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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 01/03/2018 E-mail: [email protected] AULA 33 – TRIBUTOS EM ESPÉCIE - ITCMD Continuação aula 32... Resumo introdutório: - Imposto competência estadual, - Qualquer transmissão em razão da morte ou doação se enquadre no conceito do fato gerador - Todos e quaisquer bens e direitos. - Lei complementar como requisito para bens no exterior.

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03

Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 01/03/2018

E-mail: [email protected]

AULA 33 – TRIBUTOS EM ESPÉCIE - ITCMD

Continuação aula 32...

Resumo introdutório:

- Imposto competência estadual,

- Qualquer transmissão em razão da morte ou doação se enquadre no conceito do fato gerador

- Todos e quaisquer bens e direitos.

- Lei complementar como requisito para bens no exterior.

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É uma majoração da alíquota, a medida em que for maior a base de cálculo (ou outro critério

definido Exemplo: “progressividade no tempo”).

A progressividade é uma forma para equiparar e amparar a capacidade contributiva do

contribuinte.

Quem possui uma maior base de cálculo, em tese, tem mais capacidade de contribuir.

A CF não traz expressamente que o ITCMD tem alíquota progressiva, mas define que o senado

será competente para definir as alíquotas.

Se em todos outros impostos que são progressivos, a progressividade vem expressa na CF, será

que realmente se aplica a progressão no ITCMD?

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O STF reconhece que o ITCMD é progressivo, em respeito ao princípio da capacidade

contributiva.

Em tese, o herdeiro que recebe mais, pode contribuir mais, logo, o ITCMD em relação a este

contribuinte pode ser progressivo.

Observação: A Lei do Estado de Pernambuco definiu uma progressividade usando como critério

o grau de parentesco.

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O STF se posicionou pela impossibilidade de aplicação do referido critério a progressão no

ITCMD.

A Capacidade contributiva não guarda relação com o grau de parentesco. Tal critério deveria ser

fixado em relação ao quinhão recebido.

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O STF reconhece que o ITCMD não pode ser progressivo em relação ao grau de parentesco,

ambas as turmas possuem entendimento uniforme.

Com as reiteradas sentenças de inaplicabilidade do critério de grau de parentesco, o Estado de

Pernambuco alterou a sua regra.

Houve a alteração, fixando como critério de progressividade o valor do quinhão recebido.

INCIDE IR NA TRANSMISSÃO DO ITCMD

- Acréscimo patrimonial em decorrência da operação que incide ITCMD. (Provento de qualquer

natureza).

Deve observar a alíquota de 15%.

Se é acréscimo patrimonial, incide o IR, tendo em vista ter ocorrido o fato gerador do referido

imposto.

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O ITCMD não possui imunidade especifica.

A Imunidade do ITCMD está atrelada a imunidades genéricas (Recíproca, Religiosa e Subjetiva).

O fisco tem que provar que a entidade imune que está recebendo os bens, objeto da tributação

de ITCMD, o fisco precisa necessariamente provar que houve o desvio de finalidade.

Importante: A Entidade imune tem presunção de sua imunidade, devendo o fisco fazer prova

do contrário.

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Imunidade ao consulado, reconhecendo as duas convenções (viena) e equiparando a (imunidade

reciproca).

Decadência: Decurso do prazo para a constituição do crédito.

Se o fisco não tomou conhecimento do fato e decorreu o prazo para o lançamento, não pode

ser essa a justificativa para o lançamento intempestivo.

A decadência é aplicada de modo objetiva – sendo o marco inicial a ocorrência do Fato Gerador.

EXEMPLO LEI ISENÇÃO

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Hipótese que estabelece que a doação é apurada considerando o valor somado em todo o

exercício:

Artigo 9º - A base de cálculo do imposto é o valor venal do

bem ou direito transmitido, expresso em moeda nacional

ou em UFESPs (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo).

(...)

§ 3º - Na hipótese de sucessivas doações entre os mesmos

doador e donatário, serão consideradas todas as

transmissões realizadas a esse título, dentro de cada ano

civil, devendo o imposto ser recalculado a cada nova

doação, adicionando-se à base de cálculo os valores dos

bens anteriormente transmitidos e deduzindo-se os

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valores dos impostos já recolhidos. (NR), LEI Nº 10.705, DE

28 DE DEZEMBRO DE 2000

Art. 10, §1º - O contribuinte declara e a fazenda da anuência. (Regra)

Art. 10 – Perícia judicial e homologada pelo juiz (menos comum).

Observação: a lei aplicável é a vigente na data do fato, porém o valor da base de cálculo é

apurado na da data de avaliação.

- Utiliza-se o valor venal de referência para não precisar utilizar um processo administrativo para

cada declaração que o fisco não concordar.

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BONS ESTUDOS!!!!

Prof. Ramiru Louzada