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Paisagismo
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Curso de paisagismo aula II
Lucas Oliveira
Revisão da aula anterior
• Importância do paisagismo
• Função do paisagismo
• Importância do elemento vegetal
• Tendências de paisagismos
• Classes de vegetações
Remuneração de um paisagista
Inclusos no projeto
• Estudo Preliminar
• Anteprojeto
• Projeto de Pré-Execução
• Projeto Executivo
• Projeto de Plantio
fonte http://www.abap.org.br/
Honorários
O valor dos honorários profissionais, quando baseado na dimensão da área do projeto,será calculado segundo a seguinte fórmula:
H = 2,21 (2.400 + 240 √S)
onde:
H = honorários (valor em R$) O valor dos honorários profissionais, quando baseado na dimensão da área do projeto, será calculado segundo a seguinte fórmula:
H = 2,21 (2.400 + 240 √S)
onde:
H = honorários (valor em R$)√ = raiz quadrada S = área a receber tratamento paisagístico√ = raiz quadradaS = área a receber tratamento paisagístico
Coeficientes de Correção
Poderão ser aplicados Coeficientes de Correção por complexidade nos casos de:
• Projeto sobre laje;
• Topografia acidentada;
• Áreas com vegetação significativa e conseqüentenecessidade de atendimento à legislação ambiental e acompanhamento nos órgãos competentes.
• Nestes casos o Coeficiente de Correção poderá variar até 1,4
Índices de Correção poderão também ser aplicados para adequar os honorários nos casos de projetos com grandes áreas de tratamento paisagístico simplificado, como por exemplo, áreas de estacionamento, quadras esportivas, grandesextensões de áreas de cobertura vegetal sem complexidade. Nestes casos o coeficiente de correção poderá ser de até 0,7.
Outras considerações
• Serão fornecidos pelo contratante todos os elementos básicosnecessários para a elaboração do projeto, tais como o LevantamentoPlani-Altimétrico Cadastral, sondagens, análises de solo, dadosgeomorfológicos, climáticos, fitobiológicos e outros, de acordo coma escala, amplitude e/ou complexidade do projeto.
• O contratante só poderá fazer uso do projeto para finalidade e localindicados nos documentos e desenhos apresentados.
Paisagismo rodoviário
COMO ELABORAR UM PROJETO DE PAISAGISMO RODOVIÁRIO
1. ETAPAS:
a) SINALIZAÇÃO VIVA;
b) PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL;
c) PAISAGISMO DE INTERSEÇÕES;
d) PAISAGISMO DE ÁREAS ESPECIAIS.
a) SINALIZAÇÃO VIVA• REALCE ÀS PLACAS DE SINALIZAÇÃO;
• ALERTAR PARA CURVAS FECHADAS;
• ALERTAR PARA LOMBADAS;
• LEMBRAR ACESSOS;
• PROXIMIDADE DE PONTES;
• ESTREITAMENTO DE PISTA;
• OFUSCAMENTO.
2. PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL
• ESTABILIZAÇÃO DE CORETES E ATERROS (UTILIZAR PLANTAS QUE AGREGEM BEM O SOLO);
• REVESTIMENTOS DE BERMAS, BOTA – FORA, ETC.;
• FAZER DRENAGEM DA ÁGUA SUPERFICIAL ANTES DO REVESTIMENTO;
• ANTES DE FAZER REVESTIMENTO DO TALUDE, ESTE DEVE TER DRENAGEM.
3. PAISAGISMO DE INTERSEÇÕES
• OBJETIVO: EMOLDURAR AS ÁREAS NAS INTERSEÇÕES,.
• PARA ISSO, RECOMENDA-SE UTILIZAR ESPÉCIES ADEQUADAS.
• REFÚGIOS E BELVEDERES (LUGAR PARA PARAR E VER);
• APROVEITAMENTO DE SÍTIOS NOTÁVEIS (LAZER, VEGETAÇÃO).
A PRESENÇA DA ÁGUA NOS JARDINS
• Tendência cada vez mais acentuada nos dias atuais, a água é presença garantida em muitos jardins urbanos.Cada vez mais utilizada pelos paisagistas, pode apresentar-se sob diversas formas, em movimento ou repouso, de modo naturalista ou formal, quebrando a monotonia ou favorecendo o relaxamento...Vai depender da finalidade a que o jardim se propõe e da criatividade do paisagista.
• A cascata sugere um despojamento e naturalismo muito apropriados para um jardim residencial, onde se pretende criar a paisagem mais próxima da que ocorre na natureza, onde tudo parece já existir ali, de forma nativa e casual... Desse tipo de proposta, é possível tirar partido de tudo, até mesmo do barulho relaxante da água caindo pelas pedras.
• Mas a água também pode fazer uma presença mais formal no jardim, e apresentar-se de modo mais contido ou sóbrio, em uma proposta onde é muito visível a mão e o traçado do paisagista. No chafariz onde o foco é a escultura central, o formato bem demarcado dos canteiros, estabelece o jogo de texturas entre as espécies.A proposta é muito atual e também muito apropriada para jardins urbanos de natureza residencial ou comercial. Vai depender da tipologia da construção e do uso a que se destina o jardim
• Águas em repouso, com pouca profundidade, espelhos d'água que nos convidam à contemplação e que se destacam por seus reflexos. Causam contrastes e podem virar pontos de destaques discretos nos jardins.É possível trabalhar junto à água, com espécies apropriadas a alagados como o papiro ou com espécies aquáticas como as ninféias e sagitárias.
Fatores que interferem no paisagismo
Memorial do Cliente
Este memorial apresenta, de forma mais ou
menos resumida, os desejos do cliente para
a área
Condomínio
Península da Barra
Projeto Chacel
Contrato de Trabalho
O contrato de trabalho deve ser elaborado a partir do Memorial do Cliente e
detalha os serviços a serem prestados, garantias, termos e responsabilidades. A
hierarquia na elaboração e execução do projeto é estabelecida, para evitar
desentendimentos com construtores, empreiteiros diversos e com o próprio
cliente. Este pode não compreender totalmente a natureza dos serviços
e exigir, em algum ponto, garantias ou atuações inviáveis.
Cláusulas referentes ao cuidado com mudas (irrigação, armazenamento) e
materiais uma vez entregues no local da obra, segurança podem ser incluídas.
Forma de apresentação daspropostas, prazos e alterações –solicitadas pelo
cliente ou ocasionadas por imprevistos–são ainda cobertos.
Levantamento Analítico:
Neste estágio faz-se um levantamento analítico dos fatores ambientais e humanos
Clima:
Insolação e Luminosidade:
Temperaturas:
Umidade:
Ventos:
Micro-clima:
Precipitação:
Insolação e Luminosidade:
Temperaturas:
A informação sobre a temperatura média diz muito pouco, pois não expõe as variações
sazonais e os extremos.
Temperatura relaciona-se com conforto térmico
Umidade:
Verificam-se percentuais e flutuações ao longo do ano. Novamente, o conhecimento
apenas da média anual pode ser insuficiente pois oculta as variações
Ventos:
Levantam-se velocidades e direção predominante. Os ventos que chegam ao
local trazem problemas ao conforto, como odores, poeira, poluição em geral,
gotículas de água, sal ou baixa temperatura? Diante disto já é possível avaliar
se as correntes devem ser desviadas ou conduzidas para a área. Como é sua
influência sobre plantas? Podem causar ressecamento, danos a folhas
grandes e riscos a árvores?
Micro-clima:
Sempre existe algum aspecto climático específico do local que o
diferencia da região. Levantam-se fatores como umidade local
modificada pela vegetação, correntes frias ou ventos canalizados pelo
relevo ou construções
Precipitação
Pesquisam-se chuvas, orvalho, granizo, neve, sua distribuição ao longo do
ano e periodicidade de ocorrência, no caso de fenômenos ocasionais. A
ocorrência esporádica de tempestades com ventos fortes, por exemplo, pode
danificar mais intensamente uma área do que todos os fenômenos habituais
somados. Há problemas quanto à qu alidade da água precipitada
como acidez ou outra forma de poluição?
Topografia:
É importante conhecer dados gerais como a altitude e a forma de relevo
em que se insere a área e verificar:
Formas do terreno:
Declividade:
Exposição de vertentes (faces):
Dimensões:
Formas do terreno:
Declividade:
Influencia erosão e práticas de retenção de solo, acessos ou definições sobre
o uso de rampas e escadas.
Exposição de vertentes (faces):
Dimensões
Solo:
Características físicas:
Características químicas:
Características biológicas:
Vegetação:
Verificaçãodo material existente no terreno, levantamento de espécies
mais freqüentes ou mais expressivas e da cobertura nativa original
são de grande valia no momento da seleção de espécies que para uso
paisagístico
Estruturas:
Deve ser estudada a existência e o estado de edificações aparentes: casas, edifícios,
piscinas, quiosques, bancos, edificações subterrâneas: galerias, porões, reservatórios
de água, casas de máquinas. Infra-estrutura, também estudada, inclui: fundação de
edificações muros e postes; tubulação de água, esgoto, drenagem e gás; poços, fiação
aérea e subterrânea, elétrica e telefônica; caixas de passagem e de gordura; fossas e
outros. O escoamento pluvial das áreas impermeabilizadas, a presença de calhas ou
a inexistência destas, podem trazer limitações consideráveis ao posicionamento e ao
desenvolvimento de plantas.
O Entorno:
Descreve-se a paisagem que circunda a porção em exame. Existem edifícios? Que
ruas estão em volta? A região é residencial ou comercial? Como são os vizinhos?
Há outras massas de vegetação na redondeza? Como são?
De dentro para fora: estando o observador no terreno, o que pode avistar? Há
alguma vista de interesse especial a ser preservada ou alguma a ser impedida?
De fora para dentro: de onde s e vê o terreno? Quanto e o quê pode ser visto
destes locais? Há privacidade?
Internas: de cada ponto importante, janela, entrada ou cômodo, o que se vê
dentro dos limites do lote?
Serviços Urbanos:
Verifica-se a disponibilidade ou planejamento para a área de serviços
como água, esgoto, drenagem pluvial, luz, coleta de lixo, telefone e gás
encanado. Deverá ser avaliado se as instalações presentes são realmente
as previstas em projetos ou apresentadas em esquemas hidráulicos,
elétricos disponíveis e verificado seu estado de funcionamento. Isto
evitará imprevistos no momento, por exemplo, de instalar sistemas de
irrigação ou de iluminação
Legislação vigente:
Com relação à permissão para corte de árvores existentes, pode haver diferença
delegislação de um estado ou município para outro. Diferentes espécies podem
ser protegidas contra corte ou pode existir a exigência de licenças especiais para
este. Podem ocorrer ainda plantas de utilização restrita por lei, o que deve ser
pesquisado. Os limites legais das rodovias e ferrovias estão definidos por lei, com
afastamentos mínimos das construções e larguras já determinados. Afastamento
predial no meio urbano também está sujeito à legislação municipal.
Podem ocorrer dentro do terreno áreas de preservação obrigatória, como
vegetação ciliar e vegetação de topos de elevações. Áreas de proteção ambiental
têm diretrizes específicas e órgãos a serem consultados previamente a qualquer
intervenção. Há casos em que estudos de impacto ambiental são necessários.
Quanto a formas de cercamento do lote.
O Usuário
Considera-se o elemento humano, antes e após a interferência, nos níveis
individual e coletivo.
O projeto
Desenvolvido o levantamento analítico do terreno e do usuário, faz-se a
interpretação dos dados para o conhecimento dos problemas, a busca
de soluções e formulação de propostas
Abordagem Qualitativa:Levantamento de problemas
De posse das informações colhidas durante a fase analítica, pode-se
passar a uma interpretação conjuntural que foi levantado. Embora
diversos problemas já possam ter sido percebidos e registrados
durante a fase de levantamento
Formulação de Propostas
Este é o momento de formalização da estrutura teórica para o
desenvolvimento da área, em que se formulam as propostas de
preservação ou modificação. Devem ser feitas perguntas ao
cliente ou usuário(s) para que se possa obter um quadro completo da
utilização existente e daquela pretendida, diante das possibilidades e
limitações oferecidas pela área
Abordagem Quantitativa:
Quanto e quando são as perguntas a se fazer.
Quanto existe em espaço efetivo para atuação? Da área total do lote, que
porção será ocupada por construções, acessos e vegetação?
Quando o resultado final é desejado? Isto se relaciona com cronograma
da obra
Pesquisas Especiais:
Algumas situações podem exigir conhecimentos de outras áreas ou
profissionais. Escolas, hospitais, parques botânicos e zoológicos requerem
conhecimentos de uma série de disciplinas para que o resultado final
possa atender às necessidades.
Condicionantes
Existem elementos que podem atuar como condicionantes ou como
restritivos ao projeto. Há outros, porém, que favorecem e até
ampliam a liberdade de criação. Em alguns casos estas variáveis
podem sugerir soluções especiais.
Efeitos Sensoriais
Como oferecer oportunidades para o exercício dos sentidos de percepção? Há
situações interessantes a serem abordadas quando o sentido da visão deixa
de ser a única preocupação. Já existem, em várias partes do Brasil e do
mundo, jardins para o desenvolvimento e educação de portadores de
deficiência visual, mental ou motora.
Manutenção:
É inútil fazer um projeto detalhado e esteticamente perfeito se este, por falta de
manutenção, será descaracterizado com o passar do tempo. Além disso, nos dias de
hoje, têm-se exigido necessidade mínima de manutenção como uma característica para
as áreas verdes públicas ou privadas.
• O projeto de paisagismo deve conter:
• Representação da área edificada (implantação)
• Representação da vegetação de acordo com a simbologia normalizada
• Representação de equipamentos e acessos específicos e com detalhamento
• Tabela com a relação de vegetação especificada (nome popular e nome científico), associada a um número de identificação e a quantificação
• Identificação de escala
• Cotas
• Tabela de plantio / Memorial
Representação gráfica• Adota-se como simbologia para cada
vegetação uma representação que possa conter os elementos gráficos – cotas e outros – necessários ao entendimento técnico do projeto, que também demonstre com clareza a escala de cada vegetação e a sua relação com o lote, os espaços externos e as edificações.
• De modo que mesmo para um leigo, o projeto seja de fácil entendimento. Para plantio isolado de árvores ou arbustos deve ser indicado através da simbologia em escala, a copa com diâmetro da planta no seu pleno desenvolvimento.
• A locação da vegetação, em planta, deve estar amarrada com cotas por um eixo cartesiano.
Memorial descritivo
O Memorial Descritivo é um documento muito importante e que deve ser
apresentado ao cliente, sendo útil durante a execução e a manutenção do
jardim. Consiste em um texto explicativo com o objetivo de dar uma idéia
geral sobre a concepção do jardim. O que não for possível colocar sob a forma
de desenhos, o paisagista deverá colocar sob a forma descritiva nesse
memorial.
Capa;
Cabeçalho: com as informações do carimbo das pranchas: Nome do cliente; Endereço do
local de execução; Tipo do projeto; Nome e CREA do projetista; Escala utilizada e Data de
realização do projeto.
Apresentação: relato do tipo de projeto e suas características, os problemas a serem
solucionados, os objetivos e justificativas do projetista. Os critérios usados para a
elaboração do projeto também são mencionados, correlacionando o estilo, o ambiente
(paisagem e clima), as necessidades e os desejos dos proprietários;
Caracterização da área:
Localização: endereço, cidade, estado, coordenadas geográficas;
Dimensões: área do terreno a ser ajardinado;
Clima: definição das características climáticas do local de implantação do
projeto;
Tipo de solo: definido a partir de análises químicas e físicas;
Características do terreno: referem-se, principalmente, à topografia, definida de
acordo com o levantamento topográfico da área;
Outras características que o paisagista achar relevante
Características vegetais: discriminação da paisagem da região e das espécies vegetais
existentes na área (quando for o caso), por observação do local ou com base em
documentos, textos ou ainda informações verbais. Outros elementos existentes
também deverão ser levantados e descritos;
Informações sobre a construção de estruturas físicas: elaboradas por um
profissional especializado, discriminando detalhes da construção da estrutura
planejada, descrevendo com justificativas quando for necessário. A relação de
materiais, bem como as instruções para a implantação, também devem ser
apresentados neste memorial;
Memorial botânico ou Lista de espécies: esse item constitui o Memorial Botânico,
constando da lista e da caracterização das espécies utilizadas. Contudo, esse memorial
poderá ser apresentado na forma de tabela no Projeto Botânico, e não aqui no Memorial
Descritivo;
Orçamentos e Cronograma de atividades: da mesma maneira que o memorial botânico,
as tabelas
dos orçamentos e o cronograma de atividades também poderão estar anexadas nesse
documento;
Cronograma de Atividades
A) Orçamento da vegetação:
B) Orçamento dos elementos arquitetônicos:
C) Orçamento dos insumos:
D) Orçamento da mão-de-obra:
MANUAL TÉCNICO DE IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DO JARDIM
locação de obras: vias de circulação, jardineiras, bancos, pérgulas, espelhos
d’água, etc.;
instalações hidráulicas e elétricas;
preparo para o plantio: calagem, adubação, aberturade covas, construção
de canteiros, etc.;
plantio propriamente dito;
limpeza geral após implantação;
manutenção.