos efetivos quanto à permanência no serviço público,entretanto não podem ser transformados em ocupantes decargos públicos, já que essa transformação caracteriza ofensa aoconcurso público.

Art. 12. São filiados ao RPPS, desde que expressamente regidos pelo estatutodos servidores do ente federativo, o servidor estável, abrangido pelo art. 19do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e o admitido até 05 deoutubro de 1988, que não tenha cumprido, naquela data, o tempo previstopara aquisição da estabilidade no serviço público. (ON n. 02/09 MPS)

Page 20: Curso de Gestão Previdenciária

Segurados

Servidor titular de cargo efetivo ocupante de cargo em comissão/função de confiança

X Servidor ocupante exclusivamente de cargo em

comissão (art. 40, § 13, CF/88)

Servidor titular de cargo efetivo cedido (art. 1ºA, Lei nº 9.717/98)

Page 21: Curso de Gestão Previdenciária

Benefícios

Lei 9.717/98

Art. 5.º Os regimes próprios de previdência social dosservidores públicos da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios, dos militares dos Estados edo Distrito Federal não poderão conceder benefíciosdistintos dos previstos no Regime Geral de PrevidênciaSocial, de que trata a Lei nº 8.213, de 24 de julho de1991, salvo disposição em contrário da ConstituiçãoFederal.

Page 22: Curso de Gestão Previdenciária

Contribuições

Servidores efetivos: alíquotas não inferiores a dosservidores efetivos da União (11%);

Patronal: no mínimo a alíquota de contribuição dosservidores e no máximo o dobro dela avaliaçãoatuarial (*)

(*) Ente federativo é responsável pela cobertura deinsuficiências financeiras possibilidade de superaresse limite

Page 23: Curso de Gestão Previdenciária

Contribuições

Inativos e pensionistas:– Mesma alíquota dos servidores ativos;– Incidente apenas sobre o que supera o teto do

RGPS;– Beneficiário portador de doença incapacitante

(definida em lei do ente federativo, atestada porlaudo pericial): contribuição incidente sobre o quesupera o dobro do teto do RGPS.

Page 24: Curso de Gestão Previdenciária

Contribuições

Vedação de dação em pagamento de bens, direitos e outros ativos para pagamento de débitos com o RPPS (art. 7º, Portaria MPS nº 402/08)

Exceção: amortização de déficit atuarial

Condições: vinculação do objeto da dação por lei aoRPPS, avaliação do valor de mercado e liquidez emprazo compatível com as obrigações do plano debenefícios

Page 25: Curso de Gestão Previdenciária

Parcelamento de débito

Portaria MPS nº 402/08• Aplicação de índice oficial de atualização e taxa de

juros, definidos em lei, incidentes quando daconsolidação do montante devido e no pagamentodas parcelas vincendas e vencidas;

• Sanções por inadimplemento e descumprimentodas cláusulas do parcelamento;

• Vedação da inclusão de débitos não decorrentes de

contribuição previdenciária;• Possibilidade de vinculação do FPE e FPM ao

pagamento das parcelas.

Page 26: Curso de Gestão Previdenciária

Parcelamento de débito

Regra: vedação ao parcelamento dascontribuições dos servidores

Exceção: possibilidade de parcelamento,mediante lei específica, das contribuições decompetência até fevereiro de 2013 - servidor em60 parcelas e patronal em 240; obrigatoriedadede vinculação do FPE ou do FPM

Page 27: Curso de Gestão Previdenciária

Parcelamento de débito

Parcelamentos não decorrentes de contribuiçõesprevidenciárias referentes à competência até fevereirode 2013: parcelamento em até 60 (sessenta) meses;

Parcelamentos não decorrentes de contribuiçõesprevidenciárias referentes à competência até dezembrode 2008: parcelamento em até 240 (duzentos equarenta) meses, desde que com autorização legal.

Page 28: Curso de Gestão Previdenciária

Parcelamento de débito

Parcelamento em caráter excepcional

Contribuições descontadas dos segurados de competência até fevereiro de2013 e débitos não decorrentes de contribuições previdenciárias também decompetência até fevereiro de 2013: parcelamento em número de parcelassuperiores a 60 (sessenta), desde que os termos tenham sido formalizadosaté 31 de outubro de 2013, exista lei autorizativa específica e vinculação doFPE ou FPM ao pagamento das parcelas.

Artigo 1º, Portaria MPS nº 400/13:O valor da prestação inicial desses débitos, somado ao valor da prestaçãoatual dos demais débitos objeto de termo de acordo de parcelamento emvigor com o RPPS, seja equivalente a 5% (cinco por cento) da receita correntelíquida mensal média do exercício de 2012, observado, em qualquerhipótese, o limite máximo de até 240 (duzentos e quarenta) prestaçõesmensais.

Page 29: Curso de Gestão Previdenciária

Reparcelamento

Limite: um para cada termo anterior (exceções:termos originais firmados antes da Portaria MPSnº 21, de 16/01/2013, e termos que nãoalterem o prazo inicialmente fixado para opagamento das parcelas)

Page 30: Curso de Gestão Previdenciária

Vantagens da criação do RPPS

Maior transparência

Gestão dos recursos e capitalização

Contribuição para inativos e pensionistas

Compensação Previdenciária

Economia em relação à despesa commanutenção dos benefícios no RGPS

Amparo social do servidor público

Page 31: Curso de Gestão Previdenciária

Extinção do RPPSArt. 4º, Orientação Normativa SPS nº 02/09:

Considera-se em extinção o RPPS do ente federativo que deixou de assegurarem lei os benefícios de aposentadoria e pensão por morte a todos osservidores titulares de cargo efetivo por ter:

I - vinculado, por meio de lei, todos os seus servidores titulares de cargoefetivo ao RGPS;

II - revogado a lei ou os dispositivos de lei que asseguravam a concessão dosbenefícios de aposentadoria ou pensão por morte aos servidores titulares decargo efetivo; e

III - adotado, em cumprimento à redação original do art. 39, caput daConstituição Federal de 1988, o regime da Consolidação das Leis do Trabalho –CLT como regime jurídico único de trabalho para seus servidores, até 04 dejunho de 1998, data de publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 1998, egarantido, em lei, a concessão de aposentadoria aos servidores ativosamparados pelo regime em extinção e de pensão a seus dependentes.

Page 32: Curso de Gestão Previdenciária

Extinção do RPPS

Obrigatoriedade de manutenção ou edição de lei quediscipline funcionamento do RPPS em extinção e as regraspara concessão de benefícios de futuras pensões ou deaposentadorias aos segurados que possuíam direitosadquiridos na data da lei que alterou o regimeprevidenciário dos servidores, até a extinção definitiva (art.4º, § 1º, ON SPS nº 02/09);

Extinção: apenas com a cessação do último benefício desua responsabilidade, ainda que custeado com recursos doTesouro (art. 4º, § 2º, ON SPS nº 02/09)

Page 33: Curso de Gestão Previdenciária

Extinção do RPPS

Continuam sob a responsabilidade do RPPS emextinção (art. 5º, ON SPS nº 02/09):

- os benefícios já concedidos pelo RPPS e osdeles decorrentes; e

- os benefícios para os quais já foramimplementados os requisitos para a suaconcessão e os deles decorrentes.

Page 34: Curso de Gestão Previdenciária

Gestão do RPPSGestor nomeado por autoridade competente deveadministrar, gerenciar e operacionalizar o RPPS, incluindoa arrecadação e gestão de recursos e fundosprevidenciários, a concessão, o pagamento e amanutenção dos benefícios (Portaria MPS 402/08)

ConselhosParticipação de representantes dos servidores públicos e dos militares, ativos einativos, nos colegiados e instâncias de decisão em que os seus interesses sejamobjeto de discussão e deliberação (art. 1º, VI, Lei nº 9.717/98)

Formação e periodicidade das reuniões em conformidade com a legislação do Ente

Os dirigentes do RPPS e os membros dos conselhos administrativoe fiscal dos fundos respondem diretamente por infração àsdeterminações legais (art. 1º, VI, Lei nº 9.717/98)

Page 35: Curso de Gestão Previdenciária

Gestão do RPPS

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, incluídas suas autarquias e fundações, éassegurado regime de previdência de carátercontributivo e solidário, mediante contribuição dorespectivo ente público, dos servidores ativos einativos e dos pensionistas, observados critérios quepreservem o equilíbrio financeiro e atuarial e odisposto neste artigo.

Page 36: Curso de Gestão Previdenciária

Gestão do RPPS

O acompanhamento simultâneo daevolução dos ativos financeiros e passivosprevidenciários a partir de diversos tipos deindicadores é fundamental para a gestãoprofissional do RPPS e alicerce para atomada de decisão estratégica com oobjetivo de manter o Equilíbrio Financeiroe Atuarial do sistema

Page 37: Curso de Gestão Previdenciária

Gestão do RPPS

Orçamentários

Patrimoniais

Financeiros

Atuariais

Previdenciários

Page 38: Curso de Gestão Previdenciária

Orçamento Público

Lei Orçamentária Anual (LOA)Previsão das Receitas e Fixação das Despesas

Alterações do OrçamentoAbertura de Créditos Adicionais Suplementares,Especiais e Extraordinários

Page 39: Curso de Gestão Previdenciária

Créditos Adicionais

• Suplementares: reforço de dotação orçamentária;• Especiais: despesas para as quais não haja dotação

orçamentária específica;• Extraordinários: despesas urgentes e imprevistas,

em caso de guerra, comoção intestina oucalamidade pública.

• Fontes (Suplementares e Especiais)– Superávit Financeiro exercício anterior: AF – PF– Excesso de Arrecadação– Anulação de dotações– Operações de Crédito

Page 40: Curso de Gestão Previdenciária

Orçamento Público

Princípio do Equilíbrio Orçamentário

Page 41: Curso de Gestão Previdenciária

Equilíbrio Orçamentário

Reserva Orçamentária do RPPS

DESTINAÇÃO Garantir desembolsos do RPPS em exercícios futuros.

Passam a constituir a carteira de investimentos dos RPPS.

CONSTITUIÇÃOReceitas previstas > despesas fixadas para o RPPS,

gerando um superávit orçamentário, utilizado para pagar benefícios.

NATUREZA

Page 42: Curso de Gestão Previdenciária

Fonte: STN

FASE DE ACUMULAÇÃOReceitas orçamentárias > Despesas de Benefícios

Natureza de despesa:9.9.99.99 – Reserva do RPPS

RECEITA DESPESA

RECEITA DESPESA

9.9.99.99

FASE DE “BENEFÍCIOS”Despesas de Benefícios > Receitas orçamentárias

Natureza de receita:9.9.9.0.00.00 – Recursos Arrecadados em Exercícios Anteriores

9.9.9.0.00.00

Reserva Orçamentária

Page 43: Curso de Gestão Previdenciária

Execução Orçamentária

Fases da Despesa

• Empenho– o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado

obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

• Liquidação– verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e

documentos comprobatórios do respectivo crédito.

• Pagamento

Despesas empenhadas e não pagas inscritas emRestos a Pagar no fim do exercício

Page 44: Curso de Gestão Previdenciária

Execução Orçamentária

Despesa Empenhada > Receita Arrecadada

Déficit na Execução Orçamentária

Art. 1º, § 1º da LRF (LC 101/2000)A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnemriscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimentode metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange arenúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidadae mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia einscrição em Restos a Pagar.

Observar as transferências financeiras recebidas,independentes da execução orçamentária

Page 45: Curso de Gestão Previdenciária

Fluxo do Sistema Previdenciário

Despesas Administrativas

Pagamento de Benefícios

InvestimentosConta Corrente*

Aportes

Contribuições

Compensação Financeira

ResgateAplicação

* Contas do RPPS distintas daquelas do Ente (art. 6º, II, Lei nº 9.717/98)

Rentabilidade $$$

Page 46: Curso de Gestão Previdenciária

Receita vs. Despesa

DespesasBenefícios Previdenciários

Despesas Administrativas

ReceitasContribuição Patronal

Contribuição do Servidor

Parcelamento de Débitos

Rendimentos de Aplicações Financeiras

Compensação Previdenciária

Aportes

Page 47: Curso de Gestão Previdenciária

Receita vs. Despesa

DespesasBenefícios Previdenciários

Despesas Administrativas

ReceitasContribuição Patronal

Contribuição do Servidor

Parcelamento de Débitos

Rendimentos de Aplicações Financeiras

Compensação Previdenciária

Aportes

Page 48: Curso de Gestão Previdenciária

Benefícios Previdenciários

Despesas com benefícios previstos na lei do Ente, sendopermitidos aqueles existentes no rol do RGPS:aposentadoria, pensão por morte, salário-família, salário-maternidade, auxílio-doença e auxílio-reclusão (art. 5º Leinº 9.717/98)

Vedação à utilização de recursos previdenciários paracustear ações de saúde, assistência social ou financeira(art. 14, Port. MPS nº 402/08);

Restituição de contribuições repassadas indevidamentepelo ente: apenas se apresentar superávit atuarial

Page 49: Curso de Gestão Previdenciária

Benefícios Previdenciários

Utilização dos recursos previdenciáriosapenas para o pagamento dos benefíciosprevidenciários (art. 1º, III, Lei nº 9.717/98)

Exceção: Despesa Administrativa

Page 50: Curso de Gestão Previdenciária

Despesas Administrativas

Aquelas necessárias ao funcionamento do RPPS:

Manutenção: Água, luz, material de expediente, etc.

Benefícios assistenciais

Remuneração dos servidores

Serviços de consultoria e assessoria (Contabilidade,Jurídica, Previdenciária)

Encargos tributários e trabalhistas

Obras, reformas, etc.

Page 51: Curso de Gestão Previdenciária

Despesas Administrativas

Limite: 2% do valor total das remunerações,proventos e pensões dos segurados vinculados aoRPPS relativa ao exercício anterior

Constituição de reserva com as sobras do custeiodas despesas do exercício, desde que o percentualda Taxa de Administração seja definidoexpressamente em lei

Utilização indevida dos recursos previdenciáriosexige o ressarcimento dos valores correspondentes

(art. 15, Portaria MPS nº 402/08)

Page 52: Curso de Gestão Previdenciária

Despesas Administrativas

O Ente pode custear diretamente as despesasdo RPPS ou efetuar transferências (aportes),desde que os valores não sejam deduzidos dosrepasses de recursos previdenciários.

(art. 41, § 5º ON MPS nº 2/09)

Page 53: Curso de Gestão Previdenciária

Despesa Administrativa e Licitações

Procedimentos Licitatórios

Lei 8.666/93

Sistema de Registro de Preços (art. 15)

Dispensa (art. 24)

Inexigibilidade (art. 25)

Concorrência, Tomada de Preços (obras até R$ 1.500.000,00 edemais casos R$ 650.000,00) e Convite (obras até R$150.000,00 e demais casos R$ 80.000,00) – (Art. 22 e 23)

Lei 10.520/02

Pregão

Page 54: Curso de Gestão Previdenciária

Despesa sem licitação prévia

Despesas empenhadas acima de R$ 15.000,00 paraobras e R$ 8.000,00 nos demais casos (art. 24 da Lei8.666/93)

Fracionamento de despesas

Contratação baseada em percentual, sem valordefinido

Serviços não considerados continuados (art. 57 da Lei8.666/93)

Aditivos superiores aos permitidos (25% em geral e50% para reforma – art. 65 § 1º da Lei 8.666/93)

Page 55: Curso de Gestão Previdenciária

Receita vs. Despesa

DespesasBenefícios Previdenciários

Despesas Administrativas

ReceitasContribuição Patronal

Contribuição do Servidor

Parcelamento de Débitos

Rendimentos de Aplicações Financeiras

Compensação Previdenciária

Aportes

Page 56: Curso de Gestão Previdenciária

Receitas de Contribuição e Parcelamento

Pagamento da Contribuição

Patronal

Pagamento dos Parcelamentos de

Débitos

Transferência da Contribuição dos

Servidores ao RPPS

Receita no RPPS e Despesa no Ente

Receita no RPPS

Page 57: Curso de Gestão Previdenciária

Alíquotas das Contribuições

Devem ser definidas em lei do Ente Podem ser alteradas por decreto desde que haja

autorização legal Devem ser aderentes à avaliação atuarial Contribuição dos Servidores: não inferior a dos

servidores efetivos da União (11%) Contribuição Patronal: no mínimo a dos servidores

e no máximo o dobro dela. Tal limite pode sersuperado caso haja necessidade de custosuplementar decorrente de avaliação atuarial.

Page 58: Curso de Gestão Previdenciária

Aplicações Financeiras

A aplicação de recursos deve ser realizada emconformidade com as normas do ConselhoMonetário Nacional (art. 6º, IV, Lei nº 9.717/98:Resolução CMN nº 3.922/10)

Page 59: Curso de Gestão Previdenciária

Aplicações Financeiras

Antes do exercício, gestor do RPPS deve definir a Política Anual deInvestimentos:

modelo de gestão a ser adotado

estratégia de alocação dos recursos

parâmetros de rentabilidade perseguidos

limites utilizados para investimentos em títulos e valores mobiliários

A meta atuarial é normalmente definida na Política de Investimentoscomo sendo a taxa de juros adotada na avaliação atuarial (6%, porexemplo) conjugada com um índice de inflação (INPC, IPCA, IGPM).

Representa a rentabilidade mínima dos investimentos de um plano deprevidência, necessária para garantir o cumprimento dos seuscompromissos atuais e futuros.

Page 60: Curso de Gestão Previdenciária

Aplicações Financeiras

Resolução CMN nº 3.922/10 apresenta osLimites para aplicação de recursos em RendaFixa e Renda Variável (Ex. art. 8º VI: 5% em FII)

As aplicações no segmento de imóveis serãoefetuadas exclusivamente com os ativosvinculados por lei ao regime próprio deprevidência social e não são consideradas nocômputo dos limites

Page 61: Curso de Gestão Previdenciária

Aplicações Financeiras

Investidor Qualificado e Profissional:Aqueles que possuem conhecimento suficiente para entender os riscos e asoscilações de Mercado e que tem acesso a produtos diferenciados (Ex.Fundos de Investimentos Imobiliários - FII)

Instrução CVM nº 554/14 (alterada pela Instrução CVM nº 564/15)

Os RPPS são considerados investidores profissionais ou investidoresqualificados apenas se reconhecidos como tais conforme regulamentaçãoespecífica do MPS

Vigência a partir de 01/10/15

Portaria MPS nº 185/15Programa de Certificação Institucional e Modernização da Gestão dos Regimes Próprios de Previdência Social (Pró-Gestão RPPS) com adesão facultativa

Page 62: Curso de Gestão Previdenciária

Aplicações Financeiras

Responsável pela gestão dos recursos:

Pessoa física vinculada ao Ente ou ao RPPSdesignada para a função por ato da autoridadecompetente

Aprovado em exame de certificação (Ex. ANBIMACPA-10/20), sendo exigida, desde 01/01/2015,para todos Entes que detenham quaisquer valoressob gestão

Portaria MPS 519/11

Page 63: Curso de Gestão Previdenciária

Aplicações Financeiras

Comitê de Investimentos

Órgão participante do processo decisório quanto àformulação e execução da política de investimentos,sendo facultativo para os RPPS cujos recursos nãoatingirem o limite de R$ 5.000.000,00

Estabelecido por ato normativo do Ente que deve prevera composição e forma de representatividade, sendoexigível a certificação para a maioria dos seus membros

Page 64: Curso de Gestão Previdenciária

Compensação Previdenciária

§ 9º Art. 201 CF 88Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.

A Compensação Previdenciária reparte o ônus do pagamento dobenefício entre o Regime de Origem e o Regime Instituidor doBenefício, conforme o tempo de vínculo averbado em cada um, noato de sua concessão. Deve ser requerida e apurada em relação acada benefício, individualmente.

Page 65: Curso de Gestão Previdenciária

Compensação Previdenciária

RPPS/RPPS

Necessidade de regulamentação (Projeto de Lei 898/99)

RGPS/RPPS

Lei nº 9.796/99 e Decreto nº 3.112/99

Para a operacionalização da compensação financeira entreo RGPS e os RPPS, foi desenvolvido o Sistema deCompensação Previdenciária (COMPREV), mantido eadministrado pelo INSS.

Page 66: Curso de Gestão Previdenciária

Compensação Previdenciária

Irregularidade na Contratação de Empresa

• Não envolve um grau de complexidade extremamenteelevado, que justifique a contratação de empresaespecializada.

• Atividade permanente e rotineira que deve ser executadapor servidores capacitados do quadro de pessoal daprópria Administração

• Percentual fixo do valor recuperado (15%): vinculação dareceita a despesas imprevisíveis, o que pode gerar aultrapassagem do limite da despesa administrativa

Page 67: Curso de Gestão Previdenciária

Compensação Previdenciária

DECRETO Nº 3.112/99

Períodos de tempo sem contribuição, averbados pelos entes, nãoserão compensados

A compensação financeira será realizada, exclusivamente, nacontagem recíproca de tempo de contribuição não concomitante.

Documentos referentes a cada benefício concedido com cômputo detempo de contribuição no âmbito do RGPS:

• Cópia do ato expedido pela autoridade competente que concedeua aposentadoria ou a pensão dela decorrente, bem como o dehomologação do ato concessório do benefício pelo Tribunal deContas.

Page 68: Curso de Gestão Previdenciária

Compensação Previdenciária

RPPS → RGPS

Renda mensal multiplicada pelo percentual do tempo decontribuição no órgão de origem sobre o tempo total

Exemplo:

Tempo: 20 anos no RPPS (50%) e 20 anos no RGPS (50%)

Renda Mensal: R$ 4.000,00

Compensação: R$ 2.000,00

Custo por Regime: RGPS: R$ 2.000,00; RPPS: R$ 2.000,00

Page 69: Curso de Gestão Previdenciária

Compensação Previdenciária

RGPS → RPPS

Calcula renda mensal inicial no RGPS na data da desvinculação, sendoreajustada até a data de concessão do benefício limitada ao salário-de-contribuição. Multiplica-se o percentual do tempo de contribuiçãopelo menor valor entre a renda calculada e o valor do benefício

Exemplo:

Tempo: 20 anos no RGPS (50%) e 20 anos no RPPS (50%)

Proventos: R$ 20.000,00

Renda Mensal RGPS: R$ 4.000,00

Compensação: R$ 2.000,00

Custo por Regime: RGPS: R$ 2.000,00; RPPS: R$ 18.000,00

Page 70: Curso de Gestão Previdenciária

Aportes

Aportes para custear despesa administrativa

Aportes para cobertura de déficit previdenciário

Page 71: Curso de Gestão Previdenciária

DÉFICITATUARIAL

EQUILÍBRIOFINANCEIRO

Valor presente do fluxo das receitas estimadas

+Ativos a valor de mercado

Receitas auferidasDÉFICIT

FINANCEIROObrigações

EQUILÍBRIOATUARIAL

Obrigações projetadas atuarialmente

Valor presente do fluxo das receitas estimadas

+Ativos a valor de mercado

Obrigações projetadas atuarialmente

Receitas auferidas Obrigações=

=

<

<

Em cada exercício financeiro:

Previsão atuarial:

Fonte: STN

Déficits Previdenciários

Page 72: Curso de Gestão Previdenciária

Avaliação atuarial

Possível equilíbrio ou déficit atuarial é calculadoa partir de estudo atuarial executado de acordocom as diretrizes da Portaria MPS 403/08

Realização obrigatória de avaliação atuarialinicial e reavaliação anual, para revisão do planode custeio e benefícios (art. 1º, I, Lei nº 9.717/98)

Page 73: Curso de Gestão Previdenciária

Avaliação atuarial

Estudo técnico desenvolvido pelo atuário, baseado nascaracterísticas da população analisada, de modo aestabelecer os recursos necessários para a garantia dospagamentos dos benefícios previstos pelo planoprevidenciário

Objetivo de dimensionar os compromissos do Plano deBenefícios e estabelecer o Plano de Custeio para aobservância do equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS

Page 74: Curso de Gestão Previdenciária

Plano Previdenciário

PLANO DE CUSTEIO (RECEITAS)

• Apresenta as fontes de recursos para custear a taxa de administração e os benefícios oferecidos no Plano de Benefícios.

• Define as alíquotas de contribuição previdenciária e aportes necessários para o equilíbrio do sistema, detalhando o custo normal e suplementar

PLANO DE BENEFÍCIOS (DESPESAS)

• Apresenta todos os benefícios que o RPPS pode oferecer ao servidor.

Page 75: Curso de Gestão Previdenciária

Financiamento do Plano

Os Regimes Financeiros são aqueles que determinam de que forma serão custeados os benefícios oferecidos pelo plano previdenciário em questão.

Regime Financeiro de Repartição Simples

Os valores arrecadados em um determinado exercício são utilizados para pagamento de benefícios no mesmo exercício: Pacto entre gerações (ativos financiam os inativos)

Regime Financeiro de Capitalização

Os valores arrecadados são capitalizados e as reservas formadas durante a atividade do servidor é utilizada, no futuro, para pagamento dos benefícios: os ativos financiam a sua própria aposentadoria

Page 76: Curso de Gestão Previdenciária

Reserva Matemática

As Reservas Matemáticas representam o valorde que o Sistema Previdenciário deveriadispor hoje para garantir o cumprimento desuas obrigações para com seus atuais efuturos aposentados e pensionistas

• A Provisão Matemática Previdenciária(passivo atuarial) deve ser contabilizada noBalanço Patrimonial do RPPS

Page 77: Curso de Gestão Previdenciária

Reserva Matemática

ATIVO PASSIVO

Patrimônio Constituído

Reserva Matemática

Déficit

ATIVO PASSIVO

Patrimônio Constituído

Reserva Matemática

ATIVO PASSIVO

Patrimônio Constituído

Reserva Matemática

Superávit

DÉFICIT TÉCNICO

ATIVO < PASSIVO

EQUILÍBRIO

ATIVO = PASSIVO

SUPERÁVIT TÉCNICO

ATIVO > PASSIVO

Page 78: Curso de Gestão Previdenciária

DÉFICITS PREVIDENCIÁRIOS

DÉFICITATUARIAL

DÉFICITFINANCEIRO

Valores necessários ao equilíbrio financeiro futuro do regime.

Insuficiências financeiras presentes para o pagamento dos benefícios previdenciários de cada mês.

Os entes são responsáveis pela cobertura dos déficits financeiros! (Lei nº 9.717/1998 art. 2º § 1º)

Plano de Amortização

Segregação de Massas

Estabelecimento de Alíquota de Contribuição Suplementar (3.1.91.13)

Aportes Periódicos para Cobertura do Déficit Atuarial (3.3.91.97)

Plano Financeiro(antes da data de corte)

Opções

Aporte para Cobertura de Déficit Financeiro(não há execução orçamentária)

Cobertura de Déficits

Fonte: STN

Plano Previdenciário(depois da data de corte)

Page 79: Curso de Gestão Previdenciária

Plano de Amortização

Estabelecimento de alíquota de contribuição suplementar ou deaportes periódicos cujos valores sejam preestabelecidos

Prazo máximo de 35 anos para que sejam acumulados os recursosnecessários para a cobertura do déficit atuarial.

Acompanhada de demonstração da viabilidade orçamentária efinanceira para o ente

Inviabilidade do plano → Segregação de Massas

Page 80: Curso de Gestão Previdenciária

Segregação de Massas

Separação dos segurados em grupos distintosque integrarão o Plano Financeiro e o PlanoPrevidenciário (Capitalizado)

– Plano Financeiro (Temporário): constituído por umgrupo fechado em extinção, sendo vedado o ingressode novos segurados, sem objetivo de acumulação derecursos, sendo as insuficiências aportadas pelo Ente

– Plano Previdenciário: sistema estruturado com afinalidade de acumulação de recursos para pagamentodos compromissos definidos no plano de benefícios doRPPS

Page 81: Curso de Gestão Previdenciária

Segregação de Massas

GRUPOPREVIDENCIÁRIO

GRUPOFINANCEIRO

Ativosadmitidos após corte

AtivosAdmitidos até corte

Inativos atuais

Novos e antigos inativos

Novos ativos e

admitidos após corte

Novos inativos

Ativos

Inativos

Início “n” anos Final

Regime Financeiro de Capitalização

Regime Financeiro de Repartição Simples

Page 82: Curso de Gestão Previdenciária

Evolução da Complementação do Tesouro

Anos

R$Grupo Financeiro

Page 83: Curso de Gestão Previdenciária

Segregação de Massas

• Será considerada implementada a partir doseu estabelecimento em lei do Ente,mediante a separação orçamentária,financeira e contábil dos recursos eobrigações correspondentes

• A transferência de recursos entre os planosfinanceiro e previdenciário é caracterizadacomo utilização indevida dos recursosprevidenciários

Page 84: Curso de Gestão Previdenciária

Segregação de Massas

Efeito no Plano Financeiro– Eliminação do déficit atuarial → insuficiência

financeira

Aportes financeiros: “Cobertura de InsuficiênciaFinanceira” conta redutora das ProvisõesMatemáticas Previdenciárias.

Avaliação Atuarial: Valor presente das insuficiênciasfinanceiras futuras do plano financeiro.

Page 85: Curso de Gestão Previdenciária

Exemplo

Um determinado município realizou uma avaliaçãoatuarial que apresentou os seguintes resultados:

O plano de amortização mostrou-se inviável e decidiu-se pela utilização da segregação de massas para obter oequilíbrio financeiro e atuarial.

Discriminação R$

Reservas matemáticas (500.000.000,00)

(+) Ativos Financeiros 10.000.000,00

Déficit Técnico Atuarial (490.000.000,00)

Reservas a Amortizar (490.000.000,00)

Discriminação %

Custo Normal 22%

Custo Suplementar (35 anos) 28%

Custo Total 50%

Page 86: Curso de Gestão Previdenciária

Exemplo

O quadro a seguir demonstra a quantitativo servidores,inativos e pensionistas do município:

Com a data de corte para 01/01/2014, o grupoprevidenciário assume o benefício futuro de 10.000servidores e o grupo financeiro conta com 40.000servidores, 15.000 aposentados e 5.000 pensionistas

Discriminação Quantidade

Ativos admitidos até 31/12/2013 40.000

Ativos admitidos a partir de 01/01/2014 10.000

Inativos 15.000

Pensionistas 5.000

Page 87: Curso de Gestão Previdenciária

Exemplo

Com esta configuração, o grupo previdenciário nãoapresenta déficit conforme seguir:

o grupo financeiro não apresenta déficit mas possuiinsuficiência financeira. Estimou-se que estará extinto em70 anos e que a complementação do Tesouro máxima noperíodo corresponderá a 80% da folha dos ativos.

Discriminação R$

Reservas matemáticas (8.000.000,00)

(+) Ativos Financeiros 10.000.000,00

Déficit Técnico Atuarial -

Reservas de Oscilações de Risco e Ajuste do Plano

2.000.000,00

Discriminação %

Custo Normal 22%

Custo Suplementar -

Custo Total 22%

Page 88: Curso de Gestão Previdenciária

Previdência Complementar

CF/88 art. 40 § 14 a § 16• Possibilidade de fixar, para o valor das aposentadorias e

pensões, o limite máximo para os benefícios do RGPS(EC 20/98)

• Regime de Previdência Complementar (Facultativo)instituído por lei de iniciativa do Poder Executivo, porintermédio de entidades fechadas de previdênciacomplementar, de natureza pública, que oferecerão aosrespectivos participantes planos de benefícios somentena modalidade de contribuição definida, com contasindividuais para os participantes (EC 41/03)

• Opcional para servidor que tiver ingressado no serviçopúblico até a data da publicação do ato de instituição docorrespondente regime de previdência complementar

Page 89: Curso de Gestão Previdenciária

Previdência Complementar

Lei nº 12.618/12: Previdência complementar dos servidorespúblicos federais – FUNPRESP – Fundação de PrevidênciaComplementar do Servidor Público Federal de cada Poder:

• Decreto 7.808/12: Funpresp-Exe para administrar o plano deprevidência dos servidores públicos do Executivo - ExecPrev.

• O Poder Legislativo optou por não ter uma fundação própriadelegando à Funpresp-Exe a administração do plano deprevidência para os servidores da Câmara dos Deputados, doSenado Federal e do Tribunal de Contas da União, o LegisPrev.

• Resolução n. 496/12 do STF: Funpresp-Jud para administrar eexecutar planos de benefícios de caráter previdenciário

Participantes em dezembro de 2014• Funpresp-Exe: 9.345• Funpresp-Jud: 1.187

Page 90: Curso de Gestão Previdenciária

Previdência Complementar

CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA: modalidade de plano debenefícios em que os benefícios programados têmseus valores permanentemente ajustados ao saldoda conta mantida em favor do participante,inclusive na fase de percepção de benefícios,considerando o resultado líquido de sua aplicação,os valores aportados e os benefícios pagos.

O participante é quem decide o valor de suacontribuição, sendo que o valor do benefíciodependerá do montante de recursos acumuladopelo servidor, incluídas as contribuições paritárias doEnte (no caso da União até 8,5% da base de cálculo)e acrescido da rentabilidade dos investimentos.

Page 91: Curso de Gestão Previdenciária

Controle Externo dos RPPS

• Ministério da Previdência Social

• Tribunais de Contas

Page 92: Curso de Gestão Previdenciária

Ministério da Previdência Social

Competências do MPS• Orientação, supervisão e o acompanhamento dos

RPPS

• Estabelecimento e a publicação dos parâmetros e das diretrizes gerais

• Apuração de infrações e aplicação de penalidades

(art. 9º da Lei nº 9.717/98)

Page 93: Curso de Gestão Previdenciária

Mecanismos de Controle

Realização de Auditoria-fiscal direta e indireta

Objetivo: verificação do cumprimento pelos RPPS,dos critérios e exigências estabelecidas na legislaçãode caráter normativo geral que disponha sobre asregras para a organização e funcionamento dosRPPS, a concessão e manutenção dos benefíciosprevidenciários.

Compartilhamento da fiscalização entre Tribunaisde Contas e MPS

Normatização, emissão de orientações normativas,notas técnicas e pareceres

Page 94: Curso de Gestão Previdenciária

Regularidade do RPPSDecreto nº 3788/01

Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP, emitidopelo MPS, que atestará o cumprimento dos critérios eexigências estabelecidos na Lei nº 9.717/98, pelos RPPS dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios

Ausência do CRP implica na aplicação das penalidadesprevistas na Lei nº 9.717/98 (art. 7º)

Suspensão das transferências voluntárias

Impedimento/suspensão de acordos, contratos, convênios ouajustes, empréstimos, financiamentos, avais e subvenções

Suspensão do pagamento da compensação previdenciária

Page 95: Curso de Gestão Previdenciária

Aplicação de PenalidadesDiscute-se sobre a interferência na autonomia

dos Entes federativos decorrente daextrapolação da competência da União deestabelecer normas gerais sobre matériaprevidenciária, pois não poderia fiscalizar eimpor sanções.

Controle sem o elemento da responsabilidadee das punições

Emissão do CRP por via judicial.

Page 96: Curso de Gestão Previdenciária

Aplicação de PenalidadesRECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDÊNCIA SOCIAL. APLICAÇÃO DAS SANÇÕESPREVISTAS NA LEI N. 9.717/1998. NORMAS GERAIS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL.EXTRAVASAMENTO DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO: PRECEDENTES. RECURSO AO QUALSE NEGA SEGUIMENTO. Este Supremo Tribunal firmou entendimento de terextrapolado a União os limites de sua competência para estabelecer normas geraissobre matéria previdenciária, ao editar a Lei n. 9.717/1998. (RE 795786 PE, Min.Cármen Lúcia, 21/11/2014)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDÊNCIA SOCIAL.NORMAS GERAIS. COMPETÊNCIA. UNIÃO. LEI 9.717/1998. ATRIBUIÇÃO DE ATIVIDADESADMINISTRATIVAS. HIPÓTESES DE SANÇÕES. EXTRAVASAMENTO. AGRAVOREGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – Essa Corte já fixou entendimento nosentido de que a União, ao editar a Lei 9.717/1998, extrapolou os limites de suacompetência para estabelecer normas gerais sobre matéria previdenciária, ao atribuirao Ministério da Previdência e Assistência Social atividades administrativas em órgãosda Previdência Social dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e estabelecersanções para a hipótese de descumprimento das normas constantes dessa lei. II –Agravo regimental a que se nega provimento (RE 815.499-AgR, Relator o MinistroRicardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 18/9/2014).

Page 97: Curso de Gestão Previdenciária

CRP por Decisão Judicial

Page 98: Curso de Gestão Previdenciária

Tribunais de Contas e o RPPSCompetências dos TC• Julgar as Contas dos gestores do RPPS

• Apreciar a concessão de registro de benefícios previdenciários

• Realizar inspeções e auditorias

• Normatização

• Aplicar sanções e multas

(art. 71 da CF/88)

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber,à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dosEstados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos deContas dos Municípios.

Page 99: Curso de Gestão Previdenciária

Prestação de contas dos RPPSObrigatoriedade de encaminhamento

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional epatrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quantoà legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúnciade receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo,e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ouprivada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens evalores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta,assuma obrigações de natureza pecuniária

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com oauxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

(...)

Page 100: Curso de Gestão Previdenciária

Prestação de contas dos RPPSEnvio da PCA no âmbito do TCE-PB (RN TC nº 03/10)

Prazo para encaminhamento– 31 de março do exercício seguinte ao de referência;

Atraso no encaminhamento da PCA– Multa de R$ 1.000,00, acrescida de R$ 100,00 por dia de

atraso, até o limite de R$ 8.815, 42.

Responsável pelo encaminhamento– Gestor do RPPS em 31 de março

Page 101: Curso de Gestão Previdenciária

Julgamento das Contas

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercidocom o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

(...)

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis pordinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo PoderPúblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravioou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

Será examinada, também, a conformidade da gestão dodirigente do RPPS com as disposições contidas na lei 9.717/98.

Page 102: Curso de Gestão Previdenciária

Julgamento das Contas

Contas Regulares

Contas Regulares com Ressalvas

Contas Irregulares (Reprovação das Contas)Omissão do dever de prestar contas

prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico,ou infração à norma legal

dano ao Erário

desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou de valorespúblicos

Page 103: Curso de Gestão Previdenciária

Julgamento das Contas

Consequência– Débito → Pagamento da dívida atualizada monetariamente, acrescida dos juros de

mora devidos, e multa

– Sem débito → Multa

Acórdão: título executivo para fundamentar a ação de execução.

Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/10)

Inelegíveis os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funçõespúblicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso deimprobidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente,salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para aseleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da datada decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal,a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houveremagido nessa condição;

Page 104: Curso de Gestão Previdenciária

MPS vs. TC

• A fiscalização dos RPPS cabe ao MPS e ao TC (competênciaconstitucional para o TC e competência legal para o MPS)

• A auditoria do MPS tem como resultado a concessão do CRP(questionado judicialmente)

• A fiscalização dos TC se faz presente principalmente nojulgamento das contas dos gestores do RPPS e na concessãodo registro dos benefícios previdenciários

• O MPS pode ser compelido a conceder o CRP judicialmente eo TC não pode ser compelido a alterar sua decisão

• O TC tem uma visão de controle mais ampla, pois além doRPPS, aprecia as contas dos três Poderes

Page 105: Curso de Gestão Previdenciária

ContatoEduardo Ferreira Albuquerque

[email protected]

Tribunal de Contas do Estado da ParaíbaRua Prof. Geraldo Von Sohsten, 147 - Jaguaribe, João Pessoa - PB

(83) 3208-3300