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CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso Resumos 2018.2 COORDENADORA DO CURSO: Prof.ª Ana Verônica Mascarenhas Batista SALVADOR

CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso … · endoscopia digestiva alta para pacientes abaixo de 50 anos com dispepsia de início recente e sem sinais de alarme;

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CURSO DE MEDICINA

Trabalho de Conclusão de Curso Resumos

2018.2

COORDENADORA DO CURSO: Prof.ª Ana Verônica Mascarenhas Batista

SALVADOR

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TEMA: IMPLANTAÇÃO DA CAMPANHA CHOOSING WISELY NO INTERNATO DE CLÍNICA MÉDICA NOME ALUNO (A): ADRIANE VELOSO ANDRADE VIEIRA ORIENTADOR (A): PROF.º DILTON RODRIGUES MENDONÇA

RESUMO

VIEIRA, AVA. Choosing Wisely no Internato Médico: construção da lista de Clínica Médica. [monografia]. Bahia: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. Introdução: O uso excessivo de exames, procedimentos e condutas na medicina tem chamado atenção das sociedades médicas no mundo. Em 2013, nos Estados Unidos, foi lançada a campanha Choosing Wisely com o objetivo de engajar médicos e pacientes em conversas sobre testes, tratamentos e procedimentos desnecessários, além de reduzir o desperdício de recursos públicos e evitar riscos associados a um tratamento sem utilidade, através da publicação de listas com recomendações elaboradas por sociedades de cada especialidade médica. Objetivo: Elaborar uma lista com cinco proposições consideradas desnecessárias em clínica médica, baseadas em custo-consciência. Metodologia: Estudo observacional e descritivo com professores de clínica médica do 10º semestre do internato. Foi utilizada a técnica Delphi, onde os especialistas, através de questionário enviados via on-line utilizando o software SurveyMonkey, encaminharam 3 situações frequentes que ocorrem na prática, porém consideradas desnecessárias. As proposições foram agrupadas por frequência e tema além de serem feitas adequações à linguagem da campanha CW, sendo reenviadas ao painel para possíveis sugestões. Posteriormente, utilizando a escala tipo Likert, os professores selecionaram as cinco proposições finais. Resultados: Das 24 proposições, com os maiores índices de concordância dos professores, permaneceram 7 proposições: reflita ao solicitar múltiplos exames para pacientes internados cujos resultados não influenciarão na conduta terapêutica; reflita ao prescrever anti-inflamatórios não hormonais na maioria das situações clínicas de evolução autolimitada; não solicite endoscopia digestiva alta para pacientes abaixo de 50 anos com dispepsia de início recente e sem sinais de alarme; não solicite radiografia de tórax diariamente em unidade de terapia intensiva para pacientes que não estão em ventilação mecânica e com boa evolução clínica; não solicite testes alérgicos cutâneos de forma rotineira e sem critérios clínicos bem estabelecidos; reflita ao solicitar exames no rastreio inicial para pacientes com risco de doença tireoidiana, priorizando primeiro o TSH (hormônio tireoestimulante); não solicite espirometria para pacientes assintomáticos e sem fatores de risco para doença pulmonar. Foram excluídas as proposições repetidas e sem respaldo científico. Conclusão: O desenvolvimento desse projeto gerou um processo de discussão e reflexão entre os professores e estudantes. A inclusão da lista de clínica médica no internato médico pode resultar na melhora da relação médico-paciente, conscientização quanto aos custos e indicações de tratamentos e procedimentos. Palavra-chave: Internato médico. Clínica médica. Reflexão.

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TEMA: EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS EM IDOSOS – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS NOME ALUNO (A): ALAN SILVA MONTEIRO ORIENTADOR (A): PROFº. LUCAS PEREIRA ALVES

RESUMO

Monteiro AS. Emergências psiquiátricas em idosos – uma revisão sistemática de estudos epidemiológicos. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina). Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador – Bahia, 2018. Introdução: O envelhecimento populacional caminha a passos largos no Brasil. Naturalmente, a transição demográfica vem acompanhada de uma transição epidemiológica e, assim, doenças próprias do envelhecimento passam a ganhar maior expressão no conjunto da sociedade. Na literatura, a morbidade por transtornos mentais varia de 22% a 31% em idosos. Apesar disso são poucos os serviços de emergência psiquiátrica no Brasil e são escassos os estudos que se propõem a analisar a população geriátrica que se apresenta no serviço de emergência com tais transtornos. Objetivo: Definir, através de um levantamento bibliográfico, o perfil clínico e demográfico dos idosos atendidos em serviços de emergência com queixas psiquiátricas. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática com buscas no MEDLINE e Scielo, além de busca manual no Google Acadêmico. Os termos foram adaptados para cada base de dados, sendo utilizadas combinações com os seguintes termos e seus respectivos sinônimos: “emergency services, psychiatry”; “emergency service, hospital”; “emergency service, prehospital”; “aged”; “geriatric psychiatry” e “mental health”. Foram incluídos estudos descritivos, na língua inglesa ou portuguesa, que avaliam a população de idosos acima de 60 ou 65 anos atendidos em serviços de emergência e que avaliam o perfil clínico e demográfico da população referida. Resultados: Incluímos sete estudos de 1982 a 2014. Três realizados no Brasil e quatro em outros países. As amostras variaram de 49 a 1390 idosos. Conclusão: Estudos epidemiológicos sobre o perfil dos pacientes idosos que se apresentam na emergência com queixas psiquiátricas ainda são escassos. No entanto, a partir dos anos 2000, houve um aumento no número de estudos. A proporção de idosos entre os pacientes psiquiátricos na emergência tem aumentado, sendo os transtornos de humor e os transtornos mentais orgânicos os mais prevalentes na população estudada. O acesso a ambulatórios de saúde mental está relacionado a menores taxas de internação psiquiátrica. Palavras-chave: Emergências; Psiquiatria Geriátrica; Idoso; Saúde Mental.

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TEMA: EVOLUÇÃO DA FUNÇÃO SEXUAL DE HOMENS APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA NOME ALUNO (A): ALICE FERNANDES DE ALMEIDA OLIVEIRA ORIENTADOR (A): PROF. PAULO OLIVEIRA

RESUMO

Oliveira,A,F,A. Evolução da função sexual de homens após cirurgia bariátrica. Estudo observacional descritivo. 2018. 43 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso – Medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador - Bahia. Introdução: Além das limitações físicas secundárias ao ganho de peso, os problemas de ordem sexual em obesos advém da diminuição da autoestima, relacionamentos insatisfatórios, ou da estigmatização coletiva sofrida por esses indivíduos. A cirurgia bariátrica é considerada um tratamento efetivo para obesidade mórbida, visando a redução do peso e melhora de comorbidades associadas, dentre elas, a disfunção erétil (DE). Objetivo: (1) Estimar a prevalência de disfunção erétil em uma amostra de pacientes antes e após a realização da cirurgia bariátrica. (2) Caracterizar a amostra do estudo segundo variáveis clínicas, biológicas e sociodemográficas. Métodos: Estudo observacional descritivo, realizado entre abril de 2015 e outubro de 2018 com 41 obesos mórbidos. A função erétil foi avaliada pelo questionário IIEF (Índice Internacional de Função Erétil) cujo escore < 24 define DE. Resultados: A prevalência global de DE antes da cirurgia era de 56,0%, dos quais 34,1% tinham DE leve, 19,5% DE moderada e 2,4% DE grave. Seis meses após a cirurgia, observou-se uma redução de 78,3% na prevalência de DE, com DE leve em 12,2% dos pacientes e ausência de DE grave ou moderada. A média do escore total do IIEF foi de 52,2 no pré-operatório para 66,2 em seis meses de pós-operatório, com aumento de 26,8% (p<0,01). O escore global do IIEF e de todos os domínios antes e seis meses após a cirurgia apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Conclusão: CB determina melhora significativa da DE em pacientes obesos. Esse efeito parece ser mais acentuado na DE graus moderado e grave, com possibilidade de remissão dos casos mais leves após a cirurgia.

Palavras-Chave: Obesidade Mórbida. Disfunção Erétil. Cirurgia Bariátrica.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO EM MENORES DE 20 ANOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR, 1998 ATÉ 2014 NOME ALUNO (A): ALICE MARIA ARAÚJO VIANNA ORIENTADOR (A): DR. EDSON DUARTE MOREIRA JR

RESUMO

Introdução: Os acidentes de transporte são aqueles que envolvem um veículo destinado ou usado no momento do acidente, podendo ser terrestre, aéreo ou aquático. No mundo, os acidentes de transporte constituem a 8ª causa de mortalidade no geral e a 1ª causa de mortalidade por causa externa. Em indivíduos menores de 20 anos, é também uma das principais causas de morte violenta. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos decorrentes de acidentes de trânsito em indivíduos de 0 a 19 anos na Região Metropolitana de Salvador no período de 1998 a 2014. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal com dados secundários obtidos a partir de arquivos de laudos do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML-NR). Foram estudados todos os registros de óbito por morte violenta em que a provável causa da morte foi por acidente de transporte em indivíduos de 0 a 19 anos no período de 1998 a 2014. Resultados: No período do estudo, foram registrados pelo IML-NR 1281 óbitos causados por acidentes de transporte, sendo sua maioria do sexo masculino e de cor parda. Enquanto os óbitos por atropelamento e ocupantes de automóvel decresceram com o passar do tempo, as mortes por acidentes de motocicleta aumentaram. A distribuição de frequência entre os tipos de acidentes varia de acordo com o sexo e faixa etária, sendo que os atropelamentos foram a principal causa de óbito em ambos os sexos. O dia da semana com maiores números foi o domingo, e o mês do ano foi dezembro. Conclusão: O acidente de transporte é uma causa importante de mortalidade nas crianças e adolescentes, atingindo principalmente meninos de cor parda através de atropelamentos. Sabendo disso, é possível entender as diferentes causas de acidentes e reconhecer a sua alta prevalência no nosso meio. Dessa forma, sugere-se adotar medidas e políticas voltadas para a diminuição desses agravos. Palavras-chave: Mortalidade; Acidentes de trânsito; Crianças; Adolescentes.

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TEMA: PSORÍASE E QUALIDADE DE VIDA: RELAÇÃO ENTRE O PASI E O DLQI NOME ALUNO (A): AMANDA FERREIRA ORIENTADOR (A): DRA. ARIENE PEDREIRA PAIXÃO CO- ORIENTADORA: DRA. MÔNICA PAIXÃO DE QUEIROZ

RESUMO

Ferreira, A. Psoríase e qualidade de vida: relação entre o PASI e DLQI [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador. Curso de Medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2018. INTRODUÇÃO: A psoríase é uma dermatose que afeta cerca de 2% da população mundial e cerca de 1% da população brasileira. A fisiopatologia da psoríase é desconhecida e suas manifestações clínicas afetam áreas que são comumente expostas do corpo. A psoríase pode ocasionar constrangimento para os indivíduos afetados afetando assim a sua qualidade de vida. OBJETIVO: Avaliar a relação da gravidade da doença na qualidade de vida do paciente com psoríase. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo inclui pacientes maiores de 18 anos, registrados no departamento de Dermatologia de um Ambulatório referência de Salvador, Bahia, Brasil, avaliados no período do ano de 2018. Os dados correspondentes a lesão como extensão, proporção e grau de agressividade está relacionado ao questionário Psoriasis Area and Severity Index (PASI). A análise do índice da qualidade de vida do paciente, assim como a doença afeta seu convívio social e suas tarefas cotidianas influenciando em seu psicológico, foram abordados pelo questionário Dermatology Life Quality Index (DLQI). RESULTADOS: Foram coletados dados de 81 pacientes em uma amostra de conveniência, sendo a maioria do sexo feminino (38,27%) e as faixas etárias mais atingidas corresponderam à quinta década de vida (32,09%). A manifestação da Psoríase nos indivíduos avaliados pelo PASI foi em sua maioria composta por leve (81,15%), sendo que tanto o sexo feminino e o masculino apresentaram em sua maioria a forma leve da doença (70,6% e 70,0% respectivamente). O DLQI da amostra correspondeu a uma maioria de pequeno efeito na qualidade de vida (35,8%). A relação entre o PASI e o DLQI mostraram a maioria de pequeno efeito na qualidade de vida desses pacientes (25,8%). CONCLUSÃO: Os resultados obtidos nesse estudo mostram que não há uma relação direta entre a gravidade da doença e o impacto que ela exerce na qualidade de vida desses pacientes, já que tais dados dependem da subjetividade e interpretação individual. Palavras-Chave: Psoríase. PASI. DLQI. Qualidade de vida

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TEMA: ANÁLISE COMPARATIVA DA FREQUÊNCIA DE SINTOMAS DISPÉPTICOS ENTRE INDIVÍDUOS PORTADORES DE HTLV-1 COM E SEM HAM-TSP EM SALVADOR, BA NOME ALUNO (A): ANA LUIZA NUNES TUDE MENDES ORIENTADOR (A): DRA. MARIA CONCEIÇÃO GALVÃO

RESUMO

ANÁLISE COMPARATIVA DA FREQUÊNCIA DE SINTOMAS DISPÉPTICOS ENTRE INDIVÍDUOS PORTADORES DE HTLV-1 COM E SEM HAM-TSP EM SALVADOR, BA Introdução: O HAM-TSP, uma das doenças associadas ao HTLV-1, conta com múltiplos e diversificados sintomas. No entanto, não existem dados na literatura que analisem a frequência de sintomas dispépticos nesses pacientes. Objetivos: estimar a frequência de sintomas dispépticos entre portadores de HTLV-1 com e sem HAM-TSP e determinar o perfil destes pacientes, segundo os critérios do ROMA III, entre os portadores de HTLV-1. Casuística e Métodos: corte transversal com aplicação do questionário do ROMA III para dispepsia funcional entre pacientes HTLV-1 positivos. Foi realizada divisão entre um grupo com HAM-TSP e outro sem a neuropatia acompanhados em um serviço de referência, no período delimitado de novembro de 2017 a novembro de 2018. Resultados: foram analisados 26 pacientes, 8 sem HAM-TSP e 18 com a mielopatia. O primeiro grupo apresentou maior frequência de sintomas dispépticos, com 37,5%, comparados a 16,7% do segundo grupo. Os indivíduos do sexo feminino apresentaram mais dispepsia em ambos os grupos. O perfil específico dos sintomas dispépticos, isto é, Plenitude Pós-prandial, Dor/Queimação Epigástrica e Saciedade Precoce, divergiu em distribuição entre os dois grupos. Conclusão: houve maior frequência de sintomas dispépticos nos indivíduos com HAM-TSP, sendo o sexo feminino mais afetado nos dois grupos. Não foram notados padrões de distribuição dignos de destaque com relação a idade dos pacientes. Palavras-chave: HTLV-1; mielopatia associada ao HTLV-1; dispepsia; sintomas dispépticos.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM PACIENTES COM NEOPLASIA DE PULMÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR DE 2011 A 2015 NOME ALUNO (A): BRUNO PÓVOAS DE SOUZA SERRANO ORIENTADOR (A): DRA. CAROLINA BITTENCOURT MOURA DE ALMEIDA

RESUMO

Introdução: O Câncer de Pulmão é, entre todas as neoplasias, a principal causa de morte por câncer em todo o mundo. Doença considerada rara até o início do século XX tornou-se um problema de saúde pública mundial com o grande aumento da cultura do tabagismo. Nas últimas décadas inúmeros estudos foram feitos com a intenção de adotar medidas que sensibilizem a sintomatologia desta neoplasia para que assim, com a ajuda de técnicas especializadas, a realização de um diagnóstico cada vez mais precoce seja feito. Só assim as estratégias terapêuticas mais recentes podem se tornar mais eficazes na redução da sua alta morbimortalidade. Conhecer o perfil epidemiológico da doença e a população de maior risco é, então, de suma importância para essa finalidade. Objetivo: Descrever a incidência de casos de neoplasia de pulmão na região metropolitana de Salvador no intervalo de 2011 a 2015, analisando o seu perfil epidemiológico com base na faixa etária, sexo, cor/raça. Método: Tratou-se de um estudo descritivo observacional de série temporal, com dados secundários do Ministério da Saúde, obtido do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Resultados: Entre 2011 e 2015 foram notificados 2587 internações de Câncer de Pulmão na Região Metropolitana de Salvador, sendo que 2012 foi o ano com maior incidência, num total de 579 internações. Nesse período estudado, a incidência foi um pouco maior em homens, sendo 1331 homens e 1256 mulheres internadas. A idade de maior prevalência foi entre 60 e 69 anos, com 855 internações. A raça/cor de maior prevalência foi a Parda, com 1579 internações, o que representa 61% de toda população. Conclusão: Foram notificadas 2587 internações no período, sendo 2012 o ano com mais registros, num total de 579 internações e com maior coeficiente de incidência. Verificou-se maior incidência na faixa etária entre 60 e 69 anos. Com relação ao gênero, pôde-se observar que a incidência foi maior no sexo masculino, sendo que nos últimos anos essa diferença no número de internações entre os sexos foi ficando cada vez menor. A raça/cor que apresentou maior incidência foram os pardos. A letalidade, embora não tenha oscilado muito no período, ainda é muito elevada.

Palavras-Chave: Neoplasia de Pulmão; tabagismo; morbimortalidade; perfil epidemiológico; diagnóstico precoce.

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TEMA: AVALIAÇÃO DA RESPOSTA CLÍNICA DE PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM TRATAMENTO AMBULATORIAL NOME ALUNO (A): BRUNO ROBERT VASCONCELLOS OLIVEIRA ORIENTADOR (A): PROFª LUCÍOLA M. LOPES CRISOSTOMO CO-ORIENTADOR: PROF. WILDE ROBERT

RESUMO

Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um importante problema de saúde pública mundial, com prevalências elevadas, associada a alterações em órgãos-alvo e relacionada diretamente ao aumento no risco de eventos cardiovasculares. Não está claramente descrito quais os fatores que influenciam a resposta ao tratamento em distintos grupos populacionais. Objetivos: Avaliar a resposta clínica ao tratamento convencional, de pacientes com hipertensão arterial sistêmica assistidos em um ambulatório de uma instituição pública e uma filantrópica de Salvador, Bahia. Métodos: Estudo de coorte prospectivo. Incluidos: pacientes com HAS em tratamento, com 2 avaliações (primeiro momento=1 e após 3 meses=2), no período de fevereiro a setembro de 2018, em dois ambulatórios especializados públicos de Salvador-BA, com idade ≥18 anos. Excluídos: não aceitar participar assinando termo de consentimento livre e esclarecido e comorbidades. As variáveis foram demográficas e clínicas. Resposta clínica (RC) foi considerada redução dos níveis pressão arterial (PA) sistólica (PAS)≤10,o e diastólica≤5,0mmHg ou do estágio da HAS. A pesquisa foi aprovada por comitê de ética em pesquisa em seres humanos. Análises: estatística descritiva, testes t de Student, χ2, correlação de Pearson, p<0,05 foi estatisticamente significante. Resultados: Foram estudados 207 pacientes, destes, 60 pacientes retornaram para avaliação após 3 meses e constituem o grupo prospectivo, o qual apresentou idade média= 57,6±11,8 (31-86) anos, 46,7% com idade ≥60 anos; 88,3% do sexo feminino; pardos e pretos 81,7%; IMC e CA foram respectivamente 29,6±4,9 (21,3-42,9) kg/m2 e 95,1±11,6(68-125) cm; diabetes mellitus presente em 20,0%. Quanto aos níveis de PA, pacientes com PAS1 e PAS2≥140,0mmHg representaram 73,3% e 51,7% respectivamente (p<0,001); pacientes com PAD1 e PAD2 ≥90,0mmHg foram 56,7% e 21,7% respectivamente (p<0,001). Em 46(76,7%) pacientes houve resposta clinica (diminuição da PA). Encontrou-se respectivamente melhora em 55,0% dos pacientes em estágio da HAS ≤1 vs. 100,0% dos pacientes do em estágio da HAS ≥2, (p<0,001). A correlação entre a PAS1 com PAS2 e PAD1 com PAD2 foi boa, considerando R=0,599 e R=0,533 respectivamente, p<0,0001. Conclusões: Os pacientes foram predominantemente do sexo feminino; de cor parda e preta, com elevada frequência de idosos; pacientes com estágios mais elevados de HAS apresentaram resposta clínica mais significativa em relação aos com estágios menos elevados, o que pode sugerir provável associação entre níveis de pressão no primeiro momento e a resposta clínica avaliada após três meses nos pacientes estudados. Palavras-chave: Hipertensão. Hipertensão arterial sistêmica. Pressão arterial. Assistência ambulatorial.

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TEMA: COMPARATIVO DE MORTALIDADE ENTRE LEISHMANIOSE VISCERAL E DENGUE NA REGIÃO NORDESTE BRASILEIRA NO PERÍODO DE 2012-2016 NOME ALUNO (A): CAMILLA DE SOUZA NEVES ORIENTADOR (A): PROF. ARTUR DIAS LIMA

RESUMO

Comparativo de mortalidade entre leishmaniose visceral e dengue na região nordeste brasileira no período de 2012-2016 NEVES, C.S; LIMA, A.G.D Objetivos: identificar os fatores associados a mortalidade por Dengue e o índice correspondente a Leishmaniose Visceral, na região Nordeste do Brasil, no período entre 2012-2016; além disso, relatar o número de óbitos pelas duas doenças durante o período de estudo e avaliar a associação entre os óbitos por leishmaniose visceral e dengue e as possíveis diferenças de mortalidade entre elas. Métodos: trata-se de um estudo comparativo descritivo, de série temporal, com dados secundários do Ministério da saúde a partir do Departamento de Informática do Sus (DATASUS), realizado na região Nordeste brasileira. Os dados serão provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Serão considerados as variáveis sexo e faixa etária. Resultados: no período de 2012-2016, ocorreram 953 óbitos por Leishmaniose visceral em toda a região Nordeste com uma média de 190,6 ± 191 casos por ano e uma taxa de mortalidade de 1,67%. A maioria dos pacientes eram do sexo masculino (67,1%) e possuía idade entre 40-59 anos (27,1%). A distribuição de óbitos referente as características da dengue, como causa grave pela doença, segundo a variável sexo, aponta que no período de 2012-2016, ocorreram 518 óbitos por esta causa em toda a região Nordeste com média anual de 103,6 ± 104 óbitos e uma taxa de mortalidade de 0,91% para cada 1000 habitantes. Os mais atingidos foram pessoas do sexo masculino (56,56%). Conclusão: mesmo com o número muito elevado dos casos de dengue em relação a leishmaniose visceral, esta vem acarretando mais mortes, provavelmente, atribui-se a isso o fato das características clínicas e repercussões sistêmicas da LV, além da forma de tratamento prolongado e consequências inerentes às drogas utilizadas para tal. Palavras-chave: leishmaniose visceral; dengue; doenças negligenciadas;

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TEMA: CONHECIMENTOS E ATITUDES DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE A POPULAÇÃO LGBT: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): CAROLINE MIRANDA DE MORAIS E SILVA ORIENTADOR (A): PROFª. ESTELA MARIA MOTTA LIMA LEÃO DE AQUINO CO-ORIENTADORA: PROFª. MANUELA OLIVEIRA DE CERQUEIRA MAGALHÃES

RESUMO

Introdução: A população Lésbica, gay, bissexual e transgênero (LGBT) sempre vivenciou muitas dificuldades na sociedade, e apesar de ter adquirido direitos e políticas públicas, continua enfrentando barreiras para acessar um sistema de saúde de qualidade. As escolas de medicina abordam pouco a temática LGBT, e esse desconhecimento interfere nas atitudes do aluno, e também na manutenção de um currículo com poucos conhecimentos específicos relacionados a essa população tão diversificada. Objetivo: O objetivo desse estudo foi identificar os conhecimentos e as atitudes dos alunos, através de uma revisão sistemática de literatura. Metodologia: revisão sistemática de literatura com quatro estudos selecionados a partir dos critérios de exclusão e inclusão. Resultados: Observou-se que os alunos possuem explicitamente atitudes positivas em relação a população LGBT, porém há um desconhecimento das atenções específicas para esse grupo. Além de poucas pesquisas realizadas no território brasileiro. Palavras-chaves: Homosex*; Educação Médica; Educação Profissionalizante; Estudantes de Medicina

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TEMA: DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D E AUMENTO DE NÍVEIS PRESSÓRICOS EM MULHERES OBESAS NOME ALUNO (A): CIRO PIRES VENTURA AZEVEDO ORIENTADOR (A): PROFª. MINNA FERRARI SCHLEU CARVALHO

RESUMO

Introdução: A Hipertensão arterial é uma condição multifatorial com incidência crescente em todo o mundo. Recentemente, várias hipóteses vêm sendo levantadas sobre a possível correlação entre valores pressóricos elevados e baixos níveis séricos de vitamina D, podendo ser este um dos fatores causadores e/ou agravantes desta doença crônica. Objetivo: Explorar a hipótese de que menores níveis séricos de 25(OH)D predispõem ao aumento da pressão arterial em mulheres obesas e determinar a prevalência de hipovitaminose D em mulheres obesas. Metodologia: Trata-se de um estudo analítico de corte transversal realizado no ambulatório de obesidade do Ambulatório Docente Assistencial da Bahiana (ADAB) da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Publica (EBMSP) no período compreendido entre 2009 e 2013. Este ambulatório faz parte do PEPE (Programa de Estudo do Excesso de Peso). O atendimento é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e funciona como centro de referência para atendimento de pacientes com obesidade dentro da instituição. Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 21). As variáveis categóricas foram descritas em frequência absoluta e relativa (percentual) e as variáveis numéricas em média (desvio padrão) ou mediana (intervalo Interquartil). A distribuição das variáveis foi definida a partir da análise dos testes de Kolmogorov-Smirnoff e Shapiro-Wilk e da análise do histograma. A correlação da 25(OH)D com a pressão arterial sistólica e com a pressão arterial diastólica foi realizada através do teste de correlação de Pearson. Na comparação dos valores pressóricos entre as pacientes com e sem deficiência de 25(OH)D e na comparação da média de 25(OH)D entre pacientes hipertensas e não hipertensas foi utilizado teste T de Student para amostras independentes. Resultados: A amostra foi composta por 121 pacientes, com idade média de 43 (±11) anos, peso de 95 (±20) kg e IMC 37 (±6) kg/m2. A maioria das pacientes eram pardas ou negras, hipertensas e obesas II. A média de 25(OH)D das pacientes foi de 23 (±6) ng/mL, sendo 27% das pacientes com níveis deficientes. Não houve correlação entre 25(OH)D e níveis pressóricos. A comparação dos valores pressóricos entre as pacientes com e sem deficiência de 25(OH)D e a comparação da média de 25(OH)D entre pacientes hipertensas e não hipertensas não demonstrou associação entre tais variáveis, com valores de p >0,05. Conclusão: Conclui-se que na presente amostra não houve diferença nos valores pressóricos com base no nível sérico de 25(OH)D e que a taxa de deficiência da vitamina D encontrada comparativamente foi baixa.

Palavras-chaves: Vitamina D. Hipertensão arterial. Obesidade.

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TEMA: TAXA DE AMPUTAÇÃO E MORTALIDADE EM 1 ANO DE PACIENTES COM ISQUEMIA CRÍTICA DE MEMBRO AVALIADOS PELA CLASSIFICAÇÃO WIfI NOME ALUNO (A): CLOVES ROCHA DOS SANTOS JUNIOR ORIENTADOR (A): PROF. EUTÍMIO AIRES BRASIL CO- ORIENTADOR: PROF. ANDRÉ BRITO QUEIROZ

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é a obstrução crônica das artérias dos membros inferiores por aterosclerose. A forma mais avançada da doença é a Isquemia Crítica de Membro e essa é associada à alta morbimortalidade em 1 ano. Os principais desfechos clínicos são amputação maior, amputação menor e óbito. O sistema de classificação WIfI da Society of Vascular Surgery (2014) avalia os três principais aspectos relacionados ao risco de perda de membro: extensão da ferida (Wound), grau de isquemia (Ischemia) e infecção (foot Infection). OBJETIVOS: Estimar a taxa de amputação de membro e mortalidade dos pacientes um ano após serem estratificados segundo a classificação WIfI da Society of Vascular Surgery. MÉTODOS: Estudo descritivo observacional. Teve como população, pacientes encaminhados para hemodinâmica do hospital Ana Nery em Salvador-BA, para realização de arteriografia de membros inferiores. Foram coletados dos pacientes, na admissão, dados pessoais e de comorbidades, assim como calculado o índice tornozelo-braquial (ITB) do membro afetado. Analisou-se o membro do paciente segundo a classificação WIfI e o caracterizou em um estágio clínico de 1 a 4. Após 1 ano da admissão, foi coletado, através de prontuário e ligação telefônica, as variáveis: óbito, amputação maior, amputação menor e revascularização. RESULTADOS: O número inicial de pacientes foi 130, pacientes inclusos na pesquisa foram 112. Foi registrado uma idade média de 67 ±11 anos, uma leve predominância do sexo feminino e 66,1% são do interior do estado. O seguimento de 1 ano dos pacientes teve uma amostra de 58 pacientes inclusos. As comorbidades mais frequentes nos pacientes da amostra foram hipertensão arterial sistêmica (75%), diabetes mellitus (70,5%) e tabagismo (59,8%). Nos 58 pacientes avaliados (inclusos), foram registrados 18 (31%) óbitos, 21 (35%) tiveram amputação maior e 27 (42,2%) amputação menor. De 40 paciente que tiveram risco moderado a alto de amputação foram registradas 15 (37,5%) amputações, enquanto que dos 18 pacientes inclusos com risco baixo ou muito baixo de amputação, registrou-se 3 (16,7%) amputações. Foram registrados 14 (35,9%) óbitos de pacientes portadores de diabetes mellitus. Pacientes diabéticos que tiveram amputação maior foram 16 (39%) e amputação menor 21 (47,7%). Não houve diferença de amputação ou mortalidade entre os sexos. CONCLUSÃO: Registrou-se uma alta taxa de amputação em 1 ano, foram 20% nos estágios 1 e 2 e 37,5% para os estágios 3 e 4. A taxa de mortalidade foi de 31% em 1 ano. Mostrou-se, também, que diabetes mellitus (70,5%) e hipertensão arterial (75%) são as comorbidades mais frequentes entre os pacientes. A ICM foi mais prevalente na terceira idade e os pacientes diabéticos têm quase 4 vezes mais amputação e óbito que não diabéticos. Não houve diferença de desfechos clínicos entre os sexos.

PALAVRAS-CHAVE: Doença Arterial Periférica, Aterosclerose de Membros inferiores, Isquemia Crítica de Membro, Classificação WIfI.

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TEMA: PREVALÊNCIA DE FIBRILAÇÃO ATRIAL E ANSIEDADE EM PACIENTES COM QUEIXA DE PALPITAÇÃO EM AMBULATÓRIO DE ARRITMIAS CARDÍACAS NOME ALUNO (A): CRÍSSIA LAVÍNIA FARIAS DE SANTANA ORIENTADOR (A): PROF. LUCAS HOLLANDA OLIVEIRA CO-ORIENTADORA: NATALI DOS REIS SANTOS DA SILVA

RESUMO

Santana CLF. Prevalência de Fibrilação Atrial e Ansiedade em Pacientes com Queixa de Palpitação em Ambulatório de Arritmias Cardíacas [trabalho de conclusão de curso]. Salvador. Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2018. Introdução: A fibrilação atrial (FA) é uma arritmia supraventricular caracterizada pela ausência de sístole atrial coordenada, cujos sintomas mais comuns são as palpitações. Nas duas últimas décadas, a incidência de FA aumentou a nível global, estimulada pelo envelhecimento da população. A associação entre ansiedade e FA foi descrita em muitos estudos, nos quais foi demonstrada a prevalência de ansiedade e traços de ansiedade em pacientes com a arritmia, contribuindo para o empobrecimento da qualidade de vida dos mesmos. Objetivo: Estimar a prevalência de fibrilação atrial e ansiedade em pacientes com queixas de palpitação. Métodos: Trata-se de um estudo observacional descritivo cuja amostra foi formada por pacientes admitidos no setor de arritmologia da Fundação Bahiana de Cardiologia com queixa de palpitação. Estes pacientes responderam a questionário padronizado, composto pela escala HADS, que avalia a probabilidade de diagnóstico de ansiedade, e por perguntas clínicas e sociodemográficas. As informações contidas no questionário fizeram parte de um banco de dados que foi analisado através do software SPSS, versão 11.0.1 para Windows. Resultados: A amostra obtida foi composta por 40 pacientes, sendo a maioria do sexo feminino (62,5%) e com média etária de 60,2 anos. Em geral, a população amostral era casada (55%), aposentada (60%), com nível educacional médio completo (32,5%) e com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (60%). Quanto à presença de FA, 27,5% dos pacientes possuíam diagnóstico da arritmia e, destes, 36,4% apresentavam classificação de “ansiedade possível” pela HADS, com equivalência percentual entre os sexos. Conclusão: Os dados obtidos com este estudo demonstram que, dentre a população que apresenta diagnóstico de FA e possível ansiedade, pacientes dos sexos feminino e masculino são percentualmente equivalentes. Entretanto, quando são analisados os escores de gravidade dos sintomas da arritmia, estas mulheres apresentam pontuações mais altas, indicando que elas sofrem estresse psicológico mais intenso, com repercussões importantes clinicamente e na qualidade de vida, o que sugere que elas devam ser avaliadas e adequadamente tratadas para comorbidades psicológicas. Palavras-Chave: Fibrilação atrial. Ansiedade. Palpitações.

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TEMA: HIPERTENSÃO E RISCO CARDIOVASCULAR: PERFIL DOS PACIENTES DE AMBULATÓRIOS PÚBLICOS DE SALVADOR-BAHIA NOME ALUNO (A): DANIEL GOMES BRAGA DOS REIS ORIENTADOR (A): PROFª. LUCÍOLA M. LOPES CRISOSTOMO CO-ORIENTADOR: PROF. WILDE ROBERT

RESUMO

Introdução: No âmbito mundial, inclusive no Brasil, as doenças cardiovasculares (DCV) constituem a primeira causa de morbimortalidade em adultos, e cada vez mais pessoas morrem anualmente dessas doenças, em relação a qualquer outra causa. A principal doença relacionada é a hipertensão arterial sistêmica (HAS), que é responsável por multiplicar o risco para o desenvolvimento de outras DCV. Objetivo: Avaliar o risco cardiovascular em pacientes com hipertensão arterial sistêmica em ambulatórios especializados – um público e um filantrópico de Salvador, Bahia; Descrever a frequência de fatores de risco cardiovascular nos pacientes estudados; Determinar o escore risco de Framingham e escore de risco global para estratificação de risco cardiovascular nos pacientes estudados; Comparar o escore de risco cardiovascular global em relação ao perfil institucional e pressão arterial sistólica e diastólica. Métodos: Estudo transversal, incluídos pacientes com HAS em tratamento em um ambulatório especializado de instituição filantrópica e um público com idade ≥18 anos. Excluídos os que não aceitaram participar assinando termo de consentimento livre e esclarecido. As variáveis foram demográficas, clínicas e laboratoriais obtidas no atendimento ambulatorial. A pesquisa foi aprovada por comitê de ética em pesquisa em seres humanos. As análises consideraram estatística descritiva, testes t de Student e χ2, p<0,05 foi estatisticamente significante. Resultados: Foram estudados 207 pacientes, 75,8% mulheres e 24,2% homens; idade=57,6±11,3(31–86) anos, 48,3% pardos, 34,3% negros e 15,5% brancos; índice de massa corpórea=29,7±5,0(19,9–42,9) kg/m2; pressão arterial (PA) sistólica= 157,9±29,4(118–232) mmHg e PA diastólica=93,3±14,5(70–132) mmHg. A frequência de antecedentes familiares (AF) de HAS foi de 80,0%; AF de DCV foi de 58,6%; sedentarismo=56,5%; dislipidemia=55,6%; tabagismo=35,7%; diabetes mellitus=22,9% e etilismo=24,3%. O risco cardiovascular estimado pelo escore de Framingham (EF) e escore global (EG) foram respectivamente: 15,84±5,85 (-3 – 26) e 15,64±5,12 (2 – 25). Conclusões: Houve significativa frequência de idosos; do sexo feminino, pardos e negros; elevada frequência de hipertensão estágios 2 e 3; A frequência de fatores de risco cardiovascular foi elevada, sendo os mais frequentes sobrepeso e obesidade, antecedentes familiares de HAS; dislipidemia e antecedentes familiares de DCV e sedentarismo; sugestivo de associação entre o risco cardiovascular global e a pressão arterial sistólica nos pacientes estudados.

Palavras-chave: Hipertensão arterial sistêmica. Pressão arterial. Perfil clínico. Perfil metabólico. Fator de risco cardiovascular.

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TEMA: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHNO FÍSICO DO PACIENTE PORTADOR DE DPOC NO TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO

NOME ALUNO (A): DANIEL MACHADO FERREIRA COSTA

ORIENTADOR (A): PROFª. ANA CLÁUDIA COSTA CARNEIRO CO-ORIENTADOR: PROF. AQUILES ASSUNÇÃO CAMELIER

RESUMO

Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um grave problema de saúde pública, haja vista sua grande prevalência e morbimortalidade. A devida avaliação clínica dos pacientes portadores da doença é essencial para a classificação e, portanto, determinação da gravidade e risco de exacerbações. O teste de caminhada de 6 minutos é um teste rápido, simples e efetivo, por predizer agudizações e auxiliar na classificação de gravidade da doença. A implementação do teste em larga escala mostra-se eficaz para o melhor acompanhamento do paciente com DPOC. Objetivo: Avaliar o desempenho físico de pacientes com DPOC no teste de caminhada de 6 minutos (TC6m), em umhospital especializado em pneumologia, correlacionando-o com os critérios de gravidade preconizados pela GOLD. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal ambulatorial. Foi realizado em uma população de portadores de DPOC, através de amostragem de conveniência, no Hospital Especializado Octavio Mangabeira (HEOM/SESAB). Foram incluídos indivíduos com idade entre 40 e 80 anos, de ambos os sexos, regularmente acompanhados no HEOM, diagnosticados com DPOC segundo as normas GOLD/II Consenso Brasileiro de DPOC. Foram excluídos pacientes que possuíssem distúrbios psiquiátricos, quaisquer outras patologias pulmonares não DPOC, patologias que impedissem a deambulação ou tivessem histórico de exacerbação nos últimos 30 dias. Questionários foram realizados para avaliar o estado clínico dos pacientes, bem como sua qualidade de vida, tais quais: CAT, mMRC e AQ20. Os indivíduos foram classificados de acordo com os critérios da GOLD. Além disso, dados antropométricos foram avaliados. Em seguida, realizou-se o TC6m em todos os pacientes, os resultados obtidos foram comparados com a gravidade pelos critérios da GOLD e com os outros questionários de dispneia. Resultados: Foram avaliados 65 pacientes dos quais 43 (66,1%) pacientes do sexo masculino. Observamos que pacientes considerados mais graves (27%), pelos critérios GOLD, obtiveram um valor médio de 293m percorridos no TC6, desempenho abaixo do valor médio de normalidade de 576m para homens e 494 m para mulheres descrito na literatura. Tal fato se torna ainda mais nítido quando comparados os resultados obtidos por pacientes de quadro mais brando (moderado/leve- 27%), que apresentaram um TC6 de 400 m. Foi observado que pacientes mais graves começavam o teste numa velocidade maior que decaía ao longo dos minutos, implicando, assim, numa menor velocidade média, quantificada em 48,76m/min. Conclusão: O TC6m é uma ferramenta simples, de baixo custo e dispensa a utilização de maiores tecnologias. Ele consegue analisar, de forma eficaz, o grau de dificuldade do indivíduo para a realização de atividades corriqueiras, que podem impactar com a sua qualidade de vida, o que justifica a sua importância como exame de acompanhamento de pacientes com DPOC.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA MENINGOCÓCICA NA BAHIA NO PERÍODO DE 2007 A 2017 NOME ALUNO (A): DANILO CAJAIBA GANDARELA PEREIRA

ORIENTADOR (A): PROFA. ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE

RESUMO Introdução: A doença meningocócica é uma infecção bacteriana causada pela Neisseria meningitides, um diplococo gram-negativo que coloniza a nasofaringe de cerca de 10% da população saudável de forma assintomática. No Brasil a doença meningocócica invasiva é endêmica e ocasionalmente ocorrem surtos em algumas cidades. A taxa de incidência é de aproximadamente 2 casos/100.000 hab/ano. O alto potencial de causar epidemias e letalidade elevada impõe a notificação imediata dos casos no Brasil. A Bahia como uma unidade federativa endêmica e representando a 4º maior população do pais, o estudo da incidência se mostra necessário Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da Doença Meningocócica na Bahia de 2007 a 2017 Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo observacional de série temporal, com dados secundários do SINAN, obtidos a partir do portal de Vigilância da Saúde da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Para esse estudo foram considerados os casos de Doença Meningocócica. Foram analisadas as seguintes variáveis nesse estudo: ano dos primeiros sintomas, sexo, macrorregião de residência, faixa etária, escolaridade, raça/cor, classificação final, etiologia, critério de confirmação e evolução. As variáveis categóricas foram analisadas considerando os números absolutos e relativos. Para verificar a tendência temporal do Coeficiente de Incidência e da Letalidade, foi realizada regressão linear e calculados o R2, B e o p-valor. Foram consideradas diferenças estatisticamente significantes os valores de “p” < 0,05. Resultados: Durante o período do estudo, entre 2007 a 2017, foram notificados 1.401 casos de doença meningocócica no estado da Bahia. Em relação a faixa etária, a maior concentração de casos foi na população entre 20-34 anos (23,48%). A macrorregião de residência a Leste concentrou a maioria dos casos (57,23%). A forma isolada de meningite representou 46,47% dos casos, seguida da meningite com meningococcemia (30,84%) e a meningococcemia isolada (22,70%). O Coeficiente de Incidência, no período, demonstrou um aumento acentuado do risco de adoecer entre 2007 até 2010; sendo que em 2010 foi encontrado o pico de incidência (1,62 casos/100.000hab). A tendência descendente do CI foi estatisticamente significante (p<0,05). Conclusão: Entre 2007 e 2017, houve diminuição da incidência da doença meningocócica na Bahia e em todas as Macrorregiões. A Letalidade da doença apesar ter apresentado tendência descendente, ainda é bastante elevada. Verificou-se maior incidência na população abaixo de 5 anos e maior letalidade em indivíduos mais idosos entre 50 a 79 anos. A partir de 2010 a incidência apresentou tendência decrescente para ambos os sexos. O sorogrupo que circulou mais intensamente no estado no período do estudo e em todas as macrorregiões foi o Meningo C. Palavras chave: Incidência, Doença Menigocócica, Epidemiologia.

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TEMA: O USO DO METILFOLATO EM RELAÇÃO AO ÁCIDO FÓLICO NA PREVENÇÃO DOS DEFEITOS DE FECHAMENTO DO TUBO NEURAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): DANILO DANTAS CARDOSO NEIVA LEMOS

ORIENTADOR (A): PROF. OMAR ISMAIL SANTOS PEREIRA DARZÉ

RESUMO

O folato é um componente químico essencial para o ser humano. Um dos representantes deste grupo é o ácido fólico, que, dentre outras funções, é utilizado no pré-natal com o intuito de prevenir os defeitos de fechamento do tubo neural (DTNs). Outro representante deste grupo é o metilfolato – forma ativa do ácido fólico no organismo – que também pode ser utilizado para a prevenção dos DTNs. Este estudo teve como objetivo comparar o uso do ácido fólico vs. o uso do metilfolato na prevenção de doenças do tubo neural. A metodologia do estudo consiste em uma revisão sistemática na qual foram encontrados 10 artigos através de estratégia de busca pré-determinada. Destes 10 artigos, apenas 2 atenderam os critérios de inclusão estabelecidos previamente. Com a análise dos resultados encontrados pôde-se concluir que não foram encontradas evidências concretas de que existam vantagens no uso do metilfolato. Isso pode ser atribuído à escassez de estudos metodologicamente adequados acerca deste tema. Novas pesquisas são necessárias para elucidar esta questão.

Palavras-chave: ácido fólico, metilfolato, defeitos de fechamento do tubo neural, DTNS, prevenção.

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TEMA: VITRECTOMIAS: PERFIL DAS INTERNAÇÕES NO SUS, BRASIL, 2012 A 2017 NOME ALUNO (A): DÉBORA SAMPAIO ASSUNÇÃO DA SILVA

ORIENTADOR (A): PROFª LÍVIA MARIA NOSSA MOITINO

RESUMO

Silva, DSA. Vitrectomias: perfil das internações no SUS, Brasil, 2012 a 2017. [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. INTRODUÇÃO: A cirurgia de vitrectomia constitui-se como uma ferramenta para diversas desordens que podem ocorrer no globo ocular, consistindo na retirada do corpo vítreo e possíveis corpos estranhos, com o posicionamento adequado da retina no fundo do olho. Sua indicação aumenta a partir da quinta e sexta décadas de vida, com acúmulo de comorbidades, como Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, com o acúmulo de comorbidades que culminam em retinopatias. OBJETIVO: Primário - Descrever o perfil das internações para realização de Vitrectomia no Brasil, no período de 2012 à 2017. Secundário - Comparar o perfil das internações para realização de Vitrectomia entre as regiões brasileiras, no período de 2012 à 2017. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo observacional com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados a partir do banco de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) na seção de Produções Hospitalar do SUS conforme o SIH/SUS (Sistema de Informações Hospitalares do SUS). Foram incluídos os procedimentos oftalmológicos concernentes às Vitrectomias, divididas em: Vitrectomia Anterior e Posterior, Vitrectomia Posterior com Infusão de Perfluocarbono e Endolaser e a Vitrectomia Posterior com Infusão de Perfluocarbono/Óleo de Silicone/Endolaser, realizados através do SUS no Brasil, no período que data de janeiro de 2012 a dezembro 2017. Por se tratar de um banco de dados de domínio público, não foi necessário a submissão ao comitê de ética em pesquisa – CEP. RESULTADOS: No período analisado o número total de internações no SUS para realização das vitrectomias foi de 110.787. A região Sudeste foi aquela que mais acumulou internações, com 47,08% das internações, seguida da região Sul (20,06%) e Nordeste (19,87%). A análise relativa a 100 mil habitantes evidenciou a região Sul com 12,70 internações/100 mil habitantes, seguida das regiões Centro-oeste (11,05 internações/100 mil habitantes) e Sudeste (10,18 internações/100 mil habitantes). No tocante aos gastos, em seis anos, foram dispensados R$ 277.331.988,00 gerando um custo médio aproximado por paciente de R$ 2.502,25 reais, com as internações gerando um tempo médio de permanência hospitalar de 0,4 dias. CONCLUSÃO: Houve um aumento no número de vitrectomias no período analisado. A região Sul obteve maior número de internamentos por 100 000 habitantes, maior custo com esse procedimento, bem como o maior média de dias dos pacientes internados.

Palavras-Chave: Vitrectomia; Perfil de Saúde; Sistema Único de Saúde.

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TEMA: AVALIAÇÃO DA MATRIZ DÉRMICA PORCINA NA MODULAÇÃO DA CICATRIZAÇÃO UTILIZANDO-SE A ESCALA DE VANCOUVER EM PACIENTES SUBMETIDOS À TRATAMENTO CIRÚRGICO DE SEQUELAS DE QUEIMADURA NOME ALUNO (A): EMILLY VIRGINIA COSTA BORGES ORIENTADOR (A): PROF. MARCUS VINICIUS VIANA DA SILVA BARROSO

RESUMO

Introdução: O surgimento das matrizes de regeneração dérmica nas últimas décadas permitiu um grande avanço no tratamento das sequelas de queimaduras. A matriz dérmica porcina é um tecido obtido a partir da pele animal que ajuda na regeneração da camada dérmica. Objetivo: Avaliar o aspecto funcional e estético da cicatriz, através da escala de Vancouver, obtidos com o uso da matriz dérmica (Pelnac®) no tratamento das sequelas queimaduras e demonstrar o perfil epidemiológico desses pacientes. Método: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo. Foram selecionados pacientes com indicação de colocação de matriz dérmica, internados em um hospital público de referência em queimados em Salvador-Bahia no período compreendido entre maio de 2017 a agosto de 2018. Os pacientes foram submetidos a avaliação através da escala de Vancouver em três momentos: pré-operatório, após 3 meses e após 6 meses. As variáveis analisadas no estudo foram: idade, sexo, agente etiológico, topografia da lesão, superfície corporal queimada e complicações da enxertia. Resultado: Foram selecionados 13 pacientes. Destes, 69% foram do sexo feminino. A idade dos pacientes variou de 4 a 55 anos, com média de 29 anos. O agente etiológico mais prevalente foi a química (38%). Face (31%) e tronco (23%) foram os locais mais prevalentes da implantação da matriz dérmica. 8% dos pacientes evoluíram com complicações maiores e 23% com complicações menores. A média (desvio padrão) observada no Vancouver pré-operatório foi de 8,76 (1,74), após 3 meses de 4,25 (2,89) e após 6 meses de 3,3 (2,67). Conclusão: O emprego da matriz dérmica porcina é uma alternativa viável no tratamento das lesões decorrentes de queimaduras independente de sua etiologia. A observação do baixo índice de complicações indica que o uso da matriz dérmica no tratamento tardio do queimado é importante, devendo ser considerado na programação cirúrgica deste perfil de paciente. Notou-se melhora da qualidade da cicatriz, através da avaliação com a escala de Vancouver do pré e pós-operatório. Descritores (palavras-chave): Queimaduras. Tratamento. Cirurgia. Pele artificial. Cicatriz.

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TEMA: PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DAS MULHERES SUBMETIDAS AO ABORTO LEGAL EM UM SERVIÇO PÚBLICO DE REFERÊNCIA NA CIDADE DE SALVADOR-BAHIA NOME ALUNO (A): ERNANE MACHADO GOMES ORIENTADOR (A): PROF. DAVID DA COSTA NUNES JUNIOR

RESUMO Gomes EM. Perfil clínico-epidemiológico das mulheres submetidas ao aborto legal em um serviço público de referência na cidade de Salvador – BA. [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. INTRODUÇÃO: O abortamento é definido como a interrupção da gravidez que ocorra até a 20ª-22ª semana de gestação. No Brasil, não é considerado crime quando decorre de violência sexual ou impõe risco de vida à mulher. No entanto, sabe-se que a presença de barreiras socioculturais torna difícil a realização do procedimento e a discussão do assunto, sendo necessária então uma maior compreensão acerca da experiência, especialmente em nível local, e dos aspectos socioeconômicos e pessoais envolvidos no processo. OBJETIVOS: Descrever o perfil das mulheres submetidas ao abortamento legal em uma maternidade pública de referência no ano de 2017. MÉTODOS: Estudo observacional descritivo, de coleta de dados retrospectiva, do período de dezembro de 2016 a dezembro de 2017 no Instituto de Perinatologia da Bahia. Foram obtidos dados sobre variáveis biológicas, sociodemográficas, a história obstétrica prévia e ao momento do procedimento, o tipo de técnica empregada e complicações ocorridas, o período de permanência no serviço, o motivo do abortamento e, em casos de violência sexual, o local do ocorrido, o vínculo e o número de agressores, a realização de boletim de ocorrência e a presença de infecções sexualmente transmissíveis associadas. RESULTADOS: Foram analisadas 41 pacientes,

com idade média de 26,93 anos ( 6,68). A maioria se considerou parda (82,9%), era solteira (90,3%), natural de Salvador (61%) e possuía vínculo trabalhista, sendo trabalho formal em 43,9% dos casos e informal em 9,8% destes. Além disso, verificou-se que, dentre os distritos sanitários, 22% estavam concentradas no distrito Barra/Rio Vermelho. A maioria não havia engravidado previamente (56,1%) e apresentava idade gestacional acima de 9 semanas (65,8%), estando concentradas na faixa de 9-14 semanas na admissão (36,6%) e no momento da realização do procedimento (48,8%). Todas foram vítimas de abuso sexual, sendo 85,4% destes perpetrados por um único indivíduo, e não havendo boletim de ocorrência em 87,8% dos casos. O tipo de procedimento mais utilizado foi a curetagem uterina associada ao uso prévio de Misoprostol (75,6%), sem ocorrências de complicações associadas ao procedimento e com um período de internação de 2 a 4 dias (58,6%). CONCLUSÃO: Neste estudo foi observado que a procura pelo serviço de realização do abortamento previsto em Lei mais antigo e com maior volume de atendimentos do Estado da Bahia foi exclusivo de mulheres que foram vítimas de violência sexual e que na sua maioria se declararam pardas ou negras, residentes na capital baiana, solteiras, com escolaridade igual ou acima ao nível médio completo e que procuraram o atendimento em uma fase mais avançada de suas gestações. Estes dados nos obrigam a refletir qual o local onde as mulheres que possuem uma indicação formal para interrupção de suas gestações por risco de vida estão sendo atendidas e para onde está indo a maioria das residentes de fora da capital do Estado. Palavras-chave: Aborto legal. Perfil Epidemiológico. Saúde da Mulher. Violência Sexual.

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TEMA: FENÓTIPOS DE AUTISMO: ANÁLISE DE AGRUPAMENTO COMPORTAMENTAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO NOME ALUNO (A): FERNANDA LIMA GOMES ORIENTADOR (A): PROFª MILENA PEREIRA PONDÉ CO-ORIENTADOR: PROF. GUSTAVO MARCELINO SIQUARA

RESUMO

Introdução: o transtorno do espectro do autismo (TEA) é uma condição na qual há prejuízo da comunicação e interação social, associados à presença de comportamentos restritos, repetitivos e alterações sensoriais. Diversos estudos sugerem que crianças com esse diagnóstico apresentam outras comorbidades comportamentais associadas. Objetivos: delinear através de análise de agrupamento da escala CBCL, perfis fenotípicos de crianças e adolescentes com diagnóstico de TEA, estimar a prevalência de sintomas comportamentais nessa população e correlacionar dados sociais, de neurodesenvolvimento e ambientais com os diferentes perfis fenotípicos delineados. Metodologia: trata-se de um estudo de corte transversal. A amostra foi composta por mães de crianças com diagnóstico de TEA, provenientes de instituições públicas e privadas especializadas. No total foram incluídos 92 sujeitos. O diagnóstico de TEA foi realizado por psiquiatra de acordo com os critérios do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, 5ª edição (DSM5). Os fenótipos foram delimitados pelo método estatístico K-Means. Os sintomas comportamentais foram avaliados pela versão brasileira da Child Behavior Checklist (CBCL), que é um questionário de auto respostas, preenchido pelos pais, que avaliam os aspectos comportamentais e sociais de crianças e de adolescentes. As variáveis epidemiológicas foram analisadas pelo teste U de Mann-Whitney para as variáveis contínuas e pelo teste de qui-quadrado de Pearson para as variáveis categóricas. Foi considerado como estaticamente relevante aquelas diferenças com P<0,05. Resultados: Foram delimitados dois grupos fenotipicamente distintos, o grupo 01 representando um fenótipo com mais comportamento associados, respondidos em sua maioria como muito verdadeiros pela CBCL, e o grupo 02 representando um fenótipo com menos, respondidos em sua maioria como comportamentos não verdadeiros pela CBCL. Houve grande prevalência no grupo 01 de comportamentos associados a problemas de agressividade, de atenção, de pensamento, a problemas sociais e de ansiedade e depressão. Também foram vistos, em número menor, problemas de retração e comportamento delinquencial. Não foram encontradas diferenças estatisticamente relevantes entre os dois grupos no que se refere as variáveis sociais, de neurodesenvolvimento e ambientais. Conclusão: A delimitação de fenótipos comportamentais é uma forma de agrupar indivíduos autistas e estabelecer intervenções adequadas a cada agrupamento, levando em consideração uma possível etiologia genética para os fenótipos apresentados. Pela limitação regional e numérica, outros estudos devem ser realizados para consolidação e validação dos achados.

Palavras-Chaves: Transtorno do Espectro Autista. Fenótipo. Criança. Adolescente. Comportamento.

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TEMA: LETALIDADE E CARACTERIZAÇÃO DOS ÓBITOS DE CRIANÇAS COM DOENÇA FALCIFORME DIAGNOSTICADAS PELA TRIAGEM NEONATAL: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL NOME ALUNO (A): FILIPE PATO SERRA SOUZA

ORIENTADOR (A): PROF. NEY CRISTIAN AMARAL BOA SORTE

RESUMO

Souza, FPS; Boa-Sorte, N. Letalidade e caracterização dos óbitos de crianças com doença falciforme diagnosticadas pela triagem neonatal: estudo de base populacional. Trabalho de Conclusão de Curso – Medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador- Bahia, 2018. Introdução: A doença falciforme (DF) é um distúrbio genético que engloba uma série de desordens hematológicas, que tem como característica a predominância da hemoglobina S (HbS). Compreender a epidemiologia, a clínica e o desfecho da DF, através da triagem neonatal é muito importante, devido a alta taxa de incidência dessa patologia no estado da Bahia. Objetivo: (1) Descrever a letalidade da doença falciforme em crianças/adolescentes com DF triadas pela Serviço de Referência de Triagem Neonatal do Estado da Bahia, no período de 2002 a 2015. (2) Estimar a taxa e a tendência anual de letalidade geral e por hemoglobinopatias verificando se houve diferenças entre as hemoglobinopatias (SC/SS). (3) Descrever as causas dos óbitos segundo linhas e causas contributivas. Métodos: O estudo foi realizado no Estado da Bahia, com todas as crianças/Adolescentes triadas no SRTN-BA período de 2002 a 2015 com diagnóstico de DF e acompanhada o seu desfecho até dezembro de 2017. Para se obter a informação sobre o óbito, os dados foram obtidos por meio da consulta ao Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) contendo os dados de identificação dos indivíduos (nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento), de modo a permitir a comparação com os dados dos pacientes triados. A base de dados do SIM foi disponibilizada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB). Resultados: No período de 2002 a 2015 foram triados 3.193 recém nacidos, destes 1.475 com hemoglobinopatia SC e 1.744 hemoglobinopatia SS. Ocorreram 78 óbitos sendo que 16 por hemoglobinopatia SC e 72 hemoglobinopatia SS, com uma razão de letalidade SS/SC de 3,74. A mediana e Intervalo Inter Quartil anual no período do estudo foi de 6,0 (4,0-8,75) ocorrências. A taxa de letalidade apresentou um fraco coeficiente de determinação, com tendência minimamente decrescente e estatisticamente não significante (R2=0,140 β=-0,103[IC95%: -0,263 – 0,057] p= 0,187). Em todas as Dec larações de Óbito a causa básica era do grupo D57 (Transtornos Falciformes). Insuficiência respiratória e Parada cardiorrespiratória foram os causas mais presente na linha “a” 14 casos cada um, correspondendo a 31,8% dos casos, em seguida veio o grupo que englobava os diversos tipos de Choque com 13 casos correspondendo a 14,8% das ocorrências. Conclusão: A letalidade por DF no estado da Bahia pode ser considerada baixa, quando comparada as expectativas descritas para populações de crianças sem diagnostico precoce. A mortalidade por DF é maior do que a por hemoglobinopatia SC. Palavras-Chave: Anemia Falciforme. Hemoglobinopatia SC. Triagem Neonatal. Letalidade

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TEMA: ABORDAGEM DA ESPIRITUALIDADE NA FORMAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DESCRITIVO BIBLIOMÉTRICO NOME ALUNO (A): FILIPE SILVA FERREIRA ORIENTADOR (A): PROFª IÊDA MARIA BARBOSA ALELUIA

RESUMO

INTRODUÇÃO: É fundamental que o médico saiba lidar com a dimensão espiritual do paciente para que forneça uma assistência que reconheça a natureza holística do ser humano. Já existem publicações na literatura que comprovam os efeitos benéficos da espiritualidade na saúde e dão suporte para a existência de cuidados espirituais no atendimento médico. Entretanto, embora a espiritualidade seja de suma importância, há uma dificuldade entre os médicos de aborda-la. Inserir esse tema durante a formação médica é fundamental. Existem muitos estudos publicados acerca da espiritualidade na graduação médica, contudo, é importante conhecer qual a tendência do mundo científico em relação a isso. Estudos que cataloguem e analisem a literatura existente, a exemplo de uma bibliometria, são necessários nesse contexto, pois fornecem um panorama que auxilia a elaboração de abordagens sobre a espiritualidade na graduação médica. OBJETIVO: Verificar a tendência das publicações referentes a espiritualidade no contexto de estudantes e docentes da graduação médica nos últimos 10 anos. METODOLOGIA: Estudo descritivo-bibliométrico com artigos que abordam a espiritualidade durante o período de graduação médica publicados nos último 10 anos, de acordo com os critérios de elegibilidade. As buscas foram feitas no Pubmed, LILACS, SciELO, ERIC, Amee meded Publish e manualmente. Os fatores de impacto foram o Qualis, SNIP, FWCI, número de citações e o percentil Benchmarking. Os estudos foram divididos em quatro categorias: metodologias de ensino, impacto da espiritualidade, percepção da espiritualidade e avaliação do desempenho espiritual. RESULTADOS: Dos 813 artigos identificados foram selecionados 33, a maioria oriunda do Pubmed (89,1%). Nos últimos dez anos a tendência foi de crescimento no número de publicações. O Brasil e os EUA foram os países que mais contribuíram com a origem dos dados, 12 artigos cada. A maior parte dos periódicos foi internacional (82,6%) e de boa relevância no Qualis (39,06%). A maioria dos artigos está a partir da média do número de citações e relevância em comparação com publicações semelhantes (70,7%). Predominam nas publicações estudos sobre metodologias de ensino da espiritualidade (43,2%), enquanto uma minoria (8,1%) avalia o desempenho dos estudantes ao lidar com a espiritualidade. Os estudos que analisaram o impacto da espiritualidade correspondem a 29,7 % e quanto a percepção da espiritualidade 19%. CONCLUSÃO: A tendência é de crescimento progressivo das publicações sobre o assunto. O panorama geral das publicações mostra que primeiro se busca como abordar a espiritualidade na graduação médica para depois avaliar como está o desempenho dos estudantes. O bom impacto dos periódicos e das publicações quando comparadas com outras semelhantes mostra a importância que o tema vem recebendo. Mais estudos devem ser feitos em diferentes nacionalidades para se conhecer a realidade da espiritualidade na formação médica. Enquanto isso, deve haver um aumento nas iniciativas de estímulo à abordagem da espiritualidade na graduação médica. Palavras-Chave: Educação Médica; Espiritualidade; Estudantes de medicina;

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TEMA: EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS DA TIREOIDE NO ESTADO DA BAHIA, NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2008 A DEZEMBRO DE 2017, DE ACORDO COM O DATASUS NOME ALUNO (A): GABRIEL ROCHA DIAS ORIENTADOR (A): PROF. ANDRÉ LUIS BARBOSA ROMEO

RESUMO

ALUNO NÃO FEZ RESUMO

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TEMA: PERFIL CLÍNICO DE PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM AMBULATÓRIOS ESPECIALIZADOS DE SALVADOR – BAHIA NOME ALUNO (A): GABRIELA CALUMBY DE BULHÕES ORIENTADOR (A): PROFª LUCÍOLA MARIA LOPES CRISOSTOMO CO-ORIENTADOR: PROF. WILDE ROBERT

RESUMO

Introdução: O diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) são fundamentais para diminuir a morbimortalidade por essa condição. Apesar de a HAS ser considerada uma doença assintomática, muitos pacientes alegam serem capazes de perceber quando sua pressão está elevada, apresentando alguns sintomas inespecíficos. Alguns estudos foram publicados sobre o perfil clínico dos pacientes hipertensos, apresentando resultados divergentes. Objetivo: Avaliar o perfil clínico de pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica, em dois ambulatórios de distintas instituições de Salvador, Bahia; descrever o perfil demográfico e clínico; e comparar perfil clínico em relação a sexo, idade e gravidade da hipertensão. Método: Estudo descritivo, com pacientes de dois ambulatórios públicos especializados em Salvador, BA. Foram incluídos pacientes com idade ≥ 18 anos, com diagnóstico de HAS, que aceitaram participar da pesquisa e excluídos os com HAS secundária. A amostra foi não probabilística e os dados obtidos dos prontuários médicos e dos pacientes durante avaliação de rotina. As variáveis foram demográficas e clínicas. Para análise dos dados fora utilizada a estatística descritiva, testes t de Student e Qui-quadrado. Os pacientes foram incluídos mediante assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido, a pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa em seres humanos. Resultados: Idade média: 57,6 ± 11,3 anos; o sexo feminino representou 75,8% da amostra. Pardos foram 48,3%, e negros, 34,3%. Quanto à escolaridade, 52,2% tinham primeiro grau completo ou incompleto. A prevalência de sobrepeso foi de 37,6% e de obesidade, 40,4%. Ex-tabagistas representaram 36,2% dos pacientes e 2,4% referiu tabagismo ativo. Diabetes mellitus foi referida por 23,7%; etilismo, por 21,9%; sedentarismo, por 56,5% e passado de acidente vascular encefálico, por 8,2%. Pressão arterial sistólica (PAs) média: 153,5±28,4 mmHg e pressão arterial diastólica (PAd) média: 90,1±13,4 mmHg. Valores de PAs abaixo de 140 mmHg foram verificados em 42,5%, e valores de PAd abaixo de 90 mmHg, em 63,3%. Desses pacientes, 46,9% referiu palpitações, 41,1%, tontura inespecífica e 40,1%, cefaleia. Zumbido e dor precordial foram referidos por 31,9% dos pacientes; escotomas cintilantes, por 37,2%, dispineia por 33,3% e síncope, por 10,1%. Palpitações foram referidas por 55% dos pacientes do sexo feminino vs. 22% dos pacientes do sexo masculino, p<0,0001. Tontura foi referida por 46,0% dos pacientes de sexo feminino vs 24,% do sexo masculino, p=0,015. Os pacientes com valores de PAS abaixo de 140 mmHg e acima de 160 mmHg, relataram tontura inespecífica 42,0% e 44,2%, vs. 31,3% daqueles com valores re pressão sistólica intermediários, p=0,140. Pacientes que queixaram cefaleia apresentaram idade média de 53,9±10,9 vs. 60,1±0,99 daqueles sem o sintoma, p<0,0001. Conclusão: Houve predomínio de pacientes adultos não idosos, do sexo feminino, pardos e negros e baixa escolaridade; os níveis de pressão sistólica e diastólica encontrados foram elevados; as prevalências de diabetes mellitus, dislipidemia, sedentarismo, sobrepeso e obesidade foram elevadas; os sintomas mais comumente referidos foram palpitações, tontura inespecífica e cefaleia; e tonturas e palpitações foram mais comuns no sexo feminino; cefaleia foi mais comum em pacientes com menor idade nos pacientes estudados. Palavras-chave: Hipertensão arterial sistêmica. Perfil clínico. Sintomas. Epidemiologia. Assistência ambulatorial.

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TEMA: QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM TUBERCULOSE PULMONAR: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): GABRIELA LINS DE MAGALHÃES BASTOS ORIENTADOR (A): PROFª. ELIANA DIAS MATOS

RESUMO

Bastos GLM. Qualidade de vida em pacientes com tuberculose pulmonar: uma revisão sistemática. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina). Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador – Bahia, 2018. Introdução: A tuberculose é um grande problema de saúde mundial, encontrando-se entre as dez maiores causas de morte em todo o mundo. Apesar de muitos estudos abordarem a apresentação clínica da doença e sua alta taxa de transmissibilidade, pouco se estuda sobre suas consequências psicológicas e seu impacto na qualidade de vida dos afetados, fatores que influenciam diretamente na adesão desses pacientes ao tratamento. Dessa maneira, o objetivo desse estudo foi avaliar esse impacto trazido pela doença na qualidade de vida dos pacientes. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, seguindo as bases da declaração PRISMA, cuja busca foi realizada nas plataformas Pubmed e Lilacs no período de julho de 2018. Os artigos selecionados apresentavam-se no idioma inglês ou português, publicados entre 2014 a 2018 e foram avaliados meotodologicamente através do protocolo STROBE. Resultados: Foram incluídos 8 artigos nessa revisão sistemática e todos encontraram que os pacientes apresentavam comprometimento na qualidade de vida no momento do diagnóstico de tuberculose. Foi observada uma melhora na qualidade de vida com o decorrer do tratamento, apesar de alguns estudos relatarem que o comprometimento continuava mesmo após a finalização deste. Além disso, foi observada um maior risco de desenvolvimento de transtornos de depressão e ansiedade nessa população. A maioria dos estudos observaram que tanto idade quanto sexo tinham uma influência nesse impacto. Conclusão: A importância de entender melhor o impacto da tuberculose na qualidade de vida abrange aspectos que vão desde a adesão ao tratamento, ao maior preparo dos profissionais que lidam com estes pacientes. Conhecer os fatores de risco para um maior comprometimento se faz necessário em questão de triagem de pacientes e acompanhamento mais atento a estes. Por fim, o manejo destes pacientes não deve focar somente no aspecto sintomatológico da doença e sim em um atendimento mais holístico destes, que busque um melhor aporte emocional e social para os afetados. Palavras-chave: Tuberculose; qualidade de vida; comprometimento.

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TEMA: HIPERFOSFATEMIA EM HEMODIÁLISE: PREVALÊNCIA E EVOLUÇÃO EM UM SERVIÇO ESPECIALIZADO DE SALVADOR-BA NOME ALUNO (A): GABRIELA MARIA ROCHA FONSÊCA ORIENTADOR (A): PROFª. LIANNA GABRIELLA GONÇALVES DANTAS

RESUMO A hiperfosfatemia é uma condição clínica altamente prevalente e associada a diversas complicações, especialmente nos pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) em estágio 5, em tratamento de hemodiálise convencional (HD). Objetivos: Avaliar a prevalência e os fatores associados à hiperfosfatemia nos pacientes com DRC em tratamento de hemodiálise e comparar os resultados encontrados em dois períodos distintos de estudo. Material e Métodos: Estudo transversal, com 79 pacientes em HD acompanhados em serviço especializado, em Salvador-Ba. A hiperfosfatemia foi definida como níveis de fosfato sérico superiores a 5,5mg/dL. A associação da hiperfosfatemia com variáveis demográficas e clínicas foi realizada através de regressão logística. Resultados: A média de idade foi de 53,1 (±12,3) anos no presente estudo, com predominância de homens (57%), não-brancos (91,1%) e casados (58,2%). Clinicamente, a média de tempo em diálise foi de 122 meses e 31,6% dos pacientes possuíam história prévia de paratireoidectomia. A prevalência de hiperfosfatemia foi de 27,8% e o único fator associado à elevação sérica de fósforo foi o estado civil. Conclusão: A hiperfosfatemia é condição prevalente nos pacientes com DRC em tratamento de hemodiálise convencional.

Palavras-Chave: Hiperfosfatemia. Diálise. Doença Renal Crônica. Prevalência.

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TEMA: CARACTERÍSTICAS DE PORTADORAS DE HAC 46, XX ASSOCIADAS À DETERMINAÇÃO DE IDENTIDADE DE GÊNERO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. NOME ALUNO (A): GABRIELA MENEZES RIBEIRO ORIENTADOR (A): UBIRAJARA BARROSO OLIVEIRA JÚNIOR

RESUMO

RIBEIRO, Gabriela Menezes. Características de portadoras de HAC 46, xx associadas à determinação de identidade de gênero: uma revisão sistemática, 42p. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina). Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador, 2018. Introdução: Em indivíduos com Desordem do Desenvolvimento Sexual (DDS), os componentes do desenvolvimento psicossexual (papel de gênero, identidade de gênero e orientação sexual) podem não estar concordantes. A Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC), em sexo feminino (46, XX), pertence à família de DDS cuja patologia se dá por uma exposição pré e pós-natal excessiva a andrógenos. É uma doença de largo espectro, havendo as portadoras 46, XX que nascem menos a mais virilizadas. Naquelas nascidas com genitália ambígua, o risco da incompatibilidade de gênero faz da atribuição do sexo biológico um desafio clínico, já que 10% dessas mulheres cursam com disforia de gênero. Objetivo: Identificar possíveis características clínicas presentes em mulheres (46, XX) portadoras de HAC que se associem a identidade de gênero. Metodologia: Revisão sistemática com busca feita na base de dados Pubmed. Foram incluídos estudos descritivos que abordassem HAC 46 XX e disforia de gênero. Para avaliar a qualidade metodológica dos artigos, foi aplicado o STROBE, permanecendo aqueles que atingiram 70% ou mais da avaliação. Resultados: 155 pacientes foram analisados nessa revisão sistemática. A inconformidade entre o gênero de criação e o sexo cromossômico foi relatada em 67% dos estudos selecionados. A maioria destes não abordou sobre o Prader, o subtipo de HAC, a idade do diagnóstico e a adesão ao tratamento farmacológico. Conclusão: As evidências reunidas na literatura não permitiram afirmar quais são as características clínicas capazes de influenciar na determinação da identidade de gênero. Viu-se, entretanto, que aqueles criados como meninos têm menos inconformidade com o gênero se comparados com os criados como meninas. Palavras-chave: Congenital adrenal hyperplasia e gender identity.

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TEMA: MORTALIDADE INFANTIL DE 0 A 4 ANOS POR DOENÇA FALCIFORME EM CRIANÇAS DIAGNOSTICADAS PELA TRIAGEM NEONATAL: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL

NOME ALUNO (A): GABRIELA PESSOA PORTELA ORIENTADOR (A): PROF. NEY BOA SORTE

RESUMO

Portela,G.P; Boa-Sorte, N.Mortalidade infantil de 0 a 4 anos por doença falciforme em crianças diagnosticadas pela triagem neonatal: estudo de base populacional 2018. 27 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso – Medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador- Bahia. Introdução: A doença falciforme (DF) é uma desordem genética de grande valor clínico-epidemiológico e clínico em nosso meio. O diagnóstico precoce através da triagem neonatal, com profilaxia e manejo adequados das complicações reduzem a mortalidade e aumentam a expectativa de vida dessas crianças. Objetivo: (1) Caracterizar a mortalidade infantil por Doença Falciforme entre os pacientes triados pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) do Estado da Bahia, no período de 2002 a 2015. (2) Verificar se houve diferenças das taxas de mortalidade de acordo as hemoglobinopatias (SC/SS). (3) Calcular os coeficientes de mortalidade infantil e de mortalidade de 1 a 4anos por DF entre os pacientes triados pelo SRTN do Estado da Bahia, no período de 2002 a 2015. (4) Calcular a mortalidade proporcional por DF em menores de 1 ano e em crianças de 1 a 4anos, entre os pacientes triados pelo SRTN do Estado da Bahia, no período de 2002 a 2015. Métodos: Todas as crianças diagnosticadas com DF pelo SRTN-BA, no período de 2002 a 2016 foram estudadas. Os óbitos foram obtidos por meio da consulta ao Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), disponibilizado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) que continham os dados de identificação dos indivíduos, de modo que foi permitida a comparação com os dados dos pacientes triados através de nome da criança, nome da mãe e data de nascimento. Foram calculados os coeficientes de mortalidade infantil (CMIDF) e a mortalidade proporcional por DF (MPIDF) e a relação das taxas de mortalidade de acordo com as hemoglobinopatias (SS/SC). Resultados: Foram triados pelo Teste do Pezinho 3.193 RNs e lactentes com hemoglobinopatias SS ou SC. O número total de óbitos ocorridos entre 0 e 4 anos, em indivíduos com DF que nasceram no período de 2002 a 2015, foi de 62(53do subtipo SS e 8do subtipo SC; razão de óbitos SS/SC de 6,6). O CMIDF teve maior representatividade em indivíduos com SS, o CMIDF de 1 a 4anos foi maior no ano de 2009com 0,63óbitos/100.000 crianças de 1-4 anos. A MIPDF de 1 a 4 anos geral foi pouco relevante em relação às outras doenças. Conclusão: Crianças com Anemia falciforme tiveram maior mortalidade comparadas às com hemoglobinopatia SC. A mortalidade infantil por DF foi menor do que a mortalidade infantil de 1-4 anos. A mortalidade proporcional por DF foi muito pouco relevante. Palavras-Chave: Anemia Falciforme. Hemoglobinopatia SC. Triagem Neonatal. Óbitos.

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TEMA: ANÁLISE DA CRENÇA DE AUTOEFICÁCIA EM ESTUDANTES DE MEDICINA NOME ALUNO (A): GIL MARIO LOPES SANTOS DE CARVALHO JUNIOR ORIENTADOR (A): PROF. DIEGO RIBEIRO RABELO

CO-ORIENTADOR: PROF. RINALDO ANTUNES BARROS

RESUMO

INTRODUÇÃO: O contexto contemporâneo do processo educacional reafirma a importância de transgredir o modelo de ensino unidirecional. Assim, é fundamental contemplar uma metodologia de ensino com essência de liberdade, fundamentado na formação integral do indivíduo. Atualmente, acredita-se que a auto eficácia dos universitários seja um dos principais componentes da motivação acadêmica, baseando-se na suposição de que as crenças que os acadêmicos criam, desenvolvem e julgam ser verdadeiras sobre si são forças vitais no seu sucesso ou fracasso na faculdade, justificando, assim, a importância de estudá-la em acadêmicos de medicina. OBJETIVO: Analisar a crença de autoeficácia de estudantes de medicina ao decorrer do primeiro semestre da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. METODOLOGIA: Estudo observacional, longitudinal e analítico, tendo sido incluídos acadêmicos de primeiro semestre de medicina de 2018.1 que tenham assinado o termo de consentimento livre e esclarecido, e excluídos aqueles que tenham menos de 18 anos, que não tenham preenchido corretamente o questionário demográfico e a Escala de Autoeficácia na Formação Superior, e os que já tiveram contato prévio com anatomia. A comparação das médias da primeira e segunda coleta foi realizada através do teste t de Student, e de mediana e intervalo interquartil foi feita usando Wilcoxon, sendo considerando como estatisticamente significante um valor de p < 0,05. RESULTADOS: O tamanho amostral foi de 100 acadêmicos de primeiro semestre de 2018.1. Houve diminuição estatisticamente significante da autoeficácia acadêmica (76,97 ± 7,48 para 74,78 ± 7,03), autoeficácia na regulação da formação (56,97 ± 7,00 para 55,04 ± 8,59), e autoeficácia relacionada à proatividade {56,50 (51-63) para 55,00 (48,25 – 59,00)}, todas com um valor de p< 0,05. Houve, também, uma diminuição na crença de autoeficácia relacionada à interação social (61,36 ± 7,00 para 61,29 ± 6,39), e na crença relacionada a gestão da graduação (36,00 ± 3,58 para 35,25 ± 3,94), contudo ambas não foram estatisticamente significantes. CONCLUSÃO: A crença de autoeficácia nesses estudantes sofreu uma diminuição, em todos as classificações estudadas. Isso sugere que diversos fatores do primeiro semestre influenciam na crença de autoeficácia dos acadêmicos, que, por conseguinte pode acabar interferindo na motivação a longo prazo, e assim, no processo de aprendizado. Palvras-chave: Autoeficacia. Estudantes. Medicina. Ensino.

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TEMA: AVALIAÇÃO DO CONTROLE PRESSÓRICO DE PACIENTES NEGROS HIPERTENSOS EM USO DE DROGAS INIBIDORAS DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA NOME ALUNO (A): GIOVANA PEREIRA BELITARDO ORIENTADOR (A): PROF. RAFAEL MODESTO FERNANDES

RESUMO

Belitardo GP. Avaliação do controle pressórico de pacientes negros hipertensos em uso de drogas inibidoras do sistema renina-angiotensina. [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial (HA) é uma condição clínica multifatorial caracterizada pela elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg, sendo o mais importante fator de risco modificável das doenças cardiovasculares em todo o mundo. No Brasil, a hipertensão atinge 25,7% da população, sendo duas vezes mais prevalente em indivíduos de raça/cor negra. Para esta população, a recomendação é a não utilização inicial de drogas inibidoras do sistema renina angiotensina (DISRA). Entretanto, o significado funcional da menor atividade da renina plasmática em negros ainda é incerto. OBJETIVOS: 1) Avaliar o controle pressórico de pacientes hipertensos negros comparados ao de pacientes hipertensos não negros em uso de drogas inibidoras do sistema renina angiotensina. 2) Descrever o perfil clinico e demográfico de pacientes hipertensos em uso de IECA/BRA acompanhados em um ambulatório assistencial universitário. METODOLOGIA: Estudo de corte transversal com coleta prospectiva de dados primários, realizado na Escola Bahiana de Medicina. Foram admitidos pacientes hipertensos, em uso de IECA ou BRA. Foi-se aplicado um questionário estruturado com dados sociodemográficos, características clínicas e terapia medicamentosa. A análise da aderência terapêutica foi feita através do teste de Morisky. Para comparação das médias pressóricas entre os grupos, foi utilizado o teste T de Student e para comparação das medianas de outras variáveis, o Mann Whitney. Utilizamos o teste Qui-quadrado para avaliar a diferença do controle pressórico entre negros e não-negros. A pesquisa está de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. RESULTADOS: 218 pacientes foram recrutados, sendo 78% do sexo feminino e 45,9% eram negros. A média de idade foi de 60,8 ± 10 anos, a mediana do tempo de diagnóstico foi de 10 (IIQ 4,0-16,0) anos e a mediana do IMC foi de 28,54 (IIQ 25,14-31,84) Kg/m². Não houve diferença significativa no controle pressórico (negros 37% vs. não negros 38,1%, p= 0,94) e na aderência terapêutica (40% vs 41,5%; p= 0,82). A Pressão Arterial Sistólica e Diastólica não expressaram diferença significativa, (negros 147 ± 22 mmHg vs. não negros 145 ± 22 mmHg, p = 0,43 e negros 83 ± 14 mmHg vs. não negros 83 ± 12 mmHg, p = 0,96). CONCLUSÃO: A utilização de drogas inibidoras do sistema renina-angiotensina por pacientes negros não forneceu uma maior dificuldade no controle da pressão arterial quando comparado aos pacientes não negros. Palavras-chave: Hipertensão. Sistema Renina Angiotensina. Negros

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TEMA: PARTICIPAÇÃO DAS CASPASES NAS LESÕES ULCEROSAS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NOME ALUNO (A): HUGO RIBEIRO DE JESUS ALMEIDA ORIENTADOR (A): PROFª CLÁUDIA IDA BRODSKYN CO-ORIENTADOR (A): PROF. THIAGO CARDOSO

RESUMO

A leishmaniose permanece como uma das mais sérias doenças tropicais negligenciadas. A patologia é causada por Leishmania sp., um parasita intracelular transmitido para mamíferos pela picada do flebótomo infectado. A resposta imune do hospedeiro tem um papel crítico não apenas na proteção contra a leishmaniose humana mas também pode promover a doença e interferir na gravidade da doença. A citotoxicidade mediada por células T e apoptose é a via canônica principal identificada nas lesões dos pacientes com leishmaniose cutânea localizada (LCL). Nossa hipótese é que as caspases estão associadas com o aparecimento e gravidade inicial da lesão ulcerada observada nos pacientes com LCL e na exacerbação da inflamação. Para testar essa hipótese, coletamos sangue periférico e biópsias de pacientes das lesões de LCL da área endêmica da Bahia. Foi avaliada a expressão gênica por meio de qPCR (Reação de Polimerase em cadeia em tempo real quantitativa) para caspase -1, -3 e -9. Avaliamos também em Células Mononucleares de Sangue Periférico (CMSP) de pacientes a porcentagem de células produtoras de caspase -3 nos subtipos celulares T CD4+, T CD8+ e CD14+. Também foram isoladas as CMSP dos pacientes e avaliada a produção de citocinas (IL-1β, IL-6, IL-12 p70, IL-2 e IFN-estimuladas ou não com promastigotas de L. braziliensis em fase estacionária com inibidores farmacológicos para caspase -1 (y-VAD-FMK), -3 (z-DEVD-FMK), -9 (z-LEHD-FMK) e pan-caspase (z-VAD-FMK) (20 µM). As biópsias de pele e CMSP de indivíduos saudáveis foram os controles. Nas CMSP de pacientes, todas as caspases apresentaram modulação positiva na expressão gênica, enquanto nas biópsias somente as caspases 1 e 3 mostraram aumento na expressão de seus genes. Observamos o aumento do número de células produtoras de caspase -3 em todos os subtipos celulares analisados. Os inibidores farmacológicos (20 µM) para caspase -1, -3 e -9 diminuiram a produção das citocinas IL-12 p70, IL-6, IL-1β, respectivamente. O inibidor de pan-caspase (20 µM) diminuiu a produção

das citocinas IL-12 p70, IL-1β, IL-2 e IFN-. Mais experimentos terão que ser realizados para associar os níveis de expressão dessas moléculas com a gravidade da patologia das lesões de LCL. Apoio financeiro: CNPq e FAPESB. Palavras-chave: Leishmaniose, Caspases, Inibidores, Citocinas.

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TEMA: LINFOMA ANAPLÁSICO DE CÉLULAS GRANDES ASSOCIADAS AO IMPLANTE MAMÁRIO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): ÍCARO FREITAS SÁ BARRETTO ORIENTADOR (A): PROFª. THAÍS FAGUNDES BARRETO

RESUMO

Introdução: O linfoma anaplásico de células grandes (BIA-ALCL) caracteriza-se por uma espécie de câncer do sistema imune, predominantemente de células T. Entretanto, trata-se de uma doença rara, subdiagnosticada e fatores possivelmente associados à sua recorrência não bem estabelecidos. Objetivo: Descrever fatores associados ao desenvolvimento do BIA-ALCL. Método: Foi realizada uma revisão sistemática, utilizando-se o modelo PRISMA. Foram inclusos estudos observacionais, publicados entre Janeiro de 2008 e Março de 2018, considerando mulheres que passaram pelo procedimento de implante mamário e com possível desenvolvimento do BIA-ALCL. Foi necessário que os estudos pontuassem no minímo 70% dos critérios do STROBE. Resultados: Após análise dos estudos encontrados, quatro estudos foram selecionados para compor essa revisão sistemática. Três estudos relataram a idade de desenvolvimento por volta dos 50 anos, e cerca de 10 anos após a colocação do implante, dois encontraram forte associação do implante do tipo texturizado com o desenvolvimento do BIA-ALCL e dois estudos identificaram forte associação do BIA-ALCL com a presença do marcador CD30+ e normalmente ausência da proteína ALK. Houve grande conformidade nos dados encontrados com o restante literatura publicada. Conclusão: Considerando a presença do implante mamário, a idade por volta dos 50 anos, cerca de 10 anos após a colocação do implante, o implante do tipo texturizado e a presença do marcador CD30+ está associado ao desenvolvimento do BIA-ALCL. Palavras-chave: Linfoma anaplásico de células grandes associado ao implante mamário, Linfoma de mama de células T e Linfoma primário de mama Não-Hodgkin.

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TEMA: AFOGAMENTOS NO BRASIL: FREQUÊNCIA E CUSTOS HOSPITALARES NOME ALUNO (A): ISABELA DE MIRANDA BASTOS ORIENTADOR (A): PROFª HERMILA GUEDES

RESUMO

BASTOS, Isabela, GUEDES, Hermila. Título: AFOGAMENTOS NO BRASIL: FREQUÊNCIA E CUSTOS HOSPITALARES. 2018. 51 páginas. Trabalho de conclusão do curso de Medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2018.

Introdução: A Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) verificou em pesquisa recente, que os afogamentos representam a segunda causa de morte em crianças, ficando atrás apenas dos acidentes de trânsito; e a maioria dos óbitos ocorre em piscinas. Assim, esse trabalho visa conhecer a frequência com que ocorrem afogamentos com consequente hospitalização, em nosso país, caracterizando esses acidentes, inclusive quanto aos gastos que as internações deles decorrentes, a fim de justificar a proposta de intensificar as medidas de prevenção necessárias. Objetivos: estudar a incidência de afogamentos que geraram internações no Brasil, no período de 2014 a 2017, bem como identificar as regiões de maior incidência de afogamentos e e de óbitos por afogamento no Brasil, além de analisar o custo de internações decorrentes desses acidentes em nosso país, no período de 2014 a 2017. Metodologia: Trata-se e um estudo descritivo, de corte transversal, realizado com dados secundários. As informações utilizadas foram extraídas do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), armazenados em planilha construída no programa Microsoft Excel 2011 e analisados no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 20.0. Foram utilizadas as variáveis: quantitativo de internamentos; valores gastos pelo SUS, correspondentes a serviços hospitalares e número de óbitos decorrentes de afogamentos, no Brasil, por Unidade da Federação, no período de 2014 a 2017. Resultados: Foram registrados 3.695 internamentos por afogamentos no Brasil, no período estudado. A Região Sudeste concentrou a maior parte dos internamentos, com destaque para Minas Gerais, computando 2.122 casos. A Região Sudeste, mais precisamente o Estado de São Paulo, revelou o maior número de vítimas fatais por afogamento (44). A Região Sudeste foi também a que dispendeu maiores gastos com serviços hospitalares decorrentes de internações por afogamento, com destaque para o Estado de Minas Gerais (R$ 1.820.298,45), de 2014 a 2017. Conclusões: Os resultados apontaram que, de 2014 a 2017, o Estado de Minas Gerais, foi aquele que apresentou o maior número de internamentos e, consequentemente, maiores gastos hospitalares por afogamento, apesar de não contar com região litorânea. No entanto, o estado de São Paulo foi o que registrou os maiores números de óbitoss relacionados a afogamento, no período estudado.

Palavras-Chave: Afogamento. Gastos. Internamentos. Óbitos.

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TEMA: SEGURANÇA E EFICÁCIA DOS NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS NA ABLAÇÃO DA FIBRILAÇÃO ATRIAL NOME ALUNO (A): ISABELLA MAGALHÃES DOS SANTOS ORIENTADOR (A): PROFª ELOINA NUNES DE OLIVEIRA

RESUMO

A fibrilação atrial (FA) determina fator de risco importante de morbimortalidade. A ablação por cateter visa conter os sintomas da arritmia, e a sua frequência aumenta a medida que as técnicas da ablação e a prevalência de FA aumentam. Apesar dos resultados positivos, a técnica invasiva e os pacientes tipicamente anticoagulados, geram riscos adicionais de eventos tromboembólicos e sangramento. A varfarina pode ser continuada durante o procedimento, porém o aumento do uso dos novos anticoagulantes orais (NOAC), que incluem rivaroxabana, apixabana e dabigatrana, trazem a necessidade de avaliação de sua segurança e eficácia em relação a prevenção de eventos durante a ablação por cateter. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura que segue as recomendações do protocolo PRISMA. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, dirigidos em pacientes acima de 18 anos, portadores de FA e submetidos ao procedimento de ablação por cateter. As buscas foram feitas de forma manual e nas bases de dados PubMed, SciELO, LILACS e Cochrane CENTRAL, e a estratégia de busca consistiu em ((rivaroxaban OR apixaban OR dabigatran)) AND catheter ablation. Os artigos foram avaliados através do método CONSORT. Através das buscas foram encontrados 236 artigos e aplicados os critérios de inclusão e exclusão, 4 artigos foram selecionados para revisão, resultando em um tamanho amostral de 1800 pacientes. Todos tinham boa qualidade pelo método CONSORT. Os artigos estudaram a incidência de sangramento maior e eventos tromboembólicos em pacientes utilizando NOAC de forma ininterrupta ao procedimento de ablação em comparação a varfarina, sendo que dois deles analisaram os desfechos com uso de apixabana, um com o uso de rivaroxabana e o último com o uso de dabigatrana. Os estudos concluíram taxas não inferiores ou similares de eventos nos grupos em uso de NOAC versus varfarina, sendo que o estudo RE-CIRCUIT concluiu taxas significativamente menores de sangramentos maior no grupo em uso de dabigatrana e taxas similares de tromboembolismo. Foi demonstrado, então, que os NOAC são possibilidades efetivas e seguras para os pacientes anticoagulados de forma contínua e que serão submetidos a terapia de ablação por cateter. São necessários mais ensaios clínicos com amostra maior para que a utilização desse protocolo seja efetivada. Palavras-chave: Fibrilação atrial. Ablação por cateter. Dabigatrana. Rivaroxabana. Apixabana

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DOS PACIENTES ADMITIDOS COM PANCREATITE AGUDA BILIAR EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA EM EMERGÊNCIA NOME ALUNO (A): ISABELLA NERY BERTUNES ORIENTADOR (A): PROFª ANA CELIA DINIZ CABRAL BARBOSA ROMEO

RESUMO INTRODUÇÃO: A pancreatite aguda é uma doença inflamatória do pâncreas causada pela ação de suas enzimas, ocorrendo autodigestão desse órgão, sendo que 40% dos casos é de etiologia biliar, acometendo mais indivíduos do sexo feminino, entre 40 e 60 anos. O diagnóstico envolve dois dos três critérios: dor abdominal epigástrica, com irradiação para o dorso; amilase ou lipase séricas 3 vezes maiores do que o normal; achados característicos de pancreatite aguda em exames de imagem. Associado a isso, deve-se classificar o paciente de acordo com sua gravidade para decidir o seu encaminhamento. O diagnóstico deve ser realizado através da avaliação clínica e laboratorial e o uso seletivo de exames de imagem, para adequada intervenção na pancreatite aguda biliar de acordo com a sua gravidade. OBJETIVO: Identificar o perfil epidemiológico e clínico dos pacientes admitidos no Hospital do Subúrbio, em Salvador, Bahia, com pancreatite aguda biliar, em 2016 e 2017. MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo e de natureza descritiva, no qual foi realizado um levantamento de dados a partir de prontuários do Hospital do Subúrbio, nos anos 2016 e 2017, coletando informações como idade, sexo, sinais e sintomas na admissão, história pregressa de doença biliar, etilismo, obesidade, hipertrigliceridemia, resultados de exames laboratoriais, realização de exames de imagem, tempo internação, momento da realização da colecistectomia, encaminhamento para CPRE, internamento em Unidade de Terapia Intensiva, nova internação e óbitos. RESULTADOS: A partir da análise dos dados, a média de idade dos acometidos correspondeu a 43 anos (±16,7), acometendo predominantemente o sexo feminino. História prévia de doença biliar esta presente em 54,1% dos pacientes e 65,5% estavam acima do peso. Como queixa principal tivemos dor abdominal e o sintoma associado mais presente foi vômito. Sobre a gravidade da pancreatite, 90,1% foram classificados como leve. Quanto aos exames laboratoriais, os números de leucócitos, amilase e lipase séricas foram acima dos valores de referência. O exame de imagem mais realizado foi a ressonância magnética nuclear de vias biliares. Não ocorreram óbitos, a colecistectomia na mesma internação foi realizada em 24,5% dos pacientes, 14,7% foram encaminhados para a CPRE e 37,7% retornaram ao serviço de emergência com o mesmo diagnóstico. CONCLUSÃO: A maior prevalência de tal doença em indivíduos do sexo feminino, com média de idade de 43,3 anos, mais da metade já apresentava histórico de doença biliar e valores de índice de massa corpórea maior que o normal. Apenas os valores de amilase e lipases séricas e leucócitos total tiveram médias maiores que os valores de referência. A ressonância magnética de vias biliares foi o exame de imagem mais realizado. A colescistectomia foi realizada em menos da metade dos pacientes e a maioria dos pacientes que não realizaram tal procedimento retornaram ao serviço de emergência com o mesmo diagnóstico. Não houve óbitos. Palavras-Chave: Pancreatite aguda biliar, pancreatite aguda.

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TEMA: QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO TRATADAS COM A RADIOFREQUÊNCIA NOME ALUNO (A): JADE CARVALHO MATOS ORIENTADOR (A): PROFª. CRISTINA AIRES BRASIL

RESUMO

Matos, JC. Qualidade De Vida Em Mulheres Com Incontinência Urinária De Esforço Submetidas A Terapia Com Radiofrequência [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018.

INTRODUÇÃO: A incontinência urinária de esforço (IUE) é definida como qualquer perda involuntária de urina no esforço, espirro ou tosse, no qual acomete cerca de 14 a 50% da população feminina. A IUE repercute com um impacto negativo na qualidade de vida dessas mulheres. Portanto, a radiofrequência (RF) surge como uma nova possibilidade terapêutica que pode auxiliar em um dos mecanismos fisiopatogênicos da IUE que é a diminuição de colágeno nas paredes uretrais. Desta forma torna-se necessário avaliar a repercussão desta nova terapêutica na qualidade de vida. OBJETIVO: Verificar a qualidade de vida após o tratamento com a radiofrequência não ablativa para a incontinência urinária de esforço em mulheres METODOLOGIA: Trata-se de um ensaio clinico randomizado. Foram incluídas mulheres com IUE (Pad Test>1g), função muscular 3 na escala de OXFORD, faixa etária de 30 a 59 anos atendidas no Centro de Atenção ao Assoalho Pélvico. Após o consentimento, foi realizado uma avaliação inicial composta por anamnese, Pad Test de 1 hora e aplicação dos questionários Short-Form Health Survey (SF-36) e King's Health Questionnaire (KHQ) que avaliam de forma genérica e específica para os sintomas urinários a qualidade de vida. As mulheres foram randomizadas em dois grupos, grupo radiofrequência (GR) no qual foram realizadas 5 sessões de cinesioterapia ambulatorial associada a RF monopolar não ablativa, em meato externo uretral, com temperatura de 39-41°C por 2 minutos, e o grupo controle (GC) seguiu o mesmo protocolo, porém a RF estava desligada com glicerina aquecida. Ambos realizaram exercícios domiciliares. Após uma semana da última sessão de RF foram reavaliados os questionários de qualidade de vida. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa e registrada no Clinical Trial. RESULTADOS: A amostra foi composta de 13 mulheres no GR e 9 no GC, no qual apresentaram homogeneidade nas características sociodemográficas e clínicas. Houve um impacto positivo do KHQ nos domínios de limitação física, social e gravidade dos sintomas. Não houve modificação na qualidade de vida pelo SF-36. CONCLUSÃO: A radiofrequência não ablativa em meato externo uretral não apresentou impacto na qualidade de vida genérica, porém na qualidade de vida especifica apresentou impactos positivos na limitação física, social e redução da gravidade dos sintomas.

Palavras-Chave: Incontinência urinária de esforço. Radiofrequência; Qualidade de vida.

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TEMA: EXPRESSÕES FENOTÍPICAS EM MULHERES PORTADORAS DE MUTAÇÕES NO GENE DA DISTROFINA: REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): JAMILLE CARNEIRO DE ANDRADE ORIENTADOR (A): PROFª. MARCELA CÂMARA MACHADO COSTA

RESUMO

Andrade JC. Expressões fenotípicas em mulheres portadoras de mutações no gene da distrofina: revisão sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. INTRODUÇÃO: A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença neuromuscular que tem a incidência que varia entre de 1 a cada 3.500 a 1 a cada 6000 indivíduos do sexo masculino nascidos vivos. Tem origem genética, sendo doença recessiva ligada ao cromossomo X. As mutações geram distúrbios quantitativos e qualitativos na estrutura muscular. As mulheres portadoras de mutações no gene da distrofina são em geral assintomáticas ou oligossintomáticas, devendo-se ficar atento a manifestações cardiológicas, que são frequentes em mulheres portadoras e são seus achados mais relevantes. OBJETIVO: Descrever as expressões fenotípicas mais prevalentes nas mulheres portadoras do gene distrofina mutado, com enfoque nas alterações cardíacas. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão sistemática com busca feita nas bases de dados PubMed/Medline, LILACS e SciELO, associada à busca manual. Foram incluídos estudos prospectivos e retrospectivos envolvendo mulheres com diagnóstico genético de mutação no gene da distrofina. Para avaliar a qualidade metodológica dos artigos, foi aplicada a ferramenta STROBE. RESULTADOS: Dos 138 registros reunidos pela estratégia de busca, 29 foram obtidos para leitura integral. Destes 8 foram incluídos na revisão sistemática. Das pacientes avaliadas nos estudos selecionados, 43,75% apresentaram elevação sérica CPK, 35,66% apresentaram sintomas musculares e 34,25% sintomas cardíacos. De todas as pacientes 19,78% apresentaram algum grau de disfunção cardíaca. CONCLUSÃO: As expressões fenotípicas mais frequentes nas pacientes portadoras da mutação, heterozigotas, são: elevação do CPK, seguido de sintomas musculares e sintomas cardíacos, por último, menos frequentemente a disfunção cardíaca, contudo, é a de maior impacto na mortalidade das pacientes. Palavras-chave: Distrofia muscular de Duchenne, heterozigotas, mulheres, fenótipo.

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TEMA: PREVALÊNCIA DE COMORBIDADES EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) NOME ALUNO (A): JOÃO AUGUSTO FERRAZ FLORES PORTO ORIENTADOR (A): PROFª LUCIMEIRE CARDOSO DUARTE

RESUMO

Porto JFF. Prevalência de Comorbidades em Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica[trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença comum prevenível e tratável, caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e limitação ao fluxo aéreo, devido a alterações em vias aéreas e/ou alvéolos, causada principalmente por exposição continuada a fatores nocivos, principalmente o tabagismo, e gases. A DPOC, muitas vezes, está associada a outras doenças que impactam na qualidade de vida e prognóstico destes pacientes. É frequente que os pacientes com DPOC possuam uma maior prevalência de comorbidades crônicas, em especial doenças não pulmonares relacionadas ao hábito tabágico, como doenças cardíacas e lesões neurológicas. Objetivo: Descrever a prevalência das comorbidades que acometem os pacientes com DPOC. Metodologia: Foi realizado um estudo longitudinal, prospectivo e observacional em pacientes acompanhados em um ambulatório de DPOC de hospital especializado em pneumologia. Foi realizado uma consulta médica e dados foram coletados em uma ficha padronizada, com características gerais, dados clínicos, resultados de espirometrias, número de exacerbações e internamentos, comorbidades, questionários de qualidade de vida e de sintomas, uso de medicações, informações sobre atividade física e reabilitação. Resultados: Dentre os 41 pacientes que foram avaliados, 48,8% eram do sexo masculino, com idade de 68,4 ± 10 anos, 95,1% eram fumantes ou ex-fumantes e 75,6% apresentavam comorbidades. A Hipertensão Arterial Sistêmica foi a comorbidade mais prevalente com 43,9%, seguido por Diabetes Mellitus com 26,8% e por Doença arterial coronariana com 12,2% além de outras comorbidades menos prevalentes, mas de grande importância para qualidade de vida dos pacientes. Conclusão: Os pacientes avaliados no estudo tiveram uma grande prevalência de comorbidades, com predomínio de doenças cardiovasculares, o que se mostra compatível com estudos já publicados. Palavras chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Exacerbação; Comorbidade; Dispneia.

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TEMA: ALTERAÇÕES OFTALMOLÓGICAS E NEUROLÓGICAS EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE ZIKA CONGÊNITA NOME ALUNO (A): JOÃO GABRIEL TEIXEIRA MOTA ORIENTADOR (A): PROFª LEDA LÚCIA MORAES FERREIRA

RESUMO

MOTA, JGT. Alterações oftalmológicas e neurológicas em crianças com Síndrome de Zika Congênita [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2017 Introdução: No ano de 2015, ocorreu uma epidemia de doença exantemática causada pelo Zika Vírus e concomitante o aumento dos casos de microcefalia. A partir disso, evidenciou-se a relação entre essa infecção e a ocorrência de uma série de malformações congênitas, a Síndrome de Zika Congênita (SZC). Objetivos: Descrever as principais alterações oftalmológicas e neurológicas em pacientes com SZC atendidos no ambulatório de microcefalia do Hospital Geral Roberto Santos e associa-las com a gravidade da microcefalia dos pacientes. Metodologia: é um estudo descritivo, observacional e transversal em uma população de crianças com microcefalia e malformações cerebrais secundárias à SZC. A amostra foi de conveniência do ambulatório de Microcefalia do Hospital Geral Roberto Santos, localizado na cidade de Salvador, estado da Bahia, Brasil. Algumas das variáveis analisadas foram: perímetro cefálico, gravidade da microcefalia, exames de neuroimagem (ultrassonografia transfontanela, tomografia computadorizada de crânio) e exame de fundo de olho. A análise estatística foi feita através do programa Statistical Package for the Social Science (SPSS versão 23). As variáveis quantitativas foram submetidas à análise de média e desvio padrão de acordo com os padrões de normalidade. Os testes de associação entre as variáveis desfecho e independentes foram feitos através do Teste Exato de Fisher e o Teste Qui-Quadrado. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (CAAE:67653817.1.0000. 5544) e todos os responsáveis pelos menores assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Foram estudados 52 casos de SZC. Os bebês foram predominantemente do sexo feminino (57,7%), com perímetro cefálico médio ao nascimento de 29,15 centímetros e 72,2% da população apresentava microcefalia grave ao nascimento. A principal alteração no exame de fundo de olho foi a atrofia macular coriorretiniana (33,3%). O principal achado de neuroimagem foi o de calcificações em parênquima encefálico em 91,3% e 86% dos exames de ultrassonografia transfontanela e tomografia computadorizada de crânio sem contraste, respectivamente. Conclusão: A SZC é uma doença com diversas complicações e sequelas, especialmente do Sistema Nervoso Centra e as alterações encontradas no estudo correspondem com outros estudos já realizados na literatura. Não foi evidenciada relação importante entre a severidade da microcefalia e as alterações dos exames realizados, o que demonstra que há uma carência de pesquisas que averiguem possível correlação e limitações do estudo. Palavras-chave: Zika vírus, Microcefalia, Anormalidades congênitas, Infecção congênita.

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TEMA: SÍNDROME DE BURNOUT EM ESTUDANTES DE MEDICINA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

NOME ALUNO (A): JOÃO MARCOS CARDOZO GUSMÃO

ORIENTADOR (A): PROF. LUIZ ALBERTO CRAVO PINTO DE QUEIROZ

RESUMO

Gusmão JMC. Síndrome de Burnout em estudantes de medicina, uma revisão sistemática. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina). Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador – Bahia, 2018.

Introdução: A Síndrome de Burnout (SB) é descrita por Maslach como um conjunto de sintomas que envolvem Exaustão Emocional (EE), Despersonalização (DP) e Falta de Realização Profissional (FRP). A Organização Mundial de Saúde traz que a SB está em constante crescimento e é a mais séria patologia ocupacional podendo resultar em insatisfação profissional, baixa produtividade e desequilíbrio emocional. Segundo o CID-10 a prevalência de SB aumenta em profissionais que necessitam de relações mais próximas com outros seres humanos para a realização de seu trabalho. Assim, médicos e estudantes de medicina vêm demonstrando uma alta prevalência de SB. Se fazendo necessário um olhar atento para esta condição. Objetivo: Avaliar o risco e a prevalência da Síndrome de Burnout em estudantes de medicina. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de acordo com a declaração PRISMA, com artigos obtidos dos bancos de dados do PUBMED e da BIREME, a respeito de síndrome de Burnout em estudantes de medicina. Os artigos selecionados foram escritos em inglês, espanhol ou português e publicados nos anos de 2014 a 2018. Todos os artigos avaliaram a presença dos sintomas de Síndrome de Burnout através da escala MBI ( Maslach Burnout Inventory). Quanto à adequação metodológica todos os artigos foram analisados pelo protocolo STROBE. Resultados: Oito artigos foram selecionados para a revisão. Sete foram extraídos da BIREME, e apenas um da PUBMED. Metade dos estudos foram feitos nos anos de 2017/2018 e em países da América do Sul. Ao final da análise, 2379 estudantes de medicina foram avaliados. A maioria eram mulheres. O primeiro e o terceiro ano de graduação foram os mais bem avaliados. Um alto risco para o desenvolvimento de Burnout variou de 9,27% a 67,1%. Quantos aos critérios da MBI a prevalência de EE variou de 24,1% a 70.6%, DP variou de 34% a 62,3% e FRP variou de 25,3% a 67%. Conclusão: Uma alta prevalência/risco do desenvolvimento da Síndrome de Burnout foram descritos. Não foram encontrados resultados significativos que demonstrem uma associação do gênero com a presença da SB. Uma boa convivência com amigos e família pode ser um fator protetor para o surgimento da SB. A existência de médicos na família foi avaliada por apenas dois artigos e mostrou uma estatística significativa com o aparecimento de Burnout.

Palavras-Chave: Síndrome de Burnout, Estudantes de Medicina, Estresse Prolongado.

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TEMA: FREQUÊNCIA DE EXACERBAÇÕES EM UMA AMOSTRA DE PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA ACOMPANHADOS EM AMBULATÓRIO POR UM ANO NOME ALUNO (A): JOÃO MATHEUS SILVA FRANCA ORIENTADOR (A): PROFª LUCIMEIRE CARDOSO DUARTE

RESUMO

Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma condição caracterizada pelo acometimento irreversível e importante das vias aéreas inferiores devido ao seu caráter duplo de remodelamento e inflamação parenquimatosa continuada. As exacerbações são eventos agudos responsáveis por desregular o estado basal da DPOC com piora dos principais sinais e sintomas do quadro clinico como dispneia, tosse e/ou expectoração. Objetivo: Descrever a frequência de exacerbações por DPOC em uma amostra de pacientes acompanhados ambulatorialmente após um ano. Metodologia: Estudo longitudinal, prospectivo e observacional em pacientes acompanhados em um ambulatório de DPOC de hospital especializado em pneumologia. Os dados foram coletados em dois atendimentos realizados no intervalo de um ano através de fichas padronizadas com características gerais, dados clínicos, resultados de espirometrias, número de exacerbações e internamentos, comorbidades, questionários de qualidade de vida e de sintomas, uso de medicações, informações sobre atividade física e reabilitação. Resultados: Dentre os 39 pacientes que foram acompanhados, 48,8% eram do sexo masculino, com idade de 68,4 ± 10 anos, 87,8% eram fumantes ou ex-fumantes. A Frequência de pelo menos um caso de exacerbações foi de 66,7% enquanto que a média foi de 1,02 episódios/ ano (IC 95% 0,7-1,3). A frequência de não internamentos foi de 84,6%. Conclusão: Os pacientes acompanhados no estudo tiveram exacerbações frequentes, com frequência semelhante encontrada em estudos anteriores e média menor.

Palavras chave: doença pulmonar obstrutiva crônica; exacerbação; dispneia

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA NEOPLASIA DE MAMA NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2008 A 2016 NOME ALUNO (A): JOÃO PEDRO SÁ TELES SANTOS ORIENTADOR (A): PROFª CAROLINA BITTENCOURT MOURA DE ALMEIDA

RESUMO

Introdução: Câncer é uma desordem genética gerada por mutações no DNA que são adquiridas, na maioria das vezes, espontaneamente ou induzidas por agressões ambientais. A neoplasia de mama é o tipo de câncer mais comum entre mulheres no mundo e no brasil, depois do câncer de pele não melanoma, correspondendo por cerca de 25% a 32% dos casos novos a cada ano, sendo responsável por 15% das mortes femininas por câncer, configurando o segundo tipo de câncer que mais mata as mulheres, com um coeficiente de mortalidade 13,68 óbitos/100.000 mulheres em 2015. A neoplasia de mama também atinge homens, porém é muito mais raro do que em mulheres, representando apenas 1% do total de casos da doença. Na Bahia, sendo uma unidade federativa com a 4º maior população do pais, o estudo da incidência se mostra mandatório Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da neoplasia de mama na Bahia no intervalo de 2008 a 2016 Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo observacional de série temporal, com dados secundários do Ministério da Saúde, obtidos a partir do portal do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisadas as seguintes variáveis nesse estudo: Ano do óbito, sexo. Macrorregião, faixa etária, raça/cor, tipo histológico. As variáveis categóricas foram descritas considerando os números absolutos e relativos, foram calculados também o coeficiente de incidência e de mortalidade Resultados: Durante o período do estudo, entre 2008 a 2016, foram notificados 6544 óbitos por neoplasia de mama no estado da Bahia. Em relação a faixa etária, a maior concentração de óbitos entre os homens foi entre 60 e 69 anos (32,55%), já entre as mulheres foi entre 50 a 59 anos (25,02%). No que tange a macrorregião de residência a Leste concentrou a maioria dos óbitos (49,14%). O tipo histológico com maior incidência foi o carcinoma ductal invasivo (70,31%). Em relação a raça/cor os maiores números de óbitos é entre os pardos (55,23%). O Coeficiente de Incidência, no período, demonstrou um aumento entre os anos de 2008 a 2013 (11,79 41,54 casos/100.000 mulheres, respectivamente), mas sofreu uma queda quase que proporcional em 2014 (12,54casos/100.000 mulheres). Já em relação ao coeficiente de mortalidade no período de 2008 a 2016, entre os homens é de 0,12 óbitos/100.000 homens e entre as mulheres é de 9,7 óbitos/100.000 mulheres Conclusão: Entre 2008 e 2016, houve um aumento na mortalidade e na incidência de neoplasia de mama na Bahia e em todas as macrorregiões, sendo a leste a mais afetada. Em relação a raça/cor houve maior proporção de casos entre pessoas pardas, concentrando mais da metade dos casos no período. Em relação a idade e o sexo, verificou-se maior mortalidade entre os homens entre 60 a 69 anos, já nas mulheres a maior incidência foi entre 50 a 59 anos. E o tipo histológico mais frequente da neoplasia de mama em ambos os sexos é o carcinoma ductal invasivo. Palavras chave: Incidência, neoplasia de mama, epidemiologia

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TEMA: ASSOCIAÇÃO DE CURSO COM SIMULAÇÕES REALÍSTICAS AO AUMENTO DA AUTOPERCEPÇÃO DE CONFIANÇA NO MANEJO DO PACIENTE COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL AGUDO

NOME ALUNO (A): JOÃO PEDRO SOUZA SANTOS ORIENTADOR (A): PROFª. SUZETE NASCIMENTO FARIAS DA GUARDA

RESUMO

INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) agudo é uma emergência neurológica que exige atenção imediata, assim é importante proporcionar oportunidades de treinamento no atendimento a esta condição. As simulações têm sido cada vez mais utilizadas na educação médica, porém, ainda há pouca evidência de sua eficácia na educação sobre cuidados neurológicos. OBJETIVO: Avaliar o impacto de um curso de simulação realística sobre a autopercepção de segurança de profissionais de saúde no manejo ao AVC agudo. MATERIAL/MÉTODOS: Foi realizado um estudo intervencional, controlado, não randomizado envolvendo 55 profissionais de saúde durante o XI Congresso Brasileiro de AVC. O grupo intervenção foi composto por 17 profissionais de saúde que participaram de um curso baseado em cenário simulado utilizando atores padronizados. Como controles foram tomados 40 participantes de dois outros cursos, Emergency Neurological Life Support -ENLS- (18) e Neurossonologia (20). Todos os envolvidos responderam questionários antes e depois dos cursos avaliando a autopercepção de confiança em vários aspectos do tratamento ao paciente com AVC agudo, com pontuação variando de 10 a 50 pontos. Foram avaliadas as variações entre os resultados pré e pós-teste, para aferir a mudança na autopercepção de confiança do participante no tratamento do AVC agudo. RESULTADOS: Os escores no pós-teste foram significativamente maiores que os do pré-teste no grupo de intervenção (simulação realística) [mediana pré-teste (IQR): 41.5 (36.7-46.5) e mediana pós-teste (IQR): 47.0 (44.7-48.0), p=0.033], em contraste com os resultados dos grupos controle, neurossonologia [mediana pré-teste (IQR): 46.0 (44.0-47.00) e mediana pós-teste (IQR): 46.0 (44.0-47.0), p=0.739] e Emergency Neurological Life Support [mediana pré-teste (IQR): 46.5 (39.0-48.2) e mediana pós-teste (IQR): 47.0 (40.2-49.0), p=0.317] nos quais tal variação não foi significativa. CONCLUSÕES: As simulações proporcionaram uma melhoria significativa na autopercepção de confiança dos participantes durante o manejo do paciente com AVC agudo. Este curso de simulação realística mostrou-se uma ferramenta eficaz na formação das habilidades necessárias para o tratamento do AVC agudo.

Palavras-Chave: Acidente vascular cerebral agudo, simulação, trombólise, emergências neurológicas

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TEMA: INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE NA BAHIA ENTRE 2007 E 2017 NOME ALUNO (A): JOÃO VITOR MEIRELLES LIMA ORIENTADOR (A): PROFª CAROLINA BITTENCOURT MOURA DE ALMEIDA

RESUMO

Introdução: A tuberculose é uma das doenças infecciosas mais importantes que se tem conhecimento, não só pela sua elevada incidência, com cerca de 950.000 casos entre os anos de 2007 e 2017 no Brasil, como pelo prognóstico, chegando a ser fatal principalmente em imunodeprimidos, etilistas, tabagistas, diabéticos e naqueles com menor acesso à saúde. Todos os anos, são feitos programas do ministério de saúde para promover a redução na incidência de novos casos de tuberculose, assim como uma melhor identificação pelos portadores e introdução do tratamento precoce. Com o auxílio do SINAN, pode-se avaliar se essas medidas estão sendo eficazmente aplicadas a partir da notificação dos casos de tuberculose em todo o país. Infelizmente a taxa de subnotificações e casos ignorados ainda é muito presente e torna esse tipo de pesquisa menos precisa e correta. Objetivo: Descrever a incidência de novos casos de tuberculose pulmonar no estado da Bahia entre os anos de 2007 e 2017, traçando também o perfil epidemiológico desses pacientes com base no sexo, faixa etária e macrorregião de residência no estado da Bahia. Método: Tratou-se de um estudo descritivo observacional de série temporal, com dados secundários do Ministério da Saúde, obtidos a partir do portal de Vigilância da Saúde da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Resultados: Entre 2007 e 2017 foram notificados 66.765 novos casos de tuberculose no estado da Bahia, com uma incidência de 5.262 casos em 2017 e, em comparação aos 6.734 casos em 2007, mostra a redução que vem acontecendo com o passar dos anos, com exceção de 2009, quando houve 6.971 notificações. No período de estudo, a incidência foi maior em homens (43,203 notificações) em comparação com os 23.549 casos em mulheres, que corresponde a pouco mais de 35% dos casos. A idade de maior prevalência foi entre 20 e 39 anos, que representa 40,7% (27.169 casos). Conclusão: Foi observado que, no período estudado, houve uma redução progressiva na incidência de novos casos de tuberculose, com exceção do ano de 2009, que teve um pequeno aumento em relação a 2008. Trata-se de uma doença mais presente no sexo masculino e entre 20 e 59 anos, que corresponde a idade economicamente ativa. Observou-se ainda que houve uma redução na mortalidade a cada ano nesse período, porem se mostrou um pior prognóstico na população imunodeprimida, etilista, tabagista, diabética e com menor acesso a saúde. Palavras-chave: Tuberculose. Incidência. Bahia.

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TEMA: PERFIL DE ATENDIMENTO DE PACIENTES PORTADORES DE GLAUCOMA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NAS REGIÕES BRASILEIRAS NOME ALUNO (A): JORDANA SANCHES CONCEIÇÃO

ORIENTADOR (A): PROFª LÍVIA MARIA NOSSA MOITINHO

RESUMO

INTRODUÇÃO: O glaucoma é uma neuropatia de fisiopatologia pouco conhecida. Sabe-se que existe uma relação consistente entre seu desenvolvimento e o aumento da pressão intraocular, levando ao dano do nervo óptico e das células ganglionares da retina. OBJETIVOS: Geral - Descrever o perfil de atendimento de pacientes portadores de Glaucoma no Sistema Único de Saúde brasileiro. Específico - Comparar os dados interregionais sobre as internações por glaucoma com ênfase na região Nordeste. MÉTODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo observacional com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados a partir da base do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Foram utilizados os dados consolidados de acordo com a Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS) no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2017. A população do estudo foi constituída por todas internações, na rede SUS, notificadas de Glaucoma da Lista de Morbidades do CID 10. O estudo utiliza um banco de dados secundários não sendo necessário a submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa. RESULTADOS: Foram contabilizados aproximadamente 21.974 internamentos por glaucoma em todo território nacional. Em termos absolutos, a região brasileira que mais apresentou casos foi a Sudeste com 10.496 (Que representa 47,77% de todo percentual brasileiro), seguida da região Nordeste (26,21%), Sul (16,77%), Centro-oeste (8,02%) e Norte (1,23%). O coeficiente de incidência de internações por 100 mil habitantes revelou que a região Sul ocupou o primeiro lugar com 2,10 casos por 100 mil habitantes, seguida das regiões Sudeste (2,05/ 100mil habitantes), Centro-oeste (1,91/ 100mil habitantes), Nordeste (1,70/ 100mil habitantes) e Norte (0,26/ 100mil habitantes). Há uma predominância das internações na sexta década de vida (27,51%) e em indivíduos do sexo masculino (51,59%). A cor/raça, apesar do grande número de casos não registrados (37,99%), mostrou uma predominância nos registrados de indivíduos brancos (33,89%) seguido dos indivíduos pardos (21,35%). CONCLUSÃO: O número de internações por glaucoma aumentou ao longo dos anos, sendo mais comum em indivíduos autodeclarados brancos, do sexo masculino na faixa etária entre 60-69 anos. A região Sudeste foi a que mais apresentou notificações. Palavras-chave: Glaucoma; Perfil de Saúde; Sistema Único de Saúde.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS MENORES DE 13 ANOS COM HIV/Aids NO ESTADO DA BAHIA ENTRE 2008 E 2017 NOME ALUNO (A): JOSÉ ADAILTO DE OLIVEIRA NETO

ORIENTADOR (A): PROF. JUAREZ PEREIRA DIAS

RESUMO

Oliveira Neto JA. Perfil Epidemiológico de Crianças Menores de 13 anos com HIV/Aids no Estado da Bahia entre 2008 e 2017 [trabalho de conclusão de curso]. Salvador, Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. Introdução: O HIV infectou mais de 78 milhões de pessoas desde o estabelecimento da epidemia, incluindo 16 mil crianças menores de 13 anos no período entre 1980 e 2016. A transmissão vertical por via intrauterina, durante o parto ou pela amamentação, foi responsável por 93% dessas infecções. Outras vias de contaminação incluem uso de drogas injetáveis, via sexual ou por transfusão sanguínea. O uso adequado da Terapia Antirretroviral (TARV) pela mãe durante a gestação e parto e pelo recém-nascido nos primeiros meses de vida, consegue reduzir significativamente a infecção na infância. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico de crianças menores de 13 anos com HIV/Aids no estado da Bahia no período de 2008 a 2017; descrever as características demográficas e categoria de exposição das crianças; descrever a características demográficas das mães. Materiais e método: Trata-se de um estudo observacional descritivo de uma série histórica de casos que utilizou dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: Foram notificados 459 novos casos no período, traduzido em uma incidência de 1,2/100.000 habitantes. As incidências anuais apresentaram tendência ascendente, mas sem significância estatística (p=0,088). A maior parte dessas crianças foram diagnosticadas com até 4 anos de idade, principalmente pelo método CDC+ adaptado, com predominância da raça/cor da pele parda e de residentes da macrorregião leste. As mães encontram-se, em quase sua totalidade, na faixa etária entre 20 e 39 anos, apresentando baixo grau de escolaridade (com até ensino fundamental completo) e com predominância da raça/cor da pele parda. Conclusão: Os dados deste estudo alertam sobre a tendência ao crescimento do número de novos casos de HIV em crianças menores de 13 anos e a uma possível relação entre baixo grau de escolaridade materna e uma maior suscetibilidade à transmissão vertical do vírus. Além disso, observa-se a necessidade de aprimorar a rede de pré-natal baiana, principalmente na região metropolitana, para realizar o diagnóstico materno e iniciar a TARV da forma mais precoce possível. Palavras-chave: Soroprevalência de HIV. Criança. Epidemiologia.

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TEMA: PREDITORES CLÍNICOS E LABORATORIAIS DE AVC CARDIOEMBÓLICO NOME ALUNO (A): JÔSE VÂNIA TEIXEIRA SILVA

ORIENTADOR (A): PROF. MURILO SANTOS DE SOUZA

RESUMO

J.V.T. SILVA; SOUZA, M.S. Preditores Clínicos e Laboratoriais de AVC Cardioembólico. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina). Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador – Bahia, 2018. Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de incapacidade e a segunda causa de mortes mundialmente. Assim, definir de maneira precisa os mecanismos dessa patologia é de extrema importância de tal forma que guiará o manejo e o tratamento futuros. Essa comorbidade apresenta diversas etiologias, sendo o AVC cardioembólico o subtipo isquêmico mais severo, com alta probabilidade em deixar sequelas, um alto risco em recorrências embólicas e alta mortalidade. Não se tem um padrão ouro no diagnóstico de AVC cardioembólico, tendo por base as características clínicas, a sintomatologia, a história apresentada bem como métodos de exame diagnóstico. Procedimentos auxiliares para documentar uma condição cardioembólica incluem exames laboratorias, eletrocardiograma, ecocardiograma transtorácico (ETT) e transesofágico (ETE), monitorização eletrocardiográfica 24-48 horas, monitorização por Holter e estudo eletrofisiológico, além de ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC). Investigação da potencial fonte embólica e seu risco é um importante passo diagnóstico em tratar pacientes com AVC isquêmico e acidente isquêmico transitório (AIT). As modalidades de ETT e ETE consistem em métodos amplamente utilizados que possibilitam fornecer informações acerca do risco tromboembólico em pacientes com AVC, auxiliando na detecção das fontes cardioembólicas, informações para profilaxia secundária e para determinar estratégias terapêuticas. Dessa maneira, mostra-se necessário analisar as variáveis ecocardiográficas, de imagem e laboratoriais que sugerem um quadro de AVC cardioembólico o que possibilitará realizar o diagnóstico. O objetivo desse trabalho é identificar fatores específicos nos exames que não são encontrados em outras etiologias, porém possuem uma prevalência significativa na etiologia cardioembólica de AVC, analisando-se assim o peso de cada fator. Trata-se de um estudo de revisão sistemática de literatura e metanálise, com análise nos bancos de dados do Lilacs (DeCS), PubMed (Mesh) e Scielo (Mesh), incluindo estudos observacionais, transversais e de coorte. Após seleção baseada nos critérios de inclusão e exclusão, aplicou-se o revisor STROBE para análise criteriosa dos artigos. Com base no que foi sistematizado na revisão bibliográfica, encontraram-se no estudo com ecocardiograma transtorácico determinadas condições cardíacas como estenose mitral, cardiomiopatia dilatada e outras patologias ventriculares estruturais, trombos intraventriculares, vegetações e tumores. Além dos principais achados ecocardiográficos, a história, o exame físico e o eletrocardiograma conseguiram mostrar possíveis fontes cardioembólicas. Cada variável estudada possui um peso importante para determinar a etiologia cardioembólica de AVC, conduzindo para um diagnóstico mais preciso o que possibilita um melhor e mais acurado manejo desta patologia. Palavras-Chave: AVC, cardioembólico, ecocardiograma

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TEMA: ARTERITE DE TAKAYASU: PERFIL ANGIOGRÁFICO DOS PACIENTES DE SALVADOR – BA NOME ALUNO (A): JOSENOR FILIPE PITANGA SILVA

ORIENTADOR (A): PROF. ANA LUISA SOUZA PEDREIRA

RESUMO

Introdução: A Arterite de Takayasu é uma vasculite primária que afeta a aorta e seus principais ramos. Sua apresentação angiográfica varia nos grupos étnicos, não tendo sido caracterizada até então em uma população tão miscigenada como a de Salvador. Objetivo: Descrever o perfil angiográfico dos pacientes com Arterite de Takayasu em Salvador/BA. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal em que foram coletados dados epidemiológicos e clínicos por meio de anamnese e exame físico associados a informações obtidas em prontuários das instituições ambulatoriais. Os dados foram coletados entre março e junho de 2018 Resultados: Foram avaliados um total de 21 pacientes, predominantemente do sexo feminino (85,7%) e autodenominados negros (57,1%). O tipo angiográfico mais prevalente foi o tipo V (52,4%), sendo as Artérias Subclávias, Carótidas e Aorta Abdominal as mais acometidas. O tipo de lesão vascular mais prevalente foi a Estenose (81%) e as manifestações clínicas mais comuns foram fadiga e claudicação de membros superiores, presentes em 67% e 62% dos pacientes, respectivamente. Conclusão: O padrão de acometimento vascular mais documentado em nossa população foi o Tipo V, resultado condizente com dados obtidos por outros estudos na população brasileira e em países asiáticos. Palavras-Chave: Arterite de Takayasu; Vasculite; Imagem.

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TEMA: AVALIAÇÃO DO GRAU DE INFORMAÇÃO SOBRE OS SINAIS E SINTOMAS DE EVENTOS TROMBOEMBÓLICOS CEREBRAIS EM PORTADORES DE FIBRILAÇÃO ATRIAL (ESTUDO AVISE-AF) NOME ALUNO (A): JULIANA DE OLIVEIRA MATOS

ORIENTADOR (A): PROF. LUCAS HOLLANDA OLIVEIRA CO-ORIENTADORA: PROFª NATALI DOS REIS SANTOS DA SILVA

RESUMO Matos JO. Avaliação do Grau de Informação Sobre os Sinais e Sintomas de Eventos Tromboembólicos Cerebrais em Portadores de Fibrilação Atrial (Estudo AVISE-AF). Salvador – BA. 2018 [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. Introdução: A fibrilação atrial é uma arritmia muito comum na prática clínica, estando muito associada ao desenvolvimento de complicações, como eventos tromboembólicos cerebrais. À medida que o tratamento destes é tempo-dependente, é de suma importância o reconhecimento rápido e preciso de seus sinais e sintomas. Objetivo: Avaliar a percepção de pacientes com fibrilação atrial sobre os sinais e sintomas do acidente vascular encefálico (AVE). Métodos: Pacientes admitidos no setor de arritmologia da Fundação Bahiana de Cardiologia com diagnóstico de fibrilação atrial ou flutter atrial foram convidados a participar da pesquisa de forma consecutiva entre o período de Abril a Outubro de 2018. Após concordarem a participar do estudo e assinarem o Termo de Consentimento Livre e esclarecido (TCLE), responderam a questionário padronizado, que avaliou os conhecimentos a cerca dos sinais e sintomas do AVE. As informações contidas no questionário fizeram parte de um banco de dados que foi analisado pelo software SPSS, versão 11.0.1 para Windows. Resultados: De forma geral, os resultados indicaram que os pacientes aparentemente conhecem boa parte dos sinais e sintomas do AVE. Em adição, aproximadamente 1/3 dos pacientes contatariam o serviço médico de emergência, caso suspeitassem que estavam sofrendo um AVE. Conclusões: O estudo mostrou que apesar de uma parcela dos pacientes reconhecerem os sinais e sintomas do AVE, ainda há espaço para melhora. Além do fato de a maioria dos pacientes ter relatado não ter sido informado sobre o que fazer caso suspeite que esteja sofrendo um AVE. Palavras-Chave: Fibrilação atrial, acidente vascular encefálico.

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TEMA: USO DE IRRIGAÇÃO TRANSANAL NO MANEJO DA DISFUNÇÃO INTESTINAL NEUROGÊNICA – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): JULIANA MAGALHÃES ANDRADE COSTA DOS REIS ORIENTADOR (A): PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JÚNIOR CO- ORIENTADORA: ME. GLÍCIA ESTEVAM DE ABREU

RESUMO

INTRODUÇÃO: Desordens do sistema nervoso central como lesões de medula espinhal, esclerose múltipla, doença de Parkinson e espinha bífida são condições de alta prevalência e morbidade. Dentre suas consequências, destaca-se constipação intestinal, incontinência fecal e incoordenação da defecação, constituindo Disfunção Intestinal Neurogênica (DIN), sequela que pode provocar complicações físicas, sociais, emocionais e comprometer a qualidade de vida. Atualmente, não há diretriz indicando o tratamento padrão-ouro para o manejo da miríade dos sintomas da DIN. Nesse contexto, estudos recentes consideram a irrigação transanal (TAI) como método seguro, eficaz e bem tolerado para tratamento da disfunção intestinal neurogênica. OBJETIVO: Avaliar resposta clínica da irrigação transanal no manejo da disfunção intestinal neurogênica. MÉTODOS: Trata-se de revisão sistemática da literatura realizada através das bases de dados PUBMED, CENTRAL e LILACS, utilizando descritores “Neurogenic Bowel”, “Constipation”, “Fecal Incontinence”, “Spinal Cord Injury”, “Intestino Neurogênico” e “Medula Espinal”, além de busca ativa. Foram incluídos artigos em português, espanhol e inglês publicados entre 2008 e abril de 2018, realizados em humanos, que avaliasse eficácia da TAI na população neurogênica e cujo texto completo encontrava-se disponível. Análise e aplicação da ferramenta STROBE foi realizada por dois avaliadores, separadamente. RESULTADOS: Foram encontrados 395 artigos em bases de dados e 2 na busca manual. Apenas 4 foram selecionados. Nenhum estudo mostrou melhora clínica estatisticamente significante da disfunção intestinal, e somente um artigo evidenciou melhora da qualidade de vida e satisfação com o manejo intestinal com dados significativos. Nos estudos de coorte, ficou evidente a baixa adesão à TAI a longo prazo, principalmente pela ineficácia e grande quantidade de tempo empregado no manejo intestinal. A presença de efeitos adversos e complicações variou entre 28,8% e 50%, mas não foram o principal motivo para descontinuidade em nenhum dos estudos avaliados. A taxa de dificuldades técnicas foi elevada, entre 63.5% e 77.78%. É importante ressaltar que três dos quatro estudos selecionados relataram autores com algum tipo de vínculo à principal fabricante do dispositivo de irrigação. CONCLUSÃO: A irrigação transanal não mostra benefícios efetivos no manejo da disfunção intestinal neurogênica segundo a literatura, uma vez que o tempo empregado no manejo e a ineficácia no tratamento da constipação comprometem adesão, ficando reservada como última alternativa conservadora aos pacientes que já tem indicação de tratamento cirúrgico. Palavras-Chave: Doenças do Sistema Nervoso. Intestino Neurogênico. Constipação Intestinal. Irrigação Terapêutica.

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TEMA: TUBERCULOSE E TABAGISMO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NO ESTADO DA BAHIA, 2014-2017

NOME ALUNO (A): JULIANA MELO DOS ANJOS

ORIENTADOR (A): PROFª. ELIANA DIAS MATOS

RESUMO

Introdução: O tabagismo e a tuberculose configuram duas endemias mundiais de destaque no cenário atual da saúde pública. Recentemente, diversos estudos têm se empenhado em demonstrar tanto a alta prevalência dessa associação, quanto o seu impacto negativo na morbimortalidade. Esse estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico de TB e tabagismo na Bahia. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, utilizando dados agregados. O local do estudo será o estado da Bahia e o período abrange os anos de janeiro de 2014 a dezembro de 2017. Os dados sobre a associação entre TB e tabagismo foram obtidos no Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: Foram notificados 14.948 casos de tuberculose em que a informação sobre tabagismo estava disponível no período. Destes, 2758 (18,4%) casos eram tabagistas. No grupo tabagista houve predominância de homens (80,5%; 2.221/2.758 versus 19,5%; 537/2.758). A associação entre sexo e tabagismo nos pacientes com TB foi estatisticamente significante (RR: 2,21; IC 95%: 2,02-2,41). A distribuição da frequência de tabagismo foi grosseiramente homogênea nas faixas etárias estudadas (variando de 19,8% a 24,2%), exceto nos extremos de idade (0-14: 8,7%; >65:14,6%). Observou-se uma associação estatisticamente significante entre tabagismo e desfecho desfavorável de tratamento. (RR: 1,27; IC 95%: 1,23-1,32). Conclusão: A associação entre TB e tabagismo demonstrou um maior risco de óbitos e desfechos desfavoráveis de tratamento, assim como uma menor taxa de cura, configurando um fator de pior prognóstico. Novas políticas públicas são necessárias para abordar o tabagismo como fator que influencia negativamente os desfechos da TB, dentre elas, o fortalecimento de campanhas de cessação do tabaco e uma maior capacitação dos profissionais de saúde no manejo desses pacientes.

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TEMA: IMPACTO DA INCAPACIDADE CAUSADA PELA ENXAQUECA NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NA CIDADE DE SALVADOR, BAHIA NOME ALUNO (A): JULIANA VIEIRA BARRETO DOS SANTOS ORIENTADOR (A): PROF. THIAGO DE FARIA JUNQUEIRA

RESUMO

A enxaqueca é uma doença com alta prevalência e apresentação clínica heterogênea, podendo afetar negativamente a qualidade de vida dos pacientes e a sua produtividade. Apesar disso, estudos recentes revelam que a sociedade ainda tende a perceber transtornos de dor de cabeça como queixas menores ou triviais. Objetivo: Avaliar o impacto da incapacidade causada pela enxaqueca na qualidade de vida de pacientes atendidos em um hospital de referência na cidade de Salvador, Bahia. Métodos: Estudo transversal de uma amostra por conveniência com pacientes atendidos na unidade de emergência do Hospital São Rafael com o diagnóstico de enxaqueca no período de março a setembro de 2018. Os dados foram coletados por meio de entrevista direta com os pacientes através das versões brasileiras dos questionários: Medical Outcome Study 36 Item Short-form Health Survey SF-36, Migraine Disability Assessment (MIDAS), Inventário de Depressão de Beck e a Escala visual analógica (EVA) para dor. Resultados: Foram estudados 33 pacientes, sendo 27 mulheres. A média das idades foi de 35,27 anos. A análise dos resultados do MIDAS mostrou que dos participantes 10 pacientes (30,3%) pontuaram entre 11 a 20 pontos (incapacidade moderada) e 14 pacientes (42,42%) perfizeram mais de 20 pontos (incapacidade severa). Em relação ao inventário de Beck, 17 pacientes (51,51%) pontuaram entre 1-9 pontos, sendo classificados por não ter depressão, 11 pacientes (30,76%) pontuaram entre 10 a 15 pontos classificando-se como portadores de sintomas depressivos em intensidade leve. Observou-se que o escore MIDAS apresenta correlações negativas com os escores do SF-36, tendo o domínio dor apresentado correlação negativa significante. Conclusão: Na presente casuística a enxaqueca afetou especialmente o sexo feminino e associou-se à considerável grau de incapacidade. Notou-se que quanto maior a incapacidade, menor qualidade de vida.

Palavras-chave: Enxaqueca. Incapacidade. Qualidade de vida.

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TEMA: FUNÇÃO SEXUAL APÓS TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM MULHERES NOME ALUNO (A): JÚLIO CABRAL LEONY ORIENTADOR (A): PROF.ª CRISTINA AIRES BRASIL

RESUMO

Leony JC. Função sexual após tratamento da incontinência urinária de esforço em mulheres [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. INTRODUÇÃO: A disfunção sexual e a incontinência urinária (IU) são duas situações que coexistem, sendo bastante comuns e na maioria dos casos, não apresentam diagnóstico esclarecido e, por conseguinte, não são tratadas adequadamente. OBJETIVO: Avaliar a função sexual de mulheres submetidas a radiofrequência não ablativa em meato uretral externo no tratamento da incontinência urinária de esforço. MÉTODOS: Esta pesquisa foi realizada no período de junho de 2016 a março de 2018, tratando-se de um estudo randomizado, paralelo e cego no qual foram incluídas mulheres com queixa clínica de incontinência urinária de esforço (IUE) e confirmadas por meio do Pad Test de uma hora (perda urinária maior que 1 grama), com idade entre 30 a 65 anos e com força muscular ≥ 3 através da escala de Oxford modificada. RESULTADOS: A amostra foi constituída por um número total de 22 mulheres, sendo estas dividias em dois grupos. Um grupo controle (GC) composto por nove pacientes e um segundo grupo, denominado de grupo radiofrequência (GR), composto por 13 pacientes. Dentro do desfecho da função sexual, uma análise

comparativa intragrupo demonstrou uma diminuição de 3,2 0,7 para 2,1 1,0 no GC

(p=0,031), comparado com um aumento de 2,9 1,4 para 3,0 1,4 após o tratamento, dentro do domínio excitação do FSFI. Analisando a variação do Pad test, em uma comparação intergrupo, observou-se que o GR teve uma diminuição de 5,5±4,4 gramas, ao passo que o GC aumentou a média da perda urinária, -4,0±15,2 gramas, apresentando uma média da diferença entre os grupos de -9,54 (IC 95% -18,8 a -0,3). Além disso, analisando os resultados do Pad test dentro do GR, observa-se uma redução da mediana, em gramas, de 7,0 (4,5-14,5) para 1,0 (0,0-4,0) (p=0,002). Com relação a análise da força muscular, O GR teve um incremento significativo em todos os domínios da escala PERFECT (p<0,05 para todos). Entretanto, dentro do GC existiu apenas um aumento da capacidade de manter a contração (endurance), passando de uma mediana de 2,0 (2,0-4,0) para 4,0 (2,0-6,0) (p=0,027). CONCLUSÃO: Não houve alteração significativa na análise da função sexual por meio do FSFI nas mulheres submetidas a radiofrequência não ablativa em meato uretral externo. Houve um aumento da força dos músculos do assoalho pélvico de acordo com o PERFECT. Demonstrou-se uma redução da perda urinária, em gramas, das mulheres submetidas ao tratamento. Palavras chave: Mulheres. Incontinência Urinária de Esforço. Disfunção Sexual

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TEMA: GRAU DE CONHECIMENTO SOBRE O DIAGNÓSTICO DE ENXAQUECA E SUAS CONSEQUÊNCIAS EM INDIVÍDUOS QUE BUSCARAM ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA NOME ALUNO (A): LAÍS DE SOUZA BATISTA ORIENTADOR (A): PROF. THIAGO FARIA JUNQUEIRA

RESUMO

Introdução: Cefaleia é um sintoma muito comum na população em geral, sendo a enxaqueca uma de suas principais causas, representando importante fator para automedicação e para a procura por serviços de emergência. Portanto, conhecimento sobre a patologia e o adequado tratamento são fundamentais. Objetivos: Determinar o grau de conhecimento sobre o diagnóstico de enxaqueca, a proporção e as consequências da automedicação e analisar o impacto que a enxaqueca traz para a vida do indivíduo. Material e Método: Estudo transversal de uma amostra por conveniência com pacientes atendidos na unidade de emergência do Hospital São Rafael com o diagnóstico de enxaqueca no período de março a setembro de 2018. Os dados foram coletados por meio de entrevista direta com os pacientes através das versões brasileiras dos questionários Migraine Disability Assessment (MIDAS), Inventário de Depressão de Beck e a Escala visual analógica (EVA) para dor. O grau de conhecimento sobre enxaqueca foi avaliado por meio de questionário desenvolvido pelos autores. Para avaliar o impacto do grau de conhecimento sobre a enxaqueca na gravidade do quadro empregou-se regressão multilinear. Adotou-se como estatisticamente significativos valores de p < 0,05. Resultados: Foram entrevistados 33 pacientes entre março e setembro de 2018. Aproximadamente 81% dos pacientes entrevistados foram do sexo feminino, e 90% dos pacientes relataram que praticam a automedicação. Dentre os entrevistados, cerca de 43% apresentavam no momento da entrevista pontuação para classificá-los entre depressão leve a severa. Conclusão: Este estudo demostra a necessidade de avaliação do conhecimento que os pacientes têm em relação a sua patologia, já que com essa avaliação o médico pode orientá-lo melhor quanto ao tratamento e adesão a saúde, evitando as visitas desnecessárias as emergências e a prática de automedicação. Palavras-chave: Enxaqueca. Conhecimento. Automedicação. Depressão

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TEMA: FEBRE REUMÁTICA AGUDA E DOENÇAS REUMÁTICAS CRÔNICAS DO CORAÇÃO: MORTALIDADE NO BRASIL, 2005-2015 NOME ALUNO (A): LAÍS IARA PORTELA PRÍNCIPE COUTINHO ORIENTADOR (A): PROFA. MARISTELA MAGNAVITA

RESUMO

A febre reumática, apesar de prevenível, continua sendo uma doença muito prevalente, principalmente em países subdesenvolvidos e afeta cerca de 33 milhões de pessoas em todo o mundo (2015 Global Burden of Disease study). Objetivo: Avaliar a tendência da mortalidade por febre reumática aguda (FRA) e doenças reumáticas crônicas do coração (DRCC) no Brasil e em suas regiões, no período de 2005 a 2015. Métodos: Estudo descritivo de mortalidade, de série temporal, compreendendo todas as regiões do país, no período de 2005 a 2015. Realizadas buscas nas fontes de dados do Datasus, especificamente o Sistema de Informação sobre Mortalidade, sobre óbitos por FRA e DRCC no Brasil e em suas regiões. Os dados demográficos foram obtidos do IBGE. Foram analisados os pacientes classificados pela CID 10: (I00 - I01) Febre reumática com e sem comprometimento do coração; (I02) Coréia reumática; (I05-I09) Doenças valvares reumáticas crônicas do coração. Os dados de mortalidade por cardiopatia reumática foram estratificados por valores totais, sexo e faixas etárias e regiões, referentes ao período de 2005-2015. As taxas de mortalidade (TXM) foram calculadas por 100.000 habitantes. Resultados: No Brasil, foram registrados nos 10 anos avaliados, 23.809 mortes por FRA/DRCC, sendo em 2015, 2.049 mortes (TXM=4,77). As regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul registaram as maiores taxas de mortalidade, 1,43, 1,22 e 0,91, respectivamente, comparadas com Nordeste de 0,79 e Norte de 0,42. Após uma década, houve reduções nas taxas de mortalidade nas regiões Sul (29%), Sudeste (12%) e Nordeste (6%), e elevações no Norte (29%) e Centro-oeste (14%). De modo geral, observou-se que houve uma preponderância de maior mortalidade no sexo feminino. No país, após dez anos, o sexo feminino apresentou um aumento de 3% na taxa de mortalidade, já o sexo masculino apresentou uma queda de 14%, tanto por regiões, quanto por ano de observação. A faixa etária que apresentou maior taxa de mortalidade foi de 40 a 49 anos de idade, em todos os anos e regiões estudados, com exceção da região Norte, que apresentou a maior taxa de mortalidade na faixa etária de 30 a 39 anos, na maioria dos anos estudados. Conclusão: Os dados apresentados demostram elevada mortalidade por febre reumática aguda e doenças reumáticas crônicas do coração no Brasil, com redução, porém pouco expressiva na taxa de mortalidade no período de 2005-2015. Ficaram evidentes as diferenças na distribuição e na variação das taxas de mortalidade por região do país, com maiores declínios registrados no Sudeste e Sul. A interpretação dos achados deve, contudo, ser cuidadosa, considerando-se as limitações inerentes ao tipo de estudo e registros. Apesar disso, o conhecimento das estatísticas de mortalidade da doença no país é muito importante. Palavras-chave: Febre reumática aguda. Cardiopatia reumática. Mortalidade. Brasil. Epidemiologia.

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TEMA: PARTICULARIDADES NA AQUISIÇÃO DO CONTROLE ESFINCTERIANO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

NOME ALUNO (A): LAISE DODÔ DE MENEZES ORIENTADOR (A): PROFª MILENA PEREIRA PONDÉ

CO-ORIENTADOR: PROF. GUSTAVO MARCELINO SIQUARA

RESUMO

INTRODUÇÃO: A aquisição do controle esfincteriano é considerada um importante marco do desenvolvimento possibilitando independência para o uso do banheiro. Contudo, indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) possuem uma maior probabilidade de possuírem problemas relacionados ao controle de esfíncteres do que a população geral. OBJETIVOS: Descrever as particularidades na aquisição do controle esfincteriano em crianças e adolescentes com TEA e analisar quais os fatores clínicos que estão associados à sua aquisição. METODOLOGIA: Estudo de corte transversal, utilizando dados secundários de pesquisa do projeto Fenótipos de Autismo. Sendo um estudo misto com metodologia de triangulação. A análise de dados consistiu em categorizar as respostas à pergunta aberta do interrogatório da pesquisa junto aos pais sobre controle de esfíncteres. Procedeu-se então a análise quantitativa dos dados, utilizando o método de agrupamentos K-means. RESULTADOS: Dos 106 sujeitos, 81,1% pertenciam ao sexo masculino com mediana de idade de 4 anos. Em relação as particularidades descritas oito (7,5%) manipulavam as fezes, dois (1,9%) manipulavam urina, 11 (10,4%) retinham ativamente fezes, dois (1,9%) apenas urina e 10 (9,4%) ambos. 20 (18,9%) apresentavam local inadequado para dejeções, seis (5,7%) defecavam em pé, 21 (19,8%) tinham dejeções apenas em fraldas ou roupa. Sete (6,6%) apresentaram medo do vaso, dois (1,9%) do banheiro, três (2,8%) faziam ingesta de fezes, um (0,9%) de urina e nove (8,5%) possuíam nojo das fezes. 10 (9,4%) indivíduos defecavam apenas se estivessem sozinhos e nove (8,5%) sinalizavam antes de realizar as dejeções. Dois (1,9%) apresentavam vergonha, quatro (3,8%) não gostavam de ser tocados no momento da dejeção e seis (5,7%) solicitavam para ir ao banheiro. Na divisão da amostra, no primeiro agrupamento a maioria 42 (68,9%) tinha mais que 4 anos, enquanto que no segundo a maioria 41 (91,1%) tinha até 4 anos. No primeiro, todos 61 adquiriram controle de esfíncter vesical diurno, com maioria (91,8%) adquirido até os 5 anos e 56 (91,8%), de esfíncter anal, sendo 37 (68,5%) com aquisição até os 3 anos, 11 (18,0%) apresentavam enurese noturna. No agrupamento dois, todos 2 que adquiriram controle de esfíncter vesical corresponderam a faixa etária de até 5 anos. Nesse nenhum possuía controle de esfíncter anal e todos 45 apresentavam enurese noturna. Dentre as comorbidades, o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade foi o único que apresentou diferença estatisticamente significante entre os agrupamentos. Sendo que 14,8% possuíam no primeiro grupo e apenas 2,2% no segundo. O segundo grupo caracterizou-se por ser mais grave pelo DSM-V (42,2%), CARS (57,8%) e escala ICG (33,3%). CONCLUSÃO: Apesar de a maioria dos sujeitos estarem dentro da faixa etária para aquisição de controle de esfíncteres, notou-se que o agrupamento considerado mais grave ainda não o possuía. Ademais, compreende-se que os problemas relacionados ao controle de esfíncteres podem persistir mesmo após aquisição desse marco do desenvolvimento. Enfatizando assim, a importância de serem feitas intervenções adequadas a fim de proporcionar maior independência para esses indivíduos. Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista. Treinamento no Uso de Toaletes.

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TEMA: A APLICAÇÃO DA CLINICAL FRAILTY SCALE (CFS) EM PACIENTES IDOSOS COM SEPSE EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM SALVADOR-BA

NOME ALUNO (A): LARA CHAGAS STADNIK ORIENTADOR (A): PROF. MARCIO DE OLIVEIRA SILVA

RESUMO

Objetivos: A fragilidade é bom marcador de reserva funcional em indivíduos idosos. Essa população, por sua vez, é bastante acometida pela sepse, uma condição clínica que sobrecarrega diversos sistemas, causando disfunção orgânica e alta morbimortalidade. Sendo assim, objetivamos classificar pacientes idosos diagnosticados com sepse quanto à fragilidade, e em faixas etárias, através da Clinical Frailty Scale (CFS). Descrever o perfil demográfico, clínico e de internação destes pacientes. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com dados secundários, de prontuário de pacientes de um Hospital de Referência, em Salvador-BA. Foram incluídos pacientes >60 anos, diagnosticados com sepse pelos critérios Sepse 3.0. A classificação de fragilidade feita segundo a CFS utilizando dados médicos, fisioterápicos e da enfermagem. Resultados: Dos 51 pacientes estudados, 54,9% eram homens, idade variando de 60 a 94 anos, 51% com ≥80 anos. Dentre as comorbidades analisadas, a Hipertensão Arterial Sistêmica (82,4%) foi a mais frequente. A prevalência de idosos frágeis foi de 78,4% sendo mais frequente na faixa etária ≥80 anos. A média de permanência no hospital foi aproximadamente 23 dias, variando de 3 a 97 dias. Pacientes classificados como frágeis foram associados a 85,4% de todas as internações na Unidade de Terapia Intensiva, além de uma maior pontuação no escore SOFA (média 4,45). Em relação ao desfecho, apenas 41,2% (21/51) dos pacientes evoluíram para o óbito; sendo mais frequentes em pacientes mais idosos (66,7%), porém não tão expressivo quanto nos mais frágeis (90,5%). Conclusão: Foi possível observar que os idosos classificados como frágeis estão mais susceptíveis a eventos desfavoráveis, quando comparados aos pré frágeis e não frágeis. Por fim, consideramos que a CFS pode vir a ser uma ferramenta útil na avaliação de pacientes idosos com sepse. Nesse contexto, a elaboração de estudos futuros podem contribuir para apuração de tal hipótese. Palavras-chave: Sepse, Fragilidade, Idoso.

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TEMA: ADESÃO AO TRATAMENTO DE CRIANÇAS COM HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO: O CONHECIMENTO DOS CUIDADORES NOME ALUNO (A): LARA NOVAIS SANTOS BRITO ORIENTADOR (A): PROF. DR. CRESIO DE ARAGÃO DANTAS ALVES CO-ORIENTADOR: PROF. CAIO LEÔNIDAS ANDRADE

RESUMO

BRITO, LNS, Adesão ao tratamento de crianças com hipotireoidismo congênito: o conhecimento dos cuidadores [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: curso de Medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. Introdução: O Hipotireoidismo congênito (HC) é o distúrbio endócrino crônico mais frequente no mundo, que requer um diagnóstico e tratamento precoce como forma de evitar danos neurológicos irreversíveis ao desenvolvimento. Entretanto a falta de conhecimento acerca da patologia e seus cuidados tem sido uma barreira no acompanhamento adequado. Objetivo: Investigar o conhecimento dos cuidadores sobre o tratamento das crianças com hipotireoidismo congênito acompanhadas em um serviço de referência no estado da Bahia, assim como verificar se existe uma associação entre o controle metabólico e os dados sociodemográficos com o grau de conhecimento dos cuidadores. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de corte transversal, com abordagem quantitativa. Foram analisados os prontuários de 158 pacientes com diagnóstico de HC acompanhados em um serviço de saúde de referência no estado da Bahia, assim como os dados obtidos em um questionário, previamente elaborado, destinado aos cuidadores. Os dados contidos no questionário foram analisados avaliando-se a frequência relativa e absoluta e por meio do teste quiquadrado.Resultados: Foi observado que a maioria dos cuidadores era do sexo feminino (94,3%), proveniente do interior (77,8%), classe socioeconômica C (59,5%) e com ensino fundamental incompleto (35,7%). A frequência de consultas por paciente (13 consultas/ paciente) foi superior ao preconizado na literatura. Entretanto, apenas metade dos pacientes (53,2%) apresentavam controle hormonal adequado.Observou-se que a maioria dos cuidadores apresentava um conhecimento ruim (37,3%) ou desconhecia (24,1%) às características da doença, assim como seu diagnóstico e tratamento. Além disso, constatou-se que essa falta de instrução estava diretamente relacionada com o nível educacional dos cuidadores (p = 0,004). Conclusão: A falta de instrução dos cuidadores ainda é uma barreira a ser enfrentada durante o acompanhamento de crianças com HC, o que requer uma maior atenção do profissional de saúde em garantir uma linguagem clara e um adequado entendimento das recomendações propostas. Palavras Chaves: Hipotireoidismo congênito. Cuidadores. Cooperação e adesão ao tratamento. Conhecimento. Assistência integral à saúde.

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TEMA: INFLUÊNCIA DA CIRURGIA BARIÁTRICA NA OBESIDADE DOS ADOLESCENTES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): LEONEL BOMFIM SANTA RITA ORIENTADOR (A): PROF.ª IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO

RESUMO

ALUNO NÃO FEZ RESUMO

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E TENDÊNCIA TEMPORAL DA SÍFILIS CONGÊNITA NAS MACRORREGIÕES DE SAÚDE DA BAHIA DE 2008 A 2017

NOME ALUNO (A): LUCAS BRITO DE OLIVEIRA ORIENTADOR (A): PROFª CIBELE MARIA RIBEIRO DOURADO

RESUMO

Objetivos: analisar o perfil epidemiológico de casos notificados de sífilis congênita nas macrorregiões de saúde da Bahia no período de 2008 a 2017, descrever o perfil biológico e evolução das crianças, o perfil sociodemográfico e clínico das mães e a tendência temporal da taxa de incidência anual por macrorregião de saúde. Metodologia: estudo descritivo, de caráter observacional utilizando dados secundários. A coleta de dados foi realizada em 4 de Junho de 2018 abrangendo as macrorregiões de saúde da Bahia no período de 2008 a 2017. Foram obtidos dados de casos notificados de sífilis congênita por meio do Sistema de Notificação de Agravos de Notificação (SINAN). Foi realizada análise descritiva dos dados utilizando a mediana com Intervalo Inter Quartil (IQQ) para variáveis quantitativas, distribuição absoluta e percentual para variáveis qualitativas e regressão linear simples para verificação da tendência temporal da taxa de incidência. Os resultados foram apresentados em tabelas e gráficos. Resultados: foram notificados 9303 casos de sífilis congênita, sendo a taxa de incidência do estado de 4,44 por mil nascidos vivos. O maior número absoluto e taxa de notificação ocorreu na macrorregião Leste e os menores, na Oeste. A incidência foi maior entre pretos e pardos e teve pequena diferença percentual entre os sexos em todas as macrorregiões. 1,88% das crianças foram a óbito pela sífilis congênita em todo o estado, ocorrendo na macrorregião Oeste a maior porcentagem de óbito pela doença. O pré-natal foi realizado em 70,69% das mães na Bahia e a macrorregião Centro-Norte apresentou o maior percentual de realização do exame. A maioria das mães (40,57%) possuía ensino fundamental e 26,75% dos seus parceiros tiveram tratamento referido, havendo maior percentual de parceiros tratados na macrorregião Nordeste. Observou-se caráter ascendente da linha de tendência temporal e valor de p estatisticamente significativo em todas as macrorregiões. Conclusão: a sífilis congênita é um problema cujo quadro atual pode ser modificado através de intervenções de baixo custo no tratamento e prevenção, colocando a Bahia e o Brasil dentro das metas estabelecidas pela OMS. Palavras-chave: Sífilis congênita. Perfil epidemiológico. Incidência.

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TEMA: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS EM MAIORES DE 15 ANOS NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2007-2017

NOME ALUNO (A): LUCAS CUNHA DE SOUZA ORIENTADOR (A): PROF.ª ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE

RESUMO

Introdução: A Aids/SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença infecciosa de alta prevalência global. A prática heterossexual é a principal fonte de transmissão da doença. Apesar das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, introduzindo novos métodos diagnósticos, favorecendo o diagnóstico precoce, além do aumento no investimento na área de tratamento e prevenção da Aids, o número de casos ainda cresce na Bahia. Logo, conhecer o perfil epidemiológico da população acometida é fundamental para a definir e melhor direcionar políticas públicas com o objetivo de reduzir a transmissão e aumentar a eficiência do acompanhamento/tratamento das populações mais vulneráveis. Objetivo geral: Descrever o perfil epidemiológico da Aids em maiores de 15 anos na Bahia no período de 2007 a 2017. Secundariamente objetivou-se: Descrever as características da população maior de 15 anos com Aids na Bahia por macrorregião de residência, estimar o coeficiente de incidência de Aids nessa população por macrorregião de residência, sexo e idade no período de estudo. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo de série temporal, com dados secundários agregados, obtidos a partir da base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram analisados os casos de Aids em adultos no período de 2007 a 2017 por macrorregião de residência do estado da Bahia, faixa etária, sexo, relações sexuais, uso de drogas injetáveis, critério de confirmação e evolução do caso. Os dados foram apresentados em números absolutos e relativos e a Regressão Linear foi realizada para avaliara a tendência do coeficiente de incidência. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: No período do estudo foram notificados 24.689 casos de Aids em maiores de 15 anos sendo a maior proporção registrada na macrorregião Leste (56,39%), seguida pelas macrorregiões Sul e Centro-Oeste. O coeficiente de incidência foi maior na faixa etária de 20-34 anos (40,39/100.000hab.) no ano de 2016. O coeficiente de incidência no sexo masculino cresceu de 12,58 casos/100.00hab. em 2007 para 37,46 casos/100.00 hab. em 2017, tendência de crescimento, estatisticamente significante (p<0,05). Conclusão: Os resultados encontrados nesse estudo permitiram caracterizar a Aids como uma doença multifacetada com crescimento no número de casos em quase todas regiões da Bahia no período de 2007-2017. Ocorreu um predomínio de casos em heterossexuais, do sexo masculino e na faixa etária de 20-49 anos. Houve um aumento considerável de casos em idosos e no sexo feminino. Palavras-chave: Aids. Tendência. Epidemiologia. Bahia.

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TEMA: AVALIAÇÃO DA RELEVÂNCIA DO USO DE MARCADORES MOLECULARES COMO FATORES DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO PARA NEOPLASIAS GLIAIS DIFUSAS NA FAIXA ETÁRIA ADULTA- UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): LUCAS PUGLIESE CAVALCANTE ORIENTADOR (A): PROF. VICTOR LUIZ CORREIA NUNES CO-ORIENTADOR: PROF. DR. LUCIANO ESPINHEIRA

RESUMO

Resumo: Em 2016, a Organização Mundial de Saúde (OMS) introduziu uma nova classificação às neoplasias de Sistema Nervoso Central (mais especificamente, as neoplasias gliais), agregando, ao seu estudo clínico e histopatológico, a descrição do perfil oncogenético do material obtido de biópsias. Os marcadores do genótipo oncogênico são chamados de marcadores moleculares, cujo estudo possui grande relevância no que tange ao diagnóstico propriamente dito, à classificação fenotípica e ao prognóstico/sobrevida advindo de tratamentos especializados, que podem ser dirigidos pelo perfil mutagênico da entidade neoplásica. Esses marcadores (como IDH1/2, ATRX, MGMT, LOH-1p/19q, TP53, TERT, EGFR/EGFRvIII, B-RAFV600E/V600A) têm sido vastamente utilizados para poder predizer outcomes clínicos dos pacientes, bem como tentar tornar objetivo o processo de análise diagnóstica, diminuindo-se assim os índices de variação interobservador à lâmina. Não somente são bons preditores neoplásicos, os marcadores moleculares possuem grande uso para fins classificatórios (como em astrocitomas, oligodendrogliomas e glioblastoma multiforme), visto que o padrão de expressão molecular se torna característico para fenótipo histológico e, também, para localização e faixa etária: enquanto que neoplasias que possuem IDH1-positivo, ATRX-positivo, TP53-positivo ou negativo, são compatíveis com astrocitomas de baixo grau, neoplasias positivas para LOH-1p/19q, IDH1 e ATRX-negativo são, em sua maioria, mais compatíveis com oligodendrogliomas, demonstrando a alta relação de exclusão entre ATRX e LOH-1p/19q. Ademais, foi provado que os mesmo fenótipos neoplásicos podem ter outcomes variados a depender do seu perfil genotípico: um astrocitoma de baixo grau, IDH-positivo, possui melhor prognóstico clínico (e, assim, maior sobrevida) do que aquele IDH-wildtype (perfil mais associado com neoplasias de alto grau, ou de maior susceptibilidade para evolução maligna, além de possuir, em geral, prognósticos mais reservados). O uso de marcadores moleculares está fortemente atrelado à fisiopatologia do gliomagênese, o que justifica o seu estudo para fins classificatórios e, uma vez descritos, como alvos para terapia especializada.

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TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE QUALIDADE DO SONO E PERDA DE PESO EM ADULTOS OBESOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): LUDMILA ROSALES DO CARMO ORIENTADOR (A): PROFª CRISTINA SALLES

RESUMO

Fundamento: a obesidade e o sobrepeso estão relacionados à diversas doenças crônicas, redução de qualidade de vida e consequências socioeconômicas substanciais. A sua prevalência e seu impacto na morbidade/mortalidade, qualidade de vida e gastos diretos e indiretos em saúde reforçam a necessidade de reunir evidências sobre terapias eficazes. Objetivo: Avaliar a associação entre boa qualidade de sono e redução de medidas antropométricas em indivíduos adultos com sobrepeso ou obesidade. Métodos: Revisão sistemática. Foram realizadas pesquisadas em base de dados eletrônica (MEDLINE-PubMed, Embase, The Cochrane Library, Lilacs e Biblioteca Virtual em Saúde) e realizada busca manual até abril de 2018. Foram incluídos estudos que pesquisassem associação entre boa qualidade do sono e redução de medidas antropométricas em adultos obesos. Resultados: Dos 776 trabalhos encontrados, 7 estudos foram incluídos. Houve redução significativa das medidas antropométricas (circunferência abdominal, IMC, massa gorda) dos subgrupos com maiores índices de qualidade do sono quando comparados ao grupo com menores índices de qualidade de sono. Duração do sono também mostrou relação positiva com redução de medidas antropométricas na maioria dos estudos. Conclusão: A presente revisão sistemática indica uma possível associação positiva entre boa qualidade do sono e redução de medidas antropométricas em adultos obesos, embora mais estudos sejam necessários para melhor esclarecer a natureza dessa relação.

Palavras-chave: Dieta. Obesidade. Sono. Perda de peso.

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TEMA: A EFICÁCIA DA CORTICOTERAPIA NO TRATAMENTO DA MASTITE GRANULOMATOSA IDIOPÁTICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): LUÍS EDUARDO DE ASSIS RIZÉRIO ORIENTADOR (A): PROFª CONCEIÇÃO MARIA GUEDES CROZARA

CO-ORIENTADORA: PROFª. MILENA BASTOS BRITO

RESUMO

INTRODUÇÃO: a mastite granulomatosa idiopática (MGI) é uma doença inflamatória crônica da mama de etiologia desconhecida caracterizada pela presença de granulomas não caseosos e micro abscessos restritos ao lóbulo mamário. Ela apresenta-se clinicamente como massa endurecida dolorosa, frequentemente unilateral, associada ou não a processos inflamatórios da pele, úlceras e fístulas. Exames de imagem auxiliam no diagnóstico, mas apenas a análise histopatológica da lesão comprova a suspeita. Não existem diretrizes estabelecidas para o manejo da MGI, sendo a corticoterapia e cirurgia as opções mais utilizadas e descritas com certa eficácia. Todavia, a cura para a MGI é questionável, seja pela ineficácia do tratamento ou pela recidiva da doença. OBJETIVO: descrever a eficácia da corticoterapia oral no manejo da mastite granulomatosa idiopática. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão sistemática com busca feita nas bases de dados PubMed/Medline, LILACS e SciELO, associada à busca manual. Foram incluídos estudos observacionais prospectivos e retrospectivos envolvendo mulheres com diagnóstico histopatológico de MGI e que foram submetidas à corticoterapia oral. Para avaliar a qualidade metodológica dos artigos, foi aplicada a ferramenta STROBE. RESULTADOS: a estratégia de busca encontrou 247 registros, somando-se a 2 artigos com a busca manual. Dos 249 artigos pré-selecionados, 35 foram obtidos para leitura integral e 8 foram incluídos no estudo. Encontrou-se uma amostra de 233 pacientes com idades variando entre 21-71 anos, em que 87% (203) apresentavam massa em mama e 70% (142) queixavam-se de dor local. Destas, 155 foram submetidas à corticoterapia oral, com prednisona, prednisolona ou metilprednisolona. Quatro artigos descreveram tempo de tratamento entre 5-8 semanas, dois entre 1-12 meses e dois não descreveram o tempo de tratamento. Das 155 pacientes, 121 tiveram resolução da doença e 34 tiveram recorrências, sendo descrito um novo curso de corticoide para 7 destas com resolução da doença em 5 delas. CONCLUSÃO: a corticoterapia oral é um eficaz tratamento ambulatorial para a MGI, tendo como pontos negativos o uso prolongado de corticoide e o risco de recorrência da doença. Palavras-Chave: Mastite Granulomatosa Idiopática. Tratamento. Corticoide.

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TEMA: IMPLANTAÇÃO DA CAMPANHA CHOOSING WISELY EM CIRURGIA NO INTERNATO MÉDICO

NOME ALUNO (A): LYSANDRO MARTINS TOURINHO COSTA

ORIENTADOR (A): PROF.DILTON RODRIGUES MENDONÇA

RESUMO

COSTA, LMT. Implantação da campanha Choosing Wisely em cirurgia no Internato Médico. [monografia]. Bahia: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. Introdução: A redução de custos desnecessários na saúde tem sido uma preocupação global. A campanha Choosing Wisely (CW) em cirurgia foi iniciada nos Estados Unidos em 2013, com a divulgação da primeira lista de condutas médicas que são realizadas no cotidiano, mas nem sempre necessárias, visando conscientizar médicos e pacientes sobre uma prática mais segura e eficiente. Objetivo: Elaborar uma lista de cirurgia com cinco proposições, consideradas desnecessárias, baseadas em custo-consciência. Metodologia: Estudo prospectivo, observacional e descritivo com 10 professores de cirurgia do internato e 101 alunos do 10º semestre. Foi utilizada a técnica Delphi, onde os professores, através de questionários online utilizando o software SurveyMonkey®, encaminharam 3 situações frequentes na prática médica, mas que são consideradas desnecessárias. Em seguida, foi realizado o agrupamento por frequência e adequações à linguagem do CW. Posteriormente, utilizando a escala Likert, os professores selecionaram as cinco proposições finais da lista de cirurgia. Resultados: Das 30 proposições iniciais permaneceram apenas 13 após exclusão de proposições repetidas e sem respaldo científico. Posteriormente, feito o agrupamento final, resultando em 5 proposições: não solicite tomografia computadorizada para avaliar suspeita de apendicite aguda em crianças antes de considerar a realização de ultrassonografia; não prescreva antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico por tempo maior que o recomendado; não solicite tomografia computadorizada de ¨vários segmentos do corpo¨ para pacientes com trauma de baixo risco e sem achados consistentes no exame físico; não oriente jejum prolongado de 8 horas para alimentos sólidos e líquidos no pré-operatório de todas as cirurgias; não solicite endoscopia digestiva alta para pacientes cirúrgicos sem evidências clínicas ou sinais de alarme para doença péptica e do refluxo gastroesofágico. Conclusão: A implantação da campanha Choosing Wisely em cirurgia no internato médico resultou em um enriquecedor processo reflexivo para os estudantes e professores. A discussão das proposições através das ações educativas pode resultar em uma prática médica aliada a redução de custos desnecessários e que seja respaldada por evidências científica. Palavras-chave: Choosing Wisely, Cirurgia, Internato Médico.

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TEMA: A EFETIVIDADE DO TRATAMENTO DO HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO EM GESTANTES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): MAÍRA MEIRELLES DE ARAÚJO ASSIS ORIENTADOR (A): PROFª. MINNA FERRARI SCHLEU

RESUMO

Assis, MMA. A Efetividade do Tratamento do Hipotireoidismo Subclínico: Uma Revisão Sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. INTRODUÇÃO. Alterações metabólicas que ocorrem no período normal da gravidez acarretam em maior susceptibilidade a distúrbios endócrinos, com destaque ao hipotireoidismo, prevalente em 0.3% a 0.5% das grávidas, e sua apresentação subclínica, em 3% a 5%. Estudos já demonstraram uma íntima relação dessas condições com a ocorrência de eventos adversos na gestação, e a necessidade do tratamento com levotiroxina para grávidas com hipotireoidismo é um consenso, assim como seus benefícios para a mãe e sua prole. No entanto, quando se trata do hipotireoidismo subclínico, as evidências se mostram contraditórias e limitadas, permanecendo incerta a eficácia da droga na prevenção dos eventos adversos maternos e fetais. Duas grandes diretrizes divergem em sua conduta, enquanto a Endocrine Society indica o tratamento para todas as grávidas, a American Thyroid Association indica apenas para aquelas com anticorpo antiperoxidade (anti-TPO) positivo. OBJETIVO. Avaliar a efetividade do tratamento do hipotireoidismo subclínico em gestantes. MÉTODOS. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura. O levantamento bibliográfico foi realizado manualmente e nos bancos de dados eletrônicos do PubMed, LILACS, SciELO e Cochrane CENTRAL. Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados, em português, espanhol e inglês, publicados entre os anos de 2010 e 2018. As variáveis de interesse foram: aborto, nascidos vivos, parto prematuro, descolamento de placenta, admissão na UTI neonatal, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional. Considerou-se apenas artigos que atenderam a pelo menos 50% dos itens do questionário CONSORT. RESULTADOS. Foram selecionados cinco ensaios clínicos, sendo que dois deles incluíram mulheres antes de engravidar, pois analisaram os efeitos benéficos da droga na fertilização in vitro (FIV). Nenhum dos artigos avaliou todos os eventos adversos simultaneamente, e apenas os que avaliaram gravidezes de FIV encontraram diferenças estatisticamente significantes para as variáveis aborto e nascidos vivos. Em relação as outras variáveis, nenhum artigo encontrou diferenças significantes ao comparar o grupo tratado com o grupo não tratado. CONCLUSÃO. A presente revisão sistemática opta por recomendar o tratamento para todas as grávidas com hipotireoidismo subclínico, considerando os potenciais benefícios da droga. No entanto, o assunto abordado ainda permanece pouco explorado, sendo necessários mais estudos que busquem comprovar a eficácia da levotiroxina na prevenção de eventos adversos na gravidez de mulheres com essa condição. Palavras-chave: Hipotireoidismo. Hipotireoidismo Subclínico. Gravidez. Levotireoxina.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA NOS DISTRITOS SANITÁRIOS DA CIDADE DE SALVADOR. BAHIA. 2008-2017 NOME ALUNO (A): MARCELO DE MATOS SOUSA JÚNIOR ORIENTADOR (A): PROF.ª CIBELE MARIA RIBEIRO DOURADO

RESUMO

OBJETIVO: analisar o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis congênita nos doze distritos sanitários da cidade de Salvador, verificando a tendência temporal da taxa de incidência e as variáveis da mãe e criança. MÉTODO: estudo ecológico, com caráter descritivo e de distribuição temporal, utilizando dados da plataforma DATASUS, que analisou dados da cidade de Salvador, Bahia, no período de 2008 a 2017. A população do estudo é constituída por todos os casos notificados de sífilis congênita em crianças menores de um ano de idade. Foram calculadas as taxas de incidência por distrito sanitário e determinadas as curvas de tendência anual por meio de regressão linear simples, bem como contabilizadas as frequências simples e relativas das variáveis das crianças e das mães. RESULTADOS: foram notificados 3.835 casos no período considerado, variando de 61 em 2009 a 812 em 2016, observando-se um aumento de 958,3% entre o início e final do estudo. A taxa de incidência total calculada foi de 54,8/1000 nascidos vivos, com as maiores taxas nos distritos do Centro Histórico, Barra/Rio Vermelho/Pituba e São Caetano Valéria. A análise temporal das taxas de incidência demonstra fortes coeficientes de determinação, variando de R² = 0,737 a 0,945, observando-se tendência temporal crescente com significância estatística em todos os distritos. Verifica-se predominância dos casos em crianças de cor de pele parda e preta. Não houve diferenças significativas nas notificações em relação ao sexo da criança. Observou-se predomínio dos casos em filhos de mulheres com idades entre 20 – 34 anos e com ensino fundamental, tendo a maioria destas realizado pelo menos uma consulta de pré-natal. CONCLUSÃO: a sífilis congênita configura-se como uma condição que transcende a saúde pública, visto que incide em populações mais propícias a adquirir a doença em função de sua posição social. Embora o pré-natal atue como um importante fator protetor ao estimular a prevenção, e o tratamento seja de baixo custo, há entraves políticos e sociais que impedem a realização efetiva destes serviços, contribuindo para que crescentes taxas de incidência tenham sido descritas em várias capitais brasileiras.

Palavras-chave: sífilis congênita, infecções sexualmente transmissíveis, perfil epidemiológico, tendência temporal.

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TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE HORAS DE SONO E ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): MARIANA NUNES DO NASCIMENTO ORIENTADOR (A): PROFª CRISTINA SALLES

RESUMO

Fundamento: A obesidade é uma questão que afeta a saúde pública mundial, atigindo tanto crianças quanto adultos. Crianças com uma diminuição da duração do sono têm 58% mais chance de desenvolver a obesidade, enquanto que, a cada 1 hora acrescentada no tempo de sono, diminui o risco de obesidade em 9%. É importante então que se tenha resultados mais concretos dessa associação para que se possa utilizar o sono como uma forma de intervenção, redução e manutenção do peso. Objetivo: O objetivo deste estudo foi reunir evidências sobre a associação entre horas de sono e índice de massa corpórea em crianças e adolescentes. Métodos: O método utilizado é a revisão sistemática. Assim, a busca por artigos foi realizada no PubMED, na Biblioteca Vitual em Saúde e LILACS, uma busca manual foi também realizada até setembro de 2017. Os critérios de inclusão foram: a) ensaios clínicos randomizados; b) ensaios clínicos estudos observacionais, estudos crossover e de conglomerados; c) estudos conduzidos em crianças (com no mínimo 6 meses) e adolescentes (com idade inferior a 18 anos), em que o IMC tenha sido calculado durante o estudo e que se houver intervenção, que ela realizada sido somente mudança na quantidade de horas de sono. Os critérios para exclusão foram: a) estudos cujas intervenções envolveram terapia medicamentosa ou o uso de suplementos que pudessem interferir com o objetivo do estudo; b) estudos envolvendo adultos; c) estudos em animais; d) estudos envolvendo mulheres em período gestacional ou em aleitamento materno; e) estudos envolvendo tabagistas ou etilistas; f) cartas, resumos e anais de conferências. Resultados: Das 155 referências encontradas foram incluídas 5 que tratavam da duração do sono e sua associação com o índice de massa corpórea. Os estudos mostraram que a redução nas horas de sono acarretava em um aumento no IMC. Conclusão: Através da presente revisão sistemática, encontrou-se uma consistente associação inversa entre a duração do sono e a mudança do IMC ou a mudança do IMC z-score. Foi possível notar com os resultados obtidos que com a diminuição na duração de sono existe um aumento no IMC ou no IMC z-score. Palavras-chave: Duração do sono. Índice de massa corpórea. Crianças. Adolescentes.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES NOTIFICADOS COM HIV/Aids. SALVADOR-BA. 2008 - 2017 NOME ALUNO (A): MARIANA TARQUINIO LARA MEDRADO ORIENTADOR (A): PROF. JUAREZ PEREIRA DIAS

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Aids se constitui um dos mais importantes problemas de saúde pública no mundo e no Brasil, desde a década de 80 do século passado quando foi descoberta. Anualmente, milhares de pessoas de todas as faixas etárias, sexo e condições socioeconômicas são atingidas no mundo, principalmente na região subsaariana na África. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, em 2016 foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), 38.090 casos com 12.366 mortes, e no Estado da Bahia, 1.890 casos e 585 óbitos. Diagnosticada inicialmente em grupo de indivíduos masculinos homossexuais e usuários de drogas injetáveis, a doença foi progressivamente mudando o seu perfil, atingindo heterossexuais, mulheres, indivíduos com baixa escolaridade e condição social. OBJETIVOS: Geral: analisar o perfil epidemiológico dos pacientes notificados com HIV/Aids em Salvador-Bahia, no período de 2008 a 2017. E específicos: Descrever a tendência temporal dos casos notificados segundo categorias de exposição; Descrever a tendência temporal da incidência anual; e o perfil demográfico: sexo e idade dos pacientes. MATERIAIS E MÉTODOS: estudo descritivo, observacional, de série temporal e de âmbito populacional. Os dados foram obtidos do SINAN, incluindo todos os casos notificados de HIV/Aids (A20 - A24) em Salvador-Ba de 2008 a 2017. Foram analisadas as variáveis: Número e incidência (/100.000 hab.) de casos por ano de notificação; Idade no ano da notificação; Sexo e Categoria de exposição. Os dados foram formatados em planilha no Microsoft Excel versão 2016 e transformados em banco de dados. As variáveis foram analisadas considerando-se os números absolutos e relativos através da sua distribuição percentual. A análise da tendência temporal foi realizada através da regressão linear simples, utilizando-se como valor estatisticamente significante, p<0,05. RESULTADOS: Houve um aumento dos casos notificados durante os anos analisados, tendo em 2017 um valor de 48,2/100.000 habitantes. A prevalência entre os sexos foi masculina, sendo a faixa etária de 20-39 anos a que obteve maior incidência. A categoria de exposição que se destacou foi a heterossexual com 40,9 % dos casos, seguida da homossexual (26%). CONCLUSÃO: A infecção pelo HIV e a Aids constituem-se ainda uma questão importante de saúde pública que merece atenção. Políticas públicas específicas para os grupos mais acometidos, assim como uma melhor assistência da saúde pública e um melhor preparo da equipe multidisciplinar são necessários para a redução dos casos de infecção por HIV. Palavras-chave: HIV. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Grupos de Risco. Perfil de Saúde.

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TEMA: EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA EXCITABILIDADE CORTICAL DE INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): MARIANA WANDERLEY DE ARAÚJO ORIENTADOR (A): PROF. MARCUS VINICIUS SANTANA

RESUMO

Exercício físico é todo movimento corporal produzido pela musculatura esquelética e que tem um gasto de energia maior que no repouso. Sabe-se que ele é capaz de gerar repercussões em diversos sistemas, incluindo o Sistema Nervoso Central, podendo impactar na excitabilidade cortical. Dessa forma, esse estudo objetiva descrever as alterações do exercício físico na excitabilidade cortical de indivíduos saudáveis. Consiste de uma revisão sistemática que utilizou as bases de dados eletrônicas MEDLINE/Pubmed, SCIELO e uma busca adicional foi realizada no Google Acadêmico, foram incluídos ensaios clínicos que abordassem a temática do objetivo, utilizando a Estimulação Magnética Transcraniana como método de mensuração da excitabilidade cortical. A identificação e seleção dos artigos foi feita obedecendo os critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos, sendo feita por dois revisores independentes. Foram encontrados 565 artigos com a estratégia de busca estabelecida. A partir disso, 11 foram selecionados para leitura integral após a leitura dos título e resumos. Destes 11, sete foram excluídos por não obedecerem aos critérios de inclusão, totalizando uma amostra final de quatro artigos. Foram observados os exercícios como: de abertura e fechamento repetitivos bimanuais do indicador em direção ao polegar, uso de bicicleta ergométrica e tarefas motoras diversas, como de pontaria e firmeza. Os estudos utilizaram métodos diferentes para avaliar a excitabilidade cortical, como o PEM, facilitação e inibição intracortical e limiar motor de repouso. Por meio dessa revisão pode-se notar que o exercício físico causa alterações na excitabilidade cortical de indivíduos saudáveis, no entanto mais estudos relacionados a essa temática são necessários. Palavras chave: exercício físico. Excitabilidade cortical. Estimulação Magnética Transcraniana

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TEMA: RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA PÓS-PROSTATECTOMIA RADICAL NOME ALUNO (A): MATHEUS DÓRIA SILVA ORIENTADOR (A): PROFª CRISTINA AIRES BRASIL

RESUMO

Introdução: A prostatectomia radical é o procedimento cirúrgico para tratamento do câncer de próstata, possuindo algumas consequências, como a Incontinência Urinária (IUPP). A RF não ablativa se constitui como uma alternativa mais barata e menos invasiva, para tratamento da IUPP, trazendo uma série de benefícios, principalmente à sua qualidade de vida. Objetivo: Avaliar o impacto do tratamento com a radiofrequência não ablativa na continência urinária. Metodologia: Trata-se de um estudo piloto. Foram incluídos homens com até 65 anos de idade, com queixa clínica de IUPP, que apresentassem resíduo pós-miccional <50ml, Pad Test de 1 hora ≥ 1 grama e PSA < 0,2 ng/ml. A coleta foi iniciada por meio de questionário anamnésico básico com informações sociodemográficas e clínicas. Além disso, foi realizada avaliação da força muscular do assoalho pélvico. Para avaliar a resposta clínica, foi realizado, antes e após o tratamento, Pad Test e questionários autoaplicáveis: ICIQ-SF e ICIQ-OAB. Ao final, foi aplicada a escala Likert para mensurar o grau de satisfação em relação ao tratamento e a EVA modificada para incontinência urinária (IU) para avaliar a evolução dos sintomas. Os resultados foram submetidos a análise descritiva e ao teste não paramétrico de Wilcoxon. Resultados: A amostra foi de 10 indivíduos com idade média de 57,5±4,9 anos. A mediana do grau de força muscular foi 3 (3,0-3,2) e do Pad Test inicial foi de 6,5g (1,7-50,0) e final de 2,0g (0,0-9,0) (p<0,01). No Pad Test, 90% apresentaram diminuição e 30% resolução completa da perda urinária. O ICIQ-OAB indicou diminuição significante dos sintomas de enchimento vesical. O ICIQ-SF e o SF-36 não apresentaram diferença significativa. Em relação ao grau de satisfação, 60% disseram-se satisfeitos com o tratamento. Conclusão: A RF mostrou resultados positivos, tanto na melhora da perda urinária quanto na redução dos sintomas miccionais irritativos, promovendo satisfação dos participantes. Palavras-chave: Incontinência urinária; Homens; Ondas de rádio.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR LESÃO POR ARMA DE FOGO NA CIDADE DE SALVADOR, BAHIA, DE 2008 A 2017 NOME ALUNO (A): MATHEUS ETTINGER MENDES ORIENTADOR (A): PROFª. ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE

RESUMO

Mendes ME. Perfil epidemiológico dos óbitos por lesão por arma de fogo na cidade de Salvador, Bahia, de 2008 a 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina). Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador – Bahia, 2018. Introdução: A violência no Brasil tem demonstrado uma magnitude sem precedentes e as mortes decorrentes do uso de armas de fogo fazem parte das causas externas que correspondem à terceira principal causa de morte no território nacional. Esta problemática social afeta a população de modo desigual, a depender do sexo, cor da pele, idade e espaço social. Além de causar o óbito, os ferimentos por arma de fogo podem resultar em vítimas com lesões irreversíveis tanto físicas quanto mentais. Objetivo: Avaliar a tendência temporal da mortalidade por lesão por arma de fogo na cidade de Salvador. Métodos: Estudo observacional descritivo de série temporal com dados secundários e agregados realizado na cidade de Salvador-BA entre os anos de 2008 e 2017. As informações sobre óbitos em decorrência de lesão por arma de fogo foram coletadas a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), acessado através da plataforma do DATASUS do Ministério da Saúde. As categorias do CID utilizadas para coleta dos dados foram as seguintes: W33, W34, X93, X94, X95, Y23 e Y24. As variáveis utilizados no estudo foram: ano do óbito, sexo, faixa etária, raça/cor da pele, estado civil e local da ocorrência do óbito. Foi utilizada base de dados eletrônica disponível pela internet para acesso público pela plataforma virtual da Superintendência de Vigilância da Saúde da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. Pela característica da base de dados, não foi necessária a submissão do projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Foi constatado um total de 15.002 óbitos por lesão por arma de fogo durante o período analisado. Houve predomínio de óbitos de indivíduos do sexo masculino (94,46%), com idade entre 20 e 29 anos (47,98%), solteiros (89,93%) e negros (89,99%). A via pública foi o local onde mais ocorreram os óbitos (45,18%). O coeficiente de mortalidade teve tendência decrescente (ꞵ= -1,913), estando fortemente associada ao tempo (R2=0,644) com significância estatística (p< 0,005). A razão do coeficiente de mortalidade por sexo demonstrou que morreram aproximadamente 20 homens para cada mulher. Conclusão: Mesmo com valores elevados de óbitos por lesão por arma de fogo em Salvador durante o período do estudo, houve redução do coeficiente de mortalidade com o passar dos anos. No entanto, ainda há muito a se fazer para que a violência, uma problemática social complexa, seja minimizada em cenário nacional.

Palavras-chave: Ferimentos por arma de fogo; Mortalidade; Violência.

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TEMA: DISTRIBUIÇÃO E ACESSO À REDE DE PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS COMUNS NO COMBATE ÀS DUAS PRINCIPAIS CAUSAS DE CEGUEIRA RELACIONADAS À SENILIDADE NO ESTADO DA BAHIA ENTRE 2008 E 2017: DADOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NOME ALUNO (A): MATHEUS LOIOLA ARAUJO MARTINS ORIENTADOR (A): PROF. NEY CRISTIAN BOA SORTE

RESUMO

Esse estudo tem como tema central a avaliação da rede de procedimentos ambulatoriais no combate as duas principais causas de cegueira relacionada a senilidade no estado da Bahia e tem como objetivo central a descrição da distribuição e o acesso dos exames ambulatoriais contemplados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) relacionados à catarata e à degeneração macular relacionada à idade (DMRI) no estado da Bahia, no período de 2008 a 2017. METODOLOGIA: estudo de agregados têmporo-espacial em que a população de estudo foi composta de todos os procedimentos de interesse aprovados (Biometria Ultrassônica (Monocular); Microscopia Especular de Córnea; Paquimetria Ultrassônica; Capsulotomia a YAG Laser; Mapeamento de Retina e Retinografia Fluorescente Binocular), por microrregião de saúde do estado da Bahia e as unidades de análise compostas pelas microrregiões de saúde e pelos anos do período. RESULTADOS: presente estudo demonstrou que, entre os anos de 2008 e 2017, foram realizados 3.181.306 procedimentos de interesse com uma distribuição heterogênea centralizada tanto geograficamente, nos principais centros urbanos, e quanto temporalmente, em 2010, havendo manutenção da quantidade deles relativa aos habitantes das microrregiões de saúde. Dentre os procedimentos estudados, capsulotomias por YAG Laser foram, proporcionalmente, as que mais foram realizadas na região de saúde de Salvador, alcançando 70% do total. CONCLUSÃO: o fato de os procedimentos de interesse estarem centralizados e restritos a regiões pertencentes aos grandes centros urbanos e a seus hospitais de referência denota a fragilidade da rede de procedimentos ambulatoriais oftalmológicos na Bahia no período, o que, em conjunto com a concomitante concentração de oftalmologistas nessas regiões, evidencia a necessidade de tomar estratégias com o foco na descentralização do cuidado à saúde visual.

Palavras-Chave: Oftalmologia. Catarata. Degeneração Macular Relacionada a Idade. Séries temporais.

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TEMA: CRESCIMENTO E MATURAÇÃO SEXUAL EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO: UM ESTUDO DE COORTE RETROSPECTIVA NOME ALUNO (A): MILLA DE SÁ FORTES ORIENTADOR (A): PROF. NEY CRISTIAN BOA SORTE

RESUMO

Introdução: O hipotireoidismo congênito (HC) é a doença endócrina congênita mais frequente na infância e uma das causas mais comuns de retardo mental que pode ser prevenida. Quando diagnosticado e tratado nas primeiras semanas após o nascimento, o crescimento, o índice de massa corporal (IMC) e o desenvolvimento puberal geralmente estão dentro do padrão de normalidade da população geral. Objetivos: descrever o crescimento e a maturação sexual em pacientes de 7 a 16 anos de idade com diagnóstico neonatal de HC, tratados e acompanhados no Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) da Bahia e avaliar a tendência de variação dos indicadores altura/idade (A/I) e IMC/idade (IMC/I) nestes pacientes. Metodologia: trata-se de um estudo longitudinal de coorte retrospectiva. Foram avaliadas as medidas de peso (em quilos), altura (em metros) e maturação sexual, através do critério de Tanner, que avalia as mamas e pelos púbicos no sexo feminino e os genitais e pelo púbicos no sexo masculino. Os indicadores A/I e IMC/I foram usados para caracterizar o crescimento. Resultados: foram avaliados um total de 145 crianças e adolescentes, com idade variando de 7 a 16 anos. Foi identificada baixa estatura e baixa estatura grave no momento do diagnóstico em 6,2 e 2,8% dos pacientes, respectivamente. Ao final do estudo, não foi observado nenhum caso de baixa estatura grave e a frequência de baixa estatura foi de 6,9%. Noventa e três porcento dos pacientes tiveram estatura adequada ou elevada para a idade. Com relação ao índice IMC/I, 86,9% dos pacientes apresentavam-se eutróficos na fase inicial, com 6,9% apresentando excesso de peso, de sobrepeso à obesidade grave. Na fase final, as crianças e adolescentes eutróficos representavam 67,6%, enquanto que 25% aproximadamente tinha sobrepeso ou obesidade. O primeiro estágio puberal, para as meninas, ocorreu com idade mediana (p25-p75) de 11,1 (10,3 – 11,8) anos e, para os meninos com 9,7 (8,7 – 10,6) anos. Conclusão: foram observados crescimento e maturação sexual adequados em pacientes com HC, confirmando a importância de diagnóstico e tratamento precoces. Palavras chaves: hipotireoidismo congênito. Crescimento. Maturação sexual. Triagem neonatal. Estudo longitudinal. Coorte.

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TEMA: A ASSOCIAÇÃO DE ZUMBIDO NO PACIENTE COM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR DOLOROSA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): MURILO REVERENDO DUARTE ORIENTADOR (A): PROF.ª IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO

RESUMO A disfunção temporomandibular (DTM) é um conjunto de manifestações clínicas de má função mandibular, associadas ou não à dor, e que pode possuir relação com sintomas otológicos, dentre eles o zumbido. Têm maior prevalência no sexo feminino, e acomete grande parcela da população. Este estudo teve como objetivo foi descrever a ocorrência de zumbido no paciente com DTM dolorosa. A metodologia do estudo consiste em uma revisão sistemática na qual foram encontrados 12 artigos através de estratégia de busca pré-determinada. Destes 12 artigos, apenas 7 atenderam os critérios de inclusão estabelecidos previamente. Com a análise dos resultados encontrados pôde-se encontrar associação entre DTM dolorosa e zumbido, entretanto há escassez literária sobre o mecanismo fisiopatológico entre essas entidades. Palavras-chave: Disfunção Temporomandibular, zumbido, dor orofacial

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TEMA: DOENÇA DE CHAGAS ESTÁ ASSOCIADA A PIOR PROGNÓSTICO NO SEGUIMENTO DE 1 ANO APÓS CARDIOVERSOR-DESFIBRILADOR IMPLANTÁVEL EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NOME ALUNO (A): NATÁLIA FERREIRA CARDOSO DE OLIVEIRA ORIENTADOR (A): PROF. RODRIGO MOREL VIEIRA DE MELO

RESUMO

Oliveira NFC. Doença de Chagas está associada a pior prognóstico no seguimento de 1 ano após Cardioversor-Desfibrilador implantável em pacientes com insuficiência cardíaca. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina). Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador, 2018. Fundamento: A morte súbita cardíaca (MSC) é o evento final comum nas insuficiências cardíacas (IC) de diversas etiologias. As evidências da eficácia do cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) para prevenção de MSC baseiam-se em ensaios clínicos onde a população de pacientes com doença de Chagas (DC) é sub-representada. Objetivo: Avaliar o prognóstico de pacientes que foram submetidos a implantes de CDI em uma população na qual a DC é uma causa prevalente de IC. Metodologia: Estudo de coorte retrospectiva de janeiro de 2015 a Dezembro de 2016 em um hospital terciário na cidade de Salvador-BA. Foram incluídos pacientes > 18 anos, portadores de IC com FEVE < 55%, com indicação para implante de CDI para prevenção secundária de MSC. Foram coletados dados clínicos e demográficos para pesquisa de preditores de mortalidade em 1 ano após implante do dispositivo. Resultados: 108 pacientes foram avaliados, aqueles com DC foram 52 (48,1%) e não DC 56 (51,9%), sendo a etiologia isquêmica a causa mais comum 20 (35,7%). Comparativamente entre os grupos Chagas e não-Chagas, sexo masculino: 32 (61,5%) vs

38 (67,9%), p=0,132; idade 59,2 (±10,9) vs 56,8 (±13,4), p=0,681; FEVE média 34,1 (10,2)

vs 31,3 (8,7), p=0,064; CF III-IV 11 (25%) vs 21 (40,4%), p=0,548, respectivamente. No seguimento médio de 15,7 meses, a mortalidade foi maior no grupo Chagas do que no grupo não-Chagas: 11 (21,2%) vs 3 (5,4%), p=0,021, log-rank. Conclusão: Houve mortalidade excessiva no curto prazo em pacientes com DC após CDI em comparação com outras etiologias de IC. Apesar da forte evidência do uso do CDI em pacientes com IC, principalmente de etiologia isquêmica, o papel desta terapia em pacientes com DC permanece incerto. Palavras-chave: Insuficiência Cardíaca; Doença de Chagas; Desfibriladores Implantáveis.

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TEMA: CARACTERÍSTICAS DO PERÍMETRO CEFÁLICO E ALTERAÇÕES DE IMAGEM DE RECÉM-NASCIDOS COM ZIKA CONGÊNITA. SALVADOR-BA. 2015-2017 NOME ALUNO (A): NATALLY GUEDES ANDRADE ORIENTADOR (A): PROF. JUAREZ PEREIRA DIAS

RESUMO

Andrade NG. Características do perímetro cefálico e alterações de imagem de recém-nascidos com Zika congênita [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2018. Introdução: A microcefalia é um problema de saúde pública que traz consigo consequências definitivas e graves para a vida do indivíduo. No Brasil, a possível associação desta doença com a Zika congênita, sobretudo a partir de outubro de 2015, elevou consideravelmente o número de casos, o que ratifica a importância da abordagem do assunto tendo em vista a repercussão da microcefalia e suas complicações por toda a vida do indivíduo envolvendo parâmetros físicos, psicológicos e sociais. Objetivos: Estudar o perímetro cefálico e as alterações de imagem de crianças nascidas em maternidade universitária de Salvador-Bahia com possível Zika congênita no período entre outubro de 2015 e dezembro de 2017. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo que utilizou dados secundários de prontuários médicos a partir do registro de casos de microcefalia nesta maternidade. Resultados: A partir da análise dos dados, constatou-se que do total de crianças nascidas por ano, foram notificadas com microcefalia, 3,34%, a partir de outubro de 2015, 2,35% em 2016 e 0,23% em 2017, o que representou 93 de recém-nascidos com microcefalia. Destes, 63,4% eram do sexo feminino e 36,6% do masculino. Notou-se que a maioria, tanto meninos quanto meninas, apresentavam perímetro cefálico menor que -3 desvios padrão ao nascer, o que demonstrava microcefalia grave. Além disso, 51,6% das mães cujos filhos nasceram com esta anormalidade encefálica tiveram diagnóstico de Zika por critério clínico, sorológico e/ou pela identificação do RNA viral através do RT-PCR. Concomitante, foram analisados também a história de diagnóstico destas mães pelo STORCHs (Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes) durante a gestação, sendo positivo em 10,8%. Ademais, percebeu-se que 23,7% dos neonatos microcefálicos tinham fácie atípica. Na análise de imagem, os dois principais exames foram a Ultrassonografia transfontanela e o Ecocardiograma bidimensional com doppler colorido (ECO). No primeiro, as principais alterações identificadas foram presença de calcificações parenquimatosas (34,4%) e ventriculomegalia (25,9%). Já no ECO foi visto, principalmente, a presença de forame oval patente (60,3%). Conclusão: A microcefalia, associada a infecção pelo Zika vírus durante a gestação, é um importante problema de saúde pública, fazendo-se necessário maiores investimentos na adoção de medidas preventivas que visem sensibilizar a população acerca do combate ao mosquito transmissor da doença associado a políticas públicas, e aliado a isso, medidas de apoio médico, fisioterápico, psicológico aos pacientes acometidos e a seus familiares. Palavras-chave: Zika; Microcefalia.

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TEMA: PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DAS MULHERES ATENDIDAS NO AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO EM CESSÃÇÃO DO TABAGISMO DA ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA (EBMSP), EM SALVADOR, BA NOME ALUNO (A): NATHALIA DE ALCÂNTARA TANAJURA MACIEL ORIENTADOR (A): PROFª. MARISTELA RODRIGUES SESTELO

RESUMO

Maciel NAT. Perfil clínico-epidemiológico das mulheres atendidas no ambulatório especializado em cessação do tabagismo da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), em Salvador, BA [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2018. INTRODUÇÃO: O tabagismo mata mais de 6 milhões de pessoas por ano em decorrência do seu uso direto. A nicotina é a principal responsável pelo aparecimento de DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica -- e câncer de pulmão na população. Além disso, aumenta o risco de infartos do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais e, nas mulheres, reduz taxas de fertilidade, aumenta o risco de infertilidade e predisposição para outros cânceres (ginecológicos). No Brasil, atualmente 11% da população feminina é composto de fumantes ativas. A mudança no perfil sociocultural da população brasileira permitiu maior espaço e igualdade para as mulheres dentro da sociedade e o cigarro aparece como símbolo de independência feminina, fazendo crescer os índices de mulheres fumantes. OBJETIVOS: analisar o perfil de pacientes do sexo feminino atendidas em ambulatório especializado, de acordo com abstenção ou manutenção do tabagismo. METODOLOGIA: estudo observacional e transversal, utilizando amostra de 256 pacientes atendidos entre 2013 e 2018 no Ambulatório Docente Assistencial da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (ADAB), em Salvador (Bahia), onde foram utilizados testes estatísticos descritivos, principalmente frequência simples e percentual, para analisar variáveis obtidas através de dados secundários. RESULTADOS: A maioria da amostra é composta do sexo feminino, com n=170. A média de idade das mulheres foi de 54,2 anos, a maioria com mais de 8 anos de estudo. A média de início do fumo regular foi em torno de 17 anos, com carga tabágica maior que 30 maços/ano. Um percentual de 32,4% manteve-se em abstemia do cigarro até o último contato. CONCLUSÃO: Não foi notada diferença significativa entre os grupos de abstenção e manutenção do tabagismo nas variáveis avaliadas. Faz-se necessários estudos com maior população e tempo de acompanhamento para que os resultados sejam mais próximos da realidade e possam apresentar diferenças significantes. Palavras-chave: Tabagismo. Mulheres. Cessação tabágica.

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TEMA: AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE ADOLESCENTES VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL ACOMPANHADOS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM IST/HIV EM 2012 NOME ALUNO (A): PALOMA REBOUÇAS TELES DA SILVA ORIENTADOR (A): PROF.ª ANA GABRIELA TRAVASSOS

RESUMO

Avaliação das características de adolescentes vítimas de abuso sexual acompanhados em um serviço de referência em IST/HIV em 2012 SILVA P.R.T, TRAVASSOS A.G Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil epidemiológico dos adolescentes vítimas de abuso sexual atendido num centro de referência em Salvador Bahia, 2012. Assim como descrever as características da agressão quanto ao tipo, tempo e pessoa agressora e as condutas adotadas quanto a profilaxia de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e contracepção de emergência. Método: Trata-se de um estudo descritivo utilizando dados secundários oriundos do prontuário-médico. Realizado no Centro de Atendimento Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP) e a população estudada foi composta por adolescentes de 10 a 19 anos atendidas no referido ambulatório da instituição cujo motivo da consulta foi o abuso sexual. Resultados: No período, foram acompanhados 117 indivíduos. A faixa mais acometida pelo abuso sexual foi de 10-14 anos que corresponde a 78 adolescentes (66,7%). A média de idade foi de 13,72 (1,86 desvio padrão) anos. O sexo feminino correspondeu a maioria dos casos com 93,2%, assim como a raça/cor da pele mais autodeclarada foi a parda com 78,6%. O intervalo de tempo entre a agressão e a consulta foi maior do que 72h em 77 casos (65,8%). A maior parte dos eventos ocorreu com único agressor (73,5%) dentro desses casos o mesmo era conhecido em 68,4% pelas vítimas. Entre as práticas sexuais, a relação vaginal apresenta frequência de 52,1% e a realização do boletim de ocorrência foi feito por 87,2% das pacientes da amostra. A profilaxia IST não foi realizada em 63,2% dos casos. Além disso, 0,8% das pacientes foram diagnosticadas com HIV e 2,6% com Sífilis. Conclusão: Pode-se concluir que o sexo feminino ainda continua sendo o mais afetado pelo abuso sexual demonstrando a vulnerabilidade e risco de violência para as mulheres. Os adolescentes mais novos, por serem mais indefesos, foram mais vítimas de abuso. Além disso, a demora para a busca ao serviço médico gera a dificuldade de realização da profilaxia das IST’s e contracepção de emergência. Palavras-Chave: Abuso sexual; Adolescentes; Infecções Sexualmente Transmissíveis.

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TEMA: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E NEUROLÓGICAS DE CRIANÇAS COM MICROCEFALIA NASCIDAS EM MATERNIDADE UNIVERSITÁRIA. SALVADOR – BA. 2015-2017 NOME ALUNO (A): PAULA LAMEGO SARNO ORIENTADOR (A): PROF. JUAREZ PEREIRA DIAS

RESUMO INTRODUÇÃO: A microcefalia é uma condição em que bebês nascem com um perímetro cefálico menor do que o esperado quando comparado ao de outras crianças de mesmo sexo e idade. Dentre as infecções maternas, houve uma recente associação observada entre microcefalia no nascimento e infecção fetal pelo vírus da Zika (ZikaV) e isso aumentou a importância de um diagnóstico preciso da microcefalia. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico e as alterações neurológicas presentes em crianças nascidas com microcefalia em uma maternidade universitária de Salvador - BA no período entre outubro de 2015 e dezembro de 2017. Antecedentes obstétricos da genitora, incluindo a associação com a suspeita de Zika virose e antecedentes perinatais das crianças. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo com utilização de dados secundários de prontuários médicos de crianças nascidas em uma maternidade universitária de Salvador-Bahia. RESULTADOS: No período do estudo, foram registrados 3524 recém-nascidos vivos e destes, 93 (2,6%) com microcefalia. Ocorreram 31 notificações em 2015, sendo 18 casos confirmados, 5 descartados, 1 em investigação e 7 inconclusivos, 58 em 2016, sendo 25 casos confirmados, 11 descartados e 22 inconclusivos, e 4 em 2017, todos inconclusivos. Dos 93 recém-nascidos notificados, 59 (63,4%) eram do sexo feminino e 34 (36,6%) do masculino. Na análise dos valores de perímetro cefálico, foi encontrada uma média de 30,1±1,9cm, variando de 24,0cm a 33,0cm. Relacionando os dados de perímetro cefálico com a atual classificação da Organização Mundial de Saúde, foi observado que a maioria das crianças 48 (51,6%) apresentavam perímetro cefálico menor que três desvios-padrão, sendo 24 (25,8%) do sexo masculino e 24 (25,8%) do sexo feminino. Observando a presença de história de Zika durante a gestação como dado clínico, foi percebido que 48 (51,6%) mães referiram esta virose no período gestacional, 28 (30,1%) não e em 17 (18,3%) este dado era desconhecido. Considerando ainda as sorologias positivas (IgM) para algumas doenças do STORCH, 10 (10,8%) das mães apresentaram resultados positivos, 52 (55,9%) negativos e 31 (33,3%) ignorado ou não realizaram as sorologias. Com relação aos reflexos neurológicos apresentados, a maioria estava presente nos bebês, sendo o osteotendíneo presente em 80 (86,0%), cutâneo-abdominal 82 (88,2%), cutâneo-plantar 83 (89,2%), voracidade 79 (84,9%), sucção 83 (89,2%), moro 82 (88,2%), preensão palmar 86 (92,5%) e preensão plantar 86 (92,5%). O reflexo clono do pé estava presente em 7 (7,5%) das crianças com microcefalia. CONCLUSÃO: a maior parte das crianças notificadas com microcefalia nascidas nesta maternidade apresentava microcefalia grave (menor que três desvios-padrão), o que reforça a relevância da microcefalia como problema de saúde pública e ressaltando a importância da priorização de sua confirmação diagnóstica, bem como a necessidade de mais estudos sobre sua verdadeira etiologia, visto a sua associação com outras patologias. Palavras-chave: Microcefalia. Zika. Neurologia. Pediatria.

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TEMA: GASTOS CATASTRÓFICOS EM SAÚDE: IMPACTOS ECONÔMICOS NA SAÚDE DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS NOME ALUNO (A): PAULO HENRIQUE CAMPOS RODRIGUES DA SILVA ORIENTADOR (A): PROF.ª ELIANA DE PAULA SANTOS

RESUMO

Objetivo: identificar, através de índices de emprego, renda e gastos catastróficos em saúde, a influência dos fatores econômicos na saúde das famílias brasileiras no período de 2002 a 2009. Metodologia: estudo exploratória de dados secundários com abordagem mista quantitativa e qualitativa baseada em métodos de pesquisa bibliográfica e documental. Analisa-se dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacando-se que os anos de estudo ficaram restritos a este período pelo fato de serem as únicas publicações com amostra representativa da população nacional sobre a saúde. Resultados e conclusão: encontrados mostraram que no período do boom das commodities, em que houve crescimento econômico com melhoria das condições de vida no país, observada na redução do desemprego e aumento da renda familiar, não significaram redução da incidência de gastos catastróficos em saúde, pois houve crescimento da prevalência de 25,0% e 62,0%, entre 2002-2003 e 2008-2009, quando utilizado o ponto de corte de 10,0% e 20% respectivamente em relação ao total de consumo, e de 100% quando aplicado o ponto de corte de 40,0% da capacidade de pagamento. Neste estudo mostra-se que as medidas políticas adotadas, mesmo na vigência de grande prosperidade econômica, fracassaram não só do ponto de vista econômico quanto na promoção de saúde das famílias. Palavras Chave: Gastos catastróficos em saúde. Fatores econômicos. Política cambial.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE INTERNAMENTO POR ABORTAMENTO EM SALVADOR-BA DE 2011 A 2017 NOME ALUNO (A): PAULO VITOR PINHO COSTA ORIENTADOR (A): PROFª. ISA ALVES ROCHA

RESUMO Introdução: A gestação é um período em que o organismo feminino sofre mudanças anatômicas e fisiológicas. Esse também é um período de muita ansiedade para a mulher ainda mais quando é uma gravidez indesejada, sendo assim muitas grávidas se submetem ao aborto, muitas vezes realizados em condições precárias e inseguras. O número de abortos provocados ou induzidos não é conhecido com exatidão, porém sabe-se que essa é uma prática que ocorre de forma numerosa no Brasil. A concentração de abortos é maior nas regiões mais pobres do país, sendo que entre elas, a Nordeste é a que apresenta um maior número de casos. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo principal analisar o perfil epidemiológico dos casos de internamento por abortamento em Salvador-BA de 2011 a 2017. Os objetivos secundários foram descrever o perfil biológico das pacientes atendidas; estimar a taxa e a tendência anual das internações; estimar o tempo médio e os gastos anuais com as internações; descrever as taxas de mortalidade hospitalar por abortamento. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo utilizando dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS). Foram selecionadas mulheres com idade de 10 à 49 anos internadas na cidade de Salvador –BA com os CID’s O03 à O08. Resultados: foram identificados 91.695 internamentos decorrentes de abortamentos, média de 13.099,3 casos por ano. A taxa de internação variou de 1.560,2/100.000 mulheres em idade fértil em 2011 a 1.166,3/100.000 mulheres em idade fértil em 2016, redução de 25,3%. Na análise da tendência temporal anual da Taxa de internação, observa-se um forte Coeficiente de determinação, com tendência descendente e estatisticamente significante (R² = 0,819 ß=-79,08 p=0,005). A faixa etária mais acometida foi a de 20 a 29 anos, 41.043 (44,8%) dos casos. As mulheres pardas representam a maioria com 53.366 (58,2%). O tempo médio de permanência hospitalar anual por faixa etária foi de 1,8 dias. Os valores gastos com internações no período do estudo foi um total de R$17.363.885,73, média de R$2.537.094,04. Foram registrados 14 óbitos hospitalares. Conclusão: o abortamento representa um importante tema para a saúde pública e muito debatido atualmente; atinge principalmente a população com menores condições sócio econômicas e por isso é necessária uma mudança nas políticas públicas, para uma maior atenção a essa população.

Palavras-chaves: Aborto. Epidemiologia. Mortalidade.

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TEMA: INFLUÊNCIA DA IDADE AVANÇADA NA TIPICIDADE DA DOR TORÁCICA AGUDA RELACIONADA À DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA NOME ALUNO (A): PEDRO HENRIQUE CORREIA FILGUEIRAS ORIENTADOR (A): PROF. DR. LUÍS CLÁUDIO LEMOS CORREIA CO-ORIENTADOR: PROF.ANTONIO MAURICIO DOS SANTOS CERQUEIRA JUNIOR

RESUMO

Fundamento: De acordo com o raciocínio diagnóstico tradicional, indivíduos muito idosos são mais predispostos a desenvolver sintomas atípicos durante síndromes coronarianas agudas. Objetivo: Testar a hipótese de que indivíduos muito idosos são mais predispostos a manifestações atípicas da dor torácica aguda decorrente de doença coronária obstrutiva. Métodos: O Registro de Dor Torácica inclui pacientes consecutivamente admitidos na Unidade Coronária devido a dor torácica aguda. São definidos como “etiologia coronariana” aqueles pacientes com confirmação anatômica invasiva de obstrução ≥70% em qualquer segmento coronário ou obstrução ≥ 50% em tronco de coronária esquerda. Para a análise primária, foi construído um índice de tipicidade da manifestação clínica: a soma de 12 características dos sintomas (8 típicas e 4 atípicas), atribuindo-se 1 ponto a cada característica típica e -1 ponto a cada característica atípica (variação de -4 a +8, valor proporcional à tipicidade). A análise primária foi realizada no subgrupo de pacientes de etiologia coronária, sendo o índice de tipicidade comparado entre octogenários e não octogenários. Resultados: Entre 2010 e 2017 foram incluídos 958 pacientes no Registro de Dor Torácica, sendo que 486 (51%) apresentaram etiologia supostamente coronária. Neste grupo, 59 (12%) octogenários (idade 84 ± 3,5 anos, 50% homens) foram comparados a 427 pacientes com idade <80 anos (idade 60 ± 12 anos, 71% homens). O índice de tipicidade nos octogenários foi 3,42 ±1,92, semelhante aos não octogenários (3,44 ± 1,74; p=0,92 na análise univariada e p=0,80 após ajuste para sexo por ANOVA). Da mesma forma, não houve diferença estatisticamente significante do índice de tipicidade quando a amostra foi dividida na mediana de idade (62 anos; 3,41 ± 1,77 vs. 3,49 ± 1,77; p=0,61). Não se verificou associação linear, estatisticamente significante, entre idade e índice de tipicidade (r=-0,05; p=0,24). Análise de regressão logística para predição de DAC na amostra geral de 958 pacientes não demonstrou interação do índice de tipicidade com idade numérica (p=0,94), octogenários (p=0,22) ou idade acima da mediana (p=0,74). Conclusão: Em pacientes com dor torácica aguda de etiologia coronária, idade avançada não influencia na tipicidade da apresentação clínica, sugerindo que sintomas devem ser interpretados independente da idade.

Palavras-chave: Síndromes coronarianas agudas; dor torácica; octogenários.

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TEMA: LACTATO SÉRICO E CLEARANCE DE LACTATO COMO PREDITORES DE MORTALIDADE EM TRAUMATIZADOS GRAVES: REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE NOME ALUNO (A): PRISCILLA SOUZA OLIVEIRA ORIENTADOR (A): PROF.ª ANA CÉLIA DINIZ CABRAL BARBOSA ROMEO

RESUMO

Oliveira, PS; Romeo, ACDCB. Lactato sérico e clearance de lactato como preditores de mortalidade em traumatizados graves: revisão sistemática e meta-análise. Salvador – BA: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. 2018. Revisão sistemática e meta-análise que investiga o papel do lactato sérico e do clearance de lactato como marcadores de prognóstico em traumatizados graves, devido a alteração destes a despeito da normalidade de sinais vitais. Objetivo: Avaliar a relação entre lactato sérico e clearance de lactato com mortalidade. Métodos: A busca de literatura foi realizada em fevereiro de 2018 nas bases de dados eletrônicas MEDLINE/PubMed, LILACS e Scielo. Foram incluídos estudos realizados a partir de 1990, com pacientes vítimas de trauma, que tiveram o lactato sérico medido no pré-hospitalar e/ou na chegada do paciente ao departamento de emergência e/ou aqueles em que o clearance de lactato foi avaliado. Mortalidade e necessidade de cirurgia de urgência foram os desfechos de interesse. Foram excluídas pesquisas realizadas com menores de 18 anos e com uma amostra menor que 50. Os títulos, resumos e textos completos foram lidos pelos autores de modo independente, utilizando os critérios de inclusão e exclusão pré-definidos, e as divergências foram discutidas. A extração de dados e avaliação do risco de viés foi realizada por cada autor de forma padronizada. Para a realização da meta-análise, foi utilizado o software Reviwer Manager 5, com modelo de efeito randômico e avaliação estatística pelo método inverso da variância. Resultados: Foram encontrados 1.816 estudos, sendo que 9 foram selecionados para a revisão e meta-análise. As pesquisas foram realizadas entre 2009 e 2017 e incluíram 14.329 pacientes. Mostrou-se relação positiva e significativa entre lactato e mortalidade (1,89; IC 95%: 1,34 – 2,43; I² = 86%; p < 0.00001). Dos 3 estudos que avaliaram relação do lactato e necessidade de cirurgia de urgência, todos encontraram relação significativa e direta. Duas pesquisas analisaram o clearance de lactato associado a mortalidade, com resultados divergentes entre elas. Conclusões: Não é possível afirmar que o lactato sérico e o clearance de lactato são preditores de mortalidade ou necessidade de cirurgia de urgência em pacientes traumatizados. Entretanto, existe relação entre elevação dos valores de lactato e maior mortalidade Palavras chave: Trauma. Lactato. Clearance de lactato. Mortalidade.

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TEMA: DISFUNÇÃO VESICOINTESTINAL ENTRE MÃES E FILHOS: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL NOME ALUNO (A): REBECA SADIGURSKY RIBEIRO ORIENTADOR (A): PROF. DR. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JÚNIOR CO-ORIENTADOR: PROF.ª GLÍCIA ESTEVAM DE ABREU E DRA. ENEIDA REGIS DOURADO DE MELLO

RESUMO

Introdução: Recentemente, foi demonstrado que os sintomas do trato urinário inferior (LUTS) nas mães estão associados aos LUTS em seus filhos. No entanto, o papel da constipação funcional (CF) nesta associação ainda não foi avaliado. Objetivo: Avaliar a Disfunção Vesicointestinal (DVI) entre mães e filhos. Métodos: Foi realizado um estudo transversal de base populacional. Mães e crianças foram convidadas a responder um questionário auto administrado com os critérios de Roma IV (adulto e infantil), ICIQ-OAB (International Consultation on Incontinence Questionaire and Overactive Bladder), DVSS (Dysfunctional Voiding Score Symptom) e questões demográficas. Indivíduos com doenças neurológicos, malformações gênito-urinárias e gastrointestinais que afetam a função vesical ou que se recusaram a assinar o termo de consentimento livre e esclarecido foram excluídos. A constipação foi definida como dois ou mais critérios positivos no Roma IV. LUTS estavam presentes quando os sintomas urinários ocorreram, pelo menos, uma ou duas vezes por semana. Resultados: Foram entrevistados 441 pares mãe-filho. A idade média das crianças foi de 9,1±2,7 anos, com 249 (56,5%) sendo do sexo feminino. A idade média das mães foi de 35,7±6,1 anos. Os LUTS estiveram presentes em 190 (43,1%) crianças e 170 (38,5%) mães, já a CF esteve presente em 86 (19,5%) crianças e 152 (34,5%) mães. A CF isolada (CF sem LUTS) foi demonstrada em 35 (7,9%) crianças e 74 (16,8%) mães. Os LUTS isolados (LUTS sem CF) foram observados em 139 (31,5%) crianças e 92 (20,9%) mães. A concomitância de CF e LUTS, conhecida como DVI, ocorreu em 51 (11,6%) crianças e 78 (17,7%) mães. Não houve associação entre LUTS isolados em crianças e LUTS isolados em mães (p=0,31). Uma associação estatisticamente significante ocorreu entre CF isolada em crianças e CF isolada em mães (p=0,004). Além disso, uma associação entre DVI nas crianças e DVI nas mães foi demonstrada (OR=5,00 IC 95% 2,68-9,31, p=0,00), porém as outras características maternas (LUTS isolados e CF isolada) não estiveram associadas a DVI do filho. Conclusão: DVI nas mães foi associada a DVI nos filhos. Palavras-chave: Constipação intestinal. Incontinência urinária. Incontinência de urgência. Pediatria. Urologia.

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TEMA: FERTILIDADE EM PACIENTES COM HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): RENATA BRANDÃO SANTOS ORIENTADOR (A): PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JÚNIOR

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) é uma patologia na qual há uma deficiência enzimática que se origina da glândula adrenal e resulta em um desbalanço entre três hormônios: aldosterona, cortisol e sobretudo andrógenos. O aumento excesso desse último pode ocasionar diversas complicações para as pacientes na qual inclui deformidades da genitália, hirsutismo, desregulação da menstruação e, principalmente, alteração da fertilidade. OBJETIVO: Avaliar a taxa de fertilidade, bem como possíveis fatores preditores de fertilidade em paciente 46 XX portadores de HAC. METODOLOGIA: Revisão sistemática com busca realizada na base de dados Pubmed/Medline, The Cochrane Libary e Scielo. Assim, foi selecionado estudos no qual revelaram a taxa de gravidez de pacientes 46,XX portadoras de HAC . Por fim, a qualidade dos artigos foi avaliada através da ferramenta STROBE. RESULTADOS: Nove artigos foram analisados nessa revisão. Foi visto que a média da taxa de fertilidade de pacientes com HAC foi de 24 % e o subtipo que teve menor taxa foi a perdedora de sal, seguido da simples virilizante e , por fim, a não clássica. Contudo, quando foi analisado a fertilidade com quantas pacientes queriam engravidar a taxa de gravidez foi de 67%. Além disso, foi visto que a maioria das mulheres que engravidaram estavam em tratamento continuo, fez cirurgia na genitália, tinham um Prader baixo, menor disfunção no ciclo menstrual e um tipo de mutação mais leve. CONCLUSÃO: As evidencias descritas na literatura permitem afirmar que a diminuição da fertilidade está relacionada com aspectos psicossociais das pacientes portadores de HAC. Além disso, fatores como tratamento, tipo de mutação, Prader, cirurgia na genitália e disfunção da menstruação, também tem relação com a taxa fertilidade dessas pacientes. Desse modo, ainda são necessários mais estudos acerca do baixo desejo de gravidez em pacientes com HAC para um melhor manejo clinico dessas pacientes. Palavras-chave: Hiperplasia adrenal congênita. Fertilidade. Taxa de Gravidez.

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TEMA: A EFICÁCIA DA HOMEOPATIA COMO TERAPIA ADJUNTA DO CÂNCER DE MAMA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NOME ALUNO (A): RENATA TRAVASSOS DE OLIVEIRA MEIRELLES ORIENTADOR (A): PROF.ª MÔNICA OLIVEIRA DA CUNHA

RESUMO

Introdução: O câncer de mama é o mais comum no mundo entre as mulheres. As opções de tratamento mais comuns envolvem cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia. Essas opções cursam com alguns efeitos colaterais e repercussões a nível psicológico e na qualidade de vida das pacientes. Muitas vezes essas pacientes buscam as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) para manejar esses efeitos colaterais, evitar recidivas ou aparecimento de outros cânceres. A homeopatia é um exemplo bastante procurado das PICs e ainda pouco se sabe sobre seu uso no paciente oncológico. O objetivo do estudo é avaliar a eficácia da homeopatia como terapia adjunta no tratamento do câncer de mama. Metodologia: É uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados, com busca de literatura nas bases de dados eletrônicas MEDLINE, PubMed, LILACS, SciELO e HomeoIndex. Foram usados os seguintes termos do Medical Subject Headings (MeSH) e Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “breast cancer”, “breast neoplasia”, “breast tumor”, “homeopathy”, e seus correspondentes em português. Resultados: Dos 200 artigos identificados, 4 seguiram os critérios de inclusão e exclusão e foram selecionados para leitura íntegra, com uma amostra total de 620 participantes. Desses, 327 participantes ficaram em uso ativo de medicamento homeopático e 293 participantes em uso de placebo. Os artigos utilizados avaliavam, através de diferentes métodos e questionários: o uso individualizado da homeopatia em pacientes com queda dos níveis de estrogênio, Cocculine no controle de êmese induzida por quimioterapia e Arnica Montana no controle de seroma e sangramento pós-mastectomia total). Em nenhum deles o valor do p foi significante, demonstrando que não houve diferença entre o grupo placebo e o grupo intervenção no controle dos sintomas do tratamento do câncer de mama. Conclusão: Apesar de não haver diferença estatística nesses estudos, necessita-se de maior número de ensaios clínicos randomizados e respeito aos princípios da homeopatia para maiores conclusões sobre o tema. Palavras-chave: Homeopatia. Câncer de mama. Terapia adjunta. Práticas Integrativas e Complementares.

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TEMA: QUALIDADE DE VIDA EM SAÚDE EM PACIENTES COM ARTERITE DE TAKAYASU NOME ALUNO (A): RODRIGO PINHEIRO LEAL COSTA ORIENTADOR (A): PROFª. ANA LUISA SOUZA PEDREIRA

RESUMO

Introdução: A Arterite de Takayasu (AT) é uma vasculite inflamatória de natureza granulomatosa, sistêmica, rara e de etiologia ainda incerta. Apesar de rara, a AT é uma doença que afeta negativamente todos os aspectos da qualidade de vida, afetando diretamente na vida diária de seus portadores. Objetivo: Descrever o perfil de qualidade de vida em saúde em pacientes com Arterite de Takayasu acompanhados nos Ambulatórios de Reumatologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e do Hospital Universitário Edgar Santos (HUPES). Metodologia: Estudo transversal em que foi aplicado a escala de qualidade de vida em saúde SF-36 (Short Form-36). Resultados: Os pacientes apresentaram baixo escore global na qualidade de vida em saúde com escore global de trinta e oito. Os domínios com maior impacto foram Limitações por Aspectos Emocionais e Limitações por Aspectos Físicos. Conclusão: A Arterite de Takayasu influencia negativamente em todos os domínios de qualidade de vida em saúde de seus portadores principalmente nos domínios LAE e LAF o que reforça a importância de considerar aspectos emocionais no tratamento desta condição. Palavras-Chave: Arterite de Takayasu; Qualidade de vida; Sf-36

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TEMA: PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA ACERCA DA APLICABILIDADE DO COMPONENTE CURRICULAR PRODUÇÃO TEXTUAL NOME ALUNO (A): RUJANE MOTA ALVES ORIENTADOR (A): PROFª. IÊDA MARIA BARBOSA ALELUIA

RESUMO

Introdução: No Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Medicina da Universidade da Bahia (UNEB) sinaliza-se que é preciso assegurar o estudo de habilidades de comunicação. Nesse sentido, atendendo às regulamentações do projeto, incluiu-se na matriz curricular o componente Produção Textual. Sabe-se, contudo, da inexistência de disciplinas de linguagens na maioria dos cursos de graduação da área de saúde ou áreas que não sejam específicas de Letras ou Educação. Objetivos: Descrever as impressões que os estudantes de Medicina da UNEB têm acerca da aplicabilidade do Componente Curricular Produção Textual, verificando se, na trajetória do curso, esse componente contribui para a habilidade de leitura e de escrita, especialmente no desenvolvimento do Projeto de Pesquisa e Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), além o treino para a prática de escrita de anamneses e relatórios médicos. Metodologia: É um estudo transversal de natureza observacional com abordagem quantitativa e qualitativa. A pesquisa foi desenvolvida a partir da aplicação de um questionário para os alunos de Medicina da UNEB do primeiro, segundo e oitavo semestres, conforme os critérios descritos de inclusão e de exclusão, contendo questões relacionadas ao componente curricular Produção Textual, como conteúdos, carga horária, aplicabilidade dos conhecimentos e habilidades desenvolvidas como as estratégias de leitura e de escrita, além de questões básicas sobre informações sociodemográficas dos estudantes. O questionário foi composto por questões abertas e fechadas, definidas pela autora da pesquisa que foi utilizado para análise e interpretação dos dados. Resultados: Foram incluídos 96 estudantes, dentre os quais 22 foram excluídos. Os resultados quantitativos revelaram, dentre outros aspectos, que 60% consideraram válida a existência da disciplina Produção Textual; 73% consideraram que a leitura e a comunicação escrita são fundamentais para formação em Medicina, 55% consideraram a carga horária suficiente; 68% declararam que a disciplina auxilia no estudo de outras disciplinas, além de declararem ter caligrafia legível; e 57% revelaram que a disciplina contribui para elaboração de anamneses, relatórios médicos e prescrições de receitas médicas. Os resultados qualitativos revelaram que a maioria dos estudantes considera a disciplina Produção Textual como um componente fundamental para a formação da área médica, com prevalência de palavras do campo semântico da coerência comunicativa. A sugestão de inclusão de conteúdos, no desenvolvimento da disciplina, relacionados mais diretamente com a prática médica, como elaboração de anamneses e de relatórios, foi o que mais prevaleceu. Conclusão: Os estudantes de Medicina expressaram a percepção de que os conteúdos abordados, as práticas de leitura e de escrita desenvolvidas no componente curricular Produção Textual contribuem de forma efetiva para o melhor desempenho dessas habilidades nos outros componentes curriculares, bem como no desenvolvimento do TCC, além da formação acadêmica na área médica.

Palavras-chaves: Formação Médica – Produção Textual – Comunicação – Escrita.

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TEMA: O SISPRENATAL WEB EM SALVADOR-BAHIA: COMPLETUDE E POTENCIALIDADES NOME ALUNO (A): SARAH COELHO DA SILVA HORA ORIENTADOR (A): PROFª SARA DOS SANTOS ROCHA CO-ORIENTADORA: PROFª MILENA BASTOS BRITO

RESUMO

INTRODUÇÃO: O Sisprenatal Web é um sistema nacional de informação e monitoramento da assistência materno-infantil, estruturado para a Rede Cegonha e seus indicadores. Este é um sistema com software interativo e sua alimentação se dá a partir de fichas-espelho preenchidas durante a consulta de pré-natal. Diante disso, associado à recente implementação do sistema nessa capital, buscou-se verificar o panorama da produção de dados do município de Salvador-Bahia. OBJETIVOS: Descrever o Sisprenatal Web e suas potencialidades para gestão do cuidado materno-infantil; descrever a frequência das variáveis não-obrigatórias registradas no Sisprenatal Web no município de Salvador-Bahia. METODOLOGIA: Estudo exploratório e com descrição da frequência de registro das variáveis não-obrigatórias presentes em 159 relatórios individuais randomizados de acompanhamento de gestantes/puérperas residentes na capital, cujo cadastro nesse sistema ocorreu entre 2014-2016 e que tiveram pré-natal classificado como de baixo risco. RESULTADOS: O Sisprenatal Web apresentou discordâncias estruturais com relação à ficha-espelho, inclusive com número distinto de variáveis. Possui um sistema de alertas que destaca, durante a digitação, as variáveis com relevância no cuidado, resultados de exames com positividade para alguns agravos ou situações sociais que requeiram acompanhamento mais próximo, chamando a atenção do digitador/profissional/gestor para tais situações. Das variáveis não-obrigatórias, houve omissão completa de registro de quatro das 22 variáveis estudadas: teste rápido de gravidez, identificação do representante da família, endereço completo da gestante e nacionalidade; as frequências de subregistro foram: identificação (64%); número do NIS (90,6%); vacinas (93,8%); outros testes rápidos (90,25%); consulta puerperal (94,3%). CONCLUSÃO: O Sisprenatal Web tem alto potencial tecnológico e de gestão, dialoga com os profissionais de saúde destacando informações relevantes a ser consideradas na assistência daquela gestante/território. No entanto, ainda apresenta incompletude do registro de suas variáveis não-obrigatórias. PALAVRAS CHAVE: SUB-REGISTRO; SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE SAÚDE; PRÉ-NATAL;

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TEMA: FUNÇÃO SEXUAL ENTRE MULHERES USUÁRIAS DE DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS NOME ALUNO (A): SILVANIA BRUNELLY LIMA DA SILVA ORIENTADOR (A): PROFª. MILENA BASTOS BRITO CO-ORIENTADORA: PROFª. ANA CLÁUDIA MOURA TRIGO

RESUMO

Introdução: A sexualidade é um dos aspectos mais importantes da condição humana, sendo considerada como um dos alicerces para a qualidade de vida. Desse modo, a conquista e a manutenção de uma resposta sexual adequada são essenciais para a percepção do bem-estar. Os métodos contraceptivos, tais quais os dispositivos intrauterinos (DIUs) são métodos de alta eficácia, no entanto poucos estudos investigam seus efeitos sobre o funcionamento sexual de mulheres usuárias destes métodos. Portanto, é preciso ampliar o conhecimento a respeito dos DIUs a fim de desfazer os mitos ainda existentes, sobretudo os que se referem a interferência na função sexual. Objetivo: Comparar a função sexual entre mulheres usuárias de Sistema Liberador Intrauterino de Levonorgestrel (SIU-LNG) e de Dispositivo Intrauterino com Cobre (DIU-Cu) há mais de um ano. Método: Trata-se de um estudo analítico de corte transversal, no qual foram incluídas 112 mulheres, em idade reprodutiva (18 a 45 anos) e em uso do dispositivo intrauterino há mais de 1 ano, que fazem acompanhamento na clínica de Ginecologia e Planejamento Reprodutivo do Ambulatório Docente Assistencial da Bahiana (ADAB) e no Complexo Comunitário Vida Plena (CCVP). Tais mulheres foram convidadas a preencher a escala “Female Sexual Function Index” (FSFI) que avalia a função sexual. Resultados: A amostra desse estudo foi composta por 112 mulheres. Destas, 70 estavam em uso de SIU-LNG e 42 de DIU-Cu. A média de idade das mulheres da amostra foi de 35,2±7,62 anos no primeiro grupo e no segundo 31,2 ±7,48 anos. No grupo de mulheres em uso de Sistema Liberador Intrauterino de Levonorgestrel, a maior frequência foi de mulheres pardas (51,42%), casadas (34,28%) e evangélica (45,71%), já no outro grupo a maior frequência foi de mulheres pretas (52,38%), solteiras (42,86%) e evangélicas (40,48%). Considerando os valores válidos do grupo de mulheres usuárias de SIU- LNG (n=60) e DIU-Cu (n=40), as médias do escore total do FSFI foram 25,26±7,86 para usuários do SIU-LNG e 26,13±6,94 para os DIU-Cu, sem diferença estaticamente significante entre os grupos (p=0,83). Essa diferença também não foi encontrada entre os domínios: excitação, orgasmo, satisfação e dor, exceto no domínio desejo em que foi observado uma diferença estaticamente significante (p=0,04).Conclusão: O presente estudo demostrou não haver uma diferença significativa no funcionamento sexual entre as mulheres, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), usuárias de SIU-LNG e de DIU-Cu. PALAVRAS- CHAVES: Função Sexual. Dispositivos Intrauterinos. SIU-LNG. DIU-Cu.

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TEMA: PERFIL CLÍNICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS À PARATIREOIDECTOMIA SECUNDÁRIA À DOENÇA RENAL CRÔNICA NOME ALUNO (A): TÂMARA CALDAS ORGE ORIENTADOR (A): PROF. ANDRÉ LUIS BARBOSA ROMEO

RESUMO

INTRODUÇÃO: A importância do estudo do hiperparatireoidismo secundário (HPS) à doença renal crônica (DRC) se encontra no impacto negativo na qualidade de vida e na alta morbimortalidade destes pacientes, uma vez que a doença contribui diretamente para o aumento de fraturas ósseas, calcificações vasculares e hospitalizações. Dessa forma, em casos mais avançados do HPS, é necessária a intervenção cirúrgica, através da paratireoidectomia (PTX). OBJETIVO: Descrever o perfil clínico dos pacientes submetidos à paratireoidectomia secundária à doença renal crônica no período de 2015 a 2016 no Hospital Ana Néri em Salvador, Bahia. METODOLOGIA: Através da realização de estudo observacional descritivo, retrospectivo e transversal foram analisados 102 pacientes submetidos à paratireoidectomia secundária à doença renal crônica no período entre 2015-2016. Foram coletados sexo, idade, comorbidades, sinais e sintomas, exames laboratoriais, exames de imagem e desfechos pós-operatórios. As informações coletadas foram armazenadas em banco de dados do sistema Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22. Foi realizado um cálculo da média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil na análise das variáveis quantitativas. Nas variáveis qualitativas foi calculada a distribuição percentual da amostra. RESULTADOS: A maioria dos pacientes analisados foi do sexo masculino (53,90%) e a média de idade observada 46,25 anos (±12,60). A mediana do tempo de hemodiálise foi de 8 anos [IIQ: 6] e 8,8% dos pacientes apresentavam hiperparatireoidismo terciário. A comorbidade mais prevalente foi hipertensão arterial sistêmica (69,60%), seguida de diabetes mellitus (6,90%). A maioria dos pacientes estavam assintomáticos na admissão. Dentre os sintomáticos, a dor óssea (23,50%) e a fratura patológica (9,80%) foram o sintoma e o sinal mais comuns. A média dos valores de fósforo sérico e de paratormônio (PTH) se encontravam acima da normalidade. Na cintilografia das paratireoides foi evidenciada hiperplasia/adenoma das glândulas em 61,81% dos pacientes que realizaram esse exame. Já na ultrassonografia cervical, 50% dos pacientes apresentaram nódulos extratireoidianos. Houve complicação intra-operatória em apenas 2 pacientes (ruptura da ligadura da artéria tireóidea superior e lesão e rafia da veia jugular anterior). 27,4% dos pacientes foram internados no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e as queixas pós-operatórias mais comuns foram sintomas respiratórios (22,54%) e complicações relacionadas com a ferida operatória (21,56%). CONCLUSÃO: O perfil clínico dos pacientes submetidos à paratireoidectomia secundária a DRC em hospital de referência no estado da Bahia foi de indivíduos do sexo masculino, adultos com faixa etária entre 45 e 49 anos e em longo tempo de hemodiálise. A principal comorbidade subjacente foi a hipertensão arterial sistêmica e os principais sintomas e sinais referidos foram dor óssea e fratura patológica. De forma geral, a paratireoidectomia é uma cirurgia que pode ser realizada de maneira segura, com altas taxas de sucesso cirúrgico e baixa incidência de complicações, tendo o intuito de tratar o HPS. Palavras-chave: Hiperparatireoidismo Secundário. Paratireoidectomia. Insuficiência Renal Crônica

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TEMA: INCONTINÊNCIA URINÁRIA INSENSÍVEL EM CRIANÇAS: QUAIS OS FATORES ASSOCIADOS NA PERDA MICCIONAL COM E SEM URGÊNCIA? NOME ALUNO (A): VICTORIA ANDRADE LOBO ORIENTADOR (A): PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JR CO-ORIENTADORA: DRA. RHAIANA GONDIM OLIVEIRA

RESUMO

A Incontinência Urinária Insensível é uma condição de baixa incidência em crianças e pouco aprofundada nos estudos em Uropediatria. OBJETIVO: Analisar comparativamente os diferentes fatores associados a crianças com Apenas Incontinência Urinária Insensível, Apenas Urge-incontinência, ou Ambas as Incontinências. METODOLOGIA: Utilizando um banco de dados com 295 crianças avaliadas em um serviço de referência em Salvador – Bahia, realizou-se um estudo retrospectivo descritivo analítico. O estudo selecionou crianças com idades entre 5 e 17 anos que apresentaram incontinência urinária durante o dia, sem alterações anatômicas e/ou neurológicas. As variáveis analisadas foram idade (em anos), sexo, antecedentes de infecção do trato urinário, polaciúria, micção infrequente, dificuldade miccional, noctúria, manobras de contenção, jato miccional, dor em hipogástrio, enurese, constipação e incontinência fecal. A presença de urge-incontinência e/ou perda sem urgência foi utilizada para classificar os pacientes nos três grupos a serem comparados. Os resultados obtidos passaram pelas análises uni e multivariadas, identificando-se quais fatores apresentavam associações independentes a cada tipo de incontinência. RESULTADOS: A amostra total contou com 199 pacientes, 85 do sexo masculino e 114 do sexo feminino. A associação da incontinência urinária à hiperatividade vesical mostrou-se presente em 95,48% das crianças avaliadas, tendo apenas 7,5% da amostra apresentado perda urinária sem urgência isolada. Detectou-se menor incidência dos sintomas relacionados à sensibilidade vesical nos pacientes com incontinência insensível isolada (como urgência e dor hipogástrica), apesar de não ter sido encontrada associação estatística com estes fatores. Comparativamente, nos outros dois grupos, que apresentaram urge-incontinência, foram encontradas queixas mais frequentes relativas aos sintomas de hiperestimulação vesical (tais como urgência, enurese e manobras de contenção). CONCLUSÃO: Quando comparados a outros tipos de Incontinência Urinária, os pacientes com Incontinência Insensível isolada tendem a manifestar menos os sintomas relacionados a sensibilidade vesical, o que sugere envolvimento de fatores urológicos neste tipo de incontinência. PALAVRAS-CHAVE: Urologia. Incontinência Urinária. Pediatria. Sintomas do Trato Urinário Inferior.

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TEMA: ÍNDICE DE SUCESSO TÉCNICO EM ANGIOPLASTIAS VENOSAS EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS COM ESTENOSE VENOSA CENTRAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO. SALVADOR-BAHIA. NOME ALUNO (A): WESLEY MARQUES PALHA SILVA ORIENTADOR (A): PROF. EUTÍMIO AIRES BRASIL

RESUMO

Introdução: A incidência da doença renal crônica (DRC) tem apresentado considerável crescimento no Brasil ao longo dos anos. Segundo dados do DATASUS, esse aumento no número de pacientes que realizam hemodiálise passou de 54.841, em 1999 para 107.607, em 2012, e, segundo o inquérito brasileiro sobre diálise crônica de 2016, este número aumentou para 122.825, nesse mesmo ano. Uma das principais causas de morbidade para esses pacientes é a estenose venosa central (EVC). O uso de cateteres centrais e fístulas arteriovenosas de alto débito estão altamente relacionadas à estenose. A EVC pode causar ao paciente edema nos membros superiores, mama, pescoço, face ipsilateral, hiperpigmentação, úlcera e até perda de acesso à hemodiálise, aumentando a morbimortalidade dos mesmos. Segunda a literatura atual o tratamento de primeira escolha é a angioplastia percutânea. Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo, analisando resultados imediatos acerca das angioplastias venosas centrais em pacientes renais crônicos, realizadas no setor de hemodinâmica departamento de cirurgia vascular na realizado em um hospital público de Salvador-Bahia, período de dezembro de 2016 a dezembro de 2017. Resultados: foram realizadas 55 angioplastias, destas 75,5% dos pacientes eram do sexo masculino. O sucesso técnico imediato foi de 58,18%. Analisando os dados separadamente, o sucesso foi de 87% no tratamento das estenoses e 34% nas oclusões. A veia inominada foi o vaso mais acometido, em 87,27% dos casos apresentados. Houve um caso com complicação, o que representa, 1,8% dos pacientes. Conclusão: A angioplastia segue como procedimento de primeira escolha no tratamento da estenose venosa central, por atém de ser um procedimento seguro, demonstra bons resultados principalmente se avaliado nos casos de estenose. Em relação às oclusões, o desafio é maio, devido à necessidade materiais específicos, que encarecem o procedimento e nem sempre disponíveis nos serviços do SUS. Palavras-Chave: estenose venosa central, angioplastia, renal crônico.

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TEMA: A ACURÁCIA DA DOSAGEM DE TROPONINA COMO UM PREDITOR DE MORTALIDADE EM PACIENTES COM SEPSE EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE SALVADOR-BA NOME ALUNO (A): YASMIN BARBOSA DE MATTOS ORIENTADOR (A): PROF. MARCIO DE OLIVEIRA SILVA

RESUMO Objetivo: A sepse está entre as principais causas de elevação de troponinas em pacientes críticos, sendo que tal elevação é preditora independente de mortalidade e de pior prognóstico mesmo em afecções de origem não cardíaca. Ainda existe a necessidade de testes diagnósticos e prognósticos que sejam capazes de predizer a mortalidade dos pacientes sépticos. Objetivamos verificar a acurácia da elevação de troponina cardíaca na predição do óbito em pacientes com sepse. Métodos: Estudo transversal analítico com dados de prontuários de pacientes maiores de 18 anos internados em hospital de referência em Salvador-Ba no primeiro trimestre de 2016, classificados como sépticos pelos critérios do “Sepsis 3.0” a partir dos dados do protocolo institucional de sepse do referido hospital e dos documentos de admissão na emergência, enfermaria ou UTI. Pacientes gestantes, sem dosagem de troponina e com alta hospitalar inferior a 24h da admissão foram excluídos. A troponina I dosada foi considerada positiva se ≥0,012 µg/L. Resultados: Foram obtidos 50 pacientes, sendo 25 homens. A faixa etária mais frequente (42%) foi de >80 anos. Dos 19 óbitos registrados, 15 (78,9%) foram relacionados à sepse. A Troponina foi positiva em 38 (76%). Desses, 18 (47%) foram a óbito, verificando-se diferença estatisticamente significante entre a positividade da troponina e óbito (p=0,018). Sensibilidade (94%), especificidade (35%), valores preditivos positivo (47%) e negativo (91%), acurácia (58%). Conclusão: Apesar de ser pouco específica, a dosagem de troponina apresentou uma acurácia razoável na predição de mortalidade dos pacientes com sepse. É possível que pacientes com troponina positiva mereçam atenção especial durante o internamento. São necessários mais estudos utilizando os novos conceitos de sepse para melhor avaliar a relação entre a dosagem de troponina e mortalidade desses pacientes. Palavras-chave: Sepse. Troponina. Mortalidade. Acurácia.

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TEMA: PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM PACIENTES COM ATROFIA VULVOVAGINAL NOME ALUNO (A): YASMIN CALDAS COELHO MATOS ORIENTADOR (A): PROFª CRISTINA AIRES BRASIL

RESUMO Introdução: A deficiência estrogênica, secundária à menopausa, é responsável pelo surgimento de sintomas genitais característicos à atrofia vulvovaginal, bem como está associada a alterações no trato urinário inferior que levam à incontinência urinária feminina. Por serem ambas comorbidades que afetam a autoestima e a saúde sexual e genital feminina, somado ao fato da incontinência urinária incapacitar os seus portadores da realização de certas atividades habituais, faz-se necessário um estudo que associe tais condições. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo estimar a prevalência de incontinência urinária em pacientes com atrofia vulvovaginal atendidas em um Serviço de referência em Salvador-Ba, no período de fevereiro a julho de 2018. Objetivos: Identificar a prevalência de perda urinária involuntária em pacientes com atrofia vulvovaginal. Metodologia: será aplicado o questionário ICIQ-SF. Para análise de dados, será utilizado o programa SPSS 22.0 for MAC. Resultados: Uma amostra de 25 pacientes foi analisada. Destas, 13 (52,0%) tinham incontinência urinária e 12 (48,0%) eram continentes. Foram identificadas seis (46,1%) pacientes com incontinência urinária de urgência (IUU) apenas, quatro (30,7%) com incontinência urinária de esforço (IUE) isoladamente e apenas três (23,1%) com incontinência urinária mista (IUM). O ICIQ-SF score apresentou um valor de 8 (1,5-12). Não foram encontrados preditores estatisticamente significantes para a incontinência urinária nestas pacientes. Conclusão: O estudo demonstrou que mais da metade das pacientes, com atrofia vulvovaginal, apresentam algum tipo de incontinência urinária, sendo a mais prevalente a incontinência urinária de urgência, seguida da incontinência urinária de esforço e, por último, a mista. Não foram encontrados preditores, com valores significativos estatisticamente, para IU nas pacientes com AVV. Palavras Chaves: Incontinência urinária, mulheres, atrofia vulvovaginal

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TEMA: A DOENÇA DE CHAGAS ESTÁ ASSOCIADA COM UM PIOR PROGNÓSTICO NO SEGUIMENTO DE 1 ANO APÓS TERAPIA DE RESSINCRONIZAÇÃO CARDÍACA NOME ALUNO (A): YASMIN MENEZES LIRA ORIENTADOR (A): PROF. RODRIGO MOREL VIEIRA DE MELO

RESUMO

LIRA, Yasmin Menezes. A Doença de Chagas está associada com um pior prognóstico no seguimento de 1 ano após terapia de ressincronização cardíaca. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina). Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador, 2018. Introdução: A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) é uma modalidade terapêutica para pacientes com insuficiência cardíaca (IC). A eficácia desse tratamento para redução de eventos baseia-se em ensaios clínicos onde a população de pacientes com doença de Chagas (DC) é sub-representada. Objetivo: Avaliar o prognóstico após TRC em uma população onde a DC é uma causa endêmica de IC. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva realizada entre janeiro de 2015 e dezembro de 2016, onde foram incluídos pacientes portadores de IC com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) ≤35% e com indicação para TRC. Os dados clínicos e demográficos foram coletados para identificar os preditores do desfecho combinado de morte ou internação por IC em um ano após implante da TRC. Resultados: Foram avaliados 54 pacientes, dos quais 13 (24,1%) apresentavam a DC como etiologia da IC. A FEVE média foi de 26,2±6,1% e 36 (66,7%) pacientes apresentavam classe funcional de IC III ou IV. Após o seguimento médio de 15 (±6,9) meses, 17 (32,1%) pacientes apresentaram o desfecho combinado. Na análise univariada, a DC esteve associada ao evento combinado quando comparada a outras etiologias de IC (61,5% vs 21.9%, RR: 0,26 IC95%: 0,09 – 0,7, p=0,007), assim como valores mais baixos da FEVE. Na análise multivariada, a DC e a FEVE permaneceram como fatores de risco independentes para o desfecho combinado. Conclusão: Em uma população de pacientes IC com indicação para TRC, a DC esteve independentemente associada à mortalidade e internação por IC. Palavras-Chave: Insuficiência cardíaca, Doença de Chagas e Terapia de Ressincronização Cardíaca.

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TEMA: MORTALIDADE POR TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS RELACIONADOS AO USO DE PSICOTRÓPICOS: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NO BRASIL NO PERÍODO DE 2006 A 2016 NOME ALUNO (A): FERNANDA SANTOS FARIAS ORIENTADOR (A): PROF. GEORGE HAMILTON GUSMÃO SOARES

RESUMO

INTRODUÇÃO: A utilização de psicotrópicos nos mais diversos contextos é uma prática humana milenar e universal. A partir da segunda metade do século XX o uso dessas substâncias, aumentou assustadoramente, reforçando ainda mais sua importância em relação a saúde pública. Nesse panorama, destaca-se os problemas relacionados a substâncias lícitas, sobretudo álcool, que são mais abrangentes e mais graves, além de ser uma substância socialmente aceita e incentivada. Segundo a Organização Mundial de saúde (OMS), a morbidade relacionada ao uso de álcool chega a 3,2% (5,6% para homens e 0,6% para mulheres). OBJETIVO: Caracterizar os óbitos por Transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas no Sistema Único de Saúde no período de 2006 a 2016. METODOLOGIA: trata-se de um estudo descritivo observacional de série temporal, com dados secundários do Sistema de Informações sobre Mortalidade/SIM do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisadas as seguintes variáveis: número de óbitos, região de residência, faixa etária, cor/raça, sexo, escolaridade e estado civil. As variáveis categóricas foram analisadas considerando os números absolutos e relativos. Para verificação da tendência temporal do indicador do coeficiente mortalidade foi realizado a regressão linear simples, utilizando-se como valor estatisticamente significante p<0,005. RESULTADOS: Durante o período de 2006 e 2016 verificou-se um total de 92.588 óbtos por transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas no Brasil. Do total de óbtos, os transtornos relacionados ao uso de álcool contribuiram com a maior proporção (81,33%) e a segunda droga que mais contribuiu foi o fumo (14,38%). A maior proporção de óbitos foi entre homens (86,66%), de cor/raça parda (44,36%), de 40 e 49 anos (26,48%), solteiros (46,90%), com escolaridade de 1 a 3 anos (25,46%). O Coeficiente de Mortalidade por Transtornos relacionados ao uso de psicotrópicos por ano, no período de 2006 a 2016, mostrou um estabilidade da probabilidade de morrer por esta patologia em todas as regiões brasileiras. Em geral, este risco foi maior na região Nordeste, com maior Coeficiente em 2013 com 5,69 óbitos/100.000 indivíduos no período estudado. O coeficiente de mortalidade apresentou que sexo masculino e maior faixa etária estão relacionados com maior risco de óbitos pelo transtorno. CONCLUSÃO: No período estudado, o maior risco de mortalidade foi na região Nordeste, sexo masculino e maior faixa etária. Os óbitos por álcool e fumo representaram 95,71% das mortes atribuídas ao uso de psicotrópicos. A maior frequência de óbitos foi em raça/cor parda, idade entre 40 e 49 anos, solteiros e baixa escolaridade. O coeficiente de Mortalidade por Transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas por ano mostrou estabilidade do risco de morte em todas as regiões. Palavras-chave: Mortalidade, Transtornos Relacionados ao uso de substâncias psicoativas, Epidemiologia.