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CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso Resumos Turma 4ª B 2016.2 COORDENADORA DO CURSO: Prof.ª Ana Verônica Mascarenhas Batista SALVADOR

CURSO DE MEDICINA - bahiana.edu.br · Entretanto, não se conhece por completo a correlação entre a resposta imune na coinfecção e o desfecho da infecção por TB. Existem evidências

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CURSO DE MEDICINA

Trabalho de Conclusão de Curso Resumos

Turma 4ª B – 2016.2

COORDENADORA DO CURSO: Prof.ª Ana Verônica Mascarenhas Batista

SALVADOR

TEMA: ANÁLISE DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E SUA RELAÇÃO COM ÍNDICES DE ADIPOSIDADE DE ADULTOS EM SALVADOR-BA: UM ESTUDO TRANSVERSAL. ALUNO: ADMILSON OLIVEIRA MACHADO ORIENTADORA: PROFA. ELOINA NUNES DE OLIVEIRA

RESUMO Introdução: A doença cardiovascular (DCV) é a causa de morte mais comum em países desenvolvidos, e, no Brasil, o número de óbitos por DCV aumentou de 2000 a 2013. A obesidade e níveis elevados de adiposidade abdominal são fatores de risco para desenvolver DCV, diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e hipertensão arterial sistêmica (HAS). Também alterações da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) se apresentaram como preditores de risco para DCV. Já foram encontradas associações inversas entre VFC e medidas de adiposidade em estudos prévios. Dessa forma, é valido analisar a VFC e verificar tais correlações, possibilitando o melhor uso dessas variáveis na prática clínica. Objetivos: analisar a VFC em adultos, comparando indivíduos hipertensos, diabéticos e aqueles com sobrepeso e obesidade com um grupo controle. Além de correlacionar a VFC com índice de massa corporal (IMC) e razão entre cintura abdominal e cintura quadril (RCQ). Metodologia: trata-se de um estudo transversal de pacientes adultos atendidos em um ambulatório de Salvador-BA e submetidos ao exame de Holter de 24h. Todos esses pacientes foram questionados quanto aos antecedentes médicos. Os principais critérios de exclusão foram ritmo de fibrilação atrial, marcapasso, bloqueio de ramos ou taquiarritmias. Foram obtidos índices da VFC, a partir desse exame, no domínio do tempo (SDNN, SDANN, rMSSD e pNN50) e da frequência (LF, HF e relação LF/HF). Todas as medidas antropométricas foram devidamente obtidas, sendo calculado o IMC, RCQ e relação cintura-altura (RCA). Resultados: a amostra final constou de 310 participantes, 222 (71,6%) indivíduos eram do sexo feminino, 180 (58%) apresentavam HAS, 56 (18,1%) DM2 e 80 (25,8%) eram obesos. As médias da circunferência abdominal (CA) (93,8 ± 12,9) e da RCQ (0,9 ± 0,1) apresentaram diferenças significantes entre os sexos (p<0,001). Não há diferenças significativas das medidas da VFC entre indivíduos agrupados por categorias de peso. Indivíduos hipertensos diferem significativamente do grupo controle para as variáveis: SDNN (p=0,007), SDANN (p=0,003) e LF (p<0,0001). Isso também é consistente para indivíduos diabéticos em relação ao grupo controle, SDNN (p=0,05), SDANN (p=0,01) e LF (p=0,02). IMC não estabeleceu correlações significantes com qualquer medida da VFC. RCQ e CA não estabeleceram correlações com as variáveis no domínio do tempo. LF e HF estabeleceram correlações fracas, inversas e significantes com RCQ e RCA, sendo que LF correlacionou-se inversa e significativamente também com CA. Conclusão: a análise da VFC demonstrou um decréscimo significativo da atividade autonômica global em hipertensos e diabéticos em comparação com aqueles aparentemente saudáveis. As correlações estabelecidas entre VFC e medidas de adiposidade demonstram uma possível influência da gordura abdominal sobre a regulação autonômica global. Palavras-chave: Sistema Nervoso Autônomo. Controle da frequência cardíaca. Adiposidade. Gordura Abdominal. Hipertensão. Diabetes Mellitus.

TEMA: AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE DOENÇAS AUTO-IMUNES DA TIREOIDE E VITILIGO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNO: ALEXANDRE OLIVEIRA DE JESUS ORIENTADOR: PROF. ENIO RIBEIRO MAYNARD BARRETO

RESUMO

Jesus AO. Avaliação da Relação entre Vitiligo e Doenças Autoimunes da Tireoide: Uma Revisão Sistemática. 2016, 29 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina) - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, Bahia, 2016. INTRODUÇÃO: O vitiligo é uma das mais importantes e conhecidas dermatoses que causam a despigmentação da pele, a qual acomete cerca de 1% da população mundial. A descoberta de um mecanismo fisiopatológico que explique a origem do problema ainda não foi completamente elucidada. As hipóteses mais aceitas incluem a presença de auto anticorpos, doença relacionada à imunidade celular, fatores genéticos e hipótese neural. A hipótese auto-imune é a mais plausível, sobretudo, devido à notável associação entre o vitiligo e as doenças da tireoide, bem como a presença de anticorpos anti-TPO (anti-peroxidase) e anti-TG (anti-tireoglobulina) em níveis mais elevados em tais indivíduos do que em indivíduos não afetados pela dermatose. OBJETIVO: Avaliar as características clínicas e epidemiológicas do vitiligo, tentando estabelecer uma relação com as doenças auto-imunes da tireoide, sobretudo, pela pesquisa de anticorpos antitireoidianos. MÉTODOS: Foram realizadas buscas nas bases bibliográficas — PubMed, The Cochrane Library e LILACS, sendo selecionados artigos relacionados as doenças auto-imunes da tireoide e vitiligo, publicados entre 2010 e 2016, escritos exclusivamente em inglês sendo a data da última busca em 26 de abril de 2016. RESULTADOS: Dentre os principais resultados encontrados, observou-se a presença do anticorpo anti-TPO em numa frequência de 28,28% nos indivíduos portadores de vitiligo. Além disso, no que diz respeito às características do vitiligo, o fenômeno de Koebner teve grande relevância com uma frequência nas amostras estudas de 37,3%. Em relação às demais patologias autoimunes concomitantes, foi visto que a alopecia areata e a diabetes tipo 1 são as mais frequentes, apresentando uma prevalência de 1,45% e 3,71% respectivamente. CONCLUSÃO: Os estudos observacionais presentes na revisão corroboram com os dados encontrados na literatura de que existe uma relação entre o vitiligo e as doenças autoimunes da tireoide, sobretudo pela presença dos anticorpos antitireoidianos, sobretudo, o anti-TPO. Contudo, são necessários ensaios clínicos randomizados com amostras padronizadas a fim de tornar os resultados mais fidedignos. Palavras-chave: Vitiligo. Doenças auto-imunes. Tireoide.

TEMA: CONHECIMENTO DOS OBSTETRAS QUE ATENDEM EM UMA UNIDADE REFERÊNCIA SOBRE A NORMA TÉCNICA DE ATENDIMENTO AS MULHERES E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL. ALUNA: ALINE AZEVEDO LIRA ORIENTADOR: PROF. DAVID DA COSTA NUNES JUNIOR

RESUMO

OBJETIVO: avaliar o conhecimento dos plantonistas obstetras que atendem em uma maternidade referência sobre a Norma Técnica de atendimento as mulheres e adolescentes vítimas de violência sexual. MÉTODOS: foi realizado um estudo de corte transversal entre junho e setembro de 2016, envolvendo 30/47(64%) dos obstetras da unidade foco do estudo. Utilizou-se como instrumento um questionário anônimo, estruturado e auto-explicativo, composto de uma parte geral e outra parte específica. Na parte geral, foram obtidas informações sobre as características sociodemográficas, formação acadêmica, vínculo empregatício. Na parte específica do questionário, será avaliado o conhecimento das recomendações do Ministério da Saúde existentes na Norma Técnica sobre o Atendimento as Mulheres e Adolescentes Vítimas de Violência Sexual, com questões sobre as atitudes relacionadas ao aconselhamento, reconhecimento de fatores de risco e cuidados durante atendimento. RESULTADOS: dos médicos entrevistados, 93% possuem especialização, 3% mestrado e 3% doutorado e 97% fizeram residência. Em relação a trabalhar com um serviço acadêmico com preceptoria/docência 67% afirma que sim e 33% tem vínculo empregatício com a SESAB provisório. Em relação à participação de algum estágio, curso de capacitação, seminário sobre a temática da violência sexual 53% já teve essa experiência. CONCLUSÃO: algumas atitudes dos plantonistas obstetras relacionadas à assistência às mulheres vítimas de violência sexual foram discordantes das recomendações do Ministério da Saúde. Palavras-chaves: Violência Sexual. Saúde da Mulher. Obstetrícia.

TEMA: VALOR DIAGNÓSTICO DO SISTEMA TI-RADS E DA ELASTOGRAFIA NA AVALIAÇÃO DE NÓDULOS TIREOIDIANOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: AMANDA SAMPAIO ALMEIDA ORIENTADORA: PROFA. CAROLINA FREITAS LINS

RESUMO

Almeida AS. Valor diagnóstico do sistema TI-RADS e da elastografia na avaliação de nódulos tireoidianos: uma revisão sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. INTRODUÇÃO: A doença nodular da tireoide é um problema clínico comum na população em geral. Entretanto, os métodos de investigação atuais ainda apresentam limitações para diferenciar as lesões benignas das malignas. Nesse contexto, o sistema TI-RADS e a elastografia são novos recursos que propõem aumentar o desempenho diagnóstico na caracterização de nódulos tireoidianos. OBJETIVO: Essa revisão sistemática tem como objetivo descrever as evidências científicas relacionadas ao valor diagnóstico do sistema TI-RADS (Thyroid Imaging Reporting and Data System) e da elastografia para avaliação de nódulos tireoidianos. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada em quatro bases de dados - PubMed, Cochrane, LILACS e SciELO – utilizando-se os descritores combinados ``TI-RADS``, ``elastography``, ``thyroid nodules`` e/ou suas derivações, no período de 2009 até setembro de 2016. A qualidade dos artigos foi avaliada pelos critérios do STROBE. RESULTADOS: Seis artigos foram selecionados por obedecerem aos critérios de inclusão, totalizando 5.341 nódulos estudados. O sistema TI-RADS apresentou uma variação entre os estudos de 76,4-100% na sensibilidade, 11-86,20% na especificidade, 88,9-100% no valor preditivo negativo (VPN), 14-97,26% no valor preditivo positivo (VPP) e 62-95,97% na acurácia. A elastografia, por sua vez, apresentou sensibilidade, especificidade, VPN, VPP e acurácia que variaram respectivamente de 56-93%, 46,8-91,8%, 78,4-98,5%, 26-83,1% e 51,9-90,9%. Quando associados, a performance diagnóstica dos nódulos foi: sensibilidade entre 79,37 e 100%, especificidade entre 44,7% e 97,24%, VPN entre 87,3% e 100%, VPP entre 50% e 87%, e acurácia entre 48,3% e 95,40%. CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que o sistema TI-RADS e a elastografia são métodos de altos valores diagnósticos. Os valores de sensibilidade e de especificidade demonstram que a associação desses recursos possibilita rastreio das lesões, facilitando seguimento dos pacientes e reduzindo eventuais custos de procedimentos invasivos desnecessários. No entanto, estudos adicionais com metodologia padronizada e concordância interobservadores devem ser realizados, visando a confirmação da relevância da aplicação simultânea do TI-RADS e da elastografia na prática clínica.

Palavras-chave: Nódulo tireoidiano. Elastografia. TI-RADS. Revisão Sistemática.

TEMA: AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO DE LINFÓCITOS T REGULATÓRIOS NA COINFECÇÃO PELO HTLV-1 E PELO MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS. ALUNA: ANA CAROLINE ALMEIDA SANTOS ORIENTADORA: PROFA. DRA. MARIA FERNANDA RIOS GRASSI

RESUMO

Santos, ACA. Avaliação da frequência de células T regulatórias em indivíduos coinfectados pelo HTLV-1 e pelo Mycobacterium tuberculosis. [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. Introdução: A infeccao pelo HTLV-1 e a tuberculose (TB) tem elevada prevalencia em Salvador, Bahia. Essa coinfeccao pode elevar a morbimortalidade nestes indivíduos. Entretanto, nao se conhece por completo a correlacao entre a resposta imune na coinfeccao e o desfecho da infeccao por TB. Existem evidências de uma menor resposta Th1 específica para antígenos do Mycobacterium tuberculosis (Mtb) em pacientes infectados pelo HTLV-1, sugerindo grau de imunossupressão. Por outro lado, tem sido descrito uma redução da função supressora das células T regulatórias (Treg) e da expressão de FOXP3 em pacientes infectados pelo vírus com mielopatia. Objetivo Geral: Avaliar a função das células Treg em indivíduos infectados pelo HTLV-1 com diagnóstico de TB. Metodologia: Foram avaliados três indivíduos com TB infectados pelo HTLV-1 (TB/HTLV-1), seis com TB não infectados pelo HTLV-1 e cinco indivíduos saudáveis (NI). As células mononucleares do sangue periférico (PBMC) foram marcadas com anticorpos monoclonais (anti- CD3+, anti-CD4+, anti- FOXP3, anti-IL-10 e anti-TGF- β). A frequência de Tregs produtoras de IL-10 e TGF- β foi determinada por citometria de fluxo e as análises foram realizadas utilizando o software FlowJo. Resultados: Os indivíduos infectados pelo HTLV-1 com tuberculose têm maior frequência de linfócitos T CD4+ e TCD8+ regulatórios em comparação ao grupo de não infectados (NI). No entanto, a maior parte dessas células não são produtoras de citocinas ou quando produzem são monoprodutoras de IL-10 comparado ao grupo de não infectados NI. Em resposta ao PPD, a frequência de linfócitos Treg CD4+ produtores de IL-10 do grupo TB/HTLV-1 foi quase dez vezes superior a frequência encontrada nos indivíduos com tuberculose unicamente. Conclusão: Os pacientes com tuberculose infectados pelo HTLV-1 apresentam, maior proporção de linfócitos Treg CD4+ e maior frequência de células produtoras de IL-10 em resposta ao estímulo antigênico. É possível que essas células não sejam funcionais, pela menor produção TGF- β e favoreça a reativação da TB. Palavras-chave: HTLV-1. Linfócitos T regulatórios. Tuberculose. Mycobacterium tuberculosis.

TEMA: ANÁLISE DE CICLOS DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO POR MEIO DE INJEÇÃO INTRACITOPLASMÁTICA DE ESPERMATOZOIDE EM PACIENTES COM ENDOMETRIOSE. ALUNA: ANA CATHARINA PINHO COSTA ORIENTADORA: PROFA. ISA ALVES ROCHA

RESUMO

Costa, ACP. Análise de ciclos de fertilização in vitro por meio de Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide em pacientes com endometriose [monografia]. Bahia: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública; 2016.

INTRODUÇÃO- A endometriose é uma condição inflamatória crônica fortemente associada à infertilidade. A Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI) é uma das técnicas de reprodução assistida utilizadas como tratamento para essas pacientes inférteis. OBJETIVOS- Almeja-se no presente trabalho analisar ciclos de fertilização in vitro por meio de injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) em mulheres com endometriose, avaliando características relacionadas à produção ovocitária e taxa de gestação em embriões transferidos. MÉTODOS- Trata-se de uma pesquisa de análise descritiva e retrospectiva, em que foram selecionados prontuários de mulheres inférteis com diagnóstico de Endometriose que iniciaram o processo de estimulação ovariana no ano de 2015 na Clínica de Reprodução Assistida IVI, em Salvador – Bahia. RESULTADOS- Foram avaliadas 43 mulheres, com idade média de 34,76 anos, variando entre 27 e 42 anos. A amostra do estudo foi composta por 57 ciclos de ICSI. A média de óvulos coletados por mulher foi de 7,81. Em cerca de 49% dos ciclos, mais de 75% dos óvulos coletados estavam maduros e apenas um ciclo obteve a menor porcentagem de maturação, correspondente a 12,5%. Em 80,7% dos ciclos ocorreu fecundação. Todos os 46 ciclos que obtiveram óvulos fecundados formaram embriões que seguiram para D3. Destes, trinta seguiram para D5/D6 e em 56,6% dos ciclos foi optado por transferir embriões a fresco. A taxa de gravidez foi de 58,8% e a de aborto foi 30%. Em 59,6% do número total de ciclos, foi optado por realizar congelamento dos embriões. Em 32,5% das mulheres foi realizada transferência de embrião após congelamento, ocorrendo gravidez em 64,2%, com duas evoluções para aborto. CONCLUSÃO- Em conjunto, os dados sugerem que, mesmo com endometriose, mulheres inférteis apresentam resultados satisfatórios após ICSI, tanto a partir da transferência de embriões a fresco quanto após congelamento, sendo este tratamento de reprodução assistida de alta complexidade uma boa alternativa para este tipo de paciente. Palavras-chave: Injeções intracitoplasmáticas de esperma. Endometriose. Infertilidade feminina. Técnicas reprodutivas assistidas.

TEMA: CONTROLE DA ASMA EM PACIENTES COM ASMA GRAVE NÃO CONTROLADA EM USO DE OMALIZUMABE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: ANNA CLÁUDIA CARDOSO NEVES ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO

RESUMO

Introdução: A asma é uma doença crônica considerada um grave problema de saúde pública. Aproximadamente 5% dos diagnósticos de asma referem- se a pacientes com asma não controlada clinicamente apesar de doses adequadas de corticoide inalado e broncodilatador de longa ação. O uso do Omalizumabe está indicado como terapia adicional nesse tipo de asma, apresentando desfechos positivos. Objetivo: Avaliar os desfechos do Omalizumabe no controle da Asma grave não controlada. Metodologia: Estudo tipo revisão sistemática. Foram pesquisadas diversas bases de dados (MEDLINE/PubMed, MEDCARIB e Biblioteca Virtual em Saúde). Após a leitura do título e resumo dos trabalhos pré-selecionados, prosseguiu- se com a leitura na íntegra somente aqueles que preenchiam os critérios de inclusão. Os dados foram coletados por meio de formulários pré-definidos. A qualidade de cada artigo foi avaliada através da ferramenta CONSORT, 2010 para avaliar risco de viés. Resultados: Dos doze artigos encontrados, oito estudos foram incluídos. A terapia com Omalizumabe mostrou resultados benéficos no controle da asma, apresentando boa eficácia, tolerabilidade e melhora na qualidade de vida. Conclusão: O Omalizumabe é eficaz e deve ser considerado como terapia adjuvante em pacientes com asma grave não controlada. Palavras-chave: Asma. Omalizumabe. ACQ.

TEMA: O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES E DA MORTALIDADE POR QUEIMADURAS EM MENORES DE 15 ANOS NA BAHIA. ALUNA: ANNA LUIZA REND DE LIMA ORIENTADORA: DRA. SORAYA FERNANDA CERQUEIRA MOTTA

RESUMO Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos internamentos e da mortalidade de pacientes pediátricos vítimas de queimadura na Bahia e identificar as causas mais freqüentes de internação e óbito por queimaduras. Metodologia: Estudo descritivo observacional, no estado da Bahia, cujos dados secundários, retirados do SIH/SUS e SIM/SUS, correspondem ao período entre 2008 e 2013. Foram analisados os dados de pacientes entre 0 a 15 anos internados por queimaduras ou que vieram a óbito por esta causa na Bahia. Os resultados foram apresentados em tabelas utilizando Microssoft Office Excel 2007. Resultados: foram identificadas 10014 internações e 151 óbitos por queimadura, no período estudado, com predominância dos casos de internação e óbito no sexo masculino. A faixa etária de 1 a 4 anos obteve 32.37% das internações e 43.02% do total de óbitos. O contato com fonte de calor ou substâncias quentes foi a principal causa de internações na faixa entre 1 e 4 anos, no entanto, a exposição a corrente elétrica foi a principal causa de internação nas outras faixas etárias. A exposição a fumaça, fogo e chamas foi a principal causa de óbitos no presente estudo. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 4,5 dias, evidenciando redução em relação ao ano de 2008. A macrorregião Leste, no estado da Bahia, apresentou a maior proporção de internações e óbitos por queimadura durante o período observado. Conclusão: A faixa etária de 1 a 4 anos sofreu mais internações causadas por contato com fonte de calor e substâncias quentes. A exposição a fumaça, fogo e chamas foi a principal causa de óbitos em todas as faixas etárias. O sexo masculino foi o mais acometido em todas as faixas etárias. Embora o tratamento hospitalar consiga salvar muitas vitimas, é preciso investir em medidas de prevenção para reduzir sua ocorrência. Palavras-chave: Epidemiologia. Queimaduras. Crianças.

TEMA: A EFICIÊNCIA DO USO DA SIMULAÇÃO COMO METODOLOGIA DE ENSINO NA DISCIPLINA DE PRIMEIROS SOCORROS DO CURSO DE MEDICINA. ALUNA: AYLA LORANNE REBELO CANÁRIO ORIENTADOR: DRA. IEDA MARIA BARBOSA ALELUIA CO-ORIENTADOR: PROF. ANDRÉ DANTAS ZIMMERMANN

RESUMO

Objetivos: Avaliar a eficiência do uso da simulação como metodologia de ensino em Primeiros Socorros (PS) no curso de Medicina, identificar seu impacto no processo de aprendizagem e avaliar a satisfação dos alunos com a Educação Baseada em Simulação (EBS). Métodos: Estudo intervencionista com alunos da disciplina de PS do curso de medicina da Escola Bahiana de Medicina no ano de 2015. Os alunos passaram por quatro simulações e foram avaliados através de um checklist. Responderam questionários, que avaliaram sua opinião sobre a EBS e a disciplina de PS. Os dados foram analisados com SPSS Statistics 20; a significância estatística foi considerada com p <0,05. O componente qualitativo foi estudado pela Análise do Conteúdo. Resultados: A análise das notas obtidas pelos alunos mostrou que a maioria alcançou uma progressão tendo em vista que uma das amostras apresentou avanço nas médias de 3,14; 7,31; 8,37 e 9,04 da primeira a quarta simulação. Apesar das notas terem sido melhores, não houve significância estatística intra-grupo (p>0,05). Observou-se que a maioria dos alunos concorda plenamente que as simulações puderam ajudá-los a obter melhores resultados na matéria, além de estimular os estudos, proporcionar a fixação dos conteúdos mais do que outras técnicas, corroboram-na como forma de avaliação na matéria e consideram de extrema importância o uso de simulações em sua formação médica. A análise qualitativa sobre a definição de simulação e a experiência com esta modalidade convergiram às categorias principais: Representação da realidade; Aplicação dos conhecimentos; Treinamento; Método de aprendizagem; de avaliação; de ensino. Conclusão: Os questionários revelaram que os alunos atribuem o progresso às simulações, com estímulo aos estudos, melhora no processo de aprendizado e de avaliação. A evolução do desempenho dos alunos registrada nos checklist evidenciou aumento do nível de conhecimento em PS. Palavras-chave: Primeiros Socorros, Simulação, Educação em Saúde, Avaliação.

TEMA: ATIVIDADE FUNCIONAL DE LINFÓCITOS T CD8 E CÉLULAS NK DE PACIENTES COINFECTADOS POR HIV E MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS. ALUNA: BEATRIZ KAWASAKI MENESES ORIENTADORA: PROFA. DRA. LUANA LEANDRO GOIS.

RESUMO

Referência: Meneses BK. Atividade funcional de linfócitos T CD8 e células NK de pacientes coinfectados por HIV e Mycobacterium tuberculosis [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. INTRODUÇÃO A tuberculose (TB) é uma das principais doenças oportunistas de indivíduos infectados pelo HIV. Os linfócitos T CD8+ e células NK INF- +são importantes para o controle da infecção por Mycobacterium tuberculosis (Mtb), porém ainda não está bem esclarecido qual a repercussão da infecção pelo HIV na resposta de linfócitos T CD8+e células NK específicas ao Mtb. OBJETIVOS O objetivo desse estudo foi avaliar a função citotóxica de linfócitos T CD8+ e células NK em resposta a antígenos do Mtb em indivíduos infectados com HIV e com tuberculose (TB) ativa. MÉTODOS Foram incluídos no estudo 14 indivíduos infectados com HIV e com tuberculose ativa (HIV/TB), 11 com TB ativa e 12 controles saudáveis. A frequência de linfócitos T CD8+ e células NK no sangue periférico foi determinada por citometria de fluxo. As células mononucleares do sangue periférico foram cultivadas com PPD ou em meio na presença de CD107a, durante 18h. A atividade citotóxica dos linfócitos T CD8+ e células NK foi avaliada por ensaio de degranulação CD107a e detecção intracelular de perforina e IFN-de fluxo. RESULTADOS O grupo HIV/TB apresentou uma menor frequência de linfócitos T CD8+ INF- + ou de linfócitos T CD8+peforina+ quando comparado aos pacientes do grupo TB. Em relação às células NK, o grupo HIV/TB também apresentou menor frequência de células NK INF- +quando comparado aos pacientes do grupo TB. CONCLUSÃO Os resultados sugerem que a infecção por HIV promove uma diminuição da função citotóxica, particularmente na produção de IFN- + e células NK. Esse pode ser um mecanismo adicional para promover a sobrevivência de Mtb e, portanto, o desenvolvimento de TB ativa com, principalmente, formas atípicas. Palavras-chave: HIV/AIDS. Tuberculose. Citotoxicidade.

TEMA: PANORAMA ATUAL DOS CUIDADOS PALIATIVOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: BEATRIZ TEIXEIRA COSTA ORIENTADOR: PROF. DR. LUIZ ALBERTO CRAVO PINTO QUEIROZ

RESUMO

Referência: COSTA, BT. Panorama atual dos cuidados paliativos: uma revisão sistemática. [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. Introdução: A morte, a terminalidade da vida, bem como os cuidados paliativos vêm se interrelacionando cada vez mais ao passo em que os conceitos previamente estabelecidos se tornam insuficientes para que seja respeitada a multidimensionalidade do ser humano. Além das dificuldades operacionais, hoje, os cuidados paliativos constituem um desafio para as instituições e profissionais da saúde. Estes cuidados devem ser prestados por uma equipe multiprofissional, com objetivos bem definidos e com competência para atender as reais necessidades, quer sejam físicas, afetivas, emocionais, psicológicas ou espirituais da unidade paciente/família. Objetivos: Com isso, este estudo objetiva avaliar o quadro atual da assistência paliativa a níveis mundial e brasileiro. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, na qual foram analisados artigos das bases de dados eletrônicas (Medline/PubMed, Lilacs e Scielo), nos idiomas inglês e português, em periódicos nacionais e internacionais no período de 2006 a 2016. Resultados: Foram selecionados 13 artigos, os quais forneceram dados sobre o panorama atual dos cuidados paliativos na Europa, na América Latina, em países da América do Norte e da Ásia, bem como indicadores que permitem a interpretação e a avaliação do nível de desenvolvimento dos cuidados paliativos nos respectivos países. Conclusão: O quadro atual da assistência paliativa na maioria dos países é marcado por limitações financeiras, estruturais, bem como de informações, sendo possível, a partir dos dados analisados, notar uma grande heterogeneidade no que diz respeito ao fornecimento e à estruturação dos cuidados paliativos. Conclusão: Portanto, um maior número de estudos de boa qualidade e metodologicamente corretos se fazem necessários para que haja o desenvolvimento de práticas, condutas e medidas correspondentes à relevância e importância do tema em questão. Palavras-chave: Cuidados paliativos. Cuidados a doentes terminais. Morte com dignidade.

TEMA: CONTRIBUIÇÃO FARMACOLÓGICA NO TRATAMENTO DA AMBLIOPIA: REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: BRISA SANTOS SILVA ORIENTADORA: DRA. LÍVIA MARIA NOSSA MOITINHO

RESUMO

Referência: Silva BS. Contribuição farmacológica no tratamento da ambliopia: revisão sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Salvador. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. Introdução: ambliopia é uma situação clínica caracterizada por baixa acuidade visual, uni ou bilateral, na ausência de lesão orgânica que a justifique. O diagnóstico é feito através da medida da acuidade visual pela tabela de Snellen. A ambliopia é conhecida há séculos, mas a sua terapia mante-se inalterada por muitos anos, sendo esta a terapia oclusiva. Sua efetividade varia de 30 a 92%. Em busca da otimização da terapia oclusiva, a levodopa surge como possível fármaco adjuvante, inspirados por estudos que comprovaram a participação da dopamina na fisiologia da visão. O objetivo deste estudo é avaliar a contribuição de fármacos no tratamento da ambliopia. Metodologia: estudo tipo revisão sistemática. Foram pesquisadas diversas bases de dados (MEDLINE/PubMed, Scielo, The Cochrane Libary). Após leitura do título e resumo dos trabalhos pré-selecionados, prosseguiu com a leitura do texto na íntegra somente aqueles que preenchiam os critérios de inclusão. Os dados foram coletados por meio de formulários pré-definidos. A qualidade de cada estudo foi avaliada através da ferramenta CONSORT, 2010 para Avaliar Risco de Viés. Resultados: dos noventa e quatro estudos encontrados, cinco ensaios clínicos foram incluídos. Houve melhora da acuidade visual significativa quando associada a terapia oclusiva à levodopa. A terapia oclusiva isoladamente manteve-se com bons resultados na melhora da acuidade visual, no entanto, a terapia farmacológica agregada, resulta em melhores resultados. Conclusão: a utilização da levodopa otimiza o tratamento oclusivo tradicional da ambliopia. Porém, a terapia farmacológica isoladamente, não apresenta melhora superior da acuidade visual quando comparada à terapia oclusiva. Palavras-chave: Ambliopia. Terapia. Tratamento.

TEMA: DESEMPENHO DOS PACIENTES PORTADORES DA DOENÇA DE ALZHEIMER NO MINI EXAME DO ESTADO MENTAL. ALUNA: BRUNA CARVALHO CASTRO ORIENTADORA: PROFA. MARCELA C. MACHADO COSTA

RESUMO

Introdução: A demência de Alzheimer é o tipo mais comum de demência em todo o mundo, acometendo aproximadamente 21 milhões de pessoas no globo. Postula-se que a escolaridade do indivíduo exerça grande influência no seu funcionamento cerebral, sendo um fator de proteção para diversas doenças neurodegenerativas, como as demências. O mini exame do estado mental (MEEM) é um dos melhores testes de triagens para demências em geral. Existem estudos demonstrando o impacto da escolaridade sobre as notas obtidas no MEEM, no entanto, são escassos estudos que demonstrem o impacto da escolaridade sobre o MEEM em pacientes portadores da doença de Alzheimer. Objetivos: Descrever a pontuação no Mini Exame do Estado de Mental de pacientes portadores da doença de Alzheimer levando em conta anos de escolaridade. Descrever os dados epidemiológicos da população do estudo. Métodos: Estudo transversal com dados de portadores de doença de Alzheimer atendidos em hospital de referência de Salvador, Bahia, entre 2014 e 2015. As variáveis foram demográficas e clínicas. Para análise de dados utilizou-se estatística descritiva. O protocolo de pesquisa foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos e a pesquisa foi conduzida segundo Res. 466/12-CONEPE/CNS Resultados: Dos 126 pacientes portadores da doença de Alzheimer do estudo, 83,3% eram do sexo feminino, a média de idade dos pacientes foi 82,5 anos +-7,4 DP (61/98) e a média de idade do diagnóstico foi 79 anos +-7,3 DP. Com relação ao início dos sintomas da doença, a média de idade encontrada foi 76,3 anos +-8,2 DP. O tempo necessário para que o diagnóstico da doença de Alzheimer fosse feito foi em média 2,8 anos +- 2,9 DP (0/20). A média das notas obtidas no MEEM foi 14,31+- 5,3 DP. Os resultados mostraram que as médias das notas obtidas no MEEM foram aumentando gradativamente de acordo com os anos de escolaridade dos pacientes: A menor média foi encontrada no grupo sem escolaridade/analfabetos (13,06 pontos +-5,7 DP). O grupo com 1 a 3 anos de estudo mostrou média pouco superior (14,29 +- 4,8) enquanto os grupos com escolaridade entre 4 a 7 anos e mais de 8 anos apresentaram as maiores médias respectivamente: 14,75 pontos (+-5,6 DP) e 15,28 pontos (+-5,3DP) Conclusão: Observou-se predominância de pacientes com idade avançada, do sexo feminino e com baixa escolaridade. A idade do início dos sintomas foi tardia na maioria dos indivíduos e o tempo médio para obtenção do diagnóstico de DA foi elevado. As médias das notas obtidas no MEEM aumentaram gradativamente de acordo com a escolaridade dos pacientes, sendo os escores dos pacientes com mais de 8 anos de estudo os mais altos. Tais resultados estão de acordo com a literatura no que diz respeito a influência da escolaridade no desempenho de pacientes com doença de Alzheimer no MEEM. Palavras-chave: Alzheimer. MEEM. Demência.

TEMA: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SONO EM ESTUDANTES DE MEDICINA ALUNA: BRUNA MUCCINI DE ALMEIDA ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO

RESUMO

Referência: Almeida BM. Avaliação da qualidade do sono em estudantes de medicina [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola Bahiana de Medicina e Sáude Pública, Bahia, 2016. OBJETIVO: O objetivo desse estudo é avaliar a qualidade do sono nos acadêmicos do curso de medicina. MÉTODOS: Estudo do tipo corte transversal, na qual a amostra foi constituída por 301 estudantes de medicina, o instrumento utilizado foi o questionário de características sociodemográficas e o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. RESULTADOS: Dos 301 estudantes avaliados, 67,4% (203) referiram qualidade do sono ruim e com relação a qualidade subjetiva do sono 37,2% e 6,3% avaliaram como ruim e muito ruim, respectivamente. 71,5% relataram que acordar de manhã muito cedo é um dos fatores que interferem na qualidade do sono. O presente estudo verificou que 60,8% dormem 5 a 6 horas por noite, e 10,3% dormem menos de 5 horas. Do grupo que possui qualidade do sono ruim, 60,8% referiram que possuem dificuldades para ficar acordado enquanto dirige, faz refeições ou outras atividades sociais. CONCLUSÃO: A partir dos resultados do presente estudo, pode-se observar que mais da metade dos estudantes de medicina avaliados apresentam qualidade de sono ruim, e alguns desses estudantes já possuem distúrbios do sono. Foi verificado que a média de sono por noite dessa população é de 5 a 6 horas, isso mostra que há uma certa privação de sono dos estudantes, tendo em vista que a média de sono tida como normal para uma população adulta é de 7 a 9 horas por noite. Um dos fatores que interferem na qualidade do sono relatada pelos alunos é acordar de manhã muito cedo para a realização de suas atividades. Palavras-chave: Qualidade do sono. Transtorno do sono. Sono. Estudantes de medicina. Privação do sono.

TEMA: PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES COM ACROMEGALIA EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA NA BAHIA. ALUNA: BRUNA TAMILLE DE FRANÇA SANTOS ORIENTADORA: PROFA. DRA. MARTA SILVA MENEZES

CO-ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO

RESUMO

Referência: Bruna TFS. Perfil clínico de pacientes com acromegalia em serviço de referência na Bahia. [trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. A acromegalia é um distúrbio endócrino causado pelos elevados níveis de GH e IGF-1, geralmente em consequência de um adenoma hipofisário. É uma doença rara que acomete homens e mulheres em igual proporção, mais prevalente na faixa etária entre 40 e 50 anos. Os efeitos somáticos mais conhecidos são artropatia, desfiguração facial e aumento de extremidades e partes moles; há também a ocorrência de alterações sistêmicas nas quais se destacam as mudanças no metabolismo da glicose e nos sistemas cardiovascular e respiratório. Objetivo: Descrever o perfil clínico dos pacientes com acromegalia acompanhados no CEDEBA – Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, onde foram analisados 36 prontuários de pacientes com acromegalia acompanhados no CEDEBA. As variáveis analisadas foram: alteração facial, alteração visual, dor articular, gigantismo, crescimento de extremidades, sudorese excessiva, cardiopatia, hipertensão, diabetes mellitus, doença de tireoide, tratamento cirúrgico, medicamentoso ou radioterápico. Foi utilizado o programa estatístico SPSS para análise das variáveis através de frequências simples. Resultados: A média da idade dos pacientes foi de 48,9 anos, sendo 52,8% da amostra composta por pardos e 80,6% do sexo feminino. Sobre as manifestações clínicas, 88,9% dos pacientes apresentavam dor articular, enquanto 86,1% apresentavam alteração facial e crescimento de extremidades. Hipertensão arterial estava presente em 63,9% da amostra e 07 pacientes se encontravam no intervalo considerado normal na escala de IMC. 94,4% dos pacientes realizavam terapia medicamentosa. Conclusão: Na amostra estudada a acromegalia é predominante em mulheres pardas, próximas dos 50 anos de idade, que apresentam dor articular como principal manifestação clínica e hipertensão arterial como mais frequente comorbidade. Palavras-chaves: Acromegalia. Manifestações clínicas. Hipersomatotropismo.

TEMA: PREVALÊNCIA E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍNDROME PARKINSONIANA INDUZIDA POR ANTIPSICÓTICOS EM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO.

ALUNO: CAIO FERNANDES DE ALMEIDA

ORIENTADOR: DR. SAULO MERELLES

RESUMO

INTRODUÇÃO: As psicoses em geral são desordens psiquiátricas severas que afetam substancialmente a vida do portador. Relevantes na sociedade, estas patologias raramente têm início antes da puberdade e após os 50 anos, ou seja, atinge jovens e adultos em vida reprodutiva e/ou econômica ativa. Seus principais sintomas vão desde a desorganização de pensamento e delírios até as alucinações.O tratamento é feito a partir de antipsicóticos, dentre eles, existem principalmente duas classes com mecanismos de ação diferentes, os chamados de antipsicóticos típicos e atípicos. Os neurolépticos típicos apresentam como principal efeito colateral a síndrome extrapiramidal, dentre elas a síndrome parkinsoniana. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico da síndrome parkinsoniana em pacientes em uso de antipsicóticos, internados no Hospital Juliano Moreira no ano de 2016. MÉTODO: Estudo transversal feita a partir de coleta de dados primários de pacientes em internação psiquiátrica em hospital de referência de Salvador, Bahia no ano de 2016. Excluídos aqueles em regime ambulatorial. As variáveis foram demográficas e clínicas. Para análise de dados se utilizou de estatística descritiva. O protocolo de pesquisa foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos. RESULTADOS: Foram estudados 77 pacientes, destes 38 possuíam algum sintoma de parkinsonismo, uma prevalência de 49,4%. Dentre os pacientes, a média de idade encontrada fora de 38,6 anos ± 10,8 (18/63). Destes 45,2% eram mulheres e 54,8% eram homens. Em 49,4% havia histórico de uso de substâncias psicoativas, sendo a nicotina, maconha e álcool os mais consumidos. O diagnóstico mais presente foi a esquizofrenia (F20), seguido pelo transtorno bipolar (F31), o transtorno mental psicótico não especificado (F29), transtorno esquizoafetivo (F25) e retardo mental (F70-79). Durante a internação, os antipsicóticos mais utilizados foram o haloperidol na dosagem de 20mg/dia, clorpromazina 200mg/dia, decanoato de haloperidol com 100mg/semana, trifluoperazina 15mg/dia, risperidona 6mg/dia, olanzapina 10 mg/dia, clozapina 25mg/dia. Em 67 pacientes havia o uso de medicamentos com efeitos anticolinérgicos e 47 pacientes tinham benzodiazepínicos na sua prescrição. Como descritivos para a síndrome parkinsoniana induzida por antipsicóticos o termo: “sinais de parkinsonismo” estava presente em 11 prontuários; “lentificacao psicomotora” e “marcha trôpega” em 17 pacientes cada; “sialorréia” em 6 e “tremor” em 2 prontuários. CONCLUSÃO: Prevaleceu o sexo masculino, jovens, desempregados e solteiros. A família fora a grande responsável pela internação do doente no hospital. Quase metade da população usava substâncias psicoativas. Esquizofrenia e transtorno bipolar do humor foram responsáveis pela maioria dos diagnósticos. Um pouco mais da metade dos pacientes usava algum antipsicótico de forma crônica, e durante a internação prevaleceu o uso de haloperidol, clorpromazina, decanoato de haloperidol e trifluoperazina. Quase a metade das pessoas apresentaram os sintomas extrapiramidais. Os anticolinérgicos prevaleceram quase na totalidade das internações, os anticonvulsivantes e estabilizadores do humor obtiveram uso por quase metade das pessoas. O uso de benzodiazepínicos fora expressivo e a maiorias dos sintomas respondiam por “marcha trôpega” no prontuário. O maior uso de maconha, cocaína e crack aconteceu no sexo masculino, a associação entre haloperidol ou olanzapina com os anticolinérgicos foram muito presentes entre os pacientes. Palavras-chave: Sintomas extrapiramidais, Antipsicóticos, Neurolépticos, Parkinsonismo.

TEMA: A IMPORTÂNCIA DO USO DA ASPIRINA PRÉVIO AOS DESFECHOS CARDIOVASCULARES. ALUNA: CAROLINA MACHADO LEMOS ORIENTADOR: PROF. MÁRIO DE SEIXAS ROCHA

RESUMO

Lemos C.M. A IMPORTÂNCIA DO USO DA ASPIRINA PRÉVIO AOS DESFECHOS CARDIOVASCULARES [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. INTRODUÇÃO: A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) é a nosologia que envolve condições clínicas decorrentes da diminuição do fluxo sanguíneo para o coração. Tem uma taxa elevada de ocorrência no Brasil, com um alto impacto de custos hospitalares e custos indiretos. O tratamento primário consiste, entre outros medicamentos, no uso do ácido acetilsalicílico (AAS). Entretanto, algumas literaturas trazem um “efeito paradoxal” do AAS: seu uso prévio ao quadro de SCA estaria relacionado a uma maior recorrência do quadro coronariano e a um aumento nos desfechos cardiovasculares. OBJETIVO: Estudar os impactos do uso prévio da aspirina em pacientes com Síndrome Coronariana Aguda. METODOLOGIA: Estudo observacional descritivo comparativo em banco de dados de pacientes admitidos por Síndrome Coronariana Aguda na Unidade de Emergência e depois internados na Unidade Coronariana (UC) do Hospital Português- Salvador/BA no período de 2009 a 2013. RESULTADOS: A análise dos dados revelou que o grupo que fazia uso da aspirina previamente à admissão era mais velho, com idade maior que 60 anos (78,2% e 68,6%, p = 0,07), tinha mais hipertensão (86,5% e 73,3%, p = 0,01), dislipidemia (70,3% e 53,6%, p = 0,01) e mais doenças cardiovasculares (95,5% e 55,2%, p = 0,03). A angina instável foi a apresentação clínica mais frequente em quem fazia o uso prévio do AAS (63,1% e 40,2%, p = 0,01). Enquanto que o IAM com supra de ST foi mais comum naqueles que não faziam o uso do medicamento antes da admissão (37,1% e 9%, p = 0,01). Não houve diferença estatística significante de mortalidade entre esses dois grupos (3,6% e 3,1%, p=0,83%). A análise dos desfechos combinados foi mais comum no grupo sem uso prévio do AAS (29,2% e 18%, p=0,03). A aspirina não demonstrou ser um preditor independente de desfechos combinados (p = 0,02). CONCLUSÃO: O uso prévio da aspirina está mais relacionada a uma população com mais comorbidades e mais relacionada a apresentação da SCA sem supra de ST. Na presença de outros potenciais fatores prognósticos, a aspirina prévia não é preditora independente de desfechos combinados. Palavras-chave: Aspirina. Uso prévio. Síndrome Coronariana Aguda. Desfechos cardiovasculares.

TEMA: HIPERTROFIA ADENOTONSILAR EM CRIANÇAS COM APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO E ANEMIA FALCIFORME. ALUNA: CINTHIA DE JESUS VIANNA ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO

RESUMO

Vianna CJ. Hipertrofia Adenotonsilar em Crianças com Apneia Obstrutiva do Sono e Anemia Falciforme [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. Objetivo: Avaliar a associação existente entre a hipertrofia adenotonsilar e a apneia obstrutiva do sono em crianças com anemia falciforme. Métodos: Estudo do tipo corte transversal, com 85 crianças e adolescentes com anemia falciforme. Os participantes da pesquisa tiveram que responder a um questionário, passar por uma avaliação otorrinolaringológica realizada por uma profissional da área especializada e realizar a polissonografia. Os critérios de Brodsky foram adotados para o diagnóstico da hipertrofia adenotonsilar obstrutiva e foi considerado portador da SAOS todos que possuíram IAH maior que 1. Resultados: A prevalência da hipertrofia adenotonsilar obstrutiva foi de 55,3% para crianças com anemia falciforme. Houve diferença estatisticamente significantes entre a idade e hipertrofia adenotonsilar obstrutiva e não obstrutiva, respectivamente: 8,32 + 3,63 vs 10,58 + 3,99; p=0,009; também houve diferença estatisticamente significante entre escore Z IMC entre crianças com hipertrofia adenotonsilar obstrutiva e não obstrutiva, respectivamente: -0,77 + 1,62 vs -1,52 + 1,19; p=0,016. Crianças com hipertrofia adenotonsilar obstrutiva, apresentaram maior índice de apneia e hipopneia do que as crianças sem hipertrofia adenotonsilar obstrutiva: 0,10 (0,00-0,50) vs 0,00 (0,00-0,10); p=0,022. Conclusão: Foi observado associação entre a hipertrofia adenotonsilar e a apneia obstrutiva do sono em crianças com anemia falciforme. Palavras-Chave: Anemia Falciforme. Hipertrofia adenotonsilar. Apneia obstrutiva do sono.

TEMA: ACUPUNTURA NO SUS: CONSULTAS NAS DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL. ALUNO: CRISTIANO LIMA DO NASCIMENTO ORIENTADORA: PROFA. MÔNICA DA CUNHA OLIVEIRA

RESUMO

Introdução: A acupuntura é uma parte integrante da Medicina Tradicional Chinesa que ganhou espaço no ocidente e que foi incorporada ao Sistema Único de Saúde como uma das Práticas Integrativas e Complementares. Sua prática vem se expandindo no Brasil nos últimos anos a partir de medidas como a reforma sanitária de 1989 e da publicação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares de 2006. Objetivo: O presente estudo visou analisar a oferta de consultas de acupuntura realizadas nas unidades no Sistema Único de Saúde nas diferentes regiões brasileiras. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo de série temporal, analisando dados provenientes do banco de dados do SIA/SUS disponível na plataforma DATASUS referentes às consultas de acupuntura por inserção de agulhas nas cinco regiões do Brasil no período de 2011 a 2015. Foi usado o Coeficiente de Incidência como indicador capaz de aferir a probabilidade de oferta dos procedimentos de consultas de acupuntura por inserção de agulhas por região. Resultados: Os resultados mostraram um aumento no número de consultas de acupuntura em quase todo o país, com exceção da região Centro-Oeste, e uma participação de 61,32% da Esfera Administrativa Municipal na oferta de consultas de acupuntura por inserção de agulhas realizadas. Conclusões: Concluiu-se que o aumento no número de consultas de acupuntura por inserção de agulhas foi mais importante no Sudeste e no Nordeste, que o Norte é a região de menor oferta de consultas de acupuntura e que a Esfera Municipal foi o ente federado que mais custeou essas consultas no Brasil como um todo. Palavras-chave: Acupuntura. Sistema Único de Saúde. Agulhas. Consultas. Custo. Brasil.

TEMA: FATORES RELACIONADOS AO DESEMPENHO COGNITIVO EM PACIENTES COM EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL. ALUNA: DANDARA CARVALHO MOREIRA ORIENTADOR: PROF. HUMBERTO DE CASTRO LIMA FILHO

RESUMO

Moreira DC. Fatores relacionados ao desempenho cognitivo em pacientes com epilepsia do lobo temporal. [Tese]. Salvador: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2016. Introdução: A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais frequentes. A esclerose mesial temporal (EMT) é a principal causa de epilepsia do lobo temporal, nos adultos. A EMT associa-se a um declínio cognitivo que impacta negativamente a qualidade de vida do paciente. A disfunção de memória tem sido muito estudada e a identificação de características ou fatores preditores do desfecho cognitivo nos pacientes pode auxiliar na avaliação e tratamento. Objetivo: O objetivo deste estudo é verificar associação entre fatores clínicos e disfunção de memória em pacientes com EMT. Materiais e métodos:Foi realizado um estudo descritivo-analítico, de corte transversal, com amostragem por conveniência incluindo indivíduos previamente diagnosticados com epilepsia do lobo temporal fármaco-resistente associada à EMT unilateral. Pacientes e um grupo controle foram submetidos a avaliação neuropsicológica que permitiu avaliação da memória verbal e não verbal através do teste de aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey (RAVLT), teste da Figura Complexa de Rey (RCFT) e o teste de Aprendizagem Visual de Rey (RVDLT). O desempenho nestes testes foi comparado em subgrupos dicotomizados de acordo com os fatores clínicos (lateralidade da lesão, idade de início da epilepsia, tempo de doença, frequência de crises e cargas de medicamentos). Resultados:Foram incluídos 109 indivíduos neste estudo, 40 controles e 69 com Esclerose Mesial Temporal, os últimos divididos em pacientes com EMT à direita (33) e à esquerda (36). A lateralidade da lesão associou-se a pior desempenho a depender do tipo de memória avaliada. Conclusão:Pacientes com EMT esquerda apresentaram pior performance em relação a memória verbal e pacientes com EMT direita quanto a memória não verbal. O tempo de doença >20 anos associou a médias inferiores nos testes cognitivos e atingiu significância estatística em relação aos controles (p<0,05). Os outros fatores não revelaram influência clara no desempenho dos pacientes. Palavras-chave: Cognição; Crises epilépticas; Epilepsia; Lateralidade; Idade de início; Anticonvulsivantes.

TEMA: USO DO UNITED KINGDOM PROSPECTIVE DIABETES STUDY (UKPDS) NA DETECÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR NOS PACIENTES DIABÉTICOS EM AMBULATÓRIO DE OBESIDADE EM SALVADOR – BA.

ALUNA: DANIELE CAMPOS ANDRADE

ORIENTADORA: PROFA. MINNA FERRARI SCHLEU CARVALHO

RESUMO

Introdução: a obesidade configura um fator de risco independente para uma redução de sobrevida, ao interferir negativamente no curso de diversas patologias. Nesse contexto, o diabetes e as doenças cardiovasculares se relacionam intensamente em uma logística de causas e efeitos que exige uma atuação multidisciplinar tanto para a realização do diagnóstico, quanto para o tratamento. Na tentativa de estratificar os pacientes diabéticos em relação ao risco cardiovascular, utilizando parâmetros pré estabelecidos e equações estatísticas, a calculadora UKPDS foi criada tentando associar algumas das principais variáveis influentes na sobrevida dos indivíduos. Dessa forma, o presente trabalho busca abranger essa tríade em uma perspectiva descritiva, utilizando a calculadora UKPDS para ampliar o conhecimento em relação à interferência dessas patologias no prognóstico final do paciente. Objetivo:Estratificar o risco cardiovascular dos pacientes com excesso de peso e diabetes mellitus de um ambulatório de referência em obesidade em Salvador, de acordo com U. K. Prospective Diabetes Study (UKPDS). E como objetivo secundário, correlacionar a Circunferência Abdominal e LDL com o UKPDS. Método:trata-se de um estudo descritivo e analítico realizado com dados de prontuário de 63 pacientes com sobrepeso (IMC ≥ 25Kg/m2) e portadores de diabetes atendidos no ADAB (Ambulatório Docente-Assistencial da Bahiana), na cidade de Salvador/BA, entre o período de 2009 a 2015. Entre as variáveis analisadas encontra-se: hemoglobina glicada, colesterol total, HDL-c, LDL-c. As variáveis clínicas foram: idade, sexo, IMC, Pressão Arterial (PA), tabagismo, prática de atividade física regular e etnia. Resultados:dentro da amostra de 63 pacientes, a mediana do valor percentual dos riscos cardiovasculares gerados pela calculadora UKPDS foi de 6,17(IIQ: 3,64 – 10,86). Esta apresentou correlação positiva com LDL (R2= 0,34), obtendo significância estatística (p= 0,01). Contudo, a calculadora UKPDS se correlacionou de forma negativa com a circunferência abdominal (R2= - 0,82), sem significância estatística (p= 0,546). Quanto a análise comparativa entre as médias de LDL e circunferência abdominal dos pacientes com escore de UKPDS menor e maior, a média de LDL dos pacientes com escore de UKPDS menor e maior foi de 108,6 mg/dl e 133,3 mg/dl, respectivamente - Sendo estatisticamente significativa (p= 0,021). Enquanto que a média da circunferência abdominal no grupo de pacientes com UKPDS menor foi de 112,5cm e no grupo de pacientes com UKPDS maior, 107,1cm - não obtendo significância estatística (p= 0,113). Conclusão: a maior parcela da amostra desse estudo foi considerada com baixo risco cardiovascular, de acordo com a calculadora UKPDS. Os níveis de LDLc da presente amostra se correlacionaram diretamente com o risco cardiovascular gerado pela calculadora UKPDS, porém os valores da circunferência abdominal dos pacientes não apresentaram correlação estatística. A maioria dos pacientes obesos e diabéticos apresentou descontrole dos níveis tensionais. Deve ser reavaliada a relevância clínica da calculadora UKPDS, fazendo-se necessários ajustes na metodologia dos cálculos. Palavras-chave: Obesidade. Diabetes. Cardiovascular. UKPDS.

TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA, ESTADO DA BAHIA, 2004-2014. ALUNA: DIANA NEVES VIEIRA ORIENTADORA: PROFA. MÁRCIA MARIA NOYA RABELO

RESUMO

Vieira, DN. Perfil Epidemiológico das Internações e Óbitos por Insuficiência Cardíaca, Estado da Bahia, 2004-2014. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador-BA, 2016. INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é a via final da maioria das afecções cardiovasculares, sendo definida pela incapacidade de atender às demandas metabólicas do organismo por deficiência na bomba cardíaca. Tal patologia está associada à presença de comorbidades, como Hipertensão Arterial Sistêmica, Infarto Agudo do Miocárdio e Doença de Chagas. No Brasil, há 2 milhões de portadores da IC, sendo diagnosticados 240 mil novos casos anualmente, o que configura um problema de saúde pública. O envelhecimento da população é um fator determinante para esse crescimento, visto que a frequência da doença em indivíduos maiores ou iguais a 60 anos é muito maior que nas faixas etárias inferiores. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico das internações e óbitos por insuficiência cardíaca. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional descritivo de série temporal entre os anos de 2004 e 2014, no estado da Bahia, tendo dados obtidos a partir do Sistema de Internações Hospitalares do SUS. O local de estudo foi dividido em macrorregiões, e as variáveis utilizadas foram sexo, faixa etária, ano de internação e ocorrência do óbito e macrorregiões de residência. RESULTADOS: O número total de internações no estado da Bahia, entre 2004 e 2014, decresceu progressivamente. O sexo masculino e a população septuagenária obteve maior frequência do número de internações. O número de óbitos não mostrou grandes alterações no decorrer dos anos de estudo e se mostrou pouco maior em pacientes do sexo masculino. A faixa etária com maior frequência de óbitos foi a de 80 anos e mais. CONCLUSÃO: O número de internações e óbitos por insuficiência cardíaca vem decrescendo no decorrer do tempo, entretanto a IC continua se mostrando uma importante causa de internações e óbitos no Brasil. Palavras-chave: Insuficiência Cardíaca. Internações. Epidemiologia.

TEMA: INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM PACIENTES COM MUCOPOLISSACARIDOSE. ALUNO: DIÓGENES PIRES SERRA FILHO ORIENTADOR: PROF. MARCOS ANTÔNIO ALMEIDA MATOS

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Objetivo: Avaliar a independência funcional dos indivíduos portadores de MPS. Metodologia: Estudo transversal descritivo e analítico, com dois grupos: indivíduos portadores de MPS e indivíduos sem patologias diagnosticadas. Os dados coletados sobre os portadores da doença MPS foram colhidos no Hospital Santa Izabel da Santa Casa de Misericórdia da Bahia. Os dados do grupo comparação foram coletados em instituições de ensino da capital do estado, Salvador. Todos foram submetidos à anamnese, exame físico e aplicação de questionário específico para independência funcional. A independência funcional foi avaliada pelo instrumento Medida de Independência Funcional (MIF). Os dados da pesquisa foram coletados entre junho de 2015 até julho de 2016. Resultados: O estudo coletou informações sobre 29 portadores de MPS com idade média 12 anos, peso médio de 23,24 kg e altura média de 1,05m. Foram coletadas informações de 59 indivíduos sem patologias com média de idade de 11 anos, peso médio de 43,20 kg e altura média de 1,41m. O tipo VI da doença foi o mais prevalente com 18 indivíduos. As médias dos escores do grupo de portadores de MPS foram menores em todos os domínios do questionário MIF em relação ao grupo sem patologias, sendo as maiores diferenças nos domínios autocuidado e locomoção. Conclusão: As MPS diminuem a independência funcional dos indivíduos portadores, principalmente em relação ao autocuidado e locomoção. Palavras-chave: Mucopolissacaridoses. MPS. Medida da Independência Funciona. MIF.

TEMA: TAXA DE MORTALIDADE E CUSTO TOTAL DE INTERNAMENTO POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM IDOSOS DE DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS NO BRASIL NO PERÍODO DE 2008 A 2015. ALUNA: EDLA LOPES LIMA ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES

RESUMO

Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte nos idosos. No Brasil, apenas em 2015, cerca de 100.000 pessoas foram internadas por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Isto traz impacto socioeconômico devido a mortalidade e ao alto custo das internações e assistência aos pacientes acometidos. Objetivos: Estudar os aspectos econômicos do IAM, descrever o número de internações, a Taxa de Mortalidade, o custo total e relativo da assistência hospitalar aos idosos no Brasil no SUS. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, utilizando dados secundários obtidos do Sistema de Informações Hospitalares (SIH)/DATASUS relativos ao IAM por região geográfica brasileira no período de 2008 a 2015. O custo relativo por 100 mil habitantes de cada região geográfica brasileira foi calculado utlizando a estimativa da população segundo dados do Censo 2008 a 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estística (IBGE). Resultados: Houve 375.829 internamentos de pacientes maiores que 60 anos, por IAM, no SUS no período estudado, sendo 50,4% destes na região Sudeste. As faixas etárias com a maior e a menor taxa de internação por 100 mil habitantes foram os grupos acima de 80 anos e de 60 a 69 respectivamete. O custo total dos internamentos por IAM foi de aproximadamente 1,2 bilhões de reais, sendo que 51,7% deste valor foi gasto pela região Sudeste e 4.7% pela região Norte. O custo relativo por 100.000 habitantes foi mais expressivo na região Sul (R$881.111,00/100.000 hab). A TM na população idosa acima de 80 anos foi 2,45 vezes maior do que na população da faixa etária de 60 a 69 anos Conclusão: O presente estudo constatou um custo relativo mais alto na faixa etária de 70 a 79 anos enaquanto que o custo absoluto foi maior na faixa etária de 60 a 69 anos. Constatou-se também uma taxa de mortalidade maior na faixa etária dos idosos acima de 80 anos em todas as regiões geográficas brasileiras. Palavras-chave: Infarto do miocárdio; mortalidade; idoso.

TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES HIPERTENSOS ACOMPANHADOS PELA ATENÇÃO BÁSICA NO ESTADO DA BAHIA. ALUNO: EDUARDO PASSOS LOPES ORIENTADORA: PROFA. ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE

RESUMO

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença prevalente na população, chegando a afetar mais de 20% dos brasileiros. Muitas vezes apresenta-se de forma silenciosa, podendo acarretar inúmeras complicações, tais como: acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, outras coronariopatias e doença renal. Com o intuito de conhecer a magnitude, descrever o perfil epidemiológico da doença, captar os pacientes hipertensos e otimizar a assistência aos doentes, em 2002, foi criado o HiperDia. Entretando, ainda há brasileiros hipertensos não diagnosticados e muitos que não aderem ao tratamento, levando ao aumento da probabilidade de os mesmos apresentarem complicações crônicas associadas à doença. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos hipertensos acompanhados pela Atenção Básica no estado da Bahia. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo de série temporal com dados secundários obtidos a partir da base de dados do HiperDia sobre HAS, no estado da Bahia, no período de 2003 a 2012, disponível através do endereço eletrônico: www.datasus.gov.br. As variáveis do estudo foram: sexo, faixa etária, infarto agudo do miocárdico, outras doenças coronarianas, doença renal, acidente vascular cerebral, sedentarismo, tabagismo e sobrepeso. Os dados foram analisados de forma descritiva, utilizando-se números absolutos e relativos. Foi calculada a prevalência de hipertensão por ano, por macrorregião, por sexo e por faixa etária. Os dados foram apresentados em tabelas e gráficos. Resultados: Durante o período do estudo foram cadastrados no HiperDia 680.607 pacientes hipertensos, dos quais a maior parte residia nas macrorregiões sudoeste (18,86%) e leste (16,76%), eram do sexo feminino (69,70%), na faixa etária entre 60 a 64 anos (13,00%). Dentre os hipertensos 4,50% tiveram acidente vascular cerebral, 2,40% apresentaram infarto agudo do miocárdio, 4,10% foram acometidos por outras coronariopatias e 2,10% tiveram doença renal. Por fim, 33,50% tinham sobrepeso, 43,90% eram sedentários e 14,80% eram tabagistas. Conclusão: A captação e o acompanhamento dos pacientes hipertensos pela atenção básica são importantes, uma vez que a mesma atua no tratamento da doença e nas prevenções das complicações, assim como, no controle dos fatores de risco. Porém, nesse estudo observou-se que os registros no HiperDia estavam abaixo do esperado para o estado da Bahia, evidenciando baixa cobertura do programa do HiperDia e inconsistência na base de dados. Logo, faz-se necessário a implantação do programa nas regiões do estado que ainda não o utilizam e treinamento das equipes de saúde para a captação e cadastramento dos pacientes e para alimentação adequada da base de dados. Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, HiperDia, Bahia.

TEMA: DIFERENÇA DAS PRESSÕES DOS BALONETES DOS TUBOS ENDOTRAQUEAIS (CUFFS) EM HOSPITAIS DE SALVADOR. ALUNO: EDUARDO XAVIER ARAÚJO DE OLIVEIRA ORIENTADOR: PROF. DR. GUSTAVO ALMEIDA FORTUNATO CO-ORIENTADOR: DR. SERGIO TADEU LIMA FORTUNATO PEREIRA

RESUMO

Objetivo: Comparar entre dois grupos de hospitais as pressões dos balonetes (cuffs) dos tubos endotraqueais em pacientes internados em unidades de terapia intensiva. Métodos: Estudo observacional transversal, com dados secundários obtidos de prontuários de pacientes internados em hospitais de Salvador-Ba, durante o período de julho a outubro de 2016. A população integrante do estudo inclui pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) sob ventilação mecânica em diferentes hospitais de Salvador-Ba. Os hospitais foram divididos em 2 grupos. Grupo A: dois hospitais públicos. Grupo B: 2 hospitais privados e um filantrópico. Resultados: O grupo A foi composto por 90 paciente, sendo 61 homens (66,8%) e 29 mulheres (33,2%), com idades entre 18 e 94 anos e média de 49,76 ± 19,8 anos. Houve um predomínio das raças preta e parda abrangendo cerca de 83% da população do grupo. O grupo B foi composto por 61 pacientes, 32 homens (52,5%), 29 mulheres (47,5%) e com média de idade de 67 anos ± 15,96 e idades variando de 21 a 96 anos. Foram identificados 45 pacientes traqueostomizados sendo 30 (30%) do grupo A e 15 (24,6%) do grupo B, não demonstrando diferença estatística (p=0,304). O tempo médio de IOT até a realização da traqueostomia no grupo A foi de 13,64±11,86 dias e de 10,57±5,62 dias no grupo B, sem significância estatística (p=0,468). As medidas das pressões dos balonetes (cuffs) dos tubos endotraqueais demonstraram ser estatisticamente diferentes entre os grupos. A a variável pressão de intracuff foi categorizada foi encontrado uma diferença estatisticamente significante. A proporção dos pacientes dos hospitais públicos que apresentaram valores inadequados de pressão de cuff foi maior que aos dos pacientes internados em hospitais privados. Observou-se que a mediana do Grupo A (40,5 cmH2O) foi maior que a pressão de perfusão capilar da traqueia (35 cmH2O) com valores que variaram de 8 a 120 cmH2O. No grupo B registrou-se valores de pressão intracuff de 10 a 72cmH2O, com mediana de 30cmH2O. O tempo médio de intubação dos pacientes internados nas unidades de terapias intensiva dos hospitais do grupo A foi de 10,82 ± 9,69 dias, enquanto que os pacientes do grupo B permaneceram intubados por 6,86 ± 4,85 dias, diferença estatisticamente significante. Conclusão: O estudo mostrou diferença de 15,2 cmH2O nas médias das pressões dos balonetes dos tubos endotraqueais e de 4 dias no tempo de intubação entre os hospitais dos grupos A e B. Além disso, foi possível identificar discrepâncias em relação aos locais de intubação estando relacionado à estenose laringotraqueal. Palavras-chave: Estenose traqueal. Intubação endotraqueal. Intubação prolongada

TEMA: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS DA ENURESE NOTURNA EM CRIANÇAS DE SALVADOR, BRASIL. ALUNA: ELEN VERUSKA FERNANDES COSTA ORIENTADOR: PROF. UBIRAJARA BARROSO DE OLIVEIRA JÚNIOR CO-ORIENTADORA: DRA. ARIANE SAMPAIO SOUSA

RESUMO Introdução: A enurese noturna (EN) é um transtorno heterogêneo definido como perdas repetidas de urina na cama durante o sono em crianças maiores de 5 anos de idade. Podendo ser classificada em monossintomática ou não monossintomática, quanto a sua associação com outros sintomas. Uma grande variedade de estudos relata associação da EN ao sexo masculino, menor idade, genitores com baixo nível escolar, sintomas intestinais e miccionais diurnos. Objetivo: Determinar a prevalência de dados sociodemográficos, sintomas urinários e intestinais associados à enurese noturna em escolares da cidade de Salvador. Métodos: Trata-se de um estudo corte transversal, de caráter descritivo, realizado a partir de revisão de 408 questionários aplicados através da abordagem de mães acompanhadas por seus filhos nas ruas da cidade de Salvador-Ba, entre março e junho de 2015. As avaliações sociodemográficas, dos sintomas miccionais diurno, da constipação e da enurese noturna foram realizadas a partir da aplicação de um questionário composto com dados sociodemográfico, frequência de episódios semanais de EN, escore de DVSS/Farhat et al. modificado e critérios Roma III. As variáveis catégoricas associadas a EN foram avaliadas através do teste qui-quadrado. Resultados: A prevalência geral de EN foi de 12,8%, com 54,5% de meninas e 45,5% de meninos. A idade das crianças com EN variou entre 5 e os 14 anos (média de 9,7 ± 2,9 anos). A amostra entrevistada de enuréticos noturno era composta principalmente de meninas (70,5%) com ≤9anos, negro/pardo (95,4%), alunos de colégios públicos (70,5%), com responsável pela família apresentando grau moderado de escolaridade (52,3%), com disfunção miccional (25%), EN polissintomática (70,5%), constipados (9,1%) e sem tratamento prévio (97,7%), dados insignificantes. A associação entre a presença ou não de EN e à coexistência de sintomas diurnos foi significante: manobras de contenção urinária (36,4%), urgência (34,8%), incontinência diurna (43,2%), (p=0,023), (p=0,0) e (p=0,0), respectivamente, em enuréticos noturnos. Conclusão: O atual trabalho não observou relação da EN com o sexo, a diminuição do nível de escolaridade do chefe da família, a raça, o tipo de escola, tipo de enurese, constipação e DTUI. Somente alguns sintomas miccionais se relacionaram à EN. Desta forma, esta pequena amostra da cidade de Salvador nao teve poder suficiente para caracterizar a EN em baianos. Palavras-chave: Enurese Noturna. Sintomas Miccionais. Constipação. Dados Sociodemográficos.

TEMA: PREVALÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS EM PACIENTES INFECTADOS PELO HTLV-1 ASSINTOMÁTICOS PARA HAM/TSP EM CENTRO DE REFERÊNCIA DO ESTADO DA BAHIA. ALUNA: ELISSA SANTOS PASSOS ORIENTADOR: PROF. NEY CRISTIAN AMARAL BOA SORTE CO-ORIENTADOR: DR. BERNARDO GALVÃO CASTRO FILHO

RESUMO

Passos, ES. Prevalência de sinais e sintomas neurológicos em pacientes infectados pelo HTLV-1 assintomáticos para HAM/TSP em centro de referência do estado da Bahia [monografia]. Bahia: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. INTRODUÇÃO: a incidência da infecção pelo HTLV-1 no Brasil é muito significativa, sendo que os estados da Bahia, Pará e Pernambuco são considerados áreas endêmicas. A maioria dos infectados são assintomáticos, mas 5% evoluem com complicações graves, tais como Mielopatia Associada ao HTLV/Paraparesia Espástica Tropical (HAM/TSP) e Leucemia de Células T do Adulto (ATL). Embora a prevalência de HAM/TSP seja baixa, indivíduos com HTLV-1 sem critérios diagnósticos para a mielopatia frequentemente apresentam sinais e sintomas neurológicos. OBJETIVO: descrever a prevalência de sinais e sintomas neurológicos nos pacientes infectados pelo HTLV-1 sem diagnóstico de HAM/TSP. METODOLOGIA: trata-se de um estudo transversal, no qual foram incluídos 33 pacientes infectados pelo HTLV-1, matriculados no CHTLV e classificados como assintomáticos para HAM/TSP, os quais foram submetidos a exame neurológico padronizado. Os eventos de interesse foram descritos utilizando-se frequências absolutas e relativas. RESULTADOS: dentre os pacientes estudados, 54,5% apresentou queixas neurológicas como queixa principal, 69,7% apresentou outros sinais e sintomas, como câimbra, parestesia, alterações de reflexos e disfunções urinárias. CONCLUSÃO: há um elevado número de pacientes com sintomas e/ou sinais neurológicos que não os caracteriza como tendo HAM/TSP, mas que já podem representar um quadro incipiente de mielopatia e/ou outra síndrome neurológica. Palavras-chave: HTLV-1. Mielopatia. HAM/TSP.

TEMA: SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE DA REDE ESTADUAL DA BAHIA QUANTO À UTILIZAÇÃO DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO. ALUNA: ELMA MARTINS DE SOUZA ORIENTADORA: PROFA. MARIANE TEIXEIRA DANTAS FARIAS

RESUMO

Referência: Souza EM. Situação dos serviços de saúde da rede estadual da Bahia quanto à utilização de acolhimento com classificação de risco. [trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. O objetivo deste artigo foi apresentar a situação das portas de entrada de emergência do Estado da Bahia quanto à utilização do Acolhimento Com Classificação de Risco (ACCR). Trata-se de um estudo quantitativo, de abordagem descritiva. Foi realizado mapeamento de 37 unidades de saúde, através de questionário estruturado construído pela área técnica da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. O banco de dados analisado foi construído no período de agosto a novembro de 2014, categorizados e tabulados em uma planilha do programa Microsoft Excel®. Posteriormente foram importados para o pacote estatístico IBM® SPSS Statistics, versão 23.0. Constatou-se que a maioria dos serviços realizam o ACCR, sendo os profissionais envolvidos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Os principais entraves para a execução do ACCR foram a insuficiência de recursos humanos e a desarticulação dos níveis de atenção em saúde. Evidenciou-se que, em alguns locais a organização do fluxo ainda é feita por ordem de chegada. Concluiu-se que, mesmo os serviços que referem a realização do ACCR, não o faz de forma satisfatória. O ACCR é tido como mecanismo de organização do fluxo de usuários nas portas de entrada dos serviços de saúde. Entretanto, o processo só é efetivo se realizado de forma plena. Palavras-chave: Implantação do ACCR. Estrutura do ACCR. Dificuldades da classificação de risco.

TEMA: CORREÇÃO CIRÚRGICA DO ESTRABISMO ATRAVÉS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO BRASIL NO PERÍODO DE 2008 A 2015. ALUNA: ELOAH NUNES TORRES ORIENTADORA: DRA REGINA HELENA RATHSAM PINHEIRO

RESUMO

Referência: Torres, EN. Frequência de correção cirúrgica do estrabismo através do Sistema Único de Saúde no Brasil no período de 2008 a 2015. [Trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. Introdução: O Estrabismo é uma patologia oftalmológica que consiste no desalinhamento dos olhos, no qual as fóveas estão assimétricas em relação ao objeto que é focalizado pelo olhar. Essa patologia pode acarretar além do prejuízo funcional problemas psicológicos, sociais e econômicos, interferindo significativamente na qualidade de vida dos indivíduos. Neste contexto o tratamento para essa patologia torna-se fundamental tanto para melhorar as alterações visuais quanto para proporcionar um resultado estético favorável no paciente. Objetivos: Descrever a frequência de cirurgias de correção do estrabismo realizadas através do Sistema Único de Saúde no Brasil no período de 2008 a 2015. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com dados secundários. As informações sobre as correções cirúrgicas foram obtidas através do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), disponíveis na base de dados do DATASUS do Ministério da Saúde. Foram analisadas informações de pacientes submetidos à correção cirúrgica do estrabismo no Brasil através do SUS no período de 2008 a 2015, sendo as variáveis: Número de cirurgias realizadas por regiões brasileiras, número de procedimentos que foram realizados em clínicas conveniadas ao SUS e em Instituições Públicas, custo com esse procedimento. Foram apresentados dados de frequência absoluta e relativa através do cálculo da proporção; e, quando adequado, foram calculadas medidas de tendência central e dispersão. Os dados foram consolidados e apresentados em tabelas e gráficos. Resultados: Foram realizadas no período estudado 35.512 cirurgias, a Região Sudeste foi a que realizou maior proporção de cirurgias cerca de 58,86% e a Região Norte foi a que realizou menor frequência de correções cirúrgicas cerca de 2,23%. No período estudado 93,4% das cirurgias foram eletivas e apenas 6,59% realizadas em caráter de urgência. Nas clínicas privadas conveniadas ao SUS foram realizadas 53,02% cirurgias. O ano de 2008 foi o ano em que se realizou mais cirurgias, 5255 (14,79%) cirurgias efetuadas e consequentemente foi ano que apresentou maior custo com esse tipo de procedimento, R$ 2.247.219,00. Conclusão: A frequência de cirurgias realizadas não atende a necessidade da população acometida. Houve uma redução na quantidade de cirurgias realizadas durante o período estudado. A região que mais realizou o procedimento cirúrgico foi a Sudeste. O procedimento, na maioria dos casos, foi realizado em caráter eletivo. Esse procedimento na maioria das vezes foi ofertado para população através de clinicas privadas conveniadas ao SUS. Palavras-chaves: Estrabismo. Cirurgia de estrabismo.

TEMA: AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES PORTADORES DE MEGAESÔFAGO. ALUNO: FELIPE CARVALHO LOPO ORIENTADORA: PROFA. MARIA CONCEIÇÃO GALVÃO SAMPAIO CO-ORIENTADORA: PROFA. LÍVIA DÓREA DANTAS FERNANDES

RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo, avaliar o estado nutricional de pacientes portadores de megaesôfago, relacionando com o grau desta doença. Foi realizado um estudo de coorte com 36 pacientes portadores de megaesôfago, nos quais foram realizadas avaliações nutricionais, usando dados antropométricos e dois questionários (ANSG – Avaliação nutricional subjetiva global e outro criado especificamente para esta pesquisa). Como resultado foram encontrados prevalência do sexo feminino (58,33%) e de megaesôfago grau II (38,89%). Quanto a causa, o megaesôfago chagásico foi o mais prevalente (77,78%). Todos os pacientes apresentavam algum grau de disfagia sendo o segundo sintoma mais presente a regurgitação (50%). Não houve associação estatisticamente significante entre o grau do megaesôfago e o estado nutricional (50% dos pacientes eutróficos). A consistência da alimentação se tornou cada vez menos sólida a medida que o grau do megaesôfago aumentou, estando 100% dos pacientes com megaesôfago grau 1 com alimentação sólida e somente 20% dos pacientes com megaesôfago grau 4 com alimentação sólida. A ANSG classificou a maioria dos pacientes como eutrófico (97,22%) e a avaliação nutricional feita a partir dos dados antropométricos (CB, PCT e CMB) mostrou que grande parte dos pacientes tinham algum tipo de depleção (91,67%). Concluímos em nosso trabalho, que o acompanhamento em um hospital de referência em gastrenterologia e a realização de procedimentos (cirurgia ou dilatação) pela maioria dos pacientes (77,22%) contribuiu para o estado de eutrofia encontrado na maioria dos pacientes, entretanto, a grande maioria (91,67%) obteve valores alterados em pelo menos um dos parâmetros utilizados nesta pesquisa, indicando algum tipo déficit entre a oferta calórico-proteica e a demanda existente. Ainda que, não estatisticamente significante, o aumento do grau do megaesôfago levou a uma diminuição das medias de todos os parâmetros antropométricos e da consistência alimentar sendo um sinal que o risco nutricional se torna maior com o aumento do grau do megaesôfago. Palavras-chave: Megaesôfago. Avaliação nutricional.

TEMA: ORIENTAÇÃO SEXUAL EM INDIVÍDUOS 46, XX PORTADORES DE HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. NOME ALUNA: FERNANDA DE ARAÚJO SOARES ORIENTADOR (A): PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JUNIOR

RESUMO

SOARES, FA; BARROSO JÚNIOR, UO. Orientação Sexual em Indivíduos 46, XX Portadores de Hiperplasia Adrenal Congênita – uma Revisão Sistemática. 2016. 37 folhas. Monografia de graduação (Medicina) – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2016. Introdução: A hiperplasia adrenal congênita (HAC) é um conjunto de doenças que cursam com deficiência no cortisol e consequentemente no desvio da cascata hormonal para a síntese de andrógenos. Essa exposição hormonal aos andrógenos na vida intrauterina se faz importante no estabelecimento da orientação sexual nesses indivíduos por conta de uma possível virilização cerebral. Objetivo: Avaliar a orientação sexual em pacientes com genótipo 46, XX e portadoras de HAC. Metodologia: Revisão sistemática de literatura através da fonte de dados eletrônica PubMed com os seguintes descritores: “congenital adrenal hyperplasia”, “homosexuality” e “bisexuality”. Resultados: Oito artigos foram selecionados, totalizando uma amostra de 243 pacientes, e evidenciaram uma maior prevalência de homossexualismo e bissexualismo nas pacientes com HAC bem como uma porcentagem maior naquelas portadoras da forma perdedora de sal. Além disso, uma menor frequência de envolvimento em relacionamentos e coitarca independente do sexo do parceiro foi evidenciada. Discussão: A exposição hormonal androgênica por consequência da doença acarreta em um aumento da frequência de não heterossexualismo em pacientes com HAC em relação à população geral e por conta disso acarreta em uma maior vulnerabilidade dessas pacientes no contexto psicossocial. Somado a isso, têm-se que a dificuldade que essas pacientes possuem em nutrir relacionamentos se dá a baixa autoestima secundária aos inúmeros tratamentos na qual essas pacientes são submetidas. Conclusão: Existe, de fato, uma associação maior de homossexualismo e bissexualismo no grupo de pacientes com HAC. A partir desses achados faz-se necessário um importante acompanhamento psicológico para que essas pacientes consigam obter uma satisfatória qualidade de vida. Palavras-chave: Hiperplasia Adrenal Congênita. Orientação Sexual. Homossexualismo. Bissexualismo. Relacionamento.

TEMA: IMPACTO DO TRATAMENTO DA MUCOPOLISSACARIDOSE COM REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: FERNANDA SILVA CAMPOS ORIENTADORA: PROFA. DRA. MARTA SILVA MENEZES

CO-ORIENTADOR: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO

RESUMO

CAMPOS, F.S. Impacto do tratamento da mucopolissacaridose com reposição enzimática: uma revisão de literatura. [monografia].Salvador, Bahia: Faculdade de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública; 2016. Introdução: As Mucopolissacaridoses (MPS) são doenças metabólicas hereditárias causadas pela deficiência ou ausência de qualquer uma das enzimas envolvidas na degradação dos glicosaminoglicanos (GAGs). Os indivíduos afetados sofrem com o acumulo progressivo de GAGs, em diversos órgãos causando principalmente retardo, deformidades articulares e osseas, diminuição da mobilidade articular, características faciais dismorficas, envolvimento do sistema nervoso central, visceromegalias, diminuição da acuidade visual, diminuição ou perda da audição, dificuldade respiratória, doença gastrointestinal, hérnias umbilical e inguinal e doenças cardiovasculares. O principal foco para tratamento da MPS é a reposição enzimática. Esse tratamento age retirando os terminais de carboidrato da enzima impedindo seu acúmulo no organismo. A terapia de reposição enzimática (TRE) garante a prevenção de complicações, a regressão ou estacionamento de sintomas, melhorando assim a qualidade de vida e expectativa de vida dos portadores dessa doença. Objetivo: Avaliar o impacto do tratamento da mucopolissacaridose com a TRE. Metodologia: Foram pesquisadas nas bases de dados (MEDLINE/PubMed, SciELO) e realizada busca manual por meio da combinação de descritores, incluindo termos do Medical Subject Headings (MeSH), dos Descritores em Ciências da Saúde (DECs) e contrações de descritores. A revisão sistemática não se restringiu a publicações em inglês, pois também foram incluídos estudos escritos em português. Foi utilizado o protocolo PRISMA17 como guia para a revisão sistemática. Os termos usados para a busca foram Enzyme Replacement Therapy; Mucopolisaccharidosis; Clinical Trial; Humans. Resultados: Foi observado impacto positivo nos pacientes que realizaram intervenções com os medicamentos Galsulfase, Indosulfase e Elosulfase, para as MPS dos tipos II, IVA e VI respectivamente. Conclusão: a TRE pode trazer ganhos para pacientes com MPS visto que ela evita a progressão da doença e diminui seus efeitos deletérios, principalmente se feita de forma precoce. No entanto ainda é difícil analisar ganhos neurológicas devido ao pequeno tempo de acompanhamento. Palavras-chave: Mucopolissacaridose. Terapia de reposição enzimática. Ensaio clínico. Humanos.

TEMA: COMPARAÇÃO ENTRE MAPA T1 NATIVO E REALCE TARDIO NA AVALIAÇÃO DE FIBROSE MIOCÁRDICA EM PORTADORES DA FORMA CARDÍACA LEVE DA DOENÇA DE CHAGAS. ALUNO: FERNANDO AZEVEDO MEDRADO JÚNIOR ORIENTADOR: DR. ANDRÉ MAURÍCIO SOUZA FERNANDES

CO-ORIENTADORA: POLYANA EVANGELISTA LIMA

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A Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) é um exame útil para a avaliação de fibrose miocárdica na Doença de Chagas através do realce tardio pós-gadolínio (RT). Recentemente, evidências sugerem que o Mapa T1 Nativo é também eficaz para avaliação de fibrose, inclusive nas doenças que acometem o miocárdio difusamente. O objetivo desse trabalho foi analisar a correlação entre o Mapa T1 Nativo e o RT na avaliação de fibrose miocárdica em pacientes portadores da forma cardíaca leve da Doença de Chagas submetidos à RMC. Métodos: Estudo de corte transversal realizado em hospital de referência em cardiologia em Salvador, Bahia, entre 2014 e 2015. Foram incluídos sujeitos portadores da forma cardíaca leve da DC (alterações eletrocardiográficas sem disfunção ventricular, FEVE > 50%), com idade entre 18 e 65 anos. Resultados: Dezesseis pacientes compuseram a população do estudo, 10 (62,5%) do sexo feminino, com média de idade de 54 anos. Hipertensão arterial sistêmica foi a comorbidade mais frequente (87,5%), enquanto que a combinação do bloqueio do ramo direito com o bloqueio divisional anterossuperior foi a alteração eletrocardiográfica mais comum. A fração de ejeção média foi de 49,95%. O RT foi positivo em oito pacientes (50%). O valor médio do Mapa T1 Nativo foi 1035,95±36,65ms, sendo 1050,51±29,39ms nos pacientes com RT positivo e 1021,3±39,21ms naqueles cujo RT foi negativo (p=0,116). Conclusão: Apesar de não haver diferença estatisticamente significante, os valores do Mapa T1 Nativo foram ligeiramente maiores em pacientes portadores da forma cardíaca leve da Doença de Chagas com presença de RT na RMC em relação àqueles nos quais o RT foi negativo. Palavras-chave: Doença de Chagas, Ressonância Magnética Cardíaca, Mapa T1 Nativo, Fibrose Miocárdica.

TEMA: ACURÁCIA DA ULTRASSONOGRAFIA TRANSRETAL NO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PRÓSTATA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNO: FRANCISCO SÉRGIO FALCÃO REGO ORIENTADOR: PROF. RONALDO ANTUNES BARROS

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Referência: Rego, FSF. Acurácia da ultrassonografia transretal no diagnóstico de câncer de próstata: uma revisão sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. INTRODUÇÃO: O câncer de próstata é a segunda forma de tumor maligno do sexo masculino, perdendo apenas para o câncer de pele. Hoje, apresenta grande incidência devido ao envelhecimento populacional, já que, é considerada uma patologia da terceira idade ou pelo aumento do rastreamento junto a novos métodos diagnósticos. Esse tipo de câncer possui etiologia ainda desconhecida, mas existem fatores como a idade e a hereditariedade que podem influenciar no seu desenvolvimento. O diagnóstico se dá através do exame digital retal, dos níveis sanguíneos do antígeno prostático específico e da ultrassonografia transretal. A ultrassonografia transretal é utilizada como uma ferramenta para o diagnóstico do câncer prostático, para estimar volume da glândula prostática e guiar a biópsia das lesões. OBJETIVO: Avaliar a acurácia da ultrassonografia transretal no diagnóstico de câncer de próstata. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão de literatura com artigos publicados nos últimos dez anos (2006-2016), onde as fontes acessadas foram das bases de dados PuBmed, MEDLINE e LILACS sobre o assunto ultrassonografia transretal e câncer de próstata. Das 476 referências encontradas apenas 12 artigos foram selecionados para leitura na íntegra e apenas 6 foram elegíveis pelo protocolo STARD. RESULTADO: Nos seis artigos analisados, foi possível observar que o valor da acurácia da ultrassonografia transretal sofre impactos de fatores, seja pela apresentação do tumor na glândula ou a forma como o examinador realiza o exame, interferindo neste valor. Os estudos demonstram que a apresentação do tumor na imagem ultrassonográfica é hipoecoica, entretanto ressaltam a ideia de que o câncer pode se apresentar sem hipoecogenicidade. Quatro estudos trouxeram que a ultrassonografia transretal isolada apresenta valores de sensibilidade e especificidade baixas, havendo um aumento destes, quando associada a outras técnicas como o 3D ou Doppler. Quando comparada com a ressonância magnética, a ultrassonografia é mais acessível e tem um custo mais baixo, podendo ser realizada sem objeção. Em todos os artigos a adição destas novas técnicas foram utilizadas para predizer o câncer de próstata visando uma melhora na previsão diagnóstica. CONCLUSÃO: Acurácia deste exame para predizer o câncer prostático é baixa. É necessário atrelar a outras variáveis clinicas como idade, toque retal, antígenos prostáticos, além de associar outras técnicas, como o Doppler e o 3D, na tentativa de aumentar a acurácia deste exame para detectar o câncer. Palavras-chave: Acurácia. Ultrassonografia transretal. Câncer de próstata.

TEMA: TERAPIA DE REPERFUSÃO INTRAVENOSA EM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNO: FRANCO ANDRES DEL POZO ORIENTADORA: JAMARY OLIVEIRA FILHO

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Introdução: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) é uma síndrome clínica atribuível à oclusão de um vaso sanguíneo cerebral que pode levar a sequelas e lesões irreversíveis. Um dos tratamentos possíveis é a trombólise por via intravenosa. Objetivo: o estudo teve como objetivo reunir informações obtidas em artigos, disponíveis em banco de dados, para avaliar qual a droga que traz melhora clínica mais significativa e menos efeitos adversos nos casos de AVCi tratados com trombólise intravenosa. Métodos: nesta revisão foram considerados e avaliados estudos divulgados entre 01/01/1995 e 31/08/2015 disponíveis nos bancos de dados PUBMED e LILACS com os seguintes descritores: stroke, cerebrovascular disorders, brain infactions, cerebrovascular accident, cerebral ischemia, brain ischemia, random, thrombolytic therapy, therapeutic thrombolysis, fibrinolytic therapies, thrombolytic therapies e clinical trial. Um dos critérios foi aceitar apenas ensaios clínicos primários randomizados sobre o tema de reperfusão com agentes intravenosos em AVCi. Foram analisados os dados de desfecho primário propostos pelos estudos, além de morte e hemorragia intracraniana sintomática (HICs) como efeitos adversos. Para avaliar a qualidade dos estudos e o risco de viés foi utilizado o CONSORT. Resultados: dos 579 artigos encontrados, ao final, apenas 16 foram selecionados pelos critérios de inclusão e exclusão. Dos trabalhos selecionados, cinco utilizaram apenas o mRS como desfecho primário; três utilizaram apenas a escala NIHSS, sendo considerada melhora em pontos e dois utilizavam os dois critérios supracitados; um avaliava a porcentagem de penumbra salva em 24-48 horas após o tratamento; um avaliava o crescimento do infarto; um estudo utilizava a combinação de pacientes vivos/Oxford Handicap Scale 0-2; um trabalho utiliza um sistema binário avaliando morte e mRS maior que 3; o NINDS utiliza um escore global obitido a partir de quatro escalas – NIHSS, mRS, Glasgow e Barthel index. A maioria dos estudos era duplo-cego, com amostra superior a 100 pacientes, que comparavam drogas entre si, ou drogas com placebo. A droga que estava presente em mais estudos era a alteplase (rt-PA). Apenas dois artigos apresentavam dados estatisticamente significantes para uso de droga, a alteplase. Discussão: como fatores predisponentes para a positividades dos achados positivos foram listados a metogologia, o tamanho do grupo amostral, a droga utilizada e a janela terapêutica aceita. Conclusão: em um caso de AVCi encontra-se melhoras clinicas significativas com a utilização de alteplase intravenoso com até 6 horas. Palavras-chave: Terapia Trombolítica. Acidente Vascular Cerebral. Revisão.

TEMA: IMPACTO DA OBESIDADE NO PROGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA NA PRÉ-MENOPAUSA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: GABRIELA DE CERQUEIRA SILVA ORIENTADORA: PROFA. CONCEIÇÃO MARIA GUEDES CROZARA

RESUMO

Silva GC. Impacto da obesidade no prognóstico do câncer de mama na pré-menopausa: uma revisão sistemática. 2016. 36p. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina) – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador, 2016. Introdução: A obesidade está relacionada com pior prognóstico nas mulheres diagnosticadas com câncer de mama na pós-menopausa, porém, na pré-menopausa, existem controvérsias acerca desta associação. Apesar do diagnóstico ser menos comum em mulheres mais jovens, o impacto na qualidade de vida costuma ser mais grave, sendo necessário compreender se fatores modificáveis, como a obesidade, estão relacionados à piora do prognóstico. Objetivo: avaliar se a obesidade é um fator prognóstico em mulheres com diagnóstico de câncer de mama durante a pré-menopausa. Metodologia: Foi realizada revisão sistemática da literatura, seguindo o protocolo PRISMA, utilizando os descritores “breast cancer”, “obesity” “premenopausal” e “prognosis”, com buscas nas bases de dados MEDLINE/ PubMed, The Cochrane Library, Web of Science, Scopus e Biblioteca Virtual em Saúde. Os critérios de inclusão foram: pacientes do sexo feminino, obesas, com diagnóstico anatomopatológico de câncer de mama invasivo e com idade menor que 50 anos e/ou na pré-menopausa. Foram selecionados estudos coortes prospectivos, excluindo-se os demais desenhos de estudo. Foram excluídos estudos cujo IMC foi calculado com base no peso e altura referidos pelas participantes dos estudos. A qualidade dos artigos foi avaliada pela escala Newcastle – Ottawa. Resultados: Dos 88 artigos encontrados nas bases de dados e através da busca manual, quatro artigos foram incluídos nesta revisão, resultando na amostra total de 5.422 participantes. A maior parte dos artigos evidenciou maior prevalência de tumores com receptores hormonais negativos e superexpressão de HER-2, maior comprometimento dos linfonodos, grau nuclear mais alto e tumores de diâmetro maior nas mulheres obesas, na pré-menopausa, no momento do diagnóstico de câncer de mama. Conclusão: Diante desta revisão sistemática, demonstra-se que a obesidade está associada a pior prognóstico nas mulheres diagnosticadas com câncer de mama na pré-menopausa, estando relacionada a tumores maiores e mais agressivos. Palavras-chave: Câncer de mama. Obesidade. Prognóstico. Pré-menopausa.

TEMA: HÁBITOS DE SONO EM ESTUDANTES DE MEDICINA. ALUNA: GABRIELLE ARAÚJO DA SILVA LOPES ORIENTADORA: PROFA. ISA CRISTINA SALLES DE CASTRO

RESUMO

Lopes GAS. Hábitos de sono em estudantes de medicina [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. INTRODUÇÃO: O sono é um elemento fundamental na consolidação da memória, capacidade de aprendizagem, modulação do sistema endócrino, termorregulação, conservação e restauração da energia, renovação celular e restauração do metabolismo energético cerebral, influenciando de forma significativa o estado vígil. Entretanto, a importância do sono não tem sido levada em consideração, e a privação e redução da qualidade do sono tornou-se um hábito comum na sociedade moderna, especialmente na vida dos estudantes de Medicina por conta principalmente das demandas acadêmicas. A redução do tempo e da qualidade do sono afeta os domínios cognitivos ao prejudicar a memória, a atenção e a concentração, dificultando o aprendizado, o que pode diminuir o rendimento acadêmico. OBJETIVO: Avaliar os hábitos de sono dos estudantes do curso de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. METODOLOGIA: O estudo é prospectivo do tipo corte transversal. A população de estudo foi os estudantes do segundo ao sexto ano de graduação do curso de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de um questionário autoaplicável e anônimo. Para tabulação e análise dos dados, foi utilizado o programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences. RESULTADOS: A análise dos dados revelou que a média de horas dormidas por noite durante o mês anterior ao estudo de foi de 5,9 horas. Foi observado diferença quanto à duração do sono entre os dias de semana e os finais de semana. Verificou-se que 67,4% dos estudantes apresentam qualidade do sono ruim e 60,8% dos acadêmicos apresentam o hábito de cochilar durante o dia. Quanto ao hábito de cochilar durante o dia, foi observado que 68,1% dos acadêmicos tinham esse hábito antes de iniciar a faculdade. Destes, 47,2% mantém esse hábito durante a faculdade enquanto 20,9% deixaram de cochilar durante o dia (p=0,000). Do total da amostra de estudantes, 60,8% têm o hábito de cochilar durante o dia. CONCLUSÃO: Os estudantes de Medicina apresentam uma média de horas de sono por noite abaixo da esperada e qualidade do sono ruim, o que provavelmente é decorrente das diversas exigências acadêmicas atribuídas aos mesmos. Palavras-chave: Educação médica. Estudantes de medicina. Sono. Transtornos do sono.

TEMA: GRAU DE CONCORDÂNCIA ENTRE PROFISSIONAIS E O PROTOCOLO ESTADUAL DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO – BA. ALUNO: GUIDO SANTANA DO VALLE ORIENTADORA: PROFA. MARIANE TEIXEIRA DANTAS FARIAS.

CO-ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES

RESUMO

O acolhimento com classificação de risco é uma estratégia para ordenar o atendimento dos pacientes nos serviços de urgência e emergência, por ordem de prioridade e não por ordem de chegada. Seguindo experiências semelhantes, foi criado o Protocolo Estadual de Classificação de Risco – BA, elaborado de acordo com as diretrizes da Rede de Atenção às Urgências e da Politica Nacional de Humanização. Considerando que esta ferramenta deve organizar o cuidado médico, o objetivo deste trabalho é a avaliação da segurança deste protocolo, através da verificação do grau de concordância entre as categorias de risco atribuídas pelos enfermeiros entre si e em relação ao protocolo. Trata-se de estudo descritivo, realizado através da aplicação de um questionário, baseado no instrumento em questão e contendo onze casos clínicos fictícios, a uma população de trinta enfermeiros que atuam na UPA de Roma, em Salvador-BA. Os resultados demonstraram concordância moderada, entre classificadores e o protocolo, de acordo com a análise da concordância pelo coeficiente de Kappa. A concordância entre classificadores também foi moderada, de acordo com a densidade colorimétrica. O acolhimento com classificação de risco deve ser explorado no Brasil e impreterivelmente a segurança dos protocolos deve ser avaliada. Para assegura-la são necessárias capacitações adequadas dos profissionais e é pertinente que o tema deve ser apresentado durante a graduação, nas escolas de saúde. Palavras-chave: Classificação de risco; Protocolo; Concordância; Emergência.

TEMA: PERCEPÇÃO DE ALUNOS SOBRE O USO DE MODELAGEM 3D NO ENSINO DA ANATOMIA. ALUNO: GUILHERME DE OLIVEIRA DAHIA ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES

RESUMO O ensino médico está sempre evoluindo, novas ferramentas surgem a todo instante. Na área do ensino da Anatomia, ainda existem diversas críticas às metodologias de ensino tradicionais e sua efetividade, provocando a necessidade de novas tecnologias. O uso de peças 3D surge como uma possível ferramenta útil no ensino da Anatomia, contudo é relevante avaliar a percepção dos alunos frente à introdução desse recurso. OBJETIVO: Descrever a opinião dos alunos sobre a utilização de estratégias de ensino baseadas em modelagem 3D no ensino da Anatomia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal, com abordagem quantitativa e qualitativa que teve como objeto de estudo a percepção de estudantes de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública do segundo semestre que foram submetidos à uma intervenção educacional com a utilização de estratégias de ensino em Anatomia com modelagem 3D. Foi aplicado um questionário sobre a percepção desses alunos acerca do uso de modelos 3D no ensino médico. RESULTADOS: Foi observado que 76,9% dos alunos concordaram muito que o uso da modelagem 3D é uma estratégia que contribui para a aprendizagem da Anatomia, embora 92,3% discordaram muito que esse tipo de metodologia pode substituir o uso de peças cadavéricas. Foram identificadas duas categorias de respostas abertas: a) possibilidades no uso da modelagem 3D para melhoria do processo de ensino-aprendizado; b) limites no uso da modelagem 3D no processo de ensino-aprendizado. CONCLUSÃO: Os alunos da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública apresentam uma visão positiva acerca da introdução de peças de modelagem 3D no ensino da Anatomia e inclusive em outras disciplinas. Pode-se considerar, portanto, que este é um bom instrumento educacional, embora, deva ser associado a métodos tradicionais, como a utilização de peças cadavéricas.

Palavras-chave: Ensino Médico. Anatomia. Impressão Tridimensional.

TEMA: USO DE MATRIZ DE REGENERAÇÃO DÉRMICA EM FERIDAS COMPLEXAS DE EXTREMIDADES. ALUNA: HAYANA DE JESUS SARMENTO ORIENTADOR: PROF. JIUSEPPE BENITIVOGLIO GRECO JÚNIOR

CO-ORIENTADOR: DR. RAFAEL ANDRADE ALVES

RESUMO

Sarmento HJ. Uso de matriz de regeneração dérmica em feridas complexas de extremidades [monografia]. Bahia: Escola de medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. Introdução: Os substitutos dérmicos surgiram como alternativa no tratamento de feridas complexas, mostrando vantagens como ampla disponibilidade, menor morbidade para o paciente e cobertura de toda a extensão da lesão de forma imediata. Por outro lado, dificuldades como o custo elevado, risco de complicações relacionadas à matriz de regeneração dérmica (MRD) e necessidade de curva de aprendizado para sua utilização, limitam o seu uso mais abrangente. Objetivo e métodos: Analisar o uso da MRD no tratamento de feridas complexas de extremidades em pacientes atendidos pelo Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital São Rafael-BA Unidade São Marcos, no período de Janeiro de 2014 a Dezembro de 2015, através de um estudo analítico, transversal e retrospectivo utilizando prontuários médicos de todos os pacientes submetidos ao tratamento de feridas complexas de qualquer etiologia com a matriz de regeneração dérmica Integra®. Os prontuários foram acessados a partir dos registros computadorizados, através do software MV2000 do HSR, sendo selecionados 12 pacientes. O estudo foi conduzido de acordo com a resolução do CNS 466/12. Não houve conflito de interesses. Resultados: A média da idade foi de 41,08 anos e predominaram pacientes do sexo masculino (58,33%). As úlceras foram a indicação à MRD mais frequente (58,34%) e a média de tempo entre a lesão inicial e a colocação da MRD foi 2,08 anos. Os membros inferiores foram os principais locais de implante (91,67%). A complicação inicial mais comum foi a infecção e o tempo médio entre colocação da MRD e enxertia foi de 29,9 dias. Obteve-se como desfecho final o autoenxerto epidérmico em 91,67% dos casos, com 72,72% de integração total, 18,18% integração parcial e 9,09% perda do enxerto. 100% dos pacientes fez uso de terapia por pressão negativa associada em algum momento do tratamento. Conclusões: A MRD destaca-se como importante artifício no tratamento de feridas complexas de extremidades, apresentando baixo percentual de complicações, alta taxa de integração de enxertos finos e bons resultados finais. O alto custo e a indisponibilidade no Sistema Único de Saúde são os principais entraves ao uso em maior escala. A associação com a TPN mostrou-se eficaz tanto antes da instalação da MRD, quanto após a matriz, por permitir melhor fixação e maturação, além do controle de umidade e infecção locais, garantindo bons resultados funcionais e estéticos após colocação do enxerto. Palavras-chave: Pele artificial. Cirurgia plástica. Cicatrização.

TEMA: PREDITORES DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM GRUPOS CLÍNICOS DE HOSPITAL TERCIÁRIO. ALUNO: HEITOR MAIA ARAUJO ORIENTADOR: PROF. LUIS CLÁUDIO LEMOS CORREIA

RESUMO

Araujo, HMA, Maia. Preditores de produção científica em grupos clínicos de hospital terciário. [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. Nos últimos anos, tem crescido o interesse acerca das características pessoais e profissionais que possam melhorar ou predizer o desempenho dos indivíduos. Por outro lado, ainda há muito espaço e muito o que ser estudado nesse campo da ciência. Para que cada vez mais se tenha embasamento nestes quesitos, é imprescindível que estudos sejam feitos tentando demonstrar as mais diversas variáveis que influenciam positivamente. Frente e esta realidade, o presente estudo tem como objetivo levantar caraterísticas que possam predizer sucesso científico e, com isso, fomentar maiores investimentos em determinadas vertentes. Assim sendo, não ter hobby, ter capacidade de escrever projeto, ter menor idade e realizar atividade docente são fatores sugestivos de sucesso, sendo as duas últimas variáveis as consideradas mais importantes neste estudo. Palavras-chave: Sucesso científico. Preditores de sucesso científico. Preditor de publicação. Produtividade acadêmica. Medicina.

TEMA: POLIFARMÁCIA E RISCO DE QUEDA EM PACIENTES APÓS AVC ISQUÊMICO. ALUNO: HENRIQUE SOUZA SANTOS ORIENTADORA: PROFA. ADRIANA CAMPOS SASAKI

RESUMO O uso de 5 ou mais medicações, assim denominada polifarmácia, atua como importante fator de risco para quedas em variados grupos populacionais. Já descrito na literatura, a investigação desse dado na anamnese de pacientes idosos é bem estabelecida. OBJETIVO: O presente estudo de corte transversal visa, no entanto, verificar se essa associação de polifarmácia e risco de queda também se estabelece em pacientes após Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico. MÉTODOS: Para tanto, a amostra de 128 pacientes após AVC isquêmico de um ambulatório de referência em Salvador/BA foi submetida ao Timed Up & Go Test (TUG), a fim de determinar o risco de queda – definido em tempo de realizacao ≥ 14s. O programa Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 20.0 foi utilizado para tratamento dos dados obtidos. Uma análise descritiva de critérios sociodemográficos e clínicos, bem como uma análise univariada com os testes Qui quadrado/exato de Fisher para comparar os grupos com e sem risco de queda também foi feita. RESULTADOS: Houve uma prevalência de 60,2% de mulheres e média de idade de 56 anos na amostra total, sendo considerada, portanto, não idosa. O estudo revela que 63% do grupo de risco usavam polifarmácia (P = 0,027), apresentando não só associação com risco de queda como também relação com o aumento no tempo para a execução do TUG. Além disso, o relato de queda nos últimos 12 meses demonstrou ter relação com o risco de novos eventos, bem como o uso de medicações vasodilatadoras e anticonvulsivantes, isoladamente. CONCLUSÃO: Dessa forma, sugere-se que a polifarmácia deva ser pesquisada na anamnese não só de pacientes idosos, mas também de pacientes após AVC < 60 anos, a fim de rastrear fatores de risco para queda.

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Acidentes por Quedas. Fatores de Risco.

TEMA: O USO DO LIRAGLUTIDE NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO. ALUNA: IGOR DE OLIVEIRA SOUZA ORIENTADOR: PROF. SÉRGIO LACERDA BARROS DA CRUZ

RESUMO

Referência: Souza, IO. O uso do Liraglutide no processo de emagrecimento. [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.

Introdução: O sobrepeso e a obesidade são sérios problemas enfrentados por diversas pessoas em todo o mundo. Essas problemáticas estão associadas ao desenvolvimento paralelo de diversas comorbidades como certos tipos de cânceres, doenças cardiovasculares e diabetes do tipo 2. A estratégia que visa a mudança dos hábitos de vida, com uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos regulares, é a escolha ideal para aqueles que buscam por uma redução de peso e melhorias na saúde. No entanto, em muitas situações a farmacoterapia está sendo utilizada para acelerar e tentar amplificar os resultados no processo de perda ponderal. O Liraglutide 3.0mg é uma droga que está sendo utilizado com essa finalidade. Inicialmente era utilizada no tratamento de diabetes do tipo 2. Hoje existem estudos clínicos que evidenciam o papel desse medicamento na perda de peso. Metodologia: Revisão sistemática de literatura através da fonte digital de dados PubMed. Os descritores utilizados foram: “Liraglutide”, “ Liraglutide and Wheight loss” e “Saxenda and Wheigth loss”. Resultados: Os estudos realizados compararam um grupo que fez uso da droga com outro placebo, sendo que o primeiro teve um efeito muito mais positivo no quesito perda ponderal. Conclusão: Ainda assim, é questionável a utilização desse tipo de substância para acelerar o processo de emagrecimento. Não há comprovação para a manutenção do peso perdido após o fim do tratamento, além dos efeitos colaterais que o uso da droga traz. Por conta disso, estudos mais detalhados ainda tem que ser feitos para avaliar melhor a eficácia da droga de um modo geral. Palavras-chave: Obesidade, perda ponderal, Liraglutide.

TEMA: ADEQUAÇÃO AO GÊNERO, SATISFAÇÃO SEXUAL E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM DEFICIÊNCIA DE 5-ALFA-REDUTASE. ALUNA: INGRID MICHELE DE ANDRADE MESQUITA ORIENTADOR: PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JÚNIOR

RESUMO

Introdução: Os distúrbios do desenvolvimento sexual (DDS), que ocorrem quando há divergência entre a genitália externa e os sexos gonadal e cromossômico, podem acarretar a formação de genitália ambígua, bem como possuir diversas causas, dentre as quais a deficiência da enzima 5-alfa-redutase; condição na qual os indivíduos possuem cariótipo 46,XY e podem apresentar ampla variabilidade fenotípica. A escolha pela criação no gênero feminino é comum nos pacientes com DDS, uma vez que a realização da cirurgia de adaptação possui prognóstico mais favorável, devido à usual gravidade da ambiguidade genital. Tal decisão, contudo, pode futuramente constituir-se numa problemática severa, no caso de o paciente optar posteriormente pela troca de gênero. Este fator, assim como as divergências físicas entre os portadores deste distúrbio e pessoas não-portadoras, pode ocasionar significativo comprometimento da adequação ao gênero, bem como constituir um obstáculo para a satisfação sexual e a qualidade de vida. Objetivo: Analisar a adequação ao gênero, a satisfação sexual e a qualidade de vida em pacientes portadores de deficiência de 5-alfa-redutase acompanhados no Ambulatório de Genética Médica do Hospital Universitário Professor Edgard Santos. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo, de corte transversal, realizado através do preenchimento de questionários pelos pacientes portadores de deficiência de 5-alfa-redutase com acompanhamento regular no ambulatório. Resultados: Os 10 pacientes que preencheram os critérios para a pesquisa se mantiveram no gênero definido ao nascimento. 6 dos 10 pacientes não preencheram os critérios para responder ao questionário de Satisfação Sexual, sendo "não ter iniciado vida sexual" o mais prevalente; havendo ainda notável grau de comprometimento deste setor em 2 das 4 pacientes que puderem preencher os questionários em questão. Em relação à qualidade de vida, 4 dos 10 pacientes obtiveram resultados que demonstram, comparativamente, significativo comprometimento – 2 das pacientes com maior comprometimento da satisfação sexual entre eles. 2 das 7 pacientes femininas revelaram grau mais elevado de insatisfação com seu gênero, enquanto as outras 5 exibiram variações de menores graus de insatisfação. Dentre os 3 pacientes do gênero masculino, apenas 1 não demonstrou sinais de insatisfação em suas respostas ao questionário de Identidade de Gênero. Conclusão: Os dados do presente estudo indicam que pacientes com deficiência de 5-alfa-redutase têm alterações importantes relacionadas à identidade de gênero, satisfação sexual e qualidade de vida, sendo que tais aspectos são mais afetados em conjunto. Palavras-chave: Deficiência de 5-alfa-redutase. Identidade de Gênero. Qualidade de Vida. Satisfação Sexual.

TEMA: RESPOSTA AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DOS PACIENTES COM NEFROPATIA HEREDITÁRIA DO COLÁGENO TIPO IV: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA. ALUNA: ISADORA SANTOS FERREIRA ORIENTADORA: PROFA. MARÍLIA BAHIENSE OLIVEIRA

RESUMO

Referência: FERREIRA, IS. Resposta ao tratamento farmacológico dos pacientes com nefropatia hereditária do colágeno tipo IV: uma revisão sistemática da literatura. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Salvador. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.

INTRODUÇÃO: A síndrome de Alport e a Doença de Membrana Fina são distúrbios hereditários causados por mutações em genes codificadores do colágeno IV, presente na membrana basal glomerular dos rins. Esse defeito estrutural nos glomérulos desencadeia um processo inflamatório crônico, mediado principalmente pelo sistema Renina-Angiotensina Aldosterona (RAA), que evolui para o desenvolvimento local de fibrose. É frequente, então, a progressão do quadro para o estágio final de doença renal e o tratamento farmacológico dos pacientes visa à atenuação desse comprometimento ao longo dos anos. OBJETIVO: Avaliar a resposta dos pacientes com nefropatia do colágeno tipo IV ao tratamento com inibidores do sistema RAA. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura que buscou estudos observacionais ou ensaios clínicos randomizados, internacionais e nacionais, nas bases de dados eletrônicas PubMed, Scielo, Lilacs, CAPES e Cochrane, disponíveis nos idiomas inglês, português e espanhol, publicados nos últimos 10 anos. A qualidade metodológica de cada estudo foi avaliada com o CONSORT ou STROBE. RESULTADOS: Cinco estudos foram incluídos, dentre os quais 2 foram ensaios clínicos e 3 foram estudos observacionais, todos realizados com pacientes pediátricos. As variáveis de desfecho utilizadas foram proteinúria, taxa de filtração glomerular, creatinina sérica, TGF-beta1 urinário e a relação entre proteinúria e creatinina urinária. Os pacientes em cada estudo, de um modo geral, responderam ao tratamento farmacológico com diminuição da proteinúria e diminuição ou estabilização da taxa de filtração glomerular. CONCLUSÃO: Os pacientes com síndrome de Alport podem se beneficiar do tratamento com inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona, pois apresentam melhora da proteinúria e, muitas vezes, estabilização da taxa de filtração glomerular.

Palavras-chave: Síndrome de Alport. Doença de Membrana Fina. Nefropatia do colágeno tipo IV.

TEMA: ESTUDO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON EM SALVADOR-BAHIA. ALUNA: ITANA FERNANDES ORIENTADOR: PROF. ANTÔNIO DE SOUZA ANDRADE FILHO

RESUMO Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é a causa mais comum de parkinsonismo. É caracterizada pela presença de sinais motores como tremor de repouso, rigidez e bradicinesia, mas sintomas não motores também acompanham o curso da doença. A idade é importante fator de risco, já que acomete indivíduos principalmente da faixa etária de 55-65 anos, e a prevalência aumenta com a idade. Apesar disso, estudos grandes que permitem identificar fatores de risco e incidência da doença são relativamente recentes e pouco numerosos. Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico de pacientes com Doença de Parkinson em Salvador. Metodologia: Trata-se descritivo observacional com coleta retrospectiva de dados de 79 pacientes com diagnóstico de Doença de Parkinson. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 66,7 anos, a maioria é do sexo masculino (69,62 %), parda (52,94%), casada (75%), procedente de Salvador (74,58%). A principal comorbidade encontrada foi a Hipertensão Arterial (46%), e antecedentes familiares de DP foram encontrados em 15,38%. A maior parte teve tremor (74,55%) como primeiro sintoma e doença unilateral (69,09%). Os principais sintomas motores foram tremor (93,1%), rigidez (81,03%), bradicinesia (53,45%) e marcha parkinsoniana (50%). Os não motores foram depressão (21,57%), transtornos do sono (17,65%), obstipação (13,73%) e comprometimento da memória (11,76%). A medicação mais usada foi a combinação de Levodopa e Benserazida (79,66%), e o acesso à Fisioterapia e Fonoaudiologia correspondeu a 72,72% e 27,28%, respectivamente, dos que tinham indicação. Conclusão: Os pacientes com DP são, principalmente, indivíduos do sexo masculino, pardos, com idade entre 60 e 79 anos. A investigação de sintomas não motores deve ser mais abrangente, e o acesso aos serviços de reabilitação, mesmo que já razoáveis, podem ser estendidos.

Palavras-chave: Doença de Parkinson; Epidemiologia; Perfil demográfico; Disfunção motora; Perfil de Saúde; Perfil epidemiológico.

TEMA: METABOLISMO DO CÁLCIO E VITAMINA D EM PACIENTES COM EXCESSO DE PESO DE UM AMBULATÓRIO DOCENTE DE SALVADOR-BA. ALUNA: JAMILLE NASCIMENTO RODRIGUES ORIENTADORA: PROFA. MARIA DE LOURDES LIMA CO-ORIENTADORA: PROFA. MINNA FERRARI SCHLEU CARVALHO

RESUMO Referência: RODRIGUES, Jamille. Metabolismo do cálcio e vitamina D em pacientes com excesso de peso de um ambulatório docente de Salvador-Ba. 2015. 34 páginas. Trabalho de conclusão de curso – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador-Bahia, 2016. Introdução: A hipovitaminose D é uma alteração bioquímica de elevada prevalência na população geral, especialmente em pacientes com obesidade. A sua função mais conhecida da vitamina está relacionada ao metabolismo ósseo, entretanto mais recentemente, diversas funções extra ósseas vêm sendo descritas. Objetivos: Descrever a prevalência da deficiência de vitamina D e avaliar metabolismo do cálcio, fósforo PTH em mulheres com excesso de peso acompanhadas em um ambulatório especializado de Salvador-BA. Metodologia: estudo de corte transversal descritivo, onde foram incluídas mulheres com índice de massa corpórea (IMC) igual ou superior a 25 Kg/m2, maiores de 18 anos de idade. As medidas antropométricas obtidas foram: peso, altura, IMC, medida da circunferência abdominal, circunferência do quadril. A presença de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) foi obtida através da análise dos prontuários dos pacientes participantes do estudo. O diagnóstico de hipovitaminose D foi estabelecido de acordo com critérios da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - quando o nível está menor ou igual 20ng/dL têm-se deficiência, valores entre 21ng/dL e 29ng/dL são considerados insuficientes, e valores de 30ng/dL a 100ng/dL são normais. Resultados: A casuística foi composta por 121 pacientes a média de idade foi 43,1±11,6 anos, do IMC 37,1±6,5Kg/m², circunferência abdominal 109,3±13,1cm e relação cintura/quadril 0,86±0,01. A prevalência de obesidade no grupo foi de 89,3%; sendo 59% da população hipertensa e 20% diabética. A média dos níveis da vitamina D na população foi 23,5±5,9ng/dL. Hipovitaminose D foi vista em 84,6% da população, sendo que 25,6% dos indivíduos apresentam deficiência de vitamina D e 59% apresentam insuficiência. Ao comparar a média das variáveis bioquímicas dos grupos sobrepeso e obesidade, o resultado foi respectivamente: 26,8±7,4ng/dL e 23,1±5,7 (p=0,1) para a vitamina D, 41,7[26,4-37,4]pg/mL e 63,3 (p=0,03) para o PTH, 10,1±0,8 e 9,4±0,7mg/dL (p=0,052) cálcio e 3,8±0,4mg/dL(p=0,84) em ambos os grupos para o fósforo. Foi observada uma correlação inversa entre o IMC e os níveis de vitamina D (R= - 0,186, p=0,041). Conclusão: A prevalência de hipovitaminose em pacientes com excesso de peso é maior em relação a população geral. Existe uma correlação negativa entre os níveis de vitamina D e IMC. Palavras-chave: Obesidade. Deficiência de vitaminas. Doenças Ósseas Metabólicas.

TEMA: FATORES PREDITORES DE MAIOR PRODUTIVIDADE CIENTÍFICA ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE: UMA REVISÃO DE LITERATURA. ALUNO: JOÃO MARX PEREIRA JÚNIOR ORIENTADOR: PROF. LUÍS CLÁUDIO LEMOS CORREIA

RESUMO

Objetivo: Identificar características dos pesquisadores ou profissionais da área de saúde que estejam associados com uma maior produção científica Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática de literatura utilizando de um modelo padronizado para tal, seguindo as recomendações do protocolo Prisma. Resultados: Foram incluídos 10 estudos. Associação positiva com maior produtividade foi observada em para gênero em 4 estudos entre os 6 em que foi testada (66%). Participação em programas de fellowship, em programa de pós-graduação ou outros treinamento em 6 estudos em que e nível de proficiência em inglês em 2 estudos. Não foi identificada associação entre produtividade científica e o estado civil, número de filhos, ocupação do conjuge e gênero do orientador. Conclusão: por mais que algumas variáveis tenham se repetido em estudos distintos, os artigos selecionados abrangem uma enorme variedade de amostras diferentes, o que compromete a generalização dos dados observados a um nível populacional. Gênero, pós-graduação e treinamento em pesquisa e carreira acadêmica se apresentam como variáveis cuja associação com maior produtividade científica se apresentou mais consistente após a análise completa dos estudos. A relação entre a proficiência em inglês e a publicação de artigos ainda se mostra incerta, e mais estudos são necessários para que essa relação possa ser entendida. Palavras-chave: Publicação, bibliometria, científica, performance, preditores.

TEMA: O DIÁRIO MICCIONAL COMO PREDITOR DO TRATAMENTO COM ELETROESTIMULAÇÂO TRANSCUTÂNEA PARASACRAL EM PACIENTES COM BEXIGA HIPERATIVA ISOLADA. ALUNA: JÚLIA CRUZ SANTANA ORIENTADOR: PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JÚNIOR

RESUMO

Referência: Santana, JC. O diário miccional como preditor para tratamento com eletroestimulação transcutânea parasacral em pacientes com bexiga hiperativa isolada. [trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. Introdução: A disfunção do trato urinário inferior é uma anormalidade funcional do trato urinário quando relacionada com o controle da micção. Este comprometimento pode gerar um aumento da atividade da bexiga, denominado bexiga hiperativa isolada, caracterizado por urgência miccional frequentemente associado com incontinência diurna e polaciúria. O diagnóstico desta patologia é realizado com o auxílio do diário miccional, importante instrumento de avaliação da intensidade e característica dos distúrbios miccionais. Uma vez diagnosticada, temos como um dos mais atuais e utilizados tratamentos o uso da eletroestimulação trânscutânea parassacral (PTENS), conhecida pela sua alta eficácia associada a poucos efeitos colaterais. Objetivo: Analisar a influência dos dados do diário miccional como preditores do tratamento de eletroestimulação transcutânea parassacral nos pacientes com bexiga hiperativa isolada. Materiais e métodos: Este é um estudo de caráter descritivo de natureza quantitativa e caráter analítico, realizado no CEDIMI, Salvador, Bahia. Foram incluídos 114 pacientes de 04 a 16 anos, atendidos no período de 2006 a 2015 e diagnosticados com BHI que realizaram o tratamento com PTENS, possuíam o diário miccional e o escore EVA preenchidos adequadamente. As variáveis analisadas foram; diário miccional (nº máximo e mínimo de micções, capacidadade máxima e média vesical), sexo, idade, escore na EVA. Resultado: A média da idade das crianças estudadas foi de 7,68(±2,90). Dos participantes, 64,9% foram meninas, entretanto não houve diferença estatisticamente significante (70, 64,9% sexo fem. vs. 44, 35,1% sexo masc.; p= 0,23). O teste realizado foi U de Mann-Whitney, sendo avaliados dois grupos distintos; o grupo 1 incluiu os pacientes com EVA igual a 10 cujo desfecho final foi a cura dos sintomas e o grupo 2 incluiu os pacientes com EVA ˂ 10 que ainda relatavam alguns sintomas. Após análise dos dados através do SPSS 23.0, não houveram relações estatisticamente significantes dos dados presentes no diário miccional como fator preditor de melhor resposta ao tratamento com PTENS. Entretanto, a análise da EVA proporcionou identificarmos que 77,2% dos pacientes obtiveram uma resposta igual ou maior a 80% de resolução dos sintomas após o tratamento. Conclusão: O diário miccional funciona como um importante e eficaz método diagnóstico dentro dos distúrbios miccionais e contribui para a análise da intensidade dos sintomas da BHI. Porém, não é um método eficaz para prevermos o desfecho do tratamento com PTENS para BHI, ou seja, não pode ser utilizado com um fator preditor para o resultado deste tratamento. Palavras-chave: BHI, diário miccional, PTENS.

TEMA: CARACTERÍSTICAS DIFERENCIAIS EM MULHERES COM ALTO RISCO E NÃO ALTO RISCO NO ESCORE GRACE. ALUNA: JÚLIA OLIVEIRA MORAES COÊLHO ORIENTADOR: PROF. MÁRIO DE SEIXAS ROCHA

RESUMO

Coêlho JOM. Características diferenciais em mulheres com alto risco e não alto risco no escore grace [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. INTRODUÇÃO: Os desfechos da DAC podem ser agudos e crônicos. Nesse estudo, foi avaliada a Síndrome Coronariana Aguda (SCA). Devido ao prognóstico importante, é essencial a estratificação dos pacientes (P) através dos escores de risco (GRACE TIMI), avaliando as chances de óbito ou de novo evento, identificando aqueles que se beneficiam de conduta mais agressiva. OBJETIVO: identificar as principais diferenças entre as portadoras de SCA de Alto Risco (AR) e as de Não Alto Risco (NAR) segundo a classificação do Escore GRACE (EG). METODOLOGIA: Trata - se de um estudo descritivo observacional de uma amostra de mulheres admitidas na UCO de um hospital de referência com o diagnóstico de SCA no período de 2009 - 2013. RESULTADOS: Todas eram do sexo feminino, 69 anos (DP 12,5 anos); 65kg (DP 12 kg); 1,58 m (DP 7 cm); Pressão Sistólica (PAS) de 144mmHg (DP 18,6 mmHg), a Pressão Diastólica (PAD) de 85mmHg (DP 33,2 mmHg) e Frequencia Cardíaca (FC) de 79 bpm (DP 18,2 bpm). 46,5% (59 P) foram consideradas de AR no Escore GRACE (EG). A taxa de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) foi de 79% e a Dislipidemia, de 65,2%. Na admissão, as pacientes foram diagnosticadas em: AI (45,3%), IAMSSST (29,9%) e IAMCSST (24,8%). A única comorbidade com valor de significância é o HF de DAC, com P = 0,001 (mais frequente no AR) e a DAC (mais frequente no NAR) com P = 0,059. Dentre os ECV prévios o IAM (mais frequente no NAR) teve o maior valor de significância, com P = 0,01. Dentre os medicamentos usados previamente a admissão, o BB obteve um P = 0,05, sendo mais frequente no AR. Na admissão, o Clopidogrel obteve P <0,001 e foi mais usado no AR; o BCC possuia um P = 0,009 e frequencia maior no NAR. Dentre os desfechos, o Reinfarto alcançou um valor de P = 0,004, sendo mais frequente no grupo de Alto Risco. CONCLUSÃO: O grupo de Alto Risco no Escore GRACE possui mais comorbidades, sofreu mais ECV prévios, utilizou mais os medicamentos que reduzem a morbi - mortalidade e cursaram com mais procedimentos cirúrgicos e reinfartos após a alta hospitalar Palavras-chave: Síndrome Coronariana Aguda. GRACE. Internamento. Perfil. Doença Arterial Coronariana.

TEMA: AUTOPERCEPÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE HANSENÍASE POR ESTUDANTES DE MEDICINA DO INTERNATO DA ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA. ALUNA: JULIANA PIMENTEL WILD ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES CO-ORIENTADORA: PROFA. LILIANE ELZE FALCÃO LINS KUSTERER

RESUMO INTRODUÇÃO: a hanseníase representa um problema de saúde pública e é amplamente conhecida por suas complicações neurais e curso desafiador, apesar da rotina terapêutica bem estabelecida. O diagnóstico é essencialmente clínico, o que aponta para a importância do preparo de profissionais de saúde aptos e capacitados para lidar com as variáveis dessa doença. A análise da autopercepção do conhecimento, bem como a análise conhecimento em si, se tornam importantes ferramentas para identificar possíveis lacunas na formação acadêmica da competência de diagnosticar a hanseníase. OBJETIVOS: verificar a autopercepção do estudante de medicina sobre sua competência no diagnóstico de hanseníase; identificar possíveis lacunas na formação acadêmica quanto ao preparo para a realização do diagnóstico de hanseníase. METODOLOGIA: o estudo consiste em duas etapas, sendo a primeira a pesquisa documental das previsões de ensino da hansenologia, a partir do Projeto Político Pedagógico do curso de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. A segunda etapa se trata de um estudo de corte transversal, de cunho descritivo, realizado a partir da aplicação de questionário em estudantes do curso de medicina do 10º semestre da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, na cidade de Salvador, Bahia. Para análise dados se utilizou de estatística descritiva, através do Software SPSS. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). RESULTADOS: a seleção amostral que respondeu ao questionário é composta por 82 alunos, sendo 44 dos indivíduos do sexo feminino, cursando o décimo semestre (2015.1) de medicina, na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Mais da metade do grupo (54%) afirmou já ter tido contato com algum paciente com hanseníase. A maioria (78%) dos indivíduos afirmou não se sentir preparada para atender tais pacientes. Um número significante dos alunos (65,9%) negou ter conhecimento sobre os critérios preconizados pelo Ministério da Saúde para diagnóstico de Hanseníase, 13,4% disse não lembrar se sabia ou não dos critérios, enquanto 20,7% afirmou estar ciente das padronizações do MS. A maior parte do grupo (71,1%) afirmou estar apta a reconhecer as variadas formas clínicas da hanseníase. Menos da metade dos participantes (43,4%) afirmou saber quais exames laboratoriais auxiliam o diagnóstico da doença. Sobre as diferenças entre as reações hansênicas do tipo 1 e do tipo 2, 54,3% dos alunos disseram não saber distinguir entre uma e outra, enquanto 34,6% afirmou reconhecê-las. Quase todos (98%) os estudantes disseram julgar importante o aprimoramento do ensino acerca do tema durante a graduação médica. CONCLUSÃO: (1) a análise das ementas da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e da literatura apontam deficiências curriculares e práticas no ensino da hansenologia; (2) a maioria dos estudantes não sente preparada para atender pacientes com hanseníase. Palavras-chave: hanseníase, ensino, currículo, metodologias.

TEMA: RELAÇÃO ENTRE ANSIEDADE, DEPRESSÃO E DISTÚRBIO COGNITIVO EM ADULTOS MAIS VELHOS NA COMUNIDADE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: KARLA OLIVEIRA COUTO ORIENTADOR: PROF. ANTÔNIO CARLOS CRUZ FREIRE

RESUMO

Referência: Couto, K. relação entre ansiedade, depressão e distúrbio cognitivo em adultos mais velhos na comunidade: uma revisão sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.

A saúde mental de uma população é o resultado de complexas interações entre diferentes parâmetros nos níveis individual e populacional. Poucas investigações têm delineado a relação potencial de sintomas de ansiedade, sintomas depressivos leves e desempenho cognitivo em adultos mais velhos na comunidade. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar a correlação entre ansiedade, depressão e prejuízo cognitivo, em adultos mais velhos, na comunidade, através de revisão sistemática da literatura. METÓDOS: Seis artigos foram incluídos no presente estudo. A maioria dos artigos estudados apresentavam correlação estatisticamente significativa entre depressão, ansiedade e prejuízo cognitivo, contudo os estudos de corte transversal, trazem os principais resultados conflitantes. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Esta revisão sistemática da literatura indica que sintomas de ansiedade e depressão em adultos mais velhos na comunidade não demonstraram ser, de forma consistente, um fator de risco para quadros demenciais, contudo depressão e ansiedade interferem em aspectos específicos dos domínios cognitivos, mas podem não causar prejuízo cognitivo de forma global. CONCLUSÃO: Fica claro, que mais estudos com desenho adequado para elucidar essa lacuna do conhecimento precisam ser elaborados, enfocando variáveis sócio-ambientais e aspectos relacionados à resiliência no sentido de melhor elucidar o papel da depressão e ansiedade no desempenho cognitivo. Palavras-chave: Depressão. Ansiedade. Cognição. Comorbidade.

TEMA: PANORAMA DA SÍFILIS CONGÊNITA NA BAHIA NO PERIODO DE 2008 A 2013. ALUNA: LARISSA ALEM DA COSTA LEAL ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES

RESUMO

Referência: LEAL, Larissa Alem da Costa. Panorama da Sífilis congênita na Bahia de 2008 a 2013. 25. Trabalho de conclusão de curso em Medicina – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, Bahia, 2016. Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa que tem como agente etiológico o Treponema pallidum. A sífilis congênita (SC) ocorre quando há uma disseminação hematogênica dessa bactéria, por via transplacentária, para o feto de uma gestante infectada. Apesar de ser completamente evitável, a SC ainda é uma causa importante de deficiências neurológicas, musculo esqueléticas, problemas no desenvolvimento e mortalidade infantil de lugares mais pobres. Objetivo: Descrever o panorama da sífilis congênita na Bahia no período de 2008 a 2013. Além de descrever a taxa de incidência da doença no período e as características maternas e do feto. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo observacional do panorama da Sífilis Congênita na Bahia nos anos de 2008 a 2013. A população do estudo foi composta de todos os casos de sífilis congênita notificados - incluindo abortos e natimortos. A coleta de dados foi feita através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Os resultados foram descritos como medidas de frequência absoluta e relativa. Os dados foram apresentados na forma de números absolutos, porcentagem e taxas de incidência através da utilização de planilhas, tabelas e gráficos. Resultados: A maior taxa de incidência encontrada foi de 2,59 casos/1000 Nascidos vivos em 2012 e a menor foi de 0,88 casos/1000 Nascidos Vivos em 2008. A prevalência foi de conceptos da cor parda, sem proporção significativa de óbitos pelo agravo. Entre as características maternas, há predomínio de mães com baixa escolaridade, onde a maioria realizou o pré-natal, no entanto o diagnóstico da sífilis materna só foi realizado durante o parto/curetagem ou após o parto. Conclusão: a taxa de incidência de sífilis congênita no estudo ficou acima do preconizado pelo Ministério da Saúde. A proporção de óbitos pela SC é baixa e acomete crianças de raça/cor parda. As mães apresentaram baixa escolaridade, realizaram pré-natal porém o diagnóstico foi tardio o que evidenciou falhas no serviço de pré-natal ofertado. Palavras-chave: Sífilis Congênita. Sífilis. Incidência.

TEMA: PERFIL DOS PACIENTES COM CÂNCER DE TIREOIDE EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DE SALVADOR. ALUNA: LEONORA MARIA CAMANDAROBA

ORIENTADORA: PROFA. CAROLINE BULCÃO SOUZA

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Camandaroba LM. Perfil dos pacientes com câncer de tireoide em um serviço de referência de Salvador [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. INTRODUÇÃO: O câncer de tireoide apresenta incidência crescente, especialmente o carcinoma papilífero, que é o tipo histológico mais comum1. Essa neoplasia é mais frequente no sexo feminino, é geralmente diagnosticada incidentalmente e na maioria das vezes apresenta uma evolução favorável2. A descrição e o conhecimento das características clínicas desta doença permitiram conhecer melhor o perfil dos pacientes com câncer de tireoide, atendidos em um serviço de referência estado da Bahia. OBJETIVO: Caracterizar os portadores de câncer diferenciado de tireoide (CDT) atendidos no Ambulatório de Tireoide da Residência Médica do CEDEBA. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional descritivo, realizado de março a outubro de 2016, a partir de dados coletados em prontuários de 120 portadores de CDT. Os pacientes foram divididos de acordo com o risco e foram analisadas características biológicas, demográficas e do tratamento. RESULTADOS: A amostra desse estudo foi de 104 pacientes, 89,4% do sexo feminino, 60,4% eram de Salvador, 66,2% apresentavam excesso de peso, 12,6% diabéticos, 58,2% operados no Hospital Aristides Maltez (HAM), 79,2% possuíam nódulo incidental, 7,1% com história familiar de câncer de tireoide. Em relação ao risco, 45,0% dos portadores de carcinoma papilífero, 46,2 % das mulheres e 35,0% dos pacientes submetidos ao esvaziamento cervical eram da categoria baixo risco e 45,5% dos pacientes do sexo masculino estavam nas categorias de maior risco. A mediana da dose de I131 foi de 30 mCi e 100 mCi para os riscos muito baixo e baixo, respectivamente, e, 150 mCi para os riscos intermediário e alto. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes era baixo risco e do sexo feminino, sendo que o carcinoma papilífero foi o tipo histológico mais frequente. Além disso, houve associação estatisticamente significante entre o esvaziamento cervical e o risco e os pacientes das categorias de menor risco foram tratados com dose de I131 elevada. Palavras-chave: Perfil. Risco. Câncer de tireoide.

TEMA: EVENTOS TROMBOEMBÓLICOS: INTERNAMENTOS EM MULHERES NO BRASIL. 2008 A 2015. ALUNA: LÍDIA ARAUJO DOS SANTOS

ORIENTADORA: PROFA. MILENA BASTOS BRITO

RESUMO

Referência: SANTOS, LA. Eventos tromboembólicos: internamentos em mulheres no Brasil. 2008 a 2015. 2016, 46 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina) - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2016. Introdução: A trombose acomete pacientes com desordens como estase ou hipercoagulabilidade sanguíneas ou lesão endotelial – Tríade de Virchow - e pode ter origem venosa ou arterial. Idade elevada, uso de contraceptivos hormonais combinados, sedentarismo, obesidade, dislipidemia, por exemplo, são fatores que aumentam risco ao tromboembolismo. O crescimento do uso dos contraceptivos orais associado à mudança dos hábitos de vida no País aumenta a importância deste trabalho, pois tais patologias possuem impacto na saúde pública. Objetivos: Analisar internamentos por eventos tromboembólicos arteriais e venosos em mulheres no Brasil, de janeiro de 2008 a dezembro de 2015. Metodologia: Estudo descritivo retrospectivo de série histórica de 2008 a 2015, no Brasil, a partir de dados secundários do DataSus, acerca de hospitalizações notificadas em mulheres por tromboembolismo, e idade ≥15 anos. Avaliaram-se as variáveis: média de internação em dias; faixas etárias 15-39 e ≥40 anos; região - Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Norte; custo de internamentos em reais; evolução das internações – cura e óbito. Resultados: Ocorreram 242.508 hospitalizações em mulheres ≥15 anos, no período estudado. A maioria (79,7%) foi observada naquelas ≥40 anos de idade com eventos tromboembólicos venosos (75,13%), com tendencia linear crescente. A Região Sudeste apresentou maior índice de internamentos entre as regiões do País. A média de dias de internamento por paciente (6,2 dias/mulher 15-39 anos e 7,1dias/mulher ≥40 anos), nas duas faixas etárias, foi maior quando se tratou de tromboembolismos arteriais e mulheres ≥40 anos permanecem mais tempo hospitalizadas. A taxa de mortalidade foi maior nas patologias arteriais (11,2%) - do que nas venosas (2,9%) entre mulheres ≥40 anos. O custo médio foi de R$ 979,30/internamento, analisando as duas etiologias. Conclusão: Observou-se aumento dos eventos tromboembólicos nos últimos oito anos no Brasil entre mulheres, com alto impacto na saúde, nos custos governamentais e na mortalidade das pacientes. Faz-se necessário amplificar a prevenção de trombose, através de um sistema de saúde acessível às mulheres, principalmente acima de 40 anos. Além de estudos prospectivos objetivando ampliar o conhecimento da situação das mulheres diante de doenças tromboembólicas, no Brasil. Palavras-chave: Tromboembolismo. Internamentos. Mulheres.

TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DE MULHERES COM EXCESSO DE PESO ASSOCIADO OU NÃO A ANSIEDADE, DEPRESSÃO E COMPULSÃO ALIMENTAR. ALUNA: LUÃ MIGUEL MARQUES VIDAL

ORIENTADORA: PROFA. MARIA DE LOURDES LIMA

CO-ORIENTADORA: PROFA. SYLVIA MARIA BARRETO DA SILVA

RESUMO

INTRODUÇÃO: As organizações de saúde se preocupam constantemente com a epidemia de obesidade, que ocorre no planeta, e com as morbidades associadas a tal quadro. Estima-se que nos países em desenvolvimento existem mais de 115 milhões de pessoas sofram com morbidades associadas à obesidade, sendo que desordens psíquicas (como ansiedade, depressão e distúrbios alimentares) tem afetado cada vez mais pessoas obesas, no Brasil e no Mundo. OBJETIVOS: Estimar a prevalência de depressão, ansiedade e compulsão alimentar periódica em mulheres com excesso de peso acompanhadas em ambulatório especializado do SUS; comparar o perfil clinico e demográfico das mulheres com excesso de peso sem distúrbios psiquiátricos, com aquelas com ansiedade, depressão e/ou compulsão alimentar periódica. METODOLOGIA: É um estudo de corte transversal descritivo e analítico. A amostra consiste em 100 mulheres com obesidade acompanhadas em um serviço de ambulatório de excesso de peso multidisciplinar. Avaliaram-se os dados coletados, de um grupo de 100 pacientes do sexo feminino de um total de 270 pacientes. Os critérios de inclusão foram ter idade a partir de 18 anos e IMC ≥ 25 Kg/m2. Nao houveram critérios de exclusão. Os dados coletados se referiram às variáveis: idade, graus de obesidade, escolaridade, renda, IMC, e variáveis clínicas, que foram descritas de acordo com a presença ou não de ansiedade, depressão e compulsão alimentar periódica, os quais foram identificados, nos pacientes, através das escalas HADS (Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão) e ECAP (Escala de Compulsão Alimentar Periódica). A análise estatística foi realizada com uso do programa SPSS for Windows versão 22.0. Foram realizadas análises exploratórias, para avaliar o banco de dados; quanto às análises descritivas, para as variáveis qualitativas, foram realizados o cálculo de proporção; para as variáveis quantitativas se utilizou as medidas de tendência central, moda, média, mediana e desvio padrão. RESULTADOS: Foi demonstrado que, no grupo estudado houve uma prevalência de psicopatologias de 52%, sendo desse total, 49% por depressão, 32% por ansiedade e 19% por compulsão alimentar periódica. Na comparação de grupos com e sem comorbidades psiquiátricas não foram observadas diferenças quanto a adesão a dieta ou atividades físicas, quanto a presença de Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus, Dislipidemias, média de idade ou IMC. CONCLUSÃO: Tem-se, portanto, que, a prevalência de distúrbios psiquiátricos é elevada em mulheres com excesso de peso e não apresentou, nesse estudo, relação com as variáveis clínicas e sociodemográficas como idade, IMC ou presença de comorbidades clínicas (HAS, DM e dislipidemia). No estudo, o distúrbio de ansiedade foi o mais prevalente, seguido de depressão, e compulsão alimentar periódica. Palavras-chave: Obesidade; Depressão; Morbidades; Ansiedade.

TEMA: TEMPO DE EXPOSIÇÃO À LUZ BRANCA E DISTÚRBIOS DO SONO EM ESTUDANTES DE MEDICINA. ALUNO: LUAN FIGUEREDO BONFIM

ORIENTADOR: PROFA. ISA CRISTINA SALLES DE CASTRO

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Bonfim LF. Tempo de exposição à luz branca e distúrbios do sono em estudantes de medicina [monografia]. Bahia: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. Objetivo: avaliar a associação entre o tempo de exposição à luz branca e os distúrbios do sono em estudantes de medicina de diferentes semestres da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Métodos: trata-se de um estudo prospectivo do tipo corte transversal, realizado com 301 estudantes do terceiro ao décimo segundo semestre de graduação da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Os dados foram obtidos através da aplicação de um questionário autoaplicável. Resultados: durante a faculdade, os indivíduos que tiveram exposição à luz fluorescente maior que 10 horas apresentaram uma média de redução maior que 7% no tempo de sono de sexta para sábado quando comparados aos indivíduos que tiveram até 10 horas de exposição a esse tipo de luz. Houve aumento importante na duração do sono de domingo a sábado e menor redução do tempo de sono ao ingressar na faculdade dos indivíduos que tiveram tempo em escuridão diário maior que 5 horas, quando comparados aos indivíduos que tiveram até 5 horas em escuridão. Conclusão: a exposição prolongada a diferentes tipos de luz branca pode repercutir em maior privação do sono nos estudantes de medicina. Palavras-chave: Luz. Sono. Distúrbios do sono. Estudantes de medicina. Educação médica.

TEMA: O IMPACTO DA EURITMIA NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: LUANA COSTA CARVALHO VALENTE

ORIENTADORA: DRA. ANGELA CRISTINA MARQUES VALENTE

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Referência: Valente LCC. O impacto da euritmia na variabilidade da frequência cardíaca: uma revisão sistemática [monografia]. Salvador. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. INTRODUÇÃO: A Medicina Antroposófica (MA) teve sua origem baseada na filosofia do Rudolf Steiner e foi incorporada à ciência médica através de doutora Ita Wegman. A euritmia (EUR) é uma terapia oriunda da MA e consiste em movimentos corporais combinados à música e à poesia com o intuito de exercer funções terapêuticas ao indivíduo. O impacto da euritmia no sistema nervoso autônomo pode ser acessado através da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), que é um método não invasivo e objetivo para avaliar esta repercussão. OBJETIVO: Avaliar a influência da euritmia sob a variabilidade da frequência cardíaca. MATERIAIS E MÉTODOS: Neste trabalho foram utilizados para a pesquisa dos artigos plataformas eletrônicas de dados como o PubMed, The Cochrane Library, Bireme/LILACS e MEDLINE para ensaios clínicos randomizados, não randomizados, ensaios clínicos e ensaios clínicos controlados que demonstraram o impacto da euritmia na variabilidade da frequência cardíaca. RESULTADOS: Dos 27 artigos encontrados pela estratégia de busca, 4 foram selecionados para leitura integral e destes, todos foram elegíveis. Dois estudos avaliaram a VFC durante a prática da EUR em comparação ao exercício ergométrico convencional e ambos notaram flutuações significativas da VFC frente à prática eurítimica quando comparado à ergometria convencional (EC). Um deles constatou que a frequência muito baixa (FMB) e a frequência alta (FA) elevaram-se significativamente (p < 0,001) à prática da EUR em relação à EC. Um outro estudo notou um aumento significativo do padrão de ondas FMB e frequência ultra baixa (FUB) pós EUR (p < 0,001). A EUR também levou a estados de relaxamento profundos e a uma melhor qualidade de sono em outro estudo, resultado da redução da FUB. CONCLUSÃO: Os trabalhos inclusos nesta revisão não foram randomizados e alguns não tiveram grupo-controle em seu desenho de estudo. No entanto, apesar disso, a euritmia mostrou-se como um bom recurso terapêutico e curativo. Concomitante a isso, a terapia eurítimica pode ser realizada de maneira não extenuante, o que amplia seu espectro de atuação. A realização de estudos controlados e randomizados é recomendada. Palavras-chave: Eurythmy. Eurythmy therapy. Heart rate variability.

TEMA: ANÁLISE DOS ÓBITOS POR INSUFICIÊNCIA RENAL NA BAHIA, 2009 -2015. ALUNO: LUCAS AZEVEDO ALVES DE SOUSA

ORIENTADOR: PROF. JUAREZ PEREIRA DIAS

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Introdução: Esse trabalho visa alertar aos profissionais de saúde para as crescentes e significativas taxas de mortalidade por Insufiência Renal no estado da Bahia entre os anos de 2009 e 2015, como forma de buscar ações que trabalhem para amenizar essa situação. Objetivos: Analisar os óbitos por Insuficiência Renal no estado da Bahia e por macrorregiões de residência, entre 2009 e 2015. Metodologia: Estudo Descritivo com dados agregados e secundários, coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade(SIM) disponibilizado pela Secretária de Saúde do Estado da Bahia(SESAB), realizado no estado da Bahia no período do Janeiro de 2009 à Dezembro de 2015, cuja população do estudo foi composta por indivíduos que foram óbito tendo como causa básica Insuficiência Renal não especificada. Resultados: No período do estudo, ocorreram 4.074 óbitos por Insuficiência Renal, média de 582+81,96, variando de 496 em 2009 a 703 óbitos em 2015, incremento de 41,7%. Entre as macrorregiões, os maiores registros ocorreram na Leste, 1.381 (33,90%). A taxa de mortalidade para o Estado variou de 28,59/100.000 habitantes em 2009 a 41,77/100.000 habitantes em 2015, um incremento de 46,10% e média de 32,61+4,57/100.000 habitantes. A tendência temporal da Taxa de mortalidade para o Estado mostrou-se ascendente, fortemente associada ao tempo e estatisticamente significante (R2=0,948, β=2,213 e p=0,000). Na distribuição dos óbitos por sexo, verifica-se que 2.413 (59,23%) eram do masculino e 1.661 (40,77%) do feminino, sendo, essa mesma característica quanto ao sexo masculino, predominante em todas as macrorregiões. A análise do número e percentual de óbitos segundo faixa etária mostra que, estes se concentraram em indivíduos de 60 a 79 anos, 1.607 (39,45%), maiores de 80 anos, 1.123 (27,57%) e 40 a 59 anos, 932 (22,88%). Conclusão: A gravidade da situação enquadra a Insuficiência Renal como uma questão importante de saúde pública e ações devem ser desenvolvidas para minimizar as suas consequências. Palavras-chave: Insuficiência renal. Mortalidade. Epidemiologia. Internação. Bahia.

TEMA: ANÁLISE DA TENDÊNCIA DA AIDS EM CRIANÇAS NA BAHIA NO PERÍODO DE 2007 A 2015. ALUNO: LUCAS PEREIRA FERREIRA

ORIENTADORA: PROFA. ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE

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Introdução: A Aids/SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença infecciosa de alta prevalência global. A transmissão vertical, também chamada de materno-infantil é a principal responsável pela incidência de Aids em crianças. Apesar das medidas adotadas pelo Programa Nacional de DST/Aids (PNDST), que possibilitaram a prestação de serviços mais amplos, com tratamento fornecido pelo governo e adoção de medidas preventivas, a transmissão do vírus HIV em crianças ainda acontece. Logo, conhecer o perfil epidemiológico das crianças acometidas pela doença se faz necessário para a definição e o melhor direcionamento das políticas públicas a fim de evitar que a transmissão vertical ocorra. Objetivo geral: Descrever o perfil epidemiológico da Aids em crianças na Bahia no período de 2007 a 2015. Secundariamente objetivou-se: Descrever as características das crianças com Aids na Bahia por macrorregião de residência, estimar o coeficiente de incidência de Aids em crianças por macrorregião de residência e sexo e o coeficiente de letalidade por Aids em crianças no período de estudo. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo de série temporal, com dados secundários agregados, obtidos a partir da base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram analisados os casos de Aids em crianças no período de 2007 a 2015 por macrorregião de residência do estado da Bahia, faixa etária, raça, sexo, tratamento para hemofilia, transfusão, hepatomegalia, critério de confirmação e evolução do caso. Além disso foram calculados os coeficientes de incidência e de letalidade. Resultados: No período do estudo, houve 351 casos notificados e maior proporção na macrorregião Leste (51%), seguida pelas macrorregiões Sul e Extremo-Sul. O coeficiente de incidência apresentou grande variação e a macrorregião com maior risco de contrair a doença foi a Leste que apresentou o valor máximo em 2009 (3,33 casos/100.000 <14 anos). Quanto a taxa de letalidade por Aids foi observada tendência a redução, passando de 8,51% em 2007 para 4,35% em 2015 (p-valor= 0,90). Conclusão: Destaca-se que a detecção precoce de gestantes portadoras do vírus HIV com a adoção de medidas preventivas é a melhor maneira de evitar que a transmissão materno-infantil ocorra. Nesse sentido, mais estudos epidemiológicos se fazem necessários para identificar o perfil da criança que adoce por Aids e, principalmente, das mães a fim de atuar oportunamente para evitar a contaminação pelo vírus HIV. Palavras-chave: Aids em crianças. Epidemiologia. Bahia.

TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE EPISTAXE E CRISES ÁLGICAS EM CRIANÇAS COM ANEMIA FALCIFORME. ALUNO: LUCAS PORTELA TAVARES

ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO

RESUMO

Referência: Tavares LP. Associação entre epistaxe e crises álgicas em crianças com anemia falciforme [monografia]. Bahia: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. INTRODUÇÃO: a doença falciforme é a doença hematológica hereditária mais comum do mundo. O quadro clinico com crises álgicas e epistaxe podem ser encontradas nos pacientes com anemia falciforme, ocorrendo pelo comprometimento da microcirculação devido a alteração conformacional das hemácias e o tratamento para redução das crises vaso oclusivas. OBJETIVO: avaliar a associação entre epistaxe e crises álgicas em crianças com anemia falciforme. METODOLOGIA: a coleta de dados constou de 85 pacientes inscritos em um centro de referência de hematologia e hemoterapia, por amostragem não-probabilística do tipo sequencial, entre maio de 2007 e maio de 2008. Os critérios de inclusão adotados foram: ter diagnóstico confirmado de anemia falciforme através da análise quantitativa de hemoglobina por eletroforese de hemoglobina ou HPLC; ter idade entre 2 e 19 anos; estar clinicamente estável; responder ao questionário. Os critérios de exclusão: apresentar outras síndromes genéticas, doenças debilitantes, hepatite aguda, usar hipnóticos; ter realizado terapia com corticoides; ser gestante; e apresentar infecção durante a avaliação. Os participantes foram submetidos ao questionário criado pelos participantes pesquisa constando das seguintes perguntas: O (a) menor apresenta há mais de 06 meses: Obstrução nasal unilateral, obstrução nasal bilateral, hiposmia, anosmia, cacosmia, prurido nasal, crises esternutatórias, cefaleia frontal em peso, rinorreia mucoide, rinorreia catarral, rinorreia purulenta ou epistaxe. RESULTADOS: ao comparar a frequência dos sinais e sintomas entre os pacientes com anemia falciforme que apresentaram crises álgicas e os que não apresentaram crises álgicas observou-se: obstrução nasal (50,6% vs 32,9%; p=0,039); obstrução nasal bilateral (49,4% vs 31,8%; p=0,032); cacosmia (12,9% vs 2,4%; p=0,032); epistaxe (24,7% vs 35,7%; p=0,001), respectivamente. Os demais sinais e sintomas não foram observados diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Não foram encontradas significância estatística entre epistaxe e as características clínicas de transfusão sanguínea e aumento do fígado. CONCLUSÃO: através do presente estudo foi observado que o grupo de pacientes com crises álgicas nos últimos 12 meses apresentaram maior frequência de epistaxe, obstrução nasal unilateral, obstrução nasal bilateral e cacosmia quando comparado com o grupo de pacientes sem crises álgicas. Palavras-chave: Anemia. Anemia falciforme. Epistaxe.

TEMA: EMPATIA NA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE E A GRADAÇÃO DA EMPATIA SEGUNDO A JEFFERSON SCALE OF PHYSICIAN EMPATHY NOS ESTUDANTES DE MEDICINA DURANTE A FORMAÇÃO MÉDICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA ALUNO: LUIS EDUARDO PINHEIRO DOS SANTOS

ORIENTADORA: PROFA. MONICA DA CUNHA OLIVEIRA

RESUMO

Santos LEP. Empatia na relação médico-paciente e a gradação da empatia segundo a jefferson scale of physician empathy nos estudantes de medicina durante a formação médica: uma revisão sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.

INTRODUÇÃO: A empatia é um importante componente para a prática clínica promovendo uma aproximação mais humanitária entre médico e paciente. Como resultado, obtem-se uma melhor qualidade da entrevista médica, uma melhor adesão ao tratamento pelo paciente e uma redução do risco burnout em profissionais de saúde. A variação da empatia nos estudantes de medicina ao longo da graduação é um tema bastante discutido em diversos estudos ao redor do mundo, apresentando resultados distintos quanto ao aumento ou diminuição da empatia médica. OBJETIVO: Analisar os benefícios da empatia na relação médico-paciente, a importância de sua abordagem no curso de medicina e a variação da empatia no decorrer da graduação em medicina. METODOLOGIA: Este estudo trata-se de uma revisão sistemática utilizando os descritores Physician and Empathy and Medical Students para a busca de artigos no banco de dados do PubMed. Foram utilizados os seguintes filtros: publicados nos últimos 5 anos; artigos disponíveis na íntegra e artigos disponíveis gratuitamente. Os artigos selecionados foram aqueles que utilizaram a Jefferson Scale of Physician Empathy em estudantes de medicina e, como método de avaliação da qualidade metodológica, foi utilizada a iniciativa STROBE. RESULTADOS: Foram encontrados 71 artigos, dos quais seis foram selecionados para esta revisão sistemática. Todos os seis artigos são estudos-transversais, apresentam uma população de estudo significativo e obtiveram mais de 80% na aplicação dos critérios da iniciativa STROBE. CONCLUSÃO: Não é possível afirmar que a graduação em medicina, por si só, seja capaz de reduzir os níveis de empatia no estudante. Fatores de âmbito educacional, cultural e socioeconômico estão relacionados com o aumento ou redução da empatia nos estudantes de medicina. Apesar de o estudo não ser conclusivo quanto ao aumento ou à diminuição da empatia decorrente da formação médica, há uma clareza de que as universidades que aplicam estratégias para a sensibilização dos alunos quanto a empatia, obtêm resultados satisfatórios. Palavras-chave: Empatia. Estudantes. Medicina.

TEMA: DIFERENÇAS DO RISCO DE ESQUIZOFRENIA ENTRE OS MEIOS URBANO E RURAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNO: MAICON VELAME SENA

ORIENTADOR: PROF. ESDRAS CABUS MOREIRO

RESUMO

Introdução: Objetivou-se identificar as diferenças na incidência da esquizofrenia entre as áreas urbanas e rurais. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática de literatura nas bases MEDLINE/Pubmed e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) sendo selecionados artigos publicados entre 2005 e 2015 e aplicada a escala STROBE para avaliar a qualidade dos trabalhos e auxiliar na seleção dos mesmos. Resultados: Dos 5 artigos escolhidos, três deles foram realizados na Dinamarca, um na região sudeste da Inglaterra e outro na França. Os estudos demonstraram que a esquizofrenia tem maior incidência nos habitantes das cidades, sendo proporcional ao desenvolvimento da área habitada, bem como outros fatores de risco como idade parental, presença da esquizofrenia em parentes de primeiro grau e possivelmente poluentes também estão implicados para a maior incidência dos transtornos esquizofrênicos no meio urbano. No entanto, mais estudos são necessários para elucidar de que forma estes fatores estão implicados na gênese da doença. Palavras-chave: schizophreny, ethnicity, incidence.

TEMA: PERFIL DE AJUSTE DE DOSAGEM DA PREGABALINA NO TRATAMENTO DA DOR CRÔNICA NEUROPÁTICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. ALUNA: MANUELA PRAZERES SANTOS ORIENTADOR: PROF. MARCUS VINICIUS DE BRITO SANTANA

RESUMO Introdução: A Pregabalina (Lyrica®) é uma das drogas na linha de tratamento para a dor crônica, especificamente, do tipo neuropática. Afim de otimizar o tratamento da dor crônica neuropática no que tange os gastos, o controle da dor e o impacto na qualidade de vida do seu portador, uma maior atenção deve ser direcionada aos ajustes de dosagem da Pregabalina. Afinal, subdosagens ou ampliações excessivas podem ser as responsáveis pela falência do tratamento, seja por não analgesia e possibilidade de perpetuação da dor ou pela presença intensa dos efeitos adversos da droga. Objetivos: O objetivo primário do presente trabalho é identificar o perfil de ajuste de dosagem da Pregabalina durante o tratamento da dor crônica neuropática. Secundariamente, se propõe a considerar: os principais efeitos adversos levantados nos diferentes estudos, a taxa de pessoas acometidas por estes e a taxa de abandono pelos efeitos adversos. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, ou seja, um trabalho de caráter descritivo. Fora feita uma pesquisa de Novembro/2015 à Março/2016, em português e inglês, na Biblioteca Virtual PubMed com os descritores (pregabalin) AND pain. 224 ensaios clínicos, randomizados ou não, foram encontrados. Os artigos excluídos foram contrários à proposta nos seguintes aspectos: focaram em outras aplicações para a pregabalina que não dor crônica neuropática, tiveram teor de comparação entre a droga em questão e outra medida terapêutica, trabalharam com doses fixas e não flexíveis, fizeram outras intervenções nos grupos no que tange tempo e dose. Para seleção dos artigos, usou-se o CONSORT 2010 e estabeleceu-se um percentual de corte maior ou igual a 70%. E para rastreio dos vieses, foi utilizada a Ferramenta da Colaboração Cochrane. Resultados: Dos 224 artigos, 39 foram lidos na íntegra, tendo sido oito selecionados - conforme critérios de exclusão e inclusão; e sete utilizados, após aplicação do CONSORT 2010. O tempo de ajuste da dose de pregabalina constatado foi de quatro semanas, tempo no qual predominam doses acima de 300mg/dia, com prevalência da dose 600mg/dia por entre os estudos. Em todos os casos, o controle da dor foi efetivo conforme ajuste de dose. Já a taxa de pessoas acometidas pelos AEs varia de 43,8 a 96%, enquanto a de abandono por eles entre 3,3 e 21% das amostras. Os efeitos adversos mais reportados foram: tontura e sonolência. É limitado por alguns dos artigos selecionados não trabalharem com todas as possibilidades de dosagens. Conclusão: O perfil de ajuste das doses de pregabalina foi identificado, no geral, por um intervalo de quatro semanas, período no qual, nas amostras, as doses se apresentam predominantemente acima de 300mg/dia e a posologia 600mg/dia costuma prevalecer. O achado de tontura e sonolência como principais efeitos adversos corresponde com a literatura. Já a taxa de acometidos pelos AEs se mostrou mais elevada do que o padrão. Enquanto que, na maioria dos artigos, a taxa de abandono pelos AEs se mostrou muito menor do que o esperado. Palavras-chave: Dor crônica. Neuropatia. Pregabalina. Dosagem.

TEMA: MORTALIDADE POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E VARIAÇÃO DA TEMPERATURA AMBIENTAL. ALUNA: MARIA AUGUSTA AMARAL DE CARVALHO SILVA ORIENTADOR: PROF. RODRIGO ANTÔNIO ROCHA DA CRUZ ADRY

RESUMO INTRODUÇÃO: Estudos mostram que dias mais frios e úmidos e grandes oscilações de temperatura podem aumentar o risco de AVC isquêmico. Existem evidências na literatura confirmando que os vasos sanguíneos se contraem em baixas temperaturas, numa tentativa de desviar o fluxo sanguíneo para os órgãos centrais. Além disso, a pressão sanguínea se eleva em baixas temperaturas, sendo fator de risco importante para todos os subtipos de AVC. A associação entre variações climáticas e incidência de AVC, entretanto, ainda não está bem definida. OBJETIVOS: Estimar as taxas de mortalidade por AVC isquêmico comparando com a variação de temperatura, verificar se há um padrão sazonal das taxas de mortalidade e caracterizar os óbitos quanto ao sexo e faixa etária. METODOLOGIA: Estudo descritivo de série temporal utilizando dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) através da plataforma DATASUS e dados meteorológicos do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). A partir da análise de dados do INMET, foram selecionadas as cidades, sendo uma da região Sul (Porto Alegre - RS) e uma da Sudeste (São Paulo - SP) que possuem grandes variações de temperatura e estações bem definidas. Outras duas cidades, uma da região Norte (Belém - PA) e um do Nordeste (Salvador - BA) que são caracterizados por apresentarem pequenas variações de temperatura. Foram calculados os coeficientes de mortalidade por AVC para cada ano da série temporal considerada entre os anos de 2009 e 2013. Os resultados foram sumarizados por meio de gráficos no Microsoft Excel 2013 e tabelas no Microsoft Word 2013. RESULTADOS: Em São Paulo houve coincidência entre as baixas temperaturas e aumento do coeficiente de mortalidade de AVC nos anos 2009, 2010, 2011 e 2013. Os picos da mortalidade por AVC foram observados nos meses de junho, julho e agosto (coeficientes de mortalidade entre 1,14 óbitos/100.000hab. e 2,06 óbitos/100.000hab.) período em que se observam temperaturas médias entre 16°C e 18°C, contrapondo-se aos meses que possuem menores taxas e são observadas maiores temperaturas. Em Porto Alegre, foi possível observar a correspondência entre maiores coeficientes de mortalidade por AVC (1,83 óbitos/100.000hab. a 2,36 óbitos/100.000hab.) e baixas temperaturas médias (13,3°C a 18,6°C) nos anos 2009, 2011, 2012 e 2013 nos meses de maio, junho e julho. Em Salvador e Belém, onde não há amplas variações de temperatura, não foi encontrada correlação significativa entre temperatura e mortalidade no AVC. Com relação ao sexo e faixa etária do óbito por AVC isquêmico, observa-se que o sexo feminino teve maior mortalidade nas quatro cidades avaliadas e nos anos citados. Já em relação à idade do óbito, a faixa etária de 50 anos ou mais teve grande predominância, com percentuais de 90,7% a 97,6%, em comparação a faixa etária menor que 50 anos. CONCLUSÃO: Os resultados demonstraram haver coincidência com um padrão sazonal entre baixas temperaturas médias e aumento na mortalidade por AVC em São Paulo e Porto Alegre, no período estudado. Além disso, houve predominância de mortalidade no sexo feminino e na faixa etária de 50 anos ou mais. Palavras-chave: Mortalidade. AVC. Temperatura ambiental.

TEMA: IMPORTÂNCIA DO COMPROMETIMENTO DA FUNÇÃO RENAL NA MORTALIDADE DE PACIENTES COM SÍNDROME CORONARIANA AGUDA. ALUNA: MARIA EDUARDA SEABRA DE OLIVEIRA PALMEIRA ORIENTADOR: PROF. MARIO DE SEIXAS ROCHA

RESUMO

Referência: PALMEIRA, Maria Eduarda. Importância do comprometimento da função renal na mortalidade de pacientes com síndrome coronariana aguda. 2016. 27 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso em Medicina – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, 2016. Introdução: A cardiopatia isquêmica é importante causa de óbito no Brasil. A Síndrome Coronariana Aguda é um subconjunto de sinais e sintomas que representa uma complicação aguda da cardiopatia isquêmica. Muitos desses pacientes têm fatores de risco comuns, dentre eles o comprometimento da função renal. A análise da importância desse comprometimento na ocorrência de desfechos ainda é pouco explorado em nosso meio. Objetivo: Estudar a associação do comprometimento da função renal e a ocorrência de óbitos com pacientes com Síndrome Coronariana Aguda.Métodos: Trata-se de um estudo analítico, com pacientes admitidos na Unidade Coronariana de Hospital Terciário (Salvador/BA) com diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda, no período de 2011 a 2014. Os pacientes foram divididos em três grupos conforme a função renal e em dois grupos conforme diagnóstico clinico. Resultados: foram identificados seiscentos e setenta e quatro (n=674) indivíduos. Idade média foi 69,6±12,4 anos e 50,7% (n=342) eram do sexo masculino. Com relação ao diagnóstico clínico, 49% dos pacientes (n=331 ) foram diagnosticados com Angina Instável e 50,9% (n = 342) com Infarto Agudo do Miocardio. O valor médio das taxas de clearence de creatinina foi 63,2±29,3 mL/min (p=0,001).Conclusão: A disfunção renal grave é um dos maiores marcadores de risco para o desenvolvimento de doenças arteriais coronarianas e esteve associada ao pior prognóstico dos pacientes com SCA. As variáveis DM, HAS e dislipidemia foram frequentemente associados a estes pacientes. Palavras-chaves: síndrome coronariana aguda; insuficiência renal; taxa de filtração glomerular.

TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS SUICÍDIOS POR INTOXICAÇÃO EXÓGENA NA BAHIA. ALUNA: MARIA LUÍZA NUNES DE FREITAS ORIENTADOR: PROF. LUIZ IVAN CARDOSO BRAZ

RESUMO Introdução: Suicídio é o ato consciente de autodestruição, com a finalidade de, através da morte, sanar um intenso sofrimento vivido por um indivíduo carente. Dentre os fatores de risco, merecem destaque os transtornos mentais, como depressão, alcoolismo e esquizofrenia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas cometem suicídio a cada ano, o que o configura como uma das dez principais causas de morte em todo o mundo e um grave problema de saúde pública. Quanto ao método de realização do ato, a OMS destaca que 30% dos suicídios no mundo sejam causados por autointoxicação por pesticidas. No Brasil, os meios mais utilizados são enforcamento, uso de armas de fogo e intoxicação, sendo este o mais comum entre as mulheres. Dentre as autointoxicações, predominam os pesticidas, medicamentos, outros produtos químicos e substâncias nocivas não especificadas e narcóticos e alucinógenos. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos por suicídio decorrentes de intoxicação exógena na Bahia. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo, de dados secundários do Ministério da Saúde (MS), durante o período de 2003 a 2013, obtidos a partir do site do departamento de informática do SUS (DATASUS). As variáveis analisadas foram sexo, faixa etária, estado civil, escolaridade, local de ocorrência, macrorregião de saúde de residência e categoria CID-10. Os dados foram armazenados no Microsoft Office Excel 2013, onde foi analisada a distribuição percentual das variáveis. Foi realizada uma regressão linear para verificar a tendência temporal do coeficiente de mortalidade por sexo e por idade, através do programa SPSS 2.0. Resultados: No período de 2003 a 2013, foram registrados 850 suicídios por autointoxicação exógena no estado da Bahia, com predominância do sexo masculino (66,35%) em detrimento do feminino (33,64%). 49,52% dos suicídios no período tiveram por causa base autointoxicação intencional por pesticidas e os medicamentos corresponderam a 14,09% do total. As macrorregiões Leste, Sudoeste e Sul destacaram-se por registrar, respectivamente, 26,35%, 22,59% e 16,35%. Idosos representaram 12,82% dos casos. O grupo dos solteiros foi o mais abrangente em todas as macrorregiões, equivalendo a 57,06% dos óbitos em todo o estado. Em todas as macrorregiões, a maioria dos óbitos aconteceram em ambiente hospitalar (com variação de 46,04% na macrorregião Sul e 62,96% na macrorregião Oeste). Conclusões: O suicídio foi mais frequente entre homens, com idade inferior a 60 anos, estado civil solteiro e baixa escolaridade. Dentre as causas base de intoxicação, destacaram-se os pesticidas, outros produtos químicos e substâncias nocivas não especificadas e os medicamentos. A maioria dos óbitos aconteceram em ambiente hospitalar. As maiores concentrações de suicídios por autointoxicação exógena no Estado da Bahia ocorreram nas macrorregiões Leste, Sudoeste e Sul, enquanto as macrorregiões Extremo Sul e Oeste registraram as menores frequências. Tendo em vista o contínuo crescimento da mortalidade por suicídio no país, faz-se necessário um investimento maior em programas e ações de prevenção ao suicídio. Palavras-chave: suicídio, envenenamento, epidemiologia.

TEMA: PERFIL DE CITOCINAS DE PACIENTES COINFECTADOS PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA E MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS SOB TERAPIA ANTIRRETROVIRAL. ALUNA: MARIANA ARAÚJO CÔRTES SILVA ORIENTADORA: PROFA. LUANA LEANDRO GOIS

RESUMO

Referência: Silva, MAC. Perfil de citocinas de pacientes coinfectados pelo Vírus da Imunodeficiência Humana e Mycobacterium tuberculosis sob Terapia Antirretroviral [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é a doença oportunista mais frequentemente notada em indivíduos infectados com o HIV-1, sendo a coinfecção HIV-1 e Mycobacterium tuberculosis responsável pelo aumento da morbidade e mortalidade por tuberculose e também pela progressão mais rápida para a AIDS nesses pacientes. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi determinar o perfil de citocinas de pacientes coinfectados por HIV/Mtb e sob tratamento antiretroviral (TARV). MÉTODOS: Para isso, foram avaliados um grupo de pacientes com diagnóstico definido de AIDS em uso de TARV e com diagnóstico de TB ativa, um grupo de pacientes com diagnóstico definido de AIDS virgens de TARV e com diagnóstico de TB ativa e outro grupo de pacientes não infectados por HIV com TB ativa, além de um grupo controle de indivíduos sem infecção por HIV ou Mtb. As citocinas (IFN-γ, TNF-α, IL-2, IL-4, IL-6, IL-10 e IL-17) foram quantificadas no sobrenadante da cultura de células mononucleares do sangue periférico (PBMC) estimuladas com PPD pela técnica de citometria de fluxo utilizando o kit Cytometric Bead Array Th1/Th2/Th17. RESULTADOS: Houve uma prevalência do sexo masculino nos grupos estudados, a maioria dos indivíduos encontrava-se em uma faixa etária média de 35 anos. A maioria dos pacientes coinfectados apresentou tuberculose disseminada. Os níveis de citocinas Th1, Th2 e Th17 avaliados no sobrenadante da cultura de PBMC em resposta ao PPD e na ausência de estimulação foram semelhantes entre os grupos estudados. Ao comparar a quantificação dessas citocinas nos três grupos estudados HIV-TB, HIV-TB-TARV e TB aos pares, também não foi encontrada nenhuma diferença estatisticamente significante. CONCLUSÃO: Não foram observadas diferenças significativas entre os níveis das citocinas Th1, Th2 e Th17 em resposta ao estímulo do PPD em indivíduos coinfectados com HIV/Mtb em uso de TARV. Palavras-chave: HIV-1. Tuberculose. Coinfecção HIV/Mycobacterium tuberculosis. Resposta imune. Citocinas. Terapia Antirretroviral.

TEMA: ANÁLISE COMPARATIVA DA QUALIDADE DO SONO ENTRE ESTUDANTES DA ÁREA DE SAÚDE. ALUNA: MARIANA CRUZES DE ANDRADE ORIENTADORA: PROFA. DOLORES GONZALEZ BORGES DE ARAÚJO

CO-ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO

RESUMO

Referência: de Andrade, MC. Análise comparativa da qualidade de sono entre estudantes da área de saúde. [trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. Dados epidemiológicos mostram uma diminuição global da qualidade do sono devido a priorização de outras atividades como por exemplo, atividades de laser ou trabalho. No contexto dos estudantes entra ainda o fator estudo que faz com que o tempo utilizado para o sono diminua consideravelmente, além de outras ocupações como a participação em atividades curriculares e extracurriculares. O objetivo desse estudo é comparar a qualidade do sono na vida dos estudantes de diferentes cursos da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e identificar possíveis grupos de risco. Foi pesquisado sobre o assunto qualidade do sono e índice da qualidade do sono de Pittsburgh nos bancos de dados disponíveis. O presente estudo consistiu na aplicação do questionário do índice de qualidade do sono de Pittsburgh e análise dos resultados obtidos, correlacionando-os com o curso que os estudantes estavam matriculados. Para composição da amostra foi selecionado o terceiro semestre aleatoriamente. Os estudantes participantes foram escolhidos aleatoriamente sendo excluídos todos os estudantes que se recusaram a participar do estudo e aqueles estudantes que preencheram de forma incompleta ou incorreta o questionário. Foram escolhidos estudantes de quatro diferentes cursos (medicina, psicologia, biomedicina e odontologia) para analisar se há variação da qualidade do sono com relação ao curso que o mesmo participa. Foi observada diferença estatisticamente significante entre a qualidade do sono dos estudantes do curso de odontologia quando comparados com os demais estudantes. Os principais componentes do sono nos quais se observou diferença entres os cursos foram duração do sono, latência do sono e o escore global do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. Conclusão: A qualidade do sono dos estudantes de odontologia é melhor do que a dos outros estudantes entretanto são necessários mais estudos para identificação dos motivos. Palavras-chave: Sono, Transtornos do sono, Estudantes de ciências da saúde, Medicina do sono

TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR AVC ISQUÊMICO E HEMORRÁGICO NA CIDADE DE SALVADOR ENTRE 2004 E 2013. ALUNA: MARIANA FARIAS COSTA ORIENTADORA: PROFA. MARCELA CÂMARA MACHADO COSTA

RESUMO

Introdução: O AVC é a principal causa de morte não traumática no Brasil, porém, observam-se nas últimas décadas reduções progressivas nos coeficientes de mortalidade de ambos os subtipos de AVC no país. Na cidade de Salvador, os estudos referentes à mortalidade por AVC são escassos e ultrapassados, fazendo-se necessário novos estudos na cidade. Objetivos: Analisar e comparar a tendência das taxas de mortalidade por infarto cerebral e por hemorragia intracraniana de acordo com sexo, faixa etária e o ano de ocorrência na cidade de Salvador entre os anos de 2004 e 2013. Metodologia: Foram selecionados os dados no Sistema de Informação sobre Mortalidade da Secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (Datasus) referentes aos óbitos que tiveram como causa o infarto cerebral (I63) ou hemorragia intracraniana (I61), de acordo com as variáveis: ano de ocorrência, sexo e faixa etária (de 50 a 80 anos e mais). A taxa de mortalidade padronizada/100.000 habitantes foi calculada, e sua tendência temporal foi analisada pelo modelo de regressão. Os dados populacionais foram obtidos através dos censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Resultados: Observou-se uma redução das taxas de mortalidade por AVC de 11,75% no período, tendo está sido maior na faixa etária de 70 a 79 anos, com redução de 30,89% (P = 0,026), e no sexo masculino, com redução de 16,67% (P > 0,05). As taxas de mortalidade por infarto cerebral, por outro lado, apresentaram um aumento no coeficiente total de mais de 100%, enquanto que as taxas por hemorragia intracraniana reduziram 15,4% no período. Nos dois subtipos de AVC, as maiores taxas foram encontradas na faixa etária de 80 anos e mais, enquanto as menores na de 50 a 59 anos. Em relação ao sexo acometido, as taxas por infarto foram maiores no sexo masculino, além de ter havido um aumento de mais de 300% no período neste gênero. Semelhante ao infarto cerebral, as taxas por hemorragia intracraniana apresentaram maiores valores no sexo masculino, porém, estas reduziram nos dois sexos, tendo o sexo masculino apresentado maior redução, com 23,8%. Conclusões: Embora as taxas de mortalidade na maioria dos dados terem reduzido na cidade de Salvador, esta redução não foi significativa e foi menor que a observada em outros estudos do país e do mundo. Palavras-chave: acidente vascular cerebral; infarto cerebral; hemorragia intracraniana; coeficiente de mortalidade.

TEMA: PLASMÍDEOS CONTENDO MUTAÇÕES NA REGIÃO GÊNICA QUE CODIFICA A GLICOPROTEÍNA DE SUPERFÍCIE DO HTLV-1 (gp46): UMA PERSPECTIVA PARA ESTUDO VACINAL. ALUNA: MARIELLE DE FREITAS GUIMARÃES ORIENTADORA: PROFA. FERNANDA KHOURI BARRETO

RESUMO

Referência: GUIMARÃES, MF. Plasmídeos contendo mutações na região gênica que codifica a glicoproteína de superfície do HTLV-1 (gp46): uma perspectiva para estudo vacinal. 2016. Monografia de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina) - Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia. Introdução: O vírus linfotrópico de células T humanas tipo 1 (HTLV-1) foi o primeiro retrovírus humano descrito, em 1980, pertencente à família Retroviridae e à subfamília Orthoretrovirinae e ao gênero Deltaretrovirus. Este vírus está associado a diversas patologias, sendo a HAM/TSP a principal delas e, atualmente, os indivíduos infectados podem ser classificados em assintomáticos para HAM/TSP, ou indivíduos possíveis, prováveis, e definidos HAM/TSP. O HTLV-1 pode ser transmitido por diversas vias, como sexual, parenteral e vertical, e sua entrada na célula hospedeira é facilitada por sua glicoproteína de superfície (gp46), codificada pelo gene env, que se liga aos receptores da membrana celular. O HTLV-1 atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no Brasil e tem alta prevalência em estados como Bahia, Maranhão e Piauí. No entanto, pouco se divulga sobre o vírus e suas manifestações, que são consideradas negligenciadas. Desta forma, o objetivo deste estudo é a construção de plasmídeos contendo mutações na região gênica que codifica a gp46 do HTLV-1, no intuito de possibilitar o desenvolvimento de uma vacina anti- HTLV-1. Metodologia: estudo experimental. Primers foram desenhados contendo cinco mutações observadas em alta frequência em indivíduos com diagnóstico positivo para HAM/TSP: F14S; S35L; N42H; G72S; V247I. Em seguida, houve a realizacao de uma mutagenese sítio dirigida, transformacao em célula Dh5α e realizacao da minipreparação plasmidial, extraindo e purificando o DNA para que fosse submetido ao sequenciador. Após confirmação do sucesso da mutagênese sítio-dirigida, a maxipreparação plasmidial foi realizada, possibilitando uma grande quantidade do produto mutado. Estas amostras foram quantificadas e em seguida estocadas. Resultado: mutação F14S (521,9 ng/uL), S25L (925,6 ng/uL), N42H( 460,4 ng/uL); G72S (552,7 ng/uL) e V247I (1235,9 ng/uL). Além disso, foi possível comparar alguns trabalhos da literatura que utilizaram vacinas de DNA e trabalhos que construíram plasmídeos para a inserção em um vetor vacinal, demonstrando grande eficiência do sistema imune celular e humoral na defesa do hospedeiro infectado. Conclusão: No presente estudo, foi realizada a construção de plasmídeos contendo mutações prevalentes em indivíduos com HAM/TSP-D e sua estocagem em grandes quantidades, fornecendo subsídios para o desenvolvimento de vacinas, visto que a maioria dos anticorpos anti-HTLV-1 são produzidos para reagir contra a gp46. Palavras-chave: HTLV-1. Plasmídeos. Vacina anti HTLV -1

TEMA: AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES COM OBESIDADE ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO MULTIPROFISSIONAL. ALUNA: MAYANE MATOS CONCEIÇÃO ORIENTADORA: PROFA. MINNA FERRARI SCHLEU CARVALHO CO-ORIENTADORa: PROFA. ANA MARICE TEIXEIRA LADEIA

RESUMO

Referência: Conceição MM. Avaliação do risco cardiovascular em pacientes com obesidade atendidos em ambulatório multiprofissional. [Trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares se apresentam como a principal causa de mortalidade no Brasil desde os anos 60. A OMS estima que ¾ dessa mortalidade possa ser reduzida com adequadas mudanças no estilo de vida. Diante dessa situação, faz-se necessário adotar medidas preventivas baseadas na estratificação do risco cardiovascular (RCV), a partir do escore de risco de Framingham (ERF). OBJETIVO: Estratificar o risco cardiovascular em pacientes com obesidade à época de admissão no ambulatório de obesidade do ADAB de acordo com o ERF. MÉTODOS: O estudo foi do tipo transversal descritivo a partir de um banco de dados já existente. A população alvo foi os pacientes com obesidade atendidos a partir de 2009 no ambulatório multidisciplinar de obesidade. Os critérios de exclusão são pacientes que já tenham tido qualquer evento cardiovascular. Essa ferramenta analisa as variáveis de idade, sexo, índices lipídicos (HDL-colesterol, LDL-colesterol e colesterol total), níveis de pressão arterial sistólica e diastólica, diabetes mellitus e hábitos tabágicos. Dessa forma, torna possível, a partir da estratificação do risco cardiovascular, identificar indivíduos de maior risco visando introdução de medidas terapêuticas mais efetivas para redução de mortalidade. RESULTADO: Dos 201 pacientes obesos do estudo estratificados quanto ao RCV pelo ERF, 139 foram classificados como baixo risco (69,1%), 42(20,9%) com médio risco e 20(10%) com alto risco. Foi encontrado alta taxa de hipertensão (60,2%) com médias de pressão arterial média sistólica e diastólica de 140,7mmHg e 87,6mmHg, respectivamente. A prevalência de DM foi 26,4% com média de glicemia de jejum de 109 mg/dl. A média do LDL-c foi de 125,9 mg/dl. Enquanto que, as medianas para HDL-c e triglicerídeos foram de 42,5 mg/dl e 124 mg/dl, respectivamente. A taxa para tabagismo foi de 4%(n=8). Observou-se relevância estatística na correlação entre ERF numérico e glicemia de jejum (r²: 0,306 e valor de p: 0) e entre ERF numérico e relação cintura/quadril (r²: 0,250 e valor de p: 0,01). CONCLUSÃO: A obesidade, além de fator de risco independente, contribui para o estabelecimento e/ ou agravo de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares. Diante disso, fica nítido a importância de adotar medidas de prevenção primária e secundária para variáveis de risco modificáveis, como hipertensão arterial, tabagismo, sedentarismo, níveis glicêmicos e lipídicos. Houve correlação positiva entre o ERF numérico e a glicemia de jejum e a relação cintura/quadril. Palavras-chave: Obesidade. Risco cardiovascular. Prevenção.

TEMA: PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DE BEXIGA HIPERATIVA EM UM GRUPO DE MULHERES ADULTAS NA CIDADE DE SALVADOR. ALUNA: MILLY QUEIROZ DE ARAÚJO ORIENTADORA: PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JUNIOR

RESUMO

Objetivo: Verificar a prevalência da Síndrome da Bexiga Hiperativa (BH) em um grupo de mulheres na cidade de Salvador, Bahia. Adicionalmente, buscar os sintomas urinários que se apresentam em maior frequência de associação com BH. Métodos: As definições de sintomas e critérios diagnósticos adotados para BH baseou-se na International Continence Society (ICS), foi aplicado o questionário International Consultation on Incontinence Questionnaire Overactive Bladder (ICIQ-OAB) em mulheres, por demanda espontânea, em locais públicos da cidade. Resultados: 422 mulheres foram incluídas no estudo, com média de idade = 35,5 anos, 15,4% da amostra apresentou sintoma de urgência, associado ou não a outros sintomas e sem outra justificativa para o quadro. Nocturia esteve presente em 73,2% das mulheres, 10,4¨% da amostra relatou incontinência e apenas 6,6% referiu polaciúria. Dentre as mulheres que possuíam quadro compatível com BH, a taxa de associação entre os sintomas nocturia, incontinência e polaciúria foram de respectivamente 90,8%, 49,2% e 16,9%. Não foi encontrada associação entre bacteriuria assintomática ou infecção urinária prévia e BH. Conclusão: A prevalência de BH foi de 15,4% e os sintomas que mais ocorreram em associação com BH foram respectivamente, nocturia, polaciuria e incontinência, na população estudada. As elevadas taxas de prevalência de Bexiga hiperativa apontam a necessidade de um planejamento adequado para o acesso com qualidade dessas mulheres ao sistema de saúde. Palavras-chave: Epidemiologia, prevalência, doenças da Bexiga Urinária, bexiga hiperativa.

TEMA: ACURÁCIA DO PSA NO DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE PRÓSTATA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: MIRELLA FERNANDA NOSSA DOS SANTOS ORIENTADOR: PROF. RONALDO ANTUNES BARROS

RESUMO

Referência: Santos MFN. Acurácia do psa no diagnóstico de câncer de próstata: uma revisão sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. INTRODUÇÃO: O câncer de próstata é considerado uma patologia da terceira idade. Sua incidência vem aumentando no Brasil, seja devido ao aumento da expectativa de vida ou pelo aumento do rastreamento junto a novos métodos diagnósticos. Hoje o rastreamento é feito através do exame do toque digital retal, do antígeno prostático específico e da ultrassonografia transretal. O antígeno prostático específico é utilizado como uma ferramenta para o diagnóstico do câncer prostático, assim como em sua monitorização e seu controle. A triagem desta patologia com a ajuda deste antígeno trouxe certos benefícios, mas também controvérsias devido ao risco de detecção excessiva e tratamentos desnecessários. OBJETIVO: Avaliar a acurácia do antígeno prostático específico no diagnóstico de câncer de próstata. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão de literatura com artigos publicados nos últimos dez anos (2006-2016), onde as fontes acessadas foram das bases de dados PuBmed, MEDLINE, SciELO, Bireme, Cochrane e LILACS sobre o assunto antígeno prostático específico e câncer de próstata. Das 298 referências encontradas apenas 17 artigos foram selecionados pra leitura na integra e apenas 11 foram elegíveis pelo protocolo STARD. RESULTADO: Em seis artigos analisados (54,5%), foi possível observar que o valor do antígeno prostático específico total foi maior para as pessoas que tinham uma biopsia positiva para câncer de próstata. Em todos os artigos, a adição de novas variáveis e biomarcadores foram utilizadas para predizer o câncer de próstata, visando uma melhora na previsão desta patologia. Em quatro artigos (36,3%), a idade avançada, um menor tamanho da próstata e o exame do toque retal alterado foram citados como perfil da maioria dos pacientes com biópsia positiva para o câncer prostático. CONCLUSÃO: A acurácia deste exame para predizer o câncer prostático é baixa. É necessário atrelar a outras variáveis clinicas como idade, toque retal e ultrassonografia transretal, além de isoformas de antígeno prostático especifico na tentativa de aumentar a acurácia deste exame para detectar o câncer. Palavras-chave: PSA. Acurácia. Câncer de próstata.

TEMA: TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL: RELAÇÃO ENTRE A DISFUNÇÃO DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL E DO SISTEMA LÍMBICO NO PSICOPATA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: MIRNA SANTANA BRAGA ORIENTADOR: PROF. ESDRAS CABUS MOREIRA

RESUMO

Referência: Braga, Mirna. Transtorno de personalidade antissocial: relação entre a disfunção do córtex pré-frontal e do sistema límbico no Psicopata. 2016. Monografia de Medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. A Psicopatia é um transtorno de personalidade cuja característica principal é a ausência de empatia para com os outros. O indivíduo, além disso, apresenta condutas contrárias à moral e à ética vigentes. Estudos evidenciam que psicopatas possuem uma dificuldade em compreender as expressões faciais de outros indivíduos. Sedutores, compreensivos, inteligentes e perspicazes, um psicopata pode se manifestar de variadas formas positivas, basta que a situação lhe agrade. A psicopatia pode ser entendida como decorrente de fatores socioculturais, psicológicos e biológicos. Nos últimos anos, com as possibilidades de investigação abertas pelas técnicas de neuroimagem, cresceram os achados que associam alterações neurobiológicas e no funcionamento cerebral com o transtorno antissocial de personalidade, na sua forma mais extrema, aqui considerada como a psicopatia. OBJETIVO: Este artigo tem como ênfase a identificação das possíveis relações do transtorno Antissocial com alterações anatômicas e fisiológica no córtex pré-frontal e no sistema límbico. MÉTODOS: Revisão sistemática, para realização da qual foram coletadas informações a partir do banco de dados da Scielo, Lilacs e Pubmed. RESULTADOS: foram encontrados 395 artigos, dos quais apenas 11 artigos foram selecionados. O método qualitativo escolhido para avaliar os artigos foi o Strobe. Foram observadas alterações estruturais e fisiológicas nas regiões do córtex pré-frontal e sistema límbico que poderiam contribuir para a manifestação do transtorno de personalidade antissocial. DISCUSSÃO: Córtex pré-frontal ventromedial e a região da amigdala, seriam os principais responsavéis pela tomada das decisões, pelo julgamento e pelo controle da impulsividade, com isso lesões que acometesse suas estruturas poderiam levar a psicopatia. CONCLUSÃO: Com a descoberta de possíveis alterações anatômicas e fisiológicas do córtex pré-frontal e do Sistema Límbico que possam contribuir para o desenvolvimento do Transtorno de Personalidade Antissocial, podemos passar a pensar em métodos mais eficazes para diagnóstico desse transtorno e, possivelmente, tratamentos que possam amenizar ou controlar os seus sintomas. Vale ressaltar que este é um tema pouco documentado por ter uma grande dificuldade para se fazer uma investigação clínica aprofundada. Palavras-chave: Psicopatia. Transtorno de personalidade antissocial. Disfunção. Córtex pré-frontal.

TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE LÍQUEN PLANO E O VÍRUS DA HEPATITE C: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA COM METANÁLISE. NOME ALUNO: MOISES RODRIGUES ROCHA ORIENTADORA: PROFA. LILIANE ELZE FALCÃO LINS KUSTERER

RESUMO

Referência: Rocha, M. Associação entre líquen plano e o vírus da hepatite c: uma revisão integrativa da literatura com metanálises [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.

OBJETIVO – Após a identificação do Vírus da Hepatite C (HCV) muitos estudos buscaram entender a associação entre o vírus e manifestações extra-hepáticas. Algumas já foram bem esclarecidas, outras, entretanto, continuam indeterminadas, entre elas a associação do HCV como o Líquen Plano (LP). O objetivo desse estudo foi desenvolver uma revisão integrativa da literatura com metanálise para avaliar a existência de associação de infecção pelo HCV em pacientes com LP. MÉTODOS – Realizou-se uma busca nas bases de dados MEDLINE, LILACS e Cochrane, utilizando as palavras-chave “Hepatitis C” e “Lichen Planus”. Foram selecionados os resumos de estudos de caso-controle abordando a infecção de HCV em pacientes com LP. A partir daí, foram analisados os estudos que confirmavam a sorologia anti-HCV com testes confirmatórios (PCR e RIBA). Os trabalhos selecionados foram organizados em uma tabela (Tabela 2), para análise do Odds Ratio (OR), pela análise de DerSimonian-Laird, no BioEstat 5.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO – Quatorze (14) estudos foram incluídos na Tabela 2, cuja metanálise evidenciou que, em pacientes com LP, a existência de HCV é aproximadamente 3.8 vezes maior que em não portadores de LP (OR 3,81; CI 95%: 2,4466 a 5,9469; p < 0,0001). CONCLUSÃO – A presente revisão com metanálise demonstrou associação entre as duas manifestações apesar de existir na literatura estudos que apontam outros resultados. Palavras-chave: Líquen plano. HCV. Metanálise. Associação.

TEMA: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MAMOGRAFIA E ULTRASSONOGRAFIA COMO MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO E RASTREAMENTO MAMÁRIO. ALUNA: NATÁLIA REZENDE FONSECA ORIENTADOR: PROF. JOÃO RICARDO MALTEZ DE ALMEIDA

RESUMO

Introdução: O câncer de mama é o segundo tipo mais prevalente no mundo e o primeiro entre as mulheres, por conta disso, é crescente o estudo para melhorar as técnicas de rastreamento para esta neoplasia. Objetivos: Comparar a performance global da ultrassonografia com a mamografia para detecção de achados suspeitos na mama. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo com busca de dados retrospectiva. Foi realizada em uma clínica particular de referência em Salvador, Bahia. Utilizou um banco de dados anonimizado no período de 01/10/2009 até 31/10/2013. Foram estimados os valores preditivos positivos (VPP) das categorias e subcategorias do sistema BI-RADS®. Foi estimada a sensibilidade, especificidade e acurácia no contexto de rastreamento mamário dos exames de mamografia e ultrassonografia mamária. Para as análises estatísticas, usou-se os softwares SPSS, versão 19.0 e STATA, versão 12.0. Resultados: A média de idade foi de 54 anos (DP=12,59), mínima de 21 e máxima de 96 anos. A maioria das pacientes tinham ambos os exames (62,8%), sendo que aquelas que tinham apenas exames ecográficos tinham média de idade um pouco mais baixa. A mamografia, no contexto de rastreamento mamário, foi mais sensível (93%) e mais específica (37%) comparada a ultrassonografia. A classificação BI-RADS® sofreu variação em seu VPP quando comparado os dois exames, tendo a ultrassonografia mamária um valor mais fidedigno ao estabelecido pelo protocolo BI-RADS®. Houve variação do VPP na classificação BI-RADS® quando comparado a mamografia em todas as pacientes e naquelas com a densidade mamária predominantemente lipomatoso, havendo variação do VPP na classificação 5 BI-RADS® de 85,7% para 100%. Ao analisar a subcategoria 4 do BI-RADS® foi evidenciado um crescimento em relação a essa divisão. Conclusão: A mamografia foi o exame com maior sensibilidade, especificidade e acurácia no contexto de rastreamento mamário. Porém, a categorização pelo sistema BI-RADS® se mostrou mais precisa no exame de ultrassonografia mamária, tendo a maioria das classificações com o VPP de acordo com o que é estabelecido pelo protocolo do Colégio Americano de Radiologia. A mamografia demonstrou ganho da acurácia no subgrupo de mulheres com a densidade mamária predominantemente lipomatosa. A subcategoria 4 pelo protocolo BI-RADS® foi mais precisa em ambos exames, diminuindo ou aumentando a chance de malignidade. Palavras-chave: BI-RADS®. Mamografia. Ultrassonografia. Rastreamento mamário.

TEMA: RESPOSTA CLÍNICA DA ELETROESTIMULAÇÃO TRANSCUTÂNEA PARASSACRAL NO TRATAMENTO DA MICÇÃO DISFUNCIONAL. ALUNA: NATÁLIA SOUZA PAES MENDONÇA ORIENTADOR: PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JUNIOR

RESUMO

Mendonça NSP. Resposta clínica da eletroestimulação transcutânea parassacral no tratamento da micção disfuncional [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. Objetivo: avaliar a resposta clínica da eletroestimulação transcutânea parassacral (PTENS) em crianças que apresentam micção disfuncional. Métodos: trata-se de um estudo descritivo e analítico baseado em dados secundários originados de prontuários do CEDIMI. Foram considerados dados de crianças com idade maior ou igual a três anos e menor ou igual a 18, que apresentavam curva “nao-sino” na urofluxometria, e/ou resíduo pós-miccional significativo na USG e/ou DVSS elevado e não apresentavam alterações anatômicas do trato urinário ou neurológicas. A partir da análise das informações contidas no banco de dados, dezoito crianças foram diagnosticadas com micção disfuncional e tratadas com 20 sessões de PTENS, três vezes por semana durante 20 minutos, através de dois eletrodos de 3,5cm colocados ao lado de S2 e S3; associada a uroterapia. Após o tratamento, foram analisados os sintomas, o DVSS e a Escala Visual Analógica (EVA). Resultados: um total de 11 (61,1%) crianças eram meninas, sendo que a idade das crianças variou entre 3 e 14 anos (média de idade de 7,23+3,07). Antes do tratamento, 50% apresentou curva “staccato” na urofluxometria, e o restante, curva fracionada; todas apresentaram resíduo pós-miccional desprezível e a média do DVSS foi 7. Após o tratamento com PTENS, apenas sete das 18 crianças tratadas realizaram nova urofluxometria, sendo que todas apresentaram a curva “em sino”. A média do DVSS variou de 7 para 1,5 (p = 0,007). Se tornaram menos frequentes os sintomas de enurese noturna, manobras de contenção, perda sem urgência, “Giggle” e dificuldade miccional, sendo estatisticamente significante a redução do sintoma de urgência (p = 0,001), urgeincontinência (p = 0,02) e infecções do trato urinário (p = 0,001); apenas a noctúria se tornou mais frequente após o tratamento. As notas atribuídas à EVA após o tratamento variaram de 5 a 10. Conclusão: a eletroestimulação transcutânea parassacral é eficaz no tratamento da micção disfuncional ao proporcionar melhora dos sintomas miccionais, diminuição do DVSS e boa avaliação na EVA. Palavras-chave: Micção disfuncional. Eletrostimulação transcutânea parassacral. DTUI. Tratamento.

TEMA: ASSOCIAÇÃO DOS ACHADOS DE FIBROSE MIOCÁRDICA PELA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDÍACA E AS FORMAS CLÍNICAS DA DOENÇA DE CHAGAS. ALUNA: NILA CATARINA FIGUEROA GURRITI DE ASSIS ORIENTADORA: PROFA. MÁRCIA MARIA NOYA RABELO

RESUMO Introdução: Estudos sobre doença de Chagas mostram que o grau de fibrose aumenta de acordo com a evolução das formas clínicas, sendo considerado marcador de evolução e prognóstico, que viabiliza a avaliação do estágio e evolução da doença, nas diversas formas clínicas apresentadas da doença de Chagas. A ressonância nuclear magnética tem sido considerada o método não invasivo mais adequado para a detecção de fibrose além de oferecer uma ampla variedade de ferramentas para análise de alterações cardíacas estruturais. Poucos dados são disponíveis sobre a quantificação do realce tardio e a sua relação com as diversas formas de apresentação da doença de Chagas. Metodologia: Trata-se de um estudo de corte transversal, onde foram analisados 61 pacientes admitidos no ambulatório especializado em doença de Chagas do Hospital São Rafael, de janeiro 2012 até dezembro de 2013, que tiveram história clínica colhida de forma sistematizada e submetidos à realização de exames laboratoriais e ressonância nuclear magnética. A aquisição das imagens pela ressonância foi realizada em duas partes: estudo da morfologia/função ventricular e detecção de fibrose miocárdica. A fibrose foi avaliada do ponto de vista qualitativo (visual), pela presença ou ausência de realce tardio e em termos de localização e padrão apresentados; e de modo quantitativo, em valores percentuais em relação à massa total do miocárdio, utilizando-se o método de escore visual semiquantitativo. Resultados: Dos 61 pacientes portadores de doença de Chagas, 55,7% eram do sexo feminino, com uma média de idade de 58 anos com desvio de padrão ± 8,6, sendo 16 pacientes na forma indeterminada, 17 na forma cardíaca sem disfunção do ventrículo esquerdo (VE) e 28 na forma cardíaca com disfunção do VE. O realce tardio foi detectado em 38 pacientes (67,9%), estando presente em 7 na forma indeterminada, em 9 na forma cardíaca sem disfunção do VE e em 22 na forma com disfunção do VE (43,8%, 52,9%, 95,7%; P=0,001). O percentual de área acometida por fibrose foi de 9,4%(IIQ:2,15-16,0) com progressivo aumento nas diferentes formas da doença (P<0,001). Naqueles com FEVE <40% o percentual de área de fibrose foi de 14,2% (IIQ: 12,3-18,8) vs1,43% (IIQ:0-5,80), naqueles com FEVE> 40% (P<0,001). Houve moderada correlação negativa entre área de fibrose e fração de ejeção (r=-0,613; P<0,001). Conclusão: A análise dos dados revelou relação direta entre o grau de fibrose miocárdica e as manifestações clínicas na doença de Chagas. Foi possível concluir que quanto maior o grau de fibrose miocárdica mais grave é a forma clínica encontrada no paciente, sugerindo que o processo de inflamação crônico resulta em miocardite fibrosante e na piora do estágio da doença. Palavras-chave: Doença de Chagas. Cardiopatia chagásica. Fibrose. Ressonância magnética cardíaca. Realce tardio.

TEMA: O IMPACTO DA VACINA PNEUMOCÓCICA PCV10 NA MORTALIDADE POR PNEUMONIA EM CRIANÇAS MENORES DE UM ANO NO ESTADO DA BAHIA. ALUNA: PÂMELLA MARTINELLI ORIENTADORA: PROFA. ANA LUÍSA VILAS-BOAS

RESUMO Introdução: A pneumonia permanece como uma das principais causas de mortalidade infantil em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil. O Streptococcus pneumoniae é o principal agente etiológico bacteriano envolvido na pneumonia, além de causar outras patologias como sepse e meningite. Em razão da alta incidência dessas doenças e mortalidade associada, foram criadas as vacinas anti-pneumocócicas. A vacina anti-pneumocócica 10-valente (PCV10) foi introduzida no Brasil em 2010 através do Programa Nacional de Imunizações (PNI), com uma recomendação de 4 doses (2, 4 e 6 meses de idade e uma dose de reforço entre os 12 e 15 meses). Objetivo: Avaliar a mortalidade por pneumonia de crianças abaixo de 1 ano no estado da Bahia como um todo e por macrorregião após a introdução da vacina pneumocócica 10-valente (PCV10). Métodos: Estudo descritivo utilizando dados secundários obtidos através do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) do Ministério da Saúde disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população de estudo foi composta por crianças menores que um ano, o local do estudo foi o estado da Bahia e o período foi compreendido entre os anos 2007 e 2013. Foram comparadas as taxas de mortalidade por pneumonia entre os períodos pré-vacinal (2007-2009) e pós-vacinal (2011-2013). Foram calculadas as coberturas vacinais com a PCV10, as taxas de mortalidade por pneumonia por macrorregião de saúde e no estado como um todo. Os dados foram analisados no Microsoft Office Excel₢ 2013 e utilizou-se o software SPSS 20.0® (IBM SPSS Statistics for Windows, Version 20.0, Armonk, NY, USA) para realizar regressão linear para análise de tendência temporal dos coeficientes de mortalidade. Resultados: A análise dos dados revelou uma redução de 19,77% nas taxas de mortalidade por pneumonia na Bahia após a introdução da PCV10. Dentre as nove macrorregiões de saúde avaliadas no estudo, oito apresentaram um declínio nas taxas de mortalidade por pneumonia em crianças menores de um ano. As regiões que mostraram uma maior queda nessas taxas foram a Norte e a Sudoeste, com reduções de 60,74% e 47,83%, respectivamente. Na macrorregião Leste as taxas de mortalidade aumentaram em 15,53% no período pós-vacinal. A região Oeste foi a que apresentou a menor redução nessa taxa, sendo esta de 7,32%. A cobertura vacinal média com a PCV10 passou de 67,28% em 2011 para 94,17% em 2013 no estado como um todo. As regiões que apresentaram uma maior cobertura vacinal média com a PCV10 no triênio 2011-2013 foram a Oeste, com 93,91%, e a Sudoeste, com 88,96%. Conclusão: Observou-se uma redução geral nas taxas médias de mortalidade por pneumonia em crianças menores de um ano. Nas macrorregiões Norte e Sudoeste houve uma diminuição significativas nessas taxas, enquanto que na Leste se manifestou um aumento nas taxas de mortalidade. Apesar dessa redução, os efeitos da PCV10 ainda não puderam ser totalmente elucidados por conta da cobertura vacinal insuficiente. Palavras-chave: Vacinas pneumocócicas. PCV10. Pneumonia. Mortalidade infantil.

TEMA: FREQUÊNCIA DA MORTALIDADE PÓS CRANIOTOMIA DESCOMPRESSIVA POR MACRORREGIÃO NO ESTADO DA BAHIA DO PERÍODO DE 2010 A 2015. ALUNA: POLLYANA DE SANTANA SILVA ORIENTADOR: PROF. RUI NEI DE ARAÚJO

RESUMO A craniotomia descompressiva (CD) é um procedimento neurocirúrgico agressivo que visa a redução e controle da pressão intracraniana a fim de se preservar o fluxo sanguíneo do Sistema Nervoso Central (SNC). A CD consiste em uma cirurgia realizada em pacientes (com lesões intumescentes traumáticas ou não-traumáticas), mas inicialmente em estado muito grave. As taxas de mortalidade em pacientes submetidos à CD, ainda que se mantenham altas, mostram uma redução importante. No entanto, as peculiaridades regionais e estaduais delineiam perfis distintos. Para se analisar a realidade bahiana, deve-se considerar outras variáveis além da gravidade prévia da doença de base do paciente, tais como distribuição da frequência da mortalidade de acordo com macrorregião de saúde do estado da Bahia, regime e natureza de unidade de saúde e estabelecimentos de saúde que influenciam no desfecho dessas frequências. O DataSus registra um total de 222 óbitos pós-CD de 2010 a 2015 no estado da Bahia, sendo que 53,6% ocorreu na região macrorregião de saúde leste do estado da Bahia; aproximadamente 96% desse número no regime público; 89,7% em instituições de natureza estadual e quanto aos estabelecimentos de saúde observou-se que o Hospital Geral Clériston Andrade apresentou nesse período aproximadamente 19,4% dos casos, valor esse muito próximo observado no Hospital Geral do Estado com aproximadamente 18,5%.

Palavras-chave: Craniectomia descompressiva. Mortalidade. Saúde. Bahia.

TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR SEPSE NA BAHIA, 1993 A 2012. ALUNA: PRISCILA DIAS ORNELAS LAGO ORIENTADORA: PROFA. IEDA MARIA BARBOSA ALELUIA

RESUMO Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico da mortalidade por septicemia, descrever a tendência temporal do coeficiente de mortalidade e, por fim, analisar comparativamente os coeficientes de mortalidade dos extremos de faixa etária. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de série temporal, com dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), através da plataforma DATASUS. Foram analisados os óbitos por septicemia ocorridos na Bahia, no período entre 1993 e 2012. As variáveis foram número de óbitos por ano, macrorregião de saúde, raça/cor, escolaridade, sexo e faixa etária. Para a regressão linear simples e variação média anual para os extremos de faixa etária foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®). O valor de p para significância estatística considerado foi <0,05. Resultados: Foram registrados 17.804 óbitos por septicemia na Bahia, com aumento de 4,69% entre 1993 e 2012 e baixa correlação temporal. Em 1993 e em 2012, a taxa de mortalidade por septicemia foi de 7,67 e 8,03 a cada 100.000 habitantes, respectivamente. A macrorregião com maior concentração de óbitos foi a Leste, representando 31,1% e 32,38% do total do estado em 1993 e 2012, respectivamente. No quesito raça/cor, houve maior percentual de óbitos entre os pardos (40,37%), seguido do grupo com raça/cor ignorada. Não obstante as maiores taxas de mortalidade por septicemia terem sido observadas nos homens, as mulheres apresentaram tendência de ultrapassar o coeficiente de mortalidade a partir de 2012. Em relação à faixa etária, os extremos demonstraram as tendências com maior correlação temporal, sendo estatisticamente significantes. Enquanto que as crianças menores de 1 ano apresentaram uma redução de 65,84% na taxa de mortalidade por septicemia, os idosos com 80 anos ou mais apresentaram um aumento de 99,24%. Conclusões: Entre 1993 e 2012, no estado da Bahia, houve maior proporção de óbitos na macrorregião Leste, em pardos e em pessoas sem escolaridade. A tendência foi de aumento e com baixa correlação temporal. Não obstante os homens terem apresentado maiores coeficientes de mortalidade por septicemia no período estudado, as mulheres apresentaram crescimento mais rápido de seu coeficiente, com provável influência das mudanças no papel social da mulher. Os extremos de faixa etária apresentaram tendências opostas – houve queda da mortalidade entre crianças menores de 1 ano e aumento da mortalidade entre idosos com 80 anos ou mais. Foi observado o predomínio da mortalidade por septicemia em uma parcela socialmente mais vulnerável da população, o que, provavelmente, traduz o abismo socioeconômico existente na Bahia e reforça necessidade de tornar o sistema de saúde mais abrangente. Em relação à mortalidade infantil, ressalta-se a efetividade das medidas de redução da mesma e recomenda-se que atenção semelhante seja dada à saúde dos idosos, visto que este segmento ainda é vítima das falhas na assistência à saúde. Palavras-chave: Mortalidade. Septicemia. Sepse. Bahia.

TEMA: CONCORDÂNCIA INTEROBSERVADOR PARA A AVALIAÇÃO DE DEMÊNCIAS EM RESSONÂNCIAS POR ARTERIAL SPIN LABELING. ALUNO: RAFAEL ALVES DOURADO LEITE ORIENTADOR: VICTOR MASCARENHAS DE ANDRADE SOUZA CO-ORIENTADOR: DR. FREDERIK BARKHOF

RESUMO

Introdução: Diversos estudos apontam para a técnica de ASL (arterial spin labeling) como uma ferramenta promissora na avaliação de demência em grupos de pacientes. Entretanto, elevadas taxas de variabilidade entre pacientes têm dificultado o uso desta técnica em cenários individuais. Embora técnicas estatísticas possam ser utilizadas para reduzir a influência de diferentes covariáveis no fluxo sanguíneo cerebral, poucos estudos têm estudado seus impactos na análise de imagens provenientes de ASL em um nível individual. Objetivo: Avaliar se o uso de imagens de ASL corrigidas através de W-score podem ser úteis para distinguir – em nível individual – pacientes com diferentes tipos de demência clínica de pacientes de grupo controle. Materiais e métodos: Imagens perfusionais de ASL foram obtidas de 460 pacientes, que receberam posterior acompanhamento clínico por um período de pelo menos 2 anos. Deste banco de dados (the Amsterdam Dementia Cohort), 5 grupos com 12 pacientes cada foram selecionados. Os grupos consistiram de: pacientes com queixas subjetivas de memória; pacientes diagnosticados com déficit cognitivo leve que mantiveram seu diagnóstico; pacientes inicialmente diagnosticados com déficit cognitivo leve que progrediram para a doença de Alzheimer durante o período de follow-up; pacientes diagnosticados com provável doença de Alzheimer desde a admissão e pacientes diagnosticados com demência frontotemporal. Um grupo de referência com 60 pacientes saudáveis foi utilizado para construir um mapa de referência através de W-score. As imagens individuais dos pacientes – corrigidas para as covariáveis de idade e gênero – foram avaliadas separadamente por uma equipe de 3 neurorradiologistas e uma concordância interobservador foi mensurada para avaliar o impacto da adição destas imagens perfusionais à avaliação pura das imagens estruturais. A sensibilidade e a especificidade do método também foram calculadas. Resultados: As médias de sensibilidade e especificidade obtidas pelos avaliadores com a análise pura das imagens estruturais (S = 52,8% e E = 83,3% para o diagnóstico de DA; S = 44,4% e E = 88,9% para o diagnóstico de DFT) foram superiores à avaliação conjunta com as imagens perfusionais (S = 36,1% e E = 81,2% para DA; S = 41,7% e E = 84,0% para DFT). As taxas de concordância também foram inferiores após a adição do ASL na avaliação dos pacientes (k = 0,318; 0,435 e 0,352 contra k = 0,206; 0,325 e 0,072). Conclusão: O estudo não foi capaz de mostrar o ASL como uma ferramenta útil na avaliação individual de pacientes com demência. Palavras-chave: Demência; Doença de Alzheimer; Demência frontotemporal; Imagem por Ressonância Magnética.

TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS EM IDOSOS NO ESTADO DA BAHIA DE 2010 A 2015. ALUNO: RAFAEL BORGES LOBÃO ORIENTADOR: PROF. SERGIO LACERDA BARROS DA CRUZ

RESUMO

Lobão, RBL, Borges. Perfil epidemiológico da AIDS em idosos no estado da Bahia de 2010 a 2015. [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. O número de casos de idosos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e, consequentemente, com progressão para a síndrome da imunodeficiência humana (AIDS) representa um fenômeno emergente e de caráter global cuja ocorrência está ligada a peculiaridades de cada região. Assim, o presente estudo propõe-se a estudar a AIDS na população idosa com idade acima de 60 anos do estado da Bahia de 2010 a 2015.Deste modo, foi realizado um estudo descritivo observacional com dados secundários e agregados de uma série temporal, foram utilizados dados sobre AIDS disponibilizados na base de dados do sistema de informação de notificação de agravo (SINAN) aliados a dados populacionais coletados da base do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE para os anos selecionados para o estudo. Através deste estudo obteve-se um aumento no número de casos ao longo dos anos com 575 casos notificados nesses anos, uma progressão na prevalência dos casos nessa população ao longo dos anos, com uma maior prevalência na população masculina – cerca de 15,45 para cada 100.00 idosos-, uma faixa etária mais prevalente entre 60 e 69 anos, a população mais atingida em um perfil de escolaridade baixo com uma proporção de 9,7% de analfabetos e 33,2% com ensino fundamental incompleto -representando 56 e 191 casos respectivamente , a macrorregião do estado mais atingida foi a macrorregião Leste com 287 casos em uma proporção de 49,9% dos casos, a categoria de exposição mais encontrada foi a heterossexual com 394 casos notificados que cerca de 69,5%. Por fim, foi vista a taxa de mortalidade nessa população em que pode se notar o aumento da taxa – 0,34 em 2010 para 1,15 em 2015 a cada 100.000 habitantes. Através da análise mais sucinta desses dados chegou-se à conclusão de que o perfil da AIDS na Bahia obedece, na maioria das categorias, a tendência da epidemiologia em outros estados e faixas etárias: heterossexualização, feminização, interiorização e aumento nos grupos de baixa escolaridade. Palavras-chave: Síndrome de Imunodeficiência adquirida. HIV-1. Idosos. Epidemiologia.

TEMA: AVALIAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS EM MUCOSA ORAL NA PSORÍASE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: RAFAELA CARNEIRO DONADONE ORIENTADOR: PROF. ENIO RIBEIRO MAYNARD BARRETO

RESUMO

Referência: Donadone RC. Avaliação das manifestações dermatológicas em mucosa oral na psoríase: uma revisão sistemática. [trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. INTRODUÇÃO: As doenças dermatológicas não são somente representadas pelas lesões que afetam a pele, mas, também, por doenças que envolvem as mucosas, dentre elas a mucosa oral. A psoríase é uma doença dermatológica relativamente comum, crônica, não contagiosa e de característica cíclica, que pode se apresentar com lesões na cavidade oral. OBJETIVO: Avaliar a frequência das manifestações orais em pacientes com Psoríase, considerando-se a localização e as características clínicas das lesões encontradas nos estudos. Diante das muitas doenças que se apresentam na cavidade oral, o conhecimento dessas patologias pelo médico e pelo cirurgião-dentista é de fundamental importância, pois seu diagnóstico precoce pode direcionar o tratamento adequado. MÉTODOS: Para tanto, foram realizadas buscas nas bases bibliográficas — PubMed, Web of Science, Scielo e LILACS, sendo selecionados artigos relacionados a doenças dermatológicas e suas lesões orais, publicados entre 2006 e 2016, escritos em português, inglês ou espanhol. Para a pesquisa as palavras chaves utilizadas foram “psoríase”, “lesões em mucosa” e “mucosa oral”, esperando identificar e classificar as formas de apresentação clínica em mucosas dentro do amplo espectro da doença psoríase. RESULTADOS: A maioria dos artigos utilizados nesta revisão apontaram a língua geográfica e língua “plicata” como as manifestacões orais que mais se relacionam com a psoríase. CONCLUSÃO: Apesar de serem necessários maiores estudos para determinar a fisiopatologia desta correlação, os resultados concluíram que já se pode afirmar a existência de correlação entre Psoríase e manifestações na mucosa oral. Palavras-Chave: Psoríase. Mucosa oral. Manifestações dermatológicas.

TEMA: INFLUÊNCIA DA COR DE PELE E DA ESCOLARIDADE DO CHEFE DA FAMÍLIA NO DIAGNÓSTICO DE BEXIGA HIPERATIVA EM ESCOLARES DA CIDADE DE SALVADOR – BA. ALUNA: RAFAELLA RABELO MACÊDO ORIENTADOR: PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JUNIOR

RESUMO Introdução: A bexiga hiperativa figura como a disfunção do trato urinário inferior (DTUI) mais comum em crianças na atualidade. Por ser um problema ocasionado na fase de armazenamento vesical, seus sintomas mais comuns são urgência e/ou incontinência urinária, além do aumento da frequência miccional diária. A literatura brasileira ainda é escassa em relação a associação entre bexiga hiperativa e fatores importantes, como a cor de pele das crianças e o nível de instrução de seus pais, que, em um país miscigenado, podem ter implicações no diagnóstico e no manejo da doença. Objetivos: Analisar a associação entre a ocorrência de bexiga hiperativa em escolares, sua etnia referida (cor) e o grau de escolaridade do chefe da família, na cidade de Salvador, no período de Fevereiro e Março de 2014, descrevendo também seu perfil. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, analítico, de corte transversal, utilizando banco de dados de estudo primário do centro de distúrbios miccionais da infância (CEDIMI), na cidade de Salvador – Bahia, no período de Fevereiro a Março de 2014. As variáveis analisadas foram sexo, faixa etária, bexiga hiperativa, cor de pele das crianças e nível de escolaridade do chefe da família. Os dados foram analisados de forma descritiva e através de cálculos estatísticos utilizando sistema de dados SPSS e cálculo do qui-quadrado, sendo os resultados significantes quando o valor de P foi menor que 0,05. Os resultados foram expressos em tabelas. Resultados: Do total de 424 crianças analisadas, mediana de 10 anos de idade, 171 delas possuíam bexiga hiperativa (40,4%). 90 eram meninas (52,6%), com média de idade de 9,29 anos. 81 eram meninos (47,4%), com média de idade de 8,99 anos. Quanto a cor de pele, de 168 questionários válidos, três eram brancas (1,8%), 63 eram pretas (37,5%), quatro eram amarelas (2,4%), 95 eram pardas (56,5%) e três eram indígenas (1,8%). Quanto à escolaridade dos pais, de 167 questionários válidos, um era analfabeto (0,6%), 46 possuíam ensino fundamental incompleto (27,5%), 25 ensino fundamental completo (15%), 22 ensino médio incompleto (13,2%), 62 ensino médio completo (37,1%), dois nível superior incompleto (1,2%), oito ensino superior completo (4,8%), um mestrado completo (0,6%) e nenhum tinha doutorado completo. Foi encontrada significância estatística entre bexiga hiperativa e nível de escolaridade dos pais (p=0,011). Não foi encontrada significância estatística entre bexiga hiperativa e cor de pele (p=0,122). Conclusão: Através desse estudo foi verificado que houve associação entre o grau de escolaridade do chefe da família e os sintomas de bexiga hiperativa nos filhos. A cor de pele não se associou a bexiga hiperativa. Palavras-chave: Bexiga hiperativa, escolaridade, cor de pele, DTUI.

TEMA: INCIDÊNCIA DE HIPERGLICEMIA NO PERIOPERATÓRIO DE PACIENTES ADULTOS SUBMETIDOS À RESSECÇÃO DE TUMOR CEREBRAL. ALUNO: RODRIGO RAMOS ANDRADE SANTOS ORIENTADOR: DR RODRIGO LEAL ALVES

RESUMO

A incidência de tumores cerebrais malignos nos Estados Unidos é de cerca de 7,19 por 100000 habitantes. As neoplasias cerebrais podem ser classificados como primários ou metástases, benignos ou malignos, localização e tipo histológico. Em adultos, os tumores cerebrais mais comuns são os meningiomas, entre os benignos, e os glioblastomas, entre os malignos. A avaliação inicial do doente consiste no exame neurológico detalhado associado a exames de imagem. A cirurgia é a base do tratamento dos tumores cerebrais, podendo ser curativa, paliativa ou apenas para a realização de confirmação diagnóstica do tipo histológico e guiar a terapêutica complementar. O achado de hiperglicemia em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de grande porte, diabéticos ou não, era tido como uma resposta fisiológica e adaptativa ao estresse. A técnica anestésica utilizada, a localização da cirurgia, o porte cirúrgico e a duração da cirurgia irão determinar o grau de resposta neuro-endócrina-metabólica ao estresse cirúrgico, que modula a liberação de insulina e o nível de resistência periférica à insulina, fatores determinantes no controle glicêmico e ligados a complicações pós-operatórias bem como a pacientes em estado crítico. OBJETIVOS: Analisar a frequência de hiperglicemia no perioperatório (intra-operatório e nas primeiras vinte quatro horas do pós-operatório) de pacientes submetidos à neurocirurgia eletiva para ressecção de tumor cerebral, no Hospital São Rafael da cidade de Salvador-BA, no período de 2011 a 2015. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo utilizando dados secundários obtidos a partir da revisão de prontuários de pacientes adultos com tumor cerebral submetidos à neurocirurgia eletiva para ressecção de tumores nos últimos cinco anos no hospital São Rafael. Após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa Médica da instituição, uma ficha padronizada foi empregada para coleta de dados do período perioperatório. Foram incluídos os indivíduos adultos (maiores de 18 anos) que tinham sido submetidos à neurocirurgia eletiva para ressecção de tumores cerebrais, e que foram submetidos à dosagem de glicemia no perioperatório. Foram excluídos do estudo os pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus, submetidos a cirurgias em caráter de urgência e aqueles sem dados de prontuário disponíveis. RESULTADOS: Foram incluídos na análise 300 pacientes. A mediana de idade foi de 46 anos, variando entre 34 e 58 anos, sendo 41% dos pacientes do sexo masculino. Mais da metade dos pacientes (73%) apresentaram valores de glicemia pós-operatórios acima de 150mg/dL, e 24% acima de 200mg/dL. A frequência de infecções no pós-operatório 12,7%, e 6% dos pacientes necessitaram ventilação mecânica prolongada (por mais de 12 horas). 3% dos pacientes foram a óbito. Nenhum paciente apresentou hipoglicemia como complicação pós-operatória. CONCLUSÃO: Neste estudo foi demonstrada uma incidência elevada de hiperglicemia. O trauma cirúrgico é um fator relevante na ocorrência de hiperglicemia no perioperatório. Entre outros fatores, estão presentes o uso de corticoides no pré-operatório, localização da cirurgia, porte cirúrgico, duração da cirurgia. Palavras-chave: Hiperglicemia. Neurocirurgia. Neoplasias.

TEMA: HABILIDADE DOS MÉDICOS EMERGENCISTAS PARA ADOÇÃO DA TERAPIA TROMBOLÍTICA NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM HOSPITAL PÚBLICO DE SALVADOR/BA. ALUNO: RONNY ERISON FIGUEIREDO FERREIRA ORIENTADOR: PROF. LUÍS CLÁUDIO LEMOS CORREIA CO-ORIENTADOR: SR. FELIPE KALIL

RESUMO

Introdução: Esta pesquisa quantitativa objetiva analisar as dificuldades e os riscos que os profissionais médicos alegam para a utilização ou não de trombolíticos diante de casos clínicos sugestivos de infarto agudo do miocárdio. Diante do alarmante número de doenças cardiovasculares que acomete a população brasileira e o impacto que os tratamentos clínicos disponíveis trazem para diminuição do número de óbitos e melhora na qualidade de vida, tem-se que a análise sobre a capacidade e segurança na utilização das drogas disponíveis para coronariopatias é essencial para que seja feito um atendimento eficaz por parte do médico. Considerando que a indicação da trombólise coronariana é um procedimento que deve ser conhecido por qualquer profissional médico, ou seja, independe de residência médica ou especialização específica, este estudo busca refletir sobre os principais pontos expostos pelos profissionais que dificultam a colocação de tal técnica em prática, sejam eles relacionados a capacitação, riscos oferecidos pelo tratamento ou infraestrutura oferecida na emergência. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de corte transversal com abordagem quantitativa, com dados obtidos por meio de um questionário aplicado aos profissionais médicos do Hospital Geral Ernesto Simões Filho de Salvador/BA. As variáveis do estudo foram: sexo, idade, ano de formação, residência ou especialização, habilidade em reconhecer infarto agudo do miocárdio, capacidade em realizar trombólise, realização da trombólise e dificuldades encontradas na administração dos trombolíticos. Os dados foram apresentados com o auxílio de gráficos. Resultados: Dos 19 participantes do estudo, a maioria possuía alguma residência ou especialização, com média de formação de 10 anos. Apenas 5% consideraram possuir uma habilidade ruim na interpretação do eletrocardiograma, porém somente 58% sentem-se aptos para realizar a trombólise. O principal motivo apontado para a não administração da droga trombolítica foi a sua indisponibilidade no serviço. Conclusão: A terapia trombolítica, apesar de toda sua importância clínica, é uma intervenção que encontra barreiras importantes para ser adotada no serviço público, sejam elas relacionadas a indisponibilidade da droga, estrutura hospitalar adequada ou questões técnicas do procedimento. Palavras-chave: Doenças Cardiovasculares. Infarto do Miocárdio. Terapia Trombolítica.

TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE USO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ESTIMULANTES, QUALIDADE DO SONO, E RENDIMENTO ACADÊMICO. ALUNO: SANDRO DE CARVALHO OLIVEIRA ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO

RESUMO

Oliveira SC. Associação entre uso de substâncias químicas estimulantes, qualidade do sono e rendimento acadêmico. Trabalho de conclusão de curso da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador. 2016. Introdução: O sono é um estado fisiológico, cíclico, reversível, com modificações de motricidade, sensibilidade, consciência, entre outros. Este, determina um ritmo circadiano, que estão na dependência de mediadores químicos para funcionar corretamente. A atividade de áreas cerebrais relacionadas com o sono apresenta relações com outras áreas, para que seja determinado o sono ou a vigília. Isso é modificado quando ingerimos substâncias químicas ou fármacos, que contém os mediadores químicos responsáveis pelo bloqueio a nível de receptores celulares nessas áreas cerebrais relacionadas ao sono. Objetivos: Avaliar a associação entre o uso de substâncias químicas pelos estudantes de medicina, a sua qualidade do sono e o rendimento acadêmico. Metodologia: Trata-se de um estudo corte transversal, no qual incluiu estudantes de medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, maiores de 18 anos de idade, que não tenham doença neurológica e estejam em tratamento de distúrbios do sono. As variáveis estudadas foram: idade, sexo, cor, peso, altura, características da qualidade de sono, sonolência diurna excessiva, uso de substâncias químicas estimulantes, rendimento acadêmico. Para análise estatística, os questionários foram validados pelo programa SPSS. A amostra total desse estudo consistiu em 301 alunos de medicina, do 2º ano ao 6º ano do curso de medicina. Resultados: Os alunos de medicina que utilizam substâncias químicas estimulantes começaram o uso bem cedo, como aponta os resultados desse estudo que indica um tempo médio de 5 anos para frequência de bebidas alcoólicas. Revela também o uso frequente de bebidas cafeínadas, bem como de energéticos com o objetivo de conseguir um bom rendimento acadêmico. Disso foi possível observar que muitos deles referiram qualidade de sono comprometida. Apesar do uso pouco frequente de drogas ilícitas, substâncias indutoras do sono e do habito de tabagismo foi possível uma associação entre uso de drogas ilícitas e desempenho acadêmico referido através do questionário. Conclusão: É possível que com o desenvolvimento de mais estudos na área, exista a probabilidade de discussão mais ampla sobre o desenvolvimento de problemas futuros na saúde, como depressão, insônia e outros relacionados, para esses estudantes que utilizam substâncias químicas estimulantes para melhorar seu rendimento acadêmico. Palavras-chave: Distúrbios do sono, drogas ilícitas, álcool, cafeína.

TEMA: AVALIAÇÃO DE UM MARCADOR IMUNOISTOQUÍMICO NO PROGNÓSTICO DO MELANOMA CUTÂNEO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: SANDY HÉLLEN MATOS ROCHA ORIENTADOR: PROF. VICTOR LUÍS CORREIA NUNES

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ROCHA, S.H.M.; NUNES, V.L.C. Avaliação de um marcador imunoistoquímico no prognóstico do melanoma cutâneo: uma revisão sistemática. Trabalho de conclusão de curso de graduação (Medicina). Salvador: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2016. Introdução: O melanoma cutâneo é a principal doença fatal originada na pele, embora seja a menos frequente, constituindo cerca de 4% das neoplasias desse órgão. Diante disso, e do seu grande potencial metastático, estudos mostram a importância de marcadores de proliferação celular no prognóstico dessa neoplasia. A contagem simples de figuras de mitoses é um deles, sendo do tipo avaliador-dependente e menos sensível quando comparado a técnicas imunoistoquímicas, como, por exemplo, o marcador Ki-67, antígeno nuclear que marca a célula em todas as fases do ciclo celular, exceto em G0. Objetivos: O objetivo foi avaliar a efetividade do marcador imunoistoquímico Ki-67 no prognóstico do melanoma cutâneo, comparando sua importância com outros fatores conhecidos, a exemplo da contagem simples de figuras de mitose. Metodologia: O presente estudo corresponde a uma revisão sistemática de literatura que selecionou artigos originais do tipo observacionais que compararam a contagem simples de figuras de mitose no melanoma cutâneo com a determinação do índice proliferativo pelo percentual de células positivas para Ki-67 por imunoistoquímica. Resultados: A análise e leitura dos artigos diante dos critérios de inclusão e exclusão, bem como o estabelecimento prévio de um nota no STROBE acima de 70% tornou possível selecionar apenas 03 artigos. Todos os estudos são do tipo Coorte, que no total incluem 751 pacientes entre homens e mulheres com diferentes tipos de melanoma. Conclusão: Houve associação do marcador imunoistoquímico Ki-67 com o prognóstico do melanoma cutâneo, de modo que este foi superior aos outros marcadores analisados, principalmente em melanomas nodulares ou de maior espessura. Palavras-chave: Melanoma. Prognóstico. Revisão sistemática.

TEMA: INDISPONIBILIDADE DA PENICILINA BENZATINA EM FARMÁCIAS COMERCIAIS EM SALVADOR – REFLEXÕES SOBRE POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS. ALUNA: TAIANE BRITO ARAUJO ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES

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Araujo TB, Menezes MS. Indisponibilidade da penicilina como causa de não adesão à profilaxia da febre reumática e sífilis congênita. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Curso de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2016. Introdução: A penicilina G benzatina (PGB) continua sendo o medicamento de primeira escolha para o tratamento e profilaxia da Febre Reumática (FR), bem como suas complicações, a exemplo da Doença Reumática Crônica do Coração (DRCC). O mesmo pode ser aplicado para sífilis, especialmente sífilis congênita, na qual a penicilina é a única droga indicada para as gestantes. Objetivo: Avaliar a disponibilidade da PGB em farmácias comerciais na cidade de Salvador (Bahia), descrever o valor médio gasto pela população na compra da PGB, verificar se as farmácias exigem a prescrição médica e verificar se as farmácias realizam aplicação da PGB. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, em dois tempos, no qual se identificou a disponibilidade de penicilina benzatina nas farmácias comerciais da cidade de Salvador, Bahia, nos anos de 2014 e 2016. O estudo foi aprovado pelo Conselho de Ética e Pesquisa (CEP) da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) cujo número do parecer é 626.357. Resultados: A PGB estava disponível para venda em 9% das farmácias em 2014 e em 48% no ano de 2016. Quanto ao preço, em 2014 a PGB apresentou um valor médio de 11,61 reais (DP = 2,16) e em 2016, 12,85 reais (DP = 2,64). A prescrição médica não foi exigida para a compra da PGB em 3% e 8% dos estabelecimentos em 2014 e em 2016 respectivamente. Em relação a aplicação do medicamento, 76% apresentavam para venda a agulha 30x8 necessária para a aplicação da PGB em 2014 e 67% em 2016, no entanto, apenas 6% das farmácias afirmaram realizar a aplicação da mesma em seus estabelecimentos em 2014 e 1,3% em 2016. Conclusão: O presente estudo demonstrou dificuldade de acesso tanto para compra como para aplicação da PGB em Salvador no período estudado. Dessa maneira, torna-se infactível para a população seguir os protocolos de tratamento e profilaxia para sífilis e febre reumática, o que aumenta os riscos de complicações como neurossífilis e DRCC respectivamente. Palavras-chave: Febre Reumática; Sífilis; Penicilina G; Antibioticoprofilaxia; Prevenção de doenças.

TEMA: AVALIAÇÃO DO EXAME CITOPATOLÓGICO DO COLO UTERINO EM MULHERES INFECTADAS PELO HTLV-1. ALUNA: TAIANE SILVA PAIXÃO ORIENTADORA: PROFA. MARIA FERNANDA RIOS GRASSI CO-ORIENTADOR: SR. ALISSON DE AQUINO FIRMINO

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Referência: Paixão, TS. Avaliação do exame citopatológico do colo uterino em mulheres infectadas pelo HTLV-1 [trabalho de conclusão de curso]. Salvador. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. Introdução: O vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) é uma doença sexualmente transmissível, sendo endêmico em algumas regiões do Brasil, a exemplo de Salvador-Ba. A infecção atinge principalmente mulheres e sua prevalência aumenta com a idade. A associação entre o HTLV-1 e alterações dos exames citopatológicos cervicais de mulheres infectadas tem sido pouco avaliada e não há consenso sobre a relação entre o desenvolvimento de neoplasia cervical e a infecção pelo HTLV-1. Objetivo: Avaliar as principais alterações citopatológicas cervicais em portadoras de HTLV-1, comparando-as com mulheres não infectadas. Metodologia: Foram avaliadas 79 mulheres infectadas pelo HTLV-1 selecionadas no Centro Integrativo e Multidisciplinar de Atendimento ao Portador de HTLV, na cidade de Salvador-Ba, Brasil. Um grupo controle (76 mulheres não infectadas pelo HTLV-1) foi selecionado nos ambulatórios de Ginecologia do ADAB e UFBA. Os critérios de inclusão foram vida sexual ativa e infecção pelo HTLV-1 (Elisa e confirmada por Western Blot). Foram excluídas aquelas vacinadas para HPV, gestantes, pacientes em quimioterapia, radioterapia ou corticoterapia ou com patologias do sistema imune, submetidas à histerectomia total, infecção pelo HIV e menores de 18 anos. Amostra citopatológica cervical foi coletada durante exame ginecológico utilizando uma espátula de Ayres e escova endocervical. Resultados: Não houve diferenças significativas no perfil sociodemográfico entre os grupos infectados pelo HTLV-1 e controle, não infectados. As mulheres infectadas pelo HTLV-1 tinham menor frequência de relações sexuais (0,47%) e menor número de parceiros nos últimos seis meses (0,52%) que as do grupo não infectado (1,47% e 0,82 %, respectivamente), (p < 0.0001 e p= 0,0009). O número de parceiros sexuais na vida foi maior para o grupo infectado pelo HTLV-1 (4,91) comparado com as mulheres não infectadas (2,55), mas sem diferença estatística. O número de mulheres com alterações citopatológicas foi semelhante entre os grupos infectado pelo HTLV-1e o grupo controle, três em cada. As alterações encontradas nas mulheres portadoras do HTLV-1 foram ASC-US, LSIL e HSIL, enquanto no grupo com sorologia negativa para HTLV-1 duas apresentavam LSIL e uma ASC-US (p=0,96). Conclusão: Não houve diferença na proporção de alterações nos exames citopatológicos do colo uterino em mulheres infectadas, ou não, pelo HTLV-1. Palavras-chaves: HTLV-1; Citopatologia; Ginecologia.

TEMA: ACURÁCIA DO EXAME DIGITAL RETAL NA IDENTIFICAÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: THAÍNE SANTOS RAMOS E PEREIRA ORIENTADOR: PROF. RONALDO ANTUNES BARROS

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Referência: Pereira TSR. Acurácia do Exame Digital Retal na identificação do câncer de próstata: uma revisão sistemática [monografia]. Bahia: Escola de Medicina; Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016. INTRODUÇÃO: O câncer de próstata é o segundo tipo de doença maligna que mais acomete homens e é considerado uma doença de terceira idade. A incidência deste câncer vêm aumentando no Brasil e isto pode ser atribuído ao aumento da expectativa de vida, ao maior acesso aos métodos diagnósticos e ao incentivo para o screening populacional. O aumento na incidência desta doença, o incentivo ao rastreio precoce e o não consenso entre as instituições mundiais a respeito do método mais acurado para a detecção do câncer de próstata aumentam os gastos em saúde. Esta revisão sistemática de literatura se estabelece na tentativa de contribuir para o preenchimento destas lacunas. OBJETIVO: Avaliar a acurácia do exame digital retal na identificação do câncer de próstata. METODOLOGIA: Foi realizada busca ativa de artigos nas bases de dados PubMed, Medline, SciELO, Bireme/Lilacs e Cochrane dos últimos 10 anos (2006-2016) ou trabalhos mais antigos, porém relevantes para esta revisão. Foram incluídos na busca trabalhos de revisão sistemática, metanálises, estudos controlados, aleatórios, duplamente encobertos, estudos Coorte e caso controle. Dos 338 trabalhos encontrados, 15 foram selecionados para serem analisados na íntegra, baseado no protocolo STARD e, destes, oito foram considerados elegíveis. RESULTADOS: Os valores de sensibilidade variaram de 23,0% a 66,7%; os de especificidade, de 81,57% a 96,6%; os valores preditivos positivos variaram de 17,8% a 67,0%; e os valores preditivos negativos variaram de 73,4% a 95,2%. Três trabalhos descreveram outros diagnósticos além dos de câncer de próstata, sendo bastante prevalente a hiperplasia prostática benigna. As populações estudadas tinham idade média superior a 60 anos e eram pertencentes à diversas etnias. Quatro estudos (50%) concordaram que a acurácia do exame digital retal é mais aprimorada quando somado aos valores de PSA. CONCLUSÃO: A partir da análise dos resultados, pôde-se concluir que o exame digital retal tem boa especificidade e média a baixa sensibilidade. Faz-se necessária a conjugação do exame digital retal com outras informações, como idade, comorbidades, etnia e outros métodos diagnósticos, principalmente os valores de PSA, para a suspeição de câncer de próstata mais acurada e segura. Palavras-chave: toque retal/exame digital retal; acurácia; câncer de próstata.

TEMA: O ENSINO DAS HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO NA GRADUAÇÃO MÉDICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. ALUNA: THAIRA GUIMARÃES DINIZ ORIENTADORA: PROFA. MÔNICA DA CUNHA OLIVEIRA

RESUMO

Referência: DINIZ, TG. O ensino das habilidades de comunicação na graduação médica: uma revisão integrativa. [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. Introdução: A interação humana existente na relação desenvolvida pelo médico e seu paciente alicerça a prática médica, e o desenvolvimento das habilidades de comunicação fundamenta não só a assistência ao paciente como à sua família. Levando-se em conta a escassez de conhecimento de estratégias de comunicação por parte dos profissionais de saúde faz-se necessário o ensino destas habilidades durante a graduação. Objetivo: O presente trabalho objetiva identificar quais as estratégias utilizadas pelas escolas de medicina do Brasil para o ensino das habilidades de comunicação em saúde, bem como caracterizar quais os métodos de avaliação do ensino destas habilidades estão sendo utilizados nas escolas de medicina. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de artigos publicados nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), em português, inglês e espanhol, entre os anos de 2010 a 2016. Os artigos coletados, após aplicação dos critérios estabelecidos, foram avaliados quanto à sua qualidade metodológica com o Strengthening the Reporting of Observational studies in Epidemiology (STROBE). Resultados: Dentre as publicações selecionadas, um estudo tratou do exame clínico objetivo estruturado (OSCE), um discorreu sobre a dramatização enquanto metodologia de ensino e dois abordaram a inserção do graduando no cenário de prática. Conclusão: O ensino das habilidades de comunicação nas escolas médicas do Brasil vem ocorrendo de forma paulatina, em momentos pontuais da graduação. Além disso, não existem muitos trabalhos publicados referentes às experiências de aplicação de estratégias de ensino da comunicação com qualidade metodológica aceitável para apreciação e reprodução da experiência. A existência de uma comunicação eficiente propicia melhor identificação dos problemas do paciente, maior adesão ao tratamento, inclusão do paciente no processo de definição de tratamento, entre outros benefícios. Palavras-chave: Educação de Graduação em Medicina. Comunicação em Saúde. Relações Médico-Paciente. Educação Médica.

TEMA: HEMODINÂMICA E LACTATO ARTERIAL DE PACIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA. ALUNA: THAÍS DE PASSOS PACHECO ORIENTADOR: PROF. PAULO BENIGNO PENA BATISTA

RESUMO

Referência: Pacheco TP. Hemodinâmica e lactato arterial de pacientes em Terapia Renal Substitutiva [trabalho de conclusão de curso]. Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. INTRODUÇÃO: A Lesão Renal Aguda é uma das principais causas de morte na UTI e está implicada na piora prognóstica de pacientes renais crônicos. A sepse é uma das principais causas de LRA, associada ao aumento de morbi-mortalidade e maior severidade do quadro. O procedimento dialítico, desenhado para controle metabólico de LRA e DRC, possui efeitos benéficos, influindo em marcadores como ureia e creatinina. Existe uma associação entre estabilidade/redução de lactato nas primeiras 24 horas do início da diálise e risco de morte. Um dos objetivos do estudo é saber se existe influência do procedimento dialítico na ascensão/decaimento de lactato dos pacientes que foram à óbito e se é possível quantificá-lo por teste diagnóstico, para estabelecermos se o lactato durante a TRS pode ser um preditor de mortalidade. A diálise também possui efeitos colaterais, sendo hipotensão intra-dialítica o mais comum. Mas de que forma o procedimento dialítico influencia na evolução hemodinâmica desses pacientes? MÉTODOS: Estudo observacional retrospectivo com 98 pacientes que necessitaram de TRS admitidos na UTI de hospital geral entre julho de 2015 e julho de 2016. Variáveis independentes: diagnóstico na admissão; APACHE II; número de insuficiências orgânicas na admissão e pré-diálise; estágio DRC; estádio LRA pré-diálise (critério KDIGO); uso de DVA, lactato arterial, FC, PAS, PAD e PAM da admissão, pré-diálise, pós-diálise e pré-desfecho. Desfechos avaliados: óbito ou alta da UTI. Foi utilizada área sob Curva ROC para avaliar capacidade da avaliação da variação do lactato arterial em discriminar a mortalidade desses pacientes. RESULTADOS: O perfil da amostra foi: LRA não sobreposta a DRC, KDIGO 3, sexo masculino, idade > 65 anos, APACHE II = 33, pós-operados, CCVHDF, óbito. A análise mostrou que pacientes em CCVHDF ou com LRA morrem mais que pacientes em diálise intermitente ou com DRC dialítica. Observou-se maior demanda de DVA, aumento de FC e redução de PAM após aquisição de LRA e significância para DVA, PAS, PAD e PAM na comparação dos três grupos após início da diálise. Na análise da curva ROC, não houve relação estatisticamente significante entre a variação de lactato pós-diálise/pré-diálise e óbito. CONCLUSÃO: A Lesão Renal Aguda associa-se à piora hemodinâmica e o procedimento dialítico está implicado na diferenciação da hemodinâmica de pacientes com LRA e DRC. A variação de lactato arterial durante a diálise não foi um bom preditor de mortalidade. Palavras-chave: Lesão Renal Aguda; Doença Renal Crônica; lactato; diálise; hemodinâmica.

TEMA: USO DE ULTRASSONOGRAFIA PULMONAR EM PACIENTE CRITICO – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: THAIS SILVA BATISTA ORIENTADORA: PROFA. IEDA MARIA BARBOSA ALELUIA

CO-ORIENTADORA: PROFA. DRA. GARDÊNIA MARIA PARAGUASSU

RESUMO Introdução: Admite-se como paciente critico àquele que apresenta condições clinicas frágeis e, portanto, necessita de cuidados imediatos. No que diz respeito a patologias pulmonares nesses pacientes, é de suma importância, para a elucidação diagnostica, um exame de imagem complementar ao exame clinico. Esses exames tradicionalmente são a radiografia de tórax e tomografia computadorizada. Com o avanço tecnológico surge a possibilidade de um terceiro método imaginologico com essa mesma finalidade: a ultrassonografia pulmonar. Objetivo: Avaliar a acurácia da ultrassonografia como método diagnostico de afecções pulmonares em pacientes críticos. Metodologia: Revisão sistemática de literatura através das fontes de dados eletrônicas PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde/BVS (LILACS E MEDLINE). Os descritores utilizados foram: “ultrassonografia”, “pulmao” e “paciente crítico” em portugues, ingles e espanhol. Resultados: O presente trabalho analisou estudos transversais observacionais que avaliaram um amostral total de 214 paciente com duas patologias pulmonares principais: edema pulmonar e pneumonia aguda. Em todos os estudos a ultrassonografia pulmonar foi comparada a outro método imaginologico já utilizado no local de estudo, radiografia de tórax ou tomografia computadorizada de tórax. Ainda houve a comparação com um método diagnostico invansivo de edema pulmonar. No que diz respeito ao diagnóstico de edema pulmonar a ultrassonografia demostrou uma equivalência diagnostica com a tomografia computadorizada em um estudo apresentando uma sensibilidade de 94% e especificidade de 100%. Em outro estudo, quando comparada ao método diagnostico invansivo, apresentou sensibilidade de 92,1% e especificidade de 91,7%. Vale ressaltar que nesse estudo a radiografia foi considerada imprecisa quando comparada a ultrassonografia. Em relação a pneumonia aguda, a ultrassonografia obteve uma sensibilidade de 95% em comparação a 60% da radiografia de tórax. Conclusão: A ultrassonografia é um método imaginologico de boa acurácia, vantajoso em relação a radiografia de tórax e, portanto, possível de ser aplicado no cenário do doente crítico. Palavras-chave: Ultrassonografia. Pulmão. Doente crítico.

TEMA: REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA SOBRE FÉ, ESPIRITUALIDADE E QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE ONCOLÓGICO. ALUNO: THALES VIEIRA LIMA ORIENTADORA: PROFA. KATIA NUNES SÁ

RESUMO

Objetivo do estudo: O objetivo deste estudo é analisar a influência da abordagem espiritual no tratamento do paciente oncológico e suas repercussões na qualidade de vida. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura que se propõe a levantar e analisar artigos observacionais, obtidos nas bases de dados do Pubmed e da Biblioteca Virtual de Saúde (BIREME), sobre a Influência da Espiritualidade na Qualidade de Vida (QV) do paciente em tratamento oncológico. Os critérios de inclusão foram: estudos observacionais; estudos realizados com pacientes com diagnóstico atual ou passado de câncer; amostra de pacientes que possuísse apenas indivíduos com idade superior ou igual a 18 anos; que avaliaram alguma variável sobre Espiritualidade e impactos na QV relacionada à saúde física, mental ou social por meio de escalas; estudos que relataram um tamanho de medida de efeito na associação entre Espiritualidade e QV. Como critérios de exclusão adotou-se estudos que foram realizados com pacientes com algum quadro de comprometimento neurológico que pudesse afetar seu estado de consciência e os que fizeram avaliações quantitativas de Espiritualidade ou da QV. Foram analisados 5 artigos, sendo 3 estudos observacionais do tipo corte transversal e 2 ensaios clínicos. Principais resultados: Inferiu-se que a abordagem espiritual possui influência significativa e positiva no tratamento de pacientes com câncer. Os trabalhos demonstraram que há uma grande necessidade por parte desses pacientes pela abordagem espiritual e que há significativos ganhos na qualidade de vida desses pacientes, com menores índices de distúrbios de humor e com melhoras na funcionalidade desses indivíduos. Palavras-chave: Espiritualidade. Oncologia. Qualidade de Vida.

TEMA: ACHADOS DE IMAGEM EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA COLUNA CERVICAL DE PACIENTES COM MUCOPOLISSACARIDOSE. ALUNO: THIAGO LACERDA DE CARVALHO

ORIENTADORA: PROFA. CAROLINA FREITAS LINS

CO-ORIENTADOR: PROF. MARCOS ANTÔNIO ALMEIDA MATOS

RESUMO As mucopolissacaridoses (MPSs) compõem o grupo de doenças genéticas conhecidas como Doenças de Depósito Lisossômico, sendo classificadas de acordo com o defeito enzimático que as determina ou de acordo com as manifestações clínicas e progressão da doença. Além do acometimento do sistema motor, as MPS também são caracterizadas por neuropatia central e periférica. Apesar dos conhecimentos sobre os diversos tipos de MPS e de suas manifestações vertebrais, existe uma carência no que se refere aos achados de imagem, especialmente em Ressonância Magnética (RM). Dessa forma, são descritos os achados de exames de RM da coluna cervical em pacientes acometidos por MPS. Trata-se de um estudo de corte transversal, envolvendo 16 pacientes com MPS, com diagnóstico confirmado através da detecção da deficiência da atividade enzimática correspondente, realizado por exame sérico convencional. Foi realizado exame físico neurológico nos pacientes, incluindo teste de tinel, avaliação do tônus muscular e pesquisa de reflexos profundos. Além disso, foram submetidos a RM da coluna cervical, onde foram analisados. A análise estatística foi realizada utilizando-se o programa Statistical Package for the Social Science. Os resultados foram expressos em média ± desvio padrão Participaram do estudo um paciente do tipo I, dois pacientes do tipo II, um paciente do tipo IV e doze pacientes do tipo VI. Hiporreflexia foi encontrada em 12 pacientes, enquanto que hiperrreflexia em apenas 4. Nenhum paciente tinha alteração de tônus muscular. No exame de RM, todos os pacientes possuíam espessamento do tecido periodontoidal e redução do calibre do canal vertebral cervical, 10 apresentavam compressão medular e três mielopatia. Hipoplasia do odontóide foi encontrada em 11 pacientes e invaginação basilar em nove. Os pacientes com MPS apresentaram alteração dos reflexos profundos, primordialmente hiporreflexia, além de espessamento do tecido periodontoidal, redução do calibre do canal vertebral, redução da coluna aérea do cavum, hipoplasia do odontoide, platibasia e invaginação basilar. Assim, esses indivíduos podem ter grande repercussão clínica destes achados, demonstrando a importância da realização do exame de RM nos portadores de MPS. Palavras-chave: Mucopolissacaridose; Ressonância Magnética; Coluna cervical.

TEMA: CUIDADO MULTIPROFISSIONAL PARA O PACIENTE TERMINAL NA UTI: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: THYARA BATALHA DE MATOS GOUVEIA

ORIENTADORA: PROFA. IEDA MARIA BARBOSA ALELUIA

RESUMO

Referência: Gouveia TBM. Cuidado multiprofissional para o paciente terminal na UTI: uma revisão sistemática [Trabalho de Conclusão de Curso]. Salvador. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016. INTRODUÇÃO: A morte faz parte do ciclo vital e é um equívoco achar que o limite do cuidado é compatível com o limite terapêutico. No ambiente de unidade de terapia intensiva onde dispomos de diversas tecnologias para melhorar o estado funcional e até salvar a vida do paciente é necessário estabelecer os limites entre qualidade de vida e extensão da vida. A medicina paliativa surge neste ambiente com o objetivo de atender as demandas de todas as dimensões do cuidado ao paciente e a família, sendo este o papel da equipe multiprofissional. OBJETIVO: Avaliar o papel da equipe multiprofissional no cuidado do paciente terminal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática, as buscas dos artigos foram realizados no PubMed, na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e na Scientific Eletronic Library Online Brazil (Scielo). Inicialmente foram lidos os títulos os artigos, depois os resumos e posteriormente a seleção foi a leitura na íntegra. Os artigos que foram selecionados foram aplicados de acordo com o critério PRISMA e o somatório da pontuação deveria ser maior que 70% dos itens para fazer parte do estudo. RESULTADOS: Foram encontrados 864 artigos, que após a leitura do título foram lidos 64 resumos, lidos na íntegra 29 artigos, foram para análise do prisma 12 e foram incluídos no artigo 9 destes eram 2 revisões de literatura, 2 estudos multicêntricos, 1 pesquisa exploratório-descritiva, 1 estudo quanti-qualitativo, 1 estudo descritivo, 1 estudo de corte-transversal e 1 estudo randomizado CONCLUSÃO: A unidade de terapia intensiva é o ambiente onde a equipe multiprofissional é mais alinhada, porém quando o tema é cuidados paliativos a literatura demonstra que não ocorre de forma tão sincrônica. Os cuidados paliativos merecem maior atenção para que a morte seja conduzida de forma tranquila e digna. Palavras-chave: Cuidado multiprofissional; Unidade de terapia intensiva; Cuidados paliativos; Paciente terminal; UTI.

TEMA: PROGNÓSTICO DE PACIENTES MULTIARTERIAIS SUBMETIDOS À INTERVENÇÃO CORONÁRIANA PERCUTÂNEA LIMITADA A ARTÉRIA CULPADA POR EVENTO CORONARIANO AGUDO.

ALUNO: VITOR CALIXTO DE ALMEIDA CORREIA

ORIENTADOR: PROF. LUIS CLÁUDIO LEMOS CORREIA

RESUMO Fundamento: Em pacientes com síndromes coronarianas agudas (SCA), não está comprovado se a intervenção coronária percutânea (ICP) de todos os vasos acometidos por doença obstrutiva possui superior eficácia em relação à intervenção limitada à artéria culpada pelo evento, na prevenção de recorrência de sintomas. Objetivo: Avaliar se ICP limitada à lesão culpada em pacientes multiarteriais se associa a maior incidência de reinternamento por recorrência de sintomas, quando comparado a pacientes que receberam ICP completa. Métodos: Foram incluídos nesta análise pacientes consecutivamente internados em nossa Unidade Coronária com critérios objetivos para diagnóstico de SCA e que foram tratados por ICP, em período de 4 anos. Revascularização completa foi definida como tratamento de todas as lesões obstrutivas (uni ou multiarterial), enquanto revascularização incompleta como a abordagem apenas do vaso culpado em multiarteriais. Os pacientes foram seguidos a longo-prazo após alta hospitalar, sendo avaliada como desfecho primário a incidência de reinternamento por angina ou infarto. Desfecho secundário foi definido como morte por causa cardiovascular durante seguimento. Resultados: Foram estudados 192 pacientes, 122 submetidos a revascularização completa (106 uniarteriais e 16 multiarteriais) e 70 submetidos ao procedimento incompleto. O seguimento médio após a alta apresentou mediana de 280 dias (IIQ = 116 - 507). Indivíduos submetidos a revascularização incompleta apresentaram incidência de reinternamento por angina ou infarto de 15,7%, estatisticamente semelhante ao apresentado por pacientes de revascularização completa (11,5%, P = 0,40). A média do tempo livre de desfecho foi de 745 ± 47 dias no grupo incompleto, comparado a 793 ± 32 dias no grupo completo (P = 0,42 pelo teste do logrank; hazard ratio = 0,87; 95% IC = 0,24 – 3,1). Quando a análise limitou o grupo de revascularização completa a pacientes multiarteriais (evitando o fator de confusão gerado por diferenças na extensão da doença), a incidência do desfecho primário foi de 18.8%, ainda mais semelhante a pacientes com revascularização incompleta (P = 0,77). Não houve diferença de mortalidade no seguimento após a alta (respectivamente, 6,3% vs. 4,3%; P = 0,74). Dentre variáveis clínicas e exames complementares, apresentação inicial de infarto com supradesnível do ST e acometimento triarterial foram preditores independentes de revascularização incompleta em multiarteriais, constituindo o escore de propensão. Após ajuste para o escore de propensão, revascularização incompleta permaneceu não associado a ocorrência do desfecho primário (P = 0,95). Os multiarteriais submetidos a revascularização completa apresentaram maior incidência de sangramento (50%), comparados aos grupo revascularização incompleta (24%; P = 0,04). Conclusão: O presente estudo observacional, não intervencionista, não sugere que ICP incompleta em pacientes multiarteriais predispõe a reintermento por recorrência dos sintomas. Palavras-chave: Síndrome coronariana aguda, Intervenção coronariana percutânea, Prognostico.

TEMA: EFICÁCIA E SEGURANÇA DO VANDETANIB NO TRATAMENTO DO CÂNCER AVANÇADO DE TIREÓIDE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. ALUNA: VITÓRIA DA SILVA SOUZA ORIENTADOR: PROF. SÉRGIO LACERDA BARROS DA CRUZ

RESUMO

Referência: SOUZA, Vitória da Silva. Eficácia e segurança do Vandetanib no tratamento do câncer avançado de tireóide: uma revisão sistemática. 2016. 40 folhas. Monografia de graduação (Medicina) – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2016. Introdução: O câncer de tireoide é uma malignidade endócrina que aumentou a sua incidência nos últimos anos. Sabe-se que em seus casos avançados, existem diversas limitações para um tratamento eficaz. Dessa forma, ao inibir seletivamente importantes vias carcinogenicas como o RET (“rearranged during transfection”), VEGFR (“vascular endothelial growth factor receptor”) e EGFR tirosina-quinase, o Vandetanib emerge como uma alternativa genética efetiva e segura para esses pacientes. Objetivo: Analisar eficácia e segurança do uso do Vandetanib nos casos de câncer avançado de tireoide. Metodologia: Revisão sistemática de literatura através das fontes de dados eletrônicas MEDLINE/CENTRAL, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os descritores utilizados, em conjunto, foram: “Vandetanib” “and” “Thyroid Neoplasms” “and” “Adults”. Resultados: O presente trabalho analisou ensaios clínicos que acompanharam uma amostra total de 506 pacientes. Todas as pesquisas mostraram que o Vandetanib aumenta a taxa de sobrevida sem progressão da doença (PFS), aumenta a resposta objetiva e controle da doença nos pacientes com diagnóstico de câncer avançado de tireoide. Entretanto, tem-se também que os estudos analisados mostram que a taxa de sobrevivência global dos pacientes analisados não diferiu significativamente entre os grupos em uso e os grupos sem o uso da droga. Quanto aos efeitos adversos de qualquer grau, os mais frequentes foram diarreia, rash, náusea, hipertensão arterial, fadiga, cefaleia, diminuição do apetite, acne, astenia e prolongamento do intervalo QT, sendo eles bem manejados e responsivos ao manejo clínico. Conclusão: Através dessa revisão sistemática, conclui-se que o uso do Vandetanib é eficaz e seguro para tratamento dos casos de câncer avançado de tireoide. Palavras-chave: Vandetanib. Inibidor de tirosina-quinase. Câncer de tireoide. Câncer avançado de tireoide. Adultos.

TEMA: A RELAÇÃO ENTRE A REDUÇÃO DAS INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS DE HUMOR E RISCO DE SUICÍDIO NO CONTEXTO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL. ALUNA: VÍVIAN SOUZA BRITO CORDEIRO ORIENTADOR: PROF. ESDRAS CABUS MOREIRA

RESUMO

Referência: CORDEIRO, Vívian. A relação entre a redução das internações por transtornos de humor e o risco de suicídio no contexto da Reforma Psiquiátrica. 2016. 30 folhas. Trabalho de conclusão de curso (Medicina) – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador, 2016.

Introdução: a internação psiquiátrica é alvo de muitas discussões, especialmente desde o surgimento da Reforma Psiquiátrica. Os transtornos do humor ocupam o segundo lugar entre as causas de internação psiquiátrica, principalmente na mania e nos episódios depressivos com elevado risco de suicídio. Objetivos: descrever o perfil epidemiológico das internações por transtornos do humor no Brasil no período de 2008 a 2015, correlacionando com a média de leitos psiquiátricos e o número de óbitos por lesões autoprovocadas voluntariamente. Metodologia: estudo descritivo retrospectivo de série histórica de 2008 a 2015 no Brasil, sobre as internações por transtornos do humor, média de leitos psiquiátricos e óbitos por lesões autoprovocadas voluntariamente, em indivíduos com mais de 10 anos de idade, a partir de dados do DataSUS, analisando-se as variáveis região, sexo, faixa etária e média de permanência. Dados sobre a média de leitos psiquiátricos obtivos através do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e dados sobre os óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente obtidos através do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Resultados: ocorreram 383.956 internações no período, com uma tendência à diminuição das internações e da média de leitos no país e nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte e de ligeiro aumento nas regiões Sul e Centro-Oeste. Obteve-se alta correlação entre o número de internações e a média de leitos no país e nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. O sexo feminino foi responsável por maior parte dos internamentos, e o sexo masculino obteve uma maior média de permanência. As faixas etárias com maior número de internações foram 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos. Ocorreram 69509 óbitos por lesões autoprovocadas voluntariamente no período, com tendência ao aumento no país e em todas as regiões, principalmente Nordeste e Sudeste. A correlação entre os óbitos e as internações foi inversa em todas as regiões exceto o Centro-Oeste. As regiões com a maior correlação foram Sudeste e Nordeste. Conclusão: a redução do número de internamentos, acompanhada pelo aumento do número de suicídios no mesmo período, aponta para a necessidade de avaliação de possíveis problemas no acesso, no diagnóstico e no tratamento dos pacientes com casos severos de transtornos do humor com risco de suicídio.

TEMA: O USO DE CANABINÓIDES NO TRATAMENTO DA DOR CRÔNICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. NOME ALUNO: WALTER WEST GREGÓRIO ORIENTADOR: PROF. SERGIO LACERDA BARROS DA CRUZ

RESUMO

Introdução. A dor crônica é comum e debilitante, com poucas opções terapêuticas eficazes. Muitas vezes tratados com opioides, antidepressivos e anticonvulsivantes, os pacientes com dor crônica vem apresentando dificuldades no tratamento clinico. A entrada de fármacos baseados em metabólitos da Cannabis sativa tem oferecido uma nova abordagem para o tratamento da dor crônica. Objetivo. Atualizar as informações sobre o uso medicinal da Cannabis sativa, avaliando a segurança e efetividade no contexto clínico. Metodologia. Revisão sistemática de ensaios clínicos duplo-cego randomizados que comparam preparações de Cannabis sativa ao placebo entre indivíduos com dor crônica. As fontes de informação usadas foram as bases de dados do MEDLINE, PubMed, LILACS, Cochrane e Scielo. Foram selecionados estudos a partir do ano de 2007 e que foram avaliados pelo CONSORT. Resultados. Cinco estudos foram incluídos. No total, os ensaios continham 688 pacientes com dor crônica de diferentes etiologias (dor neuropática, neuropatia periférica e derivada da esclerose múltipla). Foram utilizadas preparações de Cannabis sativa na forma fumada, extrato oral e spray oral. A análise da efetividade mostrou uma diferença média de 27% a favor da Cannabis sativa em comparação ao placebo na melhoria da dor. Resultados secundários como as melhoras na qualidade do sono e na condição global do indivíduo apresentaram índices semelhantes aos encontrados na melhoria da dor. Conclusões. Atualmente os dados disponíveis sugerem um efeito analgésico modesto dos canabinóides, criando a perspectiva de que a Cannabis sativa possa vir a ser utilizada como adjuvante para o tratamento da dor crônica. Palavras-chave: Dor Crônica, Cannabis sativa, Analgesia, Efetividade do Tratamento, Segurança do Tratamento, Qualidade do sono, Condição Global, Efeitos Adversos.

TEMA: ANÁLISE DA MORTALIDADE POR EPILEPSIA NO BRASIL, 2004 A 2013. ALUNA: WANESSA SOUSA DE QUEROZ ORIENTADORA: PROFA. MARCELA C. MACHADO COSTA

RESUMO

Referência: Queiroz, WS. Análise da mortalidade por epilepsia no Brasil, 2004 a 2013. [Trabalho de conclusão de curso] Escola de Medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Bahia, 2016. INTRODUÇÃO: A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns no mundo, com prevalência elevada, atingindo cerca de 50 milhões de pessoas no mundo inteiro. Há uma maior prevalência de pessoas acometidas nos países em desenvolvimento e isso se deve principalmente ao fato desses países oferecerem qualidade dos serviços de saúde, infra estrutura médica e sanitária inferior ao de países desenvolvidos A mortalidade dos portadores de epilepsia é 2 a 3 vezes maior do que a da população em geral, podendo ser até 5 vezes maior nos indivíduos que não respondem adequadamente ao tratamento farmacológico, sendo as maiores taxas de mortalidade nos países em desenvolvimento. OBJETIVOS: Descrever as características dos óbitos por epilepsia no Brasil. Caracterizar os óbitos por epilepsia por sexo, raça/cor, estado civil, escolaridade, ano, região de residência. Estimar o coeficiente de mortalidade por epilepsia segundo sexo, faixa etária e região de residência no Brasil. METODOLOGIA: Estudo do tipo descritivo observacional de série temporal dos óbitos por epilepsia no Brasil. O local do estudo foi o Brasil e o período foi de 2004 a 2013. Foram analisados os dados dos óbitos que tiveram como causa básica a epilepsia informada na Declaração de Óbito e registrado no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM/SUS). Escolheu-se como variáveis: óbitos por ano, faixa etária, sexo, cor/raça, escolaridade, estado civil e região de residência. Os resultados foram sumarizados em gráficos e tabelas para melhor compreensão. Realizou-se regressão linear utilizando o SPSS para análise de tendência temporal dos coeficientes de mortalidade calculando-se o R2, B e p-valor. Valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. RESULTADOS: 17.767 indivíduos tiveram a epilepsia como causa básica do óbito no período estudado. Destes, 65,8% eram sexo masculino. O coeficiente de mortalidade foi maior no sexo masculino (1,10 – 1,42 óbitos / 100.000 habitantes). Em relação a região de residência, a região Sudeste teve maior proporção dos óbitos (41,43%) e a região Centro Oeste apresentou o maior coeficiente de mortalidade foi 0,92 – 1,32 óbitos /100.000 habitantes. A faixa etária maior que 80 anos apresentou o maior coeficiente de mortalidade enquanto a faixa etária entre 40 e 49 anos apresentou maior proporção de óbitos. A raça/cor que apresentou maior proporção de óbitos foi a branca. Indivíduos com baixa escolaridade proporcionalmente tiveram mais óbitos. CONCLUSÃO: Conclui-se que, no Brasil, a mortalidade por epilepsia é maior no sexo masculino, nos indivíduos maiores de 80 anos, na população branca e parda, estado civil solteiro e indivíduos com grau de escolaridade baixa. Palavras-chave: Mortalidade. Epilepsia. SIM.

TEMA: DETERMINANTES DA PREFERÊNCIA PELO ACESSO RADIAL EM PROCEDIMENTOS PERCUTÂNEOS CORONÁRIOS EM SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS: UM PARADOXO RISCO – TRATAMENTO. ALUNA: YASMIN FALCON LACERDA ORIENTADOR: PROF. LUIS CLÁUDIO LEMOS CORREIA

RESUMO LACERDA, Yasmin F. Determinantes da preferência pelo acesso radial em procedimentos percutâneos coronários em síndromes coronarianas agudas: um paradoxo risco - tratamento. 2016. Estudo prospectivo. Medicina - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador-Bahia. Fundamento: Em procedimentos coronários, o acesso radial protege pacientes contra complicações hemorrágicas, porém é tecnicamente mais complexo. Desta forma, espera-se que este acesso seja priorizado em pacientes de maior risco de sangramento, os quais desfrutarão de maior benefício desta estratégia. Objetivos: 1) Testar a hipótese de que a preferência pelo acesso radial é prioritariamente influenciada pela noção de magnitude do benefício desta escolha, sendo mais frequente em pacientes de alto risco de sangramento; 2) Identificar preditores independentes da escolha do acesso arterial, permitindo inferir a respeito do processo cognitivo de decisão. Métodos: Incluídos pacientes internados entre dezembro de 2011 e janeiro de 2016, devido a síndrome coronariana aguda com ou sem supradesnível do ST, que realizaram coronariografia. Foi registrado o acesso escolhido pelo médico intervencionista para a primeira coronariografia do internamento, quando ainda não havia definição se intervenção coronária com stent viria a ser necessária. Não houve interferência dos investigadores nesta escolha. O Escore CRUSADE foi utilizado para avaliar risco basal de sangramento. Resultados: Incluídos 347 pacientes, idade 63 ± 14 anos, 63% do sexo masculino, 27% infarto com supradesnível do segmento ST. Contrariando a hipótese primária, pacientes submetidos ao acesso radial apresentaram CRUSADE de menor risco de sangramento (30 ± 14), comparados aos que receberam acesso femoral (37 ± 14; P < 0,001). Na análise univariada, sexo, tipo de SCA, diabetes, doença arterial periférica não se associaram à escolha do acesso. Por outro lado, idade, creatinina, sinais de IVE e DAC prévia se associaram negativamente ao acesso radial. Na análise multivariada, estas 4 variáveis permaneceram preditores independentes, todos com ação inibitória ao uso do acesso radial: idade (OR = 0,89; 95%IC = 0,96 - 0,99), creatinina (OR = 0,52; 95%IC = 0,29 - 0,94), sinais de IVE (OR = 0,42; 95%IC = 0,21 - 0,86) e DAC prévia (OR = 0,44; 95%IC = 0,26 - 0,72). Conclusão: A preferência pelo acesso radial não é prioritariamente influenciada pelo seu benefício na prevenção de sangramento, pois variáveis preditoras de sangramento se associaram negativamente a esta opção. A escolha do acesso radial foi inibida por variáveis que conotam pacientes mais graves, sugerindo que a preocupação com a complexidade do acesso radial prepondera sobre seu potencial benefício. Palavras-chave: Síndrome coronariana aguda, Intervenção coronariana percutânea Acesso radial.

TEMA: PERCEPÇÃO DOS DOCENTES SOBRE A UTILIZAÇÃO DE MODELAGEM 3D NO ENSINO MÉDICO. ALUNA: THAÍS WANDERLEY MENDES DE MORAIS ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES CO-ORIENTADORA: PROFA. THAÍS FAGUNDES BARRETO

RESUMO

MORAIS, TWM. Percepção dos docentes sobre utilização de modelagem 3D no Ensino Médico. Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Medicina – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador - Ba, 2016. INTRODUÇÃO: Avanços abrem espaços para novas formas de compreensão do processo ensino-aprendizagem, gerando possibilidades para a formulação de abordagens educacionais sincronizadas com a contemporaneidade. Iniciativas têm sido tomadas para estas exigências na docência. Ferramentas digitais podem ser úteis, já que orientam e facilitam a compreensão dos conteúdos e não substitui os métodos tradicionais de ensino. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento dos docentes da EBMSP acerca da implementação de moldes impressos em 3D no Ensino Médico, em seus respectivos componentes curriculares. MÉTODOS: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo de abordagem mista – quantitativo para caracterização da amostra e qualitativo para melhor entendimento sobre a opinião dos docentes sobre a aplicação da modelagem 3D no ensino médico. RESULTADOS: A amostra foi de 32 docentes, 58% do sexo masculino com uma média de 41,65 anos de idade. Eram, em sua maioria (75%), médicos com tempo de docência, em média, de 11,8 anos. Do total da amostra, 66,7% conheciam vagamente a impressora 3D; 55,6% já haviam pensado na possibilidade de aplicação no ensino médico e 94,3% acreditavam no espaço dessa tecnologia nas suas atividades acadêmicas. A partir de análise qualitativa, foram listadas as seguintes categorias: “Favoráveis a aplicacao da tecnologia”, “Desfavoráveis a aplicacao da tecnologia”, “Favoráveis a aplicacao da tecnologia com restricões” e “Possibilidades de aplicacao da metodologia nas respectivas atividades academicas”. CONCLUSÃO: É de fundamental importância para a incorporação desta estratégia o entendimento sobre a tecnologia, desde o planejamento pedagógico até os custos e dificuldades relacionadas ao processo. Importante também levar em conta a realidade nacional e da instituição e, por fim, traçar estratégias para contornar as possíveis dificuldades. Palavras-chave: Impressora 3D. Modelagem tridimensional. Ensino Médico. Tecnologia. Medicina.