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No âmbito da tonalidade maior, chama-se de turnaround uma sequência composta, inicialmente, pelos acordes diatônicos I7M - VIm7 - IIm7 - V7. Essa sequência pode sofrer algumas substituições ou alterações de acordes. Nesse artigo falo de suas característica e de suas principais variações harmônicas.
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Conheça esse clichê harmônico muito usado na música tonal.
Chama-se de turnaround uma sequência composta, inicialmente, pelos acordes diatônicos
I7M - VIm7 - IIm7 - V7Essa sequência pode sofrer algumas substituições ou alterações de acordes; ao longo deste artigo, ire-mos analisar as principais. Aqui em seguida, o exemplo do turnaround na sua forma original, na tonali-dade de Dó e suas escalas modais:
O que é um turnaround
APLICAÇÕES DO TURNAROUND:
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ALTERAÇÕES HARMONICAS DO TURNAROUND
Ainda, o turnaround pode ser usado em algumas músicas para enriquecer uma harmonia mais simples. Por exemplo, na música Garota de Ipanema, os acordes do sétimo e oitavo compassos podem ser:
Esse primeiro vídeo mostra que este pode ser iniciado pelo II grau. Dessa forma, temos a sequência:
IIm7 - V7 - I7M - VIm7Que pode ser transformada em:
IIm7 - V7 - I7M - VI7Exemplo em Dó:
Dm7 - G7 - C7M - A7
O acorde A7 se torna uma dominante secundária de Dm7, o que nos leva ao próximo tópico.
A sequência do turnaround pode apresentar várias alterações harmônicas. Destacamos aqui al-gumas mais usuais:
1) O acorde VIm7 pode se tornar dominante, criando uma dominante secundária:
2) O acorde IIm7 pode se transformar em II7, gerando a sequência:
Neste caso temos uma sequência de dominantes estendidas.
3) O acorde VI7, trocado pelo próprio SubV7, gera a sequência:
Na música popular brasileira usa-se bastante o bIII° no lugar do bIII7. Na tonalidade de Dó, a se-quência ficaria: C7M – Ebº – Dm7 – G7.
4) O acorde II7, trocado pelo próprio SubV7, gera a sequência:
5) Os acordes VI7 e o V7 trocados pelos próprios SubV7, geram a sequência:
Nos exemplos 4 e 5 observamos uma relação cromática entre as fundamentais dos três acordes de dominantes. Consideramos que o emprego dos substitutos dos acordes de dominante (os acordes SubV7) torna a harmonia rica de sonoridades estranhas à tonalidade diatônica.
6) Os acordes VI7, II7 e V7 , trocados pelos próprios SubV7, geram a sequência:
O exemplo 6 nos revela algo interessante: trocando três acordes em seguida pelos próprios SubV7, obtemos novamente uma sequência de acordes encadeados por quintas descendentes.
Sobre o autor do artigo:Turi Collura é pianista, compositor, atua como educador musical e palestrante em instituições e festivais de música pelo Brasil. Autor dos métodos “Rítmica e Levadas Brasileiras Para o Piano” e “Piano Bossa Nova”, tem se dedicado ao estudo do piano brasileiro. É autor, também, do método “Improvisação: práti-cas criativas para a composição melódica”, publicado pela Irmãos Vitale. Em 2012, seu CD autoral “Inter-ferências” foi publicado no Japão. Seu segundo CD faz uma releitura moderna de algumas composições do sambista Noel Rosa. Entre outras atividades, em 2014 Turi está ministrando cursos online em grupo, entre os quais os de “Piano Blues & Boogie”, o de “Improvisação e Composição Melódica” e o de “Bossa Nova”. Lecionou de 2003 a 2012 na Faculdade de Música do Espírito Santo (FAMES), onde coordenou o Departamento de Música Popular, por ele fundado. Ministrou as disciplinas Harmonia, Improvisação, Piano Popular, Prática de Conjunto e História e Estética do Jazz. É Mestre pela UFES, Universidade Federal do Espírito Santo (2011) e pós-graduado pela mesma instituição (2007). Ministra oficinas e workshops em várias instituições brasileiras e internacionais.
Esse artigo foi publicado na Revista Digital Teclas e Afins nº7Acesse: www.teclaseafins.com.br
O TURNAROUND: SUAS FORMAS E APLICAÇÕES
O termo turnaround pode ser traduzido em português como “rodar em volta”. Realmente esta se-quência de acordes pode ser tocada de forma cíclica, repetindo-se várias vezes do começo ao fim.
O turnaround é um clichê harmônico que pode ser encontrado em diferentes situações:
1) Pode constituir a harmonia -ou parte dela- de inúmeras músicas, entre as quais, por exemplo: Anos dourados (T. Jobim e C. Buarque), Cotton Tail (D. Ellington), Eu não existo sem você (T. Jo-bim), Senza fine (G. Paoli), A História de Lily Braun (E. Lobo e C. Buarque).
2) Pode ser usado como introdução naquelas músicas que começam pelo acorde de tônica. Mú-sicas como Eu não existo sem você (T. Jobim), All of me (G. Simons), Take the “A” train (D. Elling-ton), A Foggy Day (G. Gershwin), La Vie en Rose (E. Piaf), Garota de Ipanema (T. Jobim) e inúme-ras outras, podem ser introduzidas por esta sequência de acordes.
3) Pode ser encontrado nos finais das músicas que terminam no acorde de tônica e recomeçam pelo mesmo acorde. Nesse caso o turnaround serve para criar riqueza harmônica. Nesse sentido é utilizado, por exemplo, no blues jazzístico, onde, tipicamente, pode ser colocado nos últimos dois compassos.
Os últimos dois compassos de All of Me:
Para mostrar, em prática, o que estamos falando, preparei um vídeo. CLIQUE PARA ASSISTIR.
Para OUVIR as alterações harmonicas do turnaround clique nesse video:
Visite: www.turicollura.com
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